HISTÓRICO DA GINÁSTICA
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HISTÓRICO DA GINÁSTICA
HISTÓRICO DA GINÁSTICA 1 Brian Hayhurst HISTÓRICO DA GINÁSTICA COMEÇO DA GINÁSTICA MODERNA A ginástica, propriamente chamada ginástica artística, tem se convertido num dos desportos mais populares. Seu enorme atrativo, tanto para os jovens como para os maiores, coincide com o aumento do tempo, que as pessoas dedicam a diversão. Em 1.811, um maestro de escola de Berlim, Ludwing Jahn (1.778 - 1.852), fundou uma escola de ginástica ao ar livre, criando aparelhos para usar na escola. Grande parte do atual equipamento competitivo evoluiu a partir de seus desenhos. Devido a sua imensa contribuição ao desporto, Jahn é lembrado como Turnvater Jahn, “Pai da Ginástica”. ser humano começou a interessar-se pela ginástica a milhares de anos. Naqueles distantes dias, os homens recorriam a exercícios como treinamento para a guerra. Na antiga Grécia, a ginástica era muito mais importante. Durante os primeiros Jogos Olímpicos, no ano de 776 AC. Os gregos descobriram o valor dos sistemas de exercícios como preparação para algo mais que a simples luta e o salto, e também fomentaram a aptidão física geral como algo vital para o desenvolvimento físico da pessoa. Os movimentos ginásticos contribuem para esta aptidão geral. A importância da cultura física declinou com a queda dos impérios grego e romano. Durante muitos séculos, somente os acrobatas mantiveram vivas as habilidades da ginástica. No século XIX, renasceu de novo o interesse pela ginástica e outros desportos. 1 Na mesma época, na Suíça, Pehr Henrik Ling (1.776 - 1.838) introduziu um tipo diferente de ginástica. Seu sistema, baseado no exercício coletivo, aspirava a desenvolver um ritmo perfeito do movimento. Os métodos de Ling foram adotados também para o treinamento militar. Os dois estilos , desenvolvimento muscular com o uso de aparelhos e movimento rítmico, competiram em popularidade. Nasceram Clubes de Ginástica Internacionais. Gradualmente estes clubes estabeleceram associações nacionais para controlar os treinamentos e as competições. Mais tarde, 1m 1.881, um Belga, Nicolas Cuperus, fundou a Federação Internacional de Ginástica (F.I.G.) que unia as diversas associações nacionais. - HAYHURST, Brian Gimnasia Artística - Barcelona - España - 1a Edicion 1.983 - Parramón Ediciones, S.A – p. 10/12 VOLTAM OS JOGOS OLIMPICOS Durante quase um século a F.I.G. vinha controlando a ginástica internacional. Na década de 1.921-30, a Federação uniu os sistemas de Jahn e de Ling, combinando assim a precisão do método alemão com a fluidez do estilo sueco. Na atualidade a F.I.G. com sede principal na Suíça, agrupa setenta e quatro organizações nacionais. Em 1.878, pouco antes da fundação da F.I.G., uns arqueólogos alemães escavaram os lugares onde se tinham celebrado os antigos Jogos Olímpicos, em Olímpia, Grécia. Este feito interessou a muitos pessoas e em 1.894, um humanista e pedagogo francês, o Barão Pierre de Coubertin, convocou representantes de 12 países para celebrar uma conferencia em Paris sobre o desporto amador. Esta reunião teve como conseqüência o ressurgimento dos Jogos após um lapso de 1.500 anos. Os primeiros Jogos Olímpicos Modernos foram celebrados em1.896, em Atenas, tiveram lugar num estádio de pistas de mármore, construído para a ocasião, ante uma multidão de 50.000 pessoas, os 311 competidores de um total de treze países era unicamente homens. Na competição de Ginástica, a equipe alemão ganhou quase todos os troféus. MOMENTOS DECISIVOS EM MUNIQUE Antes de 1.972, a Ginástica era um desporto pouco “televisivo”, era considerado como algo próprio de minorias. Nos Jogos Olímpicos de 1.972, em Munique, se produziu uma explosão de interesse pela ginástica, graças a uma ginasta soviética OLGA KORBUT e a um diretor de televisão alemão. Este