Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos
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Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO CONSÓRCIO PÚBLICO INTERMUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SUSNTENTÁVEL DO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA – CIDES VOLUME I UBERLÂNDIA 2015 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES REALIZAÇÃO CONSÓRCIO PÚBLICO INTERMUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA – CIDES Luiz Pedro Correa do Carmo Presidente do CIDES Cristina Martins Secretária Executiva do CIDES UBERLÂNDIA 2015 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES MUNICÍPIOS ASSOCIADOS AO CONSÓRCIO PÚBLICO INTERMUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA - CIDES 1. ARAPORà Prefeito Ronaldo Sandre 2. CANÁPOLIS Prefeito Diogenes Roberto Borges 3. CENTRALINA Prefeito Elson Martins de Medeiros (Elsinho) 4. GURINHATà Prefeito Willian Damasceno de Araújo (Leleu) 5. ITUIUTABA Prefeito Luiz Pedro Correa do Carmo 6. MONTE ALEGRE DE MINAS Prefeito Rodrigo de Alvim Mendonça 7. PRATA Prefeito Anuar Arantes Amui Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES COORDENAÇÃO E RESPONSABILIDADE TÉCNICA Dra. Ângela Maria Soares (UFU) CREA: 80.718/D EQUIPE TÉCNICA Amilton Diniz e Souza - IFTM André Luiz de Oliveira – FACIV/UFU Carlos Alberto Araújo Campos - UFTM Denise Labrea Ferreira – IG/UFU Douglas Queiroz Santos – ESTES/UFU Fabrício Anibal Corradini - UFTM José Eduardo Alamy Filho – FACIV/UFU Júlio Cesar Ramires - IG/UFU Luiz Antônio de Oliveira – IG/UFU Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo - UFTM Luis Nishiyama – IG/UFU Marcio Ricardo Salla – FACIV/UFU Paulo Cezar Mendes - IG/UFU Rildo Aparecido Costa - FACIP/UFU Samuel do Carmo Lima – IG/UFU Vânia Santos Figueiredo – IG/UFU Winston Kleiber de Almeida Bacelar – IG/UFU Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES COLABORADORES TÉCNICOS Aline Martins Pinheiro FACIV/UFU Eleusa Fátima de Lima IG/UFU Malaquias Jose de Souza IG/UFU COLABORADORES BOLSISTAS DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR Adeonn Souza Amaral – ESTES/UFU Alan Reis – FACIV/UFU Andrei Barbassa Oliveira – IG/UFU Bruna Evangelista Barbosa–ICTE/UFTM Damaris da Silva Costa– IG/UFU Denilson Viegas Segundo –FACIV/UFU Denise Cardoso da Silva– IG/UFU Fábio de Morais– IG/UFU Fernanda de Paiva Lemos – ICTE/UFTM Francisco Assis Miguel Jardine– IG/UFU Gabrielle Figueira Rezende – IG/UFU Giliander Allan da Silva– IG/UFU Glaycon Vinicius A. Souza– IG/UFU Hygor Siqueira– IFTM Jéssica Alves Pereira Rodrigues– IG/UFU Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Juliana Avila Carvalho– IG/UFU Juliana de Paula – UFG/Campus Catalão Lediane Carvalho de Oliveira– IG/UFU Liliana Bernardino– IG/UFU Lorrany Martins Mota– IG/UFU Lucas Fonseca de Oliveira –FACIV/UFU Lucas Lima de Queiroz– IG/UFU Nathália Barbosa Vianna – IELACHS/UFTM Paolla Brandão da Cunha– IG/UFU Paulo Otávio Oliveira Godoy– IG/UFU Paula Fernanda Lustosa Soriano Valente– IG/UFU Priscila Yoshida – IELACHS/UFTM Tamise Machado Malta– IG/UFU Tereza Raquel Alves da Silva– IG/UFU Welder Campos Rodrigues– IG/UFU Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES COLABORADORES DOS MUNICÍPIOS BOLSISTA DE ARAPORà Elaine Aparecida Santos Oliveira BOLSISTAS DE CANÁPOLIS Janahina Aparecida Borges Canápolis Steffane Aparecida Sousa Amorim BOLSISTA DE GURINHATà Daiane Costa Oliveira Patrícia Eanes Souza BOLSISTA DE ITUIUTABA Thalita Mendes Pereira Borges BOLSISTA DE MONTE ALEGRE DE MINAS Gabriel Pires Parreira BOLSISTAS DE PRATA Bibiane Cristina Silva Bianca Agresta Bazili Ribeiro Letícia Fernanda de Lima Silva Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Roberta Almeida Silva Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES COMITÊ DIRETOR DO PLANO INTERMUNICIPAL PARA GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ARAPORà SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE Damares Garcia do Nascimento Laerte Gomes de Freitas Neto SECRETARIA DE OBRAS Fernando Piere Costa Marcelo Pereira Gomes SECRETARIA DE SAÚDE Edilene Abdo Rodrigues Pires Juliana Fernandes da Silva SECRETARIA DE EDUCAÇÃO André Donize Martins Kelly Mara de Jesus Correa DEPARTAMENTO DE COMPRAS Agnaldo Luis de Araujo Aline Aparecida Marinho Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES ASSESSORIA DE APOIO Walter Veiga Santana dos Reis José Humberto Luiz Marcos Antônio de Lima Geraldo Adriano Costa Luismar Dias de Melo CANÁPOLIS DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE Hudson Camargo de Souza Valdeci Machado DEPARTAMENTO DE OBRAS Marcio Rezende de Oliveira Adelmo Angelo de Moura SECRETARIA DE SAÚDE Arnaldo Juarez Ribeiro Adauto de Souza Rezende SECRETARIA DE EDUCAÇÃO Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Sirley Venâncio Ferreira Maria Jose de Vieira Salina DEPARTAMENTO DE COMPRAS (GESTÃO E FINANÇAS) Franklin Tavares Silva Lays Silva Gonçalves ASSESSORIA DE APOIO Lindalma Silva Moura Barro Sergio Saad Ironi Ferreira Alcântara Stella de Oliveira Salomão CENTRALINA DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE Émerson Custódio Teixeira José Humberto da Silva DEPARTAMENTO DE OBRAS Edivaldo Fari Guilherme Tassi Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES SECRETARIA DE SAÚDE Antônio Marconi Vasconcelos Silva Carlos Júnior Morais de Freitas SECRETARIA DE EDUCAÇÃO Neuzi Marques Ferreira Carlos Marize Rosa Ribeiro Dantas DEPARTAMENTO DE COMPRAS (GESTÃO E FINANÇAS) Gilvan Bernadelli Alaestes Divino de Oliveira ASSESSORIA DE APOIO Clara Domingues de Oliveira Elias Mateus Custódio Elisa Araújo MONTE ALEGRE DE MINAS DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE Delano Roosevelt Bittencourt de Freitas José Aquiles de Oliveira Tosta Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS, HABITAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS Reginaldo Machado Ferreira Sandro Domingues Parreira SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Presley Gomes Neves Sebastião Bragato Vieira SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E TURISMO Elenir Maria Vigilato da Silva Renata de Oliveira Martins Sousa DEPARTAMENTO DE COMPRAS Elias Alves de Gouveia Marlúcio Vasconcelos Rodrigues Alenícia Aparecida Pereira de Sousa ASSESSORIA DE APOIO Raul Ferreira de Freitas Rachel Domingues Parreira Isabela Marques Machado Wolne Flores Fernandes Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES João Emerson Maia Fontoura VII. SECRETARIA MUNICIPAL DE AÇÃO SOCIAL, ESPORTE E LAZER Fernanda Martins Mendonça Iris Moreira dos Santos Márcio Santos Alves (Ass. Catadores ASCAMAM) GURINHATà DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL – CODEMA Gabriel de Oliveira Lima Maria Jose Dantas DEPARTAMENTO DE OBRAS Adauto Silva de Oliveira Noé Venâncio da Costa SECRETARIA DE SAÚDE Miguel Ângelo de Oliveira Ribeiro Jerônimo Candido da Costa Filho SECRETARIA DE EDUCAÇÃO Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Suely Maria da Silva Beatriz Aline Souza DEPARTAMENTO DE AÇÃO SOCIAL Keila Amaral Almeida Borges Sueli Guedes Franco DEPARTAMENTO DE COMPRAS (GESTÃO E FINANÇAS) Daniela Helena Sartorello Tania Moura de Oliveira ASSESSORIA DE APOIO Adriana Carneiro Monteiro Pedro César dos Santos Wender Carlos de Oliveira Elson Jose Leal Arnaldo Alves Campelo PODER LEGISLATIVO Edson Rodrigues do Nascimento Adilson Quintino Oliveira Genes Freitas Tomaz Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Vanderli Rosado de Lima Edson Balbino Alves Fabiana Nunes de Oliveira Newton Alves Nivaldo Gomes Julio César da Silva ITUIUTABA DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE Carlos Alberto de Novais Souza Flávia Vilela Barbosa Renato César Mendes SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS Luiz Manoel Carvalho Parreira Valdeir Alves Ferreira SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Sônia Maria Alves de Moraes Souza Celina Parreira Derze Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, ESPORTE E LAZER Lázara Maria Alves de Moraes Souza Abigail Maria da Silva de Paula DEPARTAMENTO DE COMPRAS (GESTÃO E FINANÇAS) Sandro Batista Salomão ASSESSORIA DE APOIO Gladiston Pires dos Santos PRATA DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE Luiz Ricardo Carvalho Vilela DEPARTAMENTO DE OBRAS Alessandro Lima Evangelista Luanny Carla Cardoso Silva DIVISÃO DE VIGILÂNCIA E SAÚDE Tiago Goes Brasileiro Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES SECRETARIA DE EDUCAÇÃO Liodê Aparecida Lopes Arantes ASSESSORIA JURÍDICA Augusto Faria de Morais Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES GRUPO DE SUSTENTAÇÃO DO PLANO INTERMUNICIPAL PARA GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ARAPORà REPRESENTANTE DO IEF – INSTITUTO FLORESTAL ESTADUAL DE ARAPORà André Luiz Borges Elaine Aparecida dos Santos REPRESENTANTES DO CONSELHO MEIO AMBIENTE Elisete Santana Campos Bernardes Vilma Fernandes da Silva REPRESENTANTES DE PROFESSORES DA ESCOLA ESTADUAL Adair Honorato Fraga Ione Lisboa Bernadeli REPRESENTANTES DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ESTADUAL Marcos Felipe Carvalho Martins REPRESENTANTES DE ESCOLAS MUNICIPAIS Andreia Rodrigues Luana Cavalcanti Araujo Borges Mara Lucia da Silva Maria José de Castro Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Neusa Maria Alves Lucely Alves de Faria Vera Ferreira Rufino Custodio Ana Paula Sestak Borges REPRESENTANTES DE ALUNOS UNIVERSITÁRIOS Aneilton Dantas de Azevedo Clemerson de Oliveira Neves Anielson Medison Borges Dantas Flavio Ferreira da Costa Ivan Santos Cavalcante Matheus Sestak Borges REPRESENTANTES - EMPRESÁRIO DA ÁREA RURAL Niwton Gomes de Freitas Marcio Vilela Oliveira REPRESENTANTES - EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO Emerson Tizzo Ligia Márcia da silva Souza REPRESENTANTES PROGRAMA DA SAÚDE DA FAMÍLIA Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Janaina de Azevedo Magalhães Genimar Alves da Silva REPRESENTANTES VIGILÂNCIA SANITÁRIA Yara Lucia Silva Souza Celio Eduardo Lacerda Gomes REPRESENTANTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Maria Aparecida Inácio Maiara Duarte Ferreira Freitas REPRESENTANTES CONSELHO TUTELAR Humberto Batista da Silva Ecione Teixeira de Souza COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR João Batista Vieira Eduardo Américo Souza CANÁPOLIS REPRESENTANTES DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Vitor Hugo Silva Gomes Bruno Rocha Guimarães Antonio Rodrigues da Costa REPRESENTANTES DO CREA/FUNASA Analista da SUEST/MG REPRESENTANTE DO SINDICATO RURAL/CODEMA Roberto Martins Menezes Liliane Faria Moura REPRESENTANTES DO INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA – IMA E INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL – EMATER/CODEMA Antonio Carlos Andrielle Tone Carlos da Silva Rocha de Oliveira GRUPOS RELIGIOSOS Igreja Evangélica Assembléia de Deus Missão Pastor Ronaldo Rodrigues Ferreira Iaraí Ancelina de Gouveia Igreja Assembléia de Deus Ministério Madureira Caldas Novas Amarildo Gabriel da Cunha Marcos dos Santos Camargos Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima e São Sebastião Nilton Catarina Reis (Padre TIM) Mauricio Campos da Silva Igreja Universal do Reino de Deus Maria Aparecida Silva Menezes Maria Luiza de Souza REPRESENTANTES DE ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS Bairro Balduino Ronivaldo Martins Ferreira Jose Amancio Bairro Godoy Leandro Aparecido de Oliveira Eurípedes Pereira de Moura Bairro Ivete Guerreiro Raimundo Pereira de Araújo Gilmar Natal de Melo Bairro Jorge de Paula Gouveia Claudeci Marinho da Silva Maria Juliana Ferreira CDL/CODEMA Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Gil Adriano Dantas Willian Gomes Alves PROFESSORADOS DA ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO DE ASSIS Gislene Neves de Oliveira Regina Martins Cortes ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO DE ASSIS Douglas Castro Porfiro Izabela Perez Mendonça ESCOLA MUNICIPAL MARIA GOUVEIA SAAD Adriana Barcelos de Moura Silva Renilda Bernardes Pereira ESCOLA MUNICIPAL MARTILIANO JOSÉ DE GOUVEIA Daniella Siqueira Dantas Thayz Vasconcelos Venâncio ESCOLA MUNICIPAL ALVARENGA PEIXOTO Maria Denise Cabral de Assis Ferreira Greicy Keli de Melo Reis Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES CENTRO MUNICIPAL EDUCACIONAL INFANTIL Renata de Azevedo Gomes Milene Souza Rezende de Paula ESCOLA ESTADUAL JOSÉ EZEQUIEL DE QUEIROZ Elbia Santos Oliveira Silva Carla Rejane Pereira Gouveia REPRESENTANTES DE ALUNOS UNIVERSITÁRIOS Lidiany Silva Abreu Marciel Batista Gonçalves BANCO BRADESCO – AGÊNCIA CANÁPOLIS Nei Ecézio Machado Tiago Martins Mendonça BANCO COOPERATIVO DE CRÉDITO DO PONTAL DO TRIÂNGULO – CREDIPONTAL Mirian Vieira da Silva Angelo Maiquel Jones Venâncio Gomes EMPRESÁRIO DA ÁREA RURAL Luiz Carlos Gervasio da Costa Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Osmar Tostes de Oliveira PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Tolendal Bittencourt de Freitas Luciana Venâncio Silva VIGILÂNCIA SANITÁRIA Rubens Juarez Ribeiro Agnaldo Peres Gouveia PRODUTORES DE AGRONEGÓCIOS Jorge Luiz de Paula DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Elaine Rodrigues de Paula Michella Lopes do Nascimento CONSELHO TUTELAR Clenilda Carvalho Souza Divino Gomes da Silva COMANDO DA POLÍCIA MILITAR Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Lucas Ramos Pimenta Ricardo Fernandes da Silva USINA DE TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS Ronaldo Gomes da Silva Cleber Antônio de Oliveira CENTRALINA REPRESENTANTES DO SINDICATO RURAL/CODEMA José Hermilon Floresta Márcio Custódio de Araújo REPRESENTANTE DO INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL – EMATER David Joi Monteiro REPRESENTANTE DA APRC ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DE CENTRALINA Wederson Nunes Cardoso GRUPOS RELIGIOSOS Igreja Matriz Cristo Rei e Nossa Senhora do Carmo Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Pe. Evaldo Oliveira de Souza Igreja Evangélica Assembléia de Deus Wandriene Ferreira de Moura Pr. José dos Reis Igreja Assembléia de Deus Madureira Campus Caldas Novas Pr. Janes César REPRESENTANTES DE ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS Bairro Samir Almeida Brasil (Cohab) João Batista Soares Bairro Nossa Senhora da Abadia e Ana Marques Reginaldo Castilho do Carmo Bairro São Januário Ismael Pereira Peres CDL Carla Rubia Bernadino PROFESSORADOS DA ESCOLA ESTADUAL BELCHIOR DE FARIA E ESCOLA ESTADUAL WILSON DE MELO Horades Pereira Costa ALUNADOS DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ESTADUAL WILSON DE MELO Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Vinícius Soares ESCOLAS MUNICIPAIS Escola Municipal “Carlos Prates” Cristina Martins Cury Guerra Célia Aparecida da Silva Ferreira Escola Municipal “São Januário” Marcilene de Oliveira Costa Diniz Valéria Monte Bernadelli BANCO DO BRASIL Sérgio Iglesias Cavalcante Clésia Pereira da Silva Oliveira BANCO BRADESCO Rodrigo Linhares Lima EMPRESÁRIO DA ÁREA RURAL Rodrigo Oliveira Arruda EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO Humberto Gouveia Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Mário Martins PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Patrícia Ferreira Aguiar VIGILÂNCIA SANITÁRIA Raíslla Ferreira de Araújo PRODUTORES DE AGRONEGÓCIOS Divino Robson Guerra DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Josiane Gomes de Moura CONSELHO TUTELAR Flávia Souza Santos COMANDO DA POLÍCIA MILITAR EM CENTRALINA Sgt. Paulo César da Silva CATADORES DE RECICLÁVEIS José Carlos Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES MONTE ALEGRE DE MINAS REPRESENTANTES DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB Múcio de Castro Mendes Nilton Félix Guerra REPRESENTANTE DO SINDICATO RURAL/CODEMA Luis Humberto Gonçalves Reis José Aquiles de Oliveira Tosta Reginaldo Machado Ferreira REPRESENTANTES DO INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA – IMA E INSTITUTO DE ASSISTÊNCIATÉCNICA E EXTENSÃO RURAL – EMATER Lucélia Parreira Vasconcelos (IMA) Juliana Eugênia Gonçalves de Lima (EMATER) REPRESENTANTES DE GRUPOS RELIGIOSOS Paróquia de São Francisco Das Chagas Padre José Oslei de Sousa Igreja Evangélica Assembléia de Deus Missão Jésio Silva Machado Centro Espírita Alfredo Júlio Janaina Miranda Macedo Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES REPRESENTANTES DAS ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS Representante da Associação de Moradores do Bairro Sagrada Família Dercílio Militão de Sousa Representante Da Associação de Moradores do Bairro Flamengo: Osmarino Rodrigues Silva Representante da Associação de Moradores do Bairro Jardim Eldorado: Renes Rezende de Arantes Representante do Bairro Paloma Vilmar Oliveira Tosta Representante da Associação de moradores Nossa Senhora Aparecida Maria Aparecida de Jesus Representante da Associação de Moradores do Bairro Santa Maria e Vila Prudente France Nete Macedo Figueira Representante da Associação de Moradores do Bairro Chapada João Antônio da Silva Representante da Associação de Moradores do Bairro Santo Antônio Flávio Alves de Sousa Representante do Conselho Comunitário do Povoado dos Garcias José Alcides Representante da Associação de Moradores do Bairro Petrópolis Delson da Silva Melo Representante da Associação de Moradores do Bairro Bela Vista Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Wanderley da Costa Silva REPRESENTANTE DO CDL/ACIMAM Acácio Oliveira Soares REPRESENTANTE DO BANCO BRADESCO Rodrigo de Aquino Marcel Bento de Andrade REPRESENTANTE SICOOB CREDIPONTAL Luciano Castagnoli Queiróz Rodrigo de Faria Costa EMPRESÁRIO DA ÁREA RURAL Ricardo Parreira Rosa Guimarães Tannús EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO Eduardo Oliveira VIGILÂNCIA SANITÁRIA Linaldo Severino de Aráujo Sandro Alves Pereira Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES CÂMARA MUNICIPAL DE MONTE ALEGRE DE MINAS Reginaldo Alves Marcos Cesar Bittencourt Carvalho Sebastião Bragato Vieira CONSELHO TUTELAR Carla de Sousa Evangelista Maria José Pereira da Rocha COMANDO DA POLÍCIA MILITAR Tenente Marlina Angelita Pacheco João Marcos Morais da Silva CATADORES DE RECICLÁVEIS Márcio Santos Alves ESCOLAS ESTADUAIS DE MONTE ALEGRE DE MINAS Escola Estadual Eufrausina da Costa Araújo Fátima Regina de Freitas Vidigal Escola Estadual de Monte Alegre de Minas Altieres Alves Peres Escola Estadual Tancredo Martins Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Deuzeni Gervásio da Silva Moura Escola Estadual Professor Alex Machado Knippel Dulce Helena de Sousa Martins ESCOLAS MUNICIPAIS DE MONTE ALEGRE DE MINAS Escola Municipal Márcia Caetano Alves Maria Beatriz de Oliveira Paim (vice-diretora) Kátia Marquez da Cunha (professora) Escola Municipal Atenor Airosa Machado Silvana de Freitas Magalhães Vasconcelos (diretora) Sandra Gomes Sandim (vice-diretora) Escola Municipal José Cabral Vieira Susana Cristina Faria (diretora) Tiago Barbosa Mendonça (professor) Escola Municipal Rural Fernando Vilela Keila Sousa Vieira (diretora) Ivanilda Pereira Rodrigues (vice-diretora) Escola Municipal Rural Leandro Marquêz Evaine Donizete Vieira Medeiros (diretora) Dayane Madalena Dias da Silva (professora) Escola Municipal Nicanor Parreira Lázaro José Ferreira da Silva (diretor) Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Sílvia Maria Arantes Gouveia (professora) GURINHATà REPRESENTANTES DA ORDEM DO ADVOGADOS DO BRASIL – OAB Luiz Gustavo Borges Neto Douglas Henrique Valente Guilherme Martins Miranda REPRESENTANTES DO SINDICATO RURAL Roberto Alves Guimarães Marco Aurélio Franco REPRESENTANTES DO INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA – IMA Gilson Antônio Guimarães Elciene Miranda Franco REPRESENTANTES DA EMATER Crezio Henrique Alves Celice Cazemiro de Souza REPRESENTANTES COOPERATIVA CALU Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES João Batista dos Santos Jusemar Jesus da Silva GRUPOS RELIGIOSOS Igreja Católica Maria José Medeiros Anita Alves Carvalho Oliveira Centro Espírita Amor e Esperança Cecília Franco Parreira Eucione Queiroz A. Ribeiro REPRESENTANTES DE ASSOCIAÇÕES DE BAIRRO Associação de Moradores do Conjunto Homero Santos Valdir Sebastião da Costa Júlio César da Silva REPRESENTANTES DA OFICINA ARTE DE CRIAR Ordice Antônia da S. Araújo Odineusa Araújo Souza REPRESENTANTES DO LAR DO IDOSO SÃO JOÃO BATISTA Suely de Fátima Borges Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Gilberto João Ribeiro PROFESSORADOS DA ESCOLA ESTADUAL Marcio Humberto Simone Marques Lorena ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ESTADUAL Laisa Raiane Azevedo Silva Rayane Aparecida Lucila Nunes ESCOLAS MUNICIPAIS Elza Maria da Silva Solange Aparecida Silva Faria REPRESENTANTES DE ALUNOS UNIVERSITÁRIOS Diego Rodrigues da Silva Mayara Nunes Arantes BANCO DO BRASIL Márcio Rosa de Palma BANCO BRADESCO Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Fernando Andrade Barbosa BANCO ITAÚ Joamar Batista Pereira REPRESENTANTES CREDIPONTAL Delbio Carlos Valente EMPRESÁRIO DA ÁREA RURAL Wolney Borges de Freitas Wender Luciano de Araújo EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO Wolmir Borges de Freitas Idesi Baltazar dos Santos PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Renata Cláudia Gondin Freitas Bruna Almeida Guedes VIGILÂNCIA SANITÁRIA Gilberto João Ribeiro Neto Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Valdir Sebastião da Costa CONSELHO TUTELAR João Henrique Martins Costa Terezinha David Guimarães Garcia COMANDO DA POLÍCIA MILITAR EM GURINHATà Jorge Fonseca de Oliveira Luiz Carlos Ferreira da Cunha POLÍCIA MILITAR DO MEIO AMBIENTE Deyvide Manoel Soares Lousada SGTO-PM - Comandante Clayber Costa Silva SGTO-PM PRATA REPRESENTANTES DE ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS Bairro Cruzeiro do Sul: Klebert Alves Teixeira Bairro Jardim Brasil: Itamar Carvalho da Silva ESCOLA MUNICIPAL DR. SEVERIANO VILELA JUNQUEIRA Marilza Vlana Sliveris Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES ESCOLA MUNICIPAL JUNTO A LOJA MAÇÔNICA UNIÃO E CARIDADE Mariluce Aparecida Oliveira Pires REPRESENTANTES DE ALUNOS UNIVERSITÁRIOS Bibiane Cristina Silva Letícia Fernanda de Lima Silva Roberta Almeida Silva CÂMARA MUNICIPAL Ruberlei Alves Gonzaga COPASA Jaime Gabriel de Freitas Edimar Lopes Pires COOPERATIVA DOS AGENTES AMBIENTAIS DO PRATA Carmem Aparecida Rosa Mariluce Santos Silva CATADORES DE RECICLÁVEIS Márcia do Nascimento Itamares Cristina do Nascimento Coutinho Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES USINA DE TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS Carlos Alexandre Rodrigues Fernanda Teodoro de Jesus ONG AÇÃO BEM VIVER Zeneide Rodrigues da Silva Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES LISTA DE TABELAS Tabela 1: Oficina de composteira individual e sabão caseiro nas cidades que compõem o CIDES. ...................................................................................................................................... 19 Tabela 2: Brasil: Indicadores Demográficos Implícitos na Projeção da População - 1991/2030. ................................................................................................................................ 68 Tabela 3: Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação: Taxas de Fecundidade Total implícitas nas projeções populacionais:1991/2050. ................................................................. 70 Tabela 4: Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação: Taxas de Fecundidade Total implícitas nas projeções populacionais: 1991/2030. ................................................................ 71 Tabela 5: Minas Gerais: Indicadores Demográficos Implícitos na Projeção da População – 1991/2030. ................................................................................................................................ 72 Tabela 6: Projeção populacional para o ano de 2035 e respectivo método de cálculo mais adequado. .................................................................................................................................. 81 Tabela 7: Percentagem da Renda Apropriada por Estratos da População/ Gurinhatã – MG. .. 90 Tabela 8: Fundações privadas e associações sem fins lucrativos em Gurinhatã – MG (2010). ...................................................................................................................................... 93 Tabela 9: Associações e Sindicatos em Gurinhatã – MG......................................................... 93 Tabela 10:Tipos de serviços na área da saúde oferecidos por estabelecimentos públicos e privados em Gurinhatã – MG (2009). ...................................................................................... 95 Tabela 11: Município do Prata - MG, Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos, 2010. ....................................................................................................................................... 105 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 12: Associações e Sindicatos em Prata– MG (2014). ................................................. 105 Tabela 13: Estabelecimentos de saúde pública e privada (2008), Município do Prata – MG. ......................................................................................................................................... 108 Tabela 14: Dinâmica territorial do município de Ituiutaba entre 1920 a 1962....................... 111 Tabela 15: Ituiutaba: número de empresas segundo ramos de atuação – 2006/2012. ............ 113 Tabela 16: Ituiutaba – Evolução da frota de veículos – 2003/2013. ...................................... 114 Tabela 17: Ituiutaba - Produto interno Bruto – 2012. ............................................................ 114 Tabela 18: Ituiutaba - Características gerais das empresas – 2012. ....................................... 114 Tabela 19: Ituiutaba – Número de empresas por faixa de pessoal – 2006/2012. ................... 115 Tabela 20: Ituiutaba – Principais indústrias – 2013. .............................................................. 116 Tabela 21:Ituiutaba - Número de estabelecimentos educacionais – 2012. ............................. 116 Tabela 22: Ituiutaba – Evolução da população – 1940/2010.................................................. 118 Tabela 23: Ituiutaba: Participação relativa das faixas de idade na população total – 2000/2010. .............................................................................................................................. 118 Tabela 24: Ituiutaba: Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 1991/2010. .............................................................................................................................. 119 Tabela 25: Evolução populacional de Araporã (MG), Minas Gerais e Brasil. ....................... 120 Tabela 26: Dados de composição da pirâmide etária no município de Araporã. ................... 122 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 27: Docentes por nível escolar no município de Araporã........................................... 122 Tabela 28: Escolas por nível escolar. ..................................................................................... 123 Tabela 29: Matrículas por nível. ............................................................................................. 123 Tabela 30: Infraestrutura dos estabelecimentos de saúde de Araporã. ................................... 124 Tabela 31: Quantidade de escolas por nível de ensino em Araporã – MG. ........................... 126 Tabela 32: Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em Araporã. ................ 127 Tabela 33: População Total, por Gênero, Rural/Urbana e Taxa de Urbanização - Centralina MG. ......................................................................................................................................... 129 Tabela 34: Evolução populacional do município de Centralina. ............................................ 130 Tabela 35: Escolas por Nível em Centralina – MG. ............................................................... 131 Tabela 36: Docentes por Nível em Centralina – MG. ............................................................ 132 Tabela 37: Matrículas por Nível em Centralina – MG. .......................................................... 132 Tabela 38: Percentagem da Renda Apropria da por Estratos da População - Centralina – MG. ......................................................................................................................................... 133 Tabela 39:Quantidade de escolas estaduais e municipais por nível de ensino em Centralina – MG em 2012. .......................................................................................................................... 134 Tabela 40: Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em Centralina – MG (2010). .................................................................................................................................... 136 Tabela 41: Associações e Sindicatos em Centralina – MG. ................................................... 136 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 42: Percentagem da renda apropriada por estratos da população/ Monte Alegre de Minas - MG. ........................................................................................................................... 146 Tabela 43: Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em Monte Alegre de Minas – MG em 2010. ............................................................................................................ 149 Tabela 44: Associações e Sindicatos em Monte Alegre de Minas – MG (2014). .................. 149 Tabela 45: Tipos de serviços na área da saúde oferecidos por estabelecimentos públicos e privados em Monte Alegre de Minas – MG em 2009. ........................................................... 151 Tabela 46: Evolução populacional. ........................................................................................ 156 Tabela 47: Escolas por nível em Canápolis. ........................................................................... 157 Tabela 48: Docentes por nível em Canápolis. ........................................................................ 158 Tabela 49: Matrículas por nível em Canápolis. ...................................................................... 158 Tabela 50: Renda, Pobreza e Desigualdade - Canápolis - MG. ............................................. 159 Tabela 51: Percentagem da Renda Apropriada por Estratos da População - Canápolis – MG. ......................................................................................................................................... 159 Tabela 52: Ocupação da população de 18 anos ou mais - Canápolis - MG ........................... 160 Tabela 53: Vulnerabilidade Social - Canápolis – MG............................................................ 160 Tabela 54: Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em Canápolis - MG em 2010. ....................................................................................................................................... 162 Tabela 55:Características físicas dos veículos utilizados no serviço de limpeza urbana no município de Araporã, MG. NI: não informado. .................................................................... 287 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 56: Resíduos sólidos ao PGRS definido na Lei 12.305/2010 no município de Araporã. .................................................................................................................................. 294 Tabela 57: Pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados a população pela prefeitura de Araporã. .................................................................................................................................. 295 Tabela 58: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos de Araporã, MG. ....................... 300 Tabela 59: Principais atividades agropastoris no município de Canápolis. Fonte: IBGE (2006). .................................................................................................................................... 304 Tabela 60: Cadastro central de empresas no município de Canápolis em 2012. Fonte: IBGE (2012). .................................................................................................................................... 304 Tabela 61: Geradores de resíduos de serviços de saúde no município de Canápolis. ............ 306 Tabela 62: Estabelecimentos caracterizados como de saúde no município de Canápolis. Fonte: CNES (2015). ......................................................................................................................... 306 Tabela 63: Características físicas dos veículos utilizados no serviço de coleta de resíduos da construção civil do município de Canápolis, MG. ................................................................. 314 Tabela 64: Características físicas dos veículos utilizados no serviço de coleta de resíduos do município de Canápolis. ......................................................................................................... 317 Tabela 65: Resíduos sólidos ao PGRS definido na Lei 12.305/2010 no município de Canápolis. ............................................................................................................................... 322 Tabela 66: Pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados a população pela prefeitura de Canápolis. ............................................................................................................................... 323 Tabela 67:Resultados do levantamento gravimétrico dos resíduos sólidos do município de Canápolis. ............................................................................................................................... 330 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 68: Principais atividades agropastoris no município de Centralina. Fonte: IBGE-Censo (2006). .................................................................................................................................... 334 Tabela 69: Cadastro Central de Empresas no município de Centralina em 2012. Fonte: IBGE (2012). .................................................................................................................................... 335 Tabela 70: Geradores de resíduos de serviços de saúde no município de Centralina. Fonte: Prefeitura do Município de Centralina, 2014. ........................................................................ 336 Tabela 71: Estabelecimentos caracterizados como de saúde no município de Centralina. Fonte: CNES (2015). .............................................................................................................. 336 Tabela 72: Características físicas dos veículos disponíveis para uso no serviço de coleta de resíduos sólidos no município de Centralina. NI: não informado. ......................................... 342 Tabela 73: Resíduos sólidos ao PGRS definido na Lei 12.305/2010 no município de Centralina. .............................................................................................................................. 350 Tabela 74: Principais pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados à população pela prefeitura de Centralina. ......................................................................................................... 351 Tabela 75: Resultados do levantamento gravimétrico dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais do município de Centralina. ................................................................................. 359 Tabela 76: Resíduos sólidos sujeitos ao PGRS definido na lei 12.305/2010 no município de Gurinhatã em 2015. ................................................................................................................ 370 Tabela 77: Pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados à população pela prefeitura de Gurinhatã. ............................................................................................................................... 372 Tabela 78: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais de Gurinhatã, MG. ....................................................................................................................... 377 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 79: Resíduos sólidos sujeitos ao PGRS definido na lei 12.305/2010 no município de Ituiutaba em 2015. .................................................................................................................. 394 Tabela 80: Pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados a população pela prefeitura de Ituiutaba. ................................................................................................................................. 395 Tabela 81: Demonstrativo das despesas da Prefeitura Municipal de Ituiutaba com manutenção da limpeza pública no ano de 2014. ....................................................................................... 397 Tabela 82: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos de Ituiutaba, MG. ...................... 401 Tabela 83: Número de domicílios no município de Monte Alegre de Minas. Fonte: IBGE, 2010. ....................................................................................................................................... 405 Tabela 84: Número de estabelecimentos comerciais em atividade agropecuária no município de Monte Alegre de Minas por ano. Fonte: IBGE, 2006. ....................................................... 405 Tabela 85: Cadastro Central de Empresas no município de Monte Alegre de Minas em 2012. Fonte: IBGE.2014. .................................................................................................................. 405 Tabela 86: Estabelecimentos registrados no cadastro nacional de saúde do município de Monte Alegre de Minas. Fonte: CNES, 2014......................................................................... 406 Tabela 87: Logradouros com recipiente de armazenamento de resíduos domiciliares e comerciais iguais aos visualizados na Figura 277. ................................................................. 412 Tabela 88: Veículos utilizados na coleta e transporte de serviços de limpeza urbana em Monte Alegre de Minas. .................................................................................................................... 422 Tabela 89: Características físicas do veículo utilizado na coleta de resíduos de serviços de saúde no município de Monte Alegre de Minas. NI – não informado. .................................. 423 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 90:Resíduos sólidos sujeitos ao PGRS definido na lei 12.305/2010 no município de Monte Alegre de Minas em 2015. .......................................................................................... 435 Tabela 91: Pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados à população pela prefeitura de Monte Alegre de Minas. ......................................................................................................... 436 Tabela 92: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos de Monte Alegre de Minas, MG. ......................................................................................................................................... 444 Tabela 93: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos de município de Prata, MG. ...... 470 Tabela 94: Considerações para o dimensionamento do aterro sanitário - Cenário 1. ............ 500 Tabela 95: Parâmetros e cálculo do dimensionamento do aterro sanitário. ........................... 500 Tabela 96: Área do aterro sanitário para os municípios do consórcio CIDES – Cenário 1. .. 501 Tabela 97: Grupo A para dimensionamento do aterro sanitário - Cenário 2. ......................... 502 Tabela 98: Parâmetros e cálculo do dimensionamento do aterro sanitário para o Grupo A – Cenário 2. ............................................................................................................................... 502 Tabela 99: Área do aterro sanitário para os municípios do Grupo A – Cenário 2. ................ 503 Tabela 100: Grupo B para dimensionamento do aterro sanitário - Cenário 2. ....................... 504 Tabela 101: Parâmetros e cálculo do dimensionamento do aterro sanitário para o Grupo B – Cenário 2. ............................................................................................................................... 504 Tabela 102: Área do aterro sanitário para os municípios do Grupo B – Cenário 2................ 505 Tabela 103: Base de cálculo para levantamento prévio dos custos de aquisição de veículos e logística. .................................................................................................................................. 507 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 104: Detalhamento de itens comparativos para as opções de aterro sanitário único e dois aterros sanitários para o consórcio. ................................................................................. 509 Tabela 105: Comparação entre os dois cenários de aterros sanitários para o consórcio. ....... 511 Tabela 106: Diretriz 1: Recuperação de Resíduos e minimização dos rejeitos encaminhados à destinação final ambientalmente adequada. ........................................................................... 538 Tabela 107:Diretriz 2: Redução de Massa, envolvendo programas, projetos e ações de Educação Ambiental voltados para a não geração, redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos. ..................................................................................................................... 539 Tabela 108: Diretriz 3: Implantar estrutura organizacional municipal e intermunicipal. ...... 543 Tabela 109:Diretriz 4: Cessar em curto prazo o dano ambiental pela disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos. ........................................................................................................ 544 Tabela 110: Diretriz 5: Recuperar as áreas degradadas por disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos ....................................................................................................................... 544 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Primeira audiência pública realizada no dia 22 de outubro de 2014 no município de Araporã. ...................................................................................................................................... 9 Figura 2: Primeira audiência realizada no dia 21 de outubro de 2014 no município de Canápolis. ................................................................................................................................. 10 Figura 3: Primeira audiência pública realizada no dia 22 de outubro de 2014 no município de Centralina. ................................................................................................................................ 10 Figura 4: Primeira audiência pública realizada no dia 01 de dezembro de 2014 no município de Gurinhatã. ............................................................................................................................ 10 Figura 5: Primeira audiência pública realizada no dia 20 de outubro de 2014 no município de Ituiutaba. ................................................................................................................................... 11 Figura 6: Primeira audiência pública realizada no dia 23 de outubro de 2014 no município de Monte Alegre de Minas. ........................................................................................................... 11 Figura 7: Primeira audiência pública realizada no dia 23 de outubro de 2014 no município de Prata. ......................................................................................................................................... 11 Figura 8: Segunda audiência pública realizada no dia 05 dezembro de 2014 no município de Araporã. .................................................................................................................................... 12 Figura 9: Segunda audiência pública realizada no dia 04 de dezembro de 2014 no município de Canápolis. ............................................................................................................................ 12 Figura 10: Segunda audiência pública realizada no dia 05 dezembro de 2014 no município de Centralina. ................................................................................................................................ 12 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 11: Segunda audiência pública realizada no dia 11 de fevereiro de 2015 no município de Gurinhatã. ............................................................................................................................ 13 Figura 12: Segunda audiência pública realizada no dia 02 de dezembro de 2014 no município de Ituiutaba. .............................................................................................................................. 13 Figura 13: Segunda audiência pública realizada no dia 08 dezembro de 2014 no município de Monte Alegre de Minas. ........................................................................................................... 13 Figura 14: Segunda audiência pública realizada no dia 08 de dezembro de 2014 no município de Prata. .................................................................................................................................... 14 Figura 15: Terceira audiência pública realizada no dia 12 de fevereiro de 2015 no município de Araporã. ............................................................................................................................... 14 Figura 16: Terceira audiência pública realizada no dia 11 de fevereiro de 2015 no município de Canápolis. ............................................................................................................................ 14 Figura 17: Terceira audiência pública realizada no dia 12 de fevereiro de 2015 no município de Centralina. ............................................................................................................................ 15 Figura 18: Terceira audiência pública realizada no dia 09 de fevereiro de 2015 no município de Gurinhatã. ............................................................................................................................ 15 Figura 19: Terceira audiência pública realizada no dia 09 de fevereiro de 2015 no município de Ituiutaba. .............................................................................................................................. 15 Figura 20: Terceira audiência pública realizada no dia 10 de fevereiro de 2015 no município de Monte Alegre de Minas. ...................................................................................................... 16 Figura 21: Terceira audiência pública realizada no dia 10 de fevereiro de 2015 no município de Prata. .................................................................................................................................... 16 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 22: Quarta audiência pública realizada no dia 26 de março de 2015 no município de Araporã. .................................................................................................................................... 16 Figura 23: Quarta audiência pública realizada no dia 26 de março de 2015 no município de Centralina. ................................................................................................................................ 17 Figura 24: Quarta audiência pública realizada no dia 25 de março de 2015 no município de Canápolis. ................................................................................................................................. 17 Figura 25: Quarta audiência pública realizada no dia 23 de março de 2015 no município de Gurinhatã. ................................................................................................................................. 17 Figura 26: Quarta audiência pública realizada no dia 23 de março de 2015 no município de Ituiutaba. ................................................................................................................................... 18 Figura 27: Quarta audiência pública realizada no dia 23 de outubro de 2014 no município de Monte Alegre de Minas. ........................................................................................................... 18 Figura 28: Quarta audiência pública realizada no dia 24 de março de 2015 no município de Prata. ......................................................................................................................................... 18 Figura 29: Oficina de sabão caseiro realizado no dia 10 de fevereiro de 2015 no município de Canápolis. ................................................................................................................................. 19 Figura 30: Oficina de sabão caseiro realizado no dia 11 de fevereiro de 2015 no município de Gurinhatã. ................................................................................................................................. 20 Figura 31: Oficina de compostagem realizado no dia 11 de fevereiro de 2015 no município de Gurinhatã. ................................................................................................................................. 20 Figura 32: Caminhada ecológica realizado no dia 03 de março de 2015 no município de Gurinhatã. ................................................................................................................................. 20 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 33: Oficina de compostagem realizado no dia 09 de fevereiro de 2015 no município de Araporã. .................................................................................................................................... 21 Figura 34: Oficina de compostagem e realizado no dia 12 de fevereiro de 2015 no município Monte Alegre de Minas. ........................................................................................................... 21 Figura 35: Oficina de compostagem e realizado no dia 11 de fevereiro de 2015 no município Prata. ......................................................................................................................................... 21 Figura 36: Exposição e feira artesanal na praça XV realizado no dia 06 de março no município do Prata. ................................................................................................................... 22 Figura 37: Atividade realizada em uma escola municipal em Ituiutaba, realizada no dia 26 de fevereiro de 2015 no município de Ituiutaba. ........................................................................... 22 Figura 38: Reunião entre a equipe técnica, Comitê Executivo e o Grupo de Sustentação dos municípios pertencente ao consórcio CIDES nas dependências da UFU. ............................... 23 Figura 39: Mapa de localização dos municípios que compõem o CIDES. .............................. 25 Figura 40: Mapa com as classificações climáticas segundo Köppen. Fonte:http://www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Emerson/Unidades_C limaticas_Brasileiras.pdf Acessado em: 24/11/14 as 10:32. .................................................... 29 Figura 41: Distribuição das médias anuais da precipitação no Triângulo Mineiro. Fonte: Silva (2010). ...................................................................................................................................... 31 Figura 42: Média do excedente hídrico anual no Triângulo Mineiro. ...................................... 32 Figura 43: Média do déficit hídrico anual de 1975 a 2009 no Triângulo Mineiro. .................. 33 Figura 44: Variação da temperatura média para a região do Triângulo Mineiro..Fonte: Silva (2010). ...................................................................................................................................... 34 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 45: Mapa de hidrografia dos municípios que compõem o CIDES. .............................. 37 Figura 46: Mapa de unidades gemorfológicas para os municípios que compõem o CIDES. .. 45 Figura 47: Geologia dos municípios que compõem o CIDES. Fonte CPRM (2004). .............. 48 Figura 48: Mapa geotécnico da região onde estão os municípios que compõem o CIDES. .... 63 Figura 49: Pirâmide populacional em Gurinhatã – MG (1991). .............................................. 84 Figura 50: Pirâmide populacional em Gurinhatã (2010). ......................................................... 84 Figura 51: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Gurinhatã – MG. ..... 85 Figura 52: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes – Gurinhatã – MG. ....................................................................................................................... 86 Figura 53: Percentagem de jovens frequentando o ensino básico em Gurinhatã – MG. .......... 87 Figura 54: Esperança de vida ao nascer do município de Gurinhatã – MG (em anos). ........... 88 Figura 55: Mortalidade de crianças até cinco anos de idade em Gurinhatã – MG. .................. 89 Figura 56: Pobreza e extrema pobreza (em %) no município de Gurinhatã – MG. ................. 89 Figura 57: Quantidade de escolas de escolas estaduais e municipais por nível de ensino em Gurinhatã – MG (2012). ........................................................................................................... 91 Figura 58: Percentagem da população, por religião, em Gurinhatã – MG (2010). .................. 92 Figura 59: Serviços de distribuição de energia elétrica, distribuição de água encanada e coleta de lixo em Gurinhatã – MG. ..................................................................................................... 97 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 60: Município do Prata - MG, População, 1970 a 2010. .............................................. 98 Figura 61: Município do Prata, População, rural e urbana, 1970 a 2010. ................................ 99 Figura 62: Pirâmide etária do município de Prata – MG (1991). ........................................... 100 Figura 63: Pirâmide etária do município de Prata – MG (2000). ........................................... 101 Figura 64: Pirâmide etária do município de Prata – MG (2010). ........................................... 101 Figura 65: Estabelecimentos públicos e privados de saúde em Prata – MG (2009). ............. 103 Figura 66: Percentagem de escolas por nível de ensino em Prata – MG (2012). ................... 104 Figura 67: Percentagem da população por religião – MG. ..................................................... 105 Figura 68: Quantidade de escolas privadas e públicas por nível de ensino no Prata – MG (2012). .................................................................................................................................... 110 Figura 69: Serviços de distribuição de energia elétrica, distribuição de água encanada e coleta de lixo no município de Prata – MG. ..................................................................................... 110 Figura 70: Vista parcial da cidade de Ituiutaba, MG. ............................................................. 112 Figura 71: Evolução populacional do município de Araporã. ................................................ 121 Figura 72: Pirâmide Etária do município de Araporã............................................................. 121 Figura 73: Escolas municipais e estaduais por nível de ensino em Araporã – MG (2012). ... 126 Figura 74: População católica e não católica de Araporã – MG (2010)................................. 127 Figura 75: Evolução populacional do município de Centralina. ............................................ 130 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 76: Pirâmide etária – Centralina (MG), Minas Gerais e Brasil ................................... 131 Figura 77: Evolução do índice de desenvolvimento humano municipal do município de Centralina – MG. .................................................................................................................... 134 Figura 78: Porcentagem de escolas municipais e estaduais em Centralina – MG (2012). ..... 135 Figura 79: População por religião em Centralina – MG. ....................................................... 135 Figura 80: População do município de Monte Alegre de Minas – MG (1970 a 2010). ......... 140 Figura 81: População urbana e rural de Monte Alegre de Minas – MG (1970 a 2010) ......... 140 Figura 82: Pirâmide populacional em Monte Alegre de Minas (1991). ................................. 141 Figura 83: Pirâmide populacional em Monte Alegre de Minas (2000). ................................. 141 Figura 84: Pirâmide populacional em Monte Alegre de Minas (2010). ................................. 142 Figura 85: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Monte Alegre de Minas – MG. ........................................................................................................................... 142 Figura 86: Porcentagem de jovens frequentando ensino básico em Monte Alegre de Minas – MG (1991, 2000 e 2010). ....................................................................................................... 143 Figura 87: Esperança de vida ao nascer do município de Monte Alegre de Minas (em anos). ...................................................................................................................................... 144 Figura 88: Mortalidade de crianças até cinco anos de idade em Monte Alegre de Minas/MG............................................................................................................................... 145 Figura 89: Pobreza e extrema pobreza (em %) no município de Monte Alegre de Minas – MG. ......................................................................................................................................... 145 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 90: Estabelecimentos públicos e privados de saúde em Monte Alegre de Minas – MG (2009). .................................................................................................................................... 147 Figura 91: Distribuição de escolas por nível de ensino em Monte Alegre Minas – MG (2012). .................................................................................................................................... 148 Figura 92: Percentagem da população por religião em Monte Alegre de Minas – MG (2010). .................................................................................................................................... 148 Figura 93: Quantidade de escolas privadas e públicas por nível de ensino em Monte Alegre de Minas (2012). ......................................................................................................................... 154 Figura 94: Serviços de distribuição de energia elétrica, distribuição de água encanada e coleta de lixo em Monte Alegre de Minas – MG. ............................................................................. 154 Figura 95: Evolução populacional. ......................................................................................... 156 Figura 96: Pirâmide Etária do município de Canápolis, Minas Gerais e Brasil. .................... 156 Figura 97: Distribuição de estabelecimento de saúde público e privado em Canápolis – MG em 2009. ................................................................................................................................. 161 Figura 98: Percentagem da população por religião em Canápolis (2010). ............................. 162 Figura 99: Placas fixadas junto aos poços indicam vazões de 4,80 l/s, 3,20 l/s e 3,03 l/s, respectivamente, para os poços C1, C2 e C4.......................................................................... 165 Figura 100: Aspectos dos poços C1, C2 e C4. ....................................................................... 165 Figura 101: De cima para baixo, aspectos do sistema de condicionamento da água, reservatórios apoiado e elevado maiores, elevatória e reservatórios apoiado e elevado menores. .................................................................................................................................. 166 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 102: De cima para baixo, aspectos da estação elevatória de esgotos, caixa de passagem e poço de visita que encaminham o esgoto da rede coletora para o poço de sucção da elevatória. ............................................................................................................................... 167 Figura 103: De cima para baixo, aspectos das tubulações de sucção, dos conjuntos motoresbombas e tubulações de recalque de esgoto para o sistema de tratamento............................. 168 Figura 104: De cima para baixo e da direita para a esquerda, área, vistas, entradas e vazamento na entrada de esgoto das lagoas............................................................................ 169 Figura 105: De cima para baixo e da direita para a esquerda, tomada, caixa de passagem, tubulação de descarga, montante, ponte e jusante do corpo receptor no ponto de lançamento do efluente das lagoas. ............................................................................................................ 170 Figura 106: Vista da ponte em construção e dos tubos para a galeria de um dos seus lados. 170 Figura 107: Da esquerda para a direita, vista das bocas de lobo do lado da avenida em que se localiza o poço C1 e do lado em que se localiza o poço C2. .................................................. 171 Figura 108: Bueiro em construção próximo as lagoas de tratamento de esgoto. ................... 171 Figura 109: Aspectos do primeiro poço que abastece o distrito. ............................................ 172 Figura 110: Aspectos do segundo poço que abastece o distrito. ............................................ 173 Figura 111: Aspecto do que parece ser um sistema de tanque séptico e sumidouro, com o detalhe do extravasamanento. ................................................................................................. 174 Figura 112: Vista do esgoto que escorre pelo terreno, atravessa a BR 365 e alcança uma represa rural. ........................................................................................................................... 175 Figura 113: Barragem de nível para tomada no Córrego Sidnei. ........................................... 177 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 114: Poços tubulares próximo ao Córrego Sidney. ..................................................... 177 Figura 115: Desarenador e bombas que recalcam a água bruta para a ETA. ......................... 178 Figura 116: Dosadores de nível constante de cloro, sulfato de alumínio e flúor. .................. 178 Figura 117: Dosador de cal e ponto de dosagem junto à calha Parshall. ............................... 178 Figura 118: Reservatórios inferiores. ..................................................................................... 179 Figura 119: Reservatório superior. ......................................................................................... 179 Figura 120: Regiões abastecidas pela rede de distribuição de água. ...................................... 180 Figura 121: Reservatório Jardim Brasil. ................................................................................. 181 Figura 122: Nova região que será abastecida pelo reservatório. ............................................ 182 Figura 123: Região que será abastecida pelo reservatório. .................................................... 182 Figura 124: Tratamento preliminar e Elevatória de esgotos da Estação de Tratamento de Esgotos do Município de Prata, MG. ..................................................................................... 183 Figura 125: Reatores UASB – ETE de Prata, MG. ................................................................ 183 Figura 126: Filtro biológico percolador – ETE de Prata, MG. ............................................... 184 Figura 127: Decantador secundário – ETE de Prata, MG. ..................................................... 184 Figura 128: Elevatória de recirculação do efluente tratado, ETE de Prata, MG. ................... 185 Figura 129: Sistema de desidratação de lodo composto por seis células de secagem, ETE de Prata, MG. .............................................................................................................................. 185 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 130: Unidade de apoio operacional, ETE de Prata, MG. ............................................ 186 Figura 131: Processos erosivos relacionados com travessia sob rodovia. .............................. 187 Figura 132: Locais sem rede de drenagem urbana. Instalação de processos erosivos na forma de sulcos e ravinas. ................................................................................................................. 187 Figura 133: Escoamento superficial e sulcos pela ausência de rede de drenagem. ................ 188 Figura 134: Escoamento superficial originando ravina. Redução no diâmetro da galeria. .... 188 Figura 135: Galerias mal dimensionadas, originando voçorocas. .......................................... 189 Figura 136: Praça central do Distrito de Jardinésia. ............................................................... 190 Figura 137: Localização dos poços artesianos e da rede de distribuição de água. ................. 191 Figura 138: Imagem do poço na praça central e poço na base do reservatório. ..................... 191 Figura 139: Reservatório de distribuição de água. ................................................................. 192 Figura 140: Rua Nona. ........................................................................................................... 193 Figura 141: Rua Sexta. ........................................................................................................... 193 Figura 142: Mapa do distrito do Patrimônio do Rio do Peixe. ............................................... 194 Figura 143: Avenida Presidente Vargas. ................................................................................ 194 Figura 144: Rio do Peixe. ....................................................................................................... 195 Figura 145: Poço artesiano. .................................................................................................... 196 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 146: Reservatório próximo à mina que abastece o distrito. ........................................ 196 Figura 147: Reservatório do distrito com 30m³ de capacidade. ............................................. 197 Figura 148: Rede de distribuição de água do Distrito do Patrimônio do Rio do Peixe. ......... 198 Figura 149: Ausência de rede de esgoto no distrito................................................................ 198 Figura 150: Rua sem asfalto em frente ao colégio do distrito. ............................................... 199 Figura 151: Sentido do escoamento de água pluvial no distrito. ............................................ 199 Figura 152: Captação superficial no Rio Babilônia. Monte Alegre de Minas, MG. .............. 200 Figura 153: Localização dos poços tubulares utilizados no abastecimento público de Monte Alegre de Minas. .................................................................................................................... 201 Figura 154: Estação de Tratamento de Água em Monte Alegre de Minas, MG. ................... 202 Figura 155: Reservatórios e rede alimentadora principal de água em Monte Alegre de Minas, MG. ......................................................................................................................................... 202 Figura 156: Lançamentos de esgoto in natura na rede hidrográfica no perímetro urbano em Monte Alegre de Minas. ......................................................................................................... 203 Figura 157: Localização e projeto da ETE de Monte Alegre de Minas (em construção). ..... 204 Figura 158: Pontos de lançamento da drenagem pluvial nos cursos d‟água em Monte Alegre de Minas. ................................................................................................................................ 205 Figura 159: Adutora no Rio Paranaíba. .................................................................................. 206 Figura 160: Chegada da água na ETE Araporã. ..................................................................... 207 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 161: Leitos filtrantes – ETE Araporã. ......................................................................... 207 Figura 162: Reservatórios água tratada em Araporã. ............................................................. 208 Figura 163: Esgoto sendo encaminhado in natura para o Rio Paranaíba. .............................. 209 Figura 164: Estação Elevatória de Esgoto. ............................................................................. 209 Figura 165: Falta de limpeza nas bocas de lobo. Araporã, MG. ............................................ 211 Figura 166: Captação de água no Córrego do Cerrado em Canápolis, MG. .......................... 212 Figura 167: Localização dos poços tubulares utilizados para abastecimento de indústrias e parque de exposições em Canápolis, MG. .............................................................................. 212 Figura 168: Nascentes do manancial que abastece Canápolis. Riscos pela proximidade da BR-153. .................................................................................................................................. 213 Figura 169: Fase de tratamento de água (Decantação). ETA de Canápolis, MG. .................. 213 Figura 170: Fase de tratamento de água (Filtros). ETA de Canápolis, MG. .......................... 214 Figura 171: Localização da Estação Elevatória de Água Tratada e reservatórios.................. 214 Figura 172: Reservatório apoiado. ......................................................................................... 215 Figura 173: Reservatório suspenso. ........................................................................................ 215 Figura 174: Projeto da ETE para Canápolis. .......................................................................... 216 Figura 175: Falta de manutenção em boca de lobo em Canápolis. ........................................ 217 Figura 176: Captação de água no rio Piedade. ....................................................................... 218 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 177: Poço tubular na área urbana (rua dos Pereiras, 650), utilizado para o abastecimento público. ........................................................................................................... 218 Figura 178: Tanque de sucção e sistema elevatório na ETA de Centralina, MG. .................. 219 Figura 179: Estação de Tratamento de Água de Centralina, MG. .......................................... 219 Figura 180: Tampa quebrada e entupimento de bocas de lobo em Centralina, MG. ............. 220 Figura 181: Captação de água no ribeirão São Lourenço. ...................................................... 221 Figura 182: Sede administrativa da SAE em Ituiutaba. Foto: (SAE, 2015). .......................... 221 Figura 183: Captação no Ribeirão São Lourenço, Ituiutaba, MG. Foto: SAE (2015). .......... 223 Figura 184: Captação no Rio Tijuco em Ituiutaba – Foto: SAE (2015). ................................ 224 Figura 185: Estação de Tratamento de Água de Ituiutaba. Foto: SAE (2015). ...................... 224 Figura 186: Estação de tratamento de Esgoto em Ituiutaba. .................................................. 225 Figura 187: ERPAI - Estação de Recuperação e Preservação Ambiental de Ituiutaba. Foto: (SAE, 2015). ........................................................................................................................... 226 Figura 188: Tratamento do lodo de esgoto em Ituiutaba. ....................................................... 227 Figura 189: Rede de drenagem existente na cidade. .............................................................. 228 Figura 190: Mapa dos córregos que cortam a cidade e servem para a drenagem urbana e manejo das águas pluviais. ..................................................................................................... 229 Figura 191: Lançamento de esgoto e de resíduos sólidos urbanos clandestinos no rio Córrego Pirapitinga. Evidencia também processos de erosão marginal do córrego e no solo. ............ 230 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 192: Destino dos resíduos produzidos na zona rural. .................................................. 233 Figura 193: Porcentagem de pessoas que observam lixo jogado nas estradas rurais. ............ 233 Figura 194: Porcentagem das pessoas que sabem onde o lixo da cidade é depositado. ......... 234 Figura 195: Porcentagem das pessoas que sabem se o lixo da cidade causa degradação ambiental no local onde é depositado. .................................................................................... 235 Figura 196: Porcentagem referente aos destinos das embalagens de fertilizantes e defensivos agrícolas. ................................................................................................................................. 236 Figura 197: Porcentagem de pessoas que sabem como se faz a compostagem da matéria orgânica. ................................................................................................................................. 236 Figura 198: Porcentagem de pessoas que realizariam compostagem de matéria orgânica na propriedade. ............................................................................................................................ 237 Figura 199: Porcentagem de opiniões com relação à limpeza urbana. ................................... 238 Figura 200: Porcentagem de respostas com relação à coleta de lixo nas cidades. ................. 239 Figura 201: Porcentagem de pessoas que sabem onde o lixo da cidade é depositado. .......... 239 Figura 202: Porcentagem de pessoas que sabem se a disposição de lixo causa degradação ambiental. ............................................................................................................................... 240 Figura 203: Porcentagem de pessoas que observam lixo jogado nas ruas. ............................ 241 Figura 204: Porcentagem das pessoas que percebem a presença de mosquitos, ratos e baratas no bairro.................................................................................................................................. 242 Figura 205: Porcentagem de pessoas que separam o lixo (seco e molhado) em casa. ........... 242 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 206: Porcentagem de pessoas que participariam de um programa de coleta seletiva. ................................................................................................................................... 243 Figura 207: Porcentagem de pessoas que sabem como é feita a compostagem de resíduos orgânicos................................................................................................................................. 244 Figura 208: Porcentagem de pessoas que tem interesse em fazer a compostagem de resíduos orgânicos em casa. .................................................................................................................. 244 Figura 209: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Araporã. ............................................................................................................ 278 Figura 210: Gerador de resíduos de serviços de saúde:Hospital municipal João Paulo II no município de Araporã. ............................................................................................................ 281 Figura 211: Gerador de resíduos de serviços de saúde público:unidades básicas de saúde familiar no município de Araporã: à esquerda, unidade I e à direita, unidade II. .................. 281 Figura 212: Gerador particular de resíduos de construção civil no município de Araporã. Destaque na disposição do armazenamento dos resíduos domiciliares em lixeiras suspensas e de construção civil coberto por lona plástica.......................................................................... 282 Figura 213: Trabalhador da Prefeitura Municipal de Araporã, durante serviço de varrição de via pública. ............................................................................................................................. 283 Figura 214: Lixeiras para acondicionamento dos resíduos sólidos urbanos na praça principal do município de Araporã. Não identificou recipientes para coleta seletiva. .......................... 283 Figura 215: Unidade de transbordo e acondicionamento dos resíduos de serviços de saúde público no hospital municipal em Araporã............................................................................. 285 Figura 216: Caçamba de acondicionamento de resíduos de construção civil no município de Araporã. .................................................................................................................................. 286 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 217: Disposição de resíduos de poda juntamente com resíduos de construção civil na cidade de Araporã. .................................................................................................................. 286 Figura 218: Caminhão compactador utilizado no transporte dos resíduos sólidos urbanos no município de Araporã. ............................................................................................................ 288 Figura 219: Reboque para coleta e transporte de resíduos de serviços de saúde de geradores públicos no município de Araporã. ........................................................................................ 289 Figura 220: Carrinho conduzido por funcionário da limpeza durante o serviço de varrição. .................................................................................................................................. 291 Figura 221: Veículos automores utilizados na coleta dos resíduos de varrição, poda e capita e resíduos de construção civil no município de Araporã. Especificações ver Tabela 55. ......... 291 Figura 222: Entrada do aterro controlado do município de Araporã, onde ocorre a disposição final dos resíduos sólidos urbanos. Localização: 22K 697.750 mE e 7961358 mN. ............. 292 Figura 223: Segregação dos resíduos domiciliares e comerciais em recipientes etiquetados por tipologia, peso e volume em Araporã. .................................................................................... 299 Figura 224: Fluxograma de balanço de massa e volumétrico diário de resíduos domiciliares e comerciais no município de Araporã. ..................................................................................... 301 Figura 225: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Canápolis. ......................................................................................................... 302 Figura 226: Unidade Básica de Saúde da Família Casa de Saúde Joaquim Rodrigues Costa em Canápolis. ............................................................................................................................... 307 Figura 227: Unidade Básica de Saúde da Família Bolívar José Santana em Canápolis. ....... 308 Figura 228: Unidade Básica de Saúde da Família Hermenegildo de Freitas em Canápolis. . 308 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 229: Armazenamento e acondicionamento dos resíduos sólidos domiciliares em Canápolis. ............................................................................................................................... 310 Figura 230: Armazenamento dos resíduos de construção civil em Canápolis. Observa-se a disposição em vias públicas. ................................................................................................... 311 Figura 231: Acondicionamento e armazenamento de resíduos de varrição e poda em Canápolis. ............................................................................................................................... 312 Figura 232: Rota de coleta dos resíduos domiciliares e comerciais no município de Canápolis. As linhas em vermelha destacam a coleta nas ruas ímpares e as linhas em azul nas ruas pares. Fonte: AMVAP. ..................................................................................................................... 313 Figura 233: Trator pá carregadeira coletando os resíduos de construção civil em Canápolis. ............................................................................................................................... 315 Figura 234: Equipe da varrição no município de Canápolis. ................................................. 316 Figura 235: Serviço de capina em áreas públicas no município de Canápolis. ...................... 317 Figura 236: Veículos utilizados na coleta de resíduos sólidos domiciliares e comerciais em Canápolis. À esquerda caminhão GMC-1270 e a direita caminhão Ford Cargo 816. ........... 318 Figura 237: Veículo utilizado na coleta dos resíduos de construção civil em Canápolis. ...... 319 Figura 238: De cima para baixo, pátio de compostagem e a máquina de peinerar composto orgânico; acessos a boca da esteira e baías da usina de triagem e compostagem; fachada da usina de triagem; baías da usina em Canápolis. ..................................................................... 320 Figura 239: Veículo trator com pá-carregadeira e escavadeira na Usina de Triagem e Compostagem em Canápolis. ................................................................................................. 321 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 240: Estudos de gravimetria dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais. Amostragem, separação da amostra, segregação e pesagem por tipologia de resíduos. ........ 327 Figura 241: Fluxograma com os balanços de massa e volumétrico realizados no município de Canápolis (regime diário). ...................................................................................................... 331 Figura 242: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Centralina.......................................................................................................... 332 Figura 243: Geradores públicos de resíduos de serviços de saúde. De cima para baixo, Unidade Básica de Saúde D. Maria Tosta, Unidade Básica de Saúde Possidônio Herculano de Souza, Centro de Saúde Francisco Neves e o Hospital Municipal JK em Centralina. ........... 338 Figura 244: Gerador de resíduos de construção civil de obra particular na cidade de Centralina. .............................................................................................................................. 338 Figura 245: Equipe de varrição de vias públicas na cidade de Centralina. ............................ 339 Figura 246: Lixeiras diferenciadas por tipologia de resíduos sólidos urbanos. Observa-se à disposição em espaços públicos, porém com cores distintas para o plástico. ........................ 340 Figura 247: Coleta de resíduos de construção civil juntamente com resíduos de poda e capina na cidade de Centralina. Mais detalhes na Tabela 72. ............................................................ 346 Figura 248: Veículos automotores utilizados nos serviços de limpeza urbana no município de Centralina. Mais detalhes na Tabela 72. ................................................................................. 347 Figura 249: Quarteamento da amostragem de resíduos sólidos domiciliares e comerciais em Centralina. .............................................................................................................................. 356 Figura 250: Etiquetagem por tipologia com medidas de peso e volume dos recipientes. ...... 357 Figura 251: Abertura das sacolas e segregação dos resíduos por tipologia em Centralina. ... 357 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 252: Fluxograma do balanço de massa e volumétrico dos resíduos domiciliares e comerciais do município de Centralina (Regime diário). ....................................................... 360 Figura 253: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Gurinhatã. ......................................................................................................... 361 Figura 254: “Carrinho de mão” utilizado por funcionário da limpeza durante o serviço de varrição. .................................................................................................................................. 366 Figura 255: Transporte de resíduos para o aterro controlado. ................................................ 368 Figura 256: Fluxograma do balanço de massa e volumétrico dos resíduos domiciliares e comerciais do município de Gurinhatã (Regime diário). ....................................................... 378 Figura 257: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Ituiutaba. ........................................................................................................... 379 Figura 258: Hospitais Nossa Senhora da Abadia (esquerda) e Meterdey (direita), unidades geradoras de resíduos de serviços de saúde no município de Ituiutaba. ................................ 382 Figura 259: Serviço de varrição das vias públicas e espaços públicos no município de Ituiutaba. ................................................................................................................................. 383 Figura 260: Serviço de capina dos espaços públicos no município de Ituiutaba. No centro da foto, funcionários da prefeitura cortando a grama de um canteiro. ........................................ 383 Figura 261: Caçambas para acondicionamento de resíduos de construção civil no município de Ituiutaba. ............................................................................................................................ 385 Figura 262: Armazenamento temporário de resíduos de varrição nas vias públicas de Ituiutaba. ................................................................................................................................. 386 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 263: Container para o armazenamento de resíduos sólidos urbanos no município de Ituiutaba. ................................................................................................................................. 386 Figura 264: Lixeira instalada em via pública do município de Ituiutaba. .............................. 387 Figura 265: Coleta de resíduos de varrição, poda e capina no município de Ituiutaba. ......... 389 Figura 266: Caminhão compactador transportando resíduos sólidos no município de Ituiutaba. ................................................................................................................................. 390 Figura 267: Trator do aterro sanitário de Ituiutaba................................................................. 390 Figura 268: Disposição de resíduos sólidos no aterro sanitário de Ituiutaba. ........................ 391 Figura 269: Disposição de resíduos de capina e poda no aterro sanitário de Ituiutaba. ......... 391 Figura 270: Fluxograma de balanço de massa e volumétrico de resíduos domiciliares e comerciais no município de Ituiutaba (Regime diário). ......................................................... 402 Figura 271: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Monte Alegre de Minas. ................................................................................... 403 Figura 272: Hospital Santa Casa de Monte Alegre é o único do município e oferece serviços de saúde gerais. Casos que necessitam serviços de saúde especializados são encaminhados geralmente para a cidade de Uberlândia, MG. ....................................................................... 407 Figura 273: Geradores de resíduos de serviços de saúde do município de Monte Alegre de Minas. À esquerda, Unidade Básica de Saúde da Família Frei Lucas Ferraro, e a direita Unidade Básica de Saúde da Família Dona Antuninha Delfino. ............................................ 408 Figura 274: Gerador particular de resíduos de construção civil na edificação de um estabelecimento comercial na área urbana de Monte Alegre de Minas. ................................ 409 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 275: Capina do canteiro central da prefeitura do município de Monte Alegre de Minas. ..................................................................................................................................... 410 Figura 276: Acondicionamento e armazenamento dos resíduos domiciliares pelos geradores na cidade de Monte Alegre de Minas. .................................................................................... 411 Figura 277: Recipiente de armazenamento de resíduos domiciliares e comerciais em ruas e avenidas principais na área urbana de Monte Alegre. ............................................................ 412 Figura 278: Segregação por tipologia de resíduos de serviços de saúde no Hospital Santa Casa de Monte Alegre. .................................................................................................................... 413 Figura 279: Unidade de transbordo pra resíduos de serviços de saúde no Hospital Santa Casa de Monte Alegre. .................................................................................................................... 414 Figura 280: Unidades de transbordo pra resíduos de serviços de saúde nas Unidades Básicas de Saúde da Família no município de Monte Alegre de Minas.............................................. 414 Figura 281: Acondicionamento e armazenamento de resíduos de construção civil em frente à obra, obstruindo num primeiro momento a passagem de pedestre pela calçada. ................... 415 Figura 282: Acondicionamento e armazenamento de resíduos de poda em via pública misturado com resíduos, em menor proporção, de construção civil. ..................................... 416 Figura 283: Planejamento das rotas de coleta dos resíduos domiciliares e comerciais por setores na cidade de Monte Alegre de Minas. ........................................................................ 418 Figura 284: Caminhões compactadores de coleta de resíduos domiciliares e comerciais na cidade de Monte Alegre de Minas. ......................................................................................... 419 Figura 285: Veículo automotor utilizado para coleta e transporte dos resíduos de serviços de saúde no município de Monte Alegre de Minas. .................................................................... 423 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 286: Coleta e transporte de resíduos de construção civil por caminhão caçamba até o aterro controlado no município de Monte Alegre de Minas. .................................................. 424 Figura 287: Retroescavadeira utilizada na coleta de resíduos de construção civil e de poda na cidade de Monte Alegre de Minas. ......................................................................................... 425 Figura 288: Maquinários utilizados para os serviços de coleta e transporte de resíduos de varrição, poda e capina no município de Monte Alegre de Minas. ........................................ 426 Figura 289: Coleta e transporte de resíduos de poda e capina em caminhão caçamba na cidade de Monte Alegre de Minas. .................................................................................................... 427 Figura 290: Sede da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Monte Alegre de Minas. ..................................................................................................................................... 427 Figura 291: Localização de acesso ao Aterro Controlado do município de Monte Alegre de Minas. Coordenadas UTM 715.384 mE e 7.913.178 mN. Fonte: Digital Globe Spot Image, 2013. ........................................................................................................................... 429 Figura 292: Vista geral do Aterro Controlado do município de Monte Alegre de Minas. Fonte: Digital Globe Spot Image, 2013. ............................................................................................ 430 Figura 293: Autorização de funcionamento do Aterro Sanitário do município de Monte Alegre de Minas. Porém as instalações são compatíveis com de Aterro Controlado. ....................... 431 Figura 294: Descarte final dos resíduos domiciliares e comerciais nas valas abertas no Aterro Controlado do município de Monte Alegre de Minas. ........................................................... 432 Figura 295: Valas para disposição final dos resíduos de serviços de saúde no Aterro Controlado do município de Monte Alegre de Minas. ........................................................... 433 Figura 296: Valas de descarte de resíduos de construção civil no Aterro Controlado do município de Monte Alegre de Minas. ................................................................................... 434 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 297: Receitas dos serviços de limpeza cobradas no IPTU do contribuinte em Monte Alegre de Minas. .................................................................................................................... 439 Figura 298: Amostragem e separação dos resíduos domiciliares e comerciais no perímetro urbano de Monte Alegre de Minas, MG. ................................................................................ 441 Figura 299: Inspeção e cálculo do volume dos recipientes coletores.Os resíduos foram segregados por tipologia conforme etiquetagem dos recipientes. .......................................... 442 Figura 300: Balanço de massa dos resíduos domiciliares e comerciais diários em Monte Alegre de Minas. .................................................................................................................... 445 Figura 301: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município do Prata. ................................................................................................................. 446 Figura 302: Vista frontal do caminhão coletor de resíduos domiciliares e comerciais na cidade de Prata. Fonte: PMP, 2014 .................................................................................................... 453 Figura 303: Vista lateral do caminhão coletor de resíduos domiciliares e comerciais na cidade de Prata. Fonte: PMP, 2014. ................................................................................................... 454 Figura 304: Vista traseira do caminhão coletor de resíduos domiciliares e comerciais na cidade de Prata. Fonte: PMP, 2014. ....................................................................................... 454 Figura 305: Local de armazenamento dos fardos prensados na cidade de Prata. Fonte: PMP, 2014. ............................................................................................................................. 455 Figura 306: Espaço físico para realização da compostagem em funcionamento no ano de 2012.Fonte: PMU, 2014 ......................................................................................................... 456 Figura 307: Misturador de resíduos de matéria orgânica para compostagem no município de Prata. ....................................................................................................................................... 456 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 308: UTC no município de Prata. De cima para baixo: almoxarifado, copa e banheiros; cooperados trabalhando na triagem dos resíduos com auxílio de esteira; guarita de entrada; vista frontal da usina. .............................................................................................................. 458 Figura 309: Aterro controlado do município de Prata. ........................................................... 459 Figura 310: Trator compactador em operação no aterro controlado no município de Prata. ....................................................................................................................................... 459 Figura 311: Fluxograma de balanço de massa e volumétrico de resíduos domiciliares e comerciais no município de Prata (Regime diário). ............................................................... 471 Figura 312: Acondicionamento dos resíduos sólidos urbanos na destinação final e pontos clandestinos de descarte de resíduos na cidade de Araporã. .................................................. 473 Figura 313: Vista geral da localização da usina de triagem (A), pátio de compostagem (B) e local para disposição final de resíduos sólidos (C)do município de Canápolis...................... 475 Figura 314: Disposição de resíduos sólidos potencialmente recicláveis. ............................... 476 Figura 315: Presença de animais. ........................................................................................... 476 Figura 316: Livre acesso de veículos para disposição de resíduos......................................... 477 Figura 317: Depósito de resíduos comerciais em local onde seria somente de podas de árvores. ................................................................................................................................... 477 Figura 318: Presença de ossadas de animais. ......................................................................... 478 Figura 319: Presença de catadores no local de disposição final de resíduos. ......................... 478 Figura 320: Disposição clandestina de resíduos nas margens de estradas. ............................ 479 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 321: Disposição de resíduos em lotes e terrenos baldios. ........................................... 479 Figura 322: Controle de disposição de resíduos pela prefeitura em Centralina. .................... 481 Figura 323: Área de passivo ambiental que requer estudos de recuperação de áreas degrada no município de Centralina.......................................................................................................... 481 Figura 324: Pontos clandestinos de disposição de resíduos sólidos urbanos em áreas periféricas de Centralina. ........................................................................................................ 482 Figura 325: Ponto de coleta de resíduos sólidos urbano e rural em Centralina. Devido ao uso incorreto torna-se um ponto potencial de disposição de resíduos clandestino. ...................... 482 Figura 326: Áreas adquirida em 2010, localizada na BR-153, com cerca de 6 quilômetros do perímetro urbano, que atualmente é o lixão de Centralina (Jornal do Pontal, 2010). ............ 483 Figura 327: Resíduos sólidos urbanos despejados em superfície sem controle ambiental no aterro de Gurinhatã. ................................................................................................................ 484 Figura 328: Descarte de ossos de animais no “aterro” de Gurinhatã. .................................... 485 Figura 329: Unidade de disposição final de resíduos sólidos urbanos em Ituiutaba. ............. 486 Figura 330: Despejo de resíduos clandestinos em local inadequado no município de Ituiutaba. ................................................................................................................................. 487 Figura 331: À esquerda vista panorâmica da localização do Antigo “Lixão” (ponto em amarelo) com cerca de 1,5 km distante do bairro mais próximo. À direita, vista em detalhe da área, hoje, coberto por vegetação arbórea densa. Coordenadas UTM723.490 mE e 7.910.150 mN. Fonte: Digital Globe Spot Image, 2013. ......................................................................... 488 Figura 332: Carcaças de ossos disposto nas estradas do Antigo “Lixão” em Monte Alegre de Minas. ..................................................................................................................................... 488 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 333: Pontos clandestinos de disposição final de resíduos sólidos urbanos encontrados em Monte Alegre de Minas. À esquerda, estrada vicinal com placa de orientação proibindo o descarte de resíduos e a direita em via pública atrás do cemitério. ........................................ 489 Figura 334: Chácaras e barracos (ao fundo) construídos na proximidade do local de disposição final de resíduos sólidos do município do Prata. .................................................................... 491 Figura 335: Lixiviado da área de transbordo e escoando direto para o solo. ......................... 491 Figura 336: Presença de animais no aterro controlado. .......................................................... 492 Figura 337: Presença de pneus a céu aberto no aterro controlado.......................................... 492 Figura 338: Acesso de pessoas e veículos para depósito de resíduos. ................................... 493 Figura 339: Disposição clandestina de resíduos. .................................................................... 493 Figura 340: Disposição clandestina de resíduos nas margens de estradas. ............................ 494 Figura 341: Reunião com a equipe técnica de elaboração do PGIRS com os prefeitos, secretários e assessores dos municípios que compõem o CIDES. ......................................... 496 Figura 342: Mapa do consórcio público intermunicipal de desenvolvimento sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. ...................................................................................... 497 Figura 343: Mapa de logística para a implantação de aterro sanitário único para os municípios que compõem o CIDES. ......................................................................................................... 498 Figura 344: Mapa de logística para a implantação de dois aterros sanitários os municípios que compõem o CIDES: um próximo ao Trevão e o outro entre Ituiutaba e Gurinhatã. .............. 499 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 1 2. RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA.......................................................... 5 2.1. MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL ............................................. 5 2.1.1. Poder Público e Participação Social ........................................................... 5 2.1.2. Organização do Processo Participativo ...................................................... 5 3. DIAGNÓSTICO ......................................................................................................... 24 3.1. CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O CIDES .... 24 3.1.1. Localização ............................................................................................... 24 3.1.2. Clima dos municípios que integram o CIDES .......................................... 27 3.1.3. Vegetação ................................................................................................. 30 3.1.4. Hidrografia ................................................................................................ 35 3.1.5. Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos. ....................................... 39 3.1.6. Relevo dos Municípios do CIDES ............................................................ 42 3.1.7. Geologia .................................................................................................... 47 3.1.8. Solos ......................................................................................................... 54 3.1.9. Caracterização Geotécnica dos Municípios do CIDES ............................ 62 3.1.10. População – (fixa/flutuante).................................................................... 66 3.1.11. Fecundidade ............................................................................................ 68 3.1.12. Considerações sobre o crescimento populacional .................................. 73 3.1.13. Projeção Populacional ............................................................................ 74 3.1.14. Aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais dos municípios .. 82 3.2. SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O CIDES........... ...................................................................................................................... 164 3.2.1. Gurinhatã ................................................................................................ 164 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 3.2.2. Prata ........................................................................................................ 175 3.2.3. Monte Alegre de Minas: ......................................................................... 