escola gil vicente | agrupamento de escolas gil vicente
Transcrição
escola gil vicente | agrupamento de escolas gil vicente
BABEL Número 11 maio de 2014 Revista de Línguas Publicação Plurilingue Departamento Curricular de Línguas escola gil vicente | agrupamento de escolas gil vicente EDITORIAL Vemos, ouvimos e lemos/ Não podemos ignorar1 DESTAQUE Menção honrosa so Literário Histórias do ConcurFazedores de SUMÁRIO Editorial 1 Textos em Português: 2 Biografia de Rómulo de Carvalho O que é um herói? Ida ao teatro Textos diarísticos Liberdade Textos miméticos Textos em Francês: 6 Moi, ma famille, mon école… La mode et moi Lettres de vacances Pub vacances Mon projet professionnel Visite au Musée Arpad Szenes— –Vieira da Silva Publicité et manipulation La presse Si j’ étais… Concours d’écriture Lectures en français 10PMW Textos em Inglês: 18 Personal identification My best friend My daily routine Freedom What’s it like to be a teenager? Teen’s problems Agony Aunt Don’t hate what you don’t understand! Ten word composition We make things happen A film review Young people in the global world Menção honrosa do Concurso Literário Fazedores professores trabalham para que o futuro seja jubiloso. de atividades do presente ano letivo e, por É, deste modo, aos professores que, na isso, objeto de reflexão de muitos dos escola, compete criar e desenvolver espíri- trabalhos publicados neste número de tos críticos para que estes possam, por sua Babel, é de enorme pertinência por tudo vez e livremente, fazer opções, refletir, esco- aquilo que significa na nossa vida coleti- lher com consciência os seus caminhos e, va. individual ou coletivamente, participarem Este “refazer a revolução”, passados de forma cívica no desenvolvimento social, que são já quarenta anos desse abril inici- não permitindo retrocessos, mentiras ou al inteiro e limpo2, manipulações. que caminhos nos sugere? De que revolução falamos nós, Muitos são os alunos que, espontanea- adultos, a jovens nascidos após mil nove- mente, têm participado nesta publicação ao centos e setenta e quatro, para que eles longo dos anos, mas tenho a certeza que possam entender uma data que, transfigu- serão ainda mais quando compreenderem rada pela memória coletiva, não lhes é que é com as aprendizagens feitas na esco- mais do que matéria longínqua, recorda- la que todos damos os primeiros passos da sim, mas para muitos tão só enquanto enquanto cidadãos, que crescemos en- tema abordado, de forma superficial, na quanto indivíduos. disciplina de história? Comemorar abril é, em pleno século Vemos, ouvimos e lemos/ Não podemos ignorar o que nos rodeia e oprime. XXI, um ato de cidadania e libertação cultural que ensina aos jovens que urge im31 de Histórias Conto coletivo O tema escolhido para o plano anual A adolescência encarna o futuro e os Cantata da Paz, Sophia de Mello Breyner Andresen 2 25 de abril, Sophia de Mello Breyner Andresen pedir que se regresse às diferenças culturais de antigamente, à ignorância e à de- Supl. 1 sigualdade. Maria do Rosário Pinto Coordenadora do Departamento Curricular de Línguas Página 2 BABEL BIOGRAFIA DE RÓMULO DE CARVALHO Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, conhecido como Rómulo de Carvalho, nasceu a 24 de Novembro de 1906 e faleceu a 19 de Fevereiro de 1997. O seu pseudónimo literário era António Gedeão. Ficou conhecido pelo seu interesse na Física, na Química e na Literatura. Aos 5 anos, escreveu os seus primeiros poemas. Quando entrou para o liceu Gil Vicente, tomou contacto pela primeira vez com as Ciências. Um ano depois de ter acabado o liceu Gil Vicente, entrou na Universidade do Porto, e apesar de a Literatura o ter acompanhado durante toda a sua vida, optou por se licenciar na área das Ciências Físico - Químicas. Para Rómulo de Carvalho, ensinar era uma paixão. Colaborou na “ Gazeta de Física” e dedicou-se à elaboração de manuais escolares. Só em 1956, devido à sua participação num concurso de poesia publicou o seu primeiro livro de poesia “ Movimento Perpétuo” e assim nasceu António Gedeão, o pseudónimo que usava na literatura. Em 1963, publicou a peça de teatro RTX 78/24 (1963) e dez anos depois, a sua primeira obra de ficção, “A Poltrona e outras Novelas” (1973). Em 1964, para comemorar o 4º Centenário do nascimento de Galileu Galilei, escreveu o “Poema para Galileu”, que foi traduzido para a língua italiana por Roberto Barchiesi, que publicou a edição bilingue, através do Instituto Italiano di Cultura. Este poema, musicado e cantado por Manuel Freire, ficou muito conhecido, tal como “ A pedra filosofal”. Sites consultados: faladohomemnascido.no.comunidades.net antonio_gedeao.blogs.sapo.pt | www.lusofoniapoetica.com Luís Castelhano, nº 17, Tiago Russo, nº 23 e Vital Hakman, nº 24, 7º 2ª [Supervisão: Dr. Nuno Soares] O QUE É UM HERÓI? The Cat Lady O que é um herói? Será aquele idoso, já para lá de raquítico e consumido, que tem ainda a força para todas as manhãs ir alimentar a gata que se espreguiça, preguiçosa e roliça, na alcatifa da sala? Ou será aquela mulher, desgrenhada e stressada, que entra no metro aos encontrões e solavancos, trazendo consigo os tamancos, a pasta de couro e um cheiro azedo a rotina? Amanhã, por volta desta hora, já não te lembrarás do cansaço impresso nas unhas mal pintadas e nos collants inconscientemente rotas. Um herói não precisa de capas sedosas e esvoaçantes, madeixas cobertas de brilhantina, constituições viris ou qualquer adereço fútil e desnecessário. O verdadeiro “working class hero” é alguém comum. Não possui capacidades extraordinárias, não pode voar ou desaparecer. Cruzamo-nos com dezenas destes a toda a hora, protagonistas de tragédias a nós (des)conhecidas, passando insignificantes e anónimos por nós todos os dias. Susan Ashworth é um desses guerreiros do quotidiano. Toda a sua existência parece condenada a grande miséria: com quarenta e dois anos, é considerada mentalmente instável, acarre- I D A A O Uma crítica à sociedade No dia 14 de janeiro, todas as turmas do 9º ano da escola foram assistir à peça de teatro Auto da Barca do Inferno. O seu autor, Gil Vicente, dá nome à nossa escola. A peça foi representada pela primeira vez em 1517 e é a primeira parte da chamada Trilogia das Barcas. A representação a que assistimos era mais “atualizada”, pois, na primeira parte, o próprio Gil Vicente explicou ao público o que é uma peça, que elementos a constituem, falando como se estivesse no presente, comparando aspetos do passado com a atualidade e mostrando as diferenças existentes. O modo como falava era também dirigido aos jovens de hoje. O cenário pouca coisa tinha: duas mesas de grandes dimensões e um painel gigante onde se via o palco dos lados (menos no início, quando projetaram um vídeo). De vez em quando, eram colocados alguns adereços, como, por exemplo, uma caixa e uma cadeira de espaldas. Os figurinos da maior parte das personagens pareciam velhos, pois estavam esfarrapados. Quanto ao desempenho dos atores, penso que foi bom. Conseguiram expressar bem os sentimentos de cada uma das personagens e conseguiram passar a sua mensagem. O meu tando inúmeras tentativas de terminar com a própria vida. Depressiva, conservadora e solitária, é apenas conhecida como «a senhora dos gatos». Susan poderia ser considerada como uma espécie de anti-heroína, de tão adversas são as suas condições: a história começa com Mittens, o seu Persa favorito, acomodando-se na poltrona, observando silenciosamente enquanto a única mulher que alguma adorou engolia, um a um, uma embalagem cheia de Valium. Contudo, isto não termina assim. O que mais me apaixona em Susan é a sua capacidade de vencer todos os obstáculos que lhe são impostos na sua suposta passagem. Após ser desafiada pela Morte a ultrapassar uma dificílima jornada num submundo dentro de si, Susan foi levada a explorar todos os seus medos e terrores mais profundos. A força e fraqueza de Mrs. Ashworth quase me faz esquecer como esta é uma mulher vulgar. Face ao que sei sobre a personagem, esta é um excelente exemplo de um herói certamente invulgar e fora do comum. Sara Gomes, nº 21, 9º 1ª [Supervisão: Dr. Nuno Soares] T E A T R O ator/A minha atriz preferido(a) foi o/a que desempenhou o papel do Diabo, pois espantou-me o facto de ser representado por uma mulher e conseguir passar a imagem do “mal em pessoa”. Na peça, a maior parte dos “julgados” vai para o Inferno, indo apenas cinco para o Céu: o Parvo (pois tudo o que fez na vida não foi por maldade) e os Quatro Cavaleiros (pois tinham fé no Cristianismo). Os restantes são levados na “Barca do Castigo Eterno”. A peça Auto da Barca do Inferno divide a sociedade em dois grupos: “os salvos” (uma ínfima parte) e os “castigados” (uma grande parte ou quase todos). Isto mostra que, qualquer que seja o cargo e a posição que se tenha na sociedade, apenas se salvam os que acreditarem e tiverem fé na religião católica e praticarem o bem. Flávio Santos, nº 7, 9º 2ª [Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga ] BABEL Página 3 T E X T O S D I A R Í S T I C O S Os alunos foram convidados a escrever uma página do diário de Maria de Noronha, Frei Luís de Sousa. Meu amado diário, 3 de agosto Sois o único que me ouvis sem preocupações ou olhares austeros. Esta noite aconteceu outra vez, o meu querido e amado rei D. Sebastião apareceu em meus sonhos. Ele veio com aquela testa austera e animou-me com muitas palavras de consolação e de esperança: disse que o seu regresso estava para acontecer, que voltaria para tomar o seu cargo de reinar, e jurou que há de engrandecer e cobrir de glória o seu reino. El-rei D. Sebastião não morreu e há de vir, um dia de névoa muito cerrada… ele há de vir, depois de afugentar os infiéis diante da bandeira da Cruz, expulsar o ocupante. Tomara eu ver seja o que for que se pareça com uma batalha…! Oh, o meu querido D. Sebastião! Sim, sim, uma fatal batalha contra os tiranos por D. Filipe. Sim, sim mostrai-lhes quem sois e o que vale um português dos verdadeiros! O povo assim previu e eu sabia de um saber cá de dentro da vinda de D. Sebastião. Voz do povo, voz de Deus: eles que andaram tão crentes nisto, que alguma coisa havia de ser… Meu amado diário, 7 de agosto A minha família mudou-se para o palácio de minha mãe, em Almada. Meu pai é um português às direitas, é uma glória ser filha de tal pai! O meu nobre pai passa os seus dias retirado naquela quinta tão triste de além do Alfeite, e não pode vir aqui senão de noite, por instantes, e Deus sabe com que perigo! O retrato de meu pai queimou-se. A tristeza e o terror de minha mãe desde a nossa vinda para esta casa é tal, que minha pobre mãe não dorme com sossego desde então. Minha mãe assombrou-se por um retrato junto a outros dois: um do meu amado D. Sebastião, e outro do grande trovador Camões. Minha mãe deu um grito ao avistar o outro retrato e levou-me, alumiadas por uma tocha daquela sala para fora. Minha mãe não respondeu à minha pergunta e deixou-me sem saber, ainda agora, de quem era aquele retrato… Mas… aquele retrato assombra-me desde então. Aquele retrato eu sei de quem é, de um saber cá de dentro, mas não tenho a certeza. Irei perguntar ao meu fiel escudeiro, ao meu bom Telmo de quem é aquele retrato que assombra também minha mãe. Ana Rita Julião, nº 1, 11º C [Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto] Querido diário, Passaram-se oito dias desde que abandonamos a casa de meu pai. Meu valido pai, meu corajoso pai, meu português pai. Temo por meu pai, há oito dias que o faço. Temo por meu pai e por minha mãe. Minha querida mãe que se sente aterrada com o que viu naquela noite tão fatídica, mas tão bela! Minha mãe que está tão frágil e cansada, que não dorme, pois sempre que fecha os olhos vê o que quer esquecer. Tenho de ser forte por minha mãe. Encontro essa força em meu pai. No seu ato de bravura e patriotismo. No meu peito bate orgulhosamente o amor que tenho por meu pai e a dádiva que é ser sua filha. Filha de tão grande português. Que Deus o defenda. Carlota Mª Cardoso, nº 4, 11º C [Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto] Oh… É o fim do dia… E o início de mais uma noite… Espero que o bom rei D. Sebastião me visite esta noite nos meus sonhos, pois bem preciso da sua companhia. Cada vez mais vejo a minha querida mãe triste, o bom Telmo passa menos tempo comigo e o senhor meu pai já quase nunca está em casa. Parece que todos à minha volta estão a afastar-se de mim. E ainda há o fogo… O fogo que sinto arder dentro de mim, mais vivaz com cada minuto que respiro, mais intenso. E isto… Isto… Isto torna - -me fraca e faz-me sentir sozinha. O único lugar onde ainda me sinto feliz é ao lado do meu querido D. Sebastião. Tento escondê-lo para não preocupar a senhora minha mãe, mas sei-o dentro do meu coração. Está a aproximar-se: o meu fim. Oh, Senhor, dai-me só mais uns dias ao lado da minha doce família, é tudo o que Vos peço. Deixai-me sentir um último beijo materno na face, um abraço paterno… Deixai-me sentir o vento a percorrer-me o cabelo uma última vez, ver a luz do Sol a refletir-se nas águas cristalinas do Tejo… Depois… Depois ireis poder reclamar a minha alma para sempre, Senhor, e estarei eternamente ao