diretor, a quem haviam encarregado de gerar imagens a 25 países, tinha meia hora se cobrir e a utilizou dirigindo suas câmaras para a atuação das ginastas, naquele preciso momento, Olga fazia sua apresentação, assim de forma complemente inesperada, milhões de pessoas puderam ver de perto sua etérea figura. Enquanto transcorriam os minutos, foram testemunha de seu vibrante carisma e mais tarde, depois num dramático erro nas barras assimétricas, de seu emotivo desalento. O publico se encantou com aquela menina russa e da noite para o dia o nome Olga korbut foi familiar em todos os lugares. Ao final dos Jogos, se tinha escrito sobre Olga muito mais palavras que sobre a maioria dos atletas ao longo de toda sua vida. Um sem fim de jovens queriam ser como ela. Havia chegado a hora da Ginástica Feminina. PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES Durante muitos anos, a idéia de que as mulheres podiam competir na Ginástica Olímpica resultou completamente inadmissível, inclusive era tabu que uma mulher exibisse algo que não fosse os braços. Porém finalmente, após uma longa espera, às ginastas foram autorizadas a participar nos Jogos. Sua primeira aparição foi em 1.928, nos Jogos Olímpicos de Amsterdã, no qual a equipe Holandesa ganhou a medalha de ouro. Gradualmente, as equipes femininas foram participando de forma habitual nas competições ginasticas. A URSS participou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 1.952, em Helsink. Sua participação causou enorme impacto no mundo do desporte, especialmente na ginástica. Em particular, a atuação das ginastas soviéticas notável e marcou um ponto crucial na história da ginástica feminina. Durante quase uma década, a ginasta russa Larissa Latynina dominou os principais acontecimentos da especialidade. Ganhou mais medalhas que qualquer outra ginasta e obteve infinidade de títulos europeus, mundiais e olímpicos. Nádia não sorri muito e muido, porém, não é menos certo que a ginastica, a seu nível, constitui um assunto sério. No espaço de 4 anos, Nádia alcançou o máximo de 10 pontos não menos que 30 vezes e 9,9 várias vezes. OS EE.UU. ENTRAM EM CENA A SUPER MENINA ROMENA Depois de Olga, veio a assombrosa menina romena Nádia Comaneci. Igual a sua predecessora, a juventude e habilidade de Nádia cativaram a atenção do público e mais tarde elevaram a popularidade da ginástica ao mais alto nível. A primeira vez que a pudemos ver no Ocidente foi no Torneio de Todos Campeões de Wembley, em 1.975. Embora só contasse treze anos, Nádia sobressaiu como indiscutível ganhadora, contra ginastas de extraordinário talento. Chegou a ser campeã da Europa e um ano depois, nos Jogos Olímpicos de Montreal, alcançou a perfeição ao obter sete pontuações máximas. Nádia tinha mais ou menos a mesma estatura de Olga, porém sua natureza, um tanto melancólica, contrastava com a simpatia da russa. Isto motivou que os meios de comunicação criticasse os métodos de treinamento europeu que pareciam produzir robôs. É verdade que Em resposta a petição geral, países que já ocupavam um posto importante neste campo, foram chamados a competir e ensinar a outros. Os grandes da ginastica eram a URSS, Alemanha Oriental e Ocidental, Checoslováquia e Romênia. Logo chegaram os Norte Americanos, debaixo de sua poderosa Federação Ginastica (USGF), representando um certo número de jovens competidores que alcançavam com freqüência as finais e em ocasiões ganharam medalhas. Kathy Rigby foi a primeira que sobressaiu ao ganhar uma medalha de prata nos Jogos Mundiais em 1.970. Mais recentemente tem se distinguido Donna Turnbow e Kathy Johnson, com extraordinárias atuações no mais alto nível. Estimulados pelo grande interesse mostrado pela televisão, um patrocínio cada vez maior e o nascimento de novos clubes, os EE.UU. destacam como uma das principais nações ginasticas do mundo.