Noticias da ICSS 16 - DeSales University
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No. 16 * Julho – Agosto de 2005 NOTÍCIAS DA ICSS Fundada em 1997 e publicadas duas vezes por ano pela Comissão Internacional de Estudos Salesianos (ICSS) dos Oblatos de S. Francisco de Sales UMA BIOGRAFIA VISUAL DE SANTA JOANA FRANCISCA DE CHANTAL Dentro do prazo de três anos depois da morte de Santa Joana Francisca de Chantal (1572-1641), duas biografias da santa foram publicadas que formaram a base para o processo rumo a sua possível canonização (1767). Ambas as biografias estavam baseadas no Mémoires da Madre François-Madeleine de Chaugy (1611-1680) que era a secretaria e confidente de Joana. A primeira biografia, patrocinada pela Visitação de Annecy e publicada simultaneamente em Paris e Lyon, em 1643, foi escrita pelo Jesuíta Alexandre Fichet (1588-1659) cuja irmã, MarieAdrienne, era uma freira da comunidade de Annecy. A segundo, patrocinada pelo primeiro mosteiro da Visitação em Paris, teve como autor Henri de Maupas du Tour (16061680), bispo de Le Puy e esmoler principal de Ana de Áustria, Madre Rainha e Regente. Publicada em 1644 em 1 Paris, foi dedicada a Ana, que foi visitada por Joana na sua última viagem a Paris. 1 Enquanto a biografia de Fichet inclui uma estampa não assinada – um “retrato autêntico” – de Joana, aquela de Maupas du Tour, intitulada a Vida da Venerável Madre Joana Francisca Frémyot, é ilustrada por um conjunto de três gravuras de Grégoire Huret (1606-1670), um dos mais destacados gravadores na França, no século 17. Durante sua vida, Huret criou mais que 500 estampas de imagens religiosas ou alegóricas que se distinguem por sua composição original e ousada execução. 2 Para a biografia de Maupas du Tour, Huret fez três estampas de Joana que são muito ricas quanto a sua composição, ambientação arquitetônica complexa e figuras elegantemente posicionadas. O retrato de Joana, cuidadosamente desenhado por Huret, apresenta uma biografia visual que complementa e é o fac-símile da vita da futura santa, de Maupas du Tour. O próximo volume de ensaios, Human Encounters in the Salesian Tradition, a ser publicado pela Comissão Internacional de Estudos Salesianos (ICSS), inclui um estudo das estampas de Huret que examina, pela primeira vez, sua rica iconografia a respeito dos textos da Madre Chaugy e Maupas du Tour, como também um contexto cultural e eclesiástico mais amplo. Dr. Christopher C. Wilson da George Washington University em Washington, D.C., um historiador de arte, que é especialista da arte do início da reforma católica moderna, assumiu essa investigação, convidado e estimulado pela ICSS. O seu trabalho é intitulado: “Picturing the Way of Perfection: Grégoire Huret´s Engravings of St. Jane Frances de Chantal (1644) in Their Teresian Context.” Como esse título indica, um número de vínculos importantes podem perceber-se entre a descrição de Huret sobre Joana e o 1 Ver E. Stop, “Changing Views of a Saint” e “From Mère de Chaugy´s Mémoires to Modern Times”, no seu Hidden in God: Essays and Talks on St. Jane de Chantal, ed. T. O´Reilly (Philadel`phia: Saint Joseph´s Univ. Press, 1999), 31-68; M.-P. Burns, Françoise-Madeleine de Chaugy: Dans l´ombre de la lumière de la canonisation de François de Sales (Annecy: Académie Salésienne, 2002), 50-51; e S. Rouez, “ La Visitation et la diffusion da la dévotion à sa fondatrice: La publication et la circulation des Vies de Jeanne de Chantal,” Siècles, no. 16 (2003): 103-118. 2 R.-A. Weiger, Inventaire du fonds français: Graveurs du XVII siècle (Paris: Bibliothèque Nationale, 1968), 294-391; E. Brugerolles e D. Guillet, “Grégoire Huret, dessinateur et graveu”, Revue de l´art 117 (1997): 9-35. 2 retrato nas artes visuais de Santa Teresa de Ávila (15151582; canonizada em 1622), quem era o ponto de referência constante para a avaliação de santidade feminina durante o início do período moderno. Não se pode apreciar devidamente a riqueza e a profundidade das descobertas de Dr. Wilson no seu ensaio breve. No entanto, queremos partilhar com nossos leitores o conjunto extraordinário das estampas de Joana, com um comentário breve, fundamentado na análise profunda de Dr. Wilson e, ocasionalmente, outras fontes. Talvez esse “aperitivo” estimule o nosso apetite para uma apresentação mais completa sobre o tema que aparece no trabalho de Dr. Wilson em nosso volume da ICSS, como também nos assista na preparação da festa de Joana (18 de agosto nas Américas, e 12 de dezembro alhures). A Teresa da França Canonizada em 1622, Teresa de Ávila era considerada popularmente o modelo feminino ideal de santidade durante a Contra-Reforma. Os escritos de religiosas do século dezessete, como também biografias de autores que promovem veneradas mulheres devotas, dão amplo testemunho disso. A legitimidade da vida interior de mulheres e das atividades exteriores era medida segundo a conformidade com o protótipo teresiano. Os contemporâneos de Joana consideravam a ela claramente à luz disso. O relacionamento estreito de Francisco e Joana com o Carmelo teresiano foi estudado extensamente por peritos. Aqui, porém, basta lembrar que, como a Madre fundadora da Visitação viajava por toda França para realizar fundações novas, Joana era chamada e considerada como a “Madre Teresa” do seu país natal. 3 3 E. Stopp, “Spanish Links: St. Francis de Sales and St. Teresa of Ávila”, no seu A Man to Heal Differences: Essays and Talks on St. Francis de Sales (Philadelphia: Saint Joseph´s Univ. Press, 1997), 171-182, p. 177. 3 A primeira estampa de Huret (Figura 1) apresenta a seção inicial da biografia de Maupas du Tour, que trata da vida de Joana no mundo antes da fundação da Ordem da Visitação (1610). A estampa mostra um episódio muito conhecido da vida de Joana. Seu pai tinha sugerido um segundo matrimônio, o qual Joana decididamente rejeitou por ter resolvido a pertencer totalmente a Deus; para dar maior ênfase a sua resolução, Joana, ajoelhada diante de um crucifixo, marcou com um estilete em brasa o nome de Jesus no peito, em cima do coração. 4 Huret apresenta o que pode ser descrito como uma interpretação teresiana desse episódio: Joana está caindo no chão num desfalecimento extático, ao gravar o nome de Jesus no peito; o próprio Cristo guia a mão dela que segura o estilete, enquanto um anjo a sustenta por detrás. Essa composição enfatiza a associação de Joana com Teresa como eco da iconografia da experiência mística mais famosa da santa espanhola, ou seja, sua visão da perfuração do seu coração (do latim transverberare, quer dizer “atravessar, transfixar, traspassar, perfurar”) O relato dessa visão está presente na sua autobiografia (iniciada em 1562, primeira publicação em 1588): Vi pertinho de mim, do lado esquerdo, um anjo em forma de corpo,... [Na] sua mão [havia] um grande dardo de ouro e, na extremidade da ponta metálica, parecia haver um foginho. Parecia-me que esse anjo afundava o dardo 4 Ver E. Stopp, Madame de Chantal: Portrait of a Saint (Westminster, Md.: Newman Press, 1963), 8283. 