Climat France_Port
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Climat France_Port
Um apoio firme na implementação dos acordos internacionais As nações industrializadas devem colectivamente estar na vanguarda da luta contra as alterações climáticas e os seus efeitos. Pela parte que lhe toca, a França pretende assumir plenamente a sua parte de responsabilidade, empenhando-se, prioritariamente, no controlo das suas próprias emissões de gases de estufa. A França avança a partir de agora com uma proposta de acção a longo prazo, no quadro de um esforço internacional equitativamente partilhado, no âmbito do qual os países industrializados poderão orientar-se na direcção de uma redução de 74% das suas emissões até 2050. Numa lógica de solidariedade, e em conformidade com os seus compromissos assumidos no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a França contribui para a luta contra as alterações climáticas implementando, com os seus parceiros, em todos os continentes, projectos relativos quer à redução das emissões de gases de estufa, quer à adaptação às alterações climáticas. A França respeitará o compromisso assumido no quadro da Convenção de Bona (COP 6-bis, Julho de 2001) de aumentar a sua ajuda anual a favor dos países em desenvolvimento no domínio da prevenção e da adaptação às alterações climáticas, estando a sua contribuição definida em 40,8 M $ a partir de 2005. A França compromete-se também a favor dos mecanismos de projectos previstos pelo protocolo de Quioto, nomeadamente através da assinatura de acordos bilaterais visando a promoção e a realização de projectos no âmbito do mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), ou que estejam no quadro do mecanismo da implementação conjunta (MAC). Cerca de uma dezena de acordos1 foram assim assinados pela França. Do aumento das contribuições financeiras à cooperação internacional no domínio da luta contra as alterações climáticas A França exprime a sua determinação em acções concretas, quer nos financiamentos concedidos aos fundos especializados ou a diversos organismos multilaterais, como nos financiamentos realizados num quadro bilateral: – Em primeiro lugar no que concerne às contribuições a título da ajuda multilateral, as suas contribuições para o Fundo para o Ambiente Mundial (FAM), posicionam-na actualmente entre os 5 primeiros doadores. Dado que a sua participação aumentou em 25% no período 20032007, a parte francesa, apenas na vertente “clima” do FAM, encontra-se avaliada em 16 M$/ano. A França contribui também para 24,3% do orçamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), que apoia muitos projectos de adaptação ou de atenuação às alterações climáticas nos países parceiros. Ela intervém igualmente neste domínio através da sua participação financeira noutras instituições multilaterais, que possuem todas a componente “alterações climáticas”. Para além disso, a França encontra-se entre os primeiros contribuidores para o orçamento da Convenção Clima e co-financia o Fundo para a participação no processo. Para assegurar o sucesso do mecanismo para um desenvolvimento limpo, a França encontra-se também entre os primeiros países contribuidores para o orçamento de funcionamento do Conselho Executivo do MDL, com um montante acumulado de mais de 1,1 M$ no período 2003-2005. – No que concerne às suas intervenções bilaterais, os financiamentos que contribuem para a diminuição das emissões de gases de estufa concedidos pela França, deveriam alcançar em média cerca de 220 milhões de euros por ano no período 2002-2005. Conforme ilustrado nos exemplos das páginas seguintes, os projectos que beneficiam também de ajuda financeira da França são de natureza muito variada e destinam-se a países situados em todos os continentes, mobilizando todos os actores franceses envolvidos na luta contra as alterações climáticas (Missão Interministerial para o Efeito de Estufa, Ministérios da Economia, das Finanças e da Indústria, Ministério dos Negócios Estrangeiros e Europeus, Agência Francesa de Desenvolvimento, Fundo Francês para o Ambiente Mundial, etc.). A última página desta brochura especifica o papel respectivo de cada um destes actores. 