6. ecodesign e o revestimento de bambu
Transcrição
6. ecodesign e o revestimento de bambu
72 ECODESIGN E O REVESTIMENTO DE BAMBU 1 Camila Daiane de Morais Paula 2 Francis Hellen Alves da Silva 3 Henrique Luis de Carvalho Sanches 4 RESUMO: Este artigo tem como objetivo mostrar a viabilidade dos revestimentos de bambu nos tempos atuais em que a sociedade busca uma maior conscientização ambiental. As práticas do ecodesign contribuem para que as ações de concepção de qualquer produto sejam realizadas de forma mais eficiente desde o inicio da elaboração dos projetos, sua utilização e posterior descarte na natureza. Busca-se ainda analisar as vantagens na utilização especificamente no que se refere o revestimento de bambu, de modo que o seu uso correto e ecológico seja colocado em prática. PALAVRAS-CHAVE: Bambu; Design; Ecodesign; Revestimentos. ABSTRACT: This paper aims to show the feasibility of coats of bamboo in modern times in which society seeks greater environmental awareness. The ecodesign practices that contribute to the actions of any product design are carried out more efficiently since the beginning of the project design, its use and subsequent disposal in nature. We seek to further analyze the advantages of using specifically regarding bamboo flooring, so that its correct and ecological use is put into practice. KEYWORDS: Bamboo; Design; Ecodesign; Coatings. 1 INTRODUÇÃO A busca por alternativas para o desenvolvimento de produtos com uma abordagem socialmente ecológica e que tenham responsabilidade ambiental tem sido uma forma de demonstrar que a indústria está comprometida com o lugar em que habita. Neste sentido é possível perceber um avanço em ritmo crescente 1 Artigo Científico apresentado para a obtenção do título de Tecnólogo em Design de Interiores pela Faculdade do Norte Novo de Apucarana – FACNOPAR, orientado pelo Professor Esp. Henrique Carvalho Sanches no ano de 2014. 2 Acadêmica do curso de Tecnologia em Design de Interiores da FACNOPAR – Faculdade do Norte Novo de Apucarana. E- mail: [email protected]. 3 Acadêmica do curso de Tecnologia em Design de Interiores da FACNOPAR – Faculdade do Norte Novo de Apucarana. E- mail: [email protected]. 4 Arquiteto. Professor da FACNOPAR e do SENAI Arapongas. Especialização em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL). Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). 73 por um bem em comum, a preservação do meio ambiente, principalmente quando este é fonte de matéria-prima para o desenvolvimento de novos produtos. Com o constante surgimento de novos desafios na área de criação de produtos, a prática do ecodesign vem se destacando devido a sua busca pelo desenvolvimento de produtos que sejam ecologicamente corretos e que ao mesmo tempo satisfaçam seu consumidor final. Estes anseios tem sido de extrema importância por considerar a preocupação com as próximas gerações, entendendo que a busca por uma mudança de comportamento da geração atual influenciará diretamente na próxima que virá, a qual deverá lidar com os problemas ambientais do passado e projetar um futuro mais sustentável. Nessa busca por produtos ecológicos e eficientes, uma opção bastante promissora é a utilização do bambu como matéria-prima, seja como material predominante em objetos de decoração ou outras soluções tecnológicas, principalmente como revestimento de pisos, móveis, entre outros. Neste sentido a utilização do bambu é capaz de superar inúmeros itens produzidos em outros materiais, pois além de sua resistência, sua base principal é uma planta que possui um crescimento acelerado e de fonte renovável. Sendo assim não causa prejuízos ao meio ambiente. Possui ainda outras características positivas que vão além de revestimentos; também estão sendo aplicados em produtos que buscam um design diferenciado e procuram mostrar seu lado sustentável. Dada a importância dos impactos causados em algumas décadas pelo consumo irresponsável e sem conscientização do ser humano para com o seu habitat, faz-se necessária uma análise de todos os benefícios dos produtos desenvolvidos nos dias de hoje. Desta forma, frente a essas questões, o presente artigo tem como objetivo investigar o revestimento de bambu e entender a sua aplicabilidade para o design. 