4 diversas vezes no meu coração e me atingiu profundamente. Quando o tirou, eu pensava que me arrancou o mais profundo do meu ser; e me deixou toda abrasada com grande amor a Deus. 5 A estampa de Huret tem dois paralelos notáveis com duas outras flamengas da transverberação de Teresa. Numa estampa de Adrien Collaert e Cornelis Galle, um anjo sustenta a Teresa detrás, enquanto um outro aponta a parte dianteira de uma flecha no coração dela. Fora de si durante o momento extático, Teresa está inclinada para trás e olha fixamente para o céu. De forma parecida, na estampa de Huret, a figura de Joana cai diagonalmente num desfalecimento, enquanto um anjo lhe apóia nas costas. A composição de Huret tem também elementos em comum com uma imagem de Antoon Wiericx. Nas duas imagens, a pessoa feminina está ajoelhada numa plataforma arredondada, parecida com um palco, vista de frente na estampa de Wiericx e transversalmente na representação de Huret. O ato de Joana da inscrição torna-se sua própria transverberação, com o estilete pontiagudo, manuseado por Cristo, substituindo a flecha de Teresa como o instrumento perfurador que a enche de amor divino. Huret põe um altar no fundo de sua composição, sugerindo que Joana esteja no interior de uma igreja ou capela. De forma parecida, na estampa da transverberação, confeccionada por Collaert e Galle, vê-se um altar através de uma porta aberta no fundo. A presença do altar nesses retratos de Teresa e Joana associa a experiência mística delas à liturgia e aos sacramentos, ao destacar que a Igreja institucional é o contexto no qual se desenvolve o empenho delas de alcançar a santidade. Existe ainda uma outra faceta da transverberação que merece comentário. No século 17, a transverberação de Teresa era interpretada não só como uma experiência mística, mas também como uma forma de martírio. Por 5 The Book of her Life, ch. 29; English trans. By K. Kavanaugh and O, Rodrigues, The Collected Works of St. Teresa of Ávila, vol. 1, 2nd ed. (Washington, D.C.: ICS Publications, 1987), 252. Francisco de Sales reproduz essa descrição quase verbalmente no Tratado do Amor de Deus, Bk. 6, ch. 14. 5 exemplo, essa é a interpretação que se dá no Tratado do Amor de Deus (1616). Segundo Francisco, Deus “sempre está tirando flechas da sua aljava de sua infinita beleza para ferir as almas dos que o amam para fazer entender que o amor por Ele não é nunca comparável com a amor que Ele merece” (trans. V. Kerns [London: Burns & Oats, 1962], 256; Bk. 6, ch. 13). Esse ferimento, que para Teresa aconteceu na transverberação, a fazia sofrer de anelo de amor – um martírio prolongado que só terminou com sua morte (Bk. 6, ch. 15). Por isso, Teresa foi uma mártir do amor divino: “A piedosa Madre Teresa ... revelou, depois de sua morte, que faleceu por um assalto veemente de amor; foi tão intenso que sua constituição natural foi incapaz de suportá-lo, e sua alma foi atrás do amado no qual se fixou seu coração” (trans. Kerns, 302; Bk. 7, ch. 11). A igualação do amor com a deterioração e morte é sugerida também pelas inscrições do Cântico dos Cânticos nas estampas de Wiercx (“Sustentai-me com bolos de passas, dai-me forças com maçãs, oh! que estou doente de amor...” [Ct 2,5] e de Huret (”Põe-me como um selo no teu coração, como um selo no teu braço, porque o amor é forte como a morte” [Ct 8,6]). Tanto Teresa como Joana instruíram as suas freiras explicitamente que a vida delas havia de ser um martírio de amor: Teresa, no seu Caminho da perfeição (1566?), cap. 22; e Joana, na festa de S. Basílio, em 1632: São Basílio e a maioria dos padres e colunas da Igreja não foram martirizados... Creio que há um martírio, chamado de martírio de amor no qual Deus reserva a vida dos seus servidores para que sirvam para a glória d´Ele. Isso os faz mártires e confessores ao mesmo tempo. Sei... que isso é o martírio ao qual as Filhas da Visitação são chamadas... O amor [divino] introduz sua espada nas partes mais íntimas e secretas da alma e nos separa de nós mesmas.6 A transverberação de Teresa e a inscrição de Joana são emblemas do martírio de amor. 6 Citado em W. Wright, Bond of Perfection: Jeanne de Chantal & François de Sales (1985; Stella Niagara, N.Y.: De Sales Ressources Centre, 2001), 154. 6 Uma Filha Obediente Um estudo recente destacou que biografias de ilustres santas mulheres na França do século 17 acentuaram traços de caráter que realçaram papéis tradicionais de sexo – obediência feminina a diretores espirituais e pessoas revestidas de autoridade masculinas – enquanto passando rapidamente sobre aspetos da vida pessoal que se desviaram dessa norma. 7 O resultado foi que “o papel ativo de mulheres ao formar instituições e valores católicos na França de século 17 começou a ser escurecido por uma literatura que enfatizava obediência submissa” (ibid.). Assim, colaboradoras femininas foram reduzidas ao estado de protegidas condescendentes e sócias subordinadas, encarregadas de executar os projetos de homens brilhantes em cuja sombra se encontravam (ibid. 245-246). Não há dúvida que isso aconteceu no caso de Joana. Só nas quatro últimas décadas do século 20, quando – graças à erudição pioneira de Elisabeth Stopp, Wendy M. Wright e da Irmã Marie-Patrícia Burns, VSM – a contribuição particular à tradição salesiana foi salva. 8 Como contraste, a segunda estampa de Huret (Figura 2), que antecede a seção o texto de Maupas du Tour, relatando a vida de Joana na vida religiosa, apresenta 7 Diefendorf, From Penitence to Charity: Pious Women and the Catholic Reformation in Paris (New York: Oxford Univ. Press, 2004), 21. (Uma crítica do livro de Diefendorf aparece nesta edição de Notícias da ICSS.) 8 Ver Madame de Chantal and Hidden in God de Stopp; Bond of Perfection de Wright e numerosos artigos seguintes sobre Joana; a edição crítica de Burn sobre Correspondence de Joana, 6 volumes. (Paris: Cerf, 1986-1996), e a coleção de seus artigos e ensaios que está sendo preparada (para ser publicado por De Sales Ressources & Ministries). 7 a relação de Francisco e Joana em termos de papéis de masculino e feminino como no início da era moderna. Na época da morte de Francisco em 1622, treze mosteiros estavam fundados, e Joana tinha supervisado pessoalmente a fundação de quase todos eles; quando chegou a falecer, em 1641, existiam 87 mosteiros. A própria Joana supervisionava, guiava e dirigia o crescimento assombroso da Visitação: Tocava-lhe viajar quase continuamente, montada no lombo de cavalo ou dentro de uma diligência abafada, realizando fundações, negociando a compra de casas, falando a diversas pessoas sobre os assuntos da Ordem, ajudando e aconselhando as superioras de fundações novas, escrevendo centenas de cartas, enfrentando todo o tipo de problemas práticos, enquanto ela, pessoalmente, se encontrava numa escuridão espiritual, defendendo sua Ordem contra intrigas maliciosas, vivendo numa época de guerra e pestilência. 9 A estampa de Huret não se refere ao papel essencial de Joana na expansão rápida da Visitação. Ao contrário, o papel está condensado numa imagem de discipulado obediente. Huret retrata uma figura desproporcionalmente grande de Francisco, sentado autoritariamente numa cadeira colocada numa plataforma sob um baldaquino, ao apresentar a regra da Visitação à figura ajoelhada de Joana que, humildemente, inclina a cabeça ao receber o livro e a bênção de Francisco. Num cenário pequeno, no fundo, uma figurinha de Joana, por sua vez, apresenta a regra a suas primeiras duas companheiras, Jeanne-Charlotte de Bréchard e Marie-Jaqueline Favre. A inscrição explicita a transmissão da regra de Francisco a Joana, e de Joana às outras freiras: “Siga este caminho, filha muito querida, e faça com que todas as almas que Deus destinou desde sempre para esta felicidade o sigam também.” A imagem transmite que o status de Joana na sua nova Ordem se baseia no seguimento da liderança de Francisco; ele é o 9 E. Stopp, “St. Chantal and St. Francis de Sales: The Founding of the Visitation”, em Hidden in God, 927, em 23-24. 