200 3.2.4. Araporã ................................................................................................... 206 3.2.5. Canápolis ................................................................................................ 211 3.2.6. Centralina ................................................................................................ 217 3.2.7. Ituiutaba .................................................................................................. 220 3.3. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DOS MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O CIDES............... ........................................................................................ 230 3.3.1. Análise dos dados obtidos nos questionários respondidos pela área rural....................... .......................................................................................................... 232 3.3.2. Análise dos dados dos questionários respondidos pela área urbana ....... 237 4. LEGISLAÇÃO PERTINENTE ............................................................................... 245 4.1. LEI FEDERAL NO 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 .............................. 245 4.2. LEI FEDERAL NO 11.107, DE 06 DE ABRIL DE 2005 ............................ 247 4.3. LEI FEDERAL NO 11.445, DE 05 DE JANEIRO DE 2007 ........................ 248 4.4. CONAMA RESOLUÇÃO, NO 404, DE 11 DE NOVEMBRO 2008 .......... 249 4.5. LEI ESTADUAL – MINAS GERAIS NO 18.031, DE 12 DE JANEIRO DE 2009.................... .......................................................................................................... 251 4.6. LEI FEDERAL NO 12.305, DE 02 DE AGOSTO DE 2010 ........................ 252 4.7. NBR No 10.004/2004 .................................................................................... 255 4.8. OUTRAS LEIS RELACIONADAS COM RESÍDUOS SÓLIDOS E SANEAMENTO BÁSICO ................................................................................................. 256 4.9. DAS NORMAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS –-ABNT REFERENTES A RESÍDUOS: ...................................................... 258 5. 4.10. DAS LEIS DO ESTADO DE MINAS GERAIS ...................................... 260 4.11. CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEGISLAÇÃO ...................................... 261 RESÍDUOS SÓLIDOS: CONCEITOS, ORIGEM E CLASSIFICAÇÕES ........ 263 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 5.1. RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E DE VARRIÇÃO DE VIAS PÚBLICAS............ ............................................................................................................. 263 5.2. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DE DEMOLIÇÃO .................. 264 5.3. RESÍDUOS VOLUMOSOS: MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS DE GRANDE PORTE .............................................................................................................. 265 5.4. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE.................................................... 266 5.5. RESÍDUOS PROVENIENTES DA LIMPEZA DO SISTEMA DE DRENAGEM DA CIDADE ............................................................................................... 266 5.6. RESÍDUOS ESPECIAIS .............................................................................. 267 5.6.1. Pilhas e baterias ...................................................................................... 267 5.6.2. Lâmpadas fluorescentes .......................................................................... 268 5.6.3. Óleos lubrificantes .................................................................................. 268 5.6.4. Óleos de uso culinário ............................................................................ 269 5.6.5. Pneumáticos ............................................................................................ 270 5.6.6. Embalagens de agrotóxicos e produtos veterinários ............................... 270 5.6.7. Eletroeletrônicos de grande e pequeno porte e seus componentes ......... 271 5.6.8. Resíduos radioativos ............................................................................... 272 5.6.9. Resíduos das atividades agrossilvipastoris. ............................................ 273 5.6.10. Resíduos industriais .............................................................................. 274 5.6.11. Resíduos de serviços de transporte ....................................................... 275 5.6.12. Resíduos de mineração ......................................................................... 275 5.6.13. Resíduos de abate de animais e animais domésticos mortos ................ 275 6. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE ARAPORà ........................................................................ 278 6.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE ARAPORà ................................................................................... 278 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 6.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNICÍPIO DE ARAPORÃ.......... ............................................................................................................... 279 6.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE ARAPORÃ............ ............................................................................................................. 279 6.3.1. Geração ................................................................................................... 279 6.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos .................. 283 6.3.3. Coleta ...................................................................................................... 287 6.3.4. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos ............................................... 290 6.3.5. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos ......................................... 291 6.3.6. Reciclagem ............................................................................................. 293 6.3.7. Compostagem ......................................................................................... 293 6.3.8. Triagem e Compostagem (UTC) ............................................................ 293 6.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – PNRS): MUNICÍPIO DE ARAPORà ....................................................... 293 6.4.1. Logística Reversa .................................................................................... 295 6.4.2. Produção per capita de resíduos ............................................................. 295 6.5. IDENTIFICAÇÕES DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO DA POPULAÇÃO: MUNICÍPIO DE ARAPORà ...... 295 6.6. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO ............................................................................................................... 296 6.7. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE ARAPORà ....................................... 297 6.7.1. Procedimentos metodológicos ................................................................ 297 6.7.2. Balanço de Massas e Volumes de Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais.............. ......................................................................................................... 298 7. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS .................................................................... 302 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 7.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS ................................................................................ 302 7.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS ...................................................................................................................... 303 7.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS ...................................................................................................................... 303 7.3.1. Geração ................................................................................................... 303 7.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos .................. 309 7.3.3. Coleta ...................................................................................................... 312 7.3.4. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos ............................................... 316 7.3.5. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos ......................................... 319 7.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – PNRS): MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS .................................................... 321 7.4.1. Identificações da Carência do Setor Público para atendimento adequado da população........ ............................................................................................................ 323 7.5. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO ............................................................................................................... 325 7.6. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS ................................... 326 7.6.1. Procedimentos metodológicos ................................................................ 327 7.6.2. Resultados da Composição Gravimétrica em Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais .............................................................................................. 328 7.6.3. Balanço de Massas e Volumes de Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais.......... ............................................................................................................. 328 8. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE CENTRALINA ................................................................. 332 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 8.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE CENTRALINA ............................................................................. 332 8.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNICÍPIO DE CENTRALINA ................................................................................................................... 333 8.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE CENTRALINA ................................................................................................................... 333 8.3.1. Geração ................................................................................................... 333 8.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos .................. 340 8.3.3. Coleta ...................................................................................................... 342 8.3.4. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos ............................................... 345 8.3.5. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos ......................................... 348 8.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – PNRS) ......................................................................................................... 349 8.4.1. Logística Reserva.................................................................................... 351 8.4.2. Produção per capita de Resíduos ............................................................ 351 8.5. IDENTIFICAÇÕES DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO DA POPULAÇÃO ........................................................ 351 8.5.1. Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento .................. 353 8.6. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO ................................................................. 354 8.6.1. Procedimentos metodológicos ................................................................ 354 8.6.2. Resultados da Composição Gravimétrica em Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais .............................................................................................. 355 8.6.3. Balanço de Massas e Volumes de Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais................. ...................................................................................................... 358 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 9. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE GURINHATà ................................................................... 361 9.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE GURINHATà .............................................................................. 361 9.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNCIÍPIO DE GURINHATà ..................................................................................................................... 362 9.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE GURINHATà ..................................................................................................................... 362 9.3.1. Geração ................................................................................................... 362 9.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos .................. 364 9.3.3. Coleta ...................................................................................................... 365 9.3.4. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos ............................................... 368 9.3.5. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos ......................................... 369 9.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – PNRS): MUNICÍPIO DE GURINHATà ................................................... 370 9.4.1. Logística Reversa .................................................................................... 371 9.4.2. Produção per capita de resíduos ............................................................. 371 9.5. IDENTIFICAÇÕES DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO DA POPULAÇÃO: MUNICÍPIO DE GURINHATà ..................................................................................................................... 372 9.6. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO ............................................................................................................... 373 9.7. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: MUNICÍPIO DE GURINHATà ........................................ 373 9.7.1. Procedimentos metodológicos ................................................................ 374 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 9.7.2. Resultados da Composição Gravimétrica em Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais .............................................................................................. 375 9.7.3. Balanço de Massas e Volumes de Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais............... ........................................................................................................ 375 10. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO ITUIUTABA ............................................................................ 379 10.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE ITUIUTABA ................................................................................ 379 10.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNICÍPIO DE ITUIUTABA........ ............................................................................................................... 380 10.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE ITUIUTABA........ ............................................................................................................... 380 10.3.1. Geração ................................................................................................. 380 10.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos ................ 384 10.3.3. Coleta .................................................................................................... 387 10.3.4. Tratamento e disposição final dos resíduos .......................................... 390 10.3.5. Tratamento de resíduos domiciliares e comerciais ............................... 392 10.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – PNRS): MUNICÍPIO DE ITUIUTABA ..................................................... 393 10.5. IDENTIFICAÇÕES DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO DA POPULAÇÃO: MUNICÍPIO DE ITUIUTABA .... 395 10.6. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO ............................................................................................................... 397 10.7. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: MUNICÍPIO DE ITUIUTABA .......................................... 398 10.7.1. Procedimentos metodológicos .............................................................. 398 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 10.7.2. Resultados da composição gravimétrica em resíduos sólidos domiciliares e comerciais.............. ....................................................................................................... 399 10.7.3. Balanço de massas e volumes de resíduos sólidos domiciliares e comerciais........................................................................................................................ 400 11. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS ...................................... 403 11.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS ................................................... 403 11.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS ........................................................................................................ 404 11.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS ......................................................................................... 404 11.3.1. Geração ................................................................................................. 404 11.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos ................ 410 11.3.3. Coleta .................................................................................................... 416 11.3.4. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos ............................................. 421 11.3.5. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos ....................................... 425 11.3.6. Disposição final dos Resíduos .............................................................. 428 11.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – PNRS) ......................................................................................................... 434 11.5. IDENTIFICAÇÕES DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO DA POPULAÇÃO ........................................................ 436 11.6. INFORMAÇÕES SOBRE A PRODUÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS............ ............................................................................................................. 438 11.7. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO ............................................................................................................... 438 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 11.7.1. Despesas de custeio operacionais de Resíduos de Serviços de Saúde..................... .......................................................................................................... 439 11.7.2. Despesas e receitas de custeio operacionais de Resíduos de Construção Civil......................... ........................................................................................................ 439 11.8. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS................................................................................................................................ 440 11.8.1. Procedimentos metodológicos .............................................................. 440 11.8.2. Resultados da composição gravimétrica em resíduos sólidos domiciliares e comerciais................. .................................................................................................... 441 11.8.3. Balanço de massas e volumes de resíduos sólidos domiciliares e comerciais........................................................................................................................ 442 12. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE PRATA .............................................................................. 446 12.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DO PRATA......................................................................................... 446 12.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNCIÍPIO DE PRATA .. 447 12.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE PRATA................. .............................................................................................................. 447 12.3.1. Geração ................................................................................................. 447 12.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos ................ 449 12.3.3. Coleta .................................................................................................... 450 12.3.4. Transporte de resíduos sólidos urbanos ................................................ 452 12.3.5. Tratamentos dos resíduos sólidos urbanos ........................................... 455 12.3.6. Disposição final dos resíduos ............................................................... 458 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 12.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/ 2010 – PNRS): MUNICÍPIO DE PRATA ............................................................ 460 12.5. IDENTIFICAÇÃO DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO A POPULAÇÃO ........................................................... 461 12.6. INFORMAÇÕES SOBRE A PRODUÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS............... .......................................................................................................... 462 12.7. LEVANTAMENTO DAS PRÁTICAS ATUAIS E DOS PROBLEMAS RELACIONADOS À ESTRUTURA DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA ............. 463 12.8. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO ............................................................................................................... 463 12.9. IDENTIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE PROGRAMAS ESPECIAIS................ ......................................................................................................... 464 12.10. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO: MUNICÍPIO DE PRATA ..................... 466 12.10.1. Procedimentos metodológicos ............................................................ 467 12.10.2. Resultados da composição gravimétrica em resíduos sólidos domiciliares e comerciais ................................................................................................ 468 12.10.3. Balanço de massas e volumes de resíduos sólidos domiciliares e comerciais........................................................................................................................ 469 13. IDENTIFICAÇÃO DE PASSIVOS AMBIENTAIS.............................................. 472 13.1. MUNICÍPIO DE ARAPORà ................................................................... 472 13.2. MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS ................................................................ 474 13.3. MUNICÍPIO DE CENTRALINA ............................................................. 480 13.4. MUNICÍPIO GURINHATà ..................................................................... 483 13.5. MUNICÍPIO DE ITUIUTABA ................................................................. 485 13.6. MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS ................................... 487 13.7. MUNICÍPIO DE PRATA ......................................................................... 489 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 14. DIMENSIONAMENTO DE ATERRO PARA O CONSÓRCIO PÚBLICO INTERMUNICIAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA ..................................................................................... 495 14.1. CENÁRIO 1 PARA DIMENSIONAMENTO DO ATERRO SANITÁRIO............. .......................................................................................................... 500 14.2. CENÁRIO 2 PARA DIMENSIONAMENTO DO ATERRO SANITÁRIO.............. ......................................................................................................... 501 14.3. ANÁLISE DE CUSTEIO PARA IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO PARA O CONSÓRCIO .............................................................. 505 15. DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, AÇÕES E METAS PARA O MANEJO DIFERENCIADO DOS RESÍDUOS: SITUAÇÃO FUTURA ......................................... 512 15.1. DIRETRIZ 1 - RECUPERAÇÃO DE RESÍDUOS E MINIMIZAÇÃO DOS REJEITOS ENCAMINHADOS À DESTINAÇÃO FINAL, AMBIENTALMENTE ADEQUADA....... ............................................................................................................... 514 15.1.1. Projeto de Sistemas de Destinação Final Adequada de Resíduos ........ 514 15.1.2. Melhoria do Sistema de Limpeza Urbana ............................................ 517 15.2. DIRETRIZ 2 - REDUÇÃO DE MASSA, ENVOLVENDO PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADOS PARA A NÃO GERAÇÃO, REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS............................................................................................................................ 523 15.2.1. Programa Intermunicipal de Educação Ambiental Formal e Não Formal....................... ...................................................................................................... 523 15.2.2. Programa Intermunicipal de Logística Reversa .................................... 525 15.2.3. Programa Intermunicipal de Compostagem e Aproveitamento de Madeira de Podas de Árvores do CIDES ........................................................................ 527 15.2.4. Programa de valorização das pessoas que trabalham no manejo dos resíduos sólidos urbanos.................................................................................................. 530 15.2.5. Formalizar a presença das Organizações não Governamentais - ONGs envolvidas na prestação de serviços públicos ................................................................. 530 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 15.2.6. Programa para triagem e reutilização de Resíduos da Construção Civil e de Demolição – RCCD .................................................................................................... 531 15.2.7. Ações de fiscalização e de controle dos agentes envolvidos ................ 533 15.3. DIRETRIZ 3 - IMPLANTAR ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MUNICIPAL E INTERMUNICIPAL. ............................................................................... 533 15.3.1. Implantação do SIGIRS - Sistema Integrado de Gerenciamento de Informações de Resíduos Sólidos dos Municípios que compõem o CIDES .................. 534 15.3.2. Criação de estruturas municipais para a gestão dos resíduos sólidos municipais............ ........................................................................................................... 534 15.4. CAUSADO DIRETRIZ 4– CESSAR, EM CURTO PRAZO, O DANO AMBIENTAL PELA DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS............ ............................................................................................................. 535 15.4.1. Gestar e fiscalizar a geração, segregação, acondicionamento, transporte e destino dos RSSS gerados no município ......................................................................... 536 15.5. DIRETRIZ 5 - RECUPERAR AS ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ........................ 537 16. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 545 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES APRESENTAÇÃO Este PGIRS foi elaborado atendendo à Política Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007); Lei Federal de Consórcios Públicos (Lei 11.107/2005), Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal 9.795/1999); Manual para Elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente, Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12 305/2010); Política Estadual de Resíduos Sólidos de Minas Gerais (Lei nº 18.031/2009); Resolução Conama 404/2008; Deliberação Normativa COPAM nº 143/2009; NBR 10004/2004e outras normas especificas para cada tipo e classificação de resíduo. Atendendo à Constituição Federal de 1988, art. 225 “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às presentes e futuras gerações”. O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba CIDES foi elaborado por professores do Instituto de Geografia e da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Federal de Uberlândia, do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM), da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com o apoio dos atores locais que compuseram os Comitês Diretores e os Grupos de Sustentação de cada município, com a colaboração de alunos bolsistas de diversas instituições de ensino da região e da Fundação de Apoio Universitário (FAU) na gestão dos recursos disponibilizados pela Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paranaíba – AMVAP. O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS) do CIDES buscou capacitar os atores locais com o intuito de reduzir os impactos sociais e ambientais oriundos da gestão inadequada dos resíduos sólidos urbanos nos municípios. Foram realizados estudos e levantamentos para o diagnóstico da região composta pelos sete municípios que compõem o CIDES (Araporã, Canápolis, Centralina, Gurinhatã, Ituiutaba, Monte Alegre de Minas e Prata). Para compor o diagnóstico participativo foram aplicados questionários na área urbana e rural, assim como em todos os distritos. Os levantamentos buscaram identificar os agentes sociais e as pessoas que vivem com os recursos da venda de recicláveis nas cidades; identificar os passivos ambientais e os impactos sócio-econômicos relacionados com a gestão dos resíduos sólidos nos municípios; diagnosticar a situação atual no manejo e na disposição Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES final dos resíduos sólidos urbanos nos sete municípios; propor soluções regionais e integradas de tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos que sejam ambientalmente adequadas; e elaborar e implementar programas de Educação Ambiental com a participação de todos os agentes sociais. O PGIRS do CIDES buscou enfatizar a importância da gestão compartilhada, por meio da adoção de tecnologias e ações que proporcionem de forma integrada a redução do volume de resíduos sólidos gerados nas cidades; a reciclagem de resíduos e o reaproveitamento de matérias-primas; a compostagem como processo de transformação de resíduos orgânicos em compostos orgânicos aproveitáveis; a promoção da coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos e a destinação final adequada e ambientalmente segura; e a mudança de hábitos e costumes da população visando um melhor reaproveitamento dos materiais e redução do consumismo. O PGIRS do CIDES propõe um modelo moderno de gestão que utilizará técnicas adequadas e adotará a racionalização de operações, buscando utilizar os recursos públicos de forma sustentável, objetivando melhorar a qualidade de vida da população, assim como a saúde ambiental dos municípios. Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 1. INTRODUÇÃO A partir da metade do século XX o Brasil se transformou em um país urbano, com mais de 85% da população vivendo nas cidades (IBGE, 2010). Desde 1970, quando os brasileiros eram "90 milhões em ação" a população do país cresceu 82%. Ao longo do século XX, ela tornou-se quase dez vezes maior: o Censo de 1900 contou mais de 17.438.434 de residentes. Na primeira metade do século, a população triplicou (51.941.767 residentes em 1950) e, na segunda metade, mais que triplicou. Em 2000, já éramos 169.590.693 pessoas (IBGE, 2003). Em 2013 a população total do Brasil alcançou a marca de 202.768.562 habitantes (IBGE, 2014). A partir de meados do século XX as cidades brasileiras passaram a enfrentar pressão antrópica originada pelo êxodo rural crescente. A demanda urbana se intensifica impactando o meio ambiente pela falta de saneamento básico, promovendo redução da qualidade de vida pela falta de equipamentos urbanos para atender à população urbana crescente. Este cenário demandou políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população urbana brasileira. A Constituição de 1988 foi um marco importante na reestruturação institucional e legislativa para atender às demandas urbanas. O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) estabeleceu novas diretrizes e regulamentos para a gestão urbana, com destaque para as leis de saneamento básico (Lei 11.445/2007), Lei Federal dos Consórcios Públicos (Lei 11.107/2005), e Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos, obedecendo os princípios da gestão participativa e da mobilização social e comunitária, buscando incluir segmentos sociais fragilizados, por meio do trabalho e da melhoria da renda; da redução progressiva dos resíduos gerados, assim como pela incorporação de novas tecnologias e pela destinação final ambientalmente correta dos resíduos sólidos urbanos. A Gestão Intermunicipal de Resíduos Sólidos pode ser traduzida como o conjunto de ações integradas, na busca de soluções para os resíduos sólidos, levandose em consideração as dimensões social, cultural, econômica, ambiental e política, bem como correspondente controle social, sob a premissa maior do desenvolvimento sustentável.Integrações legais, administrativas e técnicas, resultantes de um processo dinâmico firmado entre todos os interessados, inclusive setor empresarial e segmentos da sociedade de interesse direto e indireto, buscarão atender de forma adequada e eficiente às diversidades e necessidades locais. Buscar-se-á instituir mecanismos mais adequados à 1 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES segregação, coleta, transporte, transbordo triagem, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos (MMA, 2012). A administração pública deve privilegiar a defesa dos princípios da salubridade ambiental, saúde pública e não geração, redução, reutilização, triagem, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Deve buscar o desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais, reduzindo gradualmente a geração de resíduos sólidos; baseando-se nos princípios da universalidade, regularidade e continuidade no acesso aos serviços de limpeza urbana, em defesa do meio ambiente, buscando, mediante o desenvolvimento e incentivo constantes da prática da coleta seletiva, dos sistemas de logística reversa, das ferramentas relacionadas ao incremento da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, do ordenamento das ações de reciclagem e reaproveitamento de materiais reutilizáveis e recicláveis, dos processos de monitoramento e fiscalização, da integração e educação ambiental e social necessárias, métodos e tecnologias de gestão para os resíduos sólidos urbanos (MMA, 2012). A elaboração do PGIRS é uma exigência para que os municípios tenham acesso aos recursos públicos destinados ao manejo de resíduos sólidos urbanos, bem como, usufruam de incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade. Destaca-se no parágrafo 1° do Art. 18. da Seção IV, da Lei Federal Nº. 12.305, que as vantagens serão dadas aos municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais e com implementação dos programas de coleta seletiva. O PGIRS visa a redução da geração de resíduos sólidos nos municípios consorciados, assim como o correto acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final. A metodologia está respaldada no Art. 18. da Seção IV; da Lei Federal Nº. 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos para os municípios. O PGIRS é um estudo que diagnostica a situação atual dos resíduos sólidos nos municípios e, a partir daí, traçar o prognóstico para sanar os pontos fracos levantados, assim como dinamizar os pontos fortes. Dentre as propostas estão formas mais adequadas para a disposição final dos resíduos; sugestões sobre programas e ações em educação ambiental envolvendo distintas esferas da sociedade; medidas para a redução, reuso e reciclagem de resíduos, dentre outras. 2 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Metodologicamente seguiu-se as recomendações destacadas no Manual de Orientação, sobre Gestão de Resíduos Sólidos, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente. Diversos métodos foram adotados na busca de uma maior aproximação do conjunto de dados necessários aos trabalhos e posteriores análises das informações coletadas, nesse sentido destacam-se: aplicação de questionários, técnicas de registro fotográfico, mapeamento e tratamento estatístico de variáveis. Com base no diagnóstico, a equipe técnica se reuniu sistematicamente para a análise dos dados e elaboração do prognóstico para o consórcio CIDES. Todas as propostas e os cenários identificados foram validadas em audiências públicas. A elaboração do PGIRS se deu no contexto do diálogo entre os grupos organizados e entidades representativas do município. A equipe técnica das instituições de ensino (UFU, IFTM e UFTM) se empenhou no sentido de fazer com que todas as esferas da sociedade tivessem acesso à informação sobre o papel do PGIRS e, acima de tudo, que compreendessem a sua responsabilidade como cidadão e sujeitos na geração dos resíduos sólidos. Nesse sentido, foi valorizado o diálogo permanente entre os distintos segmentos sociais ao longo da realização das atividades e levantamentos que compuseram este plano. Como sugerido na Política Nacional de Resíduos Sólidos, foi implementado um canal de diálogo com o poder público, que foi convidado a orientar e fomentar esse diálogo junto à sociedade. Nesse sentido, foram realizadas reuniões técnicas e de trabalho na Universidade Federal de Uberlândia, com a presença da equipe técnica, gestores municipais e os atores sociais para a discussão dos problemas levantados, assim como das alternativas para a resolução destes problemas. Aconteceram visitas técnicas nos municípios e diversas audiências públicas previamente organizadas e convocadas pelos agentes públicos, com apoio da equipe técnica e participação do Comitê Diretor e do Grupo de sustentação, para a apresentação de cada etapa do plano, de forma que a comunidade pudesse participar. Buscou-se seguir as orientações do Manual para a elaboração de planos de gestão de resíduos sólidos, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2012 (BRASIL, 2012), no qual está destacada a necessidade da utilização de discussão pública e de conferências, por se caracterizarem como a metodologia mais democrática de participação social. Foram observadas as leis e normas que tratam do assunto para descrever, analisar e caracterizar os 3 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES resíduos sólidos dos municípios envolvidos (ABNT-NBR 10.004). Foram produzidos dados primários através dos levantamentos, mapeamentos e aplicação dos questionários, assim como foram utilizados dados secundários disponíveis em documentos elaborados por órgãos competentes. A descrição do perfil populacional, econômico e social das cidades e suas caracterizações foi respaldada por critérios consolidados por órgãos como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), CEI (Centro de Estatística e Informações), CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), entre outros. As Secretarias Municipais forneceram dados primários relacionados com as atividades desenvolvidas nos municípios consorciados (saúde, educação, desenvolvimento rural, urbano, econômico e outras) e órgãos de representação (comércio, sindicatos, indústrias). Essas informações, entendidas aqui como de fontes primárias, serviram para subsidiar a etapa de caracterização do município. O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (CIDES) está organizado em três volumes: Volume I – Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba; Volume II - Documentação gerada durante o processo de elaboração do PGIRS do (CIDES) (Decretos, Atas e listas de presença das Audiências Públicas, questionários, etc.); e Volume III – Plano de Mobilização Social. 4 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 2. RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA 2.1. MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL 2.1.1. Poder Público e Participação Social A elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do CIDES se caracterizou como um processo contínuo de envolvimento da comunidade com o objetivo de transformar a realidade através da mudança de hábitos e de comportamento da sociedade como um todo. O envolvimento social demandou um diálogo permanente entre o poder público e os grupos organizados e entidades representativas dos setores econômicos e sociais de cada município, destacando a responsabilidade compartilhada que é um ponto fundamental da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, onde todos os cidadãos e cidadãs, assim como as indústrias, o comércio, o setor de serviços e ainda as instâncias do poder público terão uma parte da responsabilidade pelos resíduos sólidos gerados (BRASIL, 2010). A participação social é ponto pacífico para a busca da cidadania e a construção de sociedades democráticas. A participação social na elaboração do PGIRS do CIDES se deu através das audiências públicas, grupos de trabalho, comitês, conselhos, oficinas, reuniões técnicas, entre outras. O poder público municipal, representado pelo executivo e legislativo, participou efetivamente no planejamento e organização das ações de mobilização e participação social, garantindo a estrutura física e pessoal para a realização de todas as reuniões. Segundo orientações do Manual do Ministério do Meio Ambiente nos PGIRS o poder público deve ser o responsável por manter vivo o interesse dos participantes, criando estímulos à participação da sociedade para discutir as políticas públicas e buscando fortalecer a representação visando o controle social. O Plano deve trazer estratégias e agendas que garantam a continuidade das discussões para a transformação social. É o momento da implementação das diretrizes formuladas, debatidas e aprovadas no processo participativo (BRASIL, 2012). 2.1.2. Organização do Processo Participativo 5 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O processo de elaboração Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) do CIDES iniciou com a constituição dos dois fóruns com atribuições distintas sugeridos no Manual para elaboração do PGIRS (BRASIL, 2012): a) Comitê Diretor - deverá ser formado por representantes (gestores ou técnicos) dos principais órgãos envolvidos no tema: municipais, no caso dos planos locais; municipais e estaduais, no caso dos planos regionais. O Comitê Diretor terá caráter técnico, e será responsável pela coordenação da elaboração dos planos. Terá também papel executivo quanto às tarefas de organização e viabilização da infraestrutura (convocatória de reuniões, locais apropriados, cópias de documentos, etc.) e a responsabilidade de garantir, inclusive com recursos, o bom andamento do processo. (...) Em linhas gerais, o Comitê Diretor deverá: coordenar o processo de mobilização e participação social; sugerir alternativas, do ponto de vista de viabilidade técnica, operacional, financeira e ambiental, buscando promover as ações integradas de gestão de resíduos sólidos; deliberar sobre estratégias e mecanismos que assegurem a implementação do Plano; analisar e aprovar os produtos da consultoria contratada quando houver; definir e acompanhar agendas das equipes de trabalho e de pesquisa; formular os temas para debate; » criar agendas para a apresentação pública dos resultados do trabalho; produzir documentos periódicos sobre o andamento do processo de construção do Plano, publicá-los e distribuí-los convenientemente; garantir locais e estruturas organizacionais para dar suporte a seminários, audiências públicas, conferências e debates visando a participação social no processo de discussão do Plano; 6 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES promover campanhas informativas e de divulgação do processo de construção do Plano constituindo parcerias com entidades e os diversos meios de comunicação. b) Grupo de Sustentação - será o organismo político de participação social. Deverá ser formado por representantes do setor público e da sociedade organizada; instituições de âmbito estadual ou regional, e instituições locais. Deverão ser considerados todos os que estão envolvidos de alguma forma com o tema (representantes dos Conselhos de Meio Ambiente, de Saúde, de Saneamento Básico e de Desenvolvimento Urbano; representantes de organizações da sociedade civil como entidades profissionais, sindicais, empresariais, movimentos sociais e ONGs, comunidade acadêmica e convidados de modo geral). O Grupo de Sustentação será responsável por garantir o debate e o engajamento de todos os segmentos ao longo do processo participativo, e por ajudar na consolidação das políticas públicas de resíduos sólidos. A partir de pauta básica definida em reunião conjunta do Comitê Diretor e do Grupo de Sustentação, deverão ser elaborados documentos guia para orientação da discussão (2012 p. 32/33). Para iniciar o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PGIRS, foi realizada no dia oito de outubro de dois mil e quatorze, às dez horas, na sede da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paraíba – AMVAP localizada na Av. Antônio Thomaz Ferreira Rezende, 3180 - distrito industrial, número 3180, no bairro do Distrito Industrial, no município de Uberlândia, MG. A primeira reunião teve com o objetivo apresentar e discutir a elaboração e execução do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PGIRS. Reuniram-se professores, prefeitos, secretários, vereadores que participaram do plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Na ocasião foi apresentado aos presentes como se deu a elaboração do PGIRS, foi explicado aos presentes sobre o cronograma e prazos para o acontecimento de cada etapa e do papel fundamental de cada município. Também foi explicitada a importância da parceria com a UFU, no sentido de reduzir custos na elaboração e execução do plano, bem como sobre o capital intelectual que 7 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES esteve participando e acompanhando todo o processo do Plano. Nesse sentido, falou-se sobre a primeira etapa do plano, enfatizado que a garantia de um processo participativo, ordenado e eficiente na formulação dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos depende da adequada estruturação de instâncias de coordenação. Estes procedimentos foram importantes para a institucionalização dos Planos pelos municípios. Nesse sentido, deverão ser constituídos com atribuições distintas ao Grupo Diretor e o Grupo de Sustentação, conforme falado anteriormente. Recomendou-se que o Comitê Diretor e o Grupo de Sustentação deverão ser nomeados por ato oficial. Com previsão de posse para primeira audiência ocorrida em cada município. O Comitê Diretor e o Grupo de Sustentação, com o apoio da equipe técnica, elaboraram uma agenda do processo de construção do PGIRS do CIDES, que foi discutida e pactuada com os dirigentes e as representações de grupos sociais dos municípios. É importante o planejamento com tempo hábil para a preparação e divulgação dos eventos, para que o temas possam ser amplamente discutidos coletivamente. Os debates públicos servem para definir os pontos básicos do PGIRS, que, após aprovado, se transformará em política pública que norteará as questões da gestão dos resíduos sólidos nos municípios consorciados. A primeira audiência pública realizada em cada município teve por objetivo apresentar a comunidade o Termo de Referência para elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio – CIDES e o cronograma de trabalho. Na primeira audiência pública foram empossados os membros que compuseram o Comitê Diretor e o Grupo de Sustentação (Figura 1, Figura 2, Figura 3, Figura 4, Figura 5, Figura 6 e Figura 7). A segunda audiência pública, com a participação da população, do poder público, do Comitê Diretor, do Grupo de Sustentação e de representante do CIDES serviu para discutir e aprovar o Plano de Mobilização Social e de Divulgação para a elaboração do PGIRS do CIDES, assim como discutir e aprovar as estratégias de mobilização social e educação ambiental nas sete cidades. Foram identificadas em cada município as pessoas que trabalham e vivem da renda obtida na venda de RSU (Figura 8, Figura 9, Figura 10, Figura 11, Figura 12, Figura 13 e Figura 14). 8 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A terceira audiência pública contou com a presença de todos os envolvidos na elaboração do PGIRS do CIDES e teve por objetivo apresentar o resultado da gravimetria e outros dados diagnosticados, assim como discutir as alternativas existentes para a minimização dos pontos fracos diagnosticados e maximização dos pontos fortes identificados nos municípios que compõem o consorcio. Foram destacados e discutidos os pontos principais para a gestão consorciada, destacando a questão da logística e distância entre as cidades, características geotécnicas e possibilidades para instalação do(s) futuro(s) aterro(s) sanitário(s) e outras possíveis estruturas que serão instaladas nas cidades envolvidas (Figura 15, Figura 16, Figura 17, Figura 18, Figura 19, Figura 20 e Figura 21). A quarta audiência pública teve por objetivo apresentar e discutir o prognóstico e o planejamento de ações para o horizonte de oito anos constantes no Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Foram definidas e aprovadas a localização do(s) aterro(s) para os sete municípios (Figura 22, Figura 23, Figura 24, Figura 25, Figura 26, Figura 27 e Figura 28). Figura 1: Primeira audiência pública realizada no dia 22 de outubro de 2014 no município de Araporã. 9 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 2: Primeira audiência realizada no dia 21 de outubro de 2014 no município de Canápolis. Figura 3: Primeira audiência pública realizada no dia 22 de outubro de 2014 no município de Centralina. Figura 4: Primeira audiência pública realizada no dia 01 de dezembro de 2014 no município de Gurinhatã. 10 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 5: Primeira audiência pública realizada no dia 20 de outubro de 2014 no município de Ituiutaba. Figura 6: Primeira audiência pública realizada no dia 23 de outubro de 2014 no município de Monte Alegre de Minas. Figura 7: Primeira audiência pública realizada no dia 23 de outubro de 2014 no município de Prata. 11 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 8: Segunda audiência pública realizada no dia 05 dezembro de 2014 no município de Araporã. Figura 9: Segunda audiência pública realizada no dia 04 de dezembro de 2014 no município de Canápolis. Figura 10: Segunda audiência pública realizada no dia 05 dezembro de 2014 no município de Centralina. 12 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 11: Segunda audiência pública realizada no dia 11 de fevereiro de 2015 no município de Gurinhatã. Figura 12: Segunda audiência pública realizada no dia 02 de dezembro de 2014 no município de Ituiutaba. Figura 13: Segunda audiência pública realizada no dia 08 dezembro de 2014 no município de Monte Alegre de Minas. 13 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 14: Segunda audiência pública realizada no dia 08 de dezembro de 2014 no município de Prata. Figura 15: Terceira audiência pública realizada no dia 12 de fevereiro de 2015 no município de Araporã. Figura 16: Terceira audiência pública realizada no dia 11 de fevereiro de 2015 no município de Canápolis. 14 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 17: Terceira audiência pública realizada no dia 12 de fevereiro de 2015 no município de Centralina. Figura 18: Terceira audiência pública realizada no dia 09 de fevereiro de 2015 no município de Gurinhatã. Figura 19: Terceira audiência pública realizada no dia 09 de fevereiro de 2015 no município de Ituiutaba. 15 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 20: Terceira audiência pública realizada no dia 10 de fevereiro de 2015 no município de Monte Alegre de Minas. Figura 21: Terceira audiência pública realizada no dia 10 de fevereiro de 2015 no município de Prata. Figura 22: Quarta audiência pública realizada no dia 26 de março de 2015 no município de Araporã. 16 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 23: Quarta audiência pública realizada no dia 26 de março de 2015 no município de Centralina. Figura 24: Quarta audiência pública realizada no dia 25 de março de 2015 no município de Canápolis. Figura 25: Quarta audiência pública realizada no dia 23 de março de 2015 no município de Gurinhatã. 17 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 26: Quarta audiência pública realizada no dia 23 de março de 2015 no município de Ituiutaba. Figura 27: Quarta audiência pública realizada no dia 23 de outubro de 2014 no município de Monte Alegre de Minas. Figura 28: Quarta audiência pública realizada no dia 24 de março de 2015 no município de Prata. 18 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES As oficinas de composteira individual e sabão caseiro foram propostas pela equipe da UFU responsável pelo plano de Mobilização e participação social e foram aprovadas durante a segunda audiência nos municípios e realizadas conforme o cronograma (Tabela 1). Também foram realizadas oficinas propostas pelos munícipes e realizadas sob a coordenação do Comitê Diretor e grupo de Sustentação (Figura 29, Figura 30, Figura 31, Figura 32, Figura 33, Figura 34, Figura 35, Figura 36 e Figura 37). O município de Centralina não realizou oficinas nas datas pré-estabelecidas e não retornaram sobre quais seriam as suas ações, já que no dia que foi marcado para equipe da UFU ir a Centralina havia outro evento no município e por este motivo não foi possível a sua realização. Tabela 1: Oficina de composteira individual e sabão caseiro nas cidades que compõem o CIDES. Data/Local Município/Manhã 09/02 Araporã (composteira) 10/02 Canápolis (sabão) 11/02 Gurinhatã (composteira e sabão) 12/02 Monte Alegre de Minas (composteira) Município/Tarde Centralina (composteira) Prata (composteira e sabão) - Figura 29: Oficina de sabão caseiro realizado no dia 10 de fevereiro de 2015 no município de Canápolis. 19 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 30: Oficina de sabão caseiro realizado no dia 11 de fevereiro de 2015 no município de Gurinhatã. Figura 31: Oficina de compostagem realizado no dia 11 de fevereiro de 2015 no município de Gurinhatã. Figura 32: Caminhada ecológica realizado no dia 03 de março de 2015 no município de Gurinhatã. 20 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 33: Oficina de compostagem realizado no dia 09 de fevereiro de 2015 no município de Araporã. Figura 34: Oficina de compostagem e realizado no dia 12 de fevereiro de 2015 no município Monte Alegre de Minas. Figura 35: Oficina de compostagem e realizado no dia 11 de fevereiro de 2015 no município Prata. 21 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 36: Exposição e feira artesanal na praça XV realizado no dia 06 de março no município do Prata. Figura 37: Atividade realizada em uma escola municipal em Ituiutaba, realizada no dia 26 de fevereiro de 2015 no município de Ituiutaba. A educação ambiental esteve presente em todas as etapas da elaboração do PGIRS e as atividades e iniciativas de educação ambiental foram planejadas e preparadas pelo Comitê Diretor, principalmente pelos secretários e secretarias municipais de educação em conjunto com o Grupo de Sustentação e com o apoio da equipe técnica. Atendendo às diretrizes da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) e o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) foram desenvolvidas atividades de Educação Ambiental, prioritariamente de forma transversal, nas modalidades formal e nãoformal. 22 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental. No Art. 1º define educação ambiental como sendo os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999). As oficinas realizadas nos municípios foram para atender o requisito do Plano de Mobilização Social na Elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente, Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12 305/2010). Também foram realizadas reuniões de trabalhos na UFU e nos municípios participantes dos planos para fornecerem maiores orientações e acompanhamento das ações realizadas nos municípios (Figura 38). Figura 38: Reunião entre a equipe técnica, Comitê Executivo e o Grupo de Sustentação dos municípios pertencente ao consórcio CIDES nas dependências da UFU. 23 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 3. DIAGNÓSTICO 3.1. CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O CIDES 3.1.1. Localização Os municípios que compõem o CIDES estão localizados na mesorregião do Triângulo Mineiro e microrregiões de Uberlândia (Araporã, Centralina, Canápolis e Monte Alegre de Minas) e Ituiutaba (Gurinhatã, Ituiutaba e Prata), porção oeste do estado de Minas Gerais (Figura 39). Estão inseridos na Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos – UPGRH dos afluentes mineiros do baixo Paranaíba – PN3; pertencem à Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paranaíba - AMVAP e ao Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba CIDES. Importantes rodovias federais dão acesso a esses municípios, com destaque para a BR153, também conhecida como Rodovia Transbrasiliana, Rodovia Belém-Brasília, que corta o Triângulo Mineiro de norte a sul e permite ligação rodoviária com todas as regiões do país. É a principal via de acesso aos municípios de Araporã, Canápolis, Centralina e Prata, além de acessar a BR-365, que atravessa o Triângulo Mineiro de oeste a leste, ligando os municípios Monte Alegre de Minas e Ituiutaba e permitindo o acesso a Gurinhatã, pela BR 154. Outras rodovias importantes para os municípios consorciados são: a MG 226, que liga Canápolis e Capinópolis e faz a ligação entre as BR153 e 154; a BR 452, que liga Rio Verde (GO) a Araxá (MG); a BR262, que interliga os municípios à capital do estado de Minas Gerais, e a MGT497, que é a principal via de ligação entre as cidades de Prata e Uberlândia e Prata e Campina Verde (Figura 39). O município de Araporã localiza-se entre as coordenadas geográficas 18º22‟56” a 18º34‟22” de Latitude Sul e49º00‟15” a 49º14‟59” de Longitude Oeste. O município faz divisa, ao norte, com o estado de Goiás, ao longo do rio Paranaíba e do lago da Usina Hidrelétrica de Itumbiara. A leste, faz limite com o município de Tupaciguara; ao sul, com Monte Alegre de Minas, e a sudoeste com Centralina. A cidade mais próxima é Itumbiara, no estado de Goiás, a 3 km de distância. Dista cerca de 700 km da capital do estado e 400 km da capital federal. O principal polo econômico próximo é Uberlândia, a 125 km. 24 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 39: Mapa de localização dos municípios que compõem o CIDES. 25 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A população estimada do município de Araporã, para o ano de 2014, é de 6.593 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (IBGE, 2014), o que resulta em uma densidade demográfica de 20,77 hab/km². A principal atividade, que gerou tanto o crescimento populacional quanto sua emancipação político-administrativa, foi a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas Centrais Elétricas S.A. em seu território, também conhecida como Usina Hidrelétrica de Itumbiara. A construção da UHE Itumbiara teve início em 1974 e a sua conclusão ocorreu em 1980. Em 1992, foi criado o município de Araporã, com área territorial de 295,837km². O município de Canápolis é delimitado pelas coordenadas geográficas 18o33‟03” a 18o57‟20” de Latitude Sul e 49o03‟21” a 49o26‟05” de Longitude Oeste. Faz limite com os municípios de Centralina, a nordeste; Prata, ao sul; Ituiutaba, a sudoeste; Capinópolis, a oeste; Cachoeira Dourada, a noroeste, e Itumbiara, ao norte. Canápolis possui uma área territorial de 839,737 km² e uma população estimada, para 2014, segundo o IBGE, de 11.945 habitantes. e densidade demográfica de 13,53 hab/km². O município de Centralina, segundo (IBGE, 2014), possui uma população estimada em 10.593 habitantes. A área da unidade territorial do município é de 327,191 km² e sua densidade demográfica é de 31,38 habitantes por km². É limitado pelas coordenadas geográficas 18o31‟09” a 18o48‟12” de Latitude Sul e 49o02‟25” a 49o17‟37” de Longitude Oeste. Faz fronteira com os municípios de Canápolis, a sul e sudoeste; Monte Alegre de Minas, a sul e sudeste; Araporã, a nordeste, e com o município goiano de Itumbiara, ao norte. O município de Gurinhatã situa-se entre as coordenadas geográficas 18°46‟32” a 19°20‟08” de Latitude Sul e 49o35‟43” a 50o07‟49” de Longitude Oeste e possui uma extensão territorial de 1.849,137 km² (IBGE, 2014). Faz limite com os municípios de Ipiaçu, ao norte; Ituiutaba, a nordeste, leste e sudeste; Campina Verde, ao sul; Santa Vitória, a oeste e noroeste. Os seus principais limites intermunicipais são: rio da Prata, com o município de Ituiutaba; rio São Jerônimo, como município de Santa Vitória, e a Serra dos Patos, com o município de Campina Verde. O município de Araporã possui uma população estimada em 6.593 habitantes, para 2014, segundo o IBGE. A área do município é de 95.837 km², com densidade demográfica de 20,77 hab/km². 26 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O município de Ituiutaba é limitado pelas coordenadas geográficas 18o36‟08” a 19o21‟54” de Latitude Sul e 49o10‟55” a 49o51‟52” de Longitude Oeste. De acordo com o senso do IBGE (2010), o município possui 97.171 habitantes e extensão territorial de 2.598,046 km².Faz divisa com os municípios de Ipiaçu, Capinópolis e estado de Goiás, ao norte; Canápolis, a nordeste; Monte Alegre de Minas, a leste; Prata, a sudeste; Campina Verde, a sudoeste; Gurinhatã, a oeste. Ituiutaba completou, em 16 de setembro de 2014, 113 anos de emancipação político-administrativa. O município de Monte Alegre de Minas está localizado nas coordenadas geográficas 18o31‟05”a 19o06‟28” de Latitude Sul e 48o31‟22”a 49o15‟55” de Longitude Oeste. Possui uma extensão territorial de 2.595,96 Km² e sua população, segundo dados do último censo do (IBGE, 2010), totalizava 19.619 habitantes. Apresenta baixa densidade demográfica, com 7,56 habitantes por Km2. Faz limite com os municípios de Araporã, ao norte; Tupaciguara, a nordeste; Uberlândia, a sudeste; Prata, ao sul, Ituiutaba e Canápolis, a oeste, e Centralina, a noroeste. Localizado na microrregião de Ituiutaba, o município de Prata é o maior da região em extensão, com área de 4.847 km², de acordo com o Guia do Município de Prata. Encontra-se balizado pelas coordenadas geográficas 18o55‟01” a 19o37‟45” de Latitude Sul e 48o23‟52” a 49o25‟06” de Longitude Oeste. Além da sede do município, os distritos de Jardinésia, Patrimônio do Rio do Peixe, Monjolinho e o povoado de Três Barras compõem os seus núcleos populacionais. Segundo (IBGE, 2014), a população estimada é de 27.293 habitantes. 3.1.2. Clima dos municípios que integram o CIDES A região do Triângulo Mineiro insere-se em uma região climática onde existem duas estações, quanto à distribuição das precipitações: uma seca, que abrange o período de vai de maio a setembro, e a outra chuvosa, que se estende de outubro a abril. Essa característica climática regional é reflexo da dinâmica de circulação atmosférica das massas de ar que se estabelecem em boa parte da região sudeste e em todo o centro- oeste do Brasil. A região do Triângulo Mineiro encontra-se sob domínio da Massa Equatorial Continental (MEC) e da Massa Polar Atlântica (MPA), durante o verão, condição que resulta em uma estação quente e 27 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES chuvosa. Por outro lado, no inverno, predomina a Massa Polar Atlântica (MPA) e a Massa Tropical Atlântica Continentalizada (MTAc), condição que resulta em uma estação fria e seca. De acordo com a classificação climática de Köppen (1948) os municípios de Araporã e Canápolis estão inseridos no tipo Cwa (quente, inverno seco, verão chuvoso). O inverno seco possui temperaturas médias inferiores a 18°C e o verão quente possui temperaturas médias superiores a 22°C (Figura 40). Os municípios passam por um período de 4 a 5 meses do ano sem precipitações, segundo o Laboratório de Climatologia e Recursos Hídricos (UFU). De acordo com a classificação de Köppen (1948), os municípios de Centralina, Monte Alegre de Minas, Prata, Ituiutaba e Gurinhatã enquadram-se no tipo Aw, caracterizado como tropical, com verões quentes e úmidos e invernos secos. Apresentam estação chuvosa, no verão, de novembro a abril, e nítida estação seca no inverno, de maio a outubro (julho é o mês mais seco). A temperatura média do mês mais frio é superior a 18ºC. As precipitações são superiores a 750 mm anuais, atingindo 1800 mm (Figura 41) (EMBRAPA, 2007). Silva (2010), ao realizar a caracterização climática para região do Triângulo Mineiro, estimou a temperatura média anual e a precipitação média anual baseadas na série histórica de 1975 a 2009. Esta última varia entre 1.400 e 1.600 mm, conforme apresentado na Figura 41. No município de Centralina, a temperatura média varia entre 23°C e 24°C; o município de Araporã apresenta as seguintes características climáticas: temperatura média anual entre 23 e 24° C; precipitação média anual entre 1.500 e 1.600 mm; excedente hídrico médio anual entre 500 e 600 mm e déficit hídrico médio anual entre 200 e 300 mm; o município de Gurinhatã insere-se em uma porção do Triângulo Mineiro onde as temperaturas médias anuais oscilam no intervalo que varia de 24° a 25°C, na porção do município situada ao sul do paralelo 19° 07‟ e 25°, e 25 a 26°C, na porção situada ao norte desse paralelo (Figura 42 e Figura 43). A partir de dados climáticos colhidos junto à Estação Meteorológica 83.521, do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, localizada em Ituiutaba, no período compreendido entre 1980 e 2011, os seguintes valores: precipitação média anual, no município de Ituiutaba, em torno de 1.409 mm, concentrados no período chuvoso, principalmente entre novembro e fevereiro; a média térmica mensal oscila entre 22° e 27°C e a média anual é de 25°C, sendo o mês mais frio com temperatura superior a 18°C. 28 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 40: Mapa com as classificações climáticas segundo Köppen. Fonte:http://www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Emerson/Unidades_C limaticas_Brasileiras.pdf Acessado em: 24/11/14 as 10:32. Silva (2010) estima que a temperatura média anual, no município de Ituiutaba, varia entre 23°C e 26°C, e a precipitação média anual, baseada na série histórica de 1975 a 2009, se situa entre 1.400 a 1.600 mm (Figura 41 e Figura 44). A distribuição irregular das chuvas, em duas estações do ano – chuvosa (verão) e seca (inverno) resulta em períodos com excesso de água no solo e período com deficiência hídrica. Conforme a classificação de Köppen (1948) tipo climático característico no município de Monte Alegre de Minas é o Aw e a precipitação média no município está em torno de 1500 mm concentrados no período chuvoso, principalmente entre dezembro e fevereiro. Segundo Silva (2010), a temperatura média anual, no município de Monte Alegre de Minas, varia entre 29 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 22°C e 25°C e a precipitação média anual se situa entre 1.300 a 1.700 mm (Figura 41 e Figura 44). No município de Prata, conforme a classificação de Koppen, o clima característico da região é o Aw. Silva (2010) estimou que a temperatura média anual no município de Prata varia entre 23°C e 25°C e a precipitação média anual, baseada na série histórica de 1975 a 2009, se situa entre 1.400 a 1.600 mm (Figura 41 e Figura 44). 3.1.3. Vegetação Segundo (IBGE, 2004), as categorias de vegetação encontradas no Triângulo Mineiro são: a Floresta Estacional Semidecidual, Savana, categorias Savana Florestada e Savana Arborizada, e Áreas de Tensão Ecológica (Contato Savana-Floresta Estacional). A Floresta Estacional Semidecidual tem como área de ocorrência as vertentes inferiores dos vales fluviais, principalmente no baixo curso dos rios Paranaíba, Grande e de seus afluentes: os rios Tijuco e da Prata e, secundariamente, na base das escarpas dos residuais do Grupo Bauru, no município.As áreas com saturação hídrica permanente possibilitaram o desenvolvimento de veredas em praticamente em toda a Região Centro-Oeste e parte do Sudeste, graças à exposição do lençol freático, em decorrência da presença de um substrato menos permeável subjacente, constituído de basaltos, no caso dos municípios do CIDES no Triângulo Mineiro. De acordo com a Embrapa/Cerrados (2007), na região do Pontal do Triângulo Mineiro as classes de cobertura vegetal natural remanescentes nas categorias Savana Florestada (Cerradão) e Savana Arborizada (Cerrado stricto sensu) ocupam, preferencialmente, as áreas mais elevadas do relevo, acima de 700 m, associadas a solos arenosos derivados de arenitos da Formação Adamantina. Uma fitofisionomia associada à Savana Florestada, com palmeira buriti (Mauritia flexuosa) e gramíneas de ambientes úmidos se desenvolve ao longo dos cursos d‟água, onde a saturação hídrica favorece a formação de solos hidromórficos do tipo Gleissolos e Organossolos: as veredas. As Matas de Galeria podem ser distinguidas tanto nas porções categorizadas como Savana Arborizada e Florestada quanto nas áreas de Floresta Estacional Semidecidual. 30 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 41: Distribuição das médias anuais da precipitação no Triângulo Mineiro. Fonte: Silva (2010). 31 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 42: Média do excedente hídrico anual no Triângulo Mineiro. 32 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 43: Média do déficit hídrico anual de 1975 a 2009 no Triângulo Mineiro. 33 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 44: Variação da temperatura média para a região do Triângulo Mineiro..Fonte: Silva (2010). 34 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A Floresta Estacional Semidecidual se desenvolvia em uma área expressiva, nos municípios, mas, atualmente, encontra-se amplamente ocupada pela agricultura canavieira, restando apenas poucos remanescentes isolados dessa categoria vegetacional. De maneira semelhante, as categorias de vegetação caracterizadas como savanas, que ocupavam as superfícies aplanadas de topo, e áreas de Tensão Ecológica, que ocupavam os terrenos de transição entre os compartimentos montanhoso e plano das superfícies de cimeira, junto ao contato dos basaltos da formação Serra Geral com os arenitos da formação Adamantina, foram intensamente ocupadas pelas monoculturas, restando poucos fragmentos primários e/ou secundários. 3.1.4. Hidrografia Os municípios que compõem o CIDES estão inseridos na Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Baixo Paranaíba – PN3 (bacias hidrográficas do Baixo Curso do Rio Paranaíba no Triângulo Mineiro). O rio Paranaíba nasce na Serra da Mata da Corda, no município de Rio Paranaíba, oeste do estado de Minas Gerais, e estabelece o seu curso por uma extensão de 1.170 km até a sua confluência com o rio Grande, onde forma o rio Paraná. Caracteriza-se como a segunda maior unidade da região hidrográfica do Paraná ocupando 25% da sua superfície, com a área de drenagem de 222.600 km², a qual corresponde a 2,6% do território nacional. Constitui a fronteira natural entre os estados de Minas Gerais/Goiás e Mato Grosso/Goiás (Figura 45). O município de Araporã é drenado pelos rios Paranaíba e Piedade, pelo ribeirão Passa Três e pelo lago da Usina Hidrelétrica de Itumbiara. Afluente direto do rio Paranaíba, o ribeirão Piedade caracteriza-se como o segundo maior corpo hídrico que drena o município de Araporã, por uma extensão de 24,29 km, e estabelece o limite com município de Centralina, a sudoeste. O ribeirão Passa Três, afluente do rio Piedade, drena parcialmente a porção sul do município de Araporã, no limite com o município de Monte Alegre de Minas. Os demais cursos d‟água que compõem a rede hidrográfica do município caracterizam-se como córregos, dentre os quais se destacam: Machado; do Barroso; do Mutum. 35 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A área do município de Canápolis é drenada pelos rios Paranaíba, pelo ribeirão Pirapetinga e pelos afluentes da margem direita do rio Tijuco. O rio Paranaíba estabelece o limite político com o município de Itumbiara, pertencente ao estado de Goiás. Afluente direto do rio Paranaíba, o ribeirão Pirapetinga constitui o segundo maior corpo hídrico que drena o município. Dentre os córregos maiores se destacam: da Areia; do Candunga ou do Cerrado; das Flores; do Buriti; do Bebedouro e Fundo. Em Centralina,o Rio Paranaíba, que estabelece o limite noroeste do município com o estado de Goiás, recebe primeiro as águas provenientes da bacia do Rio Piedade e depois as da sub-bacia do Córrego da Areia. O Rio Piedade limita o município de Centralina com os municípios de Monte Alegre de Minas e Araporã. O córrego da Onça ou do Retiro, afluente da margem direita do rio Piedade, constitui o limite sudeste com o município de Monte Alegre de Minas. Além das águas do referido córrego, o Rio Piedade recebe ainda as dos córregos do Meio, das Posses, do Grotãozinho, da Serra e do Barreirinho. O Córrego da Areia estabelece o limite municipal entre Centralina e Canápolis. Tem como afluentes mais importantes os Córregos da Galinha, Corguinho da Guariroba e do Bálsamo. Dois cursos d‟água drenam o município de Gurinhatã: o rio da Prata e o ribeirão São Jerônimo. A leste, o rio da Prata estabelece o limite entre os municípios de Gurinhatã e Ituiutaba, até a sua confluência com o rio Tijuco, já no remanso do lago da Usina Hidrelétrica de São Simão. Do lado de Gurinhatã, cerca de uma dezena de córregos afluentes deságuam no rio da Prata: Monjolinho; Santa Rosa; da Divisa; Tamboril; Jacubas; D‟antas; da Bandeira; do Valadão; Barreirinho e Olaria. O ribeirão São Jerônimo nasce ao sul de Gurinhatã e se direciona rumo noroeste até a sua confluência no remanso do lago da Usina Hidrelétrica de São Simão, passando pela sede do município. Esse ribeirão, no seu baixo curso, estabelece limite com o município de Santa Vitória. A sua rede hidrográfica é composta pelos seguintes córregos principais: do Chiqueiro; Boqueirão; Bebedouro; Guariroba; Açudinho; Sobradinho; do Machado; do Sapé; Seco; Santos Fortes; do Grotão.Outro curso d‟água que drena o município é o Ribeirão dos Patos. Este possui, como principais afluentes, os seguintes córregos: Grotão; da Rapadura ou Estiva; do Lajeado; do Lobo; do Buracão; do Pântano; da Viúva; do Varjão e do Cerro. 36 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 45: Mapa de hidrografia dos municípios que compõem o CIDES. . 37 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O município de Ituiutaba é drenado pelos rios da Prata e Tijuco. A oeste, o rio da Prata estabelece o limite com o município de Gurinhatã até a sua confluência com o rio Tijuco, já no remanso do lago da Usina Hidrelétrica de São Simão. Do lado de Ituiutaba, cerca de uma dezena de afluentes deságuam no rio da Prata, sendo o principal o ribeirão São Vicente. Dentre os córregos maiores, citam-se: Barreiro; do Meio; do Saltinho; da Areia; da Picada; Fundo; da Guriroba; da Vertente; do Desengano e Mateirinha. O baixo curso do rio Tijuco drena a maior parte do município de Ituiutaba, desde o limite dos municípios de Prata, Monte Alegre de Minas e Canápolis, até a sua confluência com o rio da Prata, passando pela sede do município. A sua rede hidrográfica é composta pelos seguintes ribeirões e córregos: ribeirão São Lourenço e os córregos: José de Paula; Santa Rita; Lajeado; Sujo; Pirapetinga; do Carmo; Divisa; da Areia; da Água Suja; do Retiro e do Arroz (margem esquerda); ribeirão dos Baús; da Cutia; da Cocada; dos Pilões; da Divisa; do Bebedouro; do Retirinho e do Mosquito (margem direita). Os rios Piedade, Tijuco e Babilônia e os ribeirões Douradinho, Monte Alegre, Babilônia e Bebedouro, Grama, Pouso Alegre, Galha Grande, Passa Três fazem parte da rede hidrográfica do município de Monte Alegre. Tanto o rio Tijuco quanto o Piedade são afluentes da margem esquerda do rio Paranaíba. Dezenas de córregos compõem a rede hidrográfica do município; dentre os mais importantes, podem ser citados: da Vertente Grande; da Grama; da Caçamba; Corrente, dos Vieiras; Taperão; do Monjolo; da Galha; Lajeado; dos Bentos; da Mata; Pacífico; Bernardinha; Moinho; Ferreira; Lajeado; Sobrado; Maranhão; Barreiro; São Sebastião; Emídio; Olaria; Limoeiro; Jacaré; Capão Grande; Macumbé; da Onça; do Anzol; Gameleiras; Bicas; Espraiado; Samambaia; Tamboril; Fundo; Campeira; Buriti; do Sapo; Paciência; Lambari; dentre outros. O município de Prata é drenado, em sua maior parte, por dois importantes cursos d‟água,no Triangulo Mineiro: rios Tijuco e da Prata. O rio Tijuco estabelece o limite municipal entre Prata - Uberlândia e Prata – Monte Alegre de Minas. Possui 34 afluentes na área do município, pela margem esquerda; entre os principais, podem ser citados: o rio Cabaçal e os córregos: do Cravo; da Onça; da Raiz; Chico Dias; da Tia Ana; Bom Jardim; Samambaia; do Salto; dos Bois, dos Peixes; Lajeado; Corumbá; do Jacu; Tamboril; Três Barras; do Fabiano; São José de Paula. 38 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O rio da Prata drena a maior superfície do município e tem, como principais tributários, os rios do Peixe, das Pedras, Cocal, São José e Douradinho e os ribeirões dos Cocos e Peixoto. Na porção extremo sul do município, o rio Verde ou Feio constitui o limite entre os municípios de Prata e Comendador Gomes. Esse rio já faz parte da bacia hidrográfica do rio Grande. O divisor de água entre as bacias do Paranaíba e Grande é caracterizado por um conjunto de elevações residuais da Formação Marília, conhecido como Serra do Parafuso. 3.1.5. Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos. Na área dos municípios do CIDES, encontram-se presentes três unidades aquíferas: os aquíferos Araxá, Serra Geral e Araxá. Em Araporã, encontram-se presentes duas unidades aquíferas: os aquíferos Serra Geral e Araxá. O aquífero Serra Geral ocorre na maior parte do município. É representado pelos basaltos da formação Serra Geral. Dada a sua origem magmática, a porosidade desenvolvida nessa unidade aquífera é do tipo fissural. Distintamente do aquífero Serra Geral, o aquífero Araxá representa uma pequena área exposta na área do município, a jusante da barragem da Usina Hidrelétrica de Itumbiara, margeando o rio Paranaíba. O restante da área do município encontra-se recoberto pelo aquífero Serra Geral, sob espessuras que podem chegar a 120 m. Da mesma forma que o aquífero Serra Geral, essa unidade depende da densidade e persistência de descontinuidades (fraturas) para produção de água. De uma maneira geral, essa unidade aquífera tem se mostrado pouco produtiva, com frequência maior dentro de vazões inferiores a 5 m3/h. Duas unidades aquíferas estão presentes no município de Canápolis: Serra Geral e Bauru. De acordo com Corsi (2003), os Sistemas Aquíferos Serra Geral e Bauru representam, não somente no município em questão, mas também no Triângulo Mineiro, as principais fontes de água subterrânea, sendo que as produções constatadas nesses aquíferos variam de 0,27 a 42,00 l/s e de 0,42 a 10,00 l/s, respectivamente. O aquífero Serra Geral está presente em todo o município e é representado pelos basaltos da formação Serra Geral. Em cerca de 50% da área do município, este aquífero encontra-se aflorante e a sua espessura local estimada é de 300 m. O aquífero Bauru, representado pela formação Adamantina, ocorre na porção sul do município, recobrindo o Aquífero Serra Geral em cerca de 50% de sua área. A espessura local máxima estimada dessa unidade aquífera situa-se em torno de100 m. 39 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Segundo a CPRM (2012), o Aquífero Bauru, dado o seu caráter de aquífero livre, apresenta maior vulnerabilidade à contaminação por atividades humanas. Um dos principais contaminantes de águas subterrâneas é o nitrato proveniente da aplicação de fertilizantes e insumos nitrogenados, utilização de fossas negras, percolação de lixiviados de lixões, vazamentos das redes coletoras de esgoto e influência de rios contaminados, dentre outras fontes. O Sistema Aquífero Serra Geral abrange todo o município de Centralina, sendo litologicamente representado pelos basaltos da formação Serra Geral, que se encontram em condição aflorante. A espessura máxima estimada para o Sistema Serra Geral, em Centralina, é de 300 m. Devido ao caráter aflorante e de aquífero de fissura, a recarga, pelas águas pluviais,do Sistema Aquífero Serra Geral, no município de Centralina, ocorre de forma direta. Essa condição suscita a possibilidade de contaminação por fontes difusas relacionadas às atividades antrópicas, principalmente relacionadas a agricultura, indústrias, lixão a céu aberto. Dois sistemas aquíferos são caracterizados, no município de Gurinhatã: Serra Geral e Bauru. O Sistema Aquífero Serra Geral está presente em todo o município, sendo litologicamente representado pelos basaltos da formação Serra Geral. Na maior parte do município esse aquífero encontra-se recoberto pelo sistema Bauru, exceto no baixo curso do rio da Prata, onde se encontra aflorante. A espessura máxima estimada para o Sistema Serra Geral, no município, é de 350 m. O aquífero Bauru, representado pela formação Adamantina e Marília, ocorre,na maior parte do município, sobrejacente ao sistema aquífero Serra Geral. A espessura máxima estimada dessa unidade aquífera situa-se em torno de 180 m. A recarga, pelas águas pluviais, do Sistema Aquífero Serra Geral, devido ao extenso recobrimento pelo Bauru, no município de Gurinhatã, ocorre de forma indireta. Essa condição minimiza a possibilidade de contaminação por atividades antrópicas, apesar de sua característica de aquífero de fissura. Dois sistemas aquíferos ocorrem no município de Ituiutaba: Serra Geral e Bauru. Esses dois sistemas aquíferos constituem os principais mananciais de água subterrânea, no Triângulo Mineiro. O Sistema Aquífero Serra Geral está presente em todo o município, constituindo um aquífero com porosidade de fissura e litologicamente representado pelos basaltos da formação Serra Geral. Em grande parte do município, esse aquífero encontra-se recoberto pelo Sistema Bauru, com exceção dos vales dos rios da Prata e Tijuco, onde está 40 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES exposto. A espessura máxima estimada para o Sistema Serra Geral no município é de 350 m. O aquífero Bauru, representado pela formação Adamantina e Marília, caracteriza-se como um aquífero poroso e está presente na maior parte do município, sobrejacente ao sistema aquífero Serra Geral. A espessura máxima estimada dessa unidade aquífera situa-se em torno de 200 m. Distintamente, no Sistema Aquífero Serra Geral, na porção recoberta pelo Sistema Bauru,a recarga pelas águas pluviais ocorre de forma indireta. Essa condição minimiza a possibilidade de contaminação de suas águas, apesar de sua característica de aquífero de fissura. No município de Monte Alegre de Minas encontram-se presentes dois sistemas aquíferos: o Bauru e o Serra Geral. O Sistema Aquífero Serra Geral ocorre em todo o município. É representado pelos basaltos da formação Serra Geral, cuja porosidade, desenvolvida nesse sistema, é do tipo fissural (ou de fratura). Apesar de o aquífero Serra Geral possuir ampla distribuição horizontal na área do município, em sua maior parte encontra-se recoberto pelo Sistema Aquífero Bauru. As produções constatadas nos sistemas aquíferos Serra Geral e Bauru denotam ampla variação, respectivamente de 0,27 a 42,00 l/s e 0,42 a 10,00 l/s (CORSI, 2003). Em geral, o Aquífero Serra Geral tem se mostrado comparativamente menos produtivo do que o aquífero Bauru. A produção de água no aquífero Serra Geral depende da densidade e persistência de descontinuidades (fraturas). No município de Prata, são caracterizadas duas unidades aquíferas: o Bauru e o Serra Geral. O aquífero Serra Geral ocorre em todo o município, porém, na sua maior parte, encontra-se subjacente ao aquífero Bauru. Litologicamente, é constituído por basaltos, cuja porosidade desenvolvida nessa unidade aquífera, é de fissura (porosidade de fratura). A exposição desse aquífero ocorre apenas nos vales dos principais rios que drenam o município, tais como: Tijuco, da Prata, São José e Douradinho. A espessura dessa unidade aquífera pode ultrapassar os 200 m. O aquífero Bauru, representado pela formação Adamantina e Marília, possui uma ampla distribuição horizontal no município, sobrejacente ao sistema aquífero Serra Geral. A espessura máxima estimada dessa unidade aquífera Bauru pode ultrapassar os 100 m. No sítio Urbano de Prata, a espessura máxima estimada para o aquífero é de 92 m. A produção de água do Aquífero Bauru, segundo Corsi (2003), varia de 0,42 a 10,00 l/s. 41 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 3.1.6. Relevo dos Municípios do CIDES O relevo do Pontal do Triângulo Mineiro faz parte de um conjunto de formas denominado, por Ab' Sáber (1971), Domínio dos Chapadões Tropicais do Brasil Central e Planaltos e Chapadas da Bacia Sedimentar do Paraná;é inserido na subunidade caracterizada como Planalto Setentrional da Bacia do Paraná, cujas formas de relevo estão apoiadas nos basaltos da formação Serra Geral e nas litologias sedimentares do Grupo Bauru, especificamente as formações Adamantina e Marília. Destacam-se as feições decorrentes da dissecação tabular, favorecida pelo escoamento de base deficiente, em razão da presença de um substrato basáltico e/ou litologias sedimentares, com cimentação carbonática (RADAMBRASIL, 1983) (Figura 46). Segundo Radambrasil (1983), cessada a deposição dos sedimentos do Grupo Bauru, no final do Cretáceo, o Planalto Setentrional da Bacia do Paraná sofreu, pelo menos, três ciclos ou fases de erosão bem definidos. O primeiro, mais antigo, é representado pelo Pediplano Terciário Inferior, que truncou e expôs as litologias pós- paleozóicas da Bacia Sedimentar do Paraná. A intermediária é constituída pelo Pediplano Pliopleistocênico, que nivelou o compartimento elevado do planalto e diminuiu a espessura da cobertura terciária. E, por fim, a fase mais recente, elaborada pelo Pediplano Neopleistocênico, que além de esculpir um compartimento rebaixado, no planalto, retocou as superfícies erosivas anteriores. A superfície erosiva tabular (Et), segundo Radambrasil (1983), configura um relevo residual de topo aplanado, testemunho de possível superfície de aplanamento, geralmente associada à escarpas erosivas. Essa superfície é observada a sudoeste do município, em áreas de residuais da formação Marília (Membro Echaporã, conforme a subdivisão da Formação Marília proposta por Barcelos (1984). As formas convexas (c), caracterizadas pelos relevos de topo convexo, com diferentes ordens de grandeza e de aprofundamento de drenagens, eventualmente separados por vales de fundo plano, podem ser observadas no entorno dos relevos residuais. As formas tabulares (t) caracterizam-se por apresentar relevos de topos aplanados, com diferentes ordens de grandeza e aprofundamento de drenagens, eventualmente separados por vales de fundo plano. Ocorrem na maior parte do município. O limite entre as formas de dissecação convexas e tabulares geralmente ocorre de maneira gradual, porém, localmente, é estabelecido por ressaltos topográficos. 42 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O município de Araporã encontra-se inserido na subunidade morfoestrutural denominada Planalto Setentrional da Bacia do Paraná, assim como todos os municípios integrantes do CIDES, cujas formas de relevo estão apoiadas nos basaltos da formação Serra Geral e nas litologias sedimentares do Grupo Bauru, especificamente as formações Adamantina e Marília. Destacam-se as feições decorrentes da dissecação tabular, favorecida pelo escoamento de base deficiente, em razão da presença de um substrato basáltico e/ou litologias sedimentares com cimentação carbonática (RADAMBRASIL, 1983). Na maior parte do município de Araporã, a forma de dissecação tabular é reflexo exclusivo dos níveis de basaltos expostos pela ação do rio Paranaíba, uma vez que as unidades sedimentares não ocorrem no município. Nesse caso, a intensidade de aprofundamento da drenagem é caracterizada como muito fraca (RADAMBRASIL, 1983). O município de Araporã encontra-se inserido na subunidade morfoestrutural denominada Planalto Setentrional da Bacia do Paraná, assim como todos os municípios integrantes do CIDES, cujas formas de relevo estão apoiadas nos basaltos da formação Serra Geral e nas litologias sedimentares do Grupo Bauru, especificamente as formações Adamantina e Marília. Destacam-se as feições decorrentes da dissecação tabular, favorecida pelo escoamento de base deficiente, em razão da presença de um substrato basáltico e/ou litologias sedimentares com cimentação carbonática (RADAMBRASIL, 1983). Na maior parte do município de Araporã, a forma de dissecação tabular é reflexo exclusivo dos níveis de basaltos expostos pela ação do rio Paranaíba, uma vez que as unidades sedimentares não ocorrem no município. Nesse caso, a intensidade de aprofundamento da drenagem é caracterizada como muito fraca (RADAMBRASIL, 1983). As formas tabulares caracterizam-se por apresentar relevos de topos aplanados, com diferentes ordens de grandeza e aprofundamento de drenagens, eventualmente separados por vales de fundo plano. Essas formas de dissecação abrangem a porção sul do município, próxima à divisa com o município de Monte Alegre, no vale do ribeirão Passa Três e seus afluentes, formando uma escarpa estrutural com mais de 150 m de desnível topográfico (RADAMBRASIL,1983). O município de Ituiutaba, quantos aos aspectos geomórficos, é caracterizado por feições tabuliformes associadas a derrames basálticos, sotopostos a camadas sedimentares cretácicas da Bacia Sedimentar do Paraná, pertencentes às formações Marília e Adamantina. 43 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os diversos níveis sedimentares, expostos pela dissecação erosiva produzida pelos rios Paranaíba, Grande e seus principais afluentes, favoreceram o desenvolvimento de feições morfológicas residuais, características nas litologias sedimentares das formações Marília e Adamantina, cujas vertentes são abruptas,com topos planos (Figura 46). No município de Prata, as formas de relevo foram esculpidas nos basaltos da formação Serra Geral e nas litologias sedimentares das formações Adamantina e Marília. Destacam-se as feições de superfície erosiva tabular, favorecidas pelo escoamento de base deficiente, em razão da presença de um substrato basáltico e/ou carbonático; as formas de dissecação do relevo têm caráter denudacional, representadas pela superfície erosiva tabular, e formas de dissecação convexas e tabulares, conforme caracterizadas no mapa geomorfológico do Radambrasil (1983), descritas a seguir. 44 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 46: Mapa de unidades gemorfológicas para os municípios que compõem o CIDES. 45 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Também encontram-se presentes, na área do município, porém menos frequentemente, a planície e o terraço fluviais. A planície fluvial é descrita, no mapa Geomorfológico do Radambrasil (1983), como área aplanada, resultante de acumulação fluvial, geralmente sujeita a inundações periódicas e comportando meandros abandonados, eventualmente alagados, unidos, com ou sem ruptura, a patamar mais elevado. Esta forma de dissecação está presente no curso do Ribeirão Bebedouro, um dos formadores do rio Piedade (Figura 46). O relevo do município de Centralina é caracterizado por feições tabuliformes, associadas a derrames basálticos sotopostos a camadas sedimentares cretácicas da Bacia Sedimentar do Paraná. Os diversos níveis de derrames, exumados pelo aprofundamento do leito do rio Paranaíba, favoreceram o desenvolvimento de vertentes abruptas, voltadas para o vale desse rio. As porções mais elevadas ocorrem a sudeste do município, onde a cota altimétrica atinge os 791 m. A configuração do relevo pode ser subdividida em três categorias: plano, ondulado e montanhoso (Figura 46). A classe plana ostenta cotas altimétricas que variam entre 700 e 791 m e é representada pelas superfícies tabulares remanescentes da estrutura aplanada reliquiar. Funciona como um grande divisor de águas entre as bacias do Rio Piedade, a leste; Córrego da Areia, a noroeste; e Córrego do Cerrado, a sudoeste, já fora dos limites do município (Figura 46). A classe ondulada é representada pela porção dissecada do vale do rio Paranaíba. Nesse setor, as cotas altimétricas variam entre 440 e 600m. A dissecação erosiva, produzida pelos cursos d‟água que se direcionam ao rio Paranaíba, esculpiram espigões alongados. As declividades predominantes encontram-se no intervalo de 2 a 4%. A sede do município desenvolveu-se nesse setor. O terceiro compartimento é representado pelas superfícies de maior declividade, com predominância de inclinações no intervalo de 10 e 15%. Tal situação topográfica é mantida pela estrutura tabular dos derrames basálticos, dada a sua maior resistência à erosão hídrica. Os valores altimétricos desse compartimento variam entre 600 e 700 m (Figura 46). Em razão do contexto geológico em que se insere o Planalto Setentrional da Bacia do Paraná (RADAMBRASIL, 1983), as formas de relevo presentes no município de Canápolis foram esculpidas nos basaltos da formação Serra Geral e nas litologias sedimentares do Grupo 46 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Bauru, especificamente as formações Adamantina e Marília. Destacam-se as feições decorrentes da dissecação tabular favorecida pelo escoamento de base deficiente, em razão da presença de um substrato basáltico e/ou litologias sedimentares, com cimentação carbonática menos permeável (RADAMBRASIL, 1983). Dessa condição geológica resultou, em toda a região do Triângulo Mineiro e, especificamente, no município Canápolis, a forma de dissecação tabular, efetivada sobre os arenitos da Formação Adamantina e basaltos da Formação Serra Geral, sob a ação do rio Paranaíba e seus afluentes. Em todo o município, a intensidade de aprofundamento da drenagem é caracterizada como muito fraca. As formas tabulares caracterizam-se por apresentar relevos de topos aplanados, com diferentes ordens de grandeza e aprofundamento de drenagens, com a presença de vales de fundo plano. Na maior parte do município de Araporã, a forma de dissecação tabular é reflexo exclusivo dos níveis de basaltos expostos pela ação do rio Paranaíba, uma vez que as unidades sedimentares não ocorrem no município (Figura 46). Nesse caso, a intensidade de aprofundamento da drenagem é caracterizada como muito fraca (RADAMBRASIL, 1983). 3.1.7. Geologia A região do Triângulo Mineiro faz parte da borda nordeste da Bacia Sedimentar do Paraná. Essa grande unidade geotectônica Paleozóica teve a sua origem no Eo-Ordoviciano (CANUTO, 2010) e final da sedimentação no Cretáceo Superior. Na região do Triângulo Mineiro, ocorre apenas a sequência mesozóica da bacia, representada pelos grupos São Bento e Bauru. As unidades sedimentares e magmáticas Mesozóicas assentam-se sobre as unidades mais antigas, compostas por rochas metassedimentares do Grupo Canastra e Araxá, respectivamente do Proterozóico médio e superior. Estas, por sua vez, tiveram como embasamento deposicional as rochas arqueanas do Complexo Basal Goiano (RADAMBRASIL, 1983). Ainda assim, a sequência Mesozóica da Bacia do Paraná no Triângulo Mineiro não se encontra completa, com ausência de uma ou mais formações (Figura 47). 47 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 47: Geologia dos municípios que compõem o CIDES. Fonte CPRM (2004). 48 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES As rochas que compõem o embasamento regional, de acordo com Barbosa et al.(1970), são representadas por gnaisses, granodioritos e tonalitos, com intercalações de anfibolitos. O Grupo Araxá está representado por metamorfitos de fácies epidoto-anfibolito, composto de micaxistos e quartzitos, intercalados por anfibolitos. Conforme Nishiyama (1998), no Triangulo Mineiro, a unidade encontra-se recoberta pelos magmatitos básicos e litologias sedimentares da Bacia do Paraná, também notada em áreas de entalhe fluvial dos rios Paranaíba e Araguari. O grupo Canastra é essencialmente composto por quartzitos e filitos, com presença pontual de granadas. É comum a sobreposição de xistos aos quartzitos (BARBOSA et al., 1970). A formação Botucatu, caracterizada por arenitos eólicos, marca o início das deposições da Bacia Sedimentar do Paraná nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A espessura dessa unidade, em áreas de exposição na sua porção oriental e no Alto Paranaíba, não ultrapassa 80 m. No sentido leste-oeste, tende ao aumento de espessura. Sotoposta aos basaltos da Formação Serra Geral, não se encontra exposta nos municípios do CIDES. O processo denudacional, que afetou a Bacia Sedimentar do Paraná de maneira generalizada a partir do final do Cretáceo, resultou no desaparecimento de grande parte das camadas da Formação Marília. Especificamente, na região do Triângulo Mineiro, essa unidade do Grupo Bauru encontra-se preservada a oeste do rio Araguari, na chapada entre Uberaba – Uberlândia - Araguari e nos residuais dos divisores das bacias do Grande e Paranaíba. Barcelos (1984) subdividiu a Formação Marília em três membros: Ponte Alta, Serra da Galga e Echaporã. Os dois primeiros afloram na parte leste do Triângulo Mineiro (MG), enquanto que o Membro Echaporã está presente na porção oeste. A formação Marília, na região do Pontal, é constituída por arenitos finos a grossos, com intercalações conglomeráticas, na forma de ciclos granodecrescentes e granocrescentes, intensamente cimentados pelo carbonato de cálcio. Devido a essa cimentação carbonática dos tipos litológicos do Membro Echaporã, a dissecação erosiva resultou em relevos residuais, com topos planos e bordas abruptas. 49 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A Formação Marília – Membro Echaporã - ocupa as porções topograficamente mais elevadas do município de Prata, constituindo elevações alongadas com bordas abruptas e topos planos dos residuais dessa unidade. Especificamente, no município de Araporã, o Grupo Araxá é constituído por metamorfitos de fácies epidoto-anfibolito, tendo como os principais tipos litológicos os quartzos micaxistos e muscovita quartzitos, intercalados por anfibolitos. A área de exposição dos litotipos do Grupo Araxá pode ser delimitada, no vale do rio Paranaíba, desde a altura da ponte da BR 153, estendendo-se até a barragem do lago da Usina Hidrelétrica de Itumbiara. A montante da barragem, o Grupo Araxá encontra-se recoberto pelas águas do lago. A Formação Serra Geral é uma unidade de caráter predominantemente vulcânico, resultante da consolidação de lavas básicas, que cobriram grande extensão da Bacia do Paraná, chegando a 1.700 m de espessura (OLIVEIRA, 2013). No município de Araporã, as rochas basálticas afloram, na sua maior extensão, recobrindo os micaxistos e quartzitos do Grupo Araxá, ocupando cotas altimétricas entre 480 e 780 m. A diferença de cotas permite estimar em torno de 300 m a espessura total da formação Serra Geral, no município de Araporã. O município de Prata, conforme destacado anteriormente, insere-se na borda nordeste da Bacia Sedimentar do Paraná. Essa grande unidade geotectônica, de acordo com o estudo “Geodiversidade do Estado de Minas Gerais – Programa de Geologia do Brasil – Levantamentos da Geodiversidade”, realizado pela Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais – CPRM – Serviço Geológico do Brasil em 2010, é constituída por uma sucessão sedimentar-magmática, com início das deposições no Neordoviciano e témino no Neocretáceo (MILANI, 2004). Encontram-se presentes, no município de Prata, as unidades geológicas atribuídas à sequência Mesozóica da bacia do Paraná. Nesse contexto, são identificados os grupos São Bento e Bauru. O Grupo São Bento, em sua área de exposição, acha-se representado, exclusivamente, pela Formação Serra Geral. Esta é constituída pelos diversos níveis de rochas basálticas, resultantes dos sucessivos episódios de derramamento de lavas básicas, durante o Jurássico e Cretáceo. A exposição de basaltos, no município de Prata, restringe-se aos vales dos rios 50 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tijuco e da Prata, em razão do entalhamento fluvial produzidos pelos referidos cursos d‟água. Nas demais porções, os basaltos encontram-se recobertos pelas litologias sedimentares do Grupo Bauru. O Grupo Bauru representa o conjunto litológico sedimentar de idade neocretácica. Este assenta-se, discordantemente, sobre as rochas vulcânicas da Formação Serra Geral. Duas unidades geológicas compõem o Grupo Bauru, na área do município: as formações Adamantina e Marília. Segundo Batezelli (2003), a Formação Adamantina é constituída de arenitos finos a médios, avermelhados, com seleção moderada, estratificações cruzadas de pequeno a médio porte, estratificação plano-paralela e, subordinadamente, marcas onduladas. Localmente, pode se apresentar maciça; sendo que a Formação Adamantina assenta-se, discordantemente, sobre os basaltos da Formação Serra Geral, com contato abrupto e erosivo. Para Batezelli (2003), na porção oeste do Triângulo Mineiro, onde se insere o município de Prata, a Formação Marília é composta por arenitos finos a grossos, com intercalações conglomeráticas, na forma de ciclos granodecrescentes e granocrescentes, cimentados por carbonato de cálcio. Ainda de acordo como autor, a característica de cimentação carbonática explica o desenvolvimento de relevo de serras, em forma de grandes chapadas e bordas escarpadas. As rochas sedimentares, presentes no município de Centralina, pertencem aos grupos São Bento e Bauru, respectivamente de idades Triássico-Cretácica e Cretácica. Representando o Grupo São Bento no município, a Formação Serra Geral ocupa as posições topográficas mais rebaixadas desenvolvidas no vale do rio Paranaíba, frequentemente ocupando cotas altimétricas inferiores a 680 m. A unidade Botucatu não se encontra exposta nessa porção do Triângulo Mineiro. Na área do município de Centralina, os basaltos da Formação Serra Geral apresentam uma espessura aflorante de aproximadamente 240 m; a espessura total do conjunto de derrames, porém, não deve ultrapassar o limite de 300 m. O Grupo Bauru é representado, na área do município de Centralina, unicamente pela Formação Adamantina, conforme proposta por Soares et al. (1980). Segundo Batezelli (2003), essa unidade geológica é constituída por arenitos finos a médios, avermelhados, com seleção 51 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES moderada, estratificações cruzadas de pequeno a médio porte, estratificação plano-paralela e, subordinadamente, marcas onduladas. Localmente, pode se apresentar maciça. Ainda segundo o referido autor, a Formação Adamantina assenta-se, discordantemente, sobre os basaltos da Formação Serra Geral, com contato abrupto e erosivo. A configuração geológica do município de Gurinhatã está relacionada à ocorrência dos grupos Bauru e São Bento. Localmente, o grupo Bauru, de idade cretácica, compreende as formações Marília e Adamantina (Vale do Rio do Peixe, conforme a redefinição estratigráfica proposta por Fernandes e Coimbra (2000), enquanto que o grupo São Bento, cronologicamente posicionado entre o Jurássico e Cretáceo, é representado pelas formações Botucatu e Serra Geral. O grupo São Bento não se encontra aflorante na maior parte do município, situando-se a profundidades que podem superar os 80 m, em razão de seu recobrimento pelos sedimentos do grupo Bauru. O pacote sedimentar do grupo Bauru, no Triângulo Mineiro, apresenta uma espessura média de 75m, podendo chegar ao máximo de 300m e se situa estratigraficamente sobrejacente aos basaltos da formação Serra Geral (CPRM, 2012). Segundo Batezelli et al. (2005), as maiores espessuras preservadas do grupo Bauru situam-se no eixo formado pelas cidades de Gurinhatã (MG) e General Salgado (SP), de direção Norte-Sul. A formação Adamantina ou Vale do Rio do Peixe constitui a unidade de maior extensão aflorante na área do município. A espessura preservada da unidade é da ordem de 100 m, medidas em perfurações de poços tubulares para finalidades de explotação de água subterrânea. Fernandes e Coimbra (2000) mencionam que a Formação Adamantina ocorre apenas a oeste do alinhamento das cidades de Uberaba e Itumbiara. No município de Gurinhatã, a Formação Adamantina, para o topo, passa gradualmente para os litotipos da formação Marília, mais especificamente Membro Echaporã, conforme descrito por Barcelos (1984). No município de Ituiutaba encontram-se presentes, da base para o topo: basaltos da Formação Serra Geral (Grupo São Bento), arenitos da Formação Adamantina e arenitos e conglomerados com cimentação carbonática da Formação Marília (Grupo Bauru). A Formação Serra Geral é uma unidade de caráter predominantemente vulcânico, representada por sucessão de derrames de lavas básicas que atingiram praticamente toda a Bacia do Paraná 52 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES entre o Neojurássico e Eocretáceo. Este magmatismo rompeu o ciclo deposicional terrígeno, e cobriu grande extensão da Bacia do Paraná, chegando a 1.700 m de espessura (BARCELOS, 1984). No município de Ituiutaba, os basaltos Formação Serra Geral afloram nas porções mais entalhadas pelos rios Tijuco e da Prata e seus afluentes, ocupando posições altimétricas inferiores a 450 m na área do município. Estudos empreendidos por Batezelli (2003) caracterizaram Formação Adamantina como sendo constituída predominantemente por arenitos finos bem selecionados, de coloração avermelhada e com estratificação cruzada de grande porte e com alto ângulo de inclinação dos foresets. Batezelli (2003) observou, ainda, lamitos/siltitos avermelhados, com laminação plano-paralela, marcas onduladas, por vezes maciços, intercalados com níveis centimétricos a decimétricos de arenito muito fino cimentados, ou não, por carbonato de cálcio. Especificamente no município de Monte Alegre de Minas, Segundo Silva et al. (1994) ocorrem, da base para o topo, os basaltos da Formação Serra Geral, arenitos da Formação Adamantina e arenitos e conglomerados com cimentação carbonática da Formação Marília. A Formação Serra Geral é uma unidade de caráter vulcânico, formada por sucessão de derrames de lavas básicas que atingiram a maior parte da Bacia do Paraná entre o Neojurássico e Eocretáceo, chegando a 1.700 m de espessura (OLIVEIRA, 2013).No município de Monte Alegre de Minas, os basaltos Formação Serra Geral afloram nos vales dos rios Tijuco, e Piedade e seus afluentes, ocupando níveis altimétricos inferiores a 720 m. Batezelli (2003) caracterizou a Formação Adamantina como sendo constituída, predominantemente, por arenitos finos bem selecionados, de coloração avermelhada e com estratificação cruzada de grande porte,com alto ângulo de inclinação dos foresets. O referido autor caracterizou, ainda, a ocorrência de lamitos/siltitos avermelhados, com laminação planoparalela, marcas onduladas, por vezes maciços, intercalados a níveis centimétricos a decimétricos de arenito muito fino, cimentados ou não por carbonato de cálcio. A Formação Marília, aflorante no município de Monte Alegre de Minas, foi definida como Membro Echaporã, por Barcelos (1984); composta por arenitos finos a grossos, com intercalações conglomeráticas, na forma de ciclos granodecrescentes e granocrescentes, cimentados por carbonato de cálcio (BATEZELLI, 2003). 