Teu lado, nos reinos do Céu. Cristian Emanuel Sandu, nº 6, 11º C [Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto] 0Página 4 L BABEL I B E R D A D E Seguindo o modelo do texto de Padre António Vieira sobre a guerra, os alunos fizeram as suas próprias produções sobre a Liberdade. É a liberdade o voar de um pássaro, o seu bater de Liberdade? Liberdade qual? Aquela de quem muitos asas, a sua ânsia de partir. É a liberdade dependente da se apropriam quando em sua prol espalham o sofrimen- perspetiva de cada um: para uns, uma submissão aos to e a dor? Aquela por quem nunca vergamos, desejan- ricos e poderosos; para outros, um direito escasso. Mas do-a? afinal, é a liberdade um direto ou a espontaneidade do Àqueles que lhe chamam ideal, um bem-haja, pois ser? Nem uma coisa, nem outra. A liberdade é um senti- dela vejo nada mais que uma era conceção idealista da mento transformado em direito pelos ricos e poderosos mente, ténue, como a própria vida, inócua, inconcebível como uma forma dissimulada de igualdade. A liberdade é para além de si mesma, e de nós. É ave de asa lassa, uma união de sentimentos: amor, compaixão, respeito e que não voa longe, não voa alto, pois se vê cativa da vil compreensão. É um sentimento que aquece os corações Humanidade. É peixe a que a insaciável sede dos ho- até à revolta. A liberdade é a paz e a guerra que todos mens nega as águas, o sustento. É luz maculada pelo desejam e merecem. negrume das almas. É a idiossincrasia do sangue e do Ana Rita Julião, nº 1, 11º C [Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto] É a liberdade aquela luz ao fundo do túnel, que nos guia, nos ilumina, nos segura. É a liberdade aquela onda pacífica, que leva os homens, as mulheres, as crianças a lutarem uns pelos outros e não uns contra os outros. É a egoísmo. É a escrava de todas as guerras. Oh! quantas caixas de Pandora, em seu nome, foram abertas, quantas esperanças nelas ficaram presas! Queria eu que fosse a vicissitude neste mundo… João Garcia, nº 15, 11º C [Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto] liberdade aquela felicidade composta de todas as felicidades menores, em que não há mal algum. A mulher tornase menina, e a menina mulher; o pobre e o rico são de igual importância, de iguais direitos; o homem e a mulher são livres de amar, pois a liberdade é a mais bela forma de Deus na Terra. Carlota Cardoso, nº 4, 11º C [Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto] É a liberdade aquilo que todo o homem procura, mas por vezes em demasia. É a liberdade total o que nos levaria ao caos e não à paz, pois pecados humanos como a ganância, a inveja e a raiva impedem-nos de chegar a tal utopia. Não quer dizer que a liberdade seja algo maligno, pois se fosse não tentaríamos atingi-la. O escravo quer libertar-se, o religioso quer expressar-se, o ser humano quer simplesmente escolher, mas para isso é necessário ter liberdade. O importante como sociedade é saber onde marcamos o seu limite. Miguel Albuquerque, nº 25, 11º C [Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto] Padre António Vieira Página 5 BABEL TEXTOS MIMÉTICOS A partir do poema de Nuno Júdice, os alunos foram convidados a fazer as receitas de algumas cores. Receita para fazer preto Se quiseres fazer preto, Pega numa pitada de escuridão e coloca-a no caldeirão. Depois junta-lhe uma colher de sopa de solidão, Mexe durante três minutos. Acende o lume, deixa ferver cinco minutos. Quando vires que está no ponto, rala uma mão cheia de noite e retira do lume, não deixes ficar muito tempo! Para dar mais cor, num tacho à parte, junta a dor da morte mais o desgosto da perda e mexe. Deixa ao lume até ficar escuro. Junta ambas as misturas com um pedaço de sofrimento, E voilá! Aqui está a receita para se algum dia quiseres imitar a cor da escuridão. Ana Catarina Ribeiro, nº 3 e Catarina Barros, nº 11, 10º AS [Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto] Nuno Júdice Receita para fazer verde Ingredientes: 1 Panela | Água Revolta | Primavera | Catos sem espinhos | Um ralador | Ervas Daninhas | Algas Se quiseres fazer verde enche uma panela até meio com águas revoltas. Com o forno bem quente deixa a água aquecer e quando levantar fervura, Acrescenta um copo bem cheio de primavera . Aguarda 15 minutos, acrescenta catos previamente ralados E uma pitada de ervas daninhas para dar mais sabor (opcional) ou uma pitada de algas frescas. Tira do forno e deixa arrefecer no frigorífico durante 2 horas e 30. Por fim adiciona um trevo de quatro folhas para mudar a tua sorte. Obtiveste o verde mais puro existente na natureza. Miguel Garcia, nº 15 e Sérgio Carvalho, nº 25,10º GI [Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto] Receita para fazer dourado Se quiseres fazer dourado Pega nos teus sonhos e mistura-os com açúcar. Coloca-os num tacho e adiciona uma colher de chá de corante azul E uma xícara de pó verde da esperança. Acende a chama do amor para aquecer os teus sentimentos E mistura até ficar homogéneo como o sol. Unta uma forma com manteiga para que os teus sonhos não se peguem ao fundo. Bate as claras em castelo para ficares mais perto das nuvens. Mistura o conteúdo do tacho com as claras batidas, Envolve-os e verte-os na forma da vida. Coloca-a no forno até dourar E enfeita com pepitas de ouro Para chegares ao brilho das estrelas. Cristiana Leal, nº 11, Diogo Barros, nº 12, Gabriela Maciel, nº 15 e Jorge Baptista, nº 31, 10º LH [Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto] Página 6 BABEL M O I , M A FA M I L L E , M O N É C O L E … Salut ! Je suis Catarina Matos. J’ai douze ans et je suis née le vingt-deux mai, au Portugal. J’habite à Lisbonne avec mon père, ma mère et ma grand-mère. Je m’entends bien avec ma tante Lina. Elle a quarante-trois ans. Elle est aimable et sociable, mais elle est aussi bavarde. Je fréquente le collège Gil Vicente. Mon collège est grand et très moderne. Nous avons trois récréations, un gymnase, des laboratoires et des terrains de sport grands. J’aime les sciences et vie de la terre, parce c’est intéressant mais je n’aime pas la géographie, parce que c’est ennuyeux. Ma classe est grande, nous sommes vingt-quatre élèves. Mes copains sont très amusants et extrovertis. Au revoir ! Salut! Je m’appelle João Carita. J’ai douze ans et je suis né le douze octobre. J’habite à Mafra avec ma mère, ma sœur et mon petit frère. J’adore mon frère, il s’appelle Joaquim Carita et il a trois ans. Il est extroverti et amusant, mais il est un peu têtu. Ana Catarina Matos, nº 1, 7º 1ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] João Carita, nº 14, 7º 1ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] J’aime mon école, moderne et grande. J’adore les sciences et vie de la terre, parce que c’est intéressant. Je n’aime pas beaucoup l’histoire, c’est ennuyant ! Dans ma classe, il y a douze garçons et douze filles. Nous sommes très bavards et les professeurs n’aiment pas ! À tout à l’heure ! Bonjour! Je m’appelle Bárbara Santos. J’ai treize ans. J’habite à Graça avec mon père, ma mère et mon frère. Je m’entends très bien avec mon père. Il a cinquante-trois ans. Il est travailleur et amusant mais un peu stressé. Mon école est grande et moderne. J’aime le français car c’est intéressant. Je n’aime pas les maths. Mes copains sont très bavards mais ils sont amusants. À bientôt ! Salut! Je m’appelle Vital Hakman. J’ai douze ans et je suis né le dix-neuf octobre, au Portugal. J’habite avec mon père, ma mère et ma petite sœur. Elle a cinq ans. Elle est gentille et communicative mais un peu têtue. Mon collège est grand et bien équipé. Mes professeurs sont très exigeants. Moi, j’aime l’histoire, parce que je suis curieux. Ma classe est super ! À bientôt ! Bárbara Santos, nº 5, 7º 2ª Vital Hakman, nº 24, 7º 2ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] Salut! Je m'appelle Rasmi. J’ai 12 ans. J’habite à Lisbonne, au Portugal, avec mon père, ma mère et mon frère. Il est beau, sympathique, amusant et calme. Il s’appelle Rohit. Il a 4 ans. Je fréquente le collège Gil Vicente, il est grand et moderne. Mes copains sont bavards, sympathiques et amusants mais ils ne sont pas calmes. Mes matières préférées sont l’anglais, le français et les maths parce que j’aime les calculs et les langues étrangères. Rasmi Ranabhat, nº 18, 7º 3ª [Supervisão: Dr.ª Zelinda Pontes] Salut ! Je m’appelle Rita et j’ai 12ans. J’habite à Lisbonne avec ma mère. Je m’entends très bien avec ma sœur. Elle s’appelle Marta. Elle est très intelligente. Mon école est grande et bien équipée. Dans ma classe, nous sommes seize garçons et sept filles. J’aime le français parce que c’est intéressant. Au revoir. Rita Moreira, nº 19, 7º 4ª [Supervisão: Dr.ª Zelinda Pontes] Página 7 L A BABEL M O D E E T M O I Moi, j’aime beaucoup la mode. Le style pratique et confortable, voilà ma préférence ! Je pense que la mode est importante, parce que c’est une forme d’expression. Habituellement je porte des vêtements pratiques comme des jeans, des pulls, des blousons, des polos à manches longues, des tennis. En été, je choisis des teeshirts, des shorts, des sandales. En hiver, une écharpe est indispensable. Pour compléter, je porte aussi un collier, une bague, des boucles d’oreille et des bracelets. D’habitude, je ne porte pas de robes, de jupes ou de chemisier. Je n’apprécie pas le style classique. J’aime me sentir confortable avec mes vêtements. Pour moi, la mode est importante. Grâce à notre style, nous pouvons donner une bonne impression de nous-mêmes. Mon style dépend du type d’endroit où je vais. Pendant la semaine, j’utilise habituellement des tee-shirts, des jeans ou des leggings, un blouson et des tennis. S’il y a une occasion spéciale, j’utilise un style plus audacieux comme une robe et des chaussures. En été, je mets toujours des shorts ou des jupes. À mon avis, tout le monde devrait avoir un style personnel, on devrait simplement porter les vêtements avec lesquels on se sent bien. Maria Inês Frazão, nº 15, 8º 1ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] Ana Quaresma, nº 2, 8º 2ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] La mode ne m’intéresse pas. En général, je porte des leggings, des sweat-shirts, des tee-shirts et des baskets. Je n’aime pas les accessoires. Mon style est très simple. Je me sens confortable avec des vêtements pratiques et simples. Je déteste les jupes et les robes car ces vêtements sont très « chics » ! Je pense que les vêtements servent à nous protéger. Voilà mon opinion sur la mode ! La mode n’est pas importante pour moi, mais c’est intéressant. Je ne suis pas accro aux marques. L’important, c’est de porter les vêtements que nous aimons. Je pense que mon style est cool ou sportif parce que parfois je porte des joggings et parfois je porte un jean et un sweat-shirt. J’aime porter un jean blanc, un sweat-shirt bleu et des baskets noires. Maria Tomásio, nº 16, 8º 3ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] Nuno Carvalho, nº 13, 8º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Je pense que la mode, c’est génial, mais pour moi ce n’est pas important. Je trouve que l’essentiel est de se sentir bien avec les vêtements. Moi, j’ai un style confortable, pratique et décontracté, et je porte toujours des leggings noires ou un pantalon, un polo à manches longues bleu, marron, rose ou blanc, un blouson, une écharpe, un sac à main et des tennis ou des bottes. Je porte rarement une jupe et un chemisier. Parfois j’aime porter une robe unie, longue et élégante, avec des sandales, un collier, une montre, des bracelets et des boucles d’oreilles. Tânia Morgado, nº 18, 8º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] La mode n’est pas importante pour moi mais j’adore porter des vêtements modernes, sportifs et cools. J’adore ces vêtements car ils sont confortables et pratiques. Jaime toute les couleurs mais je préfère porter le bleu, le rouge, le noir et le gris. Ce sont de jolies couleurs. J’adore les joggings. Je déteste les slips, je préfère les calçons. J’aime les baskets de marque. Bonjour ! Aujourd’hui je vais vous parler de la mode! La mode est importante pour moi car les gens jugent sur l’apparence. Mais ce n’est pas obligatoire de porter des marques : qui peut, peut ; qui ne peut pas, ne peut pas. Moi, je ne porte pas de marque parce que je n’ai pas d’argent. Mon style est très simple. Souvent, je porte des jeans, des leggings, des tee-shirts, des pulls… Pedro Nascimento, nº 19, 8º 6ª [Supervisão: Dr.ª Zelinda Pontes] Madalena Pedro, nº 11, 8º6ª [Supervisão: Dr.