8 fundador ativo, e ela é a discípula compreensiva. Na companhia de suas freiras, ela é uma extensão de Francisco, ao transmitir o que já foi entregue a ela. Ela é, simultaneamente, diminuída e enaltecida pela associação com ele. Vale a pena dar-se conta de que os hagiógrafos do século 17, inclusive os de Joana, certamente aprenderam das dificuldades que complicaram o caminho de Teresa de Ávila rumo à canonização. Durante sua vida, Teresa não só tinha viajado por toda a Espanha, fundando uns dezessete mosteiros de suas irmãs, mas também fundou um ramo masculino de sua Ordem para freis a quem ela dava instruções sobre a regra carmelita original. Essa inversão aparente de papéis de sexo suscitou críticas severas sobre Teresa por parte de diversas autoridades eclesiásticas proeminentes, inclusive do núncio apostólico e de um membro da Inquisição. Durante o processo de investigação, visando a canonização de Teresa, essas críticas foram enfrentadas por seu confessor e admiradores que insistiram na obediência humilde e absoluta a superiores eclesiásticos e à Igreja institucional. A estampa de Huret de Joana recebendo a regra de Francisco pode ter sido projetada para evitar o tópico de associação problemática de mulher com liderança e funções de ensinamento, assim prevenindo qualquer conceito potencial a respeito dela como uma mulher independente que atuava fora dos parâmetros da obediência. A Visitação como o Jardim de Flores das Pequenas Virtudes 9 A terceira estampa de Huret (Figura 3) introduz a seção do texto de Maupas du Tour, concentrado nas virtudes heróicas de Joana. Diferente das duas composições anteriores, situadas no interior de igreja ou convento, aqui as figuras estão reunidos no lugar ameno, “lugar agradável e prazenteiro”: um gramado idílico, rodeado de árvores no fundo e flores à frente. Joana e Francisco estão de pé, nos dois lados de Cristo crucificado, no meio de um grupo de Visitandinas que juntam flores indicados como as “pequenas virtudes” de humildade, simplicidade, caridade, pureza e amabilidade (cf. Introdução à Vida Devota, (L. 3, c. 1-2). O cenário parece visualizar as palavras de Francisco no Espírito Interior das Religiosas da Visitação, um texto que talvez fosse divulgado como manuscrito antes de ser publicado (1657) na biografia de Francisco da mão de Maupas du Tour. “As mãos [das Visitandinas] somente se ocupam juntando, ao pé da cruz, as pequenas virtudes de humildade, amabilidade e simplicidade, que crescem aí e que estão salpicadas pelo sangue do seu Amado...” 10 A associação de flores com simbolismo religioso era popular na literatura, nas pregações e artes plásticas do barroco. A colocação da crucifixão num contorno parecido com um jardim evoca associações com o Jardim de Éden e a identificação de Cristo como o novo Adão (1 Cor 15,45-49). Além disso, na literatura patrística e medieval, a vida monástica era caracterizada como um retorno ao Éden: o mosteiro é um hortus conclusus, um horto cerrado, onde a 10 Citado na introdução da trad. Inglês do Life of St. Jane de Chantal (London: Richardson and Son, 1852), xix-lxxxm em xxxviii. 10 pessoa vive num relacionamento íntimo com Deus, como era o caso da humanidade no paraíso. De acordo com essa visão, a estampa de Hurlet encara o mundo da Visitação como um paraíso terrestre. Essa interpretação combina com os primórdios da história visitandina. Por exemplo, um elemento significativo de la Galerie, a primeira casa da Visitação, era um grande pomar onde - com bom tempo Francisco dava conferências às freiras. E, no dia em que as primeiras Visitandinas fizeram os votos, a capela da Galerie estava ornamentada de maneira simples, mas de forma abundante com pequenos ramalhetes de flores suavemente perfumadas do pomar, de maneira que “parecia entrar num jardim” (Stopp, Madame de Chantal, 115, 139). A composição simétrica de Hurlet parece, à primeira vista, apresentar Joana e Francisco como co-fundadores e co-diretores, os dois encorajando suas freiras. No entanto, um exame mais pormenorizado revela que – como na segunda estampa – a Francisco é outorgado um status de autoridade preeminente. Ele ocupa a posição tradicional de honra do lado direito de Jesus, bem como o caso da Virgem Maria abaixo da Cruz, nas representações artísticas da Crucificação, com o Apóstolo João, na posição inferior, do lado esquerdo de Jesus. Cristo inclina a cabeça como olhando com admiração para Francisco, enquanto uma faixa diagonal de tanga dirige a atenção ao rosto de Francisco. Enquanto a mão direita de Joana está parcialmente escondida atrás da freira que segura a flor, com a palavra “pureza” inscrita, a mão esquerda e os dedos de Francisco estão quase totalmente visíveis, dando-lhe uma presença mais poderosa e diretiva. O seu gesto com a mão semi-aberta – com o dedo indicador estendido e os outros levemente curvados – repete o de Cristo crucificado; enquanto Cristo aponta para o céu, os gestos de Francisco se dirigem à terra onde suas Visitandinas trabalham para criar um céu sobre a terra, ao cultivarem as pequenas virtudes. Era comum que os contemporâneos de Francisco consideravam que ele revelava como o Senhor deve ter sido nos seus contatos com o povo, ou seja, que – como Joana escreve numa carta de 1623 – ele “refletia o Filho de Deus como uma imagem viva” e “olhando-se para ele, 11 parecia que Nosso Senhor era visível na terra” (Correspondência, 2, 310; Carta 630). De forma parecida, a terceira estampa de Huret representa a Francisco como um reflexo terrestre de Cristo. Se, na primeira estampa desta série, é Cristo que guia a mão de Joana, assim dirigindo o curso de sua vida espiritual, nas outras duas estampas Francisco atua como substituto ou serve de mediador para Cristo, ao dirigir Joana e suas Visitandinas no caminho da perfeição. Além disso, Francisco é a personificação e exemplo vivo das “pequenas virtudes” que crescem ao pé da Cruz. A inscrição da cena reza: “Na montanha santa é que as castas abelhas juntam o mel de virtudes divinas destas flores bonitas”. Essas palavras se fundamentam num trecho no Memórias da Madre Chaugy que sugere em Francisco a personificação das virtudes que crescem neste jardim da Visitação: “[Essa] casta abelha [Joana] só pensava em alimentar sua alma com o mel das mil consolações que ela juntava das flores das virtudes do nosso Venerado Padre” (Pt. 2, 226). Francisco é o proprietário do jardim das pequenas virtudes, e Joana é a sua discípula mais brilhante cujo progresso espiritual acelerado e avançado a faz para suas freiras uma madre meritória. O Observador como Vínculo na Coroa de Flores Salesianas A arte barroca possui uma qualidade retórica muito forte. Assim como a retórica visa persuadir uma audiência da validade dos argumentos de quem fala, fazendo uso de estratagemas retóricos e literários, a retórica visual da arte barroca possui uma finalidade e função similarmente persuasíveis. Um dos principais estratagemas visíveis, que a arte barroca aplica para alcançar seu objetivo de persuasão, é envolver o observador na obra da arte, fazendo dele um participante ativo no “espetáculo” criado pelo artista e contemplado pelo observador. 11 Na terceira estampa de Huret, teríamos que nos dar conta da nossa própria posição como observador. As freiras 11 Ver p.e. V. Minor, Baroque & Rococo: Art & Culture (New York: Harry N. Abrams, 1999), 20,2425,173-177; e sobre retórica como modelo explicativo para arte barroca, ver E. Levy, Propaganda e the Jesuit Baroque (Berkeley: Univ. of California Press, 2004), 48-52. 