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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO (para alunos ingressantes a partir do 1º semestre de 2012) São Paulo – SP 2012 Escola de Administração de Empresas de São Paulo. Projeto pedagógico: curso de graduação em administração / Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de São Paulo ; [organização Isabela Baleeiro Curado]. – São Paulo : FGVEAESP, 2012. 1. Escola de Administração de Empresas de São Paulo. 2. Administração – Estudo e ensino. 3. Administração de empresas – Estudo e ensino. 4. Administração pública – Estudo e ensino. I. Curado, Isabela Baleeiro. II. Título. Sumário Introdução ............................................................................................................... 1 1. Perfil do curso ................................................................................................... 1 2. Atividades do curso ........................................................................................... 5 3. Perfil do egresso .............................................................................................. 17 4. Forma de acesso ao curso ................................................................................ 18 5. Sistema de avaliação do processo de ensino e aprendizagem ........................... 21 6. Sistema de avaliação do projeto do curso ........................................................ 23 Anexos ................................................................................................................... 26 INTRODUÇÃO O desenvolvimento de um PPC deve ser um processo de construção coletiva, baseado no princípio de participação, no qual diferentes vozes e ideias sobre quais são os objetivos da instituição educacional são levadas em consideração (VEIGA, 2003) e deve estar alinhado ao Projeto de Desenvolvimento Institucional e à Missão e Visão da instituição. O projeto pedagógico do Curso de Administração da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas serve como elemento norteador da prática de seus professores e é base para os processos de ensino e aprendizagem. Uma vez que um curso é um organismo vivo e sofre diversas alterações ao longo da sua execução, um projeto pedagógico reflete as atividades do curso em um determinado momento. Apresenta-se neste documento o projeto pedagógico do Curso de Graduação em Administração da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV), considerando a divisão dos cursos de Administração e Administração Pública, a partir do primeiro semestre de 20121. O projeto de 2012 tem como base os ajustes realizados à reforma do currículo do Curso de Graduação implantada no segundo semestre de 2007, a qual teve por base, de um lado, as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Administração, de 20052 e, de outro, amplo processo de discussão conduzido na própria EAESP. O processo de discussão interno à escola teve por objetivo a adequação do curso a mudanças ocorridas nos últimos anos no cenário em que atuam as organizações e a alterações no campo da educação. 1. PERFIL DO CURSO Fundada em 1944, pelo Decreto lei 6.693, a Fundação Getulio Vargas (FGV) se propunha “ao estudo e à divulgação dos princípios e métodos da organização racional do trabalho e ao preparo de pessoal qualificado para a administração pública e privada, mantendo núcleos de pesquisa, estabelecimentos de ensino e os serviços que forem necessários”. Em seu primeiro decênio, a FGV ampliou suas atividades, criando vários cursos, institutos, centros de pesquisas e revistas. Em 1954 é instituída a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP), instalada em São Paulo, em função de a cidade se configurar, à época, como o principal centro industrial da América Latina. Nos seus quase 60 anos a FGV-EAESP se tornou um centro de excelência, seja pela contribuição de seus professores, seja pela qualidade profissional dos seus ex-alunos. Desde o momento da fundação da EAESP e da criação do Curso de Graduação, em 1955, até os dias atuais, o contexto institucional em que a Escola e o curso se inserem alterou-se de forma 1 Este Projeto constitui uma atualização do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Administração da EAESP, cuja primeira versão foi publicada em 2004 (ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS, Projeto Pedagógico 2004), uma segunda versão data de 2006 (ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS, Projeto Pedagógico 2006), uma terceira versão, de 2008, e uma quarta versão, de 2011. Conforme sinalizado no projeto pedagógico publicado em 2011, em função da criação do novo curso de Administração Pública e da reavaliação do curso, alguns ajustes foram propostos e incorporados nessa nova versão do Projeto Pedagógico. 2 Resolução n. 4 de 13 de julho de 2005, da Câmara de Educação Superior, do Conselho Nacional da Educação, que instituiu as Diretrizes Nacionais do Curso de Graduação em Administração. radical. Os desafios para a formação de administradores se redefiniram diante das transformações no contexto mais abrangente. É preciso formar profissionais preparados para a mudança, capazes de construir uma trajetória profissional consistente. Como decorrência, tem ganhado destaque a perspectiva de existirem múltiplos caminhos para a formação do administrador, com possibilidades de atuação em organização de diferentes tamanhos e características. Visando se adequar a esse cenário, o Curso de Graduação em Administração da FGV-EASP, após três anos de discussão, passou por um processo de reformulação em 2007 e, a partir da avaliação da implantação do curso, por ajustes realizados no segundo semestre de 2011 e no primeiro semestre de 2012. A mudança no perfil dos cursos de graduação da FGV-EAESP fez com que o projeto pedagógico do curso de Administração sofresse alguns ajustes, sendo o mais significativo a redução da quantidade de linhas de formação específica: até o 1º semestre de 2011, havia duas linhas de formação no curso de Administração - Administração de Empresas e Administração Pública. Em função da criação do novo Curso de Graduação em Administração Pública, com processo seletivo distinto e início em fevereiro de 2012, não houve mais entrantes na linha de formação em Administração Pública do Curso de Graduação em Administração a partir do segundo semestre de 2011. Desde o primeiro semestre de 2012, o Curso de Graduação em Administração passa então a ser direcionado apenas à linha de formação específica em Administração de Empresas. Uma vez que o curso de Administração está inserido num contexto institucional mais amplo, as missões da Fundação Getulio Vargas e da Escola de Administração de Empresas de São Paulo direcionam a missão do Curso de Graduação em Administração e auxiliam a elaboração dos princípios norteadores do curso. Missão FGV “ Avançar nas fronteiras do conhecimento na área das Ciências Sociais e afins, produzindo e transmitindo ideias, dados e informações, além de conservá-los e sistematizá-los, de modo a contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país, para a melhoria dos padrões éticos nacionais, para uma governança responsável e compartilhada, e para a inserção do país no cenário internacional.” Missão da FGV-EAESP “Formar dirigentes para liderar os processos de mudança no país. Produzir e disseminar conhecimentos relevantes para a reflexão e a prática da administração” Missão do Curso “Formar administradores éticos, com visão estratégica complexa e profundo conhecimento da gestão das organizações, que conheçam o país, tenham visão internacional e saibam lidar com a diversidade.” 