1 Acordos assinados (por ordem alfabética) com a Argentina, o Brasil, a Colômbia, o Chile, Marrocos, México, a Roménia e o Uruguai. Sudeste Asiático Fundo de investimento para a cogeração e eficácia energética Ásia Ásia 0 Parceiros China Recuperação das emissões de metano em três minas de carvão Parceiros Província de Henan, MINEFI, Burgeap e Écocarbone China Programa de eficácia energética na construção de habitação social Parceiros Ministério da Construção Chinês, províncias de Heilongiang e Liaoning, cidades de Pequim e de Xangai, MEDAD, FFEM, ADEME Montante 493 M€, dos quais 6,0 M€ subvenção FFEM Contexto e resultados A China constrói anualmente 200 a 300 milhões de m2 de alojamentos em meio urbano e 700 milhões de m2 em meio rural. O sector residencial representa cerca de 28% do consumo total de energia do país. O controlo das despesas energéticas por alojamento tornou-se uma questão crítica na luta contra as alterações climáticas. A Fase I do projecto permitiu colocar em prática soluções técnicas inovadoras, que reduziram em metade os consumos energéticos por alojamento novo construído com um custo adicional de construção por m2 limitado a 7%. A Fase II do projecto, que está a ser realizada na província de Heilongiang e dá ênfase à eficácia energética (operações de reabilitação de habitações sociais e rurais). Em Xangai e Pequim, o objectivo consiste em melhorar a qualidade ambiental dos edifícios, apoiando-se nomeadamente num guia e empenhando-se em ultrapassar a regulamentação térmica em vigor. Montante 0,6 M€ em financiamento FASEP Contexto e resultados A China produz anualmente mais de 1,5 biliões de toneladas de carvão. Esta produção está associada a uma forte produção de metano (grisu) e é muito geradora de gás de estufa. O estudo de viabilidade financiado identifica as soluções técnicas e económicas para melhorar a segurança dos mineiros, ao mesmo tempo que recupera e valoriza energeticamente o metano proveniente de três minas de Henan (5,6 MteqCO2/ano). A recuperação será completada pela preparação de três projectos MDL (PDD) para registo no Conselho Executivo do MDL (CE MDL). [Apoio a um potencial projecto MDL Fondelec, Proparco (grupo AFD), Banco Asiático de Desenvolvimento, JBIC, outros Montante 37,2 M€ para a primeira tranche (com uma participação da Proparco de 4 M€), 120 M€ previstos para a segunda tranche Contexto e resultados O sudeste asiático, com o seu grande crescimento económico, tornou-se muito dependente das importações de energias fósseis. No entanto, dispõe de um “jazigo” importante em matéria de economias de energia (indústria e sector terciário) e de um forte potencial no domínio da cogeração (a partir da biomassa) e de energias renováveis. O fundo de investimentos “Global/Asia Clean Energy Services Fund” oferece às empresas (agroindustrias, complexos comerciais ou residenciais, indústrias de transformação, produtores de electricidade, colectividades, etc.) uma solução técnica, organizacional e financeira completa para redução dos seus custos energéticos, originando simultaneamente um impacto significativo nas emissões de gases de estufa. Uma cooperação diversific África e Mediterrâneo Transferência de tecnologia e formações “energias” África e Mediterrâneo África e Mediterrâneo 0 Toda a África Programa “Africa Assist” para o desenvolvimento de projectos MDL Parceiros Países receptores, Banco Mundial, AFD, MAEE, FFEM Montante 14 M€ dos quais 2,0 M€ em subvenção FFEM Contexto e resultados África dispõe de um importante potencial de projectos de investimentos elegíveis ao MDL. O programa apoiará 40 projectos MDL exemplares durante 4 anos, representativos dos sectores e das regiões nos seguintes domínios: fábricas de cimento, minas, refinarias, centrais eléctricas, agroindustrias, transportes, lixos e tratamento da água. O projecto engloba quatro vertentes: a avaliação do potencial MDL por regiões e sectores, formação dos actores públicos e privados, apoio na montagem financeira dos projectos MDL, capitalização e difusão. O impacto sobre o efeito de estufa deverá ultrapassar 2 milhões de teqCO2. Parceiros Agências dos países receptores, ADEME, IEPF, EDF, UNESCO e outros Montante 0,5 M€ em subvenção ADEME Contexto e resultados A ADEME com os seus parceiros criou plataformas de formação para o controlo da energia nos edifícios e para a energia rural para o desenvolvimento (ERD). Estas plataformas destinam-se