12 formam um semicírculo ao redor de Cristo, como se cada uma fosse um vínculo numa coroa florida, como aqueles que rodeiam Nossa Senhora ou os santos em pinturas de agrupamentos em forma de coroas de estilo barroco. Encaradas com essa perspectiva, as freiras personificam as pequenas virtudes floridas que elas cultivam. A posição do observador é na parte frontal do arranjo do semicírculo e fecha o vazio de espaço à frente. Assim tornamo-nos um vínculo na coroa de pessoas e flores floridas. Fazendo parte da composição, estamos muito perto de Joana onde podemos admirar e imitar suas virtudes. As três estampas de Huret não permitem que o observador permaneça passivo; antes, funcionam para criar uma assistência de testemunhas apaixonadas da santidade de Joana as quais entraram nesse mundo cuidadosamente construído. Para os contemporâneos de Huret e Maupas du Tour, isso significava aumentar a devoção popular e o impulso rumo à canonização inevitável de Joana. Para nós, hoje em dia, mais de 360 anos mais tarde, as estampas de Huret dão uma visão da cultura e do tempo em que Joana vivia, dessa forma aumentando a nossa compreensão e apreciação da maneira como a sua imagem como santa foi construída e também modificada e se desenvolveu no decorrer dos séculos. JFC Recensão de Livro From Penitence to Charity: Pious Women and the Catholic Reformation in Paris. De Barbara B. Diefendorf. New York: Oxford University Press, 2004. O livro de Bárbara Diefendorf, fruto de uma pesquisa meticulosa, e escrito num estilo irresistível, transborda de novos discernimentos a respeito de contribuições de mulheres, quanto ao catolicismo moderno na França. Observando as conseqüências de guerras religiosas do século 16 em Paris, Diefendorf examina mulheres como 13 fundadoras, protetoras, e guias espirituais de institutos religiosos, abrangendo conventos de Ordens contemplativas (inclusive as Carmelitas descalças, Capuchinhas e Ursulinas) e comunidades semi-religiosas que socorriam os pobres, como as Filhas de Caridade. Ela destaca os papéis de liderança de uma elite de mulheres piedosas, chamadas de devotas, que aproveitavam seus recursos econômicos, influência política e status social elevado como ponta de lança para uma reforma religiosa. Através de todo o livro é evidente que a história dessas mulheres, inclusive a de Joana de Chantal, coincide com a história da renovação católica na França. Colaborando com o apoio de membros proeminentes do clero, os esforços delas contribuíram para formar a piedade feminina do século 17 na França, que se desenvolveu a partir de um modelo intensivamente penitencial e apocalíptico, relacionado com a crise em tempo de guerra, a um tipo de espiritualidade que combinava a vida contemplativa com atividades caritativas. Os leitores, primeiramente interessados na história salesiana, estarão satisfeitos com a discussão bem fundamentada no capítulo 6 sobre os primórdios da Ordem da Visitação e a fundação da Ordem na capital francesa, em 1619. Ela começa para corrigir o que considera taxações desleais do projeto de Francisco e Joana, especialmente a suposição de que a visão original dos fundadores foi frustrada pela imposição da clausura monástica: “A partir da visão comum das Filhas da Visitação, ou Visitandinas, como uma Ordem cuja finalidade original de serviço caritativo na comunidade foi impedida pela clausura exigida das freiras, quando se expandiram do seu primeiro convento, na Sabóia, para a França, [esse capítulo] antes enfatiza a intenção dos fundadores de proporcionar um lugar onde leigas pudessem dedicar-se a recolhimentos religiosos” (25). A autora narra minuciosamente os acontecimentos de 1616, quando um grupo de devotas, em Lyon, pediu para formar uma comunidade a modelo das Visitandinas e foi estimulado por Francisco e Joana, que nisso reconheceram uma oportunidade importante para estender a nova Ordem em outras partes da França. O arcebispo de Lyon, no entanto, insistiu que a fundação só era viável, se as mulheres aceitassem a clausura. 14 Diefendorf responde a historiadores que criticaram Francisco e Joana por conformar-se com essa solicitação que pôs fim à possibilidade de as freiras sairem do convento para fins de empreendimentos caritativos: Esses historiadores não entenderam a questão: o serviço à comunidade nunca foi o objetivo principal da fundação das Visitandinas... Tampouco é verdade que Joana de Chantal e Francisco de Sales se opuseram tenazmente ao princípio de clausura religiosa. Bem ao contrário; como outros da sua época, eles admiravam conventos com clausura como a forma mais elevada da vida religiosa (177-188). Diefendorf chama à atenção os aspetos inovadores e inspirados do plano dos fundadores, citando da carta de Francisco à Madre Marie-Jaqueline Favre que foi enviada a servir como superiora da fundação em Lyon: “Consinto, de boa vontade, em que seja uma Ordem religiosa, contanto que, pela suavidade das Constituições, jovens doentias possam ser aceitas, viúvas encontrem recolhimento e leigas encontrem algo de refúgio [para perseguir] o seu avanço no serviço a Deus” (178). Os leitores podem avaliar o significado da parte final da diretriz de Francisco, enquanto dá a leigas o direito de entrar o convento para edificação espiritual entre as Visitandinas, quando se lembram da discussão de Diefendorf, em capítulos anteriores, sobre a estreita mas freqüentemente desajeitada relação que existia entre a elite leiga e religiosas enclausuradas. As mulheres piedosas que organizaram e financiaram a fundação de novos conventos em Paris – muitas vezes esposas ou viúvas de aristocratas abastecidos e oficiais do rei – esperavam uma participação vigorosa, inclusive a entrada na clausura das comunidades religiosas que patrocinavam. Algumas freiras, como as Carmelitas Descalças espanhóis que fundaram o primeiro convento da Ordem em Paris em 1604 (e com quem tanto Francisco como Joana tinham ligações estreitas), temiam que a intrusão de benfeitores leigos corrompessem, inevitavelmente, a vida de austeridade e oração permanente de freiras enclausuradas. No entanto, as Carmelitas, como igualmente outras comunidades 15 monásticas, acharam impossível resistir a tais visitas, já que produziam frutos reais que ajudavam a expansão da Ordem pela França afora. Francisco e Joana assumiram uma situação que tinha sido uma problema e a transformaram numa positiva. Mantendo o cerne da convicção salesiana de que cada pessoa é chamada à santidade, desenvolveram uma modalidade que atendia as necessidades espirituais de mulheres, independentemente do estado de vida delas. A presença de leigas no convento não era uma concessão necessária mas lamentável a benfeitoras piedosas, mas, ao contrário, se tornou uma parte integral da missão visitandina: “A vocação apostólica que Francisco previa para as Filhas da Visitação não se encontra no atendimento de doentes ou indigentes, mas no abrigar e proporcionar aconselhamento espiritual a leigas” (179). Essa modalidade ia ser imitada amplamente por outras comunidades religiosas na França. Diefendorf, de fato, mostra que o plano de Francisco e Joana, permitindo a Visitandinas oferecer orientação e recolhimento para leigas, era uma defesa implícita de um apostolado feminino. O aspeto mais importante do livro bonito de Diefendorf é sua reavaliação do lugar da mulher na Igreja da ContraReforma. Contradizendo a caracterização comum de mulheres da era ante-moderna como vítimas desafortunadas de uma estrutura rígida e patriarcal repressiva, o estudo dela mostra que, ao menos na França, foram uma força vigorosa que levou adiante a renovação católica. No entanto, ela percebe que suposições sobre sexo e papéis de sexo serviram para abaixar a contribuição notável e defende uma reavaliação da liderança feminina, inclusive a de Joana: Narrações históricas tradicionais escureceram a participação ativa de mulheres na criação de instituições, na formação de espiritualidade e sistema de valores que caracterizaram a Reforma Católica na França por concentrar demasiada atenção a realizações de um punhado de grandes homens. Até mulheres, cujos nomes originaram textos clássicos, aparecem como parceiras subordinadas, encarregadas com a execução de projetos de 16 homens brilhantes. Joana de Chantal está na sombra de Francisco de Sales, ... os santos recebem mais reconhecimento do que as santas por fundar Ordens religiosas que as colaborações daqueles produziram (245246). O estudo de Diefendorf contribuiu muito para o reconhecimento de que mulheres, como também homens, dirigiram o desenvolvimento do catolicismo da era antemoderna. Christopher C. Wilson Sendo perito na arte católica da era ante-moderna, Christopher C. Wilson recebeu o doutorado Ph.D. na história de arte em The George Washington University, onde leciona atualmente no Department of Fine Arts and Art History. Ele é membro também do Institutum Carmelitanum em Roma. O seu ensaio “Picturing the Way of Perfection: Grégoire Huret´s Engravings of St. Jane Frances de Chantal (1644) in their Teresian Context”, será publicado em Human Encounters in the Salesian Tradition, a ser publicado em 2006. 