53 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O município de Canápolis esta inserido na área de abrangência do Grupo Bauru, no Triângulo Mineiro. Este compreende um pacote sedimentar de idade Neocretácica, pertencente à Bacia Sedimentar do Paraná, tendo como substrato as rochas basálticas da Formação Serra Geral (BATEZELLI, 2003). O Grupo Bauru é representado, na área do município, unicamente pela Formação Adamantina, conforme a designação proposta por Soares et al.(1980). Segundo Batezelli (2003), essa unidade geológica é constituída por arenitos finos a médios, avermelhados, com seleção moderada, estratificações cruzadas de pequeno a médio porte, estratificação plano-paralela e, subordinadamente, marcas onduladas. A Formação Adamantina assenta-se, discordantemente, sobre os basaltos da Formação Serra Geral, com contato abrupto e erosivo. A Formação Serra Geral encontra-se aflorante em posições topograficamente mais rebaixadas do município, associadas às porções intensamente dissecadas do vale do rio Paranaíba e do ribeirão Pirapetinga, ocupando uma faixa de terras situadas entre as cotas altimétricas de 660 e 440 m. A diferença entre as cotas máximas e mínimas da faixa aflorante permite estabelecer uma espessura local superior a 220 m para a Formação Serra Geral. Estima-se que este valor possa superar o limite de 300 m. A Formação Serra Geral é uma unidade de caráter predominantemente vulcânico, resultante da consolidação de lavas básicas que cobriram grande extensão da Bacia do Paraná, chegando a 1.700 m de espessura (CPRM, 2012). No município de Araporã as rochas basálticas afloram na sua maior extensão, recobrindo os micaxistos e quartzitos do Grupo Araxá, ocupando cotas altimétricas entre 780 m e 480 m. A diferença de cotas permite estimar em torno de 300 m a espessura total da formação Serra Geral no município de Araporã. 3.1.8. Solos O Mapa de Solo do estado de Minas Gerais, produzido pela UFV/UFLa/FEAM (2010), mostra que o solo predominante no município de Araporã é o Latossolo Vermelho eutroférrico chernozêmico e típico A moderado textura argilosa; fase floresta subcaducifólia, 54 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES relevo plano e suave ondulado, que tem como a rocha matriz os basaltos da Formação Serra Geral (LVf1). Secundariamente, ocorrem os solos Latossolo Vermelho (LVf1); Cambissolo Háplico (CXbe8); Argissolo Vermelho-Amarelo (PVAe21). O tipo Latossolo Vermelho (LVf1) ocorre no Sul do município, associado aos basaltos Formação Serra Geral e ocupando as porções mais declivosas, resultantes do entalhe fluvial. Apresenta as seguintes características diagnósticas (UFV/UFLa/FEAM, 2010): Latossolo Vermelho eutroférrico chernozêmico e típico A moderado textura argilosa mais Cambissolo Háplico eutrófico típico e léptico A moderado/chernozemico textura argilosa, pedregoso mais Neossolo Litólico eutrófico chernossólico e típico A moderado textura argilosa, pedregoso; todos fase floresta subcaducifólia e floresta caducifólia, relevo suave ondulado e ondulado e forte ondulado (LVf2). Apresenta as seguintes características diagnósticas (UFV/UFLa/FEAM, 2010): Cambissolo Háplico eutrófico típico A fraco/moderado textura argilosa, pedregoso/não pedregoso; Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado textura argilosa; Neossolo Litólico eutrófico típico A fraco, pedregoso/não pedregoso; todos fase floresta caducifólia, relevo suave ondulado e forte ondulado (CXbe8). A área de ocorrência desse solo está restrita ao sul-sudeste do Município, tendo com rocha de origem os basaltos da Formação Serra Geral. Outra ocorrência, na área do município, restrita à porção norte, próxima ao rio Paranaíba, associada aos micaxistos do Grupo Araxá, ostenta as seguintes características diagnósticas (UFV/UFLa/FEAM, 2010): Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado textura argilosa, rochoso, pedregoso; Cambissolo Háplico eutrófico típico e léptico A moderado textura siltosa/argilosa; Neossolo Litólico eutrófico típico A fraco; todos fase floresta caducifólia, relevo ondulado e forte ondulado (PVAe21). Levantamentos de solos do estado de Minas Gerais, realizados pela (UFV/UFLa/FEAM, 2010), mostram que, no município de Prata, ocorrem as seguintes variações da classe Latossolos Vermelhos: LVd1; LVd2; LVd6, LVd11, LVdf1 e LVdf2 O LVd representa os Latossolos Vermelhos distróficos com suas variações: LVd1 Latossolo Vermelho distrófico típico A moderado textura média; fase floresta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado; LVd2 é Latossolo Vermelho distrófico típico A moderado textura 55 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES argilosa; fase cerrado, relevo plano e suave ondulado; LVd6 é Latossolo Vermelho distrófico típico A moderado textura argilosa mais Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico típico A moderado textura média/argilosa; ambos fase cerrado, relevo plano e suave ondulado; e o LVd11 é Latossolo Vermelho distrófico típico textura média A moderado mais Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado/chernozêmico textura média mais Neossolo Litólico típico chernossólico textura média; todos na fase cerrado e floresta subcaducifólia e campo cerrado, relevo plano e suave ondulado e ondulado e forte ondulado. Ao longo dos principais cursos d‟água do município, especialmente dos rios Tijuco e da Prata, ocorrem os Latossolos Vermelho distroférrico nas variações LVdf1 e LVdf2. O solo LVdf1 corresponde ao Latossolo Vermelho distroférrico típico A moderado/proeminente textura argilosa; fase floresta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado e LVdf2 Latossolo Vermelho distroférrico típico A moderado textura argilosa mais Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado textura média/argilosa mais Cambissolo Háplico eutrófico típico A chernozêmico textura média/argilosa, fase pedregosa; todos fase cerrado e floresta caducifólia, relevo plano e suave ondulado e ondulado. O solo Argissolo Vermelho Amarelo eutrofico, variação PVAe17, encontra-se no limite sul do município, associado a residuais da Formação Marília. Caracteriza-se como solo do tipo Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado/chernozêmico textura média/argilosa mais Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico A moderado textura média mais Cambissolo Háplico distrófico típico e léptico A moderado textura média/argilosa, cascalhento/não cascalhento; todos fase floresta caducifólia e cerrado e caatinga hipoxerófila, relevo plano e suave ondulado e ondulado. Também no limite sul do município pode ser observado o solo Neossolo quartzarênico órtico – RQo1. Esse solo apresenta os seguintes aspectos diagnósticos: Neossolo Quartzarênico Órtico típico A fraco/moderado; fase cerrado, relevo plano e suave ondulado. No limite sudeste do município, associado à planície de inundação do rio Tijuco, achase presente o solo Geissolo melânico Tb distrófico - GMd4. Este solo apresenta as seguintes características diagnósticas: Gleissolo Melânico distrófico típico A proeminente textura argilosa mais Neossolo Quartzarênico hidromórfico A moderado mais Organossolos Háplico sáprico típicos e terriços; todos fase campestre, relevo plano. 56 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM (2010), ao realizar o mapeamento sobre os solos de Minas Gerais, constatou que, no município de Centralina, as classes de solos que mais se destacam são os Latossolos vermelho eutroférrico LVef1 e LVef2. O LVef1 representa o Latossolo vermelho eutroférrico chernozêmico e típico A moderado textura argilosa, fase floresta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado. O LVef2 é caracterizado como Latossolo vermelho eutroférrico chernozêmico e típico A moderado textura argilosa mais Cambissolo Háplico eutrófico típico e léptico A moderado/chernozemico textura argilosa, pedregoso mais Neossolo Litólico eutrófico chernossólico e típico A moderado textura argilosa, pedregoso; todos fase floresta subcaducifólia e floresta caducifólia, relevo suave ondulado e ondulado e forte ondulado. De acordo com o Mapa de Solos do Estado de Minas Gerais, elaborado pela Universidade Federal de Viçosa – UFV/CETEC/UFLa/FEAM (2010), ocorrem, no município de Gurinhatã, as seguintes variações da classe Latossolos Vermelhos: LVd1; LVd2; LVd6; LVd11; LVdf2; LVef2; PVAd7; CXbe8 e GMd4. Segundo esse mapa, o LVd representa os Latossolos Vermelhos distróficos com suas variações: LVd1 Latossolo Vermelho distrófico típico A moderado textura média; fase floresta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado; LVd2 é Latossolo Vermelho distrófico típico A moderado textura argilosa; fase cerrado, relevo plano e suave ondulado; LVd6 é Latossolo Vermelho distrófico típico A moderado textura argilosa mais Argissolo Vermelho-Amarelo; distrófico típico A moderado textura média/argilosa; ambos fase cerrado, relevo plano e suave ondulado; e o LVd11 é Latossolo Vermelho distrófico típico textura média A moderado mais Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado/chernozêmico textura média mis Neossolo Litólico típico chernossólico textura média; todos na fase cerrado e floresta subcaducifólia e campo cerrado, relevo plano e suave ondulado e ondulado e forte ondulado. Ao longo do curso do rio da Prata, ocorrem os Latossolos Vermelho distroférrico e eutroférrico, respectivamente, nas variações LVdf2 e LVef2. O solo LVdf2 Latossolo Vermelho distroférrico típico A moderado textura argilosa mais Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado textura média/argilosa mais Cambissolo Háplico eutrófico típico A chernozêmico textura média/argilosa, fase pedregosa; todos fase cerrado e floresta caducifólia, relevo plano e suave ondulado e ondulado. O tipo LVef2 Latossolo Vermelho eutroférrico chernozêmico e típico A moderado textura argilosa mais Cambissolo Háplico eutrófico típico e léptico A moderado/ chernozemico textura argilosa, pedregoso mais 57 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Neossolo Litólico eutrófico chernossólico e típico A moderado textura argilosa, pedregoso; todos fase floresta subcaducifólia e floresta caducifólia, relevo suave ondulado e ondulado e forte ondulado. O solo Argissolo vermelho amarelo distrófico, variação PVAd7, encontra-se no limite sul do município, associado a residuais da Formação Marília. Caracteriza-se como solo do tipo Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico típico A moderado textura média mais Latossolo Vermelho distrófico típico A moderado textura média mais Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado/chernozêmico textura média; todos fase cerrado, relevo plano e suave ondulado e ondulado. No limite sudeste do município, associado à planície de inundação do rio Tijuco, achase presente o solo Gleissolo melânico Tb distrófico - GMd4. Este solo apresenta as seguintes características diagnósticas: Gleissolo Melânico distrófico típico A proeminente textura argilosa mais Neossolo Quartzarênico hidromórfico A moderado mais Organossolo Háplico.sáprico típicos e terriços; todos fase campestre, relevo plano. De acordo com a Embrapa (1999), no município de Ituiutaba, em geral, os solos são bem drenados, apresentam baixa atividade de argila e fertilidade natural. As classes de solos identificadas são: Latossolo Amarelo, Latossolo Vermelho-Amarelo, Latosso Vermelho, Nitossolo Vermelho, Chernosolo Argilúvico, Cambissolo Háplico, Argissolo VermelhoAmarelo, Neossolos Litólicos, Plintossolo Pétrico, Neossolo Quartzarenico, Gleissolo Melanico, Gleissolo Háplico, Neossolo Flúvico. Nas áreas mais elevadas dos residuais, predominam os Neossolos Quartzarênicos, Latossolos Vermelhos e Latossolos Amarelos de textura média. Os Latossolos Vermelhos de textura argilosa ocorrem desde as cotas mais altas, relacionado aos arenitos, até as cotas mais baixas, relacionado a misturas de materiais desagregados dos arenitos com basaltos. Sob condição de relevo mais suave, associado à formação Adamantina (posições intermediárias), desenvolvem-se os Latossolos Vermelhos e Latossolos Amarelos de textura argilosa; enquanto nas áreas de relevo mais movimentado, acha-se presente o Cambissolo Haplico, o Argissolo Vermelho Amarelo, o Neossolo Litólico e o Plintossolo Pétrico. 58 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Nas cotas inferiores da paisagem, em áreas movimentadas e relacionados à decomposição de basaltos da Formação Serra Geral, predominam os Nitossolos Vermelhos (não latossólicas e latossólicas), Chernossolos Argilúvicos e Neossolos Litólicos. Nas áreas de relevo suave-ondulado a ondulado são encontrados os Nitossolos Vermelhos, em sua maioria latossólica, Latossolos Vermelhos de textura argilosa; e, onde há maior contribuição de arenitos sobre os basaltos, ocorrem os Latossolos Vermelhos de textura média. Os Neossolos Quartzarênicos, ao lado dos Latossolos Vermelhos, ocupam extensões muito significativas no planalto, ocorrendo desde as partes mais elevadas a áreas rebaixadas de dissecação mais recente. Essas porções apresentam elevada susceptibilidade à erosão hídrica, frequentemente resultando na formação de voçorocas. Ainda, ocupando áreas dissecadas de relevo mais movimentado e nas bordas escarpadas da Formação Marília (relevos residuais), encontram-se os Neossolos Litólicos, Argissolos Vermelho Amarelos e Cambissolos Háplicos, estes últimos desenvolvidos por litologias muito diversificadas. Associados a sedimentos recentes, em áreas exclusivamente planas, são encontrados Neossolo Flúvico e Gleissolo Háplico. Os Latossolos (Latossolo Vermelho de textura média e argilosa, Latossolo e Latossolo Amarelo), os Neossolo Quartzarênicos e Nitossolo Vermelho perfazem, aproximadamente, 80% da área total do município. De acordo com o Mapa de Solos do Estado de Minas Gerais (UFV/CETEC/UFLa e FEAM, 2010), os tipos de solos presentes no município de Monte Alegre são: - Latossolo vermelho distrófico típico textura média A moderado mais Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado/chernozêmico textura média mais Neossolo Litólico típico chernossólico textura média; todos eles cerrado e floresta subcaducifólia e campo cerrado, relevo plano e suave ondulado e ondulado e forte ondulado (LVd1). Esses solos têm como a rocha matriz os arenitos e arenitos com cimentação carbonática das formações Adamantina e Marília. 59 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES - Latossolo Vermelho distrófico típico textura média A moderado mais Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado/chernozêmico textura média mais Neossolo Litólico típico chernossólico textura média; todos cerrado e floresta subcaducifólia e campo cerrado, relevo plano e suave ondulado e ondulado e forte ondulado (LVd11). - Latossolo Vermelho distroférrico típico A moderado textura argilosa mais Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado textura média/ argilosa mais Cambissolo Háplico eutrófico típico A chernozêmico textura média/ argilosa, fase pedregosa; todos fase cerrado e floresta caducifólia, relevo plano e suave ondulado e ondulado (LVdf2). - Cambissolo Háplico eutrófico típico A fraco/moderado textura argilosa, pedregoso/não pedregoso mais Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado textura argilosa mais Neossolo Litólico eutrófico típico A fraco, pedregoso/não pedregoso; todos fase floresta caducifólia, relevo suave ondulado e forte ondulado (CXbe8). Predominam, no município de Canápolis, os Latossolos Vermelhos, em suas variações distrófico, eutroférrico e distroférricos. Estes são caracterizados como solos minerais muito profundos, acentuadamente ou fortemente drenados, muito porosos e permeáveis, devido a sua estrutura granular. Na região do Triângulo Mineiro, de acordo com a Embrapa (1999), os Latossolos vermelhos distróficos de textura média estão associados a rochas sedimentares arenosas do Grupo Bauru, enquanto que os Latossolos vermelhos distróficos, eutroférricos ou distroférricos de textura argilosa, de uma maneira geral, estão associados a rochas efusivas básicas da Formação Serra Geral. Os Latossolos vermelhos de textura argilosa correm em uma área contínua no município de Canápolis, sobretudo nas porções do compartimento ondulado, em altitudes que variam de 420 a 600 m. Acima da cota 600 m predominam os Latossolos vermelhos distróficos, de textura média. Segundo o Mapa de Solos do Estado de Minas Gerais (UFV/UFLa/FEAM, 2010), quatro tipos principais de solos podem ser caracterizados no município de Canápolis: LVd1 – Latossolo Vermelho distrófico típico A moderado textura média; fase floresta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado; LVef1-Latossolo Vermelho eutroférrico chernozêmico e típico A moderado textura argilosa; fase floresta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado; LVef2 – Latossolo Vermelho eutroférrico chernozêmico e típico A moderado 60 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES textura argilosa mais Cambissolo Háplico eutrófico típico e léptico A moderado/ chernozemico textura argilosa, pedregoso mais Neossolo Litólico eutrófico chernossólico e típico A moderado textura argilosa, pedregoso; todos fase floresta subcaducifólia e floresta caducifólia, relevo suave ondulado e ondulado e forte ondulado e o LVdf1 – Latossolo Vermelho distroférrico típico A moderado/proeminente textura argilosa; fase floresta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado. O Mapa de Solo do Estado de Minas Gerais produzido pela UFV/UFLa/FEAM (2010), mostra que o solo predominante no município de Araporã é o Latossolo Vermelho eutroférrico chernozêmico e típico A moderado textura argilosa; fase floresta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado, que tem como a rocha matriz os basaltos da Formação Serra Geral (LVf1). Secundariamente, ocorrem os solos Latossolo Vermelho (LVf1); Cambissolo Háplico (CXbe8); Argissolo Vermelho-Amarelo (PVAe21). O tipo Latossolo Vermelho (LVf1) ocorre no sul do município, associado aos basaltos Formação Serra Geral e ocupando as porções mais declivosas resultantes do entalhe fluvial. Apresenta as seguintes características diagnósticas(UFV/UFLa/FEAM 2010): Latossolo Vermelho eutroférrico chernozêmico e típico A moderado textura argilosa mais Cambissolo Háplico eutrófico típico e léptico A moderado/chernozemico textura argilosa, pedregoso mais Neossolo Litólico eutrófico chernossólico e típico A moderado textura argilosa, pedregoso; todos fase floresta subcaducifólia e floresta caducifólia, relevo suave ondulado e ondulado e forte ondulado (LVf2). Outras características diagnósticas (UFV/UFLa/FEAM 2010): para solos do tipo Cambissolo Háplico eutrófico típico A fraco/moderado textura argilosa, pedregoso/não pedregoso mais Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado textura argilosa mais Neossolo Litólico eutrófico típico A fraco, pedregoso/não pedregoso; todos fase floresta caducifólia, relevo suave ondulado e forte ondulado (CXbe8). A área de ocorrência desse solo está restrita ao Sul-Sudeste do Município, tendo com rocha de origem os basaltos da Formação Serra Geral. Sua ocorrência na área do município está restrita à porção norte, próximo ao rio Paranaíba, associados aos micaxistos do Grupo Araxá. Ostentam as seguintes características 61 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES diagnósticas (UFV/UFLa/FEAM, 2010): O Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico típico A moderado textura argilosa, rochoso, pedregoso mais Cambissolo Háplico eutrófico típico e léptico A moderado textura siltosa/argilosa mais Neossolo Litólico eutrófico típico A fraco; todos fase floresta caducifólia, relevo ondulado e forte ondulado (PVAe21). 3.1.9. Caracterização Geotécnica dos Municípios do CIDES O município de Araporã encontra-se em área de ocorrência de basaltos da Formação Serra Geral. Essas rochas, ao sofrerem intemperismo químico, dão origem a solos com texturas argilosas, argilo-arenosas, argilo-siltosas e saprolito, dependendo da sua natureza (residual ou transportado), do grau de decomposição da rocha, presença de outras litologias associadas (Figura 48). Em relação à natureza do solo é possível diferenciar, no município, dois tipos: residual e transportado. O tipo residual é aquele que evolui a partir da rocha matriz (no caso os basaltos da Formação Serra Geral) e que permanece no local, sem sofrer qualquer tipo de mobilização. Os solos residuais dos basaltos ocorrem em duas situações, no município de Araporã: nas porções mais planas do relevo local, caracterizadas como relevo ondulado, cuja declividade não ultrapassa os 12%, e nas porções onde a superfície do terreno é mais íngreme, denominadas relevo montanhoso, com declividades que superam o valor de 40%. No primeiro caso, o perfil do solo é profundo, constituído por uma espessa camada de solo argiloso a argilo-arenoso, normalmente superior a 5 m; logo abaixo, uma camada argilo-siltosa a siltoargilosa, com espessura variável entre 3 e 4 m; essa camada passa, gradualmente, a saprolito, porém com a estrutura e textura da rocha original ainda visíveis; e, finalmente, a rocha decomposta e a rocha sã. No segundo caso, a forte declividade do terreno, associada à escarpa formada pelos níveis de derrames basálticos condiciona um perfil de solo pouco desenvolvido, raramente ultrapassando os 2 m de espessura, em razão de os processos erosivos predominarem sobre os pedológicos. Por essa razão, é raro encontrar solos mais evoluídos nessa porção do município (solos argilosos), onde predominam os tipos siltosos. Estudos realizados por Silva (1994), na bacia hidrográfica do ribeirão São Lourenço, município de Ituiutaba, mostram que os solos argilosos, argilo-arenosos e silto argilosos 62 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES derivados de basaltos ostentam as seguintes distribuições granulométricas, em termos de intervalo de percentagem: solos argilosos - fração argila 65 a 80%, fração silte 8 a 12% e areia fina a média 12 a 23%. Solos argilo-arenosos - argila 45 a 65%; silte 5 a 10% e areia fina a média 30 a 45%. Os solos menos evoluídos exibem maiores porcentagens de silte: argila 15 a 60%; silte 30 a 70% e areia fina a média 10 a 15%. Figura 48: Mapa geotécnico da região onde estão os municípios que compõem o CIDES. 63 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Ensaios de permeabilidade in situ, realizados na bacia do São Lourenço, em solos argilosos derivados de basaltos, evidenciaram valores de coeficiente de permeabilidade (k) no intervalo de ordem de grandeza de 10-5 cm/s a 10-4cm/s. Já os solos argilo-arenosos apresentaram valores de k entre 10-4 e 10-3 cm/s. Valores semelhantes de ordens de grandeza aos encontrados para solos argilo-arenosos podem ser atribuídos para solos argilo-siltosos e silto-argilosos. O solo do tipo transportado encontra-se presente na base das escarpas geradas pelos derrames de basaltos da formação Serra Geral e/ou próxima destas. Caracterizam-se pela textura predominantemente argilosa, nas porções mais afastadas das escarpas, enquanto que as porções próximas podem conter uma associação de materiais finos (silte e argila) e materiais grosseiros representados por blocos de rocha de diferentes diâmetros, alterados ou em vias de alteração. A espessura da cobertura transportada é relativamente pequena, geralmente não ultrapassando o limite de 3 m. É comum essa cobertura transportada sobrepor-se a materiais residuais. No seu conjunto, residuais e transportados podem atingir a espessura de 8 m. O município de Prata caracteriza-se pela ocorrência de uma cobertura essencialmente areno-argilosa derivada, principalmente dos arenitos da Formação Adamantina e, secundariamente, da Formação Marília. Nas porções de relevo de topo convexo, a cobertura areno-argilosa é espessa, podendo atingir valores próximos de uma dezena de metros. Nos vales fluviais mais entalhados, devido à declividade mais elevada, a espessura tende à diminuição; por vezes, é possível encontrar camadas de arenitos expostas. Análises texturais, realizadas por Silva (1994), em amostras de materiais residuais da Formação Adamantina e Marília, na bacia hidrográfica do São Lourenço, município de Ituiutaba, evidenciaram a seguinte distribuição textural: materiais residuais de litologias da Formação Adamantina: fração argila entre 36,6% e 37,4%; fração silte entre 4% e 9% e fração areia entre 53,5% e 59,2%, com predominância marcante de areia fina; materiais residuais de litologias da Formação Marília: fração argila 20,3%, silte 3,3% e areia 76% (37,4% de areia fina e 38,8 % de areia grossa); materiais transportados originados das litologias da Formação Adamantina: fração argila 16% a 31%, silte 0,13% a 3,2%, e predomínio de areias finas (de 42% a 60% de areia fina e de 16,3% a 24,9% de areia grossa); e 64 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES materiais transportados originados das litologias da Formação Marília: fração argila 16,5 a 28,2%, silte menos de 3,0% e areia 69 a 84%. Dada a semelhança dos materiais residuais e transportados, presentes no município de Prata, com os materiais estudados por Silva (1994) na bacia do São Lourenço, a distribuição granulométrica também deve ser semelhante. Na base dos residuais da Formação Marília, observa-se depósito de areias associadas a seixos de quartzo e quartzitos, além de blocos rolados de arenito calcífero e calcário do tipo calcrete, o que permite caracterizá-lo como um depósito de tálus. A espessura desses depósitos, de origem gravitativa, não ultrapassa o limite de 5 m. À medida que se afastam da base dos residuais, os depósitos de tálus passam, gradativamente, a depósitos de cólúvio, constituído basicamente de areias no intervalo de fina a grossa. Materiais residuais argilosos, argilo-arenosos e argilo siltosos podem ser observados em uma estreita faixa, ao longo dos principais rios que drenam o município de Prata, como é caso do Tijuco e o rio da Prata. Essa faixa tem pequena expressão em relação aos tipos arenosos derivado da Formação Adamantina. Geotecnicamente, o município de Gurinhatã apresenta características semelhantes às encontradas no município de Prata. A cobertura arenosa ocorre na maior parte do município, ocupando cerca de 90% de sua área. A cobertura argilososa está presente, exclusivamente, no vale do rio da Prata, representando cerca de 10% da área do município. A cobertura areno-argilosa predominante no município de Monte Alegre de Minas não difere, substancialmente, da cobertura areno-argilosa encontrada no município do Prata, assim como as coberturas argilosa, argilo-arenosa e argilo-siltosa, derivadas dos basaltos da Formação Serra Geral, presentes no vale do rio Piedade, Tijuco e Babilônia não diferem das características descritas no município de Araporã. A cobertura arenosa derivada das formações Marília e Adamantina representa pouco mais de 90% da área do município. A cobertura areno-argilosa predominante no município de Ituiutaba não difere, substancialmente, da cobertura areno-argilosa encontrada nos demais municípios onde ocorrem as formações Marília e Adamantina. Da mesma forma, as coberturas argilosa, argiloarenosa e argilo-siltosa derivadas dos basaltos da Formação Serra Geral, presentes nos vales dos rios Paranaíba, Tijuco e do Prata não diferem das características descritas nos demais 65 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES municípios. No município de Ituiutaba, os materiais arenosos de cobertura representam, aproximadamente, cerca de 50% de sua área total, enquanto que as coberturas argilosas perfazem outros 50%. As unidades geotécnicas arenosas e argilosas, descritas nos municípios integrantes do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do CIDES, são semelhantes às presentes no município de Centralina. A cobertura argilosa, em suas diferentes variações texturais, representa cerca de 60% da área do município. A cobertura areno-argilosa predominante no município de Canápolis não difere, substancialmente, da cobertura areno-argilosa encontrada nos demais municípios onde ocorrem as formações Marília e Adamantina. Da mesma forma, as coberturas argilosas, argilo-arenosa e argilo-siltosa derivadas dos basaltos da Formação Serra Geral, presentes no município, não diferem das características descritas nos demais municípios. No município de Canápolis, os materiais arenosos de cobertura representam, aproximadamente, cerca de 60%, e as coberturas argilosas perfazem outros 40%. 3.1.10. População – (fixa/flutuante) Grande parte do texto sobre análise demográfica, bem como das projeções populacionais dos municípios integrantes do CIDES tiveram como base os dados sumariados no estudo “Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980 – 2050”, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2004). Nesse estudo, as análises extrapolam as projeções, sendo elaborado ainda o padrão demográfico esperado, dados desagregados por sexo e idade (grupos quinquenais, idades simples e faixas etárias especiais), onde se contemplam os indicadores implícitos da dinâmica demográfica passada, atual e futura do país. Na Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980 – 2050, o IBGE contempla escalas maiores em suas análises (referentes a país, Grandes Regiões e unidades da Federação). Sendo assim, a elaboração de estudos mais pontuais requerem a observância de uma tendência de similaridade do comportamento da dinâmica e do padrão demográfico local com aquele observado no país e, mais restritamente, às unidades da 66 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Federação. Por isso, neste trabalho, para a elaboração de estudos mais localizados, referentes aos municípios pertencentes ao Consórcio (CIDES), torna-se necessário analisar o comportamento da dinâmica demográfica do Brasil e de Minas Gerais que, conforme já foi dito, influencia na dinâmica e no padrão demográfico regional. No país, a referência para estudos sobre projeções e padrão demográfico é a referência UNFPA/BRASIL (BRA/02/P02, 2006). Na citada publicação, estabeleceram-se alguns dos parâmetros que determinam a dinâmica demográfica dos estados, das Grandes Regiões e do Brasil. Na Tabela 2 estão sumariados dados das projeções feitas pelo IBGE (2010), referentes a dados desagregados por idade e sexo, e ainda análise comparativa da evolução dos indicadores fecundidade, mortalidade e migração, entre o Brasil e o estado de Minas Gerais.Os indicadores tratam da População e Desenvolvimento – Sistematização das medidas e indicadores sociodemográficos oriundos da Projeção (preliminar) da população por sexo e idade, por método demográfico, das Grandes Regiões e unidades da Federação, para o período 1991/2030. Valores significativos para os saldos migratórios não interferem na aferição da migração interna, uma vez que as taxas líquidas apresentam valores nulos até a segunda casa decimal.” Analisando os dados da Tabela com indicadores demográficos do Brasil para o período de 1991 a 2030, observa-se que o número de nascimentos permaneceu crescente até o ano de 1995, e a partir de 2000 apresenta declínio, sendo que, para a projeção do ano de 2030, o número de nascimentos corresponderá a aproximadamente 65% do total dos nascidos em 1991. As taxas brutas de natalidade e de fecundidade seguem o mesmo comportamento. A taxa bruta de mortalidade, que esteve em declínio no período 1991 a 2010, a partir de 2010 e até 2030, em consequência do envelhecimento da população, apresenta ligeira evolução. Em 2030, essa taxa chega a 7,51%, sendo superior àquela registrada em 1991. Outro fator importante na análise demográfica é a esperança de vida. A esperança de vida, ao nascer, está em evolução crescente, passando de 66,93%, na década de 1991, para 78,33%, em 2030. Para a população na faixa etária de 60 anos, o comportamento segue a mesma tendência, tanto para homens como para mulheres, alcançando, em 2030, valores de 21,47% e 25,46%. 67 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 2: Brasil: Indicadores Demográficos Implícitos na Projeção da População 1991/2030. Fonte: IBGE/DPE/Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Projeto UNFPA/BRASIL (BRA/02/P02). 3.1.11. Fecundidade O padrão etário, no Brasil, dependerá de algumas variáveis relacionadas, principalmente,à inserção da mulher no mercado de trabalho, seu nível de profissionalização e 68 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES de escolaridade, bem como das atividades desempenhadas, ressaltando-se, ainda, que as taxas de fecundidade feminina caminham inversamente proporcionais às variáveis citadas acima. A Tabela 3 apresenta as taxas de fecundidade total implícitas nas projeções populacionais 1991/2050, referentes ao Brasil e às grandes unidades da Federação. Análise da Tabela 4 para o estado de Minas Gerais, demonstra queda de 51% na taxa de fecundidade total, no período entre1991 e 2050, passando de 2,67% para 1,35%. O percentual de queda, na taxa de fecundidade, no estado, ficou abaixo da levantada para o país, que foi de 56%. A Tabela 4 apresenta as taxas específicas de fecundidade para o período de 1991 a 2030. Em Minas Gerais, no período entre 1991 a 2015, as faixas etárias de 20 a 24 e de 25 a 29 anos, respectivamente nesta ordem apresentam as maiores taxas de fecundidade. De modo geral, para o período analisado entre 1991 e 2030, a grande maioria das faixas etárias apresentou queda nas taxas de fecundidade; a única exceção refere-se à faixa entre 15 e19 anos de idade, que apresentou taxa de crescimento restrito no período 1991 a 2000. Essa característica segue uma tendência mundial condicionada, principalmente, pela crescente inserção da mulher no mercado de trabalho. Na Tabela 5 apresenta os indicadores demográficos implícitos na projeção da população, período 1991-2030, para o estado de Minas Gerais. Analisando os dados de fecundidade, já a partir de 1991, ano inicial do estudo dos indicadores demográficos para o estado, o número de nascimentos apresenta redução, passando de 358.403, em 1991, para 211.416, na projeção de 2030, o que representa uma retração de 60%, taxa essa inferior à média brasileira, que ficou em 69% para o mesmo período. O comportamento da taxa de fecundidade não foi diferente, passou de 2,67%, em 1991, para 1,40%, projeção de 2030, com retração de 48%, enquanto que a taxa média de fecundidade no país, para o mesmo período, é de 45%. 69 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 3: Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação: Taxas de Fecundidade Total implícitas nas projeções populacionais:1991/2050. Fonte: IBGE/DPE/Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Projeto UNFPA/BRASIL (BRA/02/P02) – População e Desenvolvimento – Sistematização das medidas e indicadores sóciodemográficos oriundos da Projeção (preliminar) da população por sexo e idade, por método demográfico, das Grandes Regiões e Unidades da Federação para o período 1991/2030. 70 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 4: Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação: Taxas de Fecundidade Total implícitas nas projeções populacionais: 1991/2030. Fonte: IBGE/DPE/Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Projeto UNFPA/BRASIL (BRA/02/P02).População e Desenvolvimento – Sistematização das medidas e indicadores sócio-demográficos oriundos da Projeção (preliminar) da população por sexo e idade, por método demográfico, das Grandes Regiões e Unidades da Federação para o período 1991/2030. O número de óbitos totais saltou de 100.977, em 1991, para 178.357, na projeção de 2030, evolução de 77%, enquanto que a média brasileira projetada é de 58%. A taxa bruta de mortalidade (número de mortes/mil habitantes) passou de 6,41,em 1991, para 7,96, na projeção de 2030, evolução de 24%, enquanto que a média brasileira projetada evoluiu 7%. Esse comportamento reflete a influência e o condicionamento de um perfil mais idoso da população do estado. As taxas do indicador Esperança de Vida ao Nascer (total) apresentaram evolução, passando de 68,97 anos, em 1991, para 79,38 anos, na projeção de 2030, aumento de 15% nos anos de sobrevida, enquanto que a média brasileira projetada é de 17%. Para o indicador Esperança de Vida aos 60 anos, homens e mulheres, os números variaram, respectivamente nesta ordem, de 17,99 e 20,94 anos, em 1991, para 22,13 e 26,13%, na projeção de 2030, com respectivas evoluções de 23% para homens e 25% para mulheres. As médias brasileiras, projetadas para o mesmo período, são de 23% e de 28%, respectivamente para homens e mulheres. De modo geral, na projeção para 2030, as mulheres ainda deterão o padrão de maior esperança de vida que os homens, tanto no indicador esperança de vida ao nascer, 82,73 anos, como para a esperança de vida aos 60 anos, 26,13 anos. 71 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 5: Minas Gerais: Indicadores Demográficos Implícitos na Projeção da População – 1991/2030. Fonte: IBGE/DPE/Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Projeto UNFPA/BRASIL (BRA/02/P02) – População e Desenvolvimento – Sistematização das medidas e indicadores sóciodemográficos oriundos da Projeção (preliminar) da população por sexo e idade, por método demográfico, das Grandes Regiões e Unidades da Federação para o período 1991/2030. 72 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Para o indicador Mortalidade Infantil Total (para cada mil nascidos vivos), reduziu de 35.7, em 1991, para 9.9 mortes, na projeção de 2030, enquanto que a média brasileira passou de 45,19 para 11,15 mortes, no mesmo período. Esse comportamento indica melhoria nas condições de vida, de saúde e da assistência às gestantes, no estado. 3.1.12. Considerações sobre o crescimento populacional De acordo com IBGE (2006), desde o século XIX até meados da década de 1940, o Brasil caracterizou-se pela prevalência de altas taxas de natalidade e de mortalidade. A implementação de programas públicos de saúde contribui para a redução das taxas de mortalidade; contudo, permaneceram as altas taxas de natalidade, o que propiciou períodos de significativo crescimento da população. Assim, sobre esse assunto, o autor ainda relata: “de 1980 a 1990, a aceleração do ritmo de crescimento e diminuição da taxa de natalidade, devido à propagação da esterilização feminina no País, concorreu para a continuidade das quedas das taxas de crescimento: 1,93% entre 1980 e 1991 e 1,64% entre 1991 e 2000. O efeito combinado da redução dos níveis da fecundidade e da mortalidade no Brasil resultou nas alterações que se processaram na composição etária da população, percebidas, sobretudo, a partir de meados da década de 1980. Até então, a série histórica Indicadores sociodemográficos de informações que permitem estabelecer as estruturas etárias passadas da população caracterizava o Brasil como um País predominantemente jovem. Os resultados dos Censos Demográficos de 1991 e 2000 mostram claramente que, em razão do continuado processo de transição para baixos níveis de mortalidade e de fecundidade, a população do Brasil caminha a passos largos rumo a um padrão demográfico com predominância de população adulta e idosa. Neste contexto, assinala-se que até o final do período das respectivas projeções, os indicadores de fecundidade e de mortalidade correspondentes às Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste permanecerão em níveis mais baixos que os das Regiões Norte e Nordeste, muito embora os diferenciais inter-regionais experimentem reduções significativas. Em particular, no que diz respeito à esperança de vida ao nascer e considerando os devidos diferenciais, todas as Grandes Regiões estarão em níveis próximos aos 80 anos. Já com relação à fecundidade, os números médios de filhos por mulher tenderão a não garantir a reposição das gerações. As mortalidades no primeiro ano de vida e a dos menores de 5 anos de idade continuarão em suas trajetórias de declínio, atingindo níveis abaixo de 10%o nascidos vivos, no Sudeste, Sul e Centro-Oeste brasileiros, e patamares superiores a este no Norte e Nordeste. Para o total do país, a taxa de mortalidade infantil, bem como a probabilidade de um recém-nascido falecer antes de completar o quinto ano de vida alcançarão, em 2030, 11,53%o e 15,98%o, respectivamente, Mas, se houver garantias de melhorias no acesso da população aos serviços de saúde, de cobertura plena dos programas de 73 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES imunização, do aumento do número de atendimentos pré-natais, bem como do acompanhamento clínico do recém-nascido, de continuidade do incentivo ao aleitamento materno, de elevação da escolaridade da população e de investimentos maciços na infraestrutura de saneamento básico, certamente a mortalidade infantil diminuirá com maior velocidade.” Ainda, segundo IBGE (2006), nesses anos iniciais do século XXI, o comportamento diferenciado das taxas de fecundidade está condicionada à diversidade etária e ainda às distintas regiões geográficas do país. “Na média do País e das Unidades da Federação, observa-se uma forte regulação dos nascimentos a partir dos 30 ou 35 anos de idade, conjugado à prevalência de taxas de fecundidade de expressivas magnitudes na faixa etária que vai até os 24 anos. Em 2000, de cada mil mulheres de 15 a 19 anos, 89,3 tiveram filhos nos doze meses anteriores à data de referência do Censo Demográfico daquele ano; na Região Norte foi de 137,7 para cada mil mulheres e na Sudeste, 70,7. Para o Brasil, a razão entre as taxas específicas dos grupos etários 15 a 19 e 30 a 34 era de 1,16, em 2000, com pouca variação entre as Regiões. Mas, no transcurso destes 30 anos esta relação poderá alcançar 2,40, caso se perpetue o modelo atual de fecundidade precoce e nas idades jovens. Muito embora a hipótese implícita na projeção considere a diminuição paulatina das taxas de fecundidade correspondentes a todos os grupos de idade, a fecundidade do segmento jovem de mulheres ganhará cada vez mais representação, implicando em reduções importantes na idade média da fecundidade. No Brasil, as mulheres que têm seus filhos precocemente possuem pouca escolaridade ou já não frequentam escola, estão em famílias com baixos rendimentos, não exercem e também não estão em busca de qualquer atividade produtiva e se autodeclararam como pardas ou pretas nos Censos Demográficos de 1991 e 2000.” 3.1.13. Projeção Populacional Com relação a projetos de sistemas de esgotamento sanitário e de resíduos sólidos, a estimativa da população futura é de suma importância na estimativa do seu tempo de uso e na eficiência dos sistemas a serem implantados. A maioria dos estudos vinculados a esses projetos utiliza diferentes métodos de previsão para determinar a população futura. A eficiência de qualquer fórmula de cálculo de previsão deve resultar, fora de regra, em uma base confiável do crescimento populacional que indique, num determinado período de tempo, o número de habitantes de uma localidade ou região. Na grande maioria dos projetos, o tempo considerado de cenário futuro é de 20 a 30anos. 74 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A evolução de uma determinada população pode ser influenciada ou não por fatores críticos, como prevalência de alterações climáticas severas, surtos de epidemias, dentre outros. De outro modo, podem ocorrer fatores favoráveis ao crescimento, tais como: desenvolvimento acelerado de uma determinada atividade econômica, implantação de polos educacionais, dentre outros. Assim, relacionando a evolução de uma população e os fatores que a influenciam, é possível detectar algumas fases: Crescimento rápido, quando a população é pequena em relação aos recursos regionais; Crescimento linear em virtude de uma relação menos favorável entre os recursos econômicos e a população; Taxa de crescimento decrescente, com o núcleo urbano aproximando-se do limite de saturação, tendo em vista a redução dos recursos e da área de expansão. Entende-se por projeção de população o conjunto de resultados provenientes de cálculos relativos à evolução futura de uma população, partindo-se, usualmente, de certos supostos com respeito ao curso que seguirá a fecundidade, a mortalidade e as migrações. Geralmente são cálculos formais, que mostram os efeitos dos supostos adotados. Os diversos métodos de previsão assumem que a população P é função da população inicial Po, e ainda a resultante da relação entre os números de nascidos, imigrantes, mortos e emigrantes, registrados durante o período de tempo T em que a população passou de Po a P. Diversos são os métodos utilizados no cálculo da projeção da população, sendo que um ou outro se ajusta melhor às realidades de crescimento local (acelerado, moderado, modesto ou negativo). Neste projeto, serão utilizados os métodos analíticos, onde as projeções populacionais serão calculadas utilizando-se equação matemática, sendo eles: crescimento aritmético, crescimento geométrico, taxa decrescente de crescimento, crescimento logístico e método AiBi. Nos resultados, a projeção de população, para cada localidade pertencente ao Consórcio CIDES, levará em conta o método mais apropriado, que se ajuste melhor à realidade local. 75 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os métodos geométrico e aritmético utilizam-se de apenas dois dados populacionais (censo), o que conduz a um crescimento ilimitado. No método logístico, são necessários três dados populacionais, considerando ainda uma população de saturação. De modo geral, o método geométrico retorna valores mais fiéis ao ritmo de crescimento de localidades com até 20.000 habitantes. Já o método logístico se aplica às grandes cidades, onde a população está próxima ao limite de saturação. Método de crescimento geométrico - Na primeira fase, ocorre o crescimento geométrico, que representa um crescimento populacional, segundo uma taxa constante. Método utilizado para estimativas de menor prazo. O ajuste da curva pode ser feito, também, por análise da regressão. A projeção pode ser determinada pela expressão: P = Po ( 1 + g )Δt Equação 1 Onde: P - população prevista, Po - população inicial do projeto, Δt - intervalo de anos da previsão, G - a taxa de crescimento geométrico que pode ser obtida por meio de pares conhecidos (ano Ti , população Pi ), na seguinte fórmula: g = (P2 / P1) 1/ (T2 T1) - 1 Equação 2 Método de crescimento aritmético – Na segunda fase, o acréscimo de população deverá ter características lineares, ao longo do tempo, sendo que o crescimento populacional é função da população existente a cada instante. O ajuste da curva pode ser também feito por análise da regressão. O número da projeção pode ser obtido pela fórmula: 76 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES P = Po + a. Δt Equação 3 Onde: P - população prevista, Po - população inicial do projeto, Δt - intervalo de anos da previsão, a - taxa de crescimento aritmético obtida pela razão entre o crescimento da população em um intervalo de tempo conhecido e este intervalo de tempo, ou seja, podendo ser assim definida: a = ( P2 - P1) / (T2T1) Equação 4 Método da taxa decrescente de crescimento – Nesta fase, as taxas de crescimento da população sofrem uma involução, ao longo do tempo,proporcionais à diferença entre população efetiva Pe e a população máxima de subsistência na região, Ps (população de saturação). Essa relação pode ser expressa da seguinte maneira: Pt = P0 + (Ps - P0 ).[ 1 - e -K d .( t-t0 ) ] Equação 5 Os coeficientes Ps e Kd podem ser determinados pelas equações 6 e 7, respectivamente: Ps = Kd = 2.P0 .P1 .P2 P 2 .(P0 + P2 ) 1 P0 .P2 ln[(Ps Equação 6 P2 1 P2 ) /(Ps t2 t P0 )] Equação 7 0 Onde: Ps = População de saturação Kd = Variável necessária a resolução da equação geral. 77 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Método de crescimento logístico – Nesta fase, o crescimento populacional segue uma relação matemática, que estabelece uma curva em forma de S. A população tende, assintoticamente, a um valor de saturação. Os parâmetros podem ser também estimados por regressão não linear. Para aplicar este método são necessárias essas condições: P 0<P1<P2 e P0.P2<P12. O ponto de inflexão na curva ocorre no tempo [to-ln(c)/K1] e com Pt=Ps/2. A equação do método é expressa por: Pe = [ (Ps) / [ 1 + ea + b.Δt ] Equação 8 Essa equação é conhecida como equação da curva logística. Para aplicação dessa equação devem-se utilizar números de três censos já realizados, sendo os mais próximos da data atual e ainda com períodos equidistantes, sendo representados pelos pares (T1,P1), (T2,P2) e (T3,P3) e devem atender a seguinte condição (T3 - T1 ) = 2 (T2 - T1) , P1 < P2 < P3 e P22 > P3 . P1. Satisfeita a condição, a projeção pode ser obtida pela expressão: Ps = [ P22. (P1 + P3 ) - 2.P2. P1. P3 ]/ [ P22 - P1. P3] a = ln[ (Ps - P1 ) / P1] Equação 9 Equação 10 [ 1 / (T2 - T1)]. ln{[ P1(Ps - P2 )] / [ P2 (Ps - P1)]} e = base dos algoritmos neperianos EqaEquação 11 Equação 12 Método AiBi - estabelece uma relação linear entre a população de um município e a população da área maior da qual ele faz parte. O método a ser utilizado requer a existência de uma projeção populacional que leve em consideração a evolução dos componentes demográficas (fecundidade, mortalidade e migração) para uma área maior que a desejada; por exemplo, a população total do país, a população total de uma unidade da Federação, etc. Desta 78 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES forma, o modelo matemático desenvolvido estaria atrelado à dinâmica demográfica da área maior. Assim, o modelo de tendência de crescimento demográfico descrito tem como principio fundamental a subdivisão de uma área maior, cuja estimativa populacional já se conhece, em n áreas menores, de tal forma que seja assegurada, ao final das estimativas de todas as áreas menores, a reprodução da estimativa, previamente conhecida, da área maior, por meio da soma das estimativas das áreas menores Frias (1987). O processo compreende as equações de 13 a 19. Equação 13 Sendo: Pi(t) - população de uma determinada área menor i, no tempo t. Assumindo que, durante um período curto de tempo, a população de cada área menor varia linearmente com a população da área maior, tem-se que: Equação 14 Sendo: ai: o coeficiente de proporcionalidade do incremento da população da área menor i em relação ao incremento da população da área maior; bi: o coeficiente linear de correção. Para a determinação dos coeficientes ai e bi é necessário conhecer o tamanho das populações das áreas menores e da área maior, em dois momentos do tempo. Para esse estudo, 79 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES serão utilizadas a população dos censos de 2000 e 2010. Sejam t0 e t1, respectivamente, as datas dos Censos; ao se substituírem t0 e t1na equação acima, tem-se: Equação 15 Na resolução das incógnitas ai e bi das equações do sistema linear acima, tem-se: Equação 16 Equação 17 Na maioria dos casos, o método AiBi é aplicado sem o conhecimento da população futura; decidiu-se estimar a população de 2010 por algum método de projeção. Por sua simplicidade, escolheu-se extrapolar até 2010 a população da microrregião utilizando a taxa de crescimento instantânea1, observada entre 1991 e 2000. Assumiu-se que os municípios que apresentaram crescimento populacional entre 1991 e 2000 também apresentarão crescimento entre 2000 e 2010, e o inverso acontece para aqueles que decresceram. Para estimar a população total da Mesorregião: Equação 18 Para resolver a variável P(T) na equação acima, utiliza-se a fórmula: 80 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Equação 19 Deste modo, projetou-se, utilizando a taxa de crescimento exponencial, a população total dos municípios que cresceram entre 2000 e 2010,à qual foi somada a projeção da população total dos municípios que tiveram crescimento negativo, no mesmo periodo. 3.1.13.1. Resultados dos cálculos de projeçoes Na Tabela 6 estão os resultados das projeções em função do método mais apropriado à realidade de crescimento populacional de cada município. Análise da Tabela demonstra que entre 2010 e projeção populacional de 2035, a região formada pelos municípios do Consórcio CIDES cresceram 17.5%, cujas populações evoluíram de 279.593para 328.457 habitantes. Dentre os municípios, o que apresentará maiores índices de crescimento será Araporã com 44%. De outro modo, Gurinhatã terá taxa decrescente de crescimento, com -25%. Tabela 6: Projeção populacional para o ano de 2035 e respectivo método de cálculo mais adequado. População Censo Município Projeção Populacional (2035) P0 P1 P2 1991 2000 2010 População Método Ituiutaba 84.577 89.091 97.171 120.163 AiBi Gurinhatã 7.640 6.883 6.137 4.606 Geométrico Monte Alegre de Minas 17.919 18.006 19.619 24.312 Geométrico Prata 24.638 23.576 25.802 32.330 Geométrico Canápolis 15.990 10.633 11.365 13.195 Aritmético Centralina 13.783 10.236 10.266 10.341 Aritmético Araporã 4.369 5.309 6.144 8.852 Geométrico 168.916 163.734 176.504 213.799 TOTAL REGIONAL 81 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os municípios de Ituiutaba e Prata, com populações de 120.163 e 32.330 habitantes continuarão a serem os mais populosos. De modo contrário, Gurinhatã, não passará dos 5.000 habitantes, permanecendo como o município de menor população. 3.1.14. Aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais dos municípios 3.1.14.1. Gurinhatã Foram os ameríndios da tribo Caiapó os originários habitantes do sertão onde se situa hoje o município de Gurinhatã. O nome Gurinhatã vem do Tupi e significa: "a ave que canta muito". Gurinhatã passou a distrito de Ituiutaba pelo Decreto-Lei nº 1058, de 31 de dezembro de 1943. O município foi criado em 31 de dezembro de 1963, pela Lei Estadual nº 2764. Já sua instalação deu-se em 01 de março de 1963. Seu antigo arraial satélite, chamado Gurita, pela Lei nº 8285, de 08 de outubro de 1982 foi elevado a Distrito, com o novo nome de Flor de Minas, sendo instalado, solenemente, em 16 de março de 1983 (IBGE Cidades, 2010). Segundo IBGE (2010), a população do município de Gurinhatã é de 6.137 habitantes. O município possui uma densidade demográfica de 3,32 habitantes por Km². O IBGE (2014) estimou que a população do município, em 2014, seja de 6.094 habitantes. Da população total do município de Gurinhatã, em 2010, aproximadamente 56% da população (3.445 pessoas) viviam na zona rural. Enquanto a população urbana representa, aproximadamente 44% (2.692 pessoas). Os gráficos das Figura 49 e Figura 50 representam as pirâmides etárias da população do município de Gurinhatã, entre as décadas de 1991 e 2010. A pirâmide etária1, em 1991, se configurava como uma pirâmide típica, possuindo uma base larga, composta pelos jovens entre 0 a 14 anos, que correspondia a cerca de 31% da população (PNUD, 2013); o meio da pirâmide, que já começa a se estreitar, a partir da faixa etária dos 15 até 64 anos, correspondendo a aproximadamente 64% da população e, por fim, a ponta da pirâmide, fina, 1 “Até o ano de 1991 os grupos de idade vão até 80 anos ou mais; a partir de 2000, vão até 100 anos ou mais.” (IBGE, 2010) 82 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES constituída pela população mais velha, de 65 anos para mais, o que correspondia a uma percentagem aproximada de 5% (PNUD, 2013). A pirâmide etária (Figura 50) mostra que o cenário populacional do município se alterou. Segundo o PNUD (2013), a razão de dependência2 da população de Gurinhatã, entre 1991 a 2000, diminuiu de aproximadamente 0,75% para cerca de 0,72%, em 2000. Isto se deve ao crescimento da população que está na faixa etária de atividade econômica ativa (principalmente da população entre 15 a 49 anos); esse crescimento pode ser observado pelo aumento da quantidade de pessoas dessa faixa etária. Percebe-se que a população idosa (65 anos para mais) cresce (de 5%, em 1991, para 8%, em 2000), mas o seu crescimento não foi tão grande quanto o crescimento da população ativa economicamente (64%, em 1991, para 67%, para 2000, segundo PNUD, (2013). Outra informação interessante é que, em 1991, havia uma pequena população de 80 anos ou mais, mas em 2000 e 2010, essa população chega a zero, ou seja, não existem pessoas com mais de 80 anos. A percentagem de jovens de 0 a 15 anos, no ano de 2000, era de quase 25%; esse número cai para, aproximadamente, 20%, em 2010 (PNUD, 2013). Em contrapartida, a percentagem da população de 65 anos para cima teve um aumento, entre 2000 a 2010, passando de aproximadamente 8% para cerca de 13% (PNUD, 2013). Assim, podemos dizer que a população de Gurinhatã vem envelhecendo, desde a década de 1990. A população economicamente ativa manteve-se a mesma da década de 1990, representando, aproximadamente, 67% da população do município de Gurinhatã, em 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano é um instrumento que serve para observar a qualidade de vida da população; são considerados três elementos para chegar a este índice: saúde, educação e renda. Atualmente, o município de Gurinhatã está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Médio, entre 0,6 e 0,699. Em relação aos municípios mineiros, Gurinhatã está entre os 400 municípios mais bem colocados no que diz respeito ao IDH, ficando à frente de um pouco mais de 500 municípios (PNUD, 2013). 2 “Razão de Dependência - peso da população considerada inativa (0 a 14 anos e 65 anos e mais de idade) sobre a população potencialmente ativa (15 a 64 anos de idade)”. (IBGE, 2014) 83 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 49: Pirâmide populacional em Gurinhatã – MG (1991). Fonte: IBGE, 2010. Figura 50: Pirâmide populacional em Gurinhatã (2010). Fonte: IBGE, 2010. 84 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Nas últimas décadas o IDH de Gurinhatã vem aumentando de forma constante (Figura 51). O período de maior crescimento do IDH foi entre 1991 a 2000, quando o índice passou de aproximadamente 0,4, em 1991, para cerca de 0,6, em 2000, representando um crescimento de quase 0,2 (taxa de crescimento de 47,49% (PNUD, 2013). Já o crescimento entre 2000 e 2010 foi menor, se comparado ao período anterior. Em 2000, o IDHM era de aproximadamente 0,6, passando para quase 0,7, em 2010, o que representa uma taxa de crescimento que chega a quase 16% (PNUD, 2013). Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano (2013), entre 1991 e 2010, Gurinhatã teve um crescimento maior do que a média nacional (47%) e a média estadual (52%), tendo, portanto, um crescimento de aproximadamente 71% em seu IDHM. Figura 51: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Gurinhatã – MG. Fonte: PNUD, 2013. Analisando cada componente que constituiu o IDHM (Figura 52), entre 1991 e 2010, o indicativo que mais cresceu e contribuiu para o crescimento do IDHM de Gurinhatã foi a educação (0,37). Entre 1991 a 2000, a dimensão que mais cresceu, em termos absolutos, foi a educação, obtendo um crescimento de 0,246, seguida por renda (0,083) e, por último, a longevidade (0,058) (PNUD, 2013). Entre 2000 e 2010, o indicativo sobre a educação é novamente o que mais cresceu, com um valor de 0,124, acompanhado por longevidade (crescimento de 0,078) e, por fim, a renda (cresceu 0,049). 85 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 52: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes – Gurinhatã – MG. Fonte: PNUD, 2013. Em termos gerais, a quantidade de jovens entre 5 e 20 anos que frequentam a escola (nível fundamental e médio) vem aumentando, no município de Gurinhatã, isto no período de 1991 a 2010 (Figura 53). Cerca de 80% dos jovens entre 5 e 13 anos de idade, em Gurinhatã, estão frequentando a escola de nível fundamental. Entre os jovens de 15 a 17 anos, aproximadamente 68% possui o ensino fundamental completo. Das pessoas com 18 anos ou mais, cerca de 33% não possui o ensino fundamental completo. Segundo PNUD (2013), a proporção de jovens de 5 a 6 anos frequentando a escola cresceu cerca de 74%, entre 1991 e 2000. Já entre 2000 e 2010, essa proporção cresce 46%. Entre os jovens de 11 a 13 anos de idade, cursando os anos finais do ensino fundamental, a proporção cresceu aproximadamente 344%, entre 1991 a 2000, um crescimento muito expressivo. Entre 2000 e 2010, o crescimento de jovens entre 11 e 13 anos, frequentando os anos finais do fundamental, foi mais discreto, se comparado com a década anterior, mas ainda sim houve um crescimento de cerca de 3%. Entre a década de 1990 e 2000, houve um crescimento significativo da população jovem de todas as faixas etárias, nas escolas. A proporção dos jovens entre 15 e 17 anos, com o ensino fundamental completo, aumentou 340%, de 1991 a 2000, enquanto o crescimento entre 2000 e 2010 foi de, aproximadamente, 34%. Já a proporção de crescimento dos jovens adultos entre 18 e 20 anos, com ensino médio completo, foi de aproximadamente 252%, entre 1991 e 2000, e o crescimento entre 2000 e 2010 foi de quase 62% (PNUD, 2013). 86 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O nível de escolaridade (ensino fundamental e médio) do município de Gurinhatã vem aumentando, consideravelmente, nas duas últimas décadas. Principalmente entre 1991 e 2000, quando a percentagem da população jovem frequentando as escolas ganha proporção muito grande, mantendo um crescimento na década posterior. Este crescimento na escolaridade da população é um indicativo que contribuiu para o crescimento do desenvolvimento humano do município. Figura 53: Percentagem de jovens frequentando o ensino básico em Gurinhatã – MG. Fonte: PNUD, 2013. Outro componente do IDHM é o da longevidade, sendo a esperança de vida, ao nascer, um dos elementos que compõem o indicador de longevidade. Nas duas últimas décadas, em Gurinhatã, a esperança de vida, ao nascer, cresceu 8,1 anos (Figura 54). Em 1991, a esperança de vida era de 68,7 anos, passando para 72,2, em 2000, e para 76,9 anos de idade, em 2010. Possuindo uma esperança de vida ao nascer médio, em 2010, superior ao estado mineiro (75,3 anos) e à média brasileira (73,9 anos) (PNUD, 2013). Outro indicador importante para o IDHM é a taxa de mortalidade. Na Figura 55 observa que a taxa de mortalidade infantil, em Gurinhatã, diminuiu nas últimas décadas. Em 1991, a taxa de mortalidade era de, aproximadamente, 28 crianças (por mil nascidas), 87 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES passando para cerca de 22 crianças (por mil vivas), em 2000 (PNUD, 2013). Esse número reduziu 43%, entre 2000 e 2010, onde a cada mil nascidos vivos cerca de 13 morriam antes de completar um ano de idade (PNUD, 2010). Figura 54: Esperança de vida ao nascer do município de Gurinhatã – MG (em anos). Fonte: PNUD, 2013. Percebe-se que a mortalidade de crianças até cinco anos de idade também diminuiu. Em 1991, a taxa de mortalidade de crianças, nessa faixa etária, era de aproximadamente 36 crianças (por mil nascidas vivas). Esse número passa para cerca de 25 crianças (a cada mil nascidas vivas), em 2000; já no ano de 2010, a quantidade que morreu até cinco anos, no município, foi de, aproximadamente, 15 (a cada mil nascidas vivas). A renda per capita média do município de Gurinhatã nas últimas décadas vem crescendo, segundo o PNUD (2013) este crescimento foi de aproximadamente 125,97%. Em 1991, a renda por pessoa era de R$260,11 passando para R$435,77, em 2000, e nos anos 2010 o valor da renda chegou a R$587,76. O que representou uma taxa média de crescimento de quase 68%, entre 1991 a 2000, e aproximadamente 35%, entre 2000 a 2010. Além disto, as taxas de pobreza e extrema pobreza3 do município vêm diminuindo, em Gurinhatã (Figura 56). 3 “Medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010.” (PNUD, 2013) 88 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 55: Mortalidade de crianças até cinco anos de idade em Gurinhatã – MG. Fonte: PNUD, 2013. Figura 56: Pobreza e extrema pobreza (em %) no município de Gurinhatã – MG. Fonte: PNUD, 2013. Observando o gráfico da Figura 56 percebemos que o nível de pobreza e dos extremamente pobres vem diminuindo, nas últimas duas décadas. A percentagem de pobres, em 1991, era de aproximadamente 45% da população de Gurinhatã; este número passa para quase 28%, isto em 2000. Em 2010, a percentagem de pobres chegou a um número de aproximadamente 10% (PNUD, 2013). Já a percentagem de moradores em condições de 89 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES extrema pobreza diminuiu de 15%, em 1991, para quase 5%, em 2000. Entre 2000 a 2010, houve uma estagnação da percentagem de extremamente pobres no município de Gurinhatã, com um valor de aproximadamente 5%. A Tabela 7 traz informações sobre a percentagem de apropriação da renda por estrato populacional de Gurinhatã. É em cima destes dados de renda que se percebe se houve aumento ou diminuição das desigualdades de renda, bem como se observa o nível de concentração de renda existente nos municípios. Segundo informações do PNUD (2013), índice Gini4, o município de Gurinhatã, nas últimas duas décadas, passou por um processo de um leve aumento na concentração de renda, em um primeiro momento; posteriormente, esse índice diminuiu, mostrando que a concentração de renda caiu. Em 1991, esse índice era de 0,51, passando para 0,59, em 2000, e chegando a 0,49, no ano de 2010. Tabela 7: Percentagem da Renda Apropriada por Estratos da População/ Gurinhatã – MG. 20% mais pobres 4,19 3,31 3,85 40% mais pobres 11,88 9,8 12,73 60% mais pobres 23,75 20,1 26,2 80% mais pobres 43,42 35,61 45,7 20% mais ricos 56,58 64,39 54,3 Fonte: PNUD, 2013. Em 2009 no município de Gurinhatã, havia nove estabelecimentos de saúde. Deste total, oito (correspondendo a 89% das unidades) são unidades de atendimento público, e apenas um estabelecimento de saúde era particular, lembrando que todas as unidades públicas são de responsabilidade do governo municipal. A única unidade de atendimento de saúde particular do município é um estabelecimento com parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS) (IBGE, 2010). Com relação à estrutura quantitativa das escolas, em 2012, o município possuía cinco escolas para o ensino fundamental, duas para o ensino médio e três para o ensino pré-escolar. 4 “É um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.” (PNUD, 2013) 90 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A Figura 57 mostra a predominância da gestão do governo público local, no que diz respeito às escolas de nível pré-escolar, sendo de total responsabilidade do município. Em contrapartida, não há escolas municipais no nível médio, sendo as desse nível de responsabilidade total do governo estadual. Já no ensino fundamental, há escolas tanto municipais quanto estaduais (IBGE, 2012). Figura 57: Quantidade de escolas de escolas estaduais e municipais por nível de ensino em Gurinhatã – MG (2012). Fonte: IBGE, 2012. Segundo o IBGE, em 2010, a religião católica em Gurinhatã era predominante (Figura 58). Aproximadamente 80% da população se consideram católicos, representando, em números absolutos, uma quantidade de 4907 habitantes, sendo, portanto, o maior grupo religioso do município. Aproximadamente 16% da população do município de Gurinhatã são pertencentes à religião evangélica, segunda maior com relação ao número de fiéis. Com relação à religião espírita, cerca de 2% da população consideram-se pertencentes a essa religião. Segundo a publicação do IBGE (2002) as fundações privadas e associações sem fins lucrativos” caracterizam entidades sem fins lucrativos como instituições: privadas, não integrantes, portanto, do aparelho de Estado; sem fins lucrativos, isto é, organizações que não distribuem eventuais excedentes entre os proprietários ou diretores e que não possuem como razão 91 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES primeira de existência a geração de lucros – podem até gerá-los, desde que aplicados nas atividades fins; institucionalizadas, isto é, legalmente constituídas; autoadministradas ou capazes de gerenciar suas próprias atividades; e voluntárias, na medida em que podem ser constituídas livremente por qualquer grupo de pessoas, isto é, a atividade de associação ou de fundação da entidade é livremente decidida pelos sócios ou fundadores. (...) (IBGE, 2002). Figura 58: Percentagem da população, por religião, em Gurinhatã – MG (2010). Fonte: IBGE, 2010. O IBGE realiza o levantamento dessas informações, de forma detalhada, apenas em municípios com mais de 50 mil habitantes. Como Gurinhatã possui um pouco mais de seis mil habitantes, esse município não foi contemplado por esse levantamento. Mas o instituto em questão disponibiliza algumas informações que podem ser observadas na Tabela 8. Através da Tabela 9 pode-se observar a organização social do município, seja com relação a associações comunitárias ou por movimento mais articulados politicamente, como os sindicatos. 92 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 8: Fundações privadas e associações sem fins lucrativos em Gurinhatã – MG (2010). Número unidades locais Entidades lucrativos sem de Pessoal ocupado Salários e outras Salário médio assalariado em remunerações (mil mensal 31/12 reais) (salários mínimos) fins 33 16 192 1,63 Fundações privadas e associações sem fins lucrativos 20 12 79 1,02 Fonte: IBGE, 2010. NOTA 1: Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados, apresentando a expressão <b>Não disponível</b>, a fim de evitar a individualização da informação. NOTA 2: As informações por grupos da classificação das entidades sem fins lucrativos e por grupos da classificação das fundações privadas e associações sem fins lucrativos somente são mostradas para os municípios com pelo menos 50.000 habitantes. ADAPTADO, 2014. Tabela 9: Associações e Sindicatos em Gurinhatã – MG. Nome Natureza jurídica Data de abertura Conselho comunitário de desenvolvimento rural de Santa Cruz do Temeroso Associação privada 25/8/1979 Associação das lavadeiras de Gurinhatã Associação privada 26/7/1984 Creche Menino Jesus Associação privada 24/9/1986 Clube dos diretores lojistas de Gurinhatã Associação privada 22/4/1987 Sociedade amigos de Flor de Minas Associação privada 28/3/1989 Clube de mães Maria de Nazare Associação privada 14/9/1993 I.p.d.n. - integração do progresso e desenvolvimento nacional Associação privada 27/1/1995 Associação dos moradores do rancho alegre 'anjo da guarda' Associação privada 21/10/1998 Caixa escolar João Borges de Castro - caixa escolar João Borges de Castro Associação privada 21/5/1999 Conselho comunitário de segurança pública – CONSEP Associação privada 11/1/2001 Rádio novo horizonte - associação comunitária de rádio gurinhataense-rádio Novo Horizonte Associação privada 5/2/2001 93 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Associação libertação dos assentados da fazenda Nova Rosada Associação privada 15/11/2001 Aafafreo - associação dos agricultores familhares Freitas e Oliveira Associação privada 19/3/2002 Agrifurna - associação de agricultores familiares furna da nascente Associação privada 11/7/2002 Agriminas - associação de agricultores familiares Norte Minas Associação privada 11/7/2002 Agriplan - associação de agricultores familiares planalto Associação privada 11/7/2002 Moneg - moneg - movimento negro de Gurinhata Associação privada 22/8/2003 Associação liberdade da fazenda Nova Piedade e barreiro - Associação terra trabalho e liberdade dos assentados da fazenda Nova Piedade e Barreiro Associação privada 6/2/2006 Associação dos amigos produtores rurais assentados na fazenda nova rosada de Gurinhata Associação privada 28/7/2006 Caixa escolar da escola municipal Flavio Alves Associação privada 1/8/2006 Sindicato dos trabalhadores rurais de Gurinhatã Entidade sindical 5/7/1977 Sindicato rural de Gurinhatã Entidade sindical 14/11/1977 Sintraspg - sindicato dos trab no serviço público do município de Gurinhatã Entidade sindical 14/9/1993 Sindicatos Fonte: Empresas do Brasil, 2015. Na Tabela 10 estão presentes os tipos de serviços na área da saúde oferecidos por estabelecimentos públicos e privados, em Gurinhatã, no ano de 2009, segundo o IBGE. A tabela apresenta o número de estabelecimentos de saúde públicos ou privados, leitos para internação em estabelecimentos de saúde e equipamentos de saúde. 94 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 10: Tipos de serviços na área da saúde oferecidos por estabelecimentos públicos e privados em Gurinhatã – MG (2009). Estabelecimentos de Saúde privado com fins lucrativos 1 Estabelecimentos de Saúde privado SUS 1 Estabelecimentos de Saúde com internação total 1 Estabelecimentos de Saúde sem internação total 6 Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia total 2 Estabelecimentos de Saúde com internação público 1 Estabelecimentos de Saúde sem internação público 6 Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia público 1 Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia privado 1 Estabelecimentos de Saúde total privado/SUS 1 Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia privado/SUS 1 Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação total 2 Estabelecimentos de Saúde geral com internação total 1 Estabelecimentos de Saúde geral sem internação total 6 Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação público 1 Estabelecimentos de Saúde geral com internação público 1 Estabelecimentos de Saúde geral sem internação público 6 Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação privado 1 Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação privado/SUS 1 Estabelecimentos de Saúde SUS 9 Estabelecimentos de Saúde plano de terceiros 1 Estabelecimentos de Saúde particular 1 Estabelecimentos de Saúde único total 9 Estabelecimentos de Saúde único público 8 Estabelecimentos de Saúde único privado 1 95 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Estabelecimentos de Saúde único privado/SUS 1 Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde total 27 Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde público total 27 Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde público municipal 27 Eletrocardiógrafo 2 Raio X até 100mA 2 Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial total 5 Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial sem atendimento médico 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento médico 4 em especialidades básicas Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento 2 odontológico com dentista Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência total 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Clínica 1 Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Ambulatorial 5 Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Internação 1 Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Emergência 1 Fonte: IBGE, 2009. No gráfico da Figura 59 observa os dados dos serviços de distribuição de energia elétrica, distribuição de água encanada e coleta de lixo, em Gurinhatã, nos anos de 1991, 2000 e 2010. O gráfico relaciona a percentagem da população em domicílio com os serviços. Nas colunas que representam os três anos analisados, observa-se a gradativa evolução nos números da população em domicílios com energia elétrica. Nas porcentagens de população em domicílios com água encanada observa-se a evolução de 73% a 92%, de 1991 a 2000, e a redução dessa percentagem, posteriormente, para 88%, em 2010. A maior percentagem apresentada no gráfico é da população em domicílios com coleta de lixo (somente para 96 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES população urbana), que apresenta 99%, em 2010, após apresentar 66%, em 1991, e 96%, em 2000. Figura 59: Serviços de distribuição de energia elétrica, distribuição de água encanada e coleta de lixo em Gurinhatã – MG. Fonte: PNUD, 2013. 3.1.14.2. Prata As origens da fundação do Município de Prata prendem-se às primeiras entradas de bandeirantes na região do Sertão da Farinha Podre, hoje denominada Triângulo Mineiro, no estado de Minas Gerais, com o objetivo de encontrar terras propícias à agricultura e criação de gado. O Município foi criado pela Lei nº 363, de 30 de setembro de 1848, com o nome de Prata, cujo território foi desmembrado do município de Uberaba, por força da Lei nº 668, de 27 de abril de 1854. Foi o terceiro núcleo urbano a se formar no Triângulo Mineiro (Araxá e Uberaba foram os primeiros). De Prata surgiram todas as cidades do Pontal do Triângulo (Ituiutaba, 97 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Frutal, Campina Verde, Santa Vitória, Iturama, Monte Alegre e outras). Atualmente integram o município os distritos de Prata (sede), Jardinésia, Monjolinho e Patrimônio (IBGE Cidades, 2010). Segundo dados do IBGE (2010), a população do município de Prata, em 2010, era de 25.802 habitantes, possuindo uma densidade populacional de 5,32 habitantes por Km2 e estimou que, em 2014, a população do Prata seria de 27.293, possuindo uma densidade demográfica estimada de 5.63 habitantes por Km2. O gráfico da Figura 60 mostra que a população do município de Prata, a partir da década de 1970 até a década de 2010, vem crescendo, exceto, entre os anos de 1991 e 2000. A população do município de Prata passou de aproximadamente 18.500 moradores, em 1970, para 19.559 habitantes, em 1980. Entre 1980 e 1991, houve um aumento quantitativo na população, de 19.599 para 24.638 habitantes. Após esse período de ascensão no quantitativo da população, houve um pequeno período de queda, quando o número da população passou de 24.638, em 1991, para 23.576, em 2000. Mas entre 2000 a 2010, a população pratense voltou a aumentar, chegando a 25.802 habitantes (Figura 60). Figura 60: Município do Prata - MG, População, 1970 a 2010. Fonte: IBGE, 2010. 98 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A área urbana do município é o lugar onde a população mais se concentra. Em 2010, 19.381 pessoas viviam na cidade (75%), enquanto que 6.421 pessoas permaneciam no campo (25%). Essa repartição da população entre a cidade e o campo se aproxima muito da realidade brasileira (IBGE, 2014). O gráfico da Figura 61 mostra a evolução da população pratense na zona rural e na área urbana. Em 1970, a população rural representava, aproximadamente, 57% (10.564) da população total do município, enquanto 43% (7.937 pessoas) era uma população que vivia na cidade. Em 1980, a população rural ainda era maior do que a urbana, representando, aproximadamente, 56% (10.929 pessoas). Na década de 1990, a população urbana passou a ser 53% da população de Prata. A população urbana do município praticamente dobrou, entre os anos 1980 a 2000, tendo um crescimento de quase oito mil pessoas. E essa população cresceu ainda mais, entre 2000 e 2010, passando de 16.535 para 19.381, em 2010. Em contrapartida, a população rural diminuiu, entre 1991 e 2000; o número de moradores rurais passou de 11.513 para 7.041 em 2000 e para 6.421, em 2010. Figura 61: Município do Prata, População, rural e urbana, 1970 a 2010. Fonte: IBGE, 2010. Segundo informações do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD (2013), a taxa média de crescimento populacional anual do município foi de -0,49%, 99 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES entre 1991 a 2000; essa taxa aumenta para 0,91%, entre 2000 a 2010, apresentando um crescimento na taxa de urbanização, nas últimas duas décadas, de 41%. Nas últimas duas décadas, a estrutura etária da população pratense sofreu modificações (Figura 62, Figura 63 e Figura 64) Nesse período, a população de jovens de0 a 15 anos de idade vem diminuindo. Em 1991, essa população representava, aproximadamente, 32% da população, que passou, em 2000, para 27% e, em, 2010, chegou a um valor aproximado de 22% da população de Prata. Já a população de 65 anos ou mais passou por um processo inverso; ela vem crescendo lentamente - em 1991, essa faixa etária representava, aproximadamente, 4% da população; esse percentual passou, em 2000, para cerca de 6,5%, enquanto na década seguinte, 2010, essa população chegou a corresponder quase 8% (PNUD, 2013). A população economicamente ativa, entre de 15 e 64 anos, vem aumentando, nas últimas décadas. Na década de 1990, a população ativa representava quase 64% da população total; já em 2000, essa percentagem passou para 66%, e, por fim, esse número chegou próximo de 70%, em 2010, da população total de Prata (PNUD, 2013). Figura 62: Pirâmide etária do município de Prata – MG (1991). Fonte: IBGE, 2010. 100 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 63: Pirâmide etária do município de Prata – MG (2000). Fonte: IBGE, 2010. Figura 64: Pirâmide etária do município de Prata – MG (2010). Fonte: IBGE, 2010. 101 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos, na escola, cresceu 36,88% e, no de período de 1991 a 2000, 134,44%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 30,93% entre 2000 e 2010 e 48,15% entre 1991 e 2000. A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 38,34% no período de 2000 a 2010 e 63,95% no período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 25,47% entre 2000 e 2010 e 74,32% entre 1991 e 2000. Em 2010, 54,66% dos alunos de Prata, entre 6 e 14 anos,estavam cursando o ensino fundamental regular, na série correta para a idade. Em 2000, eram 58,44% e, em 1991, 30,84%. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 28,60% estavam cursando o ensino médio regular, sem atraso. Em 2000 eram 18,06% e, em 1991, 1,85%. Entre os alunos de 18 a 24 anos, 8,97% estavam cursando o ensino superior em 2010, 7,00% em 2000 e 1,77% em 1991. A escolaridade da população adulta é importante indicador de acesso a conhecimento e também compõe o IDHM Educação. Em 2010, 39,96% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e 21,08% o ensino médio. Em Minas Gerais, 51,43% e 35,04% respectivamente. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos escolaridade. A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 7,00% nas últimas duas décadas. A renda per capita média de Prata cresceu 108,49% nas últimas duas décadas, passando de R$375,21, em 1991, para R$542,88, em 2000, e R$782,28, em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 44,69%, no primeiro período, e 44,10%, no segundo. A extrema pobreza passou de 4,19%, em 1991, para 2,71%, em 2000, e para 0,83%, em 2010. A desigualdade aumentou: o Índice de Gini passou de 0,49, em 1991, para 0,58, em 2000, e para 0,51, em 2010. A composição do mercado, por setor, na cidade de Prata é caracterizada por 29 Microempresas e 21 Microempreendedores individuais, no setor da Construção Civil; 2 Microempreendedores individuais e 633 Microempresas, Pequenas Empresas e Médias e Grandes Empresas, no setor do Agronegócio; 160 Microempreendedores individuais, 564 Microempresas, 21 Pequenas Empresas e 7 Médias e Grandes Empresas, no setor do Comércio; 101 Microempreendedores individuais, 361 Microempresas, 16 Pequenas Empresas e 3 Médias e Grandes Empresas, no setor de Serviços; 53 Microempreendedores 102 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES individuais, 56 Microempresas, 2 Pequenas Empresas e 1 Média e Grande Empresa, no setor de Transformação; e 9 Microempresas, no setor da Indústria Extrativa. (IBGE Cidades, 2010). Segundo informações do IBGE, em 2009 o município de Prata possuía um total de 15 estabelecimentos de saúde (. Deste total, 73% correspondem a estabelecimentos de saúde públicos e o restante corresponde a unidades de saúde privadas. Se observarmos a Figura 65, percebe-se que a maior percentagem de estabelecimento de saúde é administrada pela Prefeitura Municipal de Prata, em seguida vêm os estabelecimentos de saúde sobre a gestão privada, sendo três com fins lucrativos e uma sem fins lucrativos. Duas das quatros unidades de atendimento de saúde privadas possuem vínculo com o Sistema Único de Saúde (SUS). Figura 65: Estabelecimentos públicos e privados de saúde em Prata – MG (2009). Fonte: IBGE, 2009. Com relação às escolas de ensino básico (pré-escolar, fundamental anos iniciais e finais, e médio) o gráfico da Figura 66 destaca a predominância de escolas de ensino fundamental em Prata. Aproximadamente 53% das escolas do município possuem o ensino fundamental, um número considerável dentro da realidade do município, mas o ensino médio é pouco ofertado; apenas 7% ofertam o ensino médio. Enquanto cerca de 40% das escolas oferece o ensino pré-escolar. 103 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 66: Percentagem de escolas por nível de ensino em Prata – MG (2012). Fonte: IBGE, 2010. Observando o gráfico da Apercebe a predominância do catolicismo, em Prata. Em 2010, aproximadamente 73% da população do município se dizem pertencentes à religião católica (IBGE, 2010). A segunda maior população religiosa do município é a protestante, representando aproximadamente 12% da população. A religião espírita é a terceira maior, representando cerca de 7% da população. Um dado interessante é a quantidade de pessoas que dizem não possuir nenhuma religião, correspondendo a cerca de 6% da população. A diversidade religiosa em Prata não se resume a essas religiões, mas em termos quantitativos estas são as mais expressivas. Segundo o IBGE (2010) existem diversas fundações privadas e associações sem fins lucrativos (Tabela 11) em Prata. As organizações sociais em Prata sejam elas mais ou menos articuladas, politicamente envolvidas com movimento de trabalhadores rurais e urbanos, servidores públicos, organizações políticas, religiosas, entre outras podem ser observadas na Tabela 12. 104 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 67: Percentagem da população por religião – MG. Fonte: IBGE (2010). Tabela 11: Município do Prata - MG, Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos, 2010. Unidades locais Pessoal ocupado assalariado Salários e outras remunerações (R$ 1.000,00) Salário médio mensal (salários mínimos) Entidades sem fins lucrativos 54 140 1374 1,44 Fundações privadas e associações sem fins lucrativos 37 116 1084 1,37 Fonte: IBGE, 2010. Tabela 12: Associações e Sindicatos em Prata– MG (2014). Associação Nossa Senhora do Carmo do Prata Associação Comunitária do Distrito de Patrimônio do Rio Do Peixe Associação Comunitária Pratense Radiodifusão Associação Comunitária Bairro Esperança Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Morada Do Sol 105 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Caixa Escolar da EMJ Loja Maçônica União e Caridade - Caixa Escolar UEX da Escola Municipal Junto A Loja Maçônica União E Caridade Caixa Escolar da E.M. Mariana Clara De Gouveia - Caixa Escolar Uex Da Escola Municipal Mariana Clara de Gouveia Caixa Escolar da E.M. D. Pedro II - Caixa Escolar Uex da Escola Municipal Dom Pedro II Caixa Escolar Da E.M. Afonsina Maria De Jesus - Caixa Escolar Uex da Escola Municipal Afonsina Maria De Jesus Caixa Escolar da E.M. Pe. João Annesi - Caixa Escolar Uex da Escola Municipal Pe. João Annesi Lar São Vicente de Paulo Associação de Moradores do Bairro Primavera Associação Comunitária Região do Rio Tejuco Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Alvorada Caixa Escolar da E.M. Dr. Severiano Vilela Junqueira - Caixa Escolar Uex da Escola Municipal Dr. Severiano Vilela Junqueira AICEP - Associação de Incentivo à Cultura e Educação do Prata CCSPP - Conselho Comunitário de Segurança Pública do Prata - Mg Conselho De Desenvolvimento Comunitário De Boa Vista - CODEBOV Grupo de Estudos e Consciência Negra de Prata Pramonte - Conselho de Desenvolvimento Comunitario Pramonte Club Da 3a Idade - Club da 3ª Idade Nossa Senhora Aparecida de Prata - MG Associação dos Surdos de Prata Acão Bem Viver - Ação Bem Viver A.S.M.U.P - Associação dos Músicos do Município Do Prata Guara Mirim De Prata - Guarda Mirim de Prata/MG Gcae - Grupo De Capoeira Arte Que Educa Clube Da Terceira Idade Nossa Senhora Do Carmo Caixa Escolar Da E.M. Prof. Dagoberto Sebastião Queiroz - Caixa Escolar Uex Da Escola Municipal Prof Dagoberto Sebastião De Queiroz Associação Dezenove De Dezembro Das Familias Assentadas Na Fazenda Sidamar Aapf - Associação Do Assentamento Paulo Faria Da Fazenda Taquara Associação Comunitária Bela Cruz - Associação Comunitária Bela Cruz Associação Dos Moradores Da Fazenda Nova Cachoeirinha - Associação Dos Moradores Da Fazenda Nova Cachoeirinha Associação Dos M. Dos B. Progresso I E Ii E V. Juliana - Associação Dos Moradores Dos Bairros Progresso I E Ii E Vila Juliana Associação De Difusão Comunitária Do Bairro Bela Vista - Associação De Difusão Comunitária Do Bairro Bela Vista 106 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES G14 - Associação G14 De Produtores E Moradores Do Assentamento Nova Cachoeirinha Associação De Moradores Do Distrito De Jardinesia - Associação De Moradores Do Distrito De Jardinesia Associação Dos Moradores Do Acampamento Terra Prometida Prata/Mg Associação Dos Trabalhadores Do Setor Chácaras Boas Novas Instituto Ambiental Cultural Social Nascentes Das Aguas Sociedade São Vicente Paulo Conselho Part N Sra Carmo Apae - Associação De Pais E Amigos Dos Excepcionais Loja Maçônica União E Caridade Atribor - Associação Dos Produtores De Borracha Natural Do Triangulo Mineiro Grupo Re-Viver - Associação Grupo Re-Viver De Amor Exigente Associação Esportista Volei Jovem - Associação Esportista Volei Jovem Caixa Escolar Da Escola Municipal Maria Carmen Souza Lima Novais Caixa Escolar Da E. M. Da Vila Vicentina - Caixa Escolar Uex Da Escola Municipal Da Vila Vicentina Caixa Escolar Da Escola Estadual Cel Pedro Nery Centro Espírita Luz E Caridade Caixa Esc E E J Loja Maçônica União Caridade 1 Grau Caixa Escolar Da Esc Estadual Do Patrimonio Do 1 Grau Grupo Espírita Coracoes Unidos Acotrim - Associação Das Cooperativas Agrop Do Triângulo Mineiro Sintrasprata - Sintrasprata Sind Trabalhadores Serv Público Muni Prata Sindicato Rural De Prata Strp - Sindicato Dos Trabalhadores Rurais De Prata Sindicato Dos Trabalhado-Res Ind.Const.Mobil.De Prata Fonte: Empresas do Brasil, 2015. O Município de Prata não possui gestão plena do SUS, mas grande parte das unidades de saúde instaladas no município está sob gestão do governo municipal. Além disto, há outras unidades de saúde, da iniciativa privada. A Tabela 13 traz informações sobre a infraestrutura da saúde pública e privada do município. 107 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 13: Estabelecimentos de saúde pública e privada (2008), Município do Prata – MG. Estabelecimentos Quant. Estab. de Saúde com internação total 1 Estab. de Saúde sem internação total 11 Estab. de Saúde com apoio à diagnose e terapia total 3 Estab. de Saúde sem internação público 11 Estab. de Saúde com internação privado 1 Estab. de Saúde com apoio à diagnose e terapia privado 3 Estab. de Saúde total privado/SUS 2 Estab. de Saúde com internação privado/SUS 1 Estab. de Saúde com apoio à diagnose e terapia privado/SUS 1 Estab. de Saúde especializado sem internação total 5 Estab. de Saúde com especialidades sem internação total 6 Estabelecimentos de Saúde geral com internação total 1 Estab. de Saúde geral sem internação total 3 Estab. de Saúde especializado sem internação público 2 Estab. de Saúde com especialidades sem internação público 6 Estab. de Saúde geral sem internação público 3 Estab. de Saúde especializado sem internação privado 3 Estab. de Saúde geral com internação privado 1 Estab. de Saúde especializado sem internação privado/SUS 1 Estab. de Saúde geral com internação privado/SUS 1 Estab. de Saúde SUS 13 Estab. de Saúde plano de terceiros 4 Estab. de Saúde particular 4 Estab. de Saúde único total 15 Estab. de Saúde único público 11 Estab. de Saúde único privado 4 Estab. de Saúde único privado/SUS 2 Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde total 56 Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde privado total 56 Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde privado SUS 56 Eletrocardiógrafo 1 Raio X de 100 a 500mA 1 108 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Raio X mais de 500mA 1 Estab. de Saúde com atendimento ambulatorial total 12 Estab. de Saúde com atendimento ambulatorial sem atendimento médico 1 Estab. de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento médico em 11 especialidades básicas Estab. de Saúde com atendimento ambulatorial, atendimento médico em outras 1 especialidades Estab. de Saúde com atendimento ambulatorial, atendimento odontológico e dentista 8 Estab. de Saúde com atendimento de emergência total 2 Estab. de Saúde com atendimento de emergência Pediatria 2 Estab. de Saúde com atendimento de emergência Obstetrícia 2 Estab. de Saúde com atendimento de emergência Clínica 2 Estab. de Saúde com atendimento de emergência Traumato Ortopedia 2 Estab. de Saúde que prestam serviço ao SUS Ambulatorial 11 Estab. de Saúde que prestam serviço ao SUS Internação 1 Estab. de Saúde que prestam serviço ao SUS Emergência 1 Fonte: IBGE, 2009. O município possui 12 escolas de ensino pré-escolar, sendo 9 escolas públicas municipais e 3 escolas privadas. Existem 16 escolas de ensino fundamental, sendo 9 públicas municipais, 4 escolas públicas estaduais e 3 escolas particulares. O ensino médio, em Prata, é oferecido em uma escola pública estadual e uma escola privada (Figura 68). Os serviços de distribuição de energia elétrica, distribuição de água encanada e coleta de lixo no município de Prata, são destacados no gráfico da Figura 69 para o período entre 1991 e 2010. 109 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 68: Quantidade de escolas privadas e públicas por nível de ensino no Prata – MG (2012). Fonte: IBGE, 2012. Figura 69: Serviços de distribuição de energia elétrica, distribuição de água encanada e coleta de lixo no município de Prata – MG. Fonte: PNUD, 2013. 110 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 3.1.14.3. Ituiutaba O município se localiza na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, integrando juntamente com Santa Vitória, Capinópolis, Cachoeira Dourada, Gurinhatã e Ipiaçu a microrregião de Ituiutaba. É o principal município da região do Pontal, tanto em termos populacionais como econômicos. O processo de formação do município iniciou-se no século XIX, seguindo a lógica de interiorização da ocupação do território brasileiro nesse período, materializando-se com o surgimento do Arraial de São José do Tijuco. A cidade de Ituiutaba foi reconhecida, oficialmente, em 1901. Por volta de 1943, o município era formado pelo distrito-sede e pelos distritos de Santa Vitória, Capinópolis e Gurinhatã, como pode ser visto na Tabela 14. Nas décadas seguintes, os distritos se emanciparam e o município reduziu sua área, e por conta disso apresentou redistribuição da população para esses novos territórios. Atualmente, o município conta com uma área de 2.598.046 Km2. Tabela 14: Dinâmica territorial do município de Ituiutaba entre 1920 a 1962. Município de Ituiutaba Ano Município Município criado Distritos 1920 Ituiutaba Distrito-sede e Distrito de Santa Vitória - 1923 Ituiutaba Distrito-sede, e Distrito de Santa Vitória - 1943 Ituiutaba Distrito-sede, Distrito de Santa Vitória, Distrito de Capinópolis e Distrito Gurinhatã - 1948 Ituiutaba Distrito-sede, Distrito de Capinópolis e Distrito Gurinhatã Santa Vitória 1953 Ituiutaba Distrito-sede, Distrito Gurinhatã e Distrito de Ipiaçu Capinópolis (Distrito-sede e o Distrito de Cachoeira Dourada) 1962 Ituiutaba Distrito-sede Gurinhatã Ipiaçu Fonte: IBGE, 2009. 111 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A cidade é um polo regional, atendendo, com comércio e serviços variados, a região do Pontal do Triângulo Mineiro, especialmente os municípios de Capinópolis, Santa Vitória, Gurinhatã, Canápolis, Cachoeira Dourada e Ipiaçu. A cidade apresenta um espaço urbano consolidado, refletindo as contradições sociais e econômicas do local e do país. Na Figura 70 observa-se a dimensão territorial da cidade. Figura 70: Vista parcial da cidade de Ituiutaba, MG. Fonte: Mendes, R.C. (Acervo pessoal). O agronegócio (agricultura da soja e milho e agropecuária de corte e leite), bem como o comércio e a prestação de serviços se colocam como as principais atividades econômicas do município. A Feira e Exposição agropecuária anual, conhecida como EXPOPEC, que tem abrangência nacional e que acontece no mês de aniversário da cidade (em setembro), evidencia a importância do agronegócio para o município. Por meio da Tabela 15, verifica-se que as empresas do setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas se destacam em termos de número de empresas, seguidas pelos ramos de indústria de transformação, transporte, armazenagem e correio, atividades administrativas e serviços. 112 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 15: Ituiutaba: número de empresas segundo ramos de atuação – 2006/2012. Ramos de atuação 2006 2012 Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 33 37 Atividades administrativas e serviços complementares 138 195 Atividades profissionais, científicas e técnicas 89 95 Artes, cultura, esporte e recreação 45 39 Informação e comunicação 45 42 Indústria extrativa 5 7 224 208 Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 7 5 Construção 59 98 1.436 1.377 Alojamento e alimentação 125 152 Transporte, armazenagem e correio 170 209 Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 20 23 Atividades imobiliárias 10 24 Administração pública, defesa e seguridade social 6 5 Educação 52 73 Saúde humana e serviços sociais 73 102 Outras atividades de serviços 257 175 2.794 2.866 Indústria de transformação Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas Total Fonte: Cadastro Nacional de Empresas, 2015. A evolução da frota de veículos apresentada na Tabela 16 permite compreender, em parte, o desenvolvimento do ramos de transportes e as atividades relacionadas ao reparo de veículos e motocicletas. A análise do PIB demonstra a importância dos serviços, seguido da indústria, como pode ser visto na Tabela 17. Na Tabela 18 destaca-se algumas características das empresas sediadas na cidade. 113 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 16: Ituiutaba – Evolução da frota de veículos – 2003/2013. Tipo de frota Ano 2003 2008 2013 Automóvel 11.826 14.992 23.556 Motocicleta e motoneta 6.696 15.972 21.671 Ônibus e micro-ônibus 225 343 534 Outros 5.040 5.821 8.959 Total 23.787 37.128 54.720 Fonte: IBGE, 2014. Tabela 17: Ituiutaba - Produto interno Bruto – 2012. PIB Valor ( mil Reais) 245.962 PIB a preços correntes 21.733,56 PIB per capita a preços correntes Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes 143.019 Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes 511.663 Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes 1.237.764 Fonte: IBGE, 2014. Tabela 18: Ituiutaba - Características gerais das empresas – 2012. Número de unidades locais 3.059 unidades Número de empresas atuantes 2.971unidades Pessoal ocupado assalariado 19.659 pessoas Pessoal ocupado total 23.376 pessoas Salário médio mensal 2,1 salários mínimos Salários e outras remunerações 339.607 mil reais Fonte: IBGE, 2014. Os ramos que comportam o maior número de empregos são comércio, indústria de transformação, administração pública, transporte, armazenagem e educação. Por meio da Tabela 19, verifica-se o predomínio de empresas de pequeno porte. 114 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 19: Ituiutaba – Número de empresas por faixa de pessoal – 2006/2012. Faixa de pessoa 2006 2012 0a4 2.200 2.095 5a9 349 433 10 a 19 144 204 20 a 29 43 54 30 a 49 25 41 50 a 99 19 26 100 a 249 8 9 250 a 499 2 4 500 ou mais 1 3 Fonte: Cadastro Nacional de Empresas, 2015. Em termos de atividades industriais, destacam-se aquelas relacionadas à transformação de produtos da agricultura e pecuária. O desenvolvimento da atividade sucroalcooleira, a partir de 2007, tem apontado grandes potencialidades para o desenvolvimento econômico local e regional. Na Tabela 20 apresentam-se as principais empresas industriais do município, destacando-se a origem diversificada do capital dessas empresas. A cidade possui apenas dois grandes supermercados - um da rede Bretas, com atuação em todo o Centro-Oeste e em algumas cidades do Triângulo Mineiro. Há, também, atuação de outros supermercados de menor porte, tais como o Mart Minas, o Supra e a rede Pontual. Ituiutaba conta com uma autarquia municipal responsável pelo tratamento e distribuição de água na cidade e pela coleta, disposição e tratamento do esgoto (SAE), que tem certificado ISO 9001 e o Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento (PNQS). Possui um aterro sanitário que funciona desde 2004. O setor educacional conta com várias escolas de ensino fundamental (1º a 9º ano), ensino médio (10º a 12º ano) e quatro universidades. Na Tabela 21 observa-se o número de estabelecimentos de ensino, matrículas e docentes. 115 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 20: Ituiutaba – Principais indústrias – 2013. Setor de atividade Laticínio Frigorífico Empresa/produtos Origem do capital Laticínio Canto de Minas Ltda (iogurtes, queijos, requeijões, leite e manteiga) Local Nestlé – Daury Partners Americas Manufacturing Brasil Ltda (leite em pó) Internacional Baduy e Cia Ltda (manteiga, leite) Local Frig West Frigorífico Ltda (carne bovina) Nacional Frigorífico 4 Rios S/A (carne bovina) Local JBS Friboi S/A (couro e carne bovina) Internacional Torração e moagem de café Indústria Brunelli Ltda (café) Amarante – Torrefação e Moagem Ltda (moagem) Local Beneficiamento de sementes Syngenta Seeds Ltda (sementes) Internacional Açúcar e/ou etanol Usina Ituiutaba Bioenergia (açúcar e/ou etanol) Internacional e nacional Embalagens e plásticos Indústria de Plásticos Triângulo Ltda (embalagens plásticas) Local Fonte: Oliveira (2013). Tabela 21:Ituiutaba - Número de estabelecimentos educacionais – 2012. Níveis de ensino Número de estabelecimentos Número de matrículas Número de docentes Pré escolar 33 2.049 163 Ensino fundamental 36 11.640 706 Ensino médio 11 4.056 250 Fonte: IBGE, 2014. Ao longo do tempo, a cidade de Ituiutaba tornou-se um importante polo prestador de serviços de educação superior e técnico, com forte influência no contexto da Região do Pontal do Triângulo Mineiro. 116 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A Faculdade do Triângulo Mineiro (FTM) conta com três cursos de graduação (Administração, Ciências Contábeis e Publicidade e Propaganda), e a UNOPAR com vários cursos de ensino semipresencial-virtual. A Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), funcionava na cidade como instituição privada, associada à UEMG, porém com a Fundação Educacional de Ituiutaba (FEIT) como mantenedora. A partir de junho de 2014, passa a ser Universidade Estadual de Minas Gerais, campus Ituiutaba, com ensino gratuito. Atualmente, conta com os cursos de Agronomia, Ciências Biológicas, Direito, Educação Física, Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica, Pedagogia, Psicologia, Química, Sistemas de Informação, Tecnologia em Produção Sucroalcooleira, Tecnologia em Gestão de Agronegócios e Tecnologia em Gestão e Planejamento Ambiental. A Universidade Federal de Uberlândia/ Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP) - possui 11 cursos de graduação, dentre eles: Administração, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Engenharia de Produção, Física, Geografia, História, Matemática, Pedagogia, Química e Serviço Social. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (exCEFET) conta com ensino técnico profissionalizante e cursos de graduação, dentre eles: Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ensino presencial) e Licenciatura em Computação (ensino a distância), contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento tecnológico da região, a partir da qualificação profissional. Com relação aos programas de Pós-graduação, atualmente, em Ituiutaba, existem cursos do tipo Lato sensu, oferecidos pela FACIP/UFU (1 curso de MBA) , FTM (3 cursos de MBA) , pelo IFTM (4 cursos de Especialização) , pela UNOPAR (vários de Especialização e MBA) Os dois cursos de pós-graduação Stricto sensu, oferecidos pela FACIP/UFU,são o Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (Mestrado Profissional) e o Programa de Pós-Graduação em Geografia do Pontal (Mestrado Acadêmico) . A cidade de Ituiutaba também é um centro prestador de serviços de saúde, com destaque para os serviços de média complexidade. Na Tabela 22, evidencia-se a expansão da população do município de Ituiutaba, entre 1940 e 2010. Até 1960, há o predomínio da população rural sobre a urbana, mas a partir dos 117 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES anos 1970 o quadro se inverte, com o progressivo predomínio da população urbana. A modernização da agricultura e o desenvolvimento das atividades relacionadas a indústria, comércio e serviços, que tornaram Ituiutaba um pólo regional, explicam esse crescimento populacional. Tabela 22: Ituiutaba – Evolução da população – 1940/2010. População 1940 1950 1980 1991 2000 2010 População rural 30.696 48.065 42.452 17.635 9.107 6.372 5.238 4.046 População urbana 4.356 Total 35.052 52.472 70.706 64.656 74.240 84.577 89.091 97.171 4.407 1960 1970 28.254 47.021 65.133 78.205 83.853 93.125 Fonte: IBGE, 2014. Verifica-se uma diminuição da participação das faixas de idade correspondentes à população de crianças e jovens (entre 0 e 14 anos) e aumento das faixas de adultos e idosos, reproduzindo um padrão demográfico do país como um todo (Tabela 23). A participação de quase 15% de idosos aponta a necessidade de se pensarem políticas públicas para esse segmento populacional. Tabela 23: Ituiutaba: Participação relativa das faixas de idade na população total – 2000/2010. Faixas de idade Participação relativa (%) 2000 2010 0 a 6 anos 10,93 7,48 7 a 14 anos 14,35 10,41 15 a 25 anos 19,12 18,92 26 a 59 anos 44,20 47,14 60 anos ou mais 11,92 14,2 Fonte: IBGE. Sidra. 118 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A evolução do IDHM de Ituiutaba evidencia que as condições sociais do município melhoraram, ao longo das últimas décadas, conforme pode ser visto na Tabela 24. Tabela 24: Ituiutaba: Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 1991/2010. Ano IDHM Classificação 0,535 Deficiente 1991 0,653 Razoável 2000 0,739 Bom 2010 Fonte: IBGE, 2014. 3.1.14.4. Araporã A construção da Ponte Afonso Pena sobre o rio Paranaíba, em 1909, ligando os estados de Minas Gerais e Goiás, permitiu o desenvolvimento e a integração do Triângulo Mineiro com o sul de Goiás. Na divisão administrativa promovida pelo estado de Minas Gerais, em 1911, era criado o município de Abadia do Bom Sucesso, hoje Tupaciguara. Em 1917, a Companhia Mineira de Autoviação Intermunicipal (CMAVI) inaugurava, no local hoje ocupado pelo centro da cidade de Araporã, um posto de pedágio, para atender a demanda da rodovia então construída por ela, ligando São Pedro do Uberabinha (atualmente Uberlândia) a Santa Rita do Paranaíba, hoje Itumbiara (GO). O distrito de Araporã, cujo povoado denominava-se Alvorada, foi criado em 1938. No início da década de 1960, o território de Araporã é beneficiado com o asfaltamento de duas rodovias federais - BR-153 e BR-452 - e a Ponte (de concreto) Engº Cyro Gomes de Almeida, a Ponte "JK", que passava a substituir a velha Ponte Afonso Pena, símbolo do desenvolvimento desta região. Outro fator determinante no progresso de Araporã foi a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas em seu território,o que não só permitiu o seu crescimento populacional como ensejou meios para a transformação do sonho de emancipação do município em realidade. A construção da usina foi iniciada em 1974 e concluída em 1980. Doze anos 119 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES depois, em 12 de abril de 1992, surgia o município de Araporã (Lei estadual nº 10704, de 27/04/92) (IBGE Cidades, 2010). O município de Araporã possui uma população estimada em 6.593 habitantes, para 2014, segundo o IBGE. No Censo Demográfico de 2010, a população residente era de 6.144 habitantes, que se dividiam em população residente na área rural, de 246 pessoas, e residentes na área urbana, 5.898 pessoas.Entre 2000 e 2010, a razão de dependência de Araporã passou de 50,48% para 44,43% e a taxa de envelhecimento evoluiu de 4,45% para 6,36%. Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de 58,35% para 50,48%, enquanto a taxa de envelhecimento evoluiu de 3,18% para 4,45%.Entre 2000 e 2010, a população de Araporã teve uma taxa média de crescimento anual de 1,47%. Na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de 2,19%. Nas últimas duas décadas, a taxa de urbanização cresceu 217,25%. A área do município é de 95,837 km², com densidade demográfica de 20,77 hab./km². A evolução populacional do município pode ser entendida conforme a Tabela 25 e Figura 71 do Censo Demográfico de 2010 do IBGE, abaixo. Tabela 25: Evolução populacional de Araporã (MG), Minas Gerais e Brasil. Ano Araporã Minas Gerais Brasil 0 15.743.152 146.825.475 1991 4.829 16.567.989 156.032.944 1996 5.309 17.891.494 169.799.170 2000 6.113 19.273.506 183.987.291 2007 6.144 19.597.330 190.755.799 2010 Fonte: IBGE, 2010. Na pirâmide etária do município (Figura 72 e Tabela 26), pode-se observar a população se concentrando na faixa de 10 a 29 anos, para os homens, e 10 a 34 anos, para as mulheres, predominando mulheres de 30 a 34 anos. A população residente do 0 aos 14 anos, de 2000 a 2010, em Araporã é de 25% homens e 23,8% mulheres; dos 20 aos 64 anos, 68,6% são homens e 70,0% mulheres; e dos 70 aos 84 anos, 6,4% são homens e 6,2% mulheres. A taxa da população por condição de atividade de pessoas com 15 anos ou mais de idade é de 2.845 (55%) da população economicamente ativa e 2.361 (45%) pessoas desocupadas economicamente, gerando a taxa de atividade de 45,4. 120 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 71: Evolução populacional do município de Araporã. Fonte: IBGE (2010). No ano de 2012 a cidade de Araporã contava com 02 escolas de ensino pré-escolar, 02 escolas de ensino fundamental e 01 escola de ensino médio. O número de matrículas, no ensino da pré-escola, era de 169; no ensino fundamental, eram 873; e no ensino médio, 243 matrículas. O ensino na pré-escola contava com 10 docentes, o ensino fundamental 43 docentes e o ensino médio 16 docentes. Em uma comparação com Minas Gerais e Brasil, a educação em Araporã é analisada conforme as Tabela 27, Tabela 28 e Tabela 29. Figura 72: Pirâmide Etária do município de Araporã. 121 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 26: Dados de composição da pirâmide etária no município de Araporã. Idade Araporã Minas Gerais Brasil Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 0 a 4 anos 199 189 523.258 504.533 5.638.154 5.444.151 5 a 9 anos 230 213 756.034 702.961 7.623.749 7.344.867 10 a 14 anos 291 271 858.109 830.051 8.724.960 8.440.940 15 a 19 anos 287 283 868.022 851.253 8.558.497 8.431.641 20 a 24 anos 299 275 874.104 859.390 8.629.807 8.614.581 25 a 29 anos 294 266 851.586 853.105 8.460.631 8.643.096 30 a 34 anos 266 296 790.229 805.450 7.717.365 8.026.554 35 a 39 anos 254 224 694.342 722.116 6.766.450 7.121.722 40 a 44 anos 219 246 671.738 702.039 6.320.374 6.688.585 45 a 49 anos 146 176 628.195 666.388 5.691.791 6.141.128 50 a 54 anos 135 145 548.830 584.829 4.834.828 5.305.231 55 a 59 anos 112 122 441.415 479.714 3.902.183 4.373.673 60 a 64 anos 121 88 339.165 376.212 3.040.897 3.467.956 65 a 69 anos 79 64 251.626 290.172 2.223.953 2.616.639 70 a 74 anos 61 47 191.852 233.376 1.667.289 2.074.165 75 a 79 anos 40 40 129.276 168.843 1.090.455 1.472.860 80 a 84 anos 17 17 76.292 112.030 668.589 998.311 85 a 89 anos 7 12 34.862 56.569 310.739 508.702 90 a 94 anos 1 5 12.469 24.269 114.961 211.589 95 a 99 anos 0 1 3.332 7.576 31.528 66.804 Mais de 100 anos 0 0 739 1.904 7.245 16.987 Fonte: IBGE (2010). Tabela 27: Docentes por nível escolar no município de Araporã. Variável Pré-escolar Fundamental Médio Araporã 16 43 10 Minas Gerais 280.61 1.611,08 595.44 Brasil 2.812,32 15.412,47 5.388,60 Fonte: INEP (2012). 122 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 28: Escolas por nível escolar. Variável Araporã Minas Gerais Brasil Pré-escolar 2 74,31 1.077,91 Fundamental 2 118,31 1.447,05 Médio 1 29,79 271,64 Fonte: INEP (2012). Tabela 29: Matrículas por nível. Variável Araporã Minas Gerais Brasil Pré-escolar 169 4.310,12 47.547,21 Fundamental 873 28.124,04 297.024,98 Médio 243 8.489,83 83.768,52 Fonte: INEP (2012). Em uma análise do mapa de pobreza e desigualdade dos municípios brasileiros de 2003, identifica-se em Araporã a Incidência da Pobreza 23,02%, a Incidência da Pobreza Subjetiva em 17,41%, o Índice de Gini de 0,33, o Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva em 13,85%, o Limite inferior da Incidência de Pobreza 10,35%, o Limite inferior do Índice de Gini de 0,30, o Limite superior da Incidência de Pobreza em 35,70%, o Limite superior do Índice de Gini de 0,37, e o Limite superior Incidência de Pobreza Subjetiva de 20,97% (IBGE, 2000 e IBGE, 2003). O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Araporã foi de 0,708, em 2010. Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu, em termos absolutos, foi Educação (com crescimento de 0,236), seguida por Longevidade e por Renda. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu, em termos absolutos, foi Educação (com crescimento de 0,223), seguida por Renda e por Longevidade. Araporã ocupa a 1665ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil. Em relação aos 853 outros municípios de Minas Gerais, Araporã ocupa a 183ª posição. No município, existem 134 empreendedores individuais, 313 micro e pequenas empresas e 04 empresas de porte médio e grande, que se dividem em setores, classificando-se 123 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES em: Construção Civil - 13 Microempreendedores individuais e 20 Microempresas; Agronegócio - 01 Microempreendedor individual e 31 Microempresas, Pequenas Empresas e Média e Grande Empresa; Comércio - 58 Microempreendedores individuais, 130 Microempresas, 01 Pequena Empresa e 01 Média e Grande Empresa; Serviço - 41 Microempreendedores individuais, 175 Microempresas, 06 Pequenas Empresas e 03 Média e Grande Empresa; Indústria de Transformação - 22 Microempreendedores individuais, 32 Microempresas, 03 Pequenas Empresas e 01 Média e Grande Empresa; Indústria Extrativa, 01 Microempresa IBGE (2012). Segundo dados do IBGE (2010), em 2005 o município de Araporã contava com quatro estabelecimentos de saúde, sendo todos públicos e de gestão municipal. A quantidade de unidades de saúde no município passou, em 2009, para um total de cinco, sendo igualmente de caráter público e sob administração da Prefeitura. A criação de mais uma unidade de atendimento de saúde, entre 2005 a 2009, sem dúvida contribuiu para o melhor atendimento da saúde pública do município, mas apenas a criação dessa unidade de atendimento não refletirá uma melhor qualidade de saúde se não for acompanhada de uma infraestrutura de equipamentos e serviços (médico, enfermeiros, técnicos, entre outros), para dar funcionalidade a esse novo estabelecimento de saúde. Sobre a infraestrutura de serviços, bem como os equipamentos de saúde existentes no município para o atendimento da população, ver a Tabela 30. Tabela 30: Infraestrutura dos estabelecimentos de saúde de Araporã. Estabelecimentos 2005 2009 De Saúde total 4 5 De Saúde público total 4 5 De Saúde público municipal 4 5 De Saúde com internação público 1 1 De Saúde SUS 4 5 De Saúde único público 4 4 De Saúde com terceirização público 0 1 De Saúde terceirizado privado 0 1 De Saúde sem internação público 3 3 124 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES De Saúde com apoio à diagnose e terapia público 0 1 De Saúde com especialidades com internação público 0 1 De Saúde com especialidades sem internação público 2 1 De Saúde geral com internação público 1 0 De Saúde geral sem internação público 1 3 De Saúde com atendimento ambulatorial total 4 3 De Saúde com atendimento ambulatorial sem atendimento médico 1 0 De Saúde c/ atendimento ambulatorial e médico em especialidades básicas 3 3 De Saúde c/ atendimento ambulatorial e médico em outras especialidades 1 1 De Saúde com atendimento ambulatorial e odontológico com dentista 1 2 De Saúde com atendimento de emergência total 1 1 De Saúde com atendimento de emergência Pediatria 1 0 De Saúde com atendimento de emergência Obstetrícia 1 0 De Saúde com atendimento de emergência Clínica 1 1 De Saúde com atendimento de emergência Cirurgia 1 0 De Saúde com atendimento de emergência Traumato Ortopedia 1 0 De Saúde que prestam serviço ao SUS Ambulatorial 4 3 De Saúde que prestam serviço ao SUS Internação 1 1 De Saúde que prestam serviço ao SUS Emergência 1 1 Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde público municipal 24 10 Eletrocardiógrafo 1 3 Raio X até 100mA 1 1 Raio X mais de 500mA 1 1 Fonte: IBGE, 2009. A estrutura de educação de Araporã contava com um total de cinco escolas de nível básico (ensino pré-escolar, ensino fundamental anos iniciais e finais, e médio) em 2012 (Tabela 31) (IBGE, 2012). Deste total de escolas, em 2012, a maior parte está sob administração da Prefeitura Municipal, com um total de 4 escolas, representando, aproximadamente, 80% das escolas do município, sendo duas escolas de ensino pré-escolar e duas de ensino fundamental. Enquanto 125 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES o restante, 20%, corresponde a uma escola do ensino médio que está sob responsabilidade do governo mineiro (Figura 73). Tabela 31: Quantidade de escolas por nível de ensino em Araporã – MG. Nível escolar 2007 2009 2012 Ensino pré-escolar 1 1 2 Ensino fundamental 2 2 2 Ensino médio 1 1 1 Fonte: IBGE, 2012. Segundo o último censo demográfico do IBGE (2010), a população do município de Araporã era de 6.144 habitantes. Deste total, aproximadamente 76% diziam ser católicos, o que corresponde a 4.643 pessoas, ou seja, a maior parte da população do município. O gráfico da Figura 74 destaca em dois grandes grupos os católicos e não católicos5, pois a quantidade de pessoas que dizem ser católicos em Araporã é numericamente superior a qualquer outra religião. Outros grupos religiosos destacados pelo IBGE foram os evangélicos, com 943 (aproximadamente 17%) pessoas, e os espíritas, com 147 (aproximadamente 2%) pessoas declaradas pertencentes a essa religião. Figura 73: Escolas municipais e estaduais por nível de ensino em Araporã – MG (2012). Fonte: IBGE, 2012. 5 Lembrando que estes dados são aproximados, e que nem toda população possui religião; segundo o IBGE, em 2010, 303 pessoas declaram não possuir religião. 126 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 74: População católica e não católica de Araporã – MG (2010). Fonte: IBGE, 2010. Segundo IBGE (2010) a quantidade das entidades sem fins lucrativos de Araporã pode ser observadas na (Tabela 32). Tabela 32: Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em Araporã. Entidades sem fins lucrativos Número de unidades locais das fundações privadas e associações sem fins lucrativos Quant. Pessoal ocupado assalariado Salários e outras remunerações Salário médio Mensal (salários mínimos) 24 10 pessoas 557 mil reais 2,26 18 6 pessoas 125 mil reais 2,58 Fonte: IBGE (2010). Adaptado.NOTA 1: Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados, apresentando a expressão <b>Não disponível</b>, a fim de evitar a individualização da informação. NOTA 2: As informações por grupos da classificação das entidades sem fins lucrativos e por grupos da classificação das fundações privadas e associações sem fins lucrativos somente são mostradas para os municípios com pelo menos 50.000 habitantes. O município de Araporã possui 1.795 domicílios, que se dividem em 95% urbanos e 5% rurais. No município, os domicílios com acesso a água, 95,3% são da rede geral de distribuição; 4,7% são de poço ou nascente. O acesso à energia elétrica está em 99,7% dos domicílios. O esgotamento sanitário contempla 94,5% com banheiro e rede de esgoto, 5,4% com outro tipo de escoadouro e 0,1% dos domicílios não possuem banheiro e sanitário. No 127 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES município, 96,2% do lixo são coletados por serviço público, enquanto 3,6% do lixo são queimados e 0,3% tem outra destinação. No setor de telecomunicações, a cidade possui 1.338 telefones fixos/privados, o que contabiliza 205 telefones por mil habitantes. Os telefones públicos são 44, ou 07 telefones por mil habitantes. Os assinantes de TV a cabo são 384, ou 59 por mil habitantes. Na cidade, existem 677 conexões por internet fixa e todo o município possui sinal de internet 3G. 3.1.14.5. Centralina O primitivo povoado de Centralina foi iniciado em 1926, por Nicolau Antônio, de nacionalidade Sírio-Libanesa, que construiu, naquela época, um pequeno estabelecimento comercial de secos e molhados, à margem da rodovia que liga Uberlândia a Itumbiara (GO), e adquiriu também alguns alqueires de terras em matas. A ocupação do território se deu em função de dois fatores fundamentais: primeiro, pela sua localização geográfica, situada em ponto de passagem obrigatória na ligação principal do Triângulo Mineiro com o estado de Goiás. O outro aspecto, que caracteriza, também, seu rápido desenvolvimento, deveu-se à extrema fertilidade de suas terras, que atraíram os proprietários de terras, principalmente das vizinhanças, que passaram a cultivá-las diretamente, ou à meia, terça ou por arrendamento. Segundo o IBGE (2014), em 12 de dezembro de 1953 foi instalado o Município recém-criado, mas somente em 09 de janeiro de 1954 é que foi comemorado e instituído o Dia Oficial de Emancipação Político Administrativa. Contam os historiadores que, à época, viriam as autoridades da cidade de Monte Alegre de Minas, no dia 12 de dezembro de 1953, a fim de homologar e fazer cumprir a Lei de emancipação para a criação e instalação do Município de Centralina; no entanto, como o período era muitíssimo chuvoso, a estrada que ligava os municípios ficou interditada, ficando impossibilitado o tráfego. Ficou adiado então, para o dia 09 de janeiro de 1954, o evento que marcaria o início da cidade de Centralina. O município de Centralina tem uma população estimada em 10.593 habitantes, para 2014, segundo o IBGE (2010). No Censo Demográfico de 2010, a população residente em Centralina era de 10.266 habitantes, que se dividiam em 952 residentes na área rural e 9.314 128 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES residentes da área urbana do município. A área da unidade territorial do município é de 327,191 km² e sua densidade demográfica é de 31,38 habitantes por km². A evolução populacional de Centralina é decrescente, de 1991 a 2007, com um êxodo de mais de 3.000 pessoas. A população, em 1991, era de 13.783 habitantes;em 2007, residiam, na cidade, 10.219 pessoas. Já em 2010, o balanço decrescente se inverte e a população volta a crescer - o número de habitantes aumenta para 10.266, e a estimativa do IBGE para 2014 é 10.593. Entre 2000 e 2010, a população de Centralina teve uma taxa média de crescimento anual de 0,03%. A taxa média de crescimento anual foi de -3,25%, na década anterior. No estado, essas taxas foram de 1,01%, entre 2000 e 2010, e 1,01%, entre 1991 e 2000. No país, foram de 1,01%, entre 2000 e 2010, e 1,02%, entre 1991 e 2000. Nas últimas duas décadas, a taxa de urbanização cresceu 12,78% (Tabela 33 e Tabela 34; Figura 75). Tabela 33: População Total, por Gênero, Rural/Urbana e Taxa de Urbanização - Centralina MG. População População (1991) % do Total (1991) População (2000) % do Total (2000) População (2010) % do Total (2010) População total 13.783 100,00 10.236 100,00 10.266 100,00 População residente masculina 6.900 50,06 5.338 52,15 5.251 51,15 População residente feminina 6.883 49,94 4.898 47,85 5.015 48,85 População urbana 11.088 80,45 9.346 91,31 9.314 90,73 População rural 2.695 19,55 890 8,69 952 9,27 - 80,45 - 91,31 - 90,73 Taxa de Urbanização Fonte: PNUD (2010). 129 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 75: Evolução populacional do município de Centralina. Fonte: IBGE (2010). Tabela 34: Evolução populacional do município de Centralina. Ano Centralina Minas Gerais Brasil 1991 13.783 15.743.152 146.825.475 1996 10.306 16.567.989 156.032.944 2000 10.236 17.891.494 169.799.170 2007 10.219 19.273.506 183.987.291 10.266 19.597.330 190.755.799 2010 Fonte: IBGE (2010). Entre 2000 e 2010, a razão de dependência de Centralina passou de 50,07% para 46,76% e a taxa de envelhecimento evoluiu de 7,15% para 10,42%. Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de 61,22% para 50,07%, enquanto a taxa de envelhecimento evoluiu de 3,69% para 7,15%. (Figura 76). A esperança de vida, ao nascer, é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Em Centralina, a esperança de vida ao nascer aumentou 10,7 anos, nas últimas duas 130 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES décadas, passando de 65,5 anos, em 1991, para 70,1 anos em 2000, e para 76,2 anos, em 2010. Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado é de 75,3 anos e, para o país, de 73,9 anos. Figura 76: Pirâmide etária – Centralina (MG), Minas Gerais e Brasil Fonte: IBGE (2010). No Censo Educacional de 2012 (INEP, 2012) foram contabilizadas, na cidade de Centralina, 02 escolas de ensino pré-escolar, 04 escolas de ensino fundamental e 01 escola de ensino médio. O número de docentes por escolas foi de 16 docentes para ensino de pré-escola, 61 docentes para ensino fundamental e 12 docentes para ensino médio. Já o número de matrículas, por nível educacional, foi de 214 matrículas, para o ensino de pré-escola, 1.090 matrículas para o ensino fundamental e 359 matrículas no ensino médio. As comparações dos mesmos níveis com o estado de Minas Gerais e o Brasil estão sumarizadas nas Tabela 35, Tabela 36 e Tabela 37: Tabela 35: Escolas por Nível em Centralina – MG. Variável Pré-escolar Fundamental Médio Centralina 2 4 1 Minas Gerais 74,31 118,31 29,79 Brasil 1.077,91 1.447,05 271,64 Fonte: INEP (2012). 131 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 36: Docentes por Nível em Centralina – MG. Variável Centralina Minas Gerais 16 280,61 Pré-escolar 61 1.611,08 Fundamental 12 595,44 Médio Brasil 2.812,32 15.412,47 5,388,60 Fonte: INEP (2012). Tabela 37: Matrículas por Nível em Centralina – MG. Variável Centralina Minas Gerais 214 4.310,12 Pré-escolar 1.090 28.124,04 Fundamental 359 8.489,83 Médio Brasil 47.547,21 297.024,98 83.768,52 Fonte: INEP (2012). A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o IDHM Educação. No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos, na escola, cresceu 16,38%, e no período de 1991 a 2000, 79,82%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 34,99%, entre 2000 e 2010, e 6,41%, entre 1991 e 2000. A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 68,61%, no período de 2000 a 2010, e -19,65%, no período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 32,71%, entre 2000 e 2010, e 52,56%, entre 1991 e 2000. A renda per capita média de Centralina cresceu 70% nas últimas duas décadas, passando de R$275,38, em 1991, para R$354,07, em 2000, e R$468,15, em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 28,58%, no primeiro período, e 32,22%, no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 7,69%, em 1991, para 20,83%, em 2000, e para 2,51%, em 2010. A desigualdade diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,46, em 1991, para 0,72, em 2000, e para 0,39, em 2010. Em comparação da renda, pobreza e desigualdade, na cidade de Centralina, com as décadas anteriores, a renda per capita, gradativamente, se apresenta em R$275,38, em 1991, 132 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES R$354,07, em 2000, e R$468,15, em 2010. A percentagem de extremamente pobres é descrita por R$ 7,69, em 1991, R$20,83, em 2000, e R$ 2,51, em 2010. A percentagem de pobres foi 36,06%, em 1991, 56,54%, em 2000, e 0,39%, em 2010 (Tabela 38). Tabela 38: Percentagem da Renda Apropriada por Estratos da População - Centralina – MG. 1991 2000 2010 20% mais pobres 5,01 2,52 5,95 40% mais pobres 13,72 7,15 16,95 60% mais pobres 26,81 14,05 32,92 80% mais pobres 48,18 24,66 55,42 20% mais ricos 51,82 75,34 44,58 Fonte: PNUD (2010). Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 59,92% em 2000 para 58,39% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação passou de 12,81% em 2000 para 5,06% em 2010. Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais, 20,24% trabalhavam no setor agropecuário, 0,17% na indústria extrativa, 9,42% na indústria de transformação, 6,99% no setor de construção, 0,42% nos setores de utilidade pública, 10,44% no comércio e 41,03% no setor de serviços. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Centralina era 0,678, em 2010. Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu, em termos absolutos, foi Educação (com crescimento de 0,148), seguida por Longevidade e por Renda. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu, em termos absolutos, foi Longevidade (com crescimento de 0,076), seguida por Educação e por Renda. Centralina teve um incremento no seu IDHM de 32,42%, nas últimas duas décadas, abaixo da média de crescimento nacional (47%) e abaixo da média de crescimento estadual (52%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 34,02%, entre 1991 e 2010 (Figura 77). 133 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 77: Evolução do índice de desenvolvimento humano municipal do município de Centralina – MG. Fonte: PNUD (2010). O município de Centralina possuía, em 2012, um total de sete escolas (IBGE, 2012). Diferentemente de muitos municípios brasileiros, Centralina não possui instituições de ensino básico (pré-escolar, ensino fundamental anos iniciais e finais, e ensino médio) na rede particular. Há, no município escolas sob gestão do município, representando 57% da rede de ensino, enquanto o governo mineiro é responsável pela gestão de aproximadamente 43% da estrutura de educação, em nível básico (Figura 78). A Tabela 39 traz mais informações sobre a estrutura de educação básica do município. Tabela 39: Quantidade de escolas estaduais e municipais por nível de ensino em Centralina – MG em 2012. Escola Municipal Escola Estadual Ensino Pré-escolar 2 0 Ensino Fundamental 2 2 Ensino Médio 0 1 Fonte: IBGE (2012). 134 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 78: Porcentagem de escolas municipais e estaduais em Centralina – MG (2012). Fonte: IBGE (2012). A predominância da religião católica em Centralina pode ser observada na Figura 79. Cerca de 75% da população centralinense se diz pertencente à religião católica,enquanto 13% da população são evangélicos e 5% são espíritas. A diversidade religiosa do município não se reduz apenas a essas três religiões - 13% da população têm outras religiões. Segundo publicação do IBGE (2010), as fundações privadas e associações sem fins lucrativos caracterizam entidades sem fins lucrativos, como instituições: privadas, sem fins lucrativos, institucionalizadas, autoadministrativas e voluntárias. Em 2010, Centralina tinha a quantidade de instituições destacadas na Tabela 40. Figura 79: População por religião em Centralina – MG. Fonte: IBGE (2010). 135 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 40: Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em Centralina – MG (2010). Número de unidades locais Pessoal ocupado assalariado em 31/12 Salários e outras remunerações (mil reais) Salário médio mensal (salários mínimos) Entidades sem fins lucrativos 15 15 113 1,28 Fundações privadas e associações sem fins lucrativos 10 12 89 1,29 Fonte: IBGE (2010). NOTA 1: Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados, apresentando a expressão <b>Não disponível</b>, a fim de evitar a individualização da informação. NOTA 2: As informações por grupos da classificação das entidades sem fins lucrativos e por grupos da classificação das fundações privadas e associações sem fins lucrativos somente são mostradas para os municípios com pelo menos 50.000 habitantes. Dentro os sindicatos destacados pelo site da Prefeitura Municipal de Centralina (2014) estão o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Centralina e Sindicato dos Produtores Rurais de Centralina. Ambos dizem respeito a uma organização coletiva do meio rural, mostrando uma articulação política dos produtores e trabalhadores rurais do município em questão. Essa articulação indica a importância da produção no campo para o produto interno bruto do município (PIB). Segundo o IBGE, em 2011, a produção agrícola correspondeu a, aproximadamente, 47% do PIB municipal. A Tabela 41 traz informações sobre associações e sindicatos em Centralina. Tabela 41: Associações e Sindicatos em Centralina – MG. Natureza jurídica Data de Abertura Amo São Januario - Associação dos amigos e moradores do bairro São Januario Associação Privada 9/3/1989 CDL - Centralina Associação Privada 6/8/1992 Apae - Associação de pais e amigos dos excepcionais de Centralina- MG Associação Privada 28/9/1993 Apic Associação de promoção ao idoso de Centralina Associação privada 11/10/1994 Associação municipal Zumbi dos Palmares Sociedade Empresária Limitada 20/11/1995 136 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Associação comunitária amor a criança Associação Privada 17/2/1997 Associação dos produtores rurais de Centralina Associação Privada 10/4/1997 Conselho municipal dos direitos da criança e do adolescente Associação Privada 26/1/1998 Cmas - Conselho municipal de assistência social Associação Privada 27/1/1998 Acirce - Associação comercial , industrial, rural e prestação de serviços de Centralina Associação Privada 5/6/2001 Associação centralinense de radio difusão comunitária Associação Privada 30/11/2001 Associação de difusão comunitária Santa Fé Associação Privada 9/4/2003 Arcen - Associação dos revendedores de defensivos agropecuários de Centralina Associação Privada 24/5/2006 Associação Dos Moradores Dos Bairros Ana Marques E Nossa Senhora Da Abadia Associação Privada 16/8/2006 Acamrec - Associação De Catadores De Materiais Recicláveis De Centralina Acamrec Associação Pública 13/9/2010 Sindicatos Sindicato dos trabalhadores rurais de Centralina e Arap - sindicato dos trabalhadores rurais, assalariados e agricultores familiares de Centralina e Araporã Entidade Sindical 25/5/1972 Sindicato rural de Centralina Entidade Sindical 5/6/1986 Associação Pública 11/1/2006 Sindicato dos trabalhadores no serviço público municipal de Centralina - MG Fonte: Empresas do Brasil (2015). Nos indicadores de habitação da cidade de Centralina, segundo Pnud (2010), no ano de 2010, 98,18% da população vive em domicílios com acesso a água encanada, 99,61% da população vive em domicílio com acesso a energia elétrica e 98,65% da população vive em domicílios com coleta de lixo na área urbana. Segundo a Situação de Saneamento, oriunda do Sistema de Informação da Atenção Básica – SIAB, 0,7% das famílias de Centralina tem ligação de rede de esgoto, 97,9% possuem esgotamento por fossas, 1,4% apresentam esgoto a 137 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES céu aberto. Em 2013, 22 famílias moravam em domicílios com acesso a rede de esgoto, 2.886 famílias tinham fossas e 40 famílias moravam em domicílios que tinham esgoto a céu aberto. A cidade de Centralina possui 07 estabelecimentos de saúde, todos municipais. Destes,, 04 possuem atendimento ambulatorial com atendimento médico em especialidades básicas; 01com atendimento ambulatorial e atendimento odontológico com dentista; 01 com atendimento ambulatorial sem atendimento médico; 05 estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial total; 01 com atendimento de emergência Clínica; 01 especializado sem internação público; 01 especializado sem internação total; 06 estabelecimentos de Saúde geral sem internação público; 06 estabelecimentos de Saúde geral sem internação total; 07 estabelecimentos de Saúde públicos total; 05 estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Ambulatorial; 01 estabelecimento de Saúde que presta serviço ao SUS Emergência; 07 estabelecimentos de Saúde sem internação pública; 07 estabelecimentos de Saúde sem internação total; 07 estabelecimentos de Saúde SUS; 07 estabelecimentos de Saúde total (IBGE, 2010). 3.1.14.6. Monte Alegre de Minas Pelas terras onde hoje se localiza o município de Monte Alegre de Minas passava uma picada, ligando as terras de São Paulo com as de Goiás. Em 1820, possivelmente,diz-se que uma família, cujo chefe era Martins Pereira, em trânsito para Goiás, teve um dos seus membros seriamente enfermo, o que o obrigou à permanência no local. Fervorosos devotos de São Francisco de Chagas, fizeram ao santo a promessa de doarem uma gleba de terras para fundação de uma igreja em sua honra, caso obtivessem a cura do familiar doente. Alcançada a graça, cumpriram a promessa feita, com a colaboração de duas outras famílias: os Gonçalves da Costa e os Martins de Sá. Fundou-se, dessa forma, o arraial, que recebeu o nome de Monte Alegre, visto encontrar-se no alto de um monte com vistas excelentes. O povoado cresceu rapidamente e, em 1843, foi elevado à categoria de distrito, pela Lei provincial nº 247, de 20 de Julho. Ainda nos fins do século XIX, a Lei provincial nº 1664, de 16 de Setembro de 1870, o elevou a município, por desmembramento de Prata. A sede 138 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES municipal tomou foros de cidade em 03 de Janeiro de 1880, por Lei provincial nº 2556. (IBGE Cidades, 2010). Segundo o IBGE (2010), a população estimada para o município de Monte Alegre de Minas, em 2014, é de aproximadamente de 20.728 habitantes. Mas, partindo de dados concretos já levantados pelo censo demográfico de 2010, este município possui uma densidade demográfica aproximada de 7,58 pessoas por quilometro quadrado, tendo uma população, em 2010, de 19.619 pessoas. Boa parte dessa população está morando na área urbana do município, chegando a aproximadamente 74% (14.506 de pessoas), enquanto a população rural corresponde a 26% (5.111), sendo um número considerável, se comparada com a realidade brasileira, onde 16% população vive no campo, em 2010 (IBGE, 2014). Esse município mineiro, assim como a maioria dos municípios brasileiros, conhece um processo de crescimento populacional a partir da década de 1970 (Figura 80). Houve um momento de crescimento mais considerável, entre as décadas de 1980 a 1990, quando a população passa de 15.110, em 1980, para 17.919, em 1990. Entre as décadas de 1990 e 2000 quase não houve crescimento da população no município; em números reais, houve um crescimento de 87 pessoas (IBGE, 2014). Na década seguinte, entre 2000 e 2010, o crescimento populacional ganha forças novamente, sendo o segundo período de maior crescimento populacional de Monte Alegre de Minas. Esse crescimento populacional, desde 1970, veio acompanhado por um crescimento da população urbana do município e pelo declínio da população rural (Figura 81). Analisando o gráfico, percebe-se que a população que predominava no município, em 1970, era a população rural, com aproximadamente nove mil pessoas. Este quadro começa a mudar na década de 1980, quando a população do meio urbano atinge e, posteriormente, ultrapassa a população rural, que entra em declínio, paulatinamente, nas décadas posteriores. Entre 1980 e 1990, foi o período de maior crescimento da população no meio urbano, assim como o crescimento populacional como um todo. Provavelmente, um dos motivos para o crescimento da população, nesse período, se deve à migração da população rural para o meio urbano (êxodo rural). Lembrando que esse processo de urbanização populacional não se encerrou na década de 1990; pelo contrário, continuou crescendo e a população rural continua diminuindo. 139 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 80: População do município de Monte Alegre de Minas – MG (1970 a 2010). Fonte: IBGE (2014). Org.: Souza, G.V.A. (2014). Figura 81: População urbana e rural de Monte Alegre de Minas – MG (1970 a 2010) Fonte: IBGE (2014). Segundo informações do atlas de desenvolvimento humano do Brasil, disponibilizado pelo PNUD (2013), o município de Monte Alegre de Minas possuía uma razão de dependência6 de 0,33%, em 1991, para 0,29%, em 2000. Já entre os anos de 2000 e 2010, esse índice diminui, passando de 0,29% para 0,23%, respectivamente, mostrando o crescimento da 6 Razão de dependência é o percentual da população de menos de 15 anos e da população com mais de 65 anos (população dependente) em relação à população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa). 140 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES população potencialmente ativa. Além disto, a taxa de envelhecimento7 vem aumentando década após década. Em 1991, essa taxa era de 5,95%, passando para 7,70%, em 2000. Já no ano de 2010, a taxa de envelhecimento saltou para 10,27%. Esses dados sobre a dinâmica populacional de Monte Alegre de Minas podem ser observadas nas Figura 82, Figura 83 e Figura 84. Figura 82: Pirâmide populacional em Monte Alegre de Minas (1991). Fonte: PNUD (2013). Figura 83: Pirâmide populacional em Monte Alegre de Minas (2000). Fonte: PNUD (2013). 7 Taxa de envelhecimento é “razão entre a população de 65 anos ou mais de idade em relação à população total” (PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, 2013). 141 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 84: Pirâmide populacional em Monte Alegre de Minas (2010). Fonte: PNUD (2013). O Índice de Desenvolvimento Humano é um instrumento que serve para observar a qualidade de vida da população. São considerados três elementos para chegar a esse índice: saúde, educação e renda. Atualmente, o município de Monte Alegre de Minas está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Médio, entre 0,6 e 0,699, ficando entre os 400 municípios mineiros com os melhores IDH (PNUD, 2013). Nas últimas décadas, o IDH deste município vem aumentando continuamente (Figura 85). Figura 85: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Monte Alegre de Minas – MG. Fonte: IBGE (2010). 142 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Segundo o PNUD (2013), entre os anos de 1991 e 2000, o IDHM cresceu quase 30%, um crescimento considerável. Já entre os períodos de 2000 e 2010, o crescimento foi menor, se comparado à década anterior, tendo uma taxa de crescimento de 13,09%. No total, entre 1991 a 2010, a taxa do crescimento foi de quase 50% (Figura 86). Ainda é colocado, no atlas, que o índice em termos absolutos que mais contribuiu para o crescimento do IDHM de Monte Alegre, entre 1991 e 2000, foi educação, com um crescimento de 0,217, seguido de longevidade e, por último,renda. Entre 2000 a 2010, o parâmetro que mais cresceu, em termos absolutos, foi longevidade (vida longa e saudável – saúde), com um crescimento de 0,091, seguido por educação e, por fim, renda. Em termos gerais, a porcentagem de jovens frequentando o ensino básico vem aumentando de 1991 a 2010 (Figura 87). A faixa etária que ocupa maiores percentagens são os jovens de 5 a 6 anos e as pessoas entre 11 a 13 anos. Cerca de 80% das crianças de 5 e 6 anos, em 2010, já estão frequentando a escola; já a percentagem dos jovens de 11 a 13 anos cursando o ensino fundamental ou aqueles que já o concluíram é de, aproximadamente, 84%, níveis consideráveis. Os jovens com mais de 15 anos estão frequentando menos as salas de aula; apenas 50% dos jovens entre 15 a 17 anos possuem o ensino médio completo, percentagem que cai para 36% para pessoas com 18 anos, isto para o ano de 2010. A percentagem de jovens entre 18 a 20 anos, com ensino médio completo, não é muito elevada; aproximadamente 35% dos jovens nesta faixa etária possuem este nível de escolaridade. Figura 86: Porcentagem de jovens frequentando ensino básico em Monte Alegre de Minas – MG (1991, 2000 e 2010). Fonte: PNUD (2013). 143 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 87: Esperança de vida ao nascer do município de Monte Alegre de Minas (em anos). Fonte: PNUD (2013). Outro dado que compõe o IDH é a saúde da população, e um índice que indica a qualidade da saúde da população é a expectativa de vida dos moradores. Nas duas últimas décadas, a esperança de vida ao nascer, do montealegrense (Figura 87) vem aumentando constantemente. Entre os anos de 1991 e 2010, a esperança de vida aumentou 8 anos (67 anos, em 1991, para 75 anos, em 2010), sendo o indicador que mais contribui para o crescimento do IDH do município. Monte Alegre de Minas, em 2010, possui uma esperança de vida um pouco maior, se comparado ao indicador brasileiro, que é de 73 anos, em 2010 (PNUD, 2013). A mortalidade de crianças até cinco anos é outro indicador que reflete sobre a qualidade da saúde do município. Em Monte Alegre, este indicador vem mostrando resultados positivos (Figura 88). A mortalidade infantil (crianças com menos de um ano de idade) reduziu pela metade, entre 1991 e 2010. No ano de 1991, a cada mil crianças nascidas vivas, cerca de 30 morriam com menos de um ano; esse número foi reduzido para 14 crianças, em 2010. A mortalidade de crianças com até cinco anos também passou por redução - em duas décadas, a mortalidade de crianças, que era 40(a cada mil nascidas vivas) é, em 2010, de 30 crianças. A renda per capita média do município de Monte Alegre de Minas nas últimas décadas vem crescendo, segundo o PNUD (2013) esse crescimento foi de aproximadamente 54%. Em 1991, a renda por pessoa era de R$402,17, passando para R$445,54, em 2000, e nos anos 2010 o valor da renda chegou a R$619,10, o que representou uma taxa média de crescimento 144 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES de quase 11%, entre 1991 e 2000, e aproximadamente 39%, entre 2000 e 2010. Além disto, as taxas de pobreza e extrema pobreza8 do município vêm diminuindo (Figura 89). Figura 88: Mortalidade de crianças até cinco anos de idade em Monte Alegre de Minas/MG. Fonte: PNUD (2013). Figura 89: Pobreza e extrema pobreza (em %) no município de Monte Alegre de Minas – MG. Fonte: PNUD (2013). Em 1991, a percentagem de pobreza era de, aproximadamente, 36%, em 2000; esse indicativo estava por volta de 22%, e em 2010 chegou a um valor menor que 10%. A extrema 8 “Medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010.” (PNUD, 2013) 145 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES pobreza no município também vem diminuindo; em 1991, a percentagem era de aproximadamente 13%, já em 2000 esse número diminui para cerca de 4%, e em 2010, está em torno de 2%. A Tabela 42 traz informações sobre a percentagem de apropriação da renda por estrato populacional de Monte Alegre de minas. Tabela 42: Percentagem da renda apropriada por estratos da população/ Monte Alegre de Minas - MG9. Anos 1991 2000 2010 20% mais pobres 2,91 3,85 5,06 40% mais pobres 8,59 11,27 14,4 60% mais pobres 17,79 22,43 28,18 80% mais pobres 33,73 38,57 47,1 20% mais ricos 66,27 61,43 52,9 Fonte: PNUD (2013). É em cima destes dados de renda que se observa se houve aumento ou diminuição das desigualdades de renda, bem como se percebe o nível de concentração de renda existente nos municípios. Segundo informações do PNUD (2013), o índice Gini10, no município de Monte Alegre de Minas, vem gradativamente diminuindo. Em 1991, esse índice era de 0,61, passando para 0,56, em 2000, e chegando a 0,47, no ano de 2010. O município de Monte Alegre de Minas possuía, em 2009, um total de 9 unidades de atendimento de saúde. Sendo que a maior parte desses estabelecimentos de saúde está sob gestão do poder público (Figura 90), fundamentalmente o poder local. Ou seja, quase 80% dos estabelecimentos de saúde do município são de responsabilidade do governo municipal, não tendo nenhuma unidade de saúde sob responsabilidade do governo brasileiro nem mineiro. Há dois estabelecimentos de saúde privados, sendo que um possui vínculo com o Sistema Único 9 “Percentual de renda total apropriada pelos indivíduos pertencentes ao quinto mais pobre da distribuição dos indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. O universo de indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes.” (PNUD, 2013) 10 “É um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.” (PNUD, 2013) 146 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES de Saúde (SUS) não tendo, portanto, fins lucrativos, enquanto a outra unidade de saúde privada possui fins lucrativos. Figura 90: Estabelecimentos públicos e privados de saúde em Monte Alegre de Minas – MG (2009). Fonte: IBGE (2009). Na Figura 91 visualiza que, das 21 escolas de nível básico (ensino pré-escolar, ensino fundamental anos iniciais e anos finais, e ensino médio), em 2009, boa parte oferece o ensino fundamental, representando, aproximadamente, 48% do total das escolas de Monte Alegre de Minas (IBGE, 2009). Cerca de 41% das escolas do município oferecem o ensino pré-escolar, sendo a segunda maior oferta de escolas por nível de ensino em Monte Alegre de Minas, ficando atrás só do ensino fundamental. Em relação à quantidade de escolas que oferecem ensino médio, existia uma grande discrepância com relação aos outros níveis de ensino. Apenas 11% das escolas no município oferecem o ensino médio. A percentagem da população, por religião, em Monte Alegre de Minas, no ano de 2010, é representada na Figura 92. No gráfico, identifica-se a maior percentagem de católicos, com 60%, seguido por evangélicos, com 16%, a população sem religião aparece com a percentagem de 15%, os Espíritas representam 8% e a população que representa outras religiões aparece com 1%. Segundo a publicação do IBGE (2002) “As fundações privadas e associações sem fins lucrativos” caracterizam entidades sem fins lucrativos, como instituições: privadas, sem fins 147 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES lucrativos, institucionalizadas, autoadministradas e voluntárias. A Tabela 43 traz a lista destas instituições. Figura 91: Distribuição de escolas por nível de ensino em Monte Alegre Minas – MG (2012). Fonte: IBGE (2012). Figura 92: Percentagem da população por religião em Monte Alegre de Minas – MG (2010). Fonte: IBGE (2010). As organizações sociais, em Monte Alegre de Minas, sejam elas mais ou menos articuladas, politicamente envolvidas com movimento de trabalhadores rurais e urbanos, servidores públicos, organizações políticas, entre outras, podem ser observadas na Tabela 44. 148 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 43: Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em Monte Alegre de Minas – MG em 2010. Número de unidades locais Pessoal ocupado assalariado em 31/12 Salários e outras Salário médio remunerações mensal (mil reais) (salários mínimos) Entidades sem fins lucrativos 42 85 976 1,64 Fundações privadas e associações sem fins lucrativos 23 58 656 1,67 Fonte: IBGE (2010). NOTA 1: Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados, apresentando a expressão <b>Não disponível</b>, a fim de evitar a individualização da informação. NOTA 2: As informações por grupos da classificação das entidades sem fins lucrativos e por grupos da classificação das fundações privadas e associações sem fins lucrativos somente são mostradas para os municípios com pelo menos 50.000 habitantes. Tabela 44: Associações e Sindicatos em Monte Alegre de Minas – MG (2014). ACISBANA – Associação Comum e Integração o Social Bairro N S Aparecida Famedi -Tia Cida - Fraternidade Assistencial Missionária Estrela de Davi Mocambique São Benedito Estrela da Guia ASMOTREG - Associação de Moradores do Trevão e Região AMBAPE - Associação Moradores Bairro Petrópolis Albergue São Francisco de Assis Aprodor - Associação dos Produtores do Douradinho e Região C.D.R.V. - Conselho de Desenvolvimento Rural do Valinhos Associação de Moradores do Bairro Jardim Eldorado Caixa Escolar da Escola Municipal Márcia Caetano Alves Escola da Skalada - Caixa Escolar da Escola Municipal Rural Fernando Vilela Associação Estudantil De Monte Alegre De Minas - Associação Estudantil De Monte Alegre De Minas Aparp - Aparma - Associação dos Pequenos Agricultores Regional de Monte Alegre Agrimontes - Associação Agrícola Monte Sião Afamam - Associação Familiar Dos Agric.De Monte Alegre De Minas Assenem - Associação Estudantil De Novos Empreendedores Montealegrense Aparma Ii - Aparma 02 Associação De Pequenos Agricultores Regional De Monte Alegre Loja Maçônica Ordem E Progresso - Loja Maçônica Ordem E Progresso Oriente De Monte 149 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Alegre De Minas Cambmam - Conselho das Associações de Moradores de Bairro de Monte Alegre de Minas Associação Dos Hortifruticultores De Monte Alegre De Minas - Assohfrut Consep -Mam - Conselho Comunitario De Seguranca Publica De Monte Alegre De Minas Aprobhart - Associação De Proteção Da Bacia Hidrográfica Do Rio Tejuco Associação Agrícola Asa Verde Casa Lar - Associação Amigos Da Casa Lar So-Sort - Sete De Ouro Sociedade Recreativa De Truque Catcmmam - Conselho Das Associações De Ternos De Congadas E Moçambique De Monte Alegre De Minas Ambsf - Associação Dos Moradores Do Bairro Sagrada Família Acemam - Associação Comunitária Especial De Desenvolvimento Cultural Social E Artístico De Monte Alegre De Minas Apimam - Associação Dos Aposentados ,Pencionistas E Idosos De Monte Alegre De Minas Associação De Moradores Do Bairro Toribate Avccmam - Associação Voluntaria De Combate Ao Câncer De Monte Alegre De Minas Centro Espírita A Caminho Da Luz Centro Espírita Andre Luiz Centro Espírita Emannuel Banda De Musica Munic União Montealegrense Sta Cecília Augusta E Resp Loja Maçônica Estrela Montealegrense Centro Espiritualista Eclético Lar De Jesus Associação De Moradores Do Bairro Rancho Alegre Sociedade Recreativa Montealegrense De Truque Instituto Pater De Educação E Cultura Cerea - Centro Recuperação De Alcoólatra De Monte Alegre Minas Associação De Moradores Do Bairro Flamengo Ambaisamp - Associação De Moradores Do Bairro Santa Maria E V.Prude Ambsa - Associação De Moradores Do Bairro Santo Antonio Associação De Moradores Do Bairro Chapada Associação De Moradores Do Bairro Bela Vista Igreja Evangélica Batista Dos Garcias Associação Comercial E Industrial De Monte A De Minas 150 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES C. E. Escola municipal rural José Cabral Vieira - caixa escolar Consuelo Bittencourt Conselho Comunitário Do Povoado Dos Garcias Rio Bravo - Clube Dos Criadores De Pássaro De Monte Alegre De Minas CDL - Câmara De Diretores Lojistas De Monte Alegre De Minas Centro Espírita Alfredo Julio E Seus Filiados Lar Espírita Padre Chico Ou Abrigo Padre Chico - Centro Espírita Alfredo Julio E Seus Filiados Associação Beneficente Barbara Heliodora Companhia Santos Reis - Associação Da Companhia De Santos Reis Serma Serviços De Mao De Obra S/C Ltda Assoc Comun E Integração Social Bairro N S Aparecida Aprommam - Associação De Produtores Doces Queijos M U Mte A Minas Ameocerrado - Associação Montealegrense De Defesa Do Cerrado Sispummam - Sindicato Dos Serviços Públicos Municipais De Monte A Minas Sindicato Dos Produtores Rurais De Monte Alegre De Minas Sindicato Dos Trabalhadores Rurais De Monte Alegre Fonte: Empresas do Brasil (2015). A estrutura de saúde pública e privada da cidade de Monte Alegre de Minas é caracterizada conforme a Tabela 45 adaptada do IBGE de 2009. Nela identificam-se as unidades ou equipamentos ou leitos dos estabelecimentos de saúde públicos ou privados, leitos para internação em estabelecimentos de saúde e equipamentos. Tabela 45: Tipos de serviços na área da saúde oferecidos por estabelecimentos públicos e privados em Monte Alegre de Minas – MG em 2009. Serviços oferecidos Unidades ou equipamentos ou leitos Estabelecimentos de Saúde privado com fins lucrativos 1 Estabelecimentos de Saúde privado sem fins lucrativos 1 Estabelecimentos de Saúde privado SUS 2 Estabelecimentos de Saúde com internação total 1 151 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Estabelecimentos de Saúde sem internação total 7 Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia total 1 Estabelecimentos de Saúde sem internação público 7 Estabelecimentos de Saúde com internação privado 1 Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia privado 1 Estabelecimentos de Saúde total privado/SUS 2 Estabelecimentos de Saúde com internação privado/SUS 1 Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia privado/SUS 1 Estabelecimentos de Saúde com especialidades com internação total 1 Estabelecimentos de Saúde com especialidades sem internação total 2 Estabelecimentos de Saúde geral sem internação total 6 Estabelecimentos de Saúde com especialidades sem internação público 1 Estabelecimentos de Saúde geral sem internação público 6 Estabelecimentos de Saúde com especialidades com internação privado 1 Estabelecimentos de Saúde com especialidades sem internação privado 1 Estabelecimentos de Saúde com especialidades com internação privado/SUS 1 Estabelecimentos de Saúde com especialidades sem internação privado/SUS 1 Estabelecimentos de Saúde SUS 9 Estabelecimentos de Saúde plano de terceiros 2 Estabelecimentos de Saúde particular 2 Estabelecimentos de Saúde único total 9 Estabelecimentos de Saúde único público 7 Estabelecimentos de Saúde único privado 2 Estabelecimentos de Saúde único privado/SUS 2 Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde total 22 Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde privado total 22 Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde privado SUS 22 Eletrocardiógrafo 3 152 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Raio X até 100mA 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial total 6 Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento médico em especialidades básicas 6 Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento médico em outras especialidades 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento odontológico com dentista 5 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência total 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Pediatria 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Obstetrícia 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Clínica 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Traumato Ortopedia 1 Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Ambulatorial 6 Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Internação 1 Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Emergência 1 Fonte: IBGE (2009). A quantidade de escolas privadas e públicas por nível de ensino em Monte Alegre de Minas, no ano de 2012, conforme o IBGE (2012) é demonstrada na Figura 93. No ensino fundamental, as escolas privadas representam o maior número de escolas, seguido pelo ensino pré-escolar e, em menor número, o ensino médio. Nas escolas municipais, o maior número de escolas é de ensino pré-escolar, representando o maior número de escolas de todo o gráfico, seguido pelas escolas de ensino fundamental e, em menor número, o ensino médio. As escolas estaduais oferecem o ensino fundamental, em maior número, seguido do ensino médio. Também é possível observar que o ensino pré-escolar possui 11 escolas no município, o ensino fundamental 13 escolas e o ensino médio 3 escolas. 153 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 93: Quantidade de escolas privadas e públicas por nível de ensino em Monte Alegre de Minas (2012). Fonte: IBGE (2012). A Figura 94 apresenta a relação da percentagem da população em domicílios com os serviços de distribuição de energia elétrica, distribuição de água encanada e coleta de lixo, em Monte Alegre de Minas, em 1991, 2000 e 2010, conforme o PNUD (2013). No gráfico, observa-se a evolução de todos os serviços, de 1991 a 2010. A maior evolução é constatada na população em domicílios com água encanada, de 80% em 1991, 91%, em 2000, para quase 98%, em 2010; e, na população em domicílios com coleta de lixo (somente na área urbana), de 82%, em 1991, para 99%, em 2010. Figura 94: Serviços de distribuição de energia elétrica, distribuição de água encanada e coleta de lixo em Monte Alegre de Minas – MG. Fonte: PNUD (2013). 154 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 3.1.14.7. Canápolis Em 14 de julho de 1934, José de Paula Gouveia, proprietário da fazenda Córrego do Cerrado, localizada no Município de Monte Alegre de Minas, doou cinco hectares para que neles fosse fundado um novo povoado. Seus primeiros habitantes foram moradores da própria fazenda e redondezas. Isto porque a região, pela fertilidade de suas terras e magnífica topografia, experimentava um desenvolvimento notável e animador. Outro fator que caracterizou a ocupação do território foi o loteamento e a venda de áreas localizadas ao redor do novo povoado, promovido pelo próprio Sr. José de Paula Gouveia e atraindo, desta feita, inúmeros forasteiros que ali se instalaram e deram curso a várias atividades econômicas. Recebeu o nome de Canápolis, que quer dizer: “Cidade da Cana”, devido às inúmeras plantações de cana-de-açúcar existentes no território. Pelo Decreto Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, foi criado o Distrito de Canápolis, com território desmembrado do Distrito de Monte Alegre. Em 1939/1943, o Distrito de Canápolis figura no Município de Monte Alegre. Foi elevado à categoria de município pela Lei nº 336, de 27 de dezembro de 1948 (IBGE Cidades, 2010). A cidade de Canápolis, segundo o Censo Demográfico de 2010 do IBGE, possuía uma população de 11.365 habitantes, dos quais 10.180 viviam na área urbana e 1.185 na zona rural. Da população residente, 5.984 eram homens e 5.381 mulheres (Figura 95; Tabela 46). O município de Canápolis possui 3.688 domicílios, 90% localizados na área urbana e 10% na área rural. Entre 2000 e 2010, a população de Canápolis teve uma taxa média de crescimento anual de 0,67%. Na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de -4,43%. No estado, essas taxas foram de 1,01%, entre 2000 e 2010, e 1,01%, entre 1991 e 2000. No país, foram de 1,01%, entre 2000 e 2010, e 1,02%, entre 1991 e 2000. Nas últimas duas décadas, a taxa de urbanização cresceu 40,08%. Canápolis sofreu um decréscimo populacional no período de 1992 a 1996, conforme apresenta o infográfico: A pirâmide etária da população de Canápolis é representada com 21% da população de 0 aos 14 anos, homens e mulheres. Dos 20 aos 64 anos, 71,6% são homens e 70,5% são mulheres e dos 70 aos 84 anos, 7,4% são homens e 8,5% mulheres (Figura 96). 155 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 95: Evolução populacional. Fonte: IBGE (2010). Tabela 46: Evolução populacional. Ano Canápolis Minas Gerais Brasil 1991 15.990 15.743.152 146.825.475 1996 10.301 16.567.989 156.032.944 2000 10.633 17.891.494 169.799.170 2007 11.313 19.273.506 183.987.291 2010 11.365 19.597.330 190.755.799 Fonte: IBGE (2010). Figura 96: Pirâmide Etária do município de Canápolis, Minas Gerais e Brasil. Fonte: IBGE (2010). 156 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Em Canápolis, a esperança de vida ao nascer evoluiu gradativamente, desde 1991. A taxa de esperança de vida, em 1991, era de 68,6 anos, em 2000, era de 72,5 e em 2010, 77,3 anos. Os indicadores demográficos, em Canápolis, mostram a percentagem de envelhecimento de 8,1%. A razão de dependência, que é a participação da população dependente (com 14 anos ou menos e de 65 anos ou mais de idade) em relação à população potencialmente ativa (com idade de 15 a 64 anos), é de 41,2%. A taxa de fecundidade, analisada pelo número médio de filhos por mulher durante o período reprodutivo (15 a 49 anos de idade), é 2,4. A mortalidade infantil (por 1000 nascidos vivos), considerando o número de óbitos de crianças até os 5 anos de idade, por 1000 crianças nascidas vivas, é de 14,0 (Tabela 47). Tabela 47: Escolas por nível em Canápolis. Variável Canápolis Minas Gerais Brasil Pré-escolar 6 74,31 1.077,91 Fundamental 7 118,31 1.447,05 Médio 1 29,79 271,64 Fonte: INEP (2012). A escolaridade da população adulta (25 ou mais), por nível de instrução, é 4.695 pessoas (68%) sem instrução, 700 pessoas (10%) com ensino fundamental completo, 1.077 pessoas (16%) com ensino médio completo e 427 pessoas (6%) com ensino superior completo. Os anos esperados de estudo em Canápolis são 9,6 anos, enquanto a média do estado de Minas Gerais é 9,4 anos. A frequência escolar, no município, é 68,6% de 15 a 17 anos, com ensino fundamental completo, 41,4% de 18 a 20 anos com ensino médio completo e 6,3% aos 25 anos ou mais com ensino superior completo (Tabela 48). A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o IDHM Educação. No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 19,74% e no período de 1991 e 2000, 138,70%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 56,71%, entre 2000 e 2010, e 62,03%, entre 1991 e 2000. A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 78,15% no período de 2000 a 2010 e 224,54% no 157 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 83,71% entre 2000 e 2010 e 200,80% entre 1991 e 2000 (Tabela 49). Tabela 48: Docentes por nível em Canápolis. Variável Canápolis Minas Gerais Brasil Pré-escolar 24 280,61 2.812, 32 Fundamental 78 1.611,08 15.412,47 Médio 16 595,44 5.388,60 Fonte: INEP (2012). Tabela 49: Matrículas por nível em Canápolis. Variável Canápolis Minas Gerais Brasil Pré-escolar 263 4.310,12 47.547,21 Fundamental 1.305 28.124,04 297.024,98 Médio 409 8.489,83 83.768,52 Fonte: INEP (2012). O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Canápolis era de 0,722, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,7 e 0,799). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu, em termos absolutos, foi educação (com crescimento de 0,223), seguida por renda e por longevidade. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi educação (com crescimento de 0,159), seguida por longevidade e por renda. Canápolis teve um incremento no seu IDHM de 60,80% nas últimas duas décadas, acima da média de crescimento nacional (47%) e acima da média de crescimento estadual (52%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 49,55%, entre 1991 e 2010 (Tabela 50). A renda per capita média de Canápolis cresceu 145,61% nas últimas duas décadas, passando de R$289,59, em 1991, para R$386,34, em 2000 e R$ 711,27, em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 33,41% no primeiro período e 84,10% no segundo. A 158 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 6,89%, em 1991, para 3,88%, em 2000 e para 1,13%, em 2010. A desigualdade aumentou: o Índice de Gini passou de 0,44, em 1991, para 0,50, em 2000, e para 0,50, em 2010 (Tabela 51). Tabela 50: Renda, Pobreza e Desigualdade - Canápolis - MG. 1991 2000 2010 289,59 386,34 711,27 % de extremamente pobres 6,89 3,88 1,13 % de pobres 31,88 21,83 4,83 Índice de Gini 0,44 0,50 0,50 Renda per capita Fonte: PNUD (2010). Tabela 51: Percentagem da Renda Apropriada por Estratos da População - Canápolis – MG. 1991 2000 2010 20% mais pobres 5,24 4,81 4,85 40% mais pobres 14,47 13,36 13,73 60% mais pobres 28,37 25,69 26,75 80% mais pobres 51,07 44,07 44,11 20% mais ricos 48,93 55,93 55,89 Fonte: PNUD (2010). Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 65,67%, em 2000, para 68,70%, em 2010 (Tabela 52). Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 0,86% em 2000 para 5,24% em 2010. 159 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 52: Ocupação da população de 18 anos ou mais - Canápolis - MG Ocupação da população 2000 2010 Taxa de atividade - 18 anos ou mais 65,67 68,70 Taxa de desocupação - 18 anos ou mais 10,86 5,24 Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 42,90 58,58 % dos ocupados com fundamental completo - 18 anos ou mais 24,81 44,28 % dos ocupados com médio completo - 18 anos ou mais 16,56 30,80 % dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. - 18 anos ou mais 54,15 18,41 % dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. - 18 anos ou mais 85,86 69,68 Nível educacional dos ocupados Rendimento médio Fonte: PNUD (2010). Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais, 28,52% trabalhavam no setor agropecuário, 0,10% na indústria extrativa, 21,65% na indústria de transformação, 3,73% no setor de construção, 0,36% nos setores de utilidade pública, 10,13% no comércio e 30,54% no setor de serviços (Tabela 53). Tabela 53: Vulnerabilidade Social - Canápolis – MG. Crianças e Jovens 1991 2000 2010 Mortalidade infantil 27,76 21,73 12,00 % de crianças de 4 a 5 anos fora da escola - 41,84 10,68 % de crianças de 6 a 14 anos fora da escola 24,57 4,46 1,00 - 16,12 8,70 % de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos 1,09 0,00 0,00 % de mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos 10,79 6,68 0,00 - 22,44 11,14 % de mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de 15 anos 11,91 8,46 14,20 % de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e 2,06 3,08 1,58 % de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza Taxa de atividade - 10 a 14 anos Família 160 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES dependentes de idosos % de crianças extremamente pobres 11,05 5,86 1,50 63,33 52,74 22,51 - 62,79 42,69 Trabalho e Renda % de vulneráveis à pobreza % de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal Fonte: PNUD (2010). A estrutura de saúde, em Canápolis, é constituída por 6estabelecimentos, sendo 5unidades de saúde públicas e 1unidade privada, isto no ano de 2009 (IBGE, 2009). Lembrando que todas as unidades públicas são de responsabilidade do poder público municipal, ou seja, mais de 80% (Figura 97) do serviço de saúde do município é de responsabilidade do governo local. A única unidade de atendimento privado do município é um estabelecimento sem fins lucrativos e está vinculado ao Sistema Único de Saúde. Figura 97: Distribuição de estabelecimento de saúde público e privado em Canápolis – MG em 2009. Fonte: IBGE (2009). Observando a Figura 98 e a Tabela 54 constata-se que aproximadamente 75% da população de Canápolis, em 2010, dizem ser da religião católica, correspondendo a 8501 moradores, do total de 11365 dos habitantes do município; portanto, a religião católica, quantitativamente, é a maior do município. Cerca de 13% da população consideram-se 161 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES evangélicos, e aproximadamente 3% são espíritas. Mas a diversidade religiosa do município não se restringe a estas três religiões, cerca de 9% da população possuem outras religiões e ou se consideram sem religião, ou ateus. Figura 98: Percentagem da população por religião em Canápolis (2010). Fonte: IBGE (2010). Tabela 54: Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em Canápolis - MG em 2010. Número de unidades Pessoal ocupado assalariado em 31/12 Salários e outras remunerações (por mil reais) Salário médio mensal (salários mínimos) Entidades sem fins lucrativos 60 87 806 1,5 Fundações privadas e associações sem fins lucrativos 38 70 668 1,54 Fonte: IBGE (2010). NOTA 1: Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados, apresentando a expressão <b>Não disponível</b>, a fim de evitar a individualização da informação. NOTA 2: As informações por grupos da classificação das entidades sem fins lucrativos e por grupos da classificação das fundações privadas e associações sem fins lucrativos somente são mostradas para os municípios com pelo menos 50.000 habitantes. O município de Canápolis possui 3.688 domicílios para uma população residente de 11.365 habitantes, que se dividem em 90% na área urbana (10.180) e 10% na zona rural (1.185). Dos 11.365 habitantes, o número de residentes homens é de 5.984 ou 53% e de 162 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES mulheres é de 5.381 ou 47%. A cidade de Canápolis possui 169 empreendedores individuais, que participam em 0,9% economicamente na microrregião, 279 micro e pequenas empresas, que participam em 0,7% economicamente na microrregião e 03 médias e grandes empresas, que participam em 0,8% na economia da microrregião. Dos estabelecimentos de saúde em Canápolis: 04 são estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento médico em especialidades básicas; 01 estabelecimento de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento médico em outras especialidades; 04 estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento odontológico com dentista; 01 estabelecimento de Saúde com atendimento ambulatorial sem atendimento médico; 05 estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial total; 01 estabelecimento de Saúde com atendimento de emergência Clínica; 01 estabelecimento de Saúde com atendimento de emergência Obstetrícia; 01 estabelecimento de Saúde com atendimento de emergência Pediatria; 01 estabelecimento de Saúde com atendimento de emergência total; 01 estabelecimento de Saúde com atendimento de emergência Traumato Ortopedia; 01 estabelecimento de Saúde com internação privado; 01 estabelecimento de Saúde com internação privado/SUS; 01 estabelecimento de Saúde com internação total; 01 estabelecimento de saúde privado com atendimento médico ambulatorial AMI – Assistência Médica Infantil; 01 estabelecimento de Saúde com terceirização privado; 01 estabelecimento de Saúde com terceirização privado/SUS; 01 estabelecimento de Saúde com terceirização total; 01 estabelecimento de Saúde geral com internação privado; 01 estabelecimento de Saúde geral com internação privado/SUS; 01 estabelecimento de Saúde geral com internação total; 05 estabelecimentos de Saúde geral sem internação público; 05 estabelecimentos de Saúde geral sem internação total; 01 estabelecimento de Saúde particular; 01 estabelecimento de Saúde plano de terceiros; 01 estabelecimento de Saúde privado sem fins lucrativos; 01 estabelecimento de Saúde privado SUS; 01 estabelecimento de Saúde privado total; 05 estabelecimentos de Saúde público municipal; 05 estabelecimentos de Saúde público total; 05 estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS ambulatorial; 01 estabelecimento de Saúde que prestam serviço ao SUS internação; 05 estabelecimentos de Saúde sem internação público; 05 estabelecimentos de Saúde sem internação total; 06 estabelecimentos de Saúde SUS; 01 estabelecimento de Saúde terceirizado privado; 01 estabelecimento de Saúde terceirizado privado/ SUS; 01 estabelecimento de Saúde terceirizado total; 06 estabelecimentos de Saúde total; 01 estabelecimento de Saúde total 163 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES privado/SUS; 05 estabelecimentos de Saúde único público; 05 estabelecimentos de Saúde único total; 31 leitos para internação em estabelecimentos de saúde privado SUS; 31 leitos para internação em estabelecimentos de saúde privado total; 31 leitos para internação em estabelecimentos de Saúde total; 1 Raio X até 110mA (IBGE, 2009). 3.2. SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O CIDES 3.2.1. Gurinhatã O sistema público de abastecimento de água de Gurinhatã é da Copasa e atende toda a população. Três poços tubulares servem de manancial do sistema de abastecimento. São eles os poços C1 e C2, um em frente ao outro, nos dois lados da Avenida Getulio Vargas, na região central da cidade, mais o poço C4, próximo a Rodovia MG 461. Os três poços localizam-se próximos às margens do Córrego Rincão,que corta a cidade pela sua parte baixa e é canalizado até a ponte da Avenida Getulio Vargas (Figura 99, Figura 100 e Figura 101). Conforme o quadro anterior, o condicionamento da água dos três poços consiste de cloração e fluoretação efetuada antes da água chegar a um reservatório apoiado de 200 m 3. Deste, uma elevatória aduz água para um reservatório elevado de 25 m3, situado ao seu lado, e para um reservatório apoiado de 150 m3, distante cerca de 800 metros dali, que também tem ao seu lado outro reservatório elevado, de 20 m3, para o qual a água é novamente bombeada. Juntos, estes dois conjuntos de reservatórios abastecem a cidade. Sob a responsabilidade da prefeitura, o sistema de esgotos da cidade consiste de rede coletora, uma estação elevatória e um sistema de tratamento de esgoto composto por duas lagoas naturais, tendo o Ribeirão São Jerônimo como corpo receptor do esgoto tratado (Figura 102 e Figura 103) 164 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 99: Placas fixadas junto aos poços indicam vazões de 4,80 l/s, 3,20 l/s e 3,03 l/s, respectivamente, para os poços C1, C2 e C4. Figura 100: Aspectos dos poços C1, C2 e C4. 165 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 101: De cima para baixo, aspectos do sistema de condicionamento da água, reservatórios apoiado e elevado maiores, elevatória e reservatórios apoiado e elevado menores. Conforme as informações prestadas por um servidor da prefeitura, a rede coletora de esgoto atende toda a população da cidade. A estação elevatória, cujo estado de conservação deixa a desejar, aduz todo o esgoto coletado para o sistema de tratamento. O sistema de tratamento, por sua vez, pelo que se observou, necessita de reparos. No dia da visita,o esgoto entrava apenas em uma das lagoas e somente por uma das duas canalizações de entrada. Uma 166 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES das caixas de passagem de distribuição do esgoto para as lagoas vertia esgoto para o terreno, além das lagoas não exibirem efluente algum na tubulação que deveria lançá-lo no Ribeirão São Jerônimo. Figura 102: De cima para baixo, aspectos da estação elevatória de esgotos, caixa de passagem e poço de visita que encaminham o esgoto da rede coletora para o poço de sucção da elevatória. Com relação à drenagem urbana em Araporã, contatou-se que, no final do ano de 2014, no ponto mais a montante em que o Córrego Rincão corta a cidade, uma ponte de 21 m de extensão, na realidade um bueiro em tubos Armco de 2,8 m de diâmetro está acabando de ser construída. Em continuação da sua travessia sobre o córrego, dos dois lados, estão sendo implantadas galerias de 1,2 m de diâmetro. Esta ponte, assim referida pelos moradores locais, em uma avenida do trecho urbano, na realidade é continuação da rodovia MG 461 (Figura 104, Figura 105 e Figura 106). 167 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 103: De cima para baixo, aspectos das tubulações de sucção, dos conjuntos motoresbombas e tubulações de recalque de esgoto para o sistema de tratamento. Na Avenida Getulio Vargas, área central de cidade, ha cerca de 6 anos o Córrego Rincão foi canalizado com três tubos Armco, sanando uma antiga deficiência local de escoamento por ocasião das chuvas mais intensas (Figura 107). 168 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 104: De cima para baixo e da direita para a esquerda, área, vistas, entradas e vazamento na entrada de esgoto das lagoas. Com recursos da defesa civil, dois bueiros estão em construção, sendo que um deles localiza-se no caminho que leva a estação de tratamento de esgoto, em ponto mais a jusante em que o Córrego Rincão corta a cidade. Ainda, em ponto intermediário entre a ponte sobre a MG 461 e a Avenida Getulio Vargas, existe uma travessia do Córrego Rincão que, com a conclusão da ponte sobre a rodovia, prevê-se que se tornará um ponto crítico. Por isto, planeja-se adequá-lo e, assim, acredita-se que a drenagem urbana estaria razoavelmente equacionada (Figura 108). 169 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 105: De cima para baixo e da direita para a esquerda, tomada, caixa de passagem, tubulação de descarga, montante, ponte e jusante do corpo receptor no ponto de lançamento do efluente das lagoas. Figura 106: Vista da ponte em construção e dos tubos para a galeria de um dos seus lados. 170 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 107: Da esquerda para a direita, vista das bocas de lobo do lado da avenida em que se localiza o poço C1 e do lado em que se localiza o poço C2. Figura 108: Bueiro em construção próximo as lagoas de tratamento de esgoto. 3.2.1.1. Distrito de Flor de Minas Com aproximadamente 500 habitantes, o Distrito de Flor de Minas, margeado pela BR 365, fica a 35 km de Gurinhatã e também é abastecido pela Copasa. De maneira geral, Flor de Minas chama a atenção por exibir ruas, casas, jardins, quintais e demais áreas com ótimo aspecto de arrumação, limpeza e cuidado. O sistema público de abastecimento de água de Flor de Minas conta com dois poços que juntam suas águas e através de um reservatório elevado abastecem todo o distrito. O poço 171 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES EO2, de 88 m de profundidade, 150 mm de diâmetro e vazão de 2,46 l/s, localizado em frente ao Ginásio de Esporte João Grosso, foi o primeiro a abastecer o distrito,que inicialmente não tinha reservatório de distribuição. Posteriormente foi perfurado um segundo poço, C1, de 90 m de profundidade, 150 mm de diâmetro e vazão de 3,84 l/s. Este, localizado na parte mais alta do distrito, fica junto a um reservatório elevado de 30 m3, conta com laboratório e casa de química. Faz quatro ou cinco anos que o serviço de água de Flor de Minas passou para a responsabilidade da Copasa (Figura 109 e Figura 110). Quanto ao sistema de esgoto, Flor de Minas tem rede coletora e um antigo sistema, ao que parece de tanque séptico e sumidouro. Este, além de localizar-se em área aberta, com livre circulação e atualmente cultivada com milho, já não funciona adequadamente. O sumidouro mais ao extremo do sistema apresenta um extravasamento de esgoto que escoa pelo terreno, atravessa um bueiro da rodovia BR 365 e alcança uma represa que serve para a dessedentação de animais (Figura 111 e Figura 112). Segundo informações existe um projeto da Funasa, para construir uma ETE, orçado em cerca de três milhões. Figura 109: Aspectos do primeiro poço que abastece o distrito. 172 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 110: Aspectos do segundo poço que abastece o distrito. 173 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 111: Aspecto do que parece ser um sistema de tanque séptico e sumidouro, com o detalhe do extravasamanento. 174 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 112: Vista do esgoto que escorre pelo terreno, atravessa a BR 365 e alcança uma represa rural. 3.2.2. Prata Em linhas gerais, o sistema de abastecimento de água da cidade de Prata segue padrões tradicionais, englobando uma captação superficial, duas captações subterrâneas com poços artesianos, duas adutoras de água bruta, uma estação de tratamento de água, três reservatórios de distribuição, rede de distribuição com tubulações de ferro fundido cinzento e PVC rígido na sua maioria. O sistema de abastecimento de água é gerenciado pala Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA. O córrego Sidnei é o principal manancial de abastecimento da 175 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES cidade de Prata. Manancial, com outorga de 74 l/s, em barragem de nível, com tomada de água constituída por tubulação de ferro fundido de 250mm de diâmetro, perfurada com quatro pequenos furos em cada seção e com espaçamentos de aproximadamente 5 cm ao longo do seu eixo. Os furos impedem a entrada de folhas e galhos na tubulação. A tubulação é transversal ao curso de água (paralela ao corpo da barragem) e conectada a uma caixa. Esta, por sua vez, está acoplada a uma adutora (ferro fundido com diâmetro de 250mm) que transporta a água bruta, por gravidade, até o desarenador para retirar a areia, uma vez que os furos ao longo do tubo transversal ao curso de água não impedem a entrada da mesma. A Figura 113 ilustra a imagem da barragem de nível. Durante a estiagem de 2014, em regime de emergência, foram perfurados dois poços tubulares, próximos à captação superficial do Córrego Sidnei. Um poço possui 600m de profundidade e o outro 400m, cujas respectivas outorgas são: de 25 l/s e 20 l/s. Apesar da existência desses poços, atualmente eles não sendo utilizados, ficando apenas para dar um suporte ao sistema de captação de água do Córrego Sidnei caso haja uma nova estiagem extrema. A Figura 114 apresenta os dois poços artesianos e suas respectivas alimentações ao poço de sucção do sistema elevatório. A Estação Elevatória de Água Bruta – EEAB é constituída por duas bombas, sendo uma reserva, com uma potência de 125C.V. que recalca uma vazão de 70 l/s através de duas adutoras de ferro fundido com 150mm de diâmetro cada. A interligação da bomba com as duas adutoras é feita através de uma tubulação de 250mm de diâmetro com 8m de comprimento. Ela trabalha em média 18hs por dia, sendo desligada por volta da meia noite e religada próximo às 6hs da manhã. A Figura 115 apresenta o desarenador com poço de sucção e a casa de bombas, que recalca a água bruta para a Estação de Tratamento de Água - ETA. A ETA, de tratamento convencional, entrou em operação em 1976 e atualmente trata em média 72,5 l/s, operando 18 horas por dia. Semanalmente são feitos exames bacteriológico da água tratada e da água da rede, além de cor, turgidez, cloro e flúor. O sistema é completo constituído de calha Parshall, floculadores, decantadores, filtros, casa de química, tanque de contato e reservatórios enterrado e elevado. 176 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 113: Barragem de nível para tomada no Córrego Sidnei. Figura 114: Poços tubulares próximo ao Córrego Sidney. A cloração é feita somente na chegada da água bruta, a montante da calha Parshall, juntamente com a cal de reação, também lançada depois do decantador, para ajustar o pH que foi alterado pelo sulfato. Somente o flúor é dosado no tanque de contato. As Figura 116 e Figura 117 ilustram, respectivamente, os dosadores de cloro, sulfato de alumínio e flúor e os dosadores de cal próximos à calha Parshall. 177 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 115: Desarenador e bombas que recalcam a água bruta para a ETA. Figura 116: Dosadores de nível constante de cloro, sulfato de alumínio e flúor. Figura 117: Dosador de cal e ponto de dosagem junto à calha Parshall. A ETA possui três filtros e no procedimento de lavagem, dois ficam funcionando enquanto o outro é lavado utilizando os 50 m 3 do reservatório superior. As Figura 118 e Figura 119 apresentam, respectivamente, os reservatórios enterrados e o reservatório superior. 178 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 118: Reservatórios inferiores. Figura 119: Reservatório superior. Os reservatórios enterrados possuem 500 m 3 e 1250 m 3 . O elevado possui 50 m 3 e é utilizado para limpar diariamente os filtros. A água expelida dos filtros vai para uma represa onde o lodo é retirado a cada cinco anos por uma empresa terceirizada. Alguns fazendeiros utilizam essa água da represa para outros fins. 179 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os reservatórios enterrados da ETA alimentam boa parta da rede de distribuição de água da cidade. Eles alimentam, também, dois reservatórios de sobras, o reservatório Bela Vista e reservatório Jardim Brasil. Esses dois reservatórios abastecem outras áreas da cidade como demonstra a Figura 120. Figura 120: Regiões abastecidas pela rede de distribuição de água. Reservatório Bela Vista COPASA Reservatório Jardim Brasil O reservatório Bela Vista possui uma capacidade total de 50 m3, sendo que 20m3 são elevados. O outro reservatório de sobras, o reservatório Jardim Brasil, alimenta os bairros: Cruzeiro do Sul, Vila de Fátima, Dona Regina, Jardim Brasil, Jardim Custódio, Colina Park Boulevard e Residencial Parque do Jacarandá. Analogamente ao reservatório Bela Vista, o reservatório Jardim Brasil também possui uma capacidade total de 50 m3, sendo que 20 m3 são elevados, como mostra a Figura 121. 180 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 121: Reservatório Jardim Brasil. Há uma previsão de futuros reservatórios de distribuição. São eles: reservatório de 50 m 3 de capacidade com previsão funcionamento até o final de 2015, quando inaugurar um loteamento no bairro Jacaré. Ele será alimentado diretamente pelos reservatórios enterrados da ETA. Antes de alimentá-lo, a adutora passará por uma estação elevatória situada no bairro Primavera III. Esse reservatório também alimentará os bairros: Primavera I e II e Morada do Sol, como ilustrado na Figura 122. Está previsto, também, a instalação de outro reservatório de 200 m 3 de capacidade situado próximo a BR-153, com o intuito de abastecer o bairro Jardins e alguns bairros futuros, localizados ao lado dos bairros Colina Park Boulevar, Bairro Arantes e Setor Industrial Faber Castell, como mostra a Figura 123. O Esgotamento Sanitário de Prata está a cargo da Prefeitura Municipal e o sistema que está sendo implementado atenderá a 100% da demanda. O sistema de tratamento de efluentes é composto por: tratamento preliminar, Elevatória de esgotos, Reatores UASB, Filtro biológico percolador, Decantador secundário, Elevatória de recirculação do efluente tratado, Sistema de desidratação de lodo composto por seis células de secagem, e Unidade de apoio operacional (Figura 124, Figura 125, Figura 126, Figura 127, Figura 128, Figura 129 e Figura 130). 181 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 122: Nova região que será abastecida pelo reservatório. Figura 123: Região que será abastecida pelo reservatório. 182 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 124: Tratamento preliminar e Elevatória de esgotos da Estação de Tratamento de Esgotos do Município de Prata, MG. Figura 125: Reatores UASB – ETE de Prata, MG. 183 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 126: Filtro biológico percolador – ETE de Prata, MG. Figura 127: Decantador secundário – ETE de Prata, MG. 184 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 128: Elevatória de recirculação do efluente tratado, ETE de Prata, MG. Figura 129: Sistema de desidratação de lodo composto por seis células de secagem, ETE de Prata, MG. 185 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 130: Unidade de apoio operacional, ETE de Prata, MG. O município de Prata necessita de algumas ações para melhorar o saneamento básico da sede e distritos. A primeira meta é terminar as obras da ETE e colocá-la em operação. Deve-se também implantar a ETE da Vila Monjolinho evitando o lançamento in natura. São necessárias as seguintes providências para melhorar a eficiência do sistema de tratamento de esgotos: desobstrução dos interceptores e dos emissários de esgoto; interligação dos coletores aos interceptores e eliminação de qualquer lançamento direto de esgoto bruto nos córregos adjacentes, bem como em qualquer outro corpo de água superficial inserido na malha urbana; realização dos cadastros de rede coletora de esgoto e adaptação com o surgimento de novos loteamentos; monitoramento frequente da quantidade e da qualidade do esgoto tratado após adequação da ETE; identificação e eliminação gradual das ligações clandestinas de água pluvial na rede coletora de esgoto; e efetivação de monitoramento frequente da qualidade da água do Córrego do Carmo/Prata, que é o corpo hídrico receptor do esgoto na área urbana. Este monitoramento deve ser implementado em vários pontos a montante e a jusante do lançamento do esgoto tratado, com resultados amplamente divulgados para a população. 186 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A drenagem urbana em Prata é um aspecto importante a ser observado para se evitar o surgimento de erosões nas áreas urbanas, assim como a evolução dos processos erosivos existentes. Foram constatados processos erosivos relacionados com a travessia sob rodovia e trechos sem sistema de drenagem (Figura 131, Figura 132 e Figura 133). Figura 131: Processos erosivos relacionados com travessia sob rodovia. Figura 132: Locais sem rede de drenagem urbana. Instalação de processos erosivos na forma de sulcos e ravinas. 187 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 133: Escoamento superficial e sulcos pela ausência de rede de drenagem. Em alguns locais ocorre o acúmulo de água pela redução do diâmetro da galeria, onde o escoamento superficial provoca erosão (Figura 134 e Figura 135). Figura 134: Escoamento superficial originando ravina. Redução no diâmetro da galeria. 188 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 135: Galerias mal dimensionadas, originando voçorocas. Em Prata devem ser adotadas medidas urgentes para eliminar as erosões existentes no perímetro urbano. Além disso, devem ser adotadas as seguintes ações: realização de cadastros da rede de drenagem pluvial e atualização; construção de lançamentos adequados da água pluvial nos curso de água dentro da zona urbana; limpeza frequente e periódica das bocas de lobo, com substituição das grades danificadas; implantação de um pluviômetro na cidade para monitoramento contínuo das precipitações diárias;implantação do zoneamento do uso do solo; implantação de uma campanha sobre a necessidade da manutenção de áreas permeáveis; estudo da viabilidade de criação de parques municipais inseridos na zona urbana; e implantação de microdrenagem (bocas de lobo e galerias) em pontos de acúmulo de água. 3.2.2.1. DISTRITO DE JARDINÉSIA OU BOM JARDIM O distrito possui uma população de aproximadamente 100 habitantes. É constituído de uma praça central e apenas o seu entorno é asfaltado, como mostra a Figura 136. A captação de água é realizada por dois poços artesianos. O primeiro poço está localizado ao lado do reservatório de distribuição (situado no ponto alto do distrito). Um 189 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES segundo poço está localizado na praça central, situado a aproximadamente 200m abaixo do reservatório. As Figura 137 e Figura 138 apresentam a localização dos dois poços juntamente com a rede de distribuição de água. Figura 136: Praça central do Distrito de Jardinésia. O reservatório, com capacidade de 150 m 3 , fica num ponto alto do distrito e alimenta a rede de distribuição de água, como ilustrado na Figura 139. Atualmente, o distrito de Jardinésia não trata suas águas de abastecimento. Todavia, há expectativa de que a água captada pelos dois poços artesianos possua uma qualidade desejada para consumo. Contribuem para isto a grande profundidade da qual água é extraída, o que estabelece excelente condições de proteção contra agentes poluidores que normalmente encontram-se na superfície do terreno, além da própria ação filtrante do meio poroso localizado no subsolo. 190 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Isto naturalmente resulta em uma água com baixa turbidez, atendendo aos padrões de potabilidade de águas para consumo humano. A ausência de indicadores organolépticos, como sabor e odor reforçam as vantagens qualitativas desta água subterrânea. Figura 137: Localização dos poços artesianos e da rede de distribuição de água. Figura 138: Imagem do poço na praça central e poço na base do reservatório. 191 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 139: Reservatório de distribuição de água. O distrito não possui rede de esgoto e todo ele é coletado por fossas sépticas em frente às residências. As fossas possuem dimensões diversas, isto é, não existe um padrão de diâmetro e profundidade. Nenhuma rua é asfaltada e não possui sistema de drenagem de água pluvial, como mostra as Figura 140 e Figura 141. 3.2.2.2. Distrito do Patrimônio do Rio do Peixe O distrito possui uma população de aproximadamente 700 habitantes, com uma avenida central (Avenida Presidente Vargas) que atravessa todo o distrito, dividindo-o praticamente ao meio, conforme o mapa ilustrado na Figura 142. 192 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 140: Rua Nona. Figura 141: Rua Sexta. A parte mais alta do distrito fica nas proximidades da rua Dr. Paes Leme, enquanto que a parte mais baixa encontra-se a Rua 10 de Novembro. A Figura 143 apresenta uma imagem da Avenida Presidente Vargas: Na parte baixa do distrito encontra-se um curso de água denominado Rio do Peixe, como ilustrado na Figura 144. 193 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 142: Mapa do distrito do Patrimônio do Rio do Peixe. Figura 143: Avenida Presidente Vargas. 194 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 144: Rio do Peixe. A captação de água é realizada por um poço artesiano (180m de profundidade) localizado no ponto mais alto do distrito e por uma mina de água, localizada a aproximadamente 2,5km de distância. O poço artesiano alimenta o reservatório por uma tubulação de PVC de 60mm de diâmetro e 40m de comprimento. A bomba fica situada a 150m de profundidade dentro do poço e bombeia uma vazão de 12 m 3 / h O poço artesiano foi construído para auxiliar a mina de água no abastecimento do distrito, à medida que a população do mesmo foi crescendo. A Figura 145 apresenta fotos do poço artesiano. A água armazenada no reservatório próximo à mina é conduzida por gravidade e ininterruptamente ao reservatório localizado na parte superior do distrito, através de uma tubulação de PVC com 50mm de diâmetro e 2,5km de comprimento. A Figura 146 ilustra o reservatório que armazena água da mina. Existe um reservatório com capacidade de 30 m 3 situado ao lado do poço artesiano que recebe água do mesmo e da mina, como mostra a Figura 147. 195 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 145: Poço artesiano. Figura 146: Reservatório próximo à mina que abastece o distrito. 196 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 147: Reservatório do distrito com 30m³ de capacidade. Toda a rede possui praticamente 40mm de diâmetro e os ramais que alimentam as casas possuem diâmetros entre ½” e ¾”. Não existem hidrômetros nas casas, logo, não há cobrança do uso da água. A tubulação da rede é constituída de ferro fundido cinzento (rede antiga). À medida que ela sofre manutenção, a tubulação antiga é substituída por tubulação de PVC. A Figura 148 apresenta a rede de distribuição de água do distrito. Atualmente, o distrito do Patrimônio do Rio do Peixe não trata suas águas de abastecimento, nem da mina de água, nem do poço subterrâneo. Todavia, há expectativa de que a água de melhor qualidade do sistema seja aquela captada pelo poço profundo. Contribuem para isto a grande profundidade da qual água é extraída (180m de profundidade), o que estabelece excelente condições de proteção contra agentes poluidores que normalmente encontram-se na superfície do terreno, além da própria ação filtrante do meio poroso localizado no subsolo. O distrito não possui rede de esgoto e todo ele é coletado por fossas sépticas em frente às residências. As fossas possuem dimensões diversas, isto é, não existe um padrão de diâmetro e profundidade. A Figura 149 apresenta uma imagem da situação em frente às casas. 197 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 148: Rede de distribuição de água do Distrito do Patrimônio do Rio do Peixe. Figura 149: Ausência de rede de esgoto no distrito. Nenhuma rua é asfaltada e não possui sistema de drenagem de água pluvial, como mostra a Figura 150. 198 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 150: Rua sem asfalto em frente ao colégio do distrito. Todo o escoamento superficial é desembocado no Rio do Peixe, como mostra a Figura 151. Figura 151: Sentido do escoamento de água pluvial no distrito. 199 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 3.2.3. Monte Alegre de Minas: O sistema de abastecimento de água é de responsabilidade da Prefeitura Municipal com captação superficial no rio Babilônia (Figura 152) e 25 poços tubulares com retirada de água da formação Serra Geral; atendimento de 100% da população; sistema de tratamento de água convencional da água superficial, e água subterrânea não tratada (sem desinfecção). Figura 152: Captação superficial no Rio Babilônia. Monte Alegre de Minas, MG. O sistema de captação de águas subterrâneas apresenta um conjunto de 25 poços, sendo que, em apenas 8 deles, tem-se conhecimento acerca das vazões bombeadas (Figura 153). Para a vila do distrito de Garcias, os diagnósticos revelaram que a capacidade de volume de água armazenada, seja pela introdução de um novo reservatório, seja pela ampliação da capacidade do reservatório situado nas adjacências da igreja. Além disso, é 200 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES necessário o estabelecimento da desinfecção e da fluoretação da água subterrânea explotada na vila de Garcias. Figura 153: Localização dos poços tubulares utilizados no abastecimento público de Monte Alegre de Minas. A água tratada ainda não é fluoretada. Este aspecto precisa ser implantado para que o tratamento esteja de acordo com Portaria N. 635/1975 do Ministério da Saúde. A água superficial, tratada na ETA (Figura 154 e Figura 155), é misturada com a água subterrânea não tratada. É preciso implantar pelo menos a desinfecção da água subterrânea. Embora atualmente esteja em fase de implantação, não há hidrômetros em todas as edificações. 201 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O sistema de esgotamento sanitário é de responsabilidade da Prefeitura Municipal, composto por rede coletora (coletor secundário e tronco apenas) na área urbana - 100%; fossa séptica no distrito de Garcias - 100%; a construção da ETE está paralisada na área urbana. É necessário fazer a identificação e eliminação das ligações clandestinas de água pluvial na rede coletora de esgoto. Este fator é prejudicial ao tratamento biológico do esgoto, uma vez que amplia transitoriamente as vazões afluentes à ETE. Figura 154: Estação de Tratamento de Água em Monte Alegre de Minas, MG. Figura 155: Reservatórios e rede alimentadora principal de água em Monte Alegre de Minas, MG. 202 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Outra ação importante é fazer a interligação dos coletores aos interceptores e eliminação de qualquer lançamento direto de esgoto bruto nos córregos Monte Alegre e Maria Elias, bem como em qualquer outro corpo de água superficial inserido na malha urbana (Figura 156). Deve ser feito o monitoramento frequente da quantidade e da qualidade do esgoto tratado. Este procedimento permite mensurar a eficiência do tratamento de esgotos, embasando eventuais ações e obras que ampliem o rendimento da ETE. Figura 156: Lançamentos de esgoto in natura na rede hidrográfica no perímetro urbano em Monte Alegre de Minas. Existem ligações clandestinas de água pluvial na rede coletora de esgoto, o que satura a capacidade de escoamento do sistema de esgotamento. Ocorrem também lançamentos de esgoto bruto nos córregos Maria Elias e no afluente do Ribeirão Monte Alegre (Figura 157). As obras da ETE de Monte Alegre de Minas estão paralisadas. Não foram concluídas também a instalação dos interceptores e emissários de esgoto no perímetro urbano. Na vila de Garcias não existe rede coletora de esgotos e disposição final do esgoto sanitário sendo os 203 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES mesmos encaminhados diretamente em fossa negra ou sumidouro, sem nenhum tipo de tratamento prévio. Figura 157: Localização e projeto da ETE de Monte Alegre de Minas (em construção). 721947 m E 7912150 m S 721681 m E (3) (7) N (4) (6) (5) 7911890 m S (2) (8) (1) Córrego Monte Alegre (8) RAFA (3) Filtro biológico percolado (4) Decantador secundário (5) Elevatória de recirculação (6) Gradeamento/Caixa de areia/Calha Parshall (1) Elevatória de efluente (2) Leito de secagem (7) Com relação à drenagem urbana: existem processos erosivos avançados em dois pontos finais de lançamento da galeria (um na cabeceira do córrego Maria Elias e outro a jusante da área urbana no córrego Monte Alegre); sistema de drenagem urbana atende 100% da área urbana, todavia apenas problemas pontuais com a manutenção e limpeza das bocas de lobo; necessidade de grade de proteção ao longo dos trechos canalizados nos córregos na área urbana (Figura 158). Para melhorar o sistema de drenagem urbana em Monte Alegre deve-se realizar a limpeza frequente e periódica das bocas de lobo, com substituição das grades danificadas; 204 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES implantação de um pluviômetro na ETA e início do monitoramento contínuo das precipitações diárias, com o objetivo é construir uma série histórica de precipitações suficientemente consistente para orientar previsões e embasar projetos de obras de drenagem. Deve também fazer o mapeamento planialtimétrico adjacente ao percurso do ribeirão Monte Alegre e do córrego Maria Elias, dentro da zona urbana. Este levantamento deverá produzir curvas de nível confiáveis, com incrementos de 1 m, com uma faixa de abrangência de 100 m da margem esquerda e 100 m da margem direita destes canais. Este levantamento subsidiará o zoneamento de áreas com risco de serem atingidas por inundações. É importante realizar estudo da viabilidade de criação de parques municipais inseridos na zona urbana. Neste contexto, o objetivo principal é a redução do escoamento superficial e amortecimento de cheias na própria bacia, com vistas à minimização de futuros problemas de enchentes nos canais principais que cortam a zona urbana. Outra ação importante é a implantação de fiscalização acerca da manutenção de áreas permeáveis maiores ou iguais às mínimas permissíveis nos lotes. Figura 158: Pontos de lançamento da drenagem pluvial nos cursos d‟água em Monte Alegre de Minas. 205 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 3.2.4. Araporã O abastecimento de água em Araporã é responsabilidade da Prefeitura Municipal. Existe uma captação superficial no rio Paranaíba (Figura 159), mais uma captação ainda não operante no reservatório da Usina Hidrelétrica de Itumbiara. A adutora está pronta, faltando apenas o ponto de tomada de água e o sistema elevatório. Este sistema atende 100% da população. Trata-se de sistema de tratamento convencional de água superficial. Figura 159: Adutora no Rio Paranaíba. A passarela de acesso ao sistema de captação flutuante do rio Paranaíba está em estado precário de conservação. Evidencia-se principalmente a ausência de grande quantidade de grelhas metálicas que possam ser trafegadas para transporte de equipamentos e para eventuais manutenções das bombas. A estação de tratamento de água apresenta desempenho insatisfatório quando a água bruta apresenta elevada turbidez. Os leitos filtrantes dos quatro filtros da ETA necessitam de troca para que seu funcionamento seja adequado (Figura 160 e Figura 161). 206 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 160: Chegada da água na ETE Araporã. Figura 161: Leitos filtrantes – ETE Araporã. Em termos de armazenamento de água, as estimativas prevêem uma possível saturação do atual sistema de reservação quando a cidade atingir 13500 habitantes. Por isto, a demanda 207 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES por novos tanques de armazenamento deve ser cuidadosamente verificada dentro deste horizonte de médio prazo (Figura 162). Os tanques de contato são vulneráveis a agentes poluidores de superfície e de telhados. Não há tratamento do lodo gerado na ETA, os quais decorrem principalmente das lavagens dos filtros e das descargas e lavagens nos decantadores. Embora atualmente esteja em fase de implantação, não há hidrômetros em todas as edificações na cidade de Araporã. Figura 162: Reservatórios água tratada em Araporã. O esgotamento sanitário é de responsabilidade da Prefeitura Municipal. O sistema é composto de rede coletora (coletor secundário e tronco) mais interceptor, emissário e ETE. Este sistema atende toda a área urbana - 100%. Existem ligações clandestinas de água pluvial na rede coletora de esgoto, o que satura a capacidade de escoamento do sistema de esgotamento.A Estação Elevatória de Esgoto EEE existente no Setor Industrial encontra-se atualmente inoperante, o que faz com que o 208 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES efluente gerado nesta região seja direcionado pontualmente até a o rio Paranaíba (Figura 163 e Figura 164). 163: Esgoto sendo encaminhado in natura para o Rio Paranaíba. 692826Figura mE N Córrego Alvorada Figura 164: Estação Elevatória de Esgoto. roa 209 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Atualmente não é feito o monitoramento da qualidade do esgoto bruto afluente à ETE e do esgoto tratado, lançado no córrego Alvorada, sendo considerada uma deficiência do sistema de esgotamento sanitário de Araporã. Outras ações são necessárias para melhorar o sistema como: continuação dos interceptores de esgoto nas duas margens do córrego Alvorada, a montante do cruzamento da avenida Afonso Pena e da rua José Guerino, com o objetivo de interceptação dos esgotos gerados nos loteamentos Sol Nascente e Zequinha Cachoeira II; operação das duas estações elevatórias de esgoto bruto, nos bairros Madri e Paris, com eliminação de qualquer lançamento direto de esgoto bruto no rio Paranaíba; e monitoramento frequente da qualidade do esgoto tratado. Este procedimento permite mensurar a eficiência do tratamento de esgotos, embasando eventuais ações e obras que ampliem o rendimento da ETE. No mínimo, devem ser monitorados os seguintes parâmetros: DBO, DQO, Série de Nitrogênio, Série de Sólidos e Escherichia Coli (E.Coli). Com relação ao sistema de drenagem urbana, não foi constatado processo erosivo avançado na área urbana; o sistema de drenagem urbana atende 100% da área urbana, todavia apenas problemas pontuais com a manutenção e limpeza das bocas de lobo (Figura 165); e necessidade de grade de proteção ao longo dos trechos canalizados nos córregos na área urbana. No Plano Municipal de Saneamento Básico de Araporã foram definidas ações para melhorar a drenagem urbana, como: limpeza frequente e periódica das bocas de lobo, com substituição das grades danificadas; implantação de um pluviômetro na ETA e início do monitoramento contínuo das precipitações diárias, com o objetivo de construir uma série histórica de precipitações suficientemente consistente para orientar previsões e embasar projetos de obras de drenagem; implantação de uma campanha intensiva sobre a necessidade e a importância da manutenção de áreas permeáveis dentro dos lotes, para auxiliar na atenuação de cheias que sobrecarregam o sistema de microdrenagem; e, estudo da viabilidade de criação de parque municipal inserido na zona urbana, para redução do escoamento superficial e amortecimento de cheias na própria bacia, com vistas à minimização de futuros problemas de enchentes no canal principal que corta a zona urbana. 