são jorge - CAAL Clube de Actividades de Ar Livre
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são jorge - CAAL Clube de Actividades de Ar Livre
n_ 199 Ma rço _2006 an o_ 21 SÃO JORGE POR TERRAS DO VAN DER HAAGEN 22 a 30 de Julho de 2006 - 2/3 botas Uma semana na ilha das fajãs + Subida ao Pico + Visita às cidades de Angra e Horta o final do milénio passado diferentes sócios(as) açoreanos(as) do CAAL organizaram duas notáveis actividades no arquipélago, ambas obedecendo a uma lógica de périplo multi-ilhas, com itinerários complementares.Tal critério permitiu aos participantes obter uma boa visão geral do arquipélago e dos seus percursos mais emblemáticos ao visitar oito das nove ilhas - mas, como seria inevitável, não estava vocacionado para uma exploração detalhada de cada uma delas. Seis anos volvidos sobre a última presença do clube no extremo ocidente de Portugal, considerou a sua presidência ser tempo de desafiar um outro sócio açoreano a organizar nova actividade nas ilhas azuis. Em face do referido, o visado entendeu por bem que a nova proposta - que agora vos é apresentada - devia assentar numa lógica diferente: uma actividade centrada numa só ilha (embora admitindo incursões), de modo a permitir uma abordagem mais completa da respectiva riqueza e diversidade, quem sabe se assim dando início a um novo ciclo de explorações insulanas. A escolhida foi São Jorge, a ilha das fajãs. Decisão em causa própria? Sem dúvida. Mas independentemente do natural gosto que cada um tem em mostrar a sua terra, São Jorge possui características únicas que justificam amplamente a escolha. Situada à margem das rotas do turismo de massas que vai tomando de assalto outra(s) ilha(s) do arquipélago, a ilha de Wilhelm van der Haagen (cerca de 25% da população actual descende directamente da família deste flamengo que um dia ousou trocar Bruges por uma ilha deserta e bravia,tornando-se Guilherme da Silveira), é vincadamente sui generis. De forma muito alongada, é de longe a mais escarpada dos Açores, lembrando o dorso de um réptil semi-submerso - por isso há quem lhe chame ‘ilha do dragão’. Diz a ciência que ambas as suas costas são fracturas geológicas verticais. O seu movimento gerou autênticas ‘paredes’ de 300 a 400m de altura média - pontualmente passando os 600m - constituindo únicas excepções os locais da costa sul em que alguma escoada de lava mais recente logrou suavizar os declives. Qualquer parede, para mais numa região fortemente sísmica e com invernos chuvosos, acaba por esboroar. Na base destas escarpas formaram-se assim múltiplas pequenas plataformas de terrenos quase planos,espectacularmente entalados entre basalto e mar. Junte-se um microclima tropical que acolhe uma flora luxuriante, que acolhe uma avifauna diurna e nocturna pouco dada à timidez; acrescente-se muita água fresca a cascatear das alturas, total sossego e ainda a férrea obstinação humana em tirar partido da fertilidade do solo, nem que para tal fosse necessário conceber trilhos delirantes. O resultado desta improvável receita chama-se fajã. São Jorge é o seu compêndio. Um espaço singular para o pedestrianista, por vezes exigente mas sempre recompensador. Um encontro a não perder. Pelo referido se conclui que, sendo uma actividade ‘de férias’, esta não será uma actividade soft. Estaremos longe dos cenários bucólicos das emblemáticas grandes lagoas micaelenses. São Jorge é mais áspera e N mais vertical. Apenas as Flores lhe podem disputar o título de ilha mais selvagem dos Açores.Tal não obsta a que seja uma ilha permanentemente florida. Cada mês tem sua flor, mas destacam-se as hortênsias. Muitas hortênsias.Hortênsias numa quantidade e exuberância apenas com paralelo no Faial, formando compactas sebes usadas - como se fossem muros - na delimitação das pastagens que suportam o melhor queijo de vaca de Portugal.E,claro, as hortênsias florescem em Julho... Também o mar será um elemento fundamental nesta actividade.Sendo um