17 Estudos Salesianos pelo mundo afora ICSS RELATO DO ENCONTRO DA ICSS EM ROMA 15-17 DE ABRIL DE 2005-10-17 A ICSS encontrou-se no Generalado dos Oblatos De Sales em Roma, nos dias 15 a 17 de abril de 2005. Como sempre, o acolhimento e a hospitalidade de Pe. Francisco J. Blood, OSFS, superior religioso da Comunidade do Generalado, não podiam ser mais cálidos e atenciosos. Esse foi o primeiro encontro cara a cara da ICSS depois de muitos anos. Aconteceu que os dias marcados para esse encontro caíram entre o enterro do Papa João Paulo II e a eleição de Papa Bento XVI. No primeiro dia do seu encontro, os membros da ICSS (representando a Congregação) concelebraram, no dia 15 de abril, a Missa de novena para o descanso da alma do Papa João Paulo II, na Basílica de São Pedro. Essa Missa era especialmente para membros de institutos e congregações religiosos (vida consagrada). Entre outros destaques desse encontro constavam: Atualização sobre o Encontro Humano na Tradição salesiana O andamento da ordenação dos documentos apresentados para a publicação neste volume, comemorando o 4º centenário do primeiro encontro de São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal. Aguarda-se a publicação no início de 2006. 18 Avaliação das Propostas de Subvenção da ICSS para 2005-2006 Foram avaliadas as propostas de Subvenção da ICSS para 2005-2006. Essas propostas e a avaliação pela ICSS foram apresentadas ao Pe. Geral e seu Conselho. Preparação de Propostas para o Capítulo Geral de 2006 A ICSS formulou três propostas a ser apresentadas ao Capítulo Geral de 2006. Essas incluem (1) o Plano Estratégico de Cinco Anos [2006-2011] da ICSS; (2) emendas e eliminações no Estatuto da Comissão Internacional para Estudos Salesianos [revisado em 1998]; e (3) patrocínio, por parte da Congregação, da biografia de Pe. Brisson, sendo escrito por Pe. Dirk Koster, OSFS [a versão holandesa será completada em 2007, de maneira que pode ser traduzida em outras línguas, em tempo útil, para o centenário da morte de Pe. Brisson em 2008]. Assuntos diversos Alguns outros temas foram discutidos, inclusive a importância dos Arquivos da Congregação, particularmente o excelente trabalho pioneiro e contínuo do arquivista da Congregação, Pe. Roger Balducelli, OSFS; a assistência pelo encarregado do sítio da ICSS às regiões da Índia e da África e à Província Italiana para desenvolver seus próprios sítios na rede; e uma recomendação aos Superiores Maiores sobre a prioridade do empenho ministerial para obter um doutorado nos estudos salesianos, especialmente visando o bem comum e a viabilidade da Congregação e a missão dela de divulgar o espírito e a doutrina de São Francisco de Sales (Constituição 11). A experiências e os resultados satisfatórios daquele encontro enfatizaram a importância de uma reunião da ICSS regularmente. Assim, a ICSS decidiu que se encontrará cada três anos para uma reunião cara a cara . O 19 próximo encontro foi programado para 2008; isso oferecerá uma oportunidade para avaliar o andamento do Plano de Cinco Anos e - se necessário for – aplicar ajustes, como também considerar outros temas. No intervalo entre os encontros regulares, os membros da ICSS estão em contato (às vezes diariamente, muitas vezes semanalmente) via e-mail e se aproveitarão também da oportunidade de reunir-se quando as circunstâncias o fazem possível, como no Capítulo Geral de 2006 e nos encontros anuais dos Superiores Maiores. Notícias Cibernéticas Pe. Herbert Winklehner, OSFS, o encarregado do sítio da ICSS, criou uma sítio novo, dedicado a Pe. Brisson, com o nome de domínio: www.louisbrisson.org. A “edição millenium”, preparada por Pe. Roger Balducelli, OSFS, será acrescentada gradualmente a esse sítio, junto com traduções desse texto em inglês, alemão, espanhol e português. O objetivo da ICSS é ter esses textos colocados nesse sítio em 2008, o centenário da morte de Pe. Brisson. www.wikipedia.org é uma enciclopédia-de-conteúdo-livre na Rede Mundial (www), onde qualquer um pode oferecer – gratuitamente – informação sobre assuntos diversos e em idiomas distintos. Esse sítio é um dos 500 sítios mais usados pelo mundo afora. Atualmente, vários artigos sobre assuntos salesianos se encontram nesse sítio, inclusive São Francisco de Sales, os Oblatos de São Francisco de Sales, Louis Brisson, Franz Reisinger, Madre Maria de Sales Chappuis, Santo Joana Francisca de Chantal, Santa Margarida Maria Alacoque e as Visitandinas. Qualquer interessado na espiritualidade salesiana é convidado a contribuir para essa enciclopédia no seu vernáculo, com artigos salesianos novos e/ou corrigir artigos já colocados. Nesse sítio, a biografia de São Francisco de Sales está à disposição em inglês, francês, alemão, japonês e polonês. Essa enciclopédia livre representa um meio valioso para divulgar a espiritualidade salesiana. 20 Região da Ásia ÍNDIA Os Oblatos de Samparnaram fundaram um abrigo para proporcionar um ambiente sadio e educação integral para meninos. O albergue foi chamado “Brisson Bala Bhavan” e está sob supervisão de Pe. Shaju Kanjiramparayl , OSFS. O dormitório, refeitório e sala de estudo estavam prontos, quando eles chegaram no início de junho. Foram aceitos doze jovens e esses estão freqüentando a primeira série do ensino Secundário São Francisco de Sales num ambiente de fala inglesa, em Hebbagoddi. Os jovens provêm dos estados Tamil Nadu, Andhra Pradesh e Kamataka. Duas senhoras, uma professora e uma zeladora, ajudarão Pe. Shaju no cuidado dos jovens. Quando os recursos necessários estiverem disponíveis, o plano é de aumentar o tamanho do abrigo de maneira que possa abrigar vinte jovens. Pe. Bernard O´Connor, OSFS, diretor da De Sales University (DSU), acompanhado por Pe. John O´Neill, um membro do Corpo de Provedores DSU, visitou Samparnaram, visando o aumento dos programas de alcance educacional do DSU na Índia e a possibilidade de colaboração de Oblatos de São Francisco de Sales indianos nesse empreendimento. FILIPINAS A fundação nas Filipinas está progredindo. Pe. Josef Koeltringer, OSFS, domina o idioma local, Tagalog. Junto com Pe. Anthony Ceresko, OSFS, ele está procurando benfeitores a fim de doarem o terreno para a missão. Pe. Koeltringer também se ocupa com a divulgação da espiritualidade salesiana, dirigindo dias de recolhimento como também retiros para comunidades locais. Com uma subvenção da ICSS e o apoio do Instituto Indiano de Espiritualidade, Pe. Ceresko publicou o livro São Francisco de Sales e a Bíblia. Esse livro contém nove dos artigos de Pe. Ceresko, publicados anteriormente. Está à 21 disposição por meio de De Sales Ressources & Ministries, no sítio www.desalesresource.org. Brasil/Região Sul-Americana Dia 28 de maio de 2005, Luciano Marcos Demarco, OSFS, foi ordenado sacerdote na paróquia de sua terra natal, Santa Terezinha/Palmeira das Missões pelo Bispo Zeno Hastenteufel. O dia seguinte, dia 29 de maio, ele celebrou sua Primeira Missa na igreja da paróquia de Novo Barreiro. Desde o início de 2005, Pe. Rossetto tem sido o formador dos seminaristas em Jaboticaba. Ele é também o promotor vocacional regional. Para mais informação sobre os Oblatos de Sales na Região Sul-Americana, ver http://osfs.e1.com.br/ . Europa SALESIANOS ANALIZAM DESAFIOS NA EUROPA Como relatado por Zenit News, Padre Pascual Chavez, SDB, diretor mor, se encontrou com os Provinciais salesianos da Europa para encontrar modos esperançosos e otimistas de tratar dos desafios de um secularismo crescente que se opõe a qualquer coisa católica. Depois de indicar diversos desenvolvimentos positivos, Padre Chavez abordou uns aspetos negativos, como a falta de uma definição clara do que é Europa e um relativismo moral em aumento. “A maior preocupação