Um olHar para as mUlHeres
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Um olHar para as mUlHeres
CHUF O OLHAR DO CLUBE ATLÉTICO MONTE LÍBANO novidade! A Festa Latina pôs todo mundo para dançar dia das crianças Festa e diversão para os pequenos sócios ano XII nº 106 novembro 2012 um olhar para as mulheres A escritora Joumana Haddad enfrenta qualquer polêmica para defender os direitos femininos ano XII nº 106 novembro 2012 www.caml.com.br Parceiros: Segmentos: - Assessoria Jurídica Dr. Flávio João Nesrallah - Clarear Consultoria de Qualidade - CJafet – Web Design - Delon - Moda Masculina - Dragone Comunicação - Porto Seguro Seguradora - RA Poliseg Corretora de Seguros - Tecnologia Avançada - WPS Automação - Yazbek Arquitetura - Arqta Claudia Sallum Yazbek - Agências Bancárias - Faculdades - Shoppings Centers - Supermercados - Prédios Comerciais de pequeno, médio e grande porte - Auditoria Interna - Confiabilidade - Consultoria de Qualidade - Flexibilidade nas Negociações - Transparência na Prestação de Contas ”Sinônimo de Rentabilidade e Bons Serviços” Desde 1996 no mercado, hoje se destaca por apresentar a solução completa ao mercado com projeto de otimização de vagas, desenvolvimento de comunicação visual, equipe altamente qualificada e alto nível de satisfação dos clientes. “Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna.” João 3:16 “Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?” Romanos 8:32 www.parkone.com.br / www.engepark.com.br alas | foto Wagner Camarneiro abre UM PRESENTE PARA O MONTE LÍBANO Quadro “Mulheres” de Gustavo Rosa, doado ao CAML Pintura da Série “Caras” Óleo sobre tela - 2012 clube atlético monte líbano 3 Baixe um leitor de QR Code no seu celular, aproxime o telefone do código acima e veja o catálogo promocional. Moema | Av. Lavandisca, 223 | 11 5051-3732 Jardins | Rua Augusta, 2.792 | 11 3064-1315 Shopping D&D | Piso Boulevard | 11 5507-5070 Shopping Cidade Jardim | 1º Piso | 11 3758-4945 Shopping Iguatemi Alphaville | 3º Piso | 11 4195-2006 mundodoenxoval.com.br Mundo do Enxoval Verão 2013 BOBSTORE.COM.BR DIRETORIA Presidente Paulo Chede Mattar Vice-Presidente Marcelo Ernesto Zarzur Diretores Secretários Camillo Ashcar Júnior Fábio Haddad Buazar Diretores Tesoureiros Fábio Lutfalla Filho Marcos Mahfuz Diretores de Patrimônio Carlos David Moufarrege Carlos Barbara Diretores de Esportes Ricardo Batah Marco Antônio Beyruti Diretores de Sede Marcos Efeiche Caio Lutfalla Diretores Sociais Valter Boulos Eduardo Nasser Bussab Diretores Culturais Nelson José Cahali Jorge Daher Daud Filho Diretores de Promoções Eduardo Elias Sauma Resk Filho Guilherme Bueno Malouf CONSELHO Os músicos que animaram a Noite Latina Presidente Rubens Elias Haddad Vice-Presidente Flavio Ernesto Zarzur Secretário João Haddad Filho Revista Chuf Publicação Bimestral do Clube Atlético Monte Líbano Projeto Editorial Paulo Anis Lima Caro sócio, Diretor Adjunto Paulo Kehdi É com grande prazer que apresentamos esta edição da Chuf, cheia de novidades. Com novo projeto editorial, a revista – que nasceu e cresceu vitoriosa – moderniza-se e dá mais um passo no caminho que escolhemos. Nosso objetivo de oferecer uma publicação de qualidade a nossos associados, que reflita e enriqueça a vida de quem frequenta e ama o clube, vem sendo alcançado número a número, e a nova mudança, editorial e gráfica, vem para reforçar esse trabalho. Como você vai notar, novas seções – como Nossa Equipe, em que falamos dos funcionários que ajudam a fazer o dia a dia do clube, ou Você Sabia? – enriquecem as edições a partir de agora. Elas poderão revezar-se a cada número com seções que já existiam e com outras novidades que estamos preparando para você. O projeto gráfico, desenvolvido por profissionais competentes e identificados com o clube, moderniza a revista, torna-a mais bonita e a organiza melhor, valorizando as informações e as fotos. E, numa edição tão especial, a entrevista de capa teria que ser especial também. Escritora, poetisa, jornalista e feminista, a libanesa Joumana Haddad revela quais são suas ideias e suas lutas em conversa com a Chuf. No CAML, recebemos o novo cônsul-geral do Líbano em São Paulo, Kabalan Frangieh, para dar-lhe as boas-vindas ao país. Nossas festas, como a Latina, uma iniciativa inédita da Diretoria Social, e a do Dia das Crianças, mostram a alegria de nossos sócios e a vontade que temos de estar sempre juntos. Confira ainda os novos cursos que o clube está oferecendo e a agenda para os próximos meses. Está tudo aqui para você. Aproveite sua nova revista! A Diretoria Edição Marilia Scalzo Direção de Arte Mariana Bernd Design Gráfico Renata Masini Reportagem Juliana Bogus Saad (Meu Canto, Minhas Fotos, Love Story, Na Mesa, No Palco, Sócio Atleta). Paulo Kehdi (Sócio Master, Sócio Júnior, Nossa Equipe e Aconteceu). Marília Scalzo (Entrevista Joumana Haddad, Líbano Sempre, Sahtein). Equipe Monte Líbano (Aconteceu e Agendas) Fotografia Laurent Denimal (Capa), Kiko Ferrite e Zé Gabriel (Matérias), Wagner Camarneiro (Eventos) Assistencia de produção Renata Masini Consultora de Gastronomia Paula Chequer Cambur Tradução de títulos para o árabe Georges Fayes Khouri Revisão Exceção Editorial Tratamento de imagens Mai Design Impressão Gráfica Burti Clube Atlético Monte Líbano Av. República do Líbano, 2267 - 04501-003 São Paulo/SP - (11) 5088-7070 www.caml.com.br Selo FSC foto Wagner Camarneiro | editorial | índice 42 12 20 18 26 Minhas fotos Jorge Arnaldo Curi Yazbek adora fotografar suas viagens e suas filhas 12 Entrevista Joumana Haddad, poetisa, escritora, jornalista, tradutora, feminista e polêmica 18 Meu canto A Lanchonete do Boulevard é o lugar preferido do CAML para Ana Saba Camasmie 30 Love Story O Monte Líbano é o cenário da história de amor de Rubens e Nanci Haddad 36 No palco Em cena no teatro, Isadora Bussab tem a sensação de liberdade 20 Sócio Master 38 Líbano Sempre Para José Luiz Najm Saade, o Monte Líbano é uma segunda casa Seis estações recebem os turistas durante a temporada de esqui 24 Sócio Júnior 42 Sahtein William Sarhan Bucalem conquista a todos com seu jeito alegre Knefe é uma sobremesa com sucesso garantido 44 Na mesa Uma receita deliciosa do talentoso chef Marcos Haddad Cury 46 sócio atleta Andréa Saad realiza o sonho de participar do Ironman 50 Nossa equipe Faz 48 anos que José Alves Vieira dedica sua vida ao CAML 52 Você sabia O caminho que percorre uma toalha de banho para aparecer limpa novamente 55 Aconteceu Os eventos que marcaram o último período e o que você não pode perder nos próximos meses fotos Arquivo pessoal / Kiko Ferrite / STRINGER/COLOMBIA/ Reuters/ Latinstock 36 Carnaval 2013 Splendour Of The Seas® 7 Noites pela América do Sul SAÍDA 9 Fevereiro 2013 São Paulo • Punta del Este Buenos Aires • Montevidéu • São Paulo CABINES tarifas por pessoa a partir de R$ 1.799 Internas a partir de R$ 2.099 Externas a partir de R$ 2.599 Varanda Junior Suite a partir de R$ 3.289 Diferenciais Sete Mares: TRASLADO GRATUITO DE IDA E VOLTA PARA O PORTO DE SANTOS. Condições exclusivas para os sócios do clube Monte Líbano. Número de cabines limitado. Consulte no ato da reserva a disponibilidade de cada categoria de cabine. Valores por pessoa em cabine dupla. Valores aplicados nas categorias (L) interna, (H) externa, (E2) varanda e (JS) junior suites. Consulte valores e disponibilidade para terceiro e quarto hóspedes, vagas limitadas para cabines triplas e quadruplas. Referente ao cruzeiro de 7 noites no navio Splendour of the Seas, saída em 09/02/2013. As tarifas acima apresentadas excluem NCCF (Non-Comissionable Cruise Fare) e todas as outras taxas, tais como taxas portuárias e de serviços. Transfer in/out incluso com ponto de encontro no estacionamento do clube Monte Líbano. Condição especial sujeita a disponibilidade e alteração sem prévio aviso. As cabines serão dadas por ordem de pagamento Valores a vista não tem desconto; Pagamento: 20% de entrada em cheque ou depósito e saldo em 10x vezes sem juros no cartão de crédito. PROMOÇÕES EXCLUSIVAS PARA SÓCIOS DO CLUBE MONTE LÍBANO Descontos Especiais A Sete Mares Turismo e o Clube Monte Líbano firmaram parceria com a Emirates para descontos especiais aos sócios. Consulte-nos! setemaresturismo.com.br [email protected] 11 3361-4811 | entrevista “ESTE MUNDO É NOSSO, Esta é a frase que a escritora libanesa Joumana Haddad espera ouvir das mulheres, especialmente das mulheres árabes. Sua luta é por isso Por Marília Scalzo F oi para defender as mulheres que a escritora libanesa Joumana Haddad decidiu matar Sherazade em seu livro Eu Matei Sherazade - Confissões de Uma Mulher Árabe Enfurecida, lançado no Brasil no fim do ano passado pela Editora Record. Nascida em 1970 em Beirute, no Líbano, Joumana acredita que a famosa personagem do livro Mil e Uma Noites teria todo o direito de estar e continuar viva e por isso não precisaria negociar sua vida com a autoridade – no caso o rei, o homem – contando-lhe histórias sem-fim. O livro causou polêmica, assim como quase tudo o que faz Joumana Haddad. Escritora, poeta, tradutora, jornalista e feminista, ela, ao mesmo tempo em que defende ferrenhamente os direitos femininos, também faz questão de combater os estereótipos que encobrem a imagem da mulher árabe no Ocidente. Editora de cultura do importante jornal libanês An-Nahar, ela ainda edita a revista Jasad (corpo, em árabe) que publica poesias, ilustrações e depoimentos pessoais sobre sexo, casamento, virgindade, poligamia, com abordagem que muitas vezes choca o público mais conservador. Além disso, dá aulas de 12 Revista chuf italiano na Universidade Americana de Beirute e é consultora do Arab Booker Prize. Casada pela segunda vez e mãe de dois filhos – Mounir, 20 anos, de seu primeiro casamento, e Ounsi, 12, do segundo –, ela acha bom que os filhos viajem e conheçam outros países, além do Líbano. Ela mesma poderia morar em qualquer lugar do mundo. Fala sete idiomas. Quase todos os seus livros – oito de poesia, além de Eu Matei Sherazade e Superman is an Arab: On God, Marriage, Macho Men and Other Disastrous Inventions (Super-Homem é árabe: sobre Deus, casamento, machismo e outras invenções desastrosas), recém-lançado em inglês e ainda sem data para sair no Brasil – tiveram traduções para o inglês, o italiano, o espanhol, o francês. No entanto, prefere viver no país em que nasceu e lutar pelas mudanças que acha necessárias. Leitora voraz desde criança – devorava os livros da biblioteca de seu pai –, Joumana, em entrevista à Chuf, fala sobre sua história, suas escolhas, e reafirma sua crença de que os direitos da mulher são direitos humanos e não podem ser tratados como luxo. Com livros traduzidos e publicados em países do mundo inteiro, Joumana considera-se cidadã do mundo, mas escolheu viver no Líbano entrevista | foto STRINGER/COLOMBIA/ Reuters/ Latinstock VAMOS TOMÁ-LO” clube atlético monte líbano 13 A senhora começou escrevendo poesia e só depois partiu para outros gêneros. Considera-se ainda poeta? Sou acima de tudo poeta. Essa é a melhor definição de mim, mas exploro minha expressão, minhas vozes, por meio de outros gêneros, como o ensaio ou a literatura infantil. Isso faz parte de minha viagem interior. A senhora fala sete línguas. Essa foi uma maneira de ampliar seu mundo? Minha história de amor com as línguas me alimentou muito e é hoje praticamente a única coisa que me dá uma sensação de pertencimento. Essa história simboliza para mim, entre outras coisas, valores preciosos da vida: estar aberto ao outro, ir ao seu encontro, na direção de sua cultura, sua literatura, suas artes, suas civilizações, seus povos e suas línguas. Ainda acredita, como disse uma vez, que a literatura salvou sua vida? Sem dúvida. Ler me fez respirar, viver, viajar, escapar de uma realidade brutal. Ler me permitiu abafar as explosões da guerra do Líbano, ignorar os gritos de meus pais, seu cotidiano de brigas e de sofrimentos. Eu lia para matar minha fome, conquistar minha liberdade, ganhar forças, acariciar ou estapear minha alma. Lia para aprender, para esquecer, lembrar, entender, esperar, planejar, acreditar, amar. 14 Revista chuf Quais são suas lembranças de infância, durante a guerra civil libanesa? Muita gente adora e acalenta sua infância. Eu não. Minha infância me repugna. A exceção são as leituras inspiradoras que enriqueceram essa época e