Confecção de tecidos em malhas - SBRT

Transcrição

Confecção de tecidos em malhas - SBRT
DOSSIÊ TÉCNICO
Confecção de tecidos em malhas
Allan George A. Jaigobind
Lúcia do Amaral
Sammay Jaisingh
Instituto de Tecnologia do Paraná
Agosto
2007
DOSSIÊ TÉCNICO
Sumário
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
2 HISTÓRIA DA MALHARIA ...............................................................................................4
3 MERCADO NACIONAL DE MALHARIA ..........................................................................5
4 MATÉRIAS-PRIMAS PARA A FABRICAÇÃO DE TECIDOS DE MALHA........................7
4.1 Algodão ........................................................................................................................7
4.2 Lã ..................................................................................................................................7
4.3 Viscose .........................................................................................................................8
4.4 Fibras sintéticas ..........................................................................................................8
4.5 Elastanos......................................................................................................................8
5 TERMOS USADOS FREQÜENTEMENTE NA MALHARIA..............................................8
5.1 Laçada ..........................................................................................................................8
5.2 Rapport.........................................................................................................................9
6 AGULHAS ........................................................................................................................9
6.1 Agulhas de gancho......................................................................................................9
6.2 Agulhas de lingüeta.....................................................................................................9
6.3 Agulha composta.........................................................................................................10
7 CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS DE MALHA QUANTO AO PROCESSO DE
FABRICAÇÃO .....................................................................................................................10
7.1 Malharia por trama.......................................................................................................11
7.2 Malharia de urdume.....................................................................................................11
8 MALHARIA POR TRAMA – TIPOS DE PONTOS ............................................................11
8.1 Ponto simples ..............................................................................................................12
8.2 Ponto reverso...............................................................................................................12
8.3 Ponto omitido...............................................................................................................12
8.4 Ponto retido .................................................................................................................13
9 CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS DE MALHA POR TRAMA..........................................13
9.1 Meia malha ou jersey...................................................................................................13
9.2 Piquet............................................................................................................................14
9.3 Rib.................................................................................................................................14
10 PADRONAGEM EM MALHA POR TRAMA....................................................................14
10.1 Efeito listrado.............................................................................................................15
10.2 Efeito de padronagem obtido pela construção dos tecidos...................................15
10.3 Efeito de desenhos obtidos por controle eletrônico e por computador................15
11 OUTROS TIPOS IMPORTANTES DE TECIDO DE MALHA POR TRAMA ....................15
11.1 Malha dupla ................................................................................................................15
11.2 Malha full fashion ......................................................................................................15
11.3 Pelúcia de malha........................................................................................................15
11.4 Malha atoalhada.........................................................................................................16
11.5 Veludo de malha ........................................................................................................16
11.6 Malha interlock...........................................................................................................16
12 TIPOS DE TEARES DE MALHARIA POR TRAMA ........................................................16
12.1 Teares retilíneos ........................................................................................................16
12.2 Teares circulares .......................................................................................................17
13 TIPOS DE TEARES DE MALHARIA POR URDUME .....................................................17
13.1 Máquinas Kettensthul................................................................................................18
13.2 Máquinas Raschel......................................................................................................18
13.3 Diferenças básicas entre as máquinas Kettensthul e Raschel ..............................19
14 TECIDOS DE TRICÔ PRODUZIDOS EM MÁQUINAS KETTENSTUHL ........................19
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14.1 Características de produção.....................................................................................19
14.2 Fios nos tecidos de tricô...........................................................................................19
15 TIPOS E PROPRIEDADES DOS TECIDOS DE TRICÔ .................................................19
15.1 Tricô liso.....................................................................................................................19
15.2 Tricô satim .................................................................................................................20
15.3 Tecido felpado ...........................................................................................................20
15.4 Tricô para outerwear .................................................................................................20
15.5 Efeito de malha e fantasia.........................................................................................20
15.6 Tecidos para estofamentos.......................................................................................20
16 PROBLEMAS NA COSTURA DE TECIDOS DE MALHA...............................................20
16.1 Defeito de costura .....................................................................................................20
16.2 Rompimento da linha de costura .............................................................................21
16.3 Esgarçamento da costura .........................................................................................21
16.4 Ondulações da costura .............................................................................................21
16.5 Torções e distorções da costura ..............................................................................21
16.6 Costura falhada..........................................................................................................21
16.7 Enrolamento...............................................................................................................22
17 CUIDADOS IMPORTANTES NA CONFECÇAO DE ARTIGOS DE MALHA ..................23
17.1 Estocagem de tecidos ...............................................................................................23
17.2 Corte ...........................................................................................................................24
17.3 Costura .......................................................................................................................24
18 NORMAS TÉCNICAS .....................................................................................................24
19 PATENTES.....................................................................................................................27
20 LEGISLAÇÃO ................................................................................................................29
Conclusões e recomendações .........................................................................................29
Referências ........................................................................................................................29
Anexo – Principais instituições de interesse ..................................................................30
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DOSSIÊ TÉCNICO
Título
Confecção de tecidos em malhas
Assunto
Fabricação de tecidos de malha
Resumo
Neste dossiê são abordados os aspectos técnicos da malharia industrial. Citando as
matérias-primas mais importantes no setor, suas características e os produtos fabricados.
Além disso, será explicado a importância e as diferenças entre as agulhas, teares e todos
os materiais empregados no processo produtivo de malharia. Também serão mostradas as
legislações vigentes relacionadas à produção de malharia, um panorama de
desenvolvimento social e econômico do setor, e as instituições nacionais de maior
importância para o setor de malharia.
Palavras-chave
Confecção; fio de trama; fio de urdume; malha; malharia; roupa; tricô; vestuário
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO
Praticada há séculos, a malharia é uma técnica de produção de tecidos, na qual vários fios
de um determinado material são entrelaçados. A malharia é somente a etapa de produção
do tecido (malha), sendo a montagem de peças como roupas e cortinas, por exemplo,
denominada confecção, mesmo que estas sejam feitas com tecidos de malha.
Relativamente recente no Brasil, os tecidos de malha possuem grande aceitação, tanto no
mercado nacional como internacional, devido a sua praticidade, versatilidade e conforto,
além de poderem ser produzidos rapidamente e com custo relativamente baixo.
Apresentando significativo crescimento nos últimos anos, no Brasil, a malharia se mostra
mais forte nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que possuem
empresas com grande produção, empregadoras de várias pessoas.
A malharia pode ser dividida em industrial, comercial (produzidas a partir de máquinas
domésticas) e artística. A malharia artística pode ser dividida em malharia manual e aquela
produzida em máquina tipo doméstica e é também conhecida como tricô (tricot). No site da
Coats Corrente (http://www.coatscorrente.com.br/scripts/consumo/dica/manual_trico.asp),
pode-se obter informações sobre malharia manual e diversas receitas para produzir peças
manualmente (FIG. 1).
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Figura 1 – Peça produzida manualmente
Fonte: COATS CORRENTE
Máquinas domésticas estão disponíveis para a produção de malha e por intermédio de sua
utilização é possível obter peças menos complexas (malharia comercial) ou peças mais
trabalhadas, com desenhos (malharia artística). No site Tricô Cursos
(http://www.tricocursos.com.br) pode-se encontrar informações sobre equipamentos para a
produção de malhas domésticas e os modelos das máquinas mais comercializadas no
Brasil (FIG. 2).
Figura 2 – LANOFIX SK-280 modelo atual, aqui mostrada com a frontura acoplada
Fonte: TRICÔ CURSOS
Este dossiê abordará a malharia industrial e seus aspectos técnicos.
2 HISTÓRIA DA MALHARIA
Remontando à origem do processo manual de tricotagem, a malharia é uma das atividades
mais antigas do setor têxtil. Supõe-se que a técnica da malharia manual tenha surgido há
cerca de 1.000 anos a.C., sendo que inicialmente, não eram utilizadas agulhas, e sim
tábuas e pinos. A peça de malha mais antiga que se tem notificação encontra-se no museu
de Leicester, trata-se de uma meia de malhas que foi achada em Antinoe, no Egito, datando
do século V d.C.
Difundindo-se bastante entre os povos árabes, posteriormente, a malharia instituiu-se por
volta do ano de 1488 na Grã-Bretanha, sendo Henrique VII o primeiro rei a fazer uso das
meias de malha. No século XVI, foram produzidas as primeiras malhas de seda, que em
1561 impressionaram tanto a rainha Elizabeth I, que ela nunca mais fez uso de meias de
tecido plano.
Em 1589, o pastor William Lee inventou o tear de malhas por trama. Operado
manualmente, o princípio de funcionamento do tear de Lee é utilizado até hoje na produção
de máquinas. Diferentemente de muitos outros segmentos produtivos, mesmo após a
Revolução Industrial, a produção de tecidos de malhas ainda era predominantemente
doméstica, sendo desta forma, até cerca de 1920.
A partir do século XVIII, surgiram cortinas, cobertas, anáguas, luvas e outros produtos feitos
de malha de algodão. Durante muito tempo havia apenas vestuários de malharia brancos,
mas entre 1920 e 1925, a prática foi introduzida na alta costura, passando a produzir peças
coloridas. Porém, mesmo com este significativo avanço na década de 20, a malharia teve o
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seu maior desenvolvimento do final da década de 40, quando deu-se o surgimento das
fibras sintéticas. No início dos anos 60, 24% dos tecidos produzidos no Reino Unido eram
de malha, havendo gradativo aumento deste quadro, até em 1973, o número subir para
50%.
A antiga prática da malharia consiste na fabricação de peças utilizando-se de um único
conjunto de fios, que se conectam através de laçadas, conferindo à peça final maior
flexibilidade e elasticidade em relação aos tecidos planos, porém devido às tendências de
maior deformação e desgaste, o tecido de malha não possui aplicações para todas as
vertentes do vestuário.
Embora em outros países a malharia tenha origem secular, no Brasil, existe a apenas cerca
de 40 anos, sendo dentro da indústria têxtil, o segmento mais novo. Mesmo com pouco
tempo no Brasil, a malharia se mostra bem aceita no país, e apresenta-se como um
segmento de importância e potencial de crescimento.
