ASSIM Saúde
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Especial 25 anos Revista do Grupo H o s p i t a l a r d o R i o d e J a n e i r o - E d i ç ã o # 1 ASSIM Saúde A empresa que tem o jeito de ser do carioca completa 25 anos, cuidando da saúde do Rio Células-tronco • Longevidade • Hábitos Saudáveis Entrevista: Dr. Aziz Chidid Neto ASSIMSAÚDE25ANOS Índice Palavra do Presidente Entrevista A criação do Grupo Diretoria Gestão Tecnologia da informação Marketing Comercial / Pós-venda Ouvidoria Jurídico Setores da empresa Desempenho Special Life Diferenciais Assim Patrocínios Dr. Assim Previ-Rio Hospitais fundadores Rede própria Células-tronco Enfermidades Saúde mental Longevidade Hábitos saudáveis Poluição Opinião 5 6 8 12 14 15 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 52 54 60 64 68 74 78 82 Expediente Revista Assim Saúde Revista Assim Saúde é uma publicação do Grupo Hospitalar do Rio de Janeiro Ltda, sob a responsabilidade do Departamento de Marketing Responsáveis: Nelson Teles e Paulo de Tarso Contato: [email protected] Tiragem: 15.000 exemplares Distribuição: gratuita Coordenação: B4 Editora Edição: B4 Editora Projeto Gráfico: B4 Editora Razão Social: GRUPO HOSPITALAR DO RIO DE JANEIRO LTDA CNPJ: 31.925.548/0001-76 IM: 0019998-2 IE : isento Rua da Lapa, 40 - Centro Rio de Janeiro – RJ – Cep: 20.021-180 3 Palavra do Presidente O Rio é assim: a) maravilhoso b) sensacional c) inesquecível d) extraordinário e) todas as respostas acima e VOCÊ, É ASSIM? ASSIMSAÚDE25ANOS A experiência e a solidez do Assim Ao completarmos 25 anos de nossa fundação, o fazemos com sabor de vitória. Nossa empresa ASSIM Saúde, com o inovador modelo de gestão, vem crescendo de forma sólida e contínua e, por esse motivo, fazemos questão de comemorar oferecendo ao público esta edição especial, na qual contamos um pouco de nossa história, que teve início com a coragem de um grupo de médicos que, nos anos 80, se uniu para sua criação. Hoje, fortalecidos pela gestão eficiente, somos uma empresa de vanguarda cujas ações voltadas à prevenção são incentivadas e permanentes. Possuímos a maior rede própria de hospitais, estrategicamente localizados no Rio de Janeiro, e temos o prazer de convidar a todos os clientes e parceiros para conhecerem nossa estrutura. Em meio às comemorações por nosso aniversário, um personagem ganha vida nas campanhas publicitárias. É o Dr. ASSIM, que chega com a missão de transmitir, através de “dicas de saúde”, nossa mensagem principal: “Prevenir é mais fácil, dói menos e é mais barato.” Imbuídos com a certeza de que a prevenção da saúde garante a qualidade de vida, nós do ASSIM Saúde estamos lançando o plano de saúde ASSIM CONCEPT, cuja finalidade é levar à população o conceito de saúde que valoriza os hábitos saudáveis como a prática de exercícios, alimentação balanceada, restrição do consumo de bebidas alcoólicas e a eliminação do tabagismo, associados à utilização consciente e racional do plano de saúde para diagnóstico e tratamento. Nossa sede está localizada na Rua da Lapa, 40, e nosso site é www.assimsaude.com.br, através do qual a população poderá navegar para obter informações úteis e conhecer cada setor da empresa com suas respectivas atuações. 25 ANOS COM SAÚDE Aziz Chidid Neto Presidente do Conselho de Administração Grupo Assim 5 Entrevista ASSIMSAÚDE25ANOS A maior rede própria de hospitais da América Latina Vinte e cinco anos depois que um grupo de médicos, donos de hospitais no Rio de Janeiro, se uniu para fundar uma empresa de medicina de grupo, o Assim ostenta números que não deixam dúvidas sobre o acerto da decisão, tomada num momento em que o país se encontrava mergulhado numa inflação sem precedentes na história. Hoje, a expansão média do Grupo tem sido de 30% ao ano, um resultado bem acima do observado por outras empresas do setor. No ano passado, o Grupo adquiriu uma empresa com dois hospitais e 14 centros médicos e hoje tem a maior rede própria de hospitais da América Latina. “Nosso objetivo é continuar crescendo com qualidade. Por isso, inauguramos em março a Universidade Corporativa Memorial, para formar mão de obra para o mercado”, diz Aziz Chidid Neto, presidente do Grupo Memorial, que detém o controle acionário do Assim. Gostaria que o senhor traçasse um paralelo entre os tempos atuais e a época de criação do Assim, do ponto de vista político e econômico. Entrevista DR. AZIZ CHIDID NETO São dois momentos muitos diferentes – e a grande diferença foi a criação da Agência Nacional da Saúde (ANS), pois há 25 anos, quando o Assim foi criado, não existia uma regulamentação para o setor de saúde, que veio há cerca de 14 anos e mudou tudo. Houve necessidade de uma maior profissionalização das empresas e de implantação de vários novos processos e procedimentos. Aquela era uma época mais romântica. A qualidade médica era tão boa quanto hoje, assim como a relação entre médicos e pacientes, mas a área de tecnologia avançou muito. Por conta da regulamentação, o setor mudou muito, principalmente os processos de gestão das operadoras de saúde. Hoje é um momento muito mais difícil, mas trabalhamos para cumprir fielmente todas as exigências. O Brasil vivia um processo altamente inflacionário naquela época, mais de 1000% ao ano. Qual a dificuldade de se gerenciar uma empresa neste cenário? Havia uma facilidade maior na época da inflação alta, por incrível que pareça. Hoje o índice é muito baixo – em torno de 6% ou 7% ao ano –, mas a inflação médica (custos com equipamentos, procedimentos e tecnologia) tem sido de 14% a 15% ao ano, em média, e os reajustes que as operadoras de saúde são autorizadas a fazer não são suficientes para financiar a saúde com a qualidade necessária. Para se ter uma ideia da defasagem, enquanto o piso salarial subiu 421,70%, no acumulado de 1998 a 2012, e o salário mínimo nacional foi corrigido em 398%, neste período, o reajuste das operadoras foi de 170%. O governo determina o reajuste das operadoras com base na política que considera adequada, levando-se em conta a inflação de um modo geral. Mas os preços na área médica sobem muito acima dos índices autorizados, em função dos novos procedimentos inseridos nos atendimentos, dos novos equipamentos e das novas tecnologias. 6 Como é possível administrar uma empresa com esta diferença de correção nos preços? elas e tratá-las da mesma forma, cuidando da saúde das pessoas. Eu diria que é quase impossível. Nós procuramos compensar esta diferença com a venda de novos planos, que corrigem as distorções dos planos mais antigos. Os negócios da empresa foram impactados de alguma forma pela ascensão de uma parcela da população brasileira, a chamada nova classe média? A expansão média do Grupo Assim nos últimos anos tem sido bem acima da observada pelas demais empresas de medicina de grupo, chegando à casa dos 30% ou 35% anuais. Como a empresa obtém este resultado num cenário tão difícil? Isto se deve a algumas estratégias pontuais que adotamos para aumentar a base de clientes. Ampliamos a carteira de 200 mil para 300 mil vidas seguradas e esse resultado oxigenou a empresa, que agora entra num ritmo mais natural de crescimento. O grande diferencial do Assim é ter a maior rede própria de hospitais da América Latina. São 50 unidades, todas localizadas no Rio de Janeiro. Prestação de serviços de saúde se faz com hospitais, com clínicas e com corpo médico – e temos uma estrutura própria capaz de atender o cliente numa simples consulta, mas também em atendimentos de alta complexidade médica, como cirurgias cardíacas, neurocirurgia ou em qualquer outra especialidade. E, além da rede própria, temos uma rede de credenciados. É importante frisar: somos a maior rede própria de hospitais da América Latina. E essa rede cobre todo o município do Rio de Janeiro? Nossa rede de hospitais cobre toda a capital e Grande Rio: Santa Cruz, Campo Grande, Bangu, Olaria, Tijuca, Botafogo e Niterói... O Assim está presente na zona Sul, zona Norte e zona Oeste, ou seja, em todo o município essa rede é que torna a Assim uma empresa diferenciada. E todos são hospitais tradicionais, que estão no mercado há muitos anos. “Temos uma estrutura própria capaz de atender o cliente numa simples consulta, mas também em atendimentos de alta complexidade médica, como cirurgias cardíacas, neurocirurgia ou em qualquer outra especialidade” Não, porque esta é uma questão cultural. O crescimento do número de pessoas que contam com planos de saúde, informado pela ANS, pode não corresponder à realidade, na minha avaliação. Houve crescimento sim, mas muito abaixo do esperado. As operadoras de telefonia móvel, por exemplo, cresceram a taxas estrondosas. Há pelo menos um aparelho celular para cada habitante hoje no país. Mas o setor de Saúde tem sua responsabilidade nisso, porque não soube passar uma mensagem para o cliente informando sobre a importância de se ter um plano, de se cuidar da saúde preventivamente. Esse é o nosso papel: conscientizar as pessoas a focar na prevenção. “O governo determina o reajuste das operadoras com base na política que considera adequada, levando-se em conta a inflação de um modo geral. Mas os preços na área médica sobem muito acima dos índices autorizados” O que foi determinante para o grupo de 16 médicos se unirem e formar o Assim, há 25 anos? O que motivou essa junção foi o desejo de responder por uma parcela do mercado de Saúde. Entendemos que já prestávamos serviços para as operadoras de planos de saúde, mas não tínhamos o nosso próprio plano – e por que não ter uma operadora própria? com o tempo, ganhamos uma expertise que não tínhamos e aprendemos a fazer a gestão do negócio. Os 16 sócios permaneceram unidos durante esses anos todos e foi um bom negócio para todos nós. A sociedade viabilizou o funcionamento e a manutenção de vários hospitais, reduziu a dependência que tínhamos de outros planos de saúde e nos permitiu ter nossos próprios clientes. Qual é a média de sinistralidade do Grupo? Hoje está em torno de 75%, bem abaixo da média do mercado, que é de 85%. E, para garantir a cobertura dos compromissos, os planos de saúde têm que ter uma quantia em caixa estabelecida pela Agência Nacional de Saúde – as chamadas reservas técnicas. O Assim tem algum público como foco específico? Não, nosso foco são todos os clientes do Rio de Janeiro. Um plano de saúde não pode determinar classes sociais para atender, tem que atender a todas “Com base em algumas estratégias pontuais adotadas pelo Grupo, ampliamos a carteira de 200 mil para 300 mil vidas seguradas e esse resultado oxigenou a empresa, que agora entra num ritmo natural de crescimento” Como a empresa se prepara para suportar este crescimento, mantendo a qualidade? Nós adquirimos no ano passado mais uma empresa, a Rede Rio de Medicina, com dois hospitais e 14 centros médicos, exatamente para preparar as empresas para este crescimento que almejamos. Além disso, estamos implantando um novo modelo de gestão nestas 16 unidades recém-adquiridas, para que elas possam operar da forma que entendemos como a melhor e mais adequada. Qual foi o acontecimento de maior impacto para o setor nos últimos anos? Foi há cerca de 30 anos, quando começaram a surgir as primeiras operadoras de planos de saúde. Naquela época não havia médicos credenciados, todos tinham seus consultórios particulares. Quando os primeiros planos chegaram ao mercado, em pouco tempo todos os pacientes passaram a trabalhar com os médicos conveniados e os consultórios particulares ficaram vazios. Quais são seus planos para o futuro do Grupo? Continuar crescendo e primar pela qualidade, sempre. Nós inauguramos em março a primeira turma para a Universidade Corporativa do Grupo Memorial, com dois cursos: gestão de hospitais e clínicas, com dois módulos (administrativo-financeiro e médico); e gestão de planos e de operadoras de saúde, com três módulos (administrativo-financeiro, médico e comercial). Queremos formar mão de obra para o mercado para crescer com qualidade. Este é meu projeto. Se pudesse dividir seu tempo por ordem de importância na sua vida, o senhor diria que quantas horas por dia é médico, quantas é empresário e quantas é motociclista? Eu não deixo nunca de ser médico, mesmo sendo empresário. Está na veia esta responsabilidade e sou médico 24 horas por dia. Empresário eu sou umas dez horas por dia; e motociclista eu estou longe de ser o que eu gostaria. Já fui 14 vezes de motocicleta aos Andes, viajei por vários países andinos, e queria ter mais tempo para voltar lá, o que eu planejo fazer em outubro. Este é meu sonho, ter tempo para o meu hobby. 7 A criação do Grupo ASSIMSAÚDE25ANOS Quando a união faz história Alfredo Machado médico: “Foram 16 estranhos que se interessaram por uma sociedade que frutificou e resultou enriquecedora para todos” Um grupo de médicos visionários reuniu 16 das principais casas de saúde da cidade, há 25 anos, para formar uma empresa de medicina de grupo. No final da década de 1980, o Brasil atravessava uma turbulência econômica sem precedentes, que levou a inflação a bater a casa dos quatro dígitos anuais, chegando a 1.782%, em 1989, um recorde histórico. No campo político, o país vivia um período de transição para a democracia, depois de ter sido submetido a uma ditadura militar por quase 30 anos. O povo brasileiro se preparava para eleger o novo presidente da República pelo voto – pleito que não ocorria desde 1960 –, e o Congresso Nacional dava os últimos retoques nos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, eleita em 1986 para escrever a nova Carta Magna, promulgada em 1988. A Constituição de 1988 aprovara a Saúde como direito social universal, derivado do exercício da cidadania plena e não mais como direitos previdenciários. O instrumento utilizado para atingir o objetivo previsto no texto constitucional foi a criação de um Sistema Único de Saúde, com comando único em cada esfera de governo e integração das políticas sanitárias na seguridade social. Quando as medidas enunciadas pela Constituição começaram a ser colocadas em prática, abriu-se uma série de disputas em torno do espaço destinado aos setores público e privado na prestação de serviços da Saúde. O cenário levou um grupo de clínicas, casas de saúde e hospitais privados a organizar-se em torno da Associação dos Hospitais do Rio de Janeiro, para garantir a continuidade de grandes e tradicionais instituições do setor. Um número crescente de partidos e parlamentares defendia a estatização definitiva dos serviços de Saúde, inspirados nas experiências de países como o Reino Unido, a França e a Alemanha, ignorando as diferenças de poderio econômico entre as nações. Não bastassem as dificuldades no plano político-institucional, os hospitais privados tinham que combater a inflação e a corrosão provocada pela alta constante dos preços no caixa das sociedades beneficentes e instituições mantenedoras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece 5,5 consultas por ano como uma média adequada por paciente, mas, em muitos casos individuais, este número supera a casa dos 40. Os pagamentos a médicos e profissionais de saúde eram indexados pela inflação, numa corrida infrutífera para quem recebia e desgastante para quem pagava. Na outra ponta, as empresas de medicina de grupo se multiplicavam num ambiente sem regulação adequada, recebendo dos clientes à vista e pagando hospitais e clínicas a prazo. Diferença letal para as unidades hospitalares, num contexto em que a inflação mensal chegou a superar 89%. Neste contexto de efervescência econômica e política, um grupo de 16 donos de hospitais privados do Rio de Janeiro resolveu se unir para criar a Assim, uma empresa de medicina de grupo, que já nasceu como uma grande rede de hospitais próprios. Um quarto de século depois, não é difícil constatar como a fé removeu montanhas de obstáculos burocráticos, enfrentando turbulências econômicas e desafios políticos. O Grupo Assim, surgido no ímpeto daquelas batalhas, consolidou-se: são 1,4 bilhão de consultas por ano, 50 unidades hospitalares associadas, todas localizadas no município do Rio de Janeiro, e 300 mil beneficiários – números que refletem a força crescente do Assim, que hoje controla a maior rede própria de hospitais da América Latina. No momento em que a empresa de medicina de grupo completa 25 anos de atuação, o presidente de seu Conselho 8 de Administração, Aziz Chidid Neto, mostra a força do Assim recorrendo a alguns diferenciais de grande valor para os clientes, como os programas de saúde preventiva e o acesso on-line aos dados sobre atendimentos. A tecnologia foi eleita como uma grande aliada do Grupo na busca por melhores resultados. “Os softwares de controle adotados pelo Assim nos permitem desenvolver gráficos de análise gerencial, que mostram a sinistralidade em cada mês e nos 12 meses do ano. Dessa forma, as empresas podem atuar sobre as causas de aumento de absenteísmo e da perda de produtividade”, exemplifica o médico. Segundo ele, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece 5,5 consultas anuais como uma média adequada por paciente, mas, em muitos casos individuais, o número de consultas por um único paciente chega a mais de 40 por ano aqui no Brasil. “Nosso acompanhamento gerencial é tão minucioso, tão detalhista, que nos permite detectar distorções. Os dados colhidos embasam debates com os médicos e orientações aos beneficiários”, informa Aziz Chidid. Os resultados que o Grupo exibe hoje em dia exigiram investimentos pesados ao longo dos anos, com destaque para a liberação de benefícios em prazos até inferiores ao determinado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e a estrutura de atendimento, com Call Center 24 horas e uma Ouvidoria bem estabelecida. Os investimentos em modernização e ampliação do Grupo refletiram no aumento da clientela e das receitas ostentadas no ano em que comemora 25 anos de atuação. Mas Chidid Neto não se esquece da forte pressão que os planos de saúde exerciam sobre os hospitais privados no turbulento final dos anos 1980, quando os pagamentos advindos dos planos de saúde chegavam a representar mais de 90% do faturamento dos hospitais. Naquela época em que os resultados eram corroídos pela inflação sem controle, as glosas – expediente pelo qual os planos protelavam os pagamentos aos prestadores de serviços por 60 a 90 dias – causavam forte impacto sobre o caixa dos prestadores de serviço, fossem consultórios individuais, clínicas ou hospitais. 9 A criação do Grupo ASSIMSAÚDE25ANOS José Massoud Salami médico: “A Associação dos Hospitais era o estuário das reclamações dos gestores, preocupados com a melhoria dos serviços e a sobrevivência das instituições” A necessidade de uma resposta a essa pressão reforçou a ideia de união das 16 principais casas de saúde da cidade para formar uma empresa de medicina de grupo. Presidente da Associação dos Hospitais do Rio de Janeiro à época, Armando Amaral destaca ideias presentes desde a fundação e decisivas para o futuro do Grupo, como o foco no mercado carioca e a garantia de relações equilibradas com os prestadores de serviços. “Queríamos – e ainda queremos – uma empresa que pague em dia, sem prazos que inviabilizem o equilíbrio financeiro dos hospitais, nossos parceiros”, exemplifica. Por sua vez, a força da cidade do Rio de Janeiro exigia presença nas principais regiões da cidade e o Assim contava com um hospital por bairro – à exceção da Tijuca, que contava com três unidades hospitalares. Faziam parte do núcleo-fundador do Assim os hospitais: Pan-americano, São Victor e o SAMCI – Serviço de Atendimento Médico Cirúrgico Infantil, referência na pediatria carioca. Um dos fundadores do Assim e dirigente do SAMCI, Alfredo Machado se mostra admirado ao constatar o sucesso da empresa de medicina de grupo criada pelo grupo de médicos, nem sempre conhecidos entre si. “Foram 16 estranhos que se entrosaram, numa sociedade que frutificou e resultou enriquecedora 10 Armando Amaral médico: “Queríamos uma empresa que pagasse em dia, sem prazos que inviabilizassem o equilíbrio financeiro dos hospitais, nossos parceiros” para todos”, constata, lembrando que instituições de porte muito distinto, como hospitais-líderes em suas regiões – exemplos do Doutor Balbino (Olaria) e da Clínica Ênio Serra (Laranjeiras) –, e casas de saúde que viviam seus primeiros desafios – exemplo do Hospital Memorial (Engenho de Dentro) –, uniram-se para uma empreitada desafiadora. O médico destaca o esforço para harmonizar os interesses de cada hospital e da empresa de medicina de grupo surgida da união deles, que precisava manter os custos sob controle e alongar o quanto possível os desembolsos aos hospitais, próprios ou credenciados. A estrutura criada na época, com fatias rigorosamente iguais de 6,25% para cada sócio, aumentava ainda mais o desafio. “Os maiores impunham seus termos, com prazos de pagamento de 60 e 90 dias, os menores, sem maior regulamentação, deixavam rombos no mercado, naquele final dos anos 1980 e começo dos 1990,” lembra Armando Amaral, primeiro presidente do Assim. A quebra do Blue Cross, à época uma das marcas fortes num mercado ainda carente de regulamentação, terminou sendo o impulso definitivo para os sócios se decidirem pela criação do Assim. “Dos 20 convidados originalmente, 16 se decidiram pela adesão, garantindo cobertura em toda a cidade já no primeiro momento”, recorda Armando Amaral, que levou para o Assim a experiência à frente do White Cross. O objetivo inicial que norteou a criação do Assim era garantir aos hospitais um mínimo de movimento sem glosas nem descredenciamentos, na época ameaças comuns por parte dos demais planos de saúde. “A Associação dos Hospitais do Rio de Janeiro era o estuário das reclamações dos gestores, preocupados com a melhoria dos serviços e a sobrevivência das instituições”, recorda José Massoud Salami, diretor da Clínica Ênio Serra. O médico lembra que o grupo do Assim foi particularmente atuante na Constituinte de 1988, em função dos debates em torno das regras para o Sistema Único de Saúde (SUS), que ameaçavam inviabilizar de vez os hospitais privados. “Até ocupar galerias, com estudantes ou grevistas, nós ocupamos. Nada mais natural, portanto, que uma iniciativa focada na criação de uma empresa de medicina de grupo diferente das demais partisse do núcleo mais identificado com a associação”, afirma. Os funcionários dos hospitais foram o primeiro público-alvo do recém-criado Assim, que, em três meses, alcançou a marca dos 2 mil associados. Mesmo depois de aposentados, muitos destes funcionários permaneceram no plano, segundo Salami, A força no Rio de Janeiro exigia a presença do Grupo nas principais regiões da cidade. Dessa forma, foi aberto um hospital por bairro, à exceção da Tijuca, onde havia