Relatório e Contas 2010
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Relatório e Contas 2010
Índice 1. 2. 3. 4. 5. 6. Mensagem do Presidente da Comissão Executiva Síntese dos Principais Indicadores O Banco Sol 3.1 Órgãos Sociais 3.2 Estrutura Accionista 3.3 Missão, Estratégia, Valores e Responsabilidade Social 3.4 Principais Acontecimentos de 2010 3.5 Presença Geográfica e Rede de Balcões 3.6 Recursos Humanos Envolvente Económica e Financeira 4.1 Enquadramento Económico e Financeiro Internacional 4.2 Enquadramento Económico e Financeiro Nacional Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio 5.1 Actividade Comercial 5.2 Microcrédito 5.3 Unidades de Apoio ao Negócio 5.4 Política e Gestão de Risco 7. 8. 9. 10. Análise Financeira 6.1 Evolução dos Resultados Líquidos e das Rendibilidades (ROA e ROE) 6.2 Margem Financeira e Produto Bancário 6.3 Activo Total 6.4 Créditos 6.5 Provisões para créditos de liquidação duvidosa 6.6 Depósitos 6.7 Títulos e valores mobiliários 6.8 Custos administrativos e de comercialização 6.9 Rácio de solvabilidade Proposta de Aplicação de Resultados 7.1 Proposta de Aplicação de Resultados Demonstrações Financeiras 8.1 Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 8.2 Demonstração dos Resultados em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 8.3 Demonstrações de Mutações nos Fundos Próprios em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 8.4 Demonstrações dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 Anexo às Demonstrações Financeiras Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Relatório dos Auditores 3 Índice Relatório e Contas 2010 4.1 Enquadramento Económico e Financeiro Nacional PRODUTO INTERNO BRUTO Taxa de variação anual real do PIB 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 PIB, POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL As estimativas indicam uma taxa de crescimento do PIB angolano em torno de 4,5% em 2010 (2,4% em 2009), projectando o FMI, para 2011, um crescimento para próximo de 7,3%. Esta dinâmica revelada no corrente ano reflecte em grande parte a recuperação da procura mundial pelo petróleo e a subida do preço no mercado internacional. A economia angolana beneficiou das perspectivas de crescimento económico favoráveis das economias emergentes, na Ásia e na América Latina (Brasil), para onde actualmente se dirigem cerca de 40% das exportações de petróleo angolanas. A estabilização da economia ao longo de 2010 foi, também, uma consequência das medidas adoptadas no âmbito do acordo firmado com o FMI. De um total de 1.400 milhões de USD acordado com aquele organismo, ao longo de 2010 foram libertados cerca de 890 milhões de USD. Foram tomadas medidas, também, em termos de política monetária, que permitiram recuperar o nível das reservas internacionais e atenuar os efeitos da crise na balança corrente e no equilíbrio das contas públicas. As reservas cambiais, ao longo de 2010, terão subido de 12 mil milhões de USD em Janeiro para 17,5 mil milhões de USD em Dezembro de 2010. 2,0 35 0,0 Envolvente Económica e Financeira Relatório e Contas 2010 2008 2009 2010 A aceleração da actividade económica em 2010 foi alicerçada num aumento das receitas petrolíferas (+2,7%) e num maior dinamismo (+5,7%) dos sectores não energéticos (agricultura, serviços mercantis, indústria transformadora, etc.), os quais deverão, nos próximos anos, continuar a afirmar-se como alternativa em termos de motor de crescimento. 01 Mensagem do Presidente da Comissão Executiva Mensagem do Presidente da Comissão Executiva Senhores accionistas, O ano de 2010 foi um ano marcado por grandes níveis de incerteza e volatilidade nos mercados financeiros. À semelhança de 2009, foi, também, marcado pelo empenho dos Governos e Bancos Centrais em tomar medidas adicionais para estimular as economias e suportar os mercados financeiros, principalmente em alguns países da Zona Euro. Num cenário internacional de conjuntura difícil, a economia angolana revelou-se, em 2010, mais dinâmica que no ano anterior e viu o seu PIB crescer 4,5% (2,4% em 2009), sobretudo através do contributo do sector não petrolífero (5,7%, contra 2,7% do sector petrolífero). Por outro lado, o ano de 2010 é marcado por algumas reformas financeiras e medidas administrativas mais rigorosas, como, por exemplo, a recomposição das reservas do país, o apuramento do risco soberano por parte de instituições internacionais de análise de risco, o que permitirá a obtenção de financiamentos junto dos mercados internacionais de capitais em condições mais favoráveis e o estreitamento das relações com o FMI que permitiu a aprovação e desembolso das 2ª e 3ª tranches do financiamento celebrado com aquela instituição financeira. Neste contexto, o Banco Sol prosseguiu no ano agora findo o seu compromisso de contribuir para o desenvolvimento do sector financeiro e da economia nacional, através da inovação, expansão da sua base de negócios, alargamento dos seus canais de acesso e reforço da sua solidez, tendo, em 2010, aberto mais 21 balcões, entre postos de atendimento, agências e centros de empresa, algumas delas em zonas rurais onde a Banca estava ausente ou era manifestamente insuficiente, permitindo, deste modo, o alargamento dos serviços bancários às populações daquelas regiões. O Banco Sol teve em 2010 um resultado líquido de 2.472.784 milhares de Kwanzas (equivalente a 26.692 milhares de dólares americanos) face a 2.942.937 milhares de Kwanzas registados em 2009 (equivalente a 32.919 milhares de dólares americanos) o que comprova a capacidade do Banco em gerar resultados positivos em condições, por vezes, menos favoráveis, e o rácio de solvabilidade registou uma melhoria relativamente ao ano anterior, passando de 19,6% em 2009 para 20,5% em 2010. O Activo Líquido do Banco totalizava no final do ano 120.428.002 milhares de Kwanzas, contra 102.487.722 milhares de Kwanzas em 2009, o que corresponde a um crescimento de 12,1% face a igual período do ano anterior. Os recursos de Clientes cresceram 12,6%, face ao exercício de 2009 e a carteira de crédito subiu 27,8%, tendo a nível de operações de Microcrédito sido colocados à disposição das populações e organismos 17. 739 milhares de Kwanzas. A trajectória de desenvolvimento do Banco Sol não se limitou à evolução favorável dos seus principais indicadores financeiros. O Banco manteve a aposta no aumento da sua rede de distribuição, terminando o ano com 86 unidades (agências, centros de empresas e postos de atendimento), contra 65 em 2009, procurando desta forma dar resposta ao expressivo crescimento da sua base de Clientes (267.202 no final de 2010, contra 212.516 em 2009), consequência de campanhas de captação, reanimação e fidelização desenvolvidas nos últimos anos, privilegiando zonas urbanas e rurais com grande potencial. O Banco cresceu, também, em número de Colaboradores, mais 115 que em 2009, em número de ATM’s e TPA’s, atingindo 97 e 381, respectivamente, no final de 2010, representando um crescimento de 28% e 198% relativamente ao final de 2009. Apoiados nos pressupostos de estabilização económica crescente e no desenvolvimento nacional, continuaremos empenhados e comprometidos com as linhas estruturantes que consubstanciam o fomento das actividades empreendedoras por forma a garantir o emprego e o sustento das famílias. Desta forma, e em conjunto, o Microcrédito e as pequenas e médias empresas serão um dos eixos fundamentais da nossa actividade tendo em vista a redução da pobreza e da fome e a base para o desenvolvimento do capital humano. Podemos, assim, considerar, que o balanço geral do ano de 2010 é positivo e que as acções desenvolvidas tiveram subjacente a orientação estratégica definida e que os resultados alcançados estão gradualmente a convergir para os objectivos e metas traçados no Plano Estratégico para o triénio 2008-2011. O alcance desses níveis só foram possíveis graças ao empenho, dedicação e profissionalismo requeridos de todos os Colaboradores, a cada momento da sua acção quotidiana, contribuindo, assim, para accionar uma cadeia de valor que, de forma integrada, alavancou a dinâmica do Banco Sol. O ano de 2010 ficará marcado, ainda, pela inauguração do NOVO EDIFÍCIO SEDE do Banco, ocorrida em 02 de Dezembro, e cuja cerimónia foi presidida por Sua Exa. Ministro das Finanças, Dr. Carlos Alberto Lopes e com as remarcáveis presenças da 1ª Dama da República, Dra. Ana 7 Mensagem do Presidente da Comissão Executiva Relatório e Contas 2010 Paula dos Santos, da 1ª Vice-Presidente da Assembleia Nacional, Dra. Joana Lina Ramos da Cruz, do Exmo. Sr. Governador do Banco Nacional de Angola, Dr. José Lima Massano, para além de diversas individualidades do cenário político, económico e financeiro nacional. Este edifício passará a congregar as principais áreas de Administração e Direcções do Banco Sol, para além de uma Agência e de um novo Centro de Empresas. Temos orgulho no percurso que nos trouxe até aqui. Estamos seguros e determinados quanto ao caminho que queremos seguir. Procuraremos desenvolver novas estratégias de intervenção no mercado assentes na qualidade, desenvolvimento e na pontualidade técnica, inovando no domínio dos produtos e serviços oferecidos, continuando o nosso projecto de expansão da rede, diversificando os domínios de actuação de forma a alargar o nosso leque de potenciais Clientes. Acreditamos na confiança dos nossos Clientes e na qualidade dos nossos Colaboradores. Uma referência particular vai também ao apoio que temos recebido dos Accionistas do Banco. Finalmente, uma palavra de agradecimento às Autoridades Governamentais e de Supervisão (BNA), pela confiança depositada no nosso Banco e pela constante cooperação. 8 Mensagem do Presidente da Comissão Executiva Relatório e Contas 2010 Coutinho Nobre Miguel Presidente da Comissão Executiva 9 Mensagem do Presidente da Comissão Executiva Relatório e Contas 2010 02 Síntese dos Principais Indicadores Síntese dos Principais Indicadores e Limites 2010 - Análise Anual (USD) DEC/10 BALANÇO RESULTADOS POR FUNÇÕES Margem Financeira Resultado Operacional Financeiro Produto Bancário Resultado Operacional Resultado Antes de Impostos Lucro Líquido Cash Flow DEC/09 VARIAÇÃO % 1,299,914,686 1,159,426,535 259,904,723 332,081,288 1,173,905,194 1,042,403,261 64,007,675 87,643,349 140,488,151 72,176,564 131,501,934 23,635,674 12.1% 27.8% 12.6% 36.9% 46,719,842 82,178,068 88,935,014 23,695,543 26,691,484 26,691,484 44,078,570 31,825,806 32,470,710 81,025,428 32,168,818 32,919,496 32,919,496 45,209,483 14,894,037 49,707,358 7,909,586 -8,619,785 -6,228,012 -6,228,012 -1,709,188 46.8% 153.1% 9.8% -26.8% -18.9% -18.9% -3.8% RENDIBILIDADE Rendibilidade do Activo Total (ROA) Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 2.05% 30.45% 2.80% 47.20% -0.75 -16.75 . . SOLVABILIDADE Rácio de Solvabilidade 20.54% 19.59% 0.95 . Crédito Vencido (+90 d)/Crédito sobre Clientes (em %) Cobertura de Crédito Vencido por Provisões (em %) 45.60% 55.82% 0.20% 34.20% 45.40 21.62 . . Cost-to-Income 2 (em %) Limite Imobilizado 50% FPR Activo Total (líquido)/Custos com o Pessoal Colaboradores/Cash Flow Produto Bancário/Nº de Colaboradores Clientes (número) Agências e Postos de Atendimento (número) Colaboradores do Banco (número) Colaboradores/Agências e Postos de Atendimento 61.9% 48.75% 6.00% 57,7% 116,560 267,202 86 763 9 44.86% 50.16% 8.59% 69,768 125,039 212,516 65 648 10 16.53 -1.41 -2.59 -12,756 -8,480 54,686 21 115 -0.97 . . . -18.3% -6.8% 25.7% 32.3% 17.7% -9.7% 381 97 50,612 39,591 5,543 16,593 128 76 18,795 17,227 5,263 19,390 253 21 31,817 22,364 280 -2,797 197.7% 27.6% 169.3% 129.8% 5.3% -14.4% 8.76 7.70 1.07 . QUALIDADE DO CRÉDITO PRODUTIVIDADE, EFICIÊNCIA E CRESCIMENTO PRODUTOS E SERVIÇOS 1) Calculado de acordo com as regras do BNA - Banco Nacional de Angola (Aviso nº 04/2007) 2) Gastos gerais administrativos/produto bancário 3) Fundos próprios sobre o total dos activos ponderados pelo risco (Aviso nº 05/2007 do BNA) Activo Total (líquido) Crédito sobre Clientes (bruto) Recursos Totais de Clientes Fundos Próprios 1 TPA’s (qtd) ATM’s (qtd) Cartões Multicaixas (qtd) Visa Kumbu Emitidos (qtd) SolNet (qtd) SolSMS (qtd) Valor da Acção 13 Síntese dos Principais Indicadores Relatório e Contas 2010 03 O Banco Sol 3.1 Órgãos Sociais 3.2 Estrutura Accionista 3.3 Missão, Estratégia, Valores e Responsabilidade Social 3.4 Principais Acontecimentos de 2010 3.5 Presença Geográfica e Rede de Balcões 3.6 Recursos Humanos 3.1 Órgãos Sociais CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Sebastião Bastos Lavrador ADMINISTRADORES Coutinho Nobre Miguel António Manuel Graça Paulo Sérgio Lavrador Varínia da Silva Sobral COMISSÃO EXECUTIVA PRESIDENTE Coutinho Nobre Miguel ADMINISTRADORES Paulo Sérgio Lavrador Varínia da Silva Sobral MESA DA ASSEMBLEIA GERAL PRESIDENTA Joana Lina Baptista VICE-PRESIDENTE Mário Sequeira de Carvalho SECRETÁRIO Francisco Domingos Fortunato CONSELHO FISCAL PRESIDENTE Júlio Vieira Bessa 1º VOGAL Noé Baltasar 2º VOGAL KPMG, representada por Dr. Paul de Sousa 17 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 3.2 Estrutura Accionista 18 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 Em 31 de Dezembro de 2010, o Capital Social do Banco Sol, no valor de 1.377.573.266 Kwanzas (equivalente a USD 14.869.696), correspondente a 3.672.403 acções de valor nominal de 75,023 Kwanzas cada, integralmente subscrito e realizado, era detido por 10 accionistas, repartido entre particulares e empresas. POSIÇÕES ACCIONISTAS DO CAPITAL SOCIAL DO BANCO SOL ACCIONISTAS Nº DE ACÇÕES DETIDAS % DO CAPITAL DETIDA Sansul, SA 2.019.821 55,00 Sebastião Bastos Lavrador 382.542 10,42 Noé José Baltasar 198.922 5,42 Ana Paula dos Santos 198.922 5,42 Sociedade de Comércio Martal 198.922 5,42 João Manuel Lourenço 198.922 5,42 Júlio Marcelino Bessa 153.017 4,17 Coutinho Nobre Miguel 107.112 2,91 Maria Mambo Café 107.112 2,91 António Mosquito 107.112 2,91 3.3 Missão, Estratégia, Valores e Responsabilidade Social VISÃO Ser um Banco com distinção no mercado através de uma eficiente cobertura geográfica e permanente inovação de produtos e serviços diferenciados a diferentes segmentos de mercado. MISSÃO Criar valor para os seus Clientes através da comercialização de produtos e serviços financeiros inovadores e personalizados, concebidos para satisfazer a globalidade das necessidades e expectativas financeiras de diferentes segmentos de mercado, observando, contudo, rigorosos padrões de conduta e responsabilidade e, ao mesmo tempo, crescer com rendibilidade, de modo a proporcionar um retorno atractivo aos Accionistas. Embora o objecto social do Banco Sol contemple uma gama universal de serviços financeiros clássicos e a retalho, desde o início da sua actividade, em Outubro de 2001, o microcrédito tem sido um dos pilares estratégicos que tem norteado a actividade do Banco Sol, tendo em vista, sempre, o seu contributo para o desenvolvimento económico e social de Angola. Este continua, e continuará a ser, sem dúvida, um dos aspectos da nossa missão. ESTRATÉGIA Atendendo à sua missão, as principais linhas estratégicas do Banco passam pelos seguintes processos: . contribuição empenhada para o relançamento da bancarização da economia angolana; . aprofundamento do enfoque nos negócios core (microcrédito e retalho), através da crescente implantação geográfica no país; . manutenção de elevados níveis de satisfação, fidelização e envolvimento com os Clientes; . promoção de novas iniciativas em áreas com elevado potencial de crescimento; . valorização, motivação e compensação dos nossos Colaboradores, criando-lhes perspectivas de desenvolvimento de carreira atraentes; . exploração de novas oportunidades de negócio criadas pelas novas tecnologias; . melhoria sustentada dos níveis de rendibilidade e de solidez financeira do Banco; . preparação antecipada de respostas adequadas e oportunas a desafios e obstáculos futuros. VALORES Neste quadro, a relação do Banco Sol com os seus Clientes é sustentada numa base de confiança, isto é, qualquer negócio ou operação bancária pauta-se por padrões éticos, eficazes e de responsabilidade, tendo sempre presente as expectativas e necessidades dos Clientes. O Banco Sol é um Banco universal decidido a criar valor em todos os segmentos de mercado, procurando desta forma marcar a sua presença pela qualidade, excelência e inovação na distribuição dos seus produtos e serviços financeiros. Por outro lado, a transparência e comunicação junto dos Clientes por forma a que estes tomem as suas decisões de uma forma clara e simples, sustentam a relação entre aqueles e o nosso Banco. Reconhecendo a importância dos Colaboradores para a sustentabilidade do Banco, o investimento na formação e nos programas de desenvolvimento, como forma de se obterem novas valências e desempenhos de excelência, constituirá sempre um dever e compromisso do Banco no sentido de mantê-los motivados e focados numa visão comum em torno da nossa instituição. Os traços gerais da cultura do nosso Banco são a independência da gestão, a flexibilidade organizativa, o trabalho de equipa, a rigorosa administração de riscos e a segura criação de valor. 19 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 RESPONSABILIDADE SOCIAL 20 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 A função social é entendida pelo Banco Sol como componente fundamental da sua missão. No âmbito da sua responsabilidade social corporativa, o Banco Sol iniciou nos últimos anos a implementação de um plano de acções que permitirá ter a expectativa de aumentar de forma muito significativa o seu impacto junto das populações mais carenciadas, com especial ênfase nos mais jovens e desfavorecidos, e de forma mais sustentada no tempo e geograficamente mais abrangente. Numa altura em que os mercados foram afectados por uma forte instabilidade, é obrigação do Banco Sol contribuir para o equilíbrio financeiro necessário à promoção do investimento privado e público e ao desenvolvimento económico e social do país. Sensível às alterações económicas e sociais, o Banco Sol procura estar próximo dos Clientes, apoiando-os com o propósito de minorar eventuais dificuldades sentidas no cumprimento das suas responsabilidades, promovendo instrumentos de criação de emprego e incentivando o empreendedorismo. Ao nível de responsabilidade social, o Banco Sol continuará a sua política de apoio regular e de incentivo ao bem-estar das comunidades, promovendo projectos estruturantes e de continuidade. 3.4 Principais Acontecimentos de 2010 JANEIRO No dia 05 de Janeiro é assinada uma ADENDA ao PROTOCOLO para a concessão de Crédito à Habitação aos associados da Caixa de Previdência e Aposentações dos trabalhadores das Alfândegas; Implementação do novo plano de contas das Instituições Financeiras (CONTIF). FEVEREIRO No dia 01 de Fevereiro é inaugurado o Posto do Porto Seco (Viana); No dia 24 de Fevereiro é inaugurado o III Centro de Empresas na Agência da Mutamba. MARÇO No dia 12 de Março é inaugurada a Dependência do Marçal (Rangel); No dia 12 de Março é assinado um PROTOCOLO entre o Banco Sol e o Ministério da Justiça tendo em vista a concessão de crédito pessoal ao consumo e crédito automóvel para os funcionários daquele Ministério; A inauguração do novo EDIFÍCIO SEDE do Banco Sol no dia 02 de Dezembro do corrente exercício, cerimónia esta presidida por Sua Exa. Ministro das Finanças, Dr. Carlos Alberto Lopes, foi um dado marcante no ano de 2010, a par de diversos protocolos assinados com diversos organismos e instituições. A abertura de 21 unidades novas (agências, dependências, centro de empresas e “Caixas Avançados”), durante o exercício de 2010, constituíram outros marcos importantes no corrente exercício que passamos a percorrer cronologicamente: No dia 19 de Março é inaugurada a Dependência dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (Lobito); Entre os dias 29 e 31 de Março, o Banco Sol patrocina o VI-Encontro Nacional da Mulher Empresária promovido pela FMEA-Federação de Mulheres Empreendedoras de Angola na província do Bié. ABRIL Participante no Workshop sobre Microcrédito que teve como orador o Professor Doutor Muhammad Yunnus, prémio Nobel da Paz em 2006. MAIO No dia 05 de Maio é inaugurada o Posto da Repartição Fiscal do Uíge (Uíge). JUNHO No dia 11 de Junho é inaugurada a Dependência da Cuca (Cazenga); No dia 15 de Junho é inaugurado o Posto do Zango (Viana); No dia 16 de Junho é inaugurado o Posto da Quissala (Huambo); No dia 26 de Junho é assinado um PROTOCOLO DE ACORDO entre o Banco Sol e a MATERLIS com vista a facilitar o acesso ao crédito a Particulares para aquisição de mobiliário, decoração e cozinha por medida. 21 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 JULHO No dia 05 de Julho é inaugurado o Posto da Maxi (Lobito); No dia 05 de Julho é inaugurado o Posto da Alfândega de Catuite (Kuando-Kubango). AGOSTO No dia 10 de Agosto é inaugurado o Posto da Alfândega de Yema (Cabinda). SETEMBRO No dia 03 de Setembro, representantes do Banco Sol participam na Palestra promovida pelo Subcomissário Dr. José Alexandre Manuel Canelas sobre a Prevenção de Fraudes no Sistema Bancário; No dia 04 de Setembro é assinado um PROTOCOLO DE ACORDO entre o Banco Sol e a FMEA-Federação de Mulheres Empreendedoras de Angola; No dia 30 de Setembro é inaugurado o Posto da Alfândega de Santa Clara (Cunene); 22 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 No dia 30 de Setembro é inaugurada a Dependência de Malange (Malange); No dia 30 de Setembro é inaugurada a Dependência do Mercado Municipal do Lobito (Lobito). OUTUBRO No dia 15 de Outubro é inaugurado o Posto da Alfândega de Porto Amboim (Kwanza Sul); No dia 18 de Outubro é inaugurado a Caixa Aeroporto de Luanda (Placa); No dia 28 de Outubro é inaugurada a Dependência da Utanga (Kilamba Kiaxi). DEZEMBRO No dia 02 de Dezembro, e numa cerimónia presidida por Sua Exa. Ministro das Finanças, Dr. Carlos Alberto Lopes, o Banco Sol inaugura o novo Edifício Sede (Edifício Sol), o qual vai congregar as principais áreas de Administração e Direcções do Banco Sol, para além de uma agência denominada de “Agência Edifício Sol”; No dia 20 de Dezembro é inaugurado o Posto do Miramar (Sambizanga); No dia 20 de Dezembro é assinado um PROTOCOLO entre o Banco Sol e a OMA-Organização da Mulher Angolana tendo em vista a concessão de microcréditos àquela organização sob o lema “Com o Microcrédito, incentivemos o empreendedorismo junto das mulheres"; O Banco Sol regista um lucro líquido no exercício de 2010 de 2.472.779 milhares de Akz (equivalente a 26.691 milhares de USD), a que corresponde uma rendibilidade dos capitais próprios de 30,5%. 