3 MERCADO NACIONAL DE MALHARIA
Apresenta-se um quadro com o número de unidades produtoras de malha instaladas por
região (QUADRO 1).
Quadro 1 - Unidades fabris instaladas por região
Ano
Total
Norte
Nordeste
Sudeste
2000
3.195
39
196
2.041
2002
3.261
36
221
2.050
2003
2.874
32
195
1.806
2004
2.546
22
138
1.533
2005
2.582
18
111
1.499
Fonte: PRADO; PRADO, 2006.
Sul
863
891
785
819
927
C. Oeste
56
63
56
34
27
Segue informações da mão-de-obra empregada na indústria fabricante de malha (QUADRO
2).
Mão-de-obra
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro Oeste
Quadro 2 - Mão-de-obra empregada por região geográfica e função
2000
2002
2003
2004
363
332
340
331
5.720
6.419
6.909
6.883
66.807
45.986
48.483
48.996
44.921
46.054
46.765
49.503
889
997
1.015
1.029
Total
118.700
Direta
103.525
Indireta
3.590
Administrativa
4.935
Vendas
6.650
Fonte: PRADO; PRADO, 2006.
99.788
87.037
3.045
3.868
5.838
103.512
89.025
3.119
4.436
6.932
106.742
92.217
3.061
4.445
7.019
2005
365
6.423
53.207
54.811
1.480
116.349
99.694
3.882
5.123
7.650
A malha pode ser produzida em diversas construções de tecidos, sendo aqui no Brasil, as
mais relevantes a chamada meia malha produzida a partir de algodão e de fios sintéticos
(QUADRO 3).
5
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Natureza
Quadro 3 - Produção segundo a construção dos tecidos (em toneladas)
2000
2002
2003
2004
2005
Algodão
Elástico estreito
Elástico largo
Malha dupla
Malha tricot
Malha urdume
Meia malha
347.819
33.635
659
27.720
19.839
23.595
242.372
345.771
33.604
658
26.041
19.462
22.735
243.271
301.085
29.261
573
22.675
16.947
19.797
211.832
304.942
29.335
577
22.968
17.061
20.059
214.942
364.704
36.918
623
30.591
22.660
33.377
204.535
Artificiais e
sintéticos
Elástico estreito
Elástico largo
Malha dupla
Malha tricot
Malha urdume
Meia malha
144.886
129.858
140.567
146.365
187.466
7.825
770
22.244
5.284
50.449
58.314
6.374
751
19.180
5.029
46.385
52.139
6.921
835
20.264
6.053
53.902
52.591
7.106
849
23.372
6.102
56.422
52.514
6.811
887
26.871
6.988
62.989
82.920
Outros naturais
Elástico estreito
Elástico largo
Malha dupla
Malha tricot
Malha urdume
Meia malha
4.297
0
0
0
0
0
4.297
1.743
0
0
0
0
0
1.743
2.102
0
0
0
0
0
2.102
2.625
0
0
0
0
0
2.625
2.059
0
0
0
0
0
2.059
477.372
39.978
1.409
45.221
24.491
69.120
297.153
443.754
36.182
1.408
42.939
23.000
73.698
266.525
453.932
36.441
1.426
46.340
23.163
76.481
270.081
554.229
43.729
1.510
57.462
29.648
96.366
325.514
Total
497.002
Elástico estreito
41.460
Elástico largo
1.429
Malha dupla
49.964
Malha tricot
25.122
Malha urdume
74.043
Meia malha
304.984
Fonte: PRADO; PRADO, 2006.
A evolução do valor da produção dos produtos de malharia nos últimos 5 anos pode ser
acompanhada conforme a natureza das fibras empregadas (QUADRO 4).
Natureza
Quadro 4 - Valor da produção (em mil US$)
2000
2002
2003
2004
2005
Algodão
Puros
Mistos
2.467.765
1.464.630
1.003.135
1.764.045
1.078.202
685.843
1.731.067
1.147.238
583.829
1.980.554
1.338.816
641.738
2.990.727
2.155.095
835.632
Artificiais e
sintéticos
Acetato
Viscose
Náilon
Acrílico
Poliéster
Poliprolipeno
1.074.148
717.373
799.549
974.953
1.571.144
91
96.583
417.256
253.453
300.564
6.200
46
48.581
219.880
200.883
242.319
5.664
81
53.894
224.290
171.638
344.737
4.909
62
46.788
269.232
209.533
443.732
5.607
0
101.594
322.755
276.753
862.589
7.454
62.162
59.479
2.683
16.793
15.600
1.193
20.730
19.469
1.261
30.919
29.420
1.499
29.722
27.861
1.861
2.498.210
2.551.346
2.986.426
4.591.594
Outros naturais
Lã
Outras
Total
3.604.075
Fonte: PRADO; PRADO, 2006.
6
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O número de máquinas instaladas no Brasil nos últimos anos (2000 a 2005) pode ser
acompanhado a seguir (QUADRO 5).
Máquinas
2000
Circular
8.159
Retilínea
36.399
Kettensthul
1.353
Raschel
8.031
Malimo
68
Fonte: PRADO; PRADO, 2006.
Quadro 5 - Máquinas instaladas
2002
2003
8.421
8.934
37.850
38.543
1.415
1.415
8.158
8.158
74
74
2004
9.141
38.563
1.429
8.172
74
2005
9.153
39.836
1.430
8.170
71
É importante salientar que o parque das máquinas de malharia no Brasil possui tecnologia
de 4 a 10 anos conforme dados apresentados pelo IEMI (QUADRO 6).
Quadro 6 - Idade média das máquinas instaladas no Brasil
Máquinas
Até 3 anos
4 a 10 anos
11 a 15 anos + de 15 anos
Circular
6,8%
51,6%
38,7%
2,9%
Retilínea
5,8%
65,3%
16,3%
12,6%
Kettensthul
1,0%
65,4%
19,7%
13,9%
Raschel
0,2%
74,8%
14,9%
10,1%
Malimo
0,0%
0,0%
77,4%
22,6%
Fonte: PRADO; PRADO, 2006.
Total
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
4 MÁTÉRIAS-PRIMAS PARA A FABRICAÇÃO DE TECIDOS DE MALHA
A indústria de malharia, no que diz respeito aos tipos de matérias-primas, se mostra
bastante abrangente, utilizando fios de praticamente todos os tipos: fibras naturais (lã,
algodão), artificiais (viscose), sintéticos (nylon, poliéster, acrílico) e também os elastanos
(lycra). Mesmo podendo usar grande variedade de fios, a formação dos diferentes tipos de
malhas não segue uma uniformidade, havendo a utilização de diferentes máquinas e o
direcionamento de determinados fios para a formação dos diferentes tipos de malhas.
A seguir, são relacionadas as principais-matérias primas utilizadas na fabricação de tecidos
de malha.
4.1 Algodão
Tanto puro como misturado, em especial na malharia por trama, o algodão é a fibra de
maior importância na malharia.
No Brasil, a produção de malhas com fibra de algodão representa quase toda a fabricação
por trama, com destaque para as camisetas do tipo T-Shirt, constituídas de malhas feitas
em teares circulares. Este tipo de produto possui grande aceitação popular, devido a sua
aplicação de vestuário do dia-a-dia e pelo baixo custo adicional, o que se aplica também
aos moletons de algodão, que são produzidos nos mesmos teares circulares que as
camisetas, e se mostram, principalmente em relação ao inverno brasileiro, otimamente
adequados ao clima da maioria das regiões do país.
Embora tendo como principais produtos as T-Shirts e os moletons, as malharias de algodão
também são muito bem aproveitadas na produção de meias esportivas e no vestuário
feminino, principalmente com o misto chamado cotton-lycra (mistura de algodão com
elastano).
4.2 Lã
Devido a seu preço elevado, sua adequação a climas mais frios dos que os observados na
maioria das regiões brasileiras e seu alto nível de sugestão a encolhimentos e deformações,
a lã não é utilizada em tão larga escala no Brasil.
Usando-se máquinas retilíneas para sua produção, a malha de lã, diante das condições
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adversas que tem no Brasil, tem sido substituída pela fibra acrílica no país, por causa de
seu menor custo, maior durabilidade e por seu caráter antialérgico.
4.3 Viscose
É uma fibra artificial com características similares às do algodão. A viscose é usualmente,
misturada em variadas proporções com o algodão, acrescentando a este, melhor toque,
caimento, brilho, cor e textura.
Por seu toque e caimento tão únicos, o produto 100% viscose de meia-malha, ganhou o
nome próprio de Bali.
4.4 Fibras sintéticas
As fibras sintéticas como poliamida, poliéster e acrílico são amplamente usadas pelo setor
têxtil.
A poliamida, comercialmente conhecida como nylon, é especialmente produzida para
aplicações no setor têxtil, permitindo a produção de fio 3,5 vezes mais resistentes do que os
do algodão. Os tecidos de malha feitos com nylon associado a algum elastano, são
largamente empregados nas linhas de roupas de banho, íntimas e esportivas.
O poliéster é uma fibra versátil, com grande aplicação no setor de vestuário, linhas de
costura, produção de mantas e não-tecidos, além de outras aplicações em setores não
têxteis. Seu preço é bastante acessível, sendo bem competitivo em relação ao algodão.
A fibra acrílica foi introduzida no Brasil em 1968, objetivando competir com a lã no mercado
de peças de inverno. Atingindo sucesso, seu uso expandiu-se bastante, sendo hoje
empregada na fabricação de pulôveres, artigos para recém-nascidos, blusas, camisas e em
muitos outros produtos, podendo ser misturada com algodão ou lã em diversas proporções.
O grande êxito da fibra acrílica na disputa de marcado com a lã deve-se às vantagens dela
sobre a concorrente, com o menor custo, a maior solidez e brilho, assim como a melhor
resistência às lavagens em máquinas.
4.5 Elastanos
As fibras elásticas como o elastano, permitem produzir roupas que aderem ao corpo sem
impossibilitar os movimentos. Sempre combinadas a outras fibras não-elásticas, naturais,
sintéticas ou artificiais, a fibras elásticas permitem a produção de uma ampla gama de
produtos de vestuário, destacando-se nos mercados de roupas íntimas, de praia e
esportivas.