três unidades hospitalares. O Grupo foi particularmente atuante na Constituinte de 1988, quando as regras em discussão para o Sistema Único de Saúde (SUS) ameaçavam inviabilizar de vez os hospitais privados. que se orgulha do fato de seus sogros, no quadro da empresa até hoje, terem sido os primeiros sócios (pessoas físicas) do Assim. “O Plano Verde, no qual eles ingressaram, existe até hoje, com as devidas adaptações às novas regras”, exemplifica. Nessa reinvenção constante que pontua a vida do Grupo ao longo dos anos, o marco essencial foi a criação da Agência Nacional de Saúde (ANS) – responsável pela regulamentação do setor. Segundo Aziz Chidid Neto, a regulação levou as empresas a conviverem com uma padronização de procedimentos maior e inspeções constantes. “No nosso caso, temos procurado estar sempre um passo à frente. Nosso prazo de resposta em benefícios é menor que o exigido pela ANS”, compara. Com o foco na agilidade de atendimento, independentemente da complexidade do exame, destacado por Chidid Neto, foi possível estabelecer metas ousadas de qualidade de serviço. Desde antes que a ANS criasse a Notificação de Investigação Preliminar (NIP), para formalizar os recursos dos clientes contra os planos, a orientação no Assim era buscar soluções satisfatórias para os clientes, de modo a evitar pendências administrativas ou judiciais. Para José Massoud Salami, a política da empresa de prezar a proximidade da área de Gestão com o cliente, particularmente no caso do mercado corporativo, é um dos trunfos do Assim para conseguir a agilidade que pretende. Essa proximidade, traduzida em iniciativas como a atualização on-line dos dados médicos da clientela de cada empresa para os departamentos de Recursos Humanos, encontra paralelos na história do Assim, desde sua origem. “Era comum que o presidente do Assim – fosse quem fosse – visitasse a empresa-cliente regularmente para, nas reuniões com diretores, tomar o pulso das questões”, recorda Massoud Salami. “Essa deferência fez parte da relação do Assim com todos os seus clientes, desde a primeira conta corporativa conquistada, que foi a da Ishikawajima. Depois vieram a Mesbla, o Paes Mendonça, o Carrefour e tantos outros”, enumera. O foco regional no Grande Rio e a grande concentração de pessoal qualificado e de equipamentos de primeira linha – como 20 tomógrafos computadorizados só na rede própria – foram decisivos para essa atenção diferenciada, que recentemente favoreceu a conquista das contas da Prefeitura do Rio e da Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana), a maior empresa municipal do Rio, que aumentou em 35% a clientela do Assim no último ano. A união entre hospitais de diferentes portes e médicos de distintas especialidades resultou em uma empresa atenta às necessidades dos prestadores de serviço, como forma de assegurar o melhor a seu público. Ao mesmo tempo, as mudanças no quadro institucional foram submetendo a teste o modelo de gestão baseado no voto igualitário dos 16 sócios, qualquer que fosse o seu peso fora da companhia. José Massoud Salami, Alfredo Machado e Armando Amaral convergem em seus relatos para a necessidade de uma estrutura de decisão mais ágil como fator decisivo para a mudança no controle acionário. A adaptação ao marco regulatório cada vez mais extenso, por vezes excessivo, e uma economia cada dia mais ágil forçaram a consolidação de uma liderança capaz de dinamizar a gestão. Sob um comando unificado, traduzido na maioria de capital, o Assim garante, segundo alguns de seus mais destacados fundadores, a rapidez de decisões necessária para um novo ciclo de sucesso. A satisfação dos clientes e a admiração do público expressa em pesquisas de opinião, o rápido crescimento do número de clientes, e o aumento da rentabilidade nos últimos três anos – paralelamente à redução das queixas no SAC e na Ouvidoria a níveis mínimos – expressam bem a força das perspectivas abertas para o Grupo. “Nosso foco agora é consolidar a Assim como um das três maiores empresas de medicina de grupo do Rio Janeiro, mercado que é nossa origem”, prevê Aziz Chidid Neto, sem conter o sorriso largo e o ar confiante. 11 Diretoria ASSIMSAÚDE25ANOS Douglas Trindade: “Sempre que detectamos a necessidade de atrair e reter bons quadros, a política de salários e benefícios indiretos é modificada. O mercado é dinâmico” O Grupo é dividido em quatro diretorias: Administrativa, Financeira, Médica e de Negócios. A área Médica, coração da empresa, é maior. Estrutura verticalizada e controles sofisticados A trajetória de 25 anos do Grupo Assim coincide com o momento de crescente profissionalização das empresas de medicina de grupo e de uma regulação mais rígida da atividade. A maior é a área Médica com 234 funcionários, sendo o coração da empresa, ao lado da Diretoria de Negócios. A área Administrativa tem 170 empregados, a Financeira, 27, e a de Negócios, 57. Nesse último caso, vale lembrar o grande contingente de corretores, que não têm vínculo empregatício – eles atuam como pessoas jurídicas, mas prestam papel importante no contato com os clientes, particularmente as pessoas físicas. A estrutura do Grupo é verticalizada, com 460 funcionários na sede. Nos hospitais e clínicas da rede própria, atuam mais 860 colaboradores, 70% mulheres. O predomínio feminino é ainda maior na área de Atendimento, que emprega 130 pessoas, e reflete-se em segmentos tradicionalmente associados à hegemonia masculina, uma espécie de ‘Clube do Bolinha’. Na Contabilidade (ligada à Diretoria Financeira) – divisão que se orgulha de jamais ter sido obrigada a republicar um demonstrativo financeiro sequer ao longo desses 25 anos –, são dez mulheres e dois homens. Decano da área, com 22 anos de Assim, o 12 chefe da Contabilidade, Vanderlei Mingozzi Lopes, arrisca uma explicação: as mulheres são mais detalhistas, organizadas e pacientes e se adaptam melhor à rotina cansativa, de esmero e cuidado, que a tarefa exige. Diretor-administrativo desde março deste ano, com uma passagem anterior de quatro anos pelo cargo, Douglas Trindade destaca o apoio ao investimento na compra de novas unidades de atendimento, em Caxias, Bangu e Campo Grande, como uma das principais tarefas da área que dirige. “Favorecer a melhoria dae atendimento, desenvolvendo ferramentas gerenciais adequadas, é fundamental”, argumenta. Trindade percebe nas empresas-clientes uma grande valorização das áreas de Recursos Humanos, cujo perfil foi mudando: do antigo Departamento de Pessoal, focado nas rotinas burocráticas, ao RH moderno, que prioriza a formação e o treinamento dos profissionais, visando à manutenção de talentos. “Para estimular uma abordagem integrada, de promoção da saúde, de ênfase na prevenção e centros clínicos focados nessa política, adotamos práticas semelhantes”, explica. A retenção dos profissionais mais talentosos e produtivos exige a atualização frequente dos Planos de Cargos e Salários, com reenquadramentos regulares. “Estamos constantemente nos avaliando em comparação ao mercado, com base no trabalho de uma consultoria externa, e, sempre que detectamos a necessidade de atrair e reter bons quadros, a política de salários e benefícios indiretos é modificada. O mercado é dinâmico”, constata Douglas Trindade. Para evitar que o esforço de retenção de talentos traga a desorganização das finanças, os gastos correntes são objeto de severo controle e permanente racionalização. Um bom exemplo é o outsourcing de impressão – gerenciamento das máquinas gráficas e impressoras por uma empresa terceirizada há dez anos. “Com isso, deixamos menos recursos imobilizados em impressoras e gastos de manutenção, além de obter subsídios para tornar a despesa mais racional, como o controle de impressão por senha, que facilita a detecção de abusos individuais no uso das máquinas”, exemplifica. O antigo Departamento de Pessoal, focado nas rotinas burocráticas, foi substituído por um RH moderno, que prioriza a formação e o treinamento dos profissionais, visando à manutenção de talentos. A economia de recursos em áreas distintas da atividade-fim, que é a manutenção da saúde, permite investir mais nas prioridades do negócio. É o caso dos links entre os centros médicos, a central de atendimento e as unidades hospitalares. “Investimos no que há de melhor para evitar esperas longas e nos antecipamos às exigências da legislação vigente, em itens como marcação de uma consulta, exames ou mesmo procedimentos mais complexos, como uma cirurgia”, detalha. As dez agências de Atendimento somam 60 empregados, cinco vezes mais do que o número de funcionários do Cadastro, e cuidam de segunda via de carteiras, boletos, autorizações de exames e inclusão de dependentes. A rede de atendimento externo é a maior do Rio. “Para as famílias dos titulares e os idosos, essa capilaridade da rede é uma tremenda ‘mão na roda’, pois evita deslocamentos de grandes extensões”, conclui Trindade. Fábrica de Indicações: inteligência competitiva A área Administrativa gerencia também a ‘Fábrica de Indicações’, serviço responsável por prospectar clientes. O grupo percorre feiras, congressos e encontros setoriais para identificar oportunidades de negócios, fazendo um trabalho prévio ao da área Comercial. “É uma espécie de inteligência competitiva, com foco no mercado corporativo e levantamento das necessidades do cliente potencial”, afirma Douglas Trindade. O trabalho da ‘Fábrica de Indicações’ articula-se também com o Cadastro, área responsável pela aceitação do risco, a documentação da proposta e a elegibilidade (as coberturas a serem oferecidas, com base no risco maior ou menor de cada evento) da empresa a ser coberta pelo plano de saúde. A mudança de foco dos planos individuais para o plano-empresa obrigou a uma série de adaptações. Nos planos-empresas, é preciso analisar o perfil e os ricos de uma comunidade maior num prazo menor, estabelecendo parâmetros de acordo com o perfil de saúde da população considerada, levando em conta critérios que vão além da idade e dos hábitos mais ou menos saudáveis de consumo. “O ambiente de trabalho e a exposição a riscos ambientais passam a influir num grupo bem maior, de uma só vez”, exemplifica. Desta forma, variáveis essenciais para a sustentabilidade do negócio em médio prazo, como a precificação e a rentabilidade, passam a depender de análises mais detalhadas. “O número de afastamentos por questões de saúde, por exemplo, é um fator decisivo”, explica. O preço a ser cobrado da empresa e os serviços a serem oferecidos aos empregados dependem da confirmação e validação dos dados oferecidos pela empresa. “É uma conta de chegar, em que se precisa fazer um acerto com o cliente e convencê-lo da importância de uma política de cobertura de riscos o mais abrangente possível e de um preço realista e sustentável com o tempo”, ensina. Assim, o investimento nos programas de apoio à decisão, com softwares de controle melhorados e atualizados, passa a ser uma variável decisiva. 13 Gestão Tecnologia da informação Ferramenta essencial para o monitoramento da saúde Vanderlei Mingozzi Lopes: “O custo das intervenções médicas gera muitos conflitos, e uma liderança com foco claro no negócio, conhecimento técnico e rotina pesada de trabalho faz toda a diferença para arbitrar disputas” A confiabilidade dos demonstrativos financeiros é essencial para uma administração cada vez mais fundamentada na exigência de retorno do capital investido. A adoção dos programas mais usados em gestão hospitalar em todo o mundo é complementada por soluções desenvolvidas internamente, adaptadas às necessidades locais. O papel relevante da saúde financeira Nos primeiros tempos, a Contabilidade trabalhava com apenas três computadores e os cálculos complexos eram feitos manualmente. Uma história de um quarto de século se escreve com muito trabalho, esforço de equipe e união entre dirigentes/fundadores e colaboradores das mais diferentes funções – muitos deles, presentes à maioria dos momentos mais importantes da trajetória da empresa. Chefe da divisão responsável pela atualização dos Demonstrativos Contábeis e Financeiros do Assim, Vanderlei Mingozzi Lopes participou, ao longo de seus 22 anos de casa, das adaptações às normas cada dia mais detalhadas e exigentes impostas aos planos de saúde. Um trabalho de grande relevância para o processo de modernização da gestão da empresa foi o relatório elaborado pela consultoria externa KPMG, em 1992. “A criação da Agência Nacional de Saúde, em 2000, foi um marco essencial, claro. Mesmo antes, entretanto, já se convivia com a necessidade de publicar demonstrativos regulares, em bases semelhantes aos das companhias de capital aberto e dos bancos, por exemplo. E a ANS aumentou muito o rigor das informações”, recorda Mingozzi Lopes. A Agência tornou o trabalho da Contabilidade ainda mais minucioso, semelhante ao do departamento contábil de uma companhia de seguros. “O volume de trabalho cresceu muito: são guias de ISS, INSS, IR e um questionário trimestral com um grau de exigência comparável ao da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”, explica. Nos primeiros tempos, a Contabilidade trabalhava com apenas três computadores e os cálculos com14 ASSIMSAÚDE25ANOS Adriana Martins: “É possível dispensar o contato com atendentes e agilizar o processo para a maioria dos procedimentos. As exceções, por envolverem maior complexidade, são ressonância magnética nuclear, tomografia e cateterismo” plexos eram feitos manualmente. Os pagamentos eram datilografados, assim como os cheques para pagamento aos prestadores de serviços. A área contábil passou a ter uma estrutura informatizada, mas segue com uma operação extremamente cautelosa, com limitação máxima ao uso do e-mail corporativo, e as ordens de serviço seguem rigorosas exigências de combate a vírus. “A segurança demanda algumas negativas e é fundamental evitar dispersões na internet. Uma das formas de se evitar isso é dar tarefas aos funcionários constantemente”, sustenta. O acompanhamento rigoroso, do qual a saúde financeira é um dos pré-requisitos, procura se antecipar aos problemas. Detectando dificuldades antes, é mais fácil impedir que a situação crítica se esgarce. ‘Reter para crescer’ é um dos mandamentos de Mingozzi Lopes, que argumenta ser essencial manter os associados e os prestadores de serviço satisfeitos. “Um bom atendimento deve ser feito com simplicidade e velocidade, para facilitar a manutenção dos clientes. O esforço de vendas deve gerar uma contrapartida de retenção, de incentivo à fidelização, para compensar eventuais saídas”, avalia. Apaixonado pela área que abraçou, com 20 anos de experiência antes de atender a um anúncio de jornal e candidatar-se à vaga na Contabilidade do Assim, Mingozzi Lopes avalia que a abertura econômica e o aumento da participação do capital externo reforçaram o prestígio de sua atividade. “A globalização exige que o técnico se inteire da lingua- gem internacional, para chegar a um denominador comum”, explica. Iniciado pelas empresas privatizadas, esse processo com o tempo se estendeu a ramos antes praticamente exclusivos do capital nacional, como os próprios planos de saúde. A confiabilidade dos demonstrativos financeiros é essencial para uma administração cada vez mais fundamentada na exigência de retorno do capital investido. Daí a estruturação de serviços especializados e a profissionalização crescente dos gestores nos planos de saúde. A situação crítica que afetou muitas empresas de medicina de grupo, logo que a ANS passou a exigir reservas sólidas e uma gestão de recursos mais conservadora, foi superada. A rentabilidade evoluiu, o que permitiu o ajuste adequado da grande maioria das empresas, mesmo com a Agência interferindo frequentemente nos reajustes dos planos individuais. No caso do Assim, o comando único estabelecido há três anos, com a afirmação de uma clara maioria na estrutura acionária, acelerou a recuperação da margem financeira. Mingozzi Lopes explica que o envolvimento da Presidência, Aziz Chidid Neto à frente, com as questões contábeis facilita o entendimento com a área médica. “O custo das intervenções médicas gera muitos conflitos, e uma liderança com foco claro no negócio, conhecimento técnico e rotina pesada de trabalho faz toda a diferença para arbitrar disputas”, argumenta. O sistema de acompanhamento via web dos principais indicadores de utilização dos serviços de saúde é um dos diferenciais do Grupo Assim para os clientes empresariais. Os dados de utilização dos serviços permitem identificar os usuários mais frequentes entre os prestadores de serviços e os beneficiários. Com base nas metas anuais de consultas, exames e internações, que levam em conta as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e o perfil do público a ser coberto em cada plano-empresa, o sistema permite a elaboração de gráficos. A OMS recomenda uma média de 1,2 exame por consulta e 5,5 consultas por ano como um patamar adequado. A evolução das curvas de utilização, disponível on-line para os gestores das empresas, facilita por sua vez o desenvolvimento de projetos de melhoria da saúde coletiva. A Gerência de Medicina Empresarial, por exemplo, desenvolve ações nas empresas, como campanhas de conscientização sobre hábitos saudáveis, a partir das indicações dos gráficos sobre as doenças mais relatadas pelos beneficiários em uma determinada empresa, ou um súbito aumento do absenteísmo (faltas ao trabalho) acompanhado do aumento do número de consultas. Adriana Martins, gerente de Tecnologia da Informação do Assim, que atua em TI desde 1999, explica que as ferramentas foram desenvolvidas internamente, de início com o objetivo de fazer o acompanhamento gerencial do plano de saúde. “Como dois terços dos clientes são de planos empresariais, surgiu a ideia de disponibilizar os dados on-line para os gestores das empresas, de forma a permitir uma avaliação mais ágil dos problemas de saúde e seus impactos na produtividade e nas faltas ao trabalho”, explica. Com base nos acessos ao sistema, é possível detectar de forma rápida internações mais frequentes e mais longas do que a média, por exemplo. “As internações hospitalares representam 60% a 70% das sinistralidades (desembolsos para cobertura dos custos médicos) e proporção semelhante das receitas”, afirma a gerente. Os dados permitem monitorar a convergência para as metas de utilização propostas, cliente a cliente. Na média, o número de consultas está menor que o padrão (4,53 anuais, ante 5,5 preconizados pela OMS) e o de internações está acima do desejável (0,2 por ano, ou uma a cada cinco anos, ante 0,05 recomendados ou uma a cada 20 anos, em média, por beneficiário). O mesmo esforço de ajuste às metas deve ser feito na relação consulta/exame (2,23, acima do ideal de 1,5, ou três exames a cada duas consultas) e nas terapias (0,23 ao ano, ou uma a cada quatro anos em média, ante 0,15 recomendados, que equivale a uma a cada seis anos, aproximadamente). O sistema de autorizações on-line é outro trunfo do Assim, graças ao trabalho da área de TI. São dez mil autorizações por dia, em média, entre consultas, exames e terapias. Os dados sobre a cobertura de cada plano e os serviços disponíveis para cada beneficiário são acessíveis pela simples passagem da carteira magnética. “É possível dispensar o contato com atendentes e agilizar o processo para a maioria dos procedimentos. As exceções, por envolverem maior complexidade, são ressonância magnética nuclear, tomografia e cateterismo”, detalha. O Assim dispõe de Programas da Intersystems, como o InMed Track, o mais usado em apoio à gestão hospitalar em todo o mundo, complementados por soluções desenvolvidas internamente, adaptadas às necessidades locais. A troca de servidores e de bancos de dados é feita sempre que o volume de serviço pressiona a capacidade instalada. Uma parcela de 25% dos computadores é trocada a cada ano. Desse modo, evita-se o risco de obsolescência dos equipamentos. “Informática é uma ferramenta crítica para o setor. Investimentos em segurança, em mecanismos contra invasão por hackers e em controle de tentativas de fraude são absolutamente vitais”, constata Adriana. O padrão standard dos arquivos pelo padrão TISS (Troca de Informações em Saúde Suplementar) facilitou o trabalho dos prestadores de serviço, sejam departamentos de hospitais ou consultórios individuais. O portal do plano de saúde deve estar sempre preparado para receber esses arquivos, o que agiliza buscas de dados e atualização de cadastros. A expectativa dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) é de que se possa evoluir, o mais breve possível, para um ‘prontuário eletrônico’, em que as informações sobre a saúde e os atendimentos clínico-hospitalares de uma pessoa estejam disponíveis, com acesso padronizado e on-line, a cada novo atendimento. “Isso é particularmente útil para portadores de doenças crônicas e idosos”, alerta a gerente de TI. Hoje, pelos sistemas do Assim, os médicos têm acesso on-line a extratos de suas movimentações e os clientes conseguem comprovantes de despesas para o Imposto de Renda, segunda via de carteira e boleto, manual do usuário e atualização de e-mail, sem precisar dirigir-se às lojas físicas, limitadas às pendências mais críticas, de resolução mais complexa. 