aos actores locais que se tornam operadores (o CDER em Marrocos, a ANME na Tunísia, o EIER no Burkina Faso, o SDRC no Zimbabwe…). A existência de programas de electrificação em grande escala é uma condição necessária para a implementação de plataformas multienergia (fotovoltaica, eólica, hidráulica…) para a formação a diferentes níveis: do decisor ao utilizador. A título de exemplo, o CDER tem formados actualmente mais de 1 000 estagiários que se tornaram operadores, condição indispensável para o bom funcionamento dos 100 000 kits solares instalados em Marrocos e que beneficiam perto de 700 000 pessoas. África do Sul Financiamento da modernização dos aterros municipais de Durban Parceiros Município de Durban, AFD Montante 6 M€ empréstimo AFD Contexto e resultados A cidade de Durban (3,1 milhões de habitantes) decidiu modernizar os seus três aterros municipais através da recuperação do metano valorizável sob a forma de electricidade (7 MW). A AFD concedeu um empréstimo directo ao município, empréstimo garantido pelas receitas em divisas resultantes da venda ao “Prototype Carbon Fund” (PCF) do Banco Mundial das URCF geradas pelo projecto. Esta solução financeira inovadora de cobertura de risco poderá ser alargada a outros projectos. [Financiamento de um projecto MDL Vietname Programa de desenvolvimento de um sistema integrado sustentável de transportes colectivos da Grande Hanói América Latina América Latina Parceiros Comité popular de Hanoi-MPI, Tram & Public Transportation Development Management (Gestão do Desenvolvimento dos Transportes Públicos & Tranvias), MINEFI, AFD, FFEM, Isted, Systra, Thales 0 Montante cerca de 450 M€ dos quais 165 M€ de empréstimo RPE do MINEFI aos quais se acresce um empréstimo AFD (40 M€) e uma subvenção de 2,7 M€ FFEM e FASEP Chile, Colômbia Plantações florestais geradoras de rendimentos em meio rural Contexto e resultados Hanói (cidade de 3 milhões de habitantes) enfrenta actualmente problemas de congestão dos transportes e de poluição confirmados (segundo um diagnóstico recente aprofundado realizado pela ADEME e os seus parceiros vietnamitas). Para responder a este desafio, a cooperação francesa, através dos seus instrumentos complementares (FFEM e FASEP), financiou o estudo de viabilidade de um sistema integrado sustentável de transportes, associando redes de transportes colectivos rodoviários e ferroviários no centro de Hanói e vias reservadas pedonais e para as bicicletas, bem como o estudo de viabilidade de uma primeira linha piloto de transporte ferroviário urbano. Parceiros MEDAD, MINEFI, ONF International Montante 0,5 M€ em financiamento FASEP Contexto e resultados Uma vez que solos destes países ficavam muitas vezes degradados pela desflorestação e pela erosão, a realização de florestas bem geridas pode regenerar o ambiente local e criar rendimentos para as populações locais, graças à venda da madeira (lenha e madeira para obras) e à cessão dos créditos de emissão (URCE) associados ao sequestro do carbono nestas plantações (através do MDL). A intervenção levou a 4 estudos de viabilidade tomando em consideração a pesquisa dos investidores e a partilha dos benefícios com as populações locais. Ela permitiu a construção dos dossiers com vista à preparação da elegibilidade destes projectos no MDL. Foram já plantados 4 500 ha de floresta. A realização destes projectos deverá alcançar no final uma redução das emissões de gases de estufa em cerca de 1,1 MteqCO2 em 20 anos. Dois outros países, fora da América Latina, encontram-se também abrangidos pelo projecto (Gabão e Azerbeijão). [Apoio a potenciais projectos MDL cada para dar resposta às necessi Senegal Argélia Estratégia nacional de controlo da energia Parceiros Ministério da Energia e das Minas, MAEE, Agência para a Racionalização da Utilização da Energia (APRUE), ADEME, Explicit Montante Marrocos Projecto MDL do parque eólico da fábrica de cimentos de Tétouan Parceiros Lafarge Maroc, FFEM, Seed, Ads Maroc Financiamento local e subvenções de 0,30 M€ MAEE e 0,16 M€ ADEME Montante Contexto e resultados Contexto e resultados Num contexto de retoma económica que poderá fazer duplicar o consumo de energia até 2020, a ADEME e o MAEE dão o seu apoio à APRUE argelina. Esta cooperação permitiu a elaboração de uma estratégia nacional de controlo da energia com a aplicação de procedimentos e de financiamentos em diferentes sectores consumidores. Já operacional, ela faz parte integrante das acções do Ministério da Energia e Minas da Argélia. A ADEME apoia, para além disso, o desenvolvimento de campanhas de sensibilização sobre o controlo da energia destinada ao público em geral. 