2 Princípios Norteadores do Curso de Graduação em Administração de Empresas A continuidade da contribuição da EAESP para a formação de administradores – e seu próprio lugar no ensino superior em Administração – requer que a Escola mantenha sua atitude pioneira e de vanguarda, e que faça opções estratégicas bem fundamentadas. A preservação do perfil generalista – que ainda preside a concepção de curso e seu projeto pedagógico – deve, necessariamente, ser equilibrada pelo reforço à flexibilização, que permita ao aluno orientar seu curso segundo suas aptidões e de acordo com as oportunidades de inserção profissional. Para facilitar a compreensão dessas questões e das principais diretrizes do curso foi elaborado um mapa com os seus principais princípios norteadores: Encadeamento funcional Missão FGV e FGVEAESP Interdisciplinaridade Relacionamento Externo: empresas, ONG’s, administração Pública Melhor curso de graduação Articulação Excelência e Inovação Interesse do aluno Aluno co-responsável pelo processo de aprendizagem Autonomia Novos conhecimentos Pioneiro Novas expectativas de aprendizado Atitude moral e ética Diferentes situações de aprendizagem Projetos organizacionais Relação teoria/prática Alinhamento com a missão FGV Aprendizagem Ativa Princípios CG-R Compromisso com o Brasil temas, bibliografia e exemplos nacionais Aplicar o conhecimento à realidade Trajetórias individuais Colocar o Brasil no mundo e o mundo no Brasil Escolhas: AC e eletivas Diferentes possibilidades de atuação Flexibilidade Internacionalização Mobilidade dos alunos Empregabilidade internacional Projetos globais Processo Pedagógico Esses princípios estão relacionados, por um lado, ao processo pedagógico e, por outro, à missão da FGV e da FGV-EAESP e são aplicados no cotidiano do curso por meio de várias iniciativas. Flexibilidade é um atributo da Escola que permite acolher trajetórias individuais dos alunos dentre os diversos campos da Administração, estabelecer Áreas de Concentração a partir dos interesses específicos dos alunos, permitir a mobilidade em escolas parceiras e em outras escolas da Fundação e acomodar, no currículo, as atividades de Intercâmbio Internacional e de participação em Empresas Juniores e outras entidades estudantis. Aprendizagem ativa ocorre por meio da filosofia de “aprender fazendo” - desenvolver, além do conhecimento, habilidades e atitudes e é incentivada pela integração da teoria com a prática e por projetos que possibilitam a aplicação do conhecimento na realidade das organizações. Autonomia visa desenvolver a responsabilidade e a ética, desenvolver a capacidade de aprender a aprender, por meio de formulação de questões e respostas, possibilitar ao aluno conviver com a diversidade de opiniões e conhecimentos e incentivar a capacidade de avaliar criticamente as informações e ensinamentos recebidos. Excelência e Inovação ocorrem por meio do desenvolvimento e aplicação de conhecimento de ponta, da atualização constante do material didático, da utilização de praticas pedagógicas 3 pioneiras, da integração da tecnologia da informação no processo didático e do fornecimento de devolutivas contínuas e fundamentadas aos alunos. O princípio de compromisso com o Brasil pode ser observado pela utilização de dados, casos e exemplos brasileiros, pela comparação entre a realidade brasileira e a realidade internacional, pela utilização de bibliografia nacional, pela sensibilização à questão da diversidade nacional e pelo desenvolvimento de visão critica da realidade brasileira. O princípio da internacionalização tem como objetivo que o aluno desenvolva uma mentalidade global, seja capaz de posicionar-se diante dos problemas globais, saiba avaliar os problemas brasileiros no contexto global, tenha vivência internacional e seja capaz de trabalhar e estudar em outros idiomas. Integração é um princípio que visa ligar os outros, e orienta que os conteúdos estudados e as atividades propostas devem: integrar-se com a realidade, articular-se com outras disciplinas, atender a interesses da comunidade, prestar serviços à comunidade, integrar-se com os conteúdos de escolas parceiras e de outras escolas da Fundação e articular-se com atividades profissionais. 4 2. ATIVIDADES DO CURSO O Curso de Graduação em Administração da FGV-EAESP, com duração de quatro anos, é oferecido no período diurno, com aulas de manhã e à tarde, nos seis primeiros semestres. Nos dois semestres seguintes, as aulas são ministradas na parte da manhã, para permitir ao aluno a realização de estágios. A principal característica do Curso de Graduação em Administração é proporcionar uma formação generalista, dando aos alunos uma visão abrangente de um mundo em mudança cada vez mais rápida, preparando-os para utilizar as mais modernas técnicas no campo da Administração. O curso de Graduação tem uma carga horária de 3.600 horas aula, ou 3.000 horas corridas, distribuídas em 240 créditos: Disciplinas Obrigatórias Disciplinas Eletivas (a partir do 5º semestre) Estágio Curricular Supervisionado (a partir do 7º semestre) Atividades Complementares (até o 7º semestre) Trabalho de Conclusão de Curso (8º semestre) Total de créditos 168 32 20 10 10 240 Dos 240 créditos que compõem o curso, 168 correspondem a disciplinas obrigatórias e 32 a disciplinas eletivas. Para facilitar o entendimento das atividades do curso serão apresentados os seguintes itens: • Blocos de formação e disciplinas do curso • Áreas de Concentração • Atividades Experienciais • Atividades Complementares • Cursos de Férias e Escola de Inverno • Atividades Planejadas • Metodologia de Ensino e Aprendizagem • PIP – Programa de Iniciação à Pesquisa • Intercâmbio • Apoio aos alunos • Estagio Curricular Supervisionado • Trabalho de Conclusão do Curso 5 Blocos de formação e disciplinas do curso O modelo tem como premissa que o processo de formação ocorrerá de forma gradativa, ao longo de três ciclos de aprendizagem - Formação inicial, Desenvolvimento Profissional e Transição para o Mundo do Trabalho, sucessivamente mais complexos em termos de realidade administrativa e coerentes com os diferentes graus de maturidade do aluno em sua trajetória. Esses ciclos não devem ser entendidos como estanques, mas sim como momentos diferentes do curso, com suas especificidades em termos do que deve, ou não, ser enfatizado. Os ciclos de aprendizagem são descritos a seguir: 6 Ciclo Objetivo de aprendizagem Ênfase Didático Pedagógica Exemplos na matriz curricular: FORMAÇÃO INICIAL – preponderantemente nos dois primeiros semestres É o primeiro conjunto de vivências curriculares no qual o aluno: Experimenta a ação administrativa empresarial Toma contato com os fundamentos teóricos necessários à prática administrativa Expande sua ação para atividades de extensão Desenvolve os fundamentos em ciências humanas e quantitativas DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL em todo o curso, com maior intensidade do terceiro ao sétimo semestres O ciclo de Desenvolvimento é de caráter técnico-formativo para a prática da administração em todos os níveis de atuação nas organizações. Desenvolver as bases para a atuação Aprender a pensar profissional Desenvolver a compreensão e o espírito Desenvolver a capacidade de buscar, de crítico maneira autônoma, novos conhecimentos. Desenvolver a capacidade de relacionar-se Experiência Empreendedora Disciplinas introdutórias: Introdução à Gestão, Introdução ao Marketing, Contabilidade Financeira. Base em Humanas: Sociologia I, Filosofia, Psicologia I, Direito Privado na Empresa. Estudos Quantitativos: Matemática I, Estatística I. TRANSIÇÃO PARA O MUNDO DO TRABALHO preponderantemente nos dois últimos semestres Preparar a transição, com sucesso, para o mundo do trabalho. Ciclo pratica/teoria/pratica melhorada Análise de contexto, diagnóstico de oportunidades e elaboração de propostas. Preparar a transição, com sucesso, para o mundo do trabalho. Disciplinas obrigatórias de caráter técnico- Estágio Curricular Supervisionado formativo, nas diferentes áreas funcionais: Trabalho de Conclusão de Curso Projetos de Melhoria Organizacional (Organização Local, Rede Nacional) Disciplinas eletivas, a partir do 5º semestre (trajetórias individuais) 7 A maior parte das disciplinas encontra-se vinculada a um Departamento de Ensino, responsável por garantir a adequação dos programas de cada disciplina aos objetivos do curso, bem como por alocar os professores que irão lecioná-las. A EAESP está dividida em 8 Departamentos de Ensino: Sigla ADM CFC FSJ GEP IMQ MCD PAE POI Departamento Administração Geral e Recursos Humanos Contabilidade, Finanças e Controle Fundamentos Sociais e Jurídicos da Administração Gestão Pública Informática e Métodos Quantitativos aplicados à Administração Mercadologia Planejamento e Análise Econômica, aplicados à Administração Departamento de Administração da Produção e de Operações As disciplinas obrigatórias (168 créditos) são classificadas em disciplinas departamentais e interdepartamentais. Matriz Curricular do Curso de Graduação em Administração da FGV/EAESP Ingressantes a partir do 1º semestre de 2012 Componentes Curriculares Créditos 1 2 Departamento Pré-requisito 3 Classificação 1º semestre Atividades Planejadas I 2 INTER B Introdução ao Marketing 4 MCD P Sociologia I 4 FSJ B Matemática I 4 IMQ EQT Introdução à Tecnologia da Informação 4 IMQ P Matemática Financeira 2 IMQ EQT Gestão de Projetos 4 POI P Introdução à Gestão 4 ADM P Total de créditos 28 2º semestre Experiência Empreendedora 4 INTER P Filosofia 2 FSJ B Psicologia I 2 FSJ B Sociologia II 4 FSJ Direito Privado na Empresa 4 FSJ Matemática II 4 IMQ Contabilidade Financeira 4 CFC P Estatística I 4 IMQ EQT Total de créditos 28 P Sociologia I B Matemática I EQT B 3º semestre Estratégia Mercadológica 4 MCD Psicologia II 4 FSJ Ciência Política 4 FSJ B Oficina Comunicação 2 ADM B Psicologia I B 8 Controladoria 2 CFC P Estatística II 4 IMQ Estatística I EQT Gestão de Operações 4 POI Estatística I P Análise Estratégica 4 ADM P Total de créditos 28 4º semestre Projeto de Organização Local 4 INTER P Atividades Planejadas II 2 INTER B Pesquisa de Mercado 4 MCD Microeconomia Intermediária Aplicada 6 PAE Finanças Corporativas I Modelagem para apoio à Tomada de Decisão 4 CFC 4 IMQ Organizações 4 ADM Int. Gestão P Total de créditos 28 Projeto de Organização Local P P Matemática I Cont.Fin.e Controladoria B P EQT 5º semestre Projeto de Rede Nacional 4 INTER Marketing Mix 6 MCD Direito Tributário 4 FSJ Macroeconomia Intermediária Aplicada 4 PAE Finanças Corporativas II 4 CFC Eletivas I 2 - Logística Empresarial e SCM 4 Total de créditos 28 P Direito Privado na Empresa Microeconomia Intermediária Aplicada Finanças Corporativas I B B P C POI Gestão de Operações e Estatística II P Direito Privado na Empresa B 6º semestre Direito Trabalhista 2 FSJ Economia Internacional 2 PAE Administração da Tecnologia da Informação 4 IMQ P Int.Tec Info Finanças Corporativas II P Mercados Financeiros e de Capitais 4 CFC Eletivas II 2 - C P Eletivas III 2 - C Eletivas IV 2 - C Eletivas V 2 - C Eletivas VI 4 - C Total de créditos 24 TCC 7º semestre Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso 4 INTER Atividades Planejadas III 2 INTER Operações e Competitividade 4 POI Gestão de Pessoas 4 ADM P Logística Empresarial e SCM P P 9 Eletivas VII 2 - C Eletivas VIII 2 - C Eletivas IX 2 - C Total de créditos 20 8º semestre Gestão Estratégica 4 ADM Análise Estratégica P Eletivas X 4 - C Eletivas XI 2 - C Eletivas XII 2 - C Eletivas XIII 4 - C Total de créditos 16 1 - Um crédito corresponde a 15 horas/aula ou tempo equivalente de dedicação a demais componentes curriculares. 3600 horas-aula (240*15) = 3000 horas corridas 2 - INTER – Disciplina Interdepartamental; CECOP – Coordenadoria de Estágios e Colocação Profissional. 3 - B - Conteúdos de Formação Básica; C - Conteúdos de Formação Complementar; EQT - Conteúdos de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias; P - Conteúdos de Formação Profissional e TCC - Trabalho de Conclusão de Curso. Disciplinas Eletivas A abertura de espaço para opções pelos alunos na forma de disciplinas eletivas permite conciliar uma base generalista, definida quando da criação do curso – com conteúdos variáveis, que viabilizem a especialização do aluno em campo de seu interesse. Corresponde, assim, a um movimento no sentido da flexibilização de parte do conteúdo do curso. A partir do 5º semestre, o aluno precisa cursar 32 créditos de disciplinas eletivas, dos quais ao menos 12 créditos devem pertencer a uma Área de Concentração, e ao menos quatro créditos devem ser cursados em área distinta da Área de Concentração escolhida. Áreas de Concentração Visando atender aos conceitos de autonomia e flexibilidade, foram inseridos no currículo as Áreas de Concentração. Todos os alunos devem cursar obrigatoriamente uma das seguintes Áreas de Concentração: I - Estratégia e Gestão; ll – Finanças; lll – Marketing; IV Sustentabilidade e Meio Ambiente; V – Empreendedorismo e VI - Gestão Internacional. Cada Área de Concentração é composta por 12 créditos e as disciplinas eletivas escolhidas para completar uma Área de Concentração devem ser oferecidas por, no mínimo, dois Departamentos de Ensino distintos. Atividades Experienciais O equilíbrio entre embasamento teórico e aplicação prática, por meio da aprendizagem ativa, tem se provado uma ferramenta eficaz de aprendizagem. No Curso de Graduação em Administração foram inseridas várias disciplinas interdepartamentais com foco na aplicação dos conceitos na prática organizacional: • Experiência Empreendedora – Os alunos precisam desenvolver um plano de negócio de um novo empreendimento. Os melhores planos de negócios participam de uma feira, no final do semestre e são analisados por avaliadores externos (inclusive por representantes de fundos de venture capital). • Projeto de Organização Local (POL) – os alunos são expostos a pequenas empresas e, a partir de uma metodologia desenvolvida pelos professores da disciplina, com base do 10 Premio PNQ, realizam um diagnóstico da empresa e apresentam oportunidades de melhorias. As empresas recebem, em contrapartida, um relatório, com as sugestões da equipe e um comparativo da sua empresa em relação a outras empresas do semestre. • Projeto de Organização Nacional (PON) – os alunos montam equipes e sugerem uma grande empresa para desenvolver o projeto. A metodologia apresentada na disciplina POL é resgatada, porém o desafio é aprofundar o diagnostico e as sugestões, uma vez que o grau de complexidade do objeto é maior. Atividades Complementares As Atividades Complementares “...são componentes curriculares que possibilitam o reconhecimento, por avaliação, de habilidades, conhecimentos e competências do aluno, inclusive adquiridas fora do ambiente escolar, incluindo a prática de estudos e atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade, especialmente nas relações com o mundo do trabalho e com as ações de extensão junto à comunidade.” (Resolução No 4 do CNE, de 13 de julho 2005, art. 8). A formação em nível de graduação não envolve apenas a dimensão técnico-profissional, mas também outras dimensões que a complementam. Várias dessas dimensões, como a formação generalista, a perspectiva multidisciplinar e a ênfase na dimensão humana da administração já estão presentes no currículo do curso de graduação da EAESP desde sua criação. Mas há outras dimensões importantes na formação do aluno como administrador e como cidadão que até o momento não integravam o currículo do curso, embora fossem estimulados pela escola como atividades extracurriculares. Dentre essas dimensões incluem-se: elaboração de um repertório artístico-cultural, ações de impacto social na comunidade, participação em associações e entidades, participação em projetos de pesquisas, condução de projetos de pesquisa próprios, iniciação à atividade docente, dentre outras. A coordenação das Atividades Complementares é feita pela Coordenadoria de Graduação. Na Regulamentação das Atividades Complementares pela EAESP, foram estabelecidas as seguintes modalidades de atividades a serem desenvolvidas pelos estudantes e reconhecidas na forma de créditos: I - Atividades de Extensão de Caráter Socioambiental II - Atividades Culturais. III - Atividades de Iniciação à Docência e à Pesquisa. IV - Atividades em Entidades Estudantis. V - Outras Atividades Acadêmicas. O regulamento das atividades complementares, presente no projeto pedagógico do curso, encontra-se anexo. Cursos de Férias e Escola de Inverno Os alunos do Curso de Graduação em Administração podem cursar disciplinas dos diversos Departamentos de Ensino da FGV-EAESP, de forma concentrada, durante os períodos de férias de verão e inverno. Além dos cursos oferecidos no período de férias, os alunos do Curso de Graduação em Administração podem ainda participar da Escola de Inverno da FGV-EAESP, cujo objetivo é mobilizar a comunidade acadêmica e profissional para promover o intercâmbio acadêmico de 11 ponta, estimular a pesquisa científica em Administração e promover o aperfeiçoamento da formação metodológica, matemática e estatística de seus participantes. Atividades Planejadas Entre