Revista Abrapneus - Notícias Sicopneus
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Revista Abrapneus - Notícias Sicopneus
EDITORIAl Grande vitória para o Setor! “Não podíamos deixar de destacar nesta edição da Revista a grande vitória alcançada por nosso setor: a decisão do Supremo Tribunal Federal em proibir a importação de pneus usados. Uma discussão que se arrastou por mais de uma década, com várias incursões nos Ministérios, Palácio do Planalto, Congresso, no Senado e na Organização Mundial de Comércio, e diversos fóruns de debate providos pela Abrapneus e Anip. Finalmente, as autoridades brasileiras entenderam a importância que a medida implica à preservação do meio ambiente (muito bem colocado em artigo do ministro Carlos Minc, na página 30), à manutenção da saúde e regulamentação do mercado interno. Isto só vem comprovar que a reivindicação da Abrapneus e do Sicop era correta e justa, e mostrar o quanto vale a pena carregarmos uma bandeira para defender o setor com o objetivo de promover o crescimento econômico através do desenvolvimento sustentável e da consciência ecológica. E por falar em consciência, entrevistamos a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, que nos dá uma lição de responsabilidade social. Lembro-me de quando ela iniciou o trabalho social nos anos 90 distribuindo sopa aos menos favorecidos, ação que eu igualmente realizava nas entidades das quais participava através da colaboração de empresas de alimentação e restaurantes e onde pude conhecer a grande pessoa que é Viviane. Inspirado num sonho de Ayrton, a família tem transformado a vida de crianças e jovens brasileiros através da educação e nos mostra como também vale a pena investir no social se quisermos ser uma grande nação. Ainda nesta edição, abordamos a etiqueta empresarial, indispensável para aqueles que desejam conquistar – e manter – o sucesso. Boa leitura.” Márcio O. Fernandes da Costa Presidente Índice Entrevista: O trabalho social de Viviane Senna pág.04 Atualidade: Etiqueta empresarial é a chave do sucesso pág.07 Pirelli 80 anos: Passado e futuro caminham juntos pág.12 Michelin: Anakee 2 chega mais econômico e ecológico pág.18 BFGoodrich: Lançamento para utilitários esportivos pág.19 Bridgestone: Pesquisa revela impacto da baixa pressão dos pneus ao meio ambiente pág.22 Notícia: Camex aprova medida antidumping contra chineses pág.25 Goodyear 90 anos: Registros de uma história pág. 26 Notícia: Importação de pneus usados finalmente é proibida pág. 29 Opinião: Pneus usados x preservação ambiental pág. 30 Julho/Agosto 2009 Revista Abrapneus é uma publicação da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus e do Sicop - Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos - distribuída gratuitamente a revendedores, distribuidores e fabricantes de pneus, entidades de classe, órgãos governamentais, empresas fornecedoras de produtos e serviços às revendas e órgãos de imprensa ABRAPNEUS Presidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa Vice-presidentes: Walter Paschoal, Dirceu Delamuta, Isac Moyses Sitnik, João Faria da Silva e Itamar Laércio Grotti. Secretário: Rodrigo F. Araújo Carneiro Tesoureiro: Airton Scarpa Diretores: Francisco F. Amaral Filho, Alexandre Quadrado, Geraldo Gusmão Bastos Filho, José Manuel Pedroso da Silva, Sérgio Carlos Ferreira, Gláucio Telles Salgado, Horácio Franco Zacharias, Henrique Koroth, Carlos Alberto D. P. Costa, João Ibrahim Jabur, Antônio Augusto, Célio Gazire, Ivo Giunti Yoshioka. SICOP Presidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa Vice-presidentes: Walter Paschoal e Carlos Henrique Baptista Secretário: Rodrigo F. Araújo Carneiro Tesoureiro: Dirceu Delamuta Diretoria: Horácio Franco Zacharias, Itamar Laércio Grotti, Isac Moyses Sitnik e João Faria da Silva. Conselho Fiscal: Airton Scarpa, José Linhares, Felice Perella, Mauro Luiz Barbato, Eduardo Fernandes e José Roberto Nicolau Representantes junto à Federação do Comércio SP: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Rodrigo Fernandes da Costa, Dirceu Delamuta e Walter Paschoal Secretária: Janecy Almeida de Lima Revista Abrapneus Conselho Editorial: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Dirceu Delamuta, Walter Paschoal e Silvana Coelho Edição: Margarete Costa (Mtb 22.835) Textos: Assessoria de Imprensa Abrapneus, Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli Produção Gráfica e Editorial: GT Editora – (11) 4227-5188 / 2996 Atualização de endereço, solicitação de remessa da revista ou envio de material de informações à redação, escreva para Revista Abrapneus: Av. Paulista, 1499 – 5º Andar, cj. 506, São Paulo, Capital, CEP: 01311-928 Telefax: 3284-9266 ou mande um e-mail para: [email protected], [email protected] Site: www.abrapneus.com.br É permitida a reprodução de matérias e artigos, desde que citada a fonte. As matérias e os artigos não refletem, necessariamente, a opinião e o pensamento da entidade. 3 entrevista Viviane Senna: uma vida dedicada à causa social Transformar a vida de crianças e jovens brasileiros através da educação tem sido a rotina de Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna (IAS) desde a morte de seu irmão Ayrton Senna, no autódromo de Ímola, em 1994 cialmente de crianças e jovens de baixa renda. Minha família resolveu criar o Instituto em novembro de 1994, primeiro para realizar esse desejo e, segundo, como uma resposta carinhosa e grata ao amor do povo brasileiro ao meu irmão. Abrapneus – De onde vem os recursos para realizar esse trabalho? Após o acidente, Viviane concretizou o sonho do piloto de transformar a realidade educacional do país, fundando o Instituto Ayrton Senna. Até hoje mais de 11 milhões de crianças e jovens foram atendidos pelos diversos programas educacionais desenvolvidos pela entidade – que abrangem as áreas de tecnologia, esportes, artes e trabalho –, mostrando que é possível proporcionar um ensino de qualidade e desenvolver potenciais, transformando-os em competências pessoais, sociais, cognitivas e produtivas. Em virtude desse trabalho, Viviane, que é viúva e tem três filhos, acabou deixando a rotina de psicóloga e a vida 4 discreta para tornar-se uma pessoa dedicada à causa social. Uma tarefa que exige dedicação e amor ao próximo. Em entrevista à Revista Abrapneus, Viviane faz uma análise dos problemas educacionais brasileiros e mostra como é possível a trajetória de vida das crianças e jovens que passam pelo IAS. Abrapneus – Como surgiu o Instituto Ayrton Senna? Viviane Senna – O Instituto é a concretização do sonho de Ayrton. Ele se incomodava com a desigualdade social e queria realizar um trabalho que pudesse ajudar a melhorar a vida espe- VS – Uma parte dos recursos para os programas que o Instituto desenvolve vem dos 100% dos royalties sobre o licenciamento da imagem do Ayrton e do Senninha cedidos pela minha família ao Instituto. Hoje temos 350 produtos licenciados com a imagem de Ayrton e personagem Senninha. Outra parte é gerada pelas alianças com empresas socialmente responsáveis. Também recebemos a doação de pessoas que querem abraçar a causa. Elas acessam o site www.institutoayrtonsenna.org.br e se tornam Fãs de Carteirinha da Educação. Abrapneus – O Instituto desenvolve diversos projetos, especialmente na área de educação. Por que a opção por essa área? Acredita que é possível diminuir a grave desigualdade social no Brasil com esses projetos? VS – O Instituto trabalha com educação porque acredita que é a única via capaz de transformar o potencial de cada um em competências e habilidades para a vida. Se garantirmos educação de qualidade à maioria da população – o que hoje não acontece Abrapneus dar a garantir educação de qualidade nas suas redes, disponibilizando infraestrutura e pessoal para realizar os programas nas secretarias de ensino e nas escolas. O Instituto oferece as soluções educacionais, o know-how, materiais didáticos, formação e dimensiona a estrutura necessária para a implantação dos programas de acordo com as necessidades de cada rede. Para a implementação das soluções educacionais, analisamos o contexto do município ou estado, discutimos os problemas, decidindo, juntos, o plano de ações a ser executado. O principal desafio é gerir a educação com estratégias bem definidas, metas a serem alcançadas, acompanhamento e avaliação constantes, tendo como objetivo o sucesso do aluno. Isso para que possamos vencer os maiores problemas que geram a má qualidade de ensino: o analfabetismo nas primeiras séries, a defasagem entre a idade e a série cursada pelo aluno e a evasão escolar. – podemos melhorar o desenvolvimento econômico e humano do país. Acredito que o trabalho que fazemos há 15 anos tem contribuído para a diminuição da desigualdade social. No entanto, o cenário atual ainda é de uma maioria da população infanto-juvenil que sofre as consequências de um País que ainda não provê seu povo com oportunidades. Não dá condições para que meninos e meninas recebam formação de qualidade em escolas bem estruturadas e com professores capacitados. O que tem acontecido nos quatro cantos do País é a repetição de ciclos perversos: pais analfabetos, que trabalhavam desde pequenos em subempregos, passando essa herança aos seus filhos. Por isso é tão fundamental trabalhar pela educação. Porque se esse ciclo não for rompido, se ações de impacto não forem realizadas no âmago do problema, uma pequena minoria é que continuará tendo seus direitos gaJulho/Agosto 2009 rantidos, num