ª Zelinda Pontes] Página 8 BABEL L E T T R E S D E V A C A N C E S Thoissey, le 25 août 2013 Salut Diana ! Je passe mes vacances en France, à Thoissey, une ville près des Alpes. Je suis venue avec mes parents, ma sœur et mes grands-parents. Je suis partie de Lisbonne le 4 août. Ici, il y a une grande piscine et j’ai déjà beaucoup nagé. J’ai aussi fait un pique-nique avec ma famille. J’ai visité Marineland, un parc aquatique où l’on peut voir un spectacle d’animaux marins. Finalement, je suis allée à une plage sur la Côte d’Azur, la plage de Fréjus. Je crois que je vais rentrer le 4 septembre. Je reste en France pendant un mois. Super, n’est-ce pas ?Tu me manques. Écris-moi ! Bisous, Beatriz Beatriz Silva, nº 5, 8º 1ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] Lisbonne, le 12 septembre 2013 Mon cher Nicolas, Les dernières vacances, j’ai fait un grand voyage en Europe avec mes parents. C’était magnifique !Nous sommes partis le 24 août et nous avons voyagé pendant deux semaines. Nous avons visité Strasbourg et Paris, deux villes extraordinaires. A Paris, j’ai visité beaucoup de musées et j’ai fait du shopping. À Strasbourg, j’ai admiré l’architecture typique des maisons de cette ville. Je suis aussi allé à la cathédrale de cette ville. J’ai adoré mes vacances car j’ai connu d’autres villes. Et toi ? Raconte-moi tes vacances aussi. Je t’embrasse bien fort, Leonardo Leonardo Rua, nº 15, 8º 3ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] Lisbonne, le 15 septembre 2013 Mes chers oncles, Comment allez-vous ? Moi, je recommence mes cours à l’école. J’ai passé mes vacances à la campagne, chez mes grands-parents, avec ma meilleure amie. C’était différent ! Nous sommes parties le 2 juillet et nous sommes restées jusqu’au début du mois d’août. Nous nous sommes reposées et nous nous sommes promenées beaucoup. À la campagne, il n’y a pas de stress et il y a de beaux paysages. Mes vacances ont été fantastiques, surtout parce que j’ai passé mes vacances avec ma meilleure amie. Et vous. Comment avez-vous passé vos vacances. Ecrivezmoi ! Je vous embrasse fort, Beatriz Beatriz Cardoso, nº 5, 8º 2ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] Lisbonne, le 10 septembre 2013 Mon cher correspondant, J’ai reçu ta lettre. Tes vacances ont été super ! Moi, j’ai passé mes dernières vacances à la campagne avec mes amis du scoutisme. J’ai fait du camping avec eux. Nous avons organisé des activités diverses et nous nous sommes beaucoup amusés. Nous avons fait des randonnées. Moi, j’ai admiré les paysages et j’ai pris des photos. À la campagne, il y a l’air pur, la tranquillité, le contact direct avec la nature, c’est très reposant. J’ai aussi connu des scouts d’autres régions du pays. Mes vacances ont été fabuleuses, car j’ai fait beaucoup d’amis et j’ai vécu de nouvelles expériences. Amicalement, André André Silva, nº 5, 8º 3ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] Página 9 BABEL P U B V A C A N C E S Vacances au Brésil Vacances à Lisbonne Viens découvrir Lisbonne Visite des monuments et des plages. Prends les magnifiques pâtisseries. Visite le Musée de l’Électricité et la Tour de Belém. Prends des photos. Achète des souvenirs. Viens découvrir le Brésil. Fais un programme et visite des monuments. Prends des photos merveilleuses aux belles plages du Brésil. Mange ses spécialités. Sors et fais des promenades. Pars à l’aventure au Brésil. On t’attend sur tap.com Viens, amuse-toi à Lisbonne. Diana Silva, nº 4, 8º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Patrícia Sequeira, nº 16, 8º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] San Remo Viens découvrir la ville des fleurs, San Remo. Visite la ville où on peut voir la statue du Printemps. Fais un jeu dans le casino de San Remo et promène-toi dans la marine, où on peut apprécier le magnifique paysage de la ville. Choisis le vélo pour te promener près de la mer. Prends une moto, une vespa, pour regarder le rallye de San Remo. Mange les savoureuses glaces italiennes. Sors dans la Piazza Sardi et amuse-toi dans les divers bars pour tous les goûts. Miguel Victor, nº 11, 8º 5ª Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Vacances dans la capitale de la République Tchèque Viens découvrir le centre culturel et historique de Prague. Passe par le château de Prague. Visite les monuments dans le tramway 22. Traverse le pont Charles. Viens visiter l´horloge astronomique. Prends des photos incroyables de l’intérieur de la Cathédrale Saint-Guy. Achète une matriochka. Tu vas adorer Prague! Pedro Mónica, nº 15, 8º 5 Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Página 10 BABEL MON PROJET PROFESSIONNEL Je veux être infirmière. C’est une profession très difficile, mais passionnante et utile. Ce n’est pas tout le monde qui a les caractéristiques nécessaires pour exercer ce métier. On doit avoir une grande sensibilité, savoir écouter les autres, accepter des défis et être disponible et super énergique. Cette profession est fondamentalement importante parce que les infirmiers aident les personnes malades dans un hôpital. Ils peuvent aussi faire du volontariat et aider les démunis. C’est une profession très fatigante mais à la fois magnifique. Mara Altmann, nº 12, 9º 5ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Pour mon avenir, j’aimerais exercer le métier de journaliste. Les journalistes écrivent des articles pour un journal ou pour la télé. C’est un métier utile pour donner aux personnes l’information du monde entier au jour le jour. Je suis forte en langues, j’adore voyager et savoir toujours plus. J’adore aussi le contact avec les gens, et mes amis et ma famille me disent que j’ai du talent. Le journalisme est passionnant mais fatigant, ce n’est pas une profession facile, parce qu’il y a toujours des défis et l’exposition sociale n’est pas agréable. On peut voyager beaucoup et prendre des initiatives. On doit avoir du talent et faire des recherches. C’est une profession que je trouve idéale pour moi, car j’aime bien aussi la photographie et les reportages. Avec le journalisme, je peux travailler avec mes passions. Marta Alves, nº 13, 9º 5ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] J’aimerais exercer un métier dans le domaine du tourisme. J’aimerais exercer ce métier parce que c’est très utile, on doit aider les autres, connaître des gens, découvrir d’autres pays et voyager; ce sont les avantages de cette profession. Les fonctions de ce métier sont nombreuses. Il faut avoir le sens du contact, avoir l’esprit d’initiative et d’équipe, savoir écouter les autres, accepter des défis, être communicatif, organisé et sociable. Rodrigo Carvalho, nº 17, 9º 5ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Dans le monde du travail, j’aimerais devenir médecin. Je suis très responsable et j’adore aider les personnes. En plus, j’ai un goût spécial pour la médecine, parce qu’on étudie les sciences, spécialement le corps humain, et celle -ci est ma matière préférée. Un médecin a comme principale fonction soigner les malades dans un hôpital. Ce métier peut être difficile et stressant, parce qu’un médecin a beaucoup de responsabilités et il faut être disponible, pourtant, il est aussi passionnant car on peut aider les autres. Pour exercer cette profession, on doit faire un bac scientifique et, plus tard, suivre des études supérieures. Il est aussi important d’aimer le travail en équipe, d’accepter des défis et d’être organisé, patient, énergique et communicatif. Il y a deux avantages dans cette profession: nous pouvons connaître d’autres personnes et les aider. Miguel Graça, nº 15, 9º 5ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Página 11 BABEL VISITE AU MUSÉE ARPAD SZENES - VIEIRA DA SILVA Le 29 janvier, je suis allée en métro au musée Arpad Szenes - Vieira da Silva avec l’école. Nous sommes arrivés et j’ai vu le grand musée; il est moderne, mais il est situé dans un immeuble très vieux, dans une petite place de Lisbonne. Là, j’ai vu de belles peintures. Il y a des détails intéressants, des contrastes et des déséquilibres… J’ai bien aimé la première salle. Il y a des peintures simples qui ont des couleurs sombres et lumineuses. Il y a un château, un soleil brillant et des nuages sombres. Cette combinaison de couleurs est superbe. J’ai aussi adoré un tableau qui avait seulement des lignes et des couleurs fortes. Je pense que je devrais imaginer ce que ces lignes représentent. C’est très beau et fantastique. J’ai adoré cette visite au musée, où j’ai apprécié des œuvres d’art. Le 31 janvier, ma classe est allée visiter le Musée Arpad Szenes – Vieira da Silva, où nous avons vu plusieurs des peintures de Vieira da Silva, de son mari et de certains artistes portugais qui ont travaillé avec le couple. Nous sommes allés et nous sommes revenus en métro, parce que le musée est situé près du "Jardim das Amoreiras". Le musée de la fondation rend hommage au couple qui est connu dans le monde entier. Le bâtiment est resté le plus fidèle que possible à l’original, avec une architec- ture simple et harmonieuse. Les œuvres exposées de Vieira da Silva sont de 1926 à 1986 et les œuvres d’Arpad sont de 1911 à 1985. J’ai aimé la visite, je pense que c’était intéressant, éducatif et culturel pour nous tous. C’était un bon choix. Je pense que ce que j’ai aimé le plus c’était vraiment la partie finale où nous avons peint quatre tableaux d’artistes portugais. J’ai adoré la visite au musée, mais principalement, j’ai adoré la peinture de Maria Helena Vieira da Silva appelée “Londres”. Elle était peinte dans l’année 1959 et la technique utilisée est l’huile sur toile. C’est une peinture avec beaucoup de détails mais avec des couleurs simples. Vieira da Silva a utilisé uniquement le bleu, le noir et des détails en marron. Elle a peint la ville de Londres avec beaucoup de brouillard, et, pour les édifices, elle a utilisé des formes rectangulaires et allongées. J’ai adoré la peinture parce qu’elle est très belle et élégante, simple et profonde en même temps. Anastasiya Adamenko, nº 2, 9º 3ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Yu Jiaqi, nº 22, 9º 3ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Ana Lúcia Oliveira, nº 1, 9º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Vieira da Silva, Londres, 1959 J’aime bien le tableau “Cristal” de Vieira da Silva. C’est une belle peinture à l’huile, où il y a des détails intéressants et des couleurs très claires et froides. Le tableau donne une impression de calme, c’est formidable. Cette peinture est constituée par des formes rectangulaires et des lignes déséquilibrées avec des tonalités bleues. Le tableau nous donne l’idée que c’est une ville pendant l’hiver dû aux couleurs froides. J’aime beaucoup cette peinture parce qu’elle est très belle, mais aussi différente et originale. Mara Boyce, nº 2, 9º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Vieira da Silva, Cristal, 1970 Página 12 BABEL VISITE AU MUSÉE ARPAD SZENES - VIEIRA DA SILVA Vieira da Silva, A poesia está na rua, 1975 L’auteur de cette peinture est Maria Helena Vieira da Silva. Le tableau s’appelle “La poésie est dans la rue" et est de 1975. C’est une peinture haute et étroite, où la couleur prédominante est le bleu, mais les éléments sont noirs. C’est une peinture de tempera sur papier. Je pense que c’est un tableau très intéressant parce qu’il nous montre une rue de Lisbonne pendant la Révolution du 25 avril 1974. La peinture nous donne une sensation de mouvement, d’émotion, d’action, et même de motivation pour la révolution. C’est une façon d’attirer les gens pour l’esprit de la révolution. Et cela est réussi à cause des émotions qu’elle transmet et aussi de la poésie dans les gestes des gens participants. C’est une peinture qui nous rappelle la révolution qui aura 40 ans le mois prochain (avril). Elle est réelle. J’adore. C’est une façon de faire renaître l’esprit révolutionnaire qu’elle voulait nous transmettre. Bruno Janeiro, nº 5, 9º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] J’ai choisi la peinture d’Arpad Szenes, “Enfant au cerfvolant”. Sur ce tableau, je vois un bébé dans un berceau qui attrape un cerf-volant. Les couleurs prédominantes sont le rouge, le bleu, l’orange et le jaune. Avec cette peinture, le peintre veut montrer la fragilité d’un bébé. Dans cette peinture qui fait partie de la collection de la Fondation Arpad Szenes – Vieira da Silva, le peintre utilise la technique de l’huile sur toile. C’est un tableau relaxant. Arpad Szenes, Enfant au cerf-volant, 1932 Leonardo Feijão, nº 14, 9º 2ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] J’ai choisi la peinture d’Arpad Szenes, “Enfant au cerfvolant”, faite avec la combinaison de techniques de la peinture et de la gravure. Je trouve que son résultat est fantastique. C’est un grand tableau et il y a des couleurs vives et éclatantes. Il y a aussi beaucoup de lignes courbes qui donnent à ce tableau une impression de mouvement et de profondeur. J’aime particulièrement les petits détails du masque et ses couleurs. Le style surréaliste de cette peinture me fait réfléchir aux aventures que nous pouvons avoir quand nous rêvons. José Batista, nº 10, 9º 5ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Arpad Szenes e Vieira da Silva Página 13 BABEL VISITE AU MUSÉE ARPAD SZENES - VIEIRA DA SILVA Arpad Szenes, Les guerriers, 1938-1939 Le tableau que je choisis est “Les Guerriers” et l’auteur est Arpad Szenes. Le matériel utilisé est l’huile sur toile. La peinture est facile à comprendre. Le tableau a des couleurs vives parce que le peintre veut attirer l’attention des personnes qui voient la peinture. Les personnages sont des guerriers qui sont des monstres en guerre. Au centre de la peinture, nous pouvons trouver une aile blanche symbolisant la paix qui peut venir après la guerre. Arpad Szenes a