paraíso sazonal para os amantes da natureza submarina e dos desportos aquáticos, o mar açoreano será para nós local de retempero após o esforço, e ponto de vista privilegiado para admirar a grandiosidade do litoral da ilha.Todas as actividades terão direito a mergulho no (ou perto do) final. Na ausência de verdadeiras praias, São Jorge providenciará banhos nas características ‘poças’, em ‘calhaus’, em piscinas oceânicas, em portinhos, em cascatas, em grutas e - tinha de ser - na celebrada caldeira. Um ‘must’do programa são duas espectaculares ‘expedições’ náuticas - algo feito por muito poucos forasteiros - uma em cada costa da ilha; uma delas com um suave cheirinho a aventura... Como em qualquer actividade do CAAL,o património não será esquecido. Assim,aproveitaremos a necessária paragem na ilhaTerceira para uma visita guiada a Angra, terra desde muito cedo classificada Património da Humanidade pela UNESCO; a primeira das cidades europeias fora da Europa e a primeira cidade renascentista de Portugal; terra de palácios e casarões coloniais, esplêndido legado dos tempos em que era escala obrigatória no regresso das naus; Angra dita do Heroísmo pela tenaz resistência das suas gentes ante filipes e miguéis; agora já renascida dos escombros do grande terramoto de 1980, mas cada vez mais sob a ameaça da gananciosa insensatez humana. No Pico será a tradição baleeira a merecer destaque. E, no Faial, também algo da Horta - cidade que deve o seu nome a outro destemido pioneiro flamengo, Jos van Huerter, sendo, salvo melhor opinião, a mais aprazível do arquipélago - poderá ser livremente explorada. Quanto mais não seja o consagrado binómio Gin + Porto Pim. Se alguém preferir (por sua conta) xingar cachalotes, também se arranja… Naturalmente o melhor do património construído de São Jorge - com destaque para Santa Bárbara, monumento nacional, a mais rica igreja das ilhas flândricas, senão da totalidade dos Açores - merecerá atenção, bem como as respectivas actividades económicas fundamentais. Especial atenção foi dada à gastronomia. Assim os jantares jorgenses estão incluídos no preço da viagem, pois em geral vão ter lugar nas próprias fajãs, por vezes fora do circuito comercial, sempre que possível ao ar livre, sempre focalizados nas especialidades locais. Falámos de fajãs, hortênsias, aves, mar, mergulhos sortidos, património, gastronomia. Falta referir a cereja que coroa este bolo. Montanha! E logo a mais alta de Portugal! Embora tratando-se de uma actividade em São Jorge, seria impensável ignorá-la quando todos os dias a sentiremos ali à mão, do outro lado do canal; e todas as madrugadas se abrirão tendas, cabeças espreitando, na esperança de nesse dia ela se dignar apresentar despida, em todo o seu esplendor (o que não é um dado adquirido), proporcionando então uma paisagem única em todo o hemisfério, como se o Fujyama estivesse de passagem pelo Atlântico, pois apenas quando vistos de São Jorge é que os 2351m do Pico assumem a sua forma de cone vulcânico perfeito. Como é tradicional passaremos a noite na sua cratera, num fresco bivaque a 2200m de altitude, sob um céu tão estrelado que convida à vigília; para subir o cume final ainda de frontal aceso, em demanda de auroras panorâmicas. Programa Indicativo Sábado, 22 de Julho - Lisboa - São Jorge + Visita guiada a Angra Voo TAP para a Terceira. Visita guiada ao centro histórico de Angra, incluindo o Monte Brasil. Almoço livre na cidade.Visita ao museu da Associação de Montanheiros.Voo SATA para São Jorge. Montagem do acampamento. Fim de tarde na piscina oceânica do parque. Jantar na Urzelina. Domingo, 23 de Julho - De Santo António à Fajã do Ouvidor - 2 botas Visita da cooperativa de Santo António. Descida à muito interessante Fajã do Além, uma fajã à moda antiga. Subida para o Norte Grande (acessível). Descida à cénica Fajã do Ouvidor, a ‘estância turística’ da costa norte.Tarde para desfrutar das variadas opções balneares.A Poça do Simão Dias e a