DIOCESE DE sAo CARLOS
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DIOCESE DE sAo CARLOS
DIOCESE DE sAo CARLOS 100 anos III CONGRESSO EUCARISTICO DIOCESANO \. I I ._.~ ~._ .. .. ' TEXTO-BASE Tema: Jesus Cristo, pao partido para um mundo novo Lema: Eucaristia: alimento para a caminho CONGRESSO EUCARisTICO: definicao e historico A Eucaristia e 0 grande dom de Deus para a vida do mundo. E a Igreja, acolhendo este dom, manifesta sua fe e sua alegria em recebe-Io. Esse e 0 sentido de um Congresso Eucaristico, que pode ser definido como "[...] uma manifestac;;ao publica de todos os que professam a fe cat61ica na Santissima Eucaristia e querem manifestar publicamente sua fe na presenc;;a real de Jesus Cristo no misterio eucarfstico para animar, consolar e converter os cristaos." (Vinde e Vede: texto-base do 15° Congresso Eucaristico Nacional, p. 23) Desde 0 inicio, os Congressos Eucarfsticos tiveram tres caracterfsticas fundamentais: aprofundar a doutrina crista sobre a Eucaristia, prestar culto publico ao Santissimo Sacramento e manifestar a universalidade e unidade da Igreja. Posteriormente, outros aspectos foram incorporados: a relac;;aoentre Eucaristia e aC;;aosocial, 0 envolvimento de publicos especfficos (crianc;;as, jovens, trabalhadores ...), a missao e os meios de comunicac;;ao social. Um Congresso Eucaristico pode ser: internacional, nacional, diocesano ou paroquial. Ja foram realizados 48 Congressos Eucaristicos Internacionais, sendo 0 primeiro, no ana de 1881, em Lille, na Franc;;ae, neste ana 2008, 0 49° Congresso Eucarfstico em Quebec, no Canada. No Brasil, foram realizados 15 Congressos Eucarfsticos, sendo 0 primeiro no ana de 1933, em Salvador, na Bahia, e 0 ultimo, em Florian6polis, Santa Catarina, no ana 2006. Nossa Diocese de Sao Carlos realizou 0 I Congresso Eucarfstico Diocesana em 1941, convocado por D. Gastao Liberal Pinto, em preparac;;ao para 0 4° Congresso Eucaristico Nacional, realizado em Sao Paulo, em 1942. 0 II Congresso Eucaristico Diocesano foi realizado no ana 2000, convocado por D. Joviano de Lima Junior, para celebrar 0 Grande Jubileu, tendo como tema: Jesus Cristo, Salvador do mundo, pao para a Vida Nova. 0 "' Congresso Eucaristico Diocesano, convocado por D. Paulo Sergio Machado, tem como tema: Jesus Cristo, pao partido para um mundo novo e, como lema: "Eucaristia: alimento para 0 caminho" (d. GS 38). Seu objetivo e de louvar e bendizer 0 Senhor, na alegria do centenario da Diocese de Sao Carlos, e de motivar-nos a buscar na Eucaristia, 0 grande dom de Deus, a grac;;a de sermos discfpulos missionarios de Jesus Cristo, para que 0 mundo tenha vida plena. A EUCARISTIA, DOM DE DEUS PARA A VIDA DO MUNDO Fazer memoria de Deus hoje A Eucaristia e 0 memorial da Pascoa do Senhor. Memorial, em seu sentido biblico, significa nao somente re corda c;ao, mas presen<;a do acontecimento salvifico. 0 Congresso Eucaristico e uma ocasiao privilegiada para prestar homenagem a este dom de Deus no centro da vida crista. Tambem sera uma oportunidade para recordar que a Eucaristia alimentou 0 anuncio do EvangeIho em nosso continente americano e tambem nestes 100 anos de missao evangelizadora da nossa Diocese de Sao Carlos. Olhando para 0 futuro, a Eucaristia permanece como fermento de cultura e uma garantia de esperan<;a para 0 futuro do mundo em via de globaliza<;ao. o tema central do Congresso Eucaristico Internacional, aprovado pelo Papa Bento XVI e: A Eucaristia, dom de Deus para a vida do mundo. Em comunhao com este grande evento eclesial, nossa Igreja Diocesana celebra o seu III Congresso Eucaristico, louvando a Deus pelos 100 anos de instala<;130desta Diocese de Sao Carlos e, buscando na Eucaristia, pao da vida, 0 alimento para a caminhada evangelizadora. o humanismo que esqueceu Deus atual conhece, no meio de progressos tecnicos notaveis, especialmente no campo das comunica<;6es, um vazio interior dramatico, vivido como uma ausencia de Deus. 0 homem contemporaneo tende a esquecer 0 seu Criador e a colocar-se como 0 unico senhor do seu proprio destino. Essa tenta<;ao de substituir Deus nao anula, contudo, a aspira<;ao de infinito que o habita e os valores autenticos que ele se esfor<;a por cultivar, mesmo que tragam riscos de desvio. Esse esquecimento do Criador gera 0 risco do homem fechar-se em si mesmo, 0 