peint ce tableau pour montrer sa préoccupation avec la Seconde Guerre Mondiale. J’aime le tableau parce que je suis contre la guerre et j’aime les couleurs du tableau. Madalena Carita, nº 15, 9º 2ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] Cristiana Marques, nº 10, 9º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] J’ai choisi le tableau “Atelier Lisbonne”, de Vieira da Silva. La technique utilisée est l’huile sur toile. Ce tableau représente un atelier avec beaucoup de formes et de lignes. Les couleurs utilisées sont froides: le marron, le beige, le noir, le rouge et le gris. Ce tableau a des caractéristiques diverses: la profondeur, les figures géométriques, la perspective et la tridimensionnalité. De tous les tableaux que j’ai vus au musée, celui-ci m’inspire car on y représente un monde imaginaire, créatif et magnifique. Ana Sofia Fonte, nº 3, 9º 2ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] Vieira da Silva, Atelier Lisbonne J’ai choisi une œuvre d’Arpad Szenes - “Les Guerriers”. Dans ce tableau, la technique utilisée est l’huile sur toile. Sur cette peinture, nous pouvons voir des figures des hommes qui ressemblent des monstres - des armes de guerre et un oiseau. Le fond du tableau est obscur et le sol a beaucoup de sang. Les couleurs utilisées sont froides, mais aussi chaudes. Le tableau donne une impression de tension, de violence et de cruauté. Pour moi, ce tableau est original et très expressif. À mon avis, il présente, d’une forme contradictoire, un message d’espoir. J’aime cette œuvre d’art. Página 14 BABEL VISITE AU MUSÉE ARPAD SZENES - VIEIRA DA SILVA J’ai choisi le tableau “Capricho Polar”, de la collection privée de Vieira da Silva. Je l’ai vu dans une exposition d’artistes portugais au musée. Il a été peint en 1989 par le peintre Pedro Avelar. J’ai adoré l’utilisation de couleurs vives, les diverses tonalités de bleu. L’image semble être en HD. Dans ce tableau, je vois la lune entourée par un ciel bleu et lumineux. L’utilisation de ce type de couleurs et le contraste entre elles sont parfaits pour moi. Je ne connaissais ni cette œuvre d’art ni le peintre, mais en regardant ce tableau, j’ai envie de faire des recherches. Je trouve ce tableau simplement magnifique. Flávio Santos, nº 7, 9º 2ª [Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira] Capricho Polar, de Pedro Avelar, artiste portugais, ami du couple Arpad Szenes / Vieira da Silva PUBLICIT É ET MANIPULATION “Ne trouvez-vous pas que nous, les jeunes, on est complètement manipulés par tout ce qui est publicité?" | Marie-Anne Dubé Salut Marie-Anne, J’ai lu ton article "Publicité et manipulation" et je suis absolument d’accord avec tout ce que tu dis. À mon avis, nous, les jeunes, nous nous laissons parfois manipuler par la publicité et je pense que c’est parce que la publicité nous entoure partout. À la télévision, on a les annonces de nourriture, d’électroménagers, de jeux, de produits de beauté… Et nous-mêmes, nous finissons par acheter le produit parce que l’annonce a attiré notre attention, parce qu’on a utilisé des célébrités, une fille ou un beau garçon. Aussi, parfois l’annonce nous séduit à cause des couleurs, de la musique… c’est tout une forme de nous manipuler. Même moi, je me laisse quelquefois manipuler par certaines annonces. Par exemple, Nespresso utilise George Clooney pour faire de la publicité et il attire rapidement notre attention, non seulement parce qu’il est célèbre, mais aussi car il est très charmant. Bien qu’il y ait beaucoup de publicités qui sont intéressantes, nous ne pouvons pas être trompés. Donc, on doit résister à la séduction! Amitiés, Beatriz Beatriz Mouzinho, nº 2, 11º LH [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Bonjour Marie-Anne! J’ai lu ton article sur la publicité et je ne suis pas complètement d’accord. Les jeunes ne sont pas facilement manipulés. C’est vrai que les entreprises utilisent des stratégies pour inciter les jeunes à consommer leurs produits, mais je pense que tu dramatises! D’après moi, nous avons conscience que l’unique chose qui intéresse les entreprises est le mot "vendre" et que les produits que nous voyons dans la publicité ne correspondent pas à la réalité. Nous, les jeunes, nous pouvons trouver amusants les moyens utilisés par la pub, cependant cela ne signifie pas que nous voulons acheter les produits. En résumé, il est difficile de persuader les jeunes et ils ne se laissent pas influencer. C’est mon point de vue et j’espère qu’il contribuera à te faire réfléchir. Amicalement, Daniela Daniela Coelho, nº 8, 11º LH [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Página 15 BABEL LA PRESSE | FAITS DIVERS Découverte d’or au Lycée Gil Vicente Au matin du 10 janvier 2014, un jardinier a trouvé de l’or dans le jardin du Lycée Gil Vicente. Le jardinier, António, âgé de 45 ans, a rapporté que c’était un jour normal comme tous les autres jours de travail et, quand il prenait la pelle pour creuser la terre, il a senti un objet très dur. L’homme a pris l’objet et s’est retrouvé avec de nombreuses pièces d’or. Le directeur du lycée et la police ont été appelés et les recherches sur l’origine de ce petit trésor continuent. Lycéens de première accusés de vol Au lycée Gil Vicente, à Lisbonne, les lycéens de première ont été accusés de vol des instruments de l’orchestre, le 8 octobre, vers 11h10. Les instruments étaient dans la salle de musique quand ils ont été volés. Les élèves du cours de Langues et Sciences Humaines avaient la dernière classe dans la salle de musique. Une assistante d’éducation a vu les élèves entrer dans la salle avant la sonnerie, elle s’est dirigée vers la salle et les instruments avaient déjà disparu. Elle a appelé immédiatement le directeur. Celui-ci a téléphoné à la police qui n’a pas laissé les lycéens sortir de l’école: ils étaient les principaux suspects du vol des instruments, car ils étaient seuls dans le couloir et ils étaient entrés dans la salle avant la sonnerie. Les enquêtes ont terminé vers 21 heures, mais, au moment, la police n’a rien découvert et le procès continue. Daniela Coelho, nº 8, 11º LH [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira ] Márcia Alexandre, nº 14, 11º LH [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira ] LA PRESSE | LIBERTÉ D’EXPRESSION ET RESPECT DE LA VIE PRIVÉE – QUELLES LIMITES ? À mon avis, les journaux, les magazines, les sites web et tout le type de médias ont le droit de parler des célébrités mais sans abuser. Ils peuvent parler des autres, mais sans inventer des choses, sans abuser de leur liberté, parce que les médias doivent également respecter la vie privée des autres. Je pense que la plupart du temps les magazines ont besoin d’envahir la vie privée des célébrités parce qu’ils savent que, quand on parle de leur vie, cela attire l’attention du lecteur et le magazine gagne beaucoup d’argent. Une des choses que je pense qui est un manque de res- SI J’ÉTAIS… Si j’étais un animal, je serais un chat. Si j’étais un moyen de transport, je serais un avion. Si j’étais un vêtement, je serais un short. Aline Serpa, nº 1 Si j’étais un animal, je serais une chouette. Si j’étais un film, je serais Thor. Si j’étais une créature surnaturelle, je serais un vampire. Si j’étais une profession, je serais paléontologue. Beatriz Mouzinho, nº 2 Si j’étais une couleur, je serais l’orange. Si j’étais une année, je serais 2011. Si j’étais un pays, je serais l’Irlande. Ana Xambre, nº 5 Si j’étais une couleur, je serais le vert. Si j’étais une fleur, je serais une marguerite. Danuta Nadenteche, nº 11 pect est envahir les mariages et les funérailles. Récemment, on a vu ce type de cas avec les funérailles d’un acteur. Non seulement c’était un manque de respect pour la famille de l’acteur, mais aussi pour l’acteur. Les médias peuvent également aider un artiste à construire sa carrière (en parlant bien de l’artiste) comme à la détruire (en inventant beaucoup de choses). En un mot, les médias doivent faire leur travail, mais ils doivent aussi respecter la vie des célébrités. Beatriz Mouzinho, nº 2, 11º LH [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira ] Si j’étais un fruit, je serais une pomme. Si j’étais un point fort, je serais la force. Si j’étais un plat, je serais la lasagne de ma mère. Si j’étais un monument, je serais Big Ben. Márcia Alexandre, nº 14 Si j’étais un point fort, je serais le courage. Si j’étais un art, je serais le tatouage. Si j’étais un sport, je serais le basket. Si j’étais une boisson, je serais la bière. Ricardo Reis, nº 16 Si j’étais un fruit, je serais une fraise. Si j’étais un instrument de musique, je serais une guitare. Si j’étais un objet, je serais un livre. Si j’étais un peintre, je serais Leonardo Da Vinci. Daniela Baptista, nº 20 11º LH [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira ] Página 16 BABEL CONCOURS D’ÉCRITURE – À LA MANIÈRE DE PAUL ÉLUARD Il y a des mots qui font vivre 1er prix Et ce sont des mots innocents Il y a des mots qui font mal Le mot chaleur le mot confiance Et ce sont des mots douloureux Amour justice et le mot liberté Le mot haine le mot mépris Le mot enfant et le mot gentillesse Tristesse désillusion et le mot désespoir Et certains noms de fleurs et certains noms de fruits Mais il y a des parfums de bonheur qui sont Le mot courage et le mot découvrir Les mots qui sourient et les mots qui brillent Et le mot frère et le mot camarade Et le mot liberté et le mot courage Et certains noms de pays de villages Et des pincées de passion Et certains noms de femmes et d’amis Et certains jours de fête et de rêve Jéssica Cordeiro, nº 12 Extrait du poème "Gabriel Péri" de Paul Éluard - Hommage du poète à Gabriel Péri, e Marina Oliveira, nº 13, 9º 3ª résistant français fusillé par les allemands en 1941, pendant la Seconde Guerre Mondiale 2ème prix Il y a des mots qui font rêver 3ème prix Il y a des mots qui chantent Et ce sont des mots artistiques Le mot spectacle le mot passion Et ce sont des mots qui font imaginer Le mot espérance et le mot nuage Amour spectaculaire et le mot plage Le mot cataracte et le mot sourire Et certains mots qui font croire Le mot vent et le mot soleil Talent original et le mot cirque Le mot musique et le mot fantastique Et certains noms d’animaux et certains noms de gens Le mot diva et le mot mode Et le mot musique et le mot ciel Et certains noms qui font vouloir Et certains noms qui font pouvoir Paul Eluard, desenhado por Man Ray Miguel Graça, nº 15 (1936) e Rodrigo Carvalho, nº 17, 9º 5ª LECTURES EN Et le mot éclat et le mot parfum Et certains noms d’acteurs et d’actrices Et certains noms de théâtre et de cinéma Joana Marino, nº 8 e Miguel Lopes, nº 16, 9º 5ª FRANÇAIS J’ai lu le livre Maigret et la jeune morte. L’histoire se passe à Paris. Maigret est un inspecteur et il découvre le cadavre d’une jeune fille qui porte une robe de soir bleu pâle. Maigret ne sait rien de la fille, mais il fait des recherches et découvre qu’elle s’appelle Louise Laboine. Presque à la fin, il découvre que Louise Laboine a été tuée par accident. À mon avis, le livre est très intéressant et amusant parce qu’on est toujours curieux de savoir ce qui vient après. Je pense aussi que c’est un bon livre que toutes les personnes aimeraient parce que c’est une histoire magnifique avec beaucoup de mystère. Inês Cabral, nº 16, 9º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Página 17 BABEL 10PMW – 10 PALAVRAS, 10 MOTS, 10 WORDS LIBERTÉ / ÉGALITÉ / DÉMOCRATIE / PROGRÈS / RESPECT / DROITS / TRAVAIL / ÉDUCATION / SANTÉ / HABITATION PLANO ANUAL DE ATIVIDADES 2013/14 – 40 ANOS DE ABRIL: REFAZER A REVOLUÇÃO La révolution portugaise d’avril 1974 a été un moment de changement de la société très important pour la démocratie. Après cinquante ans d’oppression fasciste, les portugais ont manifesté leur mécontentement. Ils voulaient l’accès à l’égalité, l’accès à l’éducation, au travail, la liberté d’expression. Aujourd’hui, le 25 avril est toujours commémoré au Portugal par tous les gens. C’est notre symbole de liberté et de démocratie. Avec cette révolution, les gens peuvent manifester et faire des grèves, avoir les élections libres, avoir accès à l’école et à l’université. Mara Boyce, nº 2, 9º 4ª (desenho da aluna) [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] 25 avril 1974, au Portugal, c’était la révolution des œillets. La révolution est arrivée parce que la politique de notre pays était instable. Mais cette révolution était différente, il n’y avait pas de violence ou de sang. Les personnes ont offert des œillets aux militaires. Il y avait des fleurs partout signifiant le changement qui a eu lieu dans le pays, la liberté. Miguel São João, nº 20, 9º 4ª (desenho do aluno) [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Le 25 avril 1974 a été un jour très important pour l’histoire du Portugal. Il a été le jour où nous avons détruit la dictature et nous avons célébré notre liberté. Le jour où toutes les personnes sont sorties pour crier pour leurs droits. Aujourd’hui, notre révolution est un exemple et un symbole de grande bravoure. Mais la dictature a encore du pouvoir. Beaucoup de personnes vivent dans son ombre. En Afrique, des millions