Evolução da “Caneta”
Transcrição
Evolução da “Caneta”
Evolução da “Caneta” Quando usamos uma caneta esferográfica não vem à nossa mente a evolução de algo tão importante para o nosso dia a dia. E assim como vários outros utensílios, a caneta passou por diferentes fases até chegar ao que é hoje. É com ela que escrevemos as nossas anotações e assinamos o nosso nome em documentos importantes, mas a caneta nem sempre foi esférica, de plástico e com tinta. Os primeiros instrumentos de escrita O homem começou por usar a pedra para gravar os seus registos nas paredes das cavernas. Mais tarde, numa fase mais avançada da civilização, onde já haveria Hieróglifos (sistema de escrita), começou-se a usar blocos de argila. Um bocado de osso ou madeira rija chegava para fazer os traçados. Os egípcios começaram a usar o papiro como suporte de registo, pelo que, ao invés de gravar o registo, começaram-se a usar tintas, usando canas ou pincéis de juncos para a sua aplicação. Com o aparecimento do papel apareceram também as primeiras “ canetas”. Estas foram usadas na Índia, onde usavam penas de pássaros, paus de bambu e afins. As canetas de junco continuaram a ser usadas até à Idade Média, quando foram substituídas por penas de ganso. Com a dificuldade em adquirir as canas de bambu na Europa, mudou-se decididamente para o uso da pena. Estas foram vastamente usadas até ao século XVIII. A rápida degradação destes objetos levou à procura de alternativas mais duráveis. Existem referências de tentativas de construção de plumas de metal que remontam ao século XV, mas até ao século XVII apenas se conseguiram pesados instrumentos inadequados à produção em massa. Um aparo de cobre foi encontrado nas ruínas de Pompeia. Só com a utilização do aço no século XIX, os aparos metálicos se generalizam. Mesmo assim, a ponta gastava-se muito depressa, pelo que se começou a utilizar o rubi na ponta dos aparos o que lhes permitia maior durabilidade. A descoberta de metais como o irídio, o ródio e o paládio, entre outros, especialmente resistentes permitiu finalmente a produção em massa de aparos duradouros e acessíveis. Finalmente e para assegurar uma vida ainda maior e alta qualidade ao aparo, o ouro substitui o aço. Pela necessidade de escrever um texto corrido sem sujar as mãos e a roupa, desde que se inventou a tinta liquida, houve sempre tentativas de incorporar um reservatório no instrumento de escrita. As primeiras referências a estas tentativas surgem num manuscrito egípcio do século X e apenas têm continuidade no mundo ocidental no século XVII. Foram muitos os problemas a resolver para se obter uma escrita tranquila e se assegurasse um fluxo de tinta seguro e regular. As soluções surgem apenas por volta dos anos de 1880 com o registo da patente de uma caneta de Lewis Edson Waterman em 1884 que continha depósito e um alimentador de ebonite por baixo do aparo. A caneta mais cara do mundo é da marca Montblanc , com bico de ouro 18K e ainda 1430 diamantes todos lapidados. Já o detalhe do logo da Montblanc é produzido de diamantes, com 19 anéis de ouro branco. A caneta é cravejada com diamantes, ultrapassando o valor de 1 milhão de dólares, valendo totais e exorbitantes 1.500.000 dólares. Até que finalmente, esta caneta começou a ser produzida em França nos anos 50 do século XIX. A popular esferográfica só entraria em cena no século XX. O mecanismo foi patenteado em 1938 pelo húngaro Lazlo Biro. Ele levou seis anos para aperfeiçoar um objeto que hoje parece tão simples. Na época dos primeiros modelos, porém, a tecnologia era tão complexa que uma caneta de Biro custava quase 100 dólares! Biro passou a patente para o francês Marcel Bich, criador da Bic, que, hoje, vende 10 milhões de canetas por dia em todo o planeta. A caneta Bic veio revolucionar a forma de escrever. É muito popular, barata, a tinta é de boa qualidade, seca muito rapidamente, contém uma esfera muito resistente feita de tungsténio, é leve e muito durável ( até 2 km de escrita) Curiosidade: A caneta Bic é hexagonal, para evitar rolar sobre superfícies. No meio do corpo há um furinho, que mantém a pressão atmosférica dentro da caneta igual à de fora, para a tinta poder escorrer. Depois da Caneta Bic muitas marcas e modelos se seguiram, havendo no mercado um sem fim de propostas… O homem foi moldando o instrumento de escrita até ao que conhecemos hoje em dia, um objeto que contem tinta e que a vai transferindo para um suporte.