as disciplinas obrigatórias foram alocados oito créditos para Atividades Planejadas, disciplina ministrada no 1º, 5º e 7º semestres. Essa disciplina visa possibilitar flexibilidade ao currículo e introduzir temas gerais e pontuais, necessários à formação do aluno. Por exemplo, na disciplina Atividades Planejadas I, oferecida no 1º semestre de 2012, foram abordados tópicos tais quais: • Trabalhos acadêmicos - Como desenvolvê-los? Quais as principais regras e formatos? • Trabalhos em grupo: lidando com conflito e diferenças • Comunicação oral: como cativar seu público. • A conduta ética na vida acadêmica • Importância da formação acadêmica na carreira • Avaliação de proficiência em Língua Inglesa Metodologia de Ensino e Aprendizagem A coordenação dos processos de apoio ao ensino e à aprendizagem é realizada pelo CEDEA – Centro de Desenvolvimento do Ensino e da Aprendizagem. Uma das principais inovações da reforma do curso, realizada em 2007, diz respeito à dimensão didático-pedagógica. Um dos principais objetivos do curso é formar um profissional autônomo, questionador, articulado e reflexivo, capaz de aprender continuamente. Esta mudança no perfil do profissional a ser formado requer também uma mudança no foco do processo de ensino-aprendizagem. Tradicionalmente, o foco do processo de ensino se baseava na aquisição dos conhecimentos necessários para o desenvolvimento de uma determinada atividade. Na nova abordagem pedagógica, reforçada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado, Resolução n°4 de 13 de julho de 2005 do CNE, o foco da aprendizagem deve extrapolar o conhecimento técnico-funcional e abordar o desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes. Para alcançar tal objetivo, a premissa pedagógica do curso é transformar o processo de aprendizagem numa descoberta, com integração ativa do aluno ao processo. Trata-se de procurar inovar na relação professor-aluno e no processo de aprendizagem, o que envolve mudanças culturais importantes. Assim, pretende-se basear a formação no curso de graduação em um processo crescente de responsabilização do aluno pelo processo de aprendizagem. Esta abordagem supõe que se supere um modelo de ensino-aprendizagem no qual o professor, detentor do conhecimento, “transfere” seu conhecimento ao aluno que “recebe” este conhecimento de maneira relativamente passiva. Sem desconsiderar a contribuição ao processo de aprendizagem do saber acumulado pelo professor, passa-se a estimular também o “aprender fazendo” e o “aprender refletindo criticamente”, abordagem que pressupõe que a aprendizagem é um processo ativo, que envolve dois atores: o aprendiz e o professor. O aprendiz (aluno) passa a ser responsável pelo seu processo de aprendizado e deve ter comprometimento, curiosidade, iniciativa e persistência. O professor, por sua vez, assume o papel de facilitador do processo, por meio do planejamento e da organização das atividades de 12 aprendizagem. O papel do professor passa a ser o de guia do processo de aprendizado, por meio de um suporte cognitivo: cabe a ele fazer sugestões, dar recomendações, desafiar a criatividade, estimular o envolvimento e, principalmente, encorajar o pensamento independente do aluno. Assim, o professor não apenas põe à disposição dos alunos o conhecimento de que é detentor, mas passa a ser também um orientador do processo de busca e construção do conhecimento, estimulando o aluno a formular perguntas sobre a realidade e a tentar respondê-las. Nesse contexto, o processo pedagógico passa a ser um espaço para o desenvolvimento do raciocínio, do pensamento crítico, da resolução de problemas e da reflexão. Esta mudança implica alterações no dia a dia de cada disciplina, com reforço a aulas que supõem a participação do aluno. Reforça-se, como recurso didático, o uso de diversas formas de comunicação e de debate, com a incorporação de novos recursos tecnológicos. Uma vez que o foco do processo pedagógico é a aprendizagem, são estimulados diferentes tipos e experiências de aprendizagem, além das aulas expositivas: método do caso; simulação (role playing); aprendizagem baseada na resolução de problemas (problem based learning); seminários; exercícios e debates, além das atividades monitoradas. As atividades monitoradas são atividades definidas pelo professor e realizadas pelos alunosaprendizes de forma autônoma, de preferência, fora da sala de aula, com o objetivo de oferecer ao aluno a possibilidade de vivenciar, praticar e investigar de maneira autônoma o conteúdo abordado em sala de aula. As atividades são estruturadas e acompanhadas por meio de relatórios, discussões, apresentações etc. PIP – Programa de Iniciação à Pesquisa Visando fornecer flexibilidade no processo de formação do aluno e incentivar o espírito de pesquisa foi proposto, no processo de reformulação do curso, um programa integrado de iniciação à pesquisa – o PIP (Programa de Iniciação à Pesquisa da FGV-EAESP). O programa consiste num processo de preparação e execução de pesquisa para graduandos em parceria com as Linhas de Pesquisa, Centros de Estudos e pesquisadores-bolsistas da FGV-EAESP. Seu objetivo principal é complementar a formação escolar dos estudantes participantes. O PIP é direcionado aos alunos do 2º ao 6º semestres e está dividido em três pilares: 1. Residência em Pesquisa O programa Residência em Pesquisa disponibiliza recursos para que alunos do Curso de Graduação possam participar de atividades de pesquisa desenvolvidas por atores internos como Linhas de Pesquisa, Centros de Estudo e pesquisadores-bolsistas. 2. Conexão Local O Projeto Conexão Local possibilita aos estudantes dos cursos de graduação e pósgraduação o acesso às experiências no campo de pesquisa conforme especificado em projeto em andamento, vinculado a Linhas de Pesquisa, Centros de Estudo e pesquisadores-bolsistas. Os objetivos do Projeto são a complementação da formação escolar, apoio à pesquisa no campo da Administração e apoio à publicação científica do conhecimento produzido. 3. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) 13 O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) conta com verba do CNPq, GVpesquisa e outras agências de fomento e tem como finalidade estimular e desenvolver a vocação para a pesquisa científica em estudantes dos cursos de graduação por meio da concretização de projetos científicos orientados por docentes da FGV-EAESP. O PIBIC é a modalidade mais antiga de Iniciação à Pesquisa para os estudantes da graduação e seu objetivo é incentivar e despertar a vocação científica entre os estudantes, por meio do envolvimento em projeto de pesquisa orientado por docentes pesquisadores. Intercâmbio Os alunos de graduação beneficiam-se, ainda, da possibilidade de intercâmbio internacional, com apoio da CRI - Coordenadoria de Relações Internacionais. Há um programa regular de intercâmbio com várias escolas da Europa, dos EUA, da América Latina, e de outras regiões do mundo. Além dos programas regulares, por meio dos quais os alunos ficam um semestre no exterior, cursando regularmente outras faculdades, há também programas internacionais durante as férias e competições internacionais de estudos de casos. O intercâmbio sistemático de alunos iniciou-se em 1976, com a associação da EAESP ao PIM (Partnership in International Management), sendo a Escola, até hoje, a única instituição brasileira membro desta associação, um consórcio de escolas e universidades no mundo todo, que promove o intercâmbio de alunos, professores e corpo administrativo das escolas e universidades associadas. Além de enviar alunos para o exterior, a Escola recebe alunos de diversas faculdades e universidades associadas ao PIM, que participam do curso de graduação por um semestre. Mais recentemente, os alunos de Graduação do Curso de Administração Pública passaram a ter uma possibilidade adicional de intercâmbio, oferecida pelo Consórcio Bilateral na Área de Ciências Sociais e Políticas Públicas (CBSP), desenvolvido com apoio da CAPES (Programa de Consórcios em Educação Superior) e de instituição congênere nos EUA - FIPSE, envolvendo cinco universidades/faculdades no Brasil e nos Estados Unidos: a UNICAMP, a Universidade Federal de Pernambuco e a FGV-EAESP, no Brasil, a Universidade de Texas, em Austin, e a Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), nos EUA. Apoio aos alunos As atividades de apoios aos alunos podem ser divididas em atividades de apoio financeiro e atividades de apoio pessoal. Atividades de apoio Financeiro Os alunos do Curso de Graduação contam com uma estrutura de apoio bastante abrangente. Uma primeira iniciativa nesse sentido data de 1965 e consiste na criação, naquela ocasião, de um Fundo de Bolsas, instituído com base em doações da comunidade empresarial, de exalunos e de professores, com o objetivo de garantir bolsas de estudos a alunos do curso de graduação. Os alunos podem recorrer ao fundo para: pagamento integral ou parcial de taxas escolares; manutenção própria (alimentação); e aquisição de livros e material escolar. Em 2005, foi institucionalizada uma nova modalidade de Bolsa de Estudos - a Bolsa Moradia e Transporte para alunos com dificuldades econômicas. O valor recebido deverá ser pago à Escola, voltando a compor o Fundo de Bolsas, cinco anos após a tomada do empréstimo pelo aluno. Desde a criação do Fundo de Bolsas, em 1965, foram concedidas mais de 15.000 bolsas a alunos de graduação em Administração. 