adicções
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ADICÇÕES ADICÇÕES Adicção significa qualquer dependência psicológica ou compulsão. ADICÇÕES • Muita gente imagina que os comportamentos compulsivos estão apenas associados a drogas como álcool, maconha, cocaína e nicotina. • A compulsão não está relacionada exclusivamente com o uso de substâncias químicas. • Pode estar ligada a outras situações que provocam prazer, como fazer compras ou passar horas em frente do computador. • Há pessoas que compram compulsivamente, estouram o limite do cartão de crédito, do cheque especial ……. ADICÇÕES …….pessoas que permanecem horas em frente ao computador e se esquecem de comer, de falar com os amigos, de prestar atenção nos filhos. Esses comportamentos, tanto quanto os relacionados com o uso de drogas, interferem com o mecanismo de prazer e podem adquirir características patológicas, de certa forma incontroláveis. ADICÇÕES • …….todos esses comportamentos atuam nos circuitos cerebrais da recompensa. • ……as compras, jogos patológicos, sexo, comida, o uso exagerado do computador representam comportamentos ADICÇÕES A busca constante por estímulos prazerosos está associada a um "sistema cerebral de recompensa Trata-se de uma complexa rede de neurônios que é ativada quando fazemos atividades que causam prazer. Este sistema nos fornece uma recompensa sempre que fazemos determinadas atividades, levando-nos, portanto, a repetir aqueles atos. O Comprar compulsivo O Comprar compulsivo No caso do comprador compulsivo, a pessoa se ilude com a sensação de que vai ao shopping não para comprar, mas para ver vitrines, ir ao cinema ou levar o filho. Como o usuário de cocaína que acha que pode ir a uma festa, mas jura que não vai usar drogas ou vai usar só um pouquinho, ela fica brigando consigo mesma – “Vou conseguir frequentar o shopping sem me endividar” -, mas não resiste sequer ao primeiro apelo. O Comprar compulsivo • Os comportamentos compulsivos são estimulados pela facilidade de acesso à substância, no caso, o acesso às compras. • Do mesmo jeito que numa festa a simples visão da cocaína pode liberar desejo incontrolável ou fissura, exposta a uma situação de compra, a pessoa tem as mesmas reações. O Comprar compulsivo • Com base em estudos americanos, o comprar compulsivo só passou a ser tratado como doença recentemente. • Considera-se que uma pessoa é compradora compulsiva quando, em determinado momento, começa a contabilizar prejuízos financeiros, pessoais e de relacionamento provocados pelo descontrole nas compras. O Comprar compulsivo • Embora as pesquisas mostrem que quase todo o mundo, de vez em quando, compra por impulso, porque comprar por impulso faz parte da natureza humana, o comprador compulsivo não cede a essa pressão eventualmente. • Cede sempre, em especial se estiver dominado por sentimentos negativos, entristecido, com baixa autoestima e dificuldade de relacionamento. O Comprar compulsivo • Em geral, são mulheres que vão ao shopping e começam a comprar sem controle. • Às vezes, saem de casa pensando em adquirir determinado produto, mas entram nas lojas e não resistem ao apelo de comprar outras coisas. • O interessante é que não compram só para si. Se a abordagem do vendedor for eficiente, sairão da loja carregadas de presentes e, quando alguém reclama que estão gastando muito dinheiro, argumentam “Não seja ingrato. • Você esquece de quantos presentes lhe comprei”. O Comprar compulsivo Além disso, contar com cartões de crédito e poder parcelar os pagamentos funcionam como atração e incentivo para novas compras. O Comprar compulsivo Os comportamentos compulsivos dos homens estão mais ligados à adicção de álcool, de drogas e ao sexo. Essa diferença provavelmente pode ser atribuída a aspectos culturais Por outro lado, vários países que estudam o comportamento dos adolescentes no que se refere ao uso de drogas lícitas ou ilícitas verificaram que, nesse campo, o comportamento de homens e mulheres está ficando muito parecido O Comprar compulsivo …quem corre maior risco são as mulheres de classe média ou média alta, faixa socioeconômica com maior disponibilidade de dinheiro para gastar. Segundo discussão de alguns estudos, uma porcentagem dessas mulheres são filhas de pais que trabalhavam muito e ficavam ausentes por longos períodos, deixando em suas mãos, quando meninas, dinheiro disponível precocemente. Assim, aos 16 ou 17 anos, idade em que