que 0 torna incapaz de amar, conduzindo a uma frustra<;ao cad a vez maior de sua aspira<;ao ao amor e liberdade. homem de hoje rejeita, sem cessar, os limites postos ao seu dominio na transmissao e no fim da vida. A intromissao descontrolada sobre este poder de vida e de morte, embora tecnicamente possivel, amea<;a perigosamente 0 proprio homem. E a cultura de morte, na expressao de Joao Paulo II. A morte de Deus na cultura conduz quase inevitavelmente, morte do homemo Assiste-se multiplica<;ao da viola<;ao dos direitos humanos por todo 0 planeta; armas de destrui<;ao maci<;a, concentra<;ao crescente de bens materiais em poucas maos. A paz no mundo esta amea<;ada pela injusti<;a e pela o mundo a o a a miseria, e 0 terrorismo torna-se, cada vez, mais a arma dos desesperados. 0 Documento de Aparecida nos convoca a contemplar, em nosso continente latino-americano, os rosto daqueles que sofrem 0 fen6meno da exclusao social, que e mais drastico que 0 fen6meno da explorac;ao. "Os exciuidos nao SaG somente 'explorados', mas 'superfluos' e 'descartaveis"'. (Documento de Aparecida, nO65 ) A globalizac;ao sem solidariedade faz emergir novos rostos pobres, os quais necessitam de acolhida e acompanhamento (ct. Documento de Aparecida, nO402). Em nossa Diocese de Sao Carlos, devemos nos sensibilizar especialmente diante dos empobrecidos, encarcerados, migrantes, trabalhadores na colheita da laranja e no corte da cana, jovens universitarios. No plano religioso, 0 homem confronta-se com uma multidao de crenc;as e com uma dificuldade crescente de transmitir, as novas gerac;oes, a heranc;a recebida da sua propria tradic;ao religiosa. Muitos elaboram a sua propria espiritualidade desligada da religiao, cedendo assim, por vezes, inciinac;ao individualista. Ao destacar a situac;ao da nossa Igreja na America Latina e no Caribe, 0 Documento de Aparecida apresenta como um fruto dos esforc;os pastorais, a renovac;ao liturgica, que acentuou a dimensao celebrativa da fe, especial mente a Eucaristia (ct. Documento de Aparecida, nO99-b). Porem, ao apresentar as sombras, recorda que, por falta de sacerdotes, milhares de comunidades SaG privadas da eucaristia dominical por longo perfodo de tempo (cf. Documento de Aparecida, nO100-e). A sagrada eucaristia contem a resposta crista ao humanismo que perdeu a sua referencia a Deus criador e salvador. Celebrando a sagrada eucaristia, em nome de toda a humanidade resgatada por Jesus Cristo, a Igreja acolhe o dom de Deus que ele prometeu. E 0 proprio Deus que, definitivamente, recorda a alianc;a com a humanidade e que se da em alimento de vida eterna. a A) No CENTRO E NO CUME DA HISTORIA DA SALVA<;Ao A Igreja recebeu a Eucaristia de Cristo, seu Senhor, como 0 dam par excelencia, porque ele e 0 dom de si mesmo, da sua pessoa na sua santa humanidade. Este dom por excelencia foi longamente preparado por Deus na historia da salvac;ao. Esta alianc;a sela definitivamente uma longa historia de alianc;a entre Deus e 0 povo, e, por meio dela, Deus instaura concretamente a nova alianc;a selada no sangue de Cristo. Na sua liturgia, 0 povo judeu aprendeu a celebrar a grandeza do seu Deus Santo, recorda de gerac;ao em gerac;ao 0 acontecimento do Exodo. Celebrada por gerac;6es de crentes, ela relaciona-se com 0 acontecimento fundador da primeira alianc;a: a saida do Egito do povo hebreu e a passagem do Mar Vermelho (ct. Ex 14,31). Esta alianc;a foi selada definitivamente no Sinai, pelo dom sagrado da Lei e 0 compramisso do pova em vive-Ia. Esta primeira passagem, duma parte da humanidade, da escravidao para a liberdade, anunciava e preparava a intervenc;ao decisiva do Deus Pai, em favor da humanidade, na encarnac;ao do Verbo, que marca 0 cume do dom que Deus faz de si mesmo. A Epistola aos Hebreus (ct. Hb 1,1-2) mostra que a encarnac;ao do Verbo e a oferta da sua vida fundam 0 culto da nova alianc;a. Este culto instaurado por Jesus Cristo leva a seu cumprimento os esboc;os do culto da primeira alianc;a, oferecendo um so sacriffcio, valido uma vez por todas, mas diferente dos sacriffcios de animais da antiga Lei, porque e 0 Sacrificio do Cordeiro sem mancha. Este culto eterno, Cristo torna-o presente, hoje, pela sagrada eucaristia. B) A INSTITUI<;Ao DA SAGRADA EUCARISTIA o nosso Salvador instituiu, na ultima Ceia, na noite em que foi entregue, 0 sacriffcio eucaristico do Seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar, ate Ele voltar, 0 Sacriffcio da cruz, confiando Igreja, a memorial de sua morte e ressurreic;ao (ct. Concilio Vaticano II, Constituic;ao Sacrossanctum Concilium, nO 47). 