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KTM Score RC 1.0
TESTE
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De SOL a SOL
Com o mercado a ser invadido pelo carbono, já não encontras tantos modelos de alumínio
com equipamento perto do topo. A KTM contraria esta tendência e oferece uma bicicleta
para quem ainda torce o nariz ao chamado “ouro negro”.
Texto: Pedro Pires | Fotos: Pedro Lopes | Rider: Pedro Pires
Apesar de o carbono ser o material da
moda, o alumínio continua a ser uma
aposta segura, garantindo relações peso/
preço bem mais aceitáveis. Para além disso,
o risco de danos no quadro por queda ou
outros impactos com superfícies duras não
é tão elevado, o que torna uma bicicleta de
alumínio mais adequada para o guerreiro de
fim-de-semana que quer fiabilidade acima de
tudo e não gosta de ter de se preocupar com
o facto de um risco mais fundo na pintura poder prejudicar a resistência do material.
Mas mantendo as características “racing” de
uma crossista pura, consegue ter-se uma bicicleta muito rápida, e é este adjectivo que
assenta melhor à RC1.0.
E em termos de aceleração, há que contar com um bom par de rodas, aspecto em
que a RC 1.0 está muito bem servida. As
DT Swiss são leves e rolam sem atritos e os
pneus Rocket Ron são o compromisso ideal
para a utilização que demos a esta bicicleta:
muito singletrack rápido, subidas longas com
zonas técnicas, trialeiras de pedra solta e as
inevitáveis tiradas de alcatrão que temos de
fazer para chegar aos trilhos.
É claro que em pedras e raízes molhadas estes Schwalbe não deram a mesma confiança
que uns pneus mais largos, mas foram eficazes a eliminar a lama e também não pregaram nenhum susto, para além de rolarem
bastante bem.
Apenas pesa contra eles o facto de não terem
uma carcaça muito robusta, por isso recomendamos rolar com pressões altas quando
o piso está seco, duro e rápido. A parar esta
KTM estão os potentes e fiáveis travões Shimano XT, que para além disso são facilmente
ajustáveis graças ao rolete que controla o curso da manete. Em relação à transmissão, não
vale a pena alongar-me muito: a conjunção
dos grupos XT e XTR cumpre com distinção
o papel de transferir a força da pedalada à
roda traseira
Dentro das suspensões totais para XC, esta
KTM mostrou ser bastante polivalente: tem
uma posição neutra que proporciona conforto
em distâncias longas e eficácia a subir, agilidade, segurança e muita diversão a descer.
A RC 1.0 foi uma fiel companheira em voltas
longas e nunca se negou a nenhum trilho.
Depois de passarmos os espaçadores da
direcção para a parte superior do avanço,
ficámos com uma frente baixa e reactiva, mas
ainda confortável e segura para descer. Com
o curto guiador recto da Ritchey ficas com
muita mobilidade para equilibrares o peso do
teu corpo em subidas mais técnicas, numa
posição de Cross Country puro mas sem des-
TECH INFO
RIGOR
CONTROLO DE QUALIDADE
Comportamento eficaz e divertido
Sem pontos fracos a nível
de robustez
Pelo mesmo preço já há
muitas opções em carbono
Para garantir a qualidade de fabrico e a correcta montagem de todos os componentes,
a KTM recorre a trabalhadores especializados em funções na sua fábrica na Áustria.
Cada funcionário está habilitado para montar uma bicicleta completa e esta tarefa é
feita por equipas de dois elementos, ao contrário de outras marcas, que recorrem a
linhas de produção em que cada trabalhador apenas sabe encaixar ou montar uma
determinada peça. Nas mesmas instalações são testados quadro e componentes.
No dispositivo mostrado na fotografia, a bicicleta completa é sujeita às cargas e
desgaste equivalentes a 500 km de utilização.
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| KTM Score RC 1.0
TESTE
4,5
Quadro (
4,5
) Suspensão F (
4
conforto. Para um ataque ainda mais agressivo nas subidas basta inverter o avanço. Com
as escoras traseiras curtas torna-se fácil puxar
e controlar a frente, compensando o ângulo de
direcção bastante próximo da vertical. A medida 43 cm provou ser a ideal para os meus 1,70
m de altura e beneficiei da sua curta distância
entre eixos e tubo horizontal compacto quando
enfrentei zonas técnicas e sinuosas.