No Brasil, o mais conhecido dos elastanos é a Lycra®, que dada sua grande difusão, se
tornou denominação genérica para fios elásticos da área têxtil.
Os fios de elastano são quase que de uso exclusivo da malharia por urdume; a grande
exceção é o cotton-lycra, tecido elástico leve, predominantemente de algodão, o qual é
fabricado em teares circulares.
5 TERMOS UTILIZADOS FREQÜENTEMENTE NA MALHARIA
5.1 Laçada
A laçada é o elemento fundamental de um tecido de malha, normalmente formada por
flexão do fio.
Na terminologia da malharia, a fileira vertical de malhas em um tecido de malha de trama, é
chamada de colunas. É bom frisar que cada coluna representa uma agulha em trabalho no
tear.
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Já a carreira horizontal de malhas é chamada de curso ou carreira e neste caso refere-se à
série de laçadas que se distribuem horizontalmente ao longo do tecido. Todas as laçadas de
uma mesma carreira são formadas por uma sucessão das diferentes agulhas. No caso da
Figura 2 o tecido de malha possui 4 cursos e 5 colunas.
Figura 2 – Cursos e colunas
Fonte: CHEREM, 2004.
5.2 Rapport
Ao completar o número total de alimentadores, existe a repetição da estrutura de tecimento
e este fato é conhecido por “rapport” do tecido, ou seja, a menor unidade de repetição de
uma estrutura de malha e os seus desenvolvimentos no sentido vertical e horizontal que
formam o tecido.
6 AGULHAS
O principal elemento no processo do tecimento da malha é sem dúvida a agulha. Na
verdade, tudo se cria em torno da agulha, tome-se como exemplo o próprio tear, que foi
concebido com o intuito de acondicionar a agulha e de promover os movimentos mecânicos
necessários, para que ela busque o fio e possa entrelaçá-lo em uma laçada formada
anteriormente, de forma rápida e o mais preciso quanto possível.
Existem milhares de espécies de agulhas diferentes para utilização em teares de malha. Tal
variedade deve-se não somente ao grande número de tipos de teares de malhas existentes
atualmente no mercado, mas também às diferenças existentes na concepção de teares do
mesmo tipo.
Segue a classificação das agulhas que atendem estas variações de teares.
6.1 Agulhas de gancho
Agulhas de gancho é o tipo de agulha mais antiga, tendo sido inventada por Willian Lee em
1589. É um tipo de agulha de construção simples e por isso de preço acessível, porém com
uma série de limitações para a produção de tecidos que requerem uma alta escala de
produção e de grandes exigências de qualidade no produto (ERHARDT, 1983 apud
CHEREM, 2004). De forma genérica, pode-se afirmar que é a agulha de gancho,
normalmente utilizada para malhas finas e fechadas.
6.2 Agulhas de lingüeta
A agulha de lingüeta foi inventada por Mathew Townsend em 1849, segundo Araújo e
Castro (1986) citados por Cherem (2004), este tipo de agulha possui algumas vantagens
sobre a agulha de mola, sendo um deles, o fato desta agulha não necessitar de uma
operação mecânica de fechamento da mola para produzir a laçada. Este fator contribui
fortemente para o aparecimento de teares mais velozes. A agulha de lingüeta é
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freqüentemente encontrada em máquinas de malharia de trama tipo circular e retilínea.
A agulha de lingüeta e as suas partes constituintes encontram-se ilustradas na figura abaixo
(FIG. 3).
Figura 3 – Agulha de lingüeta e partes constituintes
Fonte: CHEREM, 2004.
Algumas vantagens para o uso da agulha de lingüeta são:
-a máquina circular quando posta a operar com a agulha de lingüeta, terá maior número de
rotações e, portanto, maior produtividade;
-a agulha de lingüeta dispensa maior quantidade de mecanismo para o seu próprio
funcionamento; e
-a retirada e a reposição das agulhas de lingüeta tornam-se uma operação mais fácil para o
operador.
Figura 4 – Comparação entre agulha de gancho e agulha de lingüeta
Fonte: DU PONT DO BRASIL, 1991.
6.3 Agulha composta
Combina muitas das vantagens da agulha de lingüeta e da agulha de mola. O fechamento
da lingüeta se dá de forma automática, não necessitando de qualquer mecanismo externo
para fechar o gancho. Agulhas compostas são largamente utilizadas em malharia de
urdume.
7 CASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS DE MALHA QUANTO AO PROCESSO DE
FABRICAÇÃO
Os tecidos de malha são classificados conforme o processo de fabricação em malharia por
trama e malharia por urdume.
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7.1 Malharia por trama
O tecido de malha por malharia de trama é
obtido a partir de um único fio que faz
evoluções pelas diversas agulhas, nesse
sistema o entrelaçamento ocorre na direção
horizontal (por isso chamado de trama) com
diversas agulhas posicionadas de forma
lateral ou circular (FIG. 5). Nesse caso, temse os teares retilíneos e os teares circulares.
Figura 5 – Malharia por trama
Fonte: MALUF; KOLBE, 2003.
7.2 Malharia de urdume
Na malharia por urdume, antes da formação
da malha em si, é feita a operação de
urdimento, que consiste em dispor os fios
ordenadamente e paralelamente sobre uma
bobina, conforme a largura que se almeje
para o tecido. Já com relação à produção da
malharia por urdume propriamente dita,
nesta, as malhas se formam
simultaneamente no sentido longitudinal,
alimentando-se cada agulha por um fio (FIG.
6).
Figura 6 – Malharia por urdume
Fonte: MALUF; KOLBE, 2003.
Quadro 7 - Diferenças básicas na malharia por trama e por urdume
Malharia por trama
- Todas as agulhas são alimentadas por
um mesmo fio ou grupo de fios.
Malharia por urdume
- Cada agulha é alimentada por um ou
mais fios.
- A largura é fixada pelo número de
agulhas em trabalho (máquinas retilíneas)
ou pelo diâmetro da máquina (máquina
circular).
- A largura é fixada pelo número de fios e
agulhas em trabalho.
- As malhas são formadas
sucessivamente; malhas vizinhas são
formadas pelo mesmo fio ou grupo de fios.
- As malhas são formadas
simultaneamente; malhas vizinhas são
formadas por fios diferentes.
- Os artigos são sempre desmalháveis, isto
é, uma vez tricotados, podem ser
destricotados.
- Os artigos são, na sua maioria,
indesmalháveis, uma vez tricotados não
podem ser destricotados.
- Os artigos possuem pouca estabilidade
dimensional, deformando-se com relativa
facilidade.
- Os artigos possuem boa estabilidade
dimensional, não se deformam facilmente.
Fonte: MALUF; KOLBE, 2003.
8 MALHARIA POR TRAMA - TIPOS DE PONTOS
Para desenvolver os diversos tipos de estrutura de malhas existentes são realizadas
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diversas combinações, com três principais tipos de pontos.
Existem vários tipos de estruturas de tecidos de malha de trama. Estas estruturas são
conseqüência da formação do tipo de ponto ou da forma geométrica das laçadas. Existem
quatro principais pontos utilizados em tecidos de malharia.
8.1 Ponto simples
O ponto simples é o ponto básico da malharia, é também chamado de ponto liso. Este ponto
é a base dos tecidos conhecidos como meia-malha ou malha jersey (FIG. 7).
Figura 7 – Ponto simples e ponto reverso
Fonte: DU PONT DO BRASIL, 1991.
8.2 Ponto reverso
O ponto reverso tem a configuração da parte traseira do ponto simples, ou seja, a parte de
trás da meia-malha é uma malha reversa (FIG. 7).
8.3 Ponto omitido
O ponto omitido é criado quando uma ou mais agulhas são desativadas e não se movem
para aceitar o fio. Este somente passa por elas e nenhuma malha é formada. Esta malha
pode ser reconhecida na sua parte traseira pelo fio solto que gera (FIG. 8).
Figura 8 – Ponto omitido
Fonte: DU PONT DO BRASIL, 1991.
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8.4 Ponto retido
O ponto retido é quando a agulha segura a laçada anterior e então recebe um novo fio
conectando duas laçadas na cabeça da agulha. A ação pode ser repetida várias vezes, mas
os fios eventualmente devem ser descarregados da agulha e malhados.
A malha resultante apresenta uma fileira alongada, que pode ser reconhecida por uma
espécie de “V” invertido e alongado de dois a três cursos, conforme o numero de vezes que
a malha foi retida (FIG. 9).
Figura 9 – Ponto retido
Fonte: DU PONT DO BRASIL, 1991.
9 CLASSIFICÃO DOS TECIDOS DE MALHA POR TRAMA
De todos os pontos existentes resultam as quatro estruturas primárias dos tecidos de malha
por trama e, destas estruturas básicas, são feitas todas as outras construções. Os tipos
básicos de tecidos em malharia por trama são descritos a seguir.
9.1 Meia malha ou jersey
O tecido de meia malha tem todas as laçadas desenhadas apenas de um lado do tecido
(todos os pontos são simples). O tecido tem, assim, uma face e um avesso bem definido
(FIG. 10). Todas as agulhas puxam o tecido somente em uma direção. Como conseqüência,
a meia malha é um tecido desbalanceado e, por apresentar esta diferença de tensões entre
as duas faces, tende a enrolar nas bordas ou, como é comumente conhecida, nas ourelas,
bem como, esticam aproximadamente em ambas direções, comprimento e largura.
Estes tipos de tecidos de malha podem ser produzidos em máquinas circulares e retilíneas
de monofrontura.
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Figura 10 - Meia malha (jersey simples)
Fonte: CHEREM, 2004.
9.2 Piquet
Uma variação da estrutura da meia-malha é o piquet, também produzido na máquina de
monofrontura. Caracteriza-se pelo ponto retido, representando um “V” ou um “U” no tecido
de malha. Isto se deve ao fato da laçada ser formada pelo não descarregamento da malha
anterior. Usualmente, este tipo de malha é utilizado na fabricação das camisetas conhecidas
comercialmente como camisetas pólo.
9.3 Rib
Os tecidos tipo rib ou canelados (tipo punho) são caracterizados pelos pontos simples e
reverso, observáveis em ambos os lados do tecido. Uma vez que os tecidos rib apresentam
malhas desenhadas em ambos os lados do tecido, as máquinas usadas para produzi-los
requerem dois conjuntos de agulhas (dupla frontura), posicionadas em um ângulo
apropriado entre eles e cada conjunto é capaz de produzir malhas.