10 M€ para o parque eolico, 0,1 M€ de subvenção FFEM A Lafarge Maroc construiu um parque eólico de 10 MW para alimentar com electricidade, em cerca de 50%, a sua nova fábrica de cimento ultramoderna de Tétouan, caracterizada por uma grande eficácia energética e ambiental. A Lafarge Maroc, empresa mista Lafarge-SNI, quis que o FFEM (linha orçamental FAAEC) desse um apoio para desenvolver o dossier MDL correspondente. O projecto economiza 30 000 teqCO2 por ano. A experiência adquirida será capitalizada e difundida. MDL inscrito pelo Conselho [Projecto Executivo do MDL Fosfatos – Novo procedimento industrial com baixa emissão de gás carbónico Parceiros Indústrias químicas do Senegal (ICS), ministério delegado para o ensino superior e a pesquisa (MESR), FFEM, gabinete de pesquisas geológicas e mineiras (BRGM) Montante 7,6 M€, dos quais 1,1 M€ em subvenção FFEM Contexto e resultados O Senegal pretende explorar novas reservas constituídas por fosfatos carbonados, ao mesmo tempo que minimiza as emissões de gás carbónico geralmente associadas ao tratamento pela calcinação dos carbonatos, através de uma flutuação selectiva das partículas fosfatadas e carbonadas. Esta tecnologia permitirá evitar a emissão anual de 250 000 teqCO2 para uma produção de 1 milhão de toneladas de concentrado. A generalização desta tecnologia a nível mundial poderá levar a uma redução de emissões de pelo menos 4 milhões de teqCO2 por ano. México Chile Brasil Gestão dos lixos domésticos de São Paulo Parceiros Cidade de São Paulo (Limpurb), MINEFI, ACT Consultants e Trivalor Montante 0,44 M€ em financiamento FASEP Desenvolvimento de esquentadores solares em zonas rurais Foram preparados esquemas de conjunto para o tratamento dos lixos, contendo ao mesmo tempo soluções técnicas (recolha, triagem, tratamento) e soluções de organização institucional e financeira validadas pelas direcções técnicas da cidade (Limpurb). No final destes estudos, a cidade de São Paulo concessionou em 2004 a recolha e o tratamento do seu lixo. Este concessionamento, incluindo a triagem e a compostagem dos lixos, assegura não só o controlo das poluições relacionadas com os lixos, mas também uma diminuição das emissões de gases de estufa (fermentação aeróbia). Parceiros Distrito federal, EDOMEX, ECOMEX, MAEE, FFEM Parceiros Comissão nacional chilena da energia, MINEFI Montante 0,145 M€ em financiamento FASEP Contexto e resultados Contexto e resultados Conversão para gás natural comprimido de táxis, miniautocarros e autocarros Apesar de um clima geralmente ensolarado, os aquecedores solares são pouco utilizados no Chile, particularmente em meio rural, enquanto que a energia eléctrica, quando disponível, é frequentemente cara. O projecto consiste num apoio ao governo com vista à definição de uma política de difusão do esquentador solar em meio rural e realização de um primeiro projecto-piloto. A difusão dos esquentadores solares em meio rural gerará reduções nas emissões de gases de estufa, fornecendo ao mesmo tempo um serviço de menor custo para o utente individual ou colectivo (escolas, hospitais, hotéis, restaurantes…). Montante 13 M€ dos quais 2,9 M€ em subvenção FFEM Contexto e resultados A cidade do México (DF) e a sua região (EDOMEX) enfrentam graves problemas de congestão de transportes e de poluição. A difusão de veículos de transporte colectivo pouco poluidores a gás natural comprimido é uma das soluções. A Fase I, centrada na cidade do México, permitiu a conversão para gás natural de 777 mini-autocarros e de duas estações de serviços especializadas. A fase II, alargada à periferia de México abrange 2 000 táxis e autocarros que funcionam nos grandes percursos de transporte colectivo. Este projecto insere-se num projecto mais amplo de desenvolvimento dos transportes colectivos e de corredores reservados. No seu todo, o programa contribuirá eficazmente para a redução das emissões de gases de estufa. Peru Tratamento dos lixos de três municípios