0 que a Salvador instituiu, na noite em que foi entregue, e dom de si mesmo, levado pelo seu amor extrema. E 0 dam do Amor em Pessoa, pais e Deus que se da a si mesmo no sacramento da Pasco a de Cristo. Jesus institui este sacramento por um novo rito, que perpetua a dom da a sua vida em sacriffcio de expia<;ao pelos pecados e traduz este seu sentido por um gesto de servi<;o, 0 Java-pes. Neste novo rito, Jesus substitui 0 cordeiro tradicional pela sua pessoa, dando-se e sacrificando-se por amor. 0 seu ate de amor realiza a nova alian<;a no seu sangue, libertando a humanidade do pecado e da morte. E sempre impelido por este mesmo amor que Cristo ressuscitado, no poder do seu Espirito, atualiza 0 dom da sua eucaristia, cada vez que a Igreja celebra 0 rito que dele recebeu na ultima Ceia. A institui<;ao da eucaristia contem em si um profundo misterio que transcende a nossa capacidade de compreensao e as nossas categorias. A igreja alimenta-se dela sem cessar, porque deja vem a sua razao de vida e a sua razao de ser. Jesus entrega-Ihe, como presente, a sua presen<;a sacramental, que e uma presen<;a real e substancial, embora escondida sob os hum ildes sinais do pao e do vinho. E este 0 sentido profundo do memorial, que tem 0 sentido de acontecimento objetivo e nao somente 0 de um ate subjetivo da memoria do passado. A celebra<;ao do memorial mergulha os participantes no misterio da Pasco a do Senhor. A) 0 MEMORIAL DA PASCOA DE CRISTO, UM DOM TRINITARIO o ate de Cristo em doar-se na eucaristia encerra um conteudo inesgotavel que nunca se acabara de aprofundar, porque contem toda a sua Pascoa, isto e, a sua oferenda de amor ao Pai ate a morte na cruz e ressurrei<;ao dentre os mortos pelo poder do Espfrito Santo. Quando a Igreja celebra a Eucaristia, acolhe 0 dom de Cristo que se entrega nas maos dos pecadores por obediencia vontade do Pal. A Igreja acolhe, assim, 0 dom que 0 Pai faz, ao mundo, do seu FiJho unico, encarnado e crucificado (cf. FI 2,8-11). o ato de amor do Filho, que se entrega, corresponde perfeitamente ao ate de amor do Pai, que 0 entrega; e esta perfeita correspondencia do amor do Pai e do Filho para conosco e confirmada peJo Espfrito Santo, que ressuscita Cristo de entre os mortos (cf. Rm 1,4). Este e 0 centro da Boa Nova que a Igreja anuncia a todas as na<;6es, desde as origens, e que ela celebra em cada eucaristia. E um dom trinitario que opera a reconcilia<;ao do mundo com Deus pelo oferecimento do amor do Filho ate a morte e pela sua ressurrei<;ao, que confirm a a vitoria do amor trinitario sobre 0 pecado e a morte. a B) 0 SACRIFiclO PASCAL Porque e memorial da Pascoa de Cristo, a Eucaristia e tambem um sa- criffcio. "Por eles, sacrifico-me a mim mesmo" (Jo 17,19), disse Jesus na ultima ceia. A eucaristia e 0 memorial deste ato de am or redentor que restabelece a comunhao da humanidade com Deus suprimindo 0 obstaculo levantado pelo pecado do mundo. sacriffcio de Cristo e um sacrificio pascal, um dom total de si mesmo, que faz toda a humanidade, passar da escravidao do pecado para a liberdade dos filhos de Deus. Neste sacramento, 0 misterio de Cristo oferecendo-se a si mesmo em sacriffcio ao Pai no altar da cruz, renova-se continua mente pela sua vontade. 0 Pai responde a esta sua oferenda pela vida nova do Ressuscitado. Esta vida nova, manifestada na glorifica<;:ao corporal de Cristo crucificado, tornou-se sinal eficaz do novo feito humanidade. A eucaristia, como memorial da morte e ressurrei<;:ao do Senhor, faz muito mais que recordar um acontecimento passado. Ela representa, sacramentalmente, um acontecimento sempre atual, pois a oferenda de am or de Jesus na cruz foi aceita pelo Pai e glorificada pelo Espirito Santo. Esta oferenda transcende, por consequencia, 0 tempo e 0 espa<;:oe, por vontade expllcita do Senhor, permanece sempre disponfvel para a fe da Igreja. Fazei isto em memoria de mim. Quando a Igreja celebra 0 banquete eucaristico, ela nao 0 faz como se fosse a primeira vez. Ela acolhe 0 acontecimento definitivo, escatol6gico, 0 acontecimento