Um olHar para as mUlHeres

Transcrição

Um olHar para as mUlHeres
CHUF
O OLHAR DO CLUBE ATLÉTICO MONTE LÍBANO
novidade!
A Festa Latina pôs
todo mundo para dançar
dia das crianças
Festa e diversão para os
pequenos sócios
ano XII
nº 106
novembro 2012
um olhar
para as
mulheres
A escritora Joumana Haddad enfrenta qualquer
polêmica para defender os direitos femininos
ano XII nº 106
novembro 2012
www.caml.com.br
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“Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para
que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna.” João 3:16
“Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós,
como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?” Romanos 8:32
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alas |
foto Wagner Camarneiro
abre
UM PRESENTE PARA O MONTE LÍBANO
Quadro “Mulheres” de Gustavo Rosa, doado ao CAML
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Óleo sobre tela - 2012
clube atlético monte líbano
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DIRETORIA
Presidente
Paulo Chede Mattar
Vice-Presidente
Marcelo Ernesto Zarzur
Diretores Secretários
Camillo Ashcar Júnior
Fábio Haddad Buazar
Diretores Tesoureiros
Fábio Lutfalla Filho
Marcos Mahfuz
Diretores de Patrimônio
Carlos David Moufarrege
Carlos Barbara
Diretores de Esportes
Ricardo Batah
Marco Antônio Beyruti
Diretores de Sede
Marcos Efeiche
Caio Lutfalla
Diretores Sociais
Valter Boulos
Eduardo Nasser Bussab
Diretores Culturais
Nelson José Cahali
Jorge Daher Daud Filho
Diretores de Promoções
Eduardo Elias Sauma Resk Filho
Guilherme Bueno Malouf
CONSELHO
Os músicos
que animaram
a Noite Latina
Presidente
Rubens Elias Haddad
Vice-Presidente
Flavio Ernesto Zarzur
Secretário
João Haddad Filho
Revista Chuf
Publicação Bimestral do
Clube Atlético Monte Líbano
Projeto Editorial
Paulo Anis Lima
Caro sócio,
Diretor Adjunto
Paulo Kehdi
É com grande prazer que apresentamos esta edição da Chuf, cheia de novidades. Com
novo projeto editorial, a revista – que nasceu e cresceu vitoriosa – moderniza-se e dá
mais um passo no caminho que escolhemos. Nosso objetivo de oferecer uma publicação de qualidade a nossos associados, que reflita e enriqueça a vida de quem frequenta
e ama o clube, vem sendo alcançado número a número, e a nova mudança, editorial e
gráfica, vem para reforçar esse trabalho.
Como você vai notar, novas seções – como Nossa Equipe, em que falamos dos funcionários que ajudam a fazer o dia a dia do clube, ou Você Sabia? – enriquecem as edições
a partir de agora. Elas poderão revezar-se a cada número com seções que já existiam e
com outras novidades que estamos preparando para você. O projeto gráfico, desenvolvido por profissionais competentes e identificados com o clube, moderniza a revista,
torna-a mais bonita e a organiza melhor, valorizando as informações e as fotos.
E, numa edição tão especial, a entrevista de capa teria que ser especial também.
Escritora, poetisa, jornalista e feminista, a libanesa Joumana Haddad revela quais são
suas ideias e suas lutas em conversa com a Chuf.
No CAML, recebemos o novo cônsul-geral do Líbano em São Paulo, Kabalan
Frangieh, para dar-lhe as boas-vindas ao país. Nossas festas, como a Latina, uma
iniciativa inédita da Diretoria Social, e a do Dia das Crianças, mostram a alegria de
nossos sócios e a vontade que temos de estar sempre juntos.
Confira ainda os novos cursos que o clube está oferecendo e a agenda para os próximos meses. Está tudo aqui para você. Aproveite sua nova revista!
A Diretoria
Edição
Marilia Scalzo
Direção de Arte
Mariana Bernd
Design Gráfico
Renata Masini
Reportagem
Juliana Bogus Saad (Meu Canto, Minhas
Fotos, Love Story, Na Mesa, No Palco, Sócio
Atleta). Paulo Kehdi (Sócio Master, Sócio
Júnior, Nossa Equipe e Aconteceu). Marília
Scalzo (Entrevista Joumana Haddad, Líbano
Sempre, Sahtein). Equipe Monte Líbano
(Aconteceu e Agendas)
Fotografia
Laurent Denimal (Capa), Kiko Ferrite e Zé Gabriel (Matérias), Wagner Camarneiro (Eventos)
Assistencia de produção
Renata Masini
Consultora de Gastronomia
Paula Chequer Cambur
Tradução de títulos para o árabe
Georges Fayes Khouri
Revisão
Exceção Editorial
Tratamento de imagens
Mai Design
Impressão
Gráfica Burti
Clube Atlético Monte Líbano
Av. República do Líbano, 2267 - 04501-003
São Paulo/SP - (11) 5088-7070
www.caml.com.br
Selo FSC
foto Wagner Camarneiro
| editorial
| índice
42
12
20
18
26 Minhas fotos
Jorge Arnaldo Curi Yazbek adora
fotografar suas viagens e suas filhas
12 Entrevista
Joumana Haddad, poetisa, escritora,
jornalista, tradutora, feminista e polêmica
18 Meu canto
A Lanchonete do Boulevard é o lugar
preferido do CAML para Ana Saba
Camasmie
30 Love Story
O Monte Líbano é o cenário da história de
amor de Rubens e Nanci Haddad
36 No palco
Em cena no teatro, Isadora Bussab tem
a sensação de liberdade
20 Sócio Master
38 Líbano Sempre
Para José Luiz Najm Saade, o Monte
Líbano é uma segunda casa
Seis estações recebem os turistas durante
a temporada de esqui
24 Sócio Júnior
42 Sahtein
William Sarhan Bucalem conquista a
todos com seu jeito alegre
Knefe é uma sobremesa com
sucesso garantido
44 Na mesa
Uma receita deliciosa do talentoso chef
Marcos Haddad Cury
46 sócio atleta
Andréa Saad realiza o sonho de
participar do Ironman
50 Nossa equipe
Faz 48 anos que José Alves Vieira
dedica sua vida ao CAML
52 Você sabia
O caminho que percorre uma toalha de
banho para aparecer limpa novamente
55 Aconteceu
Os eventos que marcaram o último
período e o que você não pode perder
nos próximos meses
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36
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11
3361-4811
| entrevista
“ESTE MUNDO É NOSSO,
Esta é a frase que a escritora libanesa
Joumana Haddad espera ouvir das mulheres,
especialmente das mulheres árabes.
Sua luta é por isso
Por Marília Scalzo
F
oi para defender as mulheres que a escritora libanesa Joumana Haddad decidiu
matar Sherazade em seu livro Eu Matei Sherazade
- Confissões de Uma Mulher Árabe Enfurecida, lançado no Brasil no fim do ano passado pela Editora
Record. Nascida em 1970 em Beirute, no Líbano,
Joumana acredita que a famosa personagem do
livro Mil e Uma Noites teria todo o direito de estar
e continuar viva e por isso não precisaria negociar sua vida com a autoridade – no caso o rei, o
homem – contando-lhe histórias sem-fim.
O livro causou polêmica, assim como quase tudo o que faz Joumana Haddad. Escritora,
poeta, tradutora, jornalista e feminista, ela, ao
mesmo tempo em que defende ferrenhamente
os direitos femininos, também faz questão de
combater os estereótipos que encobrem a imagem da mulher árabe no Ocidente. Editora de
cultura do importante jornal libanês An-Nahar,
ela ainda edita a revista Jasad (corpo, em árabe)
que publica poesias, ilustrações e depoimentos
pessoais sobre sexo, casamento, virgindade, poligamia, com abordagem que muitas vezes choca o
público mais conservador. Além disso, dá aulas de
12
Revista chuf
italiano na Universidade Americana de Beirute e
é consultora do Arab Booker Prize.
Casada pela segunda vez e mãe de dois filhos
– Mounir, 20 anos, de seu primeiro casamento,
e Ounsi, 12, do segundo –, ela acha bom que os
filhos viajem e conheçam outros países, além do
Líbano. Ela mesma poderia morar em qualquer
lugar do mundo. Fala sete idiomas. Quase todos
os seus livros – oito de poesia, além de Eu Matei
Sherazade e Superman is an Arab: On God, Marriage, Macho Men and Other Disastrous Inventions
(Super-Homem é árabe: sobre Deus, casamento, machismo e outras invenções desastrosas),
recém-lançado em inglês e ainda sem data para
sair no Brasil – tiveram traduções para o inglês,
o italiano, o espanhol, o francês. No entanto,
prefere viver no país em que nasceu e lutar pelas
mudanças que acha necessárias.
Leitora voraz desde criança – devorava os
livros da biblioteca de seu pai –, Joumana, em
entrevista à Chuf, fala sobre sua história, suas
escolhas, e reafirma sua crença de que os direitos
da mulher são direitos humanos e não podem ser
tratados como luxo.
Com livros
traduzidos e
publicados em
países do mundo
inteiro, Joumana
considera-se
cidadã do mundo,
mas escolheu viver
no Líbano
entrevista |
foto STRINGER/COLOMBIA/ Reuters/ Latinstock
VAMOS TOMÁ-LO”
clube atlético monte líbano
13
A senhora começou escrevendo poesia e só
depois partiu para outros gêneros. Considera-se ainda poeta? Sou acima de tudo poeta. Essa
é a melhor definição de mim, mas exploro minha
expressão, minhas vozes, por meio de outros gêneros, como o ensaio ou a literatura infantil. Isso faz
parte de minha viagem interior.
A senhora fala sete línguas. Essa foi uma maneira de ampliar seu mundo? Minha história de amor
com as línguas me alimentou muito e é hoje praticamente a única coisa que me dá uma sensação de
pertencimento. Essa história simboliza para mim,
entre outras coisas, valores preciosos da vida: estar
aberto ao outro, ir ao seu encontro, na direção de
sua cultura, sua literatura, suas artes, suas civilizações, seus povos e suas línguas.
Ainda acredita, como disse uma vez, que a
literatura salvou sua vida? Sem dúvida. Ler me
fez respirar, viver, viajar, escapar de uma realidade
brutal. Ler me permitiu abafar as explosões da
guerra do Líbano, ignorar os gritos de meus pais,
seu cotidiano de brigas e de sofrimentos. Eu lia
para matar minha fome, conquistar minha liberdade, ganhar forças, acariciar ou estapear minha
alma. Lia para aprender, para esquecer, lembrar,
entender, esperar, planejar, acreditar, amar.
14
Revista chuf
Quais são suas lembranças de infância, durante a guerra civil libanesa? Muita gente adora e
acalenta sua infância. Eu não. Minha infância me
repugna. A exceção são as leituras inspiradoras que
enriqueceram essa época e a tornaram suportável.
Posso dizer, entretanto, que nenhum dos conflitos
que vivi, diretamente ou como testemunha, conseguiu me destruir. Ao contrário, nós, sobreviventes
das guerras, devemos a elas o fato de nos transformarmos em combatentes ferozmente decididos a
viver, florescer, alegrar-se, aprender e progredir.
A senhora costuma afirmar que permanece no
Líbano para lutar pelas mudanças de que o país
precisa. Há uma evolução nesse sentido, as mudanças estão acontecendo? Lentamente. Não sou
particularmente otimista. Falando francamente,
não sei como uma mulher pode viver sua condição
nesse nosso pedaço do mundo sem se revoltar com
os insultos e abusos dirigidos a ela por aqueles que
visam sua eliminação e exploração. Não consigo
evitar a pergunta: quando a “bomba” das mulheres
árabes vai explodir? Quero dizer com isso a bomba
de suas capacidades, de suas ambições, de sua liberdade, de sua força e de sua autoconfiança.
Joumana Haddad
causou polêmica
criando a revista
Jasad, que trata
de sexualidade
(no alto); acima,
a escritora com os
filhos Mounir
e Ounsi
fotos RAMZI HAIDAR/Staff/AFP/Getty Images / arquivo pessoal
| entrevista
entrevista |
“Nenhum dos conflitos que vivi, diretamente
ou como testemunha, conseguiu me destruir”
A senhora define-se como feminina e não feminista. Entretanto, sua obra confirma o desafio
ao gênero masculino. O homem é o inimigo?
Não. Minha obra é um desafio, mas não visa acabar
com o homem. Visa, sim, a aceitação e o reconhecimento do masculino como elemento intrínseco da
feminilidade. Para mim, a igualdade com o homem
é o ponto de partida, um direito adquirido. Não
um objeto de luta ou uma conquista que é preciso
reivindicar e atingir. Mas o homem também não é
um rival, um adversário.
A principal língua utilizada em seus escritos é
o árabe. A senhora tem uma obra de libertação
e reivindicação em uma língua que é frequentemente associada à opressão e submissão da
mulher. O que significa essa escolha? O imaginário coletivo pesado de carregar e cheio de tabus
é a própria razão pela qual escolhi escrever em
árabe. Meu primeiro livro foi escrito em francês,
mas depois mudei de opinião. Era muito fácil. Era
uma postura covarde, injusta e autoindulgente de
minha parte dizer o que eu tinha a dizer em uma
língua tão associada à liberdade como o francês.
Queria desafiar minha língua. Queria mordê-la,
despertar a língua de seu torpor obscurantista.
Tenho um desejo de violação da língua árabe que é
inseparável da minha concepção do que é escrever.