3.5 Presença Geográfica e Rede de Balcões A D P P P P P A P P A P D A D P P D D D D T D D D D P D A S P D S T CE D T S D D CE P P D D CE CE P CA D P P D A Agência D Dependência 23 D D A O Banco Sol Relatório e Contas 2010 A D A P P P D A A A D P Posto S Serviço T Terminal CE Centro de Empresas CA Centro de Atendimento Automático A D P P 3.5 Presença Geográfica e Rede de Balcões 24 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 LUANDA Sede Serviços Centrais I Rua Rei Katyavala, n.º 110/112 Tel.: 222 440 215/ 224/ 226/ 316/ 330/ 340/ 275 222 432 378 222 442 712 222 447 763/ 800 Fax: 222 440 226/ 318 Ferrovia Serviços Centrais II Rua das Kipacas (ao lado do Ferrovia) Tel.: 222 310 121/ 407/ 622/ 975 22 311 377/ 380 Centro de Empresas Ferrovia Rua das Kipacas (Ferrovia) S/N Tel.: 222 310 407/ 622 Fax: 222 311 361 Centro de Empresas Liga Africana Rua da Liga Africana, Lote 38, R/C Tel.: 222 324 604/ 789 222 326 159 Fax: 222 323 157 Centro de Empresas Morro Bento Estrada Directa do Futungo, Morro Bento II Tel.: 222 460 888/ 420/ 227 Centro de Empresas Mutamba Centro de Atendimento Automático Encisa Serviços Centrais III Rua Fernando Brick, n.º 82 Tel.: 222 335 818 222 334 676 Fax: 222 331 730 Rua da Liga Africana, Lote 38, R/C Bairro Maculusso Rua Major Kanhangulo, n.º 101, 1º andar Tel.: 222 331 229/ 317/ 459 Agência da Katyavala Rua Rei Katyavala, n.º 110-112 Tel.: 222 440 215/ 330/ 340/ 375 Dependência da Mutamba Rua Amílcar Cabral, n.º 933, R/C Tel.: 222 390 437/ 715 Dependência do Cazenga Rua do Comércio, n.º 3, R/C Bairro Tala Hady, Zona 19 Tel.: 222 381 094/ 380 Dependência do Cruzeiro Rua Cónego Manuel das Neves, n.º 109 R/C Bairro Patrice Lumumba, Zona 7 Tel.: 222 443 452 222 447 791 222 446 995 Dependência de São Paulo Dependência Amílcar Cabral Dependência do Marçal Rua do Kicombo Estabelecimento, n.º A, R/C, prédio n.º13 Tel.: 222 445 653 222 477 777/17 Rua Amílcar Cabral, nº1, 1º A frente Tel.: 222 337 267 222 339 023 222 394 242/ 806 222 395 928 Fax: 222 394 806 Rua da Brigada S/N Tel.: 222 380 506 Fax: 222 383 955 Dependência da Alfândega de Luanda Dependência do Américo Boavida Dependência do Morro Bento Dependência do Morro Bento II Dependência do Hospital Militar Dependência da Liga Africana Dependência da Rainha Ginga Avenida 4 de Fevereiro Tel.: 222 310 640 Avenida Hoji-Ya-Henda (Inst. do Hospital Américo Boavida) Tel.: 222 381 094/ 380 222 386 338/ 906 222 388 534 Fax: 222 388 302 Estrada do Futungo Morro Bento II Tel.: 222 460 227/ 420/ 577 Rua Pedro de Castro Van-Dúnem Loy S/N Morro Bento II Tel.: 222 397 782/ 836 Rua Doutor Manuel S/N (dentro do Hospital Militar) Tel.: 222 321 033 927 704 070 Fax: 222 323 875 Rua da Liga Africana, lote 38, R/C Bairro Maculusso Tel.: 222 320 942 222 322 713 222 323 158 Fax: 222 322 273 Gaveto da Rua Rainha Ginga com a Rua Joaquim de Figueiredo Tel.: 222 339 799 222 398 403 222 399 032 Fax: 222 393 529 Dependência do Maculusso Dependência do Cacuaco Dependência de Viana Posto das Jembas I Posto da Martal Rua Che Guevara, n.º 8-10 Bairro Maculusso Tel.: 222 333 986 222 334 196 Fax: 222 334 901 Rua Direita de Cacuaco, S/N Tel.: 222 511 289/ 347/ 520 Fax: 222 511 207 Rua 11 de Novembro Tel.: 222 290 926 222 291 014 Rua Rainha Ginga Tel.: 921 547 463 Bairro António Barroso Tel.: 923 283 803 Posto das Jembas II Bairro do Cassenda Tel.: 222 359 170 Posto das Jembas IV Rua da Estrada de Calumbo Viana Tel.: 921 386 177 Posto das Jembas V Largo do Soweto Via Alice Tel.: 222 638 294 Posto das Jembas VII ( Shoprite Palanca) Rua Deolinda Rodrigues S/N Tel.: 923 679 464 Posto do Zango Posto do Porto Seco Rua da ENE/ Sonef-Viana Porto Seco (dentro da Delegação Aduaneira da Segunda Linha de Viana) Tel.: 935 590 191 25 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 Posto da Maxi Terminal da Unicargas Terminal SAL Alfândega de Luanda Terminal da Alfândega do Aeroporto de Luanda 26 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 Rua João Rodrigues, n.º 30 (dentro do supermercado MAXI) Tel.: 921 541 590 ZAIRE Agência do Soyo Av. 4 de Fevereiro (dentro da Unicargas) Tel.: 222 311 365 Posto da Jembas III / Soyo Av. 4 de Fevereiro (dentro da Alfândega de Luanda) Tel.: 222 310 640 Posto da Alfândega de Soyo Atrás do Terminal de Carga, Piquete 2 Tel.: 923 469 422 Bairro da Marinha, S/N Tel.: 232 278 078/ 082 Fax: 232 278 092 Rua da Polícia Fiscal Bairro do Porto Pesqueiro Tel.: 232 278 014 Rua da Estrada da Base do Kwanda Tel.: 232 278 014 MALANJE BENGO Agência do Caxito Dependência do Ambriz Dependência do Bom Jesus Posto da Repartição Fiscal do Ambriz Agência de Malanje Avenida Principal de Caxito, S/N (no entroncamento da via p/ o Ambriz) Tel.: 234 281 007/ 056 Dependência de Cacuso Município do Ambriz Tel.: 234 200 041/ 042 Comuna de Bom Jesus (perímetro da Fábrica da Coca-Cola) Tel.: 928 634 161 Rua 11 de Novembro, S/N (nas inst. da Repartição Fiscal) Tel: 224 200 051/ 052 Rua Comandante Dangereux, S/N Tel.: 251 230 006/ 613 Fax: 251 230 004 Estrada Nacional 230 S/N Tel.: 251 204 928 Fax: 251 204 927 BENGUELA Agência do Lobito Rua 25 de Abril Tel.: 272 226 043/ 044 Fax: 272 226 073 Agência de Benguela Largo 1º de Maio Tel.: 272 236 525/ 526 Dependência do Cubal Rua Comandante Kassange, S/N Tel.: 929 284 466 Posto da Alfândega do Lobito Posto Caminhos de Ferro de Benguela Av. da Independência, n.º 57/59 Edifício da Alfândega Tel.: 271 225 974/ 975 CABINDA Agência de Cabinda Rua Av. General Cravelho Lopes R/C Bairro do Pompão, Lobito Tel.: 272 226 781 923 744 493 Dependência de Cabinda Posto da Alfândega de Cabinda (Porto) Rua Sagrada Esperança, S/N Tel.: 923 341 769 Posto da Alfândega de Malongo Alfândega de Malongo Tel.: 231 220 755/ 756/ 757 Posto da Alfândega do Aeroporto HUAMBO Dependência do Bailundo Posto da Quissala Rua do Comércio Recinto Portuário de Cabinda Tel.: 231 220 755/ 756/ 757 Alfândega de Lândana Tel.: 231 290 027 913 104 403 Posto da Alfândega do Massabi Agência do Huambo Rua Dr. António Agostinho Neto Bairro Deolinda Rodrigues Tel.: 231 224 229 Posto da Alfândega de Lândana BIÉ Agência do Kuito Forças Armadas Cabinda Tel.: 231 220 755/ 756/ 757 Alfândega de Massabi Tel.: 222 551 083 Rua Duque de Chiaze, Bairro 1º de Maio (dentro da Sala de Embarque) Tel.: 923 902 969 Rua Castro Soromenho, n.º 8, 10 e 12, R/C Rua do Comando Provincial da Polícia Nacional Tel.: 241 223 541/ 542/ 543 Fax: 241 223 544 Frente à rotunda do Largo 1º de Maio Tel.: 241 204 943/ 944 Bairro da Munda Mercado da Quissala HUÍLA Agência da Huíla Rua Cidade do Lubango, S/N Tel.: 261 225 544/ 546 923 283 819 Dependência do Lubango Av. 4 de Fevereiro, S/N S. António Tel.: 261 228 251/ 252 Posto das Jembas VI Rua Câmara Leme, 903 Bairro Kitala Kiaco Tel.: 261 220 788 27 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 UÍGE Agência do Uíge Rua António Agostinho Neto, n.º 21, R/C Prédio Café Lima Tel.: 929 084 588 KWANZA-SUL Agência da Quibala 28 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 Dependência do Waku Kungo Alfândega do Porto Amboim Rua Agostinho Neto (próximo das bombas de combustível) Tel.: 236 255 030/ 081 921 295 123 Fax: 236 255 015/ 016/ 017 Rua Dr. António Agostinho Neto Bairro da Pecuária S/N Tel.: 236 250 207/208 Fax: 236 250 209 Rua do Palácio 1º andar (junto ao caminho de ferro e porto) KUANDO KUBANGO Posto do Cassenda Bairro Cassenda n.º 53 Tel.: 222 355 453 Fax: 222 354 641 3.6 Recursos Humanos Em 31 de Dezembro de 2010, a estrutura do género apresenta uma predominância de Colaboradores do sexo feminino (384 elementos), enquanto os Colaboradores do sexo masculino totalizavam 379. 400 Homens 350 Mulheres 300 250 Um banco de sucesso só é possível com pessoas de sucesso. Foi nesse sentido que foram orientados os vectores estratégicos da área de Recursos Humanos. A ideia fundamental que nos assiste é a de conceber políticas e procedimentos optimizados que permitam, por um lado, potenciar um melhor desempenho dos nossos Colaboradores e, por outro, criar as condições para a sua realização pessoal e profissional. No final do período em análise, os indicadores do quadro de pessoal apontam para um total de 763 Colaboradores, um incremento de 115 (17,7%) relativamente a 31 de Dezembro de 2009. Mantém-se a tendência da maior concentração do efectivo na rede comercial (552 Colaboradores – 72,3%) por contraposição com os serviços centrais (211 Colaboradores – 37,7%) o que constitui o reflexo natural de uma política de expansão maioritariamente focalizada na rede de retalho. O plano de acção do Banco Sol em 2010 compreendeu as actividades de recrutamento e selecção, a movimentação de pessoal no interior do Banco, a gestão administrativa, as relações laborais e a formação. COLABORADORES DO BANCO SOL 2010 2009 2008 Colaboradores 763 648 515 Homens (%) 49,7 48,2 47,2 Mulheres (%) 50,3 51,8 52,8 Colaboradores no Edifício Sede, Serviços Centrais e Centro de Empresas 211 196 195 Colaboradores nas Agências, Dependências e Postos de Atendimento 552 452 320 200 150 29 100 O Banco Sol Relatório e Contas 2010 50 0 2008 2009 2010 Durante o exercício de 2010, e no quadro de uma visão orientada para o fomento e desenvolvimento de uma cultura de excelência para o reforço contínuo das competências técnicas, tecnológicas, comportamentais e de conhecimento, e bem assim para a própria realização pessoal e profissional dos Colaboradores, a actividade formativa do Banco Sol conheceu no corrente exercício um forte incremento, que se traduziu na realização de 28 acções que envolveram 195 participantes, oriundos de vários segmentos funcionais do Banco, totalizando 1.093 horas de formação. No que concerne à política de benefícios sociais, o Banco alargou o universo de beneficiários da comparticipação do Banco em despesas de saúde (assistência médica e medicamentosa) e o acesso ao crédito para fins sociais (habitação e consumo) que sofreu igualmente um incremento assinalável em relação ao ano anterior. 04 Envolvente Económica e Financeira 4.1 Enquadramento Económico e Financeiro Internacional 4.2 Enquadramento Económico e Financeiro Nacional 4.1 Enquadramento Económico e Financeiro Internacional PRODUTO INTERNO BRUTO Taxa de variação anual real do PIB 12,0 2008 10,0 2009 8,0 2010 6,0 4,0 2,0 33 0,0 Envolvente Económica e Financeira Relatório e Contas 2010 -2,0 ECONOMIA MUNDIAL -4,0 A economia mundial continuou, em 2010, a recuperação que se iniciou no segundo semestre de 2009, após a forte recessão global de 2008/2009, tendo registado uma taxa de expansão de 4,5-5% no corrente ano, de acordo com a estimativa do FMI-Fundo Monetário Internacional. A actual fase de recuperação tem-se caracterizado por se processar a duas velocidades, com um crescimento mais moderado nas economias avançadas enquanto nos mercados emergentes a actividade permanece robusta. O desempenho global foi liderado pelas economias emergentes, em particular da região Asiática (China e Índia) e da América Latina (Brasil e México), que beneficiaram do crescimento da procura interna e das exportações. -6,0 EUA Zona Euro China Japão África As economias desenvolvidas (EUA, Zona Euro e Japão) prosseguiram a recuperação iniciada nos últimos trimestres de 2009 tendo o crescimento nos Estados Unidos da América (EUA) acelerado para 2,9%, após uma contracção de 2,6% em 2009, apesar da taxa de desemprego se encontrar ainda elevada. Dos quase 9 milhões de desempregados no sector privado durante a recessão de 2008/2009, apenas pouco mais de 1 milhão foi recuperado em 2010, situando-se a taxa de desemprego, no final do ano, nos 9,8%. Na Zona Euro, a estimativa de crescimento da actividade económica em 2010 situa-se em 1,8% (-3,6%, em 2009). A recuperação económica tem sido atribulada, sobretudo pela eclosão da crise da dívida soberana, principalmente nas economias periféricas da Europa-Grécia, Irlanda, Espanha e Portugal, que viram agravar-se as condições de financiamentos externas, quer dos Estados quer do sector bancário. Esta situação afecta a confiança e a estabilidade do sistema financeiro e impõe um custo financeiro significativo sobre os agentes económicos domésticos. 34 Envolvente Económica e Financeira Relatório e Contas 2010 No Japão, a economia registou a maior taxa de crescimento anual desde o início da década de 90, tendo o PIB crescido 4,3% em 2010 (-4,3%, em 2009). A recuperação no Japão foi conduzida pelas exportações devido à recuperação acima das expectativas das economias desenvolvidas e ao aumento da procura de bens de capital por parte da China. No que diz respeito ao Iene japonês, este sofreu uma significativa valorização face ao dólar americano (+12,2%), voltando a ser uma moeda de refúgio em momentos de instabilidade financeira. Na China, o PIB real terá crescido 10,3% (8,7%, em 2009), com as vendas a retalho e a produção industrial a confirmar que a procura doméstica conseguiu expandir-se para lá dos estímulos governamentais. A recuperação da actividade económica na Região Africana em 2010 continuou a ser uma realidade, depois da desaceleração ocorrida em 2009 (2,5%), esperando-se que o crescimento para o conjunto do ano se cifre em 4,9%. Este desempenho deve-se, fundamentalmente, à melhoria da conjuntura nos mercados das “commodities”, suportado pela forte procura asiática de que os países africanos são exportadores. O ano de 2010 ficou também caracterizado pela recuperação do comércio mundial, tendo os volumes de bens e serviços transaccionados crescido cerca de 12% em 2010, face a uma contracção de 10,7% registada em 2009. Os preços das “commodities” registaram igualmente uma forte recuperação, tendo o petróleo crescido em termos médios 27,8% em 2010, face a uma queda de 36,3% em 2009. Em termos de mercados financeiros, o ano de 2010 é marcado por grandes níveis de incerteza, volatilidade e pelo empenho dos Governos e Bancos Centrais em tomar medidas adicionais para estimular as economias e suportar aqueles mercados. Merece, por isso, destaque o apoio mais directo na tomada de medidas de política monetária não convencionais, introduzindo suporte aos mercados de títulos da dívida pública nos EUA e na Europa. Os mercados cambiais voltaram a mostrar uma elevada volatilidade do dólar que oscilou entre um máximo face ao euro de 1,1923 e um mínimo de 1,4513, tendo terminado o ano em 1,3384, com uma queda de 8,3%. 4.2 Enquadramento Económico e Financeiro Nacional PRODUTO INTERNO BRUTO Taxa de variação anual real do PIB 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 PIB, POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL As estimativas indicam uma taxa de crescimento do PIB angolano em torno de 4,5% em 2010 (2,4% em 2009), projectando o FMI, para 2011, um crescimento para próximo de 7,3%. Esta dinâmica revelada no corrente ano reflecte em grande parte a recuperação da procura mundial pelo petróleo e a subida do preço no mercado internacional. A economia angolana beneficiou das perspectivas de crescimento económico favoráveis das economias emergentes, na Ásia e na América Latina (Brasil), para onde actualmente se dirigem cerca de 40% das exportações de petróleo angolanas. A estabilização da economia ao longo de 2010 foi, também, uma consequência das medidas adoptadas no âmbito do acordo firmado com o FMI. De um total de 1.400 milhões de USD acordado com aquele organismo, ao longo de 2010 foram libertados cerca de 890 milhões de USD. Foram tomadas medidas, também, em termos de política monetária, que permitiram recuperar o nível das reservas internacionais e atenuar os efeitos da crise na balança corrente e no equilíbrio das contas públicas. As reservas cambiais, ao longo de 2010, terão subido de 12 mil milhões de USD em Janeiro para 17,5 mil milhões de USD em Dezembro de 2010. 2,0 35 0,0 Envolvente Económica e Financeira Relatório e Contas 2010 2008 2009 2010 A aceleração da actividade económica em 2010 foi alicerçada num aumento das receitas petrolíferas (+2,7%) e num maior dinamismo (+5,7%) dos sectores não energéticos (agricultura, serviços mercantis, indústria transformadora, etc.), os quais deverão, nos próximos anos, continuar a afirmar-se como alternativa em termos de motor de crescimento. EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA SECTORIAL DO PIB Outros 2010 2009 2008 Serviços Mercantis 36 INFLAÇÃO No que diz respeito à evolução dos preços, a inflação terminou 2010 em 15,31% (13,99%, em 2009) acima do objectivo definido pelas autoridades para 2010, 13%. Em 2011, o Governo prevê que a inflação abrande para 12%. Esta aceleração dos preços tem sido condicionada pelo desempenho dos preços dos produtos alimentares e bebidas, onde a subida internacional dos preços das "commodities" alimentares tem forte influência. Paralelamente, a evolução cambial do Kwanza face ao Euro tem vindo gradualmente a penalizar a evolução dos preços dos produtos importados. MERCADO CAMBIAL Construção A taxa de câmbio USD/AKZ oscilou durante o ano de 2010 num intervalo 90-94, tendo nos últimos meses do ano estabilizado num valor próximo de 92,5 Kwanzas por dólar americano. No entanto, a estabilidade face à moeda norte-americana proporcionou uma depreciação face ao Euro, tendo em conta os ganhos que a moeda única europeia registou durante o ano de 2010. O desempenho mais estável da moeda reflecte a politica de estabilização prosseguida pelo BNA-Banco Nacional de Angola, que passa pela utilização de reservas internacionais para controlar o valor da moeda. Envolvente Económica e Financeira Relatório e Contas 2010 Indústria Transformadora Petróleo bruto e gás TAXA DE JURO Agricultura, Sivicultura e Pescas 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 Pela primeira vez em dois anos, o BNA optou por descer a taxa de juro (taxa de redesconto) que cobra aos bancos comerciais por empréstimos de curto prazo. A taxa de redesconto baixou de 30% para 25% e inverteu o ciclo de subidas da taxa de juro iniciado em 2006. Por outro lado, no último trimestre de 2010, o BNA voltou a emitir Bilhetes do Tesouro (BT’s) cujas colocações haviam sido interrompidas no final de 2009. Realizaram-se leilões de BT’s para prazos mais dilatados (91, 182 e 365 dias) e prosseguiram os leilões de TBC’s para a generalidade dos prazos tendo, contudo, as taxas de juro médias destes activos vindo a descer gradualmente a partir do segundo semestre de 2010. Ao longo de 2010, os TBC’s foram um importante instrumento na gestão da liquidez do sistema financeiro. CRÉDITO Apesar dos efeitos desfasados de um contexto internacional desfavorável e mais exigente reflectirem-se numa ligeira degradação na qualidade do crédito em carteira nos bancos comerciais, a evolução do crédito à economia foi substancialmente superior à verificada na captação de recursos. O agregado do crédito global (sector privado e público) terá crescido aproximadamente 10,5% em 2010. Por sectores de actividade, no final de 2010, o crédito às famílias continua a constituir a principal parcela, sobretudo para aquisição de habitação. DEPÓSITOS Em 2010, os depósitos registaram um crescimento de aproximadamente 23,8%1. Esta evolução traduz uma expansão dos depósitos em moeda estrangeira que terão registado um crescimento de 35% enquanto os depósitos em Kwanzas cresceram 12,3%. 37 Envolvente Económica e Financeira Relatório e Contas 2010 05 Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio 5.1 Actividade Comercial 5.2 Microcrédito 5.3 Política e Gestão de Risco 5.4 Política e Gestão de Risco 5.1 Actividade Comercial Fruto da normal dinâmica do Banco e da própria evolução da actividade, durante o ano de 2010 foram inaugurados 21 novos balcões, entre eles, o seu IV Centro de Empresas, na Mutamba, permitindo, assim, encerrar o ano com um total de 86 balcões. Nº DE BALCÕES 90 80 70 Durante o exercício de 2010, a actividade do Banco Sol foi orientada para o cumprimento dos objectivos do negócio e para o reforço da sua posição no mercado bancário angolano, conforme orientações definidas no Plano Estratégico definido para o triénio 2008-2011. A estrutura comercial do Banco foi alvo de algumas adaptações ao longo do ano. A este nível, destaca-se o facto das equipas de serviço aos Clientes nos Centros de Empresas terem sido reorganizadas. É neste contexto que ao nível de Gestão de Clientes o Banco Sol fechou o ano com um total de 267.202 clientes (212.516, no final de 2009) o que representa um crescimento de 54,7% e aproximando-se, desta forma, da meta definida para 2011 (300.000 clientes). 