de personnes vivent avec des conditions misérables, dans des régimes dictatoriaux et corrompus. Sans liberté, sans droits… sans rien. Beaucoup n’ont pas accès aux biens primaires pour leur survivance. Et leurs gouvernements ne font rien. La transformation est fondamentale: une nouvelle révolution, pour que les droits humains soient respectés et la liberté acquise. Miguel Graça, nº 15, 9º 5ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Pour la liberté, il faut lutter ! Le 25 avril 1974 voulait établir dans notre pays la démocratie au lieu du fascisme que nous avions depuis plus de 40 ans. La révolution du 25 avril voulait établir la liberté et l’égalité pour tout le monde. Établir la liberté signifie pouvoir avoir la liberté d’opinion, d’expression, de faire tout ce que nous voulons mais sans nuire aux autres. On doit aussi avoir le droit à l’éducation, à la santé, à l’habitation et au travail. Malheureusement, il n’y a pas encore tous ces droits pour tous, mais la situation est beaucoup meilleure que celle d’avant le 25 avril. Cependant, je pense qu’il faut encore, au Portugal, lutter pour les progrès de la science, de la technologie et, surtout, des mentalités. Bruno Janeiro, nº 5, 9º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Les victoires d’avril 1974 ont été le point de départ pour tout ce que nous vivons aujourd’hui. Après 1974, les portugais ont eu la liberté d’expression, l’égalité, ils ont gagné des droits et d’autres responsabilités. Le Portugal a passé à vivre en démocratie. Nos grands-parents ont bataillé pour que, aujourd’hui, nous vivions dans un pays libre de préjugés. Nous avons obtenu des progrès de notre mentalité par les idéaux qui nous ont été confiés. Le respect sera la meilleure forme de maintenir la démocratie. Il n’y a pas de liberté sans courage. Le 25 avril 1974 est devenu célèbre comme la “Révolution des Œillets". C’était une révolution politique avec laquelle notre pays a complètement changé, parce que le peuple n’était pas heureux avec le gouvernement. Il n’y avait aucune liberté, l’éducation était trop tardive et les personnes ne pouvaient pas jouir des mêmes droits de nos jours. Le peuple était malheureux, mais il ne pouvait pas le montrer ouvertement. Après la révolution, tout a changé et on a mis en place au Portugal une fête nationale appelée "Journée de la Liberté". Marta Alves, nº 13, 9º 5ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Daniela Baptista, nº 20, 11º LH [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira] Página 18 BABEL PERSONAL IDENTIFICATION My name is João. I was born on the 16th October 2001 in Portalegre. In my family we are five, my mother, my brother, my sister, my father and I. My father works in a shop and my mother is not working. They are really intelligent and I love them. I am short and thin. I have got straight brown hair and almond brown eyes. My friends say that I am fun and talkative. My favourite school subject is Art. My favourite singer is “Psy”. I like playing basketball and football very much and in my free time I play computer games. I have a dog, a cat and two turtles. My name is Rasmi Ranabhat. I was born on 25th July 2001 in Nepal. I live with my father, my mother and my brother. I have got long, straight hair and brown eyes. I am very talkative and funny. My favourite school subject is English. I like playing basketball and going to the beach. My favourite band is “one Direction”. I like playing football, volleyball and other sports. My parents’ names are Manu and Khemraj. They work in a restaurant and they are very funny. We have got a lot of fun together. There is sometimes noise because we talk, sing and dance a lot. João Carita, nº 14, 7º 1ª [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] Rasmi Ranabhat, nº 3, 7º 3ª [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] M Y B E S T F R I E N D My best friend is Nuno Francisco, I met him at school, he was doing his homework and he asked me for help and I helped him. We will be friends forever. He likes doing sports, playing computer games. He doesn’t like being called Francisco , because he doesn’t like the name. Last weekend we didn’t do anything together, because I went to my grandmother’s house. Hi, mom and dad! Today I am going to write about my best friend. My best friend’s name is Margarida Freitas. I first met her at school in 2013. When I met her, she invited me to hang out with her. She likes listening to music, chat with friends and talk about “One Direction”. She dislikes singing and dancing. She is tall, beautiful, friendly, helpful and kind. Last weekend we went to church together and she taught me how to pray, because I am Hindu. She taught me many things about Christmas. We had an awesome weekend and we had great fun. Bye. João Carita, nº 14, 7º 1ª [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] Rasmi Ranabhat, nº 3, 7º 3ª [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] Hi mom, hi dad! I’d like you to meet my best friend: Felix Kielber. It’s an awkward name, but he is Swedish, you might know him better as Pewdiepie, he is 22 years old (like me), he speaks three languages and he is awesome. I met him last weekend in the corridor, he was giving a speech to the “Bro army”, which I am part of, since I am one of his 15 million subscribers and since I am Swedish too, we connected very well. I was held back because I am shy (as you already Know) but I build up some courage and went to talk to him. He was so cool about it. He likes Marzia (his girlfriend) so much and his doggies, and Swedish food and so many things that is impossible to say it all, but what he likes the most is his 15 million subscribers on YouTube. He hates “Haters” (people who hate someone just because he is better than them) people saying that he does it for the money and stupid things that everybody hates. Last weekend we made a video of us playing Minecraft together. Look it up on YouTube, we had great fun doing it. The name of the video is “Crazy pewdsmc”. Nuno Silva, nº 20, 7º 1ª [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] Página 19 M Y BABEL B E S T Hello! I met my best friend in a bar. She was alone and I went to her and we talked. We were very happy to talk to each other. She likes listening to music, playing the guitar and watching TV. She dislikes sports, eating cheese and doing the homework, because she is a little bit lazy. Last weekend we went to the cinema, to the restaurant and after that we went home and watched TV. I like her because she is very friendly to me and she is very funny too. Bárbara Santos, nº 18, 7º 2ª [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] M Y D A I L Y I usually wake up around half past seven, after I wake up I go to the bathroom and I wash my face. Then I get dressed, next I go to the kitchen to have breakfast and finally I go to school at 8 o’clock. I have lessons till 1.10 pm. After that I go home to have lunch. I go to school at 2.30 to the afternoon lessons till 16.30. When I go back home I do my homework. I have a snack and I watch TV. At half past six I go to basketball or swimming practice till 8 o’clock. After that I have a shower and next I have dinner. Finally I go to bed at half past nine. Gabriel Silva, nº 8, 7º 1ª [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] F R I E N D Hello mom and dad! I have a best friend named Marcia. I met her at school. I really started to like her. She is like a younger sister to me. She likes texting in her phone and she likes playing basketball like me, but she hates playing table tennis. Last weekend we were together and she took some photos that she put in facebook, it had great fun. I like writing about her, she is really fun and energetic. Bye. Mary Natacha Amorim, nº 18, 7º 2ª [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] R O U T I N E Hello Jordan! In the week days I wake up at half past ten , first I wash my face, then I have breakfast and next I get dressed. Finally I go to school by car. At school the classes begin at ten past eight. I have lunch at ten past one. I usually have lunch in the school canteen and then I have lessons till twenty past four. Next I go home by tram. When I arrive home I do my homework and I watch TV. Finally I have dinner and I go to sleep. At the weekend I wake up at eleven o’clock, then I usually watch TV or play some computer games. Next I have lunch and then I go to the scouts and I come back home at eight o’clock, but just when I have normal activities. Finally I have dinner and watch TV, then I go to sleep. Bye. Peter João Carita, nº 14, 7º 1ª [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] F R E E D O M I usually get up at 7.30 in the morning. I take a bath and then I have breakfast, I usually eat bread with cheese and I drink juice. I get ready for school. I always go to school by bus. I have lunch in the school canteen. They serve good foods there. After school I go home. I change clothes and go to the bathroom and wash my face and legs. Then I start doing my homework. I have dinner and I watch TV for some time. Finally I go to bed at 11 o’clock in the evening. Rasmi Ranabhat, nº 3, 7º 3ª [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] Freedom is a dream That we all Are fighting for. Freedom is the opportunity Through the last one door. Freedom is a dream that Never came true. Freedom is so wrong Like say that the sky Isn’t blue. Denilson Almada, nº 7, CEF 1OI [Supervisão: Dr.ª Isabel Sequeira] Página 20 BABEL WHAT’S IT LIKE TO BE A TEENAGER? It’s not always easy to be a teenager. It’s a time of mixed feelings. You’re not a child anymore and yet not an adult either. Some students expressed their point of views. What I think is very bad about being a teenager is having pimples. But the positive things are so many more. We have more friends, more social life and more maturity. We are more independent and we’ve grown both in body and mind. André Mourato, nº 4, 8º 2ª [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] The best of being a teenager are the friends, the girlfriends and school. For me basketball, family and friends are everything. They built up my confidence. The worst of being a teenager are the pimples and the growth of a moustache. A teenager’s pimples and moustache are very bad because we really look horrible, ugly and girls do not want to date us. David Silva, nº 8, 8º 2ª [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] Being a teenager is not easy. We have to face new challenges every day. The perks of it are that we have more freedom than when we were kids and we are so much more independent. The bad things are that we have to study a lot more for school and we discover that people aren’t always what they look like. But those friends we‘ve made along the past years are always there to help us when we need them. What I like most of being a teen is that we can think for ourselves. When we are kids, adults always make decisions for us. That’s what I mean when I say we get to be more independent. It’s not that bad being a teenager but ... it isn’t a piece of cake either. Being a teenager is cool, because it’s when we start going out with our friends and it also the time when our parents start trusting us a little more. Because of that we become more independent. It is that time in our life that we have more fun, listen to different types of music, go to concerts, and share secrets with our friends. It is also the time when we start going shopping more often, wearing make-up and doing our hair. But, more independence means more responsibility and I think that’s one of the negative aspects of being a teenager. We also have to help our parents more with the household chores. But I love being a teenager. T E E N ’ S Iara Amaral, nº 11, 8º 2ª [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] Sara Cruz, nº 20, 8º 2ª [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] P R O B L E M S I’m getting very stressed out lately. Tests, homework and classes are coming on me by the tons and I almost don’t have any time for myself, for my family and my friends. My grades are going down and getting worse and my parents are starting to put great pressure on me. There are times when I have a little time for myself, however I can’t enjoy those moments because my parents force me to study. I haven’t played video games, which is something I love doing, simply because I don’t have time. I haven’t slept a wink in days and I’m starting to eat less, which is making me lose weight. I think this is happening because of the stress and the anxiety I’m feeling lately. Could you please help me and give me some advice about the situation? Ana Ferreira, nº 2, 9º 1ª [Supervisão: Dr. Hélio Gonçalves] Hi! My name is Jonathan Curver. I’m fourteen and I’m currently in year 9. A few months ago, my family and I decided to move to another town, thanks to a job that was offered to my father. I could no longer stay in the same school, and I suddenly found myself lost, with my life upside down. I still feel like that, though. Life is an amazing rollercoaster, and that’s what makes it fun! But the recent changes in my life haven’t done me any good. My new school SUCKS! I used to be a straight-A student, but now my grades are getting lower. I feel lonely and unhappy all the time, and my new classmates don’t seem to enjoy my company. They ignore and avoid me as much as they can. I used to be an active member of the school’s community, but now I don’t feel like doing anything. Not even eating, which is a thing I love! I hope I’m not overreacting, but I truly think I am depressed. Mind giving me a friendly advice, in order for me to overcome this gnarly phase of my life? Love Jonathan Sara Gomes, nº 21, 9º 1ª [Supervisão: Dr. Hélio Gonçalves] Página 21 A BABEL G O N Y Dear Marge, I have problems at home because my parents still think I'm a child and do not give me the freedom to do anything. I hate it because while all my friends are having fun, I have to stay home. I think they should have more confidence in me because, after all, I’m doing well at school, I have good behaviour and I‘d never do anything that would embarrass them. I don’t know what to do. Can you help me please? A. Dear A, I think if you really want to have some freedom, you need to talk to your parents and try to find a way to understand each other. They need to learn to trust you and you also have to account for it. [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] Dear Marge, I have a big problem. Some people are writing lies about me. Can you give me some tips because I'm not feeling very well with this situation? Anonymous Dear Anonymous, There are several solutions for this problem. For instance, you can talk to your friends and try to undo those lies about you. If that doesn’t work out or if they write again, you can always talk to your parents or a teacher. Good Luck! [Supervisão: D.