Algumas pessoas acham que sua poesia, sensual,
é pura provocação. É mesmo? Para mim, criar
sempre foi sinônimo de desafiar: me desafiar, pois
sou meu maior adversário. Desafiar os outros não
me interessa. E, se provoco os outros em alguns momentos (e sei que provoco), isso é apenas um efeito
colateral, secundário, nunca um fim em si mesmo.
Livros publicados
•
Le temps d’un rêve (1995), poesia, francês
•
Two hands to the abyss (2000), poesia, árabe
•
I did not sin enough (2003), poesia, árabe
•
Lilith’s Return (2004), poesia, árabe, espanhol, francês, alemão, italiano, sueco
•
Allí donde el río se incendia (2005), antologia poética, espanhol, alemão
•
The panther hidden at the base of her shoulders (2006), poesia, árabe
•
In the company of the fire thieves (2006), conversas com escritores, árabe
•
Death will come and it will have your eyes (2007), antologia de poetas que
•
Bad habits (2007), poesia, árabe
•
Invitation to a secret feast (2008), poesia, árabe, inglês
•
Mirrors of the passers by (2008), poesia, árabe
•
Madinah, city stories from the Middle East (2008), antologia, inglês
•
Les amants ne devraient porter que des mocassins (2010), literatura erótica,
cometeram suicídios, árabe
francês, espanhol
•
Eu Matei Sherazade, ensaio, 2010, árabe, inglês, francês, italiano, espanhol,
dinamarquês, português, alemão, holandês, croata, norueguês, romeno
•
Le sette vite di Luca (2011), literatura infantil, italiano, espanhol
•
Geology of the I (2012), poesia, árabe
•
Superman is an Arab: On God, Marriage, Macho Men and Other Disastrous
Inventions (2012), ensaio, inglês
clube atlético monte líbano
15
16
Revista chuf
foto divulgação
entrevista |
“Para mim, criar sempre foi sinônimo de desafiar:
me desafiar, pois sou meu maior adversário”
Por conta dessa provocação, o ato de criar
teria passado a significar para a senhora isolamento e solidão? Isolamento, sim, sem dúvida.
Exílio, também, e castração às vezes. Mas não solidão. Pois o isolamento nunca foi para mim sinônimo de solidão. O isolamento sempre significou
me escutar, ouvir minhas vozes interiores, as que
quero e as que não quero escutar, descobrir toda
essa multidão que me habita. A criação é para
mim um processo de descoberta pessoal. Criar
é, ao mesmo tempo, a descoberta do outro. Pois
o universo está no interior, é ele que me habita e
não o contrário.
Um jornal inglês apelidou-a de a “Carrie Bradshaw de Beirute”. A senhora acha que tem
pontos em comum com a personagem de Sex
and the City? Não verdadeiramente. O único ponto
em comum é a paixão por sapatos bonitos [risos].
O que acha da obsessão feminina pela aparência e pela juventude? No Brasil, isso é muito
forte; e no Líbano? O Líbano tem uma das taxas
mais baixas do mundo de participação de mulheres na vida política e uma das mais elevadas com
relação ao aviltamento da imagem feminina. Temos até um empréstimo especial dos bancos para
cirurgias plásticas. Não existe propaganda de geladeira sem uma mulher seminua deitada em cima,
para fazer os consumidores caírem em tentação. E
o pior é ver que as mulheres acham normal ser tratadas dessa maneira. Não vejo nenhuma diferença
entre uma mulher que usa a burca e uma que aceita
ser tratada como um pedaço de carne atrás de uma
vitrine. São duas faces da mesma opressão.
Por que a senhora se irrita quando se diz que a
maioria das mulheres árabes é oprimida? É um
clichê? É um clichê que tem sua parte de verdade,
claro, mas que é incompleto. Existe outro modelo
de mulher árabe, livre, florescente, cultivada, forte, e ela merece atenção. Mas a redução da mulher
árabe a um estereótipo simplista não é a única
razão para eu me irritar. Fico exasperada também
com a autoindulgência de muitas mulheres árabes
e com sua falta de indignação. A resignação me
irrita tanto quanto o estereótipo.
A senhora critica o uso do véu. Não teme, por
isso, uma reação agressiva da parte das sociedades árabes muçulmanas? Não. Acho que é
meu direito dizer o que acho sobre esses assuntos.
Não sou uma católica que critica os defeitos do
islamismo [Joumana foi criada em uma família católica], mas uma ateia laica que critica os defeitos
de todas as religiões monoteístas, sem exceção. O
cristianismo é condescendente e patriarcal com
relação à mulher como o islamismo, mas de modo
diferente, menos visível. Espero ansiosamente o
momento em que a mulher árabe, seja de que religião for, se indignará com as humilhações insuportáveis que lhe são impostas.
Como mulher árabe livre, a senhora acha que
as mulheres de todos os países árabes podem
alcançar alguma liberdade, ainda que pequena?
Estou firmemente convencida disso. A liberdade
começa na cabeça, na perspectiva que temos de
nós. Crer em nós mesmos nos torna capazes de
transformar muitas coisas.
Por que a senhora decidiu matar Sherazade
em seu livro? Matei-a para que outra mulher sobrevivesse: aquela que diz não quando é preciso
e sim quando está convencida; uma mulher que
não se curva, que não precisa, para dar certo na
vida, satisfazer um homem com uma bela história, um bom prato, um par de seios siliconados ou
pernas de fora.
A senhora visitou o Brasil há pouco tempo
[Joumana participou, em novembro de 2011, da
Festa Literária Internacional de Pernambuco]. O
que achou do país? Em poucas palavras, me senti
em casa. Foi como um retorno às origens. Fiquei
apaixonada por essa terra e ansiosa por voltar.
clube atlético monte líbano
17
| meu canto
Café das
meninas
O lugar do clube de que Ana Saba Camasmie
mais gosta é a mesa de amigas na lanchonete
A
na Saba Camasmie, 61, frequenta o clube
desde menina. Já foi fã do parquinho, da piscina e da boate. Atualmente, é adepta da ginástica,
mas adora, principalmente, o pós-ginástica: “Meu
canto favorito, hoje, é a lanchonete da sede. Todos
os dias, depois da ginástica, minhas amigas e eu
ficamos por lá, tomando cafezinho, batendo papo,
trocando receitas, ideias, endereços, comemorando
aniversários, dando risadas. Parece até terapia em
grupo”, brinca. Ana é integrante da turma que não
troca por nada a passadinha diária na Lanchonete
do Boulevard, ponto de encontro número um dos
sócios do clube. “Quando não vou, sinto falta. Nossa amizade nos motiva, é saudável e gostosa. E todos
são bem-vindos para fazer parte do grupo”, convida.
“Acho que, no clube, a gente se socializa muito
bem”, diz ela, com conhecimento de causa. Foi no
Monte Líbano que conheceu Arnaldo Camasmie,
seu marido há 40 anos. Os filhos, Luciana e Felipe
18
Revista chuf
(diretor adjunto de Tênis), também cresceram no
clube, com primos, amigos e monitores. “Felipe
(casado com Paula) vive lá até hoje, conhece quase
todo mundo. Luciana mora em Port Elizabeth,
na África do Sul, com meu genro, Daniel, e meus
três netos, William, 6, Samuel, 4, e Jack, 2. Todos
amam o Monte Líbano e, quando estão no Brasil,
também não saem de lá”, conta. Entre as recordações da própria infância, Ana lembra-se das gincanas, festas e de funcionários que marcaram sua
época. “Lembro de dona Anita e de dona Cibele,
que nos ajudavam no vestiário, e de seu Paulo, o
dono do bar.” Filha de Yvonne Aidar Saba e Emile
Saba e irmã de Paulo e Sandra, Ana foi ao Líbano
pela primeira vez com Arnaldo, durante a lua de
mel. Depois, foi de novo com os filhos. “É tudo
lindo! Todos curtiram muito. Meu pai é de Zahle
e tenho família lá. Conhecer os tios e primos do
Líbano não tem preço.”
(Juliana Bogus Saad)
Com as amigas,
acima, no ponto de
encontro favorito,
a Lanchonete do
Boulevard; à direita,
em casa com a
família
fotos Kiko Ferrite / arquivo pessoal
Trabalho
voluntário
Ana Saba Camasmie é
voluntária em duas entidades.
Fundação Dorina
Nowill: inclusão social
de deficientes visuais. Faz
gravações de livros, revisões e
captação de recursos.
Associação Cedro do
Líbano de Proteção à
Infância: atende crianças e
adolescentes e ensina para elas
conceitos de ética, igualdade
e amor ao próximo, além de
práticas sustentáveis. Ana faz
parte da diretoria.
foto arquivo pessoal
sócio master |
SEGUNDA
CASA
Para José Luiz Najm Saade, o Monte Líbano é,
antes de tudo, uma grande reunião de amigos
J
José Luiz com Sérgio
Saade e Walter Chede
Malouf no Clube
Monte Líbano em
dezembro de 1948
osé Luiz Najm Saade, 68 anos, é o exemplo perfeito de que quanto mais
tempo de clube se tem, mais histórias pitorescas a pessoa tem para contar – consequência das inúmeras amizades que nascem no CAML através das
décadas. Zé Luiz, como é conhecido por todos, frequenta o Monte Líbano desde seu nascimento. Tem fotos pequeno, já aprontando das suas. Na infância,
jogava de tudo: basquete (foi campeão paulista pelo CAML em 1958), vôlei,
tênis, natação e futebol. “Tinha jeito para esportes, especialmente o vôlei,
menos para o futebol, em que fui sofrível”, conta ele.
Zé Luiz tem forte ligação com um dos times mais tradicionais da história
do clube, o Colo-Colo, mas seus resultados não ajudavam. “Montamos o time
para aglutinar os amigos, ideia do Décio Salomão. Mas éramos todos muito
ruins, praticamente só perdíamos. Teve uma vez em que fomos goleados por 8
a 2 e no final do jogo o Renatão (Renato Haddad), falou ‘nossa, vocês são ruins
mesmo, nunca fizemos oito gols em ninguém’. E eu retruquei: ‘Ruim são vocês,
nós nunca tínhamos feitos dois gols em time algum’.” [risos]. Com humor, também, ele conta em que posição jogava: “Joguei em todas as posições, mas não
descobri minha verdadeira vocação. Acho que era fora do campo mesmo”.
Se Saade diverte-se com sua falta de destreza nos gramados, sua fisionomia
torna-se séria ao lembrar da figura do pai. “Papai [Adib Saade, natural de Chaptine] ficou órfão aos 7 anos, meus avós morreram na Primeira Guerra. Foi criado
por um tio e, por causa da falta de perspectivas no Líbano, veio sozinho para o
Brasil, com 15 anos. Com a cara e a coragem.” O destino se fez presente. Convidado para trabalhar na loja de amigos como guarda-livros (espécie de contador),
foi requisitado para dar aulas de árabe para uma das sobrinhas do proprietário, Alice. Conheceram-se, apaixonaram-se e casaram-se. Para que a esposa o
acompanhasse no Monte Líbano, Adib ensinou bridge a ela, que ficou craque –
clube atlético monte líbano
21
| sócio master
tornou-se bicampeã brasileira, campeã sul-americana e 3ª classificada em torneio mundial. Além de Zé
Luiz, o casal teve mais dois filhos, Sérgio e Miriam,
também frequentadores assíduos do clube.
Formado em engenharia civil pela Politécnica em
1967, Zé Luiz teve com o irmão uma parceria fantástica. “Eu e o Sérgio estudamos juntos desde o primeiro ano do ginásio [atual 6º ano do fundamental],
nos formamos na mesma turma da Poli e fomos sócios por mais de 30 anos.” Outra coisa que fizeram
em parceria foi teatro no CAML. “Era gostoso, mas
fazia de farra. Meu irmão levava a sério e tinha mais
jeito do que eu. Fiz umas sete peças, mas percebi
que teria que me dedicar com mais afinco e resolvi
parar.” Hoje, estabelecido na vida e mais tranquilo,
Saade gosta de passear no parque com os amigos
e de fazer aulas de boxe no CAML. “Uma delícia, o
treino físico é forte, mas descontraído.”
Na diretoria
Zé Luiz foi diretor adjunto de vôlei por muito tempo
e conseguiu uma proeza: no início dos anos 1990,
instituiu treinos à noite, mas somente ele, Leila
Bogossian, o saudoso Jimmy Youssef e o antigo
monitor Zeca compareciam. Com o passar do tempo, os sócios começaram a tomar conhecimento
da prática noturna e seu auge foi a realização de
um campeonato interno com 14 equipes e 144
participantes. Saade também foi diretor de esportes
na gestão de Elias Samara (1992-1994) e lembra
que instituiu a Comissão Disciplinar no futebol.
“Era tanta briga que nem os juízes queriam mais vir
apitar. Tivemos que impor regras rigorosas, senão
o futebol no clube ia virar bagunça”, lembra. Ele
também é conselheiro vitalício e brinca: “Depois de
200 eleições, finalmente virei vitalício!”
22
Revista chuf
Família
A esposa Lays, jornalista, com quem está casado
há 42 anos, é uma “companheira fantástica”. Os
dois conheceram-se em Campos do Jordão, ainda
jovens (ele com 24, ela com 17), e casaram-se
após dois anos e meio de namoro. A mulher o
acompanha na vida e nas viagens, hobby preferido
do casal. “Viajamos pelo menos uma vez por ano
para o exterior, só nós dois ou com os filhos, ou
ainda com o Nicolau e a Cristina Saad, excelentes
parceiros há mais de quatro décadas. Também
vamos a cada 15 dias para nossa fazenda em Ibitinga.” Dentre as viagens, Zé destaca a única para
o Líbano, em 1999, onde foi com Lays. “Conheci
a casa de meu pai, cercada por lindas oliveiras.
