Untitled - Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil
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Untitled - Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil
A jornada do Programa Jovens Embaixadores iniciou-se oficialmente no dia 9 de Janeiro, quando todos os Jovens se reuniram em São Paulo para conhecer a Embaixada Americana no Brasil e seus representantes, bem como o Embaixador Clifford M. Sobel. Falo que a jornada começou oficialmente no dia 9, porém, na verdade, para mim, ela teve princípio muito antes... A luta deu-se ao final de Julho de 2007, quando fiz minha inscrição no programa. Logo vieram as provas... a visita... Até que começou o processo seletivo mais extensivo do país neste programa – a triagem de São Paulo. Todo o sofrimento de espera pelo resultado acabou no dia 24 de Outubro de 2007, quando o Embaixador anunciou os nomes dos trinta e cinco Jovens escolhidos para representar nosso país como Jovens Embaixadores, no outro lado da América. Em todos os cantos do Brasil, jovens não desgrudavam os olhos da telinha do computador e, aqui no interior de São Paulo, encerrou-se o meu sofrimento cheio de expectativas que aumentavam a cada dia... Ainda hoje, ao levar-me àquele momento fico emotivo... Minha voz ecoava pela vizinhança anunciando – “Eu consegui! Eu venci!” – formando em meu peito um mar de lágrimas de felicidade! A Diretoria de Ensino de Jales, que já vinha me apoiando desde o momento em que descobriram em mim a qualidade de líder, a partir desta data reuniu forças junto às empresas e instituições públicas da cidade para conseguir apoio material e financeiro para minha viagem. Nesse período tive a oportunidade de conhecer o engajamento que as pessoas que trabalham naquela instituição exercem para a melhoria da qualidade do Ensino Público. A Errivaine Aparecida Ferreira (Supervisora de Ensino), Marlene Medaglia Cavalheiro Jacomassi (Dirigente Regional de Ensino), e Tamar Naline Shumiski (professora e Assistente Técnico-Pedagógica-ATP), foram três pessoas da Diretoria que tiveram responsabilidades cruciais em relação ao Programa, e as mesmas não mediram esforços para resolverem os problemas e desafios que surgiram. Na Coordenadoria de Ensino do Interior, contei com o empenho e carinho das Assistentes Técnicas Neli Maria Mengalli e Sônia Marlene Bravin. O prefeito Humberto Parini, junto à Vereadora Araci Murari Cardoso (Tatinha), ofereceu-me suporte financeiro. Além desse suporte, tive apoio da Escola Estadual Doutor Euphly Jalles, escola na qual concluí o Ensino Médio. A diretora da escola, Maria Aparecida de Freitas Iglesias, que vivenciou cada etapa do programa junto a mim, reuniu apoio de todos os professores da escola, dentre eles os professores Marcos Humberto Paulon e Ângela Maria Bataglia; da SABESP e da Associação de Voluntários de Combate ao Câncer (AVCC), conseguindo um montante de dinheiro que, entre outros fins, foi usado para financiar os materiais de apresentações que eu mesmo produzi através de recursos digitais e pesquisas. Tais materiais relatavam nossa cultura regional, abordando nossas instituições educativas, centros de pesquisas, eventos festivos, eventos teatrais (Festival Internacional de Teatro), Festa de Peão e outros, abrangendo inclusive nossa cultura nacional desde seus aspectos naturais até suas variadas formas arquitetônicas, produzidas pelo homem em nosso país. Com o apoio das pessoas citadas, a viagem aos Estados Unidos, iniciada no dia 12 de Janeiro de 2008, foi encerrada com muito sucesso, deixando marcas de nossa cultura em todos os lugares em que coloquei meus pés. Com uma agenda lotada, antes mesmo da viagem, seria impossível descrever todo conhecimento adquirido ao longo da jornada, bem como as emoções vivenciadas junto às famílias anfitriãs e os demais Jovens Embaixadores, que se tornaram minha mais nova família. Com certeza, essa foi uma experiência magnífica de imersão na Língua Inglesa e cultura americana, a qual hei de guardar e compartilhar para sempre... Quarta-feira, 9 de Janeiro de 2008 O início desta aventura deu-se no aeroporto de São José do Rio Preto, onde tive a agradável companhia da Embaixadora de Marília, Letícia Vieira Mattos. A partida de São José do Rio Preto para São Paulo foi marcada por muita emoção, pois era a minha primeira viagem “voando”. À medida que o avião avançava, a ansiedade aumentava, e a primeira propulsão para decolagem foi bastante entusiástica. A altitude cada vez maior e abaixo tudo diminuindo, os vastos campos verdes, as alvas nuvens bem ao meu lado... e no horizonte o sol ascendia-se, fundindo o vermelho, o laranja e o amarelo, resultando numa paisagem inesquecível, uma sensação de estar mais próximo da natureza... O que mudou um pouco quando começamos a nos aproximar da grande capital foi o interminável universo de prédios que era impressionante, dando agora a idéia da interminável expansão industrial, comercial e populacional deste Estado que move a maior parte da economia nacional... Aquilo enchia-me de orgulho! Ao chegar ao aeroporto de Congonhas, São Paulo, fomos calorosamente recebidos por representantes da Embaixada e outros Jovens Embaixadores que chegaram minutos antes. Em seguida, fomos encaminhados a um luxuoso hotel reservado pela Embaixada para a nossa hospedagem de três dias de pré-embarque. Após um breve descanso da viagem, fomos à