Joni Eareckson Tada (continuação)

Transcrição

Joni Eareckson Tada (continuação)
JONI EARECKSON TADA
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los, mas aí me lembro que nunca mais vou poder
montar meu cavalo outra vez.
— Tente não pensar nisso, se a lembrança a
faz sofrer — aconselhou a amiga.
Joni protestou.
— Como posso não pensar? As lembranças são
tudo o que me restou de uma vida normal. Também não posso fazer planos para o futuro. A única coisa que me resta é recordar o passado.
Depois que a amiga se foi, Joni orou como nunca havia orado antes. “Ninguém me entende a não
ser o Senhor”, clamou, “só posso continuar vivendo se o Senhor me ajudar. E simplesmente não
consigo imaginar como será daqui pra frente”.
Muitos anos depois, Joni estava pensando e
fez um cálculo:
— Acabo de me dar conta de uma coisa —
disse ao marido.
— De quê? — sorriu Ken Tada.
— Tenho 34 anos. Meu acidente ocorreu
quando eu tinha dezessete. Isso quer dizer que
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DEZ MENINAS QUE MUDARAM O MUNDO
passei metade da minha vida paralisada do pescoço para baixo.
— E como se sente em relação a isso?
Joni pensou um pouco antes de responder.
— Acho que me sinto cheia de gratidão. Logo
após o acidente, não imaginei que pudesse sobreviver. Quando percebi que não ia morrer, não
soube como lidaria com a situação. Passava horas a fio apenas pensando — contou. — Pensei
que ficaria inválida, que passaria a vida toda no
hospital, que nunca me casaria nem viajaria, que
nunca mais ia rir de novo.
— Então pensou errado. E graças a Deus por
isso.
Joni concordou com Ken e acrescentou:
— Quando eu era criança, cantávamos um
hino. Talvez consiga me lembrar da letra.
A belíssima voz de Joni ecoava no silêncio do
entardecer.
Conta as bênçãos,
Conta quantas são,
Recebidas da divina mão.
Uma a uma,
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Dize-as de uma vez.
Hás de ver surpreso
Quanto Deus já fez.
— Tenho muitas bênçãos pra contar — disse.
— Realmente posso enumerá-las.
Ken contemplou o rosto de Joni banhado pelo
sol de fim de tarde. Estava linda, na cadeira de
rodas, olhos brilhando enquanto falava.
— Gostaria de ouvir algumas? — perguntou
timidamente.
— Claro que sim.
— Você é a primeira! — disse com um sorriso
aberto. A segunda é esta casa maravilhosa. Sou
muito grata por ela. A terceira é minha família e
todas as pessoas que de alguma forma contribuem para que eu possa morar em casa, escrever
cartas, tomar banho, cuidar dos meus cabelos,
ditar livros, levar e trazer coisas para mim quando eu preciso.
— É um bocado de coisa para uma bênção só
— riu o marido. — Qual é a bênção número
quatro?
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DEZ MENINAS QUE MUDARAM O MUNDO
Joni ficou séria.
— Quando estava no hospital, pensei que jamais conseguiria trabalhar. Hoje tenho tanto trabalho que mal consigo dar conta. Nunca sonhei
em ser uma escritora conhecida no mundo inteiro. É uma bênção poder escrever sobre o que Deus
fez em minha vida e poder ajudar outros que
passam por momentos difíceis.
— E a número cinco?
— São os meus quadros — disse inclinando a
cabeça na direção do cavalete e da paleta. —
Nunca imaginei que pudesse pintar segurando
o pincel com a boca. E pensar que as pessoas
sempre compram meus quadros! Poxa, isso é
incrível!
— Mais alguma bênção que gostaria de me
contar? — perguntou o marido.
— Outra coisa que me deixa muito surpresa é
a quantidade de viagens que consigo fazer. Olhe
só minha agenda para este mês, tenho inúmeros
convites para falar no Estado inteiro, além de uma
palestra em Washington. No mês que vem, tenho uma série de conferências na Inglaterra. Não
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é de se entusiasmar? E o mais incrível é que ninguém jamais teria ouvido falar de mim se eu não
tivesse quebrado o pescoço. Só Deus para tirar
tanta coisa boa de um acidente tão terrível. Querido, você pode me trazer o cavalete, por favor?
Esse pôr-do-sol está implorando para ser pintado.
Minutos depois, lá estava ela, absorta em sua
arte. Segurando a longa haste do pincel com a
boca, Joni misturou as cores na paleta e, com
habilidade e perfeição, retratou o céu rosado daquele fim de tarde. Os galhos escuros das árvores
pareciam saltar do papel. O marido, vendo-a trabalhar, quase conseguia sentir o cálido sol poente do papel.
“Se não fosse pelo acidente, Joni, talvez nem
tivéssemos nos conhecido”, pensou Ken, tocando
o pescoço da esposa para que ela pudesse senti-lo.
l
Você sabia? Os artistas da Idade da Pedra foram os primeiros pintores de que temos notícia.
Eles pintavam nas paredes das cavernas.
Joni desenha e pinta maravilhosamente segurando o pincel com a boca.
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DEZ MENINAS QUE MUDARAM O MUNDO
Os pintores da Idade da Pedra também usavam a boca para pintar. Eles assopravam as tintas em canudos feitos de ossos; para fixar as cores
nas paredes, aplicavam um tipo de cola sobre as
pinturas.
Até o ano 1400 d.C., a pintura em murais (pintura em paredes) foi a principal forma de expressão artística.