Parceiros CONAM e SONAM (Peru), MINEFI, Triperou Montante 0,4 M€ em financiamento FASEP para o estudo de viabilidade, podendo os investimentos ulteriores, caso haja decisão favorável, ser financiados pela “Corporación Andina de Fomento” (CAF) e um conjunto de instituições bancárias Contexto e resultados Os estudos de viabilidade comparam as opções técnicas, económicas, organizacionais e financeiras para a recolha, a triagem e o tratamento dos lixos por compostagem com a preocupação de integração do sector informal (preservação dos empregos), de reciclagem óptima e de minimização dos impactos ambientais, incluindo as alterações climáticas (supressão das rejeições de metano pela compostagem). Este projecto poderá conduzir à montagem de um dossier no âmbito do MDL. idades dos seus parceiros Europa do leste Europa do leste 0 Europa de Leste, Europa Central e Balcãs Trocas entre colectividades locais em matéria de controlo da energia e de luta contra as mudanças climáticas Parceiros Municípios, associação Energia – Cidades, ADEME, Comissão Europeia (TAIEX, DGTREN), Ministério dos Negócios Lituânia Estrangeiros e Europeus Estruturação de uma área regional madeira – energia Montante Parceiros Ministério do Ambiente (Lituânia), MEDAD, FFEM, Litesko (grupo Dalkia) Montante 7,6 M€, dos quais 1,0 M€ em subvenção FFEM Contexto e resultados A Lituânia dispõe de importantes recursos em lixos florestais e em subprodutos da indústria da madeira, actualmente pouco valorizados. Paralelamente, algumas cidades secundárias dispõem de redes de calor alimentadas a gás natural ou a fuelóleo. A exequibilidade de centrais de aquecimento urbano que queimam troncos de madeira foi técnica e economicamente demonstrada pela Litseko em alguns locais. A sua generalização a outros centros secundários do sul do país necessitou de um estudo prévio de toda a área madeira – energia (gestão florestal, recursos em lixos de madeira, organização e economia da área, financiamento dos exploradores e transportadores, funcionamento do mercado, etc.). O desenvolvimento destas centrais que funcionam com a biomassa permite evitar um aumento importante dos custos do aquecimento doméstico, contribui para a melhoria da balança comercial do país e tem um impacto importante em termos de redução das emissões de gases de estufa. Este projecto poderá ser apresentado no âmbito da MOC. [Apoio a um projecto MOC 0,4 M€ em subvenções diversas Contexto e resultados Em parceria com a associação Energia – Cidades, a ADEME apoia a montagem de associações de municípios para o controlo da energia na Europa alargada (redes existentes na Polónia, Roménia, Bulgária, e mais uma dezena em vias de criação). Estas estruturas de cooperação descentralizada permitem trocas permanentes de experiências e de boas práticas. No final, elas visam confortar o papel central das colectividades locais na luta contra o efeito de estufa, fornecendolhes instrumentos concretos para agir. Um fórum anual (fórum BISE) agrupa todos os parceiros do programa para fazer valer a posição das colectividades locais no debate europeu sobre a energia. República Checa Centro de aproveitamento energético dos lixos na Morávia – Silésia Parceiros Município de Ostrava, MINEFI e CDF Engenharia Montante 0,2 M€ em financiamento FASEP Contexto e resultados Estudo de viabilidade técnico-económica de um projecto de fábrica de incineração dos lixos domésticos, acoplado a um estudo de rentabilidade, para preparar o município de Ostrava na implementação de um projecto de valorização energética dos lixos e na integração da problemática da intercomunidade para se alcançar uma massa crítica de lixos para aproveitamento. Esse projecto aliará o controlo das poluições relacionadas com os lixos, a diminuição das emissões de gases de estufa e produção de energia gerada pela biomassa destes lixos. Uma parceria para a investigação sobre as alterações climáticas Para além dos muitos projectos de cooperação económica incluindo uma vertente de “luta contra as alterações climáticas”, a França participa activamente nas pesquisas que permitem compreender melhor os mecanismos do clima e desenvolver soluções técnicas, com vista a atenuação e a adaptação às alterações climáticas. A Méteo France participa assim activamente nos trabalhos do Grupo