de amor unico que esta sempre em via de se produzir para n6s. Este banquete de Amor tem a sua substEmcia inesgotavel no sacriffcio de Amor do Filho de Deus feito homem, que foi exaltado e intercede para sempre a nosso favor. o a III. A EUCARISTIA EDIFICA A IGREJA, SACRAMENTO DA SALVAC.40 A) 0 DOM DA IGREJA-COMUNHAo o dom por excelencia da eucaristia e um misterio de alianc;:aentre Deus e a humanidade e, por meio dele, 0 Deus vivo faz renascer, sem cessar, a sua Igreja como comunidade viva. A Igreja e, com efeito, 0 povo da nova alianc;:ainseparavel da eucaristia. Como herdeira e associada ao ministerio eucaristico, a Igreja, animada pelo Espfrito e modelada pela fe testemunhada por Maria, participa no dom de Deus ao mundo. Ela mesma e como um sacramento. E 0 sacramento universal da comunhao trinitaria dada ao mundo. Maria, primeira Igreja e mulher eucaristica o dom de Deus ao mundo e realizado devido a uma mulher, bendita entre todas as mulheres, que acreditou e que se entregou, sem impor condic;:6es, Palavra misteriosa do seu Senhor: Maria de Nazare. Nenhuma outra criatura possui uma memoria ta~ concreta do Verbo que se fez carne ate se tornar carne eucarfstica. Nada se diz da presenc;:a de Maria na Ceia, quando 0 rito da nova alianc;:afoi institufdo, mas estava de pe junto a cruz, onde foi consumado 0 santo sacrificio do Cordeiro. Ela e a mulher eucarfstica por excelencia. Prometida, como ela, para a gloria de ser esposa do Cordeiro, a Igreja contempia Maria, ao pe da cruz, como um fcone doloroso e glorioso do seu proprio misterio de comunhao. a Povo de Deus e sacramento de salvacao E no quadro da refeic;:ao eucaristica que a Igreja acolhe e realiza, de maneira privilegiada, 0 seu profundo misterio de comunhao. 0 dom de Jesus que ela comemora por fidelidade sua Palavra, funda e alimenta a relac;:ao de alianc;:aque ela vive com ele, em nome de toda a humanidade. E 0 Pai, com efeito, que convoca a humanidade para 0 banquete pascal, onde ele mesmo serve 0 Cordeiro imolado desde a criac;:aodo mundo e 0 calice do reino que comunica 0 inebriar do espfrito. Dando assim Igreja 0 seu Filho e 0 seu Espfrito, 0 Pai associa a Igreja ao seu misterio de am or e fecundidade. A Igreja, misterio de comunhao trinitaria destinada a todos os homens, e sacramento de salvac;:ao enquanto povo de Deus congregado na unidade. Este povo e convocado por Deus e ordenado pelo seu Espfrito, de acordo a " a com as diversas fun<;oes hierarquicas e segundo os multiplos ministerios carismaticos. Em cada missa, a ora<;ao da epiclese retoma a ora<;ao do pr6prio Jesus pela unidade dos seus discfpulos (ct. Jo 17,22). 0 Espfrito Santo, que desce sobre as oferendas e sobre a assembleia, e esta gl6ria da comunhao trinitaria que atua em cada eucaristia. A esposa do Cordeiro eo Corpo de Cristo Para se dar ao mundo neste misterio da alian<;a, Deus conta com a Igreja, sua humilde esposa. Mesmo pobre e fragil por causa dos pecados de seus filhos, a Igreja compromete-se, pela penitencia e pela sagrada eucaristia, na renova<;ao constante da gra<;a do seu batismo. Pelo poder da sua Palavra e da epiclese sobre as especies eucaristicas, Cristo vivo une-se a Igreja como seu corpo e sua esposa. Ele transforma a oferenda da comunidade reunida no seu pr6prio corpo e da-Ihe em comunhao 0 seu corpo eucaristico como prenda nupcial. "E grande este misterio", exclama 0 ap6stolo Paulo, pensando na uniao de Cristo e da Igreja como modelo e misterio do matrimonio sacramental (ct. Ef 5,32). A eucaristia lan<;a-nos na oferenda de Jesus. Nao receberemos somente o Logos encarnado de maneira estatica, mas somos envolvidos na dinamica da sua oferenda. B) A RESPOSTA EucARfsTlcA o DA IGREJA dom de Deus no banquete do amor leva 0 compromisso da Igreja a partilhar esse dom com a humanidade inteira. A primeira homenagem da Igreja a este misterio e 0 de uma fe plena, admiradora e adoradora. E a missao do Espirito Santo e justamente assegurar esta correspondencia nupcial entre a atualiza<;ao perpetua do misterio eucaristico e 0 acolhimento da Igreja que alimenta, assim, a esperan<;a do mundo pelo seu testemunho. Segundo Aparecida, 0 discfpulo que busca a santidade, fazendo-se semelhante a Cristo, 0 faz de modo especial na eucaristia, que e 0 lugar privilegiado do encontro do discfpulo com Cristo (ct. Documento de Aparecida, nO 142). Na eucaristia, Jesus nos atrai a si, fazendo-nos entrar em seu dinamismo em rela<;ao a Deus e ao pr6ximo, revelando 0 estreito vinculo entre as tres dimensoes da voca<;ao crista: crer, celebrar e viver 0 misterio de Cristo. "Portanto, os fieis devem viver sua fe na centralidade do misterio pascal de Cristo atraves da Eucaristia, de maneira que toda a sua vida seja, cad a vez mais, eucaristica. A Eucaristia, fonte inesgotavel da voca<;ao crista e, ao mesmo tempo, fonte inextinguivel do impulso missionario." (Documento de Aparecida, nO251 ). A primeira forma de partilha, que brota imediatamente do cora<;ao euca- rfstico de Jesus, e 0 novo mandamento do am or (cf. Jo 13,34). E novo porque sua medida e 0 amor de Cristo e tambem, porque requer humildade e vontade de servi<;;o,que conduz a tomar 0 ultimo lugar e a morrer pelos outros. A uniao com Cristo e, ao mesmo tempo, uniao com todos aqueles aos quais ele se da. Nao posso ter Cristo para mim somente. A comunhao levame para fora de mim mesmo, em dire<;;aoa Ele e, ao mesmo tempo, para a unidade com todos os cristaos. Deixar-se reconciliar na unidade A celebra<;;ao da eucaristia desperta a responsabilidade dos disci pulos de Cristo em face da sua pr6pria e permanente necessidade de se reconciliarem e de serem artifices de reconcilia<;;ao. Isso se realiza na acolhida do sacramento da reconcilia<;;ao, na procura de perdao, na ora<;;aode intercessao por todos, na ora<;;aodo Senhor, no abra<;;oda paz, na partilha de um s6 pao e dum s6 calice, no cuidado em levar a comunhao aos doentes, ao tornaremse solidarios com os pobres e marginalizados. E impossivel ignorar a separa<;;ao que existe entre as Igrejas cristas, ao cumprirem 0 memorial do Senhor. Esta separa<;;ao, fruto de divergencias hist6ricas e doutrinais, faz com que cada eucaristia seja celebrada na esperan<;;ada reuniao do unico povo de Deus volta da unica mesa do Senhor. a Reunir-se no domingo, Dia do Senhor o Senhor manifestou-se pela primeira vez, na tarde de Pascoa, no Cenaculo; voltou oito dias depois para 0 encontro com Tome. Essas apari<;;6es confirmaram a fe dos discipulos e preparou-os para a nova forma de presen<;;ado Senhor nos sacramentos e, de uma maneira muito especial, na eucaristia dominical. o domingo e 0 dia em que, mais que qualquer outro, 0 cristao e chamado a lembrar-se da salva<;;ao que Ihe foi oferecida no batismo e que fez dele um homem novo em Cristo (cf. CI2,12). A presen<;;ado cristao na reuniao da Igreja para a eucaristia dominical nao obedece primeiramente a um preceito. Antes, e 0 testemunho de identidade do batizado e, portanto, da sua perten<;;aao Senhor. Esta perten<;;atraduz-se na escuta da palavra de Deus, na participa<;;aoda oferenda e na comunhao no amor do Senhor. Importa hoje "reevangelizar" 0 domingo, porque, em muitos lugares, 0 seu sentfdo foi obscurecido pela pressao de uma cultura individualista e materialista. Para isso, e precise recordar tantos cristaos que preferiram morrer a viver sem celebrar 0 domingo, isto e, sem 0 Senhor, que eles encontravam ao celebrar a sagrada eucaristia. Documento de Aparecida destaca que: "8em uma participa<;;ao ativa o na celebra<;ao eucarfstica dominical e nas festas de preceito, nao existira um discfpulo missionario maduro." (Documento de Aparecida, nO252). E, em vista disso, prop6e a promo<;ao da pastoral do domingo, para dar novo impulso para a evangeliza<;ao do povo de Deus no continente latino-americano. A) 0 CULTO ESPIRITUAL DOS BATIZADOS Pelo batismo, as homens sao enxertados no misterio pascal de Cristo. 0 batismo na fe da Igreja introduz a fiel na experiencia do misterio pascal de Jesus Cristo, que e morte para a pecado e vida para Deus. Sao Paulo exorta as batizados a viverem uma vida nova, no oferecimento total de si mesmos em uniao com toda a Igreja (ct. Rm 12,1-2). Este oferecimento e, pais, um culto novo, que se manifesta na humildade e no serviyo, atraves do exercfcio dos carismas pr6prios de cada um, em espirito de solidariedade, com amor sincero, na alegria e na paz. A vida de Cristo, que alimenta a nossa oferenda pela eucaristia, torna-nos semelhantes a ele e disponiveis para os outros, na unidade de um s6 Corpo e dum s6 Espfrito. Ele transforma a comunidade num temple vivo de Deus para 0 culto da nova