a tornaram suportável. Posso dizer, entretanto, que nenhum dos conflitos que vivi, diretamente ou como testemunha, conseguiu me destruir. Ao contrário, nós, sobreviventes das guerras, devemos a elas o fato de nos transformarmos em combatentes ferozmente decididos a viver, florescer, alegrar-se, aprender e progredir. A senhora costuma afirmar que permanece no Líbano para lutar pelas mudanças de que o país precisa. Há uma evolução nesse sentido, as mudanças estão acontecendo? Lentamente. Não sou particularmente otimista. Falando francamente, não sei como uma mulher pode viver sua condição nesse nosso pedaço do mundo sem se revoltar com os insultos e abusos dirigidos a ela por aqueles que visam sua eliminação e exploração. Não consigo evitar a pergunta: quando a “bomba” das mulheres árabes vai explodir? Quero dizer com isso a bomba de suas capacidades, de suas ambições, de sua liberdade, de sua força e de sua autoconfiança. Joumana Haddad causou polêmica criando a revista Jasad, que trata de sexualidade (no alto); acima, a escritora com os filhos Mounir e Ounsi fotos RAMZI HAIDAR/Staff/AFP/Getty Images / arquivo pessoal | entrevista entrevista | “Nenhum dos conflitos que vivi, diretamente ou como testemunha, conseguiu me destruir” A senhora define-se como feminina e não feminista. Entretanto, sua obra confirma o desafio ao gênero masculino. O homem é o inimigo? Não. Minha obra é um desafio, mas não visa acabar com o homem. Visa, sim, a aceitação e o reconhecimento do masculino como elemento intrínseco da feminilidade. Para mim, a igualdade com o homem é o ponto de partida, um direito adquirido. Não um objeto de luta ou uma conquista que é preciso reivindicar e atingir. Mas o homem também não é um rival, um adversário. A principal língua utilizada em seus escritos é o árabe. A senhora tem uma obra de libertação e reivindicação em uma língua que é frequentemente associada à opressão e submissão da mulher. O que significa essa escolha? O imaginário coletivo pesado de carregar e cheio de tabus é a própria razão pela qual escolhi escrever em árabe. Meu primeiro livro foi escrito em francês, mas depois mudei de opinião. Era muito fácil. Era uma postura covarde, injusta e autoindulgente de minha parte dizer o que eu tinha a dizer em uma língua tão associada à liberdade como o francês. Queria desafiar minha língua. Queria mordê-la, despertar a língua de seu torpor obscurantista. Tenho um desejo de violação da língua árabe que é inseparável da minha concepção do que é escrever. Algumas pessoas acham que sua poesia, sensual, é pura provocação. É mesmo? Para mim, criar sempre foi sinônimo de desafiar: me desafiar, pois sou meu maior adversário. Desafiar os outros não me interessa. E, se provoco os outros em alguns momentos (e sei que provoco), isso é apenas um efeito colateral, secundário, nunca um fim em si mesmo. Livros publicados • Le temps d’un rêve (1995), poesia, francês • Two hands to the abyss (2000), poesia, árabe • I did not sin enough (2003), poesia, árabe • Lilith’s Return (2004), poesia, árabe, espanhol, francês, alemão, italiano, sueco • Allí donde el río se incendia (2005), antologia poética, espanhol, alemão • The panther hidden at the base of her shoulders (2006), poesia, árabe • In the company of the fire thieves (2006), conversas com escritores, árabe • Death will come and it will have your eyes (2007), antologia de poetas que • Bad habits (2007), poesia, árabe • Invitation to a secret feast (2008), poesia, árabe, inglês • Mirrors of the passers by (2008), poesia, árabe • Madinah, city stories from the Middle East (2008), antologia, inglês • Les amants ne devraient porter que des mocassins (2010), literatura erótica, cometeram suicídios, árabe francês, espanhol • Eu Matei Sherazade, ensaio, 2010, árabe, inglês, francês, italiano, espanhol, dinamarquês, português, alemão, holandês, croata, norueguês, romeno • Le sette vite di Luca (2011), literatura infantil, italiano, espanhol • Geology of the I (2012), poesia, árabe • Superman is an Arab: On God, Marriage, Macho Men and Other Disastrous Inventions (2012), ensaio, inglês clube atlético monte líbano 15 16 Revista chuf foto divulgação entrevista | “Para mim, criar sempre foi sinônimo de desafiar: me desafiar, pois sou meu maior adversário” Por conta dessa provocação, o ato de criar teria passado a significar para a senhora isolamento e solidão? Isolamento, sim, sem dúvida. Exílio, também, e castração às vezes. Mas não solidão. Pois o isolamento nunca foi para mim sinônimo de solidão. O isolamento sempre significou me escutar, ouvir minhas vozes interiores, as que quero e as que não quero escutar, descobrir toda essa multidão que me habita. A criação é para mim um processo de descoberta pessoal. Criar é, ao mesmo tempo, a descoberta do outro. Pois o universo está no interior, é ele que me habita e não o contrário. Um jornal inglês apelidou-a de a “Carrie Bradshaw de Beirute”. A senhora acha que tem pontos em comum com a personagem de Sex and the City? Não verdadeiramente. O único ponto em comum é a paixão por sapatos bonitos [risos]. O que acha da obsessão feminina pela aparência e pela juventude? No Brasil, isso é muito forte; e no Líbano? O Líbano tem uma das taxas mais baixas do mundo de participação de mulheres na vida política e uma das mais elevadas com relação ao aviltamento da imagem feminina. Temos até um empréstimo especial dos bancos para cirurgias plásticas. Não existe propaganda de geladeira sem uma mulher seminua deitada em cima, para fazer os consumidores caírem em tentação. E o pior é ver que as mulheres acham normal ser tratadas dessa maneira. Não vejo nenhuma diferença entre uma mulher que usa a burca e uma que aceita ser tratada como um pedaço de carne atrás de uma vitrine. São duas faces da mesma opressão. Por que a senhora se irrita quando se diz que a maioria das mulheres árabes é oprimida? É um clichê? É um clichê que tem sua parte de verdade, claro, mas que é incompleto. Existe outro modelo de mulher árabe, livre, florescente, cultivada, forte, e ela merece atenção. Mas a redução da mulher árabe a um estereótipo simplista não é a única razão para eu me irritar. Fico exasperada também com a autoindulgência de muitas mulheres árabes e com sua falta de indignação. A resignação me irrita tanto quanto o estereótipo. A senhora critica o uso do véu. Não teme, por isso, uma reação agressiva da parte das sociedades árabes muçulmanas? Não. Acho que é meu direito dizer o que acho sobre esses assuntos. Não sou uma católica que critica os defeitos do islamismo [Joumana foi criada em uma família católica], mas uma ateia laica que critica os defeitos de todas as religiões monoteístas, sem exceção. O cristianismo é condescendente e patriarcal com relação à mulher como o islamismo, mas de modo diferente, menos visível. Espero ansiosamente o momento em que a mulher árabe, seja de que religião for, se indignará com as humilhações insuportáveis que lhe são impostas. Como mulher árabe livre, a senhora acha que as mulheres de todos os países árabes podem alcançar alguma liberdade, ainda que pequena? Estou firmemente convencida disso. A liberdade começa na cabeça, na perspectiva que temos de nós. Crer em nós mesmos nos torna capazes de transformar muitas coisas. Por que a senhora decidiu matar Sherazade em seu livro? Matei-a para que outra mulher sobrevivesse: aquela que diz não quando é preciso e sim quando está convencida; uma mulher que não se curva, que não precisa, para dar certo na vida, satisfazer um homem com uma bela história, um bom prato, um par de seios siliconados ou pernas de fora. A senhora visitou o Brasil há pouco tempo [Joumana participou, em novembro de 2011, da Festa Literária Internacional de Pernambuco]. O que achou do país? Em poucas palavras, me senti em casa. Foi como um retorno às origens. Fiquei apaixonada por essa terra e ansiosa por voltar. clube atlético monte líbano 17 | meu canto Café das meninas O lugar do clube de que Ana Saba Camasmie mais gosta é a mesa de amigas na lanchonete A na Saba Camasmie, 61, frequenta o clube desde menina. Já foi fã do parquinho, da piscina e da boate. Atualmente, é adepta da ginástica, mas adora, principalmente, o pós-ginástica: “Meu canto favorito, hoje, é a lanchonete da sede. Todos os dias, depois da ginástica, minhas amigas e eu ficamos por lá, tomando cafezinho, batendo papo, trocando receitas, ideias, endereços, comemorando aniversários, dando risadas. Parece até terapia em grupo”, brinca. Ana é integrante da turma que não troca por nada a passadinha diária na Lanchonete do Boulevard, ponto de encontro número um dos sócios do clube. “Quando não vou, sinto falta. Nossa amizade nos motiva, é saudável e gostosa. E todos são bem-vindos para fazer parte do grupo”, convida. “Acho que, no clube, a gente se socializa muito bem”, diz ela, com conhecimento de causa. Foi no Monte Líbano que conheceu Arnaldo Camasmie, seu marido há 40 anos. Os filhos, Luciana e Felipe 18 Revista chuf (diretor adjunto de Tênis), também cresceram no clube, com primos, amigos e monitores. “Felipe (casado com Paula) vive lá até hoje, conhece quase todo mundo. Luciana mora em Port Elizabeth, na África do Sul, com meu genro, Daniel, e meus três netos, William, 6, Samuel, 4, e Jack, 2. Todos amam o Monte Líbano e, quando estão no Brasil, também não saem de lá”, conta. Entre as recordações da própria infância, Ana lembra-se das gincanas, festas e de funcionários que marcaram sua época. “Lembro de dona Anita e de dona Cibele, que nos ajudavam no vestiário, e de seu Paulo, o dono do bar.” Filha de Yvonne Aidar Saba e Emile Saba e irmã de Paulo e Sandra, Ana foi ao Líbano pela primeira vez com Arnaldo, durante a lua de mel. Depois, foi de novo com os filhos. “É tudo lindo! Todos curtiram muito. Meu pai é de Zahle e tenho família lá. Conhecer os tios e primos do Líbano não tem preço.” (Juliana Bogus Saad) Com as amigas, acima, no ponto de encontro favorito, a Lanchonete do Boulevard; à direita, em casa com a família fotos Kiko Ferrite / arquivo pessoal Trabalho voluntário Ana Saba Camasmie é voluntária em duas entidades. Fundação Dorina Nowill: inclusão social de deficientes visuais. Faz gravações de livros, revisões e captação de recursos. Associação Cedro do Líbano de Proteção à Infância: atende crianças e adolescentes e ensina para elas conceitos de ética, igualdade e amor ao próximo, além de práticas sustentáveis. Ana faz parte da diretoria. foto arquivo pessoal sócio master | SEGUNDA CASA Para José Luiz Najm Saade, o Monte Líbano é, antes de tudo, uma grande reunião de amigos J José Luiz com Sérgio Saade e Walter Chede Malouf no Clube Monte Líbano em dezembro de 1948 osé Luiz Najm Saade, 68 anos, é o exemplo perfeito de que quanto mais tempo de clube se tem, mais histórias pitorescas a pessoa tem para contar – consequência das inúmeras amizades que nascem no CAML através das décadas. Zé Luiz, como é conhecido por todos, frequenta o Monte Líbano desde seu nascimento. Tem fotos pequeno, já aprontando das suas. Na infância, jogava de tudo: basquete (foi campeão paulista pelo CAML em 1958), vôlei, tênis, natação e futebol. “Tinha jeito para esportes, especialmente o vôlei, menos para o futebol, em que fui sofrível”, conta ele. Zé Luiz tem forte ligação com um dos times mais tradicionais da história do clube, o Colo-Colo, mas seus resultados não ajudavam. “Montamos o time para aglutinar os amigos, ideia do Décio Salomão. Mas éramos todos muito ruins, praticamente só perdíamos. Teve uma vez em que fomos goleados por 8 a 2 e no final do jogo o Renatão (Renato Haddad), falou ‘nossa, vocês são ruins mesmo, nunca fizemos oito gols em ninguém’. E eu retruquei: ‘Ruim são vocês, nós nunca tínhamos feitos dois gols em time algum’.” [risos]. Com humor, também, ele conta em que posição jogava: “Joguei em todas as posições, mas não descobri minha verdadeira vocação. Acho que era fora do campo mesmo”. Se Saade diverte-se com sua falta de destreza nos gramados, sua fisionomia torna-se séria ao lembrar da figura do pai. “Papai [Adib Saade, natural de Chaptine] ficou órfão aos 7 anos, meus avós morreram na Primeira Guerra. Foi criado por um tio e, por causa da falta de perspectivas no Líbano, veio sozinho para o Brasil, com 15 anos. Com a cara e a coragem.” O destino se fez presente. Convidado para trabalhar na loja de amigos