ª Anna Nunes] A U N T Dear Marge, I have a problem. At Christmas I've received some extra pocket money to buy my things. But my older brother took my pocket money away, because he said that money is very important and I should save it for other more important things. What should I do? A.M. Dear A.M, Talk to your brother and tell him, that's your pocket money and that he can't take it. If he doesn't respect you, tell your parents about the situation. I’m sure they'll help you. [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] Dear Marge, A friend of mine is having a very big problem. She is fourteen years old and found out that she is pregnant. She is very desperate and scared of her parents. She asked for my help but I do not think that I have enough experience to help her solve this problem. What should I do? G. Dear G, Your friend needs to talk to her parents urgently. Together they will find the best solution for her problem. You can just support her and being a good friend. But the pregnancy situation requires an adult intervention. As I said in the beginning you need to convince her to talk to her parents. [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] nº 1, Alexandra Craivanu, nº 3, Ana do Mar, nº 4, André Mourato, nº 5, Beatriz Cardoso, nº 6, Daniel Fonseca, nº 7, Daniel Marçal, nº 9, Diogo Pereira, nº 10, Guilherme Carmo, nº 11, Iara Amaral, nº 13, Joana Sanders, nº 14, Márcia Silva, nº 16, Ricardo Bom, nº 17, Ricardo Filipe, nº 18, Ricardo Monchique, nº 20, Sara Cruz e nº 21, Sarah Maciel, 8º 2ª Página 22 A BABEL G O N Y A U N T Dear Marge, I have a problem. My parents put me in another school and my new classmates don’t talk to me. They just make fun of me. I don't know why, but I can't have a friend. What should I do? Dear Marge, I worry about school and how to get good results. I worry about my future and the effort I have to do to become an Engineer. I know I have to study hard and for many years. I really want to have a job where I feel happy. Sometimes I also get angry with my brother. He is always annoying me. What should I do? D. Dear D, When I had a problem, I used to talk to my mom and she always gave me good advice, helped me planning my studies and fight for my goals. My mom always listened to me carefully and she helped me prepare my future. I think you should confide in your mum and tell her all about your fears. As for your brother, I know this is normal but once again I believe your mother will be a big help for you both. D. Dear D, To make a good friend, you should first look for someone who pleases you, because a friend is someone who thinks the best of you. They may make fun of you in the beginning, which is almost normal, because they don't know who you are. Let time go by and look for a person you might consider a friend. Then talk to him or her about your likes, what you want to be, those kinds of things, and you will see you’ll be surrounded by friends. [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] Dear Marge, My mum and my dad got divorced and now it’s time to decide who I want to live with. My mum says that I should live with her and my dad says the same. I don’t know who to choose because I can't choose between mum and dad. What should I do? D. Dear D, I know that’s a difficult situation because you shouldn’t have to choose between one of your parents. The best is for you have a conversation with them and try to reach an understanding with them. [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] nº 1, Alexandra Craivanu, nº 3, Ana do Mar, nº 4, André Mourato, nº 5, Beatriz Cardoso, nº 6, Daniel Fonseca, nº 7, Daniel Marçal, nº 9, Diogo Pereira, nº 10, Guilherme Carmo, nº 11, Iara Amaral, nº 13, Joana Sanders, nº 14, Márcia Silva, nº 16, Ricardo Bom, nº 17, Ricardo Filipe, nº 18, Ricardo Monchique, nº 20, Sara Cruz e nº 21, Sarah Maciel, 8º 2ª Página 23 A BABEL G O N Y Dear Marge, I just can't take it anymore, I’m going crazy. Well let me explain it. It all started some weeks ago. Everything was perfect and suddenly my best friend started acting cold and distant. I don't know what to do; I think she's mad at me for some reason. Please tell me, what should I do? Anonymous Dear Anonymous, I had a similar problem just like yours, when I was young. And believe me it wasn’t a piece of cake. So, it is with all my heart that I say that you should absolutely talk to her about it. It is the best thing you could do. Because besides solving your problem, you guys will strengthen your intimacy. A big hug. [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] Dear Marge, Sometimes my parents want to go to some places, I don’t want to go. But they always make me go, and then I can’t stay home doing what I want... What should I do? A. Dear A, I think you should always go with them everywhere they want and try to have fun. Your parents won’t be here forever, so enjoy their company. [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] A U N T Dear Marge, Every time I decide to go on holidays I always end up by changing the destination and going to places I didn’t intend to go. It’s making my holidays worse. What should I do? John Dear John, Looks like you are confusing yourself. You should clear your mind and think about the aspects of the destination you’re pondering about (do pros and cons). Then, if you need a second opinion, ask your friends, but don’t let them influence you too much. Finally when you are sure about the destination, don’t turn back. [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] Dear Marge, Some weeks ago I got a new boyfriend. My friends like him and they are happy for me but they are also a little jealous because I spend most of my time with him and not with them. I’ve already talked to them about this and said I’m sorry about the arguments and that I’ll try to spend more time with them just to cool down the situation but they just don’t stop arguing and stuff … I don’t know what else I can do, so I’m asking for your help. What should I do? Desperately in Love Dear Desperately in Love, I think you should talk once again with your friends and you should also divide your time. Yes, you have to spend time with your new boyfriend but you can't forget your friends. Try to see their point of view and make them see yours. I'm sure everything will turn out ok. [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] nº 1, Alexandra Craivanu, nº 3, Ana do Mar, nº 4, André Mourato, nº 5, Beatriz Cardoso, nº 6, Daniel Fonseca, nº 7, Daniel Marçal, nº 9, Diogo Pereira, nº 10, Guilherme Carmo, nº 11, Iara Amaral, nº 13, Joana Sanders, nº 14, Márcia Silva, nº 16, Ricardo Bom, nº 17, Ricardo Filipe, nº 18, Ricardo Monchique, nº 20, Sara Cruz e nº 21, Sarah Maciel, 8º 2ª Página 24 A BABEL G O N Y Dear Marge, My biggest problem is that I attend a school that is A U N T Dear Marge, I have bad grades at school. Although I study for many hours during the week, I can't get good results. What can I do? SM Dear SM, I think you should study a little more during the week and over the weekend. And, very important too, is to pay more attention in classes. Believe me, if you do that, you will be successful. very far away from home. Most of my friends attend the same school. So, when I come home, at the end of the day, I see that people my age are always together and I don’t want to interfere with their friendship. So, I don’t have many friends where I live. What should I do? SC Dear SC, You shouldn’t think that way; otherwise you’ll never have friends. You should try to meet them, talk to them, so they won’t think you’re interfering with their friendship. That will give you more confidence. Dear Marge, My brother and I share a room and he doesn’t leave my stuff alone. I was telling it to my father when he came in and lied to him. What can I do to make him stop? R.B. Dear RB, First talk your father, alone, and explain him the situation. Then, tell your brother to stop playing with your stuff or try to change to another room. [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] Dear Marge, Every day my mother asks me to go to the baker’s and get some bread. I keep telling her that I’m really tired from school but she insists that I go. What should I do? Dear Marge, At home, we are seven because I live with my grandparents, my uncle, my aunt, my cousin and my mother. It is very cool to live with many people, but sometimes it is RF boring and rather difficult. There are times when I really need my privacy. What should I do? M. Dear M, Well, there’s not much you can do about the situation. Dear RF, Try talking to your mum and make some kind of a compromise with her. Tell her you’ll go every other day and over the weekend. Maybe she’ll go the other days, if [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] she is not too tired herself. But, let me ask you a question? Are you really that tired that you can’t help your mum? Or is it just an excuse for not going? Be a good sport and help her. They just live there, but try talking with your family to see if there’s a little space where you could have a little more [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] [Supervisão: Dr.ª Anna Nunes] privacy. Let me know if it worked out or not. nº 1, Alexandra Craivanu, nº 3, Ana do Mar, nº 4, André Mourato, nº 5, Beatriz Cardoso, nº 6, Daniel Fonseca, nº 7, Daniel Marçal, nº 9, Diogo Pereira, nº 10, Guilherme Carmo, nº 11, Iara Amaral, nº 13, Joana Sanders, nº 14, Márcia Silva, nº 16, Ricardo Bom, nº 17, Ricardo Filipe, nº 18, Ricardo Monchique, nº 20, Sara Cruz e nº 21, Sarah Maciel, 8º 2ª Página 25 BABEL DON´T HATE WHAT YOU DON’T UNDERSTAND! “All animals are equal. But some are more equal than others” George Orwell, “Animal Farm” Every day we see the lack of equality that exists in mankind. It’s everywhere: on our TV screens, on the Internet, on every single newspaper. It haunts us, like a resentful ghost. Many little boys and girls starve, while others refuse to eat their vegetables. Some crave for a shelter from the pouring rain; others will never know what it’s like to sleep under the stars. Enslaved warriors lose their biggest treasures fighting for freedom, while others just throw them in the trash, since those little crawling creatures we call babies are too much of a burden for a working class female. While you were reading this, about twenty children lost their lives to poverty, health complications, hunger and war. A Nigerian girl could have been a ballerina, light and soft, as in her most beautiful dreams. An African boy wished for some education, so he could become a doctor someday and make his parents proud. But not anymore. Aren’t democracy and equal rights part of progress? We’re in the 21st Century after all. Why should we tag people? That guy over there with the big beard is Jewish. Still, he pays his taxes. That big woman who just passed past you in the mall may love to eat, but she still adores her children more than food. And what’s the problem? I wouldn’t mind having two daddies. It would be twice the fun! Has Humanity forgotten about respect? Or have we never known what that was? Sara Gomes, nº 21, 9º 1ª [Supervisão: Dr. Hélio Gonçalves] TEN WORD COMPOSITION LIBERTYANDJUSTICEFORALL Equality, respect, freedom and education are rights that every human being should have no matter their