Embaixada Americana, onde tivemos um almoço com diplomatas e outros oficiais, para então fazermos o requerimento do visto americano. Pouco mais tarde, tivemos uma vídeo-conferência com os coordenadores do Programa nos Estados Unidos (World Learning) e um oficial do Departamento de Estado Americano. À noite, tivemos uma super “noite da pizza” no prédio de Lisa Helling. Foi um momento descontraído com diplomatas americanos e brasileiros, e ainda com os repórteres da emissora de televisão “RECORD”, a qual acompanhou nossa jornada até nos Estados Unidos. Jovens Embaixadores em frente ao Consulado Geral dos Estados Unidos da América no Brasil – SÃO PAULO Após a apresentação de Patieene, Paula Elci leva mais uma pizza para os demais Jovens espalhados pelo apartamento Patieene, primeira Jovem Embaixadora da Paraíba, fala com a repórter da RECORD sobre sua roupa típica para dançar Xaxado. Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2008 Logo pela manhã, após o café, fomos levados para o “David Rockefeller Center for Latin American Studies”, onde tivemos um encontro oficial de boas-vindas com: Clifford Sobel, Embaixador dos Estados Unidos no Brasil; Carlos Ienne, Diretor operacional da FEDEX; Eduardo Mezei, Gerente de Recursos Humanos da FEDEX; Márcio Adler, da companhia aérea Continental Airlines; Entre outros, incluindo a presença da esposa do Embaixador. David Hodge, Cultural Affairs Officer, Embaixada Americana – Brasília Nesse encontro, o Embaixador Sobel, junto aos demais representantes do programa, introduziu seus objetivos, expectativas e responsabilidades em relação aos Jovens em sua missão. Alguns Jovens Embaixadores de edições anteriores ajudaram-no na transmissão de sua mensagem. Ao tirar a dúvida entrelaçada na cabeça de todos os Jovens, Rita Moriconi, Conselheira Chefe Laura Gould, Cultural Affairs Officer, Consulado Geral – Educacional da Comissão Fulbright – Rio de Janeiro, São Paulo e a esquerda – Jovem Embaixadora de explicou-nos o processo pelo qual os interessados edição anterior em estudar nos Estados Unidos deverão passar, ainda ressaltando que não será uma bolsa ou duas para os Jovens que se destacaram, mas sim, o tanto de bolsas que forem necessárias para os estudantes que sucederem nos testes internacionais, uma vez que a maioria das Universidades Americanas não aplica o “vestibular”. Tais testes serão facilitados para nós, Jovens Embaixadores, através de recursos em relação a acomodações, transportes e refeições para candidatos que residem longe dos locais dos testes. Além disso, a Fulbright se encarrega pelo pagamento das taxas de matrícula na Universidade que o aluno suceder, bem como o financiamento de traduções e registros oficiais, despesas em relação ao processo de admissão, agendamento da entrevista e finalização deste processo. A Fulbright cobrirá os custos relacionados à solicitação do visto Americano específico, bem como a viagem de ida e volta à Embaixada Americana e à instituição americana na qual o aluno for admitido. O aluno também receberá aulas de inglês avançado de área específica do curso que irá freqüentar. Ao chegar aos Estados Unidos, será auxiliado em sua acomodação inicial e despesas complementares que a Instituição de Ensino Superior não suprir. Partindo do encontro oficial, tivemos um super tour pela cidade de São Paulo. Os Jovens, já bem familiarizados uns com os outros, não hesitaram em fazer algazarras entre si e os diplomatas presentes no ônibus. Após visitas externas ao Museu da Língua Portuguesa, a monumentos históricos, ao Teatro Municipal entre muitos outros, fizemos um amigo-secreto no Hotel. Esse amigo-secreto já havia sido planejado por meio da Internet, o presente devia ser típico da região e, como só ficamos sabendo quem era o nosso parceiro neste mesmo dia de troca de presentes, o mesmo devia ser unissex. Foi mais um momento de descontração, no qual tivemos oportunidade de conhecer melhor um ao outro. Jovens Embaixadores em frente à Pinacoteca de São Paulo, durante o grande tour! Sexta-feira, 11 de Janeiro de 2008 Os Jovens começaram a Sexta-feira com o primeiro workshop do grupo, junto à psicóloga Celina Pereira, a qual de modo muito interativo introduziu uma nova forma de encarar a juventude, “Juventude de oportunidades e desafios!”. Ainda, foi discutida a importância de trabalho em equipe e como fatores de instabilidade podem afetar todo grupo em ação. Com a Leila Santos (líder de equipe dos Jovens Embaixadores e Assessora Cultural Especialista do Consulado Geral Americano – Rio de Janeiro), Eva Reichmann (Assessora Cultural Especialista do Consulado Geral Americano – São Paulo), Márcia Mizuno (Assessora Cultural Especialista do Consulado Geral Americano – Brasília) e David Hodge (Assessor Cultural Executivo – Embaixada Estadunidense em Brasília) foi explanada a agenda dos Jovens durante e após a viagem aos Estados Unidos, bem como suas obrigações em relação às duas etapas essenciais do programa. No período da tarde, a Embaixada nos encaminhou para partida em busca do grande sonho – decolagem para os Estados Unidos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo. Sábado, 12 de Janeiro de 2008 Ao chegar em Washington DC, através de uma conexão entre Newark e a capital, fomos recebidos pela equipe do World Learning, a qual nos encaminhou para o nosso hotel/alojamento National 4-H Conference Center, onde