como guarda-livros (espécie de contador), foi requisitado para dar aulas de árabe para uma das sobrinhas do proprietário, Alice. Conheceram-se, apaixonaram-se e casaram-se. Para que a esposa o acompanhasse no Monte Líbano, Adib ensinou bridge a ela, que ficou craque – clube atlético monte líbano 21 | sócio master tornou-se bicampeã brasileira, campeã sul-americana e 3ª classificada em torneio mundial. Além de Zé Luiz, o casal teve mais dois filhos, Sérgio e Miriam, também frequentadores assíduos do clube. Formado em engenharia civil pela Politécnica em 1967, Zé Luiz teve com o irmão uma parceria fantástica. “Eu e o Sérgio estudamos juntos desde o primeiro ano do ginásio [atual 6º ano do fundamental], nos formamos na mesma turma da Poli e fomos sócios por mais de 30 anos.” Outra coisa que fizeram em parceria foi teatro no CAML. “Era gostoso, mas fazia de farra. Meu irmão levava a sério e tinha mais jeito do que eu. Fiz umas sete peças, mas percebi que teria que me dedicar com mais afinco e resolvi parar.” Hoje, estabelecido na vida e mais tranquilo, Saade gosta de passear no parque com os amigos e de fazer aulas de boxe no CAML. “Uma delícia, o treino físico é forte, mas descontraído.” Na diretoria Zé Luiz foi diretor adjunto de vôlei por muito tempo e conseguiu uma proeza: no início dos anos 1990, instituiu treinos à noite, mas somente ele, Leila Bogossian, o saudoso Jimmy Youssef e o antigo monitor Zeca compareciam. Com o passar do tempo, os sócios começaram a tomar conhecimento da prática noturna e seu auge foi a realização de um campeonato interno com 14 equipes e 144 participantes. Saade também foi diretor de esportes na gestão de Elias Samara (1992-1994) e lembra que instituiu a Comissão Disciplinar no futebol. “Era tanta briga que nem os juízes queriam mais vir apitar. Tivemos que impor regras rigorosas, senão o futebol no clube ia virar bagunça”, lembra. Ele também é conselheiro vitalício e brinca: “Depois de 200 eleições, finalmente virei vitalício!” 22 Revista chuf Família A esposa Lays, jornalista, com quem está casado há 42 anos, é uma “companheira fantástica”. Os dois conheceram-se em Campos do Jordão, ainda jovens (ele com 24, ela com 17), e casaram-se após dois anos e meio de namoro. A mulher o acompanha na vida e nas viagens, hobby preferido do casal. “Viajamos pelo menos uma vez por ano para o exterior, só nós dois ou com os filhos, ou ainda com o Nicolau e a Cristina Saad, excelentes parceiros há mais de quatro décadas. Também vamos a cada 15 dias para nossa fazenda em Ibitinga.” Dentre as viagens, Zé destaca a única para o Líbano, em 1999, onde foi com Lays. “Conheci a casa de meu pai, cercada por lindas oliveiras. Fizeram uma missa em homenagem a ele, na igreja que tinha sido construída por meu avô. Algo tocante, inesquecível para mim.” Os filhos Rafael (formado em Comunicação Social) e Gustavo (designer gráfico), 30 anos, são gêmeos, e o pai diz que são “espelhados”. “O Gustavo fala pelos cotovelos, o Rafael é mais na dele; um é canhoto, o outro, destro. Rafael gosta de natação e futebol, Gustavo, de correr. Eles se complementam.” Zé Luiz comemora o fato de recentemente os filhos terem voltado a frequentar o Monte Líbano: “Fico feliz porque o clube para mim representa muito. É um espaço agregador que poucos têm o privilégio de frequentar. Nossa segunda casa”. (Paulo Kehdi) fotos arquivo pessoal / Zé Gabriel / Acervo Maktub “Conheci a casa de meu pai, cercada por lindas oliveiras. Fizeram uma missa em homenagem a ele, na igreja construída por meu avô. Algo tocante, inesquecível para mim.” As três paixões se veem na coleção de fotos: o esporte, campeão infantil de basquete, Colo-Colo; as viagens, Líbano, Garmich; e a família, nas viagens e abaixo com os pais ficha técnica Nome: José Luiz Najm Saade Esposa: Lays Saade Filhos: Gustavo e Rafael Esporte: Vôlei Hobby: Viajar Diretoria Diretor adjunto de vôlei 1992-1994 • Diretor de Esportes Conselheiro vitalício clube atlético monte líbano 23 foto Zé Gabriel William Sarhan Bucalem Esportes: Judô, natação e tênis Time: São Paulo Ídolos: Juan Martin Del Potro (no tênis) e Luís Fabiano (no futebol) Música: Beatles Comida: Japonesa Diversão: Cinema e videogame É forte: No braço de ferro sócio júnior | Alma de ouro Com seu jeito sincero e alegre, William Sarhan Bucalem, o Billy, conquista a todos no CAML Billy herdou do pai, com quem joga aos sábados e domingos, e dos avós paternos o amor pelo tênis: “Meu golpe preferido é o smash”, ele diz E le nasceu no Monte Líbano e faz do clube sua segunda casa. Desfila sua alegria de viver e a tenacidade com que encara seus treinos de judô, natação ou tênis, sua maior paixão. Não há uma única pessoa que tenha o privilégio de conviver com ele e que não se encante com sua forma de conduzir a vida, sempre de alto astral, brincalhão e pronto para um bom bate-papo. Estamos falando de William Sarhan Bucalem, o Billy, 17 anos, que vem de família de esportistas e para quem as 24 horas do dia não parecem suficientes. Do pai, Miguel, e dos avós paternos, Wilson e Maria Beatriz, Billy herdou o amor pelo tênis. Da mãe, Tamara, o gosto pela natação. O avô materno, Orlando, também pratica tênis e gosta de uma boa cavalgada. “Só a minha avó materna, Jasna, não gosta de esportes, mas sempre me incentivou a praticá-los. A mim e ao Richard, meu irmão”, diz William. Os estímulos familiares certamente funcionaram. Billy faz natação e judô às terças e quintas e tênis às quartas, além de jogar com o pai aos sábados e domingos. No tênis, em que começou aos 7 anos com Sumara Passos – hoje, joga com Cícero Assunção –, participa do ranking interno dos adultos. Para ele, que é ambidestro, o que vale é bater na bolinha. “Meu golpe preferido é o smash”, conta. No judô, que pratica desde os 4, alcançou a faixa marrom. Ele se diz preparado, mas ressalta que a passagem para a faixa preta vai depender de seu técnico, Ricardo Katchborian. Na natação, com o instrutor Ricardo Casemiro, William faz valer sua intimidade com a água. A mãe já o levava para as piscinas desde seus seis meses e ele pratica com desenvoltura os quatro estilos. Em todas as modalidades, Billy participou ou participa de campeonatos e amistosos. O fruto desse esforço é possível de ver em seu quarto, impecavelmente organizado: dezenas de medalhas e vários troféus. “Ele é determinado, organizado, responsável, sabe de seus direitos e deveres. Um filho fantástico, tenho um vencedor dentro de casa”, diz orgulhosa a mãe. Suas qualidades o ajudam no colégio Friburgo, que frequenta desde o ensino fundamental e onde cursa a 2ª série do ensino médio. “Minhas matérias preferidas são química, matemática e física”, diz Billy, que herdou do pai, engenheiro politécnico, o gosto por exatas. Gosta de música e toca violão, é são-paulino, amante de comida japonesa, de cinema e de videogame. Billy também gosta de viajar e tem ido visitar o irmão Richard, atualmente morando em São Francisco (EUA), cursando a universidade com bolsa de tênis. “Sinto falta dele, não vejo a hora que volte”, diz, com a sinceridade e pureza que preenchem sua alma e que iluminam seu coração guerreiro. (P.K.) clube atlético monte líbano 25 | minhas fotos TÉCNICA E No mar do resort Nannai, em Recife, Pernambuco; foto tirada com lente olho de peixe 26 Revista chuf minhas fotos | Jorge Yazbek gosta de fotografar durante suas viagens, mas o que ama mesmo é registrar a história das filhas CORUJICE O engenheiro civil Jorge Arnaldo Curi Yazbek, 37, apaixonou-se por fotografia por causa de uma câmera que não sabia usar. “Há quatro anos, pedi uma indicação de máquina fotográfica a um amigo. Ele perguntou se eu queria uma coisa mais profissional e respondi que sim. Comprei a máquina pela internet e fui viajar com ela, mas, quando peguei para usar, não conseguia tirar nem uma foto”, diverte-se lembrando. Assim que chegou de volta ao Brasil, a primeira coisa que fez foi se inscrever em um curso de fotografia. “Daí começou tudo. E, quando minhas filhas nasceram, a vontade de fotografar aumentou”, conta. Desde a chegada de Ana Julia, hoje com quase 3 anos, e Maria Luiza, de 1– suas filhas com Viviane –, Jorge fotografa cada passo delas. Ele envia fotos para a família quase semanalmente, para que todos acompanhem o crescimento das meninas. “Fotografo muito minhas duas pequenas, são aproximadamente 20 mil fotos por ano. Quero deixar para elas um presente: um book do desenvolvimento de cada uma”, revela. Além das filhas, Jorge gosta de fotografar em viagens, quando tem mais tempo para pensar sobre as fotos e tentar fazer algo diferente. Adora registrar lugares onde todo mundo vai, mas de ângulos incomuns. Costuma utilizar técnicas diferenciadas e explorar ao máximo o equipamento. “Como sou engenheiro e tenho uma formação cartesiana, quadrada, acho que minhas fotos são mais técnicas do que artísticas”, diz. “E o que mais gosto é de tirar fotos noturnas, que ficam muito emocionantes.” (J. B. S.) clube atlético monte líbano 27 | minhas fotos No alto, detalhe arquitetônico em Rotterdam e um ângulo inusitado da Torre Eiffel, em Paris; à direita, mais uma cena parisiense 28 Revista chuf minhas fotos | Abaixo, suas modelos preferidas: as filhas Ana Julia e Maria Luiza; mais embaixo, noite chuvosa em Paris clube atlético monte líbano 29 | love story AMOR pelo clube O amor de Rubens e Nanci Haddad foi cultivado pelas alamedas do Monte Líbano e a paixão dos dois pelo clube mistura-se com a história do casal la é famosa pelas aulas de ikebana. Ele é o atual presidente do Conselho. Ocuparam a presidência do Monte Líbano de 2000 a 2002 e formam um dos casais mais presentes e dedicados ao clube e à preservação da cultura libanesa. Mas a história de amor entre Nanci Camasmie Taleb Haddad, 54, Rubens Elias Haddad, 66, e o Monte Líbano é muito mais antiga. “Nasci no clube, minha avó materna pertence à família de alguns fundadores”, diz Rubens – ou Rubão, para os íntimos. “Meu pai era sócio de vários clubes da colônia, mas sempre frequentei e gostei mais do Monte Líbano”, conta Nanci. Conheceram-se, namoraram e casaram-se em dois anos, há 30, entre as quadras de tênis, o ginásio, o campo de futebol, a piscina, as boatecas e, principalmente, os encontros no Hack’s Bar – que existiu antes do antigo Bar Inglês (hack significa conversa, papo, em árabe). “O Hack’s Bar foi criado para integrar os jovens daquela época. Éramos uma turma com idade variando entre 20 e poucos e 30 e poucos anos”, conta Rubens. “Vários casais se formaram ali. A maioria namorou e casou entre 1980 e 82, como nós”, lembra Nanci. O casal teve três filhos – Suzana, 28, casada com Anderson, Bruno, 25, e Marcela, 22 – e o caso de amor entre Nanci, Rubão e o Monte Líbano só se fortaleceu. Praia e montanha Além do Monte Líbano, o Guarujá e Campos do Jordão também fizeram parte da vida do casal. “Quando eu tinha 15 anos, ia com minhas amigas para o Guarujá e sempre via aquela turma de moços mais velhos do clube. Lembro do Rubens, mas nem sabia o nome dele. Eles eram muito mais velhos, a gente nem dava bola”, diverte-se Nanci. “A primeira vez que prestei atenção nela foi em Campos do Jordão. Eu estava descendo o Morro do Elefante, e ela, subindo, com uma amiga”, conta Rubens. “Ela era alta, bonita, meu tipo”, elogia o 30 Revista chuf Ao lado, no sentido horário começando do alto, à esquerda, o primeiro mês de namoro no réveillon do CAML em 1980; lua de mel em Nova York, 1982; o casamento, em junho de 1982; e o brinde na festa de noivado, em 1981 fotos arquivo pessoal E fotos arquivo pessoal | love story Vida de casal Tempo de casados: 30 anos Filhos: 3 (Suzana, 28, Bruno, 25, e Marcela, 22) No clube: Presidência (2000-02); hoje, ele é presidente do Conselho, ela dá cursos de Ikebana Adoram: Viajar, principalmente para comemorar os aniversários de casamento – “Voltar a viajar, depois dos filhos crescidos, fez com que nos uníssemos cada vez mais” maridão. “Eu tinha 22 anos. Ele já veio falando ‘oi, tudo bem’ e me dando beijinho no rosto. Pensei: ‘esse cara nem me conhece, já vem me dando beijinho!’ Mas lembrava dele andando na praia do Guarujá”, confessa ela. Depois dos dias em Campos, onde ficou tudo na amizade, voltaram para São Paulo e passaram a se ver pelo clube. “Eu já tinha o hobby de fotografar. Então pegava minha máquina e ficava tirando fotos pelas quadras de tênis. Isso chamava a atenção dele”, provoca Nanci. “Ela ia lá fotografar para aparecer”, brinca Rubão. Uma olhadinha de lá, outra de cá, a paquera durou seis meses. “Meus pais, Alberto Taleb e Stella Camasmie Taleb, não me deixavam ir a todas as boates do clube para não virar arroz de festa”, revela Nanci, morrendo de rir. “E, quando eu ia, o Rubens ficava tímido e não chegava muito perto. Dava até raiva”, esbraveja ela, que só virou namorada em dezembro de 1980, depois de alguns 32 Revista chuf encontros divertidos. “Conversamos bastante no show que o Roberto Carlos fez no clube, em novembro daquele ano”, lembra Nanci. “Depois disso”, continua Rubão, “saímos juntos pela primeira vez, fomos ao Gallery. Passei para pegar a Nanci com o carro lotado de amigos nossos e fizeram ela sentar bem pertinho de mim, ali onde fica o breque de mão”. Gargalhando, ela complementa: “Ele tinha que pedir licença para mudar de marcha”. O pedido de namoro veio um pouco depois, no dia em que assistiram a um show de Rita Lee. “Naquela época, era tudo mais devagar. Ele foi superdelicado, calmo, foi pegando minha mão, bem romântico”, recorda. “Quando fizemos um mês juntos, ela apareceu com um presente: uma caixa cheia de fitas k-7 gravadas com músicas que ela escolheu. Cada capinha tinha um desenho feito por ela com nanquim. Desde lá, vi que a Nanci era artista”, diz o marido. Lembranças da vida em família: no alto, os filhos Suzana, Marcela e Bruno, na festa de aniversário da caçula, no CAML; à direita, o casal em seu chá de cozinha, em 1982; abaixo, férias no Colorado, EUA Rubens e Nanci em casa: os dois fazem questão de estar sempre um ao lado do outro 34 Revista chuf foto Kiko Ferrite | love story Amores perfeitos Exatamente um ano depois do pedido de namoro, ficaram noivos, no dia 5 de dezembro de 1981. “A festa de noivado foi maravilhosa, mas aconteceu uma coisa engraçada de lembrar”, conta Rubens. “Quando cheguei na casa dela, o caminhão dos bombeiros estava na porta: o bufê tinha pegado fogo e queimado toda a comida!” [risos]. Depois do susto, a festa aconteceu normalmente. Em 8 de junho do ano seguinte, casaram-se na Catedral Ortodoxa. “Eu tinha certeza de que ia me casar com uma moça do clube porque, como meus pais [Elias Jubran Haddad e Olga Ayoub Haddad], sempre achei importante me relacionar com alguém que tivesse os mesmos costumes que eu”, diz ele. “Sem dúvida, isso colaborou muito com a nossa relação. Mesmos hábitos, o gosto pelas visitas, os lanches na casa da mãe, da avó. Tudo nosso sempre foi muito parecido”, diz ela. Inclui-se aí o amor pelo clube. “Sempre procurei ajudar o Monte Líbano em tudo que podia, sempre briguei e defendi, tenho muito ciúme do clube”, admite Rubão. “Quando nasceu nossa terceira filha, nos mudamos para pertinho do clube. Muito do que fazemos é em função do clube – não sei se é certo ou errado. Somos assim”, completa ele, que, de tanto amor, fez até curso de oratória para ser presidente. “Sempre fui tímido, mas teria que falar bonito na posse, nas reuniões, então resolvi me preparar. Entrei no curso para aprender e vencer o medo de falar em público. E fui muito feliz na presidência”, afirma. Nanci acompanhou-o em todos os compromissos e sempre deu todo apoio ao marido. “Ela me incentiva e está comigo em todos os momentos. É amorosa, de extrema sensibilidade, detalhista e organizada, ao contrário de mim”, define Rubens. “A gente se completa. Ele é bagunceiro e desligado, mas, quando preciso, está sempre lá. Faço questão de estar sempre ao lado dele”, diz Nanci. Ela estava com ele no Líbano, em 2001, quando Rubens Haddad foi representar o clube em um encontro com o então Primeiro-Ministro libanês, Rafik Hariri (1944-2005). “Ele me falou uma frase maravilhosa, que nunca vou esquecer: ‘Você é presidente daquele gigante que é o Clube Monte Líbano no Brasil!’.” Gigante, como esse amor. (J.B.S.) PLURICULTURAL EDUCAÇÃO PARA O MUNDO É NOSSA MARCA REGISTRADA. Global Brazilian American Program, um programa exclusivo da Escola Pueri Domus Educar para o mundo é proporcionar ensino bilíngue de verdade. É aprender em inglês e não só aprender inglês. Com o **Global Brazilian American Program, o aluno conclui o ensino médio simultaneamente ao high school americano. E com o programa *IB Internacional, a possibilidade de cursar universidades internacionais se estende, além dos EUA, a outros 141 países. Do ensino infantil ao médio, uma formação completa e planejada. **Global Brazilian American Program e *IB Internacional. Saiba mais e matricule seu filho em um mundo de portas abertas. *O programa só é oferecido na unidade Verbo Divino. **O programa não é oferecido na unidade Aruã. Unidade Aldeia da Serra 4192-2430 • Unidade Itaim 3078-6999 • Unidade Verbo Divino 3512-2222 • Unidade Aruã 4795-1852 @pueridomus facebook.com/escolapueridomus www.pueridomus.sebsa.com.br | sahtein Knefe, doce delícia O mais comum de acontecer com o knefe – ou kunafa, ou knaafeh – é confundi-lo com aletria. Mas não. A massa de knefe é, na origem, mole como massa de panqueca e, passada por uma espécie de coador ou peneira finíssima, endurece em segundos em contato com o calor da chapa. Fazer a massa não é tão fácil e pede utensílios especiais, mas ela pode ser comprada pronta, em casas que vendem produtos árabes, ou substituída por macarrão cabelo de anjo, como ensina nossa receita. Isso facilita muito a preparação do doce. Sobremesa deliciosa, pode ser recheada com um mix de nozes ou, da maneira mais tradicional, com um creme à base de queijo (aqui, usamos a ricota). Em alguns lugares, o doce é conhecido como a cheesecake do Oriente. (m.S.) Knefe Ingredientes 1 kg de ricota fresca 1 pacote de macarrão cabelo de anjo Dicas Açúcar a gosto Se você quiser fazer o doce com a massa própria do knefe, que pode ser encontrada crua em lojas especializadas em produtos árabes, a receita deverá ficar um pouco mais no forno (cerca de 20 minutos no total). • Para incrementar, você pode salpicar pistache moído por cima da calda. 30 ml de água de flor de laranjeira • 125 gramas de manteiga sem sal 125 gramas de margarina sem sal Para a calda 1 kg de açúcar 500 ml de água 1 limão 30 ml de água de flor de laranjeira 34 Revista chuf foto Kiko Ferrite / ilustrações Adriana Alves É sucesso garantido na sobremesa Modo de fazer Montagem Massa Em um refratário arrumar o macarrãozinho, fazendo Em um recipiente, quebrar o macarrãozinho bem quebrado, uma base em todo o fundo. Em seguida, acrescentar juntar a manteiga e a margarina derretida e reservar. o recheio e depois terminar com mais uma camada de macarrãozinho (a mesma quantidade que a parte Recheio de baixo). Atenção! Nunca pressione o macarrãozinho Com a ajuda de uma peneira, lavar bem a ricota fresca, nem a ricota, ambos deverão ser colocados, nunca deixar escorrer. Após totalmente escorrida, colocar em pressionados. Levar ao forno por aproximadamente 15 um recipiente e mexer bem até que fique bem soltinha. minutos a 170°C ou até que o macarrãozinho fique bem Acrescentar aos poucos o açúcar; quando estiver doce, dourado. Acrescentar a calda ainda quente assim que adicionar 30 ml da água de flor de laranjeira e reservar. tirar do forno. Cortar em cubos e servir. Calda Em uma panela colocar o açúcar e a água, levar ao fogo com o suco de limão e deixar ferver aproximadamente 7 minutos. Desligar o fogo, acrescentar 30 ml da água de flor de laranjeira. A calda deve ter ponto de fio. clube atlético monte líbano 35 fotos Kiko Ferrite / arquivo pessoal COMO É Isadora Orgulho: ser libanesa Admiração: costumes, comidas e pessoas libanesas 36 Revista chuf no palco | Querer é poder Isadora Bussab tem 13 anos, faz teatro há cinco, e acredita que, no palco e na vida, com determinação, a gente pode conseguir tudo o que deseja E Isadora no palco com o grupo dos Pequenos Menestréis: ela prefere atuar dançando e cantando la é corajosa e decidida. “Tudo o que é difícil, um dia se conquista. Pode ser duro, mas, com vontade, a gente chega aonde quer”, dispara Isadora Silva Bussab. Um de seus objetivos atuais ela estabeleceu quando subiu no palco pela primeira vez, com os Pequenos Menestréis, aos 8 anos. “Fiz uma promessa: fazer dez anos seguidos de teatro no clube. Às vezes, me canso um pouco, mas vou cumprir. É a atividade que mais adoro”, revela, lembrando que precisa equilibrar a vida entre clube, escola, amigos e família. Isadora é filha de Marise e Rodrigo Bussab – “meus pais representam carinho, amor, poder, orgulho, paz e harmonia” – e mantém uma forte relação de amizade com o irmão mais velho, Tarik – “ele é a pessoa com quem mais me identifico na família”. Com os avós paternos, Sílvio e Marilena Racy Bussab, frequentadores do Monte Líbano desde a infância, também alimenta uma relação muito próxima. “Eles me acompanham e me ajudam em tudo”, conta. Foi com o incentivo do avô Sílvio, que já fez parte do grupo de teatro adulto, que Isa começou a atuar. “Quando ia à casa dele, eu brincava de fazer shows, cantar, dançar. E ele achava que eu tinha jeito”, conta. “No começo, era muito envergonhada. Só me soltei no quarto ano de teatro”, confessa. Além do avô, os pais de Isadora também já estiveram no palco do clube. “Meu pai não fala muito, mas meu avô me dá conselhos, como estar sempre sorrindo em cena e falar de maneira articulada”, comenta. “Já no caso da minha mãe, que fez Sétima Arte III, com o Candé, em 2011, quem dava as dicas era eu [risos]. Achei que ela teve uma iniciativa excelente, nunca tinha visto uma mãe ‘quebrando’ as regras só para se divertir. Foi muito legal”, elogia. Encantada com musicais Antes de começar no teatro do clube, Isadora nunca tinha subido num palco. “Meus pais me levavam para ver musicais e eu sempre saía muito encantada, com vontade de estar lá”, lembra. “O mais importante no palco é demonstrar alegria, isso contagia o público”, acredita Isa, que prefere interpretar dançando e cantando. “Nunca gostei muito de falar porque fico nervosa. Eu estudava numa escola que não treinava os alunos para falar em público. Agora, mudei para a Escola Viva, que trabalha mais isso, então me sinto menos tensa ao ensaiar e mais confortável ao me apresentar.” Quem assistiu ao espetáculo Good Morning São Paulo Galerinha, em setembro, pôde conferir uma Isadora falante e articulada em cena. “Estar no palco é ter a sensação de estar livre. Lá, eu posso me divertir, rir com meus amigos”, diz. Ao mesmo tempo, ela acredita que o teatro é uma preparação para o futuro. “Essa experiência no palco vai me ajudar na vida pessoal e profissional, a me relacionar, a ter boas palavras para conversar, dar palestras e, se eu tiver um restaurante, a receber meus clientes”, diz. (J.B.S.) clube atlético monte líbano 37 | Líbano sempre Prepare os esquis foto Kanaan Alkhatib/GraphEast/Glow Images Vai começar a temporada de inverno no Líbano A propaganda turística diz que o Líbano é o único país do Oriente Médio (e um dos poucos no mundo) onde é possível esquiar pela manhã e tomar banho de mar à tarde. Verdade. Talvez não no começo da temporada de inverno, no meio de dezembro, mas em seu final, em abril, pode-se subir aos picos nevados logo cedo e, mais tarde, partir para um mergulho no Mediterrâneo. País litorâneo e montanhoso, o Líbano oferece muitas atrações para os amantes dos esportes de inverno e apresenta-se como um destino fora do circuito convencional para esquiadores. Até a origem do nome do país está ligada a suas montanhas: Líbano vem da palavra semítica laban, que quer dizer branco ou leite e refere-se ao manto de neve que recobre os picos libaneses durante o inverno. Sua cadeia de montanhas estende-se do norte ao sul do país, paralela ao Mediterrâneo. É ela que separa o litoral do vale do Bekaa. O interesse pelo esqui no Líbano nasceu no início do século 20, quando jovens engenheiros libaneses voltaram de seus estudos na Suíça e apresentaram o esporte para seus amigos. A prática, entretanto, só se tornou popular nos anos 1930 – em 1935, militares franceses abriram a primeira escola de esqui do país na região dos Cedros. Os primeiros teleféricos foram instalados nos anos 1950, na mesma região. Nos anos 1960 e 70, as estações se desenvolveram graças a algumas famílias que investiram em suas regiões para melhorar a infraestrutura. Hoje, o país tem seis estações de esqui com descidas para esquiadores e snowboarders de todos os níveis, cada uma com um sabor diferente. clube atlético monte líbano 39 Os cedros do Líbano são o destaque da estação de esqui Cedros Faraya Mzaar É a mais conhecida e bem equipada, com 42 descidas e 80 quilômetros de pistas balizadas. É também a mais badalada, com seus restaurantes, hotéis e casas noturnas. Fica a uma hora de Beirute e recebe amantes do esqui e dos esportes de inverno de todo o mundo. As pistas começam a uma altura de 1.850 metros e chegam até os 2.465 metros do monte Mzaar, de onde se tem uma vista deslumbrante do vale do Bekaa, do monte Hermon e de outras montanhas como Laqlouq e Cedros. Quando o tempo está claro, é possível enxergar até a capital Beirute dali. Se você é um esquiador experimentado, vai precisar de pelo menos dois dias para enfrentar as melhores pistas de Faraya Mzaar antes de começar a querer descobrir novas descidas. Guias de montanha podem ajudar a achar os melhores caminhos. As pistas para esquiadores médios e aprendizes são igualmente boas. Boas opções de hospedagem em Faraya Mzaar são o Intercontinental Mzaar Hotel e Spa (www. icmzaar.com), o hotel boutique Aux Climes du Mzaar (www.auxcimesdumzaar.com) e o Auberge Le Valais Faraya (www.aubergelevalais.com). 