2 ECODESIGN O Ecodesign tem como objetivo primordial a criação de produtos ecoeficientes, sem comprometer seus custos, qualidade e limitação de tempo para sua produção. Com isso a ecoeficiência traz o conceito de práticas ambientalmente responsáveis, que devem seguir conforme as políticas e estratégias da empresa, 74 segundo Venzke (2002). Charter (2001) complementa que o ecodesign pode viabilizar as empresas a atingir benefícios referentes à diminuição dos impactos ambientais dos produtos, o aprimoramento no consumo de matéria-prima, no uso de energia, progresso no gerenciamento de resíduos e o direcionamento das empresas para inovações nos produtos e processos, a redução dos custos de fabricação, entre outros (tradução nossa). Uma das práticas ambientais apontadas para a execução dos conceitos de ecodesign nas empresas, para Fiksel (1996), é a utilização de recursos renováveis, cuja taxa de renovação deve ser o bastante para igualar a sua utilização em curto prazo para definir a viabilidade ambiental e econômica (tradução nossa). Neste sentido, o designer tem um papel relevante no desenvolvimento e principalmente nas escolhas dos materiais que serão utilizados, mesmo que não esteja diretamente ligado ao fim do ciclo desse material, aponta Manzini & Vezzoli (2005). Assim é possível destacar a importância do designer no desenvolvimento desses produtos com responsabilidade ambiental. Um designer é um ser humano que tenta atravessar a ponte estreita entre a ordem e o caos, a liberdade e o niilismo, entre realizações passadas e possibilidades futuras (PAPANEK, 1995, p. 9-10) Funcionalidade Sua criatividade deve ser ressaltada, pois deve aliar qualidade e A criatividade é o coração do design, em todos os estágios do projeto. O projeto mais excitante e desafiador é aquele que exige inovações, de fato a criação de algo radicalmente novo, não parecido com tudo que se encontra no mercado (BAXTER, 1998, p.51). Segundo Motta (2004), o produto precisa satisfazer a necessidade e desejo de seu publico alvo, caso seja ecologicamente correta, a variável ambiental deve estar presente. O design de produtos vem para facilitar a vida e contribuir para que a sociedade venha consumir estes produtos de maneira consciente. Gui Bonsiepe (1997) entende que o design é uma área significativa para o crescimento de qualquer país, e que por intermédio de suas tecnologias inovadoras, podem nos favorecer muito a sociedade como um todo. Segundo Garcia (2000) a responsabilidade sobre um produto pode ser empenhada durante todo o ciclo de vida dele, começando pela criação do 75 produto, extração da matéria-prima, desenvolvimento, embalagem, distribuição e descarte, isto é, sendo aplicada em todas as fases, desde o meio ambiente à sociedade, devendo ser partilhada entre todos os participantes da cadeia produtiva, como os produtores de matérias-primas, convertedores de materiais, fabricantes do produto acondicionado, distribuidores, varejistas, consumidores, recicladores, etc. A adoção de políticas ambientais, visando à preservação do meio ambiente, oferece diversas vantagens competitivas a empresas desenvolvedoras de produtos sustentáveis. Referindo-se a redução de custos em função da economia de recursos naturais e energia, atenuação na geração de resíduos, oportunidade de conquista ambientais, de mercado que exijam legislações facilidade de financiamentos, entre outros, acrescenta Hojda (1999). De acordo com Kaminski (2000), o projeto é a execução principal de quem desenvolve produtos. Fatores tais como tecnológicos, econômicos, humanos e ambientais sempre estão envolvidos em qualquer desenvolvimento, e a importância relativa desses fatores é que varia de um produto para o outro. Erdmann (2000) reafirma que todo produto é consequência de um sistema de produção e é oferecido aos consumidores pretendendo atender suas necessidades e expectativas. Para Oishi (1995) um elemento essencial para as empresas é desenvolver com qualidade sem perder a lucratividade em novos produtos. Esse desenvolvimento de novos produtos surge