País imenso, mas só para poucos. Abrapneus – Quantas crianças já foram beneficiadas pelos programas do Instituto em todo o País? VS – Desde a fundação do Instituto, em 1994, atendemos mais de 11,5 milhões de crianças e jovens em 1.372 municípios de 26 estados e Distrito Federal. Para isso, capacitamos 553.512 educadores e estabelecemos parcerias com secretarias de educação, prefeituras, governos estaduais, universidades e ONGs. Abrapneus – O sistema público tem participado efetivamente desses programas? Quais os desafios para a educação brasileira? VS – No caso do setor público, as prefeituras e os governos estaduais assumem o compromisso político de aju- Abrapneus – E o setor privado, está aberto a investimentos sociais? Numa economia globalizada, qual deve ser o papel das empresas privadas quanto às questões sociais? VS – As empresas socialmente responsáveis têm representado um papel social cada vez mais ativo, porque já entenderam que são fundamentais no tripé poder público, privado e sociedade civil. Nossa experiência mostra que sem essa sinergia, sem essa união de forças, não conseguiríamos atuar em larga escala, que é nosso propósito, para garantir mudanças amplas e efetivas em todo o País. Hoje contamos com cerca de 70 empresas aliadas, dentre elas Bradesco, Credicard, Microsoft, Votorantim, Citigroup, HP, Martins, Neoenergia, Lide/ EDH, Lilly, Tribanco, IBM, Grendene, Suzano e Nívea. Abrapneus – Quais os programas do Instituto que combatem os problemas da educação e melhoram os índices de aprendizagem? VS – Para qualificar a educação formal, desenvolvemos e implementa5 entrevista mos soluções educacionais que trabalham a aceleração de aprendizagem, o combate ao analfabetismo de crianças repetentes, a gestão escolar, a avaliação e o acompanhamento do aprendizado do aluno nas séries iniciais do ensino fundamental (Programas Acelera Brasil, Se Liga, Gestão Nota 10 e Circuito Campeão, respectivamente). O Instituto faz o acompanhamento da gestão dos programas e trabalha com foco no resultado, que é o sucesso do aluno. Temos indicadores de qualidade internos que são avaliados sistematicamente para ver se atingimos as metas propostas. Além disso, todos os nossos programas implementados nas redes de ensino passam por avaliações externas da Fundação Carlos Chagas. Ou seja, diagnosticamos o problema, estabelecemos metas e definimos as estratégias e ações para se chegar a um resultado positivo. Todo o nosso trabalho tem uma perspectiva de escala, para atingir um número cada vez maior de crianças. Os dados que colhemos são reunidos no SIASI (Sistema Instituto Ayrton Senna de Informações), um programa on-line que traça todo o cenário das escolas das redes parceiras, interligando as secretarias ao Instituto, para que possamos ajustar qualquer desvio de percurso durante o processo. Abrapneus – E quando o aluno está fora da escola ou nos horários alternados às aulas formais? Vocês também têm programas que trabalham com a inserção digital? VS – Para qualificar o tempo em que o aluno está fora da escola, oferecemos soluções que utilizam o esporte, a arte e o trabalho com a juventude (Programas Educação pelo Esporte, Educação pela Arte e SuperAção Jovem), oferecendo a meninos e meninas mais subsídios para terem melhor performance na escola. Na área de educação e tecnologia, temos os Programas Escola Conectada e Comunidade Conectada, que qualificam a educação, promovem a inserção digital e preparam jovens e adultos para um melhor desempenho no mercado de trabalho. 6 Todos os nossos programas cumprem o mesmo objetivo: desenvolver potenciais, transformando-os em competências pessoais, sociais, cognitivas e produtivas. dos, ou seja, são repetentes. O tempo médio para a conclusão do Ensino Fundamental tem sido de 10 anos, sendo que o ideal é fazê-lo em oito. Há dois anos aí desperdiçados. Abrapneus – Quais os projetos do IAS para o futuro? Abrapneus – A senhora atuava como psicóloga e mantinha certa privacidade. Porém, após a perda de seu irmão em Ímola, em 1994, envolveu-se com a causa social e tornou-se uma pessoa pública. Foi difícil essa transição? VS – Vamos continuar trabalhando para ajudar a qualificar a educação, ampliando nossa atuação no País, porque muito ainda precisa ser feito. A população de crianças e jovens sem oportunidades educativas de qualidade ainda é imensa. É só olhar os números: 9.300 milhões de alunos do ensino fundamental (1ª a 8ª série) estão defasa- Programas desenvolvidos pelo IAS • Acelera Brasil • Se Liga • Gestão Nota 10 • Circuito Campeão • Comunidade Conectada • Escola Conectada • Educação pelo Esporte • Educação pela Arte • SuperAção Jovem VS – Não diria que foi difícil. Na verdade, foi um grande desafio que abracei, sempre me inspirando nos valores que meu irmão defendia na vida e nas pistas: motivação, determinação, superação e orgulho de ser brasileiro. 15 anos de vitória (dados de 1994 – 2009) • 11.640.930 crianças e jovens atendidos • 553.512 educadores formados • 1.372 municípios atingidos • 26 estados e o Distrito Federal • R$ 203.417.308,00 de investimento acumulado Abrapneus atualidades Tema muito em voga, etiqueta corporativa é uma das chaves para o sucesso Com a globalização e o avanço das telecomunicações não basta ser um craque: é preciso também ter desenvoltura para transitar nos diferentes ambientes e culturas a que estamos expostos quando trabalhamos. E, ao fazê-lo com elegância, melhoramos o relacionamento pessoal e profissional – já que este é um requisito cada vez mais valorizado no mundo dos negócios, além de nos diferenciarmos de maneira agradável. Julho/Agosto 2009 De forma clara e objetiva, a jornalista Cláudia Matarazzo – atual chefe de cerimonial do Governo Paulista e escritora de mais de uma dezena de livros sobre etiqueta – aborda todos os aspectos relacionados à etiqueta empresarial em “Negócios, negócios – etiqueta faz parte”. É interessante notar que faz parte do sucesso no mundo corporativo desde a elaboração correta de um cartão de visitas, currículo ou e-mail até saber se comportar como um líder, relacionarse como os colegas ou na comunidade (networking) e não fazer feio na hora de vestir-se ou se portar durante uma viagem de negócios. Enfim, expressar-se e ser bem compreendido e aceito neste mundo globalizado significa ficar mais próximo do sucesso. Agora, só depende de você! 7 atualidades A palavra certa O modo como você fala e se comunica com as outras pessoas pode ser fundamental para o desenvolvimento de sua carreira – por mais que a informalidade impere nos dias de hoje. E não estamos falando de regras gramaticais e do bom uso de nossa língua portuguesa, mas sim de tom de voz, intenção e até mesmo da construção de um discurso que, por puro descuido, pode soar agressivo ou fora de contexto. Falar bem, muitas vezes está diretamente relacionado à educação e preparo. Porém, mesmo que se considere razoavelmente desenvolto para falar, trate de se prevenir contra outras possíveis armadilhas. O simpático falador, profissionalmente, pode ser um desastre. Falar demais, contando histórias longas ou “cases” detalhadíssimos muitas vezes com pouco a ver com o que se está discutindo no momento é uma armadilha. Pessoas assim são cansativas e, pode reparar; frequentemente são interrompidas – ninguém tem tempo nem paciência para ouvir sagas intermináveis. Se você sabe que fala muito não precisa se refrear demais. Apenas edite seu texto e procure começar pelo que há de mais interessante ou importante no que vai apresentar. Assim, se o discurso ficar longo, o mais importante já terá sido dito. Não seja dono do mundo. Esse tipo de pessoa não fala, dita ordens. Suas frases são sempre impera- 8 tivas, com pontos de exclamação no final. E frequentemente, capazes de gerar tensão desnecessária. Ou o contrário: é do tipo bonachão com voz de trovão. Só que poucos o/a levam a sério ou ouvem, uma vez que já se acostumaram a dar o desconto aos seus decibéis extras. Em tempo: lembre-se que ouvir é tão importante quanto falar. Não faça apenas cara de interesse quando alguém está falando. Ouça mesmo e, sempre que puder, pergunte e mostre interesse. Esse simples gesto o/a tornará infinitamente mais simpático e interessante aos olhos de quem está falando. Sem falar que o diálogo ou os assuntos tratados na reunião, ficam muito mais fáceis e fluem melhor. Gíria e palavrão são como passar o sinal vermelho. Aliás, gíria de uma forma geral, pode ser uma coisa perigosa. Muita gente não conhece, outras não gostam e, dependendo da tribo, a sua expressão pode ser totalmente mal interpretada. Profissionalmente, é o fim da picada. Use uma linguagem informal, porém correta e conhecida por todos. O que tem que ser coloquial é o tom – que emprestará mais ou menos simpatia e fará você se aproximar mais ou menos das pessoas. A suavidade na Comunicação A questão hoje, não é comunicar-se, pois nesta era de tantos avanços tecnológicos nunca foi tão fácil e rápido fazer contato com qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. O importante agora é a maneira como o fazemos. E o seu futuro profissional depende da forma correta como você se comunica – ou melhor, se relaciona com as palavras. • A agressividade não é – e nunca foi uma demonstração de eficiência. A figura do chefe que inspira medo já não surte mais efeito. É uma técnica de comunicação totalmente ultrapassada. • Aliás a própria palavra “chefe” é antiga. Hoje o importante é o líder da equipe, que transmite suas decisões com clareza. E não impõe uma nova ideia, mas conversa com os seus companheiros de trabalho. • É perfeitamente possível, impor respeito e galgar degraus na hierarquia de uma empresa comunicando-se de forma cortês, sem invadir espaços, sem levantar a voz ou fazer carranca de monstro. Aliás, é infinitamente mais agradável, além de muito mais eficiente. • Até para reclamar ou mesmo reivindicar, uma abordagem cuidadosa e mais simpática pode render muito mais frutos do que uma colocação dura e intempestiva. • Lembre-se: em vez de “isso não funciona...” porque não usar: “e se nós tentássemos...” Ou então: “detesto que...” pode se tornar mais simpático com “não seria melhor...”