Intergovernamental de Peritos sobre a Evolução do Clima (GIEC), em matéria de simulação numérica, no programa “Global Climate Observing System” (GCOS) de vigilância do clima, e dá assistência aos países africanos através do “African Center for Meteorological Applications for Development” (ACMAD) e do programa “Análise Multidisciplinar das Monções na África Ocidental” (AMMAO). O Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronómica para o Desenvolvimento” (CIRAD) coopera, pela parte que lhe diz respeito, com um grande número de países em desenvolvimento sobre a questão das florestas, da protecção dos solos, do desenvolvimento de variedades mais resistentes às alterações climáticas e da utilização energética da biomassa. O Gabinete Nacional das Florestas (através da sua estrutura especializada ONF International) é muito activo em silvicultura associada a projectos “poços de carbono”. O Gabinete de Pesquisas Geológicas e Mineiras (BRGM) participa em projectos de sequestro do carbono e de gestão dos recursos hídricos, o Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) realiza vários programas de vigi- lância por satélite da atmosfera e das alterações climáticas, o Instituto Francês do Petróleo (IFP) trabalha sobre os combustíveis provenientes da biomassa, o Comissariado para a Energia Atómica (CEA) faz pesquisas sobre os sistemas solares fotovoltaicos e o Centro Científico e Técnico da Construção Civil (CSTB) trabalha sobre técnicas de construção que economizam energia. Através de todos estes organismos, a França coopera com os países parceiros para desenvolver soluções técnicas que contribuam para a luta contra as alterações climáticas e para o desenvolvimento sustentável. Uma variedade de instrumentos para apoiar os projectos internacionais de atenuação ou de adaptação às alterações climáticas, bem como projectos realizados no quadro do protocolo de Quioto (artigos 6 e 12) Para apoiar os seus parceiros na luta contra as mudanças climáticas, a França muniu-se de um conjunto de instrumentos complementares para (1) desenvolver a cooperação institucional, (2) apoiar a implementação de projectos “alterações climáticas” e (3) mobilizar financiamentos na forma de empréstimos e de subvenções. Para facilitar a montagem dos projectos MOC ou MDL, um Guia dos Mecanismos de Projecto Previstos pelo Protocolo de Quioto, em três tomos, foi editado em francês e em inglês. Este guia encontra-se disponível nos sites www.effet-de-serre.gouv.fr e www.missioneco.org ou, no estrangeiro, nas missões económicas das embaixadas de França. O governo Francês designou a Missão Interministerial do Efeito de Estufa (MIES) como autoridade nacional para a autorização de projectos MDL e como ponto de contacto para os projectos MOC. Actores/ Tipo de apoio Cooperação institucional Apoio na implementação de projectos Apoio ao financiamento dos projectos Principais zonas de Intervenção MIES Responsável pelas negociações sobre o clima Autoridade nacional designada (AND) e ponto de contacto designado (PCD) Preside o comité de supervisão da FAAEC Supervisão dos acordos bilaterais MEDAD Acordos bilaterais Cooperação nos planos nacionais de alocação Capacitação, assistência técnica na implementação de projectos (trabalho com o Banco Mundial no CF Assist) Projectos FFEM realizados pelo MEDAD (China Lituânia, Líbano) Europa de Leste, Mediterrâneo, Ásia MAEE Acordos bilaterais Formação para as negociações sobre o clima Assistência técnica Subvenção de operações de referência África, Mediterrâneo, Sudeste Asiático, China MINEFI/DGPTE Acordos bilaterais e sua implementação FASEP-Estudos subvenção 0,1-0,5 M€/projecto RPE empréstimo de longo prazo em condições preferenciais 10-100 M€/projecto Garantias COFACE Países emergentes e em transição MESR Cooperação internacional e investigação sobre o clima Avaliação científica e técnica Contribuição dos grandes organismos de pesquisa e agências de apoio à pesquisa e à inovação Todos os países AFD et Proparco Reforço institucional MDL FFEM ADEME Cooperações bilaterais e descentralizadas Redes de agências homólogas Parcerias científicas e técnicas Todos os países Subvenção – Tomada de participação África, Mediterrâneo, Empréstimo a longo prazo 5-50 M€/projecto Sudeste Asiático, China Garantias Subvenção 30-50 K€/projecto para