As malhas tipo rib podem ser produzidas em teares por trama retilíneos ou circulares. O
tecido é literalmente formado entre as duas agulhas (FIG. 11).
Figura 11 – Formação do tecido rib
Fonte: CHEREM, 2004.
10 PADRONAGEM EM MALHARIA POR TRAMA
Diversos efeitos podem ser realizados sobre os tecidos de malha, objetivando a ampliação
de sua utilização pelo mercado consumidor.
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10.1 Efeito listrado
Listrado na horizontal, requer somente a seleção e seqüência de fios coloridos, não sendo
necessário nenhum ajuste mecânico da máquina. Os efeitos listrados podem ser obtidos
nas construções de jersey, rib ou tecidos link-link.
10.2 Efeito de padronagem obtido pela construção dos tecidos
Diferentes padronagens podem ser obtidas por meio da seleção mecânica, ou
eletromecânica das agulhas. Neste caso, pontos simples, retidos, reversos ou omitidos
podem ser formados no tecido; desta forma, texturas mais abertas e efeitos rendados
podem ser construídos.
10.3 Efeito de desenhos obtidos por controle eletrônico e por computador
Os efeitos descritos podem ser obtidos facilmente e com rapidez por meio de máquinas
eletrônicas e computadorizadas, sendo que este tipo de sistema impactou profundamente
na industria de malharia nos últimos anos (FIG. 12).
Figura 12 – Tear circular eletrônico
Fonte: ORIZIO
11 OUTROS TIPOS IMPORTANTES DE TECIDOS DE MALHA POR TRAMA
11.1 Malha dupla
Os tecidos de malha dupla são produzidos em máquinas rib ou interlock. Estes tecidos são
mais pesados e mais grossos do que o jersey, são mais estáveis em razão de suas malhas
fechadas e da quantidade de pontos utilizados.
11.2 Malha full fashion
É obtido em malha retilínea por trama e é geralmente utilizado na manufatura de sweaters,
onde a forma e o contorno do ombro e busto podem ser configurados durante a malharia.
As peças full fashion são aquelas que apresentam marcas da modelagem e são, em geral,
superiores e mais caras do que os artigos de malharia convencionais.
11.3 Pelúcia de malha
São um tipo de jersey que envolve um processo de alimentação de um cabo de fibra,
cortado em forma de uma fita diretamente na malha, sendo que desta forma, literalmente, a
fibra é pega na estrutura da malha e fixada entre elas.
Como o próprio nome diz, este tecido de malha por trama é uma imitação de peles de
animais e utiliza principalmente fios de algodão e polipropileno.
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11.4 Malha atoalhada
São malhas tipo jersey com dois fios alimentados simultaneamente na mesma agulha de
malharia, sendo que um fio é o da base e o outro de loop. Os fios de loop são puxados por
dispositivos especiais que formam a felpa do tecido atoalhado. É utilizado este tipo de
malha na fabricação de robes e roupas de praia.
11.5 Veludo de malha
São malhas tipo jersey com dois fios alimentados simultaneamente, como o atoalhado,
sendo o fio do loop cortado através do processo de navalhagem e, posteriormente,
escovado.
11.6 Malha interlock
A diferença entre o rib e o interlock dá-se pelas disposições relativas entre as agulhas do
cilindro e do disco: interlock (frente a frente) e rib (defasada).
O tecido interlock caracteriza-se por possuir os dois lados do tecidos iguais, exatamente
pela disposição das agulhas, as colunas do lado direito são exatamente opostas às colunas
do lado avesso do tecido de malha. Sendo assim, este tecido não pode ser estendido nos
dois sentidos, comprimento e largura; são mais firme e os artigos formados por este tipo de
tecido possuem maior estabilidade dimensional que os rib.
12 TIPOS DE TEARES DE MALHARIA POR TRAMA
Para a produção de malhas por trama, basicamente, são utilizados dois tipos de máquinas,
o tear circular e o tear retilíneo.
Tanto para a malharia por trama quanto na por urdume, os teares devem possuir quatro
partes básicas: coletor de tecido, puxador de tecido, elementos de tricotagem e porta-fios.
12.1 Teares retilíneos
Esses teares fazem todos os tipos de tecidos de malha para vestuário, mas são também
utilizados na fabricação de golas e punhos para camisas de malha do tipo "polo" e tecidos
com desenhos próprios para a produção de blusas e blusões. Bastante numerosos, são
mais utilizados por pequenas empresas e confecções. A utilização do tear retilíneo se dá
principalmente na produção de malhas consideradas mais pesadas, para inverno e,
normalmente, utilizam-se de fios de lã e acrílico.
As máquinas retilíneas são equipamentos semelhantes aos antigos teares manuais de uso
doméstico, mas muito mais avançados tecnologicamente, capazes de fabricarem tecidos de
altíssima qualidade. O tear retilíneo produz um tecido de malha aberto, onde um sistema de
pedras se movimenta através de um carro e um conjunto de agulhas fica parado. Na
maioria das vezes, o número de cones é inferior aos das máquinas circulares, e a
programação é fácil (FIG. 13).
Inicialmente, a máquina necessitava de um operador para movimentar o carro, porém com
as inovações tecnológicas, os novos modelos estão cada vez mais automatizados e
computadorizados. Este tipo de equipamento é empregado principalmente na produção de
artigos de malha mais pesados e de estruturas mais complexas, com desenhos, listras e
relevos.
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Figura 13 – Tear retilíneo
Fonte: SHIMA SEIKI
12.2 Teares circulares
São as máquinas de malharia mais comuns, que se caracterizam por terem um grande
número de alimentadores dispostos em círculos, produzindo um tecido tubular contínuo
(FIG. 14).
Nos teares circulares, os cones e fios são colocados em chapéu situado sobre a máquina
ou ainda em uma gaiola lateral. Os teares circulares fabricam um tecido fechado cujo
diâmetro varia de acordo com o número de agulhas que a máquina possui. O grupo de
máquinas circulares é formado por máquinas de grande diâmetro, que incluem as
monocilíndricas, voltadas à produção de meia-malha, as circulares de dupla frontura, própria
para a fabricação de malhas duplas, e as circulares de duplo cilindro, que são voltadas a
feitoria de malhas fantasia.
Figura 14 – Teares circulares
Fonte: ORIZIO
O outro grupo de máquinas circulares é o das de pequeno diâmetro, direcionadas à
produção de meias masculinas e femininas, as quais saem praticamente prontas da
máquina, faltando apenas a costura para fechar a ponta do pé.
No tear circular, os alimentadores são dispostos em círculos, produzindo um tecido tubular
contínuo. Essas máquinas apresentam alto rendimento, sendo também bastante versáteis,
possibilitando a produção dos mais diversos tipos de tecidos.
13 TIPOS DE TEARES DE MALHARIA POR URDUME
Na malharia por urdume, antes da formação da malha em si, é feita a operação de
urdimento, que consiste em dispor os fios ordenadamente e paralelamente sobre uma
bobina, conforme a largura que se almeje para o tecido. Já com relação à produção da
malharia por urdume propriamente dita, nesta, as malhas se formam simultaneamente no
sentido longitudinal, alimentando-se cada agulha por um fio. Na malharia de urdume
encontram-se os dois principais tipos de máquinas Kettensthul e Raschel.
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13.1 Máquinas Kettensthul
São dedicadas a produção de tecidos basicamente lisos para roupas íntimas, tecidos
elásticos, forros, veludos para estofamento e tecidos para toalhas de mesa.
As máquinas Kettensthul utilizam agulhas de bico e compostas, direção de puxamento do
tecido perpendicular à posição das agulhas e permitem grandes velocidades de produção,
bem como a produção de artigos de espessura bem fina. Este tipo de máquina é alimentada
por carretéis de fios, estes os quais, podem ser naturais, sintéticos ou artificiais.
As máquinas de última geração possuem controles eletrônicos e operam em velocidades de
3.800 a 4.000 rpm, com produção de 25 a 30 metros de tecido por hora.
13.2 Máquinas Raschel
Estas máquinas são voltadas à fabricação de tecidos lisos e rendados para toalhas de
renda, lingerie, cortinas, tecidos elásticos e outros (FIG. 15).
Figura 15 – Máquina Raschel de dupla frontura
Fonte: TEXMA
Utilizando agulhas de lingüeta, direção de puxamento do tecido paralela às agulhas e
destinadas à produção de malhas mais grossas e pesadas, as máquinas Raschel possuem
velocidade de produção inferior às máquinas Kettensthul, mas podem produzir desde
rendas bem simples até rendas bastante sofisticadas (FIG. 16).
Figura 16 – Renda produzida em máquina Raschel
Fonte: RENDA...
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13.3 Diferenças básicas entre as máquinas Kettensthul e Raschel
Quadro 8 – Diferenças básicas entre as máquinas Kettensthul e Raschel
Máquinas Kettenstuhl
- Utilizam agulhas de bico e compostas.
Máquinas Raschel
- Utilizam agulhas de lingüeta.
- Direção de puxamento do tecido é
perpendicular às agulhas.
- Direção de puxamento do tecido é
paralela às agulhas.
- Permitem maiores velocidades e maior
produção.
- Não permitem velocidades de produção
elevadas, devido ao tipo de agulha
empregada, mas são mecanicamente mais
simples.
- Permitem produção de artigos mais finos,
por utilizar agulhas mais finas.
- Permitem produção de artigos mais
grossos e pesados.
- Não podem trabalhar com fios muito
tensionados.
- As agulhas suportam elevadas tensões
sobre os fios. São ideais para produção de
tecidos bem abertos e transparentes, sem
prejuízo à uniformidade do artigo.
Fonte: MALUF; KOLBE, 2003.
14 TECIDOS DE TRICÔ PRODUZIDOS EM MÁQUINAS KETTENSTUHL
Na malharia de urdume, os tecidos mais produzidos são os de tricô. Produzidos com as
máquinas Kettenstuhl, estes tecidos apresentam algumas diferenças entre si. Em função do
tipo de fio utilizado e das características da máquina, os tecidos de tricô podem apresentar
diferentes texturas e aparências.