das mudanças de mercado de inovações tecnológicas e da concorrência gradativa entre as empresas por produtos mais rentáveis. Essa relação do produto com o meio ambiente se dá na fabricação, na aplicação e na disposição após a vida útil dele. O planejamento ambiental em todas as etapas do ciclo de produção, consumo e descarte deve antecipar o desenvolvimento do produto, conforme Kaminski (2000). Consciência ecológica é um conceito, não encerra em si qualquer proposta concreta, é somente um plano invisível, onde circulam medidas que visam a minimizar um futuro incerto ás próximas gerações. A consciência ecológica, portanto, caracteriza-se muito mais por uma forma ética de pensar e comportar-se do que por uma disciplina científica. Pode-se dizer que a ecologia tem uma face de efeitos ambientais (deste ambiente faz parte o edifício e a cidade) tangíveis, que permite transformar atitudes a partir da avaliação dos impactos das intervenções 76 nos ecossistemas, e uma face casual, psicológica e intangível, mediante a qual a ecologia se conecta diretamente à consciência (ADAM, 2001, p. 15). 3 O BAMBU O Bambu é conhecido e empregado há séculos pelos habitantes de regiões tropicais, graças as suas características como dureza, leveza, resistência, conteúdo de fibras, flexibilidade e facilidade de emprego, como constata Pereira (1997). Suas características são de uma planta lenhosa, monocotiledônea e pertencente às Angiospermas. Pereira (1997) diz ainda que ele pode ser do tipo moita ou do tipo alastrante, e que por ser uma árvore gramínea única no reino vegetal, é restaurador e protetor de solos degradados. Consequentemente, vem sendo utilizado por milhares de anos pela humanidade em construção de casas, móveis produzindo carvão vegetal, papel e os mais diversos artigos utilizados no cotidiano, de acordo com Lee (1994) (tradução nossa). Segundo Pereira (1997), o bambu possui uma grande vantagem, pois tem um crescimento acelerado em comparação com qualquer outro tipo de madeira. A produção dos colmos é rápida sem haver necessidade de replantio, podendo ser imediatamente efetivada a sua cultura e exploração no campo. Jaramillo (1992) diz que não há nenhuma espécie florestal capaz de competir em velocidade quanto ao crescimento, pois é o recurso florestal que menos leva tempo para ser renovado. De acordo com Janssen (2000), o bambu possui propriedades estruturais, tais como resistência/massa específica e rigidez/massa, que superam as madeiras existentes, o concreto e até mesmo sendo comparado ao aço (tradução nossa). Lembra Ghavami (1989), que o bambu possui alta produtividade, que em dois anos e meio após ter brotado, possui resistência mecânica estrutural e que neste aspecto não possui nenhum concorrente no reino vegetal. 77 [...] o bambu possui características físicas, químicas e mecânicas que lhe conferem milhares de usos especialmente nos países orientais, e que na América Latina e principalmente no Brasil, essa matéria é pouco utilizada. Destaca-se pelo possível uso como material alternativo para construções diversas, engenharia, condução de água, compósitos de vegetais, placas compensadas, sarrafos, reflorestamento, entre outros [...] (PEREIRA, 1997, p. 161). Já Lopez (2003), afirma que o bambu é utilizado desde seus primeiros dias como brotos comestíveis. Já do sexto mês até o primeiro ano, produz lâminas e lascas para artesanatos diversos. No segundo ano produz tiras para esteiras e chapas, e a partir do terceiro ano seu uso pode ser empregado em estruturas arquitetônicas, ripas para pisos e chapas de bambu. Janssen (2000) defende que a durabilidade natural do bambu quando não tratado é de 1 a 3 anos em contato com o solo e exposto às intempéries; de 4 a 6 anos sob cobertura; e, de 10 a 15 anos sob cobertura e clima mais seco (tradução nossa). 