210 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 165: Falta de limpeza nas bocas de lobo. Araporã, MG. 3.2.5. Canápolis O abastecimento de água de Canápolis é de responsabilidade da COPASA. Existe uma captação superficial (córrego do Cerrado) (Figura 166) para 100% da população e mais 2 poços tubulares para abastecimento esporádico de indústria de doce e parque de exposição municipal (Figura 167). A rodovia BR-153 apresenta um trecho de risco de aproximadamente 10 km, no qual acidentes com cargas perigosas podem afetar as nascentes dos tributários mais vulneráveis (Figura 168). Na ETA de Canápolis é utilizado o sistema de tratamento de água convencional da água superficial: coagulação (sulfato de alumínio) (2), floculação hidráulica(2) decantação de alta taxa (2); filtros (4) e tanque de contato (cloro gás, cal, flúor) (Figura 169). A água tratada é enviada para reservatórios localizados na parte mais alta da cidade (Figura 170) e depois redistribuídas para as residências (Figura 171, Figura 172 e Figura 173). 211 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 166: Captação de água no Córrego do Cerrado em Canápolis, MG. Figura 167: Localização dos poços tubulares utilizados para abastecimento de indústrias e parque de exposições em Canápolis, MG. 212 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 168: Nascentes do manancial que abastece Canápolis. Riscos pela proximidade da BR-153. Figura 169: Fase de tratamento de água (Decantação). ETA de Canápolis, MG. 213 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 170: Fase de tratamento de água (Filtros). ETA de Canápolis, MG. Figura 171: Localização da Estação Elevatória de Água Tratada e reservatórios. 214 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 172: Reservatório apoiado. Figura 173: Reservatório suspenso. 215 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O esgotamento sanitário é de responsabilidade da Prefeitura Municipal. Existe rede coletora para 100% do efluente gerado. Atualmente o esgoto é lançado in natura no curso d‟água receptor (Córrego do Cerrado). Existe um projeto executivo da ETE de Canápolis (Figura 174). Neste projeto, o tratamento terá a etapa preliminar de gradeamento e caixa de areia, seguida por um reator anaeróbio de fluxo ascendente (UASB) e um filtro anaeróbio, além de dois leitos para secagem do lodo. Figura 174: Projeto da ETE para Canápolis. A drenagem urbana em Canápolis tem se mostrado insuficiente. Existe processo erosivo avançado em um ponto final de lançamento da galeria na cabeceira do córrego sem nome. O sistema de drenagem urbana atende 100% da área urbana, todavia apresenta problemas pontuais com a manutenção e limpeza das bocas de lobo, além de deficiências técnicas no sistema de microdrenagem (falta de bocas de lobo, principalmente, na microbacia do córrego sem nome). Os problemas com a funcionalidade e conseqüente capacidade de engolimento de diversas bocas de lobo têm relação direta com o acúmulo de resíduos sólidos nas aberturas e com a falta de manutenção na estrutura, o que evidencia a falta de manutenção (Figura 175). 216 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 175: Falta de manutenção em boca de lobo em Canápolis. 3.2.6. Centralina O abastecimento público de água em Centralina é de responsabilidade da COPASA, com captação superficial (rio Piedade) mais um poço de 6 m3/h na área urbana para 100% da população (Figura 176 e Figura 177). Captação no rio Piedade, a aprox. 5 km da área urbana, utiliza canal de derivação. Na ETA de Centralina é utilizado o sistema de tratamento de água convencional da água superficial, com introdução da água subterrânea no tanque de mistura para cloração e fluoretação (Figura 178 e Figura 179). O esgotamento sanitário de Centralina é de responsabilidade da COPASA. Existe rede coletora (coletor secundário e tronco), interceptores, emissários e ETE projetada para coletar e atender 100% do efluente gerado, todavia, em função dos custos, apenas 40% das residências estão ligadas na rede coletora pública; ainda 60% das residências utilizam fossas “negras” ou sumidouro; a COPASA não informou a eficiência da ETE. Os interceptores existentes têm capacidade para afastar o esgoto bruto até a estação elevatória de esgoto, uma vez que em todos os trechos, para a população atual e de 20 anos, a relação y/D manteve sempre abaixo de 0,75 e a tensão trativa manteve-se acima de 1,0 Pascal. 217 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 176: Captação de água no rio Piedade. Figura 177: Poço tubular na área urbana (rua dos Pereiras, 650), utilizado para o abastecimento público. A principal deficiência no sistema de esgotamento sanitário está relacionada com a maior parte da rede coletora de esgoto ainda ser constituída por material cerâmico (manilha de 218 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES barro). Deve-se substituir por tubulações de material PVC, que reduzirá consideravelmente a necessidade de manutenção da rede coletora. Outra deficiência é a presença de ligação clandestina de água pluvial na rede coletora de esgoto, o que satura a capacidade de escoamento do sistema de esgotamento sanitário. Figura 178: Tanque de sucção e sistema elevatório na ETA de Centralina, MG. Figura 179: Estação de Tratamento de Água de Centralina, MG. 219 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Com relação à drenagem urbana, não existe processo erosivo avançado no sistema de micro-drenagem em Centralina. A micro-drenagem existente atende 100% da área urbana, todavia apresenta problemas pontuais com a manutenção e limpeza das bocas de lobo, além de deficiências técnicas no sistema de microdrenagem (entupimento de bocas de lobo em toda a área urbana) (Figura 180). Figura 180: Tampa quebrada e entupimento de bocas de lobo em Centralina, MG. 3.2.7. Ituiutaba O Município de Ituiutaba possui Plano Municipal de Saneamento Básico, onde todos as questões relacionados com abastecimento de água, coleta e tratamento do esgotamento sanitário e drenagem urbana estão diagnosticadas, trazendo também as propostas e possíveis soluções para os problemas diagnosticados. Para este PGIRS do CIDES estão destacados apenas algumas informações relacionadas aos pontos principais do saneamento municipal. De forma bastante resumida, o abastecimento de água e o tratamento de esgotos são responsabilidade da Superintendência de Água e Esgotos de Ituiutaba (SAE) que foi criada 220 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES em dezembro/1967 como uma autarquia municipal (Figura 181 e Figura 182). O sistema capta água no Ribeirão São Lourenço e no Rio Tijuco para o abastecimento público e é responsável pelo tratamento de esgotos. Figura 181: Captação de água no ribeirão São Lourenço. Figura 182: Sede administrativa da SAE em Ituiutaba. Foto: (SAE, 2015). 221 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O processo de captação de água da SAE é do tipo, superficial, realizado no Ribeirão São Lourenço, através de uma barragem de nível com comporta de fundo acionada através de pistão hidráulico, constituída das seguintes etapas: tomada de água; caixas de areia; poços de sucção e estação elevatória de água bruta. A captação de água no Ribeirão São Lourenço foi construída em 1970 e é feita por meio de barragem de nível (Figura 183), com recalque feito por quatro conjuntos elevatórios, compostos de bombas com capacidade de 100 l/s e motores com potência de 300 CV cada um. A adução é feita por duas adutoras de ferro fundido, com diâmetros de 400 mm e 450 mm e extensão total de 3.990 m cada uma. A topografia de declividade suave e o planejamento urbano da cidade, feito em linhas retas, favoreceram a setorização. O sistema cresceu quase que radialmente, a partir da zona central, onde está o núcleo inicial da cidade (SAE, 2015). Em 2002, a autarquia ampliou sua planta de operação com a construção da Estação de Captação do Rio Tijuco, próxima à Usina Salto do Moraes (CEMIG), com capacidade de 200 litros por segundo. A água do Rio Tijuco é utilizada geralmente durante a estiagem, quando apenas a captação do Ribeirão São Lourenço não é capaz de atender a demanda de Ituiutaba (Figura 184). Em 2006, a SAE concluiu a construção de três reservatórios enterrados de 1 milhão de litros cada e os inaugurou (Figura 185). Os três novos reservatórios possibilitaram ampliar a capacidade de reservação da Estação de Tratamento de Água em, aproximadamente, 40% (SAE, 2015). A Estação de Tratamento de Água da SAE de Ituiutaba é do tipo convencional de ciclo completo, constituída das seguintes etapas: Pré-Cloração; Chegada de água bruta/calha Parshall e logo a dosagem dos produtos químicos (Carvão Ativado, Sulfato de Alumínio e Polímero Sintético Não-Iônico); Coagulação no sistema de mistura rápida; Floculação no sistema de mistura lenta composto por 10 (dez) câmaras de floculação do tipo mecânico, onde a energia utilizada para formação dos flocos é fornecida por agitadores, acionados por sistemas elétrico-mecânico com agitadores de paleta; Decantação/Sedimentação do tipo convencional composto por 04 (quatro) decantadores sendo tanques se seção retangular com fundo dotado de um ou mais pontos de descargas de lodo, e com dispositivos especiais de entrada e saída e processo de retirada de lodo dos decantadores é de forma manual; Filtração rápida com 08 (oito) filtros do tipo rápido de fluxo descendente, com meio filtrante composto 222 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES por areia, sustentada por camadas de seixos, colocadas sobre um sistema de drenos. As lavagens de filtros na SAE são realizadas a cada 08 (oito) horas, correspondendo a uma carreira de filtração de 56 horas. O método de lavagem dos filtros utilizado na SAE é de insuflação de ar, seguida da lavagem com água no sentido ascensional; Unidade de água filtrada com desinfecção final (cloração) e Fluoretação; Tanque de contato e correção do pH; Estação Elevatória de água Tratada que recalcam para os reservatórios.. A SAE atualmente possuí 15 (quinze) reservatórios de água em operação e 01 (um) em construção. Figura 183: Captação no Ribeirão São Lourenço, Ituiutaba, MG. Foto: SAE (2015). A Estação de Tratamento de Esgoto ETE ora denominada ERPAI – Estação de Recuperação e Preservação Ambiental de Ituiutaba, que tem capacidade de tratar o esgoto de uma população de mais de 100 mil habitantes. A SAE iniciou o tratamento de esgoto de Ituiutaba em 1999, e atualmente a cidade trata 97% do esgoto (Figura 186). 223 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 184: Captação no Rio Tijuco em Ituiutaba – Foto: SAE (2015). Figura 185: Estação de Tratamento de Água de Ituiutaba. Foto: SAE (2015). 224 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 186: Estação de tratamento de Esgoto em Ituiutaba. Em 2007, a SAE iniciou o processo de ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Ituiutaba, com a execução de interceptores ao longo dos Córregos São José, Pirapitinga e Carmo; adquiriu e instalou, em conjunto como Corpo de Bombeiros, 15 hidrantes públicos em pontos estratégicos da cidade; executou obra de travessia no Ribeirão São Lourenço para possibilitar a utilização alternada das captações do Ribeirão e do Rio Tijuco (SAE, 2015). Em 2008, a SAE foi re-certificada na Norma ISO 9001:2000, garantindo a certificação do tratamento de água; concluiu o Plano Diretor de Água que define diretrizes para o abastecimento de água ao longo dos próximos 20 anos; realizou a extensão da rede de água e esgoto até a UFU - Campos Pontal e CEFET; implantou a Conta Simultânea, que é a entrega imediata da conta de água e esgotos; concluiu a construção dos interceptores ao longo do Córrego da Lagoa; executou a impermeabilização das lagoas aeradas e de sedimentação da ERPAI, para propiciar o aumento no índice de tratamento do esgoto em mais de 90%; além de adquirir tubos de geotextil (bags), para desidratação do lodo da lagoa de sedimentação da ERPAI (SAE, 2015). Com a construção da ERPAI – Estação de Recuperação e Preservação Ambiental de Ituiutaba (Figura 187), que tem capacidade de tratar o esgoto de uma população de mais de 100 mil habitantes (SAE, 2015). 225 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Em aproximadamente, 99% da cidade se faz a coleta de esgoto e 100% da população de Ituiutaba recebe água tratada. Estes indicadores mostram que toda a cidade já é coberta por redes de abastecimento de água e quase totalmente é servida por redes de esgoto (SAE, 2015). Figura 187: ERPAI - Estação de Recuperação e Preservação Ambiental de Ituiutaba. Foto: (SAE, 2015). O Sistema de tratamento adotado na ERPAI é do tipo biológico, através de Lagoas aeradas de mistura completa seguido de lagoas de sedimentação/decantação. O tratamento preliminar composto por grades grossas, finas e mecanizadas, calha Parshall, desarenadores e transportadores. O sistema de lagoas é composto por 2 (duas) lagoas de areação e 2 (duas) lagoas de sedimentação. Existem 4 poços de controle da qualidade da água do lençol freático, sendo que o poço de nº 4 fica acima do processo, e os outros três poços estão localizados abaixo do processo; o lodo gerado no processo de limpeza da lagoa de sedimentação é bombeado para tubos desidratadores e após a secagem o mesmo é destinado ao depósito de resíduos sólidos (Figura 188). 226 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 188: Tratamento do lodo de esgoto em Ituiutaba. A setorização das redes pluviais é composta por quatro bacias, divididas em subbacias. Em linhas gerais as redes pluviais existentes na sua maioria são de 800 mm, havendo também de 600 e de 1000 mm. As derivações na maioria são de 400 mm, com a identificação de 300 mm também (Figura 189 e Figura 190). Secretaria de Obras e Serviços Urbanos da Prefeitura Municipal de Ituiutaba é o órgão responsável pela drenagem urbana no município. No perímetro urbano de Ituiutaba existem ravinas, sulcos e voçorocas. Estas feições erosivas estão relacionadas com a falta ou subdimensionamentos da rede de drenagem municipal (Figura 191). Na há registro de existência de um programa de manutenção adequada para os leitos, margens e profundidade dos córregos que cortam a zona urbana, apesar do Córrego São José já existir uma parte canalizada. 227 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 189: Rede de drenagem existente na cidade. Fonte: (SAE, 2015). 228 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 190: Mapa dos córregos que cortam a cidade e servem para a drenagem urbana e manejo das águas pluviais. Outro problema diagnosticado é a presença de resíduos sólidos retidos nas bocas-delobo o que causa a retenção da água a ser drenada. A presença destes resíduos é um indicativo de falhas no gerenciamento de resíduos sólidos do município. Vale ressaltar que estas falhas no gerenciamento podem ocasionar doenças e ainda a poluição dos cursos d‟água. 229 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 191: Lançamento de esgoto e de resíduos sólidos urbanos clandestinos no rio Córrego Pirapitinga. Evidencia também processos de erosão marginal do córrego e no solo. 3.3. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DOS MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O CIDES Para a elaboração do Plano de Gestão Integrada de resíduos sólidos do CIDES, buscou-se aliar o conhecimento técnico e o envolvimento participativo dos habitantes dos municípios consorciados. Segundo o Guia para Elaboração dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos “A coletividade, com toda sua diversidade e seu papel legitimador do processo, valida as diretrizes, estratégias e metas oferecidas pela equipe técnica, e possibilita que os planos se transformem em ação. (...) o enfoque participativo no diagnóstico tem a finalidade de assegurar o envolvimento, no processo de construção dos Planos de Gestão, dos diversos setores da comunidade organizada, e população em geral, bem como informar a 230 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES situação dos resíduos sólidos nos Municípios (...) permitindo a todos o acesso aos dados da realidade local ou regional” (MMA, 2011: p.53-55). Buscando seguir a metodologia proposta (MMA, 2011 e MMA, 2012), foram aplicados questionários à população urbana e rural nos municípios consorciados (Vol II – Modelo dos questionários). A maioria dos municípios do CIDES chegou a aplicar os questionários em cerca de 10% da população. Foram escolhidas as técnicas de inferência estatística, onde a amostra tem que ser aleatória e, para essa condição, neste trabalho, a escolha dos elementos da população que fizeram parte da amostra foi ao acaso.Na determinação do tamanho da amostra de questionários que foram aplicados nos municípios integrantes do consórcio, foi utilizada a técnica de inferência estatística, pela aplicação da fórmula abaixo. Onde: n = tamanho da amostra e = erro amostral tolerável z = normal reduzida α = nível de confiança desejado Portanto, para a determinação da amostra do número de questionários a serem aplicados neste projeto, não se considera a população do município; sendo assim, o n amostral será igual para todas as cidades. Será considerado um nível de confiança de 95% e erro amostral de 5%. Substituindo as variáveis acima pelos valores definidos, tem-se: 231 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Como resultado de n amostral, foram utilizados 384 questionários em cada município. 3.3.1. Análise dos dados obtidos nos questionários respondidos pela área rural 3.3.1.1. O que você faz com o lixo em sua propriedade? Os dados evidenciam que os valores percentuais das propriedades que: queimam o lixo, variam entre 40% e 75,3%, correspondendo às cidades de Prata e Centralina, respectivamente; enterram o lixo, variam entre 0%, correspondendo às cidades de Araporã, Prata,e 7,7%, correspondendo à cidade de Canápolis; queimam e enterram o lixo, variam entre 0% e 30,4%, correspondendo às cidades de Prata e Ituiutaba, respectivamente; fazem compostagem, variam entre 0%, correspondendo às cidades de Canápolis, Centralina, Gurinhatã, e 15,4%, correspondendo à cidade de Araporã; e depositam em caçamba pública, variam de 8,7% correspondendo a cidade de Ituiutaba e 55%, correspondendo à cidade de Prata (Figura 192). 3.3.1.2. Você observa lixo jogado nas estradas rurais? As pessoas que observam lixo jogado nas estradas rurais variam entre 38,5% e 87,1%, correspondendo às cidades de Araporã e Gurinhatã. De outro modo, os valores percentuais das pessoas que não observam lixo jogado nas estradas rurais variam entre 12,9% e 61,5%, correspondendo às cidades de Gurinhatã e Araporã (Figura 193). 232 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 192: Destino dos resíduos produzidos na zona rural. 120 100 80 Caçamba publica Compostagem 60 Queima/Enterra 40 Enterra Queima 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba Figura 193: Porcentagem de pessoas que observam lixo jogado nas estradas rurais. 120 100 80 60 Não Sim 40 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 3.3.1.3. Você sabe onde o lixo da cidade é depositado? As pessoas que sabem onde o lixo da cidade é depositado variam entre 57,3% e 85,7%, correspondendo às cidades de Gurinhatã e Araporã. De outro modo, os valores 233 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES percentuais das pessoas que não sabem onde o lixo da cidade é depositado variam entre 14,3% e 42,7%, correspondendo ás cidades de Araporã e Gurinhatã (Figura 194). Figura 194: Porcentagem das pessoas que sabem onde o lixo da cidade é depositado. 120 100 80 60 Não 40 Sim 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 3.3.1.4. Você sabe se o lixo da cidade causa degradação ambiental no local onde é depositado? Os percentuais das pessoas que sabem se o lixo da cidade causa degradação ambiental no local onde é depositado variam entre 0% e 54,2%, correspondendo às cidades de Prata e Monte Alegre. E os valores percentuais das pessoas que não sabem se o lixo da cidade causa degradação ambiental no local onde é depositado variam entre 45,8% e 100%, correspondendo ás cidades de Monte Alegre e Prata (Figura 195). 3.3.1.5. O que se faz com as embalagens de fertilizantes e defensivos agrícolas na propriedade? 234 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os valores percentuais dos proprietários que: reutilizam as embalagens de fertilizantes e defensivos agrícolas na propriedade, variam entre 0% 18,5, correspondendo às cidades de Prata e Monte Alegre; enterram as embalagens de fertilizantes e defensivos agrícolas, variam entre 0%, correspondendo às cidades de Araporã, Gurinhatã, Prata, e 8,8%, correspondendo à cidade de Ituiutaba; vendem as embalagens de fertilizantes e defensivos agrícolas, variam entre 0%, correspondendo às cidades de Araporã, Gurinhatã, Monte Alegre de Minas, Prata, Ituiutaba, e 1,3%, correspondendo à cidade de Canápolis; e devolvem as embalagens de fertilizantes e defensivos agrícolas para o fabricante variam entre 44,1%, correspondendo à cidade de Ituiutaba, e 100%, correspondendo à cidade de Prata. No gráfico é possível observar melhor o comportamento dos percentuais às respostas (Figura 196). Figura 195: Porcentagem das pessoas que sabem se o lixo da cidade causa degradação ambiental no local onde é depositado. 120 100 80 60 Não Sim 40 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 3.3.1.6. Você sabe como se faz compostagem da matéria orgânica? Os valores percentuais das pessoas que sabem como se faz compostagem da matéria orgânica variam entre 6% e 62,1%, correspondendo às cidades de Centralina e Monte Alegre. Os valores percentuais das pessoas que não sabem como se faz compostagem da matéria 235 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES orgânica variam entre 37,9% e 94%, correspondendo ás cidades de Monte Alegre e Centralina (Figura 197). Figura 196: Porcentagem referente aos destinos das embalagens de fertilizantes e defensivos agrícolas. 120 100 80 60 Devolve para o fabricante 40 Vende Enterra 20 Reutiliza para outros fins 0 Figura 197: Porcentagem de pessoas que sabem como se faz a compostagem da matéria orgânica. 120 100 80 60 Não 40 Sim 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 236 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 3.3.1.7. Se convidado, você realizaria compostagem da matéria orgânica em sua propriedade? As pessoas que disseram sim variam entre 33,8% e 100%, correspondendo às cidades de Canápolis e Prata. As pessoas que disseram não variam entre 0% 66,2%, correspondendo ás cidades de Prata e Canápolis (Figura 198). Figura 198: Porcentagem de pessoas que realizariam compostagem de matéria orgânica na propriedade. 120 100 80 60 Não Sim 40 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 3.3.2. Análise dos dados dos questionários respondidos pela área urbana 3.3.2.1. Você considera que a cidade está limpa? O percentual das pessoas que consideram a cidade como muito limpa variaram entre 0,3% a 17,8%, correspondendo às cidades de Ituiutaba e Gurinhatã. As pessoas que consideram a cidade como limpa possuem o percentual de 9,1% a 50,2%, correspondendo às cidades de Ituiutaba e Prata. Aquelas que consideram a cidade como razoavelmente limpa totalizaram valores entre 28,4% e 53,6%, correspondendo às cidades de Gurinhatã e Prata. As pessoas que consideram a cidade como suja variaram entre 3,3% e 13,6%, correspondendo às 237 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES cidades de Centralina e Monte Alegre. Já as pessoas que consideram a cidade como muito suja apresentam valores entre 0% a 6,2%, correspondendo às cidades de Gurinhatã e Araporã (Figura 199). Figura 199: Porcentagem de opiniões com relação à limpeza urbana. 120 100 80 Muito Suja 60 Suja 40 Razoavelmente Limpa Limpa 20 Muito Limpa 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 3.3.2.2. Quantas vezes por semana passa o caminhão da coleta de lixo em sua rua? As pessoas que responderam que o caminhão de coleta de lixo passa uma vez por semana, representam valores entre 0,7% a 34%, correspondendo às cidades de Canápolis e Gurinhatã. Aquelas que responderam que o caminhão de coleta de lixo passa duas vezes variaram entre 1,1% a 20,2%, correspondendo às cidades de Canápolis e Ituiutaba. Aquelas que disseram que a coleta de lixo é realizada 3 vezes por semana estão entre 2,8% a 71,2%, correspondendo às cidades de Canápolis e Araporã. As pessoas que disseram que a coleta é feita quatro vezes por semana variaram entre 2,1% a 26%, correspondendo às cidades de Ituiutaba e Gurinhatã. As respostas que se enquadraram em 5 vezes por semana variaram entre 0% a 80,3%, correspondendo às cidades de Gurinhatã e Centralina (Figura 200). 238 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 200: Porcentagem de respostas com relação à coleta de lixo nas cidades. 120 100 80 5 vezes 4 vezes 60 3 vezes 40 2 vezes 1 vez 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 3.3.2.3. Você sabe onde o lixo da cidade é depositado? As respostas positivas totalizaram valores entre 24,9% em Monte Alegre de Minas e 70,1% em Prata (Figura 201). Figura 201: Porcentagem de pessoas que sabem onde o lixo da cidade é depositado. 120 100 80 60 Não Sim 40 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 239 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 3.3.2.4. Você sabe se o lixo da cidade causa degradação ambiental no local onde é depositado? Percentuais de 24,8% a 58,7% das pessoas sabem se a deposição de lixo causa degradação ambiental, correspondendo às cidades de Canápolis e Prata, respectivamente nesta ordem (Figura 202). Figura 202: Porcentagem de pessoas que sabem se a disposição de lixo causa degradação ambiental. 120 100 80 60 Não Sim 40 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 3.3.2.5. Você observa lixo jogado na rua? Análise da tabela demonstra que os valores percentuais da observação do lixo jogado na rua variaram entre 72,4% a 94,4%, correspondendo às cidades de Canápolis e Ituiutaba, respectivamente nesta ordem (Figura 203). 240 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 203: Porcentagem de pessoas que observam lixo jogado nas ruas. 120 100 80 60 Não Sim 40 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 3.3.2.6. Você percebe mosquitos, ratos, baratas em seu bairro? A presença de mosquitos, ratos, baratas no bairro é percebida por percentuais de 66% das pessoas em Canápolis a 84,3% das pessoas em Gurinhatã. De outro modo, a ausência de mosquitos, ratos, baratas no bairro variou entre 15,7% a 34%, correspondendo às cidades de Gurinhatã e Canápolis, respectivamente nesta ordem (Figura 204). 3.3.2.7. Em sua casa, você separa o lixo molhado do lixo seco? Cerca 31,3% das pessoas em Centralina disseram que separam o lixo seco do molhado. Esse valor percentual chegou a 53,8% em Monte Alegre de Minas, já 46,2% a 68,7 disseram que não, correspondendo às cidades de Monte Alegre e Centralina (Figura 205). 241 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 204: Porcentagem das pessoas que percebem a presença de mosquitos, ratos e baratas no bairro. 120 100 80 60 Não 40 Sim 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba Figura 205: Porcentagem de pessoas que separam o lixo (seco e molhado) em casa. 120 100 80 60 Não Sim 40 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 3.3.2.8. Você participaria de um programa de coleta seletiva do lixo, separando lixo seco do lixo molhado? 242 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Valores percentuais entre 42,7% (Centralina) a 76,4% (Prata) disseram que sim, participariam de um programa de coleta seletiva do lixo, e disseram não 23,6% (Prata) a 57,3% (Centralina) (Figura 206). Figura 206: Porcentagem de pessoas que participariam de um programa de coleta seletiva. 120 100 80 60 Não Sim 40 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 3.3.2.9. Você sabe como se faz a compostagem da matéria orgânica? Análise da tabela demonstra que os valores percentuais do conhecimento do processo de compostagem da matéria orgânica variaram entre 19,4% a 35,7% correspondendo às cidades de Centralina e Ituiutaba, respectivamente nesta ordem (Figura 207). 3.3.2.10. Se convidado você realizaria compostagem da matéria orgânica em sua casa? Análise da tabela demonstra que os valores percentuais do interesse em realizar compostagem de matéria orgânica em casa variaram entre 46,5% a 73%, correspondendo às cidades de Canápolis e Ituiutaba (Figura 208). 243 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 207: Porcentagem de pessoas que sabem como é feita a compostagem de resíduos orgânicos. 120 100 80 60 Não Sim 40 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba Figura 208: Porcentagem de pessoas que tem interesse em fazer a compostagem de resíduos orgânicos em casa. 120 100 80 60 Não Sim 40 20 0 Araporã Canapolis Centralina Gurinhatã Monte Alegre Prata Ituiutaba 244 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 4. LEGISLAÇÃO PERTINENTE Para elaboração desse plano foram consultadas diversas Leis do ordenamento jurídico brasileiro que estão relacionadas com os temas trabalhados. Portanto, para que seja fundamentado no princípio da boa fé, foram desenvolvidos com base nos instrumentos normativos que seguem: LEI FEDERAL no 9.795, de 27 de abril de 1999, que “dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental”; LEI FEDERAL no 11.107, de 06 de abril de 2005, que “dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos”; LEI FEDERAL no 11.445, de 05 de janeiro de 2007, que “estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico (alterando as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, a 8.036, de 11 de maio de 1990, a 8.666, de 21 de junho de 1993, a 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; e revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978)”; resolução do CONAMA no 404, de 11 de novembro 2008, que “estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos (revoga a resolução CONAMA no 308/02)”; LEI ESTADUAL – Minas Gerais no 18.031, de 12 de janeiro de 2009, que “dispõe sobre a política estadual de resíduos sólidos”, LEI FEDERAL no 12.305, de 02 de agosto de 2010, “institui a política nacional de resíduos sólidos (e alterou a lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998)”; Deliberação Normativa no143/2009; e NBR no10.004/2004, de 31 de maio de 2004; dentre outras Leis consultadas. 4.1. LEI FEDERAL NO 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 “Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providencias”. Esta norma estabelece que todos têm direito a educação ambiental, e delega ao poder publico que englobem a dimensão ambiental, difundindo a educação em todos os níveis de ensino e o envolvimento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente, em conjunto com as instituições educativas, os órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente, os meios de comunicação de massa, as empresas e a comunidade, envolvendo assim uma ampla participação. 245 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A Lei entende por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (arts. 1º e 2º, da Lei nº 9.795/99). É de competência das instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem, Como parte do processo educativo mais amplo, onde todos têm direito à educação ambiental. Por isso, foi incumbido ao Poder Público, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promovam a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente nos ditames dos artigos 205 e 225 da Constituição Federal (art. 3º, I e II, Lei 9.795/99). Cabe também aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente Sisnama, empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente, aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação. A Norma 9.795/99 elege como princípios básicos da educação ambiental: o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo, a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade, o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais, a garantia de continuidade e permanência do processo educativo, a permanente avaliação crítica do processo educativo, a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais, o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural (art.4º, Ia VIII, Lei 9.795/99). A Lei em destaque tem como objetivos fundamentais da educação ambiental: O desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e 246 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos, a garantia de democratização das informações ambientais, o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social, o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania (art. 5º, I a IV, Lei 9.795/99). E ainda, o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade, o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia, o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade (art. 5º, V a VII, da Lei 9.795/99). 4.2. LEI FEDERAL NO 11.107, DE 06 DE ABRIL DE 2005 “Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providencias”. Esta Lei normatiza no geral, que a União, Estados, Distrito Federal e os Municípios podem contratar consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e da outras providencias. Sendo que o consorcio público seja uma associação pública ou pessoa pública de direito privado. A participação da União em consórcios públicos é condicionada a participação dos Estados dos quais façam parte os municípios. Em relação à saúde os consórcios deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas regulamentares do Sistema único de saúde – SUS (art.1º, §§ 1º a 3º, da Lei 11.107/05). Os objetivos dos consórcios públicos serão definidos pelos entes que se consorciarem respeitando-se os limites constitucionais. E para cumprimento dos objetivos os consórcios públicos podem firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções, sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo; os consórcios públicos poderão emitir “documentos de cobranças e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação de serviços ou outorga de uso 247 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES de bens públicos por eles administrados ou, mediante autorização especifica, pelo ente da federação consorciado” (art. 2º, § 1º, I a III, e § 2º, da Lei 11.107/05). Nesta Lei deve ser destacado o artigo 40. Que prevê como cláusulas necessárias do protocolo de intenções as que estabeleçam: a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consorcio; a identificação dos entes da federação consorciados; a indicação da área de atuação do consórcio; a previsão de que o consórcio público é associação pública ou pessoa de direito privado sem fins econômicos; também deverá ter definido os critérios para em assuntos de interesse comum, autorizar o consorcio público a representar os entes da federação consorciados perante outras esferas do governo (art. 4º, I a V, da Lei 11.107/05). Outros itens indispensáveis são as normas para convocação de assembléia geral, incluindo a elaboração, aprovação e modificação dos estatutos do consorcio público; a previsão de que a assembléia geral é a instância máxima do consórcio público e o número de votos para as suas deliberações, a forma de eleição e duração do mandato do representante legal, que obrigatoriamente deverá ser chefe do poder executivo de ente da federação consorciado, bem como os serviços públicos objeto da gestão associada e a área em que serão prestados (art. 4º, VI a VIII, da Lei 11.107/05). 4.3. LEI FEDERAL NO 11.445, DE 05 DE JANEIRO DE 2007 “Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as leis n os 6.766, de 19 de dezembro 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666 de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providencias”. Faz parte desta Lei estabelecer dentro dos seus princípios fundamentais diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico. E destaca como princípios fundamentais: a universalização do acesso, a integralidade entendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico propiciando a população o acesso de acordo as suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados (arts. 1º; 2º, I e II, da Lei 11.445/07). 248 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Também faz parte dos referidos princípios o abastecimento de água, esgoto sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e a proteção do meio ambiente; nas áreas urbanas instalar e manter sistema de drenagem e manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado; usar tecnologias apropriadas sempre levando em consideração à capacidade de pagamento dos usuários, com soluções graduais e progressivas, processos decisórios institucionalizados e transparentes com eficiência e sustentabilidade econômica. E ainda, controle social, segurança com qualidade, integrar a infraestrutura e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos; fomentar junto à população o hábito de economizar água; articular com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção à saúde e outras de relevante interesse social voltada para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante (art. 20, VI, da Lei 11.445/07). Esta Lei tem influencia direta e define o que é saneamento básico (abastecimento de água potável; esgoto sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas); gestão associada; universalização; controle social; prestação regionalizada; subsídios e localidade de pequeno porte. Porém, esta Lei diz que “os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico” (art. 30, I, „a, b, c, d‟, II a VIII; 4o, § único, da Lei 11.445/07). E para finalizar o estudo da Lei 11.445/07. Devem ser destacados os artigos, 10 e 19. Sendo que o primeiro determina: A prestação de serviços públicos de saneamento básico por entidade que não integre a administração do titular dependente da celebração de contrato, sendo vedada a sua disciplina mediante convênios, termos de parceria ou outros instrumentos de natureza precária (excetuam-se alguns casos). Já o último, prescreve que a prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada serviço, o qual deverá ter abrangência mínima. 4.4. CONAMA RESOLUÇÃO, NO 404, DE 11 DE NOVEMBRO 2008 249 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES “Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos”. Considerando que a disposição inadequada de resíduos sólidos tornou-se uma ameaça a saúde pública, que vem agravando a degradação ambiental e comprometendo a qualidade de vida das populações, e ainda, entendendo as dificuldades que os municípios de pequeno porte têm para implementarem aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos que atendam as exigências ambientais, foi publicada a Resolução do CONAMA 404/08. Esta norma estabelece os procedimentos de licenciamento ambiental de aterros sanitários de pequeno porte, para que sejam realizados de forma simplificada de acordo com os critérios e diretrizes definidos na Resolução em estudo. Para efeito desta Resolução são considerados aterros sanitários de pequeno porte aqueles com disposição diária de até 20 t. (vinte toneladas) de resíduos sólidos urbanos, limitando-se a uma unidade por municípios (art.1º, § 1º, RC 404/08). Quando o aterro ficar em localidades onde exista um incremento significativo na geração de resíduos pela população flutuante ou sazonal, esta situação deve ser prevista no projeto, o qual deverá contemplar as medidas de controle adicionais para a operação do aterro. Para os aterros tratados nesta resolução poderá ser dispensada a apresentação de EIA/RIMA. Não podem ser dispostos nos aterros sanitários de que trata esta resolução os resíduos perigosos que, em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e perfurocortantes, apresentem risco à saúde pública e ao meio ambiente, bem como os resíduos da construção civil, os provenientes de atividades agrosilvopastoris, dos serviços de transportes, de mineração, e de serviço de saúde classificados conforme RDC ANVISA 306/2004 e Resolução Conama n° 358/2005 (arts. 1º, § 3º; 2º § único; 3º, § 1º, RC 404/08) (http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=8931 - _ftn2). Para obter o licenciamento ambiental dos aterros sanitários de pequeno porte contemplados na Resolução 404/08. Deverão ser exigidos, no mínimo, as condições, critérios e diretrizes como: acesso ao local com boas condições de tráfego ao longo de todo o ano mesmo no período de chuvas intensas, distâncias mínimas estabelecidas na legislação ambiental, respeito e normas técnicas, áreas com características hidrogeológicas, geográficas e geotécnicas adequadas ao uso pretendido, comprovadas por meio de estudos específicos, 250 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES áreas que garantam a implantação de empreendimentos com vida útil superior a 15 anos; entre outros (art. 4º I a VI, RC 404/08). 4.5. LEI ESTADUAL – MINAS GERAIS NO 18.031, DE 12 DE JANEIRO DE 2009 “Dispõe sobre a política estadual de resíduos sólidos”. As diretrizes desta Lei consideram e avalia o ciclo de vida e os impactos causados por produtos durante seu processo de decomposição biológica, o consumo sustentável, o plano de Gestão Integrada de Resíduos sólidos, a limpeza pública e prevenção à poluição, através do reaproveitamento, reciclagem e valorização dos resíduos sólidos, requalificando-os como subproduto ou material de segunda geração. Observando que resíduos radiativos ou resultantes de pesquisas e atividades com organismos geneticamente modificados serão regidos por legislação especifica (art. 3º, Lei 18.031/09). A Lei também traz a classificação dos resíduos sólidos que se dará de acordo com a natureza e a origem dos mesmos, na pretensão de dá adequada destinação a cada tipo de resíduo. Os sólidos foram selecionados quanto a sua natureza em: resíduos classe I-Perigosos, Classe II-Não perigosos; e quanto à origem, os resíduos sólidos são classificados em: I de geração difusa os produzidos, individual ou coletivamente, por geradores dispersos e não identificáveis, por ação humana ou animal ou por fenômenos naturais, abrangendo os resíduos sólidos domiciliares, ou resíduos sólidos pós-consumo e aqueles provenientes de limpeza pública; II de geração determinada os produzidos por gerador especifico e identificável (art. 5º, § 1º, I e II, § 2º I e II. Lei 18.031/09). A Lei MG – 18.031/09 tem como princípios orientadores da Política Estadual de Resíduos sólidos a não geração, a prevenção, a redução, a reutilização e o aproveitamento, a reciclagem, o tratamento, a destinação ambientalmente adequado, e a valorização dos resíduos sólidos (Art.6º, I a VIII. Lei 18.031/09). Esta Lei tem como diretrizes para a Política Estadual de Resíduos Sólidos a participação da sociedade, a promoção e o desenvolvimento social, ambiental e econômico, a integração das ações do governo, a universalidade, socioambiental, o incentivo, a descentralização, o direito a informação, a promoção de padrões, a adoção do princípio do 251 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES poluidor pagador e o desenvolvimento de programas de capacitação técnica e educativa sobre a gestão ambientalmente adequada de resíduos sólidos. A Política Estadual de Resíduos Sólidos tem como objetivos: estimular a gestão, fomentar e valorizar a não geração, a redução, a reutilização, o reaproveitamento, a reciclagem, a geração de energia, o tratamento e a disposição final adequada dos resíduos sólidos; proteger e melhorar a qualidade do meio ambiente, preservar a saúde pública, conscientizar a população, gerar benefícios sociais, econômicos e ambientais; estimular soluções intermunicipais e regionais para a gestão integrada de resíduos sólidos desenvolvendo pesquisa e novas tecnologias com processos ambientalmente adequados para gerir os resíduos sólidos dando inclusão social (art. 8º. Lei 18.031/09). 4.6. LEI FEDERAL NO 12.305, DE 02 DE AGOSTO DE 2010 “Institui a Política Nacional de Resíduos sólidos; altera a Lei no 9.605/1.998; e dá outras providencias”. A mencionada Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e dispõe sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, assim como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. Ressaltando que estão sujeitos a essa Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, com responsabilidade direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos, bem como, as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos. Lembrando que os rejeitos radioativos são regulados por legislação especifica (art. 1º, §§ 1º e 2º, da Lei 12.305/10). Essa legislação também se ateve em definir os principais termos ou palavras ligadas aos resíduos sólidos, como: acordo setorial, área contaminada, área órfã contaminada. Ciclo de vida do produto, coleta seletiva, controle social, destinação final ambientalmente adequada, disposição final ambientalmente adequada, geradores de resíduos sólidos, gerenciamento de resíduos sólidos, gestão integrada de resíduos sólidos, logística reversa, padrões sustentáveis de produção e consumo, reciclagem, rejeitos, resíduos sólidos, responsabilidade 252 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, reutilização e serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos (art. 3º, I a II, Lei 12.305/10). São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: a prevenção e a preocupação, o poluidor pagador e protetor recebedor, a visão sistemática, o desenvolvimento sustentável, a ecoeficiência, a cooperação entre as diferentes esferas do poder publico, a responsabilidade compartilhada, o reconhecimento do resíduo solido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania, o respeito às diversidades, o direito da sociedade à informação e ao controle social (art. 6º, I a X, Lei 12.305/10). Os principais objetivos da Política Nacional de Resíduos sólidos são: a proteção da saúde publica e da qualidade ambiental, a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos; incentivo à indústria da reciclagem, gestão integrada de resíduos sólidos, articulação entre as diferentes esferas do setor publico, a capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos, entre outros (art. 7º, I a IX, Lei 12.305/10). A Lei define como instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: os planos de resíduos sólidos, os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos, a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa, o monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitário e agropecuária, a cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o desenvolvimento de pesquisa de novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos (art. 8º, I a VI, Lei 12.305/10). Também são instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: a pesquisa cientifica e tecnológica, a educação ambiental, os incentivos fiscais, financeiros e creditícios, o Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico, o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir); o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa); os conselhos do meio ambiente e, no que couber, os da saúde; os acordos setoriais, os termos de compromisso e os termos de ajustamento de conduta, o incentivo à adoção de consórcios ou de outras 253 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES formas de cooperação entre os entes federados, com vistas à elevação das escalas de aproveitamento e à redução dos custos envolvidos; entre outros (art. 8º, VII a XVI, VIII, XIX, Lei 12.305/10). São diretrizes aplicáveis aos planos de gerenciamento dos resíduos sólidos, em ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. A Lei autoriza o uso de tecnologias que visem à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que seja com comprovada viabilidade ambiental e com a implantação de programas de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental (art. 9º, § 1º, Lei 12.305/10). Os Municípios e o Distrito Federal são responsáveis pela gestão integrada dos resíduos sólidos gerados nos seus respectivos territórios, sem prejuízo das competências de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do Sisnama, do SNVS e do Suasa. Porém essas diretrizes dão ao Estado a missão de promover a integração da organização, do planejamento e da execução das funções públicas de interesse comum relacionada à gestão dos resíduos sólidos nas regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, (arts. 10; 11, I, Lei 12.305/10). De acordo com o artigo 18, da Lei 12.305/10, ficam os Municípios e o Distrito Federal, condicionados a elaboração de um plano municipal (distrital) de gestão integrada resíduos sólidos, para terem acesso a recursos da União, ou por ela controlado, destinado a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamento de entidades federais de credito ou fomento para tal finalidade. E ainda, dentro dos planos municipais integrados de resíduos sólidos, terão prioridade de acesso aos recursos da União, os municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para gestão de resíduos sólidos que esteja incluso a elaboração e implementação de plano intermunicipal. Para isso, deverão impulsionar a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda (art. 18, § 1º, I, II, Lei 12.305/10). 254 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 4.7. NBR NO 10.004/2004 A ABNT NBR 10004 foi “elaborada pela Comissão de Estudo Especial Temporária de Resíduos Sólidos (ABNT/CEET - 00:001.34).O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 08 de 30.08.2002, com o número Projeto NBR 10004 (Prefacio da NBR no10.004/2004)”. O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do Consórcio 4 Ambiental: Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Ambiental Sustentável diz que: “Segundo a Norma Brasileira de Resíduos (NBR 10.004) de 2004, que estabelece a metodologia de classificação dos resíduos sólidos quanto a riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde pública, pode-se verificar que, dentre outros aspectos, é considerado Resíduo Perigoso, Classe I, aquele que apresentar em sua composição propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, podendo apresentar risco a saúde publica e que podem contribuir para o aumento da mortalidade e da incidência de doenças ligadas à proliferação de agentes transmissores como moscas, ratos, mosquitos, baratas, entre outros, além de promover a incidência de riscos ambientais, formação de fumaça e líquidos (chorume) que poluam o ar, a água e o solo” (PGIRS, 2014, p. 115) A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR 10.004/2004, define os diversos tipos de resíduos. Porém o Plano em questão se preocupa com os resíduos sólidos domésticos e o saneamento básico, os demais tipos de resíduos serão objeto de outro estudo. Resíduos Sólidos Classe II-A. Não Inertes. São Resíduos não perigosos, não inertes e que podem apresentar propriedades como Biodegradabilidade, Combustibilidade ou Solubilidade em água. Aquele que com sua própria energia é capaz de se transformar em outro produto ou subproduto, com novas utilidades. A legislação reconhece como Resíduos Sólidos Domiciliares o já conhecido lixo doméstico, que são gerados habitualmente nas residências, em pequenos estabelecimentos comerciais e em empreendimentos de pequeno porte destinados à prestação de serviços, atendidos pela coleta regular nas respectivas portas. 255 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 4.8. OUTRAS LEIS RELACIONADAS COM RESÍDUOS SÓLIDOS E SANEAMENTO BÁSICO Seguem outras leis que não foram destacadas nos tópicos anteriores, mas, auxiliam na elaboração e execução dos projetos de saneamento básico, coleta e destino dos resíduos sólidos e gerenciamento dos recursos hídricos. Lei Federal no 6.938, de 31 de agosto de 1981 e suas alterações, que “Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e dá outras providências, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências”. Lei Federal no 7.347, de 24 de julho de 1985 e suas alterações, “Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (vetado) e dá outras providências”. Lei Federal nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989 e suas alterações,que “dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade autárquica, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências”. Lei Federal nº 7.802, de 11 de julho de 1989 e suas alterações,que “dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências”. Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993 e suas alterações,que “regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências”. Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 e suas alterações,que “institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989”. Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e suas alterações,que “dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”. 256 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Lei Federal nº 9.974, de 6 de junho de 2000,que “altera a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências”. Decreto Federal nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002 e suas alterações,que “regulamenta a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências”. Decreto Federal nº 7.404de 23 de dezembro de 2010,que “regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que „institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos‟, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências”. Decreto Federal nº 7.619, de 21 de novembro de 2011,que “regulamenta a concessão de crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI na aquisição de resíduos sólidos”. Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997,que “estabelece procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental”. Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002 e suas alterações,que “estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil”. Resolução ANVISA RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004,que “dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduo de serviços de saúde”. Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005,que “dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências”. 257 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 4.9. DAS NORMAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS –- ABNT REFERENTES A RESÍDUOS: ABNT NBR 16156:2013, Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos Requisitos para atividade de manufatura reversa. ABNT NBR 12809:2013.Resíduos de serviços de saúde - Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde intraestabelecimento. ABNT NBR 12807:2013.Resíduos de serviços de saúde - Terminologia. ABNT NBR 11342:2012.Hidrocarbonetos líquidos e resíduos de destilação Determinação qualitativa de acidez ou de basicidade. ABNT NBR 15911-2: 2010. Errata 1: 2011.Contentor móvel de plástico. Parte 2: Contentor de duas rodas, com capacidade de 120 L, 240 L e 360 L, destinado à coleta de Resíduos Sólidos Urbanos - RSU e Resíduos Sólidos de Saúde – RSS por coletor compactador. ABNT NBR 15911-3: 2010. Errata 1:2011.Contentor móvel de plástico Parte 3: Contentor de quatro rodas com capacidade de 660 L, 770 L e 1 000 L, destinado à coleta de Resíduos Sólidos Urbanos - RSU e Resíduos Sólidos de Saúde - RSS por coletor compactador. ABNT NBR 14879:2011.Implementos rodoviários - Coletor-compactador de resíduos sólidos - Definição do volume. ABNT NBR 16725:2011.Resíduo químico - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente - Ficha com dados de segurança de resíduos químicos (FDSR) e rotulagem. ABNT NBR 15911-2: 2010. Versão Corrigida: 2011.Contentor móvel de plástico. Parte 2: Contentor de duas rodas, com capacidade 120L, 240L e 360L, destinado à coleta de resíduos sólidos urbanos (RSU) e de saúde (RSS) por coletor compactador. ABNT NBR 15911-3: 2010.Versão Corrigida: 2011.Contentor móvel de plástico. Parte 3: Contentor de quatro rodas com capacidade de 660 L, 770 L e 1 000 L, destinado à coleta de resíduos sólidos urbanos (RSU) e de saúde (RSS) por coletor compactador. 258 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES ABNT NBR 13332:2010.Implementos rodoviários - Coletor-compactador de resíduos sólidos e seus principais componentes - Terminologia. ABNT NBR 15849:2010.Resíduos sólidos urbanos - Aterros sanitários de pequeno porte – Diretrizes para localização, projeto, implantação, operação e encerramento. ABNT NBR 13221:2010.Transporte terrestre de resíduos. ABNT NBR 13842:2008.Artigos têxteis hospitalares - Determinação de pureza (resíduos de incineração, corantes corretivos, substâncias gordurosas e de substâncias solúveis em água). ABNT NBR 13334:2007.Contentor metálico de 0,80 m³, 1,2 m³ e 1,6 m³ para coleta de resíduos sólidos por coletores-compactadores de carregamento traseiro - Requisitos. ABNT NBR ISO 14952-3: 2006.Sistemas espaciais - Limpeza de superfície de sistemas de fluido Parte 3: Procedimentos analíticos para a determinação de resíduos não voláteis e contaminação de partícula. ABNT NBR 15116:2004.Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural - Requisitos. ABNT NBR 15112:2004.Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação. ABNT NBR 15113:2004.Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação. ABNT NBR 15114:2004.Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de reciclagem Diretrizes para projeto, implantação e operação. ABNT NBR 15115:2004.Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução de camadas de pavimentação - Procedimentos. ABNT NBR 10005:2004.Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólido. ABNT NBR 10006:2004.Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos. 259 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES ABNT NBR 10007:2004.Amostragem de resíduos sólidos. ABNT NBR 15051:2004.Laboratórios clínicos - Gerenciamento de resíduos. ABNT NBR 14652:2001.Coletor-transportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde - Requisitos de construção e inspeção - Resíduos do grupo A. ABNT NBR 14283:1999.Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo método respirométrico. ABNT NBR 13896:1997.Aterros de resíduos não perigosos - Critérios para projeto, implantação e operação. ABNT NBR 13853:1997.Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes - Requisitos e métodos de ensaio. ABNT NBR 12808:1993.Classifica os resíduos de serviços de saúde quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que tenham gerenciamento adequado. ABNT NBR 12810:1993.Procedimentos exigíveis para coleta interna e externa dos resíduos de serviços de saúde, sob condições de higiene e segurança. 4.10. DAS LEIS DO ESTADO DE MINAS GERAIS Lei Estadual nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, que “dispõe sobre apolítica estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo e altera dispositivo da Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995, que „dispõe sobre a distribuição da parcela de receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios, de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 158 da Constituição Federal”. Lei Estadual nº 14.086, de 6 de dezembro de 2001,que “cria o Fundo Estadual de Defesa de Direitos Difusos e o Conselho Estadual de Direitos Difusos e dá outras providências”. Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 9 de setembro de 2004,que “estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e 260 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ambiental de funcionamento ou de licenciamento ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de análise de pedidos de autorização ambiental e de licenciamento ambiental e dá outras providências”. Lei Estadual nº 15.441, de 11 de janeiro de 2005,que “regulamenta o inciso I do § 1º do art. 214 da Constituição do Estado”. Lei Estadual nº 18.030, 12 de janeiro de 2009, que “dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da Arrecadação do ICMS pertencente aos Municípios”. Decreto Estadual nº 45.975, de 4 de junho de 2012, que “estabelece normas para concessão de incentivo financeiro a catadores de materiais recicláveis – Bolsa-Reciclagem, de que trata a Lei nº 19.823, de 22 de novembro de 2011”. 4.11. CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEGISLAÇÃO Para auxiliar na elaboração deste plano foi inserido um resumo das principais Leis vigentes, ou seja, as 07 (sete) principais normas reguladoras para os Planos de Resíduos Sólidos e Saneamento Básico, no âmbito federal e estadual. Por falta de informação dos municípios não foi possível descrever sobre as legislações dos mesmos. Foi dada ênfase nos principais pontos das legislações citadas, como os Princípios Fundamentais que orientam, fomentam e disciplina as políticas Federal e Estadual de Resíduos Sólidos e Saneamento Básico em todo território nacional; os Objetivos que visam estimular a gestão dos resíduos sólidos, e as Diretrizes que têm por base chamar a participação da sociedade no planejamento, na formação e na implementação das políticas públicas, para a promoção do desenvolvimento social, ambiental e econômico. Fomentando a informação, a capacitação e a implementação dos programas relacionados, inclusive facilitando financiamentos. Também, foram destacadas com menor ênfase outras Leis, Decretos, Resoluções e Normas que fazem parte e ou disciplinam o Ordenamento Ambiental relacionado com as áreas do projeto elaborado. 261 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos compreendem as atividades referentes à elaboração e à implementação dos Planos de Gestão, assim como sua fiscalização e seu aperfeiçoamento, e o controle dos serviços de manejo integrado dos resíduos sólidos. E para finalizar o conteúdo normativo, temos como Instrumentos a Política Federal e Estadual de Resíduos sólidos e os Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, elaborados com base em padrões setoriais, com o envolvimento da sociedade e com definição de metas e prazos. 262 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 5. RESÍDUOS SÓLIDOS: CONCEITOS, ORIGEM E CLASSIFICAÇÕES Com referência ao Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do Consórcio 4 Ambiental: Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Ambiental Sustentável (2014) se faz uma compilação dos conceitos, origem e classificações de resíduos sólidos urbanos que se apresenta neste relatório. E ainda com base nas normas técnicas: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR 10.004/2004, define resíduos como restos das atividades humanas, consideradas pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis. Geralmente em estado sólido, semissólido ou semilíquido (com conteúdo líquido insuficiente para que este líquido possa fluir livremente). Esta norma cita também que os resíduos podem ser classificados de acordo com a sua natureza física (seco e molhado), sua composição química (matéria orgânica e inorgânica) e pelos riscos potenciais ao meio ambiente (perigoso, não inerte e inerte). Segundo a Norma Brasileira de Resíduos (NBR 10.004) de 2004, que estabelece a metodologia de classificação dos resíduos sólidos quanto a riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, pode-se verificar que, dentre outros aspectos, é considerado Resíduo Perigoso, Classe I, aquele que apresentar em sua composição propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, podendo apresentar risco à saúde pública e que podem contribuir para um aumento da mortalidade e da incidência de doenças ligadas à proliferação de agentes transmissores como moscas, ratos, mosquitos, baratas, entre outros, além de promover a incidência de riscos ambientais, formação de fumaças e líquidos (chorume) que poluam o ar, a água e o solo. No que se refere à Classe II (NBR 10.004), considerados Não Perigosos, estão inseridos os resíduos Não Inertes e Inertes. Os resíduos Não Inertes são aqueles que podem apresentar propriedades como biodegradabilidade e solubilidade em água. Os Inertes ao serem dissolvidos apresentam concentrações abaixo dos padrões de potabilidade, quando expostos a testes de solubilidade em água destilada, excetuando-se aqui aspectos como cor, turbidez e sabor. 5.1. RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E DE VARRIÇÃO DE VIAS PÚBLICAS 263 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD), também conhecidos como “lixo doméstico”, são aqueles habitualmente gerados nas residências, em pequenos estabelecimentos comerciais e empreendimentos de pequeno porte destinados à prestação de serviços, apresentados à coleta regular junto às respectivas portas. Por sua vez, os Resíduos Sólidos de Varrição, são aqueles lançados de forma difusa nas vias e logradouros públicos pela ação da natureza e da população em trânsito ou mesmo local. Ele está em contrariedade às posturas públicas e às regras de convivência social, demandando que sejam varridos e coletados pelo poder público. Nestes resíduos encontramse: papel, papelão, vidro, latas, plásticos, trapos, folhas, galhos e terra, madeira, restos de alimentos e outros detritos, classificados como Classe II A: Não Perigosos - Não Inertes. A quantidade e a composição dos resíduos domiciliares e de varrição das diferentes regiões da cidade estão relacionadas à cultura e ao perfil de consumo da população, e também ao nível de arborização das vias e logradouros públicos. Assim, com o crescimento urbanístico e o aumento da população, agravados pelo adensamento regular e irregular em determinadas áreas, a questão dos Resíduos Sólidos Domiciliares e Resíduos Sólidos de Varrição adquire tamanha magnitude, que é considerada um dos mais importantes parâmetros do saneamento ambiental. 5.2. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DE DEMOLIÇÃO Os Resíduos da Construção Civil (RCC) são os resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc. Para estes resíduos sólidos, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) introduziu nova ordem classificatória, regulamentada nas Resoluções CONAMA de números 307/02, 348/04, 431/11 e 448/12, de modo que passaram a integrar a: Classe A: os resíduos considerados de reciclagem e reutilização da construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de obras de infraestrutura, inclusive solos 264 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES provenientes de terraplanagem; construção, demolição, reformas e reparos de edificações; componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento e outros), argamassa e concreto; processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc) produzidas nos canteiros de obras; Classe B: os demais resíduos recicláveis, também produto da construção civil, formados por plásticos, papel, metais, vidros e madeiras em geral, incluído o gesso (Resolução nº 431/2011) e outros; Classe C: os resíduos perigosos, que admitem recuperação por tratamentos tecnológicos específicos para disposição futura a processos de reciclagem; Classe D: são os resíduos perigosos oriundos do processo da construção civil, como tintas, solventes, óleos, amianto (CONAMA 348/2004), produtos de obras em clínicas radiológicas, instalações industriais. Os geradores de resíduos da construção civil são pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, proprietárias ou responsáveis por obra de construção civil ou empreendimento com movimento de terra, que produzam resíduos de construção civil. A demolição de construções não residenciais deverá ser considerada a atividade desenvolvida anteriormente no local, obedecer a prévio plano de demolição, visando a identificação de eventual passivo ambiental. 5.3. RESÍDUOS VOLUMOSOS: MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS DE GRANDE PORTE Entendem-se os resíduos sólidos secos constituídos basicamente por material volumoso não removido pela coleta de resíduos sólidos domiciliares, dos serviços da saúde ou dos resíduos da construção civil rotineiros, como móveis, colchões e equipamentos domésticos inutilizados, grandes embalagens e peças de madeira, resíduos vegetais provenientes da manutenção de áreas verdes públicas ou privadas e outros, comumente chamados de bagulhos, e não caracterizados como resíduos industriais. 265 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 5.4. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Englobam os resíduos relacionados, de um modo geral, ao atendimento da saúde humana ou animal, encontrados nos diversos equipamentos públicos e privados de saúde, como: hospitais; clínicas; laboratórios; farmácias; drogarias; farmácias de manipulação; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares; estabelecimentos de ensino e pesquisa da área da saúde; necrotérios; funerárias; centros de controle de zoonoses; e, atividades de embalsamento. Estes resíduos são caracterizados pela Norma NBR 10.004:2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT como Resíduos de Classe I – Perigosos, por conta de suas características de patogenicidade, toxicidade, reatividade, corrosividade e inflamabilidade. Definidos na Resolução CONAMA 358/2005, que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo tratamento prévio à sua disposição final. Os resíduos de serviços de saúde devem ser classificados de acordo com os riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública para que tenham gerenciamento adequado, de acordo com a Resolução CONAMA 358/2005. 5.5. RESÍDUOS PROVENIENTES DA LIMPEZA DO SISTEMA DE DRENAGEM DA CIDADE Tais resíduos integram a Classe II-A: Não Perigosos-Não Inertes, sendo compostos de sedimentos naturais, restos de vegetação e materiais diversos irregularmente lançados na rede hídrica das Cidades, tais como Resíduos da Construção Civil, Resíduos Sólidos Domiciliares, Volumosos, pneumáticos inservíveis e outros, que: degradam as cabeceiras, calhas e várzeas dos córregos, riachos e ribeirões; aceleram o seu assoreamento e o dos canais e galerias, bocas de lobo, bueiros, bem como o dos rios a que afluem, provocando a proliferação de vetores, alagamentos diversos e o agravamento das inundações, quando de altas precipitações pluviométricas. 266 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 5.6. RESÍDUOS ESPECIAIS São assim considerados em função de suas características tóxicas, radioativas e contaminantes, merecendo, por isso, cuidados especiais em seu manuseio, acondicionamento, estocagem, transporte e disposição final. São estes os resíduos comumente denominados de resíduos perigosos. 5.6.1. Pilhas e baterias A Resolução CONAMA nº 401, de 04 de novembro de 2008, estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado e dá outras providências. As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletroeletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, após seu esgotamento energético, devem ser entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada. São proibidas as seguintes formas de destinação final de pilhas e baterias usadas de quaisquer tipos ou características: Lançamento in natura a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais; queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou equipamentos não adequados, conforme legislação vigente; lançamento em corpos d‟água, praias, manguezais, terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades subterrâneas, em redes de drenagem de águas pluviais, esgotos, eletricidade ou telefone, mesmo que abandonadas, ou em áreas sujeitas à inundação. 267 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 5.6.2. Lâmpadas fluorescentes A lâmpada fluorescente é composta por um metal pesado altamente tóxico, o mercúrio, que quando intacta não oferece perigo, apenas se quebrada, queimada ou descartada em aterros sanitários, devido à liberação de vapor de mercúrio, poluente imediato do meio ambiente. 5.6.3. Óleos lubrificantes O uso prolongado de um óleo lubrificante resulta na sua deterioração parcial, que se reflete na formação de compostos, tais como ácidos orgânicos, compostos aromáticos polinucleares:“potencialmente carcinogênicos”, resinas e lacas, ocorrendo também contaminações acidentais ou propositais. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em sua NBR-10.004, “Resíduos Sólidos - classificação”, classifica o óleo lubrificante usado como perigoso por apresentar toxicidade. A combustão dos óleos lubrificantes usados pode gerar gases residuais nocivos ao meio ambiente, de modo que a reciclagem é o instrumento prioritário para a sua disposição final. A reciclagem de óleo lubrificante usado ou contaminado consiste na avaliação de seu uso ou regeneração, servindo, portanto, o respectivo processo como balizador para a identificação da possibilidade de reuso como substituto de um produto comercial ou uso como matéria-prima em processo industrial diverso. São responsáveis pelo processo de descarte os geradores, que devem evitar: quaisquer descartes de óleo usados em solos, águas superficiais, subterrâneas, no mar territorial e em sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais; qualquer forma de eliminação de óleos usados que provoque contaminação atmosférica superior ao nível estabelecido na legislação sobre proteção do ar atmosférico (PRONAR); qualquer processo de industrialização e comercialização de novos óleos lubrificantes não recicláveis, nacionais ou importados. 268 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES São obrigações dos geradores de óleos usados: armazenar os óleos usados de forma segura, em lugar acessível à coleta, em recipientes adequados e resistentes a vazamentos; adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado venha a ser contaminado por produtos químicos, combustíveis, solventes e outras substâncias, salvo as decorrentes da sua normal utilização; destinar o óleo usado ou contaminado regenerável para a recepção, coleta, refino ou a outro meio de reciclagem, devidamente autorizado pelo órgão ambiental competente; fornecer informações aos coletores autorizados sobre os possíveis contaminantes adquiridos pelo óleo usado industrial, durante o seu uso normal; alienar os óleos lubrificantes usados ou contaminados provenientes de atividades industriais exclusivamente aos coletores autorizados; manter os registros de compra de óleo lubrificante e alienação de óleo lubrificante usado ou contaminado disponíveis para fins fiscalizatórios, por dois anos, quando se tratar de pessoa jurídica cujo consumo de óleo for igual ou superior a 700 litros por ano; responsabilizar-se pela destinação final de óleos lubrificantes usados contaminados não regeneráveis, através de sistemas aprovados pelo órgão ambiental competente; destinar o óleo usado não regenerável de acordo com a orientação do produtor, no caso de pessoa física. 5.6.4. Óleos de uso culinário Óleos utilizados na culinária, que em seguida são descartados, visto que após a utilização há alteração em suas características. Esse tipo de material deve ser descartado de maneira adequada, visto que, se lançado na natureza de maneira inadequada irá gerar danos significativos, principalmente nos recursos hídricos. 269 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 5.6.5. Pneumáticos Os pneumáticos inservíveis abandonados ou dispostos inadequadamente constituem passivo ambiental, que resulta em sérios riscos ao meio ambiente e à saúde pública, vez que não há possibilidade de reaproveitamento desses materiais inservíveis para uso veicular e para processos de reforma, tais como recapagem, recauchutagem e remoldagem. Apenas os pneumáticos atuais, depois de usados, podem ser utilizados como matéria prima nos processos de reciclagem citados acima. Para reaproveitamento na fabricação de outros itens de borracha: tapetes, solados, agregado em pavimento asfáltico etc, quaisquer pneus podem ser utilizados. A Resolução CONAMA 258 de 26 de agosto de 1999, referente à coleta e destinação final adequada aos pneus inservíveis, conforme disposto na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 e no Decreto nº 99.274, de 6 de junho de1990, e seu Regimento Interno, atribuiu às empresas fabricantes e importadoras de pneumáticos a obrigação de coletar e dar destinação final ambientalmente adequada aos pneus inservíveis existentes no território nacional. Os distribuidores, os revendedores e os consumidores finais de pneus, em articulação com os fabricantes, importadores e Poder Público, deverão colaborar na adoção do procedimento, visando implementar a coleta dos pneus inservíveis existentes no País. O não cumprimento do disposto nesta Resolução implicará as sanções estabelecidas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, regulamentada pelo Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999. 5.6.6. Embalagens de agrotóxicos e produtos veterinários O sistema de logística reversa de agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, seguirá o disposto na Lei Federal nº 7.802 de 11 de julho de 1989, e no Decreto Federal nº 4.074, de 04 de janeiro de 2002. No artigo 17 da lei estão cominadas as sanções administrativas pelo seu descumprimento. A destinação inadequada das embalagens vazias de agrotóxicos e dos resíduos nelas existentes causa sérios danos ao meio ambiente e à saúde humana, razão pela qual os estabelecimentos que os comercializam, assim como os postos e centrais de recebimentos 270 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES implantadas pelo setor produtivo, consistem nos locais onde o usuário destes produtos deve devolver as embalagens total ou parcialmente vazias. Por serem considerados empreendimentos potencialmente poluidores, a Resolução CONAMA nº 334, de 03 de abril de 2003, dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental dos estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens de agrotóxicos, conforme disposto na Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto Federal nº 99.274, de 06 de junho de 1990, e seu Regimento Interno, anexo à Portaria nº 499, de 18 de dezembro de 2002. A localização, construção, instalação, modificação e operação de posto e central de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos e afins dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis, cabendo aos comerciantes a responsabilidade de adequar as suas instalações e planejar formas de facilitar a devolução das embalagens pelos usuários, indicando na nota fiscal o local de devolução das embalagens vazias, além de orientá-los nos procedimentos corretos no manejo das embalagens pós-consumo. Por sua vez, cabe aos fabricantes dar o destino final adequado às embalagens e ou produtos devolvidos pelos usuários, seja por meio de processos e tecnologias autorizadas em lei. Já aos consumidores usuários impõem-se devolver as embalagens vazias dos produtos adquiridos aos próprios comerciantes que possuam instalações adequadas ao recebimento e armazenamento temporário. Até o momento da devolução das embalagens – um ano a partir da compra ou de acordo com as instruções expressas pela fiscalização oficial –, devem armazená-las de forma adequada em sua propriedade, em local abrigado de chuva, ventilado e separado de alimentos e rações, tomando cuidado para guardar as notas fiscais de compra e comprovantes de devolução. 5.6.7. Eletroeletrônicos de grande e pequeno porte e seus componentes Os produtos e componentes eletrônicos considerados resíduos tecnológicos devem receber destinação final adequada que não provoquem danos ou impactos negativos à 271 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES sociedade, obrigação que constitui responsabilidade solidária entre as empresas que produzem, comercializem ou importem produtos ou componentes eletroeletrônicos. Consideram-se resíduos tecnológicos, comumente chamados de lixo eletrônico ou etrash os aparelhos eletrodomésticos e os equipamentos e componentes eletroeletrônicos de uso doméstico, industrial, comercial e no setor de serviços, que estejam em desuso e sujeitos à disposição final, tais como componentes e periféricos de computadores, monitores e televisores, servomotores de alta e baixa tensão, aparelhos de telefonia móvel e fixa etc. 5.6.8. Resíduos radioativos Em função da periculosidade que impede o seu reaproveitamento, os resíduos radioativos constituem, na realidade, rejeitos. O seu manejo, tratamento e destinação, pela importância de ordem nacional que detém, obedecem ao comando da legislação federal, sendo material de cuidado e responsabilidade originária da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, autarquia federal vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Normatiza o Conselho Nacional de Energia Nuclear, mediante a Resolução CNENNE-6.05 Gerência de Rejeitos em Instalações Radiativas, que os rejeitos radioativos precisam ser tratados, antes de serem liberados para o meio ambiente, se for o caso. Eles podem ser liberados quando o nível de radiação é igual ao do meio ambiente e quando não apresentem toxidez química. Nessa razão, quer sejam sólidos, líquidos ou gasosos, classificam-se, quanto à atividade, em rejeitos de baixa, média e alta atividade, identificados conforme item 12.2 da RDC ANVISA nº 306. Os rejeitos de meia vida curta, devem ser armazenados em locais apropriados, preparados em conformidade com as especificações técnicas ditadas pelo órgão, até que sua atividade atinja valor semelhante ao do meio ambiente, podendo então ser liberados. Além do aguardo do decaimento de sua atividade ao nível ambiental, caso apresente toxidez química para o ser humano ou que sejam prejudiciais ao ecossistema, o rejeito para ser liberado necessita de tratamento químico adequado para anulá-la. Rejeitos sólidos de baixa atividade, como partes de maquinário contaminadas, luvas usadas, sapatilhas, aventais e outros equipamentos e instrumentos, são colocados em sacos 272 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES plástico e guardados pelo gerador em tambores ou caixas de aço, após a devida classificação e respectiva identificação. Os grandes geradores devem dispor de câmaras de decaimento para esse fim. 5.6.9. Resíduos das atividades agrossilvipastoris. A atividade agropecuária é uma das maiores geradoras de resíduos, mas felizmente, é costume agropecuário a reutilização ou reciclagem quase total do resíduo, não causando danos consideráveis ao meio ambiente ou à saúde humana. O maior problema da atividade agrária na atualidade é o uso de agrotóxicos, que é prejudicial ao meio ambiente (principalmente aos cursos d‟água), mesmo com os programas de reciclagem de embalagens. Os resíduos do meio rural podem ser: a) Recicláveis: capazes de reutilização. b) Compostáveis: que se transformam em adubo orgânico. c) Indesejáveis: os quais não têm nenhuma utilização. Nesta última classificação incluem-se os restos de embalagens de agrotóxicos considerados resíduos do meio rural. Há necessidade de implantação de um sistema de manejo antes do descarte, relacionado com o uso adequado dos defensivos agrícolas é com tríplice lavagem das embalagens vazias de agrotóxicos. O principal motivo para se dar destinação final correta para as embalagens vazias dos agrotóxicos é diminuir o risco para a saúde das pessoas e de contaminação do meio ambiente. O Brasil é o líder mundial na destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos, através de uma cadeia que envolve o agricultor, o poder público, a indústria e as revendas. O país, em 2004, alcançou o índice de 14.825 toneladas de embalagens devolvidas, o que significa que foram devolvidas mais embalagens do que 30 países juntos, somando nações da América Latina, Europa, América do Norte e Austrália. A função do agricultor é: preparar as embalagens vazias para devolvê-las na unidade de recebimento (através da tríplice lavagem, por exemplo); armazená-las, temporariamente 273 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES em suas propriedades, transportá-las e devolvê-las, com suas respectivas tampas e rótulos para a unidade de recebimento indicada pelo revendedor e manter em seu poder os comprovantes de entrega das embalagens e a nota fiscal de compra do produto. O papel da indústria é providenciar o recolhimento, a reciclagem ou a destruição das embalagens vazias devolvidas às unidades de recebimento. As embalagens laváveis são aquelas embalagens rígidas (plásticas, metálicas e de vidro) que acondicionam formulação liquida de agrotóxicos para serem diluídas em água (de acordo com a norma técnica NBR-13.968) A NBR 13.968/1997 estabelece os principais passos para a realização da tríplice lavagem: 1. Esvaziar totalmente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador. 2. Acondicionar água limpa à embalagem até ¼ do seu volume. 3. Tampar bem a embalagem e agitar por 30 segundos. 4. Despejar a água da lavagem no tanque do pulverizador. 5. Inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo. 6. Armazenar em local apropriado até o momento da devolução. A resolução do CONAMA 334/03 dispõe sobre procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos 5.6.10. Resíduos industriais O resíduo industrial pode ser de diversos tipos, de acordo com a atividade da indústria, sendo a fonte mais comum de resíduos perigosos. É muito variado o processo de produção industrial o que gera grande variedade de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Diferentes são as indústrias e também os processos por elas utilizados e assim os dejetos resultantes. Alguns podem ser reutilizados ou reaproveitados. Muito do refugo das indústrias alimentícias são utilizados como ração animal. Por ouro lado, as que geram material químico são bem menos 274 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES aproveitados por apresentarem maior grau de toxicidade, elevados custo para reaproveitamento (reciclagem), exigindo, às vezes, o uso de tecnologia avançada para tal. Resíduos estes que são de responsabilidade dos órgãos geradores, devendo ser destinados em local correto. Os resíduos são classificados como recicláveis culturalmente, compostáveis ou indesejáveis. 5.6.11. Resíduos de serviços de transporte Os resíduos oriundos dos serviços de transportes constituem resíduos sépticos, ou seja, aqueles que contêm ou podem conter germes patogênicos trazidos a esses locais basicamente através de material de higiene, asseio pessoal, restos de alimentação que podem veicular doenças provenientes de outras cidades, estados ou países. Alguns podem ser recicláveis. 5.6.12. Resíduos de mineração O setor mineral tem grande importância social e econômica para o país. Além disso, milhares de empregos estão associados à atividade de mineração, que está na base de várias cadeias produtivas. A quantificação do volume de resíduos sólidos gerados pela atividade de mineração é difícil devido à complexidade e diversidade das operações e tecnologias utilizadas nos processos de extração e beneficiamento das cerca de 80 substâncias minerais não energéticas produzidas no país. Além disso, as informações estão dispersas entre várias agências governamentais, tanto no âmbito federal quanto nos estados. Os rejeitos da mineração vão depender do tipo de mineral que está sendo explorado. 5.6.13. Resíduos de abate de animais e animais domésticos mortos Muitos resíduos de abatedouros podem causar problemas ambientais graves se não forem gerenciados adequadamente. A maioria é altamente putrescível e, por exemplo, pode causar odores se não processada rapidamente nas graxarias anexas ou removida 275 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES adequadamente das fontes geradoras no prazo máximo de um dia, para processamento adequado por terceiros. Animais mortos e carcaças condenadas devem ser dispostos ou tratados de forma a garantir a destruição de todos os organismos patogênicos. Todos os materiais ou partes dos animais que possam conter ou ter contato com partes condenadas pela inspeção sanitária são consideradas de alto risco e devem ser processadas em graxarias inspecionadas e autorizadas, para garantia dos processos que levam à esterilização destes materiais. O gerenciamento destes resíduos pode ser crítico, principalmente para pequenas empresas, que carecem de recursos e onde o processamento interno dos resíduos, não raro, é inviável. Alguns resíduos sólidos gerados nas operações auxiliares e de utilidades também precisam ser considerados e adequadamente gerenciados para minimizar seus possíveis impactos ambientais. Pode-se destacar os seguintes resíduos: resíduos da estação de tratamento de água: lodos, material retido em filtros, eventuais materiais filtrantes e resinas de troca iônica; resíduos da estação de tratamento de efluentes líquidos: material retido por gradeamento e peneiramento, material flotado (gorduras/escumas), material sedimentado – lodos diversos; cinzas das caldeiras; resíduos de manutenção: solventes e óleos lubrificantes usados, resíduos de tintas, metais e sucatas metálicas solventes/óleos/graxas/tintas), (limpas materiais e contaminadas impregnados com com solventes/óleos/graxas/tintas (ex.: estopas, panos, papéis e outros); outros: embalagens, insumos e produtos danificados ou rejeitados e pallets das áreas de almoxarifado e expedição. No caso de graxarias anexas aos abatedouros ou matadouros, estas praticamente não geram resíduos sólidos em seus processos produtivos, uma vez que eventuais perdas residuais são reincorporadas no processo (reuso interno). Algumas embalagens de produtos da graxaria e de insumos auxiliares podem ser considerados como resíduos sólidos. Quanto aos resíduos de operações auxiliares e de utilidades, citados acima, as graxarias anexas normalmente 276 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES compartilham destas mesmas operações instaladas para os abatedouros, dando apenas sua parcela de contribuição na geração de resíduos destas unidades. O manejo, armazenamento e a disposição inadequados, tanto dos resíduos principais da produção, quanto destes resíduos secundários (por exemplo, em áreas descobertas e/ou sobre o solo sem proteção e/ou sem dispositivos de contenção de líquidos) podem contaminar o solo e as águas superficiais e subterrâneas, tornando-os impróprios para qualquer uso, bem como gerar problemas de saúde pública. 277 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 6. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE ARAPORà As informações apresentadas neste Diagnóstico Técnico-Participativo são de responsabilidade Elaine Santos Oliveira. Estas informações foram acrescidas de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS). 6.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE ARAPORà Apresenta-se o organograma da estrutura administrativa responsável pela limpeza urbana e manejo dos RSU (Figura 209). Figura 209: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Araporã. 278 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 6.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNICÍPIO DE ARAPORà No município de Araporã não existe uma legislação específica que regulamente a limpeza urbana nem uma política municipal de resíduos sólidos. Também não existe Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. A Prefeitura Municipal de Araporã é o órgão responsável pela coleta destes resíduos, por meio de sua Secretaria de Serviços Urbanos. Ainda assim, o município não sofreu sanções por parte do Poder Público. Os resíduos sólidos gerados são decorrentes do processo produtivo de diversas atividades econômicas, dentre elas a doméstica. Considerando a produtividade de resíduos sólidos em área urbana, destaca-se a característica de resíduo domiciliar. Muitos estabelecimentos comerciais da cidade se caracterizam como geradores de resíduos do tipo doméstico, portanto, podem ser caracterizados como pequenos geradores. 6.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE ARAPORà 6.3.1. Geração 6.3.1.1. Geração de resíduos domiciliares e comerciais No município de Araporã os resíduos comerciais e domiciliares são similares e, portanto, são tratados de maneira semelhante. Os resíduos domiciliares e comerciais em Araporã são gerados por uma população de 6.593 habitantes, segundo o censo IBGE (2010). O acondicionamento destes resíduos é feito em sacolas plásticas, lixeiras e latões. Observa-se que não há nenhuma diferenciação dos recipientes de acordo com o tipo de resíduo (ex.: lixo seco e úmido, etc.) durante o acondicionamento, o que facilitaria a triagem do lixo. Devido à falta de separação, por tipologia, dos resíduos gerados, o município não realiza a pesagem dos resíduos sólidos urbanos por categoria, portanto não há quantificação dos dados de balanço de massa. Não há relatos de pontos de despejo clandestinos de resíduos sólidos no município, nem reclamações de mau cheiro e vetores nos locais de armazenamento. 279 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Existem 175 empresas cadastradas no município, que atendem à diversas atividades econômicas. 6.3.1.2. Geração de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) Os resíduos de serviços de saúde (RSS) são aqueles relacionados ao atendimento da saúde humana, encontrados nos prestadores de serviços de saúde pública e privada, cujos resíduos apresentam características que se enquadram nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR 10.004:2004 como Resíduos de Classe I. Os resíduos gerados em estabelecimentos prestadores de serviços de saúde devem ser gerenciados de maneira correta de modo a garantir a qualidade da saúde coletiva e a preservação do meio ambiente. Os principais geradores de resíduos de serviços de saúde no município de Araporã são os de natureza pública, o hospital municipal João Paulo II e duas unidades básicas de saúde da família (Figura 210 e Figura 211). Os demais geradores particulares, tais como farmácia e laboratório, geram volumes bem inferiores quando comparado com os geradores públicos. 6.3.1.3. Geração de Resíduos de Construção Civil (RCC) Os resíduos de construção civil identificados no município de Araporã são aqueles originários de construções, de reformas, de demolições e de reparos. Fazem parte deste tipo de resíduos componentes cerâmicos, tijolo, telha, vidro, plástico, placa de revestimento, concreto, argamassa, terra, madeira, forros, gesso, resinas, ferragem, argamassa, tinta e outros de obras de construção. Segundo as resoluções do CONAMA 307/2002 e 431/2011os RCC, esses tipos de resíduos se enquadram na Classe A e Classe B. O município de Araporã realiza coleta diferenciada de RCC, serviço que não é cobrado separadamente pela prefeitura. Nas obras públicas, o próprio poder público faz a coleta de seus resíduos. Nas obras privadas, o construtor é responsável pela coleta (Figura 212). Durante as obras, os RCC são armazenados em caçambas. Há dois funcionários efetivos 280 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES e dois contratados para a realização da coleta dos RCC, todos dispondo de equipamentos de proteção individual. Os resíduos da construção civil são descartados em um aterro controlado, em local separado do resíduo doméstico e comercial. Figura 210: Gerador de resíduos de serviços de saúde:Hospital municipal João Paulo II no município de Araporã. Figura 211: Gerador de resíduos de serviços de saúde público:unidades básicas de saúde familiar no município de Araporã: à esquerda, unidade I e à direita, unidade II. 281 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 6.3.1.4. Geração de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição identificados no município de Araporã são aqueles descartados de forma difusa e de qualquer natureza nas vias públicas e praças. Esses resíduos são originários da varrição dos logradouros e dos espaços de domínio público. O serviço de varrição é realizado manualmente, por 38 funcionários da própria prefeitura. No município de Araporã os acondicionamentos de resíduos sólidos urbanos em espaços públicos ocorrem em lixeiras instaladas em locais de circulação de pedestre. Nota-se à disposição das lixeiras em vias de acesso público e de fácil identificação. Entretanto, verificou a disposição dessas lixeiras apenas na praça central da cidade. Segundo dados da prefeitura, são varridos em média cerca de 57 km por dia de logradouro (Figura 213). Não existem dados quantitativos sobre os serviços de capina e poda. Figura 212: Gerador particular de resíduos de construção civil no município de Araporã. Destaque na disposição do armazenamento dos resíduos domiciliares em lixeiras suspensas e de construção civil coberto por lona plástica. 282 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 213: Trabalhador da Prefeitura Municipal de Araporã, durante serviço de varrição de via pública. 6.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos No município de Araporã os acondicionamentos de resíduos sólidos urbanos em espaços públicos ocorrem em lixeiras instaladas em locais de circulação de pedestre. Nota-se a disposição das lixeiras em vias de acesso público e de fácil identificação (Figura 214). Entretanto, verificou-se que essas lixeiras estão dispostas apenas na praça central da cidade. Figura 214: Lixeiras para acondicionamento dos resíduos sólidos urbanos na praça principal do município de Araporã. Não identificou recipientes para coleta seletiva. 283 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 6.3.2.1. Acondicionamento e armazenamento de resíduos sólidos domiciliares e Comerciais O armazenamento dos resíduos domiciliares e comerciais no município de Araporã é feito em recipientes do tipo sacola, saco de lixo, lixeira e latões. Observa-se que os acondicionamentos dos resíduos não são diferenciados por recipientes nem por tipologia de resíduo (Figura 212). Não existe sistema de coleta seletiva no município. 6.3.2.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Serviço de Saúde Segundo informações da prefeitura de Araporã, existe coleta diferenciada dos resíduos de serviço de saúde no município, com veículo próprio e específico para a prestação do serviço. A segregação desses resíduos ocorre nas unidades geradoras públicas diferenciando o material por recipientes adequados, conforme a resolução vigente: material perfurocortantes armazenado em caixa de papelão apropriada, resíduos hospitalares do Grupo A armazenados em sacos plásticos branco leitoso acondicionados em bombonas plásticas de 200 litros (Figura 215). Os resíduos de serviço de saúde gerados são acondicionados em uma unidade de transbordo aos fundos do hospital municipal João Paulo II. Visita in loco constatou algumas irregularidades que não atendem às especificações técnicas definidas por normas e legislações específicas para a unidade. Piso e parede não estão totalmente impermeabilizados o que pode ocorrer à contaminação de solo e água com resíduos de agentes infecciosos. 6.3.2.3. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Construção Civil Os resíduos de construção civil, sejam eles de obras públicas ou particulares, são acondicionados em caçambas, as quais são recolhidas por veículos que os transportam até sua destinação final. A empresa Minasgoiás Mineração Bergamo Ltda com sede na cidade de Araporã presta serviços de aluguel de caçambas, atendendo a demanda do município (Figura 216). 284 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 215: Unidade de transbordo e acondicionamento dos resíduos de serviços de saúde público no hospital municipal em Araporã. Entretanto, não existe um contrato ou convênio entre a referida empresa e a prefeitura. E também não há no Código de Postura do município a obrigação do construtor de contratar esse tipo de serviço. A empresa justifica que seus clientes não têm uso superior a 30 dias de caçamba e por isso não uma exigência de contrato de prestação de serviços. 6.3.2.4. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição são acondicionados em sacos plásticos e armazenados em carrinhos que são conduzidos pelos funcionários da limpeza urbana.Os resíduos de poda são acondicionados em vias públicas, calçadas e logradouros, interferindo momentaneamente o fluxo de pedestres e veículos automotores (Figura 217). 285 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Entretanto, não há acúmulo de lixo nas vias públicas por um longo período, pois os resíduos de poda e capina são coletados no mesmo dia em que esses serviços são efetuados. Figura 216: Caçamba de acondicionamento de resíduos de construção civil no município de Araporã. Figura 217: Disposição de resíduos de poda juntamente com resíduos de construção civil na cidade de Araporã. 286 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 6.3.3. Coleta Sistemas diferenciados são aplicados na coleta de resíduos sólidos urbanos no município de Araporã: os resíduos domiciliares e comerciais, resíduos de serviço de saúde, resíduos de construção civil e resíduos de varrição, poda e capina (Tabela 55). Tabela 55: Características físicas dos veículos utilizados no serviço de limpeza urbana no município de Araporã, MG. NI: não informado. Marca/Modelo JCB ICX Tipo Placa(s) Ano de Iveco/EuroCargo Iveco/EuroCargo 170E22 170E22 Retroescavadeira Caçamba/ 11,06 ton Compactador/ 9 ton - HLF-4692 HLF-7927 NI 2010/2011 2011/2012 NI NI 20.497 km Regular Regular Regular fabricação Quilometragem/ hora de trabalho Estado de conservação 6.3.3.1. Coleta de Resíduos Domiciliares e Comerciais Segundo informações da prefeitura de Araporã, a coleta de resíduos domiciliares é realizada diariamente, de segunda à sábado, havendo coleta apenas no período matutino. A população urbana atendida alcança os 100% dos serviços de coleta de lixo domiciliar (Figura 218). Entretanto, a população rural não é atendida pelo serviço. O período máximo em que os resíduos ficaram sem ser coletados foi de um dia. Não há empresa terceirizada para a coleta de resíduos sólidos domiciliares, o município provê o serviço, que o faz por meio de rota pré-estabelecida e atende os diferentes setores urbanos (conjunto de bairros). As rotas são definidas pela Secretaria de Serviços 287 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Urbanos e Rurais e elas não sofrem alterações significativas. Todo o resíduo domiciliar e comercial urbano gerado é coletado em 6 horas, e é transportado por um caminhão compactador. Não foram reportadas irregularidades na prestação de serviço de coleta dos resíduos domiciliares e comerciais. De acordo com a prefeitura, animais mortos que por ventura possam ser encontrados são enviados ao aterro controlado e soterrados. Não há sistema de coleta seletiva no município. Figura 218: Caminhão compactador utilizado no transporte dos resíduos sólidos urbanos no município de Araporã. 6.3.3.2. Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde A coleta dos resíduos de serviços de saúde em Araporã nas unidades públicas geradoras é de responsabilidade da prefeitura que semanalmente recolhe esses resíduos em um reboque acoplado em veículo oficial (Figura 219). 288 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Após a coleta, os resíduos são dispostos temporariamente em uma unidade de transbordo aos fundos do hospital municipal João Paulo II. Num intervalo quinzenal, a empresa STERICYCLE Gestão Ambiental Ltda faz a coleta de todos os resíduos de serviços de saúde gerados. A referida empresa possui contrato licitatório nº 023/2015 com a prefeitura e presta serviços de coleta, transporte, tratamento por termodestruição e ou destinação final de resíduo séptico e hospitalar. Não há informações a respeito da logística nem dos procedimentos técnicos adotados pela empresa. Figura 219: Reboque para coleta e transporte de resíduos de serviços de saúde de geradores públicos no município de Araporã. 6.3.3.3. Coleta de Resíduos de Construção Civil No município de Araporã existe coleta diferenciada de resíduos de construção civil. No entanto, os serviços não são cobrados separadamente, ou seja, não há taxação específica para esse fim. A prefeitura recolhe os resíduos das obras públicas e os construtores particulares são responsáveis pelos resíduos gerados em suas obras. Existe um cadastro junto à prefeitura de empresas que prestam serviços de coleta de resíduos de construção civil. A empresa Minasgoiás Mineração Bergamo Ltda além de alugar as caçambas também presta serviços de coleta das caçambas com o uso de veículo poliguindaste com caçamba. 289 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A prefeitura conta com dois funcionários efetivos e dois contratados para a prestação deste serviço. 6.3.3.4. Coleta de Resíduos de Varrição, Poda e Capina O serviço de varrição é realizado diariamente, no período matutino, organizado por bairros. Este serviço é feito por 38 funcionários. Os garis varrem, em média, 1,5 km por dia. As ferramentas de trabalho utilizadas por eles são vassouras, pás, sacos e o carrinho de coleta. Os resíduos recolhidos vão sendo armazenados nos carrinhos (Figura 220). Uma vez que os sacos são preenchidos com resíduos dentro do carrinho da varrição, os mesmos são coletados por veículo e transportado para a unidade de disposição final. O serviço de poda e capina no município é realizado por seis funcionários da prefeitura. Distribuem-se em quatro contratados e dois efetivos, todos usam equipamento de proteção individual. Este serviço é realizado constantemente, embora não tenha sido informado a sua periodicidade. A capina é realizada manualmente, sem auxílio de equipamentos mecanizados. A prefeitura estabelece o cronograma dos trabalhos. Os resíduos da poda e da capina são levados para o aterro controlado. O transporte ocorre através de caminhão caçamba (Figura 221). Não são utilizados produtos químicos no processo de poda. 6.3.4. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos Para o transporte de resíduos sólidos urbanos, o município de Araporã conta com um veículo tipo caminhão compactador modelo IVECO EUROCARGO, ano 2011/2012, placa HLF-7927, com 20490 km rodados (Figura 218). O veículo encontra-se em ótimo estado de conservação. Não existe um cronograma de manutenção para o veículo, pois ela ocorre conforme for necessária. 290 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 220: Carrinho conduzido por funcionário da limpeza durante o serviço de varrição. Figura 221: Veículos automores utilizados na coleta dos resíduos de varrição, poda e capita e resíduos de construção civil no município de Araporã. Especificações ver Tabela 55. 