15 Marketing ASSIMSAÚDE25ANOS Paulo de Tarso: “O Ibope revelou uma satisfação de 76% dos beneficiários com os serviços do plano, e uma aprovação de 73% entre o público em geral. Sinal de que nosso trabalho é bem-visto” Para consolidar sua liderança no mercado no Rio, o Grupo quer tornar sua marca a mais popular da Região Metropolitana. Ações de comunicação reforçam o amor pela cidade A ideia de unir, em uma empresa de medicina de grupo, hospitais de diferentes regiões da cidade, com especialidades distintas e culturas médicas e de gestão foi uma reação à ofensiva dos planos de saúde mais fortes pela verticalização. Mais do que isso, foi um esforço para garantir a manutenção da clientela e reafirmar os princípios do respeito mútuo e do acesso universal à Saúde. Gerente de Marketing do Assim, Paulo de Tarso identifica ousadia e inovação nestas iniciativas, características já observadas na criação da empresa, há 25 anos. Hoje, fortalecidos pela trajetória de um quarto de século, esses valores continuam norteando o trabalho cotidiano do Assim e da área de Marketing do Grupo. A ênfase na saúde dos moradores do Rio, a condição de maior rede própria de hospitais da América Latina e a identidade forte da empresa e dos médicos que a fundaram são pontos destacados em cada detalhe da Comunicação do Grupo. “Não por acaso, reafirmamos nosso amor pela cidade no dia de seu aniversário. É a ênfase no compromisso com a saúde da população, 16 mas também um reforço da marca, da identidade e da imagem do Grupo com o que elas têm de mais forte: o jeito de ser do carioca”, afirma. O pós-venda é parte fundamental da estratégia de retenção e fidelização de clientes – conforme determinam os mais atualizados gurus do Marketing, como Peter Drucker e Phillip Koetler –, que é temperada ainda pela intuição e experiência daqueles que lidam diretamente com os beneficiários. É um trabalho que não se vincula apenas a questões comerciais, mas também ao exame detalhado dos dados de procura por atendimento, consultas e procedimentos mais demandados pelos beneficiários. “Não queremos apenas saber se o cliente está satisfeito ou não, mas também acompanhar sua saúde, numa concepção ampla de seu bem-estar, e entender como estamos influenciando na melhoria de seus hábitos de consumo”, explica. Com base nessa mesma concepção abrangente e integradora, as datas internacionais vinculadas à Saúde são trabalhadas com eventos especiais nas empresas que concentram um grande número de beneficiários, como a sede da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, na Cidade Nova. No Dia do Combate ao Fumo ou no Dia Mundial da Hipertensão ou da Diabetes, por exemplo, o Assim mobiliza equipe médica, distribui brindes e folhetos em linguagem popular, com o objetivo de reforçar a ideia de que prevenir é melhor do que remediar. O Grupo busca consolidar seu posicionamento de liderança no mercado do Rio. Para isso, é preciso tornar a marca a mais popular da Região Metropolitana e enfatizar o foco em empresas locais, que partilhem com o Assim o encanto pela cidade e seus moradores. Pesquisas recentes revelaram que essa escolha é sancionada pelo público, que identificou o maior potencial de crescimento na marca Assim. “O Ibope revelou uma satisfação de 76% dos beneficiários com os serviços do plano, e uma aprovação de 73% entre o público em geral. As pessoas que ainda nem são clientes já simpatizam com a marca. Sinal de que nosso trabalho é bem visto”, festeja o gerente, acrescentando que o planejamento do Grupo se tornará mais agressivo para explorar a boa aceitação da marca. “Ela tem mais força do que o mercado imaginava”, avalia. O crescimento registrado nos últimos três anos, que elevou a carteira do Grupo para 320 mil beneficiários, superou a expectativa dos gestores e exigiu uma série de ajustes, como o lançamento de serviços diferenciados, a adoção de uma linguagem mais acessível para os manuais e a adaptação da carteira de planos às necessidades da clientela recém-conquistada. “O Grupo tinha 118 planos distintos, agora são quatro tipos básicos, baseados nas aspirações do mercado”, explica. Os nomes seguem a política geral de enfatizar a identificação com a cidade. Assim, o plano da Comlurb é o ‘Carioca’ e o da Prefeitura se chama ‘Rio Plus’. O esforço de popularizar a marca ainda mais se baseia também em peças institucionais, sem vinculação direta com os resultados comerciais. O Doutor Assim, por exemplo, vai divulgar boas práticas de Saúde, valorizar a prevenção, os bons hábitos. “O personagem não tem o objetivo de vender plano, mas de divulgar nossos valores e nossa atitude com uma linguagem ética, informativa e formativa. Comunicação eficaz se faz assim”, conclui. 17 Comercial / Pós-Venda Comercial / Pós-Venda ASSIMSAÚDE25ANOS Carla Cravo: “O monitoramento inteligente do uso dos serviços permite uma espécie de defesa prévia, minorando o risco de danos aos clientes e de prejuízos aos prestadores de serviço” Mercado corporativo exige postura competitiva e eficiência O Grupo controla 50 unidades hospitalares entre as 189 que são associadas ao Sindicato dos Hospitais e, por isso, tem uma agilidade no atendimento e uma atenção para ajustar detalhes que não encontram paralelo nos planos que têm uma estratégia geograficamente mais dispersa. O setor Comercial atua com dois tipos de força de vendas: o canal interno e os corretores. Vinculada à Diretoria Comercial, a Gerência de Pós-Venda prioriza o atendimento aos departamentos de Recursos Humanos, que são a interface do Grupo Assim com as empresas-clientes. O foco do trabalho é a manutenção da carteira e, se possível, o aumento da base de beneficiários. Segundo a gerente Carla Cravo, é preciso atender bem para manter a fidelidade do cliente. “A manutenção da clientela conquistada é a razão de ser do nosso trabalho”, explica ela, que há dez anos se formou em Direito pela UFRJ. Além da experiência que acumulou como integrante da equipe de negociação do setor Comercial do Grupo, a experiência prévia como advogada de outra operadora, 18 empenhada em processos judiciais e administrativos, ajuda muito no cumprimento da nova missão. O Pós-Venda conta com 15 funcionários divididos por porte das empresas e ramo de atividade. Seis atendem às empresas maiores, os ‘Pejotões’. Os demais atendem às ‘Pejotinhas’. Uma das principais tarefas do setor é o ‘cross-selling’ – ou a pesca no aquário. A meta é ampliar a oferta de serviços odontológicos, de saúde ocupacional, de remoções e transferências. Outra atribuição é a elaboração de um perfil detalhado da clientela, com a distribuição por sexo e faixa etária. “Com o tempo, a maior ou menor utilização efetiva dos serviços, que é vinculada diretamente à idade e ao estado de saúde dos beneficiários, permite calcular o reajuste. O processo tem que ser transparente, para facilitar o acordo entre o plano e a empresa. Só assim é possível trazer os contratos de novo ao equilíbrio”, explica Carla. O setor faz análises caso a caso, empregando critérios estratégicos e médicos, e depois repassa as informações ao cadastro, finanças e liberação de benefícios. “O objetivo é embasar um entendimento mutuamente vantajoso, que mostre ao gestor de benefícios que o desequilíbrio nos contratos deixa as relações tensas”, argumenta. Com base nesse raciocínio, são feitas concessões aos clientes, desde que não afetem a rentabilidade do contrato. As análises demandam modelos informatizados, como o Business Inteligence. Voltado para uma espécie de ‘inteligência de negócios’, o mecanismo permite classificar os dados mais relevantes recebidos das empresas-clientes, como a identificação dos usuários mais frequentes, os utilizadores crônicos ou os prestadores de serviço (médicos ou terapeutas), que requerem exames muito além da média. Dessa forma, o controle de custos pela gestão adequada passa a ser entendido como uma prática eficaz – não apenas para baratear serviços, mas para tornar os procedimentos médicos mais efetivos. O aumento do número de empregos com carteira assinada – que ampliou a clientela dos planos empresariais – e o aumento dos processos para responsabilização civil dos médicos tornam muito mais forte a pressão sobre os operadores de planos de saúde. “O monitoramento inteligente do uso dos serviços permite uma espécie de defesa prévia, minorando o risco de danos aos clientes e de prejuízos aos prestadores de serviço”, afirma Carla. Em trabalho coordenado com a Gerência Médico-Empresarial (Germed), o setor de Pós-Venda atua para reduzir o número de consultas por meio de um diagnóstico mais eficiente dos problemas que afetam uma coletividade determinada. No caso das confecções, por exemplo, foram identificados fatores de risco para Lesão por Esforço Repetitivo (LER) pelas costureiras. Trabalhando sentadas e encurvadas a maior parte do tempo, essas profissionais ficavam sujeitas a desvios de coluna, dores lombares e os decorrentes problemas ortopédicos e musculares. “Intervalos na jornada e programas de ginástica laboral, de custo relativamente baixo, permitem diminuir os afastamentos por atestados e as consultas médicas”, exemplifica. Numa companhia desse ramo, a participação feminina no quadro de servidores costuma ultrapassar os 70%. Assim, crescem de importância os debates e orientações quanto a parto, doenças sexualmente transmissíveis (DST) e planejamento familiar. A indicação de consultas regulares a ginecologistas e obstetras funciona para prevenir o agravamento de problemas que são mais fáceis de controlar quando detectados precocemente. “São soluções combinadas com cada empresa, que melhoram o bem-estar do corpo funcional e previnem a proliferação de atestados médicos. Analisando os dados com rigor e cooperando com a empresa, é possível distinguir ignorância de má-fé”. O setor faz análises caso a caso, empregando critérios estratégicos e médicos, e depois repassa as informações a outras áreas do Grupo. 19 Ouvidoria ASSIMSAÚDE25ANOS Marcia Costa: “Somos um canal de relacionamento direto com cliente, dotado de autonomia para ouvir e investigar denúncias e reclamações, como uma instância à parte. Temos que ser identificados como um símbolo de independência, isenção e ética” As análises das queixas são repassadas ao Departamento Jurídico, que resolve pendências judiciais e administrativas. Aeficácia na resolução de conflitos O foco do trabalho da Ouvidoria do Grupo Assim é encontrar soluções satisfatórias para os clientes, de forma a reduzir o número de queixas dos beneficiários na Agência Nacional de Saúde (ANS). Esse foco é partilhado com o Departamento Jurídico, que adota filosofia semelhante – de buscar acordos ágeis e palatáveis, minimizando as pendências judiciais e administrativas com os clientes. O Grupo antecipou-se às exigências da agência reguladora, que fixou um prazo de 180 dias para que as empresas de medicina de grupo estruturassem suas ouvidorias e disponibilizassem o serviço para os beneficiários. A mesma disposição de superar os prazos exigidos também foi considerada no envio de respostas: a Ouvidoria do Assim fixa cinco dias úteis como teto, 20 enquanto a ANS estabelece dez dias úteis, o dobro do prazo. O setor trabalha com metas de solução e esclarecimento e, desde janeiro, foi estabelecido um sistema de controle e estimativa para verificar o cumprimento das metas. A funcionária Marcia Costa, responsável pela Ouvidoria, explica que é feita uma avaliação individualizada, cliente a cliente, para identificar as razões de cada reclamação. A Ouvidoria trabalha com análise das queixas, que serve de base para o relatório gerencial anual exigido pela ANS, e faz comparações mês a mês, para medir a eficácia na resolução de conflitos. Com base nas conclusões do relatório, a empresa pode tirar lições importantes sobre a qualidade de seus serviços e os pontos mais críticos para a clientela. A rede credenciada é a maior fonte de queixas, geralmente com base em desacordos sobre a abrangência das coberturas. E a maioria das reclamações chega pelo site, que funciona os sete dias da semana. A equipe tem uma gerente com formação em Direito, um advogado-coordenador e dois assistentes. Essa estrutura é independente do teleatendimento e cuida dos casos mais complexos, sob a coordenação da Gerência de Relacionamento e Regulatório. O trabalho exige um perfil específico da equipe. “Temos que ser ouvintes atentos, atuar como psicólogos, evitar interromper os desabafos e esperar o momento certo para apresentar uma ponderação, quando for o caso, sempre ancorada em uma clara disposição legal”, explica. O trabalho da Ouvidoria visa fidelizar o cliente que está insatisfeito com os serviços do plano ou com a solução encontrada para uma queixa. A estratégia para isso é o atendimento de excelência. “O SAC tem limitações, nós temos maior margem de manobra”, explica Marcia Costa. Advogada formada há 11 anos, com nove de experiência na área de Saúde, ela explica que o número de reclamações na ANS caiu, o que é um dos indícios de um bom trabalho da Ouvidoria. O número absoluto de Notificações de Investigação Preliminar (NIP) caiu desde a instalação da Ouvidoria. Além disso, as NIPs boas (sem infração confirmada pela ANS) superaram em muito as consideradas ruins (que geram a constatação de um erro do plano pela Agência). “A negativa contínua leva a um processo administrativo direto pela ANS, o que no limite pode levar à suspensão temporária da operadora. O atendimento adequado, portanto, não apenas preserva os direitos do beneficiário, como defende o valor para os acionistas”, argumenta. Esse equilíbrio é buscado pela oferta de soluções palatáveis, ainda que não sejam completas. O número de queixas feitas à Ouvidoria é baixo, proporcionalmente ao total de clientes. “Somos um canal de relacionamento direto com cliente, dotado de autonomia para ouvir e investigar denúncias e reclamações, como uma instância à parte. Temos que ser identificados como um símbolo de independência, isenção e ética”, afirma Marcia. Esse compromisso, inerente à função, impõe um ciclo de melhoria contínua aos serviços. “Alertamos aos departamentos da empresa, constantemente, sobre a necessidade de adequação rigorosa aos parâmetros da ANS, de forma a prevenir demandas”, informa. A complexidade da regulação e as mudanças frequentes nas normas da ANS estabelecem um desafio ainda maior para o Grupo Assim e a Ouvidoria. “O trabalho geral tem que ser baseado em transparência, prevenção e busca de soluções de consenso”, explica. As soluções devem ser alcançadas no menor prazo possível, em padrões aceitáveis para o cliente. Os prazos de atendimento e o grau de satisfação dos clientes são monitorados e reportados ao Departamento Jurídico e à Superintendência, para que a discussão seja incorporada ao planejamento geral. A Ouvidoria trabalha com análise das queixas, que serve de base para o relatório gerencial anual exigido pela ANS, e faz comparações mês a mês para medir a eficácia na resolução de conflitos. 21 Jurídico ASSIMSAÚDE25ANOS Luiz Brandão: “A área de Saúde representa hoje, em média, mais de 70% do trabalho do Plantão Judiciário” A jurisprudência pró-consumidor acaba funcionando como um risco permanente de aumento imprevisto de custos. Tendência ao litígio judicial preocupa as operadoras A tendência aos recursos judiciais, mesmo nos casos em que os itens do contrato e as normas da Agência Nacional de Saúde (ANS) não dariam respaldo à queixa, preocupa as operadoras de planos de saúde, alvo de boa parte das ações. Isso justifica o esforço redobrado das empresas em se antecipar ao cliente e obter um acordo, para evitar que as disputas se arrastem na Justiça. A criação dos Juizados Especiais, em 1995, acentuou uma inclinação de grande parte dos consumidores a testarem a eficácia de direitos recém-conquistados. “A litigância individual, que pode parecer isolada, tem sido bem-sucedida em muitos casos”, admite o diretor Jurídico do Assim, Luiz Brandão. Segundo ele, houve uma redução no número de ações litigantes e na média da concessão de liminares em primeira instância contra o plano de 70 para 15 por mês. “A área de Saúde representa hoje, em média, mais de 70% do trabalho do Plantão Judiciário”, explica. A jurisprudência que começa a firmar-se pró-consumidor em muitos casos funciona como um risco permanente de aumento imprevisto de custos. “É o caso de órteses, próteses e materiais especiais. Às vezes, especificações mais baratas de equipamentos são rejeitadas de pronto, mesmo depois de atestadas tecnicamente por médicos assistentes, que são responsáveis pela saúde do paciente e, portanto, podem ser responsabilizados por eventuais dados”, informa. As operadoras de planos de saúde convivem com o tabelamento das mensalidades cobradas às pessoas físicas e, na outra ponta, com limites na busca de fornecedores. Daí o esforço para, em conjunto com a Ouvidoria, buscar 22 acordos que reduzam as pendências judiciais e disputas de tribunais. Na procura do equilíbrio econômico-financeiro, a área médica e os operadores de saúde começam a buscar opções de ressarcimento em face de aumentos inopinados de custos. É o caso, por exemplo, dos acidentes provocados por dolo ou imperícia, particularmente quando o agente causador do problema explora uma concessão pública e deixa de cumprir com as obrigações da concessionária. Em bases semelhantes às que as seguradoras buscam recuperar os valores pagos com indenizações, identificando responsabilidades pelo acidente e cobrando dos culpados ou responsáveis, os planos de saúde e hospitais tratariam de apresentar parte da conta a quem de direito. “A cobertura dos beneficiários é calculada pelo risco normal de vida. Uma colisão que envolva direção perigosa, por exemplo, pode obrigar o culpado a repor os valores gastos no tratamento das vítimas, ao menos parcialmente”, explica. Crítico de decisões judiciais que não levam em conta a necessidade de equilíbrio financeiro de operadores – e acaba gerando um risco maior de desequilíbrio financeiro –, Brandão mostra-se, contudo, satisfeito com aspectos importantes da atuação do órgão regulador, a ANS. “A regulamentação de mercado evitou que a concorrência predatória prevalecesse”, admite. Como órgão técnico, a ANS tem liderado processos importantes, como a revisão e a atualização do rol de procedimentos médico-cirúrgicos “A cobertura dos beneficiários é calculada pelo risco normal de vida. Uma colisão que envolva direção perigosa, por exemplo, pode obrigar o culpado a repor os valores gastos no tratamento das vítimas, ao menos parcialmente” cobertos pelos planos. A Lei 9.656, que define a estrutura e o funcionamento das operadoras de planos de saúde, e a Lei 9.961, que criou a ANS, são instrumentos importantes na construção de um ambiente moderno e competitivo para a área da Saúde no país – e têm servido de base para um acompanhamento próximo pela ANS. O controle de tarifas, outra área em que a pasta da Saúde e a ANS têm mostrado crescente desenvoltura, resulta bem mais controverso, para Luiz Brandão. Ele teme distorções decorrentes da intervenção excessiva, por vezes lastreada em critérios externos à esfera da Saúde, como o esforço para manter a inflação dentro da meta. Brandão repisa sua apreensão com a tendência de se impor responsabilidade civil aos médicos com uma frequência maior que a atual, o que teria efeitos sobre os custos. Um subproduto desse processo é a crescente adesão à exigência do termo de consentimento pelo paciente para as operações cirúrgicas. Antes restrito às cirurgias de maior complexidade, agora a assunção de risco se tornou um padrão até para intervenções bem mais simples. Com dez funcionários, sendo cinco advogados e três assistente jurídicos, a Diretoria vem reduzindo a terceirização e recorrendo mais ao ‘housing’, a busca e reparação de soluções internas. Brandão avalia que as novas bases de atuação têm permitido ganhos de eficácia e da responsabilidade dos quadros menos experientes. “Nessa política, há um ganho de qualidade, mais do que de custo”, avalia. 23 Setores da empresa ASSIMSAÚDE25ANOS Analice Gomes: “O cartão é o Assim que o cliente carrega consigo. É muito da vida dele que está ali, temos que sentir o peso dessa tarefa em nossas mentes” Simone Mattos: “O atendimento tem que ser personalizado e traduzir a linguagem do cliente. Se o profissional for claro, objetivo e transparente, é possível reverter expectativas” As frequentes modificações nas normas da ANS geram aumento no número de consultas e exigem atenção especial no esclarecimento aos clientes. O Atendimento é uma das áreas-chaves para a imagem do Assim, que lida diretamente com o público. A disposição para ouvir e um sorriso que desarma os mais agressivos são trunfos importantes para quem se disponha a encarar a missão. A gerente de Atendimento Simone Mattos se alegra de voltar para casa sempre com novas experiências, embora admita que, por vezes, tenha que lidar com o estresse e a agressividade de clientes insatisfeitos. “Nem todos os contatos são para reclamações, as consultas para obtenção de informações e esclarecimento de dúvidas também são muito frequentes”, explica ela, informando que neste ano, com a rápida expansão do número de clientes, depois da conquista das contas da Prefeitura do Rio e da Comlurb, as consultas aumentaram muito. Sua trajetória na empresa, de certa forma, ilustra a importância que a área desfruta no Assim. Simone entrou como atendente, passou a um núcleo de apoio, daí à supervisão de uma agência e depois foi promovida a coordenadora. Graças à trajetória de 18 anos, ‘sempre sabendo 24 Call Center: são 52 pontos de atendimento, com turnos de seis horas, e cada operador tem que dar conta de 80 a 90 ligações por jornada. A imagem do Grupo consolidada junto ao público ouvir’, como diz, pôde dedicar-se em paralelo aos estudos, graduando-se em Administração de Empresas. “A empresa me passou segurança e valorizou meu trabalho”, avalia. Hoje, Simone tem sob sua responsabilidade sete postos de atendimentos diferentes: Presidente Vargas, Niterói, Nova Iguaçu, Madureira, Caxias, Bangu e Campo Grande, além de uma unidade que funciona na sede da Prefeitura do Rio. No maior deles, o da Presidente Vargas, no Centro, são nove atendentes e mais dois auxiliares de serviços gerais. Em seguida, vem Madureira, com dez atendentes, e Campo Grande, com seis. Orgulhosa do trabalho de sua equipe, a administradora diz que não existe a fórmula do atendimento perfeito – mas afirma que é essencial contornar a insatisfação do cliente e ser objetivo nas respostas. “O atendimento tem que ser personalizado e traduzir a linguagem do cliente. Se o profissional for claro, objetivo e transparente, é possível reverter expectativas. O cliente tem uma surpresa positiva com a atenção que lhe dedicamos”, explica. As frequentes modificações nas normas da ANS geram, como reflexo imediato, um aumento no número de consultas e exigem atenção especial no esclarecimento aos clientes. A recente inclusão de Psicologia, Nutrição e Fonoaudiologia – entre as terapias do Rol Mínimo Obrigatório de procedimentos cobertos pelos planos de saúde – terminou por provocar muitas dúvidas. Segundo Simone, a simples falta da menção ao limite de sessões autorizadas, por exemplo, gerou conflitos entre clientes, prestadores e o plano de saúde. Quaisquer ampliações de cobertura geram a necessidade de adaptação e cadastramento de prestadores de serviço. A maior parte das reclamações dirigidas ao Atendimento refere-se a dúvidas sobre os prestadores de serviço. As agências de Atendimento impõem a formalização das reclamações e repassam as informações de forma padronizada ao setor de Credenciamento. As queixas são cadastradas na matrícula do beneficiário, o que dificulta trotes e fraudes. Os contatos com a central são gravados, o que também contribui para desestimular brincadeiras e perda de tempo. Heloísa Helena: entre idas e vindas, ela está há 16 anos na empresa, onde conheceu o marido, que na época trabalhava no Almoxarifado Ela expressa, com seu jeito simples e sorridente, o orgulho pelas homenagens frequentes que recebe nas festas de fim de ano, em que se tornou cena comum os presidentes se derramarem em elogios ao café que ela faz. “O Assim é uma família.” Call Center: Anabele Rocha comanda um dos setores mais ‘populosos’ do Assim, com 135 operadores, seis funcionários administrativos, quatro monitores de atendimento e dois monitores de qualidade Os canais de comunicação com o cliente Com formação em Recursos Humanos, Anabele Rocha é a gerente de Call Center do Assim. O serviço se divide em dois núcleos operacionais, a célula-cliente e célula-prestador, que são os canais de comunicação com os beneficiários e com os profissionais de saúde, respectivamente. O setor é um dos mais ‘populosos’ do Assim, com 135 operadores, seis funcionários administrativos, quatro monitores de atendimento e dois monitores de qualidade. São 52 pontos de atendimento, com turnos de seis horas, e cada operador tem que dar conta de 80 a 90 ligações por jornada. Há cinco anos à frente do setor de Cadastro, Analice Gomes trabalha no Grupo há 23 anos. “Tive a iniciativa de me qualificar para poder acompanhar as muitas mudanças ao longo dessas mais de duas décadas”, rememora. O setor reúne hoje 11 pessoas sob sua gerência, na maioria veteranas como ela. Em sua longa trajetória, Analice assistiu a muitas mudanças. A entrada no rol de fornecedores da Prefeitura da Capital, em 2004, exigiu a adequação da tecnologia e da estrutura, além do aumento do número de funcionários. Com o aprimoramento dos cartões magnéticos e dos sistemas de processamento de informações, a tecnologia mudou. Mas foram mantidas a delicadeza e o caráter estratégico do trabalho, que constituem as primeiras referências do plano de saúde para o usuário. “O cartão é o Assim que o cliente carrega consigo. É muito da vida dele que está ali e temos que sentir o peso dessa tarefa em nossas mentes”, diz Analice. No setor há um ano, Cleide Quitéria atuou por muito tempo no teleatendimento e se emociona ao lembrar o reconhecimento que alcançou como funcionária. “Entrei na empresa com 18 anos e o trabalho me proporcionou minhas maiores conquistas, como a compra do meu apartamento. Aqui é minha vida. Tenho orgulho de vestir essa camisa”, afirma. Ela participou da inauguração da primeira agência de Atendimento, em São Cristóvão, e esteve na organização da agência da Tijuca, de grande porte, que funcionou como um projeto-piloto para a central da Presidente Vargas. 