. • “Isto é bobagem”. Além de agressivo não acrescenta nada ao problema. Já “Temos uma alternativa, o que vocês acham de...” é mais diplomático e traz uma sugestão de solução ao que você considera uma besteira. • Uma postura mais democrática também dá mais espaço para que pequenos ajustes e erros sejam feitos ou corrigidos. E não fará de você um ditador na rádio peão. • Comunicar é uma questão de palavras e entonação. Mas que fazem toda a diferença e até podem mudar a atitude de seus interlocutores com relação ao que está sendo discutido. • O melhor caminho é adotar uma atitude positiva. Ao fazê-lo, você estará automaticamente sendo mais receptivo. Abrapneus • Jamais responda sem pensar. Parece bobo, mas ainda existem muitas pessoas que na hora da adrenalina deixam as palavras saírem da boca e não do cérebro. Todo cuidado é pouco. • Na hora de ouvir uma reclamação deixe o interlocutor completar o seu pensamento. Neste momento interromper o outro não é o melhor caminho. Ouça, mas ouça mesmo o que a outra pessoa está querendo dizer e só depois fale, faça perguntas. Crie o clima de intimidade. Assim será uma conversa e não uma discussão. • Evite comparações de qualquer espécie. Nada pode ser mais indelicado e contraproducente. “por que o computador dele está conectado na Internet e o meu não”? Você corre o risco de parecer uma criança emburrada. Já com um argumento preparado a situação é outra: “se meu micro estivesse ligado na Internet poderia fazer este trabalho em apenas uma hora... Cartão de Visitas Um cartão de visitas é o aperto de mão que deixamos com alguém. É a expressão visual da nossa identidade. E, por isso mesmo, importante no momento que o entregamos a quem acabamos de conhecer ou a uma pessoa que reencontramos com quem desejamos retomar contato. Profissionalmente, eles identificam o portador indicando sua ocupação, cargo, localizando em que empresa trabalha etc. Fornecem dados de contato e são como uma senha para que, de posse dele, a pessoa sinta-se a vontade para estabelecer contato. • O visual do cartão deve ser o mais limpo possível. Se você trabalha em uma empresa, provavelmente ele levará o logotipo da mesma, seu nome e cargo no centro. Embaixo, à esquerda, o endereço com telefones e fax e a direita seu e-mail e celular. Se você é autônomo, seu nome e ocupação com os dados devem bastar. Julho/Agosto 2009 e telefone em um papel e entregá-lo a pessoa em questão. • Justamente por exigir que sejam trocados, os cartões não devem ser distribuídos a torto e direito, mas apenas entregues a pessoas com quem desejemos de fato desenvolver um relacionamento profissional ou de amizade. • Atenção: nem pense em dobrar a pontinha. É muito, mas muito deselegante mesmo. • Não há nenhum motivo para exibir cores exóticas em um cartão de visitas. A não ser que sua profissão exija que, de cara, você demonstre o quanto pode ser criativo até mesmo no cartão de visitas. • Todas as informações devem estar atualizadas. Mudanças de telefones e emails exigem mudança de cartão e não rabiscar a alteração às pressas no momento da entrega do mesmo. • O melhor momento para trocar cartões – vai depender das circunstâncias. Normalmente, em uma reunião com mais de três participantes onde as pessoas acabam de se conhecer, os cartões são trocados logo no início. Fica mais fácil localizar quem é quem. Se, no entanto, são apenas duas pessoas em um primeiro encontro e a conversa já está fluindo bem, pode-se perfeitamente trocar cartões na hora da despedida. • Se a ocasião é social, você conheceu alguém e lhe interessa continuar o contato seja discreto/a: despeça-se e, apenas na hora de ir embora, entreguelhe seu cartão. Ainda assim, sem chamar muita atenção, afinal, trata-se de uma reunião social. • Finalmente, se alguém lhe entrega um cartão, o mais cortês seria retribuir o gesto. Como muitas vezes não estamos com eles à mão, ainda assim é gentil mostrar boa vontade e anotar o nome • Porta-cartões podem parecer supérfluos, mas não são: eles protegem, evitando que as bordas fiquem sujas ou gastas. Portanto, invista em um, liso, de couro ou em um material mais resistente como metal prateado ou escovado para carregar os seus. • Cartões sociais – ele pode ser duplo, com apenas o seu nome e sobrenome impressos na frente. Ou simples. Eles servem para mandar flores, presentes, pequenos recados acompanhados de qualquer objeto que se queira mandar ou devolver. E, nesse momento, o cartão profissional com toda a burocracia de dados impressa, simplesmente não serve. Ser um líder Cláudia Matarazzo nos conta que certo dia, tomando café em pleno shopping center, ouviu de um garoto de uns nove anos a seguinte frase: “Mamãe, quando eu crescer quero ser um líder…” Na hora achei graça, mas depois comecei a pensar: será que dá para “virar” líder, ou já nascemos predestinados? E, no caso de conseguirmos o intento, será que há tantas vantagens assim no cargo, ou só é bom para alguns poucos, com inegável e forte vocação? Há quem diga que para liderar basta acrescentar algumas habilidades inatas, como organização, loquacidade e capacidade de administrar pessoas. Outros, baseados inclusive em pesquisas científicas, afirmam que é preciso ter 9 atualidades nascido com determinadas características que lhes permitam liderar com mais facilidade, entre elas a capacidade de maior produção de certas substâncias neurotransmissoras, como a serotonina. Talvez o segredo da liderança seja justamente um encontro desses vários fatores – assim como não podemos esquecer que contexto e conjuntura histórica também desempenham um papel importante. Mas afinal de contas, o que é um líder? Segundo Daniel Goleman, autor da teoria da Inteligência Emocional, um líder deve dominar e transitar bem em pelo menos duas áreas distintas e igualmente importantes: Consciência de si próprio – manifestada de várias maneiras: a. Consciência emocional – capacidade de entrar em contato com suas emoções, detectar sentimentos e a maneira como eles podem afetar seu rendimento ou influência sobre os outros. b. Confiança em si mesmo – capacidade de apoiar-se e usar seus pontos fortes para transmitir segurança. c. Transparência – saber expressar de maneira sincera seus sentimentos de maneira a não deixar dúvidas quanto a suas posições e conquistar credibilidade. d. Iniciativa – um líder vai atrás das oportunidades ou acaba por criá-las jamais espera que caiam do céu. Além de ser capaz de tomar as decisões mais difíceis antes que seus companheiros. Consciência Social – um líder sem apoio do grupo não é um líder e, para consegui-lo, é necessário ter ou desenvolver: a. Empatia – capacidade para conhecer os sentimentos do outro ou do grupo através de sinais de comportamento e/ ou mudanças sutis nas atitudes. b. Percepção organizacional – talento para detectar as redes que se formam entre seus liderados ou empregados e situar cada um deles em uma posição ou escala hierárquica, de maneira a otimizar o rendimento de cada um. 10 c. Serviço – mesmo em uma posição privilegiada e de comando, um líder jamais deve esquecer que sua função é oferecer e/ou defender um serviço, um produto, uma ideia, uma corporação… Talvez você esteja se perguntando se não será uma enorme perda de tempo e energia querer transformar-se em um líder. Talvez até seja – ninguém é obrigado a nascer talhado para isso. E nem é pecado querer ficar na sua ou ser apenas um feliz liderado satisfeito com o seu papel de observador, trabalhando nas bases de apoio em vez de nas fileiras da frente – de qualquer que seja a causa ou profissão abraçada. Networking Conversar, bater papo, ir a festas, passeios, shows, coquetéis, eventos em geral, também é trabalho. E muitas vezes pode ser tão importante quanto as horas passadas na empresa ou em reuniões de negócios. Atualmente não basta ser apenas profissional é preciso conviver e circular. Há também quem não goste muito ou não saiba como se comportar em determinados tipos de situações. O mais importante é estar preparado para agir com elegância em qualquer que seja a ocasião: um churrasco na casa do seu chefe ou uma vernissage. - Lembre-se: estas reuniões são fundamentais para o profissional que deseja crescer e mostrar o seu trabalho, além dos corredores da empresa. - Pelo menos no início da conversa evite falar de religião e política. Até conhecer melhor o chão onde está pisando. Comece com comentários sobre fatos do dia, da cidade ou mesmo sobre a campanha da seleção. - Se perceber que o assunto profissional não é o tema dominante não insista. Se for o caso, marque um encontro ou avise que você liga para conversarem melhor outra hora. - Se for um evento entre políticos não há como fugir do assunto – política – e será preciso deixar clara sua opinião. Mesmo assim vá com calma: seja firme nas suas posições, marcando