ficamos hospedados até o dia 17/01. Por meio dos recursos financeiros custeados pela embaixadaMemorial fomos a Thomas levados às compras na “Target” para adquirirmos roupas de frio, Jefferson que não seria nada normal nos dias seguintes àquele. À noite, foi nos oferecido um grande jantar de boasvindas junto à mesma equipe, ao mesmo tempo em que tivemos a oportunidade de conhecer melhor uns aos outros e a equipe organizadora do World Learning! Após o jantar, participamos de um Workshop interativo de apresentação e socialização, estabelecendo um princípio de união através do compartilhamento de idéias comunitárias/sociais. Domingo, 13 de Janeiro de 2008 Após o café, tivemos o nosso primeiro Workshop em grupos menores, que foram formados a partir da divisão dos trinta e cinco Jovens em seis pequenos grupos para que houvesse melhor interação e oportunidade de participação. Para mergulhar um pouco mais na culinária americana, tivemos um almoço tradicionalmente americano – Hot-dog! Não existe lugar mais Homenagem a soldados – especial para nossa oficialmente primeira região do Ben’s Chili Bowl experiência com os “american fast-foods”, sendo este lugar o Ben’s Chili Bowl, através de recursos audiovisuais e das experiências de vida de seus herdeiros, aprendemos um pouco da história da evolução do grandioso restaurante, a qual se deu em meio a conflitos políticos internos e, indiretamente, externos, que envolveram toda a região e seu entorno, levando à morte milhares de Civis. Após o lanche, iniciamos nosso tour pelo distrito de Washington, visitando vários monumentos e museus. Passamos pelo ‘Monumento de Washington’, que é um dos mais visitados Monumento de Washington no distrito. Foi construído em homenagem à Guerra Revolucionária dos Estados Unidos e ao primeiro presidente do país. Com 555 pés e 5 polegadas de altura, tem a forma de um obelisco, e teve uma construção de constante conflitos políticos. Logo após, visitamos o Memorial a Thomas Jefferson, terceiro presidente do país. O memorial faz ligação norte-sul com a Casa Branca e, em seu interior, uma estátua de Jefferson estende seu olhar, atravessando o Monumento de Washington, à Casa Branca. Após conhecer o Memorial de Thomas Jefferson, partimos para o Memorial de Lincoln. Abraham Lincoln foi o 16º presidente dos Estados Unidos e tem o seu retrato na nota de cinco dólares americano. Seu memorial é cheio de simbologia desde o mármore do qual foi modelado, das formas com que as mãos são flexionadas até a expressão de seu rosto. Logo a sua frente descansa o “Reflecting Pool” (Espelho d’agua). A palavra “reflecting”, reflexão, transmite dois significados: que as imagens dele sejam refletidas na água e que, através da reflexão dos memoriais aos seus arredores na água, as pessoas sejam induzidas à uma reflexão sobre cada contexto histórico simbolizado naquele local. Ao lado direito do lago, encontramos o Memorial aos Veteranos da Guerra da Coréia, marcado por 19 soldados esforçando passos avante a bandeira de sua pátria. E, ao lado Memorial a esquerdo, encontramos o Memorial aos Veteranos da Abraham Lincoln Guerra do Vietnã que, com mármore preto estão inscritos mais de 58.000 nomes de cada americano morto ou perdido em ação durante a guerra. Este monumento foi alvo de muitas críticas, mas seu design traz uma mensagem bastante relevante e que faz dele um dos memoriais mais visitados no distrito. Nosso jantar foi no “Union Station”, uma estação de trem construída em 1908, e transformada em um grande complexo que combina a história local, área para compras, refeições, além de manter a função de central de transportes, embora, atualmente não trabalhem tantos trens como antigamente. Para fechar a noite com chave de ouro, conhecemos o Kennedy Center, onde assistimos à peça teatral “Shear Madness” que, inaugurada em 1987, permanece com muito sucesso contando a história de um assassinato no qual o público é quem decide o assassino, fazendo-o de forma bastante humorística, apesar de se tratar de uma investigação criminal, e sempre encerrando diferentemente a cada apresentação. Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2008 O dia começou bem cedo, pois o que nos aguardava é uma oportunidade que poucos cidadãos americanos têm – a de adentrar à Casa Branca! Foi alucinante estar dentro da mansão presidencial, pois a história e a arte estavam inseridas em todos os cantos, nas paredes, tetos, chãos... Ao chegar à sala de recepção, nos contaram um pouco da história da Casa Branca, ressaltando que a mesma tem esse nome, devido a uma invasão britânica em agosto de 1814, quando a casa foi incendiada pelos invasores e salva por uma tempestade de verão, logo após, a casa passou por quatro anos de reconstrução, incluindo um banho de tinta “branca”. Ainda há uma sala que permanece sem reparos, guardando permanentemente o momento histórico. Assim que a primeira Dama chegou, tiramos uma foto oficial junto a ela e, após uma breve conversa, fomos convidados a participar de uma cerimônia, que estava para ser sediada em rede nacional de televisão ali na Casa Branca. A cerimônia é uma premiação anual de incentivo à cultura nacional relacionada aos serviços prestados pelas bibliotecas e museus. A extensão da premiação é organizada pelo Instituto dos Serviços de Museus e Bibliotecas. Durante a cerimônia, a Primeira Dama nos apresentou ao