é a convicção de que, atrás do secularismo anti-católico atual, existe a idéia de que o humanismo e o cristianismo se excluem mutuamente”, ele disse. “Até mais: que, entre a cristandade católica e os princípios encontrados na Europa como uma instituição, existe uma incompatibilidade fundamental.” Esse sentimento anti-católico ocasiona “a irrelevância da Igreja, a destruição da família, uma desvinculação entre a transmissão da fé e valores, uma rejeição de qualquer coisa católica.” Pe. Chavez espera que “a fé, o Evangelho e o carisma salesiano é um patrimônio que temos que 22 transmitir, já que são um dom de Deus para a Igreja e os jovens.” PROVÍNCIA FRANCESA La Lettre RES 10 contém abundante material salesiano sob quatro cabeçalhos principais: Madre Françoise Isabelle, Superiora Geral das Oblatas de S. Francisco de Sales; Intercâmbios salesianos sobre o Tratado do Amor Divino; o Quarto Centenário do Encontro de Francisco e Joana; e a Conferência Salesiana de Bénin, realizada em 1997. A parte sobre Madre Isabelle contém a homilia do Bispo Stenger de Troyes na Missa da Ressurreição, uma homenagem pelo Revmº Louis Fiorelli, OSFS, Superior Geral dos Oblatos de Sales, e uma carta de condolência da Embaixada Equatoriana na França. Os comentários sobre o Tratado tratam das partes finais do Livro 11 e o início do Livro 12. O documento de Philippe Legros é intitulado “Exercice des vertus e ´choses de peu´” (A Prática das Virtudes e das ´Coisas Pequenas´); a Irmã Thérèse-Dominique, OSFS, discute ”Vertus et Amour Divin: Livre XI, Ch. 3,4 e 5” (As Virtudes e o Amor Divino: Livro 2, cap. 3, 4 e 5); Jean-Luc Leroux, OSFS, trata “Amour, Passions de l´Âme e Joie: Livre XI, cap. 20 e 21, (Amor, Paixões da Alma e Alegria: Livro 11, cap. 20 e 21); Pilippe Legros comenta “Le Sacrifice de Abraham: Livre XII, Ch.. 10” (O Sacrifício de Abraão: Livro 12, cap. 10). Foi reimpresso também um artigo, “Une théologie de l´amour de Dieu e de l´homme” de Pe. André Brix, OSFS, que primeiramente apareceu em François de Sales, prophète de l´amour (Epinay sur Seine: CIF, 1982), apresentado e levemente retocado por Dra. Hélène Bordes. As apresentações do último verão complementam o comentário sobre o Tratado, iniciado em 1988 nos Intercâmbios Salesianos anuais. Para o futuro, RES decidiu elaborar documentos que se centralizam num tema salesiano. O tema do ano é “Un Monde à aimer: L´amour au coeur de l´optimisme salésien, une réponse aux attentes des hommes d´aujourd´hui” (Um Mundo a ser Amado: o Amor no coração do otimismo salesiano, uma 23 resposta às expectações das pessoas hoje). A conferência realizar-se-á no Centre Jean XXIII de Annecy-le-Vieux, 1115 de julho de 2005. Em RES no. 10, uma seção sobre Bossuet e S. Francisco de Sales, compilada e apresentada por Hélène Bordes, merece destaque. Entre outras coisas, contém o panegírico de Bossuet na ocasião da beatificação de Francisco de Sales. Região de Fala Alemã PROVÍNCIA AUSTRÍACA/ALEMANHA DO SUL A paróquia de S. Francisco de Sales, em Viena, Áustria, atendida pelos Oblatos De Sales, agora tem seu próprio sítio na rede: www.pfarrefranzvonsales.at. Nesse sítio se encontram informação sobre eventos paroquiais como também a respeito do seu padroeiro. Os Oblatos de Sales apresentarão uma romaria “Nas pisadas de S. Francisco de Sales” a Annecy e vizinhança, para os dias 28 de agosto a 3 de setembro de 2005. Para mais informação e inscrição, ver www.osfs.at . A igreja de Santa Ana, em Viena, Áustria (www.annakirche.at) anunciou, para o outono de 2005, uma série de conferências sobre a espiritualidade salesiana: “Assiduidade: A Arte da Perseverança”. Pe. Thomas Muehlberger, OSFS, 25 de outubro, às 19 hs.: “O Amor: Fonte e Objetivo de Todas as Virtudes”. Pe. Alois Haslbauer, OSFS, 8 de novembro, às 19 hs.: “O Otimismo: Uma Virtude para o Futuro?”. A Irmã Maria Brigitta Kaltseis, OSFS, 13 de dezembro, às 19 hs. Cada terceira sexta-feira do mês há um grupo de reflexão que discute textos diversos da Introdução à Vida Devota. O próximo encontro da Arbeitsgemeinschaft fuer salesianische Studien (Grupo de Trabalho para Estudos Salesianos) está programado para os dias de 21 a 23 de outubro de 2005, no Centro Salesiano do Salesianum Rosental, em Eichstätt, Bavária (www.salesianumrosental.de). O tema principal do encontro será a tradução alemã das cartas de Santa Joana de Chantal. 24 Da sexta-feira, dia 2 de dezembro, até domingo, 4 de dezembro, haverá uns dias de recolhimento no Exerzitienhaus Maria Hilf (Centro de Retiros), em Passau, Bavária. Para mais informação e inscrição, ver www.osfs.at . Em 2006, a revista salesiana LICHT celebrará centenário de sua existência. Em 1906, LICHT foi fundada, em Viena, por Pe. Joseph Lebeau, OSFS, primeiro Provincial da Província Áustria/Alemanha-do-Sul, para informar o mundo de fala alemã sobre os Oblatos De Sales e a espiritualidade salesiana. Desde então, essa revista tem sido publicada cada mês ou cada dois meses, mas não durante os anos 1939 até 1945, quando sua publicação foi proibida pelo governo Nacional Socialista na Alemanha. Imediatamente depois da guerra, no início de 1946, LICHT reassumiu a publicação, com a permissão do governo militar dos USA na Alemanha. Planeja-se uma edição especial de LICHT para celebrar esse centenário. Em 1906, a fundação da Província Áustria/Alemanha-do-Sul dos Oblatos De Sales foi oficialmente ratificada pelo Papa Pio X. O centenário da Província será celebrado no dia 26 de março de 2006 no Salesianum Rosental, em Eichstätt, Bavária, e no dia 27 de maio de 2006, em Viena, Áustria, lugar de sua fundação. No início do Capítulo Geral dos Oblatos De Sales, no dia 30 de julho, esse aniversário também será comemorado. Desde 1984, a “Gesellschaft der Katholischen Publizisten Deutschlands” (Sociedade de Publicistas Católicos da Alemanha) tem outorgado anualmente o prêmio da “Franz von Sales-Tafel” (Placa São Francisco de Sales) a uma pessoa que se destacou no terreno do jornalismo católico. Pe. Albert Keller, SJ, é o ganhador desse prestigioso prêmio em memória de S. Francisco de Sales, o padroeiro dos jornalistas e escritores. Para mais informação sobre esse prêmio salesiano ver o sítio da sociedade: http://www.gkp.de/Salestafel.php . PROVÍNCIA ALEMÃ 25 Durante a Jornada Mundial da Juventude de 2005, em Colônia, Alemanha, acontecerão “Dias de encontro internacional com os Oblatos de Sales para jovens entre 16 e 30 anos de idade” em Casa Overbach, perto de Jülich, na Alemanha, (www.overbach.de) do dia 11 a 15 de agosto de 2005. Para mais informação, ver www.osfs.at, link “Wjt2005”. IRMÃS OBLATAS DE S. FRANCISCO DE SALES Na ocasião do centenário das Oblatas em Linz, Áustria, um grupo de Oblatas, professores leigos e amigos da Congregação fizeram uma romaria aos lugares históricos dos fundadores Louis Brisson e Léonie Aviat (Troyes, Plancy, Paris, etc.), do dia 3 a 8 de maio de 2005. Uma síntese dessa viagem encontra-se no sítio das Oblatas: http://schwestern.oblatinnen.at/ sob o link “Mitteilungen”. FILHAS DE S. FRANCISCO DE SALES Durante a primavera de 2005, o grupo austríaco e o alemão das Filhas de S. Francisco de Sales fizeram retiro, o primeiro sendo dirigido pelo Professor Stephan Mueller, que ensina Teologia Moral na Universidade Católica de Eichstätt, e os segundo por Fr. Karlheinz Vogler, o diretor espiritual das Filhas de S. Francisco de Sales em Dortmund, Alemanha. Durante o primeiro retiro, a nova coordenadora geral, A. Trabichet, e a senhorita Helen Dora-Fehr do grupo suíço falaram sobre os prejuízos causados pelo tsunami na Índia, onde as Irmãs SMMI estão trabalhando para ajudar as vítimas do tsunami, especialmente os desabrigados. As Irmãs SMMI são a rama religiosa das Filhas de S. Francisco de Sales. O encontro vindouro das dirigentes das Filhas, em Rastatt, Alemanha, será orientado por Pe. Herbert Winklehner, OSFS, que refletirá sobre o “Misticismo de