40 Revista chuf Cedros No norte do país, a cerca de três horas de Beirute, é a mais antiga e mais autêntica entre as estações. Com altitudes que variam entre 2.000 e 3.000 metros, beneficia-se de uma temporada um pouco mais longa que as outras, começando no meio de novembro e estendendo-se até o fim de abril. O lugar tem vistas incríveis para o pico mais alto do país – o Qornet es Saouda – e para uma das últimas reservas de cedros. A infraestrutura não é sofisticada como em Faraya Mzaar, mas é boa, com novos teleféricos recém-instalados. Muitos esquiadores vão para lá em busca de sossego e do encontro com a natureza preservada do lugar. É bastante comum a prática de esqui de fundo (caminhadas sobre esquis) nos Cedros, por causa de seus platôs e do charme de seu entorno. Além do esqui, a estação oferece outras atividades como parapente, moto na neve e caminhadas. O lugar serve ainda como ponto de partida para descobrir os antigos monastérios do vale de Kadisha. Algumas das melhores opções de hospedagem são o Cedars Palace (cedarspalace.com), o Cedrus Hotel (www.cedrushotel.com) e o Auberge de Cèdres (www.smresorts.net). fotos Ghassan J. Balesh | Líbano sempre Boa infraestrutura e boa qualidade da neve garantem diversão por toda a temporada Quando e como ir A temporada anual começa no meio de dezembro e estende-se até começo de abril. Sites como o skileb. com ou o skimzaar. com podem ajudar na organização da viagem e na reserva de hotéis, passeios e atividades. Faqra Um dos primeiros clubes de esqui privados do mundo, a estação fica a menos de uma hora de Beirute e sua altitude varia entre 1.735 e 1.980 metros. Instalada desde 1974 na cidade de Kfardebian, é servida por quatro teleféricos e cercada por jardins e charmosos chalés. Boa opção de hospedagem é o hotel Auberge de Faqra (www. faqraclub.com), com piscina aquecida, quadras de tênis e squash e academia. Zaarour É a estação mais próxima de Beirute e a menor do país. Com altitude variando entre 1.700 e 2.000 metros, oferece todo o tipo de esportes de inverno. Do alto das montanhas, servidas por sete teleféricos, vê-se o deslumbrante vale de Skulls. Dali, é possível sair em caminhada para o monte Sannine. O Grand Hotel Bois de Boulogne (www. hotelboisdeboulogneliban.com) é boa opção de hospedagem. Laklouk A estação, cercada de árvores, funciona tanto no inverno como no verão, para diferentes atividades, e tem altitudes variando entre 1.750 e 2.000 metros. Além das descidas de esqui tradicional, servidas por nove teleféricos, também é forte na prática de esqui cross country. Inaugurada em 1958, é muito frequentada por famílias libanesas e fica a cerca de uma hora de Beirute. O hotel mais famoso na região é o Sangri-la (www.lakloukresort. com/accomodation). Qanat Bakish Instalada na cidade de mesmo nome, a estação fica a menos de uma hora de Beirute e é uma das mais bem preservadas do país. Sua altitude varia entre 1.910 e 2.050 metros e é famosa a qualidade de sua neve. Servida por três teleféricos, é procurada por esquiadores que buscam pistas mais tranquilas e não muito cheias. Uma opção de hospedagem é o hotel Snowland (www.snowland.com.lb), mas também é possível esquiar em Qanat hospedando-se em Mzaar ou Faqra. (m.S.) clube atlético monte líbano 41 Dicas Marcos Cury gosta de fazer o crumble de modo rústico, picando os legumes grosseiramente. • Ele usa os legumes que estiverem mais bonitos em cada época. fotos Zé Gabriel • 44 Revista chuf na mesa Útil e muito AGRADÁVEL Unindo diversão e trabalho, Marcos Cury redescobre-se como chef de cozinha M arcos Haddad Cury, 36, é um chef de muitas faces. Formado em administração de empresas, Quinhos, como é chamado pelos íntimos, já trabalhou como redator, teve agência de publicidade, foi ator e fotógrafo e, hoje, além de exercer as funções de marido e pai, dedica-se a um antigo prazer que está virando profissão: a gastronomia. “Desde pequeno, sempre gostei de estar na cozinha”, conta. Com pouco mais de 20 anos, foi morar em Nova York, dividindo o apartamento com quatro estudantes de outros países. “Tínhamos de nos virar para comer. Um colega italiano me ensinou alguns molhos, o jeito correto de cozinhar a massa e as práticas bruschettas”, lembra. Foi o começo. Depois que se casou com Julieta Brunoro – com quem tem um filho de dois anos, Fernando –, encontrou ainda mais motivação para levar o hobby a sério. “Ter minha própria cozinha, meus apetrechos e, principalmente, cozinhar para quem eu amo.” Para Quinhos, cozinhar é um ritual para receber amigos e pessoas queridas. Ele também aprecia o aspecto criativo da cozinha e prefere fazer comidas simples, fáceis e com tempero fresco. Passou boa parte da infância no Monte Líbano, com os irmãos Otávio e Alexandre, primos e tios. Os pais, Claudio Alberto Cury e Marly Haddad Cury, não escolheram o endereço da família por acaso. “Vim morar no Jardim Lusitânia, ao lado do clube, com menos de dois anos”, relata. Quando visitou a Síria e o Líbano, Marcos conta que viu exatamente o que sempre vivenciou com as famílias Haddad e Cury. “Em Homs, na Síria, fomos recebidos por um primo do meu pai e o almoço que ele nos ofereceu era idêntico ao da casa da minha avó, tanto no que foi servido, quanto na divisão ‘homens de um lado, mulheres de outro’”, lembra. Atualmente, ele finaliza um curso na Accademia Gastronomica e, além de cozinhar em casa, tem um espaço na Vila Nova Conceição, onde faz jantares fechados para grupos de, no máximo, 30 pessoas. Para a Chuf, escolheu ensinar o Crumble de Legumes. “Foi um prato que me marcou numa viagem que fiz com Julieta à Provence, na França. Quando voltei ao Brasil, desenvolvi (J.B.S.) minha própria receita.” Crumble de Legumes Para o refogado 3 cebolas roxas em pétalas 2 cenouras médias em rodelas grossas ou picadas grosseiramente 2 abobrinhas pequenas em rodelas médias ou picadas grosseiramente 5 tomates maduros, em cubos grandes ou picados grosseiramente 3 dentes de alho picados azeite sal e pimenta-do-reino a gosto manjericão e tomilho frescos a gosto Para o crumble 3 ou 4 fatias de pão de forma tostadas com azeite e depois esfareladas (se integral, sete grãos é melhor) farinha de rosca (um pouco, se necessário, para dar o ponto da farofa) 1 dente de alho finamente picado queijo parmesão ralado 2 colheres de sopa de manteiga 2 punhados generosos de pinholi Modo de fazer Recheio: refogar a cebola no azeite, até murchar bem. Acrescentar o alho. Acrescentar os legumes, pela ordem de dureza (cenoura, abobrinha e, por último, o tomate). Temperar com sal, pimenta e as ervas, misturar e deixar cozinhar um pouco, sem amolecer demais. Transferir para um refratário. Farofa (crumble): misturar tudo com as mãos, até incorporar bem a manteiga. Final: cobrir os legumes no refratário com a farofa e levar ao forno para dourar (cerca de 20-25 minutos). clube atlético monte líbano 45 | sócio atleta ESPORTE NO SANGUE Andréa Saad acaba de realizar o sonho de participar do Ironman, uma das competições mais desafiadoras para triatletas do mundo inteiro A os 42 anos, a empresária e triatleta Andréa Saad foi uma das 150 mulheres – entre 2 mil competidores – a completar o Ironman Brasil 2012, que aconteceu em Florianópolis, Santa Catarina, em maio. “O Ironman era um sonho. Sempre tive vontade de fazer. Ao mesmo tempo, não conseguia me imaginar nadando 3.800 metros, pedalando 180 quilômetros e correndo mais 42. Mas, depois que uma amiga participou, em 2011, eu me animei, treinei, e consegui completar a prova em 13 horas e 30 minutos”, relata. Treinou natação no Monte Líbano, com o incentivo de amigos que também emprestaram equipamentos, como rodas mais leves para a bicicleta. “Além da natação no clube, corro e pedalo no Ibirapuera e faço treinos longos em trilhas fora de São Paulo, que variam entre 15 e 35 km”. Os esportes e o Monte Líbano sempre fizeram parte da vida dela. “Quando era pequena, ia aos acampamentos, fazia ginástica olímpica com a 46 Revista chuf Denise, tive a fase do vôlei, quando minha mãe era diretora desse esporte, e fiz balé com a Maricy, dançando nas apresentações de fim de ano”, lembra Andréa, que revela uma história tragicômica para servir de exemplo e incentivo a atletas-mirins que sofrem nas competições. “Eu tinha seis ou sete anos, e fomos disputar uma prova de ginástica olímpica interclubes. Estava tão nervosa, que fiz cocô na calça”, diverte-se, sem traumas. De família Começou a levar o esporte a sério mais tarde, quando entrou na fase da academia e da corrida. Aos 20 anos, entrou na disputa de provas de duátlon e triátlon, estabelecendo metas e aumentado as distâncias. “Também pratiquei corrida de aventura, que inclui trekking, bike, canoagem, orientação e técnicas verticais. Já cheguei a fazer provas de 500 km, com cinco dias de duração”, conta. Hoje, ela se interessa mais por corridas O Monte Líbano e a prática esportiva sempre fizeram parte da vida de Andréa Saad, que treina diariamente foto Kiko Ferrite No clube O que faz sempre: almoça, encontra os amigos, treina Muito importante: fazer as unhas (“Sempre que faço provas longas, minhas unhas dos pés caem”) Quem salva: Lucy, manicure do CAML clube atlético monte líbano 47 fotos arquivo pessoal | sócio atleta Pedalando 180 km, correndo 42 km e nadando 3.800 metros no mar, Andréa completou em 13 horas e meia o Ironman de Florianópolis 2012 em montanhas, praias e florestas. “Em fevereiro de 2013, vou correr pela terceira vez a Cruce de Los Andes, uma corrida de três dias que atravessa os Andes, na Patagônia, entre Chile e Argentina”, avisa. “Em junho, quero fazer uma corrida de montanha com minha irmã. São 50 km nas Dolomitas [Alpes italianos]”. Os irmãos de Andréa também são atletas. Patrícia (a Tissa) vive em San Diego, na Califórnia, e é personal trainer. Zé Saad pratica esqui aquático. “Este ano, ele foi convidado a participar de uma prova 48 Revista chuf só com os melhores do mundo”, revela a caçula. Zé treina na represa de Americana, no interior de São Paulo, onde a família tem uma chácara, famosa entre os frequentadores de muitas gerações do Monte Líbano. “Meu pai [Tono Saad] comprou a chácara quando era noivo da minha mãe [Nadia] e, desde aquela época, os primos e amigos do clube sempre foram para lá”, diz Andréa, lembrando que o foco nos esportes é de família. “Fomos criados no clube e passávamos os fins de semana praticando alguma modalidade esportiva.” (J. B. S.) Funcionário do CAML: desde 1964 Já foi: bedel de piscina, vigia, ajudante de cobrança e gandula Atua: no Salão de Jogos 50 Revista chuf fotos Zé Gabriel / arquivo pessoal Vieira nossa equipe | Uma vida dedicada ao caml Nos seus 48 anos de dedicação ao clube, José Alves Vieira, o nosso Vieira, acompanhou sua transformação M Vieira gosta de trabalhar no Salão de Jogos, principalmente porque se dá bem com todos, sócios e funcionários uitos dos que estão lendo este texto nem eram nascidos quando aconteceu. Foi em 1964 que José Alves Vieira – ou Vieira, como todos o chamam –, 72 anos, ingressou no quadro de funcionários do clube. Nascido em Tremedal, no sertão baiano, a 40 quilômetros de Vitória