formato pdf - Diocese de Beja
Transcrição
formato pdf - Diocese de Beja
CONSTRUIR FAMÍLIA EM TERRA ESTRANGEIRA “Parece ser um dado adquirido que a pessoa humana precisa da família para nascer, crescer integralmente e viver. Sem esta relação primordial dificilmente teremos pessoas com auto-estima e estabilidade interior suficientes para enfrentar as crises de crescimento e integrar-se harmoniosamente nas respectivas sociedades. Por isso, é de todo o interesse para a sociedade, em geral, que se ponha em prática a Convenção Internacional para a protecção do direitos de todos os trabalhadores migrantes e dos membros das suas famílias, que entrou em vigor a 1 de Julho de 2003, como refere Bento XVI na mensagem. É necessário salvaguardar o direito humano à reunião dos membros da família dos migrantes e refugiados e dar-lhes condições de inclusão na sociedade de trânsito ou de residência, para evitar graves crises afectivas, geracionais e sociais. A memória e trajectória das nossas Comunidades Portuguesas estão repletas de crises familiares. De facto, por falta do devido cuidado pastoral, ou mesmo por se ter dificultado – através de leis políticas alimentadas por atitudes securitárias – a unificação e reagrupamento familiar dos migrantes, têm surgido muitos desajustamentos nos membros da primeira geração de emigrantes portugueses, assim como de imigrantes em Portugal. Constatam-se “mecanismos de defesa” que impedem uma maturação dos jovens da segunda geração, o que pode provocar graves perturbações da vida social, como ultimamente se verificou em algumas cidades e bairros de países da União Europeia. Reafirmo o apelo a todos os cristãos, estruturas eclesiais e homens de boa vontade, seja qual for a religião, mas apaixonados - como nós pela beleza da dignidade humana, para que não adormeçam na indiferença e, com a fantasia da caridade, inspirados pelo direito a viver em família, tudo façam para a reunificação e coesão das famílias migrantes e refugiadas. Que as famílias portuguesas, movimentos de espiritualidade familiar e centros de apoio à família continuem a dar também o seu precioso e solidário testemunho de vida!” † António Vitalino, Bispo de Beja e Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana PEREGRINAÇÃO INTERNACIONAL DO MIGRANTE E REFUGIADO FÁTIMA - 12 E 13 DE AGOSTO DE 2006 Sábado, 12 de Agosto 16.30h – Casa N. Sra. do Carmo – Conferência de Imprensa com o Cardeal convidado, D. Sean O’Malley, dos EUA e D. António Vitalino, presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana. Apresentação da Mensagem da Igreja dos EUA 17.00h – Abertura da Peregrinação, feita pelo Bispo local ou pela Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, onde é apresentado o Senhor Cardeal. 18.30h – Capelinha das Aparições - Acolhimento dos peregrinos e saudação às Comunidades Portuguesas, aos Imigrantes e suas Famílias, preside o bispo de Leiria- Fátima. 21.30h – Capelinha das Aparições - Recitação do Rosário, Bênção, Rito do Silêncio e Procissão da luz. No altar do Recinto - Solene Celebração da Eucaristia presidida por D. António Vitalino Dantas, da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana. Domingo, 13 de Agosto VIGÍLIA NOCTURNA Tema geral: “Felizes os que tratam os outros com misericórdia porque Deus os tratará com misericórdia também” – Mt. 5, 7 – responsabilidade da OCPM 00.00h - 1.00h - Adoração Eucarística, na Colunata Norte. Animação: Secretariado da Pastoral de Migrações do Porto 01.00h – 2.00h – Adoração Eucarística, na Colunata Norte. Animação: Secretariado da Pastoral de Migrações do Algarve 2.00h – 3.30h – Via-Sacra no Recinto. Animação: Missionário Verbita /Paróquia do Prior Velho /CNJP da CIRP 3.30h – 4.30h – Celebração Mariana, na Capelinha das Aparições. Animação: Missão Católica de Língua Portuguesa de Lausanne, Suíça 4.30h – 5.30h – Celebração Eucarística, na Colunata Norte Animação: Movimento de leigos scalabrinianos, diocese de Setúbal ou então o novo director nacional 5.30h – 7.30h – Recitação e canto de Laudes, diante do Santíssimo, na Colunata Norte, seguida de procissão Eucarística no Recinto. Animação: Secretariado da Pastoral de Migrações de Leiria-Fátima. 