começaram a sair sozinhas, criaram hábitos, entre eles o de compras, que incluem gastos excessivos. COMORBIDADES Na área da dependência e compulsão são comuns os casos de comorbidade. Estudos mostram que de 60% a 70% das mulheres com compulsão por compras apresentam sintomas depressivos e número um pouco menor, depressão clínica propriamente dita. . COMORBIDADES Outra doença frequentemente associada aos compradores compulsivos é a distimia, uma depressão crônica mais leve do que a depressão clínica. É evidente que pessoas com sintomas depressivos, às vezes por anos, quando descobrem que o fato de irem às lojas para fazer compras melhora seu ânimo, desenvolvem compulsão nem tanto pelo prazer de possuir um objeto em si, mas porque são paparicadas pelo vendedor dentro de uma loja bonita e num ambiente agradável. O Comprar compulsivo • O bem-estar que sentem nesses momentos é muito intenso. • Interessante é que muitas, mal saem da loja, começam a se conscientizar e veem que deram mais um cheque ou assumiram mais uma dívida no cartão de crédito e não levam os objetos que adquiriram para casa ou, se levam, escondem-no do marido, filhos (a maioria é casada) ou não desfazem os pacotes. • • Alguns estudos dizem que ,em geral, estão na faixa dos 39, 40 anos, quando os maridos atingiram certa estabilidade financeira. As feministas não gostam dessa interpretação. Dizem que hoje em dia as mulheres trabalham e ganham dinheiro para arcar com as despesas e os pagamentos de suas compras. COMPUTADORES E INTERNET COMPUTADORES E INTERNET • estímulo para que as pessoas usem o computador é imenso e aí entra a questão da comorbidade….. COMPUTADORES E INTERNET Ou seja, pessoas com alguma dificuldade de relacionamento social, fóbicas, tímidas demais ou com quadros depressivos, em contato com o computador, acabam abusando de seu uso o que acarreta prejuízos em sua vida social, financeira e até profissional. Muitas perdem o emprego, porque se aproveitam de que o trabalho requer o uso do computador para despender tempo com jogos, e-mails, internet ou até mesmo visitando sites de pornografia. COMPUTADORES E INTERNET • Há questionamentos sobre em que idade o contato com o computador deveria acontecer. • Será que uma criança de três anos, que aprende a brincar com joguinhos, às vezes educativos, e passa a tarde toda no computador, porque os pais estão trabalhando e a empregada entretida com seus afazeres, não se tornará um usuário compulsivo? • Hoje, o computador substituiu a televisão no papel de babá eletrônica. Só que a televisão não é interativa. Num determinado momento, o espectador se cansa e vai embora. O computador, ao contrário, é interativo e prende muito mais a atenção. COMPUTADORES E INTERNET Os pais devem estabelecer um tempo para os filhos ficarem diante do computador. Dependendo da idade pode ser de uma hora, mas nunca deve ultrapassar três horas. E não é só por causa do risco de adicção. Problemas de postura e obesidade já têm sido associados ao uso excessivo do computador. COMPUTADORES E INTERNET Três mortes de adolescentes na Coreia foram atribuídas a esse uso. Os jovens tinham permanecido na lan house durante 48 horas sem comer e sem dormir e só se afastavam do computador para ir ao banheiro. • Provavelmente, eles já apresentavam alguma patologia de base que os deixava mais vulneráveis, mas o fato é que faleceram de exaustão. • Em algumas dessas lan houses, existem as sessões coruja e a oferta de um pacote promocional para o usuário passar a noite toda no computador. COMPUTADORES E INTERNET • Em geral, as pessoas começam a queixar-se de que estão usando o computador de forma nociva já adultas. A tendência é o número de casos de dependência aumentar, especialmente porque nas famílias mais ricas cada criança tem à disposição um computador no quarto e, em vez de brincar com os amigos, fica trancada em casa batendo papo pela internet. COMPUTADORES E INTERNET • A propósito, nos Estados Unidos, foi realizado um estudo muito interessante. • Os pesquisadores acompanharam por seis meses pessoas que fizeram a matrícula num provedor. • A conclusão foi que quanto mais horas ficavam plugadas na internet, mais sintomas de depressão ou mais dificuldade de estabelecer relacionamentos, que eles chamam de sérios, apresentavam. • Portanto, já existem evidências de que ficar muito tempo na internet pode gerar problemas na esfera social do comportamento. COMPUTADORES E