a sua posição, porém sem se inflamar demais deixando pouco espaço para conversas. - Em noite de autógrafos, mesmo que seja muito íntimo do autor, não tente furar a fila. Também não dá para chegar até ele de mãos abanando. Compre o livro, e não demore na conversa: seja rápido, pois há outros na fila esperando. - Você quer se apresentar a alguém que admira há tempos. Ótimo. Apenas, Abrapneus tenha cuidado para não agir como um fã adolescente. Apresente-se, manifeste a sua admiração e, mais uma vez seja rápido, para não ser lembrado como um chato de galocha. - Para aproveitar melhor o seu compromisso, qualquer que seja ele, não passe a noite conversando com uma só pessoa, circule e, na medida do possível participe de mais de um grupo. - O que fazer quando dá um branco total? Qual é mesmo o nome dele? De onde eu conheço? Onde ele trabalha? Calma, desesperar jamais! Mostre-se satisfeito pelo encontro, converse e preste atenção às deixas que possam dar uma indicação com a qual você localize melhor a pessoa. - Se for o contrário e você perceber que ele não o/a está reconhecendo apresente-se novamente: “Eu sou a Ana e nos conhecemos no ano passado naquela feira de informática”. Você já estará ganhando pontos ao simplesmente evitar um constrangimento. E-mails: mal usados, podem depor contra. E-mail: quem não tem, terá. Muitos tem mais que um, o pessoal e o profissional. Mas é preciso usá-los corretamente e ser elegante mesmo no mundo virtual. A Internet é uma rede mundial de comunicação e, como tal, também há regras de comportamento, seja no lazer ou no trabalho, que devem ser respeitadas. QUANDO VOCÊ ENVIA: Piadas, correntes e arquivos com imagens só atrapalham a vida de quem recebe. Nada mais chato do que ficar esperando minutos preciosos para abrir o arquivo e, ao final, aparecer a imagem de uma velhinha vestida de Tiazinha ou mil piadas sobre loiras. Use e aproveite todos os recursos. Uma dica: use o recurso da cópia oculta para esconder todos os nomes para quem você enviou uma mensagem. É irritante receber um e-mail com mais de cinqüenta endereços e depois duas linhas de informação. Julho/Agosto 2009 Evite abreviaturas e “emotions” (símbolos). Eles acabam com qualquer possibilidade de estilo no texto, além de transmitir pressa ou um tom de brincadeira. Useos quando muito na comunicação com amigos. Na comunicação eletrônica palavras escritas em maiúsculas funcionam como se você estivesse gritando. O que é considerado agressivo. Caso a sua empresa trabalhe com o notes ou similar, todo cuidado é pouco. São várias as histórias de mensagens enviadas erroneamente para o grupo “todos” (todos os funcionários da empresa, inclusive o presidente da empresa), quando na verdade eram só para um departamento ou grupo restrito, com uma piadinha ou convite de uma festa particular. Cuidado com as brincadeiras ou brigas através dos seus e-mails seja pessoal ou profissional. A segurança na rede ainda não é totalmente perfeita, e além disso, poderá ser usada contra você. Lembre-se que um e-mail é um documento, um bilhete, uma carta assinada. Seja breve. Lembre-se do telegrama quando for mandar um e-mail. É o melhor caminho. Assine sempre a sua mensagem - não custa nada um “Olá” e “tchau”. Evite e-mails para convites de casamentos e comunicações de falecimento, por exemplo. Qualquer circunstância com alguma formalidade não dispensa a carta ou o convite reais. QUANDO VOCÊ RECEBE: Um e-mail deve ser respondido rapidamente, no máximo em 48 horas. Exceção para os e-mails com correntes ou só para leitura. Em empresas deixe mensagens automáticas caso as respostas sejam mais demoradas e principalmente se você estiver fora do local de trabalho por muitos dias, e com indicação de quem a pessoa deve procurar se for um assunto urgente. Se você receber e-mails com arquivos com vírus é recomendável avisar quem enviou, para que este de uma checada em seus equipamentos. Não repasse o e-mail recebido para um enorme contingente de internautas sem saber se quem te passou permite. O melhor é copiar a mensagem, caso queira repassar, e colar num novo email, antes de divulgar na rede. Assim o nome de quem te enviou será preservado - o que significa que você não está disponibilizando um endereço particular sem consentimento. Não é necessário dizer que e-mails, como qualquer correspondência, são confidenciais. Quem compartilha computadores deve ter isso em mente, para não invadir a privacidade alheia. 11 pirelli Empresa completa 80 anos de atuação industrial e um século de história no Brasil Tradição e inovação marcam a trajetória da Pirelli no Brasil. A empresa iniciou suas atividades como indústria instalada no País em 1929, com a aquisição da sua primeira fábrica na cidade de Santo André, no estado de São Paulo. Era o ano da quebra da Bolsa de Nova York, que teve reflexos globais durante toda a década de 1930. Mesmo num cenário pouco convidativo a novos investimen- 12 tos, o grupo Pirelli acreditou no futuro do País e adquiriu a Conac, uma pequena fábrica de condutores elétricos no ABC Paulista. Oitenta anos depois, a história mostra que foi uma decisão correta para a expansão dos negócios da empresa na América Latina. Com mais de oito mil funcionários nas cinco unidades fabris instaladas nas cidades de Campinas, Santo André e Sumaré (SP), Gravataí (RS) e Feira de Santana (BA), o Brasil é o principal mercado e a base da operação da empresa em toda a região, que conta ainda com as fábricas de Merlo (Argentina) e Guacara (Venezuela). A duradoura relação com o Brasil, no entanto, remonta há 100 anos quando, no início do século XX, o italiano Alberto Pirelli, filho do fundador da empresa, desembarcou na Amazônia para pesquisar a borracha natural produzida na região. Tal fato histórico é um exemplo da visão pioneira da companhia, marcada desde o seu surgimento em 1872, em Milão, na Itália, pelo foco em Pesquisa e Desenvolvimento e na descentralização e internacionalização das suas operações. Liderança em várias frentes A Pirelli é hoje a fabricante de pneus líder no fornecimento de Equipamento Original para as montadoras instaladas no Brasil, nos segmentos Carro, Caminhão, Ônibus e Moto, graças à agili- dade e qualidade no desenvolvimento de soluções para atender às demandas específicas de cada uma das marcas de automóveis. No mercado de reposição, os 600 pontos de venda exclusivos que formam a Rede Oficial de Revendedores Pirelli estão presentes em todo o território nacional e contam com mais de sete mil profissionais treinados diretamente pela fabricante, para oferecer serviços e atendimento diferenciados. A Pirelli é também a marca de pneus mais lembrada pelos brasileiros, com o primeiro lugar em diversas pesquisas de metodologia Top of Mind realizadas por veículos de imprensa de diferentes regiões do Brasil. Marcos históricos A conquista da liderança no mercado brasileiro e na lembrança do consumidor se deve em grande parte ao pioneirismo da companhia em investir em Pesquisa e Desenvolvimento. Graças a esta diretriz, 4% da receita líquida anual é investida na área. Tal filosofia, presente desde a criação da empresa, possibilitou já em 1955 um lançamento revolucionário para a época: o primeiro pneu sem câmara para motocicletas fabricado no Brasil. Em 1983, a Pirelli inovou com o modelo P8, exclusivamente como Equipamento Original, para contribuir na redução do consumo de combustível, num mercado Abrapneus que ainda não tinha o foco voltado ao tema. Também em 1983, antevendo a geração de motos superesportivas que surgiriam e eram capazes de superar os 240 km/h, a companhia criou o primeiro pneu com estrutura radial para motocicletas, o MP7. Entre outros marcos históricos que caracterizam sua liderança, destaca-se a construção, em 1988, do Campo Provas Pneus Pirelli, em Sumaré (SP). A inauguração rendeu à empresa o título de primeira fabricante de pneus a ter uma pista de testes na América Latina. No ano de 1999, foi pioneira ao oferecer uma linha completa de pneus com menos resistência ao rolamento, característica que hoje define os pneus verdes, ao lançar a família P3000 em território nacional. Em 2008, os exigentes consumidores nos Estados Unidos elegeram o pneu P4 Four Seasons, desenvolvido e fabricado no Brasil, como melhor pneu de automóvel para todas as estações do ano. Esportes a motor Na América Latina, o apoio aos campeonatos teve início há mais de 50 anos com as Mil Milhas Brasileiras, em Interlagos, na capital paulista. A partir de 2008, a Pirelli aumentou o patrocínio a competições em toda a região, apoiando, ao todo, 17 campeonatos, como o Mundial de Superbike, o Brasileiro de Motovelocidade, o Brasileiro de Motocross, a Mitsubishi Cup, o GT3 Brasil, o Trofeo Maserati e a Copa Renault Clio. Cultura A Pirelli é um importante patrocinador da cultura. Nas décadas de 70 e 80, a empresa incentivou jovens pintores com o “Prêmio Pirelli de Pintura Jovem/MASP”. Recentemente, destacaram-se os patrocínios à Semana Pirelli de Cinema Italiano, em 2008; a Coleção Pirelli/MASP de Fotografia (que completou 18 anos em 2009); e o apoio há mais de 15 anos ao Mozarteum Brasileiro. Julho/Agosto 2009 Responsabilidade socioambiental A companhia atua de forma marcante nas comunidades próximas às fábricas, por meio de projetos ligados à recuperação e à inclusão de crianças e adolescentes, com base na educação, como o “Programa Ame a Vida Sem Drogas”, em Campinas (SP); o Projeto Peteca, em Gravataí (RS); a Fazenda Amparo ao Menor de Feira de Santana (FAMFS), em Feira de Santana (BA) e o Projeto Guri, em Santo André (SP). No Acre, a Pirelli possui compromisso com o governo estadual para a aquisição de toda a borracha natural extraída, de forma sustentável, naquele estado. A preocupação ambiental recebe atenção especial da Companhia, que apóia a Reciclanip, realiza processos de otimização do consumo de água nas fábricas com reutilização de até 98% e gestão de refugos industriais com índices de reciclagem de acima de 75%. A Pirelli é a única fabricante de pneus do continente americano a receber o Total Productivity Maintenance, prêmio de excelência concedido pelo Japan Institute of Plant Maintenance (JIPM) às melhores empresas do mundo em eficiência industrial. É a primeira companhia no Brasil a ter seu sistema de qualidade certificado pelas normas ISO 9001 e, além disso, todas as cinco fábricas no Brasil possuem a certificação ISO 14001, que atestam o compromisso da empresa com o meio ambiente. 