S. Francisco de Sales para Hoje” O sítio na rede das Filhas www.franz-von-sales.org tem sido muito bem-sucedido. Durante os últimos três anos, cada semana, um novo trecho dos escritos de S. Francisco de Sales tem sido colocado; esse sítio teve uns 8.000 26 visitantes. Durante o mesmo período, o “trecho da semana” foi enviado por e-mail a uns 1.500 pessoas. Considera-se seriamente como a Internet pode ser usada ainda mais efetivamente para atrair vocações. IRMÃS DAS CIÊNCIAS SAGRADAS A Congregação das Irmãs das Ciências Sagradas foi fundada em 1997, na Diocese de Mysore, Índia, por Pe. Anthony Kolencherry, MSF. A nova Congregação tem como modelo S. Francisco de Sales que era um mestre da vida e doutrina espirituais. A missão dela é estimular jovens mulheres a servir Deus na vida consagrada, ao partilhar com outros conhecimento e espiritualidade teológicos. Todas as candidatas estudam a Bíblia, Teologia, Filosofia ou campos científicos afins. Com a fundação dessa Congregação, a família salesiana se estendeu. Pode-se obter mais informação sobre das Irmãs das Ciências Sagradas, Kloster Visitation, Grenchenstrasse, 27, 4500 Solothurn, Suíça, e-mail: [email protected] . Estados Unidos PROVÍNCIA TOLEDO-DETROIT “Live Jesus: Today´s Challenge” é o tema da 23ª Conferência Anual de Joseph F. Power, OSFS sobre a Espiritualidade de São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal, patrocinada pelos De Sales Ressources & Ministries Center. Terá lugar em Durham, North Carolina, de 4 a 7 de agosto. Os expositores principais são os seguintes: Pe. Barry Strong, OSFS, “Salesian Living in the Modern World”; Olívia Wills Kane, “Reality Religion: Loving Our Real Church Imperfect and Incomplete”; e Irmão Michael O´Neill McGrath, OSFS, “Poor Widows, Village Folks, and Children of Light”. Haverá outros apresentadores a grupos menores. Incluem os temas e assistentes seguintes: “Live Jesus ... In Marriage and Family: Divinity in Disguise: Unmasking God in Everyday Living and Loving”, Kevin Anderson; “Live Jesus … In Being with the Poor: An Incredible Experience and An unbelievable Journey”, Fr. William Auth, OSFS; 27 “Live Jesus … In Time of Conflict: A Salesian Response Provoking Peace in Time of War”, Pe. Mark Plaushin, OSFS; “Live Jesus … In the Buisiness World: Living Our Beliefs in the Workplace”, Ann Doody Well. Mais informação pode ser encontrada em www.desalesresource.org . A coleção excelente de livros salesianos no De Sales Resources & Ministries Center (DSRMC) em Stella Niagara, News York, agora pode ser consultada, utilizando o catálogo on-line do Trexel Library da D Sales University, localizado em http://trexler.desales.edu/search/. O DSRMC continua pondo à disposição para peritos salesianos recursos difíceis de encontrar. Além disso, o DSRMC segue atualizando o seu catálogo e reimprimindo livros sobre assuntos salesianos que se esgotaram. O DSRMC é um dos divulgadores mais eficientes da espiritualidade salesiana. Para mais detalhes sobre as fontes valiosíssimas que ele oferece, acesse o seu URL acima. PROVÍNCIA WILMINGTON-FILADÉLFIA Tanto o De Sales Spirituality Center (DSC) como o Salesian Center for Faith and Culture (SCFC) na De Sales University receberam subvenções para favorecer os trabalhos deles, ao promoverem as idéias e a espiritualidade salesianas. A Koch Foundation outorgou US $10.000 ao DSC como ajuda inicial para um Programa de Alunado Salesiano. O objetivo desse programa de quatro anos é exercitar grupos de colaboradores leigos para desenvolver e apresentar diversos tipos de programas salesianos em cada apostolado de Oblatos. Pe. Michael Murray, OSFS, Diretor Executivo do DSC, distribuiu um esboço de proposta para esse projeto ambicioso para seu Conselho e os cinco Diretores Regionais do DSC, solicitando-lhes sua contribuição. Esse programa reavive e estende um dos programas originais do DSC, e, se for bem-sucedido, há de tornar-se um modelo para a colaboração de leigos com os Oblatos. Pe. Murray vê claramente que, entre outras coisas, maiores recursos financeiros serão necessários para conseguir a realização do projeto. Evidentemente, o DSC continua oferecendo muitos programas – dias de recolhimento, retiros, missões 28 em paróquias, etc. – como também para ampliar seu sítio na rede com numerosos recursos que assistem tanto particulares quanto grupos para promover o Carisma Oblato-Salesiano. Pe. Michael Donovan, OSFS, assiste valiosamente a Pe. Murray, ao desenvolver diversos desses recursos, especialmente guias de estudo para livros salesianos. Para uma idéia mais completa daquilo que está à disposição, visite o sítio do DSC em www.oblates.org/center. Uma subvenção de US$ 40.000 da Fundação de Frank e Jane Ryan proporcionou a possibilidade a SCFS dirigir um Instituto de Liderança Salesiana. Um grupo de cinco Oblatos (os Padres Thomas Dailey, Presidente; Doug Burns, John Hanley, Peter Leonard e Alexander Pocetto) estão trabalhando com a direção do Catholic Leadership Institute (CLI) para imbuir o material do CLI de princípios salesianos. Catorze estudantes foram selecionados pelo SCFC para esse instituto, que consiste em dois retiros de fim de semana e dez encontros semanais, junto com uma quantidade de material para a reflexão e prática pessoais. O programa dos Salesian Studies On-Line, sob o patrocínio do SCFC, ofereceu seis cursos a vinte e seis estudantes em onze estados e uma nação estrangeira. A De Sales University está planejando a construção (US$ 5 milhões) de um novo Centro Salesiano para Fé e Cultura. Pe. Dailey, Diretor Executivo, revisou os planos preliminares e está trabalhando para conseguir possíveis contribuintes. Para mais informação sobre as atividades e programas do SCFC, visite http://www4.desales.edu/SCFC/ . A Nativity School, um apostolado novo recém iniciado da Província para a educação de meninos pobres, foi tratado com especial destaque no The New York Times de 24 de novembro de 2004. A escola foi elogiada por seu “currículo rigoroso, critérios amplos, classes de poucos alunos e atenção individual.”. Claro, o destaque para todo o tratamento pedagógico é o espírito salesiano. Felicitações ao Irmão Ed Ogden, OSFS, Diretor, Pe. Richard DeLillio, OSFS, Diretor Executivo, aos professores, à equipe de 29 auxiliares e aos estudantes de Nativity por seu início bemsucedido! Como começo de uma celebração de um ano de duração da De Sales University, motivada por seu 40º aniversário, foram feitas apresentações para a faculdade e o pessoal por Pe. Daniel G. Gambet, OSFS, Presidente Emérito, e Pe. Alexander Pocetto, OSFS, Anterior Vice-Presidente (aposentado), sobre a história da Universidade e da missão salesiana-oblata. À faculdade e ao pessoal de horário integral foram entregues cópias da nova história da Universidade, com o título Drawing Out he Goodness: From Allentown College to De Sales University (1964-2001), escrita por Pe. Pocetto. Esse livro se pode adquirir da livraria da Universidade. A versão inglesa do vídeo sobre a vida de São Francisco de Sales, preparada por Pe. A. Robert McGilvray, OSFS, e baseado no Sage and Saint de André Ravier, agora se pode comprar dos De Sales Resources & Ministries (www.desalesresource.org) . O vídeo está dividido em oito seções de 15-20 de duração. João Paulo II e Bento XVI sobre o Mistério Primordialmente Salesiano Bíblico da Visitação Na sua reflexão “Maria e o Ano da Eucaristia” na Circular de Notícias XXIV do General (abril-maio de 2005), Pe. Lewis S. Fiorelli, OSFS, Superior General dos Oblatos De Sales, apresentou uma síntese excelente das reflexões do Papa João Paulo II sobre Maria e a Eucaristia, na sua encíclica Ecclesia de Eucharistia (Sobre a Eucaristia em Relação com a Igreja) capítulo 6. Entre os muitos importantes pontos aos quais Pe. Fiorelli dirige a nossa atenção à visão do Papa João Paulo, relacionada com o mistério da Visitação: “Quando, na visitação, [Maria] leva