gender, colour, race, sexual orientation or religion. These rights can only be preserved if democracy is guaranteed by our hard work and progress. We must fight to defend the poor and the weak by giving them shelter and health care. Only then can our society be considered just. THOUGHTS OF A FREE PERSON If there is education in the world there will be progress, and the people who study will be able to defend their rights. If people have an education, they’ll work but they will be respected in their work place because they are specialists. On the other hand, this makes me think: Why are there so many people in our country with a higher education degree who don’t have a job and live in places with miserable shelter conditions? Okay… But we still live in a democracy, … right… then why are there still so many situations in which equality HUMAN’S RIGHTS In a free and independent country we live in a real democracy. The well-being of citizens can only exist if there is progress and respect of everyone’s rights. In society, the freedom of a person ends where the freedom of another begins. Equality of rights is something we should all have at work. And it is the right to an education that gives us This country, I mean, Portugal is a democracy, therefore, it’s a land where people enjoy freedom and equality. Here people have the education to respect each other. However, there are some people in Portugal who are outlaws and do not have any respect for the country’s law. For me, these people are disgusting; they are not healthy in Since the beginnings of time there has always been the law of the strongest, girls and women have been discriminated, and some religious creeds have restricted their rights for generations. In our day and age equal rights should be a reality for everyone; people don’t have to be put through such discrimination. We have the resources and power to change. Ana Ferreira, nº 2, 9º 1ª [Supervisão: Dr. Hélio Gonçalves] among citizens seems to be absent? Our society is not perfect, I know, but freedom of speech and thought are still respected… I hope this is still true for my children. Then a more comforting thought comes to mind again… In many other countries people have to fight for their freedom and their rights, and in many situations they even have to fight for basic health care conditions because there aren’t any hospitals or medication where they live. Then I smile and think… I’m happy to be where I am. I hope my children will be too…!? Henrique Sousa, nº 8, 9º 1ª [Supervisão: Dr. Hélio Gonçalves] knowledge. It is also important to live in a society that is able to offer essential health services. Every man should have the right to a house, a shelterwhere he can enjoy the comfort and well-being of his daily life. The fulfillments of human rights are essential to live in harmony and happiness. Tito Campos, nº 25, 9º 1ª [Supervisão: Dr. Hélio Gonçalves] their heads and live in ugly places that remind me of bomb shelters. We have to make progress and work hard in order not to become like them. I know that we can. So let’s preserve our rights, our freedom and our health by placing the bad guys behind bars! Wen Pan, nº 26, 9º 1ª [Supervisão: Dr. Hélio Gonçalves] Página 26 BABEL WE MAKE THINGS HAPPEN We have joined the eTwinning project WE MAKE THINGS HAPPEN. We have learned about different cultures, shared opinions and we found out how proud we are of our culture and traditions. Theseare some of the slides we sent to our European colleagues from Greece, Spain and Italy. 10º GI, 11º GI, 11º AS [Supervisão: Dr.ª Camila Ruivo, Dr.ª Maria do Rosário Máximo, Dr.ª Teresa Neto] Página 27 BABEL WE MAKE THINGS HAPPEN 10º GI, 11º GI, 11º AS [Supervisão: Dr.ª Camila Ruivo, Dr.ª Maria do Rosário Máximo, Dr.ª Teresa Neto] A FILM REVIEW Hannah Arendt Hannah Arendt is a biographical drama film directed by Margarette von Trotta, based on Hannah’s life. It was produced in 2012. The main character is Hannah Arendt, a German-Jewish philosopher and political theorist, played brilliantly by Barbara Sukowa. Hannah Arendt was commissioned by The New Yorker magazine to cover Eichmann’s trial which took place in Jerusalem. The film is interesting because she tried to understand Eichmann’s action, and she understood that the greatest evil in the world is the evil commited by nobodies, by people who obey orders without thinking, by people who became inhumane. She calls this theory the banality of evil. It is not a movie full of action. However, it is a movie that makes us think a lot. If you like this type of movies, I recommend you to see it. Sara Machado, nº 24, André Morais, nº 4,10º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] Página 28 BABEL YOUNG PEOPLE IN THE GLOBAL WORLD WHAT DO YOU STAND FOR? LOVE FRIENDSHIP INTEGRITY JUSTICE CONFIDENCE CREATIVITY ASSERTIVENESS IMAGINATION COURAGE HUMAN RIGHTS FREEDOM TRUST EQUALITY RESPONSIBILITY RESPECT WE STAND FOR LOVE AND FRIENDSHIP I want to talk about my friend Mauro, who I met in my class four years ago. When we were on a school trip to Arrábida, we managed to help each other in order to reach our goal, that was climbing the mountain. Our motto was: Never leave the other behind, help the other to stand up if he falls and motivate each other. It was hard, of course, because none of us had an athletic body or were strong enough to make it easy, but we managed to get it until the end. Mauro is a good friend; he cares about the others, even if he doesn’t show that. After four years, we are still in the same class and we are good friends, like we have always been. André Santos, nº 5, 10º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] My closest pal is called António. He’s also my twin brother so I know him since birth. I also know I´ll love him until the end of times, simply because he is my brother. I think he is smart, funny, sincere and basically awesome! He does not have many life achievements yet, but I believe he will do some crazy and great stuff eventually. I´m crazy about b-ball, he does not like it one bit. We are really different, even physically. I remembered once when I was called to play for the district’s all-star team (I was really happy). But after the required medical check up, the doctor said I couldn’t play in a league no more. The next week he woke me up every single morning to play basketball with me. That’s why we are such good friends; he will do anything for me and I’ll do anything for him! Who do I admire most? Well, that’s easy, my mother! Yes, I know it is a huge cliché to say that but it is true; I admire her not just for her strength but also for her way to face her day to day life. By the eyes of anybody else, she may not seem the most amazing or interesting person in the world, and maybe they are right. She’s an ordinary person; she went to university, married the love of her life and got a job doing what she loves. What’s more, she had three kids, my older brothers and meand has taught us the best way possible. Every time we need her, she´s there, it doesn’t matter how stressful her day has been, she’s always there to calm us with her words or with her smoothest smile. I really admire her and I just hope that one day I’m just as a good mother as she is. Obviously, I will talk about my mother. She is my best friend, she is the most important person in this world for me. She is the woman I admire. I admire her for everything she has done and for everything she’s been through. When I was a little girl she divorced my father, and she started to live alone with me. She took care of me so well! I’m a very lucky girl to have my mom always by my side. She is a fantastic person, woman, friend, wife and special- ly a fantastic mom. Sincerely the only thing I want is to see my mom happy and surrounded by good things in her life, because she has always done everything for me and she always gives me everything that any child deserves, I’m talking about things like love, kisses, hugs and attention. I just want her to know how much I love her and how much I admire her because she never gave up on me. My dad is the person I most admire. He has always fought for a better life. He had a hard childhood and now he wants to give the best to the people he loves, mainly my sister and me. My father’s family was poor and lived in the country. When he was young, he never completed his studies at high school. Later and against my grandfather’s will, he went to the Portuguese Air Force where he studied subjects that he loved and, because of that, he turned into a good student and got the job that he has nowadays. However, a few years ago, my father returned to school to finish his studies. I owe him my lifestyle because if he hadn´t fought so much, I wouldn’t have all the things that I have today. He is my Mandela. José Gustavo Ferreira, nº 14, 10º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] Carlota Cardoso, nº 4, 11º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] Márcia Veiga, nº 20 11º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] Marta Dias, nº 24,11º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] Página 29 BABEL YOUNG PEOPLE IN THE GLOBAL WORLD WE STAND FOR COURAGE AND INTEGRITY When I think about the person that I most admire, Nelson Mandela comes to my mind. All the time he spent in prison, instead of turning him into an angry, vengeful person, only made him more humane. During the apartheid he fought for the rights of black people, when they were mistreated and disrespected. He had a strong political view and I agree with his ideas. After the apartheid he kept fighting for the human rights and changed the lives of many people around the world. He went through many difficult situations which he overcame with a lot of courage. He is my hero and I admire him very much. He died on 5th December 2013 but he will always be an inspiration for me and surely for a lot of people around the world. Miguel Albuquerque, nº 25, 10º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] One of the people I admire is Lynn Barber. I admire her because she fought for her rights to study instead of getting married. When she was about my age (sixteen years old), her dream was about going to study at Oxford. However, her parents and the society put a great deal of pressure on her and then she gave up on her dream. She was an A student all her life, she studied a lot and she also played a musical instrument. One day, when she was in her senior year in high school she met an older man, who she started to date. In a short time, he asked her to marry him. Her parents agreed with the marriage, and they also gave up on the idea of Oxford. The marriage came to an end because he was already married, she was lost and alone. But, with the help of her teacher she struggled to overcome, she went to Oxford and made her dream come true. A few years ago, she wrote a book in which she told her story and how she fought against the traditional ideas of the 60’s. She got married after that and got kids, but with the right age. I admire her a lot, because she overcame her problems and studied to be successful. She fought and she won, and that’s the most important thing in life. Her dream came true and she’s happy. Her book became a movie; she continues to write for a newspaper and magazines, where she discovered she was very good at interviewing people. Lynn Barber has won six British press awards. WE STAND FOR CONFIDENCE, KINDNESS AND RESPECT them have to correct tests and prepare the lessons. They go to bed late. And the next day they get up early to teach their students and give them an opportunity to be someone in life. Besides, they are very kind. I admire the teachers because they are very friendly and they have a lot of patience with their students. Some students misbehave themselves and teachers must deal with that every day. Teachers have a normal life; they have parents and children, they are mothers and fathers. All of W E S T A N D F O R E Q U A L I T Y 21stcentury, the century of the so called equality, but does EQUALITY really exist? Even today, in different parts of the world, we see human beings without a place to call home, with their health being jeopardized because they do not have work or other source of income, so they cannot afford any kind of healthcare. Even today, we see human beings living in countries where progress has completed stopped because freedom is not for everybody but only few enjoy it. WE STAND FOR FREEDOM - WHAT IS FREEDOM FOR YOU? Freedom ? Well, being free is not only accepting yourself and your rights, but also the others and your duties. If you run away from your problems, you can’t say you are free because the problems are controlling you and Ana Rita Julião, nº 1, 11º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] Hugo Leal, nº 13, 11º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] But how can we criticize all these countries when even here, in developed countries, where democracy reigns, we still see human beings who do not have access to proper education, who do not have a decent meal, who do not have a roof over their heads? Where is