60 50 41 40 Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio Relatório e Contas 2010 30 20 Nº DE CLIENTES 10 300.000 0 2008 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 2008 2009 2010 2009 2010 Ao longo do ano, o Banco desenvolveu diversas parcerias locais para a dinamização do negócio. Em Janeiro, foi assinada uma adenda ao protocolo para a concessão de crédito à habitação aos associados da Caixa de Previdência e Aposentações dos Trabalhadores das Alfândegas. Em Março, foi celebrado um protocolo de colaboração institucional entre o Banco e o Ministério da Justiça tendo em vista a concessão de crédito pessoal ao consumo e crédito automóvel para os funcionários daquele Ministério. Em Junho, foi assinado um protocolo entre o Banco e a MATERLIS com vista a facilitar o acesso ao crédito a particulares para aquisição de mobiliário, decoração e cozinha por medida e, em Setembro, foi assinado um protocolo entre o Banco e a FMEA - Federação de Mulheres Empreendedoras de Angola. CRÉDITOS E DEPÓSITOS Expresso em mAKZ Em 2010, verificou-se uma evolução positiva dos volumes de crédito e de recursos de clientes cujo incremento correspondeu a 27,8% e 12,5%, respectivamente. O Banco dispõe de uma oferta de produtos e serviços estruturada e diferenciada para particulares e empresas e passou a oferecer uma oferta de seguros alargada mediante um acordo com a empresa AAA. Expresso em mUSD Depósitos 1.000.000 800.000 Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio Relatório e Contas 2010 600.000 2009 25.000.000 2010 20.000.000 15.000.000 10.000.000 1.200.000 42 30.000.000 Créditos 5.000.000 0 MN Em termos de composição de carteira de crédito, por sectores de actividade, era a seguinte em 2010 e 2009: 400.000 expresso em mAKZ e % 200.000 0 ME 2008 2009 2010 % 2009 % Particulares 11.675.897 39,3 9.388.944 40,4 Serviços 9.408.888 31,6 7.601.941 32,7 Transportes e Comunicações 3.969.812 13,3 2.012.716 8,7 Outros sectores 4.693.693 29.748.290 15,8 100,0 4.231.362 23.234.963 18,2 100,0 2010 Durante o exercício de 2010, o Banco procedeu à conversão da maioria dos empréstimos concedidos em Dólares dos Estados Unidos para Kwanzas. No final de 2010, o rácio do crédito vencido (+15 dias) totalizava 2.094.923 mAKZ (2.034.2.034 mAKZ, em 2009) e correspondia a 6,8% (8,6%, em 2009) da carteira de crédito. No decorrer do ano de 2010 deu-se continuidade às actividades desenvolvidas no âmbito da recuperação de créditos e que contemplou as seguintes tarefas: . reforço do modelo de recuperação de créditos, processos e ferramentas na antecipação e gestão de sinais de alerta; . revisão das atribuições, responsabilidades e procedimentos na gestão de créditos vencidos; . melhoria das aplicações e ferramentas de suporte à gestão do crédito vencido. A evolução verificada traduziu-se em ganhos de eficiência e controlo no desempenho dos processos de recuperação de créditos. Os recursos totais de clientes evoluíram positivamente 12,5% quando comparado com 2009, suportados, essencialmente, pela rubrica de Depósitos a Prazo, a qual cresceu 36,4%. Por moeda, a composição dos depósitos à ordem e a prazo era a seguinte: 43 Expresso em mAKZ 90.000.000 2009 80.000.000 2010 70.000.000 60.000.000 50.000.000 40.000.000 30.000.000 20.000.000 10.000.000 0 MN ME Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio Relatório e Contas 2010 5.2 Microcrédito No final de 2010, existiam seis programas de apoio ao Microcrédito geridos pelo Banco: Programa Banco Sol, Programa do Fundo Coca-Cola, Programa BP - Greater Plutónio, Programa do Governo Angolano (convenção financeira entre o Ministério das Finanças, Banco Sol e BPC - Banco de Poupança e Crédito), Programa GPL - Governo Provincial de Luanda e Programa Crédito Campanha Agrícola. Em 31 de Dezembro de 2010, a composição do valor do crédito concedido, por programa, era a seguinte: O valor do crédito concedido até ao final de 2010 totalizou 84.656 mUSD (67.586 mUSD no final de 2009), tendo o Banco concedido, durante o exercício de 2010, 17.740 mUSD, dividido pelas duas categorias de microcrédito: rural (5.374 mUSD) e comercial (12.366 mUSD). Para o crescimento sustentado dos resultados, contribuiu o contínuo crescimento da base de clientes que registou um aumento de 6.209 novos clientes, totalizando, no final de 2010, 72.890. Em resumo, no final dos exercícios de 2009 e 2010, a situação era a seguinte: expresso em mUSD Crédito Campanha Agrícola Série 1 Gov. Prov. Luanda 44 expresso em mUSD Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio Relatório e Contas 2010 2010 2009 Crédito Concedido 84.656 67.586 Microcrédito rural 11.076 5.751 Microcrédito comercial 73.580 61.835 Valores a receber (acumulado)1 19.242 15.784 Microcrédito rural 6.547 3.021 Microcrédito comercial 12.695 12.763 Crédito vencido e em mora 1 5.357 8.143 Microcrédito rural 868 2.428 Microcrédito comercial 4.489 5.715 Nº de Clientes 72.890 66.681 MF+BSol+BPC BP - Greater Plutónio 1 Inclui capital e juros Coca-Cola Banco Sol 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 Por tipo de crédito e por províncias, em 31 de Dezembro de 2010, a sua composição era a seguinte: MICROCRÉDITO COMERCIAL MICROCRÉDITO RURAL 45 Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio Relatório e Contas 2010 Luanda Bié Malange Benguela Bengo Zaire Huambo Huíla Kwanza Sul Luanda Bié Uíge Malange Benguela Kwanza Sul Bengo Zaire Durante o ano de 2010, o Banco prosseguiu a expansão do microcrédito a nível nacional e firmou parcerias novas com dois organismos: FEMEA-Federação de Mulheres Empreendedoras de Angola e OMA-Organização da Mulher Angolana. 5.3 Unidades de Apoio ao Negócio OPERAÇÕES 46 Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio Relatório e Contas 2010 No que diz respeito à execução, propriamente dita, das operações que consubstanciam a actividade do Banco, verificou-se um aumento nas operações relacionadas com o crédito pessoal, crédito à habitação e limites de descoberto. O Banco Sol encerrou o ano de 2010 com 39.591 cartões de crédito VISA pré-pagos (KUMBU) emitidos (17.227, até 31 de Dezembro de 2009) e o número de cartões MULTICAIXA colocados em clientes aumentou 169,3% em relação a 2009 e passou para 50.612 (18.795, em 2009). O serviço de transferências rápidas de dinheiro MONEYGRAM está disponível na maioria dos balcões do Banco tornando, assim, mais acessível e conveniente aos Clientes, a transferência de dinheiro, para além de outros serviços. O parque de TPA’s-Terminais de Pagamento Automático e ATM’s-Caixas Automáticas do Banco cresceu de 128 e 76, em 2009, para 381 e 97, respectivamente, no final do ano, em resultado da estratégia mais agressiva assumida pelo Banco. No final do ano de 2010, o Banco Sol tinha ATM’s instalados em 31 Municípios de Angola o que lhe dava o 4º lugar, a nível de bancos comerciais a operar em Angola, no rating de penetração dos ATM’s a nível nacional. Em 2010, o número de Clientes com domiciliação automática do ordenado aumentou, através de alguns protocolos assinados com alguns organismos e empresas estatais. SISTEMAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO O Banco Sol prosseguiu em 2010 a estratégia de modernização e optimização dos seus sistemas de informação. Ao longo deste período, para além do suporte à actividade, manteve-se a aposta no reforço qualitativo das condições infra-estruturais de suporte, na melhoria global dos níveis de serviço e da disponibilidade das aplicações. Merecem referência as seguintes realizações, algumas iniciadas em 2009: . instalação do novo AS400, com capacidade de armazenamento de 1.395 Gigabytes; . interface do carregamento pré-pago com as operadoras de telecomunicações; . pagamento de subscrição de conteúdos da MULTICHOICE através dos ATM’s; . Service Desk-optimização e melhoria de processos; . melhoria da infra-estrutura Windows, com capacidade actual de armazenamento de 1.30 Terabytes e migração da SWIFT para a TRUST LINK; . aplicação de routers. Com base em orientações estratégicas, executou-se um vasto plano de acções, composto por diversas actividades e projectos, alguns deles concluídos em 2010 e outros que continuaram em curso no final do ano de 2010, de que destacamos os seguintes: . aplicação de pagamentos “Amigo Telo”; . CIRC - central de risco: reporte de informação ao BNA-Banco Nacional de Angola; . CISCO - sistema de comunicação interna; . construção de um DATA CENTER no novo Edifício Sol; . construção de um DATA CENTER na Ferrovia; . criação de uma Sala de Mercados; . implementação de uma política de back-ups; . reestruturação da rede WAN do Banco; . implementação de um sistema integrado de gestão de recursos humanos; . reengenharia do processo de arquivo documental do Banco; . optimização do front-office com o objectivo de alcançar ganhos de eficiência e eficácia na concretização de operações (Kanalo); . automatização no pagamento de salários às empresas. No decorrer do ano procedeu-se ainda ao levantamento de alguns processos operativos que permitiram identificar e remediar algumas deficiências, exercício que contribuiu para reduzir o risco operacional do Banco. No final do ano, estavam criadas 381 contas de e-mail e o acesso à internet estava limitado a 200 Colaboradores. Em relação ao acesso à INTRANET por parte dos Colaboradores do Banco, ele atinge os 100% e, em Dezembro de 2010, existiam 650 computadores em rede. BANCA ELECTRÓNICA E TELEFÓNICA (CALL CENTER) Ao longo do ano 2010 foram desenvolvidas e disponibilizadas várias soluções que contribuíram de uma forma significativa para o contínuo crescimento da utilização do serviço SOLNET e para o aumento da fidelização dos Clientes. A consulta do extracto integrado via internet, possibilitou a simplificação do acesso à informação e a redução do tempo de disponibilização da mesma. Dando continuidade a uma das principais preocupações dos últimos anos, foram desenvolvidas diversas acções no sentido de reforçar a segurança na utilização do serviço SOLNET. Desta forma e apesar das ameaças serem cada vez mais sofisticadas e frequentes, tem sido possível reduzir o seu impacto no funcionamento normal do serviço. Alinhada com a estratégia comercial definida pelo Banco, ao nível de aferição do nível de satisfação dos Clientes, promoção/colocação de produtos e/ou serviços, entre outros, o “Call Center”, durante o ano de 2010, manteve uma qualidade de serviço assinalável e reconhecida pelos nossos Clientes, contribuindo, desta forma, para promover o crescimento sustentado da base de Clientes do Banco. AUDITORIA E COMPLIANCE No âmbito das suas funções, o GAU - Gabinete de Auditoria Interna assegurou a verificação e avaliação do controlo interno instituído, sobressaindo o aprimorar dos programas de trabalho para a auditoria operacional e de auditoria contínua, dirigidas às unidades de negócio (agências, postos de atendimento e serviços centrais). Em resultado da experiência acumulada, desenvolveu-se a planificação e estruturação das acções de auditoria interna, com enfoque no objectivo de desempenho, informação e compliance, aproveitando as sinergias advindas da implementação da “Matriz dos Riscos” ao nível do controlo interno. Além disso, foram estruturadas as verificações por tipos de risco, num esforço tendente a racionalizar os meios humanos disponíveis, a fim de manter as acções de auditoria em todo o território nacional. Iniciada em 2009 e concluída em Junho de 2010, foi desenvolvida uma acção de formação onjob junto dos elementos do GAU, por parte da empresa de consultoria ERNST & YOUNG, sobre o Sistema de Controlo Interno, cujos objectivos foram divulgar as boas práticas internas, garantir o cumprimento do normativo interno e externo, potenciar a gestão de risco com a mitigação e assegurar a adesão a políticas de gestão. Todas as acções executadas foram objecto de planeamento, revisão dos papéis de trabalho e relatório. Assim, o GAU assegurou um adequado contributo para a revisão do controlo interno. Prevista para o ano de 2011 a constituição do futuro gabinete/comité de compliance do Banco, o plano de acções e prioridades estabelecidos pela Comissão Executiva do Banco foi executado, em 2010, pelos elementos afectos ao GAU. A actividade dos elementos do GAU nesta área consistiu fundamentalmente em assegurar que o Banco, no exercício de actividades de intermediação financeira, cumpre com os deveres legais e regulamentares a que está sujeito, contribuindo, desta forma, para reforçar a qualidade dos serviços prestados e a confiança dos Clientes que optam por aplicar as suas poupanças em produtos comercializados pelo Banco. 47 Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio Relatório e Contas 2010 5.4 Política e Gestão de Risco 48 Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio Relatório e Contas 2010 A política e gestão de risco do Banco Sol é assumida, cada vez mais, como um vector primordial para o desenvolvimento, rentabilidade e sustentabilidade do negócio, sem prejuízo de se assumir igualmente como um elemento fundamental para assegurar a plena conformidade do Banco com os requisitos e as actuais definições legais e regulamentares nestas matérias, associadas, designadamente, a uma correcta determinação da necessidade de fundos próprios adequados às exposições dos diversos riscos que decorrem da actividade bancária e financeira. As políticas adoptadas no Banco para cada um dos principais riscos (de crédito, liquidez, mercado e cambial, operacional, entre outros) baseiam-se nos objectivos estratégicos e nas expectativas do Conselho de Administração sobre a adequabilidade do seu sistema de gestão de riscos (ver “Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2010 e 2009”, Nota 2. K), pag. 77). Risco de crédito O risco de crédito é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante o Banco. A gestão do risco de crédito no Banco assenta no acompanhamento permanente das carteiras de crédito, atendendo aos objectivos qualitativos estabelecidos anualmente. Deste modo, a gestão avalia, de forma continuada, se os vectores de risco definidos se mantêm consistentes com a estratégia definida para o crédito. A tomada de decisão na concessão de crédito no Banco está concentrada na Comissão Executiva (ver “Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2010 e 2009”, Nota 2. K), pag. 78 e Nota 9., pag. 84). Risco de mercado e cambial O risco de mercado e cambial é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos da carteira de negociação, provocados, nomeadamente, por flutuações em taxas de juro e taxas de câmbio. A gestão do risco de mercado no Banco caracteriza-se pela cobertura de risco de activos com maior volatilidade, nomeadamente nos produtos de taxa fixa e taxa de câmbio das operações contratadas com os Clientes. São realizadas periodicamente análises de sensibilidade a variações das taxas de juro e de câmbio, com recurso a cenários para medição do seu impacto ao nível da margem de juros e nos fundos próprios, de acordo com as recomendações da entidade de supervisão (BNA) (ver “Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2010 e 2009”, Nota 2. K), pag. 77). Risco de liquidez O risco de liquidez é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou capital, decorrentes da incapacidade do Banco dispor, sobretudo no curto prazo, de fundos líquidos para cumprimento das obrigações financeiras, à medida que as mesmas se vencem. O Banco mantém um acompanhamento permanente da sua situação de liquidez corrente, não apenas pelos indicadores presentes nas disposições emanadas das autoridades de supervisão, mas também pelos indicadores internos orientados para uma gestão diária mais eficiente (ver “Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2010 e 2009”, Nota 2. K), pag. 77). Risco operacional O risco operacional consiste no risco de perdas incorridas por inadequação ou deficiência de procedimentos, do pessoal ou dos sistemas internos ou de acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos. Ainda que a sensibilização para a identificação de focos de risco de perdas potenciais e efectivas esteja presente em toda a estrutura, o Banco encontra-se presentemente envolvido na sistematização dos princípios e práticas de risco operacional, definindo-os e documentando-os, no sentido de levar a toda a estrutura orientações cada vez mais precisas que garantam uma mais eficiente gestão deste risco (ver “Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2010 e 2009”, Nota 2. K), pag. 77). 49 Síntese de Actividade das Principais Áreas de Negócio Relatório e Contas 2010 06 Análise Financeira 6.1 Evolução dos Resultados Líquidos e das Rendibilidades (ROA e ROE) 6.2 Margem Financeira e Produto Bancário 6.3 Activo Total 6.4 Créditos 6.5 Provisões para créditos de liquidação duvidosa 6.6 Depósitos 6.7 Títulos e valores mobiliários 6.8 Custos administrativos e de comercialização 6.9 Rácio de solvabilidade 6.1 Evolução dos Resultados Líquidos e das Rendibilidades do Activo (ROA e ROE) Os Resultados Líquidos reflectem, em grande parte, a evolução desfavorável dos Resultados Operacionais (-26,7%, em relação ao exercício anterior), reflexo da evolução das rubricas de Custos com o pessoal, Fornecimentos e Serviços de Terceiros e Provisões sobre Outros Valores e Responsabilidades Prováveis durante o exercício de 2010. 53 Análise Financeira Relatório e Contas 2010 No exercício de 2010, os Resultados Líquidos apurados do Banco Sol foram de 26.692 mUSD (em 2009, 32.919 mUSD). Em 2010, a rendibilidade dos capitais próprios (ROE) situou-se em 30,45% (47,2%, em 2009) e a rendibilidade do activo médio (ROA) em 2,05% (2,8%, em 2009). EVOLUÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO Expresso em mUSD 40.000 Resultado Líquido 30.000 20.000 10.000 0 2008 2009 2010 6.2MargemFinanceira e Produto Bancário O valor atingido pela Margem Financeira em 31 de Dezembro de 2010, 46.720 mUSD (+ 31,4%, em relação a 2009) reflecte, principalmente, a evolução positiva dos juros do crédito (subida das taxas activas) e outros similares durante o exercício em análise. 54 Análise Financeira Relatório e Contas 2010 Expresso em mUSD 100.000 Margem Financeira 80.000 Produto Bancário 60.000 40.000 20.000 0 2008 2009 2010 Por outro lado, o crescimento do Produto Bancário (+ 15,6%, em relação a 2009) é suportado pela evolução favorável dos Resultados de Prestações de Serviços Financeiros (Comissões) que registaram um crescimento de 39,2% em 2010, para contrabalançar uma evolução menos positiva dos Resultados de Operações Cambiais (-14,7%, em relação a 2009). 6.3 Activo Total O Activo Total atingiu 1.299.933 mUSD no final de Dezembro de 2010 (1.159.427 mUSD em 31 de Dezembro de 2009), representando um aumento de 12,0% em relação a 2009. O crescimento do activo foi induzido essencialmente pelo aumento verificado nas rubricas Disponibilidades (+ 40,4%, em relação a 2009) e de Créditos (+ 30,4%, idem). expresso em mUSD 2010 2009 Disponibilidades 423.483 301.480 Aplicações de liquidez 108.920 122.944 Títulos e valores mobiliários 374.817 430.348 Créditos no sistema de pagamentos 5.163 8.390 Operações Cambiais 9.019 9.000 Créditos 317.323 243.292 Outros valores 18.234 6.681 Imobilizações 42.956 1.299.915 37.292 1.159.427 55 Análise Financeira Relatório e Contas 2010 6.4 Créditos 56 Análise Financeira Relatório e Contas 2010 O crédito (bruto) sobre clientes ascendeu a 332.081 mUSD em 31 de Dezembro de 2010, registando um crescimento de 27,8% face aos 259.905 mUSD em 31 de Dezembro de 2009, destacando-se deste valor o crescimento do crédito (habitação e consumo, principalmente) a particulares, trabalhadores e empresas. O total de crédito concedido a particulares e trabalhadores representava 39,2% (40,4%, em 2009) da carteira de crédito do Banco. Durante o exercício de 2010, o Banco procedeu à conversão da maioria dos empréstimos concedidos em Dólares Americanos em Kwanzas. O Microcrédito tem mantido a sua contribuição para este crescimento na carteira do crédito concedido a clientes e viu aumentar a sua base de clientes em 8,5% (eram 66.681 em 31-Dez2009 e 72.890 em 31-Dez-2010). 6.5 Provisões para créditos de liquidação duvidosa A provisão para créditos de liquidação duvidosa totalizava, no final de 2010, 14.759 mUSD (em 2009, 16.613 mUSD). O seu peso, em percentagem do total da carteira de crédito, situou-se em 4,4% no final de 2010 (6,4%, em 2009). O Banco tem mantido uma política de provisionamento prudente e de adequação dos níveis de imparidade à avaliação económica e sectorial dos riscos incorridos. Para tal, ao longo dos últimos exercícios, o Banco tem desenvolvido um intenso esforço de recuperação de créditos vencidos, conduzindo a um progressivo menor volume de crédito susceptível de não ser recuperado. 57 Análise Financeira Relatório e Contas 2010 6.6 Depósitos Os recursos de clientes atingiram o valor de 1.173.905 mUSD em 31 de Dezembro de 2010, evidenciando um aumento de 12,5% em relação aos 1.042.403 mUSD contabilizados em 31 de Dezembro de 2009. Os depósitos à ordem, em moeda nacional, representavam 81,9% no final de 2010 (77,0%, em 2009), enquanto os depósitos a prazo, em moeda nacional, representavam 84,4% no final do ano (87,4%, em 2009). 58 Análise Financeira Relatório e Contas 2010 Expresso em mUSD 1.200.000 Créditos 1.000.000 Depósitos 800.000 600.000 400.000 200.000 0 2008 2009 2010 Os recursos de clientes têm financiado, quase na totalidade, a expansão do crédito. O rácio crédito/recursos de clientes no balanço situa-se em 28,4% em 2010 (em 2009, 24,9%). 6.7 Títulos e valores mobiliários Os activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda totalizavam 374.816 mUSD em 31 de Dezembro de 2010 (430.347 mUSD no final de 2009). Em 31 de Dezembro de 2010, eram constituídos maioritariamente por TBC - Titulos do Banco Central que representavam 68,6% (23%, em 2009) da carteira de títulos. 59 Análise Financeira Relatório e Contas 2010 6.8 Custos administrativos e de comercialização 60 Análise Financeira Relatório e Contas 2010 expresso em mUSD 40.000 Custos com o pessoal 35.000 FST + outros custos 30.000 Amortizações do exercício 25.000 20.000 15.000 10.000 Os custos administrativos e de comercialização, que incluem os custos com o pessoal, os fornecimentos e serviços de terceiros e outros custos, totalizaram 55.390 mUSD em 2010, comparando com 36.595 mUSD em 2009, evidenciando um crescimento de 51,36%. Em 2010, o crescimento dos custos administrativos e de comercialização (acrescido das amortizações do exercício) foi superior ao crescimento do produto bancário proporcionando, desta forma, um agravamento do rácio de eficiência (61,4% em 2010, contra 45,3% em 2009). 5.000 0 2008 2009 2010 Os custos com o pessoal totalizaram 21.650 mUSD em 2010 (13.499 mUSD em 2009), representando um acréscimo de 60,4% em relação a 2009, determinado pelo aumento do número de Colaboradores que registou um assinalável acréscimo (+ 18%) em relação ao ano anterior, tendo atingido em 31 de Dezembro de 2010 um total de 763 Colaboradores (648, em 31 de Dezembro de 2009). Os gastos com Fornecimentos e Serviços de Terceiros ascenderam a 33.383 mUSD em 2010 (+ 10.531 mUSD que em 2009) representando desta forma um acréscimo de 46,1% em relação ao ano anterior. O incremento verificado é influenciado pela expansão da rede e remodelação de vários balcões, uma maior dinamização comercial com o desenvolvimento de algumas campanhas institucionais e de produtos, associado ao crescimento acentuado de alguns custos de prestação de serviços no mercado. As amortizações do exercício totalizaram 8.503 mUSD em 2010 (4.291 mUSD em 2009). 