alianya. B) A VERDADEIRA ADORA<;Ao A celebrayao eucarfstica torna presente Cristo no ate de adorayao por excelencia, que e a sua morte sabre a cruz. Tal ato realiza-se na oferenda do santo sacrificio in persona Christi, inciuindo a participayao ativa dos fieis. Esta participayao exprime-se nas palavras e nos gestos: na escuta da Palavra, no canto, na orayao universal, nas aclamayoes eucaristicas e na comunhao do pao da vida e do calice da salvayao. Em tudo isto se exprime 0 sacerd6cio real dos batizados. o ate de adorayao de Cristo e da Igreja, na celebrayao eucarfstica, nao cessa com a ayao liturgica, mas se prolonga na presenya sacramental permanente, impulsionando a participayao dos fieis pela adorayao do Santissimo Sacramento. Pela adorayao eucarfstica, os fieis reconhecem a presenya real do Senhor e unem-se ao seu ato de oferecimento ao Pai. Se 0 cristianismo deve distinguir-se sobretudo pela arte da orayao, devemos sentir a necessidade renovada de permanecer em admirayao silenciosa diante de Cristo presente no Santfssimo Sacramento. A pratica da adorayao reforya, com efeito, nos fieis, a sentido do sagrado na celebrayao eucaristica, porque 0 reconhecimento da presenya divina nas santas especies, fora da missa, contribui para cultivar a participayao ativa e interior na celebrayao e, ajuda os fieis a ve-Ia mais do que um rito social. Os frutos da adorayao se manifestam na vida, no cumprimento da vontade do Pai. Contemplar Cristo no estado de oferenda e de imolayao no Santfs- simo Sacramento leva os fieis a darem-se sem limites, pois a adorac;ao verdadeira e 0 dom de si mesmos no amor. c) as MINISTROS DA NOVA ALlAN<;:A No centro do culto da nova alianc;a, a participac;ao ativa dos membros do povo de Deus e solicitada, quer sejam Mis leigos, quer ministros ordenados. Pela mediac;ao do ministro, que age em seu Nome e mesmo na sua Pessoa, Cristo assume a oferenda da assembleia e transforma-a no seu corpo e sangue. A assembleia que faz memoria se torna, portanto, sinal da Igreja. Constituida por membros tao diversos, estao ligados entre si e com os outros membros das outras comunidades na Igreja universal. 0 ministerio dos bispos e dos sacerdotes manifesta, entao, que esta assembleia recebeu sempre 0 memorial do Senhor como um dom, um dom que ela mesma produz, mas que recebe do Pai. Tal responsabilidade chama os ministros do Senhor a viverem 0 com promisso do celibato. E dom de si, em e com Cristo, a sua Igreja, e exprime 0 servic;o prestado pelo sacerdote Igreja em e com 0 Senhor (cf. Joao Paulo II, Pastoris Dabo Vobis, nO29). 0 celibato e, pois, dom inestimavel de Deus, como um estfmulo da caridade pastoral. Profundamente radicado na eucaristia, 0 alegre testemunho dum sacerdote feliz no seu ministerio e a primeira fonte de novas vocac;6es. a Depois de "Ievantaram-se tinham visto e suscitado, nao da. 0 encontro do testemunho A) A reconhecer 0 Senhor ao partir do pao, os discipulos de Emaus no mesmo instante" (cf. Lc 24,33) para ir comunicar 0 que ouvido. Quando se faz uma verdadeira experiencia do Resse pode guardar para si a Boa-Nova e a alegria experimentacom Cristo suscita, na Igreja e em todo 0 cristao, a urgencia e da evangelizac;ao. EVANGELlZA<;:AO E A TRANSFORMA<;:AO DO MUNDO Quando a Igreja celebra 0 memorial da morte e da ressurreic;ao de Cristo nao cessa de pedir a Deus: Lembra-te, Senhor, de todos aqueles para os quais Cristo veio trazer a vida. Esta orac;ao constante exprime a identidade da Igreja e sua missao, porque ela reconhece-se solidaria e responsavel pela salvac;ao de toda a humanidade. A Igreja cumpre esta missao por meio da evangelizac;ao, que transmite a fe em Cristo, e pela busca da justi<;a e da paz, que operam a transforma<;ao do mundo. Como nos diz Aparecida, a eucaristia e, pois, a fonte e 0 cume da evangeliza<;ao e da transforma<;ao do mundo: desperta a esperan<;a, abre partilha aqueles que sac tentados a fechar as maos, faz avan<;ar a reconcilia<;ao, situa a vida e a dignidade humana no centro do compromisso da fe. Numa sociedade frequentemente dominada pela cultura da marte, exacerbada pela busca do conforto individual, do poder e do dinheiro, a eucaristia lembra o direito dos pobres e 0 dever da justi<;a e da solidariedade (d. Documento de Aparecida, nO363). Evangelizar e levar a Boa-Nova a todos