4 REVESTIMENTO DE BAMBU De acordo com Ferreira (1993) no Mini Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, ele define que revestimento é o ato ou efeito de revestir, ou ainda o que reveste ou cobre. Em outras palavras, é tudo aquilo que envolve e protege uma superfície, como chão, parede, teto, entre outros. Júnior (2008) cita que o bambu é um material compósito e, como exemplo desse material, é mostrado o piso de bambu e o laminado colado. Moizés (2007) também acrescenta os painéis de bambu laminados, que possuem grande estrutura e qualidade estética, aumentando as perspectivas de usos e aplicações. Conforme explica Silva & Bittencourt (2002), piso é uma superfície, interrompida ou não interrompida, feito para deslocamento de pessoas, máquinas, veículos, entre outros. São caracterizados de diferentes formas, de acordo com aspectos estéticos, propriedades físicas, juntas, encaixes, permeabilidade, e demais classificações. Sendo assim, o bambu é um material que possui uma grande força mecânica para diversas finalidades, dentre elas, a fabricação de laminado colado para pisos. Segundo Junior (2008), o laminado é obtido através de lâminas coladas e suas composições, que juntas, podem formar variedades de produtos como pisos e revestimentos. 78 Grande parte das pessoas que planejam usar revestimentos de bambu se preocupa com sua durabilidade. Contudo, laminados de bambu são de fácil aplicação, se adaptam bem a acabamentos com lixas e verniz (SILVA; BITTENCOURT, 2002). Para Moizés (2007), os grupos de bambus mais utilizados na fabricação de lâminas e ripas e para confecção desses painéis são: Dentrocalamus giganteus (bambu gigante), Bambusa Vulgaris, Guadua angustifólia, Gigantochloa apus, Phyllostachys pubescens e Dentrocalamus latiflorus. Também aponta que os revestimentos laminados, pisos e painéis são confeccionados a partir do colmo do bambu, onde são retiradas lâminas, flocos, fibras ou ripas. O seu processo de fabricação depende do formato que será utilizado e do tipo de aplicação que será feita. As etapas gerais desse processo são: - Corte dos colmos; - Imersão em tanques para imunização; - Colagem e disposição das peças; - Processamento das peças; - Acabamentos superficiais. Pereira (1997) complementa dizendo que as peças laminadas de bambu seguem uma sequência na execução, são elas: - Corte transversal; Corte Longitudinal; Remoção de protuberância provocada pelos nós internos e externos; Imersão em tanque para imunização; Armazeno para secagem; Obtenção de ripas com dimensões necessárias. Sem precisão de retirada dos nós; Colagem com adesivos; Prensagem das peças; Acabamento com lixadeira. Segundo Ostapiv (2007), através do processo de prensagem ao quente com adesivos, são alcançados cor e brilho desejado, ampliando a duração e conservação do piso de bambu. Paes et al (2010) compara valores de resistência, massa específica do laminado de bambu com madeiras como sucupira, ipê e jatobá e testa sua estabilidade dimensional e resistência à abrasão. Quando realizados 79 testes e pesquisas com essas três espécies de madeiras que são comuns na utilização com piso, o bambu se mostrou adequado para este tipo de utilização e também apresenta grande estabilidade dimensional. Os resultados obtidos com o piso produzido foram satisfatórios por não necessitar verniz, lacas ou ceras, e nem mesmo materiais impermeabilizantes e por aparência e facilidade de substituir peças deterioradas. O público alvo dos revestimentos conforme aponta Klein (2003), são aqueles que procuram por revestimentos para áreas internas, residenciais ou comerciais e áreas com condições ambientais apropriadas. 4.1 VANTAGENS DO REVESTIMENTO DE BAMBU Conforme Klein (2003), piso de bambu é uma matéria-prima ecologicamente correta, renovável, sua resistência mecânica se compara a madeira convencional, possui estética diferenciada pela textura e odor das peças. No inverno, mantêm os ambientes aquecidos contribuindo para saúde das pessoas. Seus padrões visuais agradam ao público por sua variedade de cores, rajados, texturas, entre outros (KLEIN, 2003). Neste sentido, a principal vantagem do revestimento de bambu em relação aos outros revestimentos é a sua rigidez devido ao seu elevado teor de fibras que o torna mais resistente. Assim, garantem boa resistência e durabilidade, sobretudo em relação à água (MOIZÉS, 2007). Koga et al (2002) também complementa dizendo que os pisos de bambu são atrativos pela sua textura natural, flexibilidade, baixo custo, e também possuem eficiência no quesito isolante acústico. Podem ser aplicados em ambientes internos, contra-pisos e assoalhos (MOIZÉS, 2007). Segundo Fonseca et al (2010), revestimentos de bambu apresentam baixa variação dimensional na largura, espessura, e comprimento. Para finalizar, Ostapiv (2007) conclui que os pisos de bambu possuem alta qualidade e dureza, dessa forma são considerados nobres, podendo ser comparados aos pisos de madeiras de média dureza como a teca (Tectona Grandis). 