Poça do Caneiro são ideais para um dia de ambientação. Possibilidade de descer à Fajã da Isabel Pereira. Jantar na Fajã do Ouvidor. Desnível ascendente de 350m e descendente(s) de 750m. Segunda, 24 de Julho - De Santo Amaro à Fajã das Almas - 3 botas Dia dedicado às alturas de São Jorge. Subida de Santo Amaro ao vg do Miradouro da Transversal, de amplas vistas, e daí às Bocas de Fogo, estranho local onde teve origem a erupção que arrasou a Urzelina no século XIX. Chegada à cumeada da ilha. Continuação até ao Pico da Esperança (1063m), o seu ponto culminante. Pastagens, hortênsias, nevoeiro, horizontes grandiosos sobre todo o grupo central.Descida para a Fajã das Almas, paraíso dos cagarros, a mais formosa das fajãs. Jantar na fajã, a capital do’caldo de peixe’.Desnível ascendente de 750m e descendente de 1063m. Terça, 25 de Julho - Subida ao Pico - 3 botas Barco São Jorge – Pico (não se levanta o acampamento).Visita da antiga fábrica da baleia,reconvertida em espaço museológico.Almoço livre. Subida da montanha. Pernoita na cratera. Desnível ascendente de 1000m. Quarta, 26 de Julho - Descida do Pico + Horta - 3 botas Alvorada nocturna e ‘escalaminhada’ final para saborear a aurora no ponto mais alto de Portugal! Descida da montanha. Barco para a Horta. Tarde livre. Barco de regresso a São Jorge. Jantar nas Velas, a dois passos do cais. Desnível ascendente de 150m e descendente de 1150m. Quinta, 27 de Julho - De São Tomé à Fajã dos Vimes - 3 botas De São Tomé à Fajã do Cardoso pela descida da Saramagueira.Entrada na aristocrática Fajã de São João, conceituado local de veraneio. Segue-se até à Fajã de Além, (não confundir com a Fajã do Além…), para subir até aos Lourais.Continuação pela Serra dos Patalugos. Descida até à luxuriante Fajã dos Vimes.Visita dos teares manuais. Fantástica ‘expedição’ náutica até às cascatas de São Tomé, apenas acessíveis por mar. Banho num cenário ‘de filme’, visitado por muito poucos! Jantar na Fajã dos Vimes. Um dia cheio. Desnível ascendente de 600m e descendente(s) de 1000m. Sexta, 28 de Julho - Fajã da Caldeira - 2 botas Dispensa apresentações. É o percurso emblemático da ilha. Manhã na Calheta.Visita à fábrica da Fajã Grande.Transfer e descida em cenário grandioso até à Fajã de Cima (banho de cascata). Adiante surge a Caldeira. Não nos píncaros de um vulcão mas à beira-mar; entre este e uma harmoniosa fajã, que ganha assim uma dimensão paisagística sem paralelo. O banho nas suas águas turvas e mornas é um estado de espírito. Regresso pelo belo trilho costeiro da Fajã dos Cubres. Exploração do seu curioso paúl. Jantar em tasquinha, na fajã. Desnível descendente de 700m. Sábado, 29 de Julho - Da Ribeira do Almeida à Fajã do João Dias – 2 botas (?) Do mirante da Ribeira do Almeida desceremos às Velas, a ‘capital’. Subida ao Morro Grande, um vulcão em meio urbano (150m, facultativa). Subida via São Pedro até à improvável Fajã do Lemos. Subida (curta) ao Pico da Velha, ponto de vista sobre as costas do Faial. Pausa nas Sete Fontes, o jardim da ilha, com a Graciosa em fundo. Belos fetos arbóreos. Rumo à Fajã do João Dias, uma fajã no fim do mundo. Saída da fajã por mar, numa panorâmica navegação ao longo da selvagem costa norte, algo feito por muito poucos. Transfer até Santa Bárbara. Visita da igreja. Jantar de despedida com ementa regional compatível. Desníveis ascendentes de 250m e descendentes de 600m. Nota: Se o mar nos obrigar a sair a pé da fajã, a actividade passa a 3 botas (450m de desnível extra). Domingo, 30 de Julho - O Topo (?) + Regresso a Lisboa Manhã reservada para compensar eventuais azares meteorológicos anteriores. Na sua ausência faremos uma excursão ao distante Topo, a vila do extremo oriente da ilha. Manhã de turismo em autocarro, talvez com algum percurso preguiçoso - no máximo a Fajã do Labaçal.Visita dos cartazes turísticos locais e da zona balnear. Desmontar do acampamento. Regresso a Lisboa pela mesma rota. Na Terceira talvez haja tempo