6.9 Rácio de Solvabilidade Os fundos próprios do Banco Sol, calculados de acordo com as normas em vigor em 31 de Dezembro de 2010 do Banco Nacional de Angola (Aviso nº 5/07, de 12 de Setembro), situaramse em 87.643.349 mUSD em 31 de Dezembro de 2010, comparando com 64.008 mUSD apurados em 31 de Dezembro de 2009. O rácio de solvabilidade situou-se em 19,92% no final de 2010, evidenciando uma melhoria face aos 19,6% apurados em 31 de Dezembro de 2009. 61 Análise Financeira Relatório e Contas 2010 07 Proposta de Aplicação de Resultados Proposta de Aplicação de Resultados Considerando as disposições estatutárias do Banco Sol e nos termos da legislação angolana em vigor, nomeadamente a Lei nº 13/05 das instituições financeiras, propõe-se que aos Resultados Líquidos positivos do exercício de 2010 no montante de 2.472.779 milhares de Kwanzas, seja dada a seguinte aplicação: % VALOR Reserva Legal 10,0 247.278 milhares de Kwanzas Dividendos aos accionistas 32,0 791.289 milhares de Kwanzas Resultados Transitados 58,0 1.434.212 milhares de Kwanzas Total 100,0 2.472.779 milhares de Kwanzas 65 Proposta de Aplicação de Resultados Relatório e Contas 2010 08 Demonstrações Financeiras 8.1 Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 8.2 Demonstração dos Resultados em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 8.3 Demonstrações de Mutações nos Fundos Próprios em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 8.4 Demonstrações dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 Anexo às Demonstrações Financeiras 8.1 Balanço BALANÇOS PATRIMONIAIS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos Notas 2010 2009 4 39.232.750 26.952.027 Aplicações de liquidez . Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro 5 . 10.090.681 . 10.994.592 Títulos e Valores Mobiliários . Mantidos para negociação . Mantidos até ao vencimento 6 6 . 33.121.687 1.602.428 34.724.115 . 35.630.750 1.807.715 37.438.465 ACTIVO Disponibilidades PASSIVO Depósitos E FUNDOS . Depósitos à ordem PRÓPRIOS . Depósitos a prazo . Outros depósitos Notas 2010 2009 12 12 12 45.103.029 61.173.091 2.202.991 108.479.111 43.371.097 44.662.272 1.732.849 89.766.218 69 Captações para liquidez . Operações de venda de títulos próprios com acordo de recompra . 105 Créditos no sistema de pagamentos 7 478.339 86.304 Captações com títulos e valores mobiliários 13 271.842 631.802 Operações cambiais 8 835.572 . Créditos . Créditos . Provisão para créditos de liquidação duvidosa 9 9 . 30.765.007 (1.367.279) 29.397.728 . 23.622.330 (1.485.134) 22.137.196 Obrigações no sistema de pagamentos Operações cambiais Outras captações Outras obrigações Provisões para responsabilidades prováveis Total do Passivo 14 15 16 17 18 391.658 1.943.219 3.145 679.587 539.892 112.308.454 331.341 2.670.091 357.592 2.162.446 332.776 96.252.371 Outros Valores 10 1.689.272 1.545.312 Imobilizações . Imobilizações financeiras . Imobilizações corpóreas . Imobilizações incorpóreas 11 11 11 . 21.393 1.920.620 2.037.532 3.979.545 . 27.560 1.421.969 1.884.297 3.333.826 Capital social Reservas e fundos Resultados potenciais Resultados transitados Resultado do exercício Total dos Fundos Próprios Total do Passivo e dos Fundos Próprios 19 19 19 19 19 1.377.573 1.377.573 717.980 423.686 301.233 301.233 3.249.978 1.189.922 2.472.784 2.942.937 8.119.548 6.235.351 120.428.002 102.487.722 120.428.002 102.487.722 Total do Activo O anexo faz parte integrante destes balanços. Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 8.2 Demonstração dos Resultados DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos Notas 2010 2009 PROVEITOS DE INSTRUMENTOS Proveitos de aplicações de liquidez 20 196.640 135.393 FINANCEIROS ACTIVOS Proveitos de títulos e valores mobiliários 20 5.326.835 5.298.056 Proveitos de créditos 20 4.818.917 1.965.705 CUSTOS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS PASSIVOS RESULTADOS 70 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 CUSTOS ADMINISTRATIVOS E DE COMERCIALIZAÇÃO Custos de depósitos Custos de captações para liquidez Margem Financeira 20 20 . (6.001.943) (12.182) 4.328.267 (4.154.844) (64.885) 3.179.425 Resultados de operações cambiais Resultados de prestações de serviços financeiros Provisões para crédito de liquidação duvidosa Resultado de Intermediação Financeira 21 22 18 . 2.252.375 1.658.563 (625.984) 7.613.221 2.548.797 1.149.595 (475.426) 6.402.391 Pessoal Fornecimentos de terceiros Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado Penalidades aplicadas por autoridades reguladoras Outros administrativos e de comercialização Depreciações e amortizações Provisões sobre outros valores e repsonsabilidades prováveis Resultados de imobilizações financeiras Outros proveitos e custos operacionais Proveitos e Custos Operacionais 23 24 25 . . 11 18 18 26 . (2.005.696) (3.092.707) (29.210) (3.530) (352) (787.721) (236.004) 462 736.768 (5.417.990) (1.206.767) (2.073.395) (19.242) (2.471) (90) (383.647) (148.843) 515 395.600 (3.438.340) . 2.195.231 2.964.051 27 277.553 (21.114) . 2.472.784 2.942.937 28 . . . 2.472.784 2.942.937 Resultado Operacional Resultado não Operacional Resultado antes de Impostos e Outros Encargos Encargos sobre o resultado corrente Resultado Líquido do Exercício O anexo faz parte integrante destas demonstrações. 8.3 Demonstração de Mutações nos Fundos Próprios DEMONSTRAÇÕES DE MUTAÇÕES NOS FUNDOS PRÓPRIOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 2009 Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos CAPITAL SOCIAL RESERVAS RESULTADOS E FUNDOS POTENCIAIS RESULTADOS RESULTADOS TRANSITADOS DO EXERCÍCIO TOTAL Saldos em 31 de Dezembro de 2008 1.377.573 491.266 . . 1.597.214 3.466.053 Saldos em 1 de Janeiro de 2009 (CONTIF) 1.377.573 491.266 . . 1.597.214 3.466.053 Transferência do resultado de 2008 Distribuição de dividendos Reavaliação de imobilizado Reclassificação de reservas de reavaliação Resultado do exercício . . . . . 159.721 . 73.932 (301.233) . . . . 301.233 . 1.189.922 . . . . (1.349.643) (247.571) . . 2.942.937 . (247.571) 73.932 . 2.942.937 1.377.573 423.686 301.233 1.189.922 2.942.937 6.235.351 . . . 294.294 . . . . . 2.060.056 . . (2.354.350) (588.587) 2.472.784 . (588.587) 2.472.784 1.377.573 717.980 301.233 3.249.978 2.472.784 8.119.548 Saldos em 31 de Dezembro de 2009 Transferência do resultado de 2009 Distribuição de dividendos Resultado do exercício Saldos em 31 de Dezembro de 2010 O anexo faz parte integrante destas demonstrações. 71 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 72 8.4 Demonstrações dos Fluxos de Caixa DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos 2010 2009 162.487 193.397 RECEBIMENTOS Juros de aplicações de liquidez 5.375.672 4.578.974 PROVENIENTES DE Juros de títulos e valores mobiliários 1.836.106 4.189.567 Juros de créditos PAGAMENTOS DE (5.552.421) (12.182) 3.397.335 (3.687.584) (64.885) 3.621.796 2.252.375 1.658.563 7.308.273 2.548.797 1.149.595 7.320.188 Pagamentos de custos administrativos e de comercialização Liquidação de operações no sistema de pagamentos Outros custos e proveitos operacionais Fluxos de Caixa das Operações (5.131.495) (331.718) 707.880 2.552.940 (3.301.965) 245.037 395.604 4.658.864 Investimentos em aplicações de liquidez Investimentos em títulos e valores mobiliários activos Investimentos em operações cambiais Investimento em créditos Investimentos em outros valores Investimentos em imobilizações Outros ganhos e perdas não operacionais Fluxos de Caixa de Investimentos 907.154 3.462.211 (1.562.444) (7.257.166) (143.498) (1.433.440) 277.553 (5.749.630) (3.301.965) 9.800.558 Financiamentos através de depósitos Financiamentos através de captações para liquidez Financiamentos através de captações através de títulos e valores mobiliários Financiamentos através de operações cambiais Financiamentos através de outras captações Financiamentos através de outras obrigações Distribuição de dividendos Fluxos de Caixa dos Financiamentos 18.263.371 (105) (359.960) . (354.447) (1.482.859) (588.587) 15.477.413 44.024.979 105 (31.256.127) 2.670.091 185.447 128.867 (274.571) 15.505.791 Variações em Disponibilidades 12.280.723 15.280.681 Disponibilidades no início do exercício Disponibilidades no fim do exercício 26.952.027 39.232.750 11.671.346 26.952.027 Juros de depósitos Juros de captações para liquidez Margem Financeira Resultados de Operações cambiais Resultados de prestações de serviços financeiros Fluxos de Caixa da Intermediação Financeira Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 INVESTIMENTOS FINANCIAMENTO O anexo faz parte integrante destas demonstrações. (9.429.118) (164.881) (1.433.037) (21.114) (4.883.974) Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 Montantes em milhares de Kwanzas Angolanos - mAKZ, excepto quando expressamente indicado de atendimento, 4 centros de empresas, 5 caixas avançadas e 1 centro automático (39 agências, 19 postos de atendimento, 3 centros de empresas, 3 caixas avançadas e 1 centro automático em 31 de Dezembro de 2009). 2. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos mantidos pelo Banco, de acordo com os princípios contabilísticos consagrados no Plano Contabilístico das Instituições Financeiras (CONTIF), nos termos do Instrutivo nº 9/2007, de 19 de Setembro, emitido pelo Banco Nacional de Angola e actualizações subsequentes. Estes princípios poderão diferir dos geralmente aceites em outros países. O CONTIF tem como objectivo a uniformização dos registos contabilísticos e das divulgações financeiras numa aproximação às práticas internacionais, através da convergência dos princípios contabilísticos às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS – International Financial Reporting Standards). As demonstrações financeiras do Banco relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 não foram ainda objecto de aprovação pela Assembleia Geral. No entanto, o Conselho de Administração do Banco admite que as mesmas venham a ser aprovadas sem alterações significativas. As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 encontram-se expressas em milhares de Kwanzas Angolanos, tendo os activos e passivos denominados em outras divisas sido convertidos para moeda nacional com base no câmbio médio indicativo publicado pelo Banco Nacional de Angola naquelas datas. Em 31 de Dezembro 2010 e 2009, os câmbios do Kwanza Angolano (AKZ) face ao Dólar dos Estados Unidos (USD) e ao Euro (EUR) eram os seguintes: 31.12.2010 31.12.2009 1 USD = 92,643 89,398 1 EUR = 122,696 128,202 1. NOTA INTRODUTÓRIA O Banco Sol S.A. (adiante igualmente designado por “Banco Sol” ou “Banco”) foi constituído por Escritura Pública de 1 de Outubro de 2000, na sequência da comunicação do Banco Nacional de Angola de 15 de Março de 2004 que autorizou a sua constituição, e encontra-se sediado na Rua Rei Katyavala, nº 110/112 em Luanda. O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplica, juntamente com os seus recursos próprios, na concessão de empréstimos, em depósitos no Banco Nacional de Angola, em aplicações em instituições de crédito, na aquisição de títulos e em outros activos, para os quais se encontra devidamente autorizado. Adicionalmente, presta ainda outros serviços bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda estrangeira. Para o efeito, em 31 de Dezembro de 2010, dispunha de uma rede nacional de 47 agências, 29 postos COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO Até 31 de Dezembro de 2009, as demonstrações financeiras do Banco foram preparadas de acordo com os princípios consagrados no Plano de Contas das Instituições Financeiras (PCIF), conforme definido no Instrutivo nº 13/1999, de 1 de Setembro, do Banco Nacional de Angola, 73 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 o qual entrou em vigor em 1 de Abril de 2000, na sequência da Directiva nº 2/DSB, de 16 de Fevereiro e actualizações subsequentes. No exercício de 2010, o Banco adoptou as normas contabilísticas estabelecidas no Plano de Contas das Instituições Financeiras (CONTIF), conforme definido no Instrutivo nº 09/07 do Banco Nacional de Angola, tendo as demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009, apresentadas para efeitos comparativos (demonstrações financeiras pró-forma), sido elaboradas e re-expressas com base nas normas em vigor em 31 de Dezembro de 2010. Este processo implicou a reclassificação de diversas rubricas ao nível do Balanço e da Demonstração de Resultados, não tendo, contudo, impactos em termos patrimoniais (Nota 3). As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: A) ESPECIALIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS 74 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 Os proveitos e custos são reconhecidos em função do período de vigência das operações, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, sendo registados quando se vencem, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. Fundo de Pensões de benefício definido, complementar ao Sistema de Segurança Social obrigatório. A pensão de reforma por velhice será atribuída a todos os empregados que tenham prestado, no mínimo, 6 anos de serviço contínuo a partir de 31 de Julho de 2006, momento a partir do qual é calculado o benefício. Desta forma, e tal como se encontra definido no Contrato de Constituição do Fundo, no momento da constituição do mesmo não existiam responsabilidades por serviços passados. De acordo com a Lei 2/2000 e com os artigos 218º e 262º da Lei Geral do Trabalho, a compensação a pagar pelo Banco no caso de caducidade do contrato de trabalho por reforma do trabalhador determina-se multiplicando 25% do salário base mensal praticado na data em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma pelo número de anos de antiguidade. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, o Banco tinha constituído uma provisão no montante de mAKZ 3.510 (Nota 18) para fazer face a tais responsabilidades. Por outro lado, a Lei nº 07/04, de 15 de Outubro, que revogou a Lei nº 18/90, de 27 de Outubro, que regulamenta o sistema de Segurança Social de Angola, prevê a atribuição de pensões de reforma a todos os trabalhadores Angolanos inscritos na Segurança Social. O valor destas pensões é calculado com base numa tabela proporcional ao número de anos de trabalho, aplicada à média dos salários ilíquidos mensais recebidos nos períodos imediatamente anteriores à data em que o trabalhador cessar a sua actividade. De acordo com o Decreto nº 7/99, de 28 de Maio, as taxas de contribuição para este sistema são de 8% para a entidade empregadora e de 3% para os trabalhadores. B) TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS D) CRÉDITOS As operações em moeda estrangeira são registadas de acordo com os princípios do sistema “multicurrency”, sendo cada operação registada em função das respectivas moedas de denominação. Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Kwanzas Angolanos à taxa de câmbio média publicada pelo Banco Nacional de Angola à data do balanço. Os custos e proveitos relativos a diferenças cambiais, realizadas ou potenciais, são registados na demonstração dos resultados do exercício em que ocorrem, nas rubricas de proveitos ou custos vinculadas às contas de activos e de passivos, todas com a especificação “Variação cambial”. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o Banco não utilizou instrumentos financeiros derivados. C) RESPONSABILIDADES COM PENSÕES DE REFORMA Os trabalhadores do Banco estão inscritos na Segurança Social. Contudo, o Banco assumiu o compromisso voluntário de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complemento de pensões de reforma por velhice e subsídio por morte, tendo para tal constituído um Os créditos concedidos a clientes são registados inicialmente pelo seu valor nominal. A componente de juros é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. O Banco procede à anulação de juros vencidos há mais de 60 dias e não reconhece juros a partir dessa data. Posteriormente, as operações de crédito concedido a clientes, incluindo as garantias e avales prestados, são submetidas à constituição de provisões, de acordo com o Aviso do Banco Nacional de Angola nº4/2009, de 20 de Maio, que veio revogar o Aviso nº9/2007, de 12 de Setembro sobre a mesma matéria, e demais instruções e normas aplicáveis. As operações de crédito concedido e as garantias prestadas são classificadas por ordem crescente de risco, de acordo com os seguintes níveis: NÍVEL A B C D E F G RISCO E) RESERVA DE ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO CAPITAL SOCIAL Nulo Muito Reduzido Reduzido Moderado Elevado Muito elevado Perda Nos termos do Aviso nº 2/2009, de 8 de Maio, do Banco Nacional de Angola sobre actualização monetária, o qual revogou o Aviso nº 10/2007, de 26 de Setembro, as instituições financeiras devem, em caso de existência de inflação, considerar mensalmente os efeitos da modificação no poder de compra da moeda nacional, com base no Índice de Preços ao Consumidor. No exercício de 2010, o Banco não procedeu à actualização monetária dos seus fundos próprios, em virtude da inflação verificada, bem como a evolução cambial que ocorreu ao longo do período, não perspectivarem que Angola pudesse ser considerada uma economia hiperinflacionária, nos termos do normativo em vigor. Durante o exercício de 2009, o Banco procedeu à actualização monetária do seu imobilizado no montante de mAKZ 73.932 de acordo com a evolução do Índice de Preços do Consumidor, tal como preconizado no anterior Plano de Contas para as Instituições Financeiras (PCIF). Embora o novo normativo contabilístico em vigor (CONTIF) apenas preveja a actualização monetária em situações de hiperinflação, o Banco de acordo com o nº3 do Instrutivo nº 09/07, de 19 de Setembro, não procedeu à anulação de tal actualização nas demonstrações financeiras reexpressas do exercício de 2009. PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA As provisões para créditos de liquidação duvidosa são revistas mensalmente em função do tempo decorrido desde a data de entrada das operações em incumprimento, sendo os níveis mínimos de provisionamento calculados de acordo com a tabela seguinte: NÍVEIS DE RISCO % DE PROVISÃO MÍNIMA A B C D E F G 0% 1% 3% 10% 20% 50% 100% TEMPO DECORRIDO DESDE até de 15 a de 1 a 2 de 2 a 3 de 3 a 5 de 5 a 6 mais de A ENTRADA EM INCUMPRIMENTO 15 dias 30 dias meses meses meses meses 6 meses Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 F) IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS As imobilizações financeiras encontram-se registadas ao custo de aquisição. Quando este se encontra denominado em moeda estrangeira é objecto de actualização cambial. Sempre que se estimam perdas permanentes no seu valor de realização, são constituídas as respectivas provisões. G) IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS E CORPÓREAS A classificação das operações de crédito de um mesmo cliente ou grupo económico é efectuada na classe que apresentar maior risco. Para operações de um mesmo cliente, com responsabilidades inferiores a mAKZ 1.000, no momento da concessão do crédito é adoptada a classificação no nível de risco B. Para os créditos concedidos a clientes por prazos superiores a dois anos, o tempo decorrido desde a entrada em incumprimento é considerado em dobro face ao período de tempo acima indicado. Seis meses após a classificação de uma operação na Classe G, o Banco abate esse crédito ao activo e utiliza a respectiva provisão. Adicionalmente, estes créditos permanecem registados numa rubrica extrapatrimonial por um prazo mínimo de dez anos. Nas situações em que são efectuadas recuperações de créditos anteriormente abatidos ao Activo por utilização de provisões, os montantes recebidos são registados na rubrica de “Resultado não operacional”. 