Fizeram uma missa em homenagem a ele, na
igreja que tinha sido construída por meu avô. Algo
tocante, inesquecível para mim.”
Os filhos Rafael (formado em Comunicação Social) e Gustavo (designer gráfico), 30 anos, são gêmeos, e o pai diz que são “espelhados”. “O Gustavo
fala pelos cotovelos, o Rafael é mais na dele; um é
canhoto, o outro, destro. Rafael gosta de natação e
futebol, Gustavo, de correr. Eles se complementam.”
Zé Luiz comemora o fato de recentemente os filhos
terem voltado a frequentar o Monte Líbano: “Fico
feliz porque o clube para mim representa muito. É
um espaço agregador que poucos têm o privilégio
de frequentar. Nossa segunda casa”.
(Paulo Kehdi)
fotos arquivo pessoal / Zé Gabriel / Acervo Maktub
“Conheci a casa de meu pai, cercada
por lindas oliveiras. Fizeram uma
missa em homenagem a ele, na igreja
construída por meu avô. Algo
tocante, inesquecível para mim.”
As três paixões se
veem na coleção
de fotos: o esporte,
campeão infantil de
basquete, Colo-Colo;
as viagens, Líbano,
Garmich; e a família,
nas viagens e abaixo
com os pais
ficha técnica
Nome: José Luiz Najm Saade
Esposa: Lays Saade
Filhos: Gustavo e Rafael
Esporte: Vôlei
Hobby: Viajar
Diretoria
Diretor adjunto de vôlei
1992-1994 • Diretor de Esportes
Conselheiro vitalício
clube atlético monte líbano
23
foto Zé Gabriel
William Sarhan Bucalem
Esportes: Judô, natação e tênis
Time: São Paulo
Ídolos: Juan Martin Del Potro (no
tênis) e Luís Fabiano (no futebol)
Música: Beatles
Comida: Japonesa
Diversão: Cinema e videogame
É forte: No braço de ferro
sócio júnior |
Alma de ouro
Com seu jeito sincero e alegre, William
Sarhan Bucalem, o Billy, conquista a
todos no CAML
Billy herdou do
pai, com quem
joga aos sábados
e domingos, e
dos avós paternos
o amor pelo
tênis: “Meu golpe
preferido é o
smash”, ele diz
E
le nasceu no Monte Líbano e faz do clube sua
segunda casa. Desfila sua alegria de viver e a
tenacidade com que encara seus treinos de judô,
natação ou tênis, sua maior paixão. Não há uma
única pessoa que tenha o privilégio de conviver
com ele e que não se encante com sua forma de
conduzir a vida, sempre de alto astral, brincalhão e
pronto para um bom bate-papo. Estamos falando
de William Sarhan Bucalem, o Billy, 17 anos, que
vem de família de esportistas e para quem as 24
horas do dia não parecem suficientes.
Do pai, Miguel, e dos avós paternos, Wilson e
Maria Beatriz, Billy herdou o amor pelo tênis. Da
mãe, Tamara, o gosto pela natação. O avô materno,
Orlando, também pratica tênis e gosta de uma boa
cavalgada. “Só a minha avó materna, Jasna, não gosta de esportes, mas sempre me incentivou a praticá-los. A mim e ao Richard, meu irmão”, diz William.
Os estímulos familiares certamente funcionaram.
Billy faz natação e judô às terças e quintas e tênis às
quartas, além de jogar com o pai aos sábados e domingos. No tênis, em que começou aos 7 anos com
Sumara Passos – hoje, joga com Cícero Assunção
–, participa do ranking interno dos adultos. Para
ele, que é ambidestro, o que vale é bater na bolinha.
“Meu golpe preferido é o smash”, conta.
No judô, que pratica desde os 4, alcançou a
faixa marrom. Ele se diz preparado, mas ressalta
que a passagem para a faixa preta vai depender de
seu técnico, Ricardo Katchborian. Na natação,
com o instrutor Ricardo Casemiro, William faz
valer sua intimidade com a água. A mãe já o levava
para as piscinas desde seus seis meses e ele pratica com desenvoltura os quatro estilos. Em todas
as modalidades, Billy participou ou participa de
campeonatos e amistosos. O fruto desse esforço
é possível de ver em seu quarto, impecavelmente
organizado: dezenas de medalhas e vários troféus.
“Ele é determinado, organizado, responsável,
sabe de seus direitos e deveres. Um filho fantástico, tenho um vencedor dentro de casa”, diz
orgulhosa a mãe. Suas qualidades o ajudam no
colégio Friburgo, que frequenta desde o ensino
fundamental e onde cursa a 2ª série do ensino
médio. “Minhas matérias preferidas são química,
matemática e física”, diz Billy, que herdou do pai,
engenheiro politécnico, o gosto por exatas.
Gosta de música e toca violão, é são-paulino,
amante de comida japonesa, de cinema e de videogame. Billy também gosta de viajar e tem ido
visitar o irmão Richard, atualmente morando em
São Francisco (EUA), cursando a universidade
com bolsa de tênis. “Sinto falta dele, não vejo a
hora que volte”, diz, com a sinceridade e pureza
que preenchem sua alma e que iluminam seu
coração guerreiro.
(P.K.)
clube atlético monte líbano
25
| minhas fotos
TÉCNICA E
No mar do resort
Nannai, em Recife,
Pernambuco; foto
tirada com lente
olho de peixe
26
Revista chuf
minhas fotos |
Jorge Yazbek gosta de fotografar
durante suas viagens, mas o que ama
mesmo é registrar a história das filhas
CORUJICE
O
engenheiro civil Jorge Arnaldo Curi Yazbek, 37, apaixonou-se por
fotografia por causa de uma câmera que não sabia usar. “Há
quatro anos, pedi uma indicação de máquina fotográfica a um amigo.
Ele perguntou se eu queria uma coisa mais profissional e respondi que
sim. Comprei a máquina pela internet e fui viajar com ela, mas, quando
peguei para usar, não conseguia tirar nem uma foto”, diverte-se lembrando. Assim que chegou de volta ao Brasil, a primeira coisa que fez foi
se inscrever em um curso de fotografia.
“Daí começou tudo. E, quando minhas filhas nasceram, a vontade de fotografar aumentou”, conta. Desde a chegada de Ana Julia, hoje com quase
3 anos, e Maria Luiza, de 1– suas filhas com Viviane –, Jorge fotografa cada
passo delas. Ele envia fotos para a família quase semanalmente, para que
todos acompanhem o crescimento das meninas. “Fotografo muito minhas
duas pequenas, são aproximadamente 20 mil fotos por ano. Quero deixar
para elas um presente: um book do desenvolvimento de cada uma”, revela.
Além das filhas, Jorge gosta de fotografar em viagens, quando tem mais
tempo para pensar sobre as fotos e tentar fazer algo diferente. Adora registrar lugares onde todo mundo vai, mas de ângulos incomuns. Costuma
utilizar técnicas diferenciadas e explorar ao máximo o equipamento. “Como
sou engenheiro e tenho uma formação cartesiana, quadrada, acho que
minhas fotos são mais técnicas do que artísticas”, diz. “E o que mais gosto
é de tirar fotos noturnas, que ficam muito emocionantes.”
(J. B. S.)
clube atlético monte líbano
27
| minhas fotos
No alto, detalhe
arquitetônico em
Rotterdam e um ângulo
inusitado da Torre Eiffel,
em Paris; à direita, mais
uma cena parisiense
28
Revista chuf
minhas fotos |
Abaixo, suas modelos
preferidas: as filhas
Ana Julia e Maria
Luiza; mais embaixo,
noite chuvosa em Paris
clube atlético monte líbano
29
| love story
AMOR
pelo clube
O amor de Rubens e Nanci Haddad foi cultivado pelas alamedas do Monte
Líbano e a paixão dos dois pelo clube mistura-se com a história do casal
la é famosa pelas aulas de ikebana. Ele é o atual presidente do Conselho.
Ocuparam a presidência do Monte Líbano de 2000 a 2002 e formam
um dos casais mais presentes e dedicados ao clube e à preservação da cultura libanesa. Mas a história de amor entre Nanci Camasmie Taleb Haddad,
54, Rubens Elias Haddad, 66, e o Monte Líbano é muito mais antiga. “Nasci
no clube, minha avó materna pertence à família de alguns fundadores”, diz
Rubens – ou Rubão, para os íntimos. “Meu pai era sócio de vários clubes
da colônia, mas sempre frequentei e gostei mais do Monte Líbano”, conta
Nanci. Conheceram-se, namoraram e casaram-se em dois anos, há 30, entre
as quadras de tênis, o ginásio, o campo de futebol, a piscina, as boatecas e,
principalmente, os encontros no Hack’s Bar – que existiu antes do antigo Bar
Inglês (hack significa conversa, papo, em árabe). “O Hack’s Bar foi criado para
integrar os jovens daquela época. Éramos uma turma com idade variando entre
20 e poucos e 30 e poucos anos”, conta Rubens. “Vários casais se formaram ali.
A maioria namorou e casou entre 1980 e 82, como nós”, lembra Nanci. O casal
teve três filhos – Suzana, 28, casada com Anderson, Bruno, 25, e Marcela, 22 – e
o caso de amor entre Nanci, Rubão e o Monte Líbano só se fortaleceu.
Praia e montanha
Além do Monte Líbano, o Guarujá e Campos do Jordão também fizeram
parte da vida do casal. “Quando eu tinha 15 anos, ia com minhas amigas para
o Guarujá e sempre via aquela turma de moços mais velhos do clube. Lembro
do Rubens, mas nem sabia o nome dele. Eles eram muito mais velhos, a gente
nem dava bola”, diverte-se Nanci. “A primeira vez que prestei atenção nela foi
em Campos do Jordão. Eu estava descendo o Morro do Elefante, e ela, subindo, com uma amiga”, conta Rubens. “Ela era alta, bonita, meu tipo”, elogia o
30
Revista chuf
Ao lado, no sentido
horário começando
do alto, à esquerda,
o primeiro mês de
namoro no réveillon
do CAML em 1980;
lua de mel em
Nova York, 1982;
o casamento, em
junho de 1982; e o
brinde na festa de
noivado, em 1981
fotos arquivo pessoal
E
fotos arquivo pessoal
| love story
Vida de casal
Tempo de casados: 30 anos
Filhos: 3 (Suzana, 28, Bruno,
25, e Marcela, 22)
No clube: Presidência
(2000-02); hoje, ele é
presidente do Conselho,
ela dá cursos de Ikebana
Adoram: Viajar,
principalmente para
comemorar os aniversários de
casamento – “Voltar a viajar,
depois dos filhos crescidos,
fez com que nos uníssemos
cada vez mais”
maridão. “Eu tinha 22 anos. Ele já veio falando ‘oi,
tudo bem’ e me dando beijinho no rosto. Pensei:
‘esse cara nem me conhece, já vem me dando beijinho!’ Mas lembrava dele andando na praia do Guarujá”, confessa ela. Depois dos dias em Campos,
onde ficou tudo na amizade, voltaram para São
Paulo e passaram a se ver pelo clube. “Eu já tinha o
hobby de fotografar. Então pegava minha máquina
e ficava tirando fotos pelas quadras de tênis. Isso
chamava a atenção dele”, provoca Nanci. “Ela ia lá
fotografar para aparecer”, brinca Rubão.
Uma olhadinha de lá, outra de cá, a paquera
durou seis meses. “Meus pais, Alberto Taleb e
Stella Camasmie Taleb, não me deixavam ir a
todas as boates do clube para não virar arroz de
festa”, revela Nanci, morrendo de rir. “E, quando
eu ia, o Rubens ficava tímido e não chegava muito
perto. Dava até raiva”, esbraveja ela, que só virou
namorada em dezembro de 1980, depois de alguns
32
Revista chuf
encontros divertidos. “Conversamos bastante
no show que o Roberto Carlos fez no clube, em
novembro daquele ano”, lembra Nanci. “Depois disso”, continua Rubão, “saímos juntos pela
primeira vez, fomos ao Gallery. Passei para pegar
a Nanci com o carro lotado de amigos nossos e
fizeram ela sentar bem pertinho de mim, ali onde
fica o breque de mão”. Gargalhando, ela complementa: “Ele tinha que pedir licença para mudar
de marcha”. O pedido de namoro veio um pouco
depois, no dia em que assistiram a um show de
Rita Lee. “Naquela época, era tudo mais devagar.
Ele foi superdelicado, calmo, foi pegando minha
mão, bem romântico”, recorda. “Quando fizemos
um mês juntos, ela apareceu com um presente:
uma caixa cheia de fitas k-7 gravadas com músicas
que ela escolheu. Cada capinha tinha um desenho
feito por ela com nanquim. Desde lá, vi que a Nanci era artista”, diz o marido.
Lembranças da vida
em família: no alto,
os filhos Suzana,
Marcela e Bruno, na
festa de aniversário
da caçula, no CAML; à
direita, o casal em seu
chá de cozinha, em
1982; abaixo, férias no
Colorado, EUA
Rubens e Nanci em
casa: os dois fazem
questão de estar
sempre um ao lado
do outro
34
Revista chuf
foto Kiko Ferrite
| love story
Amores perfeitos
Exatamente um ano depois do pedido de namoro,
ficaram noivos, no dia 5 de dezembro de 1981. “A
festa de noivado foi maravilhosa, mas aconteceu
uma coisa engraçada de lembrar”, conta Rubens.