6.3.5. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Os resíduos sólidos gerados no município de Araporã têm destinação final em uma unidade cercada caracterizada como aterro controlado, a qual, segundo a prefeitura, está devidamente licenciada pelos órgãos ambientais (Figura 222). Lá, o lixo que é trazido pelo caminhão compactador é colocado em valas, onde posteriormente ele é compactado e soterrado pela máquina escavadeira na área. A vida útil do sistema é de, aproximadamente, 10 anos. 291 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 222: Entrada do aterro controlado do município de Araporã, onde ocorre a disposição final dos resíduos sólidos urbanos. Localização: 22K 697.750 mE e 7961358 mN. A geografia do aterro controlado é caracterizada por uma distância cerca de 8 km do centro da cidade, referência a praça Dona Valdomira Neves Ferreira, sentido lago da UHE Itumbiara/Furnas. O aterro está posicionado em um alto topográfico nos interflúvios do rio Paranaíba e Córrego Mutum a uma altitude de 580 m. Sua característica natural de solo deriva de cobertura areno-argilosa das formações Marília e Adamantina em pouco mais de 90% da área do município. Não existe tratamento de chorume no sistema. O município não tem projeto para a construção de aterro sanitário e atualmente atende apenas o município. São dois funcionários da prefeitura que trabalham no aterro controlado. Ambos trabalham diariamente, em dias úteis. A área não possui galpão para armazenamento de materiais recicláveis, produtos eletrônicos, pneus, etc. Não há informações sobre a capacidade de suporte atual do sistema de disposição final. No aterro é utilizada uma escavadeira modelo YTO E-150-9, ano 2011, potência de 85kw, com 1110 horas de uso, embora ainda esteja em ótimo estado de conservação. 292 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Foi indicado que não há presença de população no entorno da área do aterro controlado, por conseguinte, não há queixas por parte da população quanto a emissões de mau cheiro, ruídos e/ou animais vetores de doenças. Também não há relatos de casos de doenças contraídas pela presença ou contato com materiais acumulados no aterro. Também não existem catadores na área. 6.3.6. Reciclagem O município não recicla os materiais gerados e não possui um local para o armazenamento dos eventuais materiais recicláveis. 6.3.7. Compostagem Não é realizado processo de compostagem no município. 6.3.8. Triagem e Compostagem (UTC) O município não possui uma Usina de Triagem e Compostagem, portanto não é possível estimar a quantidade de recicláveis gerados, a quantidade de composto orgânico e também a de rejeitos. Todo o lixo, tanto seco quanto úmido é destinado para o aterro controlado. 6.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – PNRS): MUNICÍPIO DE ARAPORà Os principais geradores de resíduos no município de Araporã resultam das atividades de comércio, da indústria, das construções civis e domiciliares. A Tabela X resume as 293 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES características da gestão e manejo de resíduos sólidos no município. De acordo com a Lei 12.305/2010 estes geradores podem ser caracterizados como mostra a primeira coluna desta (Tabela 56). Tabela 56: Resíduos sólidos ao PGRS definido na Lei 12.305/2010 no município de Araporã. Tipos de Resíduos Resíduos domiciliares Caracterização Não tem dados de quantificação; Não processa em usinas de triagem; Similares aos resíduos residenciais; Resíduos comerciais Não tem dados de quantificação; Não processa em usina de triagem; Coletado por caminhão da prefeitura (obras públicas) ou por particulares (construtores); Existem empresas cadastradas para o serviço Resíduos de construção civil (RCC) de coleta; Não tem dados de quantificação; Não tem processamento de RCC; Depositado no aterro controlado, em local separado do lixo doméstico; Possui coleta diferenciada; Resíduos de serviços de saúde (RSS) Serviço realizado por empresa especializada; Não tem dados de quantificação; O gerador é responsável pelo gerenciamento dos resíduos; Os resíduos são coletados separadamente; Resíduos Industriais Não tem dados de quantificação; Depositado no aterro controlado, em local diferenciado; Existe co-responsabilidade para o manejo dos resíduos; Não há logística reversa de responsabilidade Logística Reversa do município. 294 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 6.4.1. Logística Reversa Não há logística reversa para produtos especiais como: pilhas, baterias, óleos lubrificantes, pneus, lâmpadas fluorescentes, produtos e componentes eletrônicos. 6.4.2. Produção per capita de resíduos População total (urbana e rural): 6.593 habitantes. O município não possui dados quantificados de resíduos produzidos diariamente ou mensalmente. 6.5. IDENTIFICAÇÕES DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO DA POPULAÇÃO: MUNICÍPIO DE ARAPORà Em linhas gerais, a gestão dos resíduos sólidos de Araporã apresenta muitas carências em muitos setores, como pode ser observado na Tabela 57. Essa tabela sintetiza os principais pontos relacionados à prestação de serviços de coleta de resíduos no município. Tabela 57: Pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados a população pela prefeitura de Araporã. Pontos Fortes Equipamentos Pontos Fracos Veículo em bom estado de Falta de equipamentos para manejo de resíduos conservação (separação/triagem) Não Rota de coleta Plano para serviço de atendimento ao cidadão Periodicidade Atendimento à população existe aumentar a capacidade de coleta no município Mão de obra suficiente Prestação de serviços voltados Toda a população urbana é Não há atendimento à 295 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES atendida ao RS população da zona rural Existe serviço de varrição Não existe serviço atendimento ao cidadão das vias públicas de Serviço de varrição atende a Serviços de varrição todas as áreas urbanas do município Periodicidade Lixeiras instaladas Serviços de capina e poda há serviço Existe serviço de capina e Não atendimento ao cidadão poda Serviço realizado de pela prefeitura Falta de programa de coleta Não há seletiva Não Sistema de coleta seletiva há catadores no município Baixo estímulo para o mercado de recicláveis trabalhos de Não identificado educação ambiental no município, inclusive nas Existem Programa de Educação Ambiental escolas Não há Desenvolvimento sustentável Falta de plano específico para a comunidade no processo de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos 6.6. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO O município não forneceu informações a respeito dos custos com o manejo dos resíduos sólidos no município. Em atenção aos resíduos de serviços de saúde o município possui contrato de prestação de serviços desse gênero com a empresa Stericycle Gestão 296 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Ambiental Ltda para coleta, transporte, tratamento e destinação final de 4.200 kg/mês a um valor unitário de R$ 5,70 a um custo total para o município de R$ 23.940,00. 6.7. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE ARAPORà A composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos representa na prática a segregação por tipologia dos resíduos, envolvendo estudos quantitativos em peso e em volume devido à diferentes densidades de resíduos para uma mesma tipologia. Entendem-se como constituintes dos resíduos sólidos: papel, papelão, vidro, metais (ferrosos e nãoferrosos), plástico, matéria orgânica, garrafas pet, rejeito dentre outros. Os resíduos de rejeitos são aqueles materiais não reaproveitados ou reinseridos para uso da sociedade, a exemplo de escova de dente, tubo de creme dental, roupa rasgada, utensílio doméstico sucateado, papel higiênico utilizado, fraldas, aparelho de barbear, etc. Entretanto, quando um dos resíduos pertencente ao grupo dos recicláveis ou dos compostáveis for descartado de forma errônea, passa a pertencer à tipologia dos rejeitos, devido à contaminação e ou a quebra entre os materiais. Condição que faz os rejeitos a maior abrangência das tipologias de resíduos. Monteiro et al. (2001) destaca o êxito do planejamento e planos de gerenciamento de resíduos sólidos, da tomada de decisão, do dimensionamento de aterros sanitários, da implantação de usina de triagem e de definição de pátios de compostagem só é possível quando se tem estudos de composição gravimétrica dos resíduos sólidos. 6.7.1. Procedimentos metodológicos Os estudos de composição gravimétrica em Araporã foram realizados nos dias 24, 26 e 28 de novembro de 2014, distribuído na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, totalizando três análises num período de 7 dias. 297 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Como referência na amostragem dos resíduos na área urbana utilizou a NBR 10007/2004 que define a análise preliminar do traçado de rotas de acordo com os bairros, área central e áreas periféricas da cidade, cujas rotas são definidas pela equipe de coleta de resíduos sólidos da prefeitura. Em todos os dias dos estudos de composição gravimétrica no município uma amostragem, antes da coleta habitual, era realizada por caminhão basculante sem compactador, de tal forma que garantisse a integridade das amostras. Coletadas de forma aleatória no quarteirão até que conseguisse amostrar toda área urbana até preencher a capacidade máxima do veículo. Em seguida, o veículo era pesado para compor o peso bruto da amostragem e descarregado em local adequado para os estudos gravimétricos. Distribuída de forma uniforme em um quadro, a amostragem era segmentada e escolhida à amostra mais representativa. Cada sacola era aberta individualmente e segregado os materiais ali encontrados (Figura 223). Os materiais utilizados nos estudos gravimétricos foram compostos por tambores, placas indicativas, calculadora, equipamentos de proteção individual, câmera fotográfica, pranchetas, vassouras e pá. O volume do tambor foi calculado considerando a equação matemática abaixo: Na equação acima, V é o volume do tambor, r o raio do tambor e h a altura do tambor. 6.7.2. Balanço de Massas e Volumes de Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais O balanço de massa é parte integrante dos estudos de composição gravimétrica e necessário por permitir gerar os valores reais com as perdas no processo de segregação dos resíduos recicláveis e compostagem dos resíduos de matéria orgânica. 298 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 223: Segregação dos resíduos domiciliares e comerciais em recipientes etiquetados por tipologia, peso e volume em Araporã. Conforme preconiza a legislação de resíduos sólidos e considerando a segregação dos resíduos em três grandes categorias, a dos recicláveis, a dos compostáveis e a dos resíduos, temos perdas de peso e volume, 10% tanto para os reciclados como para os compostos devido a segregação do material não atingir 100% de eficiência. Soma-se ainda uma perda de 40% no composto durante o processo de compostagem dos resíduos orgânicos. Na Figura 224 apresenta o balanço de massa dos resíduos sólidos urbanos para o município de Araporã. Diariamente o município gera 4.995,7 Kg de resíduos e um volume de 63,0 m³. Desse total, 985,8 Kg são considerados resíduos de reciclagem, 1.656,7 Kg de resíduos de matéria orgânica e 1.248,7 Kg são considerados rejeitos. 299 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 58: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos de Araporã, MG. Material Massa Total Quartil (Kg) Volume Total Quartil (m³) Percentual Massa Quartil (%) Percentual Volume Quartil (%) Massa Total Semanal (Kg) Volume Total Semanal (m³) Massa Total Diária (Kg) Volume Total Diário (m³) Densidade (ton/m³) Papel, Papelão e Tetra Pak ® 66,2 3,075 8,14 30,00 2846,80 132,23 406,7 18,89 0,02 Plásticos e Pet ® 93,3 3,150 11,47 30,73 4012,18 135,46 573,2 19,35 0,03 12,1 0,450 1,49 4,39 520,34 19,35 74,3 2,76 0,03 6,7 0,225 0,82 2,20 288,12 9,68 41,2 1,38 0,03 499,4 2,050 61,41 20,00 21475,67 88,16 3068,0 12,59 0,24 135,5 1,300 16,66 12,68 5826,90 55,90 832,4 7,99 0,10 813,2 10,250 100,00 100 34970 440,78 4995,7 62,97 0,08 Vidros ® Metais ® Matéria Orgânica Rejeito Total 300 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 224: Fluxograma de balanço de massa e volumétrico diário de resíduos domiciliares e comerciais no município de Araporã. Massa(kg) / Volume(m³) 4995,7/ Recicláveis 1095,3 / Rejeito 42,4 *10% 109,5 / 4,2 985,8/38,2 63,00 832,4 / Compostáveis 3068,0 8,0 / 12,6 *10% TOTAL DE REJEITO 1248,7/13,5 306,8 / 1,3 2761,2 / 11,3 **40% 985,8/ 38,2 1656,7 / 6,8 + 1656,7/ 6,8 2642,5/ 45,0 (*) valores estimados, baseados em resultados usualmente encontrados em sistemas de triagem e compostagem de lixo, quando bem operados. (**) considerando a compostagem da matéria orgânica fresca. 301 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 7. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS As informações apresentadas neste Diagnóstico Técnico-Participativo são de responsabilidade de Antônio Ferreira Garcia, Gestor de Planejamento e Convênios do município de Canápolis. Estas informações foram acrescidas de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS). Cabe destacar que foram consideradas as participações da população na prestação das informações. 7.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS Apresenta-se o organograma da estrutura administrativa responsável pela limpeza urbana e manejo dos RSU (Figura 225). Figura 225: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Canápolis. 302 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 7.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS A limpeza urbana do município de Canápolis não é regulamentada por legislação própria e a Política Municipal de Resíduos Sólidos encontra-se em fase de elaboração assim como o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. O município não foi alvo de sanções por parte do poder público devido à disposição de resíduos sólidos. A Secretária de Obras e Serviço Público é o órgão responsável pela administração e execução da coleta de Resíduo Sólido Urbano (RSU), assim como pela limpeza das vias, praças e espaços públicos. Os resíduos sólidos gerados são de origem domiciliares, comerciais, da construção civil, da saúde, capina, poda e varrição. Considerando a produção de resíduos sólidos em área urbana, destaca-se a característica de resíduo domiciliar. Muitos estabelecimentos comerciais da cidade se caracterizam como geradores de resíduos do tipo doméstico, portanto, podem ser caracterizados como pequenos geradores. 7.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS 7.3.1. Geração 7.3.1.1. Geração de Resíduos Domiciliares e Comerciais Os resíduos domiciliares e comerciais identificados no município de Canápolis são aqueles gerados nas residências, em pequenos estabelecimentos comerciais e empreendimentos de pequeno porte destinados à prestação de serviços. Os resíduos domiciliares são gerados no município por uma população de 11.365 habitantes residentes em 3.974 domicílios em Canápolis, dos quais 10.180 habitantes estão em área urbana, segundo dados IBGE Censo de 2010. Os tipos de resíduos gerados pelos pequenos estabelecimentos estão voltados à economia principal do município de Canápolis, ou seja, comércio, indústrias, construções, domicílios, agricultura e pecuária, entre outros (Tabela 59). 303 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 59: Principais atividades agropastoris no município de Canápolis. Fonte: IBGE (2006). Atividade Produção Propriedades Valor da produção agropastoril (ano) Milho em grãos 4.652 toneladas 59 1.214 mil reais Soja 7.659 toneladas 18 3.483 mil reais 195 toneladas 8 61.000 mil reais Leite 4.606 litros 109 1.972 mil reais Cana de açúcar 1.483.611 11 77.154 mil reais 8.000 dúzias 34 17.000 mil reais Rebanho de bovinos 42.365 cabeças 176 - Suínos 5.633 cabeças 110 - Aves 7.000 cabeças 135 - Banana toneladas Ovos de galinha Segundo dados coletados com a prefeitura, há 1.381 empresas cadastradas no município. E, segundo dados do Censo demográfico de 2012/IBGE os empreendimentos do município é constituído pelo total de 277 empresas atuantes, que se diversificam em diferentes atividades de produtos e serviços, como comércio em geral, confecções e restaurantes, divergindo com os dados da prefeitura (Tabela 60). Tabela 60: Cadastro central de empresas no município de Canápolis em 2012. Fonte: IBGE (2012). Cadastro de Empresas Unidades Número de unidades locais 280 Número de empresas atuantes 277 304 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A prefeitura informou que existe um estudo de caracterização dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais no município. Informou também que é realizada a pesagem dos resíduos gerados, assim como é realizada a separação dos resíduos por tipologia. Porém, os dados de volume e balanço de massa não são quantificados. 7.3.1.2. Geração de Resíduos de Serviços de Saúde Os resíduos gerados em estabelecimentos prestadores de serviços de saúde devem ser gerenciados de maneira correta de modo a garantir a qualidade da saúde coletiva e a preservação do meio ambiente11. Os resíduos de serviços de saúde identificados no município de Canápolis são aqueles relacionados ao atendimento da saúde humana, encontrados nos prestadores de serviços de saúde pública e privada. Existem cadastradas na prefeitura 6 (seis) unidades geradoras desse resíduo no município no ano de 2014. Esses tipos de resíduos apresentam características que se enquadram nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR 10.004:2004 como Resíduos do Grupo A, Grupo B e Grupo E. Segundo dados disponibilizados pela prefeitura os estabelecimentos geradores de resíduos de saúde no município são os seguintes: 6 (seis) unidades de saúde (Figura 226, Figura 227 e Figura 228) e 1 (um) hospital, além de estabelecimentos privados tais como consultórios odontológicos, farmácias e clínicas. Os tipos de estabelecimentos classificados como de saúde são citados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS), como sumarizado nas Tabela 61 e Tabela 62. O município possui a quantificação dos RSS, a geração per capita é de 0,00391 g, são coletados 470 g e não se tem informação do custo deste serviço para a prefeitura. 11 FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Fundação Estadual do Meio Ambiente. – Belo Horizonte: Feam, 2008. 305 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 61: Geradores de resíduos de serviços de saúde no município de Canápolis. Gerador Unidade Hospital 01 Unidades de saúde 06 Total 07 Tabela 62: Estabelecimentos caracterizados como de saúde no município de Canápolis. Fonte: CNES (2015). Unidade Natureza da Organização- órgão mantenedor Tipo de Estabelecimento Centro de Saúde Dona Maria Prefeitura Municipal de Centro de Saúde/Unidade Básica De Souza Barcelos Centro Canápolis de Terapia Empresa privada Consultório isolado Comportamental de Canápolis Centro odontológico Prefeitura Municipal de Consultório isolado municipal de Canápolis Canápolis Hospital Sebastião Paes de Prefeitura Municipal de Hospital geral Almeida PSF Casa Canápolis de Saúde Dr. Prefeitura Municipal de Centro de Saúde/Unidade Básica Osvaldo Pinto Canápolis PSF Casa de saúde Joaquim Prefeitura Municipal de Centro de Saúde/Unidade Básica Rodrigues costa Canápolis PSF Hermenegildo de Freitas Prefeitura Municipal de Centro de Saúde/Unidade Básica Canápolis PSF Unidade Básica de Saúde Prefeitura Municipal de Centro de Saúde/Unidade Básica da Família Bolívar José Canápolis Santana Rede Farmácia de Minas Prefeitura Municipal de Farmácia 306 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Canápolis Canápolis Secretaria Municipal de Saúde Prefeitura Municipal de Secretaria de Canápolis Canápolis FISIO CORPUS Empresa privada AMI- Assistência Médica Empresa privada Clínica/ Centro especializado Clínica Infantil Figura 226: Unidade Básica de Saúde da Família Casa de Saúde Joaquim Rodrigues Costa em Canápolis. 307 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 227: Unidade Básica de Saúde da Família Bolívar José Santana em Canápolis. Figura 228: Unidade Básica de Saúde da Família Hermenegildo de Freitas em Canápolis. 308 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 7.3.1.3. Geração de Resíduos de Construção Civil (RCC) Os resíduos de construção civil identificados no município de Canápolis são aqueles originários de construções, de reformas, de demolições e de reparos. Fazem parte deste tipo de resíduos componentes cerâmicos, tijolo, telha, vidro, plástico, placa de revestimento, concreto, argamassa, terra, madeira, forros, gesso, resinas, ferragem, argamassa, tinta e outros de obras de construção. De acordo com as classes determinadas pelas Resoluções do CONAMA 307/2002 e 431/2011 os resíduos de construção civil do município se enquadram na Classe A e Classe B. Pessoas físicas e ou jurídicas, públicas e privadas são os responsáveis por atividades ou empreendimentos que geram os resíduos destacados acima. Obras de construção civil são verificadas em lojas comerciais, em obras públicas e principalmente em residências. O município quantifica os RCC, que possui um valor de cerca de 720 toneladas/mês. 7.3.1.4. Geração de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição identificados no município de Canápolis são aqueles descartados de forma difusa e de qualquer natureza nas vias públicas e praças. Esses resíduos são originários da varrição dos logradouros e dos espaços de domínio público. Os resíduos de poda e capina são aqueles provenientes do corte de galhos de árvores e arbustos e da erradicação e controle de gramíneas e vegetação daninha que se instalam em calçadas de praças, canteiros de vias e nos espaços públicos. 7.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos 7.3.2.1. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Domiciliares e Comerciais O armazenamento dos resíduos domiciliares e comerciais no município de Canápolis é feito em recipientes do tipo sacolas plásticas e lixeiras (Figura 229). Porém, observa-se que 309 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES os acondicionamentos dos resíduos não são diferenciados por recipientes e por tipologia de resíduos. Segundo informações disponibilizadas pelo Gestor de Planejamento e Convênios do município não há relatos da ocorrência de pontos de despejos clandestinos de resíduos sólidos. Figura 229: Armazenamento e acondicionamento dos resíduos sólidos domiciliares em Canápolis. 7.3.2.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) Segundo, a Resolução CONAMA 358/2005 coletores de materiais perfuro cortantes de papelão são usados como recipiente de acondicionamento dos resíduos do Grupo E e dos Grupos A e B e devem ser acondicionados em saco branco leitoso. Não foi repassado o acondicionamento e armazenamento dos resíduos de serviços de saúde no município como preconiza a resolução supracitada. 310 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 7.3.2.3. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Construção Civil Os resíduos originários em obras de construção civil no município de Canápolis são acondicionados e armazenados em vias públicas e em terrenos baldios (Figura 230), até a coleta ser realizada pela própria prefeitura municipal. Figura 230: Armazenamento dos resíduos de construção civil em Canápolis. Observa-se a disposição em vias públicas. 7.3.2.4. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição são armazenados temporariamente pelos funcionários nos carrinhos que eles conduzem, com sacos plásticos coletores, até a recolhida pelo caminhão de lixo. Resíduos de poda e capina ficam acondicionado e armazenado em vias públicas até a coleta pela equipe de funcionários da prefeitura (Figura 231). 311 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 231: Acondicionamento e armazenamento de resíduos de varrição e poda em Canápolis. 7.3.3. Coleta Sistemas diferenciados são aplicados na coleta de resíduos sólidos urbanos no município de Canápolis: os resíduos domiciliares e comerciais, resíduos de serviço de saúde, resíduos de construção civil e resíduos de varrição, poda e capina. 7.3.3.1. Coleta de Resíduos Domiciliares e Comerciais A administração e a execução na prestação de serviços de coleta dos resíduos domiciliares e comerciais são de responsabilidade da Secretaria de Obras e Serviço Público do município de Canápolis. A coleta de resíduos atende toda a população urbana, ou seja, o percentual de 100 %, e atende a população rural de forma parcial, com o percentual de 5 %. 312 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Em relação à periodicidade da coleta, a mesma é realizada diariamente e os serviços são regulares de segunda feira a sábado (Figura 232). Não existe irregularidade na prestação do serviço e o tempo máximo em que os resíduos ficaram sem ser coletados foi o máximo de um dia. Os serviços de coleta nas vias públicas são realizados no período após às 18:00 hrs e o tempo necessário para coletar os resíduos domiciliares de toda a cidade e rural são 6 horas, com a utilização de 2 (dois) veículos. Figura 232: Rota de coleta dos resíduos domiciliares e comerciais no município de Canápolis. As linhas em vermelha destacam a coleta nas ruas ímpares e as linhas em azul nas ruas pares. Fonte: AMVAP. 7.3.3.2. Coleta dos Resíduos de Serviços de Saúde 313 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A coleta dos resíduos de serviços de saúde é realizada pela própria prefeitura municipal, de forma diferenciada dos demais resíduos urbanos. A mesma é feita, regularmente, nos seguintes dias: segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras. Os funcionários utilizam equipamentos de proteção individual (EPIs) e a coleta é realizada com veículos exclusivos da prefeitura, que se encontram em bom estado de conservação. 7.3.3.3. Coleta de Resíduos de Construção Civil A prefeitura do município de Canápolis possui responsabilidade direta pela coleta dos resíduos de construção civil, não há empresas cadastradas especializadas, tais como caçambeiros, carroceiros, entre outros. Os resíduos de construção civil, que são armazenados em vias públicas, são recolhidos pela prefeitura através de caminhões e pá carregadeira (Tabela 63). A coleta é realizada de segunda a sexta feira, com rota pré-definida, distribuída por setores. Os equipamentos e maquinários utilizados são 1 (uma) pá carregadeira e 2 (dois) caminhões caçamba, com a presença de 2 (dois) funcionários auxiliar de trabalho braçal (Figura 233). A equipe da prefeitura que realiza esse serviço é composta por funcionários efetivos que utilizam os equipamentos de segurança (EPIs). Tabela 63: Características físicas dos veículos utilizados no serviço de coleta de resíduos da construção civil do município de Canápolis, MG. Marca/Modelo Tipo Placa(s) Ano de fabricação Quilometragem/ hora de CASE, modelo WZOE Ford Cargo 1317 Pá carregadeira Caminhão caçamba - HFZ-7713 2011 2011 5.194 hrs 76.015 km; Bom Bom trabalho Estado de conservação 314 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 233: Trator pá carregadeira coletando os resíduos de construção civil em Canápolis. 7.3.3.4. Coleta de Resíduos de Varrição, Poda e Capina O serviço de varrição é realizado de segunda a sexta feira, a varrição é feita dividida por ruas, no período matutino. Este serviço é realizado por 30 (trinta) funcionários, distribuído entre efetivos e contratado e todos utilizam EPIs (Figura 234). Cada profissional responsável pelo serviço varre, em média, 1,32 km/dia. As ferramentas de trabalho utilizadas por eles são vassoura, pá para lixo, carrinhos de mão com sacos para coletar os resíduos. Os resíduos recolhidos vão sendo armazenados nos carrinhos, em sacos plásticos, sendo posteriormente recolhidos pelo caminhão de lixo. No município existe serviço de atendimento para reclamações relacionadas ao serviço de varrição. O serviço de poda e capina no município, assim como do corte de árvores é realizado por funcionários da prefeitura. A equipe é formada por 9 (nove) funcionários constituída por contratados e efetivos, e todos utilizam equipamentos de segurança. A capina é realizada totalmente de forma manual (Figura 235). Este serviço é realizado diariamente, e por solicitação dos moradores do município. E, durante o processo, não são utilizados produtos 315 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES tóxicos. A coleta dos resíduos de poda e capina é feita por caminhões da própria prefeitura e levados, posteriormente, até o aterro controlado. Figura 234: Equipe da varrição no município de Canápolis. 7.3.4. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos A prefeitura do município dispõe de uma frota que tem atendido a demanda do município aos serviços de limpeza urbana. No geral, os veículos utilizados se encontram em bons estados de conservações e por existir um plano de manutenção, os veículos passam por uma manutenção regularmente, com frequência pré-estabelecida de 5.000 km/conforme a necessidade. 7.3.4.1. Transporte de Resíduos Domiciliares e Comerciais Os veículos utilizados para a realização da coleta são: caminhões compactadores e caminhão coletor propelido, que possui a capacidade de 6 (seis) toneladas (Tabela 64 e 316 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 235). Os veículos que o município possui e cadastra são: 4 (quatro) veículos, 2 (dois) caminhões e 2 (dois) tratores com carreta basculante. Figura 235: Serviço de capina em áreas públicas no município de Canápolis. Tabela 64: Características físicas dos veículos utilizados no serviço de coleta de resíduos do município de Canápolis. Marca/Modelo GMC 12170 Ford Cargo 816s Placa(s) HMN-3524 OLX-1606 1998 2012 214.705 KM 49.513 km; Bom Bom Ano de fabricação Quilometragem Estado de conservação 317 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 236: Veículos utilizados na coleta de resíduos sólidos domiciliares e comerciais em Canápolis. À esquerda caminhão GMC-1270 e a direita caminhão Ford Cargo 816. 7.3.4.2. Transporte de Resíduos de Serviços de Saúde O transporte dos resíduos provenientes dos serviços de saúde é realizado pela própria prefeitura municipal. Os resíduos são coletados em veículos destinados ao lixo comum, porém em viagem exclusiva. Os funcionários responsáveis pelo serviço utilizam equipamentos de segurança (EPIs). 7.3.4.3. Transporte de Resíduos de Construção Civil O transporte dos resíduos de construção civil é realizado pela própria prefeitura, coletado na área urbana e transportado até o Aterro Controlado de Canápolis (Figura 237). 7.3.4.4. Transporte de Resíduos de Varrição, Poda e Capina O transporte dos resíduos de varrição, poda e capina é realizado com veículos do município de Canápolis, provavelmente os mesmos utilizados na coleta dos resíduos de construção civil. 318 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 237: Veículo utilizado na coleta dos resíduos de construção civil em Canápolis. 7.3.5. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Os resíduos sólidos gerados no município de Canápolis têm destinação final em uma unidade caracterizada como Aterro controlado. O aterro possui licenciamento ambiental de uso exclusivo do município e com vida útil estimada em 2 anos. Informações sobre a capacidade de armazenamento não foram repassadas. No aterro não há funcionários trabalhando, apenas operador de máquina nos dias de coleta. Os equipamentos existentes são trator com pá e retro escavadeira, em bom estado de conservação. Segundo informações repassadas por funcionários da prefeitura, não existe população no entorno da área de disposição final, conseqüentemente, não há relatos de doenças incidentes na população devido à forma como os resíduos estão dispostos no aterro. Não há registros de barulhos, nem relatos de mau cheiro e vetores, assim como não há a presença de animais na área. Visita in loco será realizada pela equipe técnica multidisciplinar para certificação das informações e composição do item Passivo Ambiental do município nesse relatório. 7.3.5.1. Reciclagem 319 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O município não realiza processo de reciclagem dos seus resíduos gerados, porém existe um galpão onde os mesmo são armazenados e comercializados posteriormente. Nesse processo não há uma interação com os catadores de materiais recicláveis do município. 7.3.5.2. Compostagem O município realiza processo de tratamento dos resíduos gerados por processo de compostagem. A quantidade de resíduos encaminhados para o pátio de compostagem é 3.250 kg, que são tratados por um período de 90 dias. O composto resultante do processo é reaproveitado pelo município e distribuído para a população (Figura 238). Figura 238: De cima para baixo, pátio de compostagem e a máquina de peinerar composto orgânico; acessos a boca da esteira e baías da usina de triagem e compostagem; fachada da usina de triagem; baías da usina em Canápolis. 320 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 7.3.5.3. Triagem e Compostagem (UTC) O município possui uma Usina de Triagem e Compostagem (Figura 238), onde os materiais provenientes da coleta seletiva são separados na estação de triagem, equipada com esteira e imã para separação dos materiais ferrosos e demais equipamentos (Figura 239). As categorias de materiais recicláveis são recolhidas parcialmente. Não há empresas compradoras desses materiais no município. Figura 239: Veículo trator com pá-carregadeira e escavadeira na Usina de Triagem e Compostagem em Canápolis. 7.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – PNRS): MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS Os principais geradores de resíduos no município de Canápolis resultam das atividades da indústria, comércio, do hospital, das construções civis, domiciliares e outros. A Tabela 65 resume as características da gestão e manejo de resíduos sólidos no município. De acordo com a lei 12.305/2010 estes geradores podem ser caracterizados como mostra a primeira coluna desta Tabela 65: 321 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 65: Resíduos sólidos ao PGRS definido na Lei 12.305/2010 no município de Canápolis. Tipos de Resíduos Resíduos domiciliares Caracterização Os dados são quantificados; Não processa em usina de triagem. Similares aos resíduos residenciais; Não tem dados de quantificação; Resíduos comerciais O destino e tratamento dado para ossos, carcaças e vísceras do açougue é "vala coberta" que são recobertos diariamente. Coletado por caminhão da prefeitura; Não há cobrança pelo serviço de coleta; Não Resíduos de construção civil (RCC) existe empresa especializada (caçambeiros) ou de carroceiros que prestam serviços dessa natureza; A quantificação é 720 toneladas/mês; Há aterro específico para destinação final do RCC Possui coleta diferenciada; Custos não são cobrados como taxa extra pela prefeitura; Resíduos de serviços de saúde (RSS) Os resíduos são quantificados; Coleta e transporte realizado pela prefeitura municipal; Resíduos gerados são de fontes diversas ; O gerenciamento do resíduos é de venda, de responsabilidade do gerador; Resíduos Industriais Não tem dados de quantificação; A destinação final é a responsabilidade do gerador. Existe logística reversa apenas, eventualmente, para os pneus; As pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes e produtos eletrônicos são armazenados em Logística Reversa manilhas de concreto, com fundo vedado e tampa de concreto; 322 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Óleos e lubrificantes são embalados conforme orientação e armazenados em locais na UTC. 7.4.1.1. Logística reserva Existe logística reversa apenas, eventualmente, para os pneus. 7.4.1.2. Produção per capita de resíduos População total (urbana e rural): 12.000 habitantes. A quantidade total de resíduos produzidos diariamente é de 29.470 kg, e a produção per capita de resíduos do município é de 0,00391 g. 7.4.1. Identificações da Carência do Setor Público para atendimento adequado da população Em linhas gerais, a gestão dos resíduos sólidos de Canápolis apresenta muitas carências em muitos setores, como pode ser observado na Tabela 66. Essa tabela sintetiza os principais pontos relacionados à prestação de serviços de coleta de resíduos no município. Tabela 66: Pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados a população pela prefeitura de Canápolis. Pontos Fortes Pontos Fracos Veículos suficientes Equipamentos Presença de plano de manutenção Rota de coleta Periodicidade 323 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Existência de plano para ampliar a capacidade de coleta no município; Atendimento à população Não há falta de mão de obra para o serviço; Existe serviço atendimento de para reclamações relacionadas ao serviço de coleta; 100 % da população urbana atendida Prestação de serviços voltados ao RS Animais mortos encontrados Atendimento apenas parcial em vias públicas são da população rural recolhidos e enterrados em aterro controlado Existe varrição das vias públicas Serviços de varrição O serviço atende todas as áreas urbanas do município A varrição é realizada manualmente Periodicidade do serviço de varrição diária Não existe acúmulo Não há varrição mecanizada no município; de resíduos nas vias públicas; Existe serviço atendimento de para reclamações; Existe serviço de capina e poda no município; Funcionários específicos Trabalho para a realização da poda de Periodicidade; Existe atendimento realizada manualmente Falta de tratamento para os árvores; Serviços de capina e poda é serviço resíduos de capina e poda; de para 324 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES reclamações relacionadas aos serviços de poda ou capina; Não há uso de produtos tóxicos; Programa de coleta seletiva no Existe Sistema de coleta seletiva processo implantação para de a coleta seletiva. município realizado apenas parcialmente; Necessidade de organizar o trabalho dos catadores na cidade Não há incentivo para o mercado de recicláveis Existe trabalhos de educação Falta de zelo, por parte da Programa de Educação Ambiental ambiental no município; comunidade, na limpeza das Existe trabalhos de educação ruas. ambiental nas escolas; O município participa de Programas de Desenvolvimento Os resíduos, do município, não estão recursos poluindo 7.5. os hídricos/bacia hidrográfica da região. para a comunidade no processo de gerenciamento Sustentável; Desenvolvimento sustentável Falta de plano específico de resíduos sólidos urbanos; Falta de incentivo por parte do município para o mercado de recicláveis. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO O custo com o manejo dos resíduos sólidos para o município 489.492,00 reais por ano. E a verba disponibilizada para o manejo de resíduos sólidos é 498.482,00 reais por ano. O custo com o serviço de limpeza urbana é de 815.820,00 reais por ano e averba disponibilizada para o setor é de 815.820,00 por ano. 325 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O custo com o serviço de capina e poda para o município é de 326.328,00/ano. A verba disponibilizada para o setor, constituída por recurso próprio da prefeitura, é de 326.328,00/ano não há existências de programas de investimentos. O município cobra pelo serviço de limpeza urbana e a coleta de resíduos no valor de R$ 9,00 (nove reais) ao ano, estando estes inclusos no IPTU. O serviço de capina e poda não é cobrado, essas taxas são utilizadas para melhorar a qualidade dos serviços prestados à população. Não há cobranças de taxas pela prestação de serviço referente ao manejo de RSU. E a legislação municipal prevê a aplicação de multas para indivíduos e empresas que dispõem seus resíduos de forma inadequada. 7.6. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS A composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos representa na prática a segregação por tipologia dos resíduos, envolvendo estudos quantitativos em peso e em volume devido à diferentes densidades de resíduos para uma mesma tipologia. Entendem-se como constituintes dos resíduos sólidos: papel, papelão, vidro, metais (ferrosos e nãoferrosos), plástico, matéria orgânica, garrafas pet, rejeito dentre outros. Os resíduos de rejeitos são aqueles materiais não reaproveitados ou reinseridos para uso da sociedade, a exemplo de escova de dente, tubo de creme dental, roupa rasgada, utensílio doméstico sucateado, papel higiênico utilizado, fraldas, aparelho de barbear, etc. Entretanto, quando um dos resíduos pertencente ao grupo dos recicláveis ou dos compostáveis for descartado de forma errônea, passa a pertencer à tipologia dos rejeitos, devido à contaminação e ou a quebra entre os materiais. Condição que faz os rejeitos a maior abrangência das tipologias de resíduos. Monteiro et al. (2001) destaca o êxito do planejamento e planos de gerenciamento de resíduos sólidos, da tomada de decisão, do dimensionamento de aterros sanitários, da implantação de usina de triagem e de definição de pátios de compostagem só é possível quando se tem estudos de composição gravimétrica dos resíduos sólidos. 326 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 7.6.1. Procedimentos metodológicos Os estudos de composição gravimétrica em Canápolis foram realizados nos dias 24, 26 e 28 de novembro de 2014, distribuído na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, totalizando três análises num período de 7 dias. Como referência na amostragem dos resíduos na área urbana utilizou a NBR 10007/2004 que define análise preliminar do traçado de rotas de acordo com os bairros, área central e áreas periféricas da cidade. Em todos os dias dos estudos de composição gravimétrica no município uma amostragem, antes da coleta habitual, era realizada por caminhão basculante sem compactador, de tal forma que garantisse a integridade das amostras. Coletadas de forma aleatória no quarteirão até que conseguisse amostrar toda área urbana até preencher a capacidade máxima do veículo (Figura 240). Figura 240: Estudos de gravimetria dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais. Amostragem, separação da amostra, segregação e pesagem por tipologia de resíduos. 327 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Em seguida, o veículo era pesado para compor o peso bruto da amostragem e descarregado na Usina de Triagem. Distribuída de forma uniforme em um quadro, a amostragem era segmentada em quartil e escolhida à amostra mais representativa. Cada sacola era aberta individualmente e segregado os materiais ali encontrados Os materiais utilizados nos estudos gravimétricos foram compostos por tambores, placas indicativas, calculadora, equipamentos de proteção individual, câmera fotográfica, pranchetas, vassouras e pá. O volume do tambor foi calculado considerando a equação matemática abaixo: Na equação acima, V é o volume do tambor, r o raio do tambor e h a altura do tambor. 7.6.2. Resultados da Composição Gravimétrica em Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais Durante a semana de estudos de composição gravimétrica se quantificou o peso e o volume total gerado de resíduos sólidos urbanos na cidade de Canápolis. A produção diária foi de 5.111,4 Kg em um volume de 33,28 m³ o que confere produção per capita no período analisado de 0,427 Kg de resíduos sólidos urbanos por habitante. De acordo com dados censitários do IBGE (2014), estima-se população de 11.945 habitantes em 2014. Na Tabela 67 são apresentados os dados da composição gravimétrica dos resíduos sólidos da cidade de Canápolis no período analisado. Os resíduos orgânicos foram os que tiveram maior percentual de 44,6%, seguido dos rejeitos com 40,8%, e do grupo dos recicláveis alcançou 14,6%, distribuídos em papel/papelão com 4,4%, plástico com 8,2%, vidro com 1,0% e metais com 1,0%. 7.6.3. Balanço de Massas e Volumes de Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais 328 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O balanço de massa é parte integrante dos estudos de composição gravimétrica e necessário por permitir gerar os valores reais com as perdas no processo de segregação dos resíduos recicláveis e compostagem dos resíduos de matéria orgânica. Conforme preconiza a legislação de resíduos sólidos e considerando a segregação do resíduos em três grandes categorias, a dos recicláveis, a dos compostáveis e a dos resíduos, temos perdas de peso e volume, 10% tanto para os reciclados como para os compostos devido a segregação do material não atingir 100% de eficiência. Soma-se ainda uma perda de 40% no composto durante o processo de compostagem dos resíduos orgânicos. Na Figura 241 apresenta o balanço de massa dos resíduos sólidos urbanos para o município de Canápolis. Diariamente o município gera 5.111,4 Kg de resíduos e um volume de 33,28 m³. Desse total, 617,7 Kg são considerados resíduos de reciclagem, 2.051,2 de resíduos de matéria orgânica e 2.388,5 Kg são considerados rejeitos. . 329 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 67: Resultados do levantamento gravimétrico dos resíduos sólidos do município de Canápolis. Material Massa Total Quartil (Kg) Volume Total Quartil (m³) Percentual Massa Quartil (%) Percentual Volume Quartil (%) Massa Total Semanal (Kg) Volume Total Semanal (m³) Massa Total Diária (Kg) Volume Total Diário (m³) Densidade (ton/m³) 63,7 1,625 4,4 17,4 1588,39 40,53 226,9 5,79 0,04 Plásticos e Pet ® 116,5 3,086 8,1 33,0 2904,99 76,95 415,0 10,99 0,04 Vidros ® 14,7 0,090 1,0 1,0 366,55 2,25 52,4 0,32 0,16 Metais ® 14,6 0,189 1,0 2,0 364,06 4,72 52,0 0,67 0,08 Matéria Orgânica 639,8 1,149 44,6 12,3 15953,76 28,66 2279,1 4,09 0,56 Rejeito 585,6 3,203 40,8 34,3 14602,25 79,86 2086,0 11,41 0,18 Total 1434,9 9,34 100 100 35780,0 232,96 5111,4 33,28 0,15 Papel, Papelão e Tetra Pak ® 330 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 241: Fluxograma com os balanços de massa e volumétrico realizados no município de Canápolis (regime diário). Massa(kg) / Volume(m³) 5111,4 / 33,28 Recicláveis 746,3 / Rejeito 17,78 *10% 671,7 / 16,00 74,6 / 1,78 2086,0 / Compostáveis 2279,1 11,41 / 4,09 *10% TOTAL DE REJEITO 2388,5 / 13,60 227,9 / 0,41 2051,2 / 3,68 **40% 671,7/ 16,00 1230,7 / 2,20 + 1230,7/ 2,20 1902,4 / 18,20 (*) valores estimados, baseados em resultados usualmente encontrados em sistemas de triagem e compostagem de lixo", quando bem operados. (**) considerando a compostagem da matéria orgânica fresca. 331 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 8. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE CENTRALINA As informações apresentadas neste Diagnóstico Técnico-Participativo são de responsabilidade de Emerson Custodio Teixeira, Secretário Municipal de Indústria, Comércio, Agropecuária, Meio Ambiente e Turismo do Município de Centralina (MG). Estas informações foram acrescidas de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS). Cabe destacar que foram consideradas as participações da população na prestação das informações. 8.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE CENTRALINA Apresenta-se o organograma da estrutura administrativa responsável pela limpeza urbana e manejo dos RSU (Figura 242). Figura 242: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Centralina. 332 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 8.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNICÍPIO DE CENTRALINA A limpeza urbana do município de Centralina não é regulamentada por legislação própria e não existe Política Municipal de Resíduos Sólidos. O município já foi alvo de sanções por parte do poder público devido à disposição de resíduos sólidos, no caso, Autuação Administrativa. O município não possui Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. A Secretária de Obras é o órgão responsável pela administração e execução da coleta de Resíduo Sólido Urbano (RSU), assim como pela limpeza das vias, praças e espaços públicos. Os resíduos sólidos gerados são de origem domiciliares, da construção civil, da saúde, de varrição e poda. Considerando a produtividade de resíduos sólidos em área urbana, destaca-se a característica de resíduo domiciliar. Muitos estabelecimentos comerciais da cidade se caracterizam como geradores de resíduos do tipo doméstico, portanto, podem ser caracterizados como pequenos geradores. 8.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE CENTRALINA 8.3.1. Geração 8.3.1.1. Geração de Resíduos Domiciliares e Comerciais Os resíduos domiciliares e comerciais identificados no município de Centralina são aqueles gerados nas residências, em pequenos estabelecimentos comerciais e empreendimentos de pequeno porte destinados à prestação de serviços. Os resíduos domiciliares são gerados no município por uma população de 10.266 habitantes residentes em 3.466 domicílios em Centralina, dos quais 9.314 habitantes estão em área urbana, segundo dados IBGE Censo de 2010. 333 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os tipos de resíduos gerados pelos pequenos estabelecimentos estão voltados a economia principal do município de Centralina, ou seja, agricultura, pecuária e comércio. Destaque para produção de cana de açúcar, de milho em grão, de soja em grão, de banana, de leite, de criação de bovinos, de suínos e de aves (Tabela 68). Tabela 68: Principais atividades agropastoris no município de Centralina. Fonte: IBGECenso (2006). Atividade Produção Propriedades Valor da produção 869 toneladas 11 131.000 mil reais Milho em grãos 8.173 toneladas 32 7.259 mil reais Soja 12.726 toneladas 25 8.720 mil reais 216 toneladas 4 147.000 mil reais 5.656litros 91 2.941 mil reais Cana de açúcar 169.700toneladas 10 7.514 mil reais Ovos de galinha 11.000 dúzias 70 29.000 mil reais Rebanho de bovinos 13.331 cabeças 125 - Suínos 4.532 cabeças 79 - Aves 8.000 cabeças 101 - agropastoril Mandioca Banana Leite Segundo dados coletados com a prefeitura, há 420 empresas cadastradas no município. E, segundo dados do Censo demográfico de 2012/IBGE os empreendimentos do município é constituído pelo total de 219 empresas atuantes, que se diversificam em diferentes atividades de produtos e serviços, como comércio em geral, confecções e restaurantes, divergindo com os dados da prefeitura (Tabela 69). Até o ano de 2014, a caracterização dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais no município não era conhecida. E pela falta de um plano municipal não há segregação por 334 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES tipologia dos resíduos sólidos e é desconhecido dado de volume gerado por categorias. Por conseqüência dados de balanço de massa não é quantificado. Tabela 69: Cadastro Central de Empresas no município de Centralina em 2012. Fonte: IBGE (2012). Cadastro de Empresas Unidades Número de unidades locais 223 Número de empresas atuantes 219 8.3.1.2. Geração de Resíduos de Serviços de Saúde Os resíduos gerados em estabelecimentos prestadores de serviços de saúde devem ser gerenciados de maneira correta de modo a garantir a qualidade da saúde coletiva e a preservação do meio ambiente12. Os resíduos de serviços de saúde identificados no município de Centralina são aqueles relacionados ao atendimento da saúde humana, encontrados nos prestadores de serviços de saúde pública e privada. Existem cadastradas na prefeitura 13 (treze) unidades geradoras desse resíduo no município no ano de 2014. Esses tipos de resíduos apresentam características que se enquadram nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR 10.004:2004 como Resíduos do Grupo A, Grupo B e Grupo E. Os estabelecimentos geradores de resíduos de saúde no município são os seguintes: 1 (um) hospital de pronto atendimento urgência e emergência, 3 (três) UBS, 4 (quatro) clínicas odontológicas, 1 (uma) clínica veterinária, 3 (três) farmácias e 1 (um) laboratório (Tabela 70, Figura 243). Os tipos de estabelecimentos classificados como de saúde são citados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS), como sumarizado na Tabela 71. 12 FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Fundação Estadual do Meio Ambiente. – Belo Horizonte: Feam, 2008. 335 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 70: Geradores de resíduos de serviços de saúde no município de Centralina. Fonte: Prefeitura do Município de Centralina, 2014. Gerador Unidade Hospital 01 Posto de saúde 03 Clínica odontológica 04 Clínica veterinária 01 Farmácias 03 Laboratório 01 Total 13 Tabela 71: Estabelecimentos caracterizados como de saúde no município de Centralina. Fonte: CNES (2015). Unidade Natureza da Organização- órgão mantenedor PSF Casa de saúde Dr. Ariston Prefeitura Municipal de Santana de Araújo Centralina PSF Casa de saúde Sr. Prefeitura Municipal de Possidonio Herculano de Centralina Tipo de Estabelecimento Centro de Saúde/Unidade Básica Centro de Saúde/Unidade Básica Souza Centro de saúde Francisco Prefeitura Municipal de Neves Centralina Pronto atendimento JK Prefeitura Municipal de Centro de Saúde/Unidade Básica Pronto atendimento Centralina PSF Casa de saúde D. Maria Prefeitura Municipal de Tosta Centralina SMS Centralina Prefeitura Municipal de Centro de Saúde/Unidade Básica Secretaria de saúde Centralina 336 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Consultório Médico Geral Dr. Empresa privada Consultório isolado Empresa privada Consultório isolado Empresa privada Consultório isolado APAE de Centralina Escola Prefeitura Municipal de Clinica/Centro de Especialidade Especial Raio de Sol Centralina BioVidaMedicina laboratorial Empresa privada Darcy Juarez Zabisky Consultório Odontológico Dr. Lélio Gomes de Moura Consultório Odontológico Dr. Kelly Kristine dos Santos Cury Laboratório de saúde pública 8.3.1.3. Geração de Resíduos de Construção Civil (RCC) Os resíduos de construção civil identificados no município de Centralina são aqueles originários de construções, de reformas, de demolições e de reparos. Fazem parte deste tipo de resíduos componentes cerâmicos, tijolo, telha, vidro, plástico, placa de revestimento, concreto, argamassa, terra, madeira, forros, gesso, resinas, ferragem, argamassa, tinta e outros de obras de construção. De acordo com as classes determinadas pelas Resoluções do CONAMA 307/2002 e 431/2011 os resíduos de construção civil do município se enquadram na Classe A e Classe B. Pessoas físicas e ou jurídicas, públicas e privadas são os responsáveis por atividades ou empreendimentos que geram os resíduos destacados acima. Obras de construção civil são verificadas em lojas comerciais, em obras públicas e principalmente em residências (Figura 244). 337 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 243: Geradores públicos de resíduos de serviços de saúde. De cima para baixo, Unidade Básica de Saúde D. Maria Tosta, Unidade Básica de Saúde Possidônio Herculano de Souza, Centro de Saúde Francisco Neves e o Hospital Municipal JK em Centralina. Figura 244: Gerador de resíduos de construção civil de obra particular na cidade de Centralina. 338 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 8.3.1.4. Geração de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição identificados no município de Centralina são aqueles descartados de forma difusa e de qualquer natureza nas vias públicas e praças. Esses resíduos são originários da varrição dos logradouros e dos espaços de domínio público. Os resíduos de poda e capina são aqueles provenientes do corte de galhos de árvores e arbustos e da erradicação e controle de gramíneas e vegetação daninha que se instalam em calçadas de praças, canteiros de vias e nos espaços públicos. Todos os serviços necessários para coleta, armazenamento, transporte e disposição final é de responsabilidade da prefeitura do município. Os funcionários que prestam esse serviço são efetivos, assim como também contratados, devido à demanda de cada época. Esses funcionários não utilizam equipamentos de segurança (Figura 245). Figura 245: Equipe de varrição de vias públicas na cidade de Centralina. 339 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 8.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos No município de Centralina não existe programas de educação ambiental e ou de coleta seletiva, embora alguns espaços públicos dispõe de recipientes identificados por cor (Figura 246). Figura 246: Lixeiras diferenciadas por tipologia de resíduos sólidos urbanos. Observa-se à disposição em espaços públicos, porém com cores distintas para o plástico. 8.3.2.1. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Domiciliares e Comerciais O armazenamento dos resíduos domiciliares e comerciais no município de Centralina é feito em recipientes do tipo sacolas plásticas e caçambas de metal. Observa-se que os acondicionamentos dos resíduos não são diferenciados por recipientes e por tipologia de resíduos, conhecidos como lixo seco (materiais de plástico, papel, metal, vidro) e lixo úmido (restos de alimentos e outros materiais orgânicos), de modo a facilitar a triagem dos resíduos sólidos. Pilhas, componentes eletrônicos, lâmpadas, baterias, óleo de uso culinário são descartados juntamente com os resíduos domiciliares. Segundo informações disponibilizadas pelo Secretário Municipal de Indústria, Comércio, Agropecuária, Meio Ambiente e Turismo do Município de Centralina (MG) há a ocorrência de pontos de despejos clandestinos com relatos de presença de vetores no local de armazenamento dos resíduos e de mau cheiro devido à demora na coleta destes resíduos. 340 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Também foi informado que nunca foi realizado um estudo ou análise gravimétrica destes resíduos sólidos, no sentido de quantificar o volume e balanço de massa por categoria. 8.3.2.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) Os resíduos de serviço de saúde do município de Centralina, sobretudo do lixo do hospital municipal, são acondicionados no almoxarifado municipal, até o recolhimento pela empresa terceirizada Exterlix Ltda. Os dados referentes ao acondicionamento e disposição final dos resíduos das empresas privadas são desconhecidos da prefeitura. Segundo, a Resolução CONAMA 358/2005 coletores de materiais perfurocortantes de papelão são usados como recipiente de acondicionamento dos resíduos do Grupo E e dos Grupos A e B e devem ser acondicionados em saco branco leitoso. 8.3.2.3. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Construção Civil Os resíduos originários em obras de construção civil no município de Centralina são acondicionados e armazenados em vias públicas. Entretanto, verificam-se algumas obras em que o gerador que define o local de acondicionamento e armazenamento dos resíduos produzidos. 8.3.2.4. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição são armazenados pelos funcionários temporariamente nos carrinhos que eles conduzem durante o serviço. Existem poucas lixeiras instaladas, apenas em alguns espaços públicos. Os resíduos de poda e capina são coletados no mesmo dia em que esses serviços são efetuados e encaminhados para a disposição final em unidade de “lixão”. 341 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 8.3.3. Coleta Sistemas diferenciados são aplicados na coleta de resíduos sólidos urbanos no município de Centralina: os resíduos domiciliares e comerciais, resíduos de serviço de saúde, resíduos de construção civil e resíduos de varrição, poda e capina. De acordo com o corpo técnico da Secretaria de Obras e Serviços Públicos o município possui a estrutura de veículos e maquinários listados na Tabela 72. Tabela 72: Características físicas dos veículos disponíveis para uso no serviço de coleta de resíduos sólidos no município de Centralina. NI: não informado. Marca/Modelo Caminhão Mercedes-Benz/ Placa Ano de Quilometragem/ Estado de fabricação hora trabalhada conservação OQM-9955 NI NI Bom OMS-2923 NI NI Bom GWW- NI NI Regular HMG-3087 NI NI NI 1719 Caminhão VW/26280 Caminhão Mercedes-Benz/ 1313 5619 Caminhão Mercedes-Benz Trator Valtra - NI NI NI Trator Valmete - NI NI NI Trator BL GOB Volvo - NI NI Bom Trator JCB Valence 3C - NI NI Regular Trator Ford TL75 - NI NI NI Patrola 120K Caterpillar - NI NI NI Patrola 120B Caterpillar - NI NI NI 8.3.3.1. Coleta de Resíduos Domiciliares e Comerciais 342 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A administração e a execução na prestação de serviços de coleta dos resíduos domiciliares e comerciais são de responsabilidade da Secretaria de Obras do município de Centralina. A periodicidade de coleta é diariamente e os serviços são regulares de segundafeira a sábado. Há registros de período sem coleta, o máximo sem coleta dos resíduos foi de 4 dias. Os resíduos coletados não são enviados a outros municípios. Os serviços de coleta nas vias públicas são realizados no período da manhã e tarde. A jornada de trabalho está estipulado em 8 (oito) horas diárias. E os resíduos da área rural não são coletados. 8.3.3.2. Coleta dos Resíduos de Serviços de Saúde A prefeitura de Centralina informou que há uma coleta diferenciada para esta categoria de resíduo. Há uma empresa terceirizada responsável pela coleta nos estabelecimentos de saúde,a Exterlix. A prefeitura informou que a referida empresa recolhe os resíduos do serviço de saúde, do hospital do município, no almoxarifado municipal, e os demais resíduos do serviço de saúde das empresas privadas têm sua coleta e destinação final desconhecida pela prefeitura. O transbordo e destinação final dos resíduos de serviços de saúde são de total responsabilidade da empresa contratada. A prefeitura não soube informar se os funcionários possuem equipamentos de proteção individual (EPI), seus veículos são de utilização exclusiva para a coleta dos resíduos e possui licença ambiental para tratamento e destinação final dos resíduos sólidos de saúde. Após a coleta dos resíduos de saúde, a empresa atua de forma independente, encaminhando todo o RSS de para municípios parceiros, não tendo informação a prefeitura sobre o tipo de tratamento dos resíduos que é realizado pela empresa contratada. 8.3.3.3. Coleta de Resíduos de Construção Civil 343 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A prefeitura do município de Centralina possui responsabilidade direta pela coleta dos resíduos de construção civil. Os resíduos de construção civil, que são armazenados em vias públicas, são recolhidos pela prefeitura através de caminhões vasculantes. A coleta é realizada de segunda a sábado, com rota pré definida pelo responsável pela limpeza pública. Os equipamentos e maquinários utilizados são 4 (quatro) caminhões, 1 (uma) pá carregadeira, 2 (duas) retro escavadeira e 1 (um) patrol. A equipe da prefeitura que realizada esse serviço é composta por aproximadamente 15 (quinze) funcionários, dentre eles estão contratados e efetivos (Figura 247). Os equipamentos de segurança (EPIs) utilizados pelos funcionários são apenas botas e luvas. Durante os trabalhos de coletas de dados foi possível constatar que não existe ainda no município um sistema de gerenciamento de resíduos de construção civil,como instrumento para a implementação de um Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil como prevê na Resolução do CONAMA 448/2012. 8.3.3.4. Coleta de Resíduos de Varrição, Poda e Capina O serviço de varrição é realizado de segunda a sábado, no período das 5:00 às 12:00 horas. Este serviço é realizado por 9 (nove) funcionários, distribuídos entre efetivos e contratados. E ainda 14 (quatorze) ajudantes que fazem parte do Programa Municipal Reviver, que são compostos por ex dependentes químicos. Cada profissional responsável pelo serviço varre, em média, 3 km por dia. As ferramentas de trabalho utilizadas por eles são vassoura, pá e carrinho. Os resíduos recolhidos vão sendo armazenados nos carrinhos, uma vez que os sacos plásticos são preenchidos com resíduos dentro do carrinho da varrição, os mesmos são amarrados e deixados ao longo das vias, sendo posteriormente recolhidos por um caminhão. No município não existe serviço de atendimento para reclamações relacionadas ao serviço de varrição. O serviço de poda e capina no município é realizado por funcionários da prefeitura. Distribuem-se em contratados e efetivos, dependendo da demanda de cada época, e não utilizam equipamento de segurança. A capina é realizada tanto manualmente como 344 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES mecanizada. A capina mecanizada é realizada com a utilização de roçadeiras. Este serviço não é realizado diariamente, mas sempre que necessário e por solicitação dos moradores do município. E, durante o processo, são utilizados produtos tóxicos não especificados. A coleta dos resíduos de poda e capina é feita por caminhões. (Figura 247). 8.3.4. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos A prefeitura do município dispõe de uma frota que tem atendido a demanda do município aos serviços de limpeza urbana. No geral, os veículos utilizados se encontram em bons estados de conservações e, por existir um plano de manutenção, os veículos passam por uma manutenção regularmente, no intervalo trimestralmente. 8.3.4.1. Transporte de Resíduos Domiciliares e Comerciais Os veículos utilizados para a realização da coleta são: caminhões compactadores,caçamba, charretes , carroças, caminhões caçamba, e tratores com caçamba. Os veículos que o município possui e são cadastrados são: 4 (quatro) caminhões caçamba, 1 (um) caminhão compactador e 3 (três) tratores (Figura 247 e Figura 248). 8.3.4.2. Transporte de Resíduos de Varrição, Poda e Capina O transporte de resíduos de varrição é realizado com veículos do município de Centralina, provavelmente os mesmos utilizados na coleta dos resíduos domiciliares e comerciais e ou da coleta dos resíduos de construção civil. 345 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 247: Coleta de resíduos de construção civil juntamente com resíduos de poda e capina na cidade de Centralina. Mais detalhes na Tabela 72. 8.3.5. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Os resíduos sólidos gerados no município de Centralina têm destinação final em uma unidade caracterizada como “lixão”, que é coberto a cada 30 dias, e está localizado em terreno de propriedade da Prefeitura Municipal, cercado, às margens da BR-153. O mecanismo de disposição final não possui licenciamento ambiental. E o município não possui informações referentes a capacidade atual do sistema, assim como da sua vida útil. A unidade atende apenas o referente município. Na unidade há apenas 1 (um) funcionário que trabalha de segunda a sexta-feira. Destaca-se dos equipamentos existentes apenas um trator de esteira alugado pelo município. 346 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 248: Veículos automotores utilizados nos serviços de limpeza urbana no município de Centralina. Mais detalhes na Tabela 72. 8.3.5.1. Transporte de Resíduos de Serviços de Saúde Este serviço é realizado por uma empresa terceirizada responsável pela coleta nos estabelecimentos de saúde, a Exterlix. E a prefeitura municipal não tem conhecimento referentes aos veículos utilizados para o transporte. 8.3.5.2. Transporte de Resíduos de Construção Civil 347 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Este serviço é realizado pela própria prefeitura e os veículos utilizados são provavelmente os mesmos utilizados na coleta dos resíduos domiciliares e comerciais. 8.3.5.3. Transporte de Resíduos de Varrição, Poda e Capina O transporte dos resíduos de varrição é realizado com veículos do município de Centralina, provavelmente os mesmos utilizados na coleta dos resíduos domiciliares e comerciais e ou da coleta dos resíduos de construção civil. 8.3.6. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Os resíduos sólidos gerados no município de Centralina têm destinação final em uma unidade caracterizada como "lixão", que é coberto de 30 em 30 dias, e está localizado em um terreno de propriedade da Prefeitura Municipal, cercado, às margens da BR 153. O mecanismo de disposição final não possui licenciamento ambiental. E o município não possui informações referentes a capacidade atual do sistema, assim como da sua vida útil. A unidade atende apenas o referente município. Na unidade há apenas 1 (um) funcionário que trabalha de segunda a sexta feira. Os equipamentos existentes são apenas um trator de esteira alugado pelo município. Não há registros de barulhos, porém há relatos de mau cheiro e vetores, assim como há presença de animais. Segundo informações da prefeitura, existe população residindo no entorno da área de disposição final, porém não relatos de doenças incidentes na população devido à forma como os resíduos estão dispostos no aterro. 8.3.6.1. Reciclagem 348 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O município não recicla os materiais gerados e não possui um local para o armazenamento dos eventuais materiais recicláveis. 8.3.6.2. Compostagem Não é realizado processo de compostagem no município. 8.3.6.3. Triagem e Compostagem (UTC) O município não possui uma Usina de Triagem e Compostagem, portanto não é possível estimar a quantidade de recicláveis gerados, a quantidade de composto orgânico e também de rejeitos. Como fora relatado, todo o lixo, tanto seco quanto úmido é destinado para ao "lixão", exceto o que estiver sendo aproveitado pelos catadores da cidade, que não se sabe ao certo em que número é, e quais as suas práticas na separação de resíduos sólidos. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – 8.4. PNRS) Os principais geradores de resíduos no município de Centralina resultam das atividades de comércio, do hospital, das construções civis e domiciliares. A Tabela 73 resume as características da gestão e manejo de resíduos sólidos no município. De acordo com a lei 12.305/2010 estes geradores podem ser caracterizados como mostra a primeira coluna desta Tabela 73: 349 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 73: Resíduos sólidos ao PGRS definido na Lei 12.305/2010 no município de Centralina. Tipos de Resíduos Resíduos domiciliares Caracterização Não tem dados de quantificação; Não processa em usina de triagem. Similares aos resíduos residenciais; Não tem dados de quantificação; Resíduos comerciais O destino e tratamento dado para ossos, carcaças e vísceras do açougue é "vala coberta" Coletado por caminhão da prefeitura; Não há cobrança pelo serviço de coleta; Não Resíduos de construção civil (RCC) existe empresa especializada (caçambeiros) ou de carroceiros que prestam serviços dessa natureza; Não tem dados de quantificação; Não tem processamento RCC; Depositado em unidade “lixão”. Possui coleta diferenciada; Custos não são cobrados como taxa extra pela prefeitura; Resíduos de serviços de saúde (RSS) Os resíduos não são quantificados; Coleta e transporte realizado pela empresa privada licenciada para transporte e destino final; Resíduos gerados de confecção; O gerenciamento do resíduos é de responsabilidade da prefeitura; Resíduos Industriais Não tem dados de quantificação; A destinação final é o "Lixão"- aterro sanitário Não há informações Não existe para produtos eletrônicos e seus Logística Reversa componentes, lâmpadas fluorescentes, baterias e pilhas, os mesmo são encaminhados 350 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES para o "lixão" 8.4.1. Logística Reserva Não há logística reversa para produtos especiais como: pilhas, baterias, óleos lubrificantes, pneus, lâmpadas fluorescentes, produtos e componentes eletrônicos. 8.4.2. Produção per capita de Resíduos População total (urbana e rural): 10.593 habitantes. Não foi informada a quantidade total de resíduos produzidos diariamente ou mensalmente. 8.5. IDENTIFICAÇÕES DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO DA POPULAÇÃO Em linhas gerais, a gestão dos resíduos sólidos de Centralina apresenta muitas carências em muitos setores, como pode ser observado na Tabela 74. Essa tabela sintetiza os principais pontos relacionados à prestação de serviços de coleta de resíduos no município. Tabela 74: Principais pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados à população pela prefeitura de Centralina. Pontos Fortes Pontos Fracos Falta Equipamentos Veículos suficientes manejo de equipamentos dos resíduos (triagem/reciclagem) Atendimento a população Rota de coleta Periodicidade Mão de obra insuficiente para os serviços Falta de plano para ampliar 351 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES a capacidade de coleta no município e do efetivo de trabalhadores Ausência de serviço atendimento de para reclamações Falta Prestação de Serviços voltados aos RS de caracterização/verificação Não identificado. das necessidades em área rural Existe varrição das vias públicas O serviço atende todas as áreas urbanas do município Serviços de varrição A varrição é utilizada manualmente Falta de atendimento para reclamações relacionadas ao serviço de varrição Periodicidade do serviço de varrição diária Existe serviço de capina ou roçada no município Parte Serviços de Capina e Poda do serviço é mecanizado Funcionários específicos para a realização da poda de árvores Periodicidade Maior parte do trabalho é realizada manualmente Falta de atendimento para reclamações relacionadas aos serviços de poda ou capina Falta de tratamento para os resíduos de capina e poda Uso de produtos tóxicos Falta de programa de coleta seletiva no município Necessidade de organizar o Sistema de Coleta Seletiva Não identificado. trabalho dos catadores na cidade Não há incentivo para o mercado de recicláveis Programa de Educação Não identificado. Falta de educadores em E.A. 352 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Falta de campanhas para os Ambiental diferentes segmentos da sociedade Falta de agenda em E.A. Falta de plano específico para a comunidade no processo de gerenciamento Desenvolvimento Sustentável Não identificado. de resíduos sólidos urbanos; A cidade não participa de Programas de Desenvolvimento Sustentável. 8.5.1. Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento A verba disponibilizada com o manejo de resíduos sólidos para o município é de 530.000,00 a partir de 2015. O custo com o serviço de limpeza urbana do município até novembro de 2014 foi de 778.000,00 (setecentos e setenta e oito mil reais), averba disponibilizada para o setor é de 1.110.000,00 (um milhão cento e dez mil reais). O custo com o serviço de capina e poda para o município é de 12.000,00 (doze mil reais), fora os gastos com o pessoal. A verba disponibilizada para o setor é de 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) e não há existências de programas de investimentos. O município cobra pelo serviço de limpeza urbana, coleta de resíduos assim como pelo serviço de capina e poda, estando estes inclusos no IPTU, essas taxas são utilizadas para melhorar a qualidade dos serviços prestados à população. Não há cobranças de taxas pela prestação de serviço referente ao manejo de RSU. E a legislação municipal prevê a aplicação de multas para indivíduos e empresas que dispõem seus resíduos de forma inadequada. 353 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 8.6. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO A composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos representa na prática a segregação por tipologia dos resíduos, envolvendo estudos quantitativos em peso e em volume devido à diferentes densidades de resíduos para uma mesma tipologia. Entendem-se como constituintes dos resíduos sólidos: papel, papelão, vidro, metais (ferrosos e nãoferrosos), plástico, matéria orgânica, garrafas pet, rejeito dentre outros. Os resíduos de rejeitos são aqueles materiais não reaproveitados ou reinseridos para uso da sociedade, a exemplo de escova de dente, tubo de creme dental, roupa rasgada, utensílio doméstico sucateado, papel higiênico utilizado, fraldas, aparelho de barbear, etc. Entretanto, quando um dos resíduos pertencente ao grupo dos recicláveis ou dos compostáveis for descartado de forma errônea, passa a pertencer à tipologia dos rejeitos, devido à contaminação e ou a quebra entre os materiais. Condição que faz os rejeitos a maior abrangência das tipologias de resíduos. Monteiro et al. (2001) destaca o êxito do planejamento e planos de gerenciamento de resíduos sólidos, da tomada de decisão, do dimensionamento de aterros sanitários, da implantação de usina de triagem e de definição de pátios de compostagem só é possível quando se tem estudos de composição gravimétrica dos resíduos sólidos. 8.6.1. Procedimentos metodológicos Os estudos de composição gravimétrica em Centralina foram realizados nos dias 24, 26 e 28 de novembro de 2014, distribuído na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, totalizando três análises num período de 7 dias. Como referência na amostragem dos resíduos na área urbana utilizou a NBR 10007/2004 que define a análise preliminar do traçado de rotas de acordo com os bairros, área central e áreas periféricas da cidade, cujas rotas são definidas pela equipe de coleta de resíduos sólidos da prefeitura. Em todos os dias dos estudos de composição gravimétrica no município uma amostragem, antes da coleta habitual, era realizada por caminhão basculante sem 354 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES compactador, de tal forma que garantisse a integridade das amostras. Coletadas de forma aleatória no quarteirão até que conseguisse amostrar toda área urbana até preencher a capacidade máxima do veículo. Em seguida, o veículo era pesado para compor o peso bruto da amostragem e descarregado no armazém. Distribuída de forma uniforme em um quadro, a amostragem era segmentada e escolhida à amostra mais representativa (Figura 249). Cada sacola era aberta individualmente e segregado os materiais ali encontrados (Figura 250 e Figura 251). Os materiais utilizados nos estudos gravimétricos foram compostos por tambores, placas indicativas, calculadora, equipamentos de proteção individual, câmera fotográfica, pranchetas, vassouras e pá. O volume do tambor foi calculado considerando a equação matemática abaixo: Na equação acima, V é o volume do tambor, r o raio do tambor e h a altura do tambor. 8.6.2. Resultados da Composição Gravimétrica em Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais Analisando os resíduos sólidos gerados na cidade de Centralina (massa e volume), definidos nos levantamentos de dados realizados nos dias 24, 26 e 28 de novembro de 2014, foram computados a geração total diária de 4218,6kg e um volume diário de 34,68m³. De acordo com dados do IBGE (2010), o município contabiliza 10.266 habitantes e estima-se em 2014 a população de 10.593as quais contribuíram diretamente com esta geração. A geração per capita no período analisado considerando a população estimada em 2014 pelo IBGE foi de 0,398 kg de resíduos sólidos por habitante, podendo ser ainda maior nos períodos de festas e eventos no município. 355 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 249: Quarteamento da amostragem de resíduos sólidos domiciliares e comerciais em Centralina. Com relação aos resultados das amostragens e da caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos do município de Centralina, verificou-se que durante os três dias de coleta foram caracterizados 682,8kg e um volume total de 5,61m3 de resíduos sólidos. Na Tabela 75 são apresentados os dados da composição gravimétrica dos resíduos sólidos da cidade de Centralina no período analisado. Os resíduos orgânicos foram os que tiveram maior percentual (38,2 %), o que é comum na maioria das cidades brasileiras. Estas altas concentrações de matéria orgânica se dão principalmente pela grande quantidade de alimentos desperdiçados diariamente em todas as cidades, sendo que, na maioria delas, estes resíduos não são aproveitados para o processo de compostagem, contribuindo assim para o aumento do volume dos resíduos depositados nos aterros e lixões. Os rejeitos compostos por materiais de difícil classificação, como trapos e couros e/ou aqueles que ainda não podem ser reciclados corresponderam a 32,81 % do total amostrado. Foram gerados 29,7 % de materiais recicláveis entre eles: papel/papelão (10,5%), plástico (16,8 %), vidro (1,3 %) e metais (1,1%). 356 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 250: Etiquetagem por tipologia com medidas de peso e volume dos recipientes. Figura 251: Abertura das sacolas e segregação dos resíduos por tipologia em Centralina. 357 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 8.6.3. Balanço de Massas e Volumes de Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais Com os resultados do estudo gravimétrico dos resíduos sólidos, foi possível realizar o balanço de massa e volumétrico, além ainda de quantificar o potencial de reintegração ambiental dos resíduos sólidos gerados. Para obter o potencial de reintegração, foram considerados os materiais potencialmente recicláveis, descontando-se possíveis rejeitos (ou material de baixa qualidade) que não são absorvidos pela indústria e os materiais potencialmente compostáveis, dos quais são descontadas as perdas ocorridas durante o processo de compostagem (vapor d'água e volatilização de gases) e os rejeitos do peneiramento do composto, os quais compreendem fragmentos de materiais inertes que se encontravam misturados à matéria orgânica. Com estes dados, estimou-se haver 10% (típico) de rejeito no processo de triagem e 10% (típico) na compostagem, além da perda natural no processo de compostagem que é em média de 40%. Na Figura 252 se observa o balanço de massa dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais gerados no município de Centralina. Durante o estudo, este balanço resultou em uma massa diária de 4.218,6kg e um volume diário de 34,68m³. Do total de resíduos caracterizados, considerando a perdas naturais no processo e ainda o rejeito no processo, 869,2 kg resultam em composto orgânico, o que geraria uma grande economia de área caso fosse destinado ao aterro sanitário diretamente e diariamente. As perdas no processo de compostagem, que em média correspondem a 40%, se dão principalmente pela volatilização de gases e vapor d'água no processo de decomposição da matéria orgânica. 358 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 75: Resultados do levantamento gravimétrico dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais do município de Centralina. Material Massa Total Quartil (Kg) Volume Total Quartil (m³) Percentual Massa Quartil (%) Percentual Volume Quartil (%) Massa Total Semanal (Kg) Volume Total Semanal (m³) Massa Total Diária (Kg) Volume Total Diário (m³) Densidade (ton/m³) Papel, Papelão e Tetra Pak ® 71,8 1,50 10,5 26,6 3105,2 64,66 443,6 9,24 0,05 Plásticos e Pet ® 114,8 2,41 16,8 42,9 4964,9 104,01 709,3 14,86 0,05 9 0,20 1,3 3,5 389,2 8,43 55,6 1,20 0,05 Metais ® 7,2 0,14 1,1 2,4 311,4 5,84 44,5 0,83 0,05 Matéria Orgânica 260,5 0,58 38,2 10,2 11266,2 24,87 1609,5 3,55 0,45 219,5 0,81 32,1 14,4 9493,0 34,92 1356,1 4,99 0,27 682,8 5,61 100 100 29530,0 242,73 4218,6 34,68 0,12 Vidros ® Rejeito Total 359 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 252: Fluxograma do balanço de massa e volumétrico dos resíduos domiciliares e comerciais do município de Centralina (Regime diário). Massa(kg) / Volume(m³) 4218,6/ 34,68 Recicláveis 1252,9 / Rejeito 26,13 *10% 125,2 / 2,61 1127,7/23,52 1356,1 / Compostáveis 1609,5/ 4,99 3,55 *10% TOTAL DE REJEITO 1642,2 / 7,95 160,9 / 0,35 1448,6 / 3,20 **40% 1127,7/ 23,52 869,2 / 1,92 + 869,2/ 1,92 1996,9 / 25,44 (*) valores estimados, baseados em resultados usualmente encontrados em sistemas de triagem e compostagem de lixo", quando bem operados. (**) considerando a compostagem da matéria orgânica fresca. 360 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 9. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE GURINHATà As informações apresentadas neste Diagnóstico Técnico-Participativo são de responsabilidade do Departamento de Obras, representados pelos Sr. Adauto Silva de Oliveira e o Sr. Noé Venâncio da Costa. Estas informações foram acrescidas de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS). 9.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE GURINHATà Apresenta-se o organograma da estrutura administrativa responsável pela limpeza urbana e manejo dos RSU (Figura 253). Figura 253: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Gurinhatã. 361 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 9.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNCIÍPIO DE GURINHATà No município de Gurinhatã não existe uma legislação específica que regulamente a limpeza urbana nem uma política municipal de resíduos sólidos. Também não existe Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. A Prefeitura Municipal de Gurinhatã é o órgão responsável pela coleta destes resíduos, por meio do Departamento Municipal de Serviços Urbanos e Obras Públicas. O município cumpre atualmente execução de Termo de Ajustamento de Conduta celebrado junto ao Ministério Público. Os resíduos sólidos gerados são decorrentes do processo produtivo de diversas atividades econômicas, dentre elas a doméstica. Considerando a produtividade de resíduos sólidos em área urbana, destaca-se a característica de resíduo domiciliar. Muitos estabelecimentos comerciais da cidade se caracterizam como geradores de resíduos do tipo doméstico, portanto, podem ser caracterizados como pequenos geradores. 9.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE GURINHATà 9.3.1. Geração 9.3.1.1. Geração de resíduos domiciliares e comerciais No município de Gurinhatã os resíduos comerciais e domiciliares são similares e, portanto, são tratados de maneira semelhante. Os resíduos domiciliares e comerciais em Gurinhatã são gerados por uma população de 6.137 habitantes, segundo o censo IBGE 2010. O acondicionamento destes resíduos é feito em sacolas plásticas, lixeiras e latões. Observa-se que não há nenhuma diferenciação dos recipientes de acordo com o tipo de resíduo (ex.: lixo seco e úmido, etc.) durante o acondicionamento, o que facilitaria a triagem do lixo. Devido à falta de separação, por tipologia, dos resíduos gerados, o município não realiza a pesagem dos resíduos sólidos urbanos por categoria, portanto não há quantificação dos dados de balanço de massa. 362 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Existem pontos de despejo clandestinos de resíduos sólidos no município, com reclamações de mau cheiro. O município não forneceu informações sobre vetores nos locais de armazenamento. Existem 105 empresas cadastradas no município, que atendem às diversas atividades econômicas. 9.3.1.2. Geração de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) Os resíduos de serviços de saúde (RSS) são aqueles relacionados ao atendimento da saúde humana, encontrados nos prestadores de serviços de saúde pública e privada, cujos resíduos apresentam características que se enquadram nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR 10.004:2004 como Resíduos de Classe I. Os resíduos gerados em estabelecimentos prestadores de serviços de saúde devem ser gerenciados de maneira correta de modo a garantir a qualidade da saúde coletiva e a preservação do meio ambiente. No município existem dois PSFs (Programa de Saúde da Família); um laboratório; três clínicas odontológicas; duas farmácias e um hospital. Os resíduos hospitalares têm sua coleta feita por uma empresa contratada pela prefeitura. Seus funcionários são devidamente equipados para tal finalidade, inclusive com um veículo específico. São coletados aproximadamente 30 kg de material infectante, que são esterilizados, triturado e enviado para a cidade de Uberlândia para incineração. Existe licença ambiental para o tratamento e destino final para os Resíduos de Saúde. 9.3.1.3. Geração de Resíduos de Construção Civil (RCC) Os resíduos de construção civil identificados no município de Gurinhatã são aqueles originários de construções, de reformas, de demolições e de reparos. Fazem parte deste tipo de resíduos componentes cerâmicos, tijolo, telha, vidro, plástico, placa de revestimento, concreto, argamassa, terra, madeira, forros, gesso, resinas, ferragem, argamassa, tinta e outros 363 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES de obras de construção. Segundo as resoluções do CONAMA 307/2002 e 431/2011os RCC, esses tipos de resíduos se enquadram na Classe A e Classe B. O município de Gurinhatã não realiza coleta diferenciada. Nas obras públicas, o próprio poder público faz a coleta de seus resíduos. Nas obras privadas, o construtor é responsável pela coleta. Durante as obras, os RCC são armazenados em caçambas. Há cinco funcionários efetivos e três maquinários para a realização da coleta dos RCC, não se dispõem de equipamentos de proteção individual. Os resíduos da construção civil são descartados no aterro controlado, não tendo um local específico para descarte. 9.3.1.4. Geração de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição identificados no município de Gurinhatã são aqueles descartados de forma difusa e de qualquer natureza nas vias públicas e praças. Esses resíduos são originários da varrição dos logradouros e dos espaços de domínio público. O serviço de varrição é realizado manualmente, por quatro funcionários da própria prefeitura que não dispõem de equipamentos de segurança pessoal, e atende toda área urbana do município. Os resíduos são armazenados em carrinhos e posteriormente coletados por veículo e transportados para a unidade de destinação final. Os resíduos de poda e capina são aqueles provenientes do corte de galhos de árvores e arbustos e da erradicação e controle de gramíneas e vegetação daninha que se instalam em calçadas de praças, canteiros de vias e nos espaços públicos. A própria prefeitura de Gurinhatã é quem realiza este serviço, contando com três funcionários efetivos para tal. Os resíduos de capina e poda são coletados por caminhão e destinados para o aterro controlado. Não existem dados quantitativos sobre os serviços de capina e poda. 9.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos 9.3.2.1. Acondicionamento e armazenamento de resíduos sólidos domiciliares e Comerciais O armazenamento dos resíduos domiciliares e comerciais no município de Gurinhatã é feito em recipientes do tipo sacola, saco de lixo, lixeira e latões. Observa-se que os 364 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES acondicionamentos dos resíduos não são diferenciados por recipientes nem por tipologia de resíduo. Não existe sistema de coleta seletiva no município. 9.3.2.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Serviço de Saúde Segundo informações da prefeitura de Gurinhatã, existe coleta diferenciada dos resíduos de serviço de saúde no município, a qual é realizada por uma empresa contratada. 9.3.2.3. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Construção Civil Os resíduos de construção civil, sejam eles de obras públicas ou particulares, são acondicionados em caçambas, as quais são recolhidas por veículos que os transportam até sua destinação final. 9.3.2.4. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição são acondicionados em sacos plásticos e armazenados em carrinhos que são conduzidos pelos funcionários da limpeza (Figura 254). Posteriormente, estes resíduos são coletados por caminhão-caçamba, que os transporta até a disposição final. Não há acúmulo de lixo nas vias públicas, pois os resíduos de poda e capina são coletados no mesmo dia em que esses serviços são efetuados. Várias lixeiras estão espalhadas pelas ruas e espaços públicos do município. 9.3.3. Coleta Sistemas diferenciados são aplicados na coleta de resíduos sólidos urbanos no município de Gurinhatã: os resíduos domiciliares e comerciais, resíduos de serviço de saúde, resíduos de construção civil e resíduos de varrição, poda e capina 365 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 9.3.3.1. Coleta de Resíduos Domiciliares e Comerciais Segundo informações da prefeitura de Gurinhatã, a coleta de resíduos domiciliares é realizada diariamente, de segunda a sexta, havendo coleta apenas no período matutino. 100% da população urbana é atendida pelo serviço de coleta de lixo domiciliar. Entretanto, apenas 10% da população rural é atendida pelo serviço. O período máximo em que os resíduos ficaram sem ser coletados foi de dois dias. Figura 254: “Carrinho de mão” utilizado por funcionário da limpeza durante o serviço de varrição. Não há empresa terceirizada para a coleta de resíduos sólidos domiciliares, o município provê o serviço, que o faz por meio de rota pré-estabelecida e atende os diferentes setores urbanos (bairros). As rotas são definidas pelo Departamento Municipal de Serviços Urbanos e Obras Públicas e elas não sofrem alterações significativas. Todo o resíduo domiciliar e comercial urbano gerado é coletado em 5 horas, e é transportado por um caminhão compactador. Não foram reportadas irregularidades na prestação de serviço de coleta dos resíduos domiciliares e comerciais. 366 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Segundo a prefeitura, animais mortos que por ventura possam ser encontrados são enviados ao aterro controlado e soterrados. Não há sistema de coleta seletiva no município. 9.3.3.2. Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde A coleta dos resíduos de serviços de saúde em Gurinhatã não é realizada pela prefeitura, mas por uma empresa especializada. Esta empresa é responsável pela destinação final dos RSS, a qual não é realizada no município. Não há informações a respeito da logística nem dos procedimentos técnicos adotados pela empresa. 9.3.3.3. Coleta de Resíduos de Construção Civil No município de Gurinhatã não existe coleta diferenciada de resíduos de construção civil. A prefeitura recolhe os resíduos das obras públicas e os construtores particulares são responsáveis pelos resíduos gerados em suas obras. A prefeitura conta com cinco funcionários efetivos para a prestação deste serviço. 9.3.3.4. Coleta de Resíduos de Varrição, Poda e Capina O serviço de varrição é realizado diariamente, no período matutino, organizado por bairros. Este serviço é feito por quatro funcionários. Os garis varrem, em média, 500 m por dia. As ferramentas de trabalho utilizadas por eles são vassouras, pás, sacos e o carrinho de coleta. Os resíduos recolhidos vão sendo armazenados nos carrinhos. Uma vez que os sacos são preenchidos com resíduos dentro do carrinho da varrição, os mesmos são coletados por veículos e transportados para a unidade de disposição final. 367 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O serviço de poda e capina no município são realizados por quatro funcionários da prefeitura, todos não usam equipamento de proteção individual. Este serviço é realizado constantemente, embora não tenha sido informado a sua periodicidade. A capina é realizada manualmente, sem auxílio de equipamentos mecanizados. A prefeitura estabelece o cronograma dos trabalhos. Os resíduos da poda e da capina são levados para o aterro controlado. O transporte ocorre através de caminhão caçamba e carretas acoplado em trator (Figura 255). Não são utilizados produtos químicos no processo de poda. Figura 255: Transporte de resíduos para o aterro controlado. 9.3.4. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos Para o transporte de resíduos sólidos urbanos, o município de Gurinhatã conta com três veículos, um caminhão basculante e um compactador, além de um trator.Não foi fornecido detalhes dos veículos, tais como ano, modelo e placa. 368 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 9.3.5. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Os resíduos sólidos gerados no município de Gurinhatã têm destinação final em uma unidade cercada caracterizada como aterro controlado, a qual, segundo a prefeitura, não se tem licença dos órgãos ambientais. O lixo que é trazido pelo caminhão compactador é colocado em valas, onde posteriormente ele é compactado e soterrado pela máquina escavadeira na área. O aterro atende apenas ao município de Gurinhatã. Não existe tratamento de chorume no sistema. O município não tem projeto para a construção de aterro sanitário. O local não possui funcionários fixos. A área não possui galpão para armazenamento de materiais recicláveis, produtos eletrônicos, pneus, etc. Não há informações sobre a capacidade de suporte atual do sistema de disposição final. Não existe maquinários disponíveis no local. Foi indicado que não há presença de população no entorno da área do aterro controlado, por conseguinte, não há queixas por parte da população quanto a emissões de mau cheiro, ruídos e/ou animais, porem há relatos da presença de vetores de doenças. 9.3.5.1. Reciclagem O município não recicla os materiais gerados e não possui um local para o armazenamento dos eventuais materiais recicláveis. 9.3.5.2. Compostagem Não é realizado processo de compostagem no município. 369 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 9.3.5.3. Triagem e Compostagem (UTC) O município não possui uma Usina de Triagem e Compostagem, portanto não é possível estimar a quantidade de recicláveis gerados, a quantidade de composto orgânico e também a de rejeitos. Todo o lixo, tanto seco quanto úmido é destinado para o aterro controlado. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – 9.4. PNRS): MUNICÍPIO DE GURINHATà Os principais geradores de resíduos no município de Gurinhatã resultam das atividades de comércio, da indústria, das construções civis e domiciliares. (Tabela 76) Tabela 76: Resíduos sólidos sujeitos ao PGRS definido na lei 12.305/2010 no município de Gurinhatã em 2015. Tipos de Resíduos Resíduos domiciliares Caracterização Similares aos resíduos comerciais; Não tem dados de quantificação. Resíduos comerciais Similares aos resíduos comerciais; Não tem dados de quantificação. Coleta diferenciada; Não há cobrança pelo serviço de coleta; Resíduos de construção civil Destinação específica para o Aterro Controlado; (RCC) Serviço fornecido pela prefeitura; Não tem dados de quantificação; Não tem processamento em Usina de reciclagem de entulhos. São armazenados em caçamba; Funcionário não usa EPI. Coleta diferenciada; 370 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Custos não são cobrados como taxa extra pela prefeitura; Uso de EPI pelo funcionário: máscara, luva e calçados Resíduos de serviços de saúde apropriados; Os resíduos são quantificados apenas aqueles coletados (RSS) por empresa terceirizada; Coleta e transporte por empresa terceirizada para alguns estabelecimentos públicos; Possivelmente os estabelecimentos particulares descartam juntamente com resíduos sólidos comerciais; Não é cobrado taxa extra dos geradores; Maiores geradores são os órgãos públicos. Resíduos Industriais O município não possui. Resíduos de óleos lubrificantes não são coletados por empresas de reciclagem; Logística Reversa Não existem componentes, para produtos lâmpadas eletrônicos fluorescentes, e e seus suas embalagens, pilhas e pneus. Não possui taxa extra para a manutenção dos serviços Resíduos de varrição, poda e prestados pela prefeitura; Serviços oferecidos conforme demanda; capina Destinação final no Aterro Controlado. 9.4.1. Logística Reversa Não há logística reversa para produtos especiais como: pilhas, baterias, óleos lubrificantes, pneus, lâmpadas fluorescentes, produtos e componentes eletrônicos. 9.4.2. Produção per capita de resíduos 371 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES População total (urbana e rural): 6.137 habitantes. O município ainda não possui conhecimento da produção per capita total de resíduos sólidos urbanos. 9.5. IDENTIFICAÇÕES DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO DA POPULAÇÃO: MUNICÍPIO DE GURINHATà Em linhas gerais, a gestão dos resíduos sólidos de Gurinhatã apresenta muitas carências em muitos setores, como pode ser observado na Tabela 77. Essa tabela sintetiza os principais pontos relacionados à prestação de serviços de coleta de resíduos no município. Tabela 77: Pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados à população pela prefeitura de Gurinhatã. Pontos Fortes Equipamentos Pontos Fracos Lixeiras em bom estado de Falta de equipamentos para manejo de resíduos conservação (separação/triagem) Caminhões de coletas em mau estado de conservação Atendimento à Rota de coleta população Periodicidade Não existe serviço atendimento ao cidadão de Mão de obra suficiente Prestação de Serviços voltados aos resíduos Toda a população urbana é O atendimento da população atendida da zona rural é deficitário domiciliares e comerciais Existe serviço de varrição das Não existe serviço vias públicas atendimento ao cidadão Serviços de varrição de Serviço de varrição atende a Baixa produtividade da todas as áreas urbanas do limpeza (500m/dia por funcionário) considerada muito município baixa em relação a outros Periodicidade municípios. 372 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Lixeiras instaladas Existe serviço de capina e Não há serviço poda atendimento ao cidadão Serviços de Capina e Poda Serviço prefeitura realizado pela Não há Falta de programa de coleta seletiva Praticamente não catadores no município Sistema de Coleta Seletiva Baixo estímulo para mercado de recicláveis Ambiental Existem trabalhos de educação Não identificado ambiental no município, nas escolas. Desenvolvimento Não há Programa de Educação Sustentável 9.6. de há o Falta de plano específico para a comunidade no processo de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO O município não forneceu informações a respeito dos custos com o manejo dos resíduos sólidos no município. 9.7. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: MUNICÍPIO DE GURINHATà A composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos representa na prática a segregação por tipologia dos resíduos, envolvendo estudos quantitativos em peso e em volume devido à diferentes densidades de resíduos para uma mesma tipologia. Entendem-se como constituintes dos resíduos sólidos: papel, papelão, vidro, metais (ferrosos e nãoferrosos), plástico, matéria orgânica, garrafas pet, rejeito dentre outros. 373 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os resíduos de rejeitos são aqueles materiais não reaproveitados ou reinseridos para uso da sociedade, a exemplo de escova de dente, tubo de creme dental, roupa rasgada, utensílio doméstico sucateado, papel higiênico utilizado, fraldas, aparelho de barbear, etc. Entretanto, quando um dos resíduos pertencente ao grupo dos recicláveis ou dos compostáveis for descartado de forma errônea, passa a pertencer à tipologia dos rejeitos, devido à contaminação e ou a quebra entre os materiais. Condição que faz os rejeitos a maior abrangência das tipologias de resíduos. Monteiro et al. (2001) destaca o êxito do planejamento e planos de gerenciamento de resíduos sólidos, da tomada de decisão, do dimensionamento de aterros sanitários, da implantação de usina de triagem e de definição de pátios de compostagem só é possível quando se tem estudos de composição gravimétrica dos resíduos sólidos. 9.7.1. Procedimentos metodológicos Os estudos de composição gravimétrica em Gurinhatã foram realizados nos dias 26, 28 e 30 de novembro de 2014, distribuído na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, totalizando três análises num período de 7 dias. Como referência na amostragem dos resíduos na área urbana utilizou a NBR 10007/2004 que define a análise preliminar do traçado de rotas de acordo com os bairros, área central e áreas periféricas da cidade, cujas rotas são definidas pela equipe de coleta de resíduos sólidos da prefeitura. Em todos os dias dos estudos de composição gravimétrica no município uma amostragem, antes da coleta habitual, era realizada por caminhão basculante sem compactador, de tal forma que garantisse a integridade das amostras. Coletadas de forma aleatória no quarteirão até que conseguisse amostrar toda área urbana até preencher a capacidade máxima do veículo. Em seguida, o veículo era pesado para compor o peso bruto da amostragem e descarregado em local adequado para os trabalhos de gravimetria. Distribuída de forma uniforme em um quadro, a amostragem era segmentada e escolhida à amostra mais 374 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES representativa. Cada sacola era aberta individualmente e segregado os materiais ali encontrados. Os materiais utilizados nos estudos gravimétricos foram compostos por tambores, placas indicativas, calculadora, equipamentos de proteção individual, câmera fotográfica, pranchetas, vassouras e pá. O volume do tambor foi calculado considerando a equação matemática abaixo: Na equação acima, V é o volume do tambor, r o raio do tambor e h a altura do tambor. 9.7.2. Resultados da Composição Gravimétrica em Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais Durante a semana de estudos de composição gravimétrica se quantificou o peso e o volume total gerado de resíduos sólidos urbanos na cidade de Gurinhatã. A produção diária foi de 1.229,1 Kg em um volume de 6,84 m³ o que confere produção per capita diário no período analisado de 0,200 Kg de resíduos sólidos urbanos por habitante. De acordo com dados censitários do IBGE (2014), estima-se população de 6.137 habitantes em 2014. Na Tabela 78 são apresentados os dados da composição gravimétrica dos resíduos sólidos da cidade de Gurinhatã no período analisado. Plásticos e Pet foram os que tiveram maior percentual de 28,2%, seguido dos resíduos de matéria orgânica com 25,3% e rejeitos com 19,9%, e do grupo dos recicláveis alcançou 54,8%, distribuídos em papel/papelão com 17,1%, plástico com 28,2%, vidro com 4,9% e metais com 4,6%. 9.7.3. Balanço de Massas e Volumes de Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais 375 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O balanço de massa é parte integrante dos estudos de composição gravimétrica e necessário por permitir gerar os valores reais com as perdas no processo de segregação dos resíduos recicláveis e compostagem dos resíduos de matéria orgânica. Conforme preconiza a legislação de resíduos sólidos e considerando a segregação dos resíduos em três grandes categorias, a dos recicláveis, a dos compostáveis e a dos resíduos, temos perdas de peso e volume, 10% tanto para os reciclados como para os compostos devido a segregação do material não atingir 100% de eficiência. Soma-se ainda uma perda de 40% no composto durante o processo de compostagem dos resíduos orgânicos. Na Figura 256 apresenta o balanço de massa dos resíduos sólidos urbanos para o município de Gurinhatã. Diariamente o município gera 1.229,1 Kg de resíduos e um volume de 6,84 m³. Desse total, 605,9 Kg são considerados resíduos de reciclagem, 168,1 Kg de resíduos de matéria orgânica e 343 Kg são considerados rejeitos. 