INTERNET • Há uma infinidade de comportamentos compulsivos associados ao uso do computador. • Um aspecto importante para a adesão ao computador é a velocidade com que se processam as informações. • Hoje, os equipamentos permitem que se abra uma página atrás da outra rapidamente, o que provoca sensação de euforia, bem-estar e libera adrenalina. Critérios de dependência de Internet Critérios de dependência de Internet (5) Quando o uso da Internet é restringido, apresenta labilidade emocional (Internet como forma de regulação emocional) (6) Permanecer mais conectado (on-line) do que o programado (7) Ter o Trabalho e as relações familiares e sociais em risco pelo uso excessivo (8) Mentir aos outros a respeito da quantidade de horas conectadas Tratamento • No que se refere às compras, há estudos sobre o assunto e uma experiência clínica maior. Em primeiro lugar, lida-se com a questão comportamental, restringindo as oportunidades de acesso às compras como se faz com as drogas. Tratamento • Como medida inicial, procura-se reduzir e, às vezes, suspende-se totalmente o montante de dinheiro que chega às mãos dessas pessoas • O objetivo dessa proposta de tratamento é fazer com que a pessoa aprenda a viver com o que ganha e a respeitar um orçamento. • Pedimos que, nesse período, tente afastar-se dos shoppings e deixe de usar cartões de crédito e talões de cheque. Tratamento • Quanto mais pagar as compras com papel moeda, melhor. Se quiser comprar um sapato, por exemplo, pelo qual se dispõe a pagar R$ 50,00, sairá de casa levando essa quantia e talvez um pouquinho mais para tomar um lanche. Tratamento • Existem alguns estudos com medicamentos antidepressivos para controle da compulsão por compras. • Uma das drogas é o Citalopran, um antidepressivo que vem sendo submetido a testes, inclusive comparando seu efeito com o do placebo, e que parece diminuir a compulsão pelas compras. • Isso sugere que se pode associar medicação e terapia comportamental. Tratamento • Nos casos de uso abusivo do computador o tratamento é basicamente comportamental a fim de tentar impedir o acesso fácil e ilimitado do usuário. • Uma senha, por exemplo, pode resolver o problema com a criança. • Com o adulto é preciso conversar. Tratamento • Nos casos de usuários compulsivos, verifica-se que esse tempo gira em torno de 27 a 30 horas semanais, ou seja, de três a quatro horas por dia. • Se pensarmos que a pessoa chega em casa às sete, oito horas da noite, de fato não lhe sobra muito tempo para a vida em família. Tratamento • As pessoas ansiosas ou inquietas não aguentam esperar se o computador estiver lento. • De certa forma, o mundo moderno empurra as pessoas para os comportamentos compulsivos. • É o cartão de crédito, são os cheques prédatados, as propagandas e as cores das lojas, tudo estimula o desenvolvimento da compulsão Tratamento • O tratamento para Dependência de Internet tem abordagem multidisciplinar. • É realizada uma pré-triagem para averiguar o quadro de sintomas. O psiquiátra realiza uma consulta para avaliação, É oferecido ao paciente um plano terapeutico • Grupo e/ou individual que constitui de acompanhamento psicológico e psiquiátrico Tratamento • Tratamento semanal de Psicoterapia de Grupo para adolescentes e adultos de 1:30hs com a duração total de 18 semanas e realizado às quartas feiras pela manhã. • Tratamento psiquiátrico. • Psicoterapia Individual, quando necessário. • Grupo Psicoterapêutico para Pais de Adolescentes. • Programa de Educação Continuada aberto ao público: "Saúde Mental e Internet" Jogo patológico • A característica essencial do Jogo Patológico é um comportamento de jogo mal adaptativo, recorrente e persistente, que perturba os empreendimentos pessoais, familiares e/ou ocupacionais. Jogo patológico • A pessoa com esse transtorno pode manter uma preocupação com o jogo, tais como, planejar a próxima jogada ou pensar em modos de obter dinheiro para jogar. • A maioria dessas pessoas com Jogo Patológico afirma que está mais em busca de "ação" do que de dinheiro e, por causa dessa busca de ação, apostas ou riscos cada vez maiores podem ser necessários para continuar produzindo o nível de excitação desejado. Jogo patológico • Os indivíduos com Jogo Patológico freqüentemente continuam jogando, apesar de repetidos esforços no sentido de controlar, reduzir ou cessar o comportamento. • Através do reforço emocional intermitente, onde ganhar é um reforço