“Quando cheguei na casa dela, o caminhão dos
bombeiros estava na porta: o bufê tinha pegado
fogo e queimado toda a comida!” [risos]. Depois
do susto, a festa aconteceu normalmente. Em 8 de
junho do ano seguinte, casaram-se na Catedral Ortodoxa. “Eu tinha certeza de que ia me casar com
uma moça do clube porque, como meus pais [Elias
Jubran Haddad e Olga Ayoub Haddad], sempre
achei importante me relacionar com alguém que
tivesse os mesmos costumes que eu”, diz ele. “Sem
dúvida, isso colaborou muito com a nossa relação.
Mesmos hábitos, o gosto pelas visitas, os lanches na
casa da mãe, da avó. Tudo nosso sempre foi muito
parecido”, diz ela. Inclui-se aí o amor pelo clube.
“Sempre procurei ajudar o Monte Líbano em
tudo que podia, sempre briguei e defendi, tenho
muito ciúme do clube”, admite Rubão. “Quando
nasceu nossa terceira filha, nos mudamos para
pertinho do clube. Muito do que fazemos é em
função do clube – não sei se é certo ou errado. Somos assim”, completa ele, que, de tanto amor, fez
até curso de oratória para ser presidente. “Sempre
fui tímido, mas teria que falar bonito na posse,
nas reuniões, então resolvi me preparar. Entrei no
curso para aprender e vencer o medo de falar em
público. E fui muito feliz na presidência”, afirma.
Nanci acompanhou-o em todos os compromissos e sempre deu todo apoio ao marido. “Ela me
incentiva e está comigo em todos os momentos.
É amorosa, de extrema sensibilidade, detalhista e
organizada, ao contrário de mim”, define Rubens.
“A gente se completa. Ele é bagunceiro e desligado,
mas, quando preciso, está sempre lá. Faço questão
de estar sempre ao lado dele”, diz Nanci. Ela estava
com ele no Líbano, em 2001, quando Rubens Haddad foi representar o clube em um encontro com
o então Primeiro-Ministro libanês, Rafik Hariri
(1944-2005). “Ele me falou uma frase maravilhosa,
que nunca vou esquecer: ‘Você é presidente daquele gigante que é o Clube Monte Líbano no Brasil!’.”
Gigante, como esse amor.
(J.B.S.)
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| sahtein
Knefe,
doce delícia
O
mais comum de acontecer com o knefe – ou kunafa, ou
knaafeh – é confundi-lo com aletria. Mas não. A massa de
knefe é, na origem, mole como massa de panqueca e, passada
por uma espécie de coador ou peneira finíssima, endurece em
segundos em contato com o calor da chapa. Fazer a massa não é
tão fácil e pede utensílios especiais, mas ela pode ser comprada
pronta, em casas que vendem produtos árabes, ou substituída
por macarrão cabelo de anjo, como ensina nossa receita. Isso
facilita muito a preparação do doce.
Sobremesa deliciosa, pode ser recheada com um mix de nozes
ou, da maneira mais tradicional, com um creme à base de queijo
(aqui, usamos a ricota). Em alguns lugares, o doce é conhecido
como a cheesecake do Oriente.
(m.S.)
Knefe
Ingredientes
1 kg de ricota fresca
1 pacote de macarrão cabelo de anjo
Dicas
Açúcar a gosto
Se você quiser fazer o doce com
a massa própria do knefe, que
pode ser encontrada crua em lojas
especializadas em produtos árabes, a
receita deverá ficar um pouco mais no
forno (cerca de 20 minutos no total).
• Para incrementar, você pode salpicar
pistache moído por cima da calda.
30 ml de água de flor de laranjeira
•
125 gramas de manteiga sem sal
125 gramas de margarina sem sal
Para a calda
1 kg de açúcar
500 ml de água
1 limão
30 ml de água de flor de laranjeira
34
Revista chuf
foto Kiko Ferrite / ilustrações Adriana Alves
É sucesso garantido na sobremesa
Modo de fazer
Montagem
Massa
Em um refratário arrumar o macarrãozinho, fazendo
Em um recipiente, quebrar o macarrãozinho bem quebrado,
uma base em todo o fundo. Em seguida, acrescentar
juntar a manteiga e a margarina derretida e reservar.
o recheio e depois terminar com mais uma camada
de macarrãozinho (a mesma quantidade que a parte
Recheio
de baixo). Atenção! Nunca pressione o macarrãozinho
Com a ajuda de uma peneira, lavar bem a ricota fresca,
nem a ricota, ambos deverão ser colocados, nunca
deixar escorrer. Após totalmente escorrida, colocar em
pressionados. Levar ao forno por aproximadamente 15
um recipiente e mexer bem até que fique bem soltinha.
minutos a 170°C ou até que o macarrãozinho fique bem
Acrescentar aos poucos o açúcar; quando estiver doce,
dourado. Acrescentar a calda ainda quente assim que
adicionar 30 ml da água de flor de laranjeira e reservar.
tirar do forno. Cortar em cubos e servir.
Calda
Em uma panela colocar o açúcar e a água, levar ao fogo
com o suco de limão e deixar ferver aproximadamente 7
minutos. Desligar o fogo, acrescentar 30 ml da água de
flor de laranjeira. A calda deve ter ponto de fio.
clube atlético monte líbano
35
fotos Kiko Ferrite / arquivo pessoal
COMO É Isadora
Orgulho: ser libanesa
Admiração: costumes,
comidas e pessoas
libanesas
36
Revista chuf
no palco |
Querer é
poder
Isadora Bussab tem 13 anos, faz teatro há cinco, e
acredita que, no palco e na vida, com determinação,
a gente pode conseguir tudo o que deseja
E
Isadora no palco
com o grupo
dos Pequenos
Menestréis: ela
prefere atuar
dançando e
cantando
la é corajosa e decidida. “Tudo o que é difícil,
um dia se conquista. Pode ser duro, mas, com
vontade, a gente chega aonde quer”, dispara Isadora Silva Bussab. Um de seus objetivos atuais ela estabeleceu quando subiu no palco pela primeira vez,
com os Pequenos Menestréis, aos 8 anos. “Fiz uma
promessa: fazer dez anos seguidos de teatro no
clube. Às vezes, me canso um pouco, mas vou cumprir. É a atividade que mais adoro”, revela, lembrando que precisa equilibrar a vida entre clube,
escola, amigos e família. Isadora é filha de Marise e
Rodrigo Bussab – “meus pais representam carinho,
amor, poder, orgulho, paz e harmonia” – e mantém
uma forte relação de amizade com o irmão mais
velho, Tarik – “ele é a pessoa com quem mais me
identifico na família”. Com os avós paternos, Sílvio
e Marilena Racy Bussab, frequentadores do Monte
Líbano desde a infância, também alimenta uma
relação muito próxima. “Eles me acompanham e
me ajudam em tudo”, conta.
Foi com o incentivo do avô Sílvio, que já fez
parte do grupo de teatro adulto, que Isa começou a
atuar. “Quando ia à casa dele, eu brincava de fazer
shows, cantar, dançar. E ele achava que eu tinha
jeito”, conta. “No começo, era muito envergonhada. Só me soltei no quarto ano de teatro”, confessa.
Além do avô, os pais de Isadora também já estiveram no palco do clube. “Meu pai não fala muito,
mas meu avô me dá conselhos, como estar sempre
sorrindo em cena e falar de maneira articulada”,
comenta. “Já no caso da minha mãe, que fez Sétima
Arte III, com o Candé, em 2011, quem dava as dicas
era eu [risos]. Achei que ela teve uma iniciativa excelente, nunca tinha visto uma mãe ‘quebrando’ as
regras só para se divertir. Foi muito legal”, elogia.
Encantada com musicais
Antes de começar no teatro do clube, Isadora
nunca tinha subido num palco. “Meus pais me
levavam para ver musicais e eu sempre saía muito
encantada, com vontade de estar lá”, lembra. “O
mais importante no palco é demonstrar alegria,
isso contagia o público”, acredita Isa, que prefere
interpretar dançando e cantando. “Nunca gostei
muito de falar porque fico nervosa. Eu estudava
numa escola que não treinava os alunos para falar
em público. Agora, mudei para a Escola Viva, que
trabalha mais isso, então me sinto menos tensa ao
ensaiar e mais confortável ao me apresentar.”
Quem assistiu ao espetáculo Good Morning São
Paulo Galerinha, em setembro, pôde conferir uma
Isadora falante e articulada em cena. “Estar no
palco é ter a sensação de estar livre. Lá, eu posso
me divertir, rir com meus amigos”, diz. Ao mesmo
tempo, ela acredita que o teatro é uma preparação
para o futuro. “Essa experiência no palco vai me
ajudar na vida pessoal e profissional, a me relacionar, a ter boas palavras para conversar, dar palestras e, se eu tiver um restaurante, a receber meus
clientes”, diz.
(J.B.S.)
clube atlético monte líbano
37
| Líbano sempre
Prepare os esquis
foto Kanaan Alkhatib/GraphEast/Glow Images
Vai começar a temporada de inverno no Líbano
A
propaganda turística diz que o Líbano é
o único país do Oriente Médio (e um dos
poucos no mundo) onde é possível esquiar pela
manhã e tomar banho de mar à tarde. Verdade.
Talvez não no começo da temporada de inverno,
no meio de dezembro, mas em seu final, em abril,
pode-se subir aos picos nevados logo cedo e, mais
tarde, partir para um mergulho no Mediterrâneo.
País litorâneo e montanhoso, o Líbano oferece muitas atrações para os amantes dos esportes
de inverno e apresenta-se como um destino fora
do circuito convencional para esquiadores. Até a
origem do nome do país está ligada a suas montanhas: Líbano vem da palavra semítica laban, que
quer dizer branco ou leite e refere-se ao manto
de neve que recobre os picos libaneses durante o
inverno. Sua cadeia de montanhas estende-se do
norte ao sul do país, paralela ao Mediterrâneo. É
ela que separa o litoral do vale do Bekaa.
O interesse pelo esqui no Líbano nasceu no
início do século 20, quando jovens engenheiros
libaneses voltaram de seus estudos na Suíça e
apresentaram o esporte para seus amigos. A
prática, entretanto, só se tornou popular nos
anos 1930 – em 1935, militares franceses abriram
a primeira escola de esqui do país na região dos
Cedros. Os primeiros teleféricos foram instalados nos anos 1950, na mesma região. Nos anos
1960 e 70, as estações se desenvolveram graças a
algumas famílias que investiram em suas regiões
para melhorar a infraestrutura.
Hoje, o país tem seis estações de esqui com
descidas para esquiadores e snowboarders de todos
os níveis, cada uma com um sabor diferente.
clube atlético monte líbano
39
Os cedros do
Líbano são o
destaque da
estação de esqui
Cedros
Faraya Mzaar
É a mais conhecida e bem equipada, com 42
descidas e 80 quilômetros de pistas balizadas.
É também a mais badalada, com seus restaurantes, hotéis e casas noturnas. Fica a uma hora de
Beirute e recebe amantes do esqui e dos esportes
de inverno de todo o mundo. As pistas começam a
uma altura de 1.850 metros e chegam até os 2.465
metros do monte Mzaar, de onde se tem uma
vista deslumbrante do vale do Bekaa, do monte
Hermon e de outras montanhas como Laqlouq
e Cedros. Quando o tempo está claro, é possível
enxergar até a capital Beirute dali.
Se você é um esquiador experimentado, vai
precisar de pelo menos dois dias para enfrentar
as melhores pistas de Faraya Mzaar antes de
começar a querer descobrir novas descidas. Guias
de montanha podem ajudar a achar os melhores
caminhos. As pistas para esquiadores médios e
aprendizes são igualmente boas.
Boas opções de hospedagem em Faraya Mzaar
são o Intercontinental Mzaar Hotel e Spa (www.
icmzaar.com), o hotel boutique Aux Climes du
Mzaar (www.auxcimesdumzaar.com) e o Auberge Le Valais Faraya (www.aubergelevalais.com).
40
Revista chuf
Cedros
No norte do país, a cerca de três horas de Beirute,
é a mais antiga e mais autêntica entre as estações.
Com altitudes que variam entre 2.000 e 3.000
metros, beneficia-se de uma temporada um pouco
mais longa que as outras, começando no meio
de novembro e estendendo-se até o fim de abril.
O lugar tem vistas incríveis para o pico mais alto
do país – o Qornet es Saouda – e para uma das
últimas reservas de cedros. A infraestrutura não
é sofisticada como em Faraya Mzaar, mas é boa,
com novos teleféricos recém-instalados. Muitos
esquiadores vão para lá em busca de sossego e do
encontro com a natureza preservada do lugar.
É bastante comum a prática de esqui de fundo
(caminhadas sobre esquis) nos Cedros, por causa
de seus platôs e do charme de seu entorno. Além
do esqui, a estação oferece outras atividades como
parapente, moto na neve e caminhadas. O lugar
serve ainda como ponto de partida para descobrir
os antigos monastérios do vale de Kadisha.
Algumas das melhores opções de hospedagem
são o Cedars Palace (cedarspalace.com), o Cedrus Hotel (www.cedrushotel.com) e o Auberge
de Cèdres (www.smresorts.net).
fotos Ghassan J. Balesh
| Líbano sempre
Boa infraestrutura
e boa qualidade
da neve garantem
diversão por toda a
temporada
Quando e como ir
A temporada anual começa
no meio de dezembro e
estende-se até começo de
abril. Sites como o skileb.
com ou o skimzaar.
com podem ajudar na
organização da viagem e na
reserva de hotéis, passeios
e atividades.