14.1 Características de produção
As máquinas de tricô podem produzir maior quantidade de tecido do que qualquer outro tipo
de máquina para malharia, porém com relação aos custos de produção, o tricô já não se
mostra tão vantajoso, já que requer fios mais caros e urdume cuidadoso. Outra
desvantagem é o sistema de troca de desenho, que diferentemente do que ocorre na
malharia por trama, no caso da tricotagem ocorre de forma lenta e tediosa.
As máquinas Ketttensthul podem estar equipadas com duas a cinco barras de guia-fios,
sendo os tecidos de tricô por tal, descritos como tecido 2 barras, 3 barras, etc.
14.2 Fios nos tecidos de tricô
O tricô emprega exclusivamente fios filamentos ou filamentos texturizados, pois apenas
estes fios apresentam uniformidade de diâmetro e qualidade para o processamento veloz e
de alto índice de finura exigido no tricô.
Quando usados os fios com características necessárias, as máquinas de tricô produzem
tecidos bastante consistentes e com alto grau de malhas por polegada. Os tecidos deste
tipo de malharia, geralmente, têm uma denominação de malha limpa e uniforme.
15 TIPOS E PROPRIEDADES DOS TECIDOS DE TRICÔ
Tipicamente os tecidos de tricô são usados para a produção de lingeries, porém, também se
mostram bastante presentes em artigos esportivos, tecidos para automotivos e vestidos.
Existem vários tipos de tecidos em tricô, dentre eles, os principais são identificados a seguir.
15.1 Tricô liso
Feito em máquinas com duas barras, a produção deste tecido, também conhecido como
tricô jersey, utiliza em maior escala fios de nylon, poliéster, triacetato e acetato.
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15.2 Tricô satim
Trata-se de uma variação do tricô liso feito com loops de até seis fileiras de largura na parte
traseira do tecido. Com excelente estabilidade e pouca sugestão ao enrolamento, os tecidos
de tricô satim são bastante suaves e acetinados no que diz respeito à sensação tátil.
15.3 Tecido felpado
Muito utilizado em roupas esportivas e de dormir, o tecido felpado emprega
majoritariamente fios de nylon. Uma característica importante deste tecido é que, como
todos os tecidos felpados e aveludados, deve ser cortado em apenas uma direção.
15.4 Tricô para outerwear
Não são um tipo especifico de tecido, mas sim uma grande variedade de estruturas usadas
para itens de vestuário em geral. Algumas vezes, o tricô para outerwear é feito com fios
introduzidos, separados por urdimento, não malhados, porém inseridos nas malhas.
15.5 Efeito de malha e fantasia
Trata-se do efeito de malha e tipo rede que são introduzidos no tecido (principalmente em
lingeries), não se tratando, portanto, de um tecido de tricô específico. Estes materiais são
feitos por omissão de agulhas e fios em pontos intermitentes.
15.6 Tecidos para estofamentos
Geralmente feitos com nylon, dada a sua grande resistência à abrasão, os tecidos de tricô
para estofados são usados amplamente na indústria automotiva. Estes tecidos são
constituídos com fios relativamente grossos (125 a 150 denier), a partir de duas barras e
com malhas apertadas.
16 PROBLEMAS NA COSTURA DE TECIDOS DE MALHA
Basicamente, a confecção de vestuário utilizando-se malhas segue os mesmos padrões
gerais da confecção. Mais detalhes podem ser encontrados no dossiê disponível em:
SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Confecção de vestuário. Curitiba:
Tecpar, 2007. Disponível em: <http://www.sbrt.ibict.br/upload/dossies/sbrt-dossie69.pdf>.
Acesso em: 12 ago. 2007.
Devido às próprias características dos tecidos de malha, durante sua costura podem ocorrer
alguns problemas. Dentre os mais freqüentes estão: defeito de costura, rompimento,
esgarçamento, ondulação, torções e distorções da costura, além de falhas nas costuras,
falha no ponto e enrolamento (QUADRO 9).
16.1 Defeito de costura
Mais comum nos tecidos de malhas finas, o defeito de costura ocorre quando há uma
deterioração na costura. Durante o processo de costura, pode ser que este problema não
esteja aparente, porém, com o uso e lavagem das peças, a deterioração se tornará visível.
Em sua maioria, os defeitos de costura estão ligados ao tipo de fio, à fibra, ao tamanho, ao
número de camadas e ao acabamento. Quanto mais fino for o fio e menor o número de
malhas, maior será o risco de defeitos.
Como medida de precaução e redução destes defeitos, podem ser utilizados amaciantes
(que aumentam a mobilidade dos fios) e agulhas mais finas, com ponta mais longa e haste
mais forte (que aumentam a força de penetração nos tecidos).
Por ser diretamente proporcional ao número de camadas a serem costuradas e à rigidez
destas, deve-se sempre observar e criar um planejamento de produção baseado, dentro do
possível, nos defeitos de costura.
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16.2 Rompimento da linha de costura
O aquecimento da agulha e as tensões ocorridas durante seu uso são os principais
causadores do rompimento da linha de costura.
Referente à resistência longitudinal na direção dos pontos da costura, este problema não
apresenta grande dificuldade de trato. Para corrigi-lo, deve-se primeiramente igualar a
extensibilidade da costura à do tecido, depois, verificar a direção da costura no tecido, já
que os tecidos de malha alongam-se mais em direção às carreiras das máquinas.
Outro modo de se prevenir contra o rompimento da linha é usar o ponto corrente ao invés
do ponto lock, já que por ter uma quantidade de consumo de linha maior, o ponto corrente
proporciona uma maior capacidade de extensão da linha.
16.3 Esgarçamento da costura
O esgarçamento da costura caracteriza-se pelo aparecimento de vãos entre os pontos de
penetração da agulha.
A extensibilidade do tecido, quando excessiva, provoca o esgarçamento, que vem a
depreciar o produto e diminuir a sua resistência; embora seja um problema, um certo grau
de esgarçamento deve ser tolerado. Por possuírem estruturas mais porosas e terem maior
flexibilidade, os tecidos de malha estão mais sujeitos ao esgarçamento do que os tecidos
planos.
Para se evitar o esgarçamento, a medida mais simples é ajustar a tensão da linha e a
densidade dos pontos, porém, medidas como reforçar a costura com mais pontos e utilizar
um cadarço junto à costura também se mostram interessantes.
16.4 Ondulações da costura
Em função do alto índice de alongamento apresentado pelos tecidos planos e de malhas,
com inclinação de trama, as ondulações na costura se apresentam comumente nestes
materiais.
As ondulações surgem quando se utilizam densidades de pontos muito elevadas, causando
um aglomerado e um alongamento do tecido na linha de costura.
Observar o mecanismo de alimentação, ação do pé calcador e não esticar o tecido sobre o
calcador são boas medidas de prevenção contra as ondulações da costura, porém, muitas
vezes, é necessário fazer uma escolha entre aparência e resistência da costura.
16.5 Torções e distorções da costura
Muitas vezes, as torções e distorções da costura só se tornam visíveis após a lavagem das
peças, sendo estas mais comuns nas costuras laterais.
Sobre este problema, o confeccionista quase não tem influencia, pois este defeito é oriundo
da espiralidade característica dos processos de malharia por trama.
A fim de reduzir e até mesmo evitar as torções e distorções, pode-se realizar vaporizações e
passagens de ferro (estas, com efeito, temporário) e ajustes nos moldes, deixando a
costura inclinada em um ângulo oposto à espiralidade do processo de malharia por trama.
16.6 Costura falhada
Passagem errada da linha, máquinas mal ajustadas, pontas de agulha com defeitos e
outros fatores, levam a uma costura falhada, sendo que no caso dos tecidos de malha,
mesmo que a máquina esteja bem ajustada, ainda haverá um certo percentual de falha,
pois os estes tecidos possuem um deslocamento natural quando postos sob o movimento
vertical da agulha.
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Este problema se dá principalmente nos tecidos de malhas de fios sintéticos e cresceu com
a chegada das máquinas de costura de maior velocidade de ponto corrente.
Para evitar este problema, primeiramente, deve-se baixar a altura da agulha, deixando-a
entre 0,5 e 1 mm, formando-se assim, a laçada do ponto mais facilmente.
16.7 Enrolamento
O enrolamento da margem é um problema natural apresentado pelos tecidos de malha
(principalmente os de jersey simples), que ainda não possui uma solução permanente.
Embora sem solução definitiva, os efeitos do enrolamento podem ser retardados e
minimizados por algumas medidas. Usar um endurecedor temporário (ácido benzóico) pode
ser uma medida de redução do enrolamento, mas, em contrapartida, será um agravante do
defeito da costura. Como retardador do enrolamento, existe a possibilidade de se dispor
folhas de papel entre as folhas de enfesto, retardando desta forma, o enrolamento para o
último momento de produção.
Quadro 9 - Problemas na costura de tecidos de malhas – causas e soluções
Problemas
Causas
Propriedade do tecido
(estrutura e acabamento).
Aquecimento da agulha.
Defeitos da costura:
Material muito grosso (duas
ou mais camadas de tecido).
Defeitos da costura:
Ajuste inadequado da
máquina.
Manuseio inadequado do
operador.
Linha e ponto de costura de
insuficiente resistência e
alongamento.
Rompimento da costura:
Direção da costura.
Estrutura do tecido.
Esgarçamento na
costura:
Densidade de pontos e linhas
de costura.
Elevada densidade de pontos
e pressão no calcador.
Soluções
Agulhas mais finas, de ponta mais
alongada e haste mais rígida; evitar
pontos muito densos.
Agulhas e linhas de costura mais
finas; ar de resfriamento;
lubrificante; menos pontos; reduzir a
velocidade de costura; manutenção
da agulha.
Modelo simples, menos costuras e
pontos; evitar top stitching;
suficientes retornos de costura e
bom planejamento do espaçamento
dos pontos.
Teste prévio de costurabilidade;
chapa de agulha (throat plate)
nunca inferior a duas vezes o
diâmetro da agulha; pé calcador
com maior fenda e menor pressão.
Treinamento adequado.