da Conquista, soube desde cedo que não existe caminho fácil nesse nosso mundo. Filho de Melquíades e Virgínia, já falecidos, e com três irmãos mais novos, desde os 8 anos trabalhou na roça. “Ajudava meu pai nas plantações de milho e feijão. Não tínhamos nada, nem água, nem luz elétrica, vivíamos afastados, no sertão, consegui estudar até a 2ª série do ginásio [atual 7º do fundamental] porque a comunidade contratava um professor para dar aula em um espaço improvisado”, conta Vieira, que também foi tropeiro. A cavalo, ia vender rapadura na cidade, para ajudar a melhorar a renda familiar. A falta de perspectivas fez com que, com 17 anos, viesse para São Paulo. “Já tinha parentes aqui, resolvi tentar melhorar de vida.” Seu primeiro emprego foi como assistente de pedreiro, mas sua trajetória começou realmente a dar uma guinada quando foi trabalhar como porteiro no Rachaia Clube. “Fiquei lá por quase quatro anos. Acabei pedindo demissão, mas confesso, me arrependi. Foi quando vi um anúncio no jornal: ‘Precisa-se de porteiro, Clube Atlético Monte Líbano’. Candidatei-me e fui contratado.” Apesar de ter sido contratado como porteiro, sua primeira função foi na piscina, para “tomar conta da bagunça”. “Naquela época o negócio não era fácil. Jogavam cadeiras na piscina, uns aos outros, tinha sócio que era bem bagunceiro. Tinha medo que me jogassem na piscina”, lembra, rindo. Depois, foi vigia – das 18 às 6h –, ajudante de cobrança e gandula. “Antigamente, quando um chute saía meio torto, a bola ia parar na rua. Eu ficava em cima do muro. Toda vez que isso acontecia, ia atrás da bola.” Em 1967, foi convidado para trabalhar no Salão de Jogos, como atendente e ajudante na limpeza. Começou na Sede antiga, perto das quadras de tênis. O espaço do almoço era o mesmo dos jogos. “Terminava o almoço e era aquela correria para deixar tudo pronto para o carteado.” A atual Sede estava sendo levantada. “Presenciei toda a construção.” Foi também testemunha do incêndio. “Lembro como se fosse hoje. Cheguei de bonde no clube e vi aquela fumaceira.” Vieira continua no Salão de Jogos, onde trabalha às quintas, sábados, domingos e feriados, como encarregado da limpeza e atendente, além de ajudar na reunião de diretoria, às segundas. Família Vieira tem quatro filhos. Três do primeiro casamento: Adalberto José, Virginia Aparecida e Emerson, que também é funcionário do Monte Líbano, que lhe deram seis netos. Com a atual esposa, Maria de Lourdes, adotou Anderson Luis, de 24 anos. “É meu filho, criei desde o nascimento”, diz orgulhoso e preocupado. “Está desempregado, começou a fazer Educação Física e parou. Agora quer fazer Rádio e TV. Não me oponho, mas tem que ter uma profissão”, diz, com a sabedoria de quem trilhou árduo caminho na vida. Apesar de ser caseiro e de gostar de um bom filme na TV, Vieira não consegue ficar parado. “Trabalhei a vida toda, não aguento ficar sem fazer nada.” (P.K.) clube atlético monte líbano 51 | você sabia? Por onde passa uma TOALHA DE BANHO 52 Revista chuf É na portinha na parede lateral da garagem, perto do vestiário feminino, que as roupas são lavadas no clube. Há 30 anos, a lavanderia está instalada ali e dá conta de manter limpos e prontos para usar guardanapos, toalhas de banho e de mesa, roupões e uniformes esportivos. Três funcionários dedicam-se a essa tarefa, trabalhando de segunda a sábado, das 8 às 16h. Assim como Manutenção, Jardinagem e Obras, a Lavanderia faz parte da área de Patrimônio do clube, gerenciada por Antonio Domingues. Ele, que trabalha no clube há um ano e meio, explica que os produtos usados na lavagem das roupas são biodegradáveis e não agridem o meio ambiente. E aproveita para lembrar aos sócios que o gasto de água no clube é bastante grande. “É muito importante que todos usem com consciência e cuidado, evitando o desperdício”, diz. (J.B.S.) fotos Kiko Ferrite Já imaginou alguma vez o caminho que percorrem toalhas, roupões e guardanapos para reaparecer sempre limpinhos no vestiário, na sauna e nos restaurantes? Agostinho (à esquerda) e Nivaldo: seis dias por semana cuidando de tudo o que usamos você sabia? | 30 kg 20 kg 20 kg funcionários 3.000 1.500 po s e no m sd es to a ec al oz ha i nh sd a eb an ho to ro al u p ha õe sd s er os t len o çó is m eia ca s m ise ta s sh or ts co let es 1 ferro de passar rro sd na da ar gu pa to al ha sd em es a 100 1 calandra (cilindro gigante) 50C tipos de produtos para lavar Os produtos 20 a 30 litros de produtos são usados, em média, a cada semana (selecionados eletronicamente, de acordo com o processo de lavagem) 8 processos de lavagem (selecionados pelo operador de acordo com o tecido, cor e nível de sujeira) 2,500 kg de roupas são lavados, em média, por mês 1. Depois que você usa uma toalha de banho, o funcionário do vestiário ou da sauna leva-a até a lavanderia 15 kg 500 É o tempo de serviço somado dos três funcionários: Agostinho, 27; Irani, 26; e Nivaldo, 18 6 15 kg 1.000 fo 71 anos O que se lava (números estimados por mês) 2 secadoras três As máquinas 3 de lavar industriais 1 com capacidade para 30 kg de roupa 2 com capacidade para 20 kg de roupa 2. Ali, ela passa pela máquina de lavar... 3. pela secadora e... 4. pela calandra, um cilindro gigante que faz o trabalho de passar e deixa a toalha quentinha para ser usada novamente 70 kg é a capacidade total de cada lavagem 5. Como nova, ela volta para o mesmo lugar de onde saiu. Todas as peças são marcadas com as iniciais do local a que pertencem clube atlético monte líbano 53 Responsável técnico: Dr. Luiz Carlos V. de Andrade – CRM 48277 DeBRITO Estresse. Corra disso. A rotina anda tão corrida que nem para comer direito você tem tempo. Imagine para aquela atividade física que você está se prometendo começar desde sempre. A saúde, então, nem é lembrada. Enquanto isso, o sedentarismo e o estresse são um prato cheio para os problemas cardíacos. Que tal fazer um check-up nesse estilo de vida? O HCor está ao seu lado nessa virada. Na nova unidade HCor Diagnóstico, sua saúde merece atenção em cada detalhe. Você vai contar com a tecnologia e a confiabilidade da nossa medicina diagnóstica e preventiva, ambiente acolhedor e atendimento humanizado. Tudo com muita agilidade. Agora, pressa não é mais desculpa. HCor. Compromisso com a vida. Compromisso com a evolução. Central de Agendamento: (11) 3889-3939 • www.hcor.com.br HCor Diagnóstico Unidade Paraíso: Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 147 • Paraíso • São Paulo • SP EM BREVE – Unidade Cidade Jardim: Av. Cidade Jardim, 350 • 2º andar • Edifício Dacon • Jd. Paulistano • São Paulo • SP Aconteceu Veja os eventos mais importantes do calendário do CAML durante os meses de setembro e outubro de 2012 e divirta-se com a gente criança Pequenos menestréis, música e humor em Good Morning São Paulo Galerinha>> pág. 66 Dia das Crianças, veja como foram as comemorações e a farra >> pág. 68 cultura SOCIAL Festa Latina, todos dançando no evento inédito e descontraído. O maior sucesso! >> pág. 56 esporte Super-homem, Roberto Parseghian enfrenta as provas mais difíceis do Triathlon >> pág. 79 Gustavo Rosa, presença de muitos associados na abertura da exposição do artista >> pág. 60 Artes plásticas, sócios do CAML revelam seus talentos em várias técnicas na mostra >> pág. 61 aconteceu social Noche Caliente Mais de 200 pessoas, entre sócios e convidados de todas as idades, prestigiaram a Festa Latina, uma iniciativa inédita da Diretoria Social, realizada no sábado, 1º de setembro 56 Revista chuf Festa Latina Xxxxxxxxx aconteceu social Ambiente descontraído no Espaço Cedros, com frutos ornamentais na decoração. Para comer, pratos mexicanos, peruanos e também tipicamente brasileiros. A música ficou por conta da Silvio Venosa Band. No sorteio, Lydia Leila Bogossian Massud ganhou uma viagem para Dubai, com direito a acompanhante, oferecimento da Emirates com apoio da Sete Mares Turismo. clube atlético monte líbano 57 aconteceu social Visita do novo cônsul Frangieh veio para substituir Joseph Sayah, que exerceu a mesma função por 11 anos e manteve forte relacionamento com o clube durante esse período. O novo cônsul prometeu intensificar ainda mais essa relação. Seja bem-vindo! BOASVINDAS! O Monte Líbano recepcionou o novo cônsul-geral do Líbano no Brasil, Kabalan Frangieh, com um coquetel de boas-vindas, no último dia 20 de setembro. Estiveram presentes no evento o presidente do CAML, Paulo Chede Mattar, o presidente do Conselho Deliberativo, Rubens Elias Haddad, diretores, membros do conselho e ex-presidentes 58 Revista chuf aconteceu cultura Vernissage Gustavo Rosa Uma pintura! O consagrado artista plástico Gustavo Rosa encheu de cores o foyer do teatro Monte Líbano entre os dias 13 e 23 de setembro Sócios curiosos para conhecer a obra de Rosa lotaram o espaço no coquetel de abertura, que anunciou como seriam os demais dias da exposição. Em retribuição à calorosa acolhida, o pintor doou uma de suas obras ao clube. Perfil do artista Desde quando você pinta? Nasci desenhando, sou autodidata. Desenhava colegas de classe, fazia caricaturas de professores. Sempre tive muita força de vontade e fui aprimorando a técnica com o tempo. Como se define como artista? Não pertenço a nenhuma escola específica, nem sigo modismos. Tenho compromisso comigo mesmo, faço o que quero e não o que o mercado pede. Faço o que meu interior manda. Gosto de trabalhos com humor e detesto usar computadores. Meu trabalho é pincel, tinta e tela. Que técnicas de pintura você utiliza? Já experimentei todas as técnicas, como acrílico e outras. Mas prefiro mesmo o óleo sobre tela. E o giclée, o que é? O giclée consiste em uma reprodução digital do quadro original. Uma impressão em tela, digitalizada. Cada artista tem uma forma de lidar com isso, eu costumo ter entre 15 e 20 cópias de quadros que faço. O giclée é importante porque democratiza a arte, torna-a mais acessível, o preço é bem mais em conta. Na exposição que fiz no Monte Líbano disponibilizei quadros originais e outros em giclée. 60 Revista chuf Exposição de ArtesXxxxxxxxx Plásticas Diversidade Foi concorridíssimo o coquetel de abertura da Exposição de Artes Plásticas no foyer do teatro, na quinta-feira, 23 de agosto. O evento mostrou como o Monte Líbano encontra representação, entre seus sócios, na realização de obras das mais diversas técnicas aconteceu cultura Expuseram nesta edição: Ana Paula Berbari (cerâmica), Carolina Zacharias Hussni (quadro), Daysi Bogus Saad (esculturas), Gabriela Simão Jacob (joias), Ivone Ferrari El Bayeh (quadros), Janete Terezinha Fraige Yasbek (quadros), Maria Helena Daher Beyruti (quadros), Marilda Dib (esculturas), Mary Lucia S. Assal (quadros), Mônica Sader (quadro), Nancy Nastas Hassun (quadros), Nelson José Cahali (escultura), Nicole Vacilian Cahali (desenho), Oscar Moherdaui (joias), Otávio Orlando Assad (quadros), Silvia Chede Mattar (pintura em seda), Silvio Bussab (escultura), Stella Camasmie Taleb (quadro), Vera Lucia Tamer (quadros), Violeta Rizk (quadros), William Mufarej (cerâmica). clube atlético monte líbano 61 aconteceu cultura Teatro e Ikebana Elenco: Adélia Assad, Carlos Antonio Dabour, Cecília Aun, César Maalouf, Cristina Khouri, Davi Fernando de Rosa, Guilherme Haddad, Leonardo Cury Haddad, Marina Racy Saad, Nadia Helito Chacur, Odila Dumani, Rosana Waquil, Rose May Atallah, Vanessa El Khouri, Vilma Saliby IKEBANA na assembleia Em comemoração aos 550 anos da Escola Ikenobo no Japão, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Barros Munhoz, convidou as alunas de Ikebana do Monte Líbano e a professora Nanci Taleb Haddad para apresentação de seus trabalhos. O evento ocorreu no dia 21 de setembro e contou também com a participação dos demais membros da Associação de Ikebana Kado Ikenobo Tatibana, da América Latina 62 Revista chuf A peça foi composta de dez cenas intercaladas que tratavam do cotidiano sob a óptica do inesperado, com textos de Harold Pinter, Luís Fernando Veríssimo e Antonio Rocco. As apresentações aconteceram de 3 a 8 de outubro. Absurdo foi não ir Com direção de Marcelo Romagnoli, o teatro adulto mostrou sua habitual competência encenando a peça Absurdo, uma comédia da vida na cidade aconteceu cultura Palestra e passeios culturais Dr. Guerra, desde quando o senhor lida com o tema das drogas? Desde que me formei na Faculdade de Medicina do