Faqra
Um dos primeiros clubes de esqui privados do
mundo, a estação fica a menos de uma hora de
Beirute e sua altitude varia entre 1.735 e 1.980
metros. Instalada desde 1974 na cidade de Kfardebian, é servida por quatro teleféricos e cercada
por jardins e charmosos chalés. Boa opção de
hospedagem é o hotel Auberge de Faqra (www.
faqraclub.com), com piscina aquecida, quadras
de tênis e squash e academia.
Zaarour
É a estação mais próxima de Beirute e a menor do
país. Com altitude variando entre 1.700 e 2.000
metros, oferece todo o tipo de esportes de inverno. Do alto das montanhas, servidas por sete
teleféricos, vê-se o deslumbrante vale de Skulls.
Dali, é possível sair em caminhada para o monte
Sannine. O Grand Hotel Bois de Boulogne (www.
hotelboisdeboulogneliban.com) é boa opção de
hospedagem.
Laklouk
A estação, cercada de árvores, funciona tanto no
inverno como no verão, para diferentes atividades, e tem altitudes variando entre 1.750 e 2.000
metros. Além das descidas de esqui tradicional,
servidas por nove teleféricos, também é forte na
prática de esqui cross country. Inaugurada em 1958,
é muito frequentada por famílias libanesas e fica
a cerca de uma hora de Beirute. O hotel mais famoso na região é o Sangri-la (www.lakloukresort.
com/accomodation).
Qanat Bakish
Instalada na cidade de mesmo nome, a estação fica
a menos de uma hora de Beirute e é uma das mais
bem preservadas do país. Sua altitude varia entre
1.910 e 2.050 metros e é famosa a qualidade de sua
neve. Servida por três teleféricos, é procurada por
esquiadores que buscam pistas mais tranquilas e
não muito cheias. Uma opção de hospedagem é
o hotel Snowland (www.snowland.com.lb), mas
também é possível esquiar em Qanat hospedando-se em Mzaar ou Faqra.
(m.S.)
clube atlético monte líbano
41
Dicas
Marcos Cury gosta
de fazer o crumble de
modo rústico, picando os
legumes grosseiramente.
• Ele usa os legumes que
estiverem mais bonitos
em cada época.
fotos Zé Gabriel
•
44
Revista chuf
na mesa
Útil e muito
AGRADÁVEL
Unindo diversão e trabalho, Marcos Cury
redescobre-se como chef de cozinha
M
arcos Haddad Cury, 36, é um chef de muitas faces.
Formado em administração de empresas, Quinhos,
como é chamado pelos íntimos, já trabalhou como redator, teve
agência de publicidade, foi ator e fotógrafo e, hoje, além de exercer as funções de marido e pai, dedica-se a um antigo prazer que
está virando profissão: a gastronomia. “Desde pequeno, sempre
gostei de estar na cozinha”, conta. Com pouco mais de 20 anos,
foi morar em Nova York, dividindo o apartamento com quatro
estudantes de outros países. “Tínhamos de nos virar para comer.
Um colega italiano me ensinou alguns molhos, o jeito correto de
cozinhar a massa e as práticas bruschettas”, lembra. Foi o começo. Depois que se casou com Julieta Brunoro – com quem tem
um filho de dois anos, Fernando –, encontrou ainda mais motivação para levar o hobby a sério. “Ter minha própria cozinha, meus
apetrechos e, principalmente, cozinhar para quem eu amo.”
Para Quinhos, cozinhar é um ritual para receber amigos e pessoas queridas. Ele também aprecia o aspecto criativo da cozinha
e prefere fazer comidas simples, fáceis e com tempero fresco.
Passou boa parte da infância no Monte Líbano, com os irmãos
Otávio e Alexandre, primos e tios. Os pais, Claudio Alberto Cury
e Marly Haddad Cury, não escolheram o endereço da família por
acaso. “Vim morar no Jardim Lusitânia, ao lado do clube, com
menos de dois anos”, relata. Quando visitou a Síria e o Líbano,
Marcos conta que viu exatamente o que sempre vivenciou com as
famílias Haddad e Cury. “Em Homs, na Síria, fomos recebidos por
um primo do meu pai e o almoço que ele nos ofereceu era idêntico ao da casa da minha avó, tanto no que foi servido, quanto na
divisão ‘homens de um lado, mulheres de outro’”, lembra.
Atualmente, ele finaliza um curso na Accademia Gastronomica e, além de cozinhar em casa, tem um espaço na Vila Nova
Conceição, onde faz jantares fechados para grupos de, no máximo, 30 pessoas. Para a Chuf, escolheu ensinar o Crumble de Legumes. “Foi um prato que me marcou numa viagem que fiz com
Julieta à Provence, na França. Quando voltei ao Brasil, desenvolvi
(J.B.S.)
minha própria receita.”
Crumble de Legumes
Para o refogado
3 cebolas roxas em pétalas
2 cenouras médias em rodelas grossas ou
picadas grosseiramente
2 abobrinhas pequenas em rodelas médias ou
picadas grosseiramente
5 tomates maduros, em cubos grandes ou
picados grosseiramente
3 dentes de alho picados
azeite
sal e pimenta-do-reino a gosto
manjericão e tomilho frescos a gosto
Para o crumble
3 ou 4 fatias de pão de forma tostadas com
azeite e depois esfareladas (se integral, sete
grãos é melhor)
farinha de rosca (um pouco, se necessário,
para dar o ponto da farofa)
1 dente de alho finamente picado
queijo parmesão ralado
2 colheres de sopa de manteiga
2 punhados generosos de pinholi
Modo de fazer
Recheio: refogar a cebola no azeite, até
murchar bem. Acrescentar o alho. Acrescentar
os legumes, pela ordem de dureza (cenoura,
abobrinha e, por último, o tomate). Temperar
com sal, pimenta e as ervas, misturar e
deixar cozinhar um pouco, sem amolecer
demais. Transferir para um refratário. Farofa
(crumble): misturar tudo com as mãos, até
incorporar bem a manteiga. Final: cobrir os
legumes no refratário com a farofa e levar ao
forno para dourar (cerca de 20-25 minutos).
clube atlético monte líbano
45
| sócio atleta
ESPORTE NO SANGUE
Andréa Saad acaba de realizar o sonho de participar do
Ironman, uma das competições mais desafiadoras para
triatletas do mundo inteiro
A
os 42 anos, a empresária e triatleta Andréa Saad foi uma das 150 mulheres – entre 2 mil competidores – a completar o Ironman
Brasil 2012, que aconteceu em Florianópolis, Santa Catarina, em maio. “O Ironman era um sonho.
Sempre tive vontade de fazer. Ao mesmo tempo,
não conseguia me imaginar nadando 3.800 metros, pedalando 180 quilômetros e correndo mais
42. Mas, depois que uma amiga participou, em
2011, eu me animei, treinei, e consegui completar
a prova em 13 horas e 30 minutos”, relata. Treinou
natação no Monte Líbano, com o incentivo de
amigos que também emprestaram equipamentos,
como rodas mais leves para a bicicleta. “Além da
natação no clube, corro e pedalo no Ibirapuera e
faço treinos longos em trilhas fora de São Paulo,
que variam entre 15 e 35 km”.
Os esportes e o Monte Líbano sempre fizeram
parte da vida dela. “Quando era pequena, ia aos
acampamentos, fazia ginástica olímpica com a
46
Revista chuf
Denise, tive a fase do vôlei, quando minha mãe
era diretora desse esporte, e fiz balé com a Maricy,
dançando nas apresentações de fim de ano”, lembra Andréa, que revela uma história tragicômica
para servir de exemplo e incentivo a atletas-mirins
que sofrem nas competições. “Eu tinha seis ou
sete anos, e fomos disputar uma prova de ginástica olímpica interclubes. Estava tão nervosa, que
fiz cocô na calça”, diverte-se, sem traumas.
De família
Começou a levar o esporte a sério mais tarde,
quando entrou na fase da academia e da corrida.
Aos 20 anos, entrou na disputa de provas de duátlon e triátlon, estabelecendo metas e aumentado as distâncias. “Também pratiquei corrida de
aventura, que inclui trekking, bike, canoagem,
orientação e técnicas verticais. Já cheguei a fazer
provas de 500 km, com cinco dias de duração”,
conta. Hoje, ela se interessa mais por corridas
O Monte Líbano e
a prática esportiva
sempre fizeram
parte da vida de
Andréa Saad, que
treina diariamente
foto Kiko Ferrite
No clube
O que faz sempre:
almoça, encontra os
amigos, treina
Muito importante: fazer
as unhas (“Sempre que
faço provas longas, minhas
unhas dos pés caem”)
Quem salva: Lucy,
manicure do CAML
clube atlético monte líbano
47
fotos arquivo pessoal
| sócio atleta
Pedalando 180 km,
correndo 42 km
e nadando 3.800
metros no mar,
Andréa completou
em 13 horas e
meia o Ironman de
Florianópolis 2012
em montanhas, praias e florestas. “Em fevereiro
de 2013, vou correr pela terceira vez a Cruce de
Los Andes, uma corrida de três dias que atravessa
os Andes, na Patagônia, entre Chile e Argentina”, avisa. “Em junho, quero fazer uma corrida
de montanha com minha irmã. São 50 km nas
Dolomitas [Alpes italianos]”.
Os irmãos de Andréa também são atletas. Patrícia
(a Tissa) vive em San Diego, na Califórnia, e é personal trainer. Zé Saad pratica esqui aquático. “Este
ano, ele foi convidado a participar de uma prova
48
Revista chuf
só com os melhores do mundo”, revela a caçula. Zé
treina na represa de Americana, no interior de São
Paulo, onde a família tem uma chácara, famosa entre os frequentadores de muitas gerações do Monte
Líbano. “Meu pai [Tono Saad] comprou a chácara
quando era noivo da minha mãe [Nadia] e, desde
aquela época, os primos e amigos do clube sempre
foram para lá”, diz Andréa, lembrando que o foco
nos esportes é de família. “Fomos criados no clube
e passávamos os fins de semana praticando alguma
modalidade esportiva.” (J. B. S.)
Funcionário do CAML:
desde 1964
Já foi: bedel de piscina,
vigia, ajudante de
cobrança e gandula
Atua: no Salão de Jogos
50
Revista chuf
fotos Zé Gabriel / arquivo pessoal
Vieira
nossa equipe |
Uma vida
dedicada ao caml
Nos seus 48 anos de dedicação ao clube, José Alves Vieira,
o nosso Vieira, acompanhou sua transformação
M
Vieira gosta de
trabalhar no
Salão de Jogos,
principalmente
porque se dá bem
com todos, sócios e
funcionários
uitos dos que estão lendo este texto
nem eram nascidos quando aconteceu.
Foi em 1964 que José Alves Vieira – ou Vieira, como
todos o chamam –, 72 anos, ingressou no quadro de
funcionários do clube. Nascido em Tremedal, no
sertão baiano, a 40 quilômetros de Vitória da Conquista, soube desde cedo que não existe caminho
fácil nesse nosso mundo. Filho de Melquíades e
Virgínia, já falecidos, e com três irmãos mais novos,
desde os 8 anos trabalhou na roça. “Ajudava meu
pai nas plantações de milho e feijão. Não tínhamos
nada, nem água, nem luz elétrica, vivíamos afastados, no sertão, consegui estudar até a 2ª série do
ginásio [atual 7º do fundamental] porque a comunidade contratava um professor para dar aula em um
espaço improvisado”, conta Vieira, que também foi
tropeiro. A cavalo, ia vender rapadura na cidade,
para ajudar a melhorar a renda familiar.
A falta de perspectivas fez com que, com 17
anos, viesse para São Paulo. “Já tinha parentes
aqui, resolvi tentar melhorar de vida.” Seu primeiro emprego foi como assistente de pedreiro, mas
sua trajetória começou realmente a dar uma guinada quando foi trabalhar como porteiro no Rachaia
Clube. “Fiquei lá por quase quatro anos. Acabei
pedindo demissão, mas confesso, me arrependi.
Foi quando vi um anúncio no jornal: ‘Precisa-se de
porteiro, Clube Atlético Monte Líbano’. Candidatei-me e fui contratado.”
Apesar de ter sido contratado como porteiro,
sua primeira função foi na piscina, para “tomar conta da bagunça”. “Naquela época o negócio não era
fácil. Jogavam cadeiras na piscina, uns aos outros, tinha sócio que era bem bagunceiro. Tinha medo que
me jogassem na piscina”, lembra, rindo. Depois, foi
vigia – das 18 às 6h –, ajudante de cobrança e gandula. “Antigamente, quando um chute saía meio torto,
a bola ia parar na rua. Eu ficava em cima do muro.
Toda vez que isso acontecia, ia atrás da bola.”
Em 1967, foi convidado para trabalhar no Salão
de Jogos, como atendente e ajudante na limpeza.
Começou na Sede antiga, perto das quadras de tênis.
O espaço do almoço era o mesmo dos jogos. “Terminava o almoço e era aquela correria para deixar tudo
pronto para o carteado.” A atual Sede estava sendo
levantada. “Presenciei toda a construção.”
Foi também testemunha do incêndio. “Lembro
como se fosse hoje. Cheguei de bonde no clube e vi
aquela fumaceira.” Vieira continua no Salão de Jogos, onde trabalha às quintas, sábados, domingos e
feriados, como encarregado da limpeza e atendente,
além de ajudar na reunião de diretoria, às segundas.