para um pequeno (e facultativo) passeio ao miradouro do Facho, com banho de despedida, na Praia da Vitória. Chegada a Lisboa pela meia-noite. Alojamento - No Parque de Campismo da Urzelina. Por perto há todos os apoios fundamentais. Alternativas por conta própria nos Apartamentos Urzelina Férias, da Junta de Freguesia -tel. 295 414 504 (existem 3 duplos e 2 quádruplos), ou num apartamento quádruplo particular -tel. 295 414 842 (Dona Isabel Amaral). Os interessados devem reservar com urgência, pois a procura é grande e a organização não assegurará transportes para fora da Urzelina. Cartografia - Folhas 11, 15, 16, 17, 18 e 20 da Carta 1/25000 dos Açores, do IGE. Ligações e expedições marítimas - Os famigerados ‘cruzeiros’ pertencem ao passado. Hoje as ligações são efectuadas por catamarans muito mais rápidos e estáveis. Ser mau marinheiro já não é motivo para ficar em Lisboa. Quanto às ‘expedições’costeiras - asseguradas por um operador profissional - é ainda mais simples: se não estiver bom mar, não se podem fazer. Meteorologia - A subida ao Pico só é viável com bom tempo. Se na data prevista tal não se verificar, as trocas decorrentes poderão acarretar alguma improvisação.Também a acessibilidade a São Jorge nunca é um dado adquirido. Será prudente não assumir compromissos inadiáveis em Lisboa para o dia 31 de Julho. Para condições normais tragam protector solar e a camada impermeável.... Neutralizações e encurtamentos - De modo a que este programa seja acessível à larga maioria dos sócios do CAAL, nas duas actividades mais duras de São Jorge - 2ª e 5ª feira - há possibilidade de encurtar as subidas. Como os finais são sempre a descer não estão previstas neutralizações. Subida ao Pico - É uma ladeira contínua com 1000 m de desnível e ‘apenas’isso. Havendo motivação, alguma perseverança e juízo no carrego da mochila, qualquer sócio de ‘2 botas e meia’ será capaz de a fazer. Material recomendado para o bivaque na cratera – Basta levar um segundo saco cama com temperatura de conforto de 0º C (tão leve quanto possível); colchonete e um saco de lixo de 100 litros para um eventual aguaceiro. Obviamente quem possuir material ‘sofisticado’ como saco de bivaque ou tenda ultra-leve de expedição deverá levá-lo, mas não tragam tendas comuns para a montanha! Agasalho para 0º C. Manta de sobrevivência obrigatória.Frontal. Bastões para a descida. Recomendação - É fundamental trazer calçado próprio para banho (tipo sandália de plástico ou calçado de surf). Convém sair de Lisboa com pouca bagagem de mão (visita a Angra). Levar cadeado para a tenda (subida ao Pico). Inscrições - Na sede do CAAL, no dia 14 de Março, das 18h00 às 21h00, e decorrerão até ao limite das inscrições ou data a anunciar. Só poderão ser efectuadas mediante a presença de um sócio activo na sede, o qual, para além de si próprio e do respectivo agregado familiar, poderá inscrever um outro sócio também no activo. Preço - 780,00 € (sujeito a alteração de taxas) Plano de Pagamentos: DATA 1ª prestação 14 de Março 2ª prestação 01 de Abril 3ª prestação 01 de Maio 4ª prestação 01 de Junho 5ª prestação 01 de Julho 6ª prestação 01 de Agosto VALOR 130 € 130 € 130 € 130 € 130 € 130 € Devido a compromissos assumidos, o montante pago na data de desistência só se recuperará se a vaga for ocupada por outro sócio. Por esse facto, aconselham-se os sócios eventualmente interessados a efectuar particularmente um seguro de desistência. O preço inclui - Passagem aérea Lisboa - São Jorge - Lisboa e suas taxas; autocarros de acordo com o programa; guia na visita a Angra; passagens marítimas Velas-Cais do Pico, Madalena-Horta e Horta-Velas; parque de campismo; 7 jantares, sendo um deles de despedida e dois deles com bebidas incluídas; 2 percursos de barco pelas costas de São Jorge, com enquadramento profissional; as visitas referidas no programa; guias locais na subida ao Pico; seguro de viagem. Não inclui - Pequenos-almoços, almoços, o ‘jantar’ da cratera do