ABC, em 1979. Em seguida, fiz residência no Hospital das Clínicas, com especialização em psiquiatria, e acabei fundando o Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREA), ligado ao HC e à Universidade de São Paulo, em 1981. O senhor considera o álcool uma droga mais perigosa? Considero o álcool uma droga especial, porque seu consumo é aceitável do ponto de vista social. Isso pode gerar uma série de problemas, especialmente para os jovens. Começa com doses aceitáveis, mas pode progredir para quadros graves, com consumo excessivo. Os pais devem ficar atentos. E devem servir de exemplo, mostrar que é possível ter prazer com responsabilidade. Conhecendo o inimigo Os perigos das drogas em nossa sociedade foi o tema da palestra do médico Arthur Guerra no Monte Líbano, realizada em agosto Quais os maiores desafios que os pais hoje enfrentam na educação dos filhos, relacionados a esse tema? O maior desafio é ter a capacidade de identificar um quadro de dependência. O desconhecimento pode levar a um agravamento da situação. Se o filho tem um comportamento inadequado, apresenta sinais de irritação, fadiga, isolamento, entre outros sintomas, e nada é feito, tudo tende a piorar. É preciso conhecer as drogas e suas consequências. Que conselho o senhor daria para um pai que tem um filho viciado? Primeiramente, buscar avaliação por agente de saúde, como médicos e psicólogos. O diagnóstico vai mostrar o que está acontecendo. E encaminhar para tratamento, caso necessário. O importante nesse processo é impor limites. A figura dos pais é preponderante para que se obtenha sucesso no tratamento. Tim Maia revisitado: um dos musicais brasileiros de maior sucesso da temporada, Tim Maia, Vale Tudo – O Musical, no Teatro Procópio Ferreira, 18 de agosto. Caravaggio: visita ao Masp para ver a exposição Caravaggio e seus seguidores, em 25 de agosto. O italiano Michelangelo Merisi de Caravaggio é autor de obras renomadas como Medusa Murtola e o Retrato do Cardeal, ambas presentes na exposição. Paris é aqui: a exposição Impressionismo: Paris e a Modernidade, no Centro Cultural Banco do Brasil, trouxe pela primeira vez ao país uma seleção de 85 obras-primas do acervo do Museu d’Orsay, de Paris. Os sócios foram no sábado, 15 de setembro, apreciar obras de Claude Monet, Edgar Degas, Henri TouloseLautrec, Paul Cézanne, Gauguin, Renoir e Van Gogh, entre outros mestres. 64 Revista chuf Passeios Culturais A Diretoria Cultural continua arrebentando a boca do balão com os passeios culturais. Foram vários entre agosto e setembro. Não perca os próximos! Priscilla: os sócios foram até o Teatro Bradesco para assistir ao musical Priscilla, Rainha do Deserto, no sábado, 31 de agosto. Baseado no premiado filme de mesmo nome, a peça fala da aventura de três amigas que viajam em busca do amor e de verdadeiras amizades. Noite musical aconteceu cultura Primeiro violino Mais uma vez a Noite Musical do CAML encantou a todos os presentes. No domingo, dia 2 de setembro, Claudio Cruz e Orquestra de Câmara tocaram as “Quatro Estações”, de Antonio Vivaldi, e as “Quatro Estações Porteñas”, de Astor Piazzola Claudio Cruz é spalla (primeiro violino) da Orquestra Sinfônica de São Paulo e comandou um espetáculo de primeira grandeza. Os sócios saíram extasiados com a qualidade do evento. clube atlético monte líbano 65 aconteceu criança Teatro Para ver e rever Os Pequenos Menestréis, sob direção de Candé Brandão, transformaram o palco do teatro do Monte Líbano numa festa de música, dança e humor O grupo encenou a peça Good Morning São Paulo Galerinha em dois fins de semana de setembro. O teatro recebeu ótimo público nos seis dias de espetáculo. O jantar de encerramento, no dia 23, celebrou a confraternização dos artistas. 66 Revista chuf aconteceu criança Dia da Criança e Escola de Música O dia é delas! Diversão e muita alegria marcaram a Comemoração do Dia das Crianças do Espaço Criança e PIE, no sábado, 6 de outubro. As crianças adoraram as atrações: cama elástica, balão pula-pula de jacaré, a turma do circo ensinando malabares, uma quadra de futebol de sabão e pintura facial. No final, foi montada uma linda mesa e entregues 450 frisbees com o tema Backyardigans Junte-se a eles! Em setembro foram iniciados os cursos de música no CAML, com musicalização para crianças de 5 a 7 anos; teclado, a partir de 7 anos; e violão, a partir de 8 anos, entre outros instrumentos. As inscrições podem ser feitas na Secretaria. 68 Revista chuf A Escola de Música Oito Notas fez uma apresentação musical no Teatro do CAML, no sábado, 25 de agosto, para dar uma pequena amostra do que será oferecido no clube a partir de agora Feriado no Espaço Criança e S.O.S Ambiental aconteceu criança As crianças pintaram uma caixinha com tema relativo à data. Cerca de 60 crianças passaram pelo parquinho durante todo o dia e, além da caixinha pintada por elas, levaram para casa muitas balas e doces. Feriadão! Atividade no Espaço Criança comemora o Dia da Independência, em 7 de setembro Aprendendo com os bichos O S.O.S. Ambiental, uma atividade bem exótica e diferente, aconteceu no Espaço Criança, no domingo, 19 de agosto 54 sócios, entre crianças e pais, participaram do evento e puderam aprender um pouco sobre alguns animais. A turma do S.O.S. Ambiental trouxe filhote de jacaré, cobra, lagarto, sapo, aranha, formiga, e ensinou o que cada um come, onde vive, qual seu maior predador... clube atlético monte líbano 69 aconteceu criança Flores no Espaço Criança É primavera! O Espaço Criança comemorou a chegada da primavera com uma bela festa, no dia 16 de setembro, com brincadeiras, teatrinho e muita diversão! 70 Revista chuf Flores e centopeia feitas de bexigas coloridas enfeitaram o local. Para brincar, pula-pula em formato de jacaré e cama elástica; pipoca e algodão-doce para saborear. O teatro de fantoches divertiu a todos. Depois, as crianças plantaram uma flor e puderam levar o vasinho para casa. Aproximadamente 350 pessoas passaram pelo Espaço Criança durante esse dia. Desafio olímpico e Festival de Escolas aconteceu criança Participaram 63 crianças, em várias modalidades esportivas como futebol, handebol, vôlei, basquete, tênis de mesa, paddle, salto em altura, salto em distância e revezamento 4x4 (50 m). A equipe vencedora foi a Verde, seguida da Azul, da Vermelha e da Amarela. A noite foi fechada com chave de ouro, com uma pizzada no ginásio. Ouro e pizza No sábado, 25 de agosto, à noite, foi realizado o Desafio Olímpico do PIE, reunindo crianças de 7 a 14 anos FESTIVAL O XXVI Festival de Escolas de Esportes do Clube Paineiras do Morumby foi realizado no dia 22 de setembro, com a presença das equipes das categorias menores do CAML. Sub 9 e Sub 13 ficaram com a 3ª colocação em seus respectivos campeonatos. O melhor estava reservado para a equipe Sub 11, campeã após derrotar a Hípica de Campinas na final. Veja os resultados da campanha vitoriosa: CAML 4 X 4 SPAC, CAML 3 X 1 JOCKEY, CAM 1 X 0 HÍPICA DE CAMPINAS Parabéns à equipe formada pelos associados Gustavo Rahal R. de Carvalho e João Pedro Khouri, Boihagian, que se sagrou campeã da categoria 10/11 anos masculino, no XXVI Festival de Escolas de Esportes do Clube Paineiras do Morumby, realizado no dia 29 de setembro. clube atlético monte líbano 71 aconteceu criança Competições Depois de quatro partidas, com duas vitórias para cada lado, houve a tradicional confraternização da garotada em uma das melhores churrascarias da cidade. Resultados dos jogos: ITUANO 10 x 6 CAML sub 9, ITUANO 0 x 3 CAML sub 11, ITUANO 2 x 0 CAML sub 13, ITUANO 2 x 3 CAML sub 15 e 17 Mal passada, por favor As equipes das categorias menores do CAML foram para Itu, no interior de São Paulo, para jogar amistosos contra a escolinha oficial do Ituano F.C., no sábado, 15 de setembro VAI PARA O PAREDÃO! Um dos mais esperados do ano, o Campeonato de Paredão do PIE aconteceu no sábado, 29 de setembro. Divididas em três categorias, 32 crianças participaram Os grandes vencedores Cat. Meninas: Giovana Boueiri (campeã) Cat. Meninos: Diego Maria Oliveira (campeão) Cat. Mista: Rafaela Maksoud (campeã) 72 Revista chuf Futebol society Bayern ficou com o terceiro lugar na disputa de pênaltis depois do empate em 2 a 2 no tempo normal. O campeão foi o Milan, que ganhou por 6 a 3. Confira os atletas da equipe campeã: Alvaro Jorge Camasmie, André Abs Daccache, André Mansour Lutfalla, Diogo Zarzur Gazal, Enzo Assis Salomão, Fábio Masagão Moufarrege, Fernando Yazigi Haddad, Horst Bruno Makhlouf, Doell, Italo Dias El Khouri (artilheiro da competição com 19 gols), João Pedro Khouri Boihagian, José Victor Mourad Saliby, Lucas Ambar Pinto Anjos, Luís Felipe Khouri Boihagian, Pedro Mansour Lutfalla, Roberto Samuel Simão Racy. Champions League VERSÃO B Os jogos válidos pela final do campeonato interno de society, da categoria menores B, foram realizados no dia 20 de setembro. Na final, Inter de Milão e Juventus empataram em 4 a 4. Com a vantagem, a Inter foi campeã. O artilheiro da competição foi Pedro Bakhos Maria, da equipe da Juventus, com 17 gols aconteceu criança Champions League A grande final do Campeonato Interno de Futebol Society, da categoria Menores A, aconteceu no dia 18 de agosto, com Chelsea e Bayern de Munique disputando o 3º lugar e Milan e Real Madrid na final O ELENCO CAMPEÃO Alan Christopher Namur, Cesar E. G. Zarzur, Diego Fanganiello Daud, Felipe Laudanna Maluhy, Gregorio Vacilian Cahali, Guilherme Laudanna Maluhy, Henrique Hannud, Henrique Kamalakian, Joseph Saade Saab, Leo Cutait, Leonardo Assis Salomão, Luiz Felipe Dib Abrão, Lucas Nacif Nesrallah, Marzio Rezende Di Girolamo, Mateus Haddad Marum, Pedro Cardoso Maluf, Pedro A. Barbara, Rodrigo de Barros Makul, Stefano F. Moretti, Valentim Diniz Abrão, Varam Keutenedjian Filho. clube atlético monte líbano 73 aconteceu esporte I Campeonato Interno de Saque e Masters Tour Categoria “A” – Adultos, campeão: Luis Eduardo Cury de Moura - 164 km/h, vice: Luiz Henrique Maksoud – 142 km/h. Categoria “B” – Adultos, campeão: Carlos Alberto B. de Moura – 142 km/h, vice: Oscar Moherdaui – 124 km/h. Categoria Infanto, campeão: Matheus Diniz Abrão – 111 km/h, vice: Gabriel Tabet Spigonardo – 108 km/h Ace Em uma grande iniciativa do Departamento de Tênis, foi realizado no dia 25 de agosto, o I Campeonato Interno de Saque O evento contou com a participação de 26 associados, divididos em três categorias. Além dos competidores, vários sócios participaram, curiosos para saber qual a velocidade de seu saque. Parabéns, Sumara! Nossa instrutora de tênis, Sumara Borges Passos, estreou no Itaú Masters Tour 2012, realizado em Brasília/DF nos dias 25, 26 e 27 de agosto, ao lado de sua parceira Sabrina Giusto. Elas foram campeãs de Duplas, após vencerem na final as favoritas Joana Cortez e Claudia Chabalgoity por duplo 6/4 74 Revista chuf Tênis duplas aconteceu esporte Clube Atlético Monte Líbano apresenta Xxxxxxxxx aconteceu esporte Alunas da Dança Oriental em Labirinto das Essências Espetáculo de Dança Oriental Árabe EU E VOCÊ 01 e 02 de Dezembro, às 18h00, no Teatro Dezesseis associados participaram do Torneio Interno de Tênis Duplas do Ranking – Cat. B, realizado nos dias 22 e 23 de setembro Convites (obrigatórios) na secretaria. Duplas participantes: Antony Halim Fedlallah e Guilherme Gattas Irani, Carlos Antonio José Feres e Luiz Sérgio Laporta, Marcelo Ernesto Zarzur e Renato Luiz Sayeg, Maurício Fares Sader e Fábio Haddad Nasrallah, Paulo Badra e Victor Rubem Siepmann Boar, Waldir Martins Portellinha e Mauro Salum Yazbek. Dupla Campeã: Elias Assum Sabbag Junior e Marcos Efeiche. Dupla ViceCampeã: André Cutait e Ricardo Cutait. Clube Atlético Monte Líbano apresenta Alunas do Ballet Clássico na adaptação de um dos maiores clássicos do ballet de todos os tempos: SWAN LAKE O Lago dos Cisnes Com música de Pyotr Ilych Tchaikovsky 24 e 25 de novembro, às 18h00 no Teatro Convites (obrigatórios) na secretaria. aconteceu esporte Futebol e Tênis PRIMEIRO TURNO Aconteceu no dia 18 de setembro a final do 1º turno do Campeonato Interno 2012 da categoria principal. A grande campeã foi a equipe do APOEL. O empate de 3 a 3 contra o Betis bastava para o time, dono da melhor campanha na fase de classificação. É CAMPEÃO! Parabéns à equipe de tênis da categoria PM1D, com Alexandre Dorgan, Bruno Nazar Bacchin, Feres Camargo Maluf, Guilherme Gattas