Família
Vieira tem quatro filhos. Três do primeiro casamento: Adalberto José, Virginia Aparecida e
Emerson, que também é funcionário do Monte
Líbano, que lhe deram seis netos. Com a atual esposa, Maria de Lourdes, adotou Anderson Luis, de
24 anos. “É meu filho, criei desde o nascimento”,
diz orgulhoso e preocupado. “Está desempregado,
começou a fazer Educação Física e parou. Agora
quer fazer Rádio e TV. Não me oponho, mas tem
que ter uma profissão”, diz, com a sabedoria de
quem trilhou árduo caminho na vida. Apesar de
ser caseiro e de gostar de um bom filme na TV,
Vieira não consegue ficar parado. “Trabalhei a vida
toda, não aguento ficar sem fazer nada.”
(P.K.)
clube atlético monte líbano
51
| você sabia?
Por onde passa
uma TOALHA DE BANHO
52
Revista chuf
É
na portinha na parede lateral da garagem, perto do vestiário feminino, que as roupas são lavadas no clube. Há 30
anos, a lavanderia está instalada ali e dá conta de manter limpos
e prontos para usar guardanapos, toalhas de banho e de mesa,
roupões e uniformes esportivos. Três funcionários dedicam-se a
essa tarefa, trabalhando de segunda a sábado, das 8 às 16h.
Assim como Manutenção, Jardinagem e Obras, a Lavanderia faz parte da área de Patrimônio do clube, gerenciada por
Antonio Domingues. Ele, que trabalha no clube há um ano e
meio, explica que os produtos usados na lavagem das roupas
são biodegradáveis e não agridem o meio ambiente. E aproveita
para lembrar aos sócios que o gasto de água no clube é bastante
grande. “É muito importante que todos usem com consciência
e cuidado, evitando o desperdício”, diz.
(J.B.S.)
fotos Kiko Ferrite
Já imaginou alguma vez o
caminho que percorrem toalhas,
roupões e guardanapos para
reaparecer sempre limpinhos
no vestiário, na sauna e nos
restaurantes?
Agostinho (à
esquerda) e
Nivaldo: seis
dias por semana
cuidando de tudo
o que usamos
você sabia? |
30 kg 20 kg 20 kg
funcionários
3.000
1.500
po
s
e
no
m
sd
es
to
a
ec
al
oz
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nh
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or
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let
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1 ferro de passar
rro
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da
ar
gu
pa
to
al
ha
sd
em
es
a
100
1 calandra
(cilindro gigante)
50C
tipos de produtos para lavar
Os produtos
20 a 30 litros de produtos
são usados, em média, a
cada semana (selecionados
eletronicamente, de acordo
com o processo de lavagem)
8 processos de lavagem
(selecionados pelo operador de acordo com o tecido,
cor e nível de sujeira)
2,500 kg
de roupas são lavados, em média, por mês
1. Depois que você usa
uma toalha de banho,
o funcionário do
vestiário ou da sauna
leva-a até a lavanderia
15 kg
500
É o tempo de serviço somado
dos três funcionários:
Agostinho, 27; Irani, 26; e
Nivaldo, 18
6
15 kg
1.000
fo
71
anos
O que se lava (números estimados por mês)
2 secadoras
três
As máquinas
3 de lavar industriais
1 com capacidade para 30 kg de roupa
2 com capacidade para 20 kg de roupa
2. Ali, ela passa pela
máquina de lavar...
3. pela secadora e...
4. pela calandra, um
cilindro gigante que
faz o trabalho de
passar e deixa a toalha
quentinha para ser
usada novamente
70
kg
é a capacidade
total de cada
lavagem
5. Como nova, ela volta
para o mesmo lugar
de onde saiu. Todas as
peças são marcadas
com as iniciais do local
a que pertencem
clube atlético monte líbano
53
Responsável técnico: Dr. Luiz Carlos V. de Andrade – CRM 48277
DeBRITO
Estresse. Corra disso.
A rotina anda tão corrida que nem para comer direito você tem tempo. Imagine para aquela atividade física que você
está se prometendo começar desde sempre. A saúde, então, nem é lembrada. Enquanto isso, o sedentarismo e o
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Aconteceu
Veja os eventos mais importantes do calendário
do CAML durante os meses de setembro e
outubro de 2012 e divirta-se com a gente
criança
Pequenos menestréis, música e humor em
Good Morning São Paulo Galerinha>> pág. 66
Dia das Crianças, veja como foram as
comemorações e a farra >> pág. 68
cultura
SOCIAL
Festa Latina, todos dançando no evento
inédito e descontraído. O maior sucesso! >> pág. 56
esporte
Super-homem, Roberto Parseghian enfrenta
as provas mais difíceis do Triathlon >> pág. 79
Gustavo Rosa,
presença de muitos
associados na abertura
da exposição do artista
>> pág. 60
Artes plásticas,
sócios do CAML
revelam seus talentos
em várias técnicas na
mostra >> pág. 61
aconteceu social
Noche
Caliente
Mais de 200 pessoas,
entre sócios e
convidados de todas as
idades, prestigiaram
a Festa Latina, uma
iniciativa inédita
da Diretoria Social,
realizada no sábado,
1º de setembro
56
Revista chuf
Festa Latina
Xxxxxxxxx
aconteceu social
Ambiente descontraído
no Espaço Cedros, com
frutos ornamentais na
decoração. Para comer,
pratos mexicanos,
peruanos e também
tipicamente brasileiros.
A música ficou por
conta da Silvio Venosa
Band. No sorteio, Lydia
Leila Bogossian Massud
ganhou uma viagem
para Dubai, com direito
a acompanhante,
oferecimento da
Emirates com apoio da
Sete Mares Turismo.
clube atlético monte líbano
57
aconteceu social
Visita do novo cônsul
Frangieh veio para
substituir Joseph
Sayah, que exerceu
a mesma função por
11 anos e manteve
forte relacionamento
com o clube durante
esse período. O novo
cônsul prometeu
intensificar ainda
mais essa relação.
Seja bem-vindo!
BOASVINDAS!
O Monte Líbano
recepcionou o novo
cônsul-geral do
Líbano no Brasil,
Kabalan Frangieh,
com um coquetel de
boas-vindas, no último
dia 20 de setembro.
Estiveram presentes
no evento o presidente
do CAML, Paulo Chede
Mattar, o presidente do
Conselho Deliberativo,
Rubens Elias Haddad,
diretores, membros
do conselho e
ex-presidentes
58
Revista chuf
aconteceu cultura
Vernissage Gustavo Rosa
Uma
pintura!
O consagrado artista
plástico Gustavo Rosa
encheu de cores o foyer
do teatro Monte Líbano
entre os dias 13 e 23 de
setembro
Sócios curiosos para
conhecer a obra
de Rosa lotaram o
espaço no coquetel
de abertura, que
anunciou como
seriam os demais
dias da exposição. Em
retribuição à calorosa
acolhida, o pintor
doou uma de suas
obras ao clube.
Perfil do artista
Desde quando você pinta? Nasci desenhando, sou autodidata. Desenhava colegas de classe, fazia caricaturas de
professores. Sempre tive muita força de vontade e fui aprimorando a técnica com o tempo.
Como se define como artista? Não pertenço a nenhuma
escola específica, nem sigo modismos. Tenho compromisso
comigo mesmo, faço o que quero e não o que o mercado pede.
Faço o que meu interior manda. Gosto de trabalhos com humor
e detesto usar computadores. Meu trabalho é pincel, tinta e tela.
Que técnicas de pintura você utiliza? Já experimentei
todas as técnicas, como acrílico e outras. Mas prefiro mesmo
o óleo sobre tela.
E o giclée, o que é? O giclée consiste em uma reprodução digital do quadro original. Uma impressão em tela, digitalizada.
Cada artista tem uma forma de lidar com isso, eu costumo ter
entre 15 e 20 cópias de quadros que faço. O giclée é importante porque democratiza a arte, torna-a mais acessível, o preço
é bem mais em conta. Na exposição que fiz no Monte Líbano
disponibilizei quadros originais e outros em giclée.
60
Revista chuf
Exposição de ArtesXxxxxxxxx
Plásticas
Diversidade
Foi concorridíssimo o coquetel de abertura da Exposição
de Artes Plásticas no foyer do teatro, na quinta-feira,
23 de agosto. O evento mostrou como o Monte Líbano
encontra representação, entre seus sócios, na realização
de obras das mais diversas técnicas
aconteceu cultura
Expuseram nesta edição:
Ana Paula Berbari
(cerâmica), Carolina
Zacharias Hussni
(quadro), Daysi Bogus
Saad (esculturas),
Gabriela Simão Jacob
(joias), Ivone Ferrari
El Bayeh (quadros),
Janete Terezinha Fraige
Yasbek (quadros), Maria
Helena Daher Beyruti
(quadros), Marilda Dib
(esculturas), Mary Lucia
S. Assal (quadros),
Mônica Sader (quadro),
Nancy Nastas Hassun
(quadros), Nelson José
Cahali (escultura),
Nicole Vacilian Cahali
(desenho), Oscar
Moherdaui (joias),
Otávio Orlando Assad
(quadros), Silvia Chede
Mattar (pintura em
seda), Silvio Bussab
(escultura), Stella
Camasmie Taleb
(quadro), Vera Lucia
Tamer (quadros), Violeta
Rizk (quadros), William
Mufarej (cerâmica).
clube atlético monte líbano
61
aconteceu cultura
Teatro e Ikebana
Elenco: Adélia Assad,
Carlos Antonio Dabour,
Cecília Aun, César
Maalouf, Cristina
Khouri, Davi Fernando
de Rosa, Guilherme
Haddad, Leonardo Cury
Haddad, Marina Racy
Saad, Nadia Helito
Chacur, Odila Dumani,
Rosana Waquil, Rose
May Atallah, Vanessa El
Khouri, Vilma Saliby
IKEBANA
na assembleia
Em comemoração aos 550 anos da Escola Ikenobo no
Japão, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo, Barros Munhoz, convidou as alunas de
Ikebana do Monte Líbano e a professora Nanci Taleb
Haddad para apresentação de seus trabalhos. O evento
ocorreu no dia 21 de setembro e contou também com
a participação dos demais membros da Associação de
Ikebana Kado Ikenobo Tatibana, da América Latina
62
Revista chuf
A peça foi composta
de dez cenas
intercaladas
que tratavam do
cotidiano sob a
óptica do inesperado,
com textos de
Harold Pinter, Luís
Fernando Veríssimo
e Antonio Rocco.
As apresentações
aconteceram de 3 a 8
de outubro.
Absurdo
foi não ir
Com direção de Marcelo
Romagnoli, o teatro
adulto mostrou sua
habitual competência
encenando a peça
Absurdo, uma comédia
da vida na cidade
aconteceu cultura
Palestra e passeios culturais
Dr. Guerra, desde quando o senhor lida com o tema das drogas?
Desde que me formei na Faculdade de Medicina do ABC, em 1979. Em
seguida, fiz residência no Hospital das Clínicas, com especialização em
psiquiatria, e acabei fundando o Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool
e Drogas (GREA), ligado ao HC e à Universidade de São Paulo, em 1981.
O senhor considera o álcool uma droga mais perigosa? Considero o
álcool uma droga especial, porque seu consumo é aceitável do ponto de vista
social. Isso pode gerar uma série de problemas, especialmente para os jovens.
Começa com doses aceitáveis, mas pode progredir para quadros graves, com
consumo excessivo. Os pais devem ficar atentos. E devem servir de exemplo,
mostrar que é possível ter prazer com responsabilidade.
Conhecendo
o inimigo
Os perigos das drogas em nossa
sociedade foi o tema da palestra
do médico Arthur Guerra no Monte
Líbano, realizada em agosto
Quais os maiores desafios que os pais hoje enfrentam na
educação dos filhos, relacionados a esse tema? O maior
desafio é ter a capacidade de identificar um quadro de dependência. O
desconhecimento pode levar a um agravamento da situação. Se o filho
tem um comportamento inadequado, apresenta sinais de irritação, fadiga,
isolamento, entre outros sintomas, e nada é feito, tudo tende a piorar. É
preciso conhecer as drogas e suas consequências.
Que conselho o senhor daria para um pai que tem um filho
viciado? Primeiramente, buscar avaliação por agente de saúde, como
médicos e psicólogos. O diagnóstico vai mostrar o que está acontecendo.
E encaminhar para tratamento, caso necessário. O importante nesse
processo é impor limites. A figura dos pais é preponderante para que se
obtenha sucesso no tratamento.
Tim Maia
revisitado: um dos
musicais brasileiros
de maior sucesso
da temporada, Tim
Maia, Vale Tudo – O
Musical, no Teatro
Procópio Ferreira, 18
de agosto.
Caravaggio: visita
ao Masp para ver a
exposição Caravaggio
e seus seguidores, em
25 de agosto. O italiano
Michelangelo Merisi de
Caravaggio é autor de
obras renomadas como
Medusa Murtola e o
Retrato do Cardeal, ambas
presentes na exposição.
Paris é aqui: a exposição
Impressionismo: Paris e a
Modernidade, no Centro Cultural Banco
do Brasil, trouxe pela primeira vez ao
país uma seleção de 85 obras-primas
do acervo do Museu d’Orsay, de Paris.
Os sócios foram no sábado, 15 de
setembro, apreciar obras de Claude
Monet, Edgar Degas, Henri TouloseLautrec, Paul Cézanne, Gauguin, Renoir
e Van Gogh, entre outros mestres.