A escolha de suspensões da RC 1.0 prova a
sua vocação competidora. O amortecedor DT
Swiss com bloqueio permite alternar apenas
entre as posições de aberto ou fechado, por
isso ou apostas numa pressão de ar alta;
num compromisso para rolar com conforto,
para subir e descer razoavelmente sem te
preocupares muito em accionar o bloqueio,
ou então colocas pouca pressão no amortecedor e tiras mais partido nas descidas,
tornando a traseira totalmente rígida nas restantes situações. O reverso desta medalha
é algum bombear na traseira ao pedalar vigorosamente.
Neste modelo, o posicionamento do amortecedor torna a patilha de bloqueio muito acessí30 www.bikemagazine.pt
4,5
) Suspensão T ( ) Mudanças (
4,5
) Travões (
4,5
) Rodas (
4
4,5
) Conforto ( ) Comportamento (
A travagem está plenamente
assegurada graças aos Shimano XT. O
Posicionamento do amortecedor facilita
4
) Relação Qualidade/Preço ( )
Global
[4,5]
a utilização da patilha de bloqueio.
Um acabamento suave nas soladuras da
testa revelam a qualidade de fabrico
vel, o que em conjunto com o comando remoto
da SID à frente te vai facilitar muito a vida.
E já que falamos da SID, o exemplar que
equipa esta KTM é a típica suspensão para
XC, pouco activa, com um curso progressivo
e orientada para o rendimento. Com o botão
“gate” regulas a dureza do bloqueio (operado
remotamente a partir do guiador) desde uma
plataforma sensível aos impactos mais fortes
até à rigidez total.
Em descida, a posição neutra e a geometria
e cockpit compactos transmitem uma sensação de agilidade, e não sendo o top da
sensibilidade, as suspensões acompanham
o terreno de forma eficaz, obrigando-nos a
deixar o conforto para segundo plano e a
andar depressa.
Beneficiando de uma posição confortável
para uma bicicleta do género, de um selim
estreito mas ergonómico e de pneus bastante
leves, é um prazer rolar nesta KTM, se bem
que um amortecedor com plataforma seria
mais eficaz que o DT Swiss. Quanto às subidas, um peso contido, principalmente nas rodas, e uma frente baixa, levaram a RC1 pelas
rampas mais íngremes com facilidade.
Assim, esta bicicleta torna-se na montada ideal
para quem gosta de competir em maratonas e
provas de XC, mas não dispensa os passeios
épicos de domingo e quer pedalar de sol a sol
sem ter medo dos riscos no quadro.
71º
FICHA TÉCNICA
Quadro
Alumínio 6061
tripla espessura
Suspensão F
Rock Shox SID Team
Amortecedor Trás
DT Swiss XM 180
Direcção
Ritchey WCS Press Fit
Manípulos mudanças Shimano XTR
Manetes Travão
Shimano XT
Mudanças F/T
Shimano XTR
Travões F/T
Shimano XT
Pedais
Shimano XT
Eixo pedaleiro
Shimano XT integrado
Alavancas Pedais
Shimano XT
Cremalheiras
Shimano XT 44-32-22
Carretos
Avanço
Guiador
Selim
Cubos F/T
Aros F/T
Pneus F/T
Tamanhos
Peso aproximado
Shimano XT 11-32
Ritchey WCS
Ritchey WCS flat
Selle Italia SL XC Flow
DT Swiss 340 Disc CL
DT Swiss XR 400
Schwalbe Rocket Ron
26 x 2.1’’
43, 48 e 52 cm
11,76 43 cm c/pedais
Preço aproximado 3.692 euros
Importador
Castanheira &
Castanheira, 258 971 216
TIPO DE UTILIZAÇÃO
560 mm
CROSS COU NTRY
MARATONA
ENDURO
ALL MOU NT AI N
FREERIDE
DOWNHILL
430 mm
A NOSSA OPINIÃO
400 mm
970 mm
230 mm
1070 mm
peso
suspensão
amortecedor
travões
transmissão
preço
Uma bicicleta leve e bem equipada de XC e maratonas para durar
MELHORAMENTOS
Um amortecedor traseiro com plataforma para um conforto/eficácia acrescidos
KTM
SCORE RC 1.0
CUBE
AMS HPC E CR
LAPIERRE
X-CONTROL 510
TREK
TOP FUEL 9
11,76 kg (43 cm c/pedais)
Rock Shox SID Team
DT Swiss XM180
Shimano XT
Shimano XT/XTR
3.692 €
n.d.
Rock Shox Sid Race
Avid Elixir CR
Fox RP23
Shimano XT
3.328 €
11,2 kg (dados da marca)
Fox 32 RL FIT
Formula RX1
Fox RP2
Shimano XT/SRAM X.0
3.380 €
11,4 kg (s/ pedais)
Rock Shox Sid Race
Shimano XT
Fox RP2
Shimano XT
3.280 €
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