13 pirelli Fábrica irá aumentar capacidade produtiva no Brasil no triênio 2009-2011 Em consonância com o Plano Industrial 2009-2011, anunciado pela matriz em Milão, na Itália, em fevereiro de 2009, o Grupo Pirelli investirá 200 milhões de dólares no Brasil, que se somam aos 100 milhões de dólares já investidos em 2008. A estratégia de investimento leva em consideração a liderança do Grupo no mercado sulamericano. Um terço dos investimentos totais no período 2008-2011 são direcionados à pesquisa e desenvolvimento e o restante, ao incremento da capacidade produtiva. O Brasil, onde a Pirelli está presente desde 1929, é um dos países determinantes para as estratégias de crescimento do grupo, porque é o primeiro mercado automobilístico e de veículos industriais do continente sulamericano e um dos maiores do 14 mundo. A forte presença neste mercado é, portanto, especialmente estratégica numa fase de crise mundial como a atual, seja porque a região, auxiliada pela economia emergente do Brasil, sente menos a queda da demanda ou porque o País oferece uma estrutura de custos mais eficiente e uma base competitiva para a exportação. Em 2008, a América do Sul representou 33% do faturamento total da Pirelli Pneus no mundo. A posição de liderança absoluta no continente se expressa no Equipamento Original e em todos os principais mercados de reposição, especialmente no Brasil, onde a Pirelli conta com uma rede de distribuição exclusiva de mais de 600 pontos de venda. O Brasil concentra cerca de 90% da produção da América do Sul da Pirelli Pneus, dos quais mais de 35% são destinados à exportação, sobretudo para os mercados da área da NAFTA (Estados Unidos, Canadá, México), com foco em produtos de alto nível tecnológico. Também foram anunciados no Plano Industrial 2009-2011 os objetivos de “performance verde”. Significa que todo o Grupo Pirelli está empenhado no desenvolvimento sustentável, inclusive no Brasil, onde se comprometeu com as autoridades locais para adquirir toda a borracha natural produzida com métodos ecosustentáveis na região de Xapuri, contribuindo desta forma não apenas para a preservação do meio ambiente, mas também ao desenvolvimento econômico das populações nativas de acordo com as tradições e cultura locais. Abrapneus Pirelli leva tecnologia ao Campeonato Brasileiro de Motocross Em 2009 a Pirelli passou a ser a fornecedora oficial de pneus do Campeonato Brasileiro de Motocross. Este conceito, criado em comum acordo entre Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) e a marca, traz benefícios a todos, principalmente aos pilotos, que passam a ter acesso ao mesmo equipamento utilizado nas principais competições internacionais. “Ser a fornecedora única de pneus para o Campeonato Brasileiro de Motocross é muito importante estrategicamente, pois esta é a maior competição Julho/Agosto 2009 da modalidade na América Latina e tem atraído um público cada vez maior”, diz Marcelo Natalini, diretor da Unidade de Negócios Moto da Pirelli. As equipes também passam a contar com a vantagem do melhor custo/benefício e da equalização das condições de disputa. Com essa determinação, as oito categorias criadas este ano utilizarão pneus da linha Scorpion MX, que acumula 51 troféus em competições internacionais. “Estamos fornecendo equipamento de primeira linha aos pilotos, os mesmos pneus utilizados no Campe- onato Mundial de Motocross e outros campeonatos internacionais. São soluções de alta tecnologia, com produtos fabricados no Brasil. As equipes também contarão com os nossos serviços e suporte durante todo o campeonato”, completa Natalini. A Pirelli se tornou a maior fornecedora exclusiva de pneus para as mais importantes competições do motociclismo no Brasil em 2008. A grande presença no esporte de duas rodas é um reflexo da liderança da marca no segmento de motocicletas. 15 Michelin Anakee 2: mais economia e respeito ao meio ambiente Maior durabilidade, mais aderência em pisos molhados e escorregadios e otimização da forma de desgaste. Essas são as principais características do Anakee 2, novo pneu radial da Michelin destinado às motocicletas trail de 600 cc a 1200 cc, e homologado pela BMW para a R1200 GS. Com o lançamento, a empresa introduz no seg- mento de duas rodas o conceito de ‘pneu ecológico’: maior vida útil significa menos pneus produzidos e, consequentemente, preservação ambiental. Disponível no Brasil nas dimensões 110/80 R19 59V TL/TT (dianteiro) e 150/70 R17 69V TL/TT (traseiro), o novo pneu possui escultura traseira com 8 mm de profundidade no centro da banda de rodagem. Na lateral a medida é reduzida, para permitir desgaste mais uniforme. E para melhor escoamento da água, a largura dos sulcos aumenta progressivamente, do centro da banda de rodagem para os ombros. A dianteira segue as características da escultura traseira, com 5 mm de profundidade no centro da banda de rodagem. Para garantir melhor performance, são dois novos compostos de borracha (ver quadro), com elastômeros provenientes do Moto GP, novas gerações de sílica e também de resinas. As características técnicas elencadas foram avaliadas em testes internos, com grau de exigência alemão, o mais rigoroso da Europa. Comparado ao antecessor Anakee, o pneu traseiro apresentou durabilidade 25% superior e o dianteiro, 6%. Referente à aderência em solo molhado, o Anakee 2 mostrou-se 3,5s mais rápido. Em piso seco, apresentou melhor estabilidade em curvas. Já nos testes realizados pelo CERM (Centre d’Essais Routiers Mécaniques), da França, o MICHELIN Anakee 2 apresentou durabilidade 29% superior aos dois principais concorrentes da categoria, com a mesma aderência em piso molhado. Com o lançamento do Anakee 2, a Michelin amplia sua gama de oferta para o segmento de duas rodas, que tem no portfólio 25 modelos, que vão desde pneus para as 90 cc até os projetados para motos esportivas. Novos compostos: • MRSE – Michelin Racing Synthetic Elastomers: Elastômeros 100% sintéticos exclusivos da Michelin, que substituem a borracha natural, aumentando a aderência; • HTSC – High Tech Synthetic Compound: Novas resinas 100% sintéticas que, junto com MRSE aumentam a aderência; • Nova SÍLICA – proveniente dos pneus para chuva do MotoGP, que proporciona o equilíbrio ideal entre durabilidade e resistência, especialmente para piso escorregadio e molhado; • C-RAO – Compounds-RAcing Optimization: Composto de borracha específico usado nos pneus do MotoGP. 18 Abrapneus BFGoodrich lança pneu Long Trail T/A Tour para utilitários esportivos A BFGoodrich, marca pertencente a Michelin, amplia a sua gama de pneus para utilitários esportivos, com o lançamento da linha Long Trail T/A Tour. Respostas precisas na direção, maior tração na chuva, maior estabilidade, rodagem confortável, menor ruído e design moderno são os principais destaques do novo pneu. Desenvolvido para os consumidores mais exigentes que procuram o equilíbrio entre conforto e alta performance, o BFGoodrich Long Trail T/A Tour agrega uma série de tecnologias exclusivas da marca. Para maior precisão na direção e controle em altas velocidades, mesmo em veículos grandes e mais robustos, foi aplicado no pneu o sistema ETEC System™ (Equal Tension Containment/Estrutura com equilíbrio de tensões), que permite que o pneu mantenha a área de contato constante com o solo durante todo o trajeto, resultando em mais estabilidade para o veículo até em altas velocidades. Visando a garantir mais segurança e maior tração, seja em pisos secos ou molhados, esse pneu dispõe de um sistema de absorção de água pela banda de rodagem, com pequenos, mas essenciais recortes na banda. Além disso, possui sulcos largos e profundos que facilitam a saída da água e mantêm o pneu em contato com o solo, para que o motorista tenha o máximo de controle da direção. Outro destaque do BFGoodrich Long Trail T/A Tour é o desenho otimizado da sua escultura, que se prolonga, contornando a área do ombro, oferecendo Julho/Agosto 2009 respostas mais precisas na direção, principalmente em curvas, excedendo às expectativas para um pneu deste segmento. O BFGoodrich Long Trail T/A Tour é ‘para ser visto, e não ouvido’. O desenho diferenciado na banda de rodagem oferece uma rodagem silenciosa. O talão reforçado reduz a vibração do pneu e a carcaça com duplo cinturão amortece os choques em todos os tipos de terreno, permitindo uma direção suave. Essa nova gama de pneus ganha estética moderna e design esportivo na banda de rodagem e no flanco. Disponível nas dimensões P205/70 R15 96T, P225/70 R15 