público: “Eu quero que todos saibam que nós temos dois grupos de Ranniery, Hermínio, Bruno Saramargo, eu estudantes que estão em Washington, e hoje estão aqui e Bruno Lima – no interior da Casa Branca conosco – um grupo de Harpeth Hall de Nashville, e um grupo de estudantes brasileiros que estão aqui participando de um programa que é uma parceria entre os Estados Unidos e o Brasil, a qual traz estudantes do Ensino Médio para os Estados Unidos. Eles ficarão alguns dias em Washington e então se encaminharão para outras partes do país, tais como Charlotte, Tulsa, Cleveland, Kalamazoo – (risos) – e para outros lugares assim. Então, quando a cerimônia encerrar, se vocês puderem, eu espero que vocês falem com eles e os dêem boas vindas”. – Laura Bush E ao encerrar a apresentação diz: “Então, muito obrigado por virem. Não se esqueçam de falar com nossos jovens vindos do Brasil e nossos jovens vindos de Harpeth Hall de Nashville na saída”. (Fonte: The White House – Official Press Releases & Speeches – 9:49AM – tradução: Daniel Pena Júnior; Foto: Shealah Craighead – Official Release) Ainda tivemos a oportunidade de conhecer dois museus – Museu Nacional do Ar e Espaço e o Museu Nacional do Índio Americano, ambos são localizados no maior complexo de museus do mundo. O Museu Nacional do Ar e Espaço, com mais de dez milhões de visitantes ao ano, é especulado a ser o museu mais visitado em todo o globo. Nada surpreendente para o museu que armazena uma coleção alucinante da história do espaço, desde os primeiros vôos até muito além da órbita do homem ao redor da Terra. Eu e Hermínio dentro do Museu Nacional do Ar e Além do mais, a maioria das naves, foguetes, Espaço satélites etc. é original! Entre tantas originais, podemos citar a ‘cabine de comando’ do Apolo 11, a qual levou o homem à Lua. Após essas visitas magníficas, tivemos um encontro com os organizadores do Programa nos Estados Unidos, o qual se deu no WORLD LEARNING CENTER. O assunto foram as habilidades de liderança, bem como o aprendizado e aperfeiçoamento das formas de expressão frente a um determinado público. Antes de retornarmos ao National 4-H Conference Center, tivemos nosso primeiro e único momento para compras de eletrônicos no distrito de Washington, em uma das maiores redes do mundo – “Best Buy”. No 4-H Center, colocamos em prática o adquirido conhecimento de liderança, em um workshop bem interativo logo após o jantar. Terça-feira, 15 de Janeiro de 2008 Ao começarmos o dia, apreendemos sobre responsabilidades que a juventude de hoje deve assumir, desde a reivindicação de direitos e compromissos com a sociedade, até a convivência com as diferenças. Próximo à Casa Branca, visitamos a “US Chamber of Commerce” que, sendo uma organização filantrópica, tem por objetivo promover o fluxo contínuo entre as relações de comércio dentro do próprio país, e logo entre outros países pelo mundo. No Brasil, a organização sendo conhecida por Amcham, é a maior sede no mundo fora dos Estados Unidos. No período da tarde, divididos em pequenos grupos, fomos para diferentes ONG’s do distrito. O meu grupo visitou o “National Minority AIDS Council”, uma instituição de combate à AIDS que, tendo bases sustentadas por voluntários em todo o território nacional, oferece vários programas educacionais de pesquisa e treinamento, conferências nacionais e tratamentos para os portadores do vírus. Um acontecimento muito interessante na história da ONG é que a mesma foi fundada a partir de uma discriminação da Associação da Saúde Pública Americana (APHA), que não permitiu a participação de negros em sua organização. Isso fez com que um afroamericano portador do vírus, com o apoio de organizações provenientes de todo o país, Jovens junto a representantes do “National anunciasse no palanque da “APHA” a formação da nova ONG com a frase: “EU SEREI OUVIDO!”. Minority AIDS Council” Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2008 Logo pela manhã, fomos orientados sobre a agenda nos nossos estados-anfitriões, pois estaríamos deixando Washington DC no dia seguinte. Ainda no período da manhã, a emissora de televisão TV Record gravou imagens conosco em frente ao National 4-H Conference Center, já semi-encerrando a matéria em Washington DC e despedindo da maior parte dos Jovens, uma vez que a equipe partiu com o grupo da cidade de Charlotte, Carolina do Norte. Por volta das duas da tarde, fomos levados à “Organização dos Estados Americanos” (OAS – Organization of American States), onde tivemos a oportunidade de conhecer os principais escritórios históricos da organização e ter uma reunião com o representante oficial do Brasil, que então falou conosco um pouco sobre sua função e as relações diretas entre o Brasil e outros países Eu junto a um representante do americanos, por intermédio Brasil na Organização dos Estados das pessoas que trabalham Americanos ali. Ainda durante à tarde, tivemos uma empolgante aula de Hip Hop no Instituto de Dança de Washington (Dance Institute of Washington), onde além de aprender um pouco dessa dança nascida nos berços americanos e praticada especialmente por negros, pudemos ensinar um pouco das danças tradicionais brasileiras. Apesar da dificuldade em memorizar os passos e da falta de coordenação motora para acompanhar o professor, foi um momento excepcional, onde os Jovens que executavam as danças tradicionalmente brasileiras