80 CONSIDERAÇÕES FINAIS A presente pesquisa procurou analisar os pontos positivos dos revestimentos produzidos com o bambu na construção civil e os impactos benéficos que seu uso causa ao meio-ambiente. Neste sentido, buscou-se demonstrar de forma prática a aplicabilidade do bambu como opção sustentável no revestimento de pisos e paredes, substituindo outros materiais como a madeira. O levantamento de dados histórico-culturais importantes para o tema se fez importante para a execução do trabalho, onde a relevância do ecodesign foi comprovada passo a passo nos seus primeiros parágrafos. A comprovação da eficácia do bambu como forma sustentável também demonstrou-se importante ao tema proposto e também aos interessados na pesquisa. Em um primeiro momento, se fez necessária à conceituação de ecodesign, o que corresponde à criação de produtos de qualidade e ecoeficientes que não comprometam o meio ambiente, bem como os detalhes que envolvem a utilização do bambu, o qual se demonstrou altamente indicado devido sua fácil aplicação e, principalmente, ao baixo impacto ambiental, pois trata-se de uma fonte renovável. No mesmo sentido, outra vantagem importante foi destacada: sua durabilidade. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi alcançado, sobretudo pela leitura das referências bibliográficas trazidas que discutem o tema em questão, as quais defendem o uso do bambu de maneira unânime. Os consagrados autores citados e profissionais do setor são pessoas comprometidas com a realidade atual e principalmente com o mundo de amanhã, proporcionando aos conhecimento suficiente para acadêmicos e futuros profissionais o que defendam suas ideias. Entretanto, é importante salientar que inicialmente a presente pesquisa se demonstrou difícil, uma vez que, por tratar-se de um tema relativamente novo, ainda encontra-se pouco material escrito a respeito. Ainda, a necessidade de aprofundar-se um pouco mais na presente discussão foi possibilitada, trazendo um melhor entendimento sobre o assunto, bem como atender a alguns objetivos implícitos no trabalho. 81 Por outro lado, citar também em determinado momento outras novas tecnologias e formas de superar o problema que o ser humano traz a natureza, tornou-se necessário ao desenvolvimento da presente pesquisa, pois demonstra, talvez, que as mudanças acontecem e é necessário acompanhá-las dia a dia para não sermos atropelados pelas transformações causadas pelo mundo, seja como profissionais ou como pessoas. As exigências positivas para com o setor são objetos de reflexão para aqueles que sonham em se tornarem ótimos profissionais na área do Design de Interiores. Por fim, a busca constante do conhecimento se faz sadia e importante para estarmos preparados para as mudanças que ocorrem aos poucos. Como se pôde observar, as discussões sobre o referido tema estão apenas começando. Assim, espera-se que esta pesquisa seja relevante e possa servir de base para outros interessado acadêmicos e que novos pontos de vista sejam abordados para que a sociedade como um todo, a natureza e nossas próximas gerações ganhem com isso. REFERÊNCIA ADAM, R. S. Princípios do ecoedifício: interação consciência e edifício. São Paulo: Aquariana, 2001. CHARTER, M. Managing Ecodesign Sheffield: Greenleaf Publishing Limited, 2001. in entre Sustaineable tecnologia, Solution, ERDMANN, R. H. Administração da produção: planejamento, programação e controle. Florianopolis: Papa-livro, 2000. FERREIRA, A. B. de H. Mini Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa. Nova Edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. FIKSEL, J. Design for environment: creating eco-efficient products