positivo imediato e perder é “apenas” uma circunstância aleatória, o indivíduo apresenta o comportamento compulsivo de jogar. Jogo patológico • Está sempre na expectativa de ganhar, como foi conseguido anteriormente. Existe ainda uma sensação especial no comportamento de risco, o que ocupa a mente do jogador fazendo que passe a repetir o comportamento (dependência). • O jogo pode tornar-se uma grande fonte de prazer, podendo vir a ser a única forma de prazer para algumas pessoas. • O jogador compulsivo costuma se tornar inconseqüente, gastando aquilo que não tem, perdendo a noção de realidade. A síndrome de abstinência pode estar presente. Atividade Física Compulsiva • A escravização que as pessoas das sociedades civilizadas se submetem aos padrões de beleza tem sido um dos fatores sócio-culturais associados ao incremento da incidência do comportamento compulsivo para a Atividade Física Compulsiva • É hábito que o ser humano moderno esteja moderadamente preocupado com seu corpo, sem que essa preocupação se converta numa obsessão. • Mas, alguns complexos ou de estar em desacordo com os padrões desejáveis podem levar à obsessão pela beleza física e perfeição. Atividade Física Compulsiva • Inicialmente essa atividade física pode proporcionar prazer, relaxar, fazer com que a pessoa se sinta mais saudável e bonita. Este comportamento libera substâncias em nosso cérebro responsáveis pelo prazer e bem-estar. Atividade Física Compulsiva • Quando isso se transforma num comportamento compulsivo, exercitar-se em excesso pode resultar em prejuízo físico, atingindo as articulações, aparelho respiratório e o coração. • O sistema emocional pode ficar comprometido quando se apresenta um comportamento compulsivo, constante, comprometendo a realização satisfatória de outras atividades da vida da pessoa e proporcionando sofrimento significativo em outros aspectos. Atividade Física Compulsiva • A atividade física compulsiva deve ser considerada um transtorno da linhagem obsessivo-compulsiva, tanto pela obsessão em musculatura, pela compulsão aos exercícios e ingestão de substâncias que aumentam a massa muscular, quanto pela fragrante distorção do esquema corporal que essas pessoas experimentam. Trabalhar Compulsivo Trabalhar Compulsivo • Com o objetivo de vencer profissionalmente, ganhar dinheiro, sobressair-se socialmente, tem sido glorificado pelo sistema cultural que a pessoa procure dar o melhor de si trabalhando. • O trabalho pode ser utilizado como uma ocupação mental capaz de tomar o espaço de outros sentimentos ou pensamentos mais difíceis de serem vivenciados. Trabalhar Compulsivo • Quando a atividade funciona como uma forma de esconder-se, fugir ou não ter que sentir ou pensar em outros problemas, enfim, quando alivia a angústia da vida de relação, o trabalhar pode tornar-se compulsivo, constante, enfim aditivo. Trabalhar Compulsivo • Neste caso, o trabalhar perde sua função natural passando a ser prejudicial ao bem estar físico, familiar, psicológico e social do indivíduo. Na compulsão pelo trabalho a pessoa vai de casa para o trabalho, do trabalho para a casa, excluindo-se de sua vida as opções do lazer, as pausas nos finais de semana, o convívio descontraído com a família, etc. Trabalhar Compulsivo • A pessoa com compulsão pelo trabalho freqüentemente exige dos outros o mesmo ritmo que tem para si, costuma criticar demais esses outros, exige perfeição, dedicação e devoção ao trabalho, tal como elas próprias se comportam. E o próprio compulsivo para Trabalhar Compulsivo • Normalmente são pessoas severas, isoladas, inflexíveis, perfeccionistas, amargas e exageradamente “realistas”. • Por causa dessas características os workaholics racionalizam tudo na vida, ocultam seus próprios sentimentos, têm um contato mínimo com eles próprios e mantêm abafados seus conflitos íntimos. • Para essas pessoas o trabalho é seu escudo protetor e, melhor que isso, trata-se de uma atitude fortemente enaltecida pelos valores sociais. Trabalhar Compulsivo • Para essas pessoas o trabalho é seu escudo protetor e, melhor que isso, trata-se de uma atitude fortemente enaltecida pelos valores sociais. • Mas, na realidade, o workaholic também sofre, normalmente é um insatisfeito consigo mesmo, alimenta a fantasia de ser potente e grandioso. • Na verdade, toda essa voracidade para o trabalho pode estar aliviando sentimentos de angústia Comer Compulsivo Os alunos terão aula com outro