Lembre-se: Olhando para o passado, teria sido
mais fácil Joni lamentar-se por tudo o que não
conseguiria fazer. Mas, em vez de murmurar, ela
contou suas bênçãos, e isso alegrou-lhe o coração.
Aprenda com o espírito de gratidão de Joni
mesmo quando as coisas não saem do jeito que
você esperava. Comece a contar suas bênçãos
também!
Pense nisto: Toda vez que você se sentir tentada a cobiçar algo que não pode comprar, faça uma
lista de todas as bênçãos que Deus já lhe deu.
Leia essa lista e você “há de ver surpresa quanto Deus já fez”.
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Vamos orar? Senhor Jesus, obrigada por tudo o
que o Senhor me tem dado. Peço perdão pelas
vezes que fico insatisfeita e com inveja do que os
outros têm. Ajude-me a ficar contente com o que
tenho.
Agradeço principalmente pelo presente da salvação. Amém!
T ESTE
Será que você consegue se lembrar dessas
dez meninas que mudaram o mundo?
Tente responder a estas perguntas e
descubra…
PERGUNTAS
Mônica de Tagaste
1.
2.
3.
Mônica cresceu numa cidade do norte da África.
Como se chamava essa cidade?
Como se chamava o filho de Mônica?
Para qual país Mônica se mudou quando deixou
a África?
Catarina Lutero
4.
5.
6.
Qual era o sobrenome de Catarina antes de se
casar com Martinho Lutero?
O que Catarina decidiu ser quando fez dezesseis
anos?
Quantas crianças ao todo moravam na casa de
Catarina e Martinho Lutero?
196
DEZ MENINAS QUE MUDARAM O MUNDO
Susana Wesley
7.
8.
9.
Quantos irmãos Susana tinha?
Com quem Susana acabou se casando?
O que aconteceu na casa de Susana no ano de
1709?
Catherine Booth
10. Por que Catherine teve de ficar de cama durante
um ano?
11. Como se chama a organização que Catherine e
William Booth fundaram?
12. Como se chamava o galpão que eles abriram
numa das áreas mais carentes de Londres?
Susana Spurgeon
13. Que livro Charles deu a Susana antes deles se
casarem?
14. Que presentes Susana pediu que Charles lhe desse um dia?
15. O que Susana doava aos pastores que ganhavam menos de 150 libras por ano?
Henrietta Mears
16. Que doença Henrietta teve quando criança?
17. Como as meninas que freqüentavam a escola
dominical de Margaret se auto-intitulavam?
18. Por quanto foi vendido o acampamento Forest
Home, que na realidade valia 350 mil?
TESTE
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Edith Schaeffer
19. Em que país Edith morou quando criança?
20. O que Edith mais gostava de fazer quando ficava triste?
21. Em que país Edith e Francis estavam morando
quando abriram sua nova casa, a L´Abri?
Ruth Bell Graham
22. De onde Ruth e Rosa tiravam as roupas que
queriam vestir para brincar?
23. Que livro da Bíblia Ruth costumava ler quando
sentia muita saudade de casa?
24. O que Billy Graham, marido de Ruth, veio a ser
depois de trabalhar como pastor?
Corrie ten Boom
25. Qual era a profissão do pai de Corrie?
26. Na Segunda Guerra, o que os nazistas obrigavam os judeus a usar?
27. Como se chamava o campo de concentração para
onde Corrie foi levada?
Joni Eareckson Tada
28. Como se chamava o cavalo de Joni?
29. O que Joni estava fazendo quando ficou tetraplégica?
30. De que maneira Joni desenhava e pintava?
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DEZ MENINAS QUE MUDARAM O MUNDO
R ESPOSTAS
1.
2.
3.
Tagaste
Agostinho
Itália
4.
5.
6.
Von Bora
Freira
Dezessete (o casal
tinha seis filhos e
cuidava de onze
órfãos)
7.
8.
9.
Vinte e quatro
Samuel Wesley
Um incêndio
10. Catherine teve um
problema na coluna
11. Exército de Salvação
12. Galpão Missionário
do Povo
13. O peregrino
14. Um anel de opala e
um rouxinol
15. Livros
16. Reumatismo
muscular
17. “As esnobes”
18. Trinta mil
19. China
20. Empinar pipa
21. Suíça
22. De um baú
23. O livro de Salmos
24. Evangelista
25. Era relojoeiro
26. Uma estrela amarela
– a Estrela de Davi
27. Ravensbrück
28. Tumbleweed
29. Mergulhando no
mar
30. Segurando o pincel
ou o lápis com a
boca
Sobre o livro
Categoria • Biografia
Fim da execução • setembro de 2004
1.ª edição • novembro de 2004
Tiragem
123456789
Ano
09 08 07 06 05 04
Formato • 12 x 17 cm
Mancha • 8,5 x 14,5 cm
Tipo e corpo/entrelinha • Arrus BT 11,5/ 17 (texto);
Weiss 16/ 19,2 (títulos)
Papel • Off-Set 75 g/m² (miolo); Cartão Supremo 250
g/m² (capa)
Equipe de realização
Produção gráfica
Supervisão
SANDRA LEITE
Fotolito
IMPRENSA DA FÉ
Produção editorial
Coordenação
ROSANA BRANDÃO
Edição de texto
LENITA ANANIAS
ROSANA BRANDÃO
Revisão de provas
POLYANA LIMA
HEBE LUCAS
Projeto gráfico e composição
SONIA PETICOV
Capa
ALEXANDRE GUSTAVO
Tiragem • 3 mil exemplares
Impressão • Imprensa da Fé
Impresso no Brasil / Printed in Brazil