puderam intercambiar de forma bastante interativa danças típicas. Nessa tarefa, o estudante que se destacou foi Hermínio Pereira, de Jucurutu, RN, que através do forró mostrou um pouco do gostinho Em frente ao Instituto de Dança de brasileiro. Washington Quinta-feira, 17 de Janeiro de 2008 Pela manhã, fomos encaminhados ao aeroporto, para decolarmos e imergirmos em uma cultura um pouco diferente, no interior dos EUA. Divididos em seis grupos, cada um partiu para outras partes do país – Kalamazoo/MI; Bozeman/MT; Charlotte/NC; Cleveland/OH; Tulsa/OK; e Seatle/WA. Mais emoção... Nosso grupo, de Kalamazoo, perdeu a conexão de vôo por conta de uma nevada, que acabou por atrasar nossa chegada à cidade anfitriã. Contudo, em Detroit, pudemos Aeroporto de Washington – minutos antes do conhecer o grandioso aeroporto da “cidade automotiva”. A embarque infra-estrutura do aeroporto nos fazia sentir em um shopping, e então fizemos disso uma outra aventura... Aproveitamos para comprar algumas lembranças, fazer ligações para as nossas famílias deixadas aqui no Brasil e, claro, tirar fotos de tudo que víamos pela frente. Após uma longa espera, entramos a bordo do vôo 373 e partimos para nossa cidade. À medida que o avião se aproximava de Kalamazoo e reduzia sua altitude, ao passar pelas nuvens começamos a ver uma verdadeira nevada, que se tornava visível à luz do holofote aéreo. Abaixo se revelava um vasto território todo branco... coberto pela neve! A ansiedade aumentava em relação às famílias que nos hospedariam, bem como a vontade de tocar, sentir... a neve! Ao chegar ao nosso destino final, nossas famílias anfitriãs Durante a conexão Detroit/Kalamazoo estavam nos esperando junto à Equipe do “Youth United Way”, instituição que citarei de forma mais detalhada ao longo deste relato. E partimos para ‘nossas’ casas... Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2008 Dia de nossa primeira experiência em escolas públicas americanas do Ensino Médio. Estive acompanhado de Jacobo Bouzas – Quiroga, um intercambiário vindo da Espanha que estava sendo recebido pela mesma família que eu. Estava um dia muito frio, mas não deixou de ser uma experiência inusitada. Junto ao frio tivemos muita neve e, o que para muitos era um embaraço, para nós era pura diversão... Sentir a neve pela primeira vez foi uma ESCOLA DE ENSINO MÉDIO experiência fantástica! (Kalamazoo Central High School) Na escola, tive oportunidade de mostrar nossa cultura para os estudantes, através de fotos que eu havia preparado para as apresentações. E claro, pude perguntar um pouco sobre as tradições americanas. Fiquei encantado com os recursos dos quais aquela escola pública é dotada, principalmente os tecnológicos, tanto em salas de pesquisas quanto em salas de aulas regulares. Uma infra-estrutura bastante adequada para uma cidade com avançados centros de pesquisas de indústria farmacêutica, além de ter um dos maiores centros universitários públicos do país com reconhecimentos internacionais. À noite, tive um jantar um tanto brasileiro – arroz! Quem preparou o jantar naquela noite foi meu pai anfitrião, porém, ele não sabia que o arroz é típico do Brasil. No entanto, foi uma experiência muito interessante e, durante o jantar, pude falarlhes de nossa culinária. Os estadunidenses não têm uma comida que é inserida ao menu todos os dias, como é o caso do arroz e do feijão aqui no Brasil. Logo após, fomos ao Dalton Center Recital Hall Western Michigan University, onde reunimos nossa família para assistir a um grande concerto de profissionais locais e músicos vindos de outros estados e com carreiras internacionais. Após o concerto, nos divertimos na neve junto aos Dalton Recital Hall nossos pais e irmãos anfitriões. Sábado, 19 de Janeiro de 2008 Logo pela manhã, após um reforçado café, fui levado ao “Youth United Way”, que é uma instituição de trabalhadores sociais voluntários, onde foram discutidas necessidades da comunidade, formas de ajudála, bem como entraram em assunto os precursores de movimentos sociais em favor dos direitos civis, tais como Martin Luther King Jr que foi um dos maiores ativistas de movimentos em prol aos Direitos Civis dos americanos. Ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz por suas tentativas de acabar com a segregação e discriminação racial por meios pacíficos. “Como um câncer sem controle, o ódio corrói a personalidade e devora sua fonte vital. O ódio destrói a capacidade do homem de sentir os valores e a sua própria objetividade. Faz com que ele veja bonito o que é feio, feio o que é bonito, e confunda a verdade com a falsidade e a falsidade com a verdade”. – Martin Luther King Jr. Junto a outros voluntários, fomos divididos em grupos para desempenhar nosso trabalho comunitário nos EUA. A missão era arrecadar dinheiro e comida para serem doados a famílias carentes da cidade. Meu grupo foi a um supermercado, e os donatários que saíam ou entravam podiam escolher entre o que era mais relevante para a comunidade – calor ou comida –, fazendo então sua doação da forma que lhe fosse mais adequada. Não fomos autorizados a ficar no interior do supermercado; estando do lado de fora, nossos pés pareciam estar congelados, mas conversar sobre solidariedade com as pessoas que passavam por lá era algo que nos dava muito prazer, até mesmo por que estávamos de certa forma exercitando nosso inglês, apesar