100T, P225/70 R16 101T, P235/70 R16 104T e P255/70 R16 109T, o BFGoodrich Long Trail T/A é indicado para veículos como Chevrolet S10, Hyundai Santa Fé, Jeep Wrangler , Nissan Frontier e Pathfinder e Ford Explorer. Além disso, a gama de pneus BFGoodrich Long Trail T/A poderá ser utilizada em crossovers da marca Fiat, como Idea Adventure, Doblo Adventure e Palio Weekend Adventure. A BFGoodrich, que é reconhecida mundialmente como referência no universo off-road, também oferece os modelos All Terrain KO, Mud Terrain T/A KM2 e Long Trail T/A para atender o segmento de utilitários esportivos. BFGoodrich: pioneirismo no desenvolvimento de produtos O pioneirismo sempre foi uma das marcas registradas da BFGoodrich. A marca foi a primeira a produzir, em 1947, um pneu para rodar sem câmara e foi também responsável pelo desenvolvimento, em 1965, do Lifesaver, o primeiro pneu radial americano. Dez anos depois, em 1977, a marca foi escolhida pela NASA para equipar o ônibus espacial Columbia. A história da BFGoodrich também é marcada pelo sucesso nas mais diversas competições automobilísticas. Nas pistas a marca é desde 1998 a provedora oficial das competições de Stock Car USAR Hooters Pro Cup (Saloon Car) e da série Trans-am (USA). A marca já venceu nove vezes o Rally do Sertões e, em 2008, a BFGoodrich conquistou o oitavo título consecutivo no Rally Dakar, o maior rali do mundo, realizado pela primeira vez em 2009 na América do Sul. 19 bridgestone/firestone Baixa pressão de pneus gera poluição extra ao meio ambiente Pesquisa realizada pela Bridgestone na América Latina demonstra que um em cada seis motoristas dirige com a pressão dos pneus abaixo do recomendado, colocando em risco sua segurança. O programa de pressão de pneus implementado pela Bridgestone na América Latina é parte da campanha global “Torne Seu Carro Ecológico” Um em cada três motoristas dos principais países latino-americanos dirige habitualmente com baixa pressão em pelo menos um dos pneus de seu carro (ou seja, 7 psi abaixo do recomendado pelo fabricante do veículo). Entre esses motoristas, um em cada seis dirige em situação de risco por deixar os pneus com pressão abaixo do limite mínimo de segurança (10 psi abaixo do recomendado). Ainda como consequência da baixa pressão de pneus, a cada ano os motoristas desperdiçam 660 milhões de litros de combustível, o equivalente a US$ 645 milhões. Os números também refletem na emissão extra de 1,552 milhões de kg de CO2 na atmosfera. A baixa pressão de pneus também causa efeito extremamente negativo para 22 a durabilidade dos pneus, pois exige um trabalho extra da banda de rodagem e causa a flexão excessiva das paredes laterais. Juntos, esses dois fatores podem causar uma falha nos pneus. Estas são as conclusões das revisões gratuitas realizadas pela Bridgestone em 6.240 veículos em seis países da América Latina em 2008 (Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, México e Venezuela). As revisões foram realizadas em centros automotivos e estacionamentos públicos. A ação é parte da campanha “Torne Seu Carro Ecológico”, um programa global da Bridgestone em conjunto com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), iniciado em 2008 e que tem como objetivo reduzir o impacto gerado pelos veículos no meio ambiente. Um custo alto para o meio ambiente A pressão de pneus exerce uma grande influência na resistência ao rolamento de um pneu, que tem uma grande representatividade no consumo de combustível de um veículo. Dependendo do tipo de pista e estilo de direção, a resistência ao rolamento exerce uma influência que pode variar entre 18% e 26% da energia consumida por um veículo. Assim, desencadeia-se um efeito dominó: pneus com baixa pressão geram uma maior resistência ao rolamento, o que, consequentemente, aumenta o consumo de combustível e a emissão de CO2. Abrapneus Bridgestone continuará trabalhando para cuidar do meio ambiente Por meio da campanha “Torne Seu Carro Ecológico”, a Bridgestone continuará realizando ações para preservar o meio ambiente para as futuras gerações, difundindo dez pontos importantes que ajudam os motoristas a refletir sobre o tema antes de dirigir. São eles: • Compre produtos ecológicos • Planifique sua viagem • Verifique com frequência a pressão dos pneus • Evite cargas desnecessárias e o uso de bagageiro • Não esquente o motor do carro antes de começar a dirigir • Use o ar-condicionado somente quando necessário • Acelere suavemente e mantenha uma velocidade constante • Use o freio-motor • Não mantenha o motor ligado enquanto estiver parado • Compense as emissões geradas de CO2 Esta iniciativa contribui para gerar consciência e demonstrar a importância de cuidar dos pneus. Assim, a Bridgestone continuará efetuando revisões de segurança em 2009. Julho/Agosto 2009 As ações de comunicação e responsabilidade social têm como objetivo convencer os consumidores de que os pneus devem fazer parte de um projeto de investimento em segurança, já que sua correta manutenção não somente salva vidas, como também contribui com a economia financeira do consumidor e com uma menor emissão de poluentes. Principais dados e estatísticas 2008 – 6.240 veículos revisados – 6 países Resultados 2008 Baixa pressão de pneus • 18% dos pneus revisados estavam com a pressão abaixo do recomendado pelo fabricante dos veículos; • Um em cada seis condutores coloca em risco sua segurança devido à baixa pressão dos pneus; • 12% dos pneus revisados estavam com a pressão 38% abaixo do recomendado. Consequências para o meio ambiente devido à baixa pressão de pneus • De 18% a 26% da energia consumida por um veículo vem da resistência ao rolamento dos pneus; • 26% dos veículos revisados consomem combustível desnecessariamente devido à pressão indevida dos pneus; • 660 milhões de litros de combustível é o total desperdiçado devido à baixa pressão de pneus, o que representa cerca de US$ 645 milhões; • Isto gera a emissão extra de 1,552 milhão de kg de CO2. Bridgestone: uma empresa comprometida A Bridgestone Corporation atua em diferentes projetos relacionados à segurança e meio ambiente, a exemplo das ações de singular importância desenvolvidas junto com a Fundação FIA. A primeira delas foi o lançamento da campanha “Pense Antes de Dirigir”, relacionada à segurança nas estradas, que continua vigente. A segunda é a campanha “Torne Seu Carro Ecológico”, fortemente vinculada à ecologia e ao meio ambiente. A segurança nas estradas e a consciência ambiental são, sem dúvida, os dois objetivos centrais para a Bridgestone em nível global. A Bridgestone, com sede em Tóquio (Japão), é a maior fabricante mundial de pneus. Emprega 134 mil funcionários no mundo e mantém operações em 25 países. No Brasil, a empresa gera 3.300 empregos diretos e produz pneus para todos os segmentos em suas fábricas de Santo André (SP) e de Camaçari (BA). 23 bridgestone/firestone Inovação e qualidade 2º Bridgestone Music Festival é reverenciado pelo público e crítica cos gravados, estiveram ao lado de Cobb em uma apresentação que certamente entrou para a história dos espetáculos já realizados no Brasil. Astros do Jazz e Soul em shows inéditos Um marco na história do calendário cultural do País. Assim a mídia cultural definiu a segunda edição do Bridgestone Music Festival, que levou 4.500 pessoas em três noites de show com ingressos esgotados ao Citibank Hall, em São Paulo, de 14 a 16/05. Depois do sucesso confirmado pelo público paulistano, na primeira edição em 2008, o Bridgestone Music retornou este ano com força total e com atrações musicais inéditas do jazz e soul music. O festival se diferenciou pelo seu caráter inovador e pela alta qualidade do elenco, proporcionando uma enorme cobertura da mídia, unânime em elogiar a iniciativa. “Com o mesmo compromisso de alta qualidade em seus produtos e paixão como marca registrada de tudo o que faz, a Bridgestone proporcionou um evento que prima pela excelência e diversidade musical, ampliando os horizontes de um público tão apaixonado por música como o brasileiro”, explica Márcio Furlan, gerente de Marketing da Bridgestone do Brasil. Com um formato semelhante ao de 24 alguns dos mais charmosos festivais europeus, chamado double bill (programa duplo), o Bridgestone Music ofereceu duas atrações musicais por noite, todas elas reverenciadas nos mais altos círculos do jazz contemporâneo e da soul music. 