professor desta compulsão Comer Compulsivo • Os transtornos alimentares constituem uma verdadeira "epidemia” acometendo, sobretudo, adolescentes e adultos jovens. • Vivemos em uma sociedade na qual existe o culto da magreza. Assim, comer, um comportamento universalmente tido como prazeroso, torna-se alvo de preocupação de muitas pessoas. Comer Compulsivo • De um modo geral, as pessoas portadoras dessas patologias se caracterizam por uma obsessão pela perfeição do corpo. • Os transtornos alimentares vêm aumentando sua incidência perigosamente e já começa a alarmar especialistas médicos, sociólogos, autoridades sanitárias. Obsessivo-compulsivo Crenças do Obsessivocompulsivo Crenças do Obsessivocompulsivo • Crenças sobre os outros: as outras pessoas são fracas, irresponsáveis e desatenciosas. • Crenças que interferem na terapia – “se eu não corrigir a minha terapeuta e não disser a ela exatamente o que ela precisa saber, ela não conseguirá me ajudar”; se eu não fizer minhas tarefas terapêuticas com perfeição, a terapia não funcionará. • Comportamentos que interferem na terapia – tentar controlar a sessão, tentar relatar a informação de maneira perfeitamente correta; ser hipervigilante à falta de entendimento do terapeuta. Objetivos da terapia • Estabelecer objetivos terapêuticos • Verificar a importância de cada problema e quão facilmente solucionável ele é. • A estrutura da sessão força o paciente a escolher um problema específico e trabalhar nele até haver uma melhora aceitável. • Devido a ansiedade dos pacientes com TOC, técnicas de respiração, e relaxamento e meditação quase sempre são úteis. Objetivos da terapia • Listar vantagens e desvantagens de um comportamento é importante. • Geralmente eles consideram que é perda de tempo gastar meia hora para relaxar. • Uma desvantagem do relaxamento para os compulsivos é que eles gastam tempo e a vantagem é que o paciente poderá fazer mais coisas, por se sentir mais tranquilos e menos ansiosos • Os compulsivos tendem a valorizar o prazer muito menos que a produtividade. Compulsão sexual Diferença entre ser compulsivo e gostar muito de sexo. Compulsão sexual • O fato da pessoa ter uma vida sexual intensa, de maneira alguma é um sintoma da compulsão sexual. • "Ter muita vontade de fazer sexo não caracteriza um transtorno. • A diferença é que o compulsivo não consegue resistir aos pensamentos e desejos, que precisam ser saciados no mesmo momento, não importando com quem Compulsão sexual • A compulsão sexual, definida por muitos como ninfomania, é um transtorno psiquiátrico do impulso em que o indivíduo tem pensamentos e atos obsessivos envolvendo o sexo. Compulsão sexual • Quem sofre desse problema tem dificuldade de pensar e se concentrar em coisas que não estejam relacionadas ao sexo. Além disso, outra característica do compulsivo é agir por impulso, sem premeditar Compulsão sexual • É importante considerar que pessoas que padecem de Dependência de Sexo comumente demonstram outros transtornos psiquiátricos comórbidos, como síndromes depressivas e ansiosas, dependência de álcool e outras drogas, transtornos da personalidade. • É fundamental a avaliação médica e psicológica rigorosa objetivando o diagnóstico correto e a proposta terapêutica mais adequada possível e sempre baseada em evidência científica de efetividade. Critérios para o diagnóstico da Dependência de Sexo • Padrão de comportamento recorrente, ocasionando desconforto ou comprometimento clínico significativo, que se manifesta por três (ou mais) das seguintes características, persistentes por um período de 12 meses: • 1. Envolvimento frequente em atividades sexuais por mais Critérios para o diagnóstico da Dependência de Sexo Compulsão sexual • Alguns autores têm classificado essa entidade clínica em dois tipos: a dependência de sexo caracteriza por comportamentos sexuais desviados (parafílica) e a dependência de sexo caracterizada por comportamentos sexuais não desviados (não parafílicas). • Na parafílica, o portador pode apresentar Algumas de parafilias • Agalmatofilia: atração por estátuas. • Agorafilia: atração por sexo em lugares abertos ou ao ar livre. • Anadentisfilia: excitação e prazer sexual por pessoas sem dentes. • Adstringopenispetrafilia: fetiche por amarrar pedras ao pênis. • Anemofilia: excitação sexual com vento ou sopro (corrente de ar) nos genitais ou em outra zona erógena. Algumas de parafilias • BBW: atração por