do frio e das pessoas que simplesmente ignoravam a importância daquilo que estávamos fazendo. Ao retornarmos ao “United Way”, tivemos um almoço de lanches naturais e refrigerantes. Logo, nossa família chegou, porém, eu fui com a família que estava hospedando Diogo e Letícia, pois, nessa tarde, iríamos todos juntos praticar um esporte chamado “sledding”! A cidade de Portage tem em seu território área para prática do esporte “sledding”, a qual é composta por vastos vales cobertos pela neve, formando uma paisagem magnífica. O esporte é bem simples, ao deitar em uma espécie de prancha, basta um empurrãozinho que a mesma desliza vale abaixo. Com certeza, cada segundo naquele local será recordado com muita emoção... deitar na neve e fazer anjos, experimentá-la, fazer duelos de neve... Também, esforçamo-nos em preparar um bonecode-neve (ou um “snowman”), porém, a neve perde À direita, está meu pai-anfitrião e, à esquerda, está eu, na área para a prática de “sledding” a liga quando está muito frio, o que fez com que nossa tentativa não acontecesse... Mas muitas outras coisas para nos tivemos aventurar! Ao retornarmos para casa, os Hasenburgs me levaram para a residência dos Duisterhofs, minha primeira família, porém, eu permaneci com os Hasenburgs após uma conversa entre as famílias, que concordou que isso seria o melhor por conta de um problema relacionado à saúde que os Duisterhofs estavam passando. Domingo, 20 de Janeiro de 2008 O domingo foi um dia reservado para nos divertimos em atividades que a família preparou para nós, logo, foi um dia no qual pudemos conhecê-los um pouco melhor. Agora, estando com os Hasenburgs, estava também a companhia de mais dois Jovens Embaixadores, Letícia e Diogo. O pai-anfitrião chama-se Mark, a mãe – Kimberly, a irmã – Jordan e o irmão – Micah. Pela manhã, participamos de um culto de adoração dominical na igreja em que a família congrega. Fomos calorosamente saudados pela igreja, que localizada na cidade de Kalamazoo, MI, é nomeada “Kalamazoo Free Methodist”. Para o almoço, fomos ao restaurante Red Robin que, fundado nos anos 40 Irmã-anfitriã, Jordan, perto da Universidade de Washington, se tornou uma das maiores redes tocando Guitarra na Igreja de restaurantes dos Estados Unidos e Canadá, expandido nos anos 85 até para o Japão. Foi um momento de bastante descontração com a família, em um ambiente com objetos interativos, tais como quadros que marcaram a história da música e módulos de decoração no teto. Após o almoço, retornamos para a Kalamazoo Free Methodist Church e, desta vez, praticamos esporte na quadra poliesportiva, e então nos apresentamos aos membros da igreja, bem como falamos sobre Eu com meus pais anfitriões, Mark e Kimberly no Red nosso país, região e cidade, encerrando as Robin’s atividades do dia. Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2008 Na segunda-feira, tivemos nosso segundo dia na escola americana. Fiz apresentações para alguns professores e alunos, e o mais animador foi uma aula de violino e violoncelo. Eram alunos dedicados e com excelentes habilidades com os instrumentos musicais. Meus irmãos Jovens Embaixadores, Diogo e Letícia, saíram mais cedo, pois tiveram uma reunião com o Rotary de Kalamazoo, onde encontraram pessoas de outros países, tais como Índia e Tajiquistão. Voltando para casa, no jantar, tivemos um prato tipicamente mexicano: TACO. O ingrediente principal foi “carne de cervo”, o que na verdade só ficamos sabendo após termos terminado, uma surpresa por cautela da família. Logo após, fomos para o Youth United Way, onde aprendemos sobre conceitos relacionados ao dia-a-dia da sociedade, melhor falando, sobre os males inseridos na forma de pensar de grande parte da população global – os preconceitos ou pré-conceitos! Foram discutidos, então, os estereótipos criados em relação a algumas nações e as conseqüências que eles podem trazer quando acabam em discriminações, ou até mesmo xenofobias. Quando chegamos em casa, minha irmã Embaixadora, Letícia, preparou um quitute bem brasileiro – “brigadeiro e beijinho”. Nossa família adorou a experiência, nunca havia comido esse típico doce de nosso país. Fotos: 1 – Família reunida num jantar tipicamente mexicano – prato: TACO; 2 – Letícia Mattos preparando os doces “beijinho e brigadeiro” (que até então, a família desconhecia). Terça-feira, 22 de Janeiro de 2008 Há alguns quilômetros da cidade de Kalamazoo, existe uma área destinada à prática de “esqui” e esportes relacionados, e foi para lá que partimos, porém, não para esquiarmos, mas sim para algo mais caloroso – solidariedade! Foi um campeonato de esqui para “pessoas especiais” (síndrome de down, encefálico etc.). A habilidade que eles têm para o manejo dos esquis é tal que impressiona, levando-nos a revermos conceitos em relação às capacidades de pessoas com necessidades especiais, sejam quais forem as dificuldades. Não tão somente nos esportes, como também mostraram ampla coordenação motora em jogos de mesa. Após a grande premiação dos melhores competidores no esqui, saímos do “ski resort” (local de suporte aos esquiadores) e, andando pela neve, fomos em direção ao “ski lift” (elevador para o topo do vale), onde tentamos convencer a equipe de manutenção em deixar-nos subir, mas educadamente falaram-nos que a administração não permite sem que esteja vestido de forma adequada. Mesmo lá em baixo, divertimo-nos rolando e pulando na neve, até que nossa mãe anfitriã chegou para levar-nos para casa, pois teríamos algo mais que estonteante... No estádio da universidade, assistimos a um grande jogo de basquete entre a Western Michigan University e a Central Michigan University! Com grande garra, a Western Jogo de Basquete – WMU vs. CMU Michigan University, universidade da nossa cidade, venceu o jogo! O mais entusiástico eram as apresentações executadas durantes os vários intervalos do jogo, entre as quais estavam os famosos mágicos de Chicago. Com o truque da troca de roupas, eles encerraram o número de forma bastante patriótica – num piscar de olhos, o que era roxo se tornou uma linda bandeira dos Estados Unidos, deixando o público de pé com aplausos e gritos! Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2008 Fomos visitar um lar de velhinho chamado “Friendship Village” (Vilarejo da Amizade). É um lar privado que oferece uma infra-estrutura magnificente para seus habitantes. Fomos recebidos com um almoço exclusivo numa sala de recepção. Logo, nos encaminhamos para um salão de conferência, onde falamos sobre o nosso Brasil aos idosos ali presentes. Eles se mostraram bastante atentos e interessados, e o mais interessante eram as perguntas que faziam, demonstrando bastante curiosidade em saber sobre nós – sobre nossa identidade cultural. Despedimo-nos, deixamos e-mails e tivemos um tour pelo ‘vilarejo’. Partindo dali, conhecemos o Kalamazoo Valley Museum, um museu voltado para a ciência, tecnologia e história. Kalamazoo Valley Museum Entre as principais exibições do museu, a que mais chama atenção dos visitantes é a múmia egípcia calculada de 2300 anos de idade. A múmia foi doada ao museu em 1928. Além da múmia, o museu mantém o resultado feito através do carbono para o cálculo de sua idade, e também mantém outros artigos egípcios. Como entretenimento, há jogos que induzem a uma leitura de conhecimento da história ali exibida. Ranniery e eu filmamos o local como apresentadores televisivos, por diversão. À noite, fomos patinar no gelo. Começando com um pouco de dificuldade e muitos tombos, fomos adquirindo desenvoltura no esporte. Nossa família, já bastante hábil, não hesitou em ajudar-nos. Fizemos guerra com bolas de neve, derrubamos uns aos outros e tiramos muitas fotos. Um dia de muito frio, mas não roubou nossa diversão. Ainda nos restou um Toda família reunida para patinar no gelo!! tempinho para irmos ao shopping para um passeio, já que aquele era o nosso último dia em Michigan, com os Hasenburgs. Chegando em casa, fomos preparar nossas malas para a partida no dia seguinte. Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008 Na Western Michigan University, tivemos um encontro com a Catheleen Fuller (diretora) e Diane K. Anderson (presidente – pós-doutorada). Elas nos explicaram todos os programas relacionados a bolsas de estudos, sistemas de seleções e residência durante período de estudos. Em seguida, uma estudante sênior da universidade levou-nos a um tour, quando conhecemos vários departamentos de estudos. Visitamos uma super biblioteca que mantém mais de três milhões de livros de estudo, além de possuir um sistema de conexão que dá acesso a mais de trinta mil bibliotecas ao redor do mundo. Em adição, é uma das primeiras universidades americanas, no campo de pesquisa, a oferecer Internet sem fio em seu território universitário. Em respeito às diversidades religiosas, o campus tem espaço reservado para as práticas religiosas, uma vez que a instituição recebe pessoas vindas de todos os continentes do mundo. No centro da cidade, deixando o complexo acadêmico, visitamos a igreja Católica. Uma igreja relativamente grande e com uma arquitetura rústica e alta, detalhes madeirados e com vidraças formando imagens santas, que deixavam a luz transpor tornando-se sua única fonte iluminação durante o dia. Chegando em casa, guardamos as últimas peças de roupas e objetos nas malas, para ao final da tarde partirmos para o aeroporto. Foi então que nos emocionamos com a despedida, um momento em que pude perceber quanto afeto podemos apanhar por pessoas em um período tão curto de tempo. Sinto como que se eles fossem partes de minha família... na verdade, agora são! É por essa razão que manteremos sempre contato e dividiremos nossas emoções nessas diferentes partes da América! Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2008 Em nosso penúltimo dia ao norte de nossa amada América, visitamos o “Departamento de Estado dos Estados Unidos da América” (United States Department of State), que atualmente é administrado pela Secretária de Estado Condolezza Rice, porém, durante nossa visita, ela estava no Oriente Médio em uma missão importante, junto ao presidente Bush. O Departamento de Estado tem como objetivo estabelecer relações estrangeiras entre os Estados Unidos e outros países, protegendo e auxiliando estadunidenses no exterior, além de Pessoas mais que especiais – em frente ao Capitólio ser responsável pelo gerenciamento da “casa da moeda” (United States Mint), pelo “selo oficial do país” (Great Seal of the United States) e pelo recenseamento nacional. Fomos então encaminhados para o “Dirksen Senate Office Building”, um complexo para senadores dos Estados Unidos, localizado próximo ao Capitólio. É o segundo complexo, sendo que todos são interligados ao Capitólio