14 Ainda como apoio aos alunos, funcionando como complemento à sua formação e também como suporte financeiro durante a realização do curso, são oferecidas oportunidades de realizar monitorias e estágios. Atividades de apoio pessoal Outra ordem de suporte oferecido aos alunos consiste na atividade de tutoria, criada em janeiro de 2001, com a finalidade de apoiar a coordenadoria de graduação, procurando, principalmente, “zelar pelo processo de ensino e aprendizado e pelo aproveitamento” da turma sob sua responsabilidade. Um professor tutor acompanha uma turma ingressante no primeiro semestre do curso e serve como canal facilitador da turma, tanto em relação à coordenadoria do curso, quanto em relação aos professores e à própria dinâmica da turma. Desde sua criação, a nova “instituição” da tutoria tem prestado apoio a alunos e à coordenadoria, por meio de reuniões periódicas com alunos de forma coletiva, em pequenos grupos ou em reuniões individuais. Nestas reuniões, os tutores – professores do curso designados para esta função complementar de apoio – ajudam a situar os alunos ingressantes na Escola (primeiro semestre), familiarizando-os com o funcionamento do curso e auxiliandoos no enfrentamento de dificuldades acadêmicas e pessoais. Esse auxílio se estrutura como apoio para que os alunos sejam capazes de resolver eles próprios, com autonomia, os problemas que enfrentam. A tutoria, por outro lado, com base no contato próximo, estabelecido com os alunos, acaba trazendo à coordenadoria algumas situações-problema, para o qual os tutores não se sentiam confortáveis em enfrentar. Diante disto, por sugestão da coordenadoria do curso, foi criado o Pró-Saúde, estrutura voltada ao apoio psicológico a alunos de graduação, na qual profissionais de psicologia prestam atendimento a alunos fora do ambiente da escola, garantindo o sigilo aos que procuram o serviço3. Resta mencionar ainda o apoio prestado, tanto aos alunos quanto aos professores, pelo Supervisor de Alunos. O Supervisor de Alunos trabalha junto à Coordenação e facilita a gestão de várias situações, como, por exemplo, questões pessoais relacionadas à dinâmica da sala de aula e/ou da escola, questões de relacionamento intraclasse, dificuldades na condução de alguns processos didáticos; questões de indisciplina individual ou coletiva, apoio psicopedagógico, visando o melhor desempenho escolar do aluno; entre outros. Estágio Curricular Supervisionado Os alunos do Curso de Graduação em Administração realizam o Estágio Curricular Supervisionado em empresas privadas, entidades do Terceiro Setor, órgãos da Administração Centralizada Federal, Estadual e Municipal, órgãos da Administração Descentralizada Federal, Estadual e Municipal, autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e Fundações. Também é possível realizar o Estágio Curricular Supervisionado no exterior. A carga horária destinada à sua realização é de 20 créditos e conta para a integralização do curso. O período de estágio obrigatório é de 6 meses (180 dias) e pode ser cumprido de forma ininterrupta ou parcelada (no mínimo 30 dias), a partir do 7º semestre. O estágio deve ser realizado por, no mínimo 3 horas e, no máximo, 6 horas por dia, em horário compatível com as atividades escolares do aluno. 3 O atendimento prestado é garantido gratuitamente aos alunos, por um determinado período, sendo os custos assumidos pela Escola. 15 Além disto, os alunos têm oportunidade de realizar outros estágios, também reconhecidos pela escola, mas com caráter optativo e complementar ao estágio previsto na estrutura curricular. Para apoiar os alunos nas atividades de estágio, a FGV-EAESP conta com uma Coordenadoria de Estágios e Colocação Profissional – CECOP. Concebida, em meados da década de 70, como Setor de Estágios, com o objetivo de divulgar e registrar o estágio obrigatório, foi, progressivamente, assumindo novas atribuições, o que levou à sua transformação na atual coordenadoria. Atualmente, a CECOP oferece os seguintes serviços: a) b) c) d) e) f) registro e documentação de estágios; divulgação de vagas de estágio, trainee e posições efetivas; aconselhamento de carreira para alunos e ex-alunos da graduação e pós-graduação; coordenação das Feiras de Recrutamento; assessoria às empresas em processos de recrutamento; publicação do CECOP NOTÍCIAS, jornal semestral, com informações sobre empresas que mais recrutam alunos e ex-alunos, sobre perfil do estágio, índice de efetivação de formandos, entre outras; g) coleta e divulgação de dados qualitativos e quantitativos; h) organização e coordenação de palestras de desenvolvimento profissional para alunos e exalunos, abordando temas como: orientação de carreira, recolocação, preparação de currículo, etc.; i) atualização e manutenção de Banco de Dados de empresas (cerca de 2000 empresas); j) atendimento aos alunos intercambistas. Trabalho de Conclusão de Curso O Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) consta na Matriz Curricular e é um trabalho individual, deverá ser centrado em experiências vividas pelo aluno no transcorrer do curso e ser realizado em duas modalidades distintas: − Projeto de Enfoque Científico, que tem como objetivo explorar, descrever ou explicar um determinado fenômeno, utilizando o método científico; − Projeto de Enfoque Profissional, que tem como propósito desenvolver no aluno a capacidade de identificar um problema ou uma oportunidade profissional a partir de uma experiência vivida e apresentar uma aplicação prática para a situação identificada. A disciplina Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso equivale a quatro créditos e o TCC propriamente dito (orientação inclusa) corresponde a dez créditos. O Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso e encontra-se anexo. 16 3. PERFIL DO EGRESSO O curso de graduação da FGV-EAESP foi estruturado tendo em vista formar profissionais com um perfil adequado ao momento de sua criação – a constituição da própria profissão do administrador de Empresas no Brasil. As alterações de currículo efetuadas desde sua criação obedeceram, em parte, a alterações no perfil do profissional a ser formado, condicionadas, por sua vez, a mudanças no ambiente empresarial e na área pública. Assim, a flexibilização progressiva do currículo – manifesta na presença crescente de disciplinas eletivas – refletiu a maior complexidade do ambiente organizacional no Brasil, requerendo habilidades específicas, mesmo mantida a opção por uma formação generalista, especificação esta que as optativas ou eletivas podem garantir. De maneira complementar, a formação humanista que, ao lado da preparação técnica, sempre caracterizou a Escola, decorreu do propósito de preparar profissionais-cidadãos, capazes de intervir de maneira responsável e crítica nas organizações e na realidade mais abrangente. O curso tem como objetivo recrutar e selecionar a elite intelectual do país, composta de jovens de diferentes estados e diferentes classes sociais e que tenham a capacidade de estabelecer relações entre os fenômenos e de formular questões; a disposição para participar do processo de