64
Revista chuf
Passeios
Culturais
A Diretoria Cultural
continua arrebentando
a boca do balão com os
passeios culturais. Foram
vários entre agosto e
setembro. Não perca os
próximos!
Priscilla: os sócios
foram até o Teatro
Bradesco para assistir
ao musical Priscilla,
Rainha do Deserto, no
sábado, 31 de agosto.
Baseado no premiado
filme de mesmo
nome, a peça fala
da aventura de três
amigas que viajam
em busca do amor
e de verdadeiras
amizades.
Noite musical
aconteceu cultura
Primeiro
violino
Mais uma vez a Noite
Musical do CAML
encantou a todos
os presentes. No
domingo, dia 2 de
setembro, Claudio Cruz
e Orquestra de Câmara
tocaram as “Quatro
Estações”, de Antonio
Vivaldi, e as “Quatro
Estações Porteñas”, de
Astor Piazzola
Claudio Cruz é spalla
(primeiro violino) da
Orquestra Sinfônica de
São Paulo e comandou
um espetáculo de
primeira grandeza.
Os sócios saíram
extasiados com a
qualidade do evento.
clube atlético monte líbano
65
aconteceu criança
Teatro
Para ver e rever
Os Pequenos Menestréis, sob direção de Candé Brandão,
transformaram o palco do teatro do Monte Líbano numa
festa de música, dança e humor
O grupo encenou a peça
Good Morning São Paulo
Galerinha em dois fins
de semana de setembro.
O teatro recebeu ótimo
público nos seis dias
de espetáculo. O jantar
de encerramento, no
dia 23, celebrou a
confraternização
dos artistas.
66
Revista chuf
aconteceu criança
Dia da Criança e Escola de Música
O dia é delas!
Diversão e muita alegria marcaram a Comemoração do
Dia das Crianças do Espaço Criança e PIE, no sábado, 6 de
outubro. As crianças adoraram as atrações: cama elástica,
balão pula-pula de jacaré, a turma do circo ensinando
malabares, uma quadra de futebol de sabão e pintura
facial. No final, foi montada uma linda mesa e entregues
450 frisbees com o tema Backyardigans
Junte-se a eles!
Em setembro foram
iniciados os cursos
de música no CAML,
com musicalização
para crianças de 5 a 7
anos; teclado, a partir
de 7 anos; e violão, a
partir de 8 anos, entre
outros instrumentos.
As inscrições
podem ser feitas na
Secretaria.
68
Revista chuf
A Escola de Música Oito Notas fez uma apresentação
musical no Teatro do CAML, no sábado, 25 de agosto,
para dar uma pequena amostra do que será oferecido
no clube a partir de agora
Feriado no Espaço Criança e S.O.S Ambiental
aconteceu criança
As crianças pintaram
uma caixinha com tema
relativo à data. Cerca de
60 crianças passaram
pelo parquinho durante
todo o dia e, além da
caixinha pintada por
elas, levaram para casa
muitas balas e doces.
Feriadão!
Atividade no Espaço
Criança comemora o Dia
da Independência, em 7
de setembro
Aprendendo
com os bichos
O S.O.S. Ambiental, uma atividade bem exótica e diferente,
aconteceu no Espaço Criança, no domingo, 19 de agosto
54 sócios, entre crianças
e pais, participaram
do evento e puderam
aprender um pouco
sobre alguns animais.
A turma do S.O.S.
Ambiental trouxe filhote
de jacaré, cobra, lagarto,
sapo, aranha, formiga, e
ensinou o que cada um
come, onde vive, qual
seu maior predador...
clube atlético monte líbano
69
aconteceu criança
Flores no Espaço Criança
É primavera!
O Espaço Criança comemorou a chegada da primavera
com uma bela festa, no dia 16 de setembro, com
brincadeiras, teatrinho e muita diversão!
70
Revista chuf
Flores e centopeia feitas
de bexigas coloridas
enfeitaram o local. Para
brincar, pula-pula em
formato de jacaré e
cama elástica; pipoca
e algodão-doce para
saborear. O teatro de
fantoches divertiu
a todos. Depois, as
crianças plantaram uma
flor e puderam levar
o vasinho para casa.
Aproximadamente 350
pessoas passaram pelo
Espaço Criança durante
esse dia.
Desafio olímpico e Festival de Escolas
aconteceu criança
Participaram 63
crianças, em várias
modalidades esportivas
como futebol, handebol,
vôlei, basquete, tênis
de mesa, paddle, salto
em altura, salto em
distância e revezamento
4x4 (50 m). A equipe
vencedora foi a Verde,
seguida da Azul, da
Vermelha e da Amarela.
A noite foi fechada com
chave de ouro, com uma
pizzada no ginásio.
Ouro e
pizza
No sábado, 25 de agosto,
à noite, foi realizado o
Desafio Olímpico do PIE,
reunindo crianças de 7 a
14 anos
FESTIVAL
O XXVI Festival de Escolas de Esportes do Clube
Paineiras do Morumby foi realizado no dia 22 de
setembro, com a presença das equipes das categorias
menores do CAML. Sub 9 e Sub 13 ficaram com a
3ª colocação em seus respectivos campeonatos. O
melhor estava reservado para a equipe Sub 11, campeã
após derrotar a Hípica de Campinas na final. Veja os
resultados da campanha vitoriosa: CAML 4 X 4 SPAC,
CAML 3 X 1 JOCKEY, CAM 1 X 0 HÍPICA DE CAMPINAS
Parabéns à equipe formada pelos associados
Gustavo Rahal R. de Carvalho e João Pedro Khouri,
Boihagian, que se sagrou campeã da categoria
10/11 anos masculino, no XXVI Festival de Escolas
de Esportes do Clube Paineiras do Morumby,
realizado no dia 29 de setembro.
clube atlético monte líbano
71
aconteceu criança
Competições
Depois de quatro partidas,
com duas vitórias para cada
lado, houve a tradicional
confraternização da
garotada em uma das
melhores churrascarias
da cidade. Resultados dos
jogos: ITUANO 10 x 6 CAML
sub 9, ITUANO 0 x 3 CAML
sub 11, ITUANO 2 x 0 CAML
sub 13, ITUANO 2 x 3 CAML
sub 15 e 17
Mal passada,
por favor
As equipes das categorias menores do CAML
foram para Itu, no interior de São Paulo, para jogar
amistosos contra a escolinha oficial do Ituano F.C.,
no sábado, 15 de setembro
VAI PARA O PAREDÃO!
Um dos mais esperados do ano, o Campeonato de
Paredão do PIE aconteceu no sábado, 29 de setembro.
Divididas em três categorias, 32 crianças participaram
Os grandes vencedores
Cat. Meninas: Giovana
Boueiri (campeã)
Cat. Meninos: Diego
Maria Oliveira (campeão)
Cat. Mista: Rafaela
Maksoud (campeã)
72
Revista chuf
Futebol society
Bayern ficou com
o terceiro lugar na
disputa de pênaltis
depois do empate em
2 a 2 no tempo normal.
O campeão foi o Milan,
que ganhou por 6 a 3.
Confira os atletas da
equipe campeã: Alvaro
Jorge Camasmie, André
Abs Daccache, André
Mansour Lutfalla, Diogo
Zarzur Gazal, Enzo Assis
Salomão, Fábio Masagão
Moufarrege, Fernando
Yazigi Haddad, Horst
Bruno Makhlouf, Doell,
Italo Dias El Khouri
(artilheiro da competição
com 19 gols), João
Pedro Khouri Boihagian,
José Victor Mourad
Saliby, Lucas Ambar
Pinto Anjos, Luís Felipe
Khouri Boihagian, Pedro
Mansour Lutfalla, Roberto
Samuel Simão Racy.
Champions
League
VERSÃO B
Os jogos válidos pela
final do campeonato
interno de society, da
categoria menores B,
foram realizados no dia
20 de setembro. Na final,
Inter de Milão e Juventus
empataram em 4 a 4.
Com a vantagem, a Inter
foi campeã. O artilheiro
da competição foi Pedro
Bakhos Maria, da equipe da
Juventus, com 17 gols
aconteceu criança
Champions League
A grande final do Campeonato Interno de
Futebol Society, da categoria Menores A,
aconteceu no dia 18 de agosto, com Chelsea
e Bayern de Munique disputando o 3º lugar e
Milan e Real Madrid na final
O ELENCO CAMPEÃO
Alan Christopher Namur,
Cesar E. G. Zarzur, Diego
Fanganiello Daud, Felipe
Laudanna Maluhy,
Gregorio Vacilian Cahali,
Guilherme Laudanna
Maluhy, Henrique
Hannud, Henrique
Kamalakian, Joseph
Saade Saab, Leo Cutait,
Leonardo Assis Salomão,
Luiz Felipe Dib Abrão,
Lucas Nacif Nesrallah,
Marzio Rezende Di
Girolamo, Mateus Haddad
Marum, Pedro Cardoso
Maluf, Pedro A. Barbara,
Rodrigo de Barros Makul,
Stefano F. Moretti,
Valentim Diniz Abrão,
Varam Keutenedjian Filho.
clube atlético monte líbano
73
aconteceu esporte
I Campeonato Interno de Saque e Masters Tour
Categoria “A” – Adultos,
campeão: Luis Eduardo
Cury de Moura - 164
km/h, vice: Luiz
Henrique Maksoud –
142 km/h. Categoria
“B” – Adultos, campeão:
Carlos Alberto B. de
Moura – 142 km/h, vice:
Oscar Moherdaui – 124
km/h. Categoria Infanto,
campeão: Matheus
Diniz Abrão – 111 km/h,
vice: Gabriel Tabet
Spigonardo – 108 km/h
Ace
Em uma grande
iniciativa do
Departamento de
Tênis, foi realizado
no dia 25 de agosto,
o I Campeonato
Interno de Saque
O evento contou
com a participação
de 26 associados,
divididos em três
categorias. Além dos
competidores, vários
sócios participaram,
curiosos para saber
qual a velocidade de
seu saque.
Parabéns, Sumara!
Nossa instrutora de tênis, Sumara Borges Passos,
estreou no Itaú Masters Tour 2012, realizado em
Brasília/DF nos dias 25, 26 e 27 de agosto, ao lado
de sua parceira Sabrina Giusto. Elas foram campeãs
de Duplas, após vencerem na final as favoritas Joana
Cortez e Claudia Chabalgoity por duplo 6/4
74
Revista chuf
Tênis duplas
aconteceu esporte
Clube Atlético Monte Líbano
apresenta
Xxxxxxxxx aconteceu
esporte
Alunas da Dança Oriental
em
Labirinto das
Essências
Espetáculo de Dança
Oriental Árabe
EU E VOCÊ
01 e 02 de Dezembro,
às 18h00, no Teatro
Dezesseis associados
participaram do Torneio
Interno de Tênis Duplas
do Ranking – Cat. B,
realizado nos dias 22 e
23 de setembro
Convites (obrigatórios)
na secretaria.
Duplas
participantes:
Antony Halim
Fedlallah e
Guilherme Gattas
Irani, Carlos
Antonio José Feres e
Luiz Sérgio Laporta,
Marcelo Ernesto
Zarzur e Renato Luiz
Sayeg, Maurício
Fares Sader e Fábio
Haddad Nasrallah,
Paulo Badra e
Victor Rubem
Siepmann Boar,
Waldir Martins
Portellinha e Mauro
Salum Yazbek.
Dupla Campeã:
Elias Assum Sabbag
Junior e Marcos
Efeiche. Dupla ViceCampeã: André
Cutait e Ricardo
Cutait.
Clube Atlético Monte Líbano apresenta
Alunas do Ballet Clássico
na adaptação de um dos maiores
clássicos do ballet de todos os tempos:
SWAN LAKE
O Lago dos Cisnes
Com música de Pyotr Ilych Tchaikovsky
24 e 25 de novembro,
às 18h00 no Teatro
Convites (obrigatórios) na secretaria.
aconteceu esporte
Futebol e Tênis
PRIMEIRO
TURNO
Aconteceu no dia 18 de
setembro a final do 1º
turno do Campeonato
Interno 2012 da
categoria principal. A
grande campeã foi a
equipe do APOEL. O
empate de 3 a 3 contra
o Betis bastava para o
time, dono da melhor
campanha na fase de
classificação.
É CAMPEÃO!
Parabéns à equipe de tênis
da categoria PM1D, com
Alexandre Dorgan, Bruno
Nazar Bacchin, Feres Camargo
Maluf, Guilherme Gattas
Irani, Guilherme Naim El Éter,
Matheus Diniz Abrão e Pedro
Jabur Bonduki, campeã, após
vencer a equipe do Sport Club
Corinthians Paulista por 2 X 0
76
Revista chuf
ABERTO
DE TÊNIS
Parabéns ao associado
Jean Eduardo Batista
Nicolau, da categoria
24MC, que se sagrou
campeão do Slice
Tennis Spring Open no
dia 23 de setembro
Tênis
aconteceu esporte
QUASE!
Parabéns à equipe “A” de tênis (simples) da categoria 3F2,
formada pelas associadas Andréa Masagao R. Moufarrege,
Marília Assis Lima e Wanda Miguel Tomb, que se sagrou
vice-campeã no dia 30 de setembro, após perder na final
por 3 X 1 para a equipe do Esporte Clube Pinheiros.
Clube Atlético Monte Líbano
apresenta
ALUNAS DO JAZZ
EM
BASEADO NO MUSICAL
HAIRSPRAY
8 E 9 DE DEZEMBRO,
ÀS 19H00, NO TEATRO
Eu e
você –
Parte II
CONVITES (OBRIGATÓRIOS)
NA SECRETARIA.