os lugares da humanidade e, por impacto, transformar a partir de dentro, tomar nova a propria humanidade. Nao havera nova humanidade se nao houver, primeiramente, seres novos, da novidade do batismo e da vida, segundo 0 Evangelho. A Igreja evangeliza quando, pelo poder da Boa-Nova que proclama, procura converter, ao mesmo tempo, a consciencia pessoal e coletiva dos homens, a atividade na qual estao envolvidos, a vida e 0 meio concreto em que estao inseridos. A partir do centro eucaristico da sua vida, a Igreja de Cristo contribuiu muitas vezes para a constru<;ao de comunidades humanas, refon;ando 0 la<;o de comunhao entre as pessoas e os grupos. Segundo 0 Documento de Aparecida, a Igreja fortalece a sua comunhao na eucaristia, pois: "A Igreja que a celebra e 'casa e escola de comunhao', onde os discfpulos compartilham a mesma fe, esperan<;a e amor, a servi<;o da missao evangelizadora" (Documento de Aparecida, nO158). Em seu desejo de impulsionar a missao, Aparecida destaca 0 papel da paroquia na convoca<;ao e na forma<;ao de leigos missionarios, chamada a ser uma familia na fe e na caridade. Na vida paroquial, a eucaristia e uma escola de vida crista, por meio da qual "[...] seus membros sac preparados para dar frutos permanentes de caridade, reconcilia<;ao e justi<;a para a vida do mundo." (Documento de Aparecida, nO175). a B) CONSTRUIR A PAZ, A JUSTI<;:A E A CARl DADE A Igreja e testemunha, no meio dos homens, do dom eucarfstico, realizado para que a mundo tenha vida. Mas, como nos ensina Aparecida, a eucaristia, enquanto sinal da unidade com todos, que faz presente 0 misterio do Filho de Deus feito homem, "[...] nos prop6e a exigencia de uma evangeliza<;ao integral." (Documento de Aparecida, n° 176). A eucaristia e, entao, um constante desafio posta qualidade de vida e do amor dos discfpulos de Cristo. Que fiz ao meu irmao? (cf. Mt 25,31-46) 0 memorial, considerado 0 acontecimento central da historia da humanidade, acaba por mostrar a sua inconsequencia cada vez que os cristaos toleram toda forma de miseria, in- a justic;;a, violencia, explorac;;ao, racismo e privac;;ao de liberdade. A eucaristia convoca, pois, os crista os para participarem na restaurac;;ao continua da vida humana e da realidade social. Sobre isso nos ensinou 0 Papa Bento XVI, em seu Discurso Inaugural da Conferencia de Aparecida: "0 encontro com Cristo na Eucaristia suscita 0 compromisso da evangelizac;;ao e 0 impulso solidariedade; desperta no cristao 0 forte desejo de anunciar 0 Evangelho e testemunha-Io na sociedade para que ela seja mais justa e humana. [...] S6 da Eucaristia brotara a civilizac;;ao do amor, que transformara a America Latina e o Caribe para que, alem de ser 0 continente da Esperanc;;a, seja tambem 0 continente do Amor!" (Discurso Inaugural de S.S. Bento XVI na V Conferencia Geral do Episcopado Latino-Americano, nO4). A situac;;ao atual do mundo interpela a consciencia dos crista os a prop6sito do grave problema do respeito pela vida humana, desde 0 momenta de sua concepc;;ao ate 0 seu termo, como tambem 0 problema da fome e da miseria. A globalizac;;ao da solidariedade, em nome da dignidade inalienavel da pessoa humana, convida os crista os a gestos de caridade, sobretudo quando seres sem defesa sac atingidos por catastrofes naturais, por guerras, pela explorac;;ao econ6mica. Todas as pessoas, as quais a miseria destituiu da condic;;ao humana, sac 0 pr6ximo, por quem Cristo morreu. 0 seu corar;BO eucarfstico assumiu na cruz, antecipadamente, todas as miserias do mundo, e 0 seu Espirito impele-nos a tomar partido como Ele, pacffica e eficazmente, a favor dos pobres e das vitimas inocentes. Sustentados pela certeza dada pela ressurreic;;ao do Senhor de que, apesar de todo sofrimento que existe no mundo, 0 mal nao tem a ultima palavra, podemos comprometer-nos com mais coragem e entusiasmo para que nasc;;a um mundo mais justo. a A SANTI DADE Deus criou 0 ser humane por amor e os chamou ao amor (d. Joao Paulo II, Exortar;BO Apost6/ica Familiaris Consortio, nO 11). As vocac;;oes ao am or sao, portanto, tao diversas quanta as pessoas. A gra9a batismal conforma cada pessoa ao amor de Cristo, que 0 misterio eucarfstico alimenta e aperfeic;;oaate ao testemunho da santidade. Seja qual for 0 estado de vida, celibatario, casado ou consagrado, todos