Irani, Guilherme Naim El Éter, Matheus Diniz Abrão e Pedro Jabur Bonduki, campeã, após vencer a equipe do Sport Club Corinthians Paulista por 2 X 0 76 Revista chuf ABERTO DE TÊNIS Parabéns ao associado Jean Eduardo Batista Nicolau, da categoria 24MC, que se sagrou campeão do Slice Tennis Spring Open no dia 23 de setembro Tênis aconteceu esporte QUASE! Parabéns à equipe “A” de tênis (simples) da categoria 3F2, formada pelas associadas Andréa Masagao R. Moufarrege, Marília Assis Lima e Wanda Miguel Tomb, que se sagrou vice-campeã no dia 30 de setembro, após perder na final por 3 X 1 para a equipe do Esporte Clube Pinheiros. Clube Atlético Monte Líbano apresenta ALUNAS DO JAZZ EM BASEADO NO MUSICAL HAIRSPRAY 8 E 9 DE DEZEMBRO, ÀS 19H00, NO TEATRO Eu e você – Parte II CONVITES (OBRIGATÓRIOS) NA SECRETARIA. Clube Atlético Monte Líbano apresenta Aconteceu nos dias 6 e 7 de outubro o Torneio Interno de Tênis Duplas do Ranking – Cat. C que contou com a participação de 16 associados Coral Monte Líbano no Musical Infantil Alessandro Jabra e Ricardo Elias Haddad, Antonio Carlos Nazar e Roberto Gerab, César Cotait Kara José e Flávio Estefan, Fernando Haidar Chede e José Abs Sobrinho, Lineu Quirino Ferreira Bueno e Sérgio Dacca Mattar, João Rinaldi Sobrinho e Rafael Estephan Maluf. Dupla Campeã: Daniel Mauad Gebara e Ricardo Elias Maluf. Dupla Vice-Campeã: Paulo Sérgio Saad e Ricardo Carmo Nicolao Couri de Chico Buarque de Holanda Sábado 10 de novembro, às 20h30 Domingo 11 de novembro, às 18h00 No Teatro Convites (obrigatórios) na Secretaria. aconteceu esporte RACE DAY Mais uma edição da Race Day aconteceu no dia 29 de setembro. O evento começou com palestra e um café da manhã caprichado, para garantir a energia! Alguns participantes correram, outros caminharam, mas o que valeu foi a confraternização. Participaram 40 sócios; o público total estimado no evento foi de 100 pessoas 78 Revista chuf Corrida Triathlon aconteceu esporte DE OUTRO MUNDO Roberto Sarkis Parseghian continua vencendo desafios: em agosto, fez o Triathlon Iron Distance mais difícil do planeta, o Norseman, na Noruega, e conquistou a tão sonhada Black T-Shirt, dada para quem completa a prova As provas longas de triatlo compreendem 3,8 km de natação, 180 km de bike e, para terminar, uma maratona, ou seja, 42 km de corrida. Imagine fazer a primeira etapa em um mar gélido na Escandinávia, caindo na água às 4 horas da manhã. Só de escrever já dá frio. Parseghian, que ficou completamente congelado após a natação e pensou em desistir da prova, depois pedalou 180 quilômetros, para alcançar o platô Hardangervidda, 4 km mais alto que o ponto de partida. Dá para sentir o que é esse esforço? Não? Então faça o seguinte, pegue uma bicicleta, pedale por 180 km, sendo 40 km de subida. Depois complete com uma maratona, com seus últimos 17 km em subida – os competidores terminaram a prova no cume de uma montanha, 1.900 metros acima do nível do mar. Coisa de outro mundo! Parseghian, nosso Parseca, fechou a prova em 3º lugar e recebeu a tão sonhada camiseta preta, que poucos no mundo têm. Agora ele se prepara para o Ironman do Havaí, a mais tradicional prova de triatlo do planeta. Boa sorte para o nosso super-homem! clube atlético monte líbano 79 Agenda gastronomia NOVEMBRO 1 | quinta-feira Restaurante fechado Serviço à la carte no Bar Inglês 3 | sábado Churrasco e saladas Byblos Superior 4 | domingo Tripa à moda árabe Espaço Phoenícia e Byblos Superior 8 | quinta-feira Noite Libanesa Salão Nobre 10 | sábado Churrasco e saladas Byblos Superior 11 | domingo Frango com trigo grosso, grão de bico e cebola Espaço Phoenícia e Byblos Superior 15 | quinta-feira Restaurante fechado Serviço à la carte no Bar Inglês 17 | sábado Churrasco e saladas Byblos Superior 80 Revista chuf 18 | domingo Meloukhie Espaço Phoenícia (Byblos Superior estará fechado) 9 | domingo Almoço de Natal Salão Nobre (Byblos Superior estará fechado) 22 | quinta-feira Carneiro inteiro recheado Espaço Phoenícia 13 | quinta-feira Abobrinha na coalhada Espaço Phoenícia 24 | sábado Feijoada Byblos Superior 15 | sábado Churrasco e saladas Byblos Superior 25 | domingo Assados árabes Espaço Phoenícia e Byblos Superior 16 | domingo Meloukhie Espaço Phoenícia e Byblos Superior 29 | quinta-feira Laban ummo Salão de Jogos 20 | quinta-feira Carneiro inteiro recheado Espaço Phoenícia DEZEMBRO 22 | sábado Feijoada Byblos Superior 1 | sábado Churrasco e saladas 2 | domingo Quibe Arnabie Espaço Phoenícia e Byblos Superior 6 | quinta-feira Meloukhie Espaço Phoenícia 8 | sábado Churrasco e saladas Byblos Superior 23 | domingo Tripa à moda árabe Espaço Phoenícia (Byblos superior estará fechado) 27 | quinta-feira Restaurante fechado Serviço à la carte no Bar Inglês 29 | sábado Restaurante fechado 30 | domingo Restaurantes fechados Agenda NOVEMBRO 8 | quinta-feira Noite Libanesa Grande Jantar Libanês: Venha dançar e curtir uma quinta-feira diferente, com culinária típica (Carneiro, meloukhie, shawarma e outros), dançarinas e DJ.Haverá sorteio de 2 pacotes turísticos para Comandatuba e 1 pacote para Miami, ambos para sorteados e acompanhantes. Oferecimento da Sete Mares Turismo. Às 20h30. Convites na Secretaria (sócios, R$ 90,00; convidados R$ 125,00) Coquetel de abertura do XII Concurso de Fotografia Acesc Foyer do Teatro, às 20h30 Exposição: de 9 a 11 de novembro, das 14 às 22h 10 | sábado XVI Olimpíada CAML Torneio Interno de Tênis de Duplas Mistas, categoria acima de 14 anos Apresentação Coral Monte Líbano Musical infantil Os Saltimbancos Teatro, às 20h30 11 | domingo XVI Olimpíada CAML Torneio Interno de Tênis de Duplas Mistas, categoria acima de 14 anos Apresentação Coral Monte Líbano Musical infantil Os Saltimbancos Teatro, às 19h 24 | sábado Caricatura Espaço Criança, 11h 5º Festival Interno de Tênis Feminino, categoria acima 14 anos Às 8h45 Em Busca da Fama Apresentação das alunas do Jazz Teatro, às 18h (a confirmar) O Lago dos Cisnes Apresentação das alunas do balé Teatro, às 18h. Convites (obrigatórios) na Secretaria 9 | domingo 30ª Corrida Monte Líbano – 6 km 8h 25 | domingo XVII Torneio de Taule (gamão) O Lago dos Cisnes Apresentação das alunas do balé Teatro, às 18h. Convites (obrigatórios) na Secretaria DEZEMBRO 1 | sábado Festa de Confraternização do PIE Ginásio Oficial, às 15h Labirinto das Essências Apresentação das alunas de Dança Oriental Teatro, às 19h. Convites (obrigatórios) na Secretaria 2 | domingo Labirinto das Essências Apresentação das alunas de Dança Oriental Teatro, às 19h. Convites (obrigatórios) na Secretaria 4 | terça Encerramento do Judô Troca de faixas Sala de Judô 8 | sábado Encerramento do Ano Esportivo Piscina externa, às 11h Chegada do Papai Noel no Espaço Criança Campo de Futebol, às 11h30 Almoço de Natal Salão Nobre, às 13h Comemoração de Natal Espaço Criança e PIE Esplanada, das 13 às 17h Em Busca da Fama Apresentação das alunas do Jazz Teatro, às 18h (a confirmar) 15 | sábado Encerramento do Ano Esportivo Piscina externa, às 11h 16 | domingo Jornada de Férias (7 a 12 anos) Das 10 às 18h - Encontros e despedidas no Boulevard 3 a 7 - 1ª Semana 10 a 14 - 2ª Semana 17 a 21 - 3ª Semana Vem aí a XXX Corrida Monte Líbano - 6km Dia: 09 de dezembro (domingo) Largada: 8:00h Categorias: Masculina e Feminina (idade mínima 16 anos) Apoio: clube atlético monte líbano 81 cursos Cinema Reflexão Bate-papo sobre a história do cinema do Líbano Professora Elvira Gotter Segundas-feiras, às 19 horas Novo Espaço Tariq (Grupo de Estudos Permanente Líbano – Tradição e Cultura) Professora Neuza Neif Nabhan Primeira quarta-feira do mês, das 18h30 às 20 horas Sala 1 (Boulevard) Cinema Reflexão Coordenação: Elvira Gotter Segunda quarta-feira do mês, às 19 horas Novo Espaço TV-HDMI (1º andar) História da Arte Professor Giovanni Bagnoli Última segunda-feira do mês, das 19 às 21 horas Bar Inglês (2º andar) Coral Monte Líbano Regente César Cerasomma Júnior Terças-feiras, às 20 horas Palco do Teatro Dinâmica de Grupo Professor Luiz Gonzaga Alca de Sant’Anna Sextas-feiras, às 14h30 Salão de Bridge (1º andar) Ikebana - Arranjos Florais Professora Nanci C. Taleb Haddad Terças e quartas-feiras, das 15 às 17 horas; quintas-feiras, das 9h30 às 11h30; (vagas abertas para novas alunas) Sala 1 - Boulevard Pequenos Menestréis (9 a 14 anos) Direção: Candé Brandão Quartas-feiras, das 18 às 19h30 Palco do Teatro 82 Revista chuf Jovens Menestréis (15 a 25 anos) Direção: Candé Brandão Quartas-feiras, das 20h30 às 22h30. Palco do Teatro Teatro Adulto (todas as idades) Direção: Marcelo Romagnoli Segundas e quintas-feiras, às 20h30. Palco do Teatro Língua Árabe Professor Georges Fayes Khouri Segundas-feiras, das 17h40 às 19 horas (Intermediário); das 19h10 às 20h30 (Avançado) Sala 1 – Boulevard Língua Árabe Professora Déia Mahmoud Smaili Terças-feiras, das 16 às 16h45 (crianças de 4 a 12 anos)e das 16h45 às 17h45 horas (adulto). Biblioteca (Térreo) Curso de Música (Novo) Segundas ou sextas-feiras. Horários no período da manhã e tarde Musicalização: para crianças de 5 a 7 anos (turmas de 4 a 6 alunos) Violão: para crianças e jovens a partir de 8 anos Teclado: para crianças e jovens a partir de 7 anos Técnica vocal: a partir de 7 anos (turmas de 3 alunos – Para aulas individuais ou em duplas, consultar a Secretaria) Obs.: Se você tiver interesse em outros instrumentos, como bateria, guitarra, violino, contrabaixo, prática de conjunto, flauta, saxofone, etc., faça sua préinscrição para formação de turmas. Sala 1 (Boulevard) Dança de Salão Instrutor: Felipe de Moura Xavier Terças-feiras, às 20h30 Sala de Dança (Boulevard) Jazz Instrutora: Letícia Terças e quintas - 15h45 às 16h50 - Iniciante (6 a 7 anos); 16h30 às 17h20 - Préintermediário (8 e 9 anos); 17h20 às 18h10 - Intermediário (10 a 12 anos); 18h10 às 19h10 - Pré-avançado (12 e 13 anos) 19h10 às 20h10 - Avançado I (acima de 13 anos). Segunda-feira - 17h30 às 19h15 - Avançado II (acima de 16 anos) Sala de Dança Balé Clássico Instrutora: Maria Cecília (a partir de 3 anos) Quartas e sextas-feiras Manhã: 9h às 9h45 - Iniciante (7 e 8 anos); 9h45 às 10h30 - Básico (5 e 6 anos); 10h30 às 11h15 - Baby (3* e 4 anos); 11h15 às 12h15 - (Adulto) Tarde: 14h às 14h45 - Básico (5 e 8 anos); 14h45 às 15h30 - Baby (3* e 4 anos); 15h30 às 16h15 - Iniciante (7 e 8 anos); 16h15 às 17h - Baby (3* e 4 anos); 17h às 18h Intermediário (9 a 12 anos). *3 anos, conversar com a Ciça Balé Especial Instrutora: Marcelle Quartas e sextas-feiras 18 às 20h - Avançado Dança do Ventre Instrutora: Monica Nassif (a partir de 5 anos) Terças e quintas-feiras, das 10h30 às 12h - Avançado (Sala de Dança) Terça-feira, das 19h30 às 21h Iniciante - (Sala Zen) Quarta-feira, das 20h às 21h30 - Avançado - (Sala de Dança) Quinta-feira, das 9h às 10h30 Iniciante - (Sala de Dança) Sábado, das 9h30 às 11h Avançado - (Sala de Dança) Você pode acessar o site do Clube pelo celular! O endereço é www.caml.com.br. Visite também nosso site www.caml.com.br e anote o telefone: 5088.7070 Parceiros: Segmentos: - Assessoria Jurídica Dr. Flávio João Nesrallah - Clarear Consultoria de Qualidade - CJafet – Web Design - Delon - Moda Masculina - Dragone Comunicação - Porto Seguro Seguradora - RA Poliseg Corretora de Seguros - Tecnologia Avançada - WPS Automação - Yazbek Arquitetura - Arqta Claudia Sallum Yazbek - Agências Bancárias - Faculdades - Shoppings Centers - Supermercados - Prédios Comerciais de pequeno, médio e grande porte - Auditoria Interna - Confiabilidade - Consultoria de Qualidade - Flexibilidade nas Negociações - Transparência na Prestação de Contas ”Sinônimo de Rentabilidade e Bons Serviços” Desde 1996 no mercado, hoje se destaca por apresentar a solução completa ao mercado com projeto de otimização de vagas, desenvolvimento de comunicação visual, equipe altamente qualificada e alto nível de satisfação dos clientes. “Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna.” João 3:16 “Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?” Romanos 8:32 www.parkone.com.br / www.engepark.com.br CHUF O OLHAR DO CLUBE ATLÉTICO MONTE LÍBANO novidade! A Festa Latina pôs todo mundo para dançar dia das crianças Festa e diversão para os pequenos sócios ano XII nº 106 novembro 2012 um olhar para as mulheres A escritora Joumana Haddad enfrenta qualquer polêmica para defender os direitos femininos ano XII nº 106 novembro 2012 www.caml.com.br