50 anos de Kind of Blue Este ano, o festival optou em oferecer um ambiente sonoro mais “jazzístico”, para atender a demanda do público interessado na comemoração dos 50 anos da gravação do Kind of Blue, de Miles Davis, o álbum mais consagrado de jazz do mundo, com mais de 3 milhões de cópias vendidas. O espetáculo, estrelado pelo veterano baterista Jimmy Cobb e a So What Band, levou os fãs de jazz ao delírio nos dias 14 e 15. Muito bem sucedidas também são as carreiras de Wallace Roney (trompete), Larry Willis (piano), Buster Williams (baixo), Javon Jackson (sax tenor) e Vincent Herring (sax alto). Estes brilhantes instrumentistas, todos solistas e com vários dis- O produtor e diretor artístico do festival, Toy Lima, chamou atenção ainda para as presenças de alguns dos músicos de jazz mais elogiados pela crítica especializada nos últimos anos. Um deles é o jovem Robert Glasper, premiado como melhor “astro do piano em ascensão” pela revista Down Beat, espécie de bíblia do jazz. O evento foi aberto com primor por este grande talento ao lado de Vicente Archer e Chris Dave. Outro músico homenageado pela Down Beat, o trompetista Jeremy Pelt fez impecável apresentação na noite seguinte. Eleito melhor “astro do trompete em ascensão” durante cinco anos seguidos, Pelt encantou o público ao lado de René Marie, que, com sua sublime voz, mostrou por que é considerada uma das melhores intérpretes do jazz contemporâneo. Já na noite de encerramento do festival permaneceu o conceito original de criar conexões entre diferentes gêneros musicais. A apresentação foi aberta por Tokunbo Akinro & Morten Klein, que comandam a banda de jazz e soul Tok Tok Tok, com ritmos dançantes que contagiaram o público. E a grande atração da noite ficou por conta da norte-americana Bettye LaVette, estrela consagrada da soul music, que estreou nos palcos brasileiros. Surpreendente e contagiante são alguns adjetivos que podem definir o verdadeiro espetáculo desta diva da soul music, que deixou o público maravilhado, confirmando o mesmo prestígio do marcante show da posse do presidente Barack Obama. Abrapneus notícia Camex restabelece concorrência leal para pneus de carga Câmara do Comércio Exterior aprova direito a antidumping sobre as importações de pneus chineses de carga. Resolução tenta conter a invasão do produto, vendido no Brasil a um custo 30% inferior aos fabricados no País A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aceitou a acusação de dumping feita pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) com o apoio da Abrapneus, e colocou um ponto final na concorrência desleal exercida pelos pneus chineses frente à indústria brasileira. De acordo com a resolução n° 33 de 9 de junho de 2009, a empresa brasileira que quiser importar pneus do país asiático terá que pagar uma taxa, como forma de igualar os preços entre os produtos dos dois países. A resolução da Camex estabelece a taxa antidumping para os pneus de carga, ônibus e caminhão, aros 20”, 22” e 22,5”. Há um ano, as entidades do setor entraram com o pedido de abertura de investigação antidumping contra pneus de carga e de passeio provenientes do China para defender a indústria brasileira de pneumáticos e, deste modo, garantir a concorrência justa dentro do setor. “A importação de pneus chineses a preços dumping foi um dos principais responsáveis pelo fraco desempenho da indústria nos últimos três anos”, afirma Eugênio Carlos Deliberato, presidente da Anip, entidade que reúne a indústria de pneumáticos do Brasil, entre eles, Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli. Os pneus chineses, até então, entravam no Brasil com preços que caracterizavam dumping. Esta prática ocorre quando empresas de determinado país vendem para outro seus produtos por preços muito baiJulho/Agosto 2009 xos, visando conquistar mercado de forma considerada desleal pelos mecanismos e normas que regem a atividade de comércio exterior. Para averiguar a pertinência da solicitação da Anip, e decidir sobre a questão, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) fez uma pesquisa de mercado, com dados retroativos de cinco anos, concluindo que as importações de pneus chineses realmente causaram dano à indústria local. Conforme o relatório da Camex publicado no Diário Oficial, “as importações chinesas provocaram o deslocamento da parcela de mercado ocupada pela indústria doméstica”. Os pneus da China, declarados como de fabricação similar aos brasileiros e desenvolvidos para as mesmas aplicações estavam sendo vendidos por um preço 30% inferior aos fabricados no Brasil, o que resultou em uma perda de 20% do mercado pelos fabricantes brasileiros de pneus novos. A participação da China no consumo brasileiro de pneus de carga subiu de 0,3% para 9,6% entre abril de 2003 e março de 2008, período considerado na investigação. Além disso, foi verificado que o preço médio do produto doméstico caiu enquanto houve expansão das exportações da China para o Brasil. O relatório da Camex diz ainda que “a indústria doméstica, buscando evitar perda mais acentuada de sua participação, deprimiu seus preços, o que gerou efeitos negativos em suas margens”. A medida já está em vigor e é valida por cinco anos. O valor fixado pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) para a taxa antidumping varia de US$ 1,12 a US$ 2,59 por quilo do produto, conforme o fabricante e a empresa exportadora. Em dezembro do ano passado, a Camex já havia aplicado direito antidumping provisório por seis meses, fixando uma taxa de US$ 1,33 por quilo. 25 goodyear Goodyear rumo ao futuro Com orgulho de tudo o que construímos e com os olhos voltados para o futuro, apresentamos neste livro a história dos nossos primeiros 90 anos no Brasil. É uma história em que podem ser reconhecidos valores e princípios que se mantêm ao longo do tempo e que continuarão a caracterizar a Goodyear, pois fazem parte do seu DNA. O cuidado com as pessoas que aqui trabalham e a oportunidade para que se desenvolvam e cresçam são valores fundamentais cultivados pela companhia, que se 26 refletem no elevado grau de profissionalismo da nossa equipe e na identificação que tem com a Goodyear. Na nossa trajetória, as pessoas foram, são e serão chave. A vocação para o pioneirismo e a inovação é outra marca da companhia, que resultou na liderança tecnológica e na preocupação constante com a melhoria da qualidade – responsáveis, em grande parte pelo prestígio e reputação de que a Goodyear desfruta. A utilização dos processos e tecnologias mais avançados e dos mais modernos métodos de gestão vem nos proporcionando excelentes resultados em termos de qualidade, produtividade e adequação dos produtos às necessidades do mercado. A valorização da segurança é outro princípio que rege a nossa atuação, estando ligado à imagem da empresa, assim como à de seus produtos. Sempre buscamos e utilizamos os mais modernos conceitos e técnicas de segurança, incorporando-os aos produtos da marca. Da mesma forma, a postura responsável diante do meio ambiente e da sociedade Abrapneus é um compromisso da Goodyear, que está integrado às suas estratégias de negócios. O investimento constante na imagem da marca Goodyear e na formação de uma forte rede de revendedores oficiais é um fator que merece destaque nesta história de sucesso. Os laços que estabelecemos com a revenda permitem incorporar novas formas de atender o cliente, adiantandonos às necessidades do mercado. Esta história vitoriosa de 90 anos tem como protagonistas os profissionais que aqui trabalharam e trabalham: uma equipe engajada, comprometida com os valores e os objetivos da companhia, com um perfil de alta performance como o que imprimimos à companhia. Todos esses elementos tiveram importância capital na nossa história e são a base sobre a qual estamos construindo a Goodyear do futuro. A experiência acumulada nestas nove décadas não pode ser encarada como uma garantia de perenidade, mas certamente nos fornece subsídios para seguir o caminho que traçamos e que estamos trilhando, de forma sustentável. Julho/Agosto 2009 Estamos ampliando nosso compromisso para com as futuras gerações e stakeholders, discutindo e incorporando cada vez mais os conceitos de Sustentabilidade no dia a dia da Goodyear. Sabemos que a caminhada é longa e necessária, mas juntos construiremos as soluções e atingiremos nossos objetivos comuns de construir uma sociedade melhor. Os próximos desafios, nesta trajetória em direção ao futuro, estão ligados à consolidação das nossas conquistas, tendo como referência nossos valores e o know-how adquirido para, cada vez mais, afirmar a Goodyear como uma organização de alta performance e com a marca da Sustentabilidade. Por acreditar nisso, continuaremos investindo para estar sempre à frente, antecipando-nos às transformações pelas quais o mundo continuará a passar, cada vez mais velozmente. Giano Artur Agostini Diretor-Presidente Goodyear Brasil 27 goodyear Livro registra os 90 anos da Goodyear no Brasil O conteúdo histórico traz também fatos importantes sobre a indústria automobilística nacional A linha do tempo da Goodyear no Brasil Os primórdios – Goodyear: um nome em homenagem ao inventor da vulcanização. Frank Seiberling funda nos Estados Unidos The Goodyear Tire & Rubber Company. 1919-1938 – Primeiros passos no Brasil – A Goodyear começa sua trajetória no Brasil, com a abertura de escritório de vendas no Rio de Janeiro, para a comercialização de produtos importados. A Goodyear dos EUA e o governo brasileiro negociam a instalação de uma fábrica da companhia no Brasil. Uma das ações para marcar a comemoração dos 90 anos da Goodyear no Brasil é o lançamento do livro que conta a trajetória da empresa e os principais fatos históricos no país e no mundo nos últimos anos. Com o título Goodyear do Brasil – 90 anos rumo ao futuro, a obra mostra a trajetória da companhia desde a instalação do escritório de vendas no Rio de Janeiro, em 1919, até os dias atuais. Cada capítulo retrata uma década da história da Goodyear com destaque para os produtos, tecnologias, inauguração de fábricas, formas de operação e comunicação, tendo como cenário os grandes acontecimentos históricos que influenciaram o mundo e a empresa. Com a utilização de fotos e informações históricas, o livro também poderá ser acessado pela internet no www.goodyear. com.br. 28 1939-1948 – Fábrica em São Paulo abre uma nova etapa – A Goodyear inaugura a primeira fábrica de pneus do Brasil, no bairro do Belenzinho, em São Paulo. A companhia inicia a produção de pneus de avião no país, da qual se tornaria líder absoluta. 