Pico, as bebidas (excepto as referidas) e demais despesas pessoais. O pagamento em mensalidades tem que ser feito por cheques pré-datados entregues no CAAL obrigatoriamente no acto da inscrição. BOÉMIA DO SUL SEMANA FINAL DA EURORANDO 2006 2 a 10 de Setembro de 2006 - 1/2 botas ste ano vai decorrer a 2ª edição da Eurorando, acontecimento maior do calendário da federação europeia da nossa modalidade (ERA). Uma multiplicidade de eventos vai ter lugar de Abril a Agosto, da Galiza às fronteiras da Rússia (que isto do pedestrianismo português ainda ser tutelado por campistas implica pertencer ao 3º mundo...). O seu catálogo está disponível na sede do Clube. No entanto, o ponto alto desta edição é a ‘Semana Final’ a decorrer na província checa da Boémia do Sul, no sudoeste dessa república, bem perto da fronteira austríaca. Para a sua capital, Budejovice, deverão convergir no dia 9 de Setembro milhares de praticantes de todo o continente. O CAAL, honrando a sua condição de maior clube nacional, não podia faltar. Famosa em todo o mundo pela riqueza - em quantidade e qualidade - do seu património construído (quem não ouviu falar dos castelos da Boémia?), esta região é igualmente uma caixinha de surpresas para o caminheiro. Um segredo bem guardado. Aliás, muito da sua magia deriva da forma harmoniosa como esse património se integra na paisagem envolvente. De facto, todas as suas povoações de renome não passam de cidadezinhas castiças, imaculadamente preservadas,em que o meio natural está ao virar da esquina, o que não obsta a que detenham um recheio monumental riquíssimo, que só o poderio dos senhores da terra - linhagens de peso à escala europeia - permite explicar. Uma profusão de castelos, palácios, museus, igrejas e mosteiros, em todos os estilos, ou não estivéssemos numa terra de encruzilhadas, no coração da Europa. Como se não bastasse, esses senhores de antanho deixaram um outro legado, mais discreto mas único - os rybnicni (traduza quem souber). A razão é prosaica. Na indisponibilidade da sua actividade predilecta - a guerra - a ociosidade podia pesar. Portanto dedicavamse à pesca. Para o efeito, desde a idade média começaram a conceber planos de água artificiais, que pouco a pouco cresceram desmesuradamente, em ambição e quantidade, interligando-se em engenhosos sistemas hidráulicos. Com o tempo esses peculiares ‘lagos’ integraram-se perfeitamente no meio, possuindo com frequência notável valor paisagístico. Na parte central da Boémia do Sul, na bacia do rio Luznice, milhares de rybnicni organizam-se em autênticos ‘rios’ artificiais, constituindo um espaço invulgar, um privilégio para o pedestrianista. Lá estaremos para o testemunhar... E A não perder também, mais a oeste, temos o vale do caprichoso rio Voltava, uma improvável sucessão de cénicos meandros,outro território de eleição para o CAAL explorar. Podemos portanto garantir que esta actividade será muito mais que um pretexto para um conjunto de belas visitas em autocarro. Apesar de, durante essa semana, a Boémia ser a meca dos caminheiros, não é de esperar multidões (excepto nas festividades finais), pois não haverá dois programas idênticos. Isto porque a lógica do evento é um ovo de Colombo. A federação checa ‘limitou-se’ a listar 28 aliciantes percursos pedestres guiados (que assegura todos os dias...); 24 visitas culturais (em condições excepcionalmente favoráveis) e 17 possíveis localizações de alojamentos sortidos (por toda a região); forneceu um mapa e disse aos interessados - "Agora escolham!".Sabemos que muitos delegaram. O CAAL, no entanto, aceitou esse desafio (mais o inerente onús), e perante tamanho puzzle, houve quem queimasse as pestanas na utópica demanda do programa ideal. Para nossa base escolhemos a prendada Trebon (o nome diz tudo...),já referenciada em anteriores lides envolvendo a ERA, ela própria uma atracção turística de topo. Como convém a este tipo de actividades, o hotel escolhido, um belo edifício em pleno