and process. New York: McGraw-Hill, 1996. FONSECA, K. A. V.; BARBOSA, J. C.; MORITA, B. S.; CARASCHI, J. C.. Determinação da estabilidade dimensional do bambu Dentrocalamus giganteus para produção de pisos. Disponível em: 82 http://prope.unesp.br/xxi_cic/27_36984870801.pdf>. Acesso em 15 de junho de 2014 às 22:30h. GARCIA, E. E. C. Desenvolvimento de Embalagem e Meio Ambiente. Brasil Pack Trends 2005, São Paulo, 2000. HOJDA, R. G. Gestão ambiental é vantagem competitiva. Brasil Pack Trends 2005, São Paulo, 2000. JANSSEN, J.J.A. Design and building with bamboo. International Network for Bamboo and rattan (INBAR) Beijing, China: Technical report n 20. 2000. JARAMILLO, S. V. La guadua en los grandes proyectos de inversion. In: CONGRESSO MUNDIAL DE BAMBU / GUADUA. Colômbia: Pereira, 1992. JUNIOR, M.L.C. Recomendações para projeto de piso de bambu laminado colado - BLC. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Programa de PósGraduação na área de Produção e Gestão do Ambiente Construído. Escola Polietécnica da Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2008. KAMISNKI, P.C. Desenvolvendo produtos com planejamento, criatividade e qualidade. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora, 2000. KLEIN, A. Como instalar e manter pisos de madeira. Tradução de HowStuffWorks Brasil. 2003. Disponível em: <http://casa.hsw.uol.com.br/comoinstalar-e-manter- pisos-de-madeira2.htm>. Acesso em 15 de junho de 2014, às 22:30h. KOGA, R.C. Análise da resistência à abrasão de painéis de madeira serrada e bambu laminado colado como elementos de piso em edificações. Dissertação (Engenharia Mecânica) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Guaratinguetá, 2001. KOGA, R.C.; BITTENCOURT, R.M.; GONÇALVES, M.T.T. Resistência à abrasão do bambu gigante e espécies de madeiras para utilização como elemento de piso. VIII ENCONTRO BRASILEIRO EM MADEIRAS E EM ESTRUTURAS DE MADEIRA. Uberlândia, 2002. 83 LEE, A. W. C. Selected d physical and mechanical properties of giant timber bamboo grown in South Carolina. Forest Products Journal, vol: 44. N.9. September, 1994. LOPEZ, Hidalgo O. Bamboo: the gift of the Gods. Colômbia, Bogotá: D’vinni Ltda. 2003. Manual do Ecodesign. Disponível em <http://www.adameurope.eu/prj/5887/prd/1/2/InEDIC_MANUAL_PT.pdf>. Acesso em 19 de março de 2013, às 19:30 h. MOIZÉS, F. A. Painéis de bambu, uso e aplicações: uma experiência didática nos cursos de Design em Bauru, São Paulo. Dissertação (Mestrado em Desenho Industrial). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação. Bauru, 2007. MOTTA, S. L. S. Proposta de categorização de consumidores da cidade de São Paulo á luz da atitude em relação á compra e uso de bens ecologicamente corretos. In: VII Seminários em Administração, São Paulo, 2004. VII SEMEAD, USP, 2004. OISHI, M. Técnicas integradas na produção e serviços. São Paulo: Pioneira, 1995. OSTAPIV, F. Análise e melhoria do processo produtivo de tábuas de bambu (Phyllostachys pubescens) com foco em pisos. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2007. PAES, J. B.; OLIVEIRA, A.K.F.; LEAL, A.F.; NASCIMENTO, J.W.B.. Caracterização de piso confeccionado com bambu (Dentrocalamus Giganteus Munro). Ciência da Madeira, Pelotas, 2010. PAPANEK, V. Arquitetura e Design, Ecologia e Ética. Portugal, Lisboa: Edições 70, 1995. Parquet SP. Informações Técnicas. Campo Belo. Disponível em: < http://www.parquetsp.com.br/informacoes_tecnicas.asp>. Acesso em 17 de maio de 2014. 84 PEREIRA, M. A. dos R. Características hidráulicas de tubos de bambu gigante (Dendrocalamus giganteus). Tese de Doutorado. Unesp, Faculdade de Ciências Agronômicas, 1997. SILVA, F.D.; BITTENCOURT, R.M. Estudo do desgaste à abrasão do eucalipto, madeira laminada e bambu gigante laminado utilizados como elemento de piso.Uberlândia,2002 Disponível em: <http://www.bambubrasileiro.com/arquivos/Desgaste%20abrasao%2 0- %20Silva%20&%20Bittencourt%20-%20UNESP.pdf>.Acesso em 30 de maio de 2014. VENZKE, C. S. A situação do Ecodesign em empresas moveleiras da região de bento Gonçalves, RS: análise se postura e das práticas ambientais. Porto Alegre, 2002. Dissertação de Mestrado – UFRGS.