projectos MOC e MDL Subvenção e co-financiamento (0,5-2,5 M€)/projecto) Todos os países em desenvolvimento e em transição Perícia e assessoria Capacitação (Reforço de competências) Promoção das eco-tecnologia Co-financiamento e acompanhamento de operações de referência (estudos, formação, comunicação) Europa de Leste, Magreb, África Ocidental, países emergentes Nota: O Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da OCDE deve em breve definir as regras de compatibilização da APD no caso da sua utilização para financiar um projecto MDL. Fica desde já claro que a APD não pode ser utilizada para a aquisição de créditos carbono gerados pelos projectos em causa. Actores públicos mobilizados para lutar com os seus parceiros contra as alterações FFEM climáticas Fundo Francês para o Ambiente Mundial MESR Missão Interministerial do Efeito de Estufa Ministério da Economia, das Finanças e da Indústria Direcção Geral do Tesouro e da Política Económica (DGTPE) Ministério delegado para o Ensino Superior e a Investigação em concertação com os parPOrganiza, ceiros económicos e sociais, o trabalho de preparação e de implementação do programa nacional de acção contra as alterações climáticas. Coordena a acção dos actores públicos franceses no quadro das negociações internacionais “clima”. Assegura a função de autoridade nacional designada para o MDL e o ponto de contacto designado para a MOC. P P Site: www.effet-de-serre.gouv.fr MEDAD Ministério da Ecologia, do Desenvolvimento e do Ordenamento Sustentáveis e implementa a política ambienPDefine tal de França. a prevenção dos riscos e o POrganiza combate contra as poluições. PProtege a água e o património natural. seu apoio às políticas ambientais PDáe deo desenvolvimento sustentável. Orienta directamente alguns Pde cooperação no estrangeiro.projectos Site: www.ecologie.gouv.fr MAEE Ministério dos Negócios Estrangeiros e Europeus orienta e implementa projecPFinancia, tos de apoio institucional e de formação sobre as alterações climáticas nos países parceiros. Dispõe de uma rede de correspondentes “ambiente” nos serviços de cooperação e de acção cultural e nas missões económicas das embaixadas. Elabora um plano de acção diplomática ambiental anual. Intervém principalmente nos países da zona de solidariedade prioritária (essencialmente a África francófona) no quadro de acordos de cooperação. Orienta projectos relacionados com as alterações climáticas no estrangeiro e financiamento da formação especializada. P P P na definição das regras do PParticipa comércio mundial, apoia o desenvolvimento a nível internacional das empresas francesas, promove a dimensão ambiental nas suas actividades a nível da exportação. Representa a França no conselho do Fundo para o Ambiente Mundial, preside o Comité de Orientação do Fundo Francês para o Ambiente Mundial e financia essas duas instituições a partir do seu orçamento. Implementa a ajuda pública francesa no desenvolvimento nos países emergentes, nomeadamente nos sectores das infra-estruturas e do ambiente (transportes, energias, água, lixos, telecomunicações…) para projectos que valorizam o know-how e as tecnologias francesas. Intervém principalmente na Ásia, América Latina, Mediterrâneo e nos países em transição com financiamentos na forma de empréstimos e de subvenções. Contribui, com uma média anual de 75 M€ no período 1998-2004, na realização de projectos que permitem limitar as emissões de gases de estufa, nomeadamente nos seguintes domínios: transportes colectivos urbanos, aproveitamento e gestão da biomassa e dos lixos, energias renováveis. Dispõe de dois instrumentos mobilizáveis para a realização dos projectos que contribuem na luta contra as mudanças climáticas: o FASEP-études (Fundo de Estudos e de Ajuda ao Sector Privado), que é um donativo ao país beneficiário que permite mobilizar a perícia francesa para a preparação dos projectos (incluindo para as suas vertentes MOC ou MDL) e a RPE (Reserva Países Emergentes), que permite financiar empréstimos a longo prazo em condições preferenciais para projectos prioritários nos países emergentes. Apoia-se numa rede de cerca de cem peritos “ambiente” nas missões económicas nas embaixadas de França no estrangeiro. Constitui o ponto de contacto das empresas francesas e das autoridades nacionais encarregues