25 Desempenho ASSIMSAÚDE25ANOS Rogal: “A rentabilidade é fruto também de uma melhor seleção da carteira, do ganho de escala com a expansão e de uma melhor relação receita/custo” Foco no mercado corporativo faz a diferença A política do Grupo prevê o reinvestimento dos resultados tanto na modernização quanto na ampliação da capacidade. O Grupo Assim Saúde apresentou clínicas e dois hospitais facilitou ainda reinvestimento dos resultados tanto na um crescimento vertiginoso nos últi- mais o atendimento à clientela adicio- modernização quanto na ampliação da mos dois anos, com 35% de aumento nal, pela expansão da rede em polos como capacidade. “Não adianta aumentar a de- no número de beneficiários e 30% na Campo Grande, Nova Iguaçu e Niterói. A manda sem ter uma boa condição estru- receita. São 300 mil vidas, no jargão do decisão da compra soou acertada de acordo tural para atendê-la”, alerta. setor. com a estratégia corporativa do Grupo. O foco no mercado corporativo foi decisivo para o rápido crescimento do não apenas pelo esforço de vendas, mas Grupo com a conquista de 50 mil vidas pela qualidade do atendimento. O diretor em janeiro e 30 mil em julho. Financeiro do Grupo, Norton Rogal, A aquisição de uma rede com 14 26 A rápida expansão tornou-se viável destaca a política do Grupo e prevê o A excelência na gestão O aumento da rentabilidade, que ultrapassou a média do setor, reforça a solidez financeira e patrimonial do Grupo. “Isso é fruto não apenas do esforço de vendas, que trouxe 30% a mais na receita, mas de uma melhor seleção da carteira, do ganho de escala com a expansão e de uma melhor relação receita versus custo”, detalha Rogal. Num quadro em que a inflação médica, muitas vezes, chega ao dobro do reajuste autorizado pela ANS para os planos individuais, a excelência na gestão cresce de importância a cada dia. O foco no segmento empresarial permite uma receita mais estável. As empresas têm obrigações legais e contratos coletivos de trabalho cada vez mais frequentes, trazendo como cláusula a cobertura de saúde por um plano previamente provado. O aumento do registro formal dos contratos de trabalho, que já se aproxima dos 60% das vagas no País, contribui para a ascensão das classes menos favorecidas. A saída de milhões de brasileiros da linha da miséria tem relação direta com esse processo. “Com o mercado formal cada dia mais forte, a maioria das empresas oferece planos de saúde atualmente”, explica Rogal, contador formado em 1986, pela Universidade Santa Úrsula, e pós-graduado em Gestão de Negócios pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A prioridade no reinvestimento dos ganhos permitiu ao Grupo dar uma resposta rápida aos ganhos de renda da população e estar em condições de atender às novas demandas que se apresentam. Bom para a empresa, melhor ainda para os clientes, que ganham garantias adicionais de solidez e confiabilidade. 27 Special Life ASSIMSAÚDE25ANOS Programa promove mudança de hábitos e reduz internações As ações do Special Life incentivam a adoção de hábitos saudáveis, com orientação sobre prevenção, dietas e exercícios físicos O Special Life, programa de saúde preventiva, desenvolvido pela Assim, tem mil pessoas sendo acompanhadas atualmente. Sem ônus adicionais para os clientes, o programa contribui para a adoção de hábitos saudáveis, com orientação sobre dietas e exercícios físicos. O Special Life põe à disposição dos interessados uma equipe multidisciplinar. São cardiologistas, nutricionistas e psicólogos, entre outros especialistas, cujo trabalho permite uma abordagem integrada e eficaz de problemas como sedentarismo, tabagismo e obesidade, fatores de risco para as doenças que mais crescem no País. A mudança de hábitos estimulada pelo programa vem permitindo a diminuição do número de internações hospitalares. Além de reduzir a incidência de ataques cardíacos e derrames (os acidentes vasculares cerebrais, ou AVCs), que estão entre as principais causas de morte no País, o programa evita ainda as sequelas motoras, visuais e fonoauditivas, em decorrência da redução dos ataques. A perda e controle do peso, com exercícios físicos adequadamente prescritos e monitorados, permitem adicionalmente o combate às doenças de coluna. Abordagem integrada Diretor Médico da Assim, o Dr. Mário Amadei cita um episódio bem recente para ilustrar a importância de uma abordagem integrada e multidisciplinar dos problemas de saúde. “No último trimestre do ano passado, metade dos pacientes indicados para cirurgias de coluna puderam abrir mão do procedimento, depois de passar pelo programa”, informa. 28 Mário Amadei: “No último trimestre do ano passado, metade dos pacientes indicados para cirurgias de coluna puderam abrir mão do procedimento, depois que passaram pelo programa” Ganharam os pacientes, com uma recuperação mais rápida e procedimentos mais simples e seguros, ganharam os empregadores, que puderam contar com a força de trabalho por mais tempo. A manutenção da pressão arterial a níveis normais, particularmente no caso das pessoas com hipertensão diagnosticada, evita o desenvolvimento de problemas crônicos associados, como a sobrecarga dos rins. O esforço para incentivar a adoção de hábitos saudáveis se estende ao cotidiano das empresas atendidas pelo Assim. Semanas e Jornadas de combate à hipertensão e ao diabetes (excesso de açúcar no sangue) auxiliam na detecção dessas chamadas ‘doenças silenciosas’ – que nem sempre manifestam claramente seus sintomas nas fases iniciais – e facilitam o encaminhamento ao Special Life. Eficácia dos tratamentos As mulheres têm adesão mais expressiva aos programas de prevenção, o que ajuda a explicar a maior longevidade do gênero. Submetendo-se mais frequentemente a consultas, as pessoas do sexo feminino têm as doenças detectadas mais precocemente, o que aumenta a eficácia dos tratamentos. Desde a inauguração do programa, em 2005, já foram realizados 42 mil atendimentos. Os 880 beneficiários acompanhados nos programas de qualidade de vida do Centro Médico Presidente Vargas (CMPV) obtiveram os seguintes resultados: 80% atingiram a meta de pressão arterial desejada; 55% registraram perda de peso com redução de Índice de Massa Corpórea; e 68% alcançaram níveis normais de hemoglobina glicada. A equipe médica do CMPV, onde funciona o Special Life, dispõe de especialistas em Clínica Médica, Cardiologia, Endocrinologia, Ginecologia, Ortopedia (coluna) e Psiquiatria. Os profissionais estão habilitados para a intervenção em todos os aspectos: promoção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento e reabilitação. Riscos da obesidade Segundo a médica Valéria Paulo, os estudos comprovam que a obesidade é um fator de risco para uma série de doenças, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. “Os objetivos permanentes do programa são o incentivo às ações que integralizem o cuidado e que resultem na melhoria da qualidade de vida do beneficiário”, explica. A prevalência é para os beneficiários com idade igual e superior aos 59 anos (45%) e a adesão é predominantemente feminina (84%). Por origem, o predomínio é para a carteira da Prefeitura (57%), seguido do Plano Individual (30%) e demais empresas (13%). No Programa de Gerenciamento de Coluna, a faixa etária mais atingida também se encontra em 59 anos ou mais (32,64%). A maior parte dos indicados para o programa (60,87%) sofre de hérnia discal lombar, seguida de beneficiários em tratamento com radiofrequência, devido a dores de coluna sem patologia localizada (34,78%), e hérnia discal cervical (4,35%). 29 ASSIMSAÚDE25ANOS Diferenciais do Assim Ginástica laboral O ambiente e as relações de trabalho têm sido considerados como fonte de doenças. E o cenário corporativo também ajuda a ‘adoecer’ as empresas Atendimento nas empresas: as visitas são definidas a partir de análises realizadas para delinear o perfil de utilização, detectar os desvios e traçar as diretrizes para correção Medicina empresarial: a saúde vai onde o paciente está Os softwares de análise e monitoramento dos beneficiários vão além de melhorar o acompanhamento da saúde dos funcionários de cada empresa. Os programas ajudam a identificar os maiores usuários de testes e exames, facilitando o combate ao absenteísmo. Mais do que reduzir faltas ao trabalho e facilitar o encaminhamento a tratamentos mais adequados, a análise dos dados ajuda as empresas clientes a detectar os problemas logo no nascedouro. A auditagem regular dos pedidos e o monitoramento de beneficiários e da rede de prestadores de serviço permitem verificar a necessidade efetiva de exames de alta complexidade. Descartadas eventuais fraudes, é possível indicar o Centro Médico para orientação dos pacientes, em locais próximos da residência de cada um. Mais bem orientados, os beneficiários podem obter melhores resultados e reduzir o número de exames, consultas e internações. Torna-se uma meta exequível reduzir à metade as inter nações, 30 particularmente no caso de doenças crônicas em que a adesão dos pacientes a programas de mudança de hábitos permite avanços significativos. Mudança de hábitos O sucesso dos programas, por sua vez, depende da adesão das pessoas. A consciência muda os hábitos, a partir da informação. “Nosso papel é a orientação, com a informação básica disposta em folders, folhetos e materiais sempre disponíveis para a clientela”, explica o Diretor Médico do Assim, Mário Amadei. A capilaridade da rede Assim Saúde, com 50 hospitais atendendo a todas as regiões da cidade, facilita contornar um dos principais obstáculos para os programas de prevenção: os deslocamentos. Uma pessoa ativa, tendo compromissos frequentes de trabalho, precisa de facilidade de acesso para viabilizar um acompanhamento médico regular. Amadei faz o alerta com a experiência de 19 anos de operação de planos de saúde e 39 anos de formação, pela Universidade Federal de Minas Gerais. A indicação de beneficiários para os programas de saúde preventiva se faz através das análises realizadas pelos Enfermeiros e Médicos Gestores da Gerência de Medicina Empresarial (GEMEMP), em relatórios de utilização gerados no sistema de tecnologia de informatização (TI); nas ações desenvolvidas dentro das empresas clientes; por livre demanda e pelas consultas geradas pelo próprio Centro Médico, que atua também como ambulatório, conforme explica Valéria Paulo, gerente de Medicina Empresarial. Ações nas empresa A GEMEMP também tem como foco ações nas dependências das empresas clientes, uma vez que o processo, o ambiente e as relações de trabalho têm sido cada vez mais considerados como fonte de doenças. As mudanças recentes no cenário corporativo também contribuem para o ‘adoecimento’ das empresas. Os impactos tecnológicos e econômicos mudaram radicalmente a comunicação no trabalho, com ênfase nos a m b i en tes v i r tu a i s. “A crescente prestação de serviços de saúde impõe custos. O uso da tecnologia nos diagnósticos avança e se torna cada vez mais caro, mas não substitui os métodos anteriores”, explica a doutora. O aumento da longevidade e as mudanças no estilo de vida, por sua vez, acarretaram o aumento das doenças crônico-degenerativas, diabetes, hipertensão arterial sistêmica etc. A síndrome metabólica, por seu turno, relaciona a obesidade por deposição de gordura central e a resistência insulínica a um conjunto de fatores de risco cardiovascular. Devido a estes fatores, as ações de saúde desenvolvidas nas empresas têm grande peso na melhora da saúde da própria organização e de seus funcionários. Os conceitos de absenteísmo e presenteísmo estão diretamente relacionados ao sucesso destas ações. O local de trabalho é um ‘espaço natural’ onde podemos encontrar os clientes para atividades educativas, de promoção de saúde e de prevenção de doenças. Esses fatores explicam a intensificação das ações diretas de prevenção nas empresas, com 112 visitas de janeiro a março de 2013, contra 138 registradas ao longo de todo o ano passado. As ações incluíram medição de pressão arterial e contaminação pelo tabaco, além de ginástica laboral. Também foram proferidas 61 palestras com temas diversos: Como usar seu plano, Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes, Alimentação Saudável, LER (Lesões por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbio Osteomioarticular Relacionado ao Trabalho) e Patologias de Coluna. As visitas às empresas partiram de análises realizadas para delinear o perfil de utilização, detectar os desvios e traçar as diretrizes para correção. Prevenção nas empresas: além dos exercícios físicos, as ações incluem medição de pressão arterial e contaminação pelo tabaco e palestras sobre temas diversos Gerenciamento de patologia mental A auditagem regular dos pedidos e o monitoramento da rede de prestadores de serviço permitem verificar a necessidade efetiva de exames de alta complexidade. No primeiro trimestre deste ano, as ações de prevenção contaram com o apoio da empresa prestadora de serviço de ginástica laboral, com professores de Educação Física e atividades do serviço de Fisioterapia da GEMEMP nas dependências de empresas clientes. Teve também a já tradicional presença de enfermeiros gestores, desenvolvendo ações de promoção à saúde e de prevenção às doenças crônicas, com medição de pressão arterial, palestras e distribuição de material educativo. As ações nas empresas têm fins educativos, obtenção de qualidade de vida, baseadas tanto em Medicina Preventiva, em todos os seus níveis, quanto em Medicina de Evidências Clínicas. “Com isso, contribuímos para taxas menores de absenteísmo da empresa, além de apoio na organização de Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPATs) e Semana da Saúde nas companhias clientes”, explica Valéria Paulo. As mudanças frequentes no ambiente de trabalho e as constantes transformações no cenário econômico, além da instabilidade dos laços em um número crescente de famílias, contribuem para a necessidade de uma atenção crescente à saúde mental. Em novembro de 2012, o Assim iniciou o gerenciamento pós-alta hospitalar das internações, devido à patologia psiquiátrica (adictos e doenças mentais). Nesta ação, a Gerência de Medicina Empresarial tem o apoio da Gerência de Auditoria Médica, que fornece os dados pós-alta. No período de novembro de 2012 a março de 2013, 89 beneficiários receberam alta hospitalar, devido a internações psiquiátricas. A prevalência é do sexo masculino (66,3%), com faixa etária compreendida entre 18 e 59 anos ou mais, porém, com maior incidência na faixa de 29 a 33 anos. Entre as patologias psiquiátricas referidas como causa para internação, 55% se deram por Adição, onde está incluso o alcoolismo (droga lícita). Entre os 89 beneficiários, 29% aceitaram encaminhamento para o ambulatório de psiquiatria da Tijuca e apenas três foram reinternados – todos adictos. Desde o início de abril deste ano, os atendimentos estão sendo realizados no Centro Médico Presidente Vargas. 31 ASSIMSAÚDE25ANOS Patrocínios A política de patrocínios do Assim é pautada pela inovação e ética, valores que norteiam a atuação do Grupo. Renato Júnior: o piloto tornou-se campeão brasileiro juvenil aos 16 anos ao volante de um kart, escola de grandes talentos da velocidade, como Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Nelson Piquet Apoio ao esporte e a iniciativas humanistas Aposta no ineditismo, no pioneirismo e no fortalecimento da identidade carioca são características da política de patrocínios do Grupo Assim Saúde, que identifica nichos favoráveis para apoiar e potencializa, dessa forma, a repercussão de suas iniciativas. A escolha dos atletas e projetos apoiados converge para o reforço dos valores que norteiam a atuação do Grupo, como a disposição de inovar e a divulgação de modelos não apenas de sucesso esportivo ou de excelência técnica, mas também de ética e de princípios humanistas. Difícil não se emocionar, por exemplo, com a história de Edson Costa Nascimento, atleta de hand bike (bicicleta de mão). Sedentário até os 30 anos, Edson sofreu um grave acidente que o deixou paraplégico e o obrigou a reinventar sua rotina. Gerente de banco até a aposentadoria precoce por invalidez, ele encontrou no Esporte um caminho para a reconstrução de uma vida produtiva e útil. 32 Depois de estudar várias modalidades, optou pelo hand bike, espécie de bicicleta adaptada, que atinge altas velocidades – tanto que atraiu o italiano Alessandro Zanardi, piloto afastado da Fórmula 1 por causa de um acidente de helicóptero, que ganhou a Medalha de Ouro nas Paralimpíadas de Londres 2012. Para essa nova marcha, Edson teve que partir do zero: não tinha equipamentos, nem apoio. Formulou um projeto que envolvia a publicidade da empresa que aceitasse a parceria e o apresentou ao Supermercado Mundial, que já havia fechado a carteira de projetos daquele ano. Nesta fase da história é que entra a participação do diretor Jurídico do Assim, Luiz Brandão, que na época era advogado contratado pelo Grupo e tinha participado havia pouco tempo do fechamento de um contrato entre o grupo de saúde e o Mundial. Impressionado com o empenho e a imaginação do Edson, ele resolveu apresentá-lo ao presidente do Assim. “O doutor Aziz Chidid se encantou com a oportunidade de apoiar a carreira do Edson e fechou de imediato o patrocínio ao atleta”, conta. Os recursos garantiram a construção da bicicleta adaptada e o pagamento do transporte até o local das competições e da equipe que acompanha o hand biker, como preparador físico e fisioterapeuta. A aposta está se mostrando certeira: Edson foi o vice-campeão do campeonato brasileiro da modalidade, mesmo tendo disputado um número menor de etapas do que os demais atletas, e sonha em integrar a equipe paralímpica brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, e planeja, até o fim do ano, cruzar a Baía de Guanabara num barco adaptado. Garra não lhe falta – nem apoio do Assim, marca que ele já levou a diversos estados do Brasil. O mesmo olhar para descobrir talentos foi usado pelo presidente do Grupo, Aziz Chidid, para decidir o patrocínio a Renato Júnior, piloto de kart do Rio, cidade que não conta com um circuito oficial e nem tem provas pelo campeonato brasileiro da modalidade. Pois, mesmo lidando com essas dificuldades, Renato Júnior tornou-se campeão brasileiro juvenil aos 16 anos. Os combustíveis para seu sucesso são as palavras de entusiasmo do pai e o patrocínio do Assim. O kart, competição automobilística de pequenos monopostos, foi a escola de grandes talentos brasileiros da velocidade, como Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Nelson Piquet, que, juntos, conquistaram oito títulos mundiais de Fórmula 1. O Gr upo patrocina também a veleria UK Halsey Santa Cruz, um dos eventos mais tradicionais do iatismo brasileiro, que este ano chegou à 16ª edição. A competição aconteceu no Iate Clube Brasileiro com a participação de 65 barcos – número que se equipara ao campeonato brasileiro. O apoio do Assim ao esporte garante ainda o trabalho da equipe de futebol da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que disputa campeonatos regionais e nacionais com instituições acadêmicas de todo o país, ajudando a promover um saudável intercâmbio de experiências entre os futuros profissionais de nível superior. Mas os patrocínios do Assim não ficam apenas nas modalidades esportivas – levam também imagens de bem-estar e saúde, associadas à marca, aos mais diferentes campos. A Sociedade Brasileira de Urologia-RJ, uma das mais prestigiadas associações acadêmico-profissionais do Brasil, teve apoio do Grupo Assim para promover a XV Jornada de Urologia. O mesmo acontece com a Associação Comercial e Industrial de Jacarepaguá (Acir), entidade que congrega empresas de diferentes portes da região que mais cresce na cidade, com o dobro dos lançamentos imobiliários dos antigos polos de riqueza, como o Centro e a Zona Sul, e que sediará grande parte das competições dos Jogos Olímpicos de 2016. Não é por acaso essa sintonia: falou em crescimento do Rio, falou em Assim. O apoio do Assim ao esporte garante ainda o trabalho da equipe de futebol da UFRJ, que disputa campeonatos regionais e nacionais com instituições acadêmicas de todo o país, promovendo um intercâmbio de experiências. Edson Costa: o patrocínio do Assim ao atleta de hand bike garantiu a construção da bicicleta adaptada e o pagamento do transporte até o local das competições e da equipe que o acompanha Competição de vela: o UK Halsey Santa Cruz, um dos eventos