Usar linhas sintéticas; aumentar
moderadamente o número de
pontos/cm; usar ponto corrente,
costura plana, etc.
Usar ponto overlock nas costuras
ao longo das colunas; usar
multiponto corrente ou flatlock na
cava da manga; scrotch e costuras
laterais, etc.
Usar cover stitch para malhas
pesadas; lap seams para malhas
mais finas.
Tensão e tamanho de pontos
adequados; adição de cadarços.
Adequada densidade de ponto e
menor pressão do calcador.
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Material facilmente
deformável.
Estilo flare botton
Espiralidade das malhas.
Costuras torcidas
(enroladas):
Manuseio inadequado do
operador.
Estrutura do tecido.
Costura falhada:
Tensão demasiada da linha e
velocidade de costura
elevada.
Propriedade do tecido.
Usar alimentação diferencial;
adicionar cadarço ou usar resina
(binding).
Usar bainha estreita e ponto
corrente com linha tipo botton
cover.
Enviesar a costura num ângulo
oposto à direção da espiralidade.
Treinamento adequado.
Abaixar a agulha em 0,5 a 1 mm;
minimizar a distância entre o ponto
da agulha e o nariz do gancho
rotatório; menor furo na chapa de
agulha e da fenda do pé-calcador;
usar agulha com olhal mais longo.
Reduzir a tensão da linha de
costura e diminuir a velocidade da
máquina.
No corte em camadas, inserir folhas
de papel entre elas (sandwich cut
plies with paper in between).
Fonte: MALUF; KOLBE, 2003.
Outra questão que também merece abordagem é o comportamento dimensional de um
tecido de malha. Há três variáveis, que são interdependentes entre si:
a) gramatura do tecido;
b) largura do tecido;
c) densidade do tecido ou a quantidade de cursos e colunas, por unidade de comprimento.
Caso alguma dessas variáveis sofra qualquer modificação, os comportamentos
dimensionais nos tecidos, não mais serão os mesmos. Ou seja, se a densidade do tecido é
aumentada, a sua gramatura sobe e o comprimento e/ou a largura diminuem,
conseqüentemente, a alteração dimensional será diferente das características do tecido de
malha original.
Existem ainda variáveis que influenciam diretamente no comportamento do tecido de malha
quando este é processado, principalmente aquelas questões relativas a tensões residuais.
As variáveis podem ser classificadas como:
- provenientes da malha, isto é, tipo de fibra e fio; título do fio; densidade da malha, tipo do
tear; comprimento do ponto;
- provenientes do beneficiamento, isto é, questões relativas ao processo de tingimento e
acabamento.
O que se pode afirmar é que tanto as variáveis de malharia quanto as variáveis de
beneficiamento são dependentes e precisam ser controladas, caso queira se obter um
controle dimensional dos tecidos de malha durante os processos fabris e durante o seu uso
e manuseio posteriores.
17 CUIDADOS IMPORTANTES NA CONFECÇÃO DE ARTIGOS DE MALHA
17.1 Estocagem de tecidos
Os rolos de tecidos de malha devem ser transportados e estocados com proteção, sejam
eles cheios ou parcialmente consumidos, prevenindo assim, possíveis problemas de
descoloração ou sujidades adquiridas.
Os rolos de tecidos de malhas devem ser estocados horizontalmente. Antes do corte os
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tecidos devem ser desenrolados e deixados em repouso por um período de 24 horas.
17.2 Corte
No estendimento do tecido para corte devem ser evitados esticamentos excessivos. -Para
evitar o enrolamento do tecido nas partes cortadas, coloque uma folha de papel de
embrulho entre cada 12 camadas, principalmente em tecidos com elastano.
Após o corte, as peças devem ser processadas no menor tempo possível, a fim de evitar a
tendência de enrolamento, torção e deformação.
17.3 Costura
Evitar esticar ou puxar o tecido de malha durante a costura. O número de pontos por
polegada deve ser pré-definidos, pois afetam a extensibilidade da costura. O número ideal
do comprimento de pontos para uma determinada peça deve ser definido pela préelaboração de algumas amostras de costuras.
Forro: se possível não usar forros rígidos, a menos que seja necessário controlar o
alongamento das peças ou partes das peças.
18 NORMAS TÉCNICAS
Há diversas normas técnicas referentes à malharia, abaixo são listadas algumas delas.
Sugere-se ao leitor pesquisar a existência de outras normas no site da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (www.abnt.org.br ).
Norma
Título
NBR 8431
Materiais têxteis –
Determinação da solidez
da cor ao suor
NBR 8719
Símbolos de cuidado para
conservação de artigos
têxteis
NBR 9397
NBR 9398
NBR 10186
NBR 10187
NBR 10188
Materiais têxteis - Tipos de
costura
Materiais têxteis –
Determinação da solidez
de cor sob ação da
limpeza a seco
Materiais têxteis –
Determinação da solidez
de cor ao alvejamento com
hipoclorito
Regras gerais para efetuar
ensaios de solidez de cor
em materiais têxteis Procedimento
Materiais têxteis –
Determinação da solidez
de cor à ação do ferro de
passar à quente.
Objetivo
Prescreve o método para determinação da
solidez da cor de materiais têxteis ao efeito
do suor produzido pelo corpo humano, sendo
aplicável a têxteis tintos, estampados ou
coloridos de qualquer outra forma.
Estabelece os símbolos de cuidado para
conservação de artigos têxteis. Estes
símbolos são colocados diretamente nestes
artigos ou na etiqueta. Também prescreve os
símbolos de cuidados relativos aos seguintes
processos: lavagem, alvejamento à base de
cloro, secagem, passadoria a ferro e limpeza
a seco.
Classifica, ilustra e designa os vários tipos de
costura.
Prescreve o método para determinação da
solidez de cor de materiais têxteis, de todos
os tipos e formas, à limpeza a seco.
Prescreve o método para determinação da
solidez de cor de materiais têxteis a ação de
banhos alvejantes contendo hipoclorito de
sódio.
Fixa as condições exigíveis referentes aos
métodos de ensaio individuais, para
determinação de solidez das cores de
materiais têxteis.
Prescreve o método pelo qual devem ser
executados os ensaios de solidez de cor à
ação do ferro de passar à quente.
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NBR 10315
NBR 10316
NBR 10320
NBR 10591
NBR 11914
Materiais têxteis –
Determinação da solidez
de cor à água
Materiais têxteis –
Determinação da solidez
de cor à água do mar
Materiais têxteis Determinação das
alterações dimensionais
de tecidos planos e
malhas - Lavagem em
máquina doméstica
automática
Materiais têxteis Determinação da
gramatura de tecidos
Análise quantitativa de
materiais têxteis
NBR 12005
Materiais têxteis Determinação do
comprimento de tecidos
NBR 12060
Materiais têxteis Determinação do número
de carreiras/cursos e
colunas em tecidos de
malha
Artigos confeccionados
para vestuário Determinação das
dimensões
NBR 12071
NBR 12 331
NBR 12720
NBR 12744
NBR 12961
NBR 13000
NBR 13096
Fibras têxteis – Taxa
convencional de
condicionamento
Artigo confeccionado em
tecido de malha Tolerâncias de medidas
Fibras têxteis
Máquina de costura Determinação do número
de pontos, por centímetro
Material têxtil Determinação da
hidrofilidade de tecidos
Materiais têxteis - Pontos
de costura
Prescreve o método para determinação da
solidez da cor de materiais têxteis, à imersão
em água.
Prescreve o método para determinação de
solidez da cor de materiais têxteis, à imersão
em água do mar.
Prescreve método utilizado para
determinação das alterações dimensionais de
tecidos planos e malhas, quando submetidos
a repetidas lavagens em máquina automática
de uso doméstico.
Prescreve o método para a determinação da
gramatura de tecidos.
Indica tanto quanto possível a determinação
da porcentagem dos componentes em
material têxtil.
Prescreve os métodos utilizados para
determinação do comprimento de rolos,
peças, fraldas e cortes. É um método de
referência com o qual todos os outros
métodos comerciais ou industriais devem ser
comparados para o estabelecimento de sua
precisão. Os resultados obtidos a partir
desses outros métodos não devem diferir em
(mais ou menos) 0,5% em relação aos
métodos manuais.
Prescreve o método utilizado para
determinação do número de carreiras/cursos
e colunas, por unidade de comprimento, em
tecidos de malha.
Prescreve o método utilizado para medir
artigo confeccionado para serem modelos
clássicos que possuem medidas e posições
referentes ao corpo humano e sirvam como
base para medir modelos derivados.
Padroniza valores de taxas convencionais de
condicionamento para serem utilizadas nas
transações comerciais.
Padroniza as tolerâncias para as medidas
dos artigos confeccionados em tecido de
malha.
Classifica fibras têxteis mais utilizadas
atualmente. Também define os termos e
estabelece os símbolos das fibras têxteis.
Prescreve método para determinação do
número de pontos, por centímetro, das
máquinas de costura.
Prescreve método comum para determinação
da hidrofilidade de tecidos em que a
visualização do resultado é rápida.
Define termos utilizados para descrever os
pontos de costura em materiais têxteis.
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NBR 13108
NBR 13143
NBR 13144
NBR 13153
NBR 13174
NBR 13175
NBR 13213
NBR 13374
NBR 13375
NBR 13376
NBR 13377
NBR 13483
Máquinas e acessórios
têxteis - Máquinas de
malharia - Distâncias entre
as agulhas
Máquinas e acessórios
têxteis - Máquinas de
malharia circulares Diâmetros nominais
Máquinas e acessórios
têxteis - Máquinas de
malharia - Informações
das placas de identificação
Máquinas e acessórios
têxteis - Máquinas de
malharia
Costura em produto
manufaturado Determinação da
densidade de pontos por
centímetro
Materiais têxteis - Defeitos
em tecido de malha por
trama
Linha de costura
Determinação do número
da etiqueta
Material têxtil Determinação da
resistência da costura em
materiais têxteis
confeccionados ou não
Linha de costura Determinação da
resistência à ruptura e do
alongamento à ruptura
Linha de costura Determinação da
resistência da laçada à
ruptura e do alongamento
da laçada à ruptura
Medidas do corpo humano
para vestuário - Padrões
referenciais
Material têxtil - Tipos de
pontos.