dos projectos Quioto nos países receptores. P P P P P P P Site: www.diplomatie.gouv.fr P um conjunto de programas de PFinancia investigações relacionadas com as alterações climáticas (estudo do clima, satélites de observação, pesquisa agronómica tropical, pesquisas florestais, pesquisas sobre procedimentos industriais menos geradores de gases de estufa, pesquisas sobre o sequestro, etc.), muitas vezes em associação com países e instituições parceiros. Mobiliza nomeadamente os seguintes centros de investigação públicos: Agência do Ambiente e do Controlo da Energia, Gabinete de Pesquisas Geológicas e Mineiras, Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronómica para o Desenvolvimento, Centro Internacional de Pesquisa sobre o Ambiente e o Desenvolvimento, Centro Nacional de Estudos Espaciais, Centro Nacional da Pesquisa Científica, Centro Científico e Técnico da Construção Civil, Comissariado para a Energia Atómica, Instituto Francês do Petróleo, Instituto Francês de Pesquisa para a Exploração do Mar, Instituto Nacional da Pesquisa Agronómica, Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento e Météo France. P Cimeira da Terra do Rio de Janeiro (1992). Favorece a protecção do ambiente mundial em projectos de desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento e em transição. Subvenciona nesses projectos a preservação de grandes equilíbrios no que diz respeito às alterações climáticas, à biodiversidade, às águas internacionais, à desertificação e à degradação das terras, aos poluentes orgânicos persistentes e à camada de ozono. Participou no domínio da luta contra as mudanças climáticas, no financiamento de 42 projectos de redução dos gases de estufa e de armazenamento de carbono, em mais de 25 países num montante de 56 M€ a 1 de Setembro de 2005. Gere também, sob a autoridade de um comité de orientação presidido pela MIES, a facilidade de apoio às acções executadas conjuntamente (FAAEC), linha dedicada ao apoio e implementação de projectos MDL ou MOC. P P P P Site: www.ffem.fr ADEME Site: www.recherche.gouv.fr Agência do Ambiente e do Controlo da Energia AFD público colocado sob PEstabelecimento tutela dos ministérios encarregues da Grupo Agência Francesa de Desenvolvimento central da ajuda pública franPOperador cesa ao desenvolvimento, financia cerca de 2 300 M€ por ano projectos de desenvolvimento nos países parceiros (água, saneamento, desenvolvimento rural, pescas, florestas, educação, electricidade, infra-estruturas de transporte, pequenas indústrias) na forma de donativos ou de empréstimos. Muniu-se de uma estratégia “clima” visando (1) promover um desenvolvimento sóbrio em carbono, (2) ligar a problemática global às preocupações locais e (3) acompanhar as populações vulneráveis às alterações climáticas. Intervém em África, na bacia mediterrânica, na Ásia (Vietname, China…), nas Caraíbas e nas colectividades do Ultramar e encontra-se representada em cerca de cinquenta países. Intervém no sector privado por intermédio da sua filial Proparco. ecologia, da indústria e da pesquisa, a ADEME desenvolve capacidades de perícia e de assessoria para a implementação das políticas públicas em matéria de protecção do ambiente e de controlo da energia. A nível internacional, a ADEME: Apoia a implementação das convenções internacionais sobre o desenvolvimento sustentável e as alterações climáticas. Colabora em programas de cooperação sobre a eficácia energética, o desenvolvimento das energias renováveis e a prevenção das poluições. Participa em redes de agências homólogas. Contribui para a promoção e a transferência das eco-tecnologias. Promove a realização de operações de referência para melhorar o acesso à energia e a qualidade do ambiente urbano, nomeadamente através de parcerias públicas e privadas. P P P P P P P P Site: www.afd.fr Sítios : www.minefi.gouv.fr www.missioneco.org Esta edição foi impressa no respeito do meio ambiente com tintas vegetais e em papel FSC (gestão sustentável das florestas) fundo público criado em 1994 PÉpeloumgoverno francês na sequência da Documento editado pela Missão Interministerial do Efeito de Estufa com o apoio do Fundo Francês para o Ambiente Mundial - Novembro 2005 - Reditado em Outubro 2007 Site: www.ademe.fr 01 01 45 23 09 79 MINEFI Création et réalisation MIES