mais tradicionais do iatismo brasileiro, chegou este ano à 16ª edição, reunindo 65 barcos 33 ASSIMSAÚDE25ANOS Dr. Assim Personagem irá estrelar campanhas de saúde pública As primeiras peças publicitárias serão focadas na dengue, doença que registrou um aumento de 190% nos primeiros meses do ano. Prevenir é mais fácil, dói menos e é mais barato. Com esse slogan, o Assim busca trabalhar a importância da prevenção, principal arma contra as doenças. Faltava, contudo, um personagem, que desse uma cara, uma identidade a essa atitude. Surgiu, então, o Doutor Assim, que irá estrelar campanhas de saúde pública, com dicas de atitudes simples, mas de grande eficácia para promover a saúde. O personagem começou a ganhar contornos mais definidos na conversa do presidente do Assim, Aziz Chidid Neto, com duas crianças. “O perfil físico do personagem, o jeito de falar, de se dirigir às pessoas e explicar as coisas, tudo foi desenvolvido a partir desse encontro. O trabalho dos designers da agência de publicidade foi feito a partir daquele encontro inicial”, explica o presidente. As primeiras peças elaboradas têm a dengue como foco. Um filme trata da importância de se evitar o acúmulo de água parada para dificultar o desenvolvimento das larvas do aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença. O segundo trata dos sintomas mais comuns, como a sensação de pressão entre os olhos, o desarranjo intestinal, o cansaço, a febre e a dor no corpo. A campanha é particularmente oportuna, pois coincide com uma epidemia da doença caracterizada em municípios de oito estados, entre eles o Rio de 34 Janeiro. Este ano, o número de casos de dengue no Brasil apresentou um aumento de 190% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, até 16 de fevereiro foram registrados 204.650 casos da doença, contra 70.489 no mesmo período de 2012. Oito estados concentram 84% dos casos: Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Mato Grosso, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais – os três últimos, mais populosos e ricos do país. No Rio, preocupa em especial o crescimento dos casos entre gestantes. Foram 358 notificações nas 14 primeiras semanas de 2013 – 118% a mais do que os 164 verificados no mesmo período do ano passado. A maioria das notificações está concentrada nas regiões Norte e Nordeste do Estado, e as ocorrências já representam 73% dos registros de 2012. “A preocupação em relação às grávidas é que elas têm características específicas que podem eventualmente dificultar o reconhecimento precoce dos sinais de gravidade da doença, por conta das alterações funcionais que ocorrem durante a gravidez”, explica o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe. Um exemplo é a dor abdominal, ocorrência comum dependendo da fase gestacional da mulher, mas que pode ser na verdade um sintoma da dengue. As próximas aparições do Doutor Assim abordarão hipertensão arterial e obesidade, fatores de risco para doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais, principais causas de morte no Brasil. O tratamento diferenciado para a gestante inclui a obrigatoriedade de realização de hemograma completo – com liberação da paciente somente depois que o resultado do exame estiver disponível – e acompanhamento diário. Outro dado que ilustra a importância de campanhas de prevenção como a do Doutor Assim é o rápido crescimento do tipo 4 da doença. O DENV-4, um dos quatro sorotipos encontrados no Brasil, corresponde à maioria dos casos: 52,6%. Esse novo tipo da doença, que chegou ao país no final de 2010, apresenta os mesmos sintomas, profilaxia e tratamento. No entanto, por ainda ser relativamente novo, encontra maior vulnerabilidade entre a população, o que pode explicar o índice maior de ocorrências. O secretário de vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirma que o DENV-4 chegou a praticamente todos os estados brasileiros, e a tendência é que a disseminação seja mantida. O apelo da campanha contra a água parada se mostra muito adequado, diante dos dados levantados pelo Ministério da Saúde sobre os focos de reprodução do mosquito da dengue. O Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Lira), realizado em 983 municípios, mostra que a região Sudeste se destaca por concentrar o maior foco em depósitos domiciliares: 63,6%. A pesquisa constatou que, em janeiro deste ano, 267 municípios estavam com risco de epidemia, 487 em alerta e 238 em situação satisfatória. Apesar da maior incidência, houve redução de 20% na quantidade de óbitos e de 44% nos casos graves. Normalmente, os casos letais da doença atingem pessoas idosas, que apresen- tam risco 12 vezes maior de falecimento. Pesam para isso as debilidades causadas por outras doenças, como hipertensão e diabetes. Não é por acaso, portanto, que as próximas aparições do Doutor Assim, com o mesmo espírito de colaborar com as políticas públicas em campanhas de esclarecimento, abordarão hipertensão arterial (pressão alta) e obesidade (excesso de peso), fatores de risco para doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais, principais causas de morte no Brasil. Sujeito atento, esse Doutor Assim. 35 Previ-Rio O Instituto é responsável pela gestão dos benefícios previdenciários e assistenciais dos servidores municipais e nessa condição responde pelo plano de saúde operado pelo Assim. Previ-Rio. Uma parceria nota 10 Responsável pela gestão do Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro (Funprevi), que faz o pagamento de aposentadorias e pensões dos servidores estatutários, o Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de Janeiro (Previ-Rio) é um dos principais parceiros do Grupo Assim Saúde. O Instituto é responsável pela gestão dos benefícios previdenciários e assistenciais dos servidores da administração municipal direta e, nessa condição, responde pelo Plano de Saúde do Servidor Municipal (PSSM), do qual o Assim é operador habilitado, por licitação. A parceria entre o Previ-Rio e o Assim decorre da necessidade de manter a agilidade e a qualidade do atendimento aos servidores e seus dependentes. A autarquia municipal foi criada em 1987, com personalidade jurídica de direito público interno e autonomia administrativa, além de patrimônio e gestão financeira próprios. As atribuições atuais do Previ-Rio foram determinadas pela Lei nº 3.344, de 28 de dezembro de 2001. Entre suas atribuições estão a administração do Regime Próprio de Previdência 36 do Município, a concessão de benefícios assistenciais e a prestação de serviços a seus segurados: auxílio-natalidade, auxílio educação, auxílio funeral de pensionista, pecúlio post-mortem e assistência financeira; a contribuição ao FASS (Fundo de Assistência à Saúde do Servidor), conforme decreto nº 23.593 de 16/10/2003; e o Serviço Social e outros serviços assistenciais definidos em regulamento. O Funprevi, por sua vez, tem por finalidade específica prover os recursos para o pagamento de benefícios previdenciários dos segurados do Regime Próprio de Previdência dos servidores públicos do Município do Rio de Janeiro e a seus dependentes. Os benefícios abrangidos pelo Funprevi são as aposentadorias, concedidas pelos órgãos competentes e pensões concedidas pelo Previ-Rio. O Previ-Rio foi um dos quatro órgãos da Prefeitura que obtiveram nota 10 na avaliação de desempenho de 2012. Duas das metas que colaboraram para o resultado foram o número de pedidos de pensão incluídos na folha de pagamento seguinte e o volume de compensação previdenciária, dinheiro a Vinte e cinco anos, carioca, gente fina, sangue bom, que vive a vida, com fé, na zona norte, no subúrbio, na zona sul, na alegria e sempre na humildade. A gente é Assim. E você, como é? Se você for assim como a gente, aproveite e venha para a maior rede de hospitais próprios da América Latina. Aqui, sempre tem um plano perfeito para você e sua família. que o município tem direito quando admite um servidor com tempo de contribuição anterior no INSS ou em outra esfera do serviço público. Os resultados da avaliação foram anunciados em abril. Além do Previ-Rio, mais três órgãos levaram nota 10: Empresa Olímpica Municipal, Instituto Pereira Passos e Procuradoria Geral do Município. Quem trabalha em locais que obtiveram 8 como nota mínima garantiu, pelo menos, meio salário a mais na folha suplementar que vai trazer o bônus. O valor sobe gradativamente, conforme a nota. Para quem levou 10, como o Previ-Rio, o percentual subirá para 20%. Está programado para 15 de junho o pagamento do bônus da avaliação de desempenho dos servidores da Prefeitura do Rio relativa a 2012. A informação foi passada pelo secretário-chefe da Casa Civil municipal, Pedro Paulo Carvalho Teixeira. Os 105 mil funcionários ativos de 33 órgãos das administrações direta e indireta ganharão a bonificação, que vai variar de meio a dois salários dos servidores. www.assim.com.br 25 ANOS COM SAÚDE Hospitais Fundadores ASSIMSAÚDE25ANOS As 16 unidades hospitalares que compunham o Grupo na época da sua fundação Os donos das 13 unidades relacionadas a seguir se uniram há 25 anos para fundar o Assim, que já nasceu com uma grande rede própria. Na época, a Casa de Saúde e Maternidade Rio de Janeiro e o Pronto-Socorro Infantil Lagoa faziam parte da iniciativa. E a Clínica Rio Guanabara encontra-se fechada para reforma. Números únicos do Assim Descrição Hospitais e Centros Médicos Pronto-socorro Centros cirúrgicos Consultórios ambulatoriais Médicos especializados Leitos de UTI NEONATAL Leitos de UTI ADULTO Leitos de ENFERMARIA Leitos de BERÇÁRIO Leitos de APARTAMENTOS Leitos de UTI PEDIÁTRICO Leitos de PEDIATRIA Números 122 87 92 1748 8561 421 900 1680 449 2056 111 338 Descrição Laboratório Radiologia Ultrassonografia Tomografia RNM Total de eventos Eventos 2.477.777 277.737 156.726 20.873 25.326 2.958.439 Amiu Infantil Rio de Janeiro – Botafogo Rua Muniz Barreto, 535 Telefone: 2103-6464 Consulta • endocrinologia • pediatria • reumatologia pediátrica • ortopedia e traumatologia • cirurgia pediátrica • gastroenterologia pediátrica • homeopatia pediátrica • neurologia pediátrica • pneumologia pediátrica • otorrinolaringologia pediátrica • ortopedia e traumatologia pediátrica • alergologia pediátrica • dermatologia pediátrica • psicologia • fonoaudiologia Internação • pediatria • UTI-neonatal • UTI-pediátrica • cirurgia pediátrica Pronto atendimento • pediátrico Serviço auxiliar • eletroencefalograma • impedanciometria • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia • patologia e citopatologia • potencial evocado auditivo • potencial evocado somatossensitivo • radiologia • teste alérgico • vídeo endoscopia • mapeamento cerebral com eeg Consultas de urgência e eletivas Total 38 1.389.794 39 Hospitais Fundadores ASSIMSAÚDE25ANOS Casa de Saúde Nossa Senhora do Carmo Rio de Janeiro – Campo Grande Rua Jaguaruna, 105 - Telefone: 3316-2992 Consulta • clínica médica • cardiologia • gastroenterologia • geriatria • hematologia • neurologia • pediatria • pneumologia e tisiologia • reumatologia • nefrologia • alergia e imunopatologia • ginecologia • angiologia • cirurgia vascular e linfática • cirurgia de cabeça e pescoço • dermatologia clínico-cirúrgica • cirurgia do aparelho digestivo e anexos • ginecologia e obstetrícia • mastologia 40 • cirurgia da mão • neurocirurgia • oftalmologia • otorrinolaringologia • ortopedia e traumatologia • cirurgia pediátrica • cirurgia plástica reparadora • cirurgia torácica • urologia • oftalmologia pediátrica • urologia pediátrica • gastroenterologia pediátrica • proctologia • cirurgia crânio-maxilo-facial • neurologia pediátrica • cardiologia pediátrica • ortopedia e traumatologia pediátrica • dermatologia pediátrica • nutrição • fonoaudiologia Casa de Saúde Santa Therezinha Internação • cirurgia crânio-maxilo-facial • cirurgia cardíaca • cirurgia ginecológica • cirurgia torácica • cirurgia vascular • clínica médica • neurologia • maternidade • neurocirurgia • oftalmologia • oncologia • otorrinolaringologia • UTI-adulto • UTI-neonatal • cirurgia geral • cirurgia pediátrica • ortopedia e traumatologia • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • hematologia • pneumologia • reumatologia • nefrologia • angiologia • ginecologia e obstetrícia • cirurgia plástica reparadora • urologia • proctologia • cirurgia urológica • cirurgia de cabeça e pescoço • cirurgia videolaparoscópica Pronto atendimento • obstétrico/ginecológico • traumato-ortopédico • clínica médica Serviço auxiliar • campimetria • cardiotocografia • colangiopancreatografia • colonoscopia • densitometria óssea • eletroencefalograma • fisioterapia • fisioterapia respiratória • fotocoagulação a laser • hemodinâmica • laringoscopia • impedanciometria • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • litotripsia extracorpórea • mamografia • mapeamento de retina • potenc. evocado somatossensitivo • prova de função pulmonar • radiologia • ressonância magnética • retinografia • retinografia fluorescente • teste ergométrico • tomografia computadorizada • ultrassonografia • usg globo ocular • urodinâmica • audiometria • angioplastia • broncoscopia • dopplerfluxometria • ecocardiograma • ecodoppler • eletrocardiograma • eletroneuromiografia • holter 24 horas • teste alérgico • retossigmoidoscopia • perfil biofísico fetal • arteriografia • histeroscopia • mapa • vídeo-histeroscopia • videoendoscopia • radiologia intervencionista • mapeamento cerebral com eeg • RPG reeducação postural global • acupuntura Rio de Janeiro – Tijuca Rua Moura Brito, 95/105 - Telefone: 3978-8000 Consulta • clínica médica • cardiologia • gastroenterologia • hematologia • neurologia • pediatria • alergia e imunopatologia • angiologia-cirurgia vascular e linfática • cirurgia de cabeça e pescoço • dermatologia clínico-cirúrgica • cirurgia do aparelho digestivo e anexos • cirurgia da mão • neurocirurgia • oftalmologia • otorrinolaringologia • ortopedia e traumatologia • cirurgia plástica reparadora • cirurgiatorácica • urologia • proctologia • cirurgia crânio-maxilo-facial • homeopatia • homeopatia pediátrica Internação • cirurgia crânio-maxilo-facial • cirurgia cardíaca • cirurgia ginecológica • cirurgia torácica • cirurgia vascular • clínica médica • neurologia • maternidade • neurocirurgia • oftalmologia • oncologia • otorrinolaringologia • UTI-adulto • UTI-neonatal • cirurgia geral • ortopedia e traumatologia • cardiologia • gastroenterologia • pneumologia • angiologia • ginecologia e obstetrícia • cirurgia plástica reparadora • urologia • cirurgia videolaparoscópica Pronto atendimento • cardiológico • obstétrico/ginecológico • traumato-ortopédico • clínica médica Serviço auxiliar • cardiotocografia • colangiopancreatografia • colonoscopia • densitometria óssea • fisioterapia • hemodinâmica • impedanciometria • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • mamografia • mapeamento de retina • potenc. evocado somatossensitivo • radiologia • ressonância magnética • retinografia • retinografia fluorescente • teste ergométrico • tomografia computadorizada • ultrassonografia • urodinâmica • audiometria • angioplastia • doppler fluxometria • ecocardiograma • ecodoppler • eletrocardiograma • eletroneuromiografia • holter 24 horas • teste alérgico • retossigmoidoscopia • perfil biofísico fetal • arteriografia • mapa • videoendoscopia • radiologia intervencionista • mapeamento cerebral com eeg • RPG reeducação postural global • emissão otoacústica evocada 41 Hospitais Fundadores ASSIMSAÚDE25ANOS Clínica Ênio Serra Hospital Balbino Rio de Janeiro – Laranjeiras Rua Soares Cabral, 36 Telefones: 2125-6911/2125-6912 Rio de Janeiro – Olaria Rua Angélica Mota, 90 - Telefone: 3977-2000 • hematologia • pneumologia • reumatologia • nefrologia • angiologia • cirurgia plástica reparadora • urologia • proctologia • cirurgia urológica • cirurgia de cabeça e pescoço • cirurgia videolaparoscópica Consulta • clínica médica • cardiologia • endocrinologia • geriatria • neurologia • pneumologia e tisiologia • psiquiatria • reumatologia • nefrologia • ginecologia • angiologia-cirurgia vascular e linfática • cirurgia de cabeça e pescoço • dermatologia clínico-cirúrgica • cirurgia do aparelho digestivo e anexos • mastologia • cirurgia da mão • neurocirurgia • oftalmologia • otorrinolaringologia 42 • ortopedia e traumatologia • cirurgia plástica reparadora • cirurgia torácica • urologia • oftalmologia pediátrica • proctologia • cirurgia crânio-maxilo-facial • neurologia pediátrica • fonoaudiologia Internação • cirurgia crânio-maxilo-facial • cirurgia ginecológica • cirurgia torácica • cirurgia vascular • clínica médica • neurologia • neurocirurgia • oftalmologia • oncologia • otorrinolaringologia • UTI-adulto • cirurgia geral • ortopedia e traumatologia • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • hematologia • pneumologia • reumatologia • nefrologia • angiologia • cirurgia plástica reparadora • urologia • proctologia • cirurgia urológica • cirurgia de cabeça e pescoço • cirurgia videolaparoscópica Pronto atendimento • clínica médica Serviço auxiliar • colonoscopia • densitometria óssea • endoscopia digestiva • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • mamografia • potenc. evocado somatossensitivo • radiologia • teste ergométrico • tomografia computadorizada • ultrassonografia • dopplerfluxometria • ecocardiograma • ecodoppler • eletroneuromiografia • holter 24 horas • videoendoscopia • radiologia intervencionista Consulta • clínica médica • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • geriatria • hematologia • infectologia • neurologia • pneumologia e tisiologia • reumatologia • nefrologia • alergia e imunopatologia • ginecologia • angiologia-cirurgia vascular e linfática • dermatologia clínico-cirúrgica • cirurgia do aparelho digestivo e anexos • mastologia • cirurgia da mão • neurocirurgia • oftalmologia • otorrinolaringologia • ortopedia e traumatologia • cirurgia plástica reparadora • cirurgia torácica • urologia • proctologia • cirurgia crânio-maxilo-facial • homeopatia Internação • cirurgia crânio-maxilo-facial • cirurgia cardíaca • cirurgia ginecológica • cirurgia torácica • cirurgia vascular • clínica médica • neurologia • neurocirurgia • oftalmologia • oncologia • otorrinolaringologia • UTI-adulto • cirurgia geral • ortopedia e traumatologia • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia Pronto atendimento • cardiológico • traumato-ortopédico • clínica médica Serviço auxiliar • cardiotocografia • colangiopancreatografia • colonoscopia • eletroencefalograma • endoscopia digestiva • fisioterapia • fisioterapia respiratória • hemodinâmica • laringoscopia • impedanciometria • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • potenc. evocado somatossensitivo • prova de função pulmonar • radiologia • teste ergométrico • tomografia computadorizada • ultrassonografia • audiometria • angioplastia • dopplerfluxometria • ecocardiograma • ecodoppler • eletrocardiograma • endoscopia digestiva • fisioterapia • fisioterapia respiratória • hemodinâmica • laringoscopia • impedanciometria • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • potenc. evocado somatossensitivo • prova de função pulmonar • radiologia • teste ergométrico • tomografia computadorizada • ultrassonografia • audiometria • angioplastia • dopplerfluxometria • ecocardiograma • ecodoppler • eletrocardiograma • eletroneuromiografia • holter 24 horas • teste alérgico • timpanometria • retossigmoidoscopia • perfil biofísico fetal • arteriografia • histeroscopia • mapa • vídeo-histeroscopia • videoendoscopia • radiologia intervencionista • mapeamento cerebral com eeg • RPG reeducação postural global • emissão otoacústica evocada • acupuntura 43 Hospitais Fundadores ASSIMSAÚDE25ANOS Hospital Climede Hospital de Clínicas de Jacarepaguá Rio de Janeiro – Vaz Lobo Rua Carolina Amado, 280 Telefone: 3341-7000 Consulta • clínica médica • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • neurologia • alergia e imunopatologia • ginecologia • angiologia-cirurgia vascular e linfática • dermatologia clínico-cirúrgica • cirurgia do aparelho digestivo e anexos • mastologia • cirurgia da mão • neurocirurgia • oftalmologia • otorrinolaringologia • ortopedia e traumatologia • cirurgia pediátrica • cirurgia plástica reparadora • cirurgia torácica • urologia 44 Rio de Janeiro – Jacarepaguá Rua Bacairis, 499 - Telefone: 3987-7000 • oftalmologia pediátrica • proctologia • cirurgia crânio-maxilo-facial • homeopatia pediátrica • neurologia pediátrica • ortopedia e traumatologia pediátrica • alergologia pediátrica • dermatologia pediátrica • psicologia • nutrição • fonoaudiologia Internação • cirurgia ginecológica • cirurgia torácica • cirurgia vascular • clínica médica • neurologia • neurocirurgia • oftalmologia • otorrinolaringologia • UTI-adulto • cirurgia geral • cirurgia pediátrica • ortopedia e traumatologia • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • pneumologia • reumatologia • nefrologia • cirurgia plástica reparadora • urologia • proctologia • cirurgia urológica • cirurgia videolaparoscópica Pronto atendimento • clínica médica Serviço auxiliar • densitometria óssea • endoscopia digestiva • fisioterapia • fisioterapia respiratória • laringoscopia • impedanciometria • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • mamografia • potenc. evocado somatossensitivo • radiologia • tomografia computadorizada • ultrassonografia • urodinâmica • audiometria • broncoscopia • dopplerfluxometria • ecocardiograma • ecodoppler • eletrocardiograma • eletroneuromiografia • teste alérgico • retossigmoidoscopia • perfil biofísico fetal • mapa • vídeo-histeroscopia • radiologia intervencionista • mapeamento cerebral com eeg • RPG reeducação postural global • acupuntura Internação • cirurgia cardíaca • cirurgia ginecológica • cirurgia torácica • cirurgia vascular • clínica médica • neurologia • neurocirurgia • oncologia • UTI-adulto • cirurgia geral • ortopedia e traumatologia • cardiologia • gastroenterologia • hematologia • reumatologia • nefrologia • angiologia • cirurgia plástica reparadora • urologia • proctologia • cirurgia urológica • cirurgia videolaparoscópica Pronto atendimento • cardiológico • traumato-ortopédico • clínica médica Serviço auxiliar • colangiopancreatografia • colonoscopia • densitometria óssea • eletroencefalograma • hemodinâmica • laringoscopia • mamografia • potencial evocado auditivo • prova de função pulmonar • radiologia • teste ergométrico • tomografia computadorizada • ultrassonografia • angioplastia • ecocardiograma • ecodoppler • eletrocardiograma • holter 24 horas • retossigmoidoscopia • arteriografia • histeroscopia • mapa • vídeo-histeroscopia • videoendoscopia 45 Hospitais Fundadores ASSIMSAÚDE25ANOS Hospital Memorial