sac chamados perfeic;;ao do amor. Na unidade da vida crista, as diferentes vocac;;oes sac como os raios da unica luz de Cristo que resplandece sabre 0 rosto da Igreja, sejam leigos, ministras sagrados ou pessoas de vida consagrada. A) 0 APELO UNIVERSAL a B) A FAMiLIA, IGREJA DOMESTICA, PARA UMA CIVILlZA<;Ao DO AMOR A Eucaristia e fonte do matrimonio cristao, pais a sacriffcio eucarfstico representa a alian<;:ade amor entre Cristo e a Igreja, e e neste sacrificio da Nova e Eterna Alian<;:aque as esposos cristaos encontram a raiz donde brota, e continuamente e vivificada, a sua alian<;:aconjugal. E, no dam eucaristico da caridade, a familia crista encontra a fundamento e a alma da sua comunhao e da sua missao. A missao especffica da familia e encarnar a am or e de a por a servi<;:oda sociedade. Amor conjugal, amor paternal e maternal, amor fraterno, amor de uma comunidade de pessoas e de gera<;:6es, amor vivid a sob a signa da fidelidade e fecundidade do casal para uma civiliza<;:ao do amor e da vida. A Igreja chama a familia a frequentar assiduamente a missa dominical, pais essa fonte de amor protegera a sua estabilidade. Fortalecendo a sua consciencia de ser Igreja domestica, ela participara mais ativamente no testemunho de fe e amor que a Igreja encarna no seio da sociedade. A familia hoje enfrenta situa<;:6es dolorosas: infidelidade dos conjuges, filhos que abandonam a fe, familias divididas. Nessas experiencias dolorosas, Cristo chama as que sofrem a participarem da sua experiencia de morte e ressurrei<;:ao. Tais situa<;:6es convidam as pastores a muita caridade pastoral a fim se acolher as famllias e encorajar aqueles que vivem em situa<;:6es irregulares a participar na eucaristia e na vida da comunidade, mesmo que nao possam receber a sagrada comunhao. c) A VIDA CONSAGRADA, PENHOR DE ESPERAN<;A PERANTE 0 ESPOSO Pel a sua propria natureza, a eucaristia esta no centro da vida consagrada, pessoal e comunitaria. Para alem das considera<;:6es superficiais sabre a sua utilidade, a vida consagrada e importante precisamente porque manifesta a gratuidade do amor, no meio de um mundo que cada vez mais e abafado pela onda do descartavel. A vida da Igreja e da propria sociedade precisa de pessoas capazes de se consagrarem totalmente a Deus e aos outros par am or de Deus. DEUS AMOU TANTO 0 MUNDO Deus amou tanto 0 mundo que Ihe deu 0 seu Filho unico a fim de que por Ele, com Ele e n'Ele 0 mundo viva da vida trinitaria. A Sagrada Eucaristia e Dom de Deus por excelencia, uma prenda nupcial, acolhida e celebrada na Igreja e que faz da Igreja 0 sacramento universal da nova alianya. Este dom de am or compramete essencialmente a Igreja na missao do Espfrito Santo, ao encontra da aspirayao universal da humanidade para a liberdade e o amor. Assim nos ensina 0 Concilio Vaticano II: "Ao ajudar 0 mundo e recebendo dele, ao mesmo tempo, muitas coisas, o unico fim da Igreja e 0 advento do Reino de Deus e 0 estabelecimento da salvayao de todo 0 genera humano." (Concilio Vaticano II, Constituiq80 pastoral Gaudium et Spes, n° 45,1). "0 penhor desta esperanya e 0 viatico para este caminho deixou-os 0 Senhor aos seus naquele sacramento da fe, em que os elementos naturais, cultivados pelo homem, se convertem no Corpo e Sangue gloriosos, na ceia da comunhao fraterna e na prelibayao do banquete celeste" (Concilio Vaticano II, Constituiq80 pastoral Gaudium et Spes, nO38,2) "Na santfssima Eucaristia esta contido todo 0 tesoura espiritual da Igreja, isto e, 0 proprio Cristo, a nossa Pascoa e 0 pao vivo que da aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espirito Santo; assim, sac eles convidados e levados a oferecer, juntamente com Ele, a si mesmos, os seus trabalhos e todas as coisas criadas." (Concilio Vaticano II, Constituiq80 Presbiterorum Ordinis, nO 5) Tambem 0 Documento de Aparecida destaca a centralidade da eucaristia no discipulado e na missao e, relacionando a eucaristia e a vida, recorda, com relevancia, a mensagem dos Santos Padres, citando a exortayao de Sao Joao Crisostomo: "Querem em verdade honrar 0 corpo de Cristo? Nao consistam que esteja nu. Nao 0 honrem no temple com mantos de seda enquanta fora 0 deixam passar frio e nudez" (Sao Joao Crisostomo, Homilias Sobre Sao Mateus, L, 3-45: PG 58,508-509 apud Documento de Aparecida, nO 354)