centro histórico renascentista, possui bons padrões de conforto. O regime será de meia pensão. Os percursos pedestres serão em geral curtos, de meio dia, de modo a deixar espaço para as visitas culturais. Para quem quiser consultar, são os nº 3, 9,15,17, 22 e 25 do respectivo catálogo. Comparativamente à recente actividade ERA da Holanda,deverão ser algo ‘menos fáceis’,mas regra geral mais bonitos (a hospitalidade holandesa é que será difícil de igualar...).Trata-se portanto de uma actividade assumidamente soft,com uma forte componente cultural, acessível a todos. Quanto ao património artístico a visitar não há necessidade de grandes apresentações, dado este ser sobejamente conhecido e estas estarem disponíveis na internet (ver adiante).Visitaremos todas as atracções de primeira ordem do centro e do sul da província, o que abrange todas as visitas ‘5 estrelas’ da totalidade da Boémia do Sul! O programa ERA prevê também dois eventos musicais, um erudito, outro folclórico. Mas não é tudo. Aproveitando os dias de viagem, o CAAL organizou, em exclusivo, visitas a mais dois outros locais classificados como Património da Humanidade pela UNESCO. Assim a soberba Télc, na vizinha Morávia, e o regresso do Clube a Praga (só um cheirinho, que seria cidade para uma actividade inteira...), também constam do programa. Na capital da República Checa foi ainda incluído um almoço em ambiente caprichado, flutuando no rio Moldava... Programa Indicativo Sábado, 2 de Setembro - Voos Lufthansa Lisboa - Praga via Frankfurt. Almoço flutuante em Praga no aprazível Boat-hotel Admiral (www.admiral-botel.cz).Breve actividade urbana no centro histórico de Praga, Património da Humanidade (UNESCO). Transfer para Trebon (aprox.150km). Domingo, 3 de Setembro - Percurso pedestre de Destná a Cervená Lhota – 14,5km, ligeiramente ondulado; 2 botas. Visita ao castelo de Cervená Lhota, um castelo de fadas, numa ilhota rochosa no centro de um rybnicni.Visita ao centro histórico de Trebon. Segunda, 4 de Setembro - Visita a Jindrichuv Hradec, com o seu imponente castelo, um dos mais preciosos da Boémia, atracção incontornável; a torre gótica da cidade, a igreja de S. João Baptista (notáveis pinturas góticas) e o presépio de Kryz, o maior presépio mecânico do mundo. Percurso pedestre do castelo de Landstein a Slavonice - actividade que liga as ruínas do maior castelo românico checo a uma soberba aldeia de traça gótico-renascentista. 12 km, ligeiramente ondulado. 2 botas. Terça, 5 de Setembro - Visita ao castelo de Trebon. Percurso pedestre de Kleni ao rybnicni de Zár - actividade centrada na arquitectura popular do tranquilo mundo rural boémio. Passa na notável aldeia fortificada de Zumberk.13,5km,ligeiramente ondulado; 2 botas.Visita ao importante castelo de Nové Hrady, bem preservado castelo gótico que alberga um palácio neo-clássico. Quarta, 6 de Setembro - Percurso pedestre de Chelcice a Netolice actividade ao longo de rybnicnis, rumo a um dos mais belos edifícios renascentistas da Boémia. 9,5km,ligeiramente ondulado; 1 bota.Visita ao dito castelo de Kratochvile, exemplar único no país, pelo seu estilo italiano.Visita ao centro histórico de Prachatice, um nome enganador..., uma das mais belas cidades checas. Quinta, 7 de Setembro - Percurso pedestre de Frahelz às dunas do Luznice - actividade ao longo de um sistema de rybnicnis com nomes românticos (Esperança,Amor, Fé, Boa Vontade, Caridade,...), rumo a um destino exótico: a maior duna da Europa central! 11km; terreno plano; 1 bota.Visita ao monumental castelo de Hluboka nadVltavou,outra atracção de topo;em estilo neo-gótico Windsor;cujo riquíssimo interior inclui a South Bohemian Gallery que alberga colecções museológicas de relevo. Sexta, 8 de Setembro - Percurso pedestre de Borsov a Trisov - actividade ao longo do belíssimo vale do rio Voltava,centrada no património arqueológico: passa pelos vestígios de um vasto ‘oppidum’ celta do séc. I AC e pelas ruínas do bem situado castelo gótico de Divci Kamen, também conhecido por Maidstein. 