aprendizagem como sujeito; a capacidade de se relacionar com a diversidade (diferentes tipos de pessoas, classes sociais, culturas, visões de mundo) raciocínio lógico e quantitativo acima da média e excelente capacidade de expressão oral e escrita As expectativas do perfil do egresso estão explicitadas nos Objetivos de Aprendizagem Gerais (OAG) e nos Objetivos de Aprendizagem Específicos (OAE) do Curso. Esses objetivos, formulados a partir da missão e dos princípios, norteiam a ação pedagógica e são utilizados na tanto definição das atividades do curso quanto na estruturação das disciplinas. Em 2012, visando atender as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos4 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental5 os Objetivos de Aprendizagem Gerais (OAG) e Específicos (OAE) foram revistos. O egresso do Curso de Administração irá: OAG 1. Administrar pessoas e recursos segundo princípios, propósitos e valores éticos. OAE 1.1. Os alunos irão identificar as atividades e questões que possam envolver desafios éticos, articulando as consequências associadas aos comportamentos não-éticos. OAG 2. Usar pensamento complexo, sistêmico e crítico, integrando os componentes relevantes da realidade organizacional, para identificação de problemas ou oportunidades e para a tomada de decisão. OAE 2.1. Os alunos demonstrarão competência para integrar conhecimentos das várias áreas da administração, de maneira crítica e propondo soluções estratégicas para soluções de problemas. OAE 2.2. Os alunos demonstrarão competência para criticar interpretações que não estejam bem alicerçadas pelos conhecimentos e técnicas das várias áreas da Administração. OAE 2.3. Os alunos deverão demonstrar a compreensão integrada do meio ambiente, de sua interface com a sociocultura, a produção, o trabalho e consumo, e das propostas voltadas à sustentabilidade socioambiental. 4 5 Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012 do Conselho Nacional de Educação Resolução nº 2 de 15 de junho de 2012 do Conselho Nacional de Educação 17 OAG 3. Utilização dos conhecimentos das várias áreas da Administração para propor soluções concretas a problemas de gestão. OAE 3.1. Alunos demonstrarão ser capazes identificar e utilizar conceitos de seus repertórios de conhecimentos das várias áreas da Administração, quando deparados com questões de gestão ou de negócios. OAG 4. Conhecer a realidade social, econômica e política das regiões brasileiras. OAE 4.1. Alunos serão capazes de propor soluções adequadas às características de regiões específicas do Brasil. OAE 4.2. Os alunos demonstrarão a capacidade de analisar situações reais de diferenciação regional no Brasil, mediante seleção e utilização de um repertório humanístico próprio. OAG 5. Conhecer as principais questões e atores internacionais, sabendo avaliar o impacto recíproco dos fenômenos locais e globais. OAE 5.1. O aluno apresentará uma mentalidade (mindset) global. OAE 5.2. O aluno será capaz de demonstrar a habilidade de entender o mundo segundo uma visão geopolítica. OAE 5.3. Os alunos demonstrarão a capacidade de comunicação em línguas estrangeiras. OAG 6. Abordar de forma responsável, respeitosa, empática e reflexiva a diversidade cultural, social, política e econômica. OAE 6.1. O aluno demonstrará a habilidade de descrever e interpretar situações de diversidade cultural, social, política e econômica reconhecendo princípios associados aos direitos humanos e de forma adequada para o tratamento de questões potencialmente sensíveis. OAG 7. Aplicar habilidades interpessoais, analíticas e de aprendizado continuo no processo de gestão organizacional. OAE 7.1. Os alunos demonstrarão habilidades de comunicação escrita em situações típicas da gestão. OAE 7.2. Os alunos demonstrarão habilidade de apresentar oralmente um tema ou situação de forma profissional. OAE 7.3. Os alunos demonstrarão competência na aplicação de raciocínio lógico/quantitativo em problemas de gestão. OAE 7.4. Os alunos demonstrarão habilidades de trabalho em equipe. 4. FORMA DE ACESSO AO CURSO A Coordenação do Processo Seletivo é feita pela Central de Vestibulares – CACR, gerido pela própria instituição. O Curso de Graduação em Administração tem vestibular semestral, com 200 vagas por semestre. A inscrição é feita pelo site em período especificado em Edital. O candidato que tenha concluído ou esteja concluindo todo o Ensino Médio (1º, 2º e 3º ano) em escola pública (municipal, estadual ou federal) pode solicitar a isenção da taxa de inscrição. Conteúdo e critérios de classificação As provas do vestibular possuem dois módulos: um objetivo e um discursivo, com duração 18 de 4 (quatro) horas cada um e serão realizados em um único dia. As provas do módulo objetivo consistem em um caderno com 4 (quatro) provas de múltipla escolha, com 15 questões em cada uma das esferas de conhecimento a seguir: - Matemática - Língua Portuguesa, Literatura e Interpretação de Textos - Língua Inglesa e Interpretação de Textos - Humanas: História, Geografia e Atualidades As provas do módulo discursivo consistem em dois cadernos com provas dissertativas nas seguintes esferas de conhecimento: a) Matemática aplicada, contendo questões que visam avaliar a capacidade dos candidatos para entender e resolver problemas de natureza quantitativa. b) Redação em língua portuguesa: os candidatos deverão elaborar um texto dissertativo, por meio do qual sejam capazes de demonstrar as seguintes competências: conhecimento do tema; domínio da estrutura dissertativa; articulação adequada dos elementos linguísticos e discursivos; argumentação coerente e consistente; expressão clara e correta, tendo em vista as normas da língua escrita padrão e pertinência da seleção lexical. A avaliação agrupará as referidas competências em três diferentes quesitos: 1) tema e estrutura; 2) articulação e argumentação; 3) correção gramatical e adequação léxica. Nos dias da realização da Primeira Fase e da Segunda Fase do Processo Seletivo a FGV fará, a cada período, a coleta, por meio eletrônico, da impressão digital de todos os candidatos, como forma de identificação. Tal procedimento também será realizado por ocasião da Efetivação do Vínculo com a FGV dos candidatos aprovados e convocados para o Requerimento de Matrícula. Será eliminado/a do processo seletivos o/a candidato/a ausente a qualquer prova do Módulo Objetivo ou do Módulo Discursivo; que tiver nota bruta inferior a 2,0 (dois) em qualquer prova, tanto do Módulo Objetivo quanto do Discursivo; que tiver nota 0,0 (zero) em qualquer uma das Provas do Módulo Objetivo ou do Módulo Discursivo. Primeira Etapa da apuração - Módulo Objetivo Os acertos de cada candidato em cada prova serão convertidos em NOTA BRUTA, variando entre 0 e 10. Procede-se à padronização estatística das notas brutas obtidas pelos candidatos em cada prova do módulo Objetivo e ao cálculo da média ponderada das provas. Selecionam-se os 800 candidatos que tiverem obtido as médias mais altas no Módulo Objetivo. Somente esses 800 candidatos selecionados na primeira etapa de apuração terão suas provas do Módulo Discursivo avaliadas. Segunda Etapa da apuração - Módulo Discursivo As bancas examinadoras emitirão notas (brutas), variando entre 0 e 10, às respostas elaboradas pelos candidatos. As notas brutas das provas do Módulo Discursivo são padronizadas estatisticamente. Obtém-se a média de cada candidato nas provas do Módulo Discursivo, pela média aritmética das notas já estatisticamente padronizadas das duas provas. A média final do candidato será calculada atribuindo-se peso 1 à média do Módulo Objetivo e peso 4 à média do Módulo Discursivo. Relacionam-se os candidatos por ordem decrescente, considerando a média final e selecionam-se os 200 (duzentos) candidatos que tiverem obtido as médias mais altas, os quais estarão APROVADOS e serão convocados para a Matrícula. 