por intermédio de um sistema de transporte eletrônico no subsolo, mas não tivemos oportunidades de conhecer esse sistema devido ao estreito espaço em nossa agenda. Saindo do complexo, conhecemos o exterior da “Suprema Corte dos Estados Unidos” (Supreme Court of the United States), que é responsável em promover casos que chegam até ela através de petições enviadas por instituições e/ou estados americanos. Ao lado, visitamos a Biblioteca do Congresso “Thomas Jefferson”, uma das mais importantes bibliotecas do mundo, ampliando-se ligeiramente, entre outros fatores, por conta de trabalhos que exigiam Direitos Autorais de acordo com a lei estabelecida em 1870. A arquitetura do estabelecimento era impressionante, não somente a da Biblioteca, como também da Corte Suprema e de todas as construções ao seu redor. Sem tirarmos as mãos da câmera, do frio só ficavam protegidas pelas luvas que ainda não eram suficientes! Mas mesmo assim, nos mantínhamos atentos às explicações que nosso coordenador Simon nos dava. Nosso almoço foi servido em bandejas dentro do ônibus, pois logo depois, teríamos um encontro marcado com um diplomata na Embaixada do Brasil em Washington. O prédio da Embaixada, em seu interior vitrificado, mostra transparência e reflexo quando do lado de fora. Possui uma estrutura em formato cúbico e construção suspensa, dando ao edifício uma arquitetura modernista, assim como o Masp, porém, menos complexo. Foram nos oferecidos doces e salgados tipicamente brasileiros, no entanto, o que mais nos deixou felizes não foi a comida tradicional de nosso país em pleno território americano, mas sim, estar à presença da primeira experiência que nossos coordenadores estavam tendo com pratos brasileiros. No período da noite, jantamos no restaurante italiano “Mama Lucia’s”. Sendo nosso último jantar no país, ficou bastante marcado por diversões e entretenimentos... Até mesmo pelas falhas na hora do pedido, um momento de muitas risadas com as combinações do Italiano e o Inglês... “Spaghetti Pomodoro... Carbonara... Penne Norcina... Siciliania... Napoletana!”. Ao retornarmos para o National 4-H Conference Center, fizemos uma cerimônia de encerramento e consagração do programa... Ao sopro gelado dos ventos, ao calor das velas acesas em nossas mãos relembrávamos os momentos que passamos juntos... Momentos inesquecíveis... Na noite apenas os soluços choramingados rompiam o silêncio daqueles que ficavam e também daqueles que partiam! A essência daquele momento não dá para ser transferida no papel, ou em palavras... ficará apenas para memória... Tudo o que posso falar é que sinto... ouço... como se fosse ontem... cada abraço... e cada voz ecoando em plena solenidade o sucesso do programa... ...JOVENS EMBAIXADORES 2008! Sábado - Domingo, 26 e 27 de Janeiro de 2008 Após avaliarmos a equipe do World Learning na organização do programa, tivemos um workshop de discussão a respeito de possíveis situações pós-viagem. Do lado de fora do hotel, dois ônibus nos aguardavam para encaminhar-nos ao aeroporto. Despedimo-nos da equipe de forma bastante afetuosa, deixando presentes e abraços, porém o mais valioso, com certeza, será a recordação dos momentos que passamos todos juntos. Então, encontramo-nos com um brasileiro que faz parte da Continental Airlines. Ele acompanhou nossa viagem de volta ao Brasil e, tendo conhecimento de uma espera Eu junto a Christina Thomas, da equipe conectiva no aeroporto de Newark, Nova Iorque, reservou-nos “World Learning”. uma sala VIP para jovens no aeroporto. Foi uma espera bastante animada, durante a qual conhecemos as conveniências do aeroporto. Às dez horas, partimos no vôo 31Y, com destino a São Paulo. Um vôo tranqüilo, com menor ansiedade, devido ao cansaço... Após conhecer uma família vinda do parque da Disney, localizado ao Sul dos Estados Unidos, acabei dormindo durante quase toda viagem, sendo acordado apenas para o café da manhã, quando estávamos nos aproximando de Belo Horizonte... Chegando em São Paulo no dia 27/01, os embaixadores partiam pouco a pouco com os mais diversos destinos pelo Brasil. A cada partida, lágrimas desciam... Mas deixando a promessa de estarem sempre unidos em pensamento e em coração! Às quatro da tarde, eu e minha parceira de viagem de Marília, Letícia, nos despedimos dos demais Jovens e partimos no vôo para São José do Rio Preto. Foi mais um momento de grandes emoções... Em São José do Rio Preto, parti para Jales no ônibus das oito. Meu pai, que trabalha em São José do Rio Preto, recepcionou Letícia até o horário de seu ônibus. Ao chegar em Jales, minha família foi receber-me com muito carinho e emocionados com a volta e tantas novas! Aqui fica encerrado esse diário de bordo... Digo que as palavras são um tanto difíceis de serem encontradas e/ou usadas para transmitir cada emoção que vivi durante essa viagem... Algumas podem parecer exageradas, outras podem tirar um pouco da intensidade, mas... Que elas pois fiquem nas entrelinhas! Alguém um dia me disse: “As pedrinhas daquele lugar são belas aos olhos de quem vê, mas elas não transmitem tudo o que senti quando as toquei pela primeira vez, nem a essência do lugar onde elas eram apenas mais uma... mas as que fizeram a diferença”. CONTATO: Daniel Pena Júnior Fones: 55 (17) 9721-2213 55 (17) 3621-4598 MSN: [email protected] Yahoo!: honmapenna [email protected] Cidade: Jales/SP - Brasil