Fuad Chidid Hospital de Clínicas Dr. Aloan Rio de Janeiro – São Cristóvão Rua Chaves Faria, 64 Telefones: 3860-4006/2589-6037 Consulta • clínica médica • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • geriatria • hematologia • pediatria • pneumologia e tisiologia • reumatologia • nefrologia • alergia e imunopatologia • angiologia-cirurgia vascular e linfática • dermatologia clínico-cirúrgica • cirurgia do aparelho digestivo e anexos • ginecologia e obstetrícia • mastologia • cirurgia da mão • neurocirurgia • oftalmologia • otorrinolaringologia 46 • ortopedia e traumatologia • cirurgia pediátrica • cirurgia plástica reparadora • cirurgia torácica • urologia • oftalmologia pediátrica • proctologia • cirurgia crânio-maxilo-facial • homeopatia • homeopatia pediátrica • psicologia • nutrição • fonoaudiologia • cirurgia bariátrica Internação • cirurgia crânio-maxilo-facial • cirurgia ginecológica • cirurgia torácica • cirurgia vascular • clínica médica • neurologia • maternidade Rio de Janeiro – Engenho de Dentro Rua José dos Reis, 81. Telefones: 3541-2500 /2597-8047 • neurocirurgia • oftalmologia • oncologia • otorrinolaringologia • UTI-adulto • cirurgia geral • cirurgia pediátrica • ortopedia e traumatologia • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • hematologia • pneumologia • reumatologia • nefrologia • angiologia • ginecologia e obstetrícia • cirurgia plástica reparadora • urologia • proctologia • cirurgia urológica • cirurgia videolaparoscópica PRONTO ATENDIMENTO • Clínica Médica (das 8 às 19h, de segunda a sexta) Serviço auxiliar • campimetria • cardiotocografia • colonoscopia • densitometria óssea • endoscopia digestiva • fisioterapia • fisioterapia respiratória • impedanciometria • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • mamografia • mapeamento de retina • prova de função pulmonar • radiologia • tomografia computadorizada • ultrassonografia • usg globo ocular • audiometria • dopplerfluxometria • ecocardiograma • ecodoppler • eletrocardiograma • holter 24 horas • teste alérgico • timpanometria • retossigmoidoscopia • arteriografia • histeroscopia • mapa • vídeo-histeroscopia • RPG reeducação postural global • acupuntura • tomografia de coerência óptica Consulta • clínica médica • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • geriatria • infectologia • neurologia • pediatria • pneumologia e tisiologia • psiquiatria • reumatologia • nefrologia • alergia e imunopatologia • ginecologia • angiologia-cirurgia vascular e linfática • cirurgia de cabeça e pescoço • dermatologia clínico-cirúrgica • cirurgia do aparelho digestivo e anexos • ginecologia e obstetrícia • mastologia • cirurgia da mão • neurocirurgia • oftalmologia • otorrinolaringologia • ortopedia e traumatologia • cirurgia plástica reparadora • urologia • oftalmologia pediátrica • urologia pediátrica • gastroenterologia pediátrica • proctologia • cirurgia crânio-maxilo-facial • homeopatia • homeopatia pediátrica • pneumologia pediátrica • cardiologia pediátrica • alergologia pediátrica • psicologia • nutrição • fonoaudiologia Internação • cirurgia crânio-maxilo-facial • cirurgia cardíaca • cirurgia ginecológica • cirurgia torácica • cirurgia vascular • clínica médica • neurologia • maternidade • neurocirurgia • oftalmologia • oncologia • otorrinolaringologia • pediatria • UTI-adulto • cirurgia pediátrica • ortopedia e traumatologia • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • pneumologia • reumatologia • nefrologia • angiologia • ginecologia e obstetrícia • cirurgia plástica reparadora • urologia • proctologia • cirurgia urológica • cirurgia de cabeça e pescoço • cirurgia videolaparoscópica Pronto atendimento • cardiológico • pediátrico • traumato-ortopédico • cirurgia geral • clínica médica Serviço auxiliar • campimetria • colangiopancreatografia • colonoscopia • endoscopia digestiva • fisioterapia • fisioterapia respiratória • fotocoagulação a laser • hemodinâmica • laringoscopia • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • litotripsia extracorpórea • mapeamento de retina • prova de função pulmonar • radiologia • teste ergométrico • tomografia computadorizada • ultrassonografia • usg globo ocular • angioplastia • dopplerfluxometria • ecocardiograma • ecodoppler • eletrocardiograma • eletroneuromiografia • holter 24 horas • litotripsia • teste alérgico • ecocardiograma pediátrico • retossigmoidoscopia • ecodoppler fetal • arteriografia • mapa • vídeo-histeroscopia • radiologia intervencionista • RPG reeducação postural global • acupuntura 47 Hospitais Fundadores ASSIMSAÚDE25ANOS Hospital Santa Maria Madalena Hospital São Matheus Rio de Janeiro – Bangu Rua Silva Cardoso, 689 Telefone: 3257-2500 Rio de Janeiro – Ilha do Governador Estrada do Dendê, 1086 - Telefone: 2122-0755 Consulta • clínica médica • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • geriatria • hematologia • neurologia • pediatria • pneumologia e tisiologia • reumatologia • nefrologia • alergia e imunopatologia • angiologia-cirurgia vascular e linfática • cirurgia cardíaca • dermatologia clínico-cirúrgica • cirurgia do aparelho digestivo e anexos 48 • ginecologia e obstetrícia • mastologia • neurocirurgia • oftalmologia • otorrinolaringologia • cirurgia pediátrica • cirurgia plástica reparadora • cirurgia torácica • urologia • oftalmologia pediátrica • endocrinologia pediátrica • nefrologia pediátrica • gastroenterologia pediátrica • proctologia • cirurgia crânio-maxilo-facial • homeopatia • homeopatia pediátrica • neurologia pediátrica • hematologia pediátrica • pneumologia pediátrica • psicologia • nutrição • fonoaudiologia • cirurgia bariátrica • cirurgia cardíaca pediátrica Serviço auxiliar • fisioterapia • fisioterapia respiratória • laringoscopia • prova de função pulmonar • teste ergométrico • ultrassonografia • eletrocardiograma • acupuntura Consulta • clínica médica • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • geriatria • neurologia • pediatria • nefrologia • alergia e imunopatologia • angiologia-cirurgia vascular e linfática • dermatologia clínico-cirúrgica • cirurgia do aparelho digestivo e anexos • ginecologia e obstetrícia • neurocirurgia • otorrinolaringologia • ortopedia e traumatologia • cirurgia plástica reparadora • urologia • proctologia • cirurgia crânio-maxilo-facial • cardiologia pediátrica • psicologia • nutrição • fonoaudiologia Internação • cirurgia crânio-maxilo-facial • cirurgia ginecológica • cirurgia vascular • clínica médica • neurologia • maternidade • neurocirurgia • otorrinolaringologia • UTI-adulto • UTI-neonatal • cirurgia geral • ortopedia e traumatologia • cardiologia • gastroenterologia • pneumologia • angiologia • ginecologia e obstetrícia • cirurgia plástica reparadora • urologia • proctologia • cirurgia urológica • cirurgia de cabeça e pescoço • cirurgia videolaparoscópica Pronto atendimento • cardiológico • traumato-ortopédico (atendimento até as 20h) • cirurgia geral • clínica médica Serviço auxiliar • cardiotocografia • colonoscopia • densitometria óssea • eletroencefalograma • endoscopia digestiva • laringoscopia • impedanciometria • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • mamografia • radiologia • tomografia computadorizada • ultrassonografia • audiometria • dopplerfluxometria • ecocardiograma • ecodoppler • eletrocardiograma • eletroneuromiografia • teste alérgico • timpanometria • retossigmoidoscopia • histeroscopia • mapa • vídeo-histeroscopia • videoendoscopia • radiologia intervencionista • mapeamento cerebral com eeg • tilt teste 49 Hospitais Fundadores ASSIMSAÚDE25ANOS Hospital São Victor SAMCI - Serviço de Assistência Médico-Cirúrgica Infantil Rio de Janeiro – Tijuca Rua Uruguai, 231 Telefones: 2142-7150/2142-7171 Consulta • clínica médica • cardiologia • endocrinologia • gastroenterologia • neurologia • pediatria • pneumologia e tisiologia • alergia e imunopa tologia • ginecologia • angiologia-cirurgia vascular e linfática • dermatologia clínico-cirúrgica • cirurgia do aparelho digestivo e anexos • cirurgia da mão • oftalmologia 50 Rio de Janeiro – Tijuca Rua São Francisco Xavier, 163/165 - Telefone: 3094-4747 • otorrinolaringologia • ortopedia e traumatologia • cirurgia plástica reparadora • urologia • proctologia • homeopatia • psicologia • nutrição Pronto atendimento • clínica médica (de segunda a sexta das 8h às 19h, sábado das 8h as 11h45) Serviço auxiliar • densitometria óssea • endoscopia digestiva • fisioterapia • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • mamografia • prova de função pulmonar • radiologia • tomografia computadorizada • ultrassonografia • ecodoppler • eletrocardiograma • holter 24 horas • acupuntura Consulta • pediatria • cirurgia pediátrica • endocrinologia pediátrica • nefrologia pediátrica • urologia pediátrica • cirurgia buco-maxilo-facial pediátrica • gastroenterologia pediátrica • neurologia pediátrica • pneumologia pediátrica • cardiologia pediátrica • otorrinolaringologia pediátrica • ortopedia e traumatologia pediátrica • alergologia pediátrica • dermatologia pediátrica Pronto atendimento PEDIÁTRICO Serviço auxiliar • eletroencefalograma • laringoscopia • impedanciometria • laboratório de análises clínicas • laboratório de anatomia patológica e citopatologia • radiologia • eletrocardiograma • teste alérgico • ecocardiograma pediátrico • timpanometria • audiometria pediátrica • mapeamento cerebral com eeg • emissão otoacústica evocada • bera 51 Rede própria ASSIMSAÚDE25ANOS O Assim não para de crescer O movimento constante de aquisição de novos centros de saúde, clínicas e hospitais reflete a atenção dispensada pelo Grupo à saúde do carioca. Hoje, 25 anos após a fundação, a rede própria mais que triplicou. Atualmente ela cobre todo o Grande Rio e consolida o Assim como detentor da maior rede própria de hospitais da América Latina. Hospital de Clínicas de Jacarepaguá Rua Bacairis, 499 – Jacarepaguá Hospital de Clínicas Dr. Aloan Rua Chaves Faria, 64 – São Cristóvão Hospital ASSIM Méier Rua Tenente Costa, 160 – Méier Hospital Memorial Fuad Chidid Rua José dos Reis, 81 – Engenho de Dentro Hospital Memorial Santa Cruz ASSIM – Centro Médico Bonsucesso Avenida Paris, 356 – Bonsucesso ASSIM – Centro Médico Campo Grande I Rua Albertina, 5 – Campo Grande ASSIM – Centro Médico Campo Grande II Rua Aracaju, 25 – Campo Grande ASSIM – Centro Médico Copacabana Rua Siqueira Campos, 121, sl. 901 a 904 – Copacabana ASSIM – Centro Médico Duque de Caxias Rua Conde de Porto Alegre, 182 – 25 de Agosto – Duque de Caxias ASSIM – Centro Médico Madureira Rua Andrade Figueira, 167 – Madureira ASSIM – Centro Médico Niterói Rua São Sebastião, 32 – Centro – Niterói ASSIM – Centro Médico Nova Iguaçu Rua Coronel Alfredo Soares, 187 – Centro – Nova Iguaçu ASSIM – Centro Médico Tijuca Rua Araújo Pena, 62 e 68 – Tijuca Casa de Saúde Nossa Senhora do Carmo Rua Jaguaruna, 105 – Campo Grande Casa de Saúde Santa Therezinha Rua Moura Brito, 95/105 – Tijuca Casa de Saúde São Bento Rua Manuel Bonfim, 76 – Ilha do Governador Centro Médico Jaguaruna Rua Jaguaruna, 130 – Campo Grande Centro Médico PJ Rua Caviana, 138 – Jacarepaguá Centro Médico Santa Maria Madalena Estrada do Dendê, 1086 – Ilha do Governador Clínica Cirúrgica Santa Bárbara Rua Paulo Barreto, 41/51 – Botafogo Clínica Ênio Serra Rua Soares Cabral, 36 – Laranjeiras Hospital Balbino Rua Angélica Mota, 90 – Olaria Hospital Climede Rua Carolina Amado, 280 – Vaz Lobo Rua Felipe Cardoso, 759 – Santa Cruz Hospital Pan Americano Rua Moura Brito, 138 – Tijuca Hospital Santa Maria Madalena Estrada do Dendê, 668 – Ilha do Governador Hospital São Matheus Rua Silva Cardoso, 689 – Bangu Hospital São Sebastião Rua Dr. March, 207 – Barreto – Niterói Hospital São Victor Rua Uruguai, 231 – Tijuca Hospital ASSIM Tijuca Rua Delgado de Carvalho, 22 – Tijuca Hospital Vital Rua José dos Reis, 41 – Engenho de Dentro Memorial Penha Rua Cintra, 473 – Penha Memorial Rocha Miranda Rua dos Rubis, 199 – Rocha Miranda Memorial Santa Cruz Rua Visconde de Sepetiba, 13 – Santa Cruz Memorial Todos os Santos Rua Cirne Maia, 56 – Cachambi Memorial Vista Alegre Avenida Brás de Pina, 2095 – Vista Alegre Oncorio Avenida Ministro Edgard Romero, 244, sl. 805 a 810 – Madureira PSIL – Pronto Socorro Infantil Lagoa Rua Jardim Botânico, 448 – Jardim Botânico SAMCI – Ambulatório de Especialidades Pediátricas Rua São Francisco Xavier, 163/165 – Tijuca SAMCI – Hospital Infantil Rua Silva Teles, 52 – Andaraí SICOR Centro Médico Rua Visconde de Santa Cruz, 172 – Engenho Novo Rua Coronel Serrado, 1000, sl. 1401 a 1409 Zé Garoto – São Gonçalo Memorial Barra Tiju Med Serviços Médicos Avenida Gilberto Amado, 328 – Barra da Tijuca Memorial Botafogo – AMIU Rua Muniz Barreto, 535 – Botafogo Memorial Del Castilho Avenida Dom Helder Câmara, 5597 – Del Castilho 52 Memorial Engenho de Dentro Rua Conde de Bonfim, 112 - Lj A - Tijuca Tijucor Rua Conde de Bonfim, 143 – Tijuca Memorial Jacarepaguá Rua Araguaia, 13 – Jacarepaguá 53 Células-tronco ASSIMSAÚDE25ANOS Cientistas investem pesado neste tipo de tratamento, considerado hoje a maior terapia do século 21 Células-tronco Novas terapias revolucionam tratamento de doenças graves Os recentes avanços da Medicina estão tornando os tratamentos de doenças graves mais acessíveis à população brasileira e renovando a esperança em milhares de pacientes que sonham com a cura para seus males, mas não dispõem de recursos para custear tecnologias de alta complexidade. A terapia celular, nome dado à aplicação de células-tronco na regeneração de órgãos e tecidos, está revolucionando o tratamento de algumas enfermidades. Na última década, cientistas vêm apostando todas as fichas no tratamento com células-tronco, considerado atualmente a maior terapia do século 21. A aplicação é a alternativa mais viável economicamente ao programa de doação de órgãos para transplantes. Nos Estados Unidos, os serviços de transplantes de órgãos atendem menos de 10% dos pacientes, em parte pela falta de doadores ou pelo alto 54 55 Células-tronco ASSIMSAÚDE25ANOS custo do procedimento. Com o uso de células-tronco na regeneração dos órgãos doentes, pesquisadores trabalham para produzir em laboratório, num futuro próximo, células de órgãos humanos para serem transplantadas com menor risco de rejeição. O Brasil possui dez Bancos Públicos de sangue de cordão umbilical para atender a 1.000 pacientes que precisam transplantar a medula óssea e não têm um doador na família. Pesquisas recentes demonstraram a presença de células-tronco específicas no fígado, tecido adiposo, sistema nervoso central e pele. Apesar de todas as expectativas, o uso da terapia celular ainda é recente e experimental. Como qualquer remédio novo, o tratamento precisa ser aprovado por órgãos reguladores antes de ser usado em seres humanos. No Brasil, a terapia está limitada ao tratamento de doenças onco-hematológicas e do Sistema Imune: leucemias, linfomas, anemias graves congênitas e adquiridas, mielodisplasias, mieloma múltiplo, doenças autoimunes, erros do metabolismo e imunodeficiências. Já estão em tratamento experimental pacientes com doenças articulares, ortopédicas, neurológicas, oftalmológicas e vasculares – porém, ainda sem autorização para uso rotineiro, já que os estudos não contam até então com resultados comprovados. As principais fontes de células para estes tratamen- 56 tos são a medula óssea, a gordura e o sangue do cordão umbilical. Atualmente, o Brasil possui dez bancos públicos de sangue de cordão umbilical em funcionamento (São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Florianópolis, Fortaleza, Belém, Porto Alegre e Recife) para atender cerca de mil pacientes que precisam se submeter ao transplante de medula óssea e não têm um doador entre os familiares. Os bancos mantidos pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), através da Rede BrasilCord, mantêm 15 mil unidades de cordão umbilical armazenadas, sendo que 160 já foram utilizadas em transplantes. Criada em 2004, a rede é abastecida com material genético doado por gestantes em todas as regiões do país. A coleta e o armazenamento de cada amostra custam em torno de R$ 3 mil para o Sistema Único de Saúde (SUS). Se fosse importar o material, o governo federal pagaria, em média, R$ 50 mil por unidade. A meta é que essas unidades de cordão, somadas aos doadores voluntários de medula óssea, atendam a toda a demanda de transplante de medula do Brasil. Segundo o coordenador da Rede BrasilCord e diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do 57 Células-tronco ASSIMSAÚDE25ANOS Instituto Nacional de Câncer (Inca), Luis Fernando Bouzas, a rede é uma estratégia para facilitar as buscas de material para transplante de medula óssea, dotando o país de células-tronco para quem precisa de um doador para o transplante e que não o encontra na família. “A BrasilCord provém o país de laboratórios capazes de manipular células-tronco para os transplantes e para medicina regenerativa e permite formar equipes nas diferentes regiões do país, estimulando a realização dos transplantes sem a necessidade de locomoção de paciente e doadores de sua terra natal”, afirma Bouzas. Na opinião do especialista, os tratamentos estão ficando mais viáveis financeiramente para quem precisa. “Com certeza. No campo da onco-hematologia já é uma realidade. No futuro próximo, as áreas mais promissoras são as doenças autoimunes, as enfermidades ortopédicas, musculares, reumatológicas, neurológicas e doenças genéticas relacionadas ao metabolismo”, avalia. Congelamento de cordão umbilical A meta é que as unidades de cordão umbilical, somadas aos doadores voluntários de medula óssea, atendam a toda a demanda de transplante de medula do Brasil. A comercialização das técnicas de terapia celular sem a devida comprovação da sua eficácia chama a atenção de comunidades científicas. A preocupação com a propagação do tratamento como salvação para todo tipo de enfermidade levou a Sociedade Internacional para Pesquisa com Células-Tronco (ISSCR) a elaborar um manual para pacientes que pretendem se submeter ao tratamento. A consulta foi traduzida para o português pela Rede Nacional de Terapia Celular que disponibilizou o conteúdo no portal da organização: www.rntc. org.br/uploads/5/4/0/8/5408654/ manualdopaciente.pdf. 58 Uma das técnicas mais eficazes para o tratamento de doenças a partir de células-tronco é o congelamento do cordão umbilical. Após o nascimento do bebê, o cordão umbilical é pinçado e separado do recém-nascido. Durante o procedimento, são coletados cerca de 100 ml de sangue, de onde as células-tronco serão separadas e preparadas para o congelamento. Atualmente as células-tronco retiradas do sangue do cordão umbilical são utilizadas no transplante de medula óssea. O tratamento é indicado para aproximadamente 70 tipos de doenças, como leucemias, linfomas, anemias graves, mieloma múltiplo, imunodeficiências congênitas e outras enfermidades do sistema sanguíneo. De acordo com o Inca, a doação voluntária é sigilosa e não há nenhuma troca de informação entre o doador e o paciente transplantado. As unidades coletadas recebem um identificador numérico que passa a ser a identidade da bolsa. Toda referência a ela passa a ser realizada com esse número, e não mais com o nome da gestante. A doação pode ser feita por qualquer pessoa maior de 18 anos, que atenda às seguintes exigências: ter feito no mínimo duas consultas de pré-natal, que o bebê tenha nascido com mais de 35 semanas de gestação e não ser portadora de câncer ou anemias hereditárias. Os doadores também deverão procurar o serviço em maternidades credenciadas pelo programa da Rede BrasilCord, que reúne os bancos públicos de sangue de cordão no Brasil. A maior vantagem do congelamento de cordão é que não há necessidade de buscar doadores em situações de emergência para retirada da medula óssea. Também não é A coleta e o armazenamento de cada amostra custam em torno de R$ 3 mil para o SUS. Se fosse importar o material, o governo pagaria cerca de R$ 50 mil por unidade. preciso correr contra o tempo enquanto o hospital aguarda que a família autorize a doação de órgão de parentes que vieram a falecer. As células do cordão estão disponíveis para o transplante. É possível fazer o procedimento mesmo que o sangue do doador não seja 100% compatível, o que não acontece com o doador de medula óssea. Não há nenhum risco para as doadoras do cordão, garante o Inca, que realiza a coleta do material em três maternidades do município do Rio de Janeiro: Maternidade Municipal Carmela Dutra, Hospital Naval Marcílio Dias e Pró-Matre. A triagem e coleta são feitas de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h por profissionais capacitados do próprio Inca. 59 Enfermidades ASSIMSAÚDE25ANOS As doenças crônicas respondem por metade das mortes ocorridas no mundo Segundo a OMS, quase um terço dos brasileiros sofre com alguma enfermidade que compromete a qualidade de vida. Três em cada dez brasileiros sofrem com dores provocadas por doenças crônicas. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 60 milhões de pessoas no país possuem alguma enfermidade que ataca o corpo e compromete a qualidade de vida dos pacientes. O resultado é que as doenças crônicas são responsáveis atualmente por mais da metade das mortes ocorridas no mundo, ultrapassando as taxas de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, que lideravam o ranking na década de 1980. O alerta da OMS chama a atenção para um dos mais graves problemas da saúde pública, que afeta populações de países ricos e pobres. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) – principalmente do aparelho circulatório, câncer, doenças respiratórias, diabetes e musculoesqueléticas – estão associadas a fatores de riscos imutáveis, como idade, sexo e raça. No entanto, muitas delas poderiam ser evitadas, pois são relacionadas a maus hábitos adquiridos ao longo da vida, como tabagismo, ingestão inadequada de gorduras saturadas de origem animal, dieta com muito sal, baixo consumo de frutas e verduras nas refeições e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Já está provado que o álcool consumido além da conta eleva o surgimento de doenças psiquiátricas, quadros de depressão, psicoses e transtornos neurológicos que levam a mortes prematuras e abalam a condição econômica das famílias. Dependência do cigarro Estudo coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, junto com o Instituto Nacional do Câncer, revelou que quanto maior a escolaridade do brasileiro maior o consumo de frutas, legumes e verduras. No outro extremo, quanto menos tempo na escola, maior a dependência do álcool e do cigarro. 