Clube Atlético Monte Líbano
apresenta
Aconteceu nos dias 6 e
7 de outubro o Torneio
Interno de Tênis Duplas
do Ranking – Cat. C
que contou com a
participação de 16
associados
Coral Monte Líbano
no Musical Infantil
Alessandro Jabra e
Ricardo Elias Haddad,
Antonio Carlos Nazar
e Roberto Gerab, César
Cotait Kara José e Flávio
Estefan, Fernando
Haidar Chede e José
Abs Sobrinho, Lineu
Quirino Ferreira Bueno
e Sérgio Dacca Mattar,
João Rinaldi Sobrinho e
Rafael Estephan Maluf.
Dupla Campeã: Daniel
Mauad Gebara e Ricardo
Elias Maluf. Dupla
Vice-Campeã: Paulo
Sérgio Saad e Ricardo
Carmo Nicolao Couri
de Chico Buarque de Holanda
Sábado 10 de novembro, às 20h30
Domingo 11 de novembro, às 18h00
No Teatro
Convites (obrigatórios) na
Secretaria.
aconteceu esporte
RACE DAY
Mais uma edição da
Race Day aconteceu no
dia 29 de setembro. O
evento começou com
palestra e um café da
manhã caprichado,
para garantir a energia!
Alguns participantes
correram, outros
caminharam, mas
o que valeu foi a
confraternização.
Participaram 40
sócios; o público total
estimado no evento foi
de 100 pessoas
78
Revista chuf
Corrida
Triathlon
aconteceu esporte
DE OUTRO
MUNDO
Roberto Sarkis
Parseghian continua
vencendo desafios: em
agosto, fez o Triathlon
Iron Distance mais
difícil do planeta, o
Norseman, na Noruega,
e conquistou a tão
sonhada Black T-Shirt,
dada para quem
completa a prova
As provas longas de triatlo compreendem 3,8 km de natação,
180 km de bike e, para terminar, uma maratona, ou seja, 42 km
de corrida. Imagine fazer a primeira etapa em um mar gélido na
Escandinávia, caindo na água às 4 horas da manhã. Só de escrever já dá frio. Parseghian, que ficou completamente congelado
após a natação e pensou em desistir da prova, depois pedalou
180 quilômetros, para alcançar o platô Hardangervidda, 4 km
mais alto que o ponto de partida.
Dá para sentir o que é esse esforço? Não? Então faça o seguinte,
pegue uma bicicleta, pedale por 180 km, sendo 40 km de subida.
Depois complete com uma maratona, com seus últimos 17 km em
subida – os competidores terminaram a prova no cume de uma
montanha, 1.900 metros acima do nível do mar. Coisa de outro
mundo! Parseghian, nosso Parseca, fechou a prova em 3º lugar e
recebeu a tão sonhada camiseta preta, que poucos no mundo têm.
Agora ele se prepara para o Ironman do Havaí, a mais tradicional
prova de triatlo do planeta. Boa sorte para o nosso super-homem!
clube atlético monte líbano
79
Agenda gastronomia
NOVEMBRO
1 | quinta-feira
Restaurante fechado
Serviço à la carte no Bar
Inglês
3 | sábado
Churrasco e saladas
Byblos Superior
4 | domingo
Tripa à moda árabe
Espaço Phoenícia e Byblos
Superior
8 | quinta-feira
Noite Libanesa
Salão Nobre
10 | sábado
Churrasco e saladas
Byblos Superior
11 | domingo
Frango com trigo
grosso, grão de bico
e cebola
Espaço Phoenícia e Byblos
Superior
15 | quinta-feira
Restaurante fechado
Serviço à la carte no Bar
Inglês
17 | sábado
Churrasco e saladas
Byblos Superior
80
Revista chuf
18 | domingo
Meloukhie
Espaço Phoenícia (Byblos
Superior estará fechado)
9 | domingo
Almoço de Natal
Salão Nobre (Byblos Superior
estará fechado)
22 | quinta-feira
Carneiro inteiro recheado
Espaço Phoenícia
13 | quinta-feira
Abobrinha na coalhada
Espaço Phoenícia
24 | sábado
Feijoada
Byblos Superior
15 | sábado
Churrasco e saladas
Byblos Superior
25 | domingo
Assados árabes
Espaço Phoenícia e Byblos
Superior
16 | domingo
Meloukhie
Espaço Phoenícia e Byblos
Superior
29 | quinta-feira
Laban ummo
Salão de Jogos
20 | quinta-feira
Carneiro inteiro recheado
Espaço Phoenícia
DEZEMBRO
22 | sábado
Feijoada
Byblos Superior
1 | sábado
Churrasco e saladas
2 | domingo
Quibe Arnabie
Espaço Phoenícia e Byblos
Superior
6 | quinta-feira
Meloukhie
Espaço Phoenícia
8 | sábado
Churrasco e saladas
Byblos Superior
23 | domingo
Tripa à moda árabe
Espaço Phoenícia (Byblos
superior estará fechado)
27 | quinta-feira
Restaurante fechado
Serviço à la carte no Bar Inglês
29 | sábado
Restaurante fechado
30 | domingo
Restaurantes fechados
Agenda
NOVEMBRO
8 | quinta-feira
Noite Libanesa
Grande Jantar Libanês: Venha dançar
e curtir uma quinta-feira diferente,
com culinária típica (Carneiro,
meloukhie, shawarma e outros),
dançarinas e DJ.Haverá sorteio de 2
pacotes turísticos para Comandatuba
e 1 pacote para Miami, ambos
para sorteados e acompanhantes.
Oferecimento da Sete Mares Turismo.
Às 20h30. Convites na Secretaria
(sócios, R$ 90,00; convidados
R$ 125,00)
Coquetel de abertura do XII
Concurso de Fotografia Acesc
Foyer do Teatro, às 20h30
Exposição: de 9 a 11 de novembro,
das 14 às 22h
10 | sábado
XVI Olimpíada CAML
Torneio Interno de Tênis de
Duplas Mistas, categoria
acima de 14 anos
Apresentação Coral Monte
Líbano
Musical infantil Os Saltimbancos
Teatro, às 20h30
11 | domingo
XVI Olimpíada CAML
Torneio Interno de Tênis de
Duplas Mistas, categoria
acima de 14 anos
Apresentação Coral Monte
Líbano
Musical infantil Os Saltimbancos
Teatro, às 19h
24 | sábado
Caricatura
Espaço Criança, 11h
5º Festival Interno de Tênis
Feminino, categoria acima
14 anos Às 8h45
Em Busca da Fama
Apresentação das alunas do Jazz
Teatro, às 18h (a confirmar)
O Lago dos Cisnes
Apresentação das alunas do balé
Teatro, às 18h. Convites
(obrigatórios) na Secretaria
9 | domingo
30ª Corrida Monte Líbano –
6 km 8h
25 | domingo
XVII Torneio de Taule (gamão)
O Lago dos Cisnes
Apresentação das alunas do balé
Teatro, às 18h. Convites
(obrigatórios) na Secretaria
DEZEMBRO
1 | sábado
Festa de Confraternização
do PIE
Ginásio Oficial, às 15h
Labirinto das Essências
Apresentação das alunas
de Dança Oriental
Teatro, às 19h. Convites
(obrigatórios) na Secretaria
2 | domingo
Labirinto das Essências
Apresentação das alunas
de Dança Oriental
Teatro, às 19h. Convites
(obrigatórios) na Secretaria
4 | terça
Encerramento do Judô Troca de faixas
Sala de Judô
8 | sábado
Encerramento do Ano
Esportivo
Piscina externa, às 11h
Chegada do Papai Noel
no Espaço Criança
Campo de Futebol, às 11h30
Almoço de Natal
Salão Nobre, às 13h
Comemoração de Natal
Espaço Criança e PIE
Esplanada, das 13 às 17h
Em Busca da Fama
Apresentação das alunas do Jazz
Teatro, às 18h (a confirmar)
15 | sábado
Encerramento do Ano
Esportivo
Piscina externa, às 11h
16 | domingo
Jornada de Férias
(7 a 12 anos)
Das 10 às 18h - Encontros e
despedidas no Boulevard
3 a 7 - 1ª Semana
10 a 14 - 2ª Semana
17 a 21 - 3ª Semana
Vem aí a XXX Corrida
Monte Líbano - 6km
Dia: 09 de dezembro (domingo)
Largada: 8:00h
Categorias: Masculina e Feminina
(idade mínima 16 anos)
Apoio:
clube atlético monte líbano
81
cursos
Cinema Reflexão
Bate-papo sobre a história do
cinema do Líbano
Professora Elvira Gotter
Segundas-feiras, às 19 horas
Novo Espaço
Tariq (Grupo de Estudos
Permanente Líbano –
Tradição e Cultura)
Professora Neuza Neif Nabhan
Primeira quarta-feira do mês,
das 18h30 às 20 horas
Sala 1 (Boulevard)
Cinema Reflexão
Coordenação: Elvira Gotter
Segunda quarta-feira do mês, às
19 horas
Novo Espaço TV-HDMI (1º andar)
História da Arte
Professor Giovanni Bagnoli
Última segunda-feira do mês,
das 19 às 21 horas
Bar Inglês (2º andar)
Coral Monte Líbano
Regente César Cerasomma Júnior
Terças-feiras, às 20 horas
Palco do Teatro
Dinâmica de Grupo
Professor Luiz Gonzaga Alca de
Sant’Anna
Sextas-feiras, às 14h30
Salão de Bridge (1º andar)
Ikebana - Arranjos Florais
Professora Nanci C. Taleb
Haddad
Terças e quartas-feiras, das 15
às 17 horas; quintas-feiras, das
9h30 às 11h30; (vagas abertas
para novas alunas)
Sala 1 - Boulevard
Pequenos Menestréis
(9 a 14 anos)
Direção: Candé Brandão
Quartas-feiras, das 18 às 19h30
Palco do Teatro
82
Revista chuf
Jovens Menestréis
(15 a 25 anos)
Direção: Candé Brandão
Quartas-feiras, das 20h30 às
22h30. Palco do Teatro
Teatro Adulto
(todas as idades)
Direção: Marcelo Romagnoli
Segundas e quintas-feiras, às
20h30. Palco do Teatro
Língua Árabe
Professor Georges Fayes Khouri
Segundas-feiras, das 17h40 às
19 horas (Intermediário); das
19h10 às 20h30 (Avançado)
Sala 1 – Boulevard
Língua Árabe
Professora Déia Mahmoud Smaili
Terças-feiras, das 16 às 16h45
(crianças de 4 a 12 anos)e das
16h45 às 17h45 horas (adulto).
Biblioteca (Térreo)
Curso de Música (Novo)
Segundas ou sextas-feiras. Horários
no período da manhã e tarde
Musicalização: para crianças de
5 a 7 anos (turmas de 4 a 6 alunos)
Violão: para crianças e jovens a
partir de 8 anos
Teclado: para crianças e jovens
a partir de 7 anos
Técnica vocal: a partir de 7 anos
(turmas de 3 alunos – Para
aulas individuais ou em duplas,
consultar a Secretaria)
Obs.: Se você tiver interesse em
outros instrumentos, como bateria,
guitarra, violino, contrabaixo,
prática de conjunto, flauta,
saxofone, etc., faça sua préinscrição para formação de turmas.
Sala 1 (Boulevard)
Dança de Salão
Instrutor: Felipe de Moura Xavier
Terças-feiras, às 20h30
Sala de Dança (Boulevard)
Jazz
Instrutora: Letícia
Terças e quintas - 15h45
às 16h50 - Iniciante (6 a 7
anos); 16h30 às 17h20 - Préintermediário (8 e 9 anos);
17h20 às 18h10 - Intermediário
(10 a 12 anos); 18h10 às 19h10
- Pré-avançado (12 e 13 anos)
19h10 às 20h10 - Avançado I
(acima de 13 anos).
Segunda-feira - 17h30 às 19h15
- Avançado II (acima de 16 anos)
Sala de Dança
Balé Clássico
Instrutora: Maria Cecília
(a partir de 3 anos)
Quartas e sextas-feiras
Manhã: 9h às 9h45 - Iniciante
(7 e 8 anos); 9h45 às 10h30
- Básico (5 e 6 anos); 10h30
às 11h15 - Baby (3* e 4 anos);
11h15 às 12h15 - (Adulto)
Tarde: 14h às 14h45 - Básico
(5 e 8 anos); 14h45 às 15h30
- Baby (3* e 4 anos); 15h30
às 16h15 - Iniciante (7 e 8
anos); 16h15 às 17h - Baby
(3* e 4 anos); 17h às 18h Intermediário (9 a 12 anos).
*3 anos, conversar com a Ciça
Balé Especial
Instrutora: Marcelle
Quartas e sextas-feiras
18 às 20h - Avançado
Dança do Ventre
Instrutora: Monica Nassif
(a partir de 5 anos)
Terças e quintas-feiras,
das 10h30 às 12h - Avançado
(Sala de Dança)
Terça-feira, das 19h30 às 21h Iniciante - (Sala Zen)
Quarta-feira, das 20h às 21h30
- Avançado - (Sala de Dança)
Quinta-feira, das 9h às 10h30 Iniciante - (Sala de Dança)
Sábado, das 9h30 às 11h Avançado - (Sala de Dança)
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dia das crianças
Festa e diversão para os
pequenos sócios
ano XII
nº 106
novembro 2012
um olhar
para as
mulheres
A escritora Joumana Haddad enfrenta qualquer
polêmica para defender os direitos femininos
ano XII nº 106
novembro 2012
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