no seu ventre o Verbo encarnado, de certo modo Ela serve de ´sacrário´ - o primeiro ´sacrário´ da história –, para o Filho de Deus, que, ainda invisível aos olhos humanos, se presta à adoração de Isabel, como que “irradiando” a sua luz através dos olhos e a voz de Maria” (n. 55). A Circular de 30 Notícias XXIV do Geral se encontra no www.franz-vonsales.de . O Serviço de Notícias do Vaticano relatou que no dia 31 de maio de 2005, a festa da Visitação de Nossa Senhora, também o Papa Bento XVI refletiu sobre a dimensão desse mistério primordialmente Salesiano Bíblico. Falando a um grupo de fiéis, que acabou de rezar o terço no Jardim do Vaticano, Bento recordou a descrição do seu antecessor de Maria como a “Mulher Eucarística, e acrescentou: “Levando no seu ventre Jesus recentemente concebido, Maria vai visitar sua prima de avançada idade, Isabel ... De certo modo podemos dizer que sua viagem foi – queremos sublinhar isso neste Ano da Eucaristia – a primeira procissão eucarística.” Anotações Breves Um artigo sobre o Irmão Michael O´Neill McGrath, OSFS, que goza uma reputação nacional por seu trabalho de combinar a arte e espiritualidade, apareceu na edição de 14 de abril de 2005 do Catholic Standard, o boletim de notícias da Arquidiocese de Washington. Para comemorar a festa de S. Francisco de Sales, o jornal da Arquidiocese de Filadélfia, The Catholic Standard and Times, publicou o artigo: ´Be What You Are and Be That Well´: O que a Espiritualidade Salesiana ensina a Estudantes Universitários”, de Erin Maguire, um estudante na De Sales University. Dois livrinhos muito atraentes, “Educating the Mind and Heart in the Visitation Tradition” e “Justice shall Flourish” foram publicados pelas Visitandinas. Pe. Kevin Nadolski, OSFS, colaborou no último dos dois. Paul Haffner, The Mystery of Mary (Heredforshire: Gacewing, 2004), 234-235, 224 avalia positivamente a explicação de S. Francisco de Sales da morte e assunção de Maria (Tratado do Amor de Deus, Livro 7, cap. 13-14). Ele também indica a semelhança entre a idéia de Francisco sobre esse tema e a do Papa João Paulo II. 31 A edição de L´Osservatore Romano apresentou um artigo do Arcebispo Ângelo Amato, SDB, intitulado “Os Quatro Pilares da Espiritualidade Salesiana”. Ocupou toda uma página, com a gravura de Turino de Francisco de Sales. Os quatro pilares são (1) a devoção a Maria, Auxílio dos Cristãos; (2) a devoção a Jesus Eucarístico; (3) um sistema de educação, fundamentado sobre alegria e esperança; e (4) a devoção à Igreja e ao Vigário de Cristo. Publicações novas INGLÊS Dom Charles M. Murphy, Belonging to God: A Personal Training Guide for e Deeper Catholic Spiritual Life (New York: Crossroad, 2004). Esse é uma remodelação da Introdução à Vida Devota e pode ser adquirido no De Sales Resources & Ministries Center. Uma guia para discussão sobre esse livro está à disposição no sítio da rede do De Sales Spirituality Center: www.oblates.org/spirituality/desales_discussions/dis_belon ging_to_god.pdf . S. Francisco de Sales, Sermons on the Eucharistic, trad. por Alexander T. Pocetto, OSFS, com um comentário de James F. Cryan, OSFS (Center Valley, PA.: Salesian Centre for Faith & Culture, 2005). Essa publicação apresenta, em tradução inglesa, as três pregações dogmáticas de Francisco sobre a Eucaristia, de 1597. A tradução é complementada pelo ensaio criativo de Cryan “Francis de Sales, Mystagoge: A Commentary on the Dogmatic Sermons on the Eucharist (1597)”. Juliana Devo, RGS, “Learning to Live Serenely: The Wisdom of Francis de Sales”, Review for Religious, 64 (2005): 184193. Madeleine Grace, CVI, “St. Francis de Sales: Gentle and Saintly Sage, Emmanuel, (março/abril 2005): 148-159. John Sankarathil, OSFS, Called to Be Prophets of Holiness: Challenges and Dynamics of Prophetic Witness in the Indian Context”, Vidyajyoti Journal of Theological Reflection 69 (jan. 2005): 42-56. 32 ALEMÃO Franz von Sales, Philothea. Anleitung zum frommen Leben (Introdução à Vida Devota). Dessa brochura da Introdução, traduzida para alemão por Pe. Franz Reisinger, OSFS, e publicada por Frans Sales Verlag, Eichstätt, Bavária, já foram vendidos 90.000 exemplares. Esse livro de tanto êxito foi agora reeditado. Para mais informação, ver www.franz-sales-verlag.de . Franz Wehrl, Die Schriften des hl. Franz von Sales (Os Escritos de S.Francisco de Sales) ( Würzburg: Echter Verlag, 2005). Um estudo compreensível e profundo da história dos escritos de e sobre S. Francisco de Sales, a partir das primeiras publicações da vida do santo até fins do século vinte. Infelizmente, uma das publicações mais recentes do século 21, ou seja, a biografia original de Pe. Dirk Koster, OSFS, não é mencionado. Encontra-se o livro via internet, no www.echter.de . O Cardeal Joseph Ratzinger, Heiligenpredigten (Sermões sobre Santos) (Munich: Wewel Verlag, 1997). O Papa Bento XVI publicou muitíssimos livros como Cardeal Joseph Ratzinger. E uma alegria encontrar nesse livro - uma coleção dos seus sermões sobre santos - uma pregação sobre S. Francisco de Sales. A mesma pode ser lida também no sítio web da ICSS, www.franz-von-sales.de , sob “Articles”. Publicações Vindouras Dr. Viviane Mellinghoff-Bourgerie está terminando, com colaboração de Frieder Mellinghoff, uma bibliografia internacional salesiana, intitulada Bibliographie dês écrivains français – François de Sales (Saint). Essa obra de quase 500 páginas com uns 3500 itens (dos quais muitos com anotações) será publicada na série “Bibliográfica. Bibliographie Thématique des Litteratures Francophones Européennes” por Éditions Memini, Paris-Roma, no fim de 2006 ou início de 2007. Para mais informação sobre o 33 trabalho de Dr. Mellinghoff-Bourgerie, ver seu sítio web: http://homepage.rub.de/Viviane.E.Mellinghoff-Bourgerie/ . Franz von Sales Schmid, um engenheiro alemão aposentado, está preparando um livro ilustrado sobre S. Francisco de Sales e a Visitação, a partir de centenas de fotos de pinturas salesianas que fez por toda Europa, durante suas visitas a muitos mosteiros da Visitação e outros lugares de interesse salesiano. As Visitandinas da Federação Alemã estão planejando uma edição em alemão do livro Le Coeur de Saint François de Sales au monastère da la Visitation de Trévise (O Coração de São Francisco de Sales no Mosteiro da Visitação em Treviso) de Pedro Fernández Rodríguez, OP. Esse livro relata a história do resgate da relíquia do coração de Francisco durante a Revolução Francesa e a transferência de Lyons para Treviso. (Leitores ingleses encontram essa história em I Leave You My Heart: A Visitandine Chronicle of the French Revolution, trad. e ed. Péronne-Marie Thibert, VSM, prólogo de Jo Ann Kay McNamara [Philadelphia: Saint Joseph´s University Press, 2000].) O boletim NOTÍCIAS DA ICSS foi fundado em 1997 e é publicado duas vezes por ano pela Comissão Internacional de Estudos Salesianos (ICSS) dos Oblatos de São Francisco de Sales (Joseph Chorpening, OSFS, Presidente; Herbert Winklehner, OSFS; Dirk Koster, OSFS). A sua finalidade principal é divulgar, em nível mundial, informação sobre assuntos salesianos (São Francisco de Sales, Santa Joana de Chantal, Pe. Brisson, fundador dos Oblatos e das Irmãs Oblatas de São Francisco de Sales, a Visitação de Santa Maria, Institutos Leigos e outros Religiosos que são membros da Família Salesiana). Editor: Joseph F. Chorpening, OSFS (Saint Joseph´s University Press, 5600 City Avenue, Philadelphia, PA 19131-1395, USA; e-mail: [email protected] ) 34 Editor de Notícias: Alexander T. Pocetto, OSFS. Notícias para a edições futuras hão de ser enviadas a Pe. Pocetto via e-mail ([email protected]), fax (610/2822049), ou pelo correio comum (De Sales University, 2755 Station Avenue, Center Valley, PA 1803-9568, USA). Diagramado, digitado e impresso no Printing Office de Saint Joseph´s University Press, 5600 City Avenue, Philadelphia, PA 19131-1395, USA 35