NBR 13384
Material têxtil Determinação da
resistência ao estouro e do
alongamento ao estouro Método do diafragma
NBR 13527
Linha de costura Determinação do
encolhimento
NBR 13538
Material têxtil - Análise
qualitativa
Padroniza distâncias entre as agulhas para
máquinas de malharia.
Padroniza diâmetros nominais e as
designações numéricas dos diâmetros das
máquinas de malharia circulares.
Padroniza informações mínimas que devem
constar da placa de identificação e a forma
de apresentação destas informações das
máquinas de malharia.
Estabelece definição e classificação de
termos empregados para definir e classificar
máquinas de malharia utilizadas na indústria
têxtil.
Prescreve método para determinação da
densidade de pontos por centímetro em
produto manufaturado.
Define termos utilizados na denominação dos
defeitos de tecido de malha por trama.
Prescreve o método para determinação do
número da etiqueta de linhas de costura.
Prescreve método para determinação da
resistência da costura em materiais têxteis,
confeccionados ou não, quando se aplica
uma força perpendicular à costura.
Prescreve método para determinação da
resistência à ruptura e do alongamento à
ruptura de linhas de costura.
Prescreve método para determinação da
resistência da laçada à ruptura e do
alongamento da laçada à ruptura de linhas de
costura.
Padroniza os tamanhos de artigos do
vestuário, em função das medidas do corpo
humano.
Classifica, designa e ilustra as várias classes
de tipos de pontos usados em costuras feitas
à mão e à máquina.
Prescreve o método para determinação da
resistência ao estouro e do alongamento ao
estouro de materiais têxteis.
Prescreve método para a determinação do
encolhimento de linhas de costura, quando
submetidas ao calor seco ou à água
fervendo.
Prescreve o método para identificação de
fibras em produtos têxteis utilizando técnicas
físicas, químicas e microscópicas.
26
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NBR 13586
NBR 14307
NBR 14673
Tecido de malha por trama
e seu artigo confeccionado
- Tolerâncias na gramatura
Material têxtil - Tecido
plano para camisas
esporte e social
Materiais têxteis Determinação da
irritabilidade dérmica
(primária e cumulativa)
NBR 14830
Linhas de costura Determinação do
comprimento por suporte
de linhas de costura de fio
fiado
NBR 15127
Corpo humano - Definição
de medidas
NBR 15292
Artigos confeccionados Vestuário de segurança de
alta visibilidade
NBR 15390
Linhas de costura Determinação do
comprimento por suporte
de linhas de costura de fio
fiado por medição direta
Padroniza as tolerâncias na gramatura de
tecidos de malha por trama e seus artigos
confeccionados.
Especifica as características e as condições
necessárias para o tecido plano utilizado na
confecção de camisas para usos esportivo e
social.
Especifica um método para determinação de
forma qualitativa, da irritabilidade dérmica
(primária e cumulativa) provocada pelo
contato com materiais têxteis.
Especifica o método para determinação do
comprimento por suporte de linhas de costura
de fio fiado, obrigatoriamente vendidas em
uma base de comprimento, através da
retirada de meadas até o esvaziamento
completo do suporte. É aplicável na
aceitação de remessas comerciais, desde
que o método de aceitação seja utilizado
extensivamente no comércio.
Estabelece procedimentos para definir
medidas do corpo humano que podem ser
utilizadas como base na elaboração de
projetos tecnológicos.
Estabelece o desempenho dos materiais
visíveis a serem utilizados no vestuário de
alta visibilidade, específica as áreas mínimas
e sugere o posicionamento dos materiais
(retro-refletivos e fluorescentes), cores e
posicionamento dos materiais para vestuário
usado para aumentar a visibilidade e
segurança de trabalhadores.
Especifica um método para determinação do
comprimento por suporte de linhas de costura
de fio fiado (incluindo fio fiado almado e fio
para bordado), obrigatoriamente vendidos em
uma base de comprimento, através da
retirada da linha até o esvaziamento
completo do suporte.
19 PATENTES
Processo
MU8503023-6
Depósito
22/06/2005
PI0418191-3
PI0206015-9
28/04/2004
24/04/2002
PI0200869-6
19/03/2002
MU8103117-3
22/06/2001
Título
Contador regressivo digital para máquinas retilíneas
para malharia.
Seletor de agulha para máquina de malharia.
Máquina de malharia circular para tecelagem de
tecidos com um fio torcido jogo de calha para máquina
de malharia circular e método de tecelagem.
Máquina de malharia agulhas para serem usadas com
o mesmo aparelho e método para detectar ganchos
de agulhas quebrados em máquina de malharia.
Sistema de automação eletrônica aplicado em
máquina retilínea para malharia.
27
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PI0008090-0
07/02/2000
PI9712905-4
30/10/1997
PI9705334-1
PI9714144-5
30/10/1997
19/03/1997
PI9502273-2
PI9502250-3
PI9502252-0
PI8702368-7
23/06/1995
20/06/1995
20/06/1995
11/05/1987
MU6500476-0
15/04/1985
PI8400709-5
17/02/1984
PI8202293-3
PI7906301-2
20/04/1982
01/10/1979
PI0507740-0
28/01/2005
PI0407440-8
13/02/2004
PI0202800-0
12/07/2002
PI0200209-4
04/01/2002
PI0200207-8
04/01/2002
PI0200206-0
04/01/2002
PI0200208-6
04/01/2002
PI0014393-6
PI0001913-5
29/09/2000
24/05/2000
PI9907384-6
21/12/1999
PI9905229-6
PI9801706-3
01/10/1999
27/05/1998
PI9703368-5
22/05/1997
PI9611083-0
09/10/1996
Processo para emparelhar dois ou mais fios para uso
em máquinas têxteis para bens tricotados malharia e
semelhantes e dispositivo para emparelhar e
entrelaçar dois ou mais fios a serem processados em
maquinas têxteis circulares ou retilíneas para bens
tricotados malharia ou similar.
Método e máquina para a produção de roupas de
malharia que compreendem uma seção de corpo e
pernas num estágio único de produção e numa peça
única.
Automação de máquina de malharia.
Processo de produção de tecidos de malharia de
urdimento realizados com fios de fibra descontínuas e
aparelhos para a sua realização.
Fecho corrediço para malharia.
Fecho corrediço para malharia.
Fecho corrediço para malharia.
Manga envolvente de malharia; artigo alongado
processo de encerrar um artigo alongado numa
manga envolvente e ferramenta para instalar ao redor
de um artigo alongado uma manga.
Tensor do fio têxtil anexo ao porta-fio nas máquinas
têxteis retilíneas de malharia.
Máquina remalhadora para artigos tricotados e
malharia.
Conjunto de agulha para máquina de malharia.
Processo de produzir um artigo de tecido de malha em
um tear de malharia artigo de tecido de malharia
aparelho para um tear de malharia e tear de malharia.
Método para produzir tecido de malha aberta com
máquinas para tricotar artigos de malha ou outros artigos e
artigo de malha aberta.
Processo para tingimento de uma faixa de tecido de
material de malha que contém fibras de celulose.
Processo para obtenção de tecido em malha com fibra
celulósica tinto com corante índigo.
Processo para obtenção de tecido em malha com fibra
celulósica tinta em reativo e pigmento com elastano.
Processo para obtenção de tecido em malha com fibra
celulósica em reativo e pigmento com elastano.
Processo para obtenção de tecido em malha com fibra
celulósica tinta em reativo e pigmento com elastano.
Processo para obtenção de tecido em malha com fibra
celulósica tinta em reativo e pigmento com elastano.
Tecido de malha de trama.
Aparelho e processo para a termofixação de um tecido de
malha de formato tubular.
Composto de amina impedida composição de resina fibra
de poliuretano processo para sua produção e tecido ou
malha compreendendo a mesma.
Um ligamento em tecido de malha aberta.
Capa tridimensional de tecido padrão de malha
bidimensional e processo para formar o mesmo.
Dispositivo para o enrolamento de um tecido de material de
malha.
Tecido de malha de suéter método para a fabricação tecido
de malha de suéter e sistema para a fabricação do tecido
de malha de suéter.
28
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PI9501443-8
05/04/1995
PI9403376-5
30/08/1994
MU7400530-8
28/02/1994
PI9306638-4
PI7906301-2
29/06/1993
01/10/1979
Meia de vestuário incluindo pelo menos uma porção de
perna; método de produção de um tecido de malha feito
elástico; e método de produção de uma meia de vestuário.
Dispositivo para o desenfiamento do cilindro de um rolo de
tecido de malha produzido em uma máquina circular de
fazer malhas.
Tecido de malha de algodão com revestimento em manta
de poliéster.
Tecido de malha heterogêneo feito por encomenda.
Processo de produzir um artigo de tecido de malha em um
tear de malharia artigo de tecido de malharia aparelho para
um tear de malharia e tear de malharia.
20 LEGISLAÇÃO
O Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Conmetro
dispõe sobre a aprovação e regulamentação técnica de etiquetagem de produtos têxteis na
Resolução n. 6 de 19 de dezembro de 2005, que revoga o disposto na Resolução n. 02 de
13 de dezembro de 2001.
Resolução Conmetro n. 1, de 17 abril de 2002, determina que as obrigações decorrentes do
regulamento técnico de etiquetagem de produtos têxteis, no que concerne a estoques,
serão exigíveis a partir de 12 de outubro de 2003.
As resoluções do Conmetro podem ser consultadas na base de dados do Inmetro,
disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/rtac/consulta.asp>. Acesso em: 12 ago. 2007.
Conclusões e recomendações
De origem secular, porém presente no Brasil industrialmente à cerca de 40 anos, a malharia
possui grande aceitação do mercado nacional e internacional. Sendo que no Brasil, as
regiões que mais tem unidades instaladas e mais produzem malharia são Sudeste e Sul,
respectivamente.
Tendo a sua produção industrial feita com as máquinas Kettensthul, Raschel, Malimo e com
os teares retilíneo e circular, a malharia tem na agulha um de seus aspectos principais, já
que em função desta, podem-se obter diferentes tipos de malhas.