376 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 78: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais de Gurinhatã, MG. Material Papel, Papelão e Tetra Pak ® Plásticos e Pet ® Massa Total Quartil (Kg) Volume Total Quartil (m³) Percentual Massa Quartil (%) Percentual Volume Quartil (%) Massa Total Semanal (Kg) Volume Total Semanal (m³) Massa Total Diária (Kg) Volume Total Diário (m³) Densidade (ton/m³) 195,5 1,48 17,1 23,3 1474,2 11,16 210,6 1,59 0,13 321,5 3,13 28,2 49,3 2424,4 23,60 346,3 3,37 0,10 56 0,06 4,9 0,9 422,3 0,45 60,3 0,06 0,93 52 0,23 4,6 3,6 392,1 1,73 56,0 0,25 0,23 289 0,55 25,3 8,7 2179,3 4,15 311,3 0,59 0,53 227 0,90 19,9 14,2 1711,8 6,79 244,5 0,97 0,25 1141,0 6,35 100 100 8604,0 47,88 1229,1 6,84 0,18 Vidros ® Metais ® Matéria Orgânica Rejeito Total 377 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 256: Fluxograma do balanço de massa e volumétrico dos resíduos domiciliares e comerciais do município de Gurinhatã (Regime diário). Massa(kg) / Volume(m³) 1229,1 / Recicláveis 673,3 / Rejeito 5,28 *10% 67,4 / 0,53 605,9/4,75 6,84 244,5 / Compostáveis 311,3 0,97 / 0,59 *10% TOTAL DE REJEITO 343,0 / 1,56 31,1/ 0,06 280,2 / 0,53 **40% 605,9/4,75 168,1 / 0,32 + 168,1/ 0,32 774,0/ 5,07 (*) valores estimados, baseados em resultados usualmente encontrados em sistemas de triagem e compostagem de lixo", quando bem operados. (**) considerando a compostagem da matéria orgânica fresca. 378 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 10. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO ITUIUTABA As informações apresentadas neste Diagnóstico Técnico-Participativo são de responsabilidade do Departamento de Meio Ambiente, representados pelos Sr. Carlos Alberto de Novais Souza, Sra. Flávia Vilela Barbosa e o Sr. Renato César Mendes. Estas informações foram acrescidas de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS). 10.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE ITUIUTABA Apresenta-se o organograma da estrutura administrativa responsável pela limpeza urbana e manejo dos RSU (Figura 257). Figura 257: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Ituiutaba. 379 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 10.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNICÍPIO DE ITUIUTABA No município de Ituiutaba existe uma legislação específica que regulamenta a limpeza urbana, porém não há uma Política Municipal de Resíduos Sólidos. Também não existe Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. A Prefeitura Municipal de Ituiutaba, por meio de sua Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, é o órgão responsável pela coleta destes resíduos. O município não sofreu sanções por parte do Poder Público sobre a disposição de resíduos sólidos. Os resíduos sólidos gerados são decorrentes do processo produtivo de diversas atividades econômicas, dentre elas a doméstica. Considerando a produtividade de resíduos sólidos em área urbana, destaca-se a característica de resíduo domiciliar. Muitos estabelecimentos comerciais da cidade se caracterizam como geradores de resíduos do tipo doméstico, portanto, podem ser caracterizados como pequenos geradores. 10.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE ITUIUTABA 10.3.1. Geração 10.3.1.1. Geração de resíduos domiciliares e comerciais No município de Ituiutaba os resíduos comerciais e domiciliares são similares e, portanto, são tratados de maneira semelhante. Os resíduos domiciliares e comerciais em Ituiutaba são gerados por uma população de, aproximadamente,102.000 habitantes, segundo o censo IBGE (2014). A produção per capita de resíduos no município é de 0,6 kg/dia. O acondicionamento dos resíduos domiciliares e comerciais é feito em sacolas plásticas, lixeiras, latões, contêineres, entre outros. Observa-se que não há nenhuma diferenciação dos recipientes de acordo com o tipo de resíduo (ex.: lixo seco e úmido, etc.) durante o acondicionamento, o que facilitaria a triagem do lixo. 380 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Existem 4.656 empresas cadastradas no município, que atendem às diversas atividades econômicas. Muitos estabelecimentos comerciais da cidade se caracterizam como geradores de resíduos do tipo doméstico, portanto, podem ser caracterizados como pequenos geradores. Existe um estudo que realizou a caracterização dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais no município. Não há segregação por tipologia dos resíduos sólidos, mas é conhecido o volume gerado por categorias. 10.3.1.2. Geração de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) Os resíduos de serviços de saúde (RSS) são aqueles relacionados ao atendimento da saúde humana, encontrados nos prestadores de serviços de saúde pública e privada, cujos resíduos apresentam características que se enquadram nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR 10.004:2004 como Resíduos de Classe I. Os resíduos gerados em estabelecimentos prestadores de serviços de saúde devem ser gerenciados de maneira correta de modo a garantir a qualidade da saúde coletiva e a preservação do meio ambiente. No município de Ituiutaba as unidades geradoras de RSS são postos de saúde (14), unidades mistas de saúde (02), laboratórios de análises clínicas (07), hospitais (03) (Figura 258), clínicas odontológicas (117), farmácias de manipulação (04), drogarias (29) e clínicas veterinárias (07). Dados da prefeitura somam aproximadamente quatro toneladas de RSS gerado por mês no município. 10.3.1.3. Geração de Resíduos de Construção Civil (RCC) Os resíduos de construção civil identificados no município de Ituiutaba são aqueles originários de construções, de reformas, de demolições e de reparos. Fazem parte deste tipo de resíduos componentes cerâmicos, tijolo, telha, vidro, plástico, placa de revestimento, 381 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES concreto, argamassa, terra, madeira, forros, gesso, resinas, ferragem, argamassa, tinta e outros de obras de construção. Segundo as resoluções do CONAMA 307/2002 e 431/2011os RCC, esses tipos de resíduos se enquadram na Classe A e Classe B. De acordo com os dados da prefeitura existe cerca de 5600 obras no município, atualmente. Fazem parte dos geradores proprietários ou não, pessoas físicas e ou jurídicas e órgãos públicos. Figura 258: Hospitais Nossa Senhora da Abadia (esquerda) e Meterdey (direita), unidades geradoras de resíduos de serviços de saúde no município de Ituiutaba. 10.3.1.4. Geração de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição identificados no município de Ituiutaba são aqueles descartados de forma difusa e de qualquer natureza nas vias públicas e praças. Esses resíduos são originários da varrição dos logradouros e dos espaços de domínio público (Figura 259). A prefeitura conta com 44 varredores contratados para a realização do serviço de varrição, que ocorre diariamente e atende a todas as áreas urbanas do município. O serviço é realizado de forma manual, com o auxílio de vassoura, pá, carrinho e saco plástico. Os resíduos de poda e capina são aqueles provenientes do corte de galhos de árvores e arbustos e da erradicação e controle de gramíneas e vegetação daninha que se instalam em calçadas de praças, canteiros de vias e nos espaços públicos. O serviço é realizado por 382 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES funcionários contratados, todos dispondo de EPI (Figura 260). A capina é realizada manualmente, com o auxílio de equipamentos mecanizados. Não são utilizados produtos químicos durante a poda e capina. A periodicidade do serviço é diária, sendo que cada área é revisitada após um período de 30 dias. Figura 259: Serviço de varrição das vias públicas e espaços públicos no município de Ituiutaba. Figura 260: Serviço de capina dos espaços públicos no município de Ituiutaba. No centro da foto, funcionários da prefeitura cortando a grama de um canteiro. 383 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os serviços de varrição, capina e poda são realizados por uma empresa especializada, a CFL - Construtora Ferreira Lima LTDA. Segundo dados da prefeitura, são varridos em média cerca de 176 km por dia de logradouro. Não existem dados quantitativos sobre os serviços de capina e poda. 10.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos 10.3.2.1. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais O armazenamento dos resíduos domiciliares e comerciais no município de Ituiutaba é feito em recipientes do tipo sacola, saco de lixo, lixeira e latões. Observa-se que os acondicionamentos dos resíduos não são diferenciados por recipientes e por tipologia de resíduo. Segundo informações aventadas pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, há relatos de presença de animais vetores no local de armazenamento dos resíduos. Não há relatos de mau cheiro. 10.3.2.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Serviço de Saúde Segundo informações da prefeitura de Ituiutaba, existe coleta diferenciada dos resíduos de serviço de saúde no município, a qual é realizada por uma empresa contratada. 10.3.2.3. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Construção Civil Os resíduos de construção civil, sejam eles de obras públicas ou particulares, são acondicionados em caçambas (Figura 261), as quais são recolhidas por veículos que os transportam até sua destinação final. 384 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 261: Caçambas para acondicionamento de resíduos de construção civil no município de Ituiutaba. 10.3.2.4. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição são acondicionados em sacos plásticos e armazenados temporariamente nas vias públicas (Figura 262). Posteriormente, estes resíduos são coletados por caminhão-caçamba, que os transporta até a disposição final. Existem pontos de acúmulo de resíduos nas vias e terrenos baldios. Várias lixeiras estão espalhadas pelas ruas e espaços públicos do município (Figura 263 e Figura 264). 385 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 262: Armazenamento temporário de resíduos de varrição nas vias públicas de Ituiutaba. Figura 263: Container para o armazenamento de resíduos sólidos urbanos no município de Ituiutaba. 386 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 264: Lixeira instalada em via pública do município de Ituiutaba. 10.3.3. Coleta Sistemas diferenciados são aplicados na coleta de resíduos sólidos urbanos no município de Ituiutaba: os resíduos domiciliares e comerciais, resíduos de serviço de saúde, resíduos de construção civil e resíduos de varrição, poda e capina. 10.3.3.1. Coleta de Resíduos Domiciliares e Comerciais Segundo informações da prefeitura de Ituiutaba, a coleta de resíduos domiciliares é realizada diariamente no centro e de três em três dias nos demais bairros, de segunda à sábado, das 4:00 às 20:00. Nos domingos, existe coleta após a feira-livre. 100% da população urbana é atendida pelo serviço de coleta de lixo domiciliar e apenas 40% da população rural é atendida pelo serviço. O período máximo em que os resíduos ficaram sem ser coletados foi de um dia, durante a transição da empresa contratada para o serviço. O serviço de coleta de resíduos sólidos domiciliares é executado por uma empresa terceirizada. Existe rota pré-estabelecida e a coleta é feita por bairros. As rotas são definidas 387 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES pela empresa contratada e elas não sofrem alterações significativas. Todo o resíduo domiciliar e comercial urbano gerado é coletado em 2 dias, e é transportado por um caminhão compactador. Houve irregularidade na prestação de serviço de coleta dos resíduos domiciliares e comerciais apenas durante a transição da empresa contratada, em 2013. Animais mortos em vias públicas e estradas vicinais são recolhidos pela empresa são enviados ao aterro controlado e soterrados junto com os resíduos domiciliares. Existe sistema de coleta seletiva no município, que conta com a participação de catadores. 10.3.3.2. Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde A coleta dos resíduos de serviços de saúde em Ituiutaba não é realizada pela prefeitura, mas por uma empresa especializada e pelos próprios geradores. Os RSS são coletados em veículo exclusivo, por pessoal técnico que dispõe de equipamentos de proteção individual. A empresa é responsável pela destinação final dos RSS, a qual é realizada no município de Uberlândia. 10.3.3.3. Coleta de Resíduos de Construção Civil No município de Ituiutaba não existe coleta diferenciada de resíduos de construção civil. No entanto, os serviços não são cobrados separadamente, ou seja, não há taxação específica para esse fim. A prefeitura recolhe os resíduos das obras públicas e os construtores particulares são responsáveis pelos resíduos gerados em suas obras. Não existe um cadastro junto à prefeitura de empresas que prestam serviços de coleta de resíduos de construção civil. 388 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 10.3.3.4. Coleta de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Cada gari varre, em média, 4 km por dia. Os resíduos recolhidos vão sendo armazenados nos carrinhos. Uma vez que os sacos são preenchidos com resíduos dentro do carrinho da varrição, os mesmos são coletados por veículo e transportado para a unidade de disposição final. A coleta dos resíduos dos serviços de poda e capina no município é realizada diariamente, após a execução do serviço, por caminhões caçamba (Figura 265). Figura 265: Coleta de resíduos de varrição, poda e capina no município de Ituiutaba. 10.3.3.5. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos Para o transporte de resíduos sólidos urbanos, o município de Ituiutaba conta com diversos veículos de vários modelos (Figura 266 e Figura 267). Os veículos são precários. 389 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 266: Caminhão compactador transportando resíduos sólidos no município de Ituiutaba. Figura 267: Trator do aterro sanitário de Ituiutaba. 10.3.4. Tratamento e disposição final dos resíduos Os resíduos sólidos gerados no município de Ituiutaba têm destinação final em aterro sanitário (Figura 268 e Figura 269), o qual, segundo a prefeitura, está devidamente licenciada 390 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES pelos órgãos ambientais e com protocolo de renovação em andamento. O aterro recebe os resíduos provenientes das atividades domiciliares, comerciais, da construção civil e da varrição, capina e poda. Lá, o lixo coletado é pesado. O aterro tem capacidade projetada para receber 60 toneladas de lixo por dia. A vida útil do sistema é de, aproximadamente, 10 anos. O aterro atende apenas ao município de Ituiutaba. Figura 268: Disposição de resíduos sólidos no aterro sanitário de Ituiutaba. Figura 269: Disposição de resíduos de capina e poda no aterro sanitário de Ituiutaba. 391 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O chorume gerado no sistema é tratado na estação de tratamento de esgoto do município. Quatorze funcionários da prefeitura trabalham no aterro sanitário. Todos trabalham diariamente, em dias úteis. A área possui galpão para armazenamento de materiais recicláveis, produtos eletrônicos, pneus, etc. Vários veículos são utilizados no aterro. Foi indicado que não há presença de população no entorno da área do aterro controlado, por conseguinte, não há queixas por parte da população quanto a emissões de mau cheiro, ruídos. Foram observados, entretanto, animais vetores. Não há relatos de casos de doenças contraídas pela presença ou contato com materiais acumulados no aterro. Também não existem catadores na área. O município não possui Usina de Triagem e Compostagem. Não há reciclagem de resíduos, porém existe suporte financeiro para as cooperativas de catadores que fazem a coleta seletiva e que reciclam o lixo. Apenas as cooperativas comercializam os materiais reciclados, contando com o incentivo do município. Não existe logística reversa de resíduos como pilhas, baterias e pneus. Pilhas, baterias e produtos eletrônicos são depositadas no aterro sanitário. Pneus inservíveis são depositados em um galpão do município, onde posteriormente são recolhidos por uma empresa privada. As lâmpadas fluorescentes descartadas pelo município também são armazenadas em um galpão, porém não há armazenamento daquelas que são geradas pelos domicílios e/ou comércio. 10.3.5. Tratamento de resíduos domiciliares e comerciais O município não dispõe de unidade de tratamento dos resíduos domiciliares e comerciais gerados no município de Ituiutaba. Após coleta, os resíduos têm destinação final o aterro sanitário do próprio município. 392 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 10.3.5.1. Tratamento de resíduos de construção civil O município não dispõe de unidade de tratamento dos resíduos de construção civil gerados no município de Ituiutaba. Após coleta, os resíduos têm destinação final o aterro sanitário do próprio município. 10.3.5.2. Tratamento de resíduos de serviços de saúde O município não dispõe de unidade de tratamento dos RSS. Os resíduos provenientes de estabelecimentos de serviços de saúde são transportados para o município de Uberlândia, onde são incinerados. 10.3.5.3. Tratamento de resíduos de varrição, poda e capina Assim como para as demais categorias de resíduos, não se verificou a existência de unidade de tratamento dos resíduos de varrição, poda e capina. Estes são depositados no aterro sanitário. 10.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – PNRS): MUNICÍPIO DE ITUIUTABA Os principais geradores de resíduos no município de Ituiutaba resultam das atividades domiciliares, de comércio, da indústria e das construções civis. A Tabela 79 resume as características da gestão e manejo de resíduos sólidos no município. De acordo com a Lei 12.305/2010 estes geradores podem ser caracterizados como mostra a primeira coluna da Tabela 79: 393 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 79: Resíduos sólidos sujeitos ao PGRS definido na lei 12.305/2010 no município de Ituiutaba em 2015. Tipos de Resíduos Resíduos domiciliares Caracterização Depositado no aterro sanitário; Coletados por empresa contratada; Não processa em usinas de triagem; Resíduos são quantificados; Resíduos comerciais Similares aos resíduos residenciais; Coletados por empresa contratada Depositado no aterro sanitário; Resíduos são quantificados juntamente com os domiciliares; Não processa em usina de triagem; Não existe empresas cadastradas para o serviço de coleta; Resíduos de construção civil (RCC) Coletados por empresa contratada; Resíduos são quantificados; Depositado temporariamente no aterro sanitário; Possui coleta diferenciada; Resíduos de serviços de saúde Serviço realizado por empresa; (RSS) Resíduos são quantificados; Disposição final no município de Uberlândia; O gerador é responsável pelo gerenciamento dos resíduos; Resíduos Industriais Os resíduos não são coletados separadamente; Não tem dados de quantificação; Depositado no aterro sanitário; Logística Reversa Não há logística reversa de responsabilidade do município. 394 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os resíduos são acondicionados em sacos plásticos temporiariamente; Resíduos de varrição, poda e Prestação de serviço diário e terceirizado; capina Local de poda e capina são revisitados a cada 30 dias Serviços são mecânico e manual. 10.5. IDENTIFICAÇÕES DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO DA POPULAÇÃO: MUNICÍPIO DE ITUIUTABA Em linhas gerais, a gestão dos resíduos sólidos de Ituiutaba apresenta carências em muitos setores, como pode ser observado na Tabela 80. Essa tabela sintetiza os principais pontos relacionados à prestação de serviços de coleta de resíduos no município. Tabela 80: Pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados a população pela prefeitura de Ituiutaba. Pontos Fortes Não identificado. Equipamentos Pontos Fracos Falta de equipamentos para manejo de resíduos (separação/triagem); Veículos em estado precário. Rota de coleta; Não identificado. Periodicidade; Atendimento à população Plano para aumentar a capacidade de coleta no município; Mão de obra suficiente; Existe serviço de atendimento das reclamações relacionadas ao serviço. Prestação de Serviços voltados aos resíduos Toda a população urbana é O atendimento da população atendida. da zona rural é insuficiente. 395 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES domiciliares e comerciais Existe serviço de varrição das Não identificado. vias públicas; Serviços de varrição Serviço de varrição atende a todas as áreas urbanas do município; Periodicidade; Existe serviço de atendimento às reclamações do cidadão. Lixeiras instaladas. Existe serviço de capina e Não há tratamento para os poda; resíduos de capina e poda. Serviços de Capina e Poda Existe serviço de atendimento às reclamações do cidadão; Periodicidade. Sistema de Coleta Seletiva Existe coleta seletiva pelos Os recursos advindos da coleta seletiva não são catadores; suficientes para cobrir os custos Incentivo financeiro à coleta do programa. seletiva; Catadores organizados cooperativas; em Campanhas de mobilização para a coleta seletiva; Existem trabalhos de educação Não identificado. ambiental no município, inclusive nas escolas. Programa de Educação Ambiental Participação em programas de Não identificado. desenvolvimento sustentável; Desenvolvimento Os resíduos do município não estão poluindo bacias hidrográficas; Incentivo para a participação da 396 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Sustentável comunidade no processo de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos; Incentivo para o mercado de recicláveis. 10.6. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO Segundo dados da Secretaria Municipal de Obras e serviços urbanos, o município de Ituiutaba gasta, mensalmente, cerca de R$ 560.000 com contratos de prestação de serviços para a coleta, armazenamento e destinação final dos resíduos sólidos urbanos, conforme pode ser verificado na Tabela 81. Tabela 81: Demonstrativo das despesas da Prefeitura Municipal de Ituiutaba com manutenção da limpeza pública no ano de 2014. 397 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 10.7. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: MUNICÍPIO DE ITUIUTABA A composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos representa na prática a segregação por tipologia dos resíduos, envolvendo estudos quantitativos em peso e em volume devido à diferentes densidades de resíduos para uma mesma tipologia. Entendem-se como constituintes dos resíduos sólidos: papel, papelão, vidro, metais (ferrosos e nãoferrosos), plástico, matéria orgânica, garrafas pet, rejeito dentre outros. Os resíduos de rejeitos são aqueles materiais não reaproveitados ou reinseridos para uso da sociedade, a exemplo de escova de dente, tubo de creme dental, roupa rasgada, utensílio doméstico sucateado, papel higiênico utilizado, fraldas, aparelho de barbear, etc. Entretanto, quando um dos resíduos pertencente ao grupo dos recicláveis ou dos compostáveis for descartado de forma errônea, passa a pertencer à tipologia dos rejeitos, devido à contaminação e ou a quebra entre os materiais. Condição que faz os rejeitos a maior abrangência das tipologias de resíduos. Monteiro et al. (2001) destaca o êxito do planejamento e planos de gerenciamento de resíduos sólidos, da tomada de decisão, do dimensionamento de aterros sanitários, da implantação de usina de triagem e de definição de pátios de compostagem só é possível quando se tem estudos de composição gravimétrica dos resíduos sólidos. 10.7.1. Procedimentos metodológicos Os estudos de composição gravimétrica em Ituiutaba foram realizados nos dias 26, 28 e 30 de novembro de 2014, distribuído na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, totalizando três análises num período de 7 dias. Como referência na amostragem dos resíduos na área urbana utilizou a NBR 10007/2004 que define a análise preliminar do traçado de rotas de acordo com os bairros, área central e áreas periféricas da cidade, cujas rotas são definidas pela equipe de coleta de resíduos sólidos entre funcionários da prefeitura e a empresa terceirizada pelos serviços de limpeza urbana. 398 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Em todos os dias dos estudos de composição gravimétrica no município uma amostragem, antes da coleta habitual, era realizada por caminhão basculante sem compactador, de tal forma que garantisse a integridade das amostras. Coletadas de forma aleatória no quarteirão até que conseguisse amostrar toda área urbana até preencher a capacidade máxima do veículo. Em seguida, o veículo era pesado para compor o peso bruto da amostragem e descarregado em local adequado para os estudos de gravimetria. Distribuída de forma uniforme em um quadro, a amostragem era segmentada e escolhida à amostra mais representativa. Cada sacola era aberta individualmente e segregado os materiais ali encontrados. Os materiais utilizados nos estudos gravimétricos foram compostos por tambores, placas indicativas, calculadora, equipamentos de proteção individual, câmera fotográfica, pranchetas, vassouras e pá. O volume do tambor foi calculado considerando a equação matemática abaixo: Na equação acima, V é o volume do tambor, r o raio do tambor e h a altura do tambor. 10.7.2. Resultados da composição gravimétrica em resíduos sólidos domiciliares e comerciais Durante a semana de estudos de composição gravimétrica se quantificou o peso e o volume total gerado de resíduos sólidos urbanos na cidade de Ituiutaba. A produção diária foi de 71.705,7 Kg em um volume de 385,13 m³ o que confere produção per capita diária no período analisado de 0,698 Kg de resíduos sólidos urbanos por habitante. De acordo com dados censitários do IBGE (2014), estima-se população de 102.690 habitantes em 2014. Na Tabela 82 são apresentados os dados da composição gravimétrica dos resíduos sólidos da cidade de Ituiutaba no período analisado.Os resíduos de matéria orgânica foram os que tiveram maior percentual de 48,8%, seguido dos resíduos de rejeito com 19,5%, e do 399 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES grupo dos recicláveis alcançou 31,7%, distribuídos em papel/papelão com 11,4%, plástico com 16,4%, vidro com 2,1% e metais com 1,8%. 10.7.3. Balanço de massas e volumes de resíduos sólidos domiciliares e comerciais O balanço de massa é parte integrante dos estudos de composição gravimétrica e necessário por permitir gerar os valores reais com as perdas no processo de segregação dos resíduos recicláveis e compostagem dos resíduos de matéria orgânica. Conforme preconiza a legislação de resíduos sólidos e considerando a segregação dos resíduos em três grandes categorias, a dos recicláveis, a dos compostáveis e a dos resíduos, temos perdas de peso e volume, 10% tanto para os reciclados como para os compostos devido a segregação do material não atingir 100% de eficiência. Soma-se ainda uma perda de 40% no composto durante o processo de compostagem dos resíduos orgânicos. Na Figura 270 apresenta o balanço de massa dos resíduos sólidos urbanos para o município de Ituiutaba. Diariamente o município gera 71.705,7 Kg de resíduos e um volume de 385,13 m³. Desse total, 20.461,1 Kg são considerados resíduos de reciclagem, 31.516,7 Kg de resíduos de matéria orgânica e 19.727,9 Kg são considerados rejeitos. 400 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 82: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos de Ituiutaba, MG. Material Papel, Papelão e Tetra Pak ® Plásticos e Pet ® Massa Total Quartil (Kg) Volume Total Quartil (m³) Percentual Massa Quartil (%) Percentual Volume Quartil (%) Massa Total Semanal (Kg) Volume Total Semanal (m³) Massa Total Diária (Kg) Volume Total Diário (m³) Densidade (ton/m³) 209,4 2,72 11,4 27,6 57416,3 744,99 8202,3 106,43 0,08 299,5 3,75 16,4 38,1 82121,2 1028,23 11731,6 146,89 0,08 38,5 0,08 2,1 0,8 10556,5 20,56 1508,1 2,94 0,51 33 0,18 1,8 1,8 9048,4 49,08 1292,6 7,01 0,18 894 1,34 48,8 13,6 245129,7 366,32 35018,5 52,33 0,67 356,2 1,78 19,5 18,1 97668,0 486,69 13952,6 69,53 0,20 1830,6 9,83 100 100 501940,0 2695,88 71705,7 385,13 0,19 Vidros ® Metais ® Matéria Orgânica Rejeito Total 401 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 270: Fluxograma de balanço de massa e volumétrico de resíduos domiciliares e comerciais no município de Ituiutaba (Regime diário). Massa(kg) / Volume(m³) 71705,7/ 385,13 Recicláveis Rejeito 22734,6/ 263,27 *10% 20461,1 / 236,94 2273,5 / 26,32 13952,6/ 69,53 Compostáveis 35018,5 / 52,33 *10% TOTAL DE REJEITO 19727,9/ 101,09 3501,8/ 5,24 31516,7 / 47,09 **40% 20461,1/ 236,94 31516,7 / 47,09 + 31516,7/ 47,09 51977,8 / 284,03 (*) valores estimados, baseados em resultados usualmente encontrados em sistemas de triagem e compostagem de lixo", quando bem operados. (**) considerando a compostagem da matéria orgânica fresca. 402 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 11. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS As informações, por ora aqui apresentadas e analisadas, são com base no Diagnóstico Técnico-Participativo de Resíduos Sólidos prestadas pela Equipe da Prefeitura à Equipe Elaborada do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS) do município de Monte Alegre de Minas, MG. Cabe destacar que esse diagnóstico foi elaborado pela equipe do PGIRS e disponibilizado para a Equipe da Prefeitura na conferência e coleta das informações. 11.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS Apresenta-se o organograma da estrutura administrativa responsável pela limpeza urbana e manejo dos RSU (Figura 271). Figura 271: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município de Monte Alegre de Minas. 403 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 11.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS Não foram prestadas informações da existência de legislação própria ou pelo Código de Postura do município que regulamente a limpeza urbana. Não há informações de possíveis sanções por parte do Poder Público por falta de uma legislação específica e ou de um Plano Municipal de Resíduos Sólidos para o sistema de gestão e manejo de resíduos sólidos urbanos. O sistema de gestão e manejo de resíduos sólidos do município fica sob a responsabilidade do Departamento de Limpeza Urbana vinculada a Secretaria de Obras. Compete ao Departamento de Limpeza Urbana a administração e execução dos serviços de coleta em vias públicas, praças e espaços públicos. 11.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS 11.3.1. Geração 11.3.1.1. Geração de Resíduos Domiciliares e Comerciais Os resíduos domiciliares e comerciais identificados no município de Monte Alegre de Minas são aqueles gerados nas residências, em pequenos estabelecimentos comerciais e empreendimentos de pequeno porte destinados à prestação de serviços. Os resíduos domiciliares são gerados no município por uma população estimada de 20.728 habitantes (IBGE, 2014) residentes em 8.415 domicílios em Monte Alegre de Minas, dos quais 6.697 estão em área urbana (Tabela 83). O tipo de resíduos gerados pelos pequenos estabelecimentos estão voltados a economia principal do município de Monte Alegre de Minas relacionadas às atividades de agropecuária que ocupa área cerca de 210.467 hectares (2.104,67km²), de acordo com Censo Agropecuário de 2006/IBGE. Destaque para a produção de leite, ovos de galinha, milhe e soja em grãos, criação de bovinos, aves e suínos (Tabela 84). 404 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 83: Número de domicílios no município de Monte Alegre de Minas. Fonte: IBGE, 2010. Urbano Rural Domicílios 6.697 1.718 Porcentagem (%) 79,58 20,42 Segundo dados do IBGE (2014) no ano de 2012 os empreendimentos do município era constituído pelo total de 651 estabelecimentos comerciais que se diversificam em diferentes atividades de produtos e serviços, como comércio em geral, confecções e restaurantes (Tabela 85). Dados esses que possivelmente divergirá dos cadastrados no município de Monte Alegre de Minas. Tabela 84: Número de estabelecimentos comerciais em atividade agropecuária no município de Monte Alegre de Minas por ano. Fonte: IBGE, 2006. Atividade agropastoril Produção Estabelecimentos Ovos de galinha 39 mil dúzias 196 Leite 34.767.000 litros 730 Soja 82.030 toneladas 71 Milho 29.121 toneladas 55 Suínos 31.084 cabeças 196 Aves 1.396.000 cabeças 296 Rebanho de bovinos 122.624 cabeças 1.219 Tabela 85: Cadastro Central de Empresas no município de Monte Alegre de Minas em 2012. Fonte: IBGE.2014. Cadastro de Empresas - IBGE Unidades Número de unidades locais 666 Número de empresas atuantes 651 Até o ano de 2014, a caracterização dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais no município era desconhecida, bem como a segregação por tipologia dos resíduos sólidos, o 405 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES volume gerado por categorias e no todo. Por conseqüência dados de balanço de massa também não foram calculados. 11.3.1.2. Geração de Resíduos de Serviços de Saúde Os resíduos de serviços de saúde identificados no município de Monte Alegre de Minas são aqueles relacionados ao atendimento da saúde humana, encontrados nos prestadores de serviços de saúde pública e privada, cujos resíduos apresentam características que se enquadram nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR 10.004:2004 como Resíduos de Classe I. As unidades geradoras desse resíduo identificadas no município são constituídas pelas drogarias, hospital municipal (Figura 272), posto de saúde da família (Figura 273) laboratório, salão de cabeleireiros e clínica odontológica. Sob a gestão pública e privada com registro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS) o município possui um hospital municipal, cinco unidades básica de saúde, uma policlínica, um pólo academia da saúde, uma farmácia e um laboratório, como citado na Tabela 86. Tabela 86: Estabelecimentos registrados no cadastro nacional de saúde do município de Monte Alegre de Minas. Fonte: CNES, 2014. UNIDADE NATUREZA DA ORGANIZAÇÃO TIPO DE ESTABELECIMENTO Academia da Saúde Eros Voluzia Bittencourt Carvalho Administração Pólo Academia da Saúde direta da saúde (SMS) Ambulatório Municipal Administração Policlínica direta da saúde (SMS) Centro de Saúde Dona Antuninha Delfino Administração Centro direta da saúde Básica (SMS) Farmácia de Minas de Monte Alegre de Minas Administração Farmácia direta da saúde de Saúde/Unidade 406 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES (SMS) Laboratório Santa Inez Empresa Privada Unidade de Apoio Diagnose e Terapia Santa Casa de Monte Alegre de Minas Entidade Beneficente fins lucrativos Hospital Geral Unidade de Saúde da Família Alfredo Alves Martins Administração Centro direta da saúde Básica (SMS) de Saúde/Unidade Administração Centro Unidade de Saúde da Família direta da saúde Básica Dona Luci Bittencourt de Freitas (SMS) de Saúde/Unidade Unidade de Saúde da Família Frei Lucas Ferraro Administração Centro direta da saúde Básica (SMS) de Saúde/Unidade Unidade de Saúde da Família Marina Gomes da Silva Administração Centro direta da saúde Básica (SMS) de Saúde/Unidade sem Figura 272: Hospital Santa Casa de Monte Alegre é o único do município e oferece serviços de saúde gerais. Casos que necessitam serviços de saúde especializados são encaminhados geralmente para a cidade de Uberlândia, MG. 407 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 273: Geradores de resíduos de serviços de saúde do município de Monte Alegre de Minas. À esquerda, Unidade Básica de Saúde da Família Frei Lucas Ferraro, e a direita Unidade Básica de Saúde da Família Dona Antuninha Delfino. 11.3.1.3. Geração de Resíduos de Construção Civil (RCC) Os resíduos de construção civil identificados no município de Monte Alegre de Minas são aqueles originários de construções, de reformas, de demolições e de reparos de obras físicas. Fazem parte deste tipo de resíduos componentes cerâmicos, tijolo, telha, vidro, plástico, placa de revestimento, concreto, argamassa, terra, madeira, forro, gesso, resinas, ferragem, argamassa, tinta e outros de obras de construção. De acordo com as classes determinadas pelas Resoluções do CONAMA 307/2002 e 431/2011 os resíduos de construção civil do município se enquadram na Classe A e Classe B. Pessoas físicas e ou jurídicas, públicas e privadas são os responsáveis por atividades ou empreendimentos que geram os resíduos destacados acima. Obras de construção civil são verificadas em lojas comerciais, em obras públicas e principalmente em residências (Figura 274). 11.3.1.4. Geração de Resíduos de Varrição, Poda e Capina 408 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os resíduos de varrição identificados no município de Monte Alegre de Minas são aqueles descartados de forma difusa e de qualquer natureza nas vias públicas e praças. Esses resíduos são originários da varrição dos logradouros e dos espaços de domínio público. Figura 274: Gerador particular de resíduos de construção civil na edificação de um estabelecimento comercial na área urbana de Monte Alegre de Minas. Os resíduos de poda e capina são aqueles provenientes do corte de galhos de árvores e arbustos e da erradicação e controle de gramíneas e vegetação daninha que se instalam em calçadas de praças, canteiros de vias, espaços públicos e demais prédios públicos com jardins (Figura 275). Cabe a prefeitura apenas os serviços de poda cujas árvores não interceptam a rede elétrica. As que interceptam em fios e postes da rede elétrica ficam sob a responsabilidade da Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG. 409 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 275: Capina do canteiro central da prefeitura do município de Monte Alegre de Minas. Todos os serviços necessários para coleta, armazenamento, transporte e disposição final é de responsabilidade da prefeitura executado pelo Departamento de Limpeza Urbana/Secretaria de Obras. Não existem dados de quilômetros dias varrido, podas árvores dia, capinas quilômetros dia e espaços públicos dia. A prefeitura dispõe de atendimento para reclamações relacionadas aos serviços de varrição, capina e poda. 11.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos 11.3.2.1. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Domiciliares e Comerciais 410 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O armazenamento dos resíduos domiciliares e comerciais no município de Monte Alegre de Minas é feito em recipientes do tipo sacola, saco de lixo, lixeira e latões (Figura 276). Identificou-se nas ruas que os acondicionamentos dos resíduos não são diferenciados por recipientes e por tipologia de resíduo. Em algumas ruas e avenidas de maior fluxo na área central da cidade verificou a instalação de recipientes móveis de armazenamento de resíduos (Figura 277; Tabela 87). Pilhas, componentes eletrônicos, lâmpadas, baterias, óleo de uso culinário são descartados juntamente com os resíduos domiciliares. Segundo informações disponibilizadas pelo Departamento de Limpeza Urbana existem registros de reclamações de presença de vetores no local de armazenamento dos resíduos e de mau cheiro devido à demora na coleta destes resíduos. Figura 276: Acondicionamento e armazenamento dos resíduos domiciliares pelos geradores na cidade de Monte Alegre de Minas. 411 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 277: Recipiente de armazenamento de resíduos domiciliares e comerciais em ruas e avenidas principais na área urbana de Monte Alegre. Tabela 87: Logradouros com recipiente de armazenamento de resíduos domiciliares e comerciais iguais aos visualizados na Figura 277. CENTRO Avenida 16 de Setembro BAIRRO SANTO ANTÔNIO Rua São Francisco Rua Almeirinda Valentina Praça Nicanor Parreira Rua João Pacifico Nogueira BAIRRO N. SRA. APARECIDA Rua Horades Mendonça Rua Petrônio Vilela dos Reis Guimarães Rua Inaldy Queiroz Rua Francisco Ribeiro da Silva Rua Edmo Pereira de Andrade Rua Maria Souza Aparecida Rua Luziano Ferreira Blanco Rua Marcianos Alviano da Rua Wilkens de Oliveira costa Rua Joaquim Roque de Oliveira Rua Juvenal Luiz Mamede Rua Naylor Otoni Rua dos Jacarandas Rua Goiás Rua Maria Mendonça Rua Florípedes Vieira Vasconcelos Rua Major Luiz Ferreira Rua Maria Abadia de Sousa Mendonça Rua Orozina Mamede Rua Severino Rezende Rua Ataide Gervásio Rua Marcionilia de Jesus Rua João Henrique Cardoso Rua Eurípedes Barsanulfo Rua Dona Francisquinha Rua Alan Kardec Rua Nelson Graciano dos Apda de Souza Nogueira 412 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Santos Rua Maria Borges Nunes Rua José Arantes de Sousa Rua José de O. Mamede - Rua Hildebrando dos Reis Rua Roque José Ribeiro - Rua Maria Umbelina Rezende Rua Mário de Faria Oliveira - - Honório de Rua Maria Regina da Silva 11.3.2.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) O acondicionamento e o armazenamento de resíduos de serviço de saúde no município de Monte Alegre de Minas são realizados por alguns geradores públicos conforme preconiza com a Resolução do CONAMA nº 358/205. O Hospital Santa Casa de Monte Alegre e as unidades básicas de saúde segregam seus resíduos por tipologia, como se verifica na (Figura 278). Nos geradores particulares não foram identificados a segregação por tipologia. Figura 278: Segregação por tipologia de resíduos de serviços de saúde no Hospital Santa Casa de Monte Alegre. Uma unidade de transbordo foi verificada nas dependências físicas do Hospital Santa Casa de Monte Alegre, e outras nas Unidades Básicas de Saúde da Família. As unidades 413 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES atendem as exigências mínimas de armazenamento de resíduos de serviços de saúde, com piso de cerâmica no chão e nas paredes, porta de segurança e sistema de ventilação adequado (Figura 279 e Figura 280). Figura 279: Unidade de transbordo pra resíduos de serviços de saúde no Hospital Santa Casa de Monte Alegre. Figura 280: Unidades de transbordo pra resíduos de serviços de saúde nas Unidades Básicas de Saúde da Família no município de Monte Alegre de Minas. 414 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 11.3.2.3. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Construção Civil Os resíduos originários em obras de construção civil no município de Monte Alegre de Minas não são acondicionados e armazenados em nenhum recipiente fechado, como container e caçamba. Durante as obras é o gerador que define o local de acondicionamento e armazenamento dos resíduos produzidos (Figura 281). Geralmente o despejo e o canteiro de obra são feitos em terrenos baldios e na porção frontal da obra e que muitas das vezes os resíduos são dispostos de tal forma que avançam para as vias públicas, interferindo nos fluxos de pessoas e veículos. Figura 281: Acondicionamento e armazenamento de resíduos de construção civil em frente à obra, obstruindo num primeiro momento a passagem de pedestre pela calçada. 11.3.2.4. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição são armazenados em alguns pontos estratégicos pela cidade onde os funcionários depositam temporariamente os resíduos coletados do dia em carriolas e amontoados em vias públicas. Os resíduos não são acondicionados em qualquer recipiente durante a coleta. 415 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Outras vias públicas e demais espaços públicos do município não possuem lixeiras instaladas o que contribui com o aumento dos resíduos dispostos em vias públicas. Os resíduos de poda e capina são coletados no mesmo dia em que esses serviços são efetuados quando realizados pela equipe da prefeitura, e posteriormente, encaminhados para a disposição final no Aterro Controlado do município. Quando esses serviços são praticados por conta dos moradores que descartam em via pública (Figura 282), também são coletados pela prefeitura, porém nem sempre no mesmo dia. Figura 282: Acondicionamento e armazenamento de resíduos de poda em via pública misturado com resíduos, em menor proporção, de construção civil. 11.3.3. Coleta Sistemas diferenciados são aplicados na coleta de resíduos sólidos urbanos no município de Monte Alegre de Minas: os resíduos domiciliares e comerciais, resíduos de 416 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES serviço de saúde, resíduos de construção civil e resíduos de varrição, poda e capina. Entretanto, todos os serviços são executados pelo Departamento de Limpeza Urbana utilizando diferentes equipamentos, equipe de coleta e planejamento (Figura 283). 11.3.3.1. Coleta de Resíduos Domiciliares e Comerciais O planejamento definido pelo Departamento de Limpeza Urbana do município está definido com coletas de resíduos domiciliares e comerciais distribuídas três vezes na semana, regularmente às segundas-feiras, às quartas-feiras e às sextas-feiras no período matutino. Quando da coincidência desses dias com feriado nacional, estadual ou municipal, a coleta dos resíduos é realizada no dia subseqüente. Os serviços de coleta de resíduos domiciliares e comerciais não abrangem a área rural, sendo atendida apenas a população da área urbana. O trajeto definido em rotas-bairros pelo Departamento de Limpeza Urbana na área urbana permite que a coleta se totalize apenas no período matutino, com início por volta das 7h00 e término previsto para as 12h00. O trajeto rotas-bairros tem-se mantido sem alterações pelo Departamento de Limpeza Urbana e não há informações da distância total percorrida na área urbana para a coleta. Segundo o Departamento de Limpeza Urbana, atualmente existe uma eficiência nos serviços prestados na coleta de resíduos domiciliares e comerciais com atendimento de 100% da população urbana. Os resíduos comerciais são semelhantes aos resíduos domiciliares no município de Monte Alegre de Minas. A coleta é feita juntamente com a coleta dos resíduos domiciliares, seguindo mesmo trajeto e horário e data de coleta (Figura 284). 417 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 283: Planejamento das rotas de coleta dos resíduos domiciliares e comerciais por setores na cidade de Monte Alegre de Minas. 418 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 284: Caminhões compactadores de coleta de resíduos domiciliares e comerciais na cidade de Monte Alegre de Minas. 419 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os restos de carcaças de animais grados pelos estabelecimentos comerciais da venda de carnes no município recebem destinação final pelos próprios geradores na Unidade de Lixão desativada e no Aterro Controlado. Óleo de cozinha é coletado juntamente com os resíduos domiciliares e comerciais, bem como quaisquer outros resíduos de logística reversa. No município não há programas de coleta seletiva implantada. 11.3.3.2. Coleta dos Resíduos de Serviços de Saúde A prefeitura municipal é responsável pelas coletadas de resíduos de serviços de saúde em todas as unidades públicas geradoras do município. Nesses estabelecimentos os resíduos do serviço de saúde são segregados pelos geradores de acordo como a Resolução do CONAMA 448/2012. Os demais geradores, principalmente os de propriedade particular, são os responsáveis pelas coletas e destinação final no Aterro Controlado. Semanalmente nas segundas-feiras e quintas-feiras, conforme a geração, a Vigilância Sanitária do município passa coletando os resíduos de serviços de saúde nas unidades de transbordos identificadas, hospital municipal e as unidades básicas de saúde da família. 11.3.3.3. Coleta de Resíduos de Construção Civil Os resíduos da construção civil têm disposição próxima à obra, muitas das vezes, na calçada ou na rua em frente à obra. A coleta é diariamente e ao atingir um determinado volume a equipe da prefeitura passa recolhendo com o auxílio de trator e ou de caminhão descarta até a unidade de “lixão” do próprio município. A prefeitura dispõe de funcionários do quadro efetivo e contratados para a prestação dos serviços de coleta dos resíduos de construção civil. Detalhamento do quantitativo de funcionários, maquinários, periodicidade dos serviços prestados não foram detalhados. 420 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os serviços de coleta dos resíduos sólidos são executados de acordo com a demanda do município. Não existe ainda no município um sistema de gerenciamento de resíduos de construção civil como instrumento para a implementação de um Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil como prevê na Resolução do CONAMA 448/2012. 11.3.3.4. Coleta de Resíduos de Varrição, Poda e Capina A coleta dos resíduos de varrição é realizada por uma equipe de funcionários do quadro efetivo e contratados. A coleta é feita juntamente com os serviços de varrição diariamente no período diurno. Os equipamentos utilizados são vassoura, pá e carrinho de apoio Os serviços de varrição são executados nas vias públicas por bairro, de forma manual e atende toda a área urbana do município. A prefeitura não dispõe de varrição mecanizada e nem de empresas terceirizadas. As máquinas utilizadas são caminhão e trator para recolher os resíduos no perímetro urbano para posteriormente levar o Aterro Controlado. Os serviços de poda e capina são realizados por seis funcionários entre efetivos e contratados da prefeitura. A freqüência desse serviço é de acordo com a necessidade ou demanda, solicitada pelos moradores, não existindo cronograma e ou plano de trabalho que discipline os serviços. No serviço de capina em específico é utilizado produtos químicos para controlar a vegetação. A prefeitura não dispõe de funcionários específicos para a atividade de poda e capina, nem de empresas terceirizadas e nem de tratamento dos resíduos de poda e capina. 11.3.4. Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos A prefeitura do município dispõe de uma frota cadastrada de 31 veículos automotores, porém 26 estão em estado ativo de funcionamento. Em geral se encontram em bons estados de conservação e por não existir um plano de manutenção, em média a cada dois meses os 421 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES veículos são submetidos à revisões mecânica. Os veículos diários utilizados nos serviços de limpeza urbana, principalmente na coleta e transporte de resíduos domiciliares e comerciais, de poda e capina e de construção civil (Tabela 88). Tabela 88: Veículos utilizados na coleta e transporte de serviços de limpeza urbana em Monte Alegre de Minas. Veículo Mercedes 1513 VW 12140H Mercedes 1113 Tipo Caminhão Caminhão Caminhão Cilindradas* NI NI NI Capacidade NI NI NI Ano de NI fabricação/Modelo NI NI Placa do veículo GVI-0988 GMM-8079 GMJ-9490 Quilometragem NI NI NI Regular Regular Estado conservação de Regular 11.3.4.1. Transporte de Resíduos Domiciliares e Comerciais Os resíduos domiciliares e comerciais são transportados por caminhão caçamba e destinados para o Aterro Controlado. 11.3.4.2. Transporte de Resíduos de Serviços de Saúde A Vigilância Sanitária do município de Monte Alegre de Minas dispõe de um veículo automotor (Figura 285) para coleta e transporte de resíduos de serviços de saúde nas unidades geradoras, cada qual com sua área de transbordo. As características desse veículo estão sumarizadas na (Tabela 89). Não foi informado se o veículo é utilizado exclusivamente para este tipo de serviço. 422 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Após a coleta, o funcionário transporta até o Aterro Controlado do município onde descarta em vala separada dos demais tipos de resíduos e ao atingir um volume considerável é ateado fogo. Figura 285: Veículo automotor utilizado para coleta e transporte dos resíduos de serviços de saúde no município de Monte Alegre de Minas. Tabela 89: Características físicas do veículo utilizado na coleta de resíduos de serviços de saúde no município de Monte Alegre de Minas. NI – não informado. Veículo Toyota Bandeirante Tipo Utilitário/Camionete Cilindradas* NI Capacidade NI Ano de fabricação/Modelo NI Placa do veículo GMF-1342 Quilometragem NI Estado de conservação Regular 11.3.4.3. Transporte de Resíduos de Construção Civil 423 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os resíduos de construção civil do município de Monte Alegre de Minas são coletados com caminhão caçamba (Figura 286) e retroescavadeira (Figura 287). O transporte é realizado com maquinários da prefeitura até ao Aterro Controlado do município, onde possui valas específicas para esse tipo de resíduos. Vale destacar que não há mistura com outros tipos de resíduos no Aterro Controlado. Figura 286: Coleta e transporte de resíduos de construção civil por caminhão caçamba até o aterro controlado no município de Monte Alegre de Minas. 11.3.4.4. Transporte de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Assim como a coleta o transporte dos resíduos de varrição, poda e capina no município de Monte Alegre de Minas é realizado preferencialmente com carretas acopladas em tratores (Figura 288) e em caminhão caçamba (Figura 289) que para aproveitar a logística até ao aterro controlado, resíduos de construção civil são misturados na mesma viagem como pode ser observado na Figura 286. 424 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 287: Retroescavadeira utilizada na coleta de resíduos de construção civil e de poda na cidade de Monte Alegre de Minas. 11.3.5. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos 11.3.5.1. Tratamento de Resíduos Domiciliares e Comerciais O município não dispõe de uma Usina de Triagem e Compostagem (UTC), mas de um galpão para armazenamento dos materiais recicláveis de uso de posse a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Monte Alegre de Minas – ASCAMAM (Figura 290). Entretanto, todos os resíduos sólidos urbanos coletados pelo município não é destinado para a ASCAMAM o que diminui a eficiência de aproveitamento do potencial que o município dispõe para tratamento dos resíduos sólidos urbanos. Voluntariamente alguns moradores da área urbana segregam os resíduos domiciliares e comerciais repassando a ASCAMAM os resíduos recicláveis. Atualmente a associação conta com um supervisor efetivo da prefeitura e outros onze funcionários sem vínculo com a prefeitura. 425 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 288: Maquinários utilizados para os serviços de coleta e transporte de resíduos de varrição, poda e capina no município de Monte Alegre de Minas. 11.3.5.2. Tratamento dos Resíduos de Serviços de Saúde Ó município de Monte Alegre de Minas não dispõe de nenhum tratamento dos resíduos de serviços de saúde. Sendo destinado todo o material coletado para o Aterro Controlado onde é queimado. Dentre a estrutura que a ASCAMAM possui pode citar além do galpão para armazenamento dos recicláveis, uma prensa hidráulica, balança eletrônica com capacidade de 500 kg de pesagem e uma mesa de metal de suporte. A associação possui hierarquia organizacional, com distribuição de atividades entre todos os funcionários. O uso de alguns EPIs e uniforme é de uso obrigatório. 426 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 289: Coleta e transporte de resíduos de poda e capina em caminhão caçamba na cidade de Monte Alegre de Minas. Figura 290: Sede da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Monte Alegre de Minas. 427 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 11.3.5.3. Tratamento de Resíduos de Construção Civil O município não dispõe de unidade de tratamento dos resíduos de construção civil gerados no município de Monte Alegre de Minas. Após coleta, os resíduos têm destinação final o Aterro Controlado do próprio município. 11.3.5.4. Tratamento de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Assim como os resíduos de construção civil não se verificou a existência de unidade de tratamento dos resíduos de varrição, poda e capina no município. Possui destinação final no Aterro Controlado. 11.3.6. Disposição final dos Resíduos Os resíduos sólidos gerados em Monte Alegre de Minas têm destinação final no Aterro Controlado que dista cerca de 10 km da área central do município. O seu acesso é possível em todas as estações do ano e se dá pela rodovia BR-365 sentido BR-153 (Trevão)por cerca de 8 km, aonde se dirige por uma estrada vicinal por cerca de 2 km até a entrada do aterro (Figura 291 e Figura 292). O Aterro Controlado está situado a uma altitude de 730 m em declividade inferior a 10%. A geologia prevalecente no local é constituída por rochas de origem sedimentar pertencente a Formação Marília que condicionou a formação de relevos plano a planoondulado. A manutenção e a gestão do Aterro Controlado são feitas pelo Departamento de Limpeza Urbana. As atividades desenvolvidas periodicamente consistem principalmente na abertura de valas, compactação e cobertura dos resíduos domiciliares e comerciais com terra. Visitas in loco se verificou que as estruturas do aterro não são compatíveis com a autorização ambiental de funcionamento nº 02902/2009 – Conselho Estadual de Política 428 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Ambiental (COPAM) que confere a Prefeitura Municipal de Monte Alegre de Minas a instalação e operação de uma Usina de Reciclagem de Resíduo Sólido e um Aterro Sanitário (Figura 293). Na prática o aterro funciona como um Aterro Controlado sem seguir as exigências ambientais necessárias, tais como coletores e dispersores de gases, rede coletora de chorume, disposição apenas dos resíduos, dentre outros. Observa-se ainda, que a autorização está vencida. Não foram identificadas pessoas trabalhando diretamente no Aterro Controlado assim como não há pessoas residindo no entorno. Também não há relatos ou registros de doenças da população causadas ou associada com o aterro. Figura 291: Localização de acesso ao Aterro Controlado do município de Monte Alegre de Minas. Coordenadas UTM 715.384 mE e 7.913.178 mN. Fonte: Digital Globe Spot Image, 2013. 11.3.6.1. Disposição dos Resíduos Domiciliares e Comerciais 429 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os resíduos domiciliares e comerciais têm disposição no Aterro Controlado todas as segundas-feiras, as quartas-feiras e as sextas-feiras (Figura 294). Com trator retro escavadeira se faz a compactação dos resíduos e na seqüência é coberto com terra retirada da própria vala. Figura 292: Vista geral do Aterro Controlado do município de Monte Alegre de Minas. Fonte: Digital Globe Spot Image, 2013. 430 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 293: Autorização de funcionamento do Aterro Sanitário do município de Monte Alegre de Minas. Porém as instalações são compatíveis com de Aterro Controlado. 431 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 294: Descarte final dos resíduos domiciliares e comerciais nas valas abertas no Aterro Controlado do município de Monte Alegre de Minas. 11.3.6.2. Disposição dos Resíduos de Serviços de Saúde Os resíduos de serviços de saúde têm como destinação final o Aterro Controlado pela Vigilância Sanitária do município. É aberta uma vala específica para disposição final desses resíduos, e na seqüência é queimado (Figura 295). 11.3.6.3. Disposição dos Resíduos de Construção Civil A coleta, transporte e disposição final dos resíduos de construção civil estão na responsabilidade do Departamento de Limpeza Urbana do município. Esses resíduos são 432 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES encaminhados para o Aterro Controlado em valas específicas. Atualmente são dispostos em valas antigas abertas para retirada de terra e os resíduos ficam a céu aberto (Figura 296). Figura 295: Valas para disposição final dos resíduos de serviços de saúde no Aterro Controlado do município de Monte Alegre de Minas. 11.3.6.4. Disposição dos Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos provenientes de varrição, poda e capina de Monte Alegre de Minas também têm disposição final no Aterro Controlado. Observa-se in loco que esses resíduos são misturados com os resíduos de construção civil (Figura 296). 433 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 296: Valas de descarte de resíduos de construção civil no Aterro Controlado do município de Monte Alegre de Minas. 11.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/2010 – PNRS) Os principais geradores de resíduos no município de Monte Alegre de Minas resultam das atividades domiciliares, comerciais, hospital e das construções civis. A Tabela 90 resume as características da gestão e manejo de resíduos sólidos no município. De acordo com a lei 12.305/2010 estes geradores podem ser caracterizados como mostra a primeira coluna desta tabela: 434 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 90: Resíduos sólidos sujeitos ao PGRS definido na lei 12.305/2010 no município de Monte Alegre de Minas em 2015. Tipos de Resíduos Resíduos domiciliares Caracterização Similares aos resíduos comerciais; Não tem dados de quantificação. Resíduos comerciais Similares aos resíduos comerciais; Não tem dados de quantificação. Coleta diferenciada; Não há cobrança pelo serviço de coleta; Resíduos de construção civil Destinação específica para o Aterro Controlado; (RCC) Serviço fornecido pela prefeitura; Não tem dados de quantificação; Não tem processamento em Usina de reciclagem de entulhos. Coleta diferenciada; Custos não são cobrados como taxa extra pela prefeitura; Uso de EPI pelo funcionário: máscara, luva e calçados apropriados; Os resíduos não são quantificados; Coleta e transporte de responsabilidade da Vigilância Resíduos de serviços de saúde (RSS) Sanitária municipal; Disposição final no Aterro Controlado; Não é cobrado taxa extra dos geradores; Maiores geradores são os órgãos públicos. Resíduos Industriais O município não possui. Resíduos de óleos lubrificantes não são coletados por empresas de reciclagem; Logística Reversa Não existem componentes, para produtos lâmpadas eletrônicos fluorescentes, e e seus suas embalagens, pilhas e pneus. Não possui taxa extra para a manutenção dos serviços 435 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Resíduos de varrição, poda e prestados pela prefeitura; Serviços oferecidos conforme demanda; capina Destinação final no Aterro Controlado. 11.5. IDENTIFICAÇÕES DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO DA POPULAÇÃO A gestão dos resíduos sólidos urbanos de Monte Alegre de Minas apresenta muitas carências em muitos setores, como pode ser observado na Tabela 91. Essa tabela sintetiza os principais pontos relacionados à prestação de serviços de coleta de resíduos no município. Tabela 91: Pontos fortes e pontos fracos dos serviços prestados à população pela prefeitura de Monte Alegre de Minas. Pontos Fortes Veículos em estado regular Equipamentos de uso; Pontos Fracos Falta de usina de triagem e compostagem para manejo dos resíduos. Mão de obra suficiente para os serviços; Avaliação da eficiência dos serviços de atendimento a Atendimento à Rota de coleta bem definida; reclamações relacionadas à população Elaboração de um plano limpeza urbana. para ampliar a capacidade de coleta no município. Prestação de Serviços voltados aos resíduos domiciliares e 100% da população urbana atendidas; Periodicidade da coleta. População de área rural não atendida. Falta de programas de coleta seletiva. comerciais Existe varrição das vias públicas; O serviço atende todas as Acúmulo de resíduos nas vias públicas; Falta de um plano de 436 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES áreas urbanas; Serviços de varrição A varrição é utilizada varrição; EPI para funcionário. manualmente; Periodicidade do serviço de varrição diária. Existe serviço de capina ou roçada no município; Poda de árvores realizada no município; Serviços de Capina e Poda Capina e poda são realizadas aleatoriamente, conforme demanda; Uso de produtos tóxicos no Poda de árvores em redes serviço de capina; elétricas pela CEMIG; Coleta dos resíduos de Funcionários específicos para a realização da poda de árvores. capina e poda realizada em locais aleatórios; Falta de tratamento para os resíduos de capina e poda. Existência de associação de catadores organizada no município. Falta de coleta seletiva no município; Falta de programa de coleta seletiva no município; Falta de participação de Sistema de Coleta catadores na coleta seletiva; Seletiva Catadores autônomos no município não inserido na associação. Não há campanha de mobilização acerca da coleta seletiva. A comunidade zela pela limpeza das ruas. Programa de Educação Ambiental Não existe algum trabalho de educação ambiental no município; Falta de programa de educação ambiental nas 437 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES escolas do município. O município está Desenvolvimento Falta de incentivo construindo programas de municipal à participação da desenvolvimento comunidade no processo de sustentáveis. gerenciamento de resíduos Sustentável sólidos urbanos; Os resíduos estão poluindo os recursos hídricos da região; Falta de incentivo do município para o mercado de recicláveis. 11.6. INFORMAÇÕES SOBRE A PRODUÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS Não existem dados de produção per capita de resíduos sólidos urbanos pelo município. 11.7. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO As receitas operacionais para despesas de custeio e investimento no município são arrecadas via cobrança anual no carnê de Imposto Predial Territorial Urbano – IPTU. Nota-se uma cobrança de taxa de limpeza pública e taxa de coleta de lixo e outras taxas sem vínculo com os serviços de limpeza urbana (Figura 297). Entende-se que nessas taxas estão também acrescidas os serviços de coleta, transporte, disposição final dos resíduos e manutenção dos equipamentos utilizados na prestação dos serviços de limpeza urbana. Os valores das receitas e de custeio não foram repassados. Programas de investimentos para melhorias no sistema de resíduos sólidos do município não existe. 438 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A legislação municipal não prevê a aplicação de multas para indivíduos ou empresas que dispõem seus resíduos de forma inadequada. Figura 297: Receitas dos serviços de limpeza cobradas no IPTU do contribuinte em Monte Alegre de Minas. 11.7.1. Despesas de custeio operacionais de Resíduos de Serviços de Saúde A prefeitura do município de Monte Alegre de Minas não possui receitas sobre os serviços de coleta dos resíduos de serviços de saúde e nenhuma taxa é acrescida em algum outro imposto cobrado pela prefeitura. Não existe planilhas de despesas pelos serviços oferecidos pela prefeitura. 11.7.2. Despesas e receitas de custeio operacionais de Resíduos de Construção Civil A prefeitura do município de Monte Alegre de Minas não possui receitas sobre os serviços de coleta dos resíduos de construção civil e nenhuma taxa é acrescida em algum outro imposto cobrado pela prefeitura. Não existe planilhas de despesas pelos serviços oferecidos pela prefeitura. 439 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 11.8. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS A composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos representa na prática a segregação por tipologia dos resíduos, envolvendo estudos quantitativos em peso e em volume devido à diferentes densidades de resíduos para uma mesma tipologia. Entendem-se como constituintes dos resíduos sólidos: papel, papelão, vidro, metais (ferrosos e nãoferrosos), plástico, matéria orgânica, garrafas pet, rejeito dentre outros. Os resíduos de rejeitos são aqueles materiais não reaproveitados ou reinseridos para uso da sociedade, a exemplo de escova de dente, tubo de creme dental, roupa rasgada, utensílio doméstico sucateado, papel higiênico utilizado, fraldas, aparelho de barbear, etc. Entretanto, quando um dos resíduos pertencente ao grupo dos recicláveis ou dos compostáveis for descartado de forma errônea, passa a pertencer à tipologia dos rejeitos, devido à contaminação e ou a quebra entre os materiais. Condição que faz os rejeitos a maior abrangência das tipologias de resíduos. Monteiro et al. (2001) destaca o êxito do planejamento e planos de gerenciamento de resíduos sólidos, da tomada de decisão, do dimensionamento de aterros sanitários, da implantação de usina de triagem e de definição de pátios de compostagem só é possível quando se tem estudos de composição gravimétrica dos resíduos sólidos. 11.8.1. Procedimentos metodológicos Os estudos de composição gravimétrica em Monte Alegre de Minas foram realizados nos dias 01, 03 e 05 de novembro de 2014, distribuído na segunda-feira, quarta-feira e sextafeira, totalizando três análises num período de 7 dias. Como referência na amostragem dos resíduos na área urbana utilizou a NBR 10007/2004 que define a análise preliminar do traçado de rotas de acordo com os bairros, área central e áreas periféricas da cidade, cujas rotas são definidas pela equipe de coleta de resíduos sólidos do Departamento de Limpeza Urbana vinculada a Secretaria de Obras. Em todos os dias dos estudos de composição gravimétrica no município uma amostragem, antes da coleta habitual, era realizada por caminhão basculante sem 440 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES compactador, de tal forma que garantisse a integridade das amostras. Coletadas de forma aleatória no quarteirão até que conseguisse amostrar toda área urbana até preencher a capacidade máxima do veículo. Em seguida, o veículo era pesado para compor o peso bruto da amostragem e descarregado no armazém da ASCAMAM. Distribuída de forma uniforme em um quadro, a amostragem era segmentada e escolhida à amostra mais representativa (Figura 298). Cada sacola era aberta individualmente e segregado os materiais ali encontrados (Figura 299). Os materiais utilizados nos estudos gravimétricos foram compostos por tambores, placas indicativas, calculadora, equipamentos de proteção individual, câmera fotográfica, pranchetas, vassouras e pá. O volume do tambor foi calculado considerando a equação matemática abaixo: Na equação acima, V é o volume do tambor, r o raio do tambor e h a altura do tambor. Figura 298: Amostragem e separação dos resíduos domiciliares e comerciais no perímetro urbano de Monte Alegre de Minas, MG. 11.8.2. Resultados da composição gravimétrica em resíduos sólidos domiciliares e comerciais 441 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Durante a semana de estudos de composição gravimétrica se quantificou o peso e o volume total gerado de resíduos sólidos urbanos na cidade de Monte Alegre de Minas. A produção diária foi de 10.654,3 Kg em um volume de 68,60 m³ o que confere produção per capita diário no período analisado de 0,891 Kg de resíduos sólidos urbanos por habitante. De acordo com dados censitários do IBGE (2014), estima-se população de 11.945 habitantes em 2014. Figura 299: Inspeção e cálculo do volume dos recipientes coletores.Os resíduos foram segregados por tipologia conforme etiquetagem dos recipientes. Na Tabela 92 são apresentados os dados da composição gravimétrica dos resíduos sólidos da cidade de Monte Alegre de Minas no período analisado. Os rejeitos foram os que tiveram maior percentual de 62,4%, seguido dos resíduos de matéria orgânica com 22,6%, e do grupo dos recicláveis alcançou 15%, distribuídos em papel/papelão com 7,6%, plástico com 4,6%, vidro com 1,8% e metais com 1,0%. 11.8.3. Balanço de massas e volumes de resíduos sólidos domiciliares e comerciais O balanço de massa é parte integrante dos estudos de composição gravimétrica e necessário por permitir gerar os valores reais com as perdas no processo de segregação dos resíduos recicláveis e compostagem dos resíduos de matéria orgânica. 442 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Conforme preconiza a legislação de resíduos sólidos e considerando a segregação dos resíduos em três grandes categorias, a dos recicláveis, a dos compostáveis e a dos resíduos, temos perdas de peso e volume, 10% tanto para os reciclados como para os compostos devido a segregação do material não atingir 100% de eficiência. Soma-se ainda uma perda de 40% no composto durante o processo de compostagem dos resíduos orgânicos. Na Figura 300 apresenta o balanço de massa dos resíduos sólidos urbanos para o município de Monte Alegre de Minas. Diariamente o município gera 10.654,3 Kg de resíduos e um volume de 68,60 m³. Desse total, 1.442,5 Kg são considerados resíduos de reciclagem, 1.300,5 Kg de resíduos de matéria orgânica e 7.044,3 Kg são considerados rejeitos. 443 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 92: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos de Monte Alegre de Minas, MG. Material Massa Total Quartil (Kg) Volume Total Quartil (m³) Percentual Massa Quartil (%) Percentual Volume Quartil (%) Massa Total Semanal (Kg) Volume Total Semanal (m³) Massa Total Diária (Kg) Volume Total Diário (m³) Densidade (ton/m³) Papel, Papelão e Tetra Pak ® 194,6 4,17 7,6 25,2 5647,4 121,0 806,8 17,29 0,05 Plásticos e Pet ® 119,5 4,22 4,6 25,5 3468,0 122,6 495,4 17,51 0,03 Vidros ® 45,8 0,22 1,8 1,3 1329,1 6,3 189,9 0,90 0,21 Metais ® 26,7 0,26 1,0 1,6 774,8 7,7 110,7 1,09 0,10 Matéria Orgânica 580,9 1,19 22,6 7,2 16858,1 34,4 2408,3 4,92 0,49 Rejeito 1602,4 6,49 62,4 39,2 46502,6 188,2 6643,2 26,89 0,25 Total 2569,9 16,55 100 100 74580,0 480,2 10654,3 68,60 0,16 444 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 300: Balanço de massa dos resíduos domiciliares e comerciais diários em Monte Alegre de Minas. Massa(kg) / Volume(m³) 10654,3/ 68,60 Recicláveis 1602,8 / Rejeito 36,79 *10% 1442,5/33,11 160,3 / 3,68 6643,2 / Compostáveis 2408,3 26,89 / 4,92 *10% TOTAL DE REJEITO 7044,3 / 31,07 240,8 / 0,50 2167,5 / 4,42 **40% 1442,5/33,11 1300,5 / 2,65 + 1300,5/ 2,65 2743,0 / 35,76 (*) valores estimados, baseados em resultados usualmente encontrados em sistemas de triagem e compostagem de lixo", quando bem operados. (**) considerando a compostagem da matéria orgânica fresca. 445 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 12. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE PRATA As informações apresentadas neste Diagnóstico Técnico-Participativo são de responsabilidade do Departamento de Meio Ambiente do município, representado pelo Sr. Luiz Ricardo Carvalho Vilela. Estas informações foram acrescidas de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS). 12.1. APRESENTAÇÃO DO ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RSU: MUNICÍPIO DO PRATA Apresenta-se o organograma da estrutura administrativa responsável pela limpeza urbana e manejo dos RSU (Figura 301). Figura 301: Organograma da estrutura administrativa dos serviços de limpeza urbana pelo município do Prata. 446 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 12.2. ANÁLISE DOS PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ÁREA DE PLANEJAMENTO: MUNCIÍPIO DE PRATA No município do Prata a limpeza urbana é regulamentada através do Plano Diretor Municipal, a através da Lei Complementar 03/2007. Por outro lado, o município ainda não possui Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. No ano de 2010 o município sofreu sanção pública através do promotor municipal sobre o destino final de seus resíduos e tendo que arcar com multa no valor de R$20.000,00. A administração da coleta urbana é a cargo da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e a coleta é realizada pela empresa terceirizada Quebec Construções e Tecnologia Ambiental LTDA (Quebec Ambiental), que também realiza a limpeza de praças e vias públicas. 12.3. ANÁLISE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: MUNICÍPIO DE PRATA 12.3.1. Geração 12.3.1.1. Geração de Resíduos Domiciliares e Comerciais Os resíduos sólidos gerados são decorrentes do processo produtivo de diversas atividades econômicas, dentre elas a doméstica. Considerando a produtividade de resíduos sólidos em área urbana, destaca-se a característica de resíduo domiciliar. Muitos estabelecimentos comerciais da cidade se caracterizam como geradores de resíduos do tipo doméstico, portanto, podem ser caracterizados como pequenos geradores. Sobre as empresas do município, no Prata existe mais de 1.000 abertas, em destaque para as maiores: FaberCastell, COOPRATA, Posto Pratão, Triunfo Construtora e Cutrale, também responsáveis pela geração de resíduos. A separação dos resíduos domiciliares por tipologia é realizada na fonte onde é gerado, para que se possa realizar a coleta seletiva domiciliar. 12.3.1.2. Geração de Resíduos de Serviços de Saúde 447 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os resíduos de serviços de saúde identificados no município de Prata são aqueles relacionados ao atendimento da saúde humana, encontrados nos prestadores de serviços de saúde pública e privada, cujos resíduos apresentam características que se enquadram nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR 10.004:2004 como Resíduos de Classe I. As unidades geradoras desse resíduo identificadas no município são constituídas pelas drogarias, hospital municipal, unidade básica de saúde da família, laboratório, salão de cabeleireiros e clínica odontológica. Sob a gestão pública e privada com registro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS) o município possui um hospital municipal, cinco unidades básica de saúde, uma policlínica, um pólo academia da saúde, uma farmácia e um laboratório, como citado na tabela: 12.3.1.3. Geração de Resíduos de Construção Civil (RCC) Os resíduos de construção civil identificados no município de Prata são aqueles originários de construções, de reformas, de demolições e de reparos de obras físicas. Fazem parte deste tipo de resíduos componentes cerâmicos, tijolo, telha, vidro, plástico, placa de revestimento, concreto, argamassa, terra, madeira, forro, gesso, resinas, ferragem, argamassa, tinta e outros de obras de construção. De acordo com as classes determinadas pelas Resoluções do CONAMA 307/2002 e 431/2011 os resíduos de construção civil do município se enquadram na Classe A e Classe B. Pessoas físicas e ou jurídicas, públicas e privadas são os responsáveis por atividades ou empreendimentos que geram os resíduos destacados acima. Obras de construção civil são verificadas em lojas comerciais, em obras públicas e principalmente em residências. 12.3.1.4. Geração de Resíduos de Varrição, Poda e Capina 448 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os resíduos de varrição identificados no município de Prata são aqueles descartados de forma difusa e de qualquer natureza nas vias públicas e praças. Esses resíduos são originários da varrição dos logradouros e dos espaços de domínio público. Os resíduos de poda e capina são aqueles provenientes do corte de galhos de árvores e arbustos e da erradicação e controle de gramíneas e vegetação daninha que se instalam em calçadas de praças, canteiros de vias, espaços públicos e demais prédios públicos com jardins. Cabe a prefeitura apenas os serviços de poda cujas árvores não interceptam a rede elétrica. As que interceptam em fios e postes da rede elétrica ficam sob a responsabilidade da Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG. 12.3.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Sólidos 12.3.2.1. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos Domiciliares e Comerciais O armazenamento dos resíduos domiciliares e comerciais no município de Prata é feito em recipientes do tipo sacola, saco de lixo, lixeira e latões. Os resíduos domiciliares são separados por tipologia de resíduo para o programa de coleta seletiva. Em alguns pontos na área urbana do município existe caçambas para disposição de resíduos proveniente da zona rural. Em relação às condições de uso das caçambas para coleta de lixo, existem relatos de que nesses locais são depositados de forma indevida resíduos da construção, sendo verificada ainda a presença de insetos, dentre eles o mosquito da dengue. Relato de mau cheiro das caçambas em pontos estratégicos é algo recorrente, tento que recentemente foram retiradas algumas caçambas de alguns locais por reclamações dos moradores do entorno. 12.3.2.2. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) 449 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O acondicionamento e o armazenamento de resíduos de serviço de saúde no município de Monte Alegre de Minas são realizados por alguns geradores públicos conforme preconiza com a Resolução do CONAMA nº 358/205. 12.3.2.3. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Construção Civil (RCC) Os resíduos originários em obras de construção civil no município de Prata não são acondicionados e armazenados em nenhum recipiente fechado. Geralmente o despejo e o canteiro de obra são feitos em terrenos baldios e na porção frontal da obra e que muitas das vezes os resíduos são dispostos de tal forma que avançam para as vias públicas, interferindo nos fluxos de pessoas e veículos. 12.3.2.4. Acondicionamento e Armazenamento de Resíduos de Varrição, Poda e Capina Os resíduos de varrição são armazenados em alguns pontos estratégicos pela cidade onde os funcionários depositam temporariamente os resíduos coletados do dia em carriolas e amontoam em lugares estratégicos nas vias públicas. Os resíduos não são acondicionados em qualquer recipiente durante a coleta. Os resíduos de poda e capina são coletados no mesmo dia em que esses serviços são efetuados quando realizados pela equipe da prefeitura, e posteriormente, encaminhados para a disposição final no Aterro Controlado do município. Quando esses serviços são praticados por conta dos moradores que descartam em via pública, também são coletados pela prefeitura, porém nem sempre no mesmo dia. 12.3.3. Coleta 450 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Sistemas diferenciados são aplicados na coleta de resíduos sólidos urbanos no município de Monte Alegre de Minas: os resíduos domiciliares e comerciais, resíduos de serviço de saúde, resíduos de construção civil e resíduos de varrição, poda e capina. Entretanto, a gestão dos serviços é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e a coleta é realizada pela empresa terceirizada Quebec Construções e Tecnologia Ambiental LTDA (Quebec Ambiental), que também realiza a limpeza de praças e vias públicas. 12.3.3.1. Coleta de resíduos domiciliares e comerciais No município do Prata a coleta é realizada diariamente, com exceção de domingos e feriados. A irregularidade apenas quando ocorre algum problemas com o caminhão de coleta. O Período máximo que fica sem realizar a coleta é o final de semana e feriados na segundafeira. Na segunda, quarta e sexta-feira ocorre o recolhimento de caçambas instaladas em locais estratégicos na entrada da cidade para recolhimento de resíduos para quem vem da zona rural, que são coletados por um caminhão basculante, que realiza uma viagem por dia. O município não envia resíduos para fora de suas fronteiras. A empresa contratada para a coleta domiciliar é a Quebec Ambiental, que efetua coleta durante o dia e com algumas viagens a noite, principalmente na segunda-feira e talvez na terça-feira em decorrência do aumento dos resíduos. O caminhão gasta em torno de 5 horas para preencher sua capacidade de transporte. A população urbana atendida é de 100% com a coleta regular dos resíduos domiciliares, aproximadamente 21.000 pessoas, segundo IBGE (2014). Por outro lado, grande parte da população da zona rural de quase 6.000 pessoas é excluída desse serviço. Em relação às rotas de coleta, elas são estabelecidas para coleta diurna e parte noturna. A empresa é quem realiza o planejamento e efetua adequações conforme o crescimento e demanda da cidade. No município existe presença de catadores na cidade organizados em cooperativa. A coleta seletiva abrange toda a área urbana (100%) e mais algumas regiões da zona rural, no 451 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES qual ocorre a coleta seletiva através de ecopontos que são construídos e com cobertura, e sua coleta é realizada quando o local está cheio e é informado à CAAP (Cooperativa dos Agentes Ambientais do Prata). 12.3.3.2. Coleta de resíduos de serviços de saúde Os resíduos da coleta de serviços de saúde é recolhido pela empresa Sterlix Ambiental, terceirizada pela Quebec Ambiental, a qual dá o destino final a esse tipo de resíduo. Nos estabelecimentos públicos os resíduos do serviço de saúde são segregados pelos geradores de acordo como a Resolução do CONAMA 448/2012. 12.3.3.3. Coleta de resíduos de construção civil Os resíduos da construção civil são coletados pelos caçambeiros, cujas empresas alugam suas caçambas para os construtores e realizam o destino final dos resíduos. 12.3.3.4. Coleta de resíduos de varrição, poda e capina Os serviços de coleta de resíduos de varrição, poda e capina são terceirizados para a empresa Quebec Construções e Tecnologia Ambiental Ltda (Quebec Ambiental). 12.3.4. Transporte de resíduos sólidos urbanos Sobre o transporte dos resíduos é utilizado para a coleta um caminhão compactador, e em eventuais ocasiões um caminhão caçamba quando o coletor necessita realizar algum 452 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES reparo. Os veículos utilizados são da empresa terceirizada Quebec Ambiental. O caminhão compactador é um veículo da marca Volkswagen 17280 CRM 4X2, placa 9243, e ano de fabricação 2013, com capacidade do compactar é de 9,5 ton. O estado de conservação dos veículos são bons, sendo em geral novos. A empresa apresenta um Plano de Manutenção, que ocorre periodicamente uma vez por mês (Figura 302, Figura 303 e Figura 304). Figura 302: Vista frontal do caminhão coletor de resíduos domiciliares e comerciais na cidade de Prata. Fonte: PMP, 2014 453 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 303: Vista lateral do caminhão coletor de resíduos domiciliares e comerciais na cidade de Prata. Fonte: PMP, 2014. Figura 304: Vista traseira do caminhão coletor de resíduos domiciliares e comerciais na cidade de Prata. Fonte: PMP, 2014. 454 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 12.3.5. Tratamentos dos resíduos sólidos urbanos 12.3.5.1. Tratamento de resíduos domiciliares e comerciais A reciclagem dos materiais fica para a CAAP que realiza a coleta seletiva de porta em porta, não ocorrendo separação de todo o material recolhido. É destinado para local próprio e adequado para trabalho e o material de reciclagem é comercializado pela própria cooperativa, a qual fica com o dinheiro da venda comercializada (Figura 305). A CAAP hoje conta com mais de 60 associados trabalhadores, dos quais 21 são para a varrição, a qual ganhou em licitação o direito de aumentar seus trabalhos. Com isso ela mostra que é uma cooperativa de agente ambientais bem estruturada, engajada e coordenada, contribuindo para inclusão social e melhoria do meio ambiente. Os materiais recicláveis são reutilizados para confecção de artesanato de alguns cidadãos. Em relação à compostagem a CAAP realizou durante alguns anos, mas devido a falta de mão de obra, essa atividade encontrasse parada (Figura 306). Figura 305: Local de armazenamento dos fardos prensados na cidade de Prata. Fonte: PMP, 2014. 455 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 306: Espaço físico para realização da compostagem em funcionamento no ano de 2012.Fonte: PMU, 2014 Figura 307: Misturador de resíduos de matéria orgânica para compostagem no município de Prata. 456 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O município possui uma Usina de Triagem e Compostagem (UTC), a licença ambiental está em fase de renovação (Figura 308). A usina não é auto-sustentável, necessitando de repasse mensal por parte do município. A CAAP que opera a usina recicla vendendo mensalmente cerca de 40 ton/mês. Gera em torno de 2 ton de rejeito por semana. 12.3.5.2. Tratamento de resíduos de serviços de saúde Os resíduos do serviço de saúde são recolhidos pela Sterlix Ambiental Tratamento de Resíduos Ltda que dá o tratamento de autoclave e incineração, conforme preconiza a atual legislação. 12.3.5.3. Tratamento de resíduos de construção civil O município não dispõe de unidade de tratamento dos resíduos de construção civil gerados no município do Prata. Após coleta, os resíduos têm destinação final o Aterro Controlado do próprio município. 12.3.5.4. Tratamento de resíduos de varrição, poda e capina Assim como os resíduos de construção civil não se verificou a existência de unidade de tratamento dos resíduos de varrição, poda e capina no município. Possui destinação final no Aterro Controlado. 457 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 308: UTC no município de Prata. De cima para baixo: almoxarifado, copa e banheiros; cooperados trabalhando na triagem dos resíduos com auxílio de esteira; guarita de entrada; vista frontal da usina. 12.3.6. Disposição final dos resíduos O local utilizado para a destinação final do resíduo é de propriedade do município. A disposição final é feita como sendo aterro controlado (Figura 309), realizando a cobertura diariamente e sem utilização de mantas para impermeabilização, estando a mais de 1000m do curso hídrico e a mais de 12km do ponto de pouso e aterrizagem de aeronave utilizável mais próximo. A capacidade final projetada pela empresa para o novo aterro é de 575 ton/mês, para 15 anos. O aterro é cercado por cerca de fio liso do tipo “paraguaia”, sendo utilizado apenas pelo município, e ainda não implantado tratamento do chorume. 458 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 309: Aterro controlado do município de Prata. No aterro controlado trabalham duas pessoas, um sendo o motorista do trator de esteira e o outro como ajudante de pista. Os funcionários do aterro trabalham de segunda a sexta. São duas máquinas de esteiras (uma e alugada) e a outra da prefeitura fica no local como sendo de reserva para um eventual problema da outra máquina. O modelo do trator é D14 Fiatallis, ano 97 e com tara bruta de 15 ton (Figura 310). Figura 310: Trator compactador em operação no aterro controlado no município de Prata. No aterro possuiu a estocagem de pneus a céu aberto e sendo realizado o combate de vetores quinzenalmente. E os produtos eletrônicos, recicláveis e lâmpadas fluorescentes ficam armazenado na UTC. 459 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Em relação a circunvizinhança, no entorno da área do aterro controlado, existe a presença com cerca de 30 famílias em área invadida da prefeitura, o qual mantém algumas pequenas chácaras, não ocorrendo problemas com barulho e mau cheiro visto que ocorre recobrimento diário do material. O local está a mais de 1,5 km do local de ocupação urbano legal. Sobre a ocupação, não existe pessoas morando dentro do local. Há relatos que no fim da tarde alguns moradores da área invadida entram no aterro para recolher material, mas apenas quando não existe recobrimento. 12.4. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGRS (LEI 12.305/ 2010 – PNRS): MUNICÍPIO DE PRATA As maiores indústrias da cidade são a Faber- Castell e Cooprata, as quais todo o material reciclável é recolhido pela CAAP. O principal resíduo gerado por essas empresas são oriundos do refeitório. O comércio: as maiores empresa são o Posto Pratão e Construtora Triunfo, e alojamento da Cutrale. As indústrias e comércio foram identificados como sendo os maiores geradores de emprego na cidade. Os hospitais são Pronto Atendimento Municipal (PAM), Hospital e Maternidade Renascer, Clínica INESP, Policlínica Conceição Aparecida. E de acordo com a COPASA, o município do Prata possui mais de 8500 ligações de água, o que corresponde no nível de moradias na cidade. Sobre os resíduos domiciliares, o município do Prata não quantifica seus resíduos, não ocorrendo pesagem nem cálculo diário de volume, apenas ocorre a separação em cerca de 60% das residências para coleta do lixo molhado e da coleta seletiva. Em relação aos Resíduos Comerciais, ele é bem parecido com o residencial, e apresenta grande quantidade de recicláveis, principalmente papelão e plástico. O município não quantifica os resíduos comerciais. Existe no município coleta diferenciada para construção civil (RCC), devido a inúmeras obras. Os serviços são prestados por caçambas móveis, de propriedades de empresas 460 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES prestadoras do serviço, cuja cobrança é por parte das empresas.O registro é feito apenas no cadastro municipal para liberação de taxas e alvarás. O construtor paga o aluguel da caçamba para empresas especializadas para armazenamento dos resíduos de construção civil, e quando é construção pública é de responsabilidade do empreiteiro retirar os entulhos. A destinação é sob a responsabilidade das empresas, porém às vezes a prefeitura utiliza tais entulhos para se jogar em estradas municipais rurais para melhoria e conservação. Sobre os resíduos da saúde, o município possui mais de 50 postos de coleta de RSS cadastrado. A coleta é feita pela Sterlix Ambiental Tratamento de Resíduos Ltda, terceirizada da Quebec Ambiental, a qual faz a coleta quinzenalmente, através de van ou caminhão exclusivo, sendo responsabilidade da Quebec Ambiental o destino e essa autoclava o RSS e da o destino correto. São coletados em torno de 1.500 kg a 2.000kg mensais coletados duas vezes por mês. Os resíduos industriais são quase que todos de escritórios e de refeitórios, visto que as empresas que apresentam no município não geram resíduos descartáveis, e as que geram como a Faber-Castell comercializa sua serragem e cavacos. Sobre a logística reversa a praticada pela prefeitura é a de pneus, no qual a O Centro de Controle de Zoonoses recolhe os pneus e estoca no aterro e a RECICLANIP realiza a retirada e levando para siderúrgica e em menor caso para reciclagem. Recolhe-se cerca de 24ton a cada 45 dias em média ao ano. Os óleos lubrificantes, areia, estopas e graxas os postos de combustíveis realizam sua logística reversa. Os produtos eletrônicos, principalmente as placas a CAAP começará em 2015 a comercializar tais produtos. Demais produtos não possuem logística reversa. 12.5. IDENTIFICAÇÃO DA CARÊNCIA DO SETOR PÚBLICO PARA ATENDIMENTO ADEQUADO A POPULAÇÃO Falta equipamentos para o manejo de resíduos como maquinários para a realização da compostagem, pois através de maquinários supre o problema da mão de obra. Maquinários 461 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES novos para a CAAP para melhor realização da coleta seletiva, novos tratores para auxiliar na limpeza e roçada pública. Os veículos mais precários é a van da CAAP, e precisaria de mais um caminhão para atender com necessidade toda a cidade e zona rural através dos eco-pontos, e alguns tratores da prefeitura estão em estado avançado de idade. Por enquanto não existe plano para ampliar a coleta visto que atende toda a sede do município e parte dos distritos. Não falta mão de obra para o serviço de coleta de resíduo visto que é terceirizado, mas falta para serviços de capina de prédio públicos. Esse serviço possui rota de coleta é definida. O serviço de atendimento a reclamações ao serviço de coleta é feito através do telefone da prefeitura 3431-8700, Quebec Ambiental 3431-1278, ou o celular do responsável pela empresa, João Batista 9994-5499. Toda população urbana é atendida pela coleta de RS e de coleta seletiva, na zona rural acontece a coleta seletiva, através de ecopontos instalados, que quando ficam cheios a CAAP recolhe, e também em algumas empresas rurais acontece a coleta seletiva e de RS. Os animais mortos em vias públicas são destinados a locais afastados da cidade, quando recolhidos pela prefeitura e os de estradas vicinais não são recolhidos. 12.6. INFORMAÇÕES SOBRE A PRODUÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS Toda a população urbana é atendida pela coleta, e a urbana apenas em empresa a margem da BR 153, sentido Trevão. A coleta feito pela caminhão coletor de capacidade de 9,5 ton tem as seguintes datas e valores aproximados: Segunda feira: duas viagens; Terçafeira: uma viagem; Quarta-feira: 1,5 viagem, pelo fato de recolher de empresas na zona rural na margem da BR 153; Quinta-feira e sexta-feira: uma viagem; Segunda, quarta e sexta-feira ocorre o recolhimento das caçambas na cidade Duas vezes por mês ocorre o recolhimento de RSS em média de 1,5 ton por mês. Pneus: 24ton (uma carga) a cada 45 - 60 dias aproximadamente recolhidos pela RECICLANIP. Sobre o RCC: a prefeitura não tem conhecimento da quantidade gerada. 462 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 12.7. LEVANTAMENTO DAS PRÁTICAS ATUAIS E DOS PROBLEMAS RELACIONADOS À ESTRUTURA DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA No município do Prata, a varrição atende toda área urbana, sendo feita manualmente, sem utilização de trabalho mecanizado. A varrição é feita pela CAAP a qual é a terceirizada pelo serviço. Ocorre também a varrição de ruas do centro por algumas funcionárias da prefeitura efetivas. A varrição é diária, sendo definidas por rotas, no período da manhã. Os varredores ensacam os resíduos das vias e é retirado na coleta realizada e destinada ao aterro controlado. De acordo com a CAAP não existe resíduos acumulados nas ruas O serviço de atendimento para reclamações pode ser feito pelo telefone da CAAP 3431-1487. A varrição por parte da CAAP o repasse fica em 28 mil reais por mês e o pagamento de salário de mais 13 funcionárias efetivas. A CAAP apresenta 21 cooperados que fazem a limpeza de toda a cidade e as outras 13 efetivas da prefeitura fazem a região central. O serviço de capina é feito pela empresa terceirizada pelos serviços urbanos, Quebec Ambiental, no qual fazem o serviço de acordo com a necessidade de cada local. Uma vez por ano realiza-se o combate de pesticidas para combate das pragas. O serviço é realizado manualmente, e a parte de capina mecanizada é realizada com trator, roçadeira e retoescavadeira da prefeitura. As podas de árvores quando traz risco a fiação elétrica é realizada pela CEMIG e o corte e poda de árvore, a licença é dada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e o trabalho é realizado pelos moradores. Os sobra da poda é retirada por moradores, que descartam em áreas não ocupadas ou em alguns casos, após seca, eles queimam. Quando as sobras e coletada pela Quebec, ela descarta o material logo abaixo do aterro. 12.8. RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO O custo com a limpeza pública fica em R$ 240.000,00 com repasse para a Quebec mensal, e R$ 28 mil deste valor é destinado a CAAP, e outros R$ 28 mil para a varrição, totalizando em torno de R$ 268 mil mensais. 463 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O custeio para parte das despesas vem da arrecadação junto ao IPTU, no qual cobrase a taxa de terreno e edificação, e juntamente entra as taxas de Limpeza; Água e Esgoto; Conservação, possuindo valores diferenciados por moradias. Um dos problemas com a arrecadação é a alta inadimplência, em torno de 50%. 12.9. IDENTIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE PROGRAMAS ESPECIAIS No município existe a coleta seletiva a mais de 3 anos, através da CAAP, Cooperativa dos agentes ambientais do Prata, organizada através de cooperativa e contando com mais de 60 associados, e todos sendo regidos pela CLT. Para implementação de tal projeto existiu a mobilização de campanha por 2 anos na cidade. Os recursos da coleta seletiva não são suficiente para cobrir os custos, necessitando do repasse por parte da prefeitura, e mesmo com a cooperativa vendendo 3 cargas por mês totalizando cerca de 40 ton de produtos que seriam destinados ao aterro voltam para a indústria, gerando emprego, renda e inclusão social. A Cooperativa é formada hoje por mais de 60 funcionários, os quais trabalham como catadores de recicláveis, na qual realiza um trabalho diário de porta a porta, com cooperados e sendo amparado por um caminhão que a própria entidade aluga. Apresentam uma agenda de coleta reciclável, cujas datas dos bairros são definidas e entregues nas residências. Recolhem todo tipo de material reciclável, entre garrafas Pets, alumínio, papel, papelão, óleo de cozinha usado, vidros ,entre outros diversos materiais que em vez de serem destinados para o aterro controlado, está sendo recolhido, contribuindo para o meio ambiente, para a logística reversa através da reciclagem e principalmente realizando a inclusão social e econômica de dezenas de pessoas, as quais muitas são arrimos de famílias. A Cooperativa possuiu parceria com diversas empresas do município, entre ela a Faber-Castell, Posto Tabocão, BioFlora, entre outras. A CAAP possuiu um local de trabalho, juntamente com a ONG, no qual realizam trabalho de inclusão social, como oficinas de música, dança, confecção de tijolos ecológico e de baixo custo, possuem a prensa para realização e também realização de sabão ecológico 464 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES através de óleo de cozinha, o qual antes era descartado nas redes de esgotos agora boa tarde apresenta um destino correto. A Cooperativa apresenta na área que pertence ao aterro controlado o local de transbordo do material coletado nas residências diariamente, o qual passa por uma esteira de triagem e são armazenadas em bombonas que posteriormente será prensado. As cargas são vendidas quinzenalmente ou mensalmente, dependendo da quantidade e da massa coletada, assim a venda do material é distribuída entre os catadores. Há anos a Cooperativa realiza esse trabalho árduo e pioneiro na região, no qual algumas associações de catadores da região ou até mesmo representantes de prefeituras do entorno do município procuram a CAAP para poderem auxiliar no fomento de novas associações de catadores a serem criados e a auxiliarem na coleta seletiva nos municípios. Apresenta na localidade de trabalho uma área para confecção de compostagem orgânica. Estando a frente desse trabalho se encontra-se atualmente Carmem Aparecida Rosa, que trabalha a mais de 10 anos em tal área e sendo dedicada imensamente ao sucesso de tal trabalho, que vem trazendo frutos a cidade, e sendo reconhecida por tal empenho. Não ocorre a pesagem antes da triagem dos recicláveis, apenas no momento da venda. No município do Prata existe uma Usina de Triagem e Compostagem ( UTC), os quais são coletados no município os matérias recicláveis de porta a porta pelos cooperados, não sendo recolhidos junto com a coleta usual de lixo molhado. A usina possui uma esteira para separação do material e por semana é produzido em volume um caminhão basculante de rejeito da triagem, o que é direcionado ao aterro. Todos os tipos de matérias recicláveis que possam ser comercializados a CAAP recolhe. Existe empresas compradoras de matérias recicláveis no município, como os ferrovelhos, mas a CAAP não comercializa com eles, por apresentar um montante maior e vender para atravessadores que pagam melhor em outras cidades. Está programado pela prefeitura para o ano de 2015, uma verba de R$ 50mil para comprar para a CAAP 2 compactadores e 1 elevador, o que aumentará o fardamento de 465 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES matérias e chegando a retira 2 cargas por semana, além também de uma máquina trituradora de vidro. Sobre a cooperativa de catadores, os recicladores, denominados agentes ambientais, são organizados através de cooperativa, contando com mais de 60 cooperados, sendo 21 da varrição e o restante da coleta seletiva, trabalhando no porta a porta, caminhão de recolhimento e na UTC, a maioria trabalha na rua no porta a porta. Ocorre trabalho social por parte do município direcionado aos catadores como palestras, seminários e cursos. Com tal trabalho retirou as pessoas que trabalhavam no antigo lixão e gerando inclusão social, com isso 3 funcionárias conseguiram financiar sua casa própria através da renda que possui pela CAAP. Os agentes ambientais utilizam diariamente os depósitos de triagem. No ano de 2014 a CAAP foi indicada ao Prêmio de Sustentabilidade da FIEMG, com cerimônia de premiação no Center Convention em Uberlândia, no qual a CAAP esteve presente. Em relação à educação ambiental, o município realiza trabalhos, como o consumo consciente de água, distribuição de mudas no dia da árvore. Os programas de educação ambiental são desenvolvidos principalmente nas escolas. Todavia, essa atividade não está tendo um impacto significativo junto a comunidade, quando se analisa o lixo nas ruas e a deposição de entulhos em locais indevidos. O município participa de atividade de cunho ambiental na Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre dos Rios Tijuco e da Prata. Todavia, incentivo do município para com a sociedade para o gerenciamento de resíduos sólidos até o dado momento se dá como incentivo à CAAP, coleta seletiva e propaganda para o projeto. Cabe destacar que até o momento não foi registrada reclamação ou denúncia que o resíduo sólido do município estaria contaminando qualquer recurso hídrico. 12.10. COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO: MUNICÍPIO DE PRATA 466 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos representa na prática a segregação por tipologia dos resíduos, envolvendo estudos quantitativos em peso e em volume devido à diferentes densidades de resíduos para uma mesma tipologia. Entendem-se como constituintes dos resíduos sólidos: papel, papelão, vidro, metais (ferrosos e nãoferrosos), plástico, matéria orgânica, garrafas pet, rejeito dentre outros. Os resíduos de rejeitos são aqueles materiais não reaproveitados ou reinseridos para uso da sociedade, a exemplo de escova de dente, tubo de creme dental, roupa rasgada, utensílio doméstico sucateado, papel higiênico utilizado, fraldas, aparelho de barbear, etc. Entretanto, quando um dos resíduos pertencente ao grupo dos recicláveis ou dos compostáveis for descartado de forma errônea, passa a pertencer à tipologia dos rejeitos, devido à contaminação e ou a quebra entre os materiais. Condição que faz os rejeitos a maior abrangência das tipologias de resíduos. Monteiro et al. (2001) destaca o êxito do planejamento e planos de gerenciamento de resíduos sólidos, da tomada de decisão, do dimensionamento de aterros sanitários, da implantação de usina de triagem e de definição de pátios de compostagem só é possível quando se tem estudos de composição gravimétrica dos resíduos sólidos. 