09.15h – Capelinha das Aparições - Recitação do Rosário. 10.00h – Solene Celebração da Eucaristia presidida por Sua Eminência D. Sean O’Malley, Cardeal de Boston, EUA 16.00h – Encontro Bilateral entre as Comissão Episcopal da Mobilidade Humana e agentes pastorais – sacerdotes, religiosos e leigos – ligados às comunidades Católicas Portuguesas (entrada livre) Jornada Nacional de Solidariedade Com a Pastoral da Mobilidade Humana No encerramento da 35ª Semana Nacional das Migrações Liturgia do Domingo XX do Tempo Comum 19 de Agosto de 2007 INTRODUÇÃO À EUCARISTIA O Espírito de fraternidade e solidariedade, que está no âmago da nossa fé cristã, não se manifesta nas nossas comunidades sem esforço, sem renúncia, sem sofrimento. Jesus diz no Evangelho que veio trazer o fogo à terra, que veio trazer a divisão. Com efeito, o Evangelho é a Palavra incómoda que propõe a mudança radical, a conversão total. A solidariedade com o estrangeiro, a tentativa em fazer do forasteiro nosso irmão não é por todos aceite, significa uma provocação ao que está tranquilo e acomodado, transforma-se em conflito, nascido do Evangelho, entre os que acolhem e os que resistem ao abraço de boas vindas. A Paz de Jesus não é uma paz de compromisso, de timidez, de fraqueza. A paz, para ser evangélica tem de ser verdadeira, justa, plena e total. Iniciemos a nossa Eucaristia no reconhecimento das nossas dificuldades em receber todo e qualquer irmão, sobretudo aquele que é diferente, recém chegado, desconhecido. LITURGIA DA PALAVRA 1ª Leitura: Jer. 38, 4-6.8-10 O profeta Jeremias é acusado de desestabilizar enfraquecer a resistência do povo. Mas o seu apelo é claro: o povo deve confiar mais em Deus do que nas conversas dos políticos. Pela intrepidez sofreu a perseguição, imagem e figura de Jesus sofredor. Salmo 39, 2-3.4.18 2ªLeitura: Heb 12, 1-4 Não basta proferir uma palavra que queime e divide. É também necessário assumir com coragem e serenidade a hostilidade que se segue. Cristo levou até ao fim a Sua missão, Ele foi até ao derramamento de sangue. Na defesa de um Evangelho límpido e inequívoco, caminhemos até ao termo do nosso Evangelho límpido e inequívoco, caminhemos até ao termo do nosso percurso, lá onde Cristo nos espera acolhedor. Evangelho (Lc. 12, 49-53) Jesus sabe que a Boa Nova trazida aos homens pode ser incómoda e dilacerante. O testemunho da paz, segundo o Evangelho, pode levar ao corte dos laços com os mais íntimos e à colisão com os mais próximos. 1. Pela Igreja universal que é Una, Santa, Católica e Apostólica para que seja sempre sinal visível e fraternal da presença libertadora de Deus, Trindade de Amor, em cada um dos povos, línguas e culturas onde se encontra presente. Oremos irmãos 2. Pela Diocese onde cada um de nós, em nome do Evangelho, se encontra enviado, para que seja uma comunidade que promova, com a “fantasia da caridade” a integração gradual na comunidade cristã e a cidadania activa dos imigrantes e refugiados em busca de melhores condições de vida para si e suas famílias. Oremos irmãos 3. Pela Igreja em Portugal, para que seja espaço aberto que promova o encontro entre pessoas e famílias de diferentes lugares geográficos, religiões, idades e culturas, que se estabelecem nas nossas aldeias, Vila, e Cidades. Oremos Irmãos 4. Por todos os missionários e missionárias, portugueses e de outras nacionalidade que aceitaram servir Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo, para que sejam, a exemplo do Beato João Baptista Scalabrini, mediadores eficazes de integração na única Igreja de Cristo. Oremos irmãos 5. Oremos por todas as pessoas que perdem a sua vida na intenção de chegar a outros países, atravessando desertos, mares e fronteiras, para realizar as suas legítimas aspirações, para que o senhor as acolha no seu regaço, descanso eterno, cuide e proteja suas famílias enlutadas. Oremos irmãos 6. Por todos nós aqui reunidos, e pelos os nossos colegas que não puderam participar neste encontro, para que continuemos juntos a colaborar eficazmente através das nossas pessoas, tempo e recursos com vista à edificação de um mundo mais acolhedor para todos. Oremos irmãos