1949-1958 – O despertar da indústria automotiva brasileira – É lançado o pneu Papaléguas, que em cinco décadas conquistaria sucessivas gerações de profissionais do transporte. A Goodyear cria o departamento de Equipamento Original, para atender às montadoras que iniciavam a produção no país. 1959-1968 – Um país sobre rodas – A Goodyear atinge a marca de 8 milhões de pneus produzidos no Brasil, acompanhando a crescente demanda. Na fábrica do Belenzinho, iniciamse as operações de recauchutagem de pneus de avião. 1969-1978 – Fábrica de Americana: um grande salto – A Goodyear inaugura sua segunda fábrica no Brasil, em Americana (SP), a maior da América Latina, incorporando as mais avançadas tecnologias. A companhia produz os primeiros pneus radiais de aço para caminhões e ônibus do Brasil, da linha Unisteel. 1979-1988 – Crises e oportunidades – É lançado o Grand Prix S, primeiro pneu radial de aço para veículos de passeio do Brasil. Tem início a implantação de AutoCentros, um novo conceito em atendimento e serviços ao consumidor de pneus. 1989-1998 – Mundo em transformação – É inaugurado o primeiro Centro de Montagem, introduzindo um novo conceito no trabalho conjunto com as montadoras. A Goodyear começa a utilizar seu primeiro blimp no país, o Spirit of the Americas, fortalecendo sua marca e visibilidade. 1999-2008 – Foco em pneus e na inovação – A Goodyear inaugura sua Fábrica de Materiais para Recauchutagem, em Santa Bárbara D’Oeste. No ano seguinte, é aberto o Campo de Provas, o mais completo da América Latina. A companhia redefine seu foco de atuação, concentrando suas atividades em pneus e retirando-se de outros negócios. 2009 – Sustentabilidade, rumo ao futuro – A Goodyear continuará liderando o processo de inovação tecnológica e pneus com a sua marca, cada vez mais avançados e sustentáveis, rodarão pelas vias do Brasil e do mundo. Abrapneus notícia Pneus usados não entram mais no Brasil A proibição, aprovada pelo STF por oito votos a um, foi justificada por questões ambientais Em 24 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou com a polêmica sobre a importação de pneus usados, proibindo a entrada desses produtos no mercado brasileiro. A decisão atendeu ao pedido do Governo Federal, que contestou decisões judiciais anteriores autorizando a importação. O presidente Luis Inácio Lula da Silva defendeu a proibição com a alegação de que os pneus usados geram riscos ao meio ambiente e à saúde pública. Fica assim atendida, então, uma reivindicação das entidades Abrapneus e Anip debatida em Fóruns durante mais de uma década. A maioria dos juízes que participou da votação concluiu que a Constituição Brasileira estabelece que o Estado tem de zelar pela saúde e pelo meio ambiente ecologicamente equilibrado. “Os pneus usados não passam de um lixo ambiental, fazendo do Brasil uma espécie de quintal do mundo, com graves danos para a saúde pública”, afirmou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto. O julgamento havia sido iniciado em 11 de março, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Eros Grau. Na ocasião, o advogado geral da União, José Antônio Dias Toffoli, foi favorável à proibição. Como argumento, ele afirmou que a importação de pneus usados é inconstitucional. Conforme disse, o Brasil importou 10 milhões de pneus usados em 2005, 7,2 milhões em 2006 e 7 milhões em 2008. A decisão do STF também encerra um problema que o Brasil tinha com a Organização Mundial do Comércio (OMC). A União Europeia representou contra o Brasil na OMC porque a importação de pneus usados dos países europeus era Julho/Agosto 2009 proibida, mas permitida aos países do Mercosul. “Está proibida toda e qualquer importação, mesmo que baseada em decisão judicial, inclusive de países do Mercosul”, resumiu o advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, logo após o julgamento. O ministro Celso de Mello, decano do STF, reconheceu que as empresas possuem o direito de atuar num mercado sem vetos à livre concorrência. Por outro lado, ele ressaltou que “a defesa do meio ambiente é um dos postulados estruturantes da ordem econômica ao lado da livre concorrência”. Ele afirmou ainda que “a preservação do meio ambiente é um dos mais significativos direitos constitucionais”. O ministro Marco Aurélio foi o único que votou contra a ação do Presidente da República, argumentando que os pneus usados ainda são aptos para serem utilizados, e isso favoreceria as camadas mais pobres da população. Essa posição é alinhada ao que defende a Associação Brasileira de Reformadores de Pneus, que é favorável à importação alegando que a proibição pode diminuir o número de empregos. A entida- de divulga que o desemprego no setor pode atingir 200 mil pessoas com a proibição, sendo 40 mil empregos diretos e 160 mil indiretos. Essa alegação não sensibilizou a relatora do processo, ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha. “Parece inegável a conclusão de que, em nome da garantia do pleno emprego, não está autorizado o descumprimento dos preceitos constitucionais fundamentais relativos à saúde e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado”, registrou ela. Conforme defendem a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) e Abrapneus, não há perspectiva de que a proibição resulte em desemprego aos reformadores, pois a quantidade de carcaças existentes no País é suficiente para não prejudicar o setor. Os ministros do STF definiram que a única exceção para a proibição se aplica nos casos em que a decisão judicial for irreversível, ou seja, quando a importação já tiver sido concluída e o processo não puder mais ser revertido. “O pneu que já entrou, rodou”, afirmou o ministro Carlos Ayres Britto. 29 opinião Fim da importação de pneus usados é vitória ambiental para o País Carlos Minc* A decisão do Supremo Tribunal Federal, em 24/06/09, a favor da ADPF-101 (Arguição de Descumprimentos dos Preceitos Fundamentais) representa uma vitória ambiental em que ganha toda a sociedade, o Brasil e o mundo. Foi um aviso para os países desenvolvidos e um alerta para os países em desenvolvimento. A decisão cassou as ações judiciais que permitiam a importação de pneus usados e também considerou que essa importação viola a proteção constitucional ao meio ambiente. Apenas em 2005, ingressaram no território nacional 10,5 milhões de pneus usados de passeio. Com as ações que o governo vem empreendendo, essas importações diminuíram em 2008 para 3,7 milhões, mas mesmo assim, um valor altíssimo em relação aos 40 milhões de pneus usados nacionais disponíveis anualmente para darmos uma destinação adequada. Os benefícios ambientais dessa decisão são inúmeros. Iremos reduzir a quantidade de pneus usados a ser destinada, minimizando seus impactos negativos. O pneu não é um resíduo perigoso, mas pelas suas características torna-se de difícil gestão. É um resíduo volumoso com tempo de decomposição indeterminado e alto poder calorífico. Sua composição faz com que seja de fácil combustão e de difícil extinção, além de liberar substâncias tóxicas e cancerígenas, como as dioxinas, controladas inclusive pela Convenção de Estocolmo e, contamina também o solo e a água. Por estas razões, em muitos países, inclusive no Brasil, é proibida a disposição de pneus em aterros. Quando abandonado nos cursos d’água, os pneus obstruem canais, galerias de águas pluviais contribuindo para as enchentes, que causam ao administrador público e à população prejuízos incalculáveis. Pneus também são locais ideais para a proliferação de mosquitos transmissores de doenças sérias como febre amarela e dengue e, na importação, podem transportar ovos de um país para outro. Além da dificuldade da coleta e transporte, toda destinação dos pneus usados gera um impacto ambiental. Não existe hoje no mundo uma tecnologia em que seja zero de resíduo. Nós destinamos os pneus para: co-processamento em fornos de cimenteiras, que necessita de um controle de emissões rigoroso devido à geração das dioxinas; fabricação de artefatos, tapetes, solas de sapato, cintas de sofás; co-processamento de xistobetuminoso, que gera 40% de rejeito; e o uso em manta asfáltica e construção civil (ainda experimental). Em uma visão global, com a decisão do STF aliada à decisão do contencioso da União Européia, reconhecendo que a proibição de importação de pneus reformados adotada pelo Brasil é medida necessária à proteção da saúde humana e do meio ambiente, temos um marco na história do país nas questões ambientais. Demonstra o esforço feito pelo Governo em fomentar o desenvolvimento sustentável e mostra para o mundo a força da nossa Constituição que inovou ao incluir o Art. 225, que diz: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Por fim, saliento o voto do Ministro Ayres Britto: “a importação refere-se a um lixo ambiental e que o Brasil seria uma espécie de quintal do mundo”. Esta é a nossa posição. Nós não permitiremos que o Brasil torne-se a lixeira do mundo. Defendemos sim, que cada país trate seus próprios resíduos e, principalmente, não aceitamos a exportação de nossos resíduos como uma forma adequada de destinação. Carlos Minc Baumfeld é formado em Economia, com doutorado em Economia do Desenvolvimento pela Universidade de Paris I – Sorbonne. Foi fundador do Partido Verde, tendo sido eleito Deputado Estadual pelo Rio de Janeiro (1986). Foi Secretário de Estado do Meio Ambiente (2007) e, em maio de 2008, foi empossado como Ministro de Estado do Meio Ambiente. 30 Abrapneus