75 As imobilizações incorpóreas correspondem, essencialmente, a trespasses, gastos de organização e expansão, benfeitorias em imóveis de terceiros e a software. Estas despesas são registadas ao custo de aquisição e amortizadas linearmente ao longo de um período de três anos, com excepção das benfeitorias realizadas em imóveis de terceiros, as quais são amortizadas conforme o prazo expectável de duração do contrato de arrendamento ou pela vida útil das mesmas, se inferior. As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método das quotas constantes às taxas máximas fiscalmente aceites como custo, de acordo com o Código do Imposto Industrial, que correspondem aos seguintes anos de vida útil estimada: ANOS DE VIDA ÚTIL Edifícios EQUIPAMENTO . Mobiliário e material . Máquinas e ferramentas . Equipamento informático . Instalações interiores . Material de transporte . Outro equipamento 10 a 50 10 7 3 10 3 10 H) CARTEIRA DE TÍTULOS 76 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 O Conselho de Administração do Banco determina a classificação dos seus investimentos no reconhecimento inicial. Atendendo às características dos títulos e à intenção quando da sua aquisição, estes são classificados numa das seguintes categorias: mantidos para negociação e mantidos até ao vencimento. TÍTULOS MANTIDOS PARA NEGOCIAÇÃO São considerados títulos mantidos para negociação os títulos adquiridos com o objectivo de serem activa e frequentemente negociados. Os títulos mantidos para negociação são reconhecidos inicialmente ao custo de aquisição, incluindo custos directamente atribuíveis à aquisição do activo. Posteriormente, são valorizados ao justo valor, sendo o respectivo proveito ou custo proveniente da valorização reconhecido em resultados do exercício. Face ao facto de tais títulos terem o seu vencimento previsto durante os próximos 365 dias, o Conselho de Administração do Banco entende que o custo de aquisição dos mesmos, adicionado dos juros corridos, corresponde à melhor aproximação do seu justo valor. TÍTULOS MANTIDOS ATÉ AO VENCIMENTO São considerados títulos mantidos até ao vencimento, aqueles que são adquiridos com a finalidade de os manter em carteira até ao vencimento, desde que haja capacidade financeira do Banco para tal. Os títulos mantidos até ao vencimento são registados ao custo de aquisição, acrescidos dos seus rendimentos ao longo da vida do título, reconhecendo-se eventuais lucros ou prejuízos apurados na data do seu vencimento pela diferença entre o preço realizado e o seu valor contabilístico. Os Títulos do Banco Central são emitidos a valor descontado e registados pelo seu custo de aquisição. A diferença entre este e o valor nominal, que constitui a remuneração do Banco, é reconhecida contabilisticamente como proveito ao longo do período compreendido entre a data de compra e a data de vencimento dos títulos, na própria conta com a especificação “Proveitos a receber”. Os títulos cedidos a clientes com acordo de recompra permanecem registados na carteira de títulos do Banco, sendo o montante da recompra registado na rubrica “Operações de venda de títulos próprios com acordo de recompra”. A diferença entre o valor de recompra contratado e o respectivo valor de venda é registada na rubrica referida anteriormente com a especificação “Custos a pagar”. As Obrigações do Tesouro adquiridas a valor descontado são registadas pelo seu custo de aquisição. A diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal destes títulos, que corresponde ao desconto verificado no momento da compra, é reconhecida durante o período de vida do título na própria rubrica com a especificação “Proveitos a receber”. As Obrigações do Tesouro emitidas em moeda nacional indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos encontram-se sujeitas a actualização cambial. Deste modo, o resultado da actualização cambial do valor nominal do título, do desconto e do juro corrido, é reflectido na demonstração dos resultados do exercício em que ocorre na rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários”. As Obrigações do Tesouro emitidas em moeda nacional indexadas ao Índice de Preços do Consumidor (IPC) encontram-se sujeitas a actualização do valor nominal do título de acordo com a variação do acima referido índice. Deste modo, o resultado da referida actualização do valor nominal do título e do juro corrido, é reflectido na demonstração dos resultados do exercício em que ocorre. Tal como definido pela alínea c) do nº 1 do artigo nº 23 do Código Industrial, todos os rendimentos dos títulos emitidos pela República de Angola detidos pelo Banco, ou seja, Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro, estão isentos de qualquer imposto. I) PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS Destinam-se a suportar perdas e outras contingências, nomeadamente as decorrentes de activos não recuperáveis, fraudes, falhas de caixa, etc.. J) CONTRIBUIÇÃO INDUSTRIAL O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto Industrial, sendo considerado fiscalmente um contribuinte do Grupo A. A tributação dos seus rendimentos é efectuada nos termos dos números 1 e 2 do Artigo 72º, da Lei nº 18/92, de 3 de Julho, sendo a taxa de imposto aplicável de 35%, na sequência da Lei nº 5/99, de 6 de Agosto. A legislação fiscal angolana permite que as perdas fiscais possam ser utilizadas por um período até 3 anos. K) POLÍTICAS DE GESTÃO DE RISCOS E LIMITES DE COMPETÊNCIA DEFINIDOS A política de gestão de riscos do Banco Sol, baseia-se nos objectivos estratégicos e nas expectativas do Conselho de Administração sobre a adequabilidade do seu sistema de gestão de riscos. Neste âmbito, o Conselho de Administração considera-se responsável por: . Definir os pressupostos e processos de análise quantitativa e/ou qualitativa para identificação/acompanhamento/monitorização e controlo da exposição aos riscos considerados relevantes para o Banco; . Implementar um processo de monitorização dos riscos, com suporte quantitativo adequado, com o objectivo de encadear a exposição aos riscos com os respectivos impactos em capital; . Definir níveis de tolerância para os vários riscos/factores de risco, bem como o seu encadeamento com a implementação de mecanismos e iniciativas de mitigação e/ ou transferência do risco, de acordo com níveis de alerta definidos. A gestão de riscos do Banco é formalizada e comunicada na figura do “Comité de Risco”, de modo a assegurar que as directrizes são comunicadas transversalmente, utilizando o poder institucional, sendo reflectidas de forma completa na concessão e aceitação de riscos, bem como na mensuração, monitorização e controlo das diversas exposições. O controlo de alto nível dos processos e funções de gestão do risco está assegurado por tal órgão consultivo, estabelecido pelo Conselho de Administração, para o apoio na tomada de decisões sobre o risco. RISCO CAMBIAL O Banco incorre neste risco resultante da manutenção de uma determinada posição em aberto em moeda estrangeira, pelo facto de quaisquer variações adversas nas taxas de câmbio do mercado poderem originar prejuízos reais ou potenciais. Neste caso, o Banco considera posição em aberto qualquer situação em que as responsabilidades globais do Banco por liquidar, numa determinada moeda, não são iguais ao respectivo montante global que o Banco tem a receber nessa moeda. RISCO DE TAXA DE JURO O Banco incorre neste risco resultante das variações adversas nas taxas de juro e, concomitantemente, nos prémios ou descontos dos câmbios a prazo das moedas em causa. Este risco resulta da não coincidência dos prazos de vencimento dos recebimentos e pagamentos numa determinada moeda, aumentando o crescimento do “gap” – diferença entre o total de recebimentos e o total de pagamentos, com vencimentos no período respectivo. RISCO DE LIQUIDEZ Em termos de gestão do risco de liquidez (incluindo gestão de activos e passivos, taxa de juro e cambial), o objectivo é de assegurar que o Banco Sol dispõe de fundos próprios líquidos suficientes para cumprir as suas obrigações financeiras à medida que as mesmas se vencem, e que tal é efectuado de acordo com os objectivos de negócio. Sistematizando, o processo de gestão do risco de liquidez integra os domínios fulcrais da gestão do negócio, com risco implícito, como sejam a gestão de activos e passivos, gestão da liquidez e gestão da tesouraria. Estes domínios tratam todo o risco de liquidez da Instituição, ao considerarem respectivamente a gestão global da estrutura de balanço, a gestão dos fundos próprios líquidos e a gestão operacional dos “cashflows” implícitos do negócio. Sob o ponto de vista funcional, o objectivo da gestão do risco de liquidez passa pela produção de informação de gestão, a qual possibilite uma análise mais abrangente do comportamento esperado dos activos e passivos financeiros do balanço do Banco Sol. RISCO OPERACIONAL Os fundamentos assumidos para fins de risco operacional estão estritamente ligados ao controlo interno numa abordagem conjunta encontrando-se o Banco a desenvolver procedimentos e controlos que permitam avaliar: . Práticas com clientes, produtos e de negócio (incluindo falhas no cumprimento com imposições internas e externas); . Execução, entrega e gestão dos processos; . Danos em activos físicos; . Interrupção de negócios e falhas nos sistemas; . Práticas de emprego e segurança no trabalho; . Fraude interna; . Fraude externa. 77 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 RISCO DE CRÉDITO Corresponde ao risco em que o Banco incorre devido ao incumprimento das obrigações da contraparte, sendo um dos riscos mais relevantes na actividade do Banco. Deste modo, a concessão de crédito está sujeita a procedimentos rigorosos que assegurem o cumprimento da estratégia definida e, também, das normas estabelecidas pelo Banco Nacional de Angola. Por forma a potenciar os efeitos de mitigação, em particular no que concerne à diminuição de perdas provenientes de risco de crédito, o Conselho de Administração tem vindo a apostar na consolidação do ambiente de controlo. Aliás, a tomada de decisão na concessão está concentrada ao mais alto nível (Comissão Executiva). Informação adicional sobre a política de concessão e gestão de risco de crédito é fornecida na nota 9. 78 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 investimento adoptada (Nota 2 k)), o Banco considerou que a classificação mais adequada para os seus títulos e valores mobiliários seria a de mantidos para negociação e de mantidos até ao vencimento. B. REAVALIAÇÃO DE IMÓVEIS DE USO PRÓPRIO O CONTIF prevê a reavaliação dos imóveis de uso próprio pelo seu justo valor. No entanto, o Aviso do Banco Nacional de Angola n.º 11/07 que regulamenta a reavaliação de imóveis de uso próprio refere que a mesma é opcional e prevalece sobre o novo normativo contabilístico. Desta forma, o Banco optou por não reavaliar os seus imóveis de uso próprio. Consequentemente, não existiram ajustamentos de transição decorrentes da possibilidade de alteração deste critério contabilístico. 3. ADOPÇÃO DAS NORMAS CONTIF C. IMPOSTOS I) PRINCIPAIS ALTERAÇÕES O CONTIF prevê o reconhecimento contabilístico dos impostos sobre lucros no mesmo período e de forma consistente com o reconhecimento efectuado das operações a que se referem, ou seja, no caso de operações cujo registo é efectuado por contrapartida de fundos próprios o registo do respectivo imposto será igualmente registado por contrapartida de fundos próprios, no caso de operações cujo registo é efectuado por contrapartida de resultados o registo de imposto será efectuado por contrapartida de resultados. Os novos critérios contabilísticos pressupõem o registo de impostos diferidos activos e passivos quando se verificarem diferenças entre o valor contabilístico de um activo ou de um passivo e a base tributável para efeitos fiscais. No caso do Banco, os impostos diferidos a serem registados seriam decorrentes das seguintes situações: a reavaliação de activos pelo seu justo valor (títulos e valores mobiliários e imóveis de uso próprio) ou do efeito de alterações contabilísticas. Contudo, como o Banco optou pelo registo dos títulos e valores mobiliários na carteira de mantidos para negociação e mantidos até ao vencimento pelo seu custo de aquisição e como optou por não reavaliar os imóveis de uso próprio, estes factos implicaram que à data da transição não existiram impostos diferidos a registar. As principais alterações decorrentes da adopção do CONTIF face ao anterior PCIF podem ser resumidas como segue: A. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS O CONTIF prevê a classificação dos títulos em três categorias distintas: disponíveis para venda, para negociação e mantidos até ao vencimento. A classificação na categoria de disponíveis para venda e para negociação prevê que os títulos e valores mobiliários sejam registados pelo seu justo valor, sendo que no caso dos disponíveis para venda a variação do justo valor é registada como contrapartida de fundos próprios e no caso dos títulos e valores mobiliários para negociação a reavaliação dos mesmos seria registada por contrapartida de resultados. Tal como referido na Nota 2 h), a classificação de alguns títulos na categoria de mantidos para negociação não produziu efeitos patrimoniais na data de transição (1 de Janeiro de 2009). No que se refere à carteira de títulos mantidos até ao vencimento, esta não se encontra sujeita à valorização ao justo valor. O registo dos títulos nesta categoria é efectuado pelo custo de aquisição dos títulos acrescido dos eventuais rendimentos futuros gerados até ao prazo de vencimento dos mesmos. Neste contexto, a classificação nesta categoria não gerou quaisquer ajustamentos de transição, apenas reclassificações entre Activo e Passivo. Atendendo às características dos títulos que compõem a sua carteira e considerando a política de D. PROVISÕES E CONTINGÊNCIAS De acordo com o CONTIF uma provisão só deve ser reconhecida quando existe uma obrigação legal ou não formalizada, no presente, como consequência de um evento passado, a exigência de recursos para liquidar a obrigação é provável e o valor da obrigação pode ser estimada com fiabilidade. A adopção desta norma não provocou qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Banco na data de transição. A. DISPONIBILIDADES II) RECLASSIFICAÇÕES OCORRIDAS AO NÍVEL DO BALANÇO NO ÂMBITO DA TRANSIÇÃO DE PCIF PARA O CONTIF RUBRICAS PCIF RECLASSIFICAÇÕES 26.951.672 10.990.987 38.472.220 . 21.749.829 23.234.963 (1.485.134) 2.151.879 3.333.826 355 3.605 (1.033.755) 86.304 387.367 387.367 . (606.567) . A. B. C. D. . E. . F . 26.952.027 10.994.592 37.438.465 86.304 22.137.196 23.622.330 (1.485.134) 1.545.312 3.333.826 103.650.413 (1.162.691) . 102.487.722 Depósitos Captações para liquidez Captações com títulos e valores mobiliários Obrigações no sistema de pagamentos Operações cambiais Outras captações Outras obrigações ** Provisões para responsabilidades prováveis 87.503.899 299 5.684.868 . . 205.323 3.687.897 332.776 2.262.319 (194) (5.053.066) 331.341 2.670.091 152.269 (1.525.451) . G. H. I. J. K. L. M. . 89.766.218 105 631.802 331.341 2.670.091 357.592 2.162.446 332.776 Total do Passivo 97.415.062 (1.162.691) . 96.252.371 Capital Social Reservas e fundos Resultados potenciais Resultados transitados Resultado do exercício 1.377.573 724.919 . 1.189.922 2.942.937 . (301.233) 301.233 . . . N. N. . . 1.377.573 423.686 301.233 1.189.922 2.942.937 Total dos Fundos Próprios 6.235.351 . . 6.235.351 Disponibilidades Aplicações de liquidez Títulos e Valores Mobiliários Créditos no sistema de pagamentos Créditos Créditos Provisão para créditos de liquidação duvidosa Outros valores * Imobilizações Total Activo * A rubrica Outros valores em PCIF correspondia aos outros activos e contas de regularização activas. ** A rubrica Outras obrigações em PCIF correspondia aos outros passivos e contas de regularização passivas. NOTAS PRÓ-FORMA CONTIF A rubrica de Disponibilidades em CONTIF agrupa as rubricas de Caixa e disponibilidades no Banco Central e de Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito previstas no anterior PCIF. O montante de mAKZ 355, refere-se à reclassificação do valor referente à compensação de outros activos para a rubrica de Disponibilidades. B. APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ O montante de mAKZ 3.605 compreende a reclassificação dos juros a receber das Aplicações de liquidez em instituições de crédito que, de acordo com o anterior PCIF, estavam registados em contas de regularização do Activo. C. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS O montante de mAKZ 20.344 compreende a reclassificação dos juros a receber dos títulos que, de acordo com o anterior PCIF, estavam registados em contas de regularização do Activo. Adicionalmente, em PCIF, os títulos eram registados pelo seu valor nominal e era registado um proveito diferido referente à diferença entre o mesmo e o respectivo custo de aquisição. De acordo com o CONTIF, os títulos são agora registados pelo seu custo de aquisição acrescido dos proveitos referentes ao desconto. Desta forma, o valor remanescente da reclassificação de mAKZ 1.054.099 refere-se ao registo dos títulos pelo seu custo de aquisição, que corresponde à anulação do proveito diferido registado em PCIF nas contas de regularização do Passivo. D. CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS O CONTIF prevê a criação de uma rubrica específica para registar as operações entre instituições financeiras, nomeadamente, 79 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 operações pendentes de liquidação, ordens de pagamento e relações com correspondentes. Desta forma, foi reclassificado de contas de regularização do Activo o valor de mAKZ 86.304 referente a operações com correspondentes. H. CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ O montante de mAKZ 194 refere-se ao registo das operações de venda dos títulos com acordo de recompra pelo seu custo de aquisição, o que implicou a anulação do custo diferido registado nas contas de regularização do Activo em PCIF. E. CRÉDITOS O montante de mAKZ 387.367 corresponde à reclassificação dos juros a receber referentes ao crédito concedido que, de acordo com o anterior PCIF, estavam registados em contas de regularização do Activo para a própria rubrica de crédito. 80 Os valores que integravam esta rubrica em 31 de Dezembro de 2009 foram reclassificados, de acordo com as normas do CONTIF, para as seguintes rubricas: RECLASSIFICAÇÃO Créditos Operações de venda de títulos com acordo de recompra Créditos no sistema de pagamentos Títulos e valores mobiliários Aplicações para liquidez Disponibilidades Outros Os valores que integravam esta rubrica em 31 de Dezembro de 2009 foram reclassificados, de acordo com as normas do CONTIF, para as seguintes rubricas: RECLASSIFICAÇÃO F. OUTROS VALORES Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 I. CAPTAÇÕES COM TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS MONTANTE 387.367 102.419 86.304 20.344 3.605 355 6.173 606.567 Operações cambiais Depósitos Outras captações Obrigações no sistema de pagamentos Outros MONTANTE 2.670.091 1.732.849 357.592 291.318 1.216 5.053.066 J. OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS O montante de mAKZ 291.318 compreende a reclassificação dos cheques visados e cheques a pagar que, de acordo com o anterior PCIF, estavam registados na rubrica de Recursos de outras entidades. Adicionalmente, o montante de mAKZ 40.023 respeita à transferência de saldos referentes a compensação de valores de pagamentos electrónicos anteriormente registados nas contas de regularização do Passivo em PCIF. G. DEPÓSITOS O montante de mAKZ 1.732.849 inclui os recursos consignados e os outros recursos que, de acordo com o anterior PCIF, estavam registados em contas de recursos de outras entidades. Adicionalmente, o montante de mAKZ 529.470 corresponde à reclassificação dos juros a pagar de depósitos que, de acordo com o anterior PCIF, estavam registados em contas de regularização do Passivo. K. OPERAÇÕES CAMBIAIS O montante de mAKZ 2.670.091 inclui a reclassificação dos recursos vinculados a operações cambiais que, de acordo com o anterior PCIF, estavam registados na rubrica de Recursos de outras entidades. L. OUTRAS CAPTAÇÕES decorrentes da reavaliação cambial dos activos e passivos denominados em moeda estrangeira de Resultados de operações financeiras (em PCIF) para a Margem financeira (em CONTIF). A rubrica de Outros passivos, de acordo com o PCIF, incluía obrigações com terceiros no montante de mAKZ 205.323 que, em CONTIF, foram classificados como Outras obrigações. Adicionalmente, o montante remanescente de mAKZ 357.592 corresponde à reclassificação de empréstimos de outras entidades que, de acordo com o anterior PCIF, estavam classificados na rubrica de Recursos de outras entidades. M. OUTRAS OBRIGAÇÕES 4. DISPONIBILIDADES Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: 2010 2009 CAIXA Notas e moedas nacionais Notas e moedas estrangeiras . Em Dólares dos Estados Unidos . Em outras dividas 3.017.328 . 2.962.996 31.993 6.012.317 1.787.351 . 2.625.605 48.833 4.461.789 DEPÓSITOS À ORDEM NO BANCO NACIONAL DE ANGOLA (BNA) . Em moeda nacional . Em Dólares dos Estados Unidos 26.866.857 3.057.219 29.924.076 17.192.165 3.128.930 20.321.095 CHEQUES A COBRAR . Em moeda nacional . Em Dólares dos Estados Unidos 138.278 1.410 139.688 129.891 1.608 131.499 1.615.680 690.625 191.943 190.413 170.871 109.317 107.202 80.618 . 3.156.669 39.232.750 513.417 45.042 565.621 69.715 142.576 . 297.599 283.127 120.547 2.037.644 26.952.027 Os valores que integravam esta rubrica em 31 de Dezembro de 2009 foram reclassificados, de acordo com as normas do CONTIF, para / (de) as seguintes rubricas: RECLASSIFICAÇÃO Proveitos a receber de títulos e valores mobiliários Juros a pagar de depósitos de clientes Obrigações no sistema de pagamentos Outras captações Operações de venda de títulos com acordo de recompra Outros MONTANTE 1.054.099 529.470 40.023 (205.323) 102.419 4.763 1.525.451 N. RESERVAS E FUNDOS O montante de mAKZ 301.233 inclui a reclassificação para Resultados potenciais, da reserva de reavaliação de imobilizado que, de acordo com o anterior PCIF, se encontra registada na rubrica de Reservas. III) RECLASSIFICAÇÕES OCORRIDAS AO NÍVEL DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NO ÂMBITO DA TRANSIÇÃO DE PCIF PARA O CONTIF Essencialmente, as reclassificações ocorridas ao nível da demonstração de resultados no âmbito da transição de PCIF para CONTIF estiveram relacionadas com a reclassificação dos resultados DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO . Visa . Banco BPI . Commerzbank . Banco BIC Português . Byblos Bank Europe, S.A. . Millennium BCP . BPN - Cayman . First National Bank, S.A. . City Bank - Nova Iorque 81 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 82 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 Os depósitos à ordem no BNA em moeda nacional visam cumprir as disposições em vigor de manutenção de reservas obrigatórias e não são remunerados. As reservas obrigatórias são exigidas em moeda nacional, devendo ser mantidas durante todo o período a que se referem. Ao longo do exercício de 2009 e de acordo com o disposto no Instrutivo nº 03/2009 os montantes das reservas obrigatórias eram actualizados semanalmente através da aplicação de uma percentagem de 100% sobre os depósitos do Governo Central, de 50% sobre os depósitos do Governo Local e de 30% sobre os restantes passivos elegíveis, sendo realizáveis unicamente através de depósitos à ordem mantidos no BNA. Ao longo do exercício de 2010 e de acordo com o disposto no Instrutivo nº 03/2010, os montantes das reservas obrigatórias mantiveram-se, à excepção das reservas obrigatórias dos restantes passivos elegíveis que actualmente são de 25% sobre os restantes passivos elegíveis em moeda nacional e de 15% sobre os restantes passivos elegíveis em moeda estrangeira, sendo realizáveis unicamente através de depósitos à ordem mantidos no BNA. Em 21 de Maio de 2009, com a entrada em vigor do Instrutivo nº 08/2009 foi permitido às instituições de crédito que, quando esgotadas as disponibilidades em moeda nacional, usassem complementarmente para cumprimento das reservas obrigatórias o saldo de fecho diário dos depósitos em moeda estrangeira efectuados pelo Banco na sua conta junto do BNA, podendo igualmente utilizar uma componente de até um terço desse complemento através da carteira própria de Títulos do Banco Central ou de Títulos da Dívida Pública em moeda estrangeira. De acordo com o Instrutivo n.