12.10.1. Procedimentos metodológicos Os estudos de composição gravimétrica na cidade de Prata foram realizados nos dias 26, 28 e 30 de janeiro de 2015, distribuído na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, totalizando três análises num período de 7 dias. Como referência na amostragem dos resíduos na área urbana utilizou a NBR 10007/2004 que define a análise preliminar do traçado de rotas de acordo com os bairros, área central e áreas periféricas da cidade, cujas rotas são definidas pela equipe de coleta de resíduos sólidos da prefeitura. Em todos os dias dos estudos de composição gravimétrica no município uma amostragem, antes da coleta habitual, era realizada por caminhão basculante sem compactador, de tal forma que garantisse a integridade das amostras. Coletadas de forma 467 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES aleatória no quarteirão até que conseguisse amostrar toda área urbana até preencher a capacidade máxima do veículo. Em seguida, o veículo era pesado para compor o peso bruto da amostragem e descarregado em local adequado para os estudos de gravimetria. Distribuída de forma uniforme em um quadro, a amostragem era segmentada e escolhida à amostra mais representativa. Cada sacola era aberta individualmente e segregado os materiais ali encontrados. Os materiais utilizados nos estudos gravimétricos foram compostos por tambores, placas indicativas, calculadora, equipamentos de proteção individual, câmera fotográfica, pranchetas, vassouras e pá. O volume do tambor foi calculado considerando a equação matemática abaixo: Na equação acima, V é o volume do tambor, r o raio do tambor e h a altura do tambor. 12.10.2. Resultados da composição gravimétrica em resíduos sólidos domiciliares e comerciais Durante a semana de estudos de composição gravimétrica se quantificou o peso e o volume total gerado de resíduos sólidos urbanos na cidade de Prata. A produção diária foi de 13.652,9 Kg em um volume de 110,36 m³ o que confere produção per capita diário no período analisado de 0,500 Kg de resíduos sólidos urbanos por habitante. De acordo com dados censitários do IBGE (2014), estima-se população de 27.293 habitantes em 2014. Na Tabela 93 são apresentados os dados da composição gravimétrica dos resíduos sólidos da cidade de Prata no período analisado. Os resíduos de matéria orgânica foram os que tiveram maior percentual de 44,3%, seguido dos resíduos de rejeito com 38,5%, e do grupo dos recicláveis alcançou 17,2%, distribuídos em papel/papelão com 4,9%, plástico com 9,8%, vidro com 1,5% e metais com 1,0%. 468 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 12.10.3. Balanço de massas e volumes de resíduos sólidos domiciliares e comerciais O balanço de massa é parte integrante dos estudos de composição gravimétrica e necessário por permitir gerar os valores reais com as perdas no processo de segregação dos resíduos recicláveis e compostagem dos resíduos de matéria orgânica. Conforme preconiza a legislação de resíduos sólidos e considerando a segregação dos resíduos em três grandes categorias, a dos recicláveis, a dos compostáveis e a dos resíduos, temos perdas de peso e volume, 10% tanto para os reciclados como para os compostos devido a segregação do material não atingir 100% de eficiência. Soma-se ainda uma perda de 40% no composto durante o processo de compostagem dos resíduos orgânicos. Na Figura 311 apresenta o balanço de massa dos resíduos sólidos urbanos para o município de Prata. Diariamente o município gera 13.652,90 Kg de resíduos e um volume de 110,36 m³. Desse total, 2.119,30 Kg são considerados resíduos de reciclagem, 6.043,40 Kg de resíduos de matéria orgânica e 6.094,50 Kg são considerados rejeitos. 469 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 93: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos de município de Prata, MG. Material Massa Total Quartil (Kg) Volume Total Quartil (m³) Percentual Massa Quartil (%) Percentual Volume Quartil (%) Massa Total Semanal (Kg) Volume Total Semanal (m³) Massa Total Diária (Kg) Volume Total Diário (m³) Densidade (ton/m³) Papel, Papelão e Tetra Pak ® 41,9 1,33 4,9 19,3 4701,6 148,7 671,7 21,25 0,05 Plásticos e Pet ® 83,5 2,39 9,8 34,7 9369,6 267,9 1338,5 38,27 0,03 12,7 0,07 1,5 1,1 1425,1 8,4 203,6 1,20 0,21 Metais ® 8,8 0,17 1,0 2,4 987,5 18,8 141,1 2,68 0,10 Matéria Orgânica 377 1,15 44,3 16,7 42303,5 128,8 6043,4 18,39 0,49 327,8 1,78 38,5 25,9 36782,7 199,9 5254,7 28,56 0,25 851,7 6,88 100 100 95570,0 772,5 13652,9 110,36 0,16 Vidros ® Rejeito Total 470 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 311: Fluxograma de balanço de massa e volumétrico de resíduos domiciliares e comerciais no município de Prata (Regime diário). Massa(kg) / Volume(m³) 13652,9/ 110,4 Recicláveis Rejeito 2354,8/ 63,4 6043,4/ 18,4 5254,7/ 28,6 *10% 235,5 / 6,3 2119,3 /57,1 Compostáveis *10% TOTAL DE REJEITO 6094,5 / 36,7 604,3 / 1,8 5439,1 / 16,6 **40% 2119,3/ 57,1 3263,5/ 9,9 + 3263,5/ 9,9 5382,8 / 67,0 (*) valores estimados, baseados em resultados usualmente encontrados em sistemas de triagem e compostagem de lixo", quando bem operados. (**) considerando a compostagem da matéria orgânica fresca. 471 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 13. IDENTIFICAÇÃO DE PASSIVOS AMBIENTAIS A presente exposição tem por objetivo alertar o poder público que, sendo este diretamente responsável nos termos art. 7º da Lei nº 11.445 de 2007, em consonância com Capítulo II, Art. 3o - XIX da Lei 2.305-2010 tem o dever empenhar esforços para evitar, compensar ou minimizar impactos ambientais negativos relativos à gestão dos resíduos sólidos. Em que pese estarem aqui incluídas, sem distinção ou especificação, as atividades econômicas desenvolvidas na área de triagem, também potencialmente poluidoras, são atualmente objetos de legislações específicas, disciplinadores de procedimentos tecnológicos e operacionais capazes de reduzir poluentes. Além das normas legais, outras recomendações e propostas, ainda sem regulamentação, estão em curso no sentido da efetiva responsabilidade e das obrigações quanto à restauração de danos ao ambiente. Considerando-se que os passivos ambientais aqui citados, tratam de contingências formadas em período indeterminado, foram despercebidos por sucessivas administrações, mas que agora exigem envolvendo dos gestores e demandando emprego de conhecimentos específicos. Neste caso, não só a administração pública precisa ser demandada, mas, sobretudo a sociedade e pessoal técnico competente precisam assumira empreitada rumo à inadiável regularização. 13.1. MUNICÍPIO DE ARAPORà O município de Araporã possui uma unidade de descarte final dos resíduos sólidos urbanos denominada de Aterro Controlado. Internamente, a unidade é segmentada por tipos de resíduos e orientada por placas de apoio (Figura 312). Visitas in loco se observou a falta de controle ambiental para alguns tipos de resíduos e por outro lado constatou pontos positivos na unidade: Está fora de áreas de encostas e de proteção ambiental; há a presença de vegetação “invasora” no entorno da área de destinação final; A área de disposição final encontra-se distante de recursos hídricos: rios, lagos e córregos; O dispositivo de destinação final está em área afastada da ocupação populacional; Os resíduos de descarte de construção civil ficam expostos a “céu aberto”; 472 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 312: Acondicionamento dos resíduos sólidos urbanos na destinação final e pontos clandestinos de descarte de resíduos na cidade de Araporã. Os resíduos domiciliares e comerciais ficam temporiariamente em superfície até a sua compactação e cobertura; Há área de destinação para pneus, mas os mesmos ficam expostos; Os resíduos de poda e varrição são misturados aos de resíduos de construção civil; 473 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Há uma área específica para a destinação para RCC, mas sem triagem; Há a presença de animais no entorno, no caso, urubus; Não existe tratamento de chorume no sistema; Há a possibilidade da ocorrência de contaminação dos corpos hídricos e de solos por percolação do chorume; A unidade é toda cercada e com portão que limita o acesso de pessoas não autorizadas; Os descartes de ossos e carcaças são feitos em valas, porém ficam expostos sem cobertura por um período prolongado. 13.2. MUNICÍPIO DE CANÁPOLIS Inicialmente, foram considerados os passivos ambientais verificados na área de triagem de recicláveis e de disposição final dos resíduos sólidos na cidade de Canápolis. Em seguida, foram visitados pontos de despejos irregulares em locais diversos, priorizando áreas já consolidadas de “bota-foras”. Foi realizada uma verificação in loco na área de disposição final, também conhecida como aterro controlado, onde há disposição de resíduos da limpeza urbana, domiciliares e também comerciais da cidade. Foram levantados os seguintes aspectos: A área de disposição final localiza-se nas proximidades de nascentes e na margem de rodovia (Figura 313); Por questões administrativas e falta de renovação de contrato com funcionários os resíduos sólidos urbanos estão sendo dispostos em sua totalidade sem o processo de triagem e de compostagem (Figura 314); Faltam registros de monitoramento, nem mesmo relatos acerca de contaminação dos corpos hídricos por lixiviado, situados a jusante da disposição dos resíduos brutos; Constatam-se presenças de animais (Figura 315) na área de disposição dos resíduos (cães e gatos) bem como outros de importância sanitária e de indicação de qualidade do manejo: ratos, urubus. Além de focos de moscas e mosquitos; 474 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Foi informado que não existem estudos de contaminação do solo (em toda a área) por lixiviado; Há facilitação de acesso de pessoas não autorizadas e veículos para disposição de resíduos, sem que para isto, estejam sujeitos a qualquer tipo de triagem ou caracterização (Figura 316). Observou ainda no local de livre acesso destinado para disposição de resíduos como galhos e podas de árvores a presença de resíduos domésticos e comercias (Figura 317); Disposição de ossadas de animais possivelmente oriundas de abatedouros clandestinos e de açougues (Figura 318); Observou-se presença de catadores no local de depósito de resíduos sólidos (Figura 319); Em alguns pontos clandestinos há descarte dos resíduos de construção civil e resíduos volumosos. Estes locais estão mais afastados da área urbana o que torna ainda mais difícil a identificação dos infratores; Outros passivos foram identificados no município, tais como os pontos clandestinos de acúmulo de resíduos nas margens de estradas (Figura 320); No perímetro urbano notou-se a disposição final de resíduos sólidos em terrenos baldios (Figura 321). Figura 313: Vista geral da localização da usina de triagem (A), pátio de compostagem (B) e local para disposição final de resíduos sólidos (C)do município de Canápolis. 475 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 314: Disposição de resíduos sólidos potencialmente recicláveis. Figura 315: Presença de animais. 476 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 316: Livre acesso de veículos para disposição de resíduos. Figura 317: Depósito de resíduos comerciais em local onde seria somente de podas de árvores. 477 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 318: Presença de ossadas de animais. Figura 319: Presença de catadores no local de disposição final de resíduos. 478 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 320: Disposição clandestina de resíduos nas margens de estradas. Figura 321: Disposição de resíduos em lotes e terrenos baldios. 479 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 13.3. MUNICÍPIO DE CENTRALINA Nos trabalhos de levantamento de dados em campo no perímetro urbano da cidade de Centralina foi possível identificar alguns passivos ambientais relacionados à disposição de resíduos sólidos urbanos (Figura 322 e Figura 323). Antiga unidade de disposição de resíduos, embora desativado, merece estudos de viabilidade de recuperação de áreas degradas para que a área não torne em um potencial contaminante do ambiente natural. Sobre a unidade de aterro controlado onde há disposição final de resíduos domiciliares e comerciais são verificadas as seguintes características in loco: Está fora de áreas de encostas e de áreas de proteção ambiental; Relativamente distante de recursos hídricos: rios, lagos e córregos; Existem relatos de contaminação dos corpos hídricos e dos solos pelo lixiviado; Relatos de ocorrência de queima de resíduos no município, alguns casos de incêndio clandestino. Outros passivos foram identificados no município, tais como pontos clandestinos de acúmulo de resíduos nas vias e terrenos baldios. Foi relatada pela população a ocorrência de pontos de despejo clandestinos (Figura 324 e Figura 325), como também presença de vetores no local de armazenamento e de mau cheiro devido à demora na coleta dos mesmos. Em publicação do Jornal do Pontal em 2010, a Prefeitura de Centralina adquiriu uma área para a instalação do “Aterro Controlado de Centralina”. Mas, o que existe atualmente é um lixão a céu aberto, que não faz nenhum tipo de controle ambiental, nem obedece à legislação ambiental (Figura 326). 480 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 322: Controle de disposição de resíduos pela prefeitura em Centralina. Figura 323: Área de passivo ambiental que requer estudos de recuperação de áreas degrada no município de Centralina. 481 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 324: Pontos clandestinos de disposição de resíduos sólidos urbanos em áreas periféricas de Centralina. Figura 325: Ponto de coleta de resíduos sólidos urbano e rural em Centralina. Devido ao uso incorreto torna-se um ponto potencial de disposição de resíduos clandestino. 482 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 326: Áreas adquirida em 2010, localizada na BR-153, com cerca de 6 quilômetros do perímetro urbano, que atualmente é o lixão de Centralina (Jornal do Pontal, 2010). 13.4. MUNICÍPIO GURINHATà O município de Gurinhatã possui uma área para aterramento de resíduos sólidos urbanos. Nessa área, conhecida como “lixão” pela população e como “aterro controlado” pelos gestores públicos, os resíduos são aterrados sem nenhum controle. Atualmente a área já se encontra em fase final de operação, pois não existe mais espaço para a perfuração de valetas para o aterramento dos resíduos sólidos domiciliares. Estes resíduos não são triados, sendo, portanto, compostos por resíduos domésticos recicláveis, orgânicos e rejeitos; resíduos oriundos de podas de árvores, capina de áreas públicas e particulares – praças, canteiros e lotes vagos; ossadas de açougue e animais mortos; resíduos sólidos da construção civil e de demolição, entre outros. Nas Figura 327 e Figura 328 observam que os resíduos são descartados de qualquer maneira, na superfície do terreno, onde há acúmulo de água de chuva em bolsões originados pela decomposição dos resíduos aterrados. Como não há nenhum tipo de controle e 483 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES tratamentos dos lixiviados, pode ter ocorrido a contaminação dos corpos d‟água localizados a jusante. Sobre a unidade caracterizada como “aterro controlado” onde há disposição final de resíduos domiciliares e comerciais são verificadas as seguintes características in loco: Foi indicado que não há presença de população no entorno da área do aterro controlado, mas há queixas por parte da população rural quanto a emissões de mau cheiro, ruídos e/ou animais, e contaminação das pastagens do entorno com mortandade de animais que bebem a água acumulada em bolsões às margens do local; Há, porém, relatos da presença de vetores de doenças; Não existe tratamento de chorume no sistema. O município não tem projeto para a construção de aterro sanitário; A gestão da área não atende à legislação vigente, já que existem resíduos que não foram aterrados, espalhados pela área e não existe nenhum tipo de controle ambiental. Figura 327: Resíduos sólidos urbanos despejados em superfície sem controle ambiental no aterro de Gurinhatã. 484 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 328: Descarte de ossos de animais no “aterro” de Gurinhatã. 13.5. MUNICÍPIO DE ITUIUTABA Sobre a unidade caracterizada como “aterro sanitário” (Figura 329) onde há disposição final de resíduos domiciliares e comerciais são verificadas as seguintes características in loco: Foi indicado que não há presença de população no entorno da área do aterro controlado, por conseguinte, não há queixas por parte da população quanto a emissões de mau cheiro, ruídos; Não há relatos de casos de doenças contraídas pela presença ou contato com materiais acumulados no aterro. Também não existem catadores na área. Há, porém, a presença de animais vetores; Em relação ao município como um todo, pode se destacar os seguintes problemas: 485 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Há relatos de pontos de despejo clandestinos de resíduos sólidos no município e animais vetores nos locais de armazenamento, embora não haja reclamações de mau cheiro. Figura 329: Unidade de disposição final de resíduos sólidos urbanos em Ituiutaba. 486 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Outros passivos podem ser identificados: os pontos de despejo clandestinos de resíduos sólidos no município (Figura 330) e animais vetores nos locais de armazenamento, embora não haja reclamações de mau cheiro. Figura 330: Despejo de resíduos clandestinos em local inadequado no município de Ituiutaba. 13.6. MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE DE MINAS Dois passivos no município foram identificados in loco, um no antigo “lixão” do município e o atual aterro controlado. O antigo “lixão” dista-se em média cerca de 3 km da área central da cidade e faz limites fronteiriços com a área urbana (Figura 331). Verifica-se o descarte de quaisquer tipos de resíduos sólidos urbanos pelos moradores, principalmente as carcaças de ossos de açougue e de animais mortos de pequeno porte (cachorro e gato) nas vias de acesso (Figura 332). Atualmente a área está desativada pela prefeitura, mantendo apenas a conservação da vegetação recomposta e manutenção e limpeza das vias de acesso. 487 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 331: À esquerda vista panorâmica da localização do Antigo “Lixão” (ponto em amarelo) com cerca de 1,5 km distante do bairro mais próximo. À direita, vista em detalhe da área, hoje, coberto por vegetação arbórea densa. Coordenadas UTM723.490 mE e 7.910.150 mN. Fonte: Digital Globe Spot Image, 2013. Figura 332: Carcaças de ossos disposto nas estradas do Antigo “Lixão” em Monte Alegre de Minas. No Aterro Controlado possui áreas de descarte clandestino de resíduos sólidos urbanos de qualquer natureza (Figura 291), dentre eles sobre a vala de resíduos de serviços de saúde 488 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES que também fica em aberto. Área de reserva legal faz parte do aterro. Identificou-se in loco a proximidade de rios e nascentes; presença de animais; chorume escoa em superfície, lixiviação do solo, processos erosivos em superfície e facilidade e falta de controle de acesso ao Aterro Controlado. Pontos clandestinos de disposição final de resíduos sólidos urbanos foram encontrados em Monte Alegre de Minas, principalmente nas vias públicas e estradas vicinais mais próximas da área urbana (Figura 333). Figura 333: Pontos clandestinos de disposição final de resíduos sólidos urbanos encontrados em Monte Alegre de Minas. À esquerda, estrada vicinal com placa de orientação proibindo o descarte de resíduos e a direita em via pública atrás do cemitério. Cabe destacar que não foram identificados pontos de queima de resíduos no município. 13.7. MUNICÍPIO DE PRATA Inicialmente, foram considerados os passivos ambientais verificados na área de triagem de recicláveis e de disposição final dos resíduos sólidos na cidade de Prata. Em seguida, foram visitados pontos de despejos irregulares em locais diversos, priorizando áreas já consolidadas de “bota-foras”. Foi realizada uma verificação in loco na área de disposição 489 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES final, também conhecida como aterro controlado, onde há disposição de resíduos da limpeza urbana, domiciliares e também comerciais da cidade. Na área adjacente àquela em atividade de destinação final, encontra-se outra em que, segundo relatos, ocorreram disposições em forma de lixão à céu aberto. Não foram acessíveis eventuais planos de recuperação, descomissionamento ou monitoramento da referida área. Foram levantados os seguintes aspectos: 1. Notam-se ocupações residenciais (fixas ou não) dentro da área pública e também sob influência geográfica das operações (Figura 334); 2. Ocorrem operações nas proximidades de área de fragmento florestal, possivelmente área de vertente. Foi informado que o curso d‟água ali presente é de fluxo intermitente, isto é, possui água somente em períodos de precipitação; 3. Nota-se presença de lixiviado no solo oriundo dos resíduos sólidos manejados na área de trasbordo, área esta construída e planejada inicialmente para operar como pátio de compostagem (Figura 335); 4. Faltam registros de monitoramento, nem mesmo relatos acerca de contaminação dos corpos hídricos por lixiviado, situados a jusante da disposição dos resíduos brutos; 5. Constatam-se presenças de animais na área de disposição dos resíduos (bovinos, cães e gatos) bem como outros de importância sanitária e de indicação de qualidade do manejo: ratos, urubus e garças. Além de focos de moscas e mosquitos. (Figura 336); 6. Foi informado que não existem estudos de contaminação do solo (em toda a área) pelo lixiviado; 7. Chorume não é drenado o que facilita a infiltração e a percolação no solo; 8. Encontra-se na área do pátio de compostagem, ocupado pela disposição de resíduos e transbordo quantidade significativa de pneus imprestáveis e ao relento, que segundo os responsáveis pela gestão, aguardam destinação adequada (Figura 337); 9. Há facilitação de acesso de pessoas e veículos para disposição de resíduos, sem que para isto, estejam sujeitos a qualquer tipo de triagem ou caracterização (Figura 338); 10. Em alguns pontos clandestinos há descarte dos resíduos de construção civil e resíduos volumosos. Estes locais estão mais afastados da área urbana o que torna ainda mais difícil a identificação dos infratores; 490 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 11. Outros passivos foram identificados no município, tais como os pontos clandestinos de acúmulo de resíduos nas margens de rodovias (Figura 339), estradas (Figura 340). Figura 334: Chácaras e barracos (ao fundo) construídos na proximidade do local de disposição final de resíduos sólidos do município do Prata. Figura 335: Lixiviado da área de transbordo e escoando direto para o solo. 491 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 336: Presença de animais no aterro controlado. Figura 337: Presença de pneus a céu aberto no aterro controlado. 492 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 338: Acesso de pessoas e veículos para depósito de resíduos. Figura 339: Disposição clandestina de resíduos. 493 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 340: Disposição clandestina de resíduos nas margens de estradas. 494 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 14. DIMENSIONAMENTO DE ATERRO PARA O CONSÓRCIO PÚBLICO INTERMUNICIAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA A equipe técnica de elaboração do plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos se reuniu com os prefeitos dos municípios que compõem o CIDES juntamente com seus assessores no dia 10 de abril de 2015 na sala de reuniões da AMVAP (Figura 341). Convocados, prefeitos e equipe técnica, pela Secretaria Executiva do CIDES para discussão e apresentação de forma detalhada dos dados técnicos levantados e apresentados nas quatro audiências em cada município. Compareceram os prefeitos, secretários e seus assessores dos municípios de Araporã, Gurinhatã, Ituiutaba, Monte alegre de Minas e Prata. O ponto de pauta central era a tomada de decisão na escolha das opções apresentadas pela equipe técnica de instalação do parque sanitário do consórcio. As bases de referência foram os dados de fluxograma de balanço de massa e volumétrico e a logística para os municípios que compõem o consórcio CIDES, distância entre as cidades, custos de instalação, custos de recursos humanos, custeio de equipamentos e infraestrutura, fundamentais para nortearem na definição das estruturas necessárias para o pleno funcionamento do aterro sanitário. O fundamento do parque sanitário do consórcio é na implantação de um aterro sanitário integrado, coletivo, sustentável e de referência para região e Brasil. Apresentam-se as bases de referência que subsidiaram na proposta por ora caracterizada neste plano. Dados gravimétricos e balanço de massa (apresentado nos Capítulos de 6 a 12) para o consórcio foram fundamentais para conhecer a produção diária de resíduos sólidos urbanos e o quanto de resíduos de rejeito os municípios produzem. Lembrando que pela Política Nacional de Resíduos Sólidos devem-se aterrar apenas os resíduos de rejeito e os demais devem ter destino mais sustentáveis. Análise de logística para o consórcio também foi necessário para identificar as estradas e vias de acesso entre os municípios, as distâncias e suas possibilidades de acesso (trevo a trevo, cidade a cidade, cidade ao aterro, dentre outros) (Figura 342). Também necessário para auxiliar nos cálculos de logística para cada município no transporte dos resíduos de rejeito para o parque sanitário do consórcio. Em logística, a equipe verificou a 495 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES possibilidade de dois cenários: o primeiro cenário a de aterro único (Figura 343) e o outro cenário de dois aterros sanitários para atender o consórcio (Figura 344). Figura 341: Reunião com a equipe técnica de elaboração do PGIRS com os prefeitos, secretários e assessores dos municípios que compõem o CIDES. 496 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 342: Mapa do consórcio público intermunicipal de desenvolvimento sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. 497 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 343: Mapa de logística para a implantação de aterro sanitário único para os municípios que compõem o CIDES. 498 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Figura 344: Mapa de logística para a implantação de dois aterros sanitários os municípios que compõem o CIDES: um próximo ao Trevão e o outro entre Ituiutaba e Gurinhatã. 499 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 14.1. CENÁRIO 1 PARA DIMENSIONAMENTO DO ATERRO SANITÁRIO Proposta de aterro sanitário único para as 7 (sete) cidades: Araporã, Canápolis, Centralina, Gurinhatã, Ituiutaba, Monte Alegre de Minas e Prata. Para o cálculo do volume de resíduos sólidos de rejeito gerado durante a vida útil do aterro sanitário serão considerados os dados na Tabela 94. Tabela 94: Considerações para o dimensionamento do aterro sanitário - Cenário 1. Vida útil = 20 anos Produção de rejeito atual = 38,489ton/dia ou 205,47 m3/dia Densidade(Peso específico) = 0,187 ton/m3 Com a obtenção destes dados referentes à somatória das composições gravimétricas dos resíduos sólidos urbanos das cidades consideradas no Cenário 1, procedeu-se ao dimensionamento do aterro sanitário, que consistiu no cálculo do volume total de rejeito gerado e a área necessária para disposição final dos resíduos sólidos urbanos (Tabela 95). Tabela 95: Parâmetros e cálculo do dimensionamento do aterro sanitário. Dados de Projeto: Média diária de rejeito = 38,489 ton/dia ou 205,47 m3 dia Redução volumétrica = 1:4 Parâmetros de projeto - Disposição do rejeito: Células: H = 0,70m (70%); h = Camada de cobertura = 0,20m (30%) Altura total de cada célula 1. Número de células: 2. 5 camadas de rejeito 5 x H = 3,50 m 3. 5 camadas de cobertura = 1,50m → [(4x0,20)+(1x0,70)] 4. Total....................................5,00 m 5. Taxa (%) de ocupação do resíduo compactado: 6. 5,0...............................100% 7. 3,50............................... x % → 70,00 % 500 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 8. Volume de rejeito na descarga (a ser aterrado) 9. V = Prj/densidade = 38,489 /0,187 correspondendo a ~205,8 m3/dia-1 Volume de rejeito na descarga (a ser aterrado) V = Prj/densidade = 38,489ton/0,187 correspondendo a ~206 m3/dia-1 Cálculo da área de aterro por dia: 1. Vcompactado= V x RV = 206 x 0,75 = 154,5 m3 2. Altura de 1 camada (H) = 0,70 m (desconsiderada a cobertura de 0,20 m) 3. Área do aterro = V/H = 154,5/0,70 ~ 220,7 m2 (diário) Considerando a sobreposição de até 5 (quatro) camadas (H), teremos: 1. A área a ser ocupada diariamente = área horizontalizada: quantidade de camadas 2. A = 220,7 :5 = 44,14 m2. Cálculo da área total do aterro: 1. At = (Vt x 365 x 20 anos) = 322.222 m2 Na execução de um aterro sanitário são necessárias edificações auxiliares e de apoio, e estas devem estar em consonância com as atividades locais. Assim em um aterro são necessários: uma guarita, uma balança rodoviária, prédio de administração e um galpão de manutenção e oficina coberta. Para a construção dessas edificações é acrescentada uma área correspondente a 20% da área calculada acima (Tabela 96). Tabela 96: Área do aterro sanitário para os municípios do consórcio CIDES – Cenário 1. Cálculo da área final do aterro sanitário: 1. Af= Atx 1,2 = 386.6700,00 m2 ou 38,67 ha 14.2. CENÁRIO 2 PARA DIMENSIONAMENTO DO ATERRO SANITÁRIO Proposta de dois aterros sanitários para as 7 (sete) cidades: Araporã, Canápolis, Centralina, Gurinhatã, Ituiutaba, Monte Alegre de Minas e Prata. Sendo: Grupo A: Aterro sanitário para os municípios de Araporã, Canápolis, Centralina, Monte Alegre de Minas e Prata (Tabela 97, Tabela 98 e Tabela 99); 501 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Grupo B: Aterro sanitário para os municípios de Ituiutaba e Gurinhatã (Tabela 100, Tabela 101 e Tabela 102). Não estão consideradas (para efeito de área a ser ocupada) as projeções populacionais das cidades. Para o cálculo do volume de resíduos sólidos de rejeito gerado durante a vida útil do aterro sanitário serão considerados os seguintes dados: Tabela 97: Grupo A para dimensionamento do aterro sanitário - Cenário 2. Aterro sanitário: Araporã, Canápolis, Centralina, Monte Alegre de Minas e Prata Vida útil = 20 anos Produção de rejeito atual = 18,419 ton/dia ou 102,82 m3/dia Densidade(Peso específico) = 0,179 ton/m3 Com a obtenção destes dados referentes à somatória das composições gravimétricas dos resíduos sólidos urbanos das cidades consideradas do Grupo A no Cenário 2, procedeu-se ao dimensionamento do aterro sanitário, que consistiu no cálculo do volume total de rejeito gerado e a área necessária para disposição final dos resíduos sólidos urbanos (Tabela 98) Tabela 98: Parâmetros e cálculo do dimensionamento do aterro sanitário para o Grupo A – Cenário 2. Dados de Projeto: Média diária de rejeito = 18,419 ton/dia ou 102,82 m3/dia Redução volumétrica = 1:4 Parâmetros de projeto - Disposição do rejeito: Células: H = 0,70m (70%); h = Camada de cobertura = 0,20m (30%) Altura total de cada célula 1. Número de células: 2. 5 camadas de rejeito 5 x H = 3,50 m 3. 5 camadas de cobertura = 1,50m → [(4x0,20)+(1x0,70)] 4. Total....................................5,00 m 5. Taxa (%) de ocupação do resíduo compactado: 502 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 6. 5,0...............................100% 7. 3,50............................... x % → 70,00 % 8. Volume de rejeito na descarga (a ser aterrado) 9. V = Prj/densidade = 18,419ton/dia /0,179correspondendo a ~103 m3/dia-1 Volume de rejeito na descarga (a ser aterrado) V = Prj/densidade = 18,419ton/dia /0,179correspondendo a ~103 m3/dia-1 Cálculo da área de aterro por dia: 1. Vcompactado= V x RV = 103,0 x 0,75 = 77,25 m3 2. Altura de 1 camada (H) = 0,70 m (desconsiderada a cobertura de 0,20 m) 3. Área do aterro = 77,25/0,70 ~ 110,35 m2 (diário) Considerando a sobreposição de até 5 (quatro) camadas (H), teremos: 1. A área a ser ocupada diariamente = área horizontalizada: quantidade de camadas 2. A = 110,35 : 5 = 22,07 m2. Cálculo da área total do aterro: 1. At = (Vt x 365 x 20 anos) = 161.111,0 m2 Na execução de um aterro sanitário são necessárias edificações auxiliares e de apoio, e estas devem estar em consonância com as atividades locais. Assim em um aterro são necessários: uma guarita, uma balança rodoviária, prédio de administração e um galpão de manutenção e oficina coberta. Para a construção dessas edificações é acrescentada uma área correspondente a 20% da área calculada acima (Tabela 99). Tabela 99: Área do aterro sanitário para os municípios do Grupo A – Cenário 2. Cálculo da área final do aterro sanitário: 1. Af = At x 1.2 = 193.333,2 m2 ou 19.33 ha Para o Grupo B, considera-se o cálculo do volume de resíduos sólidos de rejeito gerado durante a vida útil do aterro sanitário conforme dados da Tabela 100. Não estão consideradas (para efeito de área a ser ocupada) as projeções populacionais das cidades. 503 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 100: Grupo B para dimensionamento do aterro sanitário - Cenário 2. Aterro sanitário:Ituiutaba e Gurinhatã Vida útil = 20 anos Produção de rejeito atual = 20,070 ton/dia ou 102,65 m3/dia Densidade(Peso específico) = 0,196 ton/m3 Com a obtenção destes dados referentes à somatória das composições gravimétricas dos resíduos sólidos urbanos das cidades consideradas no Grupo B do Cenário 2, procedeu-se ao dimensionamento do aterro sanitário, que consistiu no cálculo do volume total de rejeito gerado e a área necessária para disposição final dos resíduos sólidos urbanos (Tabela 101). Tabela 101: Parâmetros e cálculo do dimensionamento do aterro sanitário para o Grupo B – Cenário 2. Dados de Projeto: Média diária de rejeito = 20,070 ton/dia ou 102,65 m3/dia Redução volumétrica = 1:4 Parâmetros de projeto - Disposição do rejeito: Células: H = 0,70m (70%); h = Camada de cobertura = 0,20m (30%) Altura total de cada célula 1. Número de células: 2. 5 camadas de rejeito 5 x H = 3,50 m 3. 5 camadas de cobertura = 1,50m → [(4x0,20)+(1x0,70)] 4. Total....................................5,00 m 5. Taxa (%) de ocupação do resíduo compactado: 6. 5,0...............................100% 7. 3,50............................... x % → 70,00 % 8. Volume de rejeito na descarga (a ser aterrado) 9. V = Prj/densidade = 20,070ton/dia /0,196 correspondendo a ~103 m3/dia-1 Volume de rejeito na descarga (a ser aterrado) V = Prj/densidade = 20,070ton/dia /0,196 correspondendo a ~103 m3/dia-1 Cálculo da área de aterro por dia: 1. Vcompactado= V x RV = 103,0 x 0,75 = 77,25 m3 504 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 2. Altura de 1 camada (H) = 0,70 m (desconsiderada a cobertura de 0,20 m) 3. Área do aterro = 77,3/0,70 ~ 110,4 m2 (diário) Considerando a sobreposição de até 5 (quatro) camadas (H), teremos: 1. A área a ser ocupada diariamente = área horizontalizada: quantidade de camadas 2. A = 110,4 : 5 = 22,1 m2. Cálculo da área total do aterro: 2. At = (Vt x 365 x 20 anos) = 160.000 m2 Na execução de um aterro sanitário são necessárias edificações auxiliares e de apoio, e estas devem estar em consonância com as atividades locais. Assim em um aterro são necessários: uma guarita, uma balança rodoviária, prédio de administração e um galpão de manutenção e oficina coberta. Para a construção dessas edificações é acrescentada uma área correspondente a 20% da área calculada acima (Tabela 102). Tabela 102: Área do aterro sanitário para os municípios do Grupo B – Cenário 2. Cálculo da área final do aterro sanitário: 1. Af = At x 1.2 = 192.000 m2 ou 19,20 ha 14.3. ANÁLISE DE CUSTEIO PARA IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO PARA O CONSÓRCIO A análise dos custos para implantação e operação do aterro sanitário do consórcio foram tabulados para uma avaliação prévia e estimados para nortear na tomada de decisão dos dirigentes municipais. A equipe técnica iniciou os trabalhos de levantamento de dados no mês de outubro de 2014, ano de referência para os valores ora apresentados. As variáveis consideradas na tabulação dos dados de custeio foram as distâncias a serem percorridas de cada município para o aterro sanitário, o volume diário de rejeito produzido por município, o número de viagens necessárias desde que se use caminhão compactador que permite uma compactação de até 70% de volume de rejeito, as despesas com combustível óleo diesel e com a aquisição de veículos necessários para atender a demanda do 505 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES consórcio (Tabela 103). Cabe destacar que os dados foram tabulados considerando os dois cenários, o primeiro de aterro sanitário único e o outro cenário com dois aterros. Nos valores apurados observa-se uma redução de custo apenas com combustível óleo diesel de R$ 341,49 dia se o consórcio optar pela implantação de dois aterros sanitários. Independente das opções quantitativas de aterro sanitário pelo consórcio a infraestrutura em veículos é a mesma. Outras variáveis também foram possíveis de ser tabuladas tais como os equipamentos e os recursos humanos necessários para o gerenciamento do aterro sanitário. Na planilha foram considerados os dois cenários, de aterro sanitário único e o outro cenário com dois aterros sanitários para o consórcio (Tabela 104). Neste caso, a economia entre equipamentos será de aproximadamente de R$ 840.719,00 e de recursos humanos cerca de R$ 30.954,59 com a opção de aterro sanitário único para o consórcio. Nesses últimos valores levantados e sumarizados na Tabela 105 deixam claro os custos gerais com os dois cenários. A economia será considerável com a opção de aterro sanitário único para todos os municípios pertencentes ao consórcio. Cabe destacar outras variáveis não contabilizadas por incidir questões de difícil mensuração no momento, tais como a aquisição de terreno, terraplanagem , compactação de base, dentre outras (Tabela 105). A apresentação dos dados aqui discriminados em reunião e após vários questionamentos e esclarecimentos técnicos pela equipe aos prefeitos, secretários e assessores ficou decidido entre eles, representando a maioridade dos municípios que compõem o consórcio CIDES, que a opção por aterro sanitário único é o mais viável. 506 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 103: Base de cálculo para levantamento prévio dos custos de aquisição de veículos e logística. OPÇÃO ATERRO ÚNICO - CUSTO COMBUSTÍVEL DISTÂNCIA (KM) VOLUME VOLUME NÚMERO DE MUNICÍPIO Total (rodovia e TOTAL DIÁRIO TOTAL VIAGENS urbana) (m3) DIÁRIO (m3) COMPACTADO 70% 192 13,5 4,05 1/2dias ARAPORà 128 13,6 4,08 1/2dias CANÁPOLIS 182 7,95 2,39 1/3 dias CENTRALINA 314 1,56 0,47 1/5 dias GURINHATà 186 101,09 30.33 3 ITUIUTABA 116 31,07 9,32 1 MONTE ALEGRE DE MINAS 180 36,7 11,01 1 PRATA 1.278 km/dia OPÇÃO ATERRO ÚNICO - CUSTO AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS DISTÂNCIA (KM) VOLUME VOLUME TIPO VEÍCULO MUNICÍPIO Total (rodovia e TOTAL DIÁRIO TOTAL urbana) (m3) DIÁRIO (m3) COMPACTADO DESPESAS COM COMBUSTIVEL (média de 3 km/L.dia) 64L x 1 x 2,90/L / 2 = 92,8 42,6 x 1 x 2,90/L /2 = 61,77 54 x 1 x 2,90/L/3 = 52,20 104.6L x 1 x 2,90/L/5 = 60,67 62L x 3 x 2,90/L = 539,4 38,6L x 1 x 2,90/L = 111,94 60L x 1 x 2,90/L = 174,0 R$ 1.092,78 FROTA (R$) 4,05 1 compactador 12m3 1 x 290.000,00 = 290.000,00 128 13,5 x 0,30 = 3,375 13,6 x 0,30 = 3,40 4,08 1 compactador 12m3 1 x 290.000,00 = 290.000,00 182 314 186 7,95 x 0,30 = 1,99 1,56 x 0,30 = 0,39 101,09 x 0,30 = 2,39 0,47 30.33 1 compactador 10m 1 caminhão conteiner 3 compactadores 15 1 x 280.000,00 = 280.000,00 1 x 250.000,00 = 250.000,00 3x300.000,00 = 900.000,00 ARAPORà 192 CANÁPOLIS CENTRALINA GURINHATà ITUIUTABA 507 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES m3 25,27 116 MONTE ALEGRE DE MINAS PRATA 180 31,07 x 0,30 = 7,77 36,7 x 0,30 = 9,18 9,32 1 compactador 12m3 1x290.000,00 = 290.000,00 11,01 1 compactador 15 m3 2x300.000,00 = 300.000,00 Caminhões reservas 12 m³ MUNICÍPIO ARAPORà CANÁPOLIS CENTRALINA GURINHATà ITUIUTABA MONTE ALEGRE DE MINAS PRATA MUNICÍPIO ARAPORà 1.278 km/dia OPÇÃO POR DOIS ATERROS - CUSTO COMBUSTÍVEL DISTÂNCIA (KM) VOLUME VOLUME NÚMERO DE Total (rodovia e TOTAL DIÁRIO TOTAL VIAGENS urbana) (m3) DIÁRIO (m3) COMPACTADO 70% 192 13,5 4,05 1/2dias 128 13,6 4,08 1/2dias 182 7,95 2,39 1/3 dias 108 1,56 0,47 1/5 dias 82 101,09 30.33 3 116 31,07 9,32 1 180 36,7 11,01 1 1.278 km/dia OPÇÃO POR DOIS ATERROS - CUSTO AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS DISTÂNCIA (KM) VOLUME VOLUME TIPO VEÍCULO Total (rodovia e TOTAL DIÁRIO TOTAL urbana) (m3) DIÁRIO (m3) COMPACTADO 192 13,5 x 0,30 = 4,05 1 compactador 12m3 3,375 2x290.000,00 = 580.000,00 3.180.000,00 DESPESAS COM COMBUSTIVEL (média de 3km/L.dia) 64L x 1 x 2,90/L / 2 = 92,8 42,6 x 1 x 2,90/L /2 = 61,77 54 x 1 x 2,90/L/3 = 52,20 36L x 1 x 2,90/L/5 = 20,88 27,33L x 3 x 2,90/L = 237,80 38,6L x 1 x 2,90/L = 111,94 60L x 1 x 2,90/L = 174,0 R$ 751,29 CUSTO AQUISIÇÃO DE FROTA (R$) 1 x 290.000,00 = 290.000,00 508 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES CANÁPOLIS 128 13,6 x 0,30 = 3,40 4,08 1 compactador 12m3 1 x 290.000,00 = 290.000,00 CENTRALINA GURINHATà ITUIUTABA 182 314 186 2,39 0,47 30.33 116 9,32 1 compactador 10m 1 caminhão conteiner 3 compactadores 15 m3 1 compactador 12m3 1 x 280.000,00 = 280.000,00 1 x 250.000,00 = 250.000,00 3x300.000,00 = 900.000,00 MONTE ALEGRE DE MINAS PRATA 7,95 x 0,30 = 1,99 1,56 x 0,30 = 0,39 101,09 x 0,30 = 25,27 31,07 x 0,30 = 7,77 36,7 x 0,30 = 9,18 11,01 1 compactador 15 m3 2x300.000,00 = 300.000,00 180 1x290.000,00 = 290.000,00 2x290.000,00 = 580.000,00 3.180.000,00 Caminhões reservas 12 m³ (2 UNIDADES) 1.278 km/dia Tabela 104: Detalhamento de itens comparativos para as opções de aterro sanitário único e dois aterros sanitários para o consórcio. OPÇÃO ATERRO ÚNICO - EQUIPAMENTOS TIPOS Caminhões para coleta Trator esteira compactação Trator pneu retroescav. Caminhão basculante Caminhão pipa Total QUANTIDADE 11 1 1 2 1 CUSTOS AQUISIÇÃO 3.180.000,00 450.000,00 150.000,00 420.000,00 220.000,00 4.520.000,00 MANUTENÇÃO MENSAL 15.400,00 2.500,00 600 1.400,00 1.400,00 21.300,00 COMBUSTÍVEL (MENSAL) 82.600,00 16.965,00 1.740,00 5.800,00 1.740,00 108.845,00 OPÇÃO ATERRO ÚNICO - RECURSOS HUMANOS TIPOS Motoristas caminhões tratoristas Garis Técnico QUANTIDADE 14 2 33 1 SALÁRIO UNITÁRIO 1.576,00 1.576,00 788,00 1.800,00 ADICIONAL INSALUBRIDADE 20% 20% 20% 20% SUBTOTAL (R$) 26.476,80 3.782,00 31.204,80 2.160,00 509 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 1 Engenheiro 2 Serviços gerais 2 Administrativo 53 TOTAL TOTAL GERAL (REMUNERAÇÃO + ENCARGOS) 2.500,00 788,00 1.576,00 20% 20% 3.000,00 1.891,20 3.152,00 71.666,80 134.067,08 Encargos (87,07%) OPÇÃO DOIS ATERROS SANITÁRIOS - EQUIPAMENTOS TIPOS Caminhões para coleta Trator esteira compactação Trator pneu retroescav. Caminhão basculante Caminhão pipa Total QUANTIDADE 11 2 2 2 2 CUSTOS AQUISIÇÃO 3.180.000,00 900.000,00 300.000,00 520.000,00 440.000,00 5.340.000,00 MANUTENÇÃO MENSAL 15.400,00 5.000,00 1.200,00 2.800,00 2.800,00 27.200,00 COMBUSTÍVEL (MENSAL) 82.600,00 27.144,00 3.480,00 6.960,00 3.480,00 123.664,00 OPÇÃO DOIS ATERROS - RECURSOS HUMANOS QUANTIDADE SALÁRIO UNITÁRIO TIPOS 14 1.576,00 Motoristas caminhões 4 1.576,00 tratoristas 33 788,00 Garis 2 1.800,00 Técnico 1 2.500,00 Engenheiro 4 788,00 Serviços gerais 4 1.576,00 Administrativo 53 TOTAL TOTAL GERAL (REMUNERAÇÃO + ENCARGOS) ADICIONAL INSALUBRIDADE 20% 20% 20% 20% 20% 20% Encargos (87,07%) SUBTOTAL (R$) 26.476,80 7.564,80 31.204,80 4.320,00 3.000,00 3.782,40 6.304,00 82.652,80 154.618,59 510 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 105: Comparação entre os dois cenários de aterros sanitários para o consórcio. ITENS DESPESAS AQUISIÇÃO EQUIPAMENTOS RECURSOS HUMANOS COMBUSTÍVEL MANUTENÇÃO SUB TOTAL ATERRO ÚNICO 4.520.000,00 134.067,08 108.845,00 21.300,00 4.784.212,08 DOIS ATERROS 5.340.000,00 154.618,59 123.664,00 27.200,00 5.645.482,59 DIFERENÇA (%) 15,04 13,29 11,98 21,69 OUTROS ITENS NÃO AVALIADOS AQUISIÇÃO DE TERRENO TERRAPLANAGEM COMPACTAÇÃO DA BASE REVESTIMENTO COM PEAD PAVIMENTAÇÃO INFRAESTRUTURA ABERTURA DE ACESSOS DRENAGEM DE PERCOLADOS TRANSPORTE DE PERCOLADOS TRANSPORTE DE PESSOAL MONITORAMENTO A.S. PROJETO DE ATERRO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DEPRECIAÇÃO EQUIPAMENTOS 511 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 15. DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, AÇÕES E METAS PARA O MANEJO DIFERENCIADO DOS RESÍDUOS: SITUAÇÃO FUTURA Com base na Lei 12.305/2010, em seu Art. 9º, a gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos deve priorizar a redução do volume de resíduos na fonte geradora, seja por meio da minimização do consumo e, consequentemente, da geração de resíduos, seja em ações que promovam o aumento da vida útil dos produtos, antes do descarte. Para isso são recomendadas alternativas que promovam a reutilização dos produtos e seus componentes, priorizando a reciclagem no aproveitamento cíclico de recursos naturais e buscando o tratamento e a disposição final de rejeitos ambientalmente adequados. A Lei 11.107/2005 normatizou a organização de municípios vizinhos em consórcios públicos para a racionalização de custos, na realização de planos e ações de interesse comum. Os consórcios públicos podem viabilizar a gestão integrada e regionalizada de serviços públicos diversos, relacionados com saúde, educação, saneamento, dentre outros. O saneamento básico, consorciado entre municípios, foi instituído pela Lei Federal de Saneamento Básico, Lei 11.445/2007. Os municípios de Araporã, Canápolis, Centralina, Gurinhatã, Ituiutaba, Monte Alegre de Minas e Prata pertencem ao Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba – CIDES e resolveram buscar soluções consorciadas, técnica e ambientalmente adequadas para a gestão integrada dos resíduos sólidos. A gestão integrada de resíduos sólidos urbanos deve envolver diferentes órgãos da administração pública e da sociedade civil, na busca de soluções ambientalmente corretas e socialmente justas, englobando as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, por meio do controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável. O diagnóstico é a base orientadora para a proposição de um plano de ação para a superação dos problemas encontrados com relação à gestão dos resíduos sólidos, nos municípios. Ele inclui a definição de programas prioritários para o manejo dos resíduos mais relevantes, os quais se definirão com base nas peculiaridades locais. As propostas e medidas aqui elencadas estão em consonância com o Grupo de Sustentação e Comitê Diretor, formado por agentes públicos e privados, que são os responsáveis pela implementação das ações e metas planejadas. 512 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Com base na avaliação do diagnóstico técnico-participativo, que identificou e analisou os problemas que devem ser enfrentados e os aspectos positivos que podem ser maximizados, foram elencadas, pela equipe técnica, e discutidas em reuniões técnicas e audiências públicas, as proposições consideradas apropriadas para a melhoria da situação da gestão dos resíduos, nos municípios. A elaboração do prognóstico buscou atender as bases da Política Nacional de Resíduos Sólidos e seguiu as orientações para recuperação de resíduos e minimização dos rejeitos, na destinação final ambientalmente adequada, conforme manual de orientação, na elaboração do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (MMA, 2012). As diretrizes e estratégias do PGIRS do CIDES buscam atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos, levando em consideração a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem como ações primordiais, assim como priorizam o tratamento e a disposição final ambientalmente adequada e socialmente justa, atendendo os acordos setoriais já definidos e/ou em discussão, com relação à logística reversa e à responsabilidade compartilhada pela gestão. No PGIRS do CIDES, estão refletidas as ações e os programas que foram elaborados, discutidos e aprovados em audiências públicas e reuniões técnicas, com participação intensiva e diálogo participativo entre a comunidade, os Comitês Diretores e os Grupos de Sustentação. As diretrizes, estratégias, metas e ações foram traçadas considerando-se os diversos tipos de responsabilidades presentes no processo de gestão compartilhada dos resíduos, sejam elas públicas, privadas ou individuais. A Lei 12.305/2010, em seu Art. 35, afirma que, sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva ou de logística reversa, o consumidor deve: I acondicionar, adequadamente e de forma diferenciada, os resíduos sólidos gerados; II – disponibilizar, adequadamente, os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis, para coleta ou devolução. O Decreto 5.404/2010, Art. 84, destaca que “os consumidores que descumpram suas obrigações estarão sujeitos a advertência e, em reincidência, multas de R$ 50 a R$ 500, que poderão ser convertidas em prestação de serviços”. Segundo o Guia para elaboração dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (2011), “os planos devem ser traduzidos em um conjunto de instalações que contemple a 513 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES totalidade do território urbano”. O PGIRS do CIDES seguiu essas diretrizes, ao definir quais instalações deverão ser implementadas para receber as diversas tipologias de resíduos, priorizando a gestão integrada e sua separação, por intermédio da coleta seletiva, responsabilizando os geradores dos resíduos e buscando incluir, socialmente, as pessoas que trabalham e vivem com a renda obtida pela venda dos resíduos recicláveis. O PGIRS do CIDES buscou identificar áreas para disposição final de rejeitos, ambientalmente adequada,com possibilidades de implantação do aterro sanitário consorciado, visando à prestação regionalizada dos serviços públicos. Para a implantação do aterro sanitário do CIDES, com disposição adequada de rejeitos, estão propostas ações e metas para a redução destes, pela separação de resíduos secos e úmidos, objetivando a compostagem da matéria orgânica, a separação e a reutilização dos resíduos sólidos da construção civil, a triagem e a reciclagem dos resíduos sólidos e a definição dos geradores e suas responsabilidades, pela logística reversa. Foram definidas ações e programas, a curto (quatro anos), médio (oito anos) e longo (20 anos) prazos, para a gestão integrada de resíduos sólidos, nos municípios consorciados, para redução, reutilização e reciclagem dos resíduos, assim como para a educação ambiental formal e não formal (Tabela 106, Tabela 107, Tabela 108, Tabela 109 e Tabela 110). 15.1. DIRETRIZ 1 - RECUPERAÇÃO DE RESÍDUOS E MINIMIZAÇÃO DOS REJEITOS ENCAMINHADOS À DESTINAÇÃO FINAL, AMBIENTALMENTE ADEQUADA Para a promoção da destinação final, ambientalmente adequada, de resíduos sólidos, deverá ser implantado o projeto de “Sistemas de Destinação Final Adequada de Resíduos”, cujas ações englobam a implantação de unidades de manejo, nos municípios consorciados, cujas metas seriam (Tabela 106): 15.1.1. Projeto de Sistemas de Destinação Final Adequada de Resíduos 514 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 15.1.1.1. Parque Sanitário consorciado, construído e em operação, no arranjo intermunicipal, a curto prazo Os municípios consorciados, representados pelo CIDES, deverão implantar um Parque Sanitário, nas imediações do cruzamento da BR 153 e BR 365 (Trevão de Monte Alegre de Minas), para atender os municípios de Monte Alegre de Minas, Canápolis, Centralina, Araporã, Ituiutaba, Gurinhatã e Prata. O “Parque Sanitário do CIDES” deverá conter as estruturas necessárias para atender às exigências legais quanto ao destino ambientalmente correto dos rejeitos gerados nos municípios consorciados. Além de rejeitos, o Parque Sanitário do CIDES deverá estar estruturado para receber, quantificar e destinar, corretamente, outros tipos de resíduos gerados nos municípios. 15.1.1.2. Usina de Reciclagem de Entulho e Resíduos da Construção Civil Consorciada a médio prazo O CIDES deverá buscar alternativas técnicas e economicamente viáveis para a triagem e reciclagem dos Resíduos Sólidos da Construção Civil e de Demolição – RSCD, gerados nos municípios consorciados. Sugere-se a implantação de Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e de Demolição para atender as demandas dos municípios consorciados. 15.1.1.3. Parques Sanitários Municipais construídos e em operação a curto prazo Cada município deverá implantar o Parque Sanitário Municipal, para destinar adequadamente os resíduos sólidos gerados. Trata-se de estrutura para receber, quantificar e dar o destino final ambientalmente correto. Os Parques Sanitários Municipais deverão ser cercados, com controle de entrada de resíduos e espaços para o destino de cada tipo de resíduo. 515 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Os Parques Sanitários Municipais deverão ser licenciados e aptos para receber os resíduos sólidos recicláveis (Usina de Triagem e Reciclagem de Resíduos Sólidos Urbanos) e compostáveis (pátio de compostagem), oriundos da coleta seletiva, assim como destinar áreas para cemitério de animais mortos e carcaças, locais adequados para receber os resíduos volumosos (galpão para armazenar, temporariamente, esse tipo de resíduos, até os reaproveitamentos dos componentes recicláveis), área para o depósito de resíduos da construção civil e de demolição, galpão para armazenar, temporariamente, os resíduos da logística reversa, até que os fabricantes, comerciantes ou outros responsáveis venham recolher e destinar, corretamente, esses resíduos. Os Parques Sanitários Urbanos deverão contar com estruturas administrativas (portaria com balança, escritório, sanitários, salas para receber visitantes e realizar atividades de Educação Ambiental) e recursos humanos para sua gestão. Esses parques deverão ser instalados em áreas públicas, ambientalmente adequadas, atendendo a legislações ambientais pertinentes. 15.1.1.4. LEV – Locais de Entrega Voluntária para Resíduos Recicláveis, em funcionamento nos municípios consorciados Cada município deverá instalar e divulgar, para a população, os locais para a entrega voluntária de resíduos recicláveis. O ideal é criar uma rede de LEV que atenda todo o perímetro urbano da sede, dos distritos e também das comunidades rurais, para que a população não tenha que se deslocar, a grandes distâncias, para levar o material reciclado. 15.1.1.5. PEV – Pontos de Entrega Voluntária para RSCC e Resíduos Volumosos, em funcionamento nos municípios consorciados Os municípios deverão instalar áreas para receber, temporariamente, todos os tipos de resíduos sólidos, para que a população possa levar os seus resíduos; posteriormente, a gestão 516 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES municipal cuidará para que eles tenham destinos ambientalmente adequados. Deve ser instalada uma rede de PEV (ecopontos) que atenda todos os bairros da sede, dos distritos e também as comunidades rurais, para que a população não tenha que se deslocar, a grandes distâncias, para levar o material reciclado. 15.1.1.6. ATT – Áreas de Triagem, Reciclagem e Transbordo de RSCD, Volumosos e Resíduos com Logística Reversa, em funcionamento nos municípios consorciados São locais que os municípios deverão criar para receber, temporariamente, todos os tipos de resíduos sólidos, onde a população possa levar os resíduos que não são recolhidos pela coleta domiciliar, para que se deem destinos ambientalmente adequados. Outro projeto para atender a Diretriz 1 está relacionado com a “Melhoria o Sistema de Limpeza Urbana nos Municípios”. As Ações de Melhorias do Sistema de Limpeza Urbana visam promover a redução da geração de resíduos, aliada à reutilização e à reciclagem, de forma a ampliar a vida útil do futuro aterro sanitário. 15.1.2. Melhoria do Sistema de Limpeza Urbana A melhoria da eficiência do sistema de gerenciamento integrado de resíduos sólidos envolve ações gerencialmente eficientes, que busquem o uso racional dos recursos públicos. Foram identificadas as ações organizacionais, técnico-operacionais e sociais, que deverão ser articuladas, intersetorialmente, orientando as políticas gerais de atuação dos municípios nas questões relativas ao Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do CIDES. As ações que deverão ser implementadas para atender os objetivos do projeto estão relacionadas com coleta, acondicionamento, transporte e destino de Resíduos Sólidos Domiciliares – RSD, de Resíduos da Construção Civil e de Demolição – RCCD e dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde; combate aos pontos de descarte irregular; implantação de Sistema Integrado de Gerenciamento de Informações de Resíduos Sólidos – 517 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES SIGIRS; e implantação de Sistema de Avaliação das Ações Planejadas e possíveis correções de rumos. As metas relacionadas com esse projeto são: 15.1.2.1. Redefinição de rotas, dias de coleta e tipos de veículos para melhorar a eficiência dos serviços urbanos e reduzir custos, a curto prazo Os gestores públicos deverão redefinir rotas que atendam, de forma universal e equitativa, a população, buscando racionalizar as despesas com capacitação e contratação de técnicos. Deverão ser definidos os dias de coleta para os diferentes tipos de resíduos. Recomenda-se que as coletas sejam feitas em dias alternados, dependendo do tipo de resíduo, utilizando veículos adequados. Os municípios deverão implantar sistemas de controle operacional para avaliar o sistema de coleta, tempo, quantidades coletadas por setor, tipos de resíduos e extensão de percurso, entre outros, de forma a obter informações seguras sobre o sistema e parâmetros para propor as adequações necessárias. O controle operacional deverá englobar o preenchimento sistemático de formulários e avaliações temporárias (mensais). Para que o sistema operacional tenha êxito, será necessário o treinamento de motoristas, mostrando a importância das informações para o sistema de limpeza urbana como um todo. O Controle Operacional deverá englobar ações que busquem a valorização dos coletores e motoristas, principais atores da limpeza urbana, por meio de avaliações constantes e melhorias da saúde ocupacional. Os municípios deverão instalar “lixeiras” coletivas, atendendo, em média, quatro ou cinco residências e/ou estabelecimentos comerciais, para acondicionar, de maneira ambientalmente correta, os diferentes tipos de resíduos, evitando danos e espalhamento de resíduos relacionados com ações de animais. 518 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A instalação das “lixeiras” deverá ser precedida por discussões sobre o Código de Postura Municipal, para evitar contratempos ou conflitos relacionados com a ocupação indevida das calçadas públicas e/ou áreas privadas. 15.1.2.2. Coletar, acondicionar e transportar, separadamente, os Resíduos Sólidos Domiciliares – RSD A coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares, nos municípios, será realizada diariamente, de forma seletiva, com ações direcionadas para o replanejamento de rotas e otimização dos setores de coleta; orientação à população quanto aos horários e tipo de resíduo que será coletado; coleta de resíduos orgânicos três vezes por semana, em dias alternados; coleta de recicláveis duas vezes por semana; coleta de resíduos não recicláveis (rejeitos) três vezes por semana; uso de veículos adequados para resíduos orgânicos, recicláveis e rejeitos, de forma a evitar possível contaminação dos diferentes tipos de resíduos e fazer a destinação correta de cada um. Somente os rejeitos deverão ser recolhidos com caminhões compactadores. Os compostáveis e recicláveis deverão ser coletados em dias alternados, utilizando caminhões apropriados. A gestão municipal deverá mobilizar a população para fazer a separação dos RSD e implantar a coleta seletiva. Para o acondicionamento dos diferentes tipos de resíduos deverão ser disponibilizadas, em um primeiro momento, sacolas, ou utilizado outro tipo de recipiente. Recomendam-se cores diferentes para as sacolas, dando-se preferência para as biodegradáveis, para acondicionar o resíduo orgânico. 15.1.2.3. Coletar, acondicionar e transportar, separadamente, os Resíduos Sólidos da Construção Civil e de Demolição – RCCD 519 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES A gestão municipal deverá mobilizar os agentes que geram, acondicionam e transportam esse tipo de resíduo, para sua separação na fonte e destino correto para cada um. 15.1.2.4. Coletar, acondicionar e transportar, separadamente, os Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde – RSSS A coleta e o destino dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde dos sete municípios serão terceirizados. Todos os municípios que compõem o CIDES deverão ter contrato com empresas licenciadas e aptas a coletar, acondicionar e transportar os RSSS oriundos dos estabelecimentos de saúde públicos. Os municípios deverão adotar as seguintes ações gerenciais, a curto prazo, com desdobramentos a médio e longo prazos: fiscalizar os estabelecimentos de saúde para impedir a exposição dos resíduos sólidos de saúde para a coleta convencional; eliminar as áreas de transbordo dos RSSS em todos os municípios, por estarem irregulares, passando a responsabilidade de coletar os RSSS para empresas terceirizadas; orientar e fiscalizar os estabelecimentos de saúde para não exporem seus RSSS nas vias públicas, exigindo que acondicionem tais resíduos no interior do estabelecimento, de onde deverão ser coletados; e definir e reprogramar horários diferenciados para a coleta dos RSSS. Os estabelecimentos privados, como farmácias, clínicas, consultórios médicos e dentários, clínicas veterinárias e outros, que geram RSSS, deverão ter, individualmente, o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – PGRSSS e contrato com empresa especializada e licenciada para o destino desse tipo de resíduo. 15.1.2.5. Coletar, acondicionar e transportar, separadamente, os Resíduos Sólidos oriundos de poda e capina Conforme diagnosticado, os responsáveis pela varrição e capina dos espaços públicos dos municípios atendem, de forma satisfatória, as demandas municipais. Nas visitas e por 520 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES meio dos questionários aplicados, foi possível verificar que as cidades são limpas e que os moradores estão satisfeitos com o trabalho realizado. Entretanto, alguns pontos merecem atenção e devem fazer parte do planejamento e educação ambiental dos servidores públicos que realizam esse tipo de trabalho: > Realizar ações de Educação Ambiental para garis e outros servidores envolvidos na varrição e poda, para evitarem direcionar esses resíduos para as bocas de lobo e lotes vagos. > Criar instrumentos para fiscalizar e obter indicadores de qualidade e produtividade que subsidiarão as possíveis alterações e adequações do sistema pelos agentes públicos, instituindo a obrigatoriedade de preenchimento de formulários próprios para registrar os roteiros de varrição e poda, assim como os pontos onde os materiais ficarão acondicionados, em sacos plásticos, para serem recolhidos pelo serviço público e encaminhados ao Parque Sanitário Municipal. > Mapear e definir as áreas que devem ser capinadas sistematicamente, destacando o período entre uma capina e outra e a forma (capina manual, mecanizada ou química), respeitando as normativas técnicas e ambientais. > Estabelecer mecanismos para fiscalizar e coibir a mistura de resíduos da poda e capina com outros tipos, como, por exemplo, os resíduos da construção civil, inviabilizando a reciclagem tanto de um tipo quanto de outro. Os resíduos de capina e poda podem ser compostados, quando apresentam boas condições para isso. > Estabelecer parceria com empresas que realizam a compostagem para receber os resíduos oriundos de capinas e podas, preferencialmente. Caso contrário,deverá ser planejado, no Parque Sanitário Municipal, um local para receber esse tipo de material orgânico (pátio de compostagem). > As madeiras originadas das podas de árvores e a matéria orgânica gerada pela capina de praças, parques, logradouros públicos e outras áreas, localizadas no perímetro urbano, deverão ser coletadas separadamente, com veículo próprio, e encaminhadas ao Parque Sanitário Municipal, para o destino ambientalmente adequado. > Esse tipo de resíduo poderá ser reaproveitado no processo de compostagem dos resíduos orgânicos e/ou para outros fins, como a queima da lenha, dentre outros. 521 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 15.1.2.6. Coletar, acondicionar e transportar, separadamente,animais mortos e carcaças oriundas dos açougues. A gestão municipal deverá coletar e encaminhar para o cemitério de animais, no Parque Sanitário Municipal, os animais mortos encontrados no perímetro urbano ou por solicitação da população. As carcaças de animais geradas nos estabelecimentos comerciais deverão ser encaminhadas pelos responsáveis ao cemitério de animais mortos no Parque Sanitário Municipal. 15.1.2.7. Coletar, acondicionar e transportar, separadamente, os Resíduos Sólidos da Logística Reversa A gestão dos Resíduos Sólidos da Logística Reversa é responsabilidade dos fabricantes, distribuidores, importadores e comerciantes que fabricam e vendem esses produtos. Dessa forma, a gestão municipal deve realizar acordos com os lojistas e comerciantes, para que estes se encarreguem da coleta, acondicionamento, transporte e destino dos Resíduos Sólidos da Logística Reversa. Se, porventura, a Prefeitura Municipal necessitar fazer a gestão desse tipo de resíduo,deve cobrar, dos responsáveis, a gestão temporária deles.. 15.1.2.8. Coletar, acondicionar e transportar, separadamente, os resíduos oleosos Se não for possível tratar o óleo de cozinha usado no sistema de tratamento de esgoto, o óleo deverá ser reaproveitado,por processos químicos, para a produção de resina para tintas, sabão, detergente, glicerina, ração para animais e biodiesel. 522 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Recomenda-se que a gestão municipal instale recipientes, em pontos estratégicos da cidade, para recolher o óleo de cozinha usado, promovendo ações de educação ambiental e divulgação para transformação desses resíduos em outros, menos poluentes, como a fabricação de biodiesel ou sabão. 15.2. DIRETRIZ 2 - REDUÇÃO DE MASSA, ENVOLVENDO PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADOS PARA A NÃO GERAÇÃO, REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS. Os programas para atender a essa diretriz são: “Programa Intermunicipal de Educação Ambiental Formal e Não-Formal”, “Programa Intermunicipal de Logística Reversa”, “Programa Intermunicipal de Compostagem e Aproveitamento de Madeira de Podas de Árvores”, “Programa de Coleta Seletiva para os Municípios Consorciados”; “Programa de valorização das pessoas que trabalham no manejo dos resíduos sólidos urbanos” e “Programa para triagem e reutilização de Resíduos da Construção Civil e de Demolição” (Tabela 107). 15.2.1. Programa Intermunicipal de Educação Ambiental Formal e Não Formal Deve englobar projetos, metas e ações a curto, médio e longo prazos. Esse programa se caracteriza como um processo contínuo de transformação das comunidades, com reflexos nos hábitos e costumes, assim como na melhoria da saúde ambiental e da qualidade de vida das pessoas. Os projetos e as ações foram delineados no Plano de Mobilização e Comunicação Social e deverão ser elaborados e implementados, de maneira “formal”, por todas as escolas dos municípios consorciados, em todos os níveis de ensino; e, de maneira não-formal, pelos órgãos públicos, organizações não governamentais, associações diversas, dentre outros segmentos sociais. As metas são: 1. Criar o Núcleo de Gestão da Educação Ambiental e Comunicação Social EACS/PGIRS, no CIDES, com atuação integrada dos Comitês Diretores Municipais, dos Grupos de Sustentação Municipais e da Diretoria Executiva do CIDES. 523 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES O Grupo de Sustentação, com anuência do Comitê Diretor, deverá definir uma equipe permanente de mobilização social e educação ambiental, envolvendo todos os segmentos sociais: organizações não governamentais, escolas, empresas, associações religiosas, clubes de mães, prefeituras, dentre outros. As ações do Grupo de Sustentação englobam: > Produção de material educativo de divulgação, como panfletos, folders e outros, destacando conteúdos relevantes para os seguintes públicos alvo: carroceiros, população em geral e escolas; > Produzir material de divulgação da limpeza urbana com vistas a informar a comunidade sobre a deposição adequada dos resíduos, enfatizando a frequência da coleta, alguns cuidados essenciais, a valorização dos trabalhadores da limpeza urbana, dentre outros assuntos inerentes ao tema; > Divulgar os programas em todos os meios de comunicação, nos projetos sociais/educação ambiental, existentes no município, que foram apresentados no diagnóstico social; 2. Criar e disponibilizar o cadastro de ONGs, instituições e organizações de EA atuantes na região, visando à cooperação e ao desenvolvimento de ações locais; 3. Criar sistemas de avaliação e monitoramento de projetos e ações de EACS para o PGIRS/CIDES, priorizando a coleta seletiva, com participação do poder público, do setor empresarial e da sociedade civil, respeitando as especificidades territoriais; 4. Promover a EACS, com a elaboração de material para veiculação de informações sobre as coletas seletivas, priorizando a qualificação continuada de gestores e educadores, formais e não formais; 5. Proporcionar a ampliação da EA não formal já desenvolvida por agentes de saúde, catadores e educadores, em sua atuação nas localidades e nos planos de bairro, e apoiar a organização de novos grupos de catadores cooperados e a inclusão socioeconômica de catadores não organizados; 6. Promover a EACS na educação formal e não formal, pública e privada, em todos os níveis e modalidades de ensino, buscando integrar a participação da comunidade escolar (gestores, professores, funcionários, alunos e pais) e os geradores potenciais de resíduos; 524 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 7. Desenvolver ações de EACS para implantação do Programa Coleta Seletiva nos órgãos públicos, nas escolas e em outros espaços públicos; 8. Criar Pólos de Educação Ambiental e comunicação social por município, com programa permanente de formação continuada, em parceria, também, com outros setores da sociedade e outros órgãos do governo, envolvendo mídias locais; 9. Criar ações estratégicas contínuas para valorização dos equipamentos de descarte de resíduos, tais como Ecopontos, PEVs e Operações Cata-bagulhos; 10. Promover EACS para disseminar boas práticas alimentares, iniciativas de redução e reaproveitamento de resíduos orgânicos e da compostagem, incluindo o incentivo ao uso de composteiras e minhocários em domicílios, condomínios, comunidades, escolas e geradores de maior porte; 11. Criar comissão para a geração de instrumentos e indicadores da EACS que permitam a avaliação do consumo consciente, da reutilização, da reciclagem e da segregação, descarte e destinação adequada de rejeitos e os principais obstáculos; 12. Criar instrumentos e indicadores da EACS que permitam a avaliação da eficiência e da efetividade na criação desses instrumentos e monitoramento de suas ações, como forma de controle do desempenho de sua implantação, no âmbito do PGIRS; 13. Estabelecer Plano de Comunicação para Mídia, promovendo inclusão e parcerias com os diversos setores de comunicação, mídia pública e privada (grande mídia, rádio, TV e jornais diários) e viabilizar o uso dos espaços públicos para veiculação e produção periódica de programas de EA; 14. Mobilizar a comunidade, os educadores, as redes, os movimentos sociais, os grupos e as instituições, visando à participação ativa, pela implantação do PGIRS, nas ações articuladas, na garantia do controle social e na observância dos princípios da ética ambiental; 15. Estimular ações de Logística Reversa, também na estrutura pública. 15.2.2. Programa Intermunicipal de Logística Reversa 525 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Deverá ser implantado, em curto prazo, pela gestão consorciada, buscando atender ao Art. 33 da Lei 12.305/2010 sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos: “São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I- agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.” De acordo com a lei, fabricantes, importadores e comerciantes dos produtos especificados são obrigados a manter postos para devolução, pelos consumidores, dos produtos utilizados, e a destinar tais materiais para reciclagem ou descarte adequado. Nesse sentido, o CIDES, juntamente com o poder público, deverá atuar para que essas estruturas sejam implantadas e fiscalizar a eficácia dessa gestão. As metas para esse programa são de curso prazo: 1. Acompanhar as discussões dos Grupos de Trabalho – GTTs (GTT01 - Descarte de Medicamentos, GTT02 – Embalagens em geral, GTT03 – Embalagens de óleos lubrificantes e seus resíduos, GTT04 – Eletroeletrônicos, GTT05 – Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista) e os acordos setoriais coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente; 2. Realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso, mediante a devida remuneração pelo setor empresarial; 526 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 3. Firmar termos de compromisso entre o município e os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos de logística reversa, incluindo reembolso de possíveis custos públicos; 4. Incentivar e exigir dos empreendedores (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes) a instalação de PEV - Pontos de Entrega Voluntária e ATT – Áreas de Triagem, Reciclagem e Transbordo de resíduos com logística reversa, nos municípios consorciados; 15.2.3. Programa Intermunicipal de Compostagem e Aproveitamento de Madeira de Podas de Árvores do CIDES O processo de compostagem se apresenta como uma solução viável para os municípios, com ganhos ambientais consideráveis e diversas possibilidades operacionais, dadas as características urbanas dos municípios que compõem o CIDES. Tecnicamente, a compostagem pode ser inviável, pela ausência ou insuficiência de alguns nutrientes básicos provenientes de outro tipo de matéria orgânica, como, por exemplo, os resíduos de poda e capina, cujo processo pode exigir um maior tempo para uma completa degradação. Mesmo assim, recomenda-se a implantação de tal alternativa de tratamento, mesmo porque as prefeituras poderão também promover a coleta diferenciada de resíduos orgânicos comerciais derivados, principalmente, de grandes produtores, tais como produtores rurais de abacaxi, cana-de-açúcar, batata, cenoura, dentre outros. Esses resíduos deverão ser incorporados ao processo de compostagem, com a finalidade de suprir o balanço de nutrientes e contribuir para uma boa estrutura da leira. O CIDES deverá buscar tecnologias para melhorar o manejo de resíduos orgânicos e o funcionamento do processo de compostagem. Esse programa requer esforços e políticas públicas com foco na reciclagem e biodigestão. Deverá ser implementado pelo consórcio público, para que todos os municípios tenham acesso às informações e práticas adotadas. Nele, o programa, os projetos, as ações e as metas são: 1. Implantação de Usinas de Compostagem de Resíduos Sólidos Orgânicos, nas cidades consorciadas 527 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 2. Redução do volume de resíduos orgânicos gerados pela população, por intermédio de doação de composteiras, como incentivo para a adoção da compostagem doméstica. 3. Realização de oficinas de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articulação, com os agentes econômicos e sociais, de formas de utilização do composto orgânico produzido. 4. O Programa de Coleta Seletiva deverá ser desenvolvido pelo CIDES, em parceria com os municípios. A coleta domiciliar diferenciada é uma forma de recolhimento de materiais, envolvendo a separação, na fonte geradora, de recicláveis, orgânicos e rejeitos. Os recicláveis englobam: papéis, plásticos, vidros e metais, que podem ser reutilizados ou reciclados. A coleta seletiva pode ser considerada uma ação voltada para a educação ambiental, na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo lixo. A reciclagem é o processo de transformação de um material, cuja primeira utilidade terminou, em outro produto, gerando o uso racional e a economia de matérias-primas, água e energia. Isso promove a redução da poluição ambiental, pois proporciona a extensão do período de vida útil dos aterros sanitários, evitando que novos espaços urbanos sejam revertidos para o aterramento de resíduos sólidos urbanos. Os municípios que compõem o CIDES deverão implantar a Coleta Seletiva na área urbana, englobando a sede e os distritos, e também nas comunidades rurais, envolvendo ações como: > Ampliar a coleta seletiva até atingir 100% do município. > Reduzir o consumo de energia e o uso de recursos naturais. > Promover a redução da poluição da água e solo. > Possibilitar a reciclagem de materiais que iriam para o Parque Sanitário Municipal. > Reduzir os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis nos processos industriais. > Combater o desperdício. 528 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES > Reduzir os gastos com a limpeza urbana. > Criar e fortalecer associações comunitárias. > Promover a geração de emprego e renda e a inclusão social de pessoas que vivem da venda de recicláveis. A coleta seletiva deverá ser realizada no município, fazendo parte da conscientização populacional. A partir da implantação e consolidação da coleta seletiva, os outros aspectos do plano poderão encontrar menor resistência de implantação, por parte da população. O Programa de Coleta Seletiva deve ser executado durante a elaboração e execução do PGIRS, sendo caracterizado por ações de curto, médio e longo prazos. As ações de curto prazo devem focar a consolidação dos Comitês Diretores e dos Grupos de Sustentação locais, para que a implantação da coleta seletiva, nos municípios, ocorra de forma ampla e com a participação da população. Para isso, a divulgação e a mobilização social devem ser constantes em todas as fases de implementação do PGIRS do CIDES. As ações de médio prazo englobam: > criação de vagas e cargos no Quadro de Pessoal Efetivo da Prefeitura, para atuação direta na limpeza urbana e meio ambiente, no sentido de promover as ações necessárias para o desenvolvimento e execução do que foi planejado. > Deve-se priorizar a Educação Ambiental, no sentido de facilitar a implementação de ações favoráveis ao meio ambiente e à limpeza urbana, junto à comunidade. Um exemplo importante é focar essas ações para as empregadas domésticas e as donas de casa, para que façam a separação dos resíduos e busquem atender ao recolhimento desses resíduos, de forma seletiva. > Elaborar um Regulamento de Limpeza Urbana, englobando direitos e obrigações dos segmentos sociais e públicos. > Implantar a cobrança pelos serviços de limpeza urbana. 529 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 15.2.4. Programa de valorização das pessoas que trabalham no manejo dos resíduos sólidos urbanos Este programa visa à valorização das pessoas que trabalham diretamente com os resíduos sólidos urbanos, com geração de trabalho e renda para catadores, recicladores, carroceiros, dentre outros. Deve ser implantado a curto prazo, com desenvolvimento de projetos e ações também a médio e longo prazos. Os projetos, ações e metas devem englobar: 1. Formalização da presença dos catadores organizados no processo de gestão e de coleta de resíduos, promovendo sua inclusão, remuneração do seu trabalho público e sua capacitação. 2. Promover a organização dos catadores de materiais recicláveis em associações, oferecendo condições para que eles assumam a coleta de recicláveis, no perímetro urbano. Buscar a conscientização e a capacitação dos envolvidos, destacando temas diversos, com destaque para a importância do associativismo, alcoolismo, saúde, meio ambiente, impactos ambientais pela disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos. 3. Valorizar e incluir os trabalhadores de limpeza urbana, carroceiros e transportadores de pequenos volumes. 4. Criar um programa para valorização dos trabalhadores e promover encontros e oficinas para socialização e divulgação dos resultados do programa. Buscar, em parceria com a Secretaria de Saúde, melhorar a saúde dos trabalhadores da limpeza urbana, priorizando ações preventivas. Promover a capacitação permanente dos trabalhadores da limpeza urbana, destacando temas como Segurança no Trabalho, Alcoolismo, Meio Ambiente, Limpeza Urbana, Saúde, dentre outras. 15.2.5. Formalizar a presença das Organizações não Governamentais - ONGs envolvidas na prestação de serviços públicos Incentivar a implantação de econegócios, por meio de cooperativas, indústrias ou atividades processadoras de resíduos. 530 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 15.2.6. Programa para triagem e reutilização de Resíduos da Construção Civil e de Demolição – RCCD Este programa está relacionado com a segregação na origem, acondicionamento, coleta, transporte e destinação final. Os projetos, ações e metas para implantação do programa devem prever cenários de curto, médio e longo prazos. As ações para a gestão de RCCD englobam: 1. Construir os procedimentos dos Programas Municipais de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e de Demolição. O poder público deverá criar um departamento que se responsabilizará pela gestão dos resíduos da construção civil e de demolição no município. 2. Incentivar e fiscalizar a elaboração e a implantação de Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e de Demolição. Os grandes geradores e transportadores de RSCD devem elaborar os Projetos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil (PGRSC) e apresentar, ao órgão responsável pelo RSCD da Prefeitura Municipal, os procedimentos necessários para transporte, manejo, transformação e destinação do Resíduo de Construção e Demolição. 3. Licenciamento das áreas públicas e/ou privadas de beneficiamento e de disposição final de RSCD. O licenciamento, nas áreas de beneficiamento e de disposição final de RCCD, tem o objetivo de avaliar os impactos ambientais causados pelo empreendimento, estabelecendo-se condições para que tal atividade cause o menor impacto possível ao meio ambiente. Deverão ser indicadas as unidades de destinação para cada classe/tipo de resíduo e o responsável pela sua destinação. Todas as unidades devem ser autorizadas, pelo poder público, para essa finalidade. 4. Proibir a disposição dos resíduos de construção em áreas não licenciadas. O poder público poderá formular uma lei municipal proibindo a disposição dos resíduos de construção e de demolição em áreas não licenciadas. Essa lei deverá prever multas às empresas que não a cumprirem, como também ao proprietário do terreno. 531 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 5.. Implantar áreas de manejo de RSCD. Criar “Ecopontos”,também denominados “PEV – Pontos de Entrega Voluntária para RSCC e Resíduos Volumosos, para acumulação temporária de resíduos da coleta seletiva e resíduos com logística reversa (conforme NBR 15.112/2004)”. O poder público deverá implantar e licenciar áreas passíveis de recebimento, triagem e armazenamento, para que os pequenos geradores possam encaminhar os seus resíduos. Essas áreas devem ser cercadas, com controle de recebimento e triagem dos resíduos, para posterior destino ao Parque Sanitário Municipal. Nelas, os espaços devem ser diferenciados para a recepção e triagem dos resíduos: de construção, volumosos e os secos, provenientes da coleta seletiva. 6. Incentivar a reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no ciclo produtivo. O poder público, juntamente com a direção executiva do CIDES, deverá buscar tecnologias e alternativas para tratamento e destinação dos resíduos da construção civil e de demolição, com o objetivo de minimizar a geração dos RSCD. A médio prazo, o CIDES deverá promover discussões para a instalação de Usina de Triagem e Reciclagem de RSCD, que poderá receber esses tipos de resíduos gerados nos municípios consorciados. O material triado poderá ser reinserido no ciclo produtivo, seja em obras públicas, seja em obras particulares de pessoas de baixa renda, ou vendido a valores menores. 7. Definir critérios para o cadastramento de empresas coletoras que atuam nos municípios. As prefeituras consorciadas devem definir critérios para o cadastramento das empresas coletoras (empresa, endereço, telefone, veículos utilizados, equipamentos utilizados, hora e frequência da coleta) e fiscalizar o serviço realizado por essas empresas. 8. Ações de orientação e educação ambiental para os geradores e transportadores de RSCD. O poder público deve orientar a separação dos RSCD na origem (canteiro de obra), agregando maior valor econômico aos resíduos, proporcionando a reinserção de maior volume no ciclo produtivo. Sugere-se a organização de grupos de trabalho para orientar agentes 532 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES envolvidos (engenheiros, mestres de obra, pedreiros), realizar reuniões e desenvolver atividades de educação ambiental, visando atingir as metas de minimização, reutilização e segregação dos resíduos sólidos na origem, bem como seu correto acondicionamento, armazenamento e transporte. 15.2.7. Ações de fiscalização e de controle dos agentes envolvidos Definido e implantado o processo de gestão dos RSCD, por parte da administração pública e dos agentes privados, deve-se implantar um programa de fiscalização que garanta o funcionamento das ações propostas. A fiscalização deve priorizar os seguintes aspectos: verificar os procedimentos adotados durante a obra, para quantificação diária dos resíduos sólidos gerados por classe/tipo de resíduo; montar um cadastro municipal dos agentes coletores e observar se estes estão seguindo as normas do sistema de gestão implantado; verificar se há uso correto dos equipamentos de proteção individuais necessários, assim como de equipamentos de coleta adequados ao trabalho que está sendo realizado; exigir das empresas a elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil e de Demolição; dentre outros. A administração pública deve fiscalizar o correto descarte e a destinação dos RSCD, para a implantação e distribuição adequada de pontos de coleta e/ou unidades de recebimento de RSCD, eliminando, gradativamente os pontos de descarte irregulares. Deve-se definir o número de fiscais, dividindo e mapeando o município por áreas (englobando área urbana e rural), de forma que cada fiscal fique responsável por uma área para o controle dos geradores, dos agentes coletores e dos transportadores, atendendo ao sistema de gestão proposto. 15.3. DIRETRIZ 3 - IMPLANTAR ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MUNICIPAL E INTERMUNICIPAL. Os municípios deverão criar estruturas organizacionais para a implantação das propostas do PGIRS do CIDES, prioritariamente,com a implantação de Secretarias 533 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Municipais de Meio Ambiente. Como os municípios passarão por grandes reestruturações, nos procedimentos e gestão de resíduos sólidos, com implantação do Parque Sanitário Municipal e outras estruturas complementares, será necessário o envolvimento de um grupo maior de funcionários públicos para atender a essa demanda. Deverão ser elaborados e implantados projetos para a gestão municipal de resíduos sólidos, cujas ações e metas passam por (Tabela 108): 15.3.1. Implantação do SIGIRS - Sistema Integrado de Gerenciamento de Informações de Resíduos Sólidos dos Municípios que compõem o CIDES O Sistema Integrado de Gerenciamento de Informações de Resíduos Sólidos (SIGIRS) deverá ser implementado, de forma escalonada, para subsidiar as decisões e o planejamento de novas ações e/ou alterações necessárias. Cada um dos municípios consorciados será responsável pela gestão dos resíduos sólidos gerados no município e, juntamente com o CIDES, buscará equacionar, de forma ambientalmente sustentável e socialmente justa, as demandas e/ou desafios que surgirem durante a gestão do Parque Sanitário do consórcio. 15.3.2. Criação de estruturas municipais para a gestão dos resíduos sólidos municipais As ações gerenciais e providências para a gestão integrada dos resíduos sólidos dos sete municípios podem ser divididas em ações de curto, médio e longo prazo. As ações de curso prazo englobam, inicialmente, a criação de estruturas municipais para a gestão dos resíduos sólidos, em cada município. Essa estrutura deverá estar vinculada à Secretaria de Meio Ambiente e/ou Desenvolvimento Urbano e/ou outra secretaria municipal responsável pela limpeza urbana. Deve-se atribuir a essa estrutura, criada para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, a responsabilidade para tal, envolvendo funções administrativas, de coordenação e supervisão dos serviços de limpeza urbana e destino correto dos resíduos sólidos gerados, assim como o planejamento técnico das atividades inerentes ao processo, tais como: 534 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES > Constituição de equipes técnicas capacitadas; > Planejamento, controle e supervisão do serviço público de coleta, incluindo as terceirizações dos trabalhos; > Implantação e supervisão da Coleta Seletiva municipal; > Planejamento, controle, supervisão e execução da capina manual, poda e serviços complementares relacionados à manutenção de áreas públicas, > Responsabilidade técnica compartilhada com o consórcio pela operação do Parque Sanitário do CIDES; > Responsabilidade técnica pela gestão adequada, manutenção e controle do Parque Sanitário Municipal; > Responsabilidade técnica pela recuperação de passivos ambientais relacionados com o destino inadequado dos resíduos sólidos urbanos; > Levantamento e controle dos custos operacionais para cada etapa do Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos; > Implementação de procedimentos e dispositivos de fiscalização e controle do PGIRS,em nível municipal. > implementação de iniciativas de gestão de resíduos e compras sustentáveis nos órgãos da administração pública; > estruturação de ações de educação ambiental; > incentivo à implantação de atividades processadoras de resíduos. 15.4. DIRETRIZ 4– CESSAR, EM CURTO PRAZO, O DANO AMBIENTAL CAUSADO PELA DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS Os municípios que compõem o CIDES devem atender à legislação ambiental vigente, com destaque para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, destinando, de forma legalmente 535 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES correta e ambientalmente adequada, os resíduos sólidos gerados. Diante disso, serão necessárias medidas emergenciais para cessar, imediatamente os danos ambientais causados pela disposição inadequada de resíduos sólidos. As medidas emergenciais englobam projetos, ações e metas de curto prazo e devem ser adotadas até que os Parques Sanitários sejam implantados (Tabela 109). São elas: 1. Implantar e licenciar estruturas sanitárias para receber os RSD. Os municípios que compõem o CIDES devem implantar e licenciar estruturas sanitárias adequadas para receber os RSD gerados no município. Os municípios que possuem Aterros Sanitários devem providenciar as licenças ambientais. 2. Implantar e licenciar área para receber os RSCD. Os municípios do CIDES devem licenciar áreas adequadas para receber os RSCD, cercar e controlar a entrada de resíduos, fazer a triagem dos Resíduos Sólidos da Construção Civil e de Demolição, acondicionando, de forma adequada, os resíduos considerados perigosos. 15.4.1. Gestar e fiscalizar a geração, segregação, acondicionamento, transporte e destino dos RSSS gerados no município Os Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde devem ser encaminhados para empresas licenciadas para dar o destino final legal e ambientalmente adequado. Eles devem ser segregados e acondicionados de forma adequada nas unidades de saúde, segundo a legislação pertinente. Para isso, cada unidade de saúde deve ter o Plano de Gestão Integrada de Resíduos de Serviços de Saúde. As unidades de saúde públicas e privadas devem terceirizar o transporte e o destino final dos resíduos dos serviços de saúde, contratando empresas licenciadas para esse fim. Fica a cargo do poder público municipal fazer a gestão e fiscalização dos estabelecimentos públicos e privados. 536 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 15.5. DIRETRIZ 5 - RECUPERAR AS ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS Os municípios deverão recuperar as áreas degradadas por disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos, os lixões, em médio prazo. Para isso, deverão ser elaborados e implementados os PRAD – Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (Tabela 110). 537 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES Tabela 106: Diretriz 1: Recuperação de Resíduos e minimização dos rejeitos encaminhados à destinação final ambientalmente adequada. Ações Curto Prazo Metas: Médio Prazo Projeto de Sistemas de Destinação Final Adequada de Resíduos X - Parque Sanitário consorciado construído e em operação no arranjo intermunicipal; X - Usina de Reciclagem de entulho e Resíduos da Construção Civil Consorciada; - Parques Sanitários Municipais construídos e em operação; X - LEV – Locais de Entrega Voluntária para Resíduos Recicláveis em funcionamento nos municípios consorciados; X - PEV – Pontos de Entrega Voluntária para RSCC e Resíduos Volumosos em funcionamento nos municípios consorciados; X - ATT – Áreas de Triagem, Reciclagem e Transbordo de RSCD, Volumosos e resíduos com logística reversa em funcionamento nos municípios consorciados; X Melhoria do Sistema de Limpeza Urbana - Redefinição de rotas, dias de coleta e tipos de veículos para melhorar a eficiência dos serviços urbanos e reduzir custos; X - Coletar, acondicionar e transportar separadamente os Resíduos Sólidos Domiciliares – RSD; X - Coletar, acondicionar e transportar separadamente os Resíduos Sólidos da Construção Civil e de Demolição – RCCD; X - Coletar, acondicionar e transportar separadamente os Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde – RSSS; X - Coletar, acondicionar e transportar separadamente os Resíduos Sólidos oriundos de poda e capina; X - Coletar, acondicionar e transportar separadamente os animais mortos e carcaças oriundas dos açougues; X 538 Longo Prazo Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES - Coletar, acondicionar e transportar separadamente os Resíduos Sólidos da Logística Reversa; X - Coletar, acondicionar e transportar separadamente os resíduos oleosos; X Tabela 107: Diretriz 2: Redução de Massa, envolvendo programas, projetos e ações de Educação Ambiental voltados para a não geração, redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos. Ações Curto Prazo Médio Prazo - Criar o Núcleo de Gestão da Educação Ambiental e Comunicação Social EACS/PGIRS, no CIDES, com atuação integrada dos Comitês Diretores Municipais, os Grupos de Sustentação Municipais e a Diretoria Executiva do CIDES; X X - Criar e disponibilizar o cadastro de ONGs, instituições e organizações de EA atuantes na região, visando cooperação e o desenvolvimento de ações locais; X X X - Criar sistemas de avaliação e monitoramento de projetos e ações de EACS para o PGIRS/CIDES, priorizando a coleta seletiva, com participação do poder público, setor empresarial e sociedade civil, respeitando as especificidades territoriais X X X - Promover a EACS através da elaboração de material para veiculação de informações sobre as coletas seletivas, priorizando a qualificação continuada de gestores, educadores, formais e não formais; X X - Proporcionar a ampliação da EA não formal já desenvolvida por agentes de saúde, catadores e educadores, em sua atuação nas localidades e nos planos de bairro, e apoiar a organização de novos grupos de catadores cooperados e a inclusão socioeconômica de catadores não organizados; X X X - Promover a EACS na educação formal e não formal, pública e privada, em todos os níveis e modalidades de ensino, buscando integrar a participação da comunidade escolar (gestores, professores, funcionários, alunos e pais) e os geradores potenciais de resíduos; X X X Metas: Longo Prazo O Programa Intermunicipal de Educação Ambiental Formal e Não-Formal 539 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES - Desenvolver ações de EACS para implantação do Programa Coleta Seletiva nos órgãos públicos, nas escolas e outros espaços públicos; X X X - Criar Pólos de Educação Ambiental e comunicação social por município, com programa permanente de formação continuada, inclusive em parceria com outros setores da sociedade e outros órgãos governo, envolvendo mídias locais; X X X - Criar ações estratégicas contínuas para valorização dos equipamentos de descarte de resíduos tais como Ecopontos, PEVs e Operações Cata-bagulhos, X X X - Promover EACS para disseminar boas práticas alimentares, iniciativas de redução e reaproveitamento de resíduos orgânicos e da compostagem, incluindo o incentivo ao uso de composteiras e minhocários em domicílios, condomínios, comunidades, escolas e geradores de maior porte; X X X - Criar comissão para a geração de instrumentos e indicadores da EACS que permitam a avaliação do consumo consciente, da reutilização, da reciclagem e da segregação, descarte e destinação adequada de rejeitos e os principais obstáculos; X X X - Criar instrumentos e indicadores da EACS que permitam a avaliação da eficiência e da efetividade na criação desses instrumentos e monitoramento de suas ações, como forma de controle do desempenho de sua implantação, no âmbito do PGIRS; X X X - Estabelecer Plano de Comunicação para Mídia, promovendo inclusão e parcerias com os diversos setores de comunicação, mídia pública e privada (grande mídia, rádio, TV e jornais diários) e viabilizar o uso dos espaços públicos para veiculação e produção periódica de programas de EA; X X X - Mobilizar a comunidade, os educadores, as redes, os movimentos sociais, os grupos e instituições, visando a participação ativa pela implantação do PGIRS, nas ações articuladas e na garantia do controle social e na observância aos princípios da ética ambiental; X X X - Estimular ações de Logística Reversa, inclusive na estrutura pública. X X X O Programa Intermunicipal de Logística Reversa - Acompanhar as discussões dos Grupos de Trabalho – GTTs (GTT01 - Descarte de Medicamentos, GTT02 – Embalagens em geral, GTT03 – Embalagens de óleos lubrificantes e seus resíduos, GTT04 – Eletroeletrônicos, GTT05 – Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista) e os acordos setoriais coordenados 540 X Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES pelo Ministério do Meio Ambiente; - Realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso, mediante a devida remuneração pelo setor empresarial; X - Firmar termos de compromisso entre o município e os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos de logística reversa, incluindo reembolso de possíveis custos públicos; X - Incentivar e exigir dos empreendedores (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes) a instalação de PEV - Pontos de Entrega Voluntária e ATT – Áreas de Triagem, Reciclagem e Transbordo de resíduos com logística reversa nos municípios consorciados; X O Programa Intermunicipal de Compostagem e Aproveitamento de Madeira de Podas de Árvores do CIDES - Implantação de Usinas de Compostagem de Resíduos Sólidos Orgânicos nas cidades consorciadas; X - Reduzir o volume de resíduos orgânicos gerados pela população através de doação de composteiras, como incentivo para a adoção da compostagem doméstica; X O Programa de Coleta Seletiva a ser desenvolvido pelo CIDES em parceria com os municípios - Ampliar a coleta seletiva até atingir 100% do município; X - Reduzir o consumo de energia e o uso de recursos naturais; X - Promover a redução da poluição da água e solo; X - Possibilitar a reciclagem de materiais que iriam para o Parque Sanitário Municipal; X - Reduzir os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis nos processos industriais; X - Combater o desperdício; X - Reduzir os gastos com a limpeza urbana; X - Criar e fortalecer associações comunitárias; X - Promover a geração de emprego e renda e a inclusão social de pessoas que vivem da venda de recicláveis; X 541 X Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES - Criação de vagas e cargos no Quadro de Pessoal Efetivo da Prefeitura para atuação direta na limpeza urbana e meio ambiente, no sentido de promover as ações necessárias para o desenvolvimento e execução do que foi planejado; X - Priorizar a Educação Ambiental no sentido de facilitar a implementação de ações favoráveis ao meio ambiente e à limpeza urbana junto à comunidade; X - Elaborar um Regulamento de Limpeza Urbana, englobando direitos e obrigações dos segmentos sociais e públicos; X - Implantar a cobrança pelos serviços de limpeza urbana; X - Na contratação de empresas terceirizadas para coleta e transporte de resíduos, usar como base de cálculo do preço pelos serviços o km rodado (priorizar as rotas ao invés de pagar por toneladas), incentivando a redução de resíduos coletados; Programa de valorização das pessoas que trabalham no manejo dos resíduos sólidos urbanos - Formalização da presença dos catadores organizados no processo de gestão e de coleta de resíduos, promovendo sua inclusão, a remuneração do seu trabalho público e a sua capacitação; X - Valorizar e incluir os trabalhadores de limpeza urbana, carroceiros e transportadores de pequenos volumes; X - Formalizar a presença das Organizações não Governamentais - ONGs envolvidas na prestação de serviços públicos; X - Incentivar a implantação de econegócios por meio de cooperativas, indústrias ou atividades processadoras de resíduos; X Programa para triagem e reutilização de Resíduos da Construção Civil e de Demolição– RCCD - Construir os procedimentos dos Programas Municipais de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e de Demolição; X - Incentivar e fiscalizar a elaboração e implantação de Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e de Demolição; X - Licenciamento das áreas públicas e/ou privadas de beneficiamento e de disposição final de RSCD; X - Proibir a disposição dos resíduos de construção em áreas não licenciadas; X 542 X X Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES - Implantar áreas de manejo de RSCD; X - Incentivar a reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no ciclo produtivo; X - Definir critérios para o cadastramento de empresas coletoras que atuam nos municípios. X - Ações de orientação e educação ambiental para os geradores e transportadores de RSCD; X - Ações de fiscalização e de controle dos agentes envolvidos; X Tabela 108: Diretriz 3: Implantar estrutura organizacional municipal e intermunicipal. X Ações Curto Prazo Metas Implantação do SIGIRS - Sistema Integrado de Gerenciamento de Informações de Resíduos Sólidos dos Municípios que compõem o CIDES; X Criação de estruturas municipais para a gestão dos resíduos sólidos municipais; - Constituição de equipes técnicas capacitadas; X - Planejamento, controle e supervisão do serviço público de coleta, incluindo as terceirizações dos trabalhos; X - Implantação e supervisão da Coleta Seletiva municipal; X - Planejamento, controle, supervisão e execução da capina manual, poda e serviços complementares relacionados à manutenção de áreas públicas; X - Responsabilidade técnica compartilhada com o consórcio pela operação do Parque Sanitário do CIDES; X - Responsabilidade técnica pela gestão adequada, manutenção e controle do Parque Sanitário Municipal; X - Responsabilidade técnica pela recuperação de passivos ambientais relacionados com o destino inadequado dos resíduos sólidos urbanos; X 543 Médio Prazo Longo Prazo Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES - Levantamento e controle dos custos operacionais para cada etapa do Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos; X - Implementação de procedimentos e dispositivos de fiscalização e controle do PGIRS a nível municipal; X - Implementação de iniciativas de gestão de resíduos e compras sustentáveis nos órgãos da administração pública; X - Estruturação de ações de educação ambiental; X - Incentivo à implantação de atividades processadoras de resíduos; X Tabela 109: Diretriz 4: Cessar em curto prazo o dano ambiental pela disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos. Ações Curto Prazo Metas - Implantar e licenciar estruturas sanitárias para receber os RSD; X - Implantar e licenciar área para receber os RSCD; X - Gestar e fiscalizar a geração, segregação, acondicionamento, transporte e destino dos RSSS gerados no município; X Tabela 110: Diretriz 5: Recuperar as áreas degradadas por disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos Médio Prazo Longo Prazo Ações Metas - Elaborar e implementar o PRADs – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas; 544 Curto Prazo Médio Prazo X X Longo Prazo Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - CIDES 16. REFERÊNCIAS AB´SABER, A.N. Contribuição à Geomorfologia da área dos cerrados. IN: FERRI, M.G. (coord) Simpósio sobre o cerrado: uso e manejo. São Paulo: EPUSP, 1971. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Resolução RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004. 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