19 O resultado do processo seletivo é divulgado no site www.fgv.br/vestibulares e no saguão do prédio sede da FGV em São Paulo, Av.Nove de Julho, 2.029. O conteúdo e a bibliografia das disciplinas da prova estão no manual do candidato, disponível no sítio da instituição. Efetivação do vínculo com a FGV-EAESP Os candidatos aprovados no Processo Seletivo que tiverem sua Matrícula deferida pela FGVEAESP deverão formalizar sua vinculação à Escola com a assinatura do pertinente Termo de Adesão ao Contrato de Prestação de Serviços Educacionais e Outras Avenças. No referido Contrato, bem como nos respectivos anexos, encontram-se as Normas Aplicáveis ao relacionamento do aluno (Contratante) com a EAESP (Contratada). Essas normas devem ser lidas e analisadas pelo candidato e por seu representante legal, se for o caso. O prazo de vigência do Contrato de Prestação de Serviços Educacionais e Outras Avenças é equivalente a 1 (um) semestre letivo; o direito do aluno à sua renovação automática está sujeito ao cumprimento dos requisitos acadêmicos e financeiros ali indicados. 20 5. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM A estrutura de avaliação no Curso de Graduação inclui, de um lado, a avaliação do corpo discente e, de outro, a avaliação do corpo docente. Avaliação de aprendizagem do corpo discente Na avaliação tradicional o docente prioriza a avaliação quantitativa, de o caráter classificatório e comparativo, realizada pontualmente, por meio de provas, de forma a verificar se um determinado conteúdo foi incorporado pelo aluno. Tratada como apêndice do processo de ensino, a avaliação tradicional não apoia o processo de aprendizagem. Teorias mais recentes sobre o processo de avaliação apontam que a avaliação deve ser considerada parte integrante do processo de ensino e aprendizagem e deve ser realizada de forma contínua, para verificar o que os alunos estão aprendendo, ao invés de constatar o que foi ensinado. Essas teorias defendem que a avaliação deve ser mais orientada para melhorar as aprendizagens do que para as classificar, mais integrada no ensino e na aprendizagem, mais contextualizada, mais interativa e em que os alunos têm um papel relevante a desempenhar. A avaliação pode ser classificada em: Diagnóstica: utilizada para identificar o nível de conhecimento do aluno e para identificar lacunas em determinadas habilidades, como, por exemplo, um teste de habilidades computacionais no início de uma disciplina de tecnologia da informação. A avaliação diagnóstica auxilia o professor a conhecer os alunos. Formativa: utilizada para determinar a posição do aluno ao longo de uma unidade de conhecimento e fornecer informações de retroação, tanto ao aluno, quanto ao professor. No processo avaliativo de uma disciplina, ocorre com frequência, de modo a servir como ferramenta de adequação e ajustes do processo de ensino e aprendizagem, uma vez que sinaliza, tanto ao professor quanto ao aluno, dificuldades em relação ao que está sendo abordado. Por exemplo, exercícios semanais, com correção e devolução aos alunos na semana seguinte, para verificar se os alunos estão acompanhando a matéria e sinalizar para aqueles que estão com dificuldades a necessidade de adotar novas estratégias de estudo. Somativa: utilizada para aferir o progresso realizado pelo aluno ao final de uma unidade de conhecimento. A avaliação abrange vários conteúdos e é realizada em um momento específico, especialmente ao final da unidade de conhecimento. A avaliação somativa auxilia o professor a obter indicadores para aperfeiçoar o processo de ensino e rever as estratégias adotadas naquela unidade de conhecimento. Exemplos de avaliação somativa são as provas parcial e final. Para o curso de graduação foram estabelecidas algumas diretrizes norteadoras do processo de avaliação da aprendizagem: − O professor deve utilizar a avaliação como parte integrante do processo de aprendizado, como uma ferramenta para o diagnóstico das dificuldades dos alunos e um meio para que ele/a aperfeiçoe seus processos de ensino, e não simplesmente como um instrumento para detectar o sucesso ou o fracasso dos estudantes para fins classificatórios; 21 − − − O processo de avaliação deve ser justo e transparente e adotar ferramentas que visem evitar a fraude (cola e plágio). O processo de avaliação deve incorporar a avaliação formativa e fornecer feedback imediato e de qualidade para que o aluno reconheça suas deficiências e melhore seu desempenho (a.) fixando um prazo máximo para que o professor devolva as provas e trabalhos corrigidos aos alunos, (b.) tornando obrigatória a divulgação de gabaritos e/ou critérios claros de correção de provas e trabalhos por escrito, no momento da devolução dos mesmos, (c.) garantindo formalmente ao aluno o direito à revisão de todas as provas, não apenas as finais. É desejável a unificação da elaboração e correção das provas, quando possível, ou, caso contrário, uma crescente uniformização no tipo e pesos dos conteúdos cobrados, e no grau de dificuldade das provas. A avaliação do corpo discente inclui diversos tipos de avaliação, tais como: provas discursivas e de tipo teste, realização de trabalhos dissertativos sobre temas tratados no curso, exercícios individuais e em grupo, realizados em classe ou em casa, apresentações individuais e em grupo, seminários e trabalhos de campo, projetos de pesquisa, nível de participação nas aulas e análise do progresso no nível de aprendizagem. A avaliação é registrada por meio eletrônico, em sistema disponível na rede da Escola. Nas normas do curso, mais especificamente nas Normas Aplicáveis ao Curso de Graduação em Administração são estabelecidos os critérios de avaliação do aluno. Segundo as normas, a avaliação final do aluno, em cada disciplina, consiste na média de três notas, resultantes das avaliações efetuadas ao longo do semestre. Trata-se de mecanismo que procura assegurar que o aluno não seja prejudicado por um eventual mau desempenho ocorrido em uma avaliação isolada. No Curso de Graduação Reformulado, em vigor desde 2007, o aluno com avaliação final maior que 6,0 é aprovado na disciplina. A avaliação dos alunos não se restringe à sua avaliação em cada disciplina, mas tem também uma dimensão mais abrangente, refletida na média semestral e na média geral do aluno. A avaliação global dos alunos tem impacto na trajetória individual do aluno no curso. Desta forma, na escolha de eletivas – quando estas são muito procuradas – o critério de priorização de candidatos obedece à análise do desempenho dos alunos, refletido em sua média semestral e geral. O desempenho também constitui critério de priorização no caso de candidatos a intercâmbio, no apoio à participação em congressos e eventos (nacionais e internacionais), no incentivo à participação no Programa de Iniciação Científica e em outras seleções. Com base na avaliação, há também na Escola a adoção de um sistema de inclusão dos melhores alunos em um quadro de honra. Finalmente, há também a concessão de prêmios, entregues por ocasião da colação de grau. 22 6. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DO CURSO O curso de graduação passa por diferentes processos de avaliação, tanto internos quanto externos. Avaliação interna do curso A avaliação interna do curso é realizada tanto por um processo estruturado de garantias de aprendizagem quanto pela atuação do CPAP. Avaliação do desempenho do professor Em relação à avaliação dos professores, existe, em cada disciplina, uma sistemática baseada na aplicação de um questionário padronizado, ao final do curso, que inclui aspectos como: envolvimento do professor com o curso; domínio do conteúdo ministrado; relevância do curso na perspectiva do aluno; cumprimento do programa; adequação do conteúdo ao programa previamente estabelecido; acessibilidade do professor fora da aula; capacidade que este tem de estimular discussões por parte dos alunos, dentre outros aspectos. A avaliação do professor resulta, de um lado, no reconhecimento por parte da instituição, que considera este fator como um dos que pesam no conjunto de instrumentos de avaliação do corpo docente, como subsídio para um retorno em termos de carreira, apoio à pesquisa, seleção de disciplinas etc. De outro lado, diante de um mau desempenho, segundo a avaliação dos alunos, procura-se estimular a superação de dificuldades, por meio de reuniões com os chefes de departamento e de encaminhamento para cursos de atualização didática e acadêmica. O corpo docente é também avaliado pelos chefes de departamento de ensino, considerando sua dedicação ao curso e a atividades complementares, como pesquisa e produção acadêmica. A avaliação dos professores inclui o