º 03/2010 que revoga o anterior Instrutivo n.º 08/2009, são elegíveis para cumprimento das reservas obrigatórias, em moeda nacional, os saldos referentes ao fecho diário da conta de depósitos à ordem em moeda nacional, aberta no Banco Nacional de Angola em nome de cada instituição financeira bancária. São elegíveis para constituição de reservas obrigatórias, em moeda estrangeira, os saldos referentes ao fecho diário da conta de depósitos em moeda estrangeira aberta no Banco Nacional de Angola em nome de cada instituição financeira bancária. Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Cheques a cobrar – no país” corresponde a cheques apresentados à compensação, os quais foram regularizados no início de 2011. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os depósitos à ordem junto de outras instituições de crédito não são remunerados. 5. APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ Esta rubrica corresponde a aplicações de curto prazo no mercado monetário e em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 tem a seguinte composição: APLICAÇÕES A MUITO CURTO PRAZO EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO ESTRANGEIRO Commerzbank 2010 2009 305.722 . . 600.000 3.798.363 2.320.348 2.316.076 741.144 602.180 . 10.083.833 1.072.776 4.407.173 1.296.271 715.184 581.087 2.318.496 10.990.987 APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO PAÍS Banco Espírito Santo Angola APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE Banco Bic Português, S.A. CRÉDITO NO ESTRANGEIRO Banco BPI, S.A. Commerzbank Byblos Bank Europe First National Bank, S.A. Banco Português de Negócios, S.A. Juros a Receber 6.848 3.605 10.090.681 10.994.592 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as aplicações de liquidez, excluindo os juros a receber, apresentam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média: TAXA DE JURO MÉDIA MONTANTE EM DIVISA MONTANTE EM MAKZ 2010 Em Dólares dos Estados Unidos Em Euros Em Kwanzas Em Rands da África do Sul 0,47% 0,95% . . 105.800.000 2.300.000 . . 9.801.631 2.82.202 . . 10.083.833 2009 Em Dólares dos Estados Unidos Em Euros Em Kwanzas Em Rands da África do Sul 0,30% 0,69% 22,00% 0,00% 111.276.080 2.300.000 600.000.000 4.380.788 9.947.859 390.449 600.000 52.679 10.990.987 Em 31 de Dezembro de 2009, parte dos depósitos a prazo domiciliados no Banco Português de Negócios, S.A. no montante de mAKZ 530.536, encontravam-se a colaterizar a abertura de créditos documentários e outras operações, no âmbito de linhas de crédito contratadas e outros acordos celebrados com estas instituições. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as aplicações de liquidez, excluindo os juros a receber, apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 2010 2009 ATÉ 3 MESES 2.251.225 4.125.326 DE 3 A 6 MESES 7.832.608 6.865.661 10.083.833 10.990.987 6. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: TAXA DE CUSTO DE ACTUALIZAÇÃO PROVEITOS VALOR DE JURO MÉDIA AQUISIÇÃO VALOR NOMINAL A RECEBER BALANÇO 2010 TÍTULOS MANTIDOS Bilhetes do Tesouro (mAKZ) PARA NEGOCIAÇÃO Títulos do Banco Central (mAKZ) TÍTULOS MANTIDOS Obrigações do Tesouro em moeda nacional ATÉ AO VENCIMENTO . Indexadas ao Dólar dos Estados Unidos Obrig. do Tesouro em moeda estrangeira (USD) 2009 TÍTULOS MANTIDOS Bilhetes do Tesouro (mAKZ) PARA NEGOCIAÇÃO Títulos do Banco Central (mAKZ) TÍTULOS MANTIDOS Obrigações do Tesouro em moeda nacional ATÉ AO VENCIMENTO . Indexadas ao Dólar dos Estados Unidos Obrig. do Tesouro em moeda estrangeira (USD) 6,51% 9.205.672 14,61% 21.893.799 31.099.471 . 91.813 9.297.485 . 1.930.403 23.824.202 . 2.022.216 33.121.687 667.837 715.255 1.383.092 32.482.563 156.439 52.558 876.834 . 10.339 725.594 156.439 62.897 1.602.428 156.439 2.085.113 34.724.115 7,43% 25.936.115 4,94% 8.377.727 34.313.842 . 1.073.194 27.009.309 . 243.714 8.621.441 . 1.316.908 35.630.750 3,45% 3,42% 3,54% 3,59% 907.531 693.728 1.601.259 35.915.101 186.112 11.657 1.105.300 . 8.687 702.415 186.112 20.344 1.807.715 186.112 1.337.252 37.438.465 83 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os títulos em carteira foram emitidos pela República de Angola e pelo Banco Nacional de Angola, pelo que foram classificados como risco nulo (nível A). Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os títulos em carteira apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 2010 2009 ATÉ 3 MESES 16.800.623 19.032.142 DE 3 A 6 MESES 4.982.597 8.772.989 DE 6 MESES A 1 ANO 11.470.879 8.008.761 MAIS DE 1 ANO 1.470.016 1.624.573 34.724.115 37.438.465 84 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 9. CRÉDITOS Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: RISCO NULO (NÍVEL A) Moeda Nacional Adiantamentos a depositantes . Empresas . Particulares Empréstimos . Particulares Moeda Estrangeira Adiantamentos a depositantes . Empresas . Particulares Empréstimos . Particulares TOTAL NÍVEL A RISCO MUITO REDUZIDO (NÍVEL B) 7. CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o saldo desta rubrica diz respeito a depósitos efectuados pelos balcões do Banco junto do BNA no último dia do ano, os quais apenas foram reflectidos pelo mesmo nos primeiros dias de 2011 e 2010, respectivamente. Moeda Estrangeira Contas correntes caucionadas . Empresas . Particulares Empréstimos . Empresas . Particulares 8. OPERAÇÕES CAMBIAIS Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: OPERAÇÕES CAMBIAIS Proveitos a receber por compra e venda de moedas estrangeiras 2010 2009 835.572 .. Estas operações foram liquidadas durante os primeiros dias de 2011 (Nota 15). Moeda Nacional Contas correntes caucionadas . Empresas Empréstimos . Empresas . Particulares TOTAL NÍVEL B 2010 2009 22.528 54.903 254.459 29.137 . 4.606 4.422 2.059 6.681 929 . 65.263 83.912 361.075 6.238.114 3.515.524 5.388.954 5.663.241 6.768.853 4.729.159 7.365 2.032.184 . 34.390 11.009 1.863.132 408.978 2.842.325 18.823.273 20.679.955 RISCO REDUZIDO (NÍVEL C) Moeda Nacional Contas correntes caucionadas . Empresas . Particulares Empréstimos . Empresas . Particulares Moeda Estrangeira Empréstimos . Empresas . Particulares TOTAL NÍVEL C RISCO MODERADO (NÍVEL D) Moeda Nacional Empréstimos . Empresas . Particulares Moeda Estrangeira Empréstimos . Empresas . Particulares TOTAL NÍVEL D RISCO ELEVADO (NÍVEL E) TOTAL NÍVEL E 2010 2009 414.210 58.048 14.188 . 5.296.324 3.802.237 176.493 150.658 15.346 63.026 1.838 97.208 9.649.191 440.385 RISCO MUITO ELEVADO (NÍVEL F) Moeda Estrangeira Empréstimos . Empresas . Particulares TOTAL NÍVEL F PERDA (NÍVEL G) 267.645 62.802 6.956 96.569 . 10.396 52.523 102.414 340.843 258.462 Moeda Nacional Empréstimos . Empresas . Particulares 25.704 104.286 5.695 95.447 Moeda Estrangeira Empréstimos . Empresas . Particulares 462 17.227 7.054 71.973 147.679 180.166 Moeda Nacional Contas correntes caucionadas . Empresas Empréstimos . Empresas . Particulares Moeda Nacional Contas correntes caucionadas . Empresas Adiantamentos a depositantes . Empresas . Particulares Empréstimos . Empresas . Particulares Moeda Estrangeira Contas correntes caucionadas . Empresas Adiantamentos a depositantes . Empresas . Particulares Empréstimos . Empresas . Particulares TOTAL NÍVEL G 2010 2009 2.001 . 2.522 40.073 11.489 225.479 . 20.613 30.993 55.296 65.209 323.257 22.717 . 119.419 61.927 95.916 45.773 221.853 94.874 6.129 359.679 4.094 11.625 7.704 40.948 19.750 77.236 . 64.647 73.152 302.403 638.183 991.663 Total de crédito - capital 29.748.290 23.234.963 Juros a receber 1.016.717 387.367 Total de crédito e juros 30.765.007 23.622.330 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 18) (1.367.279) (1.485.134) 29.397.728 22.137.196 85 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 86 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o maior cliente do Banco representava 11,04% e 5,61% do total da carteira de crédito, respectivamente. Adicionalmente, o conjunto dos vinte maiores clientes do Banco representavam, naquelas datas, aproximadamente, 47,41% e 45,19% da mesma, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o crédito concedido a clientes, excluindo os adiantamentos a depositantes, vencia juros à taxa média anual de 21,09% e 17,71%, respectivamente, para crédito em moeda nacional e 6,37% e 7,42%, respectivamente, para o crédito expresso em moeda estrangeira. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o crédito concedido a accionistas do Banco ou a sociedades por eles controladas ascendia a mAKZ 5.958.633 e mAKZ 6.167.780, respectivamente. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2010, mAKZ 1.777.041 de operações de crédito encontravamse garantidas por penhor de acções do próprio Banco, prestadas por alguns dos seus accionistas. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a composição da carteira de crédito por modalidades operacionais, excluindo juros a receber, apresentava a seguinte estrutura: 2010 2009 EMPRÉSTIMOS 22.687.831 17.097.171 CONTAS CORRENTES CAUCIONADAS 6.746.549 5.607.911 ADIANTAMENTOS A DEPOSITANTES 313.910 529.881 29.748.290 23.234.963 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o detalhe do crédito vencido por classes apresentava a seguinte estrutura: CLASSE DE RISCO A B C D E F G 2010 2009 . 533.602 990.489 118.609 140.102 65.071 246.420 2.094.923 612 389.033 341.972 282.270 178.854 323.573 518.587 2.034.901 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a composição da carteira de crédito, excluindo juros a receber, por sectores de actividade é a seguinte: 2010 2009 PARTICULARES 11.675.897 9.388.944 SERVIÇOS 9.408.888 7.601.941 TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES 3.969.812 2.012.716 INDÚSTRIA EXTRACTIVA E TRANSFORMAÇÃO 2.068.064 1.243.471 COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO 1.491.971 1.686.737 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o prazo residual das operações de crédito, excluindo juros a receber, apresentava a seguinte estrutura: 2010 2009 ATÉ 3 MESES 3.241.403 2.870.833 DE 3 A 6 MESES 3.990.635 3.860.912 DE 6 MESES A 1 ANO 4.114.339 2.343.719 MAIS DE 1 ANO 18.401.913 14.159.499 29.748.290 23.234.963 CONSTRUÇÃO 1.125.563 1.286.746 AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, PESCAS E SILVICULTURA 8.095 14.408 29.748.290 23.234.963 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a composição da carteira de crédito, excluindo juros a receber, por moeda era como segue: 2010 2009 KWANZAS ANGOLANOS 29.069.994 15.486.594 DÓLARES DOS ESTADOS UNIDOS 678.293 7.748.368 EUROS 3 1 29.748.290 23.234.963 Durante o exercício de 2010, o Banco procedeu à conversão da maioria dos empréstimos concedidos em Dólares dos Estados Unidos para Kwanzas Angolanos. Apresenta-se a seguir a metodologia de apuramento da provisão para cobrança duvidosa: CAPITAL JUROS A RECEBER 2010 CRÉDITOS Classe A 83.912 . 83.912 Classe B 18.823.273 827.648 19.650.921 Classe C 9.649.191 158.121 9.807.312 Classe D 340.843 13.785 354.628 Classe E 147.679 10 147.689 Classe F 65.209 436 65.645 Classe G 638.183 16.717 654.900 29.748.290 1.016.717 30.765.007 LINHAS DE CRÉDITO Classe B POR UTILIZAR Classe C Classe F Classe G 2009 TOTAL 1.931.574 . 1.931.574 116.455 . 116.455 6.414 . 6.414 97.810 . 97.810 2.152.253 . 2.152.253 31.900.543 1.016.717 32.917.260 CRÉDITOS Classe A 361.075 Classe B 20.679.955 Classe C 440.385 Classe D 258.462 Classe E 180.166 Classe F 323.257 Classe G 991.663 23.234.963 GARANTIAS PRESTADAS Classe B LINHAS DE CRÉDITO POR UTILIZAR Classe B 2.640.883 1.966.890 27.842.736 0% 1% 3% 10% 20% 50% 100% . 196.509 294.219 35.463 29.538 32.823 654.900 1.243.452 1% 3% 50% 100% . 19.316 3.494 3.207 97.810 123.827 1.367.279 . 210.673 13.212 25.846 36.033 161.629 991.663 1.439.056 2.640.883 1% 26.409 . 1.966.890 387.367 28.230.103 1% . 19.669 1.485.134 . DEZ. 10 TAXA DE PROVISÃO PROVISÃO . 0% 1% 3% 10% 20% 50% 100% . . 361.075 387.367 21.067.322 . 440.385 . 258.462 . 180.166 . 323.257 . 991.663 387.367 23.622.330 De 31 de Dezembro de 2009 para 31 de Dezembro de 2010, a migração do risco dos tomadores de crédito tem a seguinte estrutura: RISCO DEZ 09 A B C D E F G A B C D E F G REDUÇÕES 0,00% 11,79% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 36,55% 0,33% 0,18% 0,30% 0,14% 1,03% 0,00% 29,43% 14,31% 0,04% 0,67% 0,06% 1,44% 0,00% 6,64% 1,10% 0,00% 0,00% 0,20% 6,70% 0,00% 2,53% 1,34% 0,00% 3,57% 0,04% 1,25% 0,00% 0,42% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,99% 0,26% 0,00% 0,00% 1,08% 1,08% Total 0,00% 33,45% 0,60% 0,16% 0,31% 0,13% 1,07% CARTEIRA DEZ 09 TOTAL CARTEIRA DEZ. 09 88,21% 1,53% 361.075 64,48% 89,18% 21.067.322 54,05% 1,85% 440.385 85,35% 1,09% 258.462 91,28% 0,76% 180.166 99,58% 1,37% 323.257 96,67% 4,20% 991.663 64,28% 100,00% . 7.902.482 142.341 37.577 72.393 30.294 252.883 15.184.360 . . 23.622.330 Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, foram abatidos ao Activo por utilização de provisões, créditos que se encontravam classificados no nível de risco G nos montantes de mAKZ 723.071 e mAKZ 0, respectivamente (Nota 18). Os princípios básicos da política de concessão de crédito e aprovisionamento das perdas com créditos de liquidação duvidosa adoptados pelo Banco podem ser resumidos como segue: . A concessão de crédito está sujeita a procedimentos rigorosos que asseguram o cumprimento da estratégia definida e, também, das normas estabelecidas pela Supervisão, o Banco Nacional de Angola; . No processo de avaliação dos riscos associados à concessão de crédito, os aspectos considerados pretendem analisar as várias componentes do Risco de Crédito, através da identificação do impacto marginal de cada crédito, nomeadamente por sector (exposição ao sector e/ou país) e cliente (estabilidade económica e financeira e colateralização); . Com vista a potenciar os efeitos de mitigação, em particular no que concerne à diminuição de perdas advindas de Risco de Crédito, o Conselho de Administração tem vindo a apostar na consolidação do ambiente de controlo, em conformidade com o seu perfil de risco prudente. 87 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 Ao considerar o Risco de Crédito, os principais aspectos a avaliar são: 10. OUTROS VALORES a) Em termos de default/contraparte: i. Nível e tendência do crédito em incumprimento; ii. Incumprimento por parte das contrapartes junto do sistema financeiro; iii. Grau de cobertura do crédito por provisões contabilísticas e económicas, conforme o Aviso nº4/2009 do Banco Nacional de Angola. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: b) Em termos de concentração: i. Concentração em número limitado de contrapartes, ou exposição excessiva a sectores de actividade e/ou países; ii. Número elevado de mutuários relativamente aos quais a Instituição é o maior credor; iii. Concentração da exposição em determinadas maturidades. 88 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 Os activos creditícios têm um forte enfoque em termos de monitorização. A dimensão e tipologia das suas operações propiciam a existência de níveis de concentração expressivos, que merecem especial atenção ao nível da gestão do risco de forma transversal. Dessa forma, os níveis de tolerância definidos passam por: a) Criar planos de acção extraordinários (acompanhamento/monitorização/recuperação) para crédito vencido que registe um acréscimo superior a 2%, em relação ao ano anterior; b) Vedar concessão de crédito para remunerações do risco (por tipo/por montante) inferiores à taxa de juro equivalente à taxa praticada nos Títulos do Banco Central com maturidade de 182 dias; c) Vedar concessão quando a concentração for superior a 5% no segmento (Trabalhadores); d) Vedar concessão de crédito quando a exposição a uma determinada entidade exceda 25% dos fundos próprios. DEVEDORES Outras Aplicações - Sector público administrativo . Adiantamentos . Impostos de circulação . Outros Outras Aplicações - Sector Privado Adiantamentos a fornecedores DESPESAS COM Rendas e alugueres CUSTO DIFERIDO Adiantamento - Fundo de Pensões do Banco Sol Seguros Outros OUTRAS CONTAS DE Falhas de caixa REGULARIZAÇÃO DO Custos em suspenso ACTIVO Processos em contencioso 2010 2009 . 53.744 83.091 85.259 22.620 43.422 53.803 165 190.803 371.810 39.697 562.808 1.024.911 124.689 15.667 2.685 1.167.952 102.416 . 12.480 13.214 128.110 137.069 105.497 115.195 682.000 78.253 66.897 330.517 854.394 1.689.272 1.545.312 Em 31 de Dezembro de 2009, o saldo da rubrica “Outras aplicações - Sector público administrativo - Adiantamentos” correspondia ao montante entregue às autoridades fiscais referente ao adiantamento de imposto industrial efectuado no exercício de 2008, com base nas contas referentes ao exercício de 2007. Durante o exercício de 2010, o Banco por entender que aquele adiantamento não iria ser passível de utilização no futuro anulou o mesmo. A rubrica “Imposto de circulação” refere-se a selos de taxa de circulação emitidos pelo Estado Angolano os quais são comercializados pelo Banco. Estes selos são adquiridos a desconto, sendo registados pelo seu valor de venda. A diferença entre este e o custo de aquisição é registada como proveito diferido, sendo reconhecida ao longo do período compreendido entre a data de aquisição e a data limite de venda ao público de tais selos, independentemente das vendas que o Banco vier a efectuar. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o saldo da rubrica “Outras aplicações – Sector público administrativo – Outros” inclui o montante de mAKZ 67.568 e mAKZ 43.422, respectivamente, relativo às comissões cobradas à Alfândega e Porto de Luanda, no âmbito dos serviços prestados pelo Banco ao nível de arrecadação de receitas. Em 15 de Janeiro de 2011 e 15 de Janeiro de 2010, o montante em aberto em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, respectivamente, foi recebido. Em 31 de Dezembro de 2009, o saldo da rubrica “Outras aplicações – Sector privado” incluía o montante de mAKZ 352.090 referente a acções próprias adquiridas a um accionista, para as quais já tinha sido deliberado em Assembleia Geral de Accionistas realizada em 1 de Setembro de 2009 a sua alienação aos restantes accionistas. Durante o exercício de 2010, foram adquiridas pelos restantes accionistas do Banco tais acções, tendo o Banco concedido um crédito no montante de mAKZ 352.090 para financiar tal aquisição. Este crédito será reembolsado em 6 anos. Em 31 de Dezembro de 2009, o saldo da rubrica “Adiantamentos a fornecedores” corresponde ao valor em excesso referente à comissão de gestão, cobrada pela AAA Pensões, S.A., no âmbito do Fundo de Pensões do Banco Sol. Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica “Despesas com custo diferido – Rendas e alugueres” inclui o montante de mAKZ 924.430, equivalente a 10.000.000 USD, relativo ao adiantamento de 24 meses de rendas à Imosol, S.A. (empresa com alguns accionistas comuns ao Banco) no âmbito do contrato de arrendamento de 7 pisos do edifício “Luanda Inn”, sito em Luanda, no Bairro Maculusso. Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Adiantamento - Fundo de Pensões do Banco Sol” corresponde ao montante a adiantar ao Fundo de Pensões pela contribuição a efectuar pelo Banco referente ao exercício de 2011. Este saldo foi registado por contrapartida da rubrica do passivo “Credores pela prestação de serviços” (Nota 17) e foi regularizado em 2011. Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Custos em suspenso” inclui o montante de mAKZ 90.908 relativo ao valor das obras efectuadas num imóvel no Huambo, as quais serão debitadas à Imosol, S.A.. Em 31 de Dezembro de 2009, o saldo da rubrica “Custos em suspenso” respeitava maioritariamente a um adiantamento para a aquisição de um imóvel, o qual foi regularizado durante o exercício de 2010. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os saldos das rubricas “Falhas de caixa” e “Processos em contencioso”, encontram-se provisionados na totalidade (Nota 18). 11. IMOBILIZAÇÕES IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS No país SOCIEDADES No estrangeiro OUTROS INVESTIMENTOS No país Provisões para redução no valor recuperável 2010 2009 67.130 58.230 125.360 57.111 60.843 117.954 390 125.750 390 118.344 (104.357) 21.393 (90.784) 27.560 89 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o Banco detinha as seguintes participações financeiras: SEDE ACTIVIDADE MOEDA CAPITAL SOCIAL % DE (EM MILHARES) PARTICIPAÇÃO PARTICIPAÇÃO EM OUTRAS SOCIEDADES NO PAÍS EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A. Luanda Serviços Bancários BVDA - Bolsa de Valores e Derivativos de Angola Luanda Serviços Financeiros Imosol, S.A. Imobiliária Luanda PARTICIPAÇÃO EM OUTRAS SOCIEDADES NO ESTRANGEIRO SLN - Sociedade Lusa de Negócios, S.A. Lisboa Serviços Financeiros AKZ AKZ AKZ EUR 110.085 1.343.000 1.600 3,06% 0,95% 0,00% 470.925.000 0,07% OUTROS INVESTIMENTOS NO PAÍS EMIS - Empresa Interbancárias de Serviços, S.A. 90 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 2010 2009 52.875 14.255 67.130 41.976 14.255 880 57.111 58.230 125.360 60.843 117.954 390 390 125.750 390 390 118.344 A EMIS foi constituída em Angola com a função de gestão dos meios electrónicos e de pagamentos, bem como a prestação de serviços complementares. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o Banco detém uma participação de 3,06%, no capital desta empresa. No exercício de 2007, o Banco adquiriu uma participação correspondente a 1.419 acções no capital da Bolsa de Valores e Derivativos de Angola, S.A. pelo montante de mAKZ 14.255. Durante o exercício de 2010, o Banco procedeu à alienação da totalidade das acções que detinha na Imosol S.A., a accionistas ou empresas relacionadas com os mesmos. A SLN é uma sociedade gestora de participações sociais, constituída por escritura pública de 11 de Setembro de 1998, tendo por objectivo a gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta de exercício de actividades. A última informação financeira disponível das participadas reportada a 31 de Dezembro de 2010 é a seguinte (valores em mAKZ convertidos ao câmbio de final de ano): PARTICIPADA SLN - Socieadade Lusta de Negócios, S.A. (*) EMIS - Empresa Interbancárias de Serviços, S.A. BVDA - Bolsa de Valores e Derivativos de Angola MOEDA ACTIVO LÍQUIDO CAPITAL PRÓPRIO RESULTADO LÍQUIDO VALOR DO BALANÇO EUR AKZ AKZ 671.053.483 1.485.716 n.a. 417.644.179 41.875 n.a. 214.153 34.185 n.a. 58.230 53.265 14.255 125.750 n.a. - não aplicável (*) - valores reportados a 31 de Dezembro de 2009 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, relativamente às participadas Emis – Empresa Interbancária de Serviços S.A., BVDA – Bolsa de Valores e Derivativos de Angola e SLN – Sociedade Lusa de Negócios, S.A. não existiam créditos e obrigações entre o Banco e tais participadas. Em 31 de Dezembro de 2009, os saldos e transacções verificados com a Imosol, S.A. encontram-se descritos na Nota 29. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS, CORPÓREAS E EM CURSO O movimento nas rubricas de imobilizações incorpóreas, corpóreas e em curso durante os exercícios de 2010 e 2009 foi o seguinte: 2010 SALDOS EM 31.12.2009 ALIENAÇÕES VALOR AMORTIZAÇÕES VALOR AUMENTOS TRANSFERÊNCIAS BRUTO ACUMULADAS LÍQUIDO IMOBILIZAÇÕES Imóveis de uso 174.143 CORPÓREAS Móveis, utensílios, instalações e equip. 1.435.690 Imobilizações em curso 424.263 2.034.096 IMOBILIZAÇÕES Sist. tratamento automático de dados INCORPÓREAS Gastos de organizações e expansão Trespasses Benfeitorias em imóveis de terceiros 297.691 55.390 308.386 1.769.892 2.431.359 4.465.455 (47.796) 126.347 (564.331) 871.359 . 424.263 (612.127) 1.421.969 209.690 377.194 570.578 1.157.462 (217.989) 79.702 (45.639) 9.751 (153.206) 155.180 (130.228) 1.639.664 (547.062) 1.884.297 (1.159.189) 3.306.266 149.907 . 151.440 166.882 468.229 1.625.691 VALOR AMORTIZAÇÕES AMORTIZAÇÕES BRUTO DO EXERCÍCIO 78.814 (71.383) 313.287 (80.852) (687.343) . (295.242) (152.235) 1.041 294.201 . . 295.242 . SALDOS EM 31.12.2010 . (31.771) (341) (138.060) (170.172) (322.407) VALOR AMORTIZAÇÕES VALOR BRUTO ACUMULADAS LÍQUIDO 10.664 48.722 . 59.386 (28.763) 391.264 (241.957) 2.045.319 . 307.498 (270.720) 2.744.081 (65.895) (757.566) . (823.461) 325.369 1.287.753 307.498 1.920.620 . 28.411 341 48.185 76.937 136.323 (70.941) 448.639 (6.380) 317.820 (165.765) 459.485 (273.915) 1.798.714 (517.001) 3.024.658 (787.721) 5.768.739 (288.930) (23.608) (318.630) (355.958) (987.126) (1.810.587) 159.709 294.212 140.855 1.442.756 2.037.532 3.958.152 2009 SALDOS EM 31.12.2008 ALIENAÇÕES VALOR AMORTIZAÇÕES VALOR AUMENTOS TRANSFERÊNCIAS VALOR BRUTO ACUMULADAS LÍQUIDO BRUTO IMOBILIZAÇÕES Imóveis de uso CORPÓREAS Móveis, utensílios, instalações e equip. Imobilizações em curso SALDOS EM 31.12.2009 AMORT. REGULARIZAÇÕES AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO VALOR AMORTIZAÇÕES VALOR BRUTO ACUMULADAS LÍQUIDO 168.241 936.628 126.681 1.231.550 (16.865) (356.364) . (373.229) 151.376 . 580.264 340.026 126.681 740.495 858.321 1.080.521 5.902 . 171.098 (12.062) (442.913) (265.913) (12.062 . 9.210 . 9.210 (12.352) (37.593) . (49.945) (18.579) 174.143 (179.584) 1.435.690 424.263 (198.163) 2.034.096 IMOBILIZAÇÕES Sist. tratamento automático de dados 270.311 INCORPÓREAS Gastos de organizações e expansão 55.390 Trespasses 191.630 Benfeitorias em imóveis de terceiros 1.156.617 1.673.948 2.905.498 (148.103) (37.414) (99.896) (74.611) (360.024) (733.253) 122.208 27.380 17.976 . 91.734 46.398 1.082.006 422.580 1.313.924 496.358 2.172.245 1.576.879 . . . . 70.358 . 195.555 (4.860) 265.913 (4.860) . (16.922) . . . 846 846 10.056 . . . (2.400) (2.400) (52.345) (69.886) (8.225) (53.310) (54.063) (185.484) (383.647) 297.691 55.390 308.386 1.769.892 2.431.359 4.465.455 (47.796) (564.331) . (612.127) 126.347 871.359 424.263 1.421.969 (217.989) (45.639) (153.206) (130.228) (547.062) (1.159.189) 79.702 9.751 155.180 1.639.664 1.884.297 3.306.266 91 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, não existem imóveis de uso próprio reavaliados. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica de “Imobilizações em curso”, apresentava a seguinte composição: 2010 2009 DESPESAS COM BALCÕES EM ABERTURA 219.557 88.112 OBRAS DE REMODELAÇÃO DO BALCÃO FERROVIA 87.941 29.881 ALTERAÇÃO DE IMAGEM . 256.960 OUTROS . 49.310 307.498 424.263 Sector Público Empresas Particulares Moeda Estrangeira Sector Público Empresas Particulares DEPÓSITOS A PRAZO DE Moeda Estrangeira NÃO RESIDENTES 2010 2009 33.915.375 12.976.864 3.914.035 50.806.274 30.064.766 5.736.582 2.772.144 38.573.492 1.250.127 862.140 5.411.330 3.016.979 2.610.607 1.590.038 9.272.064 5.469.157 115.761 90.153 Total de depósitos a prazo - capital 60.194.099 44.132.802 92 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 DEPÓSITOS A PRAZO DE Moeda Nacional RESIDENTES 12. DEPÓSITOS Juros a pagar Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estas rubricas têm a seguinte composição: 2009 Sector Público Empresas Particulares 6.241.167 22.211.912 8.473.599 36.926.678 5.497.241 20.984.696 6.847.222 33.329.159 Moeda Estrangeira Sector Público Empresas Particulares 42.401 3.511.742 4.589.005 8.143.148 1.095.621 4.026.564 4.840.704 9.962.889 31.262 66.272 1.941 33.203 12.777 79.049 DEPÓSITOS À ORDEM DE Moeda Nacional NÃO RESIDENTES Moeda Estrangeira 529.470 Total de depósitos a prazo 61.173.091 44.662.272 2010 DEPÓSITOS À ORDEM DE Moeda Nacional RESIDENTES 978.992 Total de depósitos à ordem 45.103.029 43.371.097 Outros Depósitos 2.202.991 1.732.849 Total de depósitos de clientes 108.479.111 89.766.218 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica de “Outros depósitos” inclui os montantes de mAKZ 1.941.871 e mAKZ 1.694.725, respectivamente, referentes a valores depositados pelos clientes para obtenção e utilização dos cartões Kumbu Visa (cartões de crédito pré-pagos). Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os depósitos a prazo de clientes, excluindo os respectivos juros, apresentam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média: 13. CAPTAÇÕES COM TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: TAXA DE JURO MONTANTE EM DIVISA MONTANTE EM MAKZ 2010 Em milhares de Kwanzas Angolanos Em Dólares dos Estados Unidos Em Euros 7,70% 3,04% 0,64% . 101.220.092 85.517 50.806.274 9.377.332 10.493 60.194.099 2009 Em milhares de Kwanzas Angolanos Em Dólares dos Estados Unidos Em Euros 7,84% 3,87% 2,47% . 62.000.224 129.585 38.573.493 5.542.696 16.613 44.132.802 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os depósitos a prazo de clientes, excluindo os juros a pagar, apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 2010 2009 ATÉ 3 MESES 31.457.000 15.504.900 DE 3 A 6 MESES 21.975.712 2.891.721 DE 6 MESES A 1 ANO 6.761.387 25.736.181 60.194.099 44.132.802 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a generalidade dos depósitos à ordem de clientes não são remunerados, com excepção de situações específicas, definidas de acordo com as orientações do Conselho de Administração do Banco. TAXA MONTANTE MONTANTE DE JURO EM DIVISA EM MAKZ 2010 RESPONSABILIDADES Certificados de depósito REPRESENTADAS POR TÍTULOS . Em Dólares dos EUA 6,93% 2009 2.934.297 271.842 631.802 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os certificados de depósito, excluindo juros a pagar, apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 2010 2009 ATÉ 3 MESES 69.592 . DE 3 A 6 MESES 27.793 90.292 DE 6 MESES A 1 ANO 142.866 447.536 MAIS DE 1 ANO 31.591 93.974 271.842 631.802 A remuneração destes títulos é efectuada de acordo com a taxa de juro acordada consoante o montante de subscrição e o prazo de reembolso. A maturidade total destes títulos é de 540 dias, sendo os mesmos amortizados ao par, de uma só vez, não sendo permitido o reembolso antecipado da emissão por iniciativa dos clientes. 93 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 14. OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: 2010 RELAÇÕES ENTRE Compensação de Cheques a pagar INSTITUIÇÕES cheques e outros papéis Cheques visados 2009 13.376 13.041 237.804 279.588 Outras operações Compensação com a EMIS e com a VISA 119.224 32.702 pendentes de liquidação Outras operações 21.254 6.010 391.658 331.341 1.000.000 destinados ao microcrédito e crédito ao consumo e o restante para a constituição de um fundo de garantia para cobertura de crédito incobrável. Os bancos cobram a título de juros uma taxa até 8 % com um período de carência nunca inferior a um ano nem superior a dois, consoante a natureza dos projectos. O valor destinado à concessão de crédito deverá ser reembolsado pelos Bancos sem juros. O reembolso será efectuado em dez prestações semestrais iguais e consecutivas devendo a primeira ter lugar até 24 meses contados a partir dos respectivos desembolsos. Em 31 de Dezembro de 2010, face aos elevados níveis de incobrabilidade, o Banco utilizou a maior parte deste saldo na liquidação das responsabilidades em atraso dos vários devedores. Adicionalmente, o Banco encontra-se a aguardar por parte da Direcção Nacional do Tesouro o seu parecer favorável a tal transacção. 17. OUTRAS OBRIGAÇÕES 15. OPERAÇÕES CAMBIAIS 94 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: 2010 2009 RECURSOS VINCULADOS A OPERAÇÕES CAMBIAIS Recursos em Cash 1.104.579 2.669.369 Outros Recursos (Nota 8) 838.640 722 1.943.219 2.670.091 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica de operações cambiais reflecte valores de depósitos de clientes em moeda estrangeira vinculados à concessão de créditos documentários à importação e emissão de ordens de pagamento em moeda estrangeira. 2010 2009 5.714 3.685 4.772 3.632 IMPOSTO SOBRE O REND. DE TRABALHO DEPENDENTE 14.006 7.628 DIVIDENDOS . 25.621 CREDORES PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 265.718 149.096 IMPOSTO COBRADO SOBRE OPERAÇÕES BANCÁRIAS Imposto Selo Outros CREDORES DIVERSOS 16. OUTRAS CAPTAÇÕES Em 31 de Dezembro de 2009, esta rubrica correspondia à convenção financeira celebrada entre o Ministério das Finanças, o Banco Sol, S.A. e o Banco de Poupança e Crédito (“BPC”), em 28 de Julho de 2005. A referida convenção tem por objectivo a disponibilização de recursos financeiros de forma a garantir a implementação de um programa de concessão de microcrédito a pequenos produtores agrícolas e equiparados e de crédito ao consumo aos professores, enfermeiros e outros profissionais localizados nas zonas rurais e suburbanas, por parte dos referidos Bancos. O valor foi disponibilizado pelo Ministério das Finanças em cooperação com o BPC e com o Banco Sol, ascendendo a USD 10.000.000, dos quais USD 8.000.000 serão para concessão de crédito, USD 79.584 1.837.281 SALÁRIOS E OUTRAS REMUNERAÇÕES A PAGAR Empregados 194.986 113.986 CONTRIBUIÇÃO PARA A SEGURANÇA SOCIAL Patronal Empregados 10.424 3.909 8.880 . 1.078 653 QUOTIZAÇÕES OUTROS CUSTOS ADMINISTRATIVOS Material de expediente 34.621 . 2.243 . Prémio de garantia 63.619 10.897 Outros 679.587 2.162.446 Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Credores pela prestação de serviços” inclui o valor de mAKZ 124.689 referente ao Fundo de Pensões do Banco Sol (Nota 10). Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica “Credores pela prestação de serviços” correspondia a serviços prestados ao Banco por entidades diversas cuja liquidação dos montantes em dívida ocorreria de acordo com datas previamente estabelecidas. A referida rubrica incluía igualmente o montante de mAKZ 66.725 referente ao fornecimento de ATM’s e máquinas de contar notas. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o saldo da rubrica “Outras obrigações – Credores diversos” inclui o montante de mAKZ 55.449 e mAKZ 1.751.944 referente a remessas de fundos provenientes de agências do Banco Sol localizadas noutras províncias e que resultam de depósitos efectuados pelos clientes do Banco para liquidação de impostos junto da Direcção Nacional do Tesouro. Estes montantes foram compensados pelo BNA no início de 2011 e 2010, respectivamente. 18. PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição: 2010 2009 PROVISÃO PARA O FUNDO DE PENSÕES 201.663 49.655 PROVISÃO PARA CONTIGÊNCIAS FISCAIS 79.711 . PROVISÃO PARA PROC. EM CONTENCIOSO 78.253 . PROVISÕES PARA GARANTIAS PRESTADAS 20.768 . OUTRAS PROVISÕES 159.497 283.121 539.892 332.776 O movimento nas provisões nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, foi o seguinte: 2010 SALDOS EM REFORÇOS UTILIZAÇÕES TRANSFERÊNCIAS REPOSIÇÕES E SALDOS EM 31.12.2009 ANULAÇÕES 31.12.2010 Provisões para crédito de liquidação duvidosa (Nota 9) 1.485.134 1.076.042 Provisões para imobilizações financeiras (Nota11) 90.784 13.573 Provisão para o Fundo de Pensões 49.655 201.664 Provisão para outros contingências . . Provisão para processo judiciais em contencioso (Nota 10) . 34.340 Provisões para garantias prestadas . 20.768 Outras provisões 283.121 . 332.776 256.772 1.908.694 1.346.387 (723.071) . (49.656) . . . . (49.656) (772.727) . . . 79.711 43.913 . (123.624) . . (470.826) 1.367.279 104.357 . 201.663 . 79.711 . 78.253 . 20.768 . 159.497 . 539.892 . (470.826) 2.011.528 95 2009 SALDOS EM REFORÇOS UTILIZAÇÕES TRANSFERÊNCIAS REPOSIÇÕES E SALDOS EM 31.12.2008 ANULAÇÕES 31.12.2009 Provisões para créditos de liquidação duvidosa (Nota 9) . Provisões para imobilizações financeiras (Nota11) Provisão para o Fundo de Pensões Outras provisões 1.009.708 1.635.765 . 90.784 . 49.655 183.929 122.595 183.929 172.250 1.193.637 1.898.799 . . . 4 4 4 . . . . . . (1.160.339) 1.485.134 90.784 . 49.655 . 283.121 (23.407) 332.776 (23.407) (1.183.746) 1.908.694 Em 31 de Dezembro de 2010, as provisões para garantias prestadas foram registadas por contrapartida da rubrica “Provisões para créditos de liquidação duvidosa”. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica “Outras provisões” incluía uma provisão para falhas de caixa nos montantes de mAKZ 137.069 e mAKZ 114.063, respectivamente. O Banco solicitou à Atest – Actuária e Estatística, Ltda. um estudo actuarial sobre o plano de pensões dos trabalhadores do Banco Sol com referência a 31 de Dezembro de 2010, com o objectivo de calcular as responsabilidades do mesmo e o nível de contribuição para o ano de 2011. No exercício de 2010, o Banco registou uma provisão no montante de mAKZ 198.154 correspondente à contribuição para o Fundo que o mesmo terá que realizar no primeiro trimestre de 2011, por forma a dar cumprimento à política contabilística descrita na Nota 2.c.). Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Provisões para o Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 Fundo de Pensões” inclui o montante de mAKZ 3.510, relativo a responsabilidades a pagar por compensação de reforma (Nota 2.c). No exercício de 2009, o Banco registou uma provisão no montante de mAKZ 49.655 correspondente à contribuição para o Fundo a realizar até ao primeiro trimestre de 2010. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as responsabilidades por serviços passados associados ao Fundo de Pensões do Banco Sol ascendem a mAKZ 364.538 e mAKZ 155.502, respectivamente, para as quais o Banco dispõe de um Fundo de Pensões no valor de mAKZ 166.384 e mAKZ 105.847, respectivamente, e de uma provisão constituída para o efeito, que cobrem a 100% as suas responsabilidades naquelas datas. As hipóteses e bases técnicas utilizadas na preparação do referido estudo, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, foram as seguintes: 2010 2009 MÉTODO ACTUARIAL Unit Credit Project Unit Credit Project 96 TÁBUA DE MORTALIDADE ANGV - 2020P ANGV - 2020P Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 TÁBUA DE INVALIDEZ Não utilizada Não utilizada TAXA DE CRESCIMENTO SALARIAL 1% 1% TAXA DE CRESCIMENTO DAS PENSÕES 0% 0% TAXA DE JURO 4% 4% NÚMERO DE EMPREGADOS 757 590 A moeda de referência e cálculo das responsabilidades com o Fundo de Pensões do Banco Sol foi o Dólar dos Estados Unidos. Adicionalmente, de acordo com o contrato de constituição do Fundo de Pensões, compete exclusivamente ao Banco a decisão sobre a actualização ou não das pensões. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o Banco não se encontrava a considerar qualquer actualização de pensões. 19. FUNDOS PRÓPRIOS CAPITAL SOCIAL O Banco foi constituído com um capital de mAKZ 49.400 (equivalente ao contravalor de 4.000.000 USD na data de constituição), representado por 4.000.000 de acções nominativas de um dólar norte americano cada, tendo sido integralmente subscrito e realizado em dinheiro. Durante os exercícios de 2005 e 2007, o Banco aumentou o seu capital social em mAKZ 89.204 e mAKZ 80.264, respectivamente (equivalente a 1.000.000 USD, respectivamente) integralmente realizado em dinheiro, passando a estar representado por 6.000.000 de acções nominativas de um dólar norte americano cada. Adicionalmente, em reunião de Assembleia Geral de 27 de Março de 2008, foi deliberado o aumento de capital do Banco de 6.000.000 USD para 14.811.070 USD (equivalente a mAKZ 1.111.171). Por despacho datado de 24 de Novembro de 2010, do Senhor Governador do Banco Nacional de Angola, foi autorizada a regularização à posteriori do aumento de capital social do Banco Sol ocorrido em 2008. Contudo, a mesma encontra-se a aguardar ainda a regularização do registo no Primeiro Cartório Nacional da Comarca de Luanda. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a estrutura accionista do Banco é a seguinte: Sansul Sebastião Bastos Lavrador Noé José Baltazar Ana Paula Dos Santos Sociedade de Comércio Martal João Manuel Lourenço Júlio Marcelino Bessa Coutinho Nobre Miguel António Mosquito Ana Maria Café NÚMERO DE ACÇÕES PERCENTAGEM 757.665.296 143.497.215 74.618.552 74.618.552 74.618.552 74.618.552 57.398.886 40.179.220 40.179.220 40.179.220 1.377.573.265 55,00 10,42 5,42 5,42 5,42 5,42 4,17 2,91 2,91 2,91 100,00 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, não existiam acções com direitos diferenciados. Dando cumprimento ao disposto no nº 3, do artigo 446º da Lei nº 1/2004, de 13 de Fevereiro, que enquadra a Lei das Sociedades Comerciais, no qual é exigido que os membros dos órgãos de administração e de fiscalização das sociedades anónimas divulguem o número de acções e obrigações de que são titulares, apresentamos de seguida as partes de capital detidas por parte de membros dos órgãos sociais: ACCIONISTAS CARGO VALOR DE AQUISIÇÃO NÚMERO DE ACÇÕES % Sebastião Bastos Lavrador Administrador Valor Nominal 143.497.215 10,42 Coutinho Nobre Miguel Administrador Valor Nominal 40.179.220 2,91 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o lucro por acção é de AKZ 1,80 e AKZ 2,14, respectivamente. RESERVA LEGAL Nos termos da legislação vigente, o Banco deve constituir um fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital. Para tal, é anualmente transferido para esta reserva um mínimo de 20% do resultado líquido do exercício anterior. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados, quando esgotadas as demais reservas constituídas. RESULTADOS POTENCIAIS Correspondem a reservas de reavaliação de imobilizado pendentes de liquidação, mas de realização provável ao abrigo do disposto no Decreto-Lei nº6/96, de 26 de Janeiro, de modo a reflectir o efeito da desvalorização da moeda nacional. 20. MARGEM FINANCEIRA Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estas rubricas apresentam a seguinte composição: 2009 2010 PROVEITOS DE De títulos e outros valores mobiliários INSTRUMENTOS . Mantidos até ao vencimento 141.247 423.569 FINANCEIROS . Mantidos para negociação 5.185.588 4.874.487 ACTIVOS De operações do mercado monetário interfinanceiro 196.640 135.393 4.818.917 1.965.705 De créditos concedidos 10.342.392 7.399.154 CUSTOS DE De depósitos de clientes 6.001.943 4.154.844 INSTRUMENTOS De operações do mercado monetário interfinanceiro 12.179 64.885 FINANCEIROS De op. de venda de títulos próprios com acordo de recompra 3 . PASSIVOS 6.014.125 4.219.729 MARGEM FINANCEIRA 4.328.267 3.179.425 Os proveitos dos títulos da dívida pública, obtidos em Obrigações do Tesouro e em Bilhetes do Tesouro emitidos pelo Estado Angolano e enquadrados nos Decretos Regulamentares números 51/03 e 52/03, de 8 de Julho, gozam da isenção de todos os impostos. Tal facto é complementado pelo disposto na alínea c) do número 1 do Artigo 23º do Código do Imposto Industrial, onde é referido expressamente que não se consideram como proveitos os rendimentos de quaisquer títulos da dívida pública, para efeitos de apuramento da contribuição industrial a pagar (Nota 2.h) e Nota 28). 21. RESULTADOS DE OPERAÇÕES CAMBIAIS 31.12.2010 31.12.2009 LUCROS PREJUÍZOS LÍQUIDO LUCROS PREJUÍZOS LÍQUIDO RESULTADOS DE OP. CAMBIAIS 3.628.025 (1.375.650) 2.252.375 4.684.173 (2.135.376) 2.548.797 97 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 22. RESULTADOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS FINANCEIROS 23. CUSTOS COM PESSOAL Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estas rubricas apresentam a seguinte composição: Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição: 2010 CUSTOS DE PRESTAÇÕES DE Comissões Pagas SERVIÇOS FINANCEIROS . Por operações cambiais . Por compensação electrónica . Outros serviços 98 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 PROVEITOS POR PRESTAÇÕES Comissões Recebidas DE SERVIÇOS FINANCEIROS . Por compensação electrónica (cartões VISA) . Por cobrança de valores . Por operações cambiais . Por compromissos com terceiros . Por garantias e avales RESULTADOS DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS FINANCEIROS 2010 2009 19.587 20.943 42.626 19.539 542.534 153.678 604.747 194.160 946.677 352.927 670.807 608.893 350.837 157.298 176.718 126.542 118.271 98.095 2.263.310 1.343.755 1.658.563 1.149.595 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o saldo da rubrica “Comissões pagas por outros serviços” inclui o montante de mAKZ 539.222 e mAKZ 150.645, respectivamente, referente a comissões suportadas pelo Banco Sol no âmbito do processo de compensação efectuada ao nível de transacções Visa. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o saldo da rubrica “Comissões por cobrança de valores”, corresponde ao montante equivalente a 1% sobre o valor global da receita mensal arrecadada, no âmbito do contrato de prestação de serviços celebrado com o Ministério das Finanças. No referido acordo, datado de 1 de Agosto de 2003 e com duração de tempo indeterminada, foi estipulado que o Banco Sol tem como obrigação a prestação de serviços de recolha e entrega de receitas do Estado nos termos e condições constantes no Regulamento do Sistema de Arrecadação de Receitas do Estado (RSARE), aprovado pelo Decreto Executivo nº 49/02, de 25 de Outubro, do Ministério das Finanças (Nota 17). 2009 1.640.919 950.603 SALÁRIOS E VENCIMENTOS Remunerações dos empregados Remunerações dos órgãos de gestão e fiscalização 89.481 56.527 1.730.400 1.007.130 ENCARGOS SOCIAIS OBRIGATÓRIOS Empregados 152.178 118.244 ENCARGOS SOCIAIS FACULTATIVOS Empregados 70.031 43.538 222.209 161.782 OUTROS CUSTOS Empregados 53.087 37.855 2.005.696 1.206.767 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o número de trabalhadores do Banco corresponde a 763 e 647, respectivamente. 24. FORNECIMENTOS DE TERCEIROS 26. OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição: 2010 2009 Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estas rubricas apresentam a seguinte composição: 2010 2009 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS Segurança e vigilância Serviços de informática Auditorias e consultorias Serviços com cartões Visa Serviços de comunicação Serviços de manutenção de ATM’s Outros serviços técnicos especializados Materiais diversos Alugueres Publicações, publicidade e propaganda Transportes, deslocações e estadas Comunicações Água e energia Seguros Outros fornecimentos de terceiros 528.788 353.609 161.758 134.016 126.259 104.904 311.186 292.478 175.779 78.886 23.465 61.674 59.751 168.503 319.697 316.346 280.388 201.551 194.284 178.401 144.729 183.053 125.741 89.429 28.833 10.170 18.069 4.659 260.446 229.250 3.092.707 2.073.395 25. IMPOSTOS E TAXAS NÃO INCIDENTES SOBRE O RESULTADO Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estas rubricas apresentam a seguinte composição: IMPOSTOS Impostos do Selo Outros 2010 2009 13.024 16.186 29.210 10.457 8.785 19.242 PROVEITOS PELA PRESTAÇÃO Comissões com cartões VISA DE SERVIÇOS DIVERSOS Comissões de manutenção de depósitos Processamento de salários Emissão de cheques Outros REEMBOLSO DE DESPESAS Sobre ordens de pagamentos 439.467 143.927 123.123 105.233 106.760 92.370 29.629 21.897 37.366 31.697 423 476 736.768 395.600 O aumento ocorrido no exercício de 2010 na rubrica “Comissões com cartões Visa” deve-se, essencialmente, ao aumento de transacções ocorridas através deste meio de pagamento. 99 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 27. RESULTADO NÃO OPERACIONAL Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estas rubricas apresentam a seguinte composição: 2010 2009 CUSTOS OU PERDAS Menos valias decorrentes de alienação de imobilizado corpóreo 141.420 1.139 NÃO OPERACIONAIS Imobilizações financeiras 13.573 90.784 . Provisão para redução no valor recuperável Menos valias decorrentes de alienação de imobilizado incorpóreo 3.361 . . 118.536 Anulação de juros de anos anteriores 97.093 4.991 Outras perdas extraordinárias 255.447 215.450 PROVEITOS OU GANHOS Ganhos relativos a exercícios anteriores NÃO OPERACIONAIS Outros ganhos extraordinários Resultado não operacional 384.887 194.336 148.113 . 533.000 194.336 277.553 (21.114) Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Outras perdas extraordinárias” inclui o montante de mAKZ 85.259, referente à anulação do montante entregue às autoridades fiscais, no âmbito do adiantamento de imposto industrial efectuado no exercício de 2008 (Nota 10). Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Ganhos relativos a exercícios anteriores” inclui montantes de juros de créditos transferidos para prejuízos em exercícios anteriores e que foram reconhecidos novamente durante o exercício de 2010, após a reestruturação dos créditos a que estavam associados. Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Outros ganhos extraordinários” inclui o montante de mAKZ 139.050 relativo ao reconhecimento em proveitos não operacionais de sobras de caixa e de ATM’s. 100 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 28. ENCARGOS SOBRE O RESULTADO CORRENTE O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de imposto industrial nos termos da lei fiscal vigente em Angola, sendo considerado fiscalmente um contribuinte do Grupo A. A taxa de imposto aplicável é de 35%, nos termos do nº 1 do Artigo 72, da Lei nº 18/92, de 3 de Julho. Adicionalmente, o Banco foi autorizado pelo Ministério das Finanças em 27 de Abril de 2007, a reduzir a taxa de Imposto para 50% por um período de 5 anos contados a partir do exercício de 2004, nos termos do nº 3 do Artigo 72º, da Lei nº 18/92. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a reconciliação entre o lucro contabilístico e o lucro para efeitos do cálculo do imposto industrial é como se segue: Resultados antes dos impostos e outros encargos Multas Fiscais Despesas de existências (artigo nº 42º) Provisões não previstas (artigo nº 36º) Despesas de representação (artigo nº 40º) Despesas não específicas (artigo nº 49º) Outros Acréscimos Ajustamentos . Benefícios fiscaus em rendimentos de títulos da dívida pública (nota 20) . Prejuízo fiscal do exercício de 2008 . Prejuízo fiscal do exercício de 2009 Lucro tributável Taxa nominal de imposto Imposto a pagar 2010 2009 2.472.784 2.942.937 3.530 352 . . . . 2.471 90 122.595 10.597 4.991 118.536 (1.027.671) (706.287) (1.195.092) (4.397.309) . . (452.384) 35% (1.195.092) 35% . . Os proveitos dos títulos da dívida pública emitidos pelo Estado Angolano gozam de isenção fiscal de acordo com os Decretos nºs 51/03 e 52/03 de 8 de Julho. Desta forma, na determinação do lucro tributável para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, tais proveitos foram deduzidos à matéria colectável. O Banco considerou apenas 50% do prejuízo fiscal reportado, ao abrigo da autorização concedida pelo Ministério das Finanças. Por não existirem perspectivas fundamentadas sobre a realização dos activos por impostos diferidos associados a prejuízos fiscais reportáveis, o Banco não procedeu ao reconhecimento dos mesmos. Em 31 de Dezembro de 2010, os prejuízos fiscais reportáveis ascendiam a, aproximadamente, mAKZ 450.000. As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal do Banco durante um período de cinco anos, podendo resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais correcções ao lucro tributável dos exercícios de 2006 a 2010. O Conselho de Administração do Banco entende que eventuais liquidações adicionais que possam resultar destas revisões não serão significativas para as demonstrações financeiras anexas. 29. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS 30. BALANÇO POR MOEDA Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os principais saldos e transacções mantidos com entidades relacionadas, são os seguintes: Em 31 de Dezembro de 2010, o balanço por moeda do Banco apresentava a seguinte estrutura: 31.12.2010 31.12.2009 ACTIVO Outros Valores Imobilizações financeiras Créditos 1.015.338 21.393 5.958.633 6.995.364 352.090 27.560 6.167.780 6.547.430 PASSIVO Depósitos 3.777.510 3.063.853 Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as entidades relacionadas são as seguintes: . Falcon Oil Holding Angola, S.A. . Guanang Guanos de Angola, S.A. . Imosol Comércio Geral, Prestação de Serviços e Imobiliária, S.A. . Jembas Assistência Técnica, Lda. . Lora Limitada . N-Gestão e Participações Financeiras, Lda. . Solarium Vereda das Flores, Lda. . Solmix, Lda. . SLN – Sociedade Lusa de Negócios, S.A. . EMIS – Empresa Interbancária de Serviços, S.A.R.L. . Bolsa de Valores e Derivados de Angola MOEDA NACIONAL MOEDA ESTRANGEIRA Disponibilidades Aplicações de liquidez Títulos e valores mobiliários Créditos no sistema de pagamentos Operações cambiais Créditos Outros valores Imobilizações financeiras Imobilizações corpóreas Imobilizações incorpóreas 30.022.463 . 33.998.521 460.568 . 28.841.288 480.081 21.393 1.920.620 2.037.532 9.210.287 10.090.681 725.594 17.771 835.572 556.440 1.209.191 . . . Total Activo 97.782.466 22.645.536 Depósitos Captações com títulos e valores mobiliários Obrigações no sistema de pagamentos Operações cambiais Outras captações Outras obrigações Provisões para responsabilidades prováveis 88.890.010 414.940 325.993 19.589.101 271.842 88.710 1.104.579 3.145 264.647 213.899 Total Passivo 90.772.531 21.535.923 . . Situação Líquida 302.948 838.640 TOTAL 39.232.750 10.090.681 34.724.115 478.339 835.572 29.397.728 1.689.272 21.393 1.920.620 2.037.532 101 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 31. RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS 32. EVENTOS SUBSEQUENTES Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estas rubricas têm a seguinte composição: Entre 31 de Dezembro de 2010 e a data de aprovação das demonstrações financeiras, não ocorreram factos relevantes que tenham influenciado a posição patrimonial e os resultados do Banco. GARANTIAS PRESTADAS E Créditos documentários abertos OUTROS PASSIVOS EVENTUAIS Garantias e avales prestados Créditos transferidos para prejuízo Garantias recebidas 102 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 RESPONSABILIDADES POR Custódia de títulos PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS Cobrança de valores 2010 2009 1.346.002 399.915 1.745.917 1.710.722 930.161 2.640.883 609.476 96.829 10.122.184 5.518.362 14.603.805 24.718.109 12.726 172 14.603.977 24.730.835 As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem por mobilização de fundos por parte do Banco, estando relacionadas com garantias prestadas para suporte de operações de importação e para execução de contratos por parte de clientes do Banco. As garantias prestadas e os compromissos assumidos representam valores que podem ser exigíveis no futuro. Os créditos documentários abertos são compromissos irrevogáveis, por parte do Banco, por conta dos seus clientes, de pagar/mandar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos referentes à expedição da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas. Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade quer do cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes, sendo que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras. 103 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2010 09 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Senhores Accionistas: De acordo com as disposições legais e regulamentares Angolanas, cumpre ao Conselho Fiscal emitir um relatório sobre a sua acção fiscalizadora e emitir o seu parecer sobre as Demonstrações Financeiras do Banco Sol S.A., relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010. O Conselho Fiscal acompanhou de forma continuada a evolução da actividade da Sociedade e verificou a regularidade dos registos contabilísticos, bem como da respectiva documentação. No âmbito das suas competências, o Conselho Fiscal contou sempre com a colaboração do Conselho de Administração, na disponibilização das informações que considerou necessárias para o exercício das suas funções, em termos que apraz registar. As contas foram objecto de uma auditoria completa levada a cabo pelos auditores externos do Banco, cuja opinião, qualificada por 3 reservas e 4 ênfases, é que excepto quanto aos ajustamentos resultantes dessas reservas, as demonstrações financeiras apresentam de uma forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Banco Sol S.A. em 31 de Dezembro de 2010, bem como o resultado das suas operações, as mutações dos seus fundos próprios e os seus fluxos de caixa no exercício findo daquela data, em conformidade com o plano contabilístico das Instituições Financeiras em Angola emanado pelo Banco Central de Angola. Tendo ponderado as qualificações do Auditor, e após recomendação ao Conselho de Administração que estas sejam resolvidas prioritariamente, é parecer do Conselho Fiscal, que a Assembleia Geral aprove o relatório de Gestão e as Contas do Exercício de 2010. O Conselho Fiscal reconhece o esforço do Conselho de Administração, consubstanciando numa gestão prudencial e criteriosa, tendo em conta aspectos da crise económica financeira mundial, cuja incidência na banca Angolana foi deveras acentuada. Luanda, Julho de 2011 Dr. Júlio Marcelino Vieira Bessa Presidente Eng.º Noé Baltasar 1º Vogal Dr. Paul de Sousa 2º Vogal 107 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Relatório e Contas 2010 10 Relatório dos Auditores Relatório dos Auditores Montantes expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. RESERVAS INTRODUÇÃO 1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas do Banco Sol, S.A. (adiante igualmente designado por “Banco“ ou “Banco Sol“), as quais compreendem o balanço patrimonial em 31 de Dezembro de 2010 que evidencia um total de mAKZ 120.428.002 e fundos próprios de mAKZ 8.119.548, incluindo um resultado de mAKZ 2.472.784, as demonstrações dos reultados, de mutações nos fundos próprios e de fluxos de caixa para o exercício findo naquela data e o correspondente anexo. RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco, o resultado das suas operações, as mutações nos seus fundos próprios e os seus fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. 4. Até à data deste relatório, não obtivemos respostas para um número significativo de pedidos de confirmação de saldos, transacções e outras informações, nem nos foi possível efectuar procedimentos alternativos no que se refere a depósitos de clientes, créditos e garantias prestadas de acordo com o seguinte detalhe: NÚMERO DE CARTAS MONTANTES EM mAKZ ENVIADAS RECEBIDAS Depósitos de Clientes Créditos Garantias prestadas 75 76 10 161 19 24 . 43 POR RECEBER ENVIADAS RECEBIDAS 56 52 10 118 70.588.682 19.422.764 1.428.016 91.439.461 36.999.150 4.731.304 . 41.730.454 ÂMBITO Adicionalmente, durante o exercício de 2010, o Banco procedeu à conversão para Kwanzas Angolanos e à consequente alteração do indexante da taxa de juro de referência de um conjunto significativo de empréstimos que originalmente se encontravam contratualizados em Dólares dos Estados Unidos, considerando-se o mesmo a concluir o processo de obtenção das adendas aos referidos contratos de empréstimo devidamente assinadas pelos clientes. Consequentemente, tendo em consideração as situações acima descritas, não nos foi possivel concluir quanto à razoabilidade dos saldos registados nas rubricas acima referidas, em 31 de Dezembro de 2010. 3. Excepto quanto às limitações descritas nos parágrafos 4 e 5 abaixo, o exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. 5. No âmbito da convenção financeira celebrada entre o Ministério das Finanças e o Banco, datada de 28 de Julho de 2005, relativamente à disponibilização de recursos financeiros de forma a garantir a implementação de um programa de concessão de microcrédito a pequenos produtores agrícolas e equiparados e de crédito ao consumo a professores, enfermeiros e outras categorias profissionais, localizados em zonas rurais e suburbanas, o Ministério das Finanças disponibilizou ao Banco o montante de USD 4.423.000, equivalente a mAKZ 409.770, parte do qual a título de Fundo de garantia, o qual se destinaria exclusivamente a cobrir situações imprevistas 111 Relatório dos Auditores Relatório e Contas 2010 e créditos não reembolsados, sendo a utilização do mesmo dependente do consentimento da Direcção Nacional do Tesouro. Durante o exercício de 2010, o Banco procedeu à utilização do passivo acima referido no montante de USD 4.389.000, equivalente a mAKZ 406.625, para efeitos de liquidação de créditos concedidos ao abrigo daquela convenção que ainda se encontravam por reembolsar, sendo que, à data deste relatório, o Banco encontra-se a aguardar a recepção do consentimento formal da Direcção Nacional do Tesouro a tal operação. Consequentemente, na ausência de tal informação, não nos foi ainda possível concluir quanto à razoabilidade do acima referido registo, nem sobre o eventual efeito de tal situação no apuramento das provisões para crédito de liquidação duvidosa. 112 Relatório dos Auditores Relatório e Contas 2010 6. Atendendo às limitações dos sistemas informáticos do Banco e à complexidade de aplicação do Aviso nº4/2009 do Banco Nacional de Angola, relativamente ao apuramento das provisões para créditos de liquidação duvidosa, constatamos que durante o exercício de 2010 o Banco não se encontrava a identificar as operações de crédito objecto de reestruturação, nem a classificar as mesmas, para efeitos de apuramento de provisões, na mesma classe de risco em que se encontravam classificadas antes de ocorrerem tais reestruturações. Em parte pelos motivos acima referidos, constatamos que o Banco não se encontrava igualmente a classificar as operações de crédito concedido a um mesmo cliente ou grupo económico na classe que apresenta mais risco. Adicionalmente, durante o exercício de 2010, identificamos, numa base de amostragem, algumas situações que totalizaram, aproximadamente, mAKZ 109.000, em que o Banco reconheceu na rubrica da demonstração de resultados “Resultado não operacional - Ganhos relativos a exercícios anteriores”, por contrapartida da rubrica de “Créditos” no activo, juros vencidos há mais de 60 dias, ou juros anteriormente abatidos ao activo, sem que os respectivos clientes tivessem procedido à liquidação de tais juros ou ao reforço de garantias, tal como previsto no acima referido Aviso. Embora em 2011, o Banco tenha iniciado um projecto que visa solucionar e prevenir no futuro as situações acima referidas, em 31 de Dezembro de 2010, atendendo às situações acima identificadas, à situação descrita do parágrafo 5 acima e aos resultados da nossa análise específica de algumas operações de crédito, entendemos que o Banco deveria proceder a um reforço de provisões para fazer face a eventuais problemas de realização na sua carteira de crédito concedido por um montante que não nos foi possível estimar. referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Banco Sol, S.A. em 31 de Dezembro de 2010, bem como o resultado das suas operações, as mutações nos seus fundos próprios e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Angola para o Sector Bancário (Nota 2). ÊNFASES 8. Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica de “Capital” inclui o montante de mAKZ 1.111.171, equivalente a mUSD 14.811, referente ao aumento de capital efectuado durante o exercício de 2008, com base em deliberação da Assembleia Geral de Accionistas de 27 de Março de 2008, proveniente da incorporação de reservas de manutenção de fundos próprios, de resultados transitados e de entradas em numerário dos accionistas. Por despacho datado de 24 de Novembro de 2010, do Senhor Governador do Banco Nacional de Angola, foi autorizada a regularização à posteriori do aumento de capital social do Banco Sol, bem como a alteração da sua estrutura accionista. Contudo, com base na Certidão do Primeiro Cartório Nacional da Comarca de Luanda, datada de 15 de Março de 2011, verificámos que o referido aumento de capital social não se encontra concordante com a deliberação lavrada em acta da Assembleia Geral de Accionistas do Banco, nem com a respectiva ratificação do Senhor Governador do Banco Nacional de Angola. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2010, o Banco não se encontra a cumprir com o art.º 305.º da Lei das Sociedades Comerciais n.º1/2004 que estipula que o valor nominal das acções não pode ser inferior a uma quantia, expressa em moeda nacional, equivalente a USD 5. 9. Conforme descrito na Nota 2.c) do Anexo, o Banco Sol constituiu em exercícios anteriores um Fundo de Pensões fechado de benefício definido o qual garante aos seus trabalhadores uma pensão de reforma por velhice e uma compensação em caso de morte e cujas responsabilidades em 31 de Dezembro de 2010, apuradas com base num estudo actuarial efectuado por uma entidade independente (Atest - Actuária e Estatística, Ltda.) ascendem a, aproximadamente, mAKZ 365.000. Para efeitos de tal estudo actuarial, na ausência de outra entidade disponível, o Actuário responsável utilizou a tábua de mortalidade oficial em Angola (ANGV-2020P). OPINIÃO 7. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários, caso não existissem as limitações descritas nos parágrafos 4 e 5 acima, e excepto quanto ao efeito dos ajustamentos referidos no parágrafo 6 acima, as demonstrações financeiras 10. Conforme divulgado nas Notas 2 e 3 do Anexo às demonstrações financeiras, o Banco adoptou, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2010, o Plano Contabilístico da Instituições Financeiras (“CONTIF”), aprovado pelo Instrutivo nº 09/07, de 19 de Setembro, do Banco Nacional de Angola, tendo a data de transição sido reportada a 1 de Janeiro de 2009. Até 31 de Dezembro de 2009, as demonstrações financeiras do Banco foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos estabelecidos no anterior Plano de Contas para as Intituições Financeiras (“PCIF”) nos termos do Instrutivo nº13/99, de 1 de Setembro, do Banco Nacional de Angola. Para efeitos de comparabilidade, a informação financeira referente ao exercício de 2009 foi reexpressa em conformidade com o CONTIF. A conversão das demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCIF para as demonstrações financeiras reexpressas em conformidade com o CONTIF implicou alterações de apresentação, não tendo sido apurados impactos patrimoniais. 11. As demonstações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, preparadas de acordo com o (“PCIF”), foram por nós auditadas e o nosso relatório sobre as mesmas, datado de 12 de Abril de 2010, incluía quatro reservas, uma relativa ao assunto descrito no parágrafo 4 acima e três não aplicáveis ao exercício de 2010, bem como duas ênfases, uma relativa ao assunto descrito no parágrafo 8 acima e outra não aplicável ao exercício de 2010. 113 Luanda, 7 de Abril de 2011 DELOITTE Relatório dos Auditores Relatório e Contas 2010
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