Bastante abrangente no que diz respeito aos fios que pode utilizar, na malharia empregamse praticamente todos os fios, desde os naturais aos sintéticos, o que possibilita a produção
de uma enorme gama de produtos para diferentes setores, indo do vestuário ao automotivo.
Além do setor industrial, que na produção de camisetas emprega várias pessoas, a
malharia também pode ser praticada de maneira artesanal, representando além de um setor
industrial importante, um hobby interessante e uma maneira de arte.
O Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT possui em seus arquivos diversas
informações sobre confecção e malharia. Recomenda-se a leitura destes documentos como
complemento técnico às informações aqui prestadas.
Referências
BRUNO, Flavio da Silveira; MALDONADO, Lucia Maria de Oliveira. O futuro da indústria
têxtil e de confecção: vestuário de malha. Disponível em:
<http://209.85.165.104/search?q=cache:FqOw2dF6aHcJ:www.desenvolvimento.gov.br/arqui
vo/publicacoes/sti/indbraopodesafios/coletanea/textil/textil.pdf+estatistica+do+setor+de+vest
uario+site:desenvolvimento.gov.br&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=6&gl=br>. Acesso em: 10 jul.
2007.
CAMPOS, Renato Ramos; CÁRIO, Sílvio Antônio Ferraz; NICOLAU, José Antônio.
29
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Arranjos e sistemas produtivos locais e as novas políticas de desenvolvimento
industrial e tecnológico: arranjo produtivo têxtil - vestuário do Vale do Itajaí/SC. Instituto
de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://66.102.1.104/scholar?hl=pt-BR&lr=&q=cache:oMYAflatue0J:www.funcitec.rctsc.br/programas/arranjos/APtexteisSC.pdf+malharia+circular>. Acesso em: 5 jul. 2007.
CHEREM, Luiz Felipe Cabral. Um modelo para a predição da alteração dimensional em
tecidos de malha em algodão. 2004. 294 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2004. Disponível em:
<http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/4973.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2007.
COATS CORRENTE. Pontos e dicas. Disponível em:
<http://www.coatscorrente.com.br/scripts/consumo/dica/manual_trico.asp>. Acesso em: 7
jul. 2007.
DU PONT DO BRASIL. Treinamento têxtil. [S. l.]: Departamento de Fibras Têxteis, 1991.
MALVEZZI, Cacilda. Oficina volante de inclusão sócio-tecnológica para o setor de
vestuário. Curitiba, 2007.
ORIZIO. Tear circular duplafrontura. Disponível em:
<http://www.orizio.com/asp/schedaprodotto.asp?idfamiglia=2&ID=CI%20108N&idlingua=3>.
Acesso em: 10 ago. 2007.
ORIZIO. Tear circular eletrônico. Disponível em:
<http://www.orizio.com/asp/schedaprodotto.asp?idfamiglia=4&ID=MJM/BE%20BODY%20SI
ZE&idlingua=3>. Acesso em: 10 ago. 2007.
PRADO, Roberto Viegas B.; PRADO, Marcelo Villin. Brasil Têxtil 2006: relatório setorial da
indústria têxtil brasileira. 6. ed. São Paulo: IEMI, 2006. 172 p.
RENDA produzida em máquina Raschel. Disponível em:
<http://recursos.cnice.mec.es/bancoimagenes2/buscador/imagen.php?idimagen=34330&zon
a=mat&nivel1=94&nivel2=189&nivel3=192>. Acesso em: 10 ago. 2007.
ROMERO, Luiz Lauro; VIEIRA, Jayme Otacylio W. M.; MEDEIROS, Luiz Alberto Rossato
de; MARTINS, Renato Francisco. Malharias. Disponível em:
<http://www.bndes.gov.br/conhecimento/relato/malha.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2007.
SHIMA SEIKI. Tear retilíneo. Disponível em:
<http://www.shimaseiki.co.jp/product_knite/knite.html>. Acesso em: 10 jul. 2007.
TEXMA. Máquina Raschel de dupla frontura. Disponível em:
<http://amtex.amec.es/es/empresas/7_13_153.html>. Acesso em: 10 ago. 2007.
TRICÔ CURSOS. Lanofix SK 280. Disponível em: <http://www.tricocursos.com.br/>.
Acesso em: 10 jul. 2007.
Anexos
Anexo - Principais instituições de interesse
• Nacionais
Nome: Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
Sigla: ABIT
Site: www.abit.org.br
Nome: Associação Brasileira de Normas Técnicas
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Sigla: ABNT
Site: www.abnt.org.br
Missão: é uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro
Nacional de Normalização através da Resolução n. 07 do CONMETRO, de 24.08.1992.
É membro fundador da International Organization for Standardization (ISO), da
Comissão Panamericana de Normas Técnicas (COPANT) e da Associação Mercosul de
Normalização (AMN).
Nome: Associação Brasileira do Vestuário
Sigla: ABRAVEST
Site: www.abravest.org.br
Nome: Associação Brasileira das Indústrias de Não Tecidos e Tecidos Técnicos
Sigla: ABINT
Site: www.abint.org.br
Missão: congregar todas as pessoas jurídicas e físicas em cujas atividades estejam a
produção, transformação, comercialização, fornecimento de insumos e equipamentos e
outros, ligados aos não tecidos.
Nome: Associação Brasileira de Produtores de Fibras Artificiais e Sintéticas
Sigla: ABRAFAS
Site: http://www.abrafas.org.br/indx.html
Missão: é uma sociedade de fins não econômicos, que atualmente congrega as
empresas envolvidas na produção, transformação e comercialização de fibras artificiais
e sintéticas. A ABRAFAS tem procurado representar, coordenar e defender os
interesses das indústrias de fibras manufaturadas perante entidades públicas e
privadas, nacionais e internacionais, buscando sempre conciliar os interesses de suas
associadas com as necessidades do mercado.
Nome: Guia Têxtil Ltda.
Site: www.guiatextil.com
Missão: trata-se de uma revista, que em suas publicações e em seu site, traz
informações sobre o setor têxtil.
Nome: Instituto de Estudos e Marketing Industrial
Sigla: IEMI
Site: www.iemi.com.br
Missão: instituto especializado em estudos e pesquisas setoriais.
Nome: Máquinas & Costura
Site: www.revistamaquinasecostura.com.br
Missão: revista bimestral voltada ao setor de confecção.
Nome: Revista Têxtil
Site: www.revistatextil.com.br
Missão: revista direcionada ao setor têxtil.
Nome: Revista Textília Têxteis Interamericanos
Site: www.textilia.net
Missão: é uma revista trimestral, direcionada aos profissionais e às indústrias têxteis,
bem como possui circulação nos principais eventos da cadeia têxtil do mundo. Esta
revista traz informações e novidades dobre o setor.
Nome: Senai – Francisco Matarazzo
Site: www.sp.senai.br
Nome: Sindicato das Indústrias Têxteis de Malhas no Estado de Minas Gerais
Sigla: Sindimalhas - BH
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Site: www.sindimalhas.com.br
Nome: Sindicato das Indústrias do Vestuário
Sigla: SINDIVEST
Site: www.sindvest.org.br
Missão: defender os direitos e os interesses individuais ou coletivos das indústrias da
categoria econômica representada, localizadas da base territorial, onde quer que se
manifestem, inclusive em questões judiciais e administrativas.
Nome: Sindicato das Indústrias Têxteis
Sigla: SINDITÊXTIL
Site: www.sinditextilsp.org.br
Missão: coordenar, fortalecer e representar legalmente a cadeia produtiva têxtil; do
cultivo do algodão, matérias-primas sintéticas, fibras têxteis, fiações, até tecelagens,
malharias, tinturarias e estamparias.
• Internacionais
Nome: All Pakistan Textile Mills Association
Sigla/País: APTMA/Paquistão
Site: www.aptma.org.pk
Missão: facilitar a industria têxtil do Paquistão para obter e sustentar reputação global.
Nome: Clothing Industry Training Authority
Sigla/País: China
Site: http://www.emb.gov.hk/index.aspx?langno=1&nodeid=674
Missão: autoridade de treinamento da industria de confecção, opera dois centros de
treinamento em Kowloon Bay e Lai King, oferecendo oportunidade de treinamento aos
jovens para prepará-los para ingressar na industria de confecção.
Nome: Clothing Manufacturers Association of India
Sigla/País: CMAI/India
Site: http://www.cmai.info/index.php
Missão: atua como catalizador de mudança, colaborando com o Governo em assuntos
de política de impactos do futuro da industria de confecções.
Nome: International Textile Manufacturers Federation
Sigla/País: ITMF/Suíça (Zurique)
Site: http://www.itmf.org
Missão: é uma associação internacional para o mundo da indústria têxtil, dedicada a
manter sua associação mundial constantemente informado através de pesquisas,
estudos e publicações e também através da organização de conferências anuais,
participando na evolução da indústria e publicando opiniões das tendências futuras e
desenvolvimento internacional.
Nome: Korea Federation of Textiles Industry
Sigla/País: KOFOTY/Coréia do Sul
Site: http://www.kofoti.or.kr/eng/intro/ceo.php
Missão: empenhada em apresentar uma visão de longo prazo da industria têxtil,
capacitando a competitividade da indústria têxtil nacional, para acompanhar as
mudanças dos negócios internacionais, estabelecendo a infra-estrutura de negócios,
nivelando a reputação própria como uma organização de ponta da indústria têxtil sul
coreana.
Nome: Textile Institute of Pakistan
Sigla/País: Paquistão
Site: http://www.tip.edu.pk
Missão: a objetivo principal é fornecer educação profissional e treinamento para uma
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nova classe de jovens profissionais através do aproveitamento de suas habilidades
práticas e em adição providenciar o conhecimento teórico necessário.
Nome: The Textile Association
Sigla/País: TAI/India
Site: http://www.textileassociationindia.com/
Missão: organização sem fins lucrativos gerenciada pela “APEX”, chamado conselho de
governança.
Nome: Textile Research Center
Sigla/País: Centexbel/Bélgica
Site: http://www.centexbel.be
Missão: garantir e reforçar a força competitividade da industria têxtil.
Nome do técnico responsável
Allan George A. Jaigobind
Lucia do Amaral
Sammay Jaisingh
Nome da Instituição do SBRT responsável
Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR
Data de finalização
28 ago. 2007
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