registro semestral de todas as suas atividades em sistema eletrônico, desenhado especialmente para este fim – o Documento Único Eletrônico (cujo acesso se faz por meio de intranet acadêmica) – o qual permite registrar disciplinas ministradas, pesquisas desenvolvidas, palestras realizadas, publicações etc. Além desses mecanismos formais de avaliação do corpo discente e do corpo docente, a Escola possui uma sistemática mais abrangente de avaliação de todas as suas atividades, que inclui uma avaliação permanente de seus cursos e do curso de graduação em particular. Garantias de Aprendizagem Um curso de graduação deve preparar seus alunos para contribuir com as organizações e a sociedade e para crescer pessoal e profissionalmente durante toda a vida; deve ser capaz de mudar e evoluir continuamente assimilando e antecipando mudanças econômicas, culturais, sociais e políticas; e deve manter-se em um processo contínuo de melhoria de qualidade. No curso de graduação e nos outros cursos da FGV-EAESP a melhoria contínua do curso é realizada pelo processo de garantias de aprendizagem. Um processo de garantia de aprendizagem busca a “Coleta, revisão e uso sistemáticos de informação sobre programas educacionais para prestação de contas e melhoria do processo de aprendizagem” (Palomba e Banta, 1999). É um processo explícito, compartilhado, regular, 23 sistemático e continuado no tempo e, para garantir sua efetividade, deve ser separado e distinto do processo de instrução. O processo de garantias de aprendizagem implantado na FGV-EAESP a partir de 2010 visa avaliar o processo de aprendizagem e não as disciplinas, alunos e professores. O processo de garantias de aprendizagem segue a metodologia proposta pela AACSB (The Association to Advance Collegiate Schools of Business) e consiste em cinco etapas: 1. Define-se uma lista de objetivos de aprendizagem gerais derivados da missão e objetivos de aprendizagem específicos 2. O currículo é alinhado aos objetivos de aprendizagem específicos. 3. São definidos os instrumentos para mensurar os objetivos de aprendizagem específicos. 4. Os dados são coletados, organizados, analisados e divulgados. 5. Os resultados das avaliações são usados para a melhoria (correção, aperfeiçoamento e inovação). Comissão de Graduação O curso de Graduação conta com uma comissão deliberativa permanente do Conselho Departamental, responsável, entre outras atribuições, por subsidiar a Coordenadoria de Graduação no planejamento e avaliação permanente do Curso e analisar e aprovar o projeto pedagógico, inclusive propondo alterações ao Regimento e às normas do Curso, a serem submetidas à aprovação da Congregação. A Comissão de graduação é presidida pelo Vice-Diretor Acadêmico e composta pelo Coordenador do Curso, por 1 representante de cada um dos 8 departamentos de ensino e pesquisa, pelo Coordenador da Coordenadoria de Estágios e Colocação Profissional; pelo Coordenador do Centro de Desenvolvimento do Ensino e da Aprendizagem e por 2 (dois) representantes dos alunos do CGA. CPAP – Conselho de Planejamento e Acompanhamento Pedagógico Em 2010 foi estabelecido o Conselho de Planejamento e Acompanhamento Pedagógico (CPAP), comissão consultiva permanente da Comissão de Graduação (CG) para assuntos relativos ao planejamento e acompanhamento pedagógico do Curso de Graduação em Administração (CGA). O CPAP é composto pelo Coordenador e Vice-Coordenadores do Curso, pelos Coordenadores de Disciplinas e pelos membros do Núcleo Docente Estruturante do CGA. Com encontros mensais, o CPAP tem como principais atribuições apoiar o planejamento e avaliação do desempenho pedagógico do curso, supervisionar a aplicação do projeto pedagógico às disciplinas do curso e recomendar aos professores alocados a disciplinas ajustes em relação a conteúdos, estratégias pedagógicas, instrumentos e critérios de avaliação. Dentre algumas atividades do CPAP pode-se destacar o apoio ao processo de garantia de aprendizagem, a formulação de propostas para novas disciplinas eletivas, a análise do processo de avaliação do ensino e da aprendizagem e a adequação das disciplinas aos objetivos de aprendizagem dos cursos. 24 Outros mecanismos de avaliação Interna Em relação ao Curso de Graduação, a partir de 2007, com a implantação de um novo currículo, tem havido um processo de monitoramento contínuo do curso e das inovações nele introduzidas, com apoio do CEDEA – Centro de Desenvolvimento do Ensino e da Aprendizagem, dos tutores, dos professores das disciplinas, da secretaria de graduação e dos próprios alunos. O desempenho da Escola (e, no caso do CG, do curso de Graduação), é avaliado e discutido permanentemente pelos seguintes órgãos colegiados: o Conselho de Administração (CA), a Congregação, o Conselho de Gestão Acadêmica (CGA) e a Comissão de Graduação (CG) – comissão delegada do CGA. • CPA: a EAESP instituiu a CPA (Comissão Própria de Avaliação) por meio da Portaria n° 25/2004, que é constituída por uma ampla representação da Escola e da Sociedade Civil. A CPA se reúne periodicamente para discutir e avaliar os avanços da Escola, bem como os seus novos desafios. Dentre seus objetivos, destacam-se a discussão do Projeto Pedagógico do Curso e da Instituição e do Plano de Desenvolvimento Institucional. A CPA conta com o apoio do CAVIN - Coordenadoria de Avaliação Institucional da EAESP – para produzir um relatório de auto-avaliação que contempla as dez dimensões do SINAES. • Entidades ligadas aos alunos – como o Diretório Acadêmico - e jornais estudantis como a Gazeta Vargas, também desempenham um papel de “monitoramento” constante da qualidade do curso, levantando questões e propondo soluções para pontos que consideram que podem ser aperfeiçoados no curso de graduação. • Os tutores – envolvidos no apoio acadêmico aos alunos – constituem uma outra fonte importante de identificação de aspectos passíveis de melhoria no curso, com base em seu contato bastante próximo com os alunos. • O atendimento aos alunos pela coordenadoria e pela secretaria de graduação constitui também uma forma de levantamento contínuo de questões relativas ao curso e a seu funcionamento, questões estas que – se ultrapassam o nível de problema individual – passam a ser tratadas de forma a propiciar melhorias constantes do curso. • SAP - anualmente é realizado o Seminário Anual de Planejamento (SAP), que reúne professores, alunos e funcionários para avaliar a atuação da Escola nas diversas áreas e identificar, de forma colegiada, prioridades de ação, como subsídio para o planejamento da ação institucional. O Seminário é organizado em torno de temas de discussão, os quais têm, em geral, alguma interface com a graduação. Avaliação Externa As avaliações externas dividem-se entre as nacionais e as internacionais. Avaliações Nacionais Nas avaliações nacionais realizadas pelo MEC, a EAESP tem tido um excelente desempenho. No ENADE 2006, o Curso de Graduação EAESP obteve duplo 5 (conceito ENADE e conceito IDD); no Índice Geral de Cursos, publicado pelo MEC em 2008, que considera além da Graduação a Pós Graduação, a EAESP é a 4ª faculdade mais bem avaliada do país. 25 Avaliações Internacionais Quanto às avaliações internacionais, a EAESP possui reconhecimento internacional (acreditação) da qualidade de seus cursos de graduação e pós-graduação em administração por três importantes acreditadoras: • • • • The Association to Advance Collegiate Schools of Business (AACSB), organização sem fins lucrativos que visa a promoção e melhoria da educação universitária graduada e pósgraduada em Administração no mundo inteiro. A FGV-EAESP é uma das 16 instituições credenciadas fora dos Estados Unidos. Reconhecimento internacional (acreditação) da qualidade de seus cursos pela European Quality Improvement System (EQUIS). Reconhecimento internacional (acreditação) da qualidade de seus cursos OneMBA e MPA pela Association of Masters in Business Administration (AMBA). Periodicamente, as acreditadoras visitam a EAESP para renovar a acreditação. Em 2009, a EAESP recebeu a visita da AACSB e da AMBA e, em 2011, da EQUIS. ANEXOS I. II. III. IV. Ementas das Disciplinas Obrigatórias Regulamento das Atividades Complementares Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso Relação das Escolas Parceiras da FGV-EAESP 26