15km;terreno ligeiramente ondulado; 2 botas.Visita ao mosteiro cisterciense de Zlatá Koruna, de estilo gótico, bem preservado. Visita à aldeia de Holasovice, Património da Humanidade (UNESCO), raríssima concentração de arquitectura popular palustre do séc. XIX, nas margens de um rybnicni. Ao final da tarde, festival internacional de folclore em Budejovice. Sábado, 9 de Setembro - Visita ao centro histórico de Budejovice, incluindo a imponente Torre Negra. Participação no desfile final da Eurorando 2006.Visita a Cesky Krumlov e seu castelo: dispensa apresentações - é ‘só’ uma das localidades mais bonitas da Europa, Património da Humanidade (UNESCO). Domingo, 10 de Setembro - Visita a Télc e seu castelo, Património da Humanidade (UNESCO).Transfer para Praga (180km, em auto-estrada). Regresso a Lisboa pela mesma rota. Chegada pela meia-noite. Em datas a indicar haverá ainda um concerto de música clássica em Trebon, ao serão, e uma visita ao final da tarde à Rambling Village, uma iniciativa ERA em Budejovice. Alojamento - No Hotel Zlatá Hvezda (www.zhvezda.cz.), em Trebon, em quarto duplo e regime de meia pensão. Suplemento para quarto individual: 183 €. Almoços – Na generalidade dos dias haverá possibilidade livre de aceder a restauração.Pontualmente poderá será necessário providenciar almoço de mochila. Para saber mais - Os seguintes’www’ são merecedores de navegação: unesco.org • travel.cz • discoverczech.com • bohemianet.com • jiznicecchy.org • twist.jh.cz • zamky-hrady.cz • cervenalhota.com • holasovice.cz • ckrumlov.cz • telc-etc.cz • zamek-telc.cz. Avisos – A capacidade do CAAL em gerir os detalhes do dia a dia da viagem será limitada pela necessária articulação com os nossos anfitriões. Por outro lado, qualquer eventual atraso no programa poderá comprometer a realização de alguma visita de 2º plano. Inscrições: Na sede do CAAL,no dia 14 de Março,das 18h00 às 21h00, e decorrerão até ao limite das inscrições ou data a anunciar. Só poderão ser efectuadas mediante a presença de um sócio activo na sede, o qual, para além de si próprio e do respectivo agregado familiar, poderá inscrever um outro sócio também no activo. Preço : 1176 € (sujeito a alteração de taxas) Plano de Pagamentos: DATA 1ª prestação 14 de Março 2ª prestação 01 de Abril 3ª prestação 01 de Maio 4ª prestação 01 de Junho 5ª prestação 01 de Julho 6ª prestação 01 de Agosto 7ª prestação 01 de Setembro VALOR 168 € 168 € 168 € 168 € 168 € 168 € 168 € O pagamento em mensalidades tem que ser feito por cheques pré-datados entregues no CAAL obrigatoriamente no acto da inscrição. Devido a compromissos assumidos o montante pago na data de desistência só se recuperará se a vaga for ocupada por outro sócio. Por esse facto, aconselham-se os sócios eventualmente interessados a efectuar particularmente um seguro de desistência. O preço inclui - Passagem aérea Lufthansa Lisboa – Praga - Lisboa via Frankfurt c/taxas; autocarro de acordo com o programa; serviço de guia em língua francesa durante toda a viagem, excepto percursos pedestres; guias voluntários locais durante os percursos pedestres; alojamento em quarto duplo em hotel de quatro estrelas (normas locais…),em Trebon; pequenos-almoços e jantares no hotel;1 almoço na chegada a Praga;entradas nas visitas referidas no programa; entrada para 1 concerto de música clássica; seguro de viagem. Não inclui - Os restantes almoços, bebidas e demais despesas pessoais. CAAL - Clube de Actividades de Ar Livre ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL DE AMBENTE Presidente: João Luis Mattos Coelho Centro Associativo do Calhau - Sítio do Calhau Parque Florestal de Monsanto 1500-045 Lisboa NIB 003507360001660883032 Conta - 0736 016608 830 - CGD S.Domingos de Benfica Tel.:21. 778 83 72 TM: 96 . 629 52 60 Fax: 21. 778 83 67 email:[email protected] site: http://www.clubearlivre.org Horário de expediente 3ª, 4ª e 5ª feira das 14h30 às 19h00