mulheres obesas • Bondage: prática onde a excitação vem de amarrar ou/e imobilizar o parceiro. • Coleopterafilia: atração sexual por besouros. • Coprofilia: fetiche pela ingestão e manipulação de fezes, suas ou do parceiro. • Coreofilia: excitação sexual pela dança. • Cyprinuscarpiofilia: excitação sexual por carpas. • Dendrofilia: atração por plantas. • Emetofilia: excitação obtida com o ato de vomitar ou com o vômito de outro. Compulsão sexual • a) pessoas que não consentem ou não podem consentir (pedofilia); b) objetos inanimados ou partes do corpo de uma pessoa (fetichismo); c) humilhação do parceiro (sadismo sexual); d) submissão em relação ao parceiro (masoquismo sexual); e) recorrente exposição dos órgãos genitais em público (exibicionismo), dentre outras. Compulsão sexual Compulsão sexual • Dentre aqueles portadores de Impulso Sexual Excessivo sem pensamentos sexuais desviados, podemos reconhecer: a) intenso e descontrolado consumo de pornografia e prostituição; b) masturbação compulsiva; c) internautas sexuais (cybersex addicts), dentre outros. Em algumas situações, tanto as fantasias sexuais desviadas quanto as convencionais combinam-se em uma mesma pessoa. Compulsão sexual Apesar das dificuldades para se desenvolver pesquisas epidemiológicas nessa área, aventase que cerca de 3 a 6% dos homens (nos Estados Unidos da América) sofrem desse quadro. Infelizmente, poucos procuram tratamento Compulsão sexual • a) não sabem ou reconhecem que o comportamento pode ser produto de uma doença ou transtorno mental; b) têm vergonha de revelar seus comportamentos sexuais para seu médico; c) têm medo da exposição social ou familiar. Compulsão sexual • A maioria das pessoas com quadros de comportamentos sexuais compulsivos procura o atendimento especializado quando elas são descobertas por membros familiares ou quando já apresentam problemas na Justiça ou no trabalho. Compulsão sexual • Existem várias formas de tratamento para pessoas que padecem desse transtorno: terapia cognitivo-comportamental, psicofarmacoterapia e grupos de mútuaajuda. Compulsão sexual • O grupo de mútua-ajuda conhecido como DASA (Dependentes de Amor e Sexo Anônimos) tem sido de grande auxílio para muitas pessoas que padecem desse problema. • Em algumas situações, o portador do comportamento Compulsão sexual • Existem medicações que ajudam o paciente a controlar o comportamento impulsivo. • Atualmente, as mais prescritas são os antidepressivos . • De qualquer forma, a utilização das medicações deve Compulsão sexual • O grande problema de lidar com essa doença, conforme explica a especialista, é o fato de que o sexo envolve prazer. Nesse sentido, a compulsão não incomoda e, a princípio, não parece fazer mal. • Por isso é bastante comum que o compulsivo sexual conviva com esse transtorno por muitos anos, antes de perceber que se trata de um problema sério. Referências • Bauman, Z. (2007). Vida para consumo. A transformação das pessoas em mercadoria (C. A. Medeiros, trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 2007). • Borges MBF. Estudo do transtorno da compulsão alimentar periódica em população de obesos e sua associação com depressão e alexitimia [dissertação]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 1998. • Goodman, A. _ Sexual addiction: designation and treatment. J Sex Marital Ther 18: 303-314, 1992. • MILLER, H. O mundo do sexo. São Paulo: Pallas, 1975. • O Tratamento da Dependência Química e as Terapias Cognitivo-ComportamentaisUm Guia Para TerapeutasAutor: Neide A. Zanelatto; Ronaldo LaranjeiraEditora: ArtmedSouza, C. C. & Oliveira M. S. (2009). • Motivação para mudança no comportamento do Jogo Patológico. Tese de Doutorado, Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Ca- tólica do Rio Grande do Sul. Referências • Tavares, H. (2000). Jogo patológico e suas relações com o espectro impulsivo-compulsivo. Tese de Doutorado, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. • Terapia Cognitiva Para Desafios Clinicos - Judith S. Beck (8536307463)Gênero: Saúde e Medicina, PsicologiaSubgênero: PsiquiatriaAutor: Judith S. BeckEditora: ARTMED • Terapia Cognitiva dos Transtornos de Personalidade - 2ª EdiçãoBeck, Aaron T. • Vencendo o Transtorno Obsessivo-CompulsivoManual de Terapia Cognitivo-Comportamental para Pacientes e Terapeutas2ª EdiçãoAutor: Aristides V. CordioliEditora: Artmed Obrigada !
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