the so called equality? Our societies need to learn how to respect the human rights. Only then, it will be appropriate to say that we live in a world where equality truly exists. Cristian Sandu, nº 6, 11º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] don´t let you be free. Freedom is to live your life to its fullish, both the good and the bad experiences and never run away or hide from them. David Santa Cruz, nº 8, 10º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] Página 30 BABEL YOUNG PEOPLE IN THE GLOBAL WORLD WE STAND FOR FREEDOM - WHAT IS FREEDOM FOR YOU? Freedom is about having rights, the right to say what I think , to do what I want, the right to be who I am. The right to be free… The smaller you are, the bigger the world seems. Yet, even the tinniest fish is trapped in the oceans, even the greatest man is bound to eat. Freedom is not physical, freedom is an ideal. Freedom is the last stage of peace. José Gustavo Ferreira, nº 14, 10º C Inês Caixado, nº 13, 10º C Freedom! Everyone sees it in their own way. So,it is difficult to explain. Freedom, for me, is when I´m alone in my room, just with my thoughts and my dreams. Raul Moreira, nº 20,10º C I feel freedom when I play the guitar, when I listen to music, when I run… It makes me feel alive. Sara Machado, nº 27, 10º C For me freedom is just being myself. I love dancing, singing and laughing !I´m not afraid to be myself because I have nothing to hide, so I´m an open book. Cláudia Soares, nº 13, 10º AS I feel free when everything is quiet and the only thing I can hear is the wind hitting the trees. I feel free when I´m on the waterfront and the only thing I can hear is the sea hitting the rocks, the cliffs or the sand on the beach. I feel free when I’m alone and nobody tells me what to do and when to do it. For me freedom is being human in the way we want and we most enjoy. I have the sense that the only way we have to feel free is being in peace with ourselves. Rúben Guerreiro, nº 26, 10º AS Freedom is the right to follow our own path, our dreams. But to deserve this right, we must respect the other. André Madeira, nº 1, 11º GI [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] W E S T A N D F O R J U S T I C E , R E S P O N S I B I L I T Y , C R E A T I V I T Y … OUR SCHOOL - On 10th December, Human Rights Day, forty students from classes 11LH and 11C answered a questionnaire about the Human Rights climate in our school. Follow this link if you want to answer this interactive questionnaire. http://www.hrusa.org/hrmaterials/temperature/interactive.php Source: Adapted from David Shiman, Teaching Human Rights (Denver: Center for Teaching International Relations, University of Denver, 1999). Evaluate your school's human rights climate using criteria derived from the Universal Declaration of Human Rights. According to the students ‘evaluation, these are our three strongest points and our three weakest points. OUR SRONGEST POINTS 1. (11) No one in our school is subjected to degrading treatment or punishment. 2. (14) My school community welcomes participants, teachers, administrators, and staff from diverse backgrounds and cultures, including people not born in Portugal. (Arts. 2, 6, 13, 14 & 15) 3. (20) Members of my school have the right to form associations within the school to advocate for their rights or the rights of others. (Arts. 19, 20, & 23) OUR WEAKEST POINTS 1. (6)When someone demeans or violates the rights of another person, the violator is helped to learn how to change his/her behavior. (Art. 26) 2. (21/22)Members of my school encourage each other to learn about societal and global problems related to justice, ecology, poverty, and peace. (Preamble & Arts. 26 & 29) 3.(24)Employees in my school are paid enough to have a standard of living adequate for the health and well-being (including housing, food, necessary social services and security from unemployment, sickness and old age) of themselves and their families. (Arts. 22 & 25) Result of the survey: TEMPERATURE POSSIBLE = 100 HUMAN RIGHTS DEGREES YOUR SCHOOL'S TEMPERATURE: 75% Let’s take action to keep improving the human rights climate in our school! 11º LH e 11º C [Supervisão: Dr.ª Teresa Neto] Página 31 BABEL CONCURSO LITERÁRIO FAZEDORES DE HISTÓRIAS ME NÇÃ O HO NRO S A | E S CAL Ã O C - MO DAL IDA DE 2 A REVOLTA Hoje, estou com vontade de fazer nada, ou coisa nenhuma. Não me apetece arrumar o quarto, mesmo detestando os chiliques da minha querida mãe. O meu pai queria levar-me à pesca e, mesmo sendo uma rapariga pouco dada à vaidade e amando passar algum tempo com o meu progenitor, hoje, não quero. Ele que esturrique as costas, ele que dane as mãos, ele que pesque os seus mixurucos robalos e ele que meta as mãos nas minhocas. Não quero. Só me apetece dormir, já nem os livros me interessam. Estarei doente? Porém, fazer nada ou coisa nenhuma não ajuda em nada uma pessoa aborrecida como eu. Talvez me retire da minha cómoda e monótona preguiça para contar uma história a quem quer que seja que por aí me queira ouvir. Julgo eu que fartos estais vós de princesas e sapos, castelos e palácios com príncipes que afinal de contas são sapos. Então, o que vos vou contar agora talvez vos interesse. Num momento não muito longínquo do atual (para fugir ao velhíssimo cliché do “Era uma vez …”), a Terra dos cravos, exímio país a um suspiro de distância do mar, estava envolta numa austera, apagada e vil tristeza. As ruas calcetadas formigavam de indivíduos de ar lúgubre e encovado, os craveses, povo daquela tétrica pátria. O que os habitantes não sabiam era que, apesar de anónima e aparentemente insignificante, a Terra dos Cravos possuía inúmeras qualidades. As pessoas eram de todas as raças, formas e feitios, uma verdadeira mixórdia de gentes: na sua maioria, morenos e de modesta estatura. As exceções eram mais do que muitas: uns mostravam-se como que vindos do outro lado da fronteira, autênticos postes com pernas, com cabelos que com pouca corrupção lembravam o ouro, e outros de estreita visão, fanáticos por um bom arroz. De vez em quando, lá aparecia um de fulva cabeleira para se juntar à festa. Neste país tão humildemente pequeno, os verões eram solarengos, os invernos brandos e as primaveras gentis. Os méritos do passado marino eram mais que muitos. O peixe, iguaria inigualável da região, era do mais fresco que havia e todos os anos celebravam com este as típicas tradições, com sangria e salada de pepino e pimento à mistura. As mulheres, os homens e as crianças dançavam e saíam à rua, festejavam a sua embriaguez de euforia e, por uma só noite, esqueciam o quão eram infelizes. De que se queixavam então? Seria dos fatos rotos e remendados, dos pés frios a sentir as arritmias do Mundo? Ou seria da fome que lhes consumia as entranhas, a necessidade constante e impertinente nunca satisfeita? O homem que acabara de virar a esquina estava a caminho de uma audiência de divórcio para lutar pela custódia da sua única filha. A dama do vestido funesto e negro que caminhava pela avenida, com o passo moroso e o olhar vago, ia visitar o jardim onde repousava a paixão extinta algures na guerra. O rapazinho dos jornais, ligeiro na bicicleta de rodas gastas, confinado estava a tão redundante tarefa, ao modo de pôr comida na mesa. Todos nós temos os nossos problemas, assim como eu tenho a minha inércia já antes referida. Porém, nesse lugar onde o vento faz a curva e o oceano para para descansar, o silêncio ao qual as gentes estavam confinadas era uma questão de todos. Não podiam discuti-la. Réproba fosse a maldita criatura que contestasse o Chefe, assim conhecido, a quem deviam respeito divino e incondicional. A península poente estava condenada a permanecer desconhecida e consternada. Com frequência recordavam outros irmãos que, ao fazer a paz, faziam também assim a sua sentença de morte: todos os que tinham um sonho, que imaginavam, cativos do xadrez fatal ou abatidos que nem cães raivosos e jazendo pútridos, heróis desfeitos, num buraco emoldurado de pacíficas rosas brancas, talvez mais brancas do que a paz e o descanso eterno que inspiravam. Pergunto-me eu, na minha lamentável qualidade de locutora, se haveria cravos de tão alva e límpida fragilidade para os que por esta encarnada pátria perdessem a sua única e mais gratuita dádiva, a própria vida. Os craveses eram laboriosos, passivos na sua condição de quietude; todavia, homens de grande virtude. Ainda que muitos fossem iletrados ou leigos nas ciências da humanidade vasta, isto não os tornava dignos de tratamento “abaixo de cão”. Cansados do seu castigo de redenção, decidiram, por fim, agir. Conspirando pelos cantos mais escondidos (ai, se o Chefe visse! Mas e se o Chefe estava em todo o lado?!), planearam uma revolta. Uma revolta, senhores! O povo calado e que baixava a cabeça a revoltar-se! Onde já se viu tamanha calamidade?!bastavam já as décadas da ditadura, pisados e espezinhados como insetos. Oblívios ao que uma revolução pudesse ter como consequência e nunca perdendo a esperança, planejaram silenciosamente o que seria a primeira luta desarmada. Seriam, o quê? Umas onze da noite, talvez. Isso não importava no momento. O sinal soou em todos os rádios, em todos os lares da cidade e, sim, eles sabiam. Chegara finalmente o dia D, le jour J, der tag T, il giorno G. De qualquer maneira, o idioma era o menos importante quando se tratava da hora H (e aqui findo o meu balbucio alfabético…). Saíram às ruas, por fim. O alívio, o orgulho, o medo, a fúria e tudo o resto numa só emoção mista e única, sem definição possível ou imaginável. A loucura era geral, mas a noite abissal não os impedia; nem os cassetetes da autoridade fascista, nem o Chefe, furioso entre as quatro paredes do seu palácio de tijolo, nem o terror no qual haviam vivido mergulhados todos aqueles anos. E que belo espetáculo armaram, público de si mesmos na sua gloriosa conquista, as únicas armas sendo as espingardas livres da pólvora e a voz que teimava em não enrouquecer. Se venceram? Sim e não. Derrubaram o Chefe. O dinheiro não era muito. O homem da esquina ainda lutava pela filha. O rapazinho dos jornais ainda precisava de trabalhar para sustentar a sua família, e nenhuma revolução traria o defunto marido da senhorita de negro de volta. A Terra dos Cravos deve já ter um nome mais digno e agora bem definido na cabeça do leitor, algo familiar e conveniente à história que contei. A Terra dos Cravos (ou seríamos nós?) demoraria ainda tempos infindos a ser opulenta. Contudo, por agora (ou seria Portugal?), era livre. Não será isso o que mais importa? Sara Gomes, nº 21, 9º 1ª Página 32 BABEL A correção linguística e a revisão dos textos produzidos pelos alunos são da inteira responsabilidade dos respetivos professores. BABEL - Publicação Plurilingue do Departamento Curricular de Línguas - Número 11 FICHA TÉCNICA CONCEÇÃO | EDIÇÃO | ARRANJO GRÁFICO: Maria João Queiroga SELEÇÃO DE IMAGENS: Professores que colaboraram neste número COLABORARAM NESTE NÚMERO: PROFESSORES - Anna Nunes, Camila Ruivo, Hélio Gonçalves, Inácia Pereira, Isabel Sequeira, Maria da Paz Vieira, Maria do Rosário Máximo, Maria do Rosário Pinto, Maria João Queiroga, Nuno Soares, Teresa Neto, Zelinda Pontes ALUNOS - Alexandra Craivanu, Aline Serpa, Ana Catarina Matos, Ana Catarina Ribeiro, Ana do Mar, Ana Lúcia Oliveira, Ana Ferreira, Ana Quaresma, Ana Rita Julião, Ana Sofia Fonte, Ana Xambre, Anastasiya Adamenko, André Madeira, André Morais, André Mourato, André Santos, André Silva, Bárbara Santos, Beatriz Cardoso, Beatriz Mouzinho, Beatriz Silva, Bruno Janeiro, Carlota Cardoso, Catarina Barros, Cláudia Soares, Cristian Emanuel Sandu, Cristiana Leal, Cristiana Marques, Daniel Fonseca, Daniel Marçal, Daniela Baptista, Daniela Coelho, Danuta Nadenteche, David Santa Cruz, David Silva, Denilson Almada, Diana Silva, Diogo Barros, Diogo Pereira, Flávio Santos, Gabriel Silva, Gabriela Maciel, Guilherme Carmo, Henrique Sousa, Hugo Leal, Iara Amaral, Inês Cabral, Inês Caixado, Jéssica Cordeiro, Joana Marino, Joana Sanders, João Carita, João Garcia, Jorge Baptista, José Batista, José Gustavo Ferreira, Leonardo Feijão, Leonardo Rua, Luís Castelhano, Madalena Carita, Madalena Pedro, Mara Altmann, Mara Boyce, Márcia Alexandre, Márcia Silva, Márcia Veiga, Maria Inês Frazão, Maria Tomásio, Marina Oliveira, Marta Alves, Marta Dias, Miguel Albuquerque, Miguel Garcia, Miguel Graça, Miguel Lopes, Miguel São João, Miguel Victor, Natacha Amorim, Nuno Carvalho, Nuno Silva, Patrícia Sequeira, Pedro Mónica, Pedro Nascimento, Rasmi Ranabhat, Raul Moreira, Ricardo Bom, Ricardo Filipe, Ricardo Monchique, Ricardo Reis, Rita Moreira, Rodrigo Carvalho, Rúben Guerreiro, Sara Cruz, Sara Gomes, Sara Machado, Sarah Maciel, Sérgio Carvalho, Tânia Morgado, Tiago Russo, Tito Campos, Vital Hakman, Wen Pan, Yu Jiaqi e alunos das turmas 10º GI, 11º GI, 11º AS, 11º LH, 11º C TIRAGEM A PRETO E BRANCO (FOTOCÓPIA): 30 exemplares PREÇO: 1 € TIRAGEM A CORES: 12 exemplares PREÇO: 5 € PROPRIEDADE: Escola Gil Vicente | Agrupamento de Escolas Gil Vicente Tel. 21 886 00 41 Fax: 21 886 88 80 E - mail: [email protected] Rua da Verónica, 37 - 1170-384 LISBOA Web: http://www.esec-gil-vicente.rcts.pt