60 61 Enfermidades ASSIMSAÚDE25ANOS Qualidade de vida: uma rotina de exercícios e de práticas esportivas ajuda a promover um viver mais saudável em qualquer faixa etária Outra pesquisa coordenada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com 4.607 pessoas maiores de 14 anos, em 149 municípios, descobriu que os brasileiros estão bebendo cada vez mais, sobretudo os jovens. O índice dos que bebem regularmente subiu de 45% para 59%. Entre a população feminina o percentual aumentou de 36% para 49%. “O aumento do consumo de álcool entre as mulheres terá consequências importantes do ponto de vista da saúde pública no médio prazo, pois vai aumentar as taxas de câncer entre elas”, estima o médico Ronaldo Laranjeira, que coordenou a pesquisa. Na opinião do especialista, o crescimento econômico do Brasil nos últimos dez anos e o consequente aumento da renda per capita é uma das razões do aumento no consumo de álcool. “O brasileiro em geral está com maior poder aquisitivo. Os que bebem estão gastando mais com bebida, especialmente as mulheres”, disse o professor da Unifesp. O levantamento também mostrou um índice mais elevado de depressão entre os que abusam do álcool: 41%, enquanto a média de depressão na população em geral é de 25%. Processo de transição Seguindo uma tendência mundial que se manifesta desde a década de 60, o Brasil vem passando por um processo de transição demográfica, epidemiológica e nutricional, acentuado pela 62 queda da fecundidade e pelo aumento do número de idosos. De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças crônicas não transmissíveis constituem hoje o problema de saúde de maior magnitude no Brasil, que afeta principalmente camadas mais pobres da população e grupos vulneráveis. As doenças cardiovasculares são responsáveis por 31% do total de óbitos por causas conhecidas. As neoplasias representam a segunda causa de mortes. As desigualdades sociais são determinantes para o desenvolvimento dessas enfermidades, que já correspondem a 72% das causas de mortes e de 75% dos gastos com atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Por outro lado, o aumento da renda do brasileiro e o acesso maior a bens e produtos também contribuíram de maneira negativa para a incorporação de hábitos de consumo não saudáveis, observados em países desenvolvidos, como a ingestão de comidas processadas e industrializadas do tipo fast food, ricas em gorduras saturadas. Por se tratar de problemas de longa duração, em geral, as doenças crônicas estão entre as enfermidades que mais demandam ações, procedimentos e serviços médicos e ambulatoriais. Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares, em 2010, o valor total pago pelos quatro principais grupos de DCNT (doenças cardiovasculares, respiratórias, diabetes e cânceres) foi de R$ 3,3 bilhões; e, em 2011, R$ 3,6 bilhões. Estratégias públicas voltadas para a prevenção Diante desses desafios, o Ministério da Saúde elaborou, em parceria com organismos nacionais e internacionais, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil. A expectativa é ampliar nos próximos dez anos políticas públicas voltadas para prevenção de riscos e controle das DCNT, sustentadas pelo fortalecimento dos serviços de saúde, focando a atenção na vigilância, informação, avaliação e monitoramento, junto com ações de promoção da saúde e cuidado integral. O plano propõe ações voltadas para a prática de uma alimentação saudável, atividade física, prevenção ao uso do tabaco e álcool, envelhecimento ativo, distribuição gratuita de medicamentos para hipertensos e diabéticos, atenção às urgências e atendimento domiciliar. “Há várias ações no ministério para promover hábitos de vida saudável e evitar mortes prematuras a partir da melhoria de indicadores relacionados ao álcool, alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade, que são fatores de risco”, afirma Deborah Malta, diretora de Análise de Situação em Saúde do Ministério da Saúde. Ela explica que, por causa da importância do sal no crescimento da hipertensão arterial, foi assinado acordo para a redução gradativa do teor de sódio nos alimentos processados como temperos, caldos, pães, biscoitos, maionese, cereais matinais e margarinas, entre outros. Deborah Malta afirma que a prevenção tem sido o foco de várias ações do ministério, entre elas o programa Saúde na Escola, que leva profissionais de saúde à rede pública de ensino, e o Programa Saúde Não Tem Preço, que distribui medicamentos gratuitos para tratamento do diabetes, hipertensão arterial e asma, que já beneficiou cerca de 14 milhões de pessoas. “Para desestimular o uso e especialmente a experimentação do cigarro entre os adolescentes, já foi proibido o uso de aditivos de sabor, como o mentol e o cravo, nos cigarros comercializados no Brasil”, diz a representante do Ministério da Saúde. Outra medida adotada pelo governo federal foi a publicação de uma portaria que cria uma rede de atenção a pacientes crônicos dentro do SUS para prevenção e tratamento da diabetes, da hipertensão arterial, de alguns tipos de cânceres e da obesidade. A proposta do Ministério da Saúde é que esses pacientes sejam acolhidos nas Unidades Básicas de Saúde, por equipes multidisciplinares formadas por médicos, enfermeiros e outros profissionais da área, que deverão fazer o acompanhamento permanente. A prevenção e o controle da hipertensão arterial e do diabetes são ações prioritárias. Para a hipertensão estão previstas: ações educativas para controle de condições de risco (obesidade, sedentarismo, tabagismo) e prevenção de complicações, diagnóstico de casos, cadastramento de portadores, diagnóstico precoce de complicações e primeiro atendimento de urgência. Para o diabetes estão previstas medidas preventivas de combate à obesidade e ao sedentarismo, cuidados com os pés, orientação nutricional e fim do tabagismo e alcoolismo, monitorização dos níveis de glicose sanguínea e encaminhamento de casos. O serviço de atenção básica deverá caminhar junto com o Programa Academia da Saúde, principal estratégia do governo para aumentar a prática de atividades físicas na população. Uma pessoa com diabetes e sobrepeso poderá ser encaminhada a um polo da Academia de Saúde, após receber medicamentos do SUS. A proposta é implantar academias com equipamentos e profissionais em todas as regiões do país. A meta é dar condições para o estabelecimento de políticas públicas que promovam um viver mais saudável, favorecendo a prática de atividades físicas e de lazer, o acesso a alimentos saudáveis e a redução do consumo de tabaco, visando à melhoria da qualidade de vida da população brasileira. 63 Saúde mental ASSIMSAÚDE25ANOS A interferência dos sentidos no corpo e na mente Desde que as lutas contra os manicômios da segunda metade do século XX chamaram a atenção para o relativismo dos estados de loucura, entre outros fatores, a comunidade científica e a filosofia moderna encontram dificuldades para definir o que seria o chamado ‘padrão de normalidade’, isto é, o que seria considerado como ‘saudável’ para o convívio em comum. O psiquiatra e pesquisador Alcides Capão Mattos, especializado em hipnoterapia e acupuntura, lembra que o assunto não é novo e que esta discussão estava em voga já no início do século passado, no auge do positivismo e da ânsia da Ciência de tentar ‘catalogar’ todos os comportamentos sociais humanos. Um caso está registrado com ironia e sarcasmo no célebre conto ‘O Alienista’, de Machado de Assis, dessa época. A saúde humana sofre interferência dos mais variados fatores, inclusive dos sentidos humanos, que têm a ver com a forma como percebemos o mundo”, afirma Capão Mattos, explicando que uma pessoa com deficiência auditiva vai compreender o mundo de uma forma diferente do que uma pessoa com deficiência visual, por exemplo. Mas, mesmo entre as pessoas que têm os sentidos funcionando em sua plenitude, há sempre uma valorização de um ou outro aspecto. “Há pessoas mais ‘auditivas’, digamos assim, há outras pessoas mais ‘visuais’, e por aí vai”, explica. “A perda de um sentido afeta radicalmente a vida de uma pessoa, podendo conduzir a um estado de loucura, momentâneo ou não” Alcides Capão Mattos Especialistas ressaltam a importância da arte e da cultura como elementos terapêuticos fundamentais nos tratamentos psicológicos. Insensibilidade à dor O médico lembra que existem casos raros na história da Medicina, como o de pessoas que sofrem de ‘neuropatia hereditária sensitiva autonômica’ ou ‘insensibilidade congênita à dor’. Isso mesmo: elas não sentem dor nem frio. De acordo com o Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, a estimativa é que 30 brasileiros sofram com o problema. É uma doença tão rara que a média mundial é de menos de uma pessoa para cada grupo de um milhão. A doença é de origem genética e não tem tratamento. Prejudica a sensibilidade dos nervos periféricos, que transmitem as sensações para a medula espinhal e o encéfalo, por conta de uma mutação no canal eletroquímico ligado ao sistema nervoso central. Quanto mais distante da medula, menor é a capacidade de a pessoa sentir dor. Já a chamada Síndrome de Riley-Day, além de provocar insensibilidade à dor, causa ainda incapacidade de produzir lágrimas, de sentir o gosto dos alimentos e também de sentir cheiro. A forma como os pacientes reagem a esses estados varia muito de uma pessoa para outra. Mas o fato é que eles tendem a se machucar e até a se queimar sem perceber. Quando crianças, os cuidados têm de ser redobrados. Em algumas pessoas, a doença ocasiona estados depressivos. Outro caso raro é a perda do olfato, chamada anosmia ou Síndrome de Kallmann, uma disfunção hormonal que prejudica o bolbo olfativo e também pode ser de origem genética. Impactos psicológicos A ausência ou deficiência de um sentido tende naturalmente a potencializar o outro, mas também pode provocar impactos psicológicos graves, ressalta o especialista, conforme o preparo e o equilíbrio mental de cada um. “Uma mudança dessas afeta radicalmente a vida de uma pessoa, podendo conduzir a um estado de loucura, momentâneo ou não”, diz ele, ressaltando, porém, que não é possível estabelecer nenhuma relação direta entre cegueira e loucura ou surdez e loucura. “A forma como uma pessoa aceita esse novo estado é que vai definir o impacto psicológico, e não a coisa em si”, declarou. Para o psiquiatra, os estados de loucura podem surgir momentaneamente ou se instalar durante semanas, meses ou anos na vida de uma pessoa, e é resultado de uma conjunção múltipla de fatores, que vão desde a predisposição genética ao ambiente externo em que se convive. “Os primeiros anos de vida certamente fazem toda a diferença. Mas qualquer pessoa é passível de sofrer uma doença mental em qualquer idade”, esclarece. Não há uma receita para se evitar as doenças da loucura ou desequilíbrios emocionais, mas Capão Mattos ressalta a importância de se cultivar ‘bons hábitos’, como buscar relações afetivas sólidas, adotar uma dieta rica em frutas e verduras, praticar exercícios aeróbicos, entre outras práticas saudáveis. “Uma caminhada certamente ajuda a combater a depressão, pode anotar”, afirma o médico. A cultura a serviço da doença Já a psicanalista, educadora e terapeuta cultural Maria Inez do Espírito Santo aponta para a existência de uma sociedade contemporânea adoecida. “Não temos um indivíduo doente, temos uma sociedade doente”, afirma ela, que destaca também a questão da forma, de ‘como’ recebemos determinada notícia ou uma mudança brusca em nossas vidas. Funciona mais ou menos assim: o paciente vai ao consultório, conta seus problemas, e Maria Inez responde às questões contando uma história. Parece uma coisa simples, realmente é, mas a narrativa de um mito tem o poder de ‘dinamizar o inconsciente’, pois é uma espécie de espelho ou tradução do inconsciente. O trabalho leva em conta também as coisas em comum, como o ‘era uma vez’, que é atemporal e protagonizado por personagens que sempre estão cumprindo uma jornada arquetípica, que se alegoriza em culturas diferentes, mas têm os mesmos princípios de ‘dramaturgia’. Do mito ao subconsciente “Para se curar uma cultura adoecida, é preciso usar elementos dessa própria cultura. É o mesmo princípio da homeopatia ou da vacina” Maria Inez do Espírito Santo 64 Considerando uma sociedade culturalmente adoecida, a terapeuta propõe cuidar da ‘doença’ com a cultura. É isso o que ela faz em seu consultório clínico, em que atende diversas pessoas, principalmente mulheres, com os mais variados problemas relativos à psique. O seu método consiste em contar histórias e falar dos mitos de nossos índios. “Para se curar uma cultura adoecida, é preciso usar elementos dessa própria cultura. É o mesmo princípio da homeopatia ou da vacina”, assinala a terapeuta, autora do livro ‘Vasos Sagrados – mitos indígenas brasileiros e o encontro com o feminino’ (Record, 2009). Ainda segundo ela, o contato de uma pessoa com o mito faz com que ela se depare com as reações do seu inconsciente. 65 Saúde mental ASSIMSAÚDE25ANOS Atendimento Pré-hospitalar A subjetividade do cliente, em contraponto à objetividade do médico, leva a conflitos que normalmente atingem as portas de entrada dos serviços de urgência em geral e a atenção pré-hospitalar em particular. De alguma maneira, o mito ‘resolve’, no universo da linguagem, aquilo que o paciente tem dificuldade de expressar, muitas vezes por não aceitar ou mesmo por não entender os problemas mentais que está atravessando. “O mito mostra que as questões que o paciente enfrenta estão inscritas dentro de arquétipos milenares, o que cria uma sensação de conexão, de identidade”, explica Maria Inez. “O mito contribui para o que chamamos de ‘deslizamento’ na psicanálise, quando o indivíduo desliza daquela situação em que está empacado, para uma situação de movimento, de dinamização”, prossegue. Os conceitos de urgência e emergência são frequentemente confundidos não só pelo público leigo, mas também pelos profissionais envolvidos com o setor de saúde. Por isso, é fundamental sua definição para uma adequada tomada de decisão na organização deste tipo de cuidado. Na contação de histórias, o primeiro sentido humano provocado é a audição, que é considerado pela medicina chinesa o órgão pelo qual a pessoa recebe as vibrações eletromagnéticas do infinito, como se fosse uma espécie de ‘antena’ exterior do corpo. Mas o ouvido é só o começo, lembra Maria Inez, porque a partir da audição se ‘atiça’ também o campo imagético, a visão, o tato, o cheiro e o paladar. “Quando tratamos de mitos indígenas brasileiros, que fazem referências a elementos da nossa fauna e flora, isso nos faz aproximar da história, diferente dos pés de maçã da Branca de Neve”, compara. Trabalho do celebrado artista plástico deficiente mental Arthur Bispo do Rosário A psicanalista ressalta a importância da arte como elemento terapêutico fundamental para pessoas com os mais variados tipos de problemas mentais ou psicológicos. Cita o caso do teatro para doentes mentais e ainda a médica Nise da Silveira, precursora no Brasil do tratamento por meio da pintura e de outros recursos da arte. “Até hoje estamos colhendo o fruto do trabalho dessa grande médica”, diz a psicanalista. “O erro de Descartes”, de Antonio Damásio 66 A história de vida do capataz da construção civil Phineas Gage, que sofreu um acidente de trabalho em 1848, quando um pedaço de ferro entrou em sua cabeça, mudou para sempre a história da neurologia. Observado pelos médicos, Gage conseguiu se recuperar plenamente, sem nenhuma sequela ou deficiência física. Já o seu comportamento mudou radicalmente – ele deixou de ser uma pessoa centrada e disciplinada para se tornar mais irreverente, perfeccionista e impaciente. A mudança foi estranhada no ambiente de trabalho e na família. O erro de Descartes foi separar a razão do corpo, isto é, quando o filósofo afirma ‘penso, logo existo’, ele condiciona o pensamento a uma instância acima do corpo. E é o corpo que determina, muitas vezes, como pensamos. Nas palavras do autor: “O erro de Descartes é a separação abissal entre corpo e mente, entre a substância corporal, infinitamente divisível, com volume, com dimensões e com funcionamento mecânico, de um lado, e a substância mental, indivisível, sem volume, sem dimensões e intangível, de outro; a sugestão de que o raciocínio, o juízo moral e o sofrimento adveniente da dor física ou agitação emocional poderiam existir independentemente do corpo”. O livro relata esta e outras histórias instigantes. A história chamou a atenção na época, porque a maioria dos casos de lesão neurológica apresentam traumas posteriores em funções motoras, de percepção e de linguagem. Mas jamais, até então, no comportamento e na relativização das convenções sociais, regras morais apreendidas previamente. O erro de Descartes foi separar a razão do corpo, isto é, quando o filósofo afirma ‘penso, logo existo’, ele condiciona o pensamento a uma instância acima do corpo. E é o corpo que determina, muitas vezes, como pensamos. Uma breve revisão conceitual A adoção de protocolos clínicos, sistemas informatizados, recursos físicos e humanos adequados e uma efetiva gestão de todo o processo fazem toda a diferença para um resultado melhor Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), em linhas gerais a emergência é “a constatação do médico de agravos à saúde que impliquem em risco iminente de vida”, e a urgência, um “processo agudo clínico ou cirúrgico, sem risco de vida iminente”, que se pode prever pela natureza de cada evento, tempo de resposta, recursos médicos e procedimentos diferentes. Alguns autores ampliam o conceito do CFM ao propor que a urgência difere em função de quem a percebe ou sente – urgência sentida, para os usuários e seus familiares: “eu não posso esperar”; para o médico: “ele não pode esperar”. Em geral, a subjetividade do cliente, em contraponto à objetividade do médico, leva a conflitos que normalmente atingem as portas de entrada dos serviços de urgência em geral e a atenção pré-hospitalar em particular. A abrangência dessas interpretações e a percepção do conceito de urgência/emergência da pessoa que solicita o socorro (paciente ou familiar) devem ser consideradas pelos profissionais que atuam na área, pois experiências pessoais exitosas e senso crítico acurado não são condições que, por si sós, consigam solucionar estes casos. Neste sentido, protocolos clínicos, sistemas informatizados, recursos físicos e humanos adequados e uma efetiva gestão de todo o processo fazem toda a diferença para um resultado melhor. Para a CUIDAR Emergências Médicas, estes eventos são a maior expressão da fragilidade humana. Neste, cenário, todos os indivíduos se igualam, a despeito de fatores sociais, econômicos ou financeiros. A urgência/emergência não tem hora, credo ou ideologia. São básicas e, portanto, necessitam de conceitos claros e regras bem definidas para cumprir um dos seus principais objetivos, que é o de salvar vidas. Sandra Lumer PHD em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde 67 Longevidade ASSIMSAÚDE25ANOS Valéria Paulo Gerente Médica Empresarial ASSIM Saúde: “Estudos comprovam que os custos se tornam bem menores na senilidade quando intervimos com ações de promoção e prevenção na fase adulta” Os caminhos da medicina para uma velhice saudável O fenômeno da longevidade característico de países desenvolvidos está batendo na porta dos países emergentes, como o Brasil. A diferença está no ritmo do envelhecimento populacional. Na Inglaterra, o processo de envelhecimento dos ingleses iniciou-se após a Revolução Industrial, no período áureo do Império Britânico e permanece até os dias atuais. Na França, demorou um século para que a população idosa dobrasse de tamanho, enquanto no Brasil a transformação demográfica levará menos de 20 anos para saltar dos atuais 11% para 22%. Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem 190 68 milhões de habitantes – 14 milhões com mais de 65 anos e 17 mil centenários. Os dados servem de alerta para a necessidade da adoção de hábitos saudáveis, como alimentação adequada e balanceada, atividade física regular, convivência social e o fim da automedicação. Cada um deve fazer a sua parte e o Estado deve assumir sua responsabilidade social e econômica. Cuidado integral A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) elaborou o Plano de Cuidados para Idosos, no qual propõe às operadoras de saúde privadas a adoção de um modelo voltado para o cuidado 69 Longevidade ASSIMSAÚDE25ANOS integral dos beneficiários, promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças. A Resolução Normativa da agência reguladora incentiva a participação dos usuários de planos de saúde em programas de envelhecimento ativo, com a possibilidade de descontos nas mensalidades. Nesse modelo, todos sairiam ganhando: o idoso, que viverá saudável por mais tempo, e o sistema de saúde, que evitará internações recorrentes e de alto custo. Atento a este novo cenário, o Assim Saúde iniciou em 2005 o programa Special Life de atenção à saúde e prevenção de doenças, que é oferecido gratuitamente a todos os associados portadores de doenças crônicas. As consultas e o atendimento ambulatorial exclusivo são realizados no Centro Médico da empresa, na Avenida Presidente Vargas, nº 844, sobreloja, no Centro do Rio de Janeiro. Os participantes recebem orientação médica, atendimento personalizado com psicólogos, nutricionistas, enfermeiros e assistentes sociais. O associado ainda pode ligar para a central telefônica e conversar com profissionais de saúde que dão orientação sobre a doença. Os pacientes obesos são incluídos no Programa de Emagrecimento Saudável. Gestão de custos O Assim entende que, ao investir em prevenção, não há melhoras só nas condições de saúde dos seus beneficiários, mas também na gestão de seus custos. “Estudos comprovam que os custos se tornam bem menores na senilidade quando intervimos com ações de promoção e prevenção na fase adulta”, afirma Valéria Paulo, da Gerência Médica Empresarial do Assim. Dessa forma, todos os programas da empresa são voltados para que os segurados se beneficiem de um envelhecimento ativo. A operadora desenvolve ações também nas dependências das empresas clientes através das quais os segurados têm acesso a atendimentos médicos, ambulatoriais, monitoramento da pressão arterial, aferição de peso e índice de massa corpórea no controle da obesidade, ginástica laboral, além de palestras e distribuição de material educativo. O objetivo do Assim é que o associado deixe de ser apenas um paciente, que expõe sua queixa e segue prescrições médicas, e se torne um agente que compartilha com a equipe médica a responsabilidade sobre sua própria saúde. A empresa acredita que o impacto dessa mudança no setor de saúde pode ser positivo e entende ainda que se trata de uma oportunidade de novos negócios. “Aqueles que não se prepararem para este novo cenário que se vislumbra para um futuro próximo terão problemas. Em nossas ações enfatizamos e orientamos nossos beneficiários quanto às mudanças comportamentais que devem ser adotadas para se obter uma melhor qualidade de vida”, afirma Valéria Paulo. Na avaliação da especialista, diante desse novo cenário – e levando-se em consideração a economia, a judicialização da saúde privada, a inovação tecnológica em saúde e a população mais informada e exigente – as Operadoras de Saúde devem se transformar em Gestores de Saúde e os beneficiários, adquirir mais consciência sanitária. “Sabemos do desgaste das células e surgimento das doenças, mas não é imperioso que estas patologias apresentem complicações, e sim que possam ser controladas através da medicação correta e da adoção de um estilo de vida saudável”, conclui a médica. Envelhecimento: uma grande conquista da sociedade O Brasil está deixando de ser um país jovem e muito rapidamente. Nos próximos 10 anos, o número de idosos no país deve ultrapassar a casa de 30 milhões de pessoas. O avanço da medicina, a melhoria da qualidade de vida, a queda das taxas de fecundidade nos grandes centros e o avanço na urbanização fizeram com que a expectativa de vida do brasileiro avançasse 17 anos desde a década de 1960. Enquanto os homens vivem menos de 70 anos, as mulheres chegam aos 77 anos. Envelhecer é uma grande conquista, uma vez que a longa expectativa de vida está diretamente atrelada às condições sociais de uma população. No entanto, essa vitória demanda uma série de ações para que as pessoas possam usufruir 70 esses anos a mais de vida com dignidade. As previsões mais otimistas apontam que até 2020, quando a população brasileira será cinco vezes maior que a de 1950, o grupo de idosos aumentará 16 vezes. Na metade do século 21, o número de pessoas com mais de 50 anos será superior ao de indivíduos com menos de 30 anos. A mudança na pirâmide etária seria motivo de comemoração não fosse o fato de que o país não está preparado para a maior longevidade do brasileiro. Especialistas acreditam que faltam políticas públicas, sobretudo na área de saúde, que garantam uma velhice tranquila e sem sobressaltos. Apesar das leis específicas, como o Estatuto do Idoso e o Código de Defesa do Consumidor, o Brasil ainda não amadureceu a ideia de que precisa cuidar melhor de seus idosos. O impacto dessa longevidade será sentido principalmente nas redes públicas e privadas de saúde. Na avaliação, do médico geriatra Renato Veras, que há 20 anos dirige a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati), vinculada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a prevalência de doenças crônicas e degenerativas nas pessoas acima dos 60 anos demanda mais tempo de internação hospitalar, recuperação mais lenta e maior frequência de reinternações e invalidez. Além disso, o atendimento ao idoso requer profissionais qualificados, equipe multidisciplinar, equipamentos e exames complementares de altíssimo custo. “No Brasil, o custo da saúde do idoso é muito alto. Por isso é preciso mudar a lógica vigente: o idoso não pode ficar em casa esperando adoecer. As empresas precisam investir na promoção da saúde e evitar que a doença se instale”, afirma o especialista. Um estudo elaborado por ele mostra que as doenças infectocontagiosas que representavam 40% das mortes, na década de 50, hoje respondem por menos de 10%. Por outro lado, as enfermidades cardiovasculares que eram responsáveis por 12% dos óbitos, naquela época, hoje representam 40%. “Somos um país jovem de cabelos brancos”, observa Veras, que sugere a substituição do uso intenso de medicamentos por centros de convivência, atendimento domiciliar e uma rede de apoio com equipes multifuncionais. 71 O Rio é assim: a) saudável b) natural c) solar d) acolhedor e) todas as respostas acima e VOCÊ, É ASSIM? 25 ANOS COM SAÚDE Hábitos saudáveis ASSIMSAÚDE25ANOS Quando o alimento vira remédio Os males causados pelo sedentarismo e por uma rotina de estresse têm chamado a atenção da comunidade médica, que vem apontando a má alimentação como um dos principais fatores responsáveis pelo surgimento de doenças como diabetes e hipertensão, entre várias outras. A alternativa encontrada por muitas pessoas para fugir dos efeitos negativos da modernidade é adotar uma postura de vida vegetariana. 74 75 Hábitos saudáveis ASSIMSAÚDE25ANOS Segundo o Instituto Brasileiro de opinião Pública e Estatística (Ibope), um público estimado em 17,5 milhões de pessoas passou a aderir nos últimos anos ao chamado ‘vegetarianismo’, o que corresponde a 9% da população brasileira. A pesquisa foi feita entre meados de 2009 e de 2010, com 18.884 habitantes das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília, além de cidades do interior de São Paulo e das regiões Sul e Sudeste, com pessoas de ambos os sexos, de todas as classes sociais, com idades entre 12 e 64 anos. Para quem mora nos grandes centros urbanos e tem pouco tempo ou disposição para cozinhar, depois de passar o dia fora trabalhando, uma alternativa viável tem sido os restaurantes vegetarianos. Nutricionista, formada em Macrobiótica e com especialização em Dietética Chinesa, a chef de cozinha Thina Izidoro constata o crescimento de adeptos ou sim- patizantes da comida natural nas grandes cidades e é enfática ao afirmar que, em casos de pacientes com diabetes, hipertensão e outras doenças relacionadas aos maus hábitos alimentares, a decisão por uma dieta vegetariana é a maneira mais eficaz de combater esses problemas, sem dispensar o prazer e o sabor de se alimentar. Thina sugere uma mudança de hábitos alimentares para quem vive uma rotina estressante e relembra um princípio estabelecido por Hipócrates (considerado o pai da medicina moderna), que propõe usar os alimentos como forma de promover a cura de muitos males do corpo. “Não há dúvida de que o aumento de algumas doenças e o surgimento de várias outras ao longo do século 20, que vêm acometendo inclusive jovens e crianças, têm a ver com o consumo excessivo de alimentos industrializados”, afirma. De um modo geral, esses produtos, principalmente os embutidos e enlatados, contêm sal e açúcar em excesso para garan- tir a conservação dos alimentos. O sódio também é encontrado em refrigerantes diets e contribui para o aumento da pressão arterial. Sem falar no excesso de calorias e gorduras saturadas, que provocam o aumento do colesterol, e na falta de fibra dos alimentos refinados, como o arroz e o açúcar. Constipação intestinal O consumo constante desses alimentos traz outro problema: a prisão de ventre, doença que atinge cerca de 80% da população mundial. “Alguma coisa está errada aí, e isso com certeza tem a ver com a forma como nos alimentamos, porque a chamada ‘constipação’ está diretamente ligada ao sistema digestivo e intestinal”, afirma a nutricionista. Segundo ela, são muito mais comuns do que se imagina os casos de pessoas que ficam semanas inteiras sem evacuar. O normal é que se vá ao banheiro pelo menos uma vez por dia. Controle natural de pressão arterial Algumas frutas, sementes e grãos chamam a atenção da Ciência por atuar na prevenção e no controle da hipertensão, um problema que atinge mais de 30 milhões de brasileiros. Sete alimentos estão em evidência nos centros médicos de pesquisa por sua capacidade de deixar as artérias livres para a circulação do sangue. Chamada de inimiga silenciosa pela comunidade médica, a hipertensão não apresenta sintomas em 90% das pessoas que sofrem da doença – e muitas podem receber o diagnóstico apenas depois de sofrer um derrame cerebral ou um ataque cardíaco. A receita para o problema está na escolha 76 correta dos alimentos – além das visitas periódicas ao cardiologista. Farelo de trigo Faz uma ‘ faxina’ nas artérias e auxilia o sangue a circular sem sujeiras no caminho. Contém fibras, magnésio, zinco e vitaminas do complexo B. Sugestão de consumo: salpique 2 colheres de sopa do farelo em vitaminas, frutas ou refeições salgadas. Morango As frutas vermelhas têm um antioxidante que lhes dá cor: a antocianina, que atua na redução das moléculas de LDL, o mau colesterol, e no aumento do HDL, a versão do bem do colesterol, que beneficia a circulação. Sugestão de consumo: cinco morangos Consumo de peixes: o Omega-3, observado em peixes de águas profundas e frias e nos óleos de peixe, pode ser consumido também por meio da ingestão de sementes de linhaça (amora ou framboesa) no café da manhã ou tome o suco natural da fruta após as refeições. Semente de abóbora Essa pequena semente é farta em nutrientes, como o potássio, mineral famoso por melhorar a elasticidade dos vasos; vitaminas A e E, fibras, magnésio e gorduras do bem. O uso do óleo da semente ainda potencializa a ação de remédios anti-hipertensivos e facilita o ajuste da pressão arterial. Sugestão de consumo: doure uma xícara de chá de sementes de abóbora no forno e use-as como aperitivo. Soja A isoflavona é a substância mais ilustre deste grão. Além de ser um bom vasodilatador, sua ingestão impede que fatores de agressão para as artérias (colesterol e glicose) estimulem a formação de placas nos vasos. Sugestão de consumo: cozinhe uma xícara de chá do grão e use como substituto do feijão ou em saladas. Melancia A substância l-citrulina, encontrada em abundância nesta fruta, se transforma em outra molécula que contribui para a formação do óxido nítrico, um gás natural que relaxa a parede dos vasos sanguíneos. Sugestão de consumo: uma fatia pequena da fruta após o almoço. As recomendações médicas feitas atualmente para o tratamento de câncer incluem a severidade no controle do consumo de carnes vermelhas, que vai da abstinência total ao uso mínimo. O ideal é que o indivíduo consuma no máximo uma média de 300 gramas de proteína animal por semana. A nutricionista explica que essas proteínas podem ser perfeitamente substituídas por aquelas contidas no arroz integral, na lentilha, nos variados tipos de feijão etc. Da mesma forma, o ferro animal pode ser substituído pelo vegetal, encontrado principalmente nos feijões. O Omega-3, observado em peixes de águas profundas e frias (salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha e truta) e nos óleos de peixe, pode ser consumido também por meio da ingestão de sementes de linhaça. Já a vitamina B12, encontrada na carne vermelha, é outro ingrediente fundamental para o metabolismo humano e pode ser ingerida via suplementos, pois não é comum nos vegetais. Um dos principais vilões da ‘sociedade adoecida’ é, sem dúvida, o consumo excessivo de açúcar. Segundo a nutricionista, trata-se de um ingrediente que não só é viciante como também tem ligação direta com a depressão, por contribuir para a obesidade. A simples redução do consumo cotidiano do açúcar e do sal já seria uma medida suficiente para evitar a maioria das doenças. Sua substituição por alimentos naturais evita uma série de males para o organismo e ainda ajuda a fortalecer o organismo. “Mudar hábitos alimentares é uma postura de vida, de buscar uma conexão maior com a nossa própria natureza”, conclui Thina Izidro. Diagnóstico assusta e impõe mudança de hábitos Quando completou 49 anos, Tânia Soares da Silveira levou um susto com o diagnóstico médico que recebeu: estava com diabetes e hipertensão. A vendedora integra os verdadeiros exércitos de mais de 12 milhões de brasileiros diabéticos e 44 milhões de hipertensos. Os dados são do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O diagnóstico lhe impôs uma mudança de vida rigorosa. Além de usar medicação controlada, ela não poderia mais consumir nenhuma espécie de açúcar, frituras e bebida alcóolica – a recomendação era de abstinência total. Quase um ano depois, a boa notícia: uma considerável baixa nas taxas de colesterol e açúcar e mais disposição no dia a dia. As mudanças no organismo foram resultado de uma nova postura de vida e do aumento do consumo de frutas e verduras, em detrimento de frituras e carnes vermelhas – que ela ainda não conseguiu abandonar de vez. 77 Poluição Produção de lixo: a ONU aponta para uma crise global iminente de resíduos sólidos: são cerca de 1,3 bilhão de toneladas de lixo por ano, devendo chegar a 2,2 bilhões até 2025. ASSIMSAÚDE25ANOS Poluição. A grande vilã da saúde nas metrópoles mundiais OMS afirma que perigo dos poluentes é muito maior do que se imaginava até 1990, podendo causar até problemas na reprodução A mais recente pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgada em 2012, mostra que a poluição do ar mata cerca de dois milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Considerada a grande vilã da saúde humana nas metrópoles, a poluição provoca irritações e alterações inflamatórias nas vias aéreas, chegando até a produzir mutações genéticas, além de problemas cardiovasculares e outros. A estatística tende a aumentar e a OMS acredita que os perigos dos poluentes são muito maiores do que se imaginava até os anos 1990, podendo ocasionar inclusive problemas na reprodução humana, por causa da queda na qualidade e quantidade de sêmen do homem, conforme estudo realizado na Dinamarca e divulgado este ano no ‘British Medical Journal’. Outro grave problema para a saúde 78 humana é o saneamento básico. Um estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com a Fundação Getulio Vargas, revela que apenas 43,5% dos brasileiros têm acesso adequado às redes de esgoto. E mais: uma média de 217 mil trabalhadores precisam se afastar do emprego, a cada ano, por problemas gastrointestinais ligados à falta de saneamento. Segundo o estudo, a universalização do acesso ao tratamento de esgoto geraria uma economia de cerca de R$ 745 milhões por ano em internações nas redes públicas, e diminuiria em 25%, em média, o número de pacientes internados. O saneamento pode ainda erradicar algumas doenças, como o tracoma, causado por uma bactéria presente no esgoto e que pode levar à cegueira, e diminuir a mortalidade infantil. Já o estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a quantidade de lixo produzida pelas grandes cidades, também lançado em 2012, aponta para uma crise global iminente de resíduos sólidos. São cerca de 1,3 bilhão de toneladas de lixo por ano, devendo chegar a 2,2 bilhões de toneladas até o fim de 2025. A questão apontada pela ONU é: onde armazenar esse material? Os famosos lixões podem gerar doenças variadas, como dengue, leishmaniose, leptospirose, malária, febre amarela, febre tifoide, cólera, disenteria, giárdia e demais males advindos de contatos com vermes e insetos – moscas, mosquitos, baratas, ratos, formigas e escorpiões –, além da contaminação do solo pelo chorume. Além de uma revisão nas políticas públicas de meio ambiente e no próprio modo de produção atual, o ambientalista Carlos César 79 Comunicação na prática Poluição Estudo do Instituto Trata Brasil revela que 217 mil trabalhadores se afastam do emprego anualmente por problemas gastrointestinais ligados à falta de saneamento. Augusto Motta, da Associação de Geógrafos do Brasil, aposta na conscientização do indivíduo para a transformação social. E relembra a máxima de Gandhi: ‘seja você a mudança que quer fazer no mundo’. “Sem a conscientização de que estamos conectados com o todo e de que somos responsáveis pelo nosso lixo e nossas fezes, não haverá transformação alguma”, afirma ele, que também é pesquisador e professor aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF). Carlos Motta afirma que os lugares privados, como casas e escritórios, podem acumular até dez vezes mais poluentes que o ar externo de uma cidade, que já é um ar bastante poluído. Tintas, vernizes, adesivos, móveis, roupas, solventes, papéis de jornal e revista, materiais de construção e até mesmo água encanada contêm os famosos ‘compostos orgânicos voláteis’, uma lista de poluentes que inclui o benzeno, xileno, tricloroetileno, entre vários outros. “Elementos que podem gerar desde náusea e asma até câncer e problemas de reprodução”, assinala. Uma dica simples, mas eficaz, é o cultivo de plantas nos espaços privados e públicos, pois elas são excelentes produtoras de oxigênio e ajudam sim a limpar o ar, apesar de muitas polêmicas em torno do assunto. “Uma árvore pode transpirar por suas folhas até 40 litros de água por dia. Esse vapor se mistura aos poluentes, que se juntam às nuvens e depois caem na forma de chuva, eliminando os ingredientes industriais do ar”, explica o pesquisador. Algumas plantas são particularmente benéficas na absorção de poluentes comuns em grandes cidades, como o benzeno, tolueno, octano e alfa-pineno. Um estudo realizado pelo professor Stanley Kays, da Universidade de Geórgia, revela que as espécies conhecidas no Brasil como asa-de-barata (hemigraphis alternata), hera (hedera helix), flor-de-cera (hoya carnosa) e aspargo-pluma (asparagus densiflorus) são altamente eficientes para ambientes fechados. O estudo foi publicado na revista HortSciense. Poluentes, origem e efeitos Ozônio Dióxido de enxofre Além da liberação natural das árvores, está na combustão de automóveis, é um potente oxidante e provoca lesões nas células (citotóxico) Resultado da combustão de elementos fósseis, como o carvão e o petróleo. É irritante para as vias respiratórias Monóxido de carbono Óxidos de nitrogênio Emitido pelos fumantes e pelos automóveis, provoca diminuição na capacidade do sangue de transportar oxigênio ASSIMSAÚDE25ANOS Jair Henrique Reis: “Para um negócio realmente se desenvolver é necessário que ele seja apresentado em um canal de TV exclusivo, a ferramenta da moda” Qual é seu canal de comunicação? Brasileiro é um povo televisivo, e a utilização de um canal de TV no YouTube tem ajudado muito no desenvolvimento dos negócios. Os acessos são significativos e a relevância do conteúdo voltou a ser a grande estrela da mensagem. Empresas de qualquer segmento ou tamanho sempre se preocuparam em se relacionar bem com seus públicos internos e externos – e a tecnologia cumpriu o papel de facilitar essa tarefa. Hoje, porém, já não bastam os sites, a mala direta, as propagandas em mídias impressas e audiovisuais. Para um negócio realmente se desenvolver é necessário que ele seja apresentado em um canal de TV exclusivo, a ferramenta da moda. Marcas premium, como Mercedes-Benz, Ferrari, Nike e, no Brasil, grandes bancos, cervejarias e montadoras já aderiram à última geração de meio de comunicação direta, criando um canal exclusivo de TV no YouTube, com grade de programação definida por seus produtos e serviços. O brasileiro é um povo televisivo, e a utilização dessa linguagem tem ajudado muito no desenvolvimento dos negócios. As quantidades de acesso são significativas e a relevância do conteúdo voltou a ser a grande estrela da mensagem. Os clientes, usuários, parceiros e colaboradores sempre querem conhecer mais profundamente a empresa com que estão se relacionando e o carisma da sua marca pode transformar o velho ‘boca a boca’ no novo ‘clique a clique’. Com os conteúdos das empresas organizados na grade de programação do canal exclusivo, fica fácil distribuí-lo pelo mundo afora. Os processos são novos, a tecnologia evolui cada vez com mais velocidade, mas as pessoas (clientes e funcionários) continuam sendo as mesmas. O Grupo de Comunicação na Prática (www. comunicacaonapratica.com.br), formado pela produtora Diet Video Music (1993), a agência de publicidade Linha Um (1997) e a consultoria CnP (2000), se orgulha muito de fazer parte da história de sucesso da Assim Saúde, sempre atenta ao relacionamento com seus públicos. Conheça um pouco mais assistindo a: — Youtube.com/assimsaude — Youtube.com/comunicacaonapratica Também gerado pelos motores dos automóveis. É um agente oxidante e se instala nas porções periféricas do pulmão Rua Dalcidio Jurandir, 255/109 – Barra da Tijuca Tel: (21) 2556-7999 www.comunicacaonapratica.com.br 80 81 Opinião ‘‘A palavra Assim é Missa ao contrário. Essa empresa tem tudo para dar certo” A visão de mercado de um grupo de sucesso ‘‘A palavra Assim é Missa ao contrário. Essa empresa tem tudo para dar certo”. Jamais vou esquecer essas duas frases pronunciadas por um rapaz que nos atendeu quando fomos alugar o prédio onde funciona a atual sede do Assim. De todas as lembranças que guardo dos acontecimentos que engendraram a formação do grupo e fundação do Assim, há 25 anos, esta é muito especial por seu caráter premonitório. E tudo deu certo pela determinação de pessoas que acreditaram no antigo, mas sempre atual, ditado: “a união faz a força”. Nossa história teve início quando, em companhia do Balbino (Benedito Balbino, proprietário do Hospital Balbino, em Olaria), comecei a procurar hospitais para formar uma malha e atender à população de toda a cidade do Rio de Janeiro. Naquela época não havia união entre os hospitais e existiam muitas discrepâncias, tanto pela metodologia adotada pelas empresas de Medicina de Grupo quanto pela política de convênios imposta pelo governo. O Grupo Assim nasceu da necessidade de sobrevivência dos hospitais. As empresas de Medicina de Grupo tinham uma tabela global, não importando se o paciente consumia um, dois ou mil produtos. O preço era o mesmo. Como exemplo, um hospital pequeno em Duque de Caxias tinha a diária igual à de um hospital grande. Por isso, providenciamos a criação da classificação dos hospitais em categorias A, B, C, D e E. A política das empresas de Medicina de Grupo, por sua vez, era excludente. A lógica era: “se você não quer fazer convênio conosco, o seu vizinho quer”. Além disso, os hospitais conveniados sofriam glosa em 40%, 50% na conta do paciente, já que estas empresas só pagavam o restante. Era uma longa discussão sobre a glosa e, se afinal houvesse o entendimento, os hospitais só recuperavam entre 30% e 35% dela, pagos de 30 a 45 dias depois. Os proprietários dos hospitais sofriam tentando sobreviver. Hoje, os planos vivem em harmonia, depois que tantos hospitais e planos de saúde sucumbiram ao longo do tempo. É claro que no nosso percurso aconteceram alguns tropeços. Alguns saíram por um motivo ou outro, mas o sentimento de união persistiu. Ao longo de todo nosso trabalho, não esqueço também da dedicação do Júlio Jorge, da Clínica São Bernardo, que, apesar de não fazer parte do grupo fundador do Assim, se interessava pela organização do segmento, e do Armando Amaral, presidente da Associação dos Hospitais. Tenho carinho especial por todos os integrantes do Assim e meu desejo é ver o Grupo crescer cada vez mais para proporcionar bem-estar para todas as pessoas.” Luiz Menezes de Lima, um dos idealizadores do Assim 82 O Rio é assim: a) alegre b) feliz c) praiano d) especial e) todas as respostas acima e VOCÊ, É ASSIM? 25 ANOS COM SAÚDE