programa de aperfeiçoamento em sistemas eletrônicos residenciais

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programa de aperfeiçoamento em sistemas eletrônicos residenciais
PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO EM SISTEMAS
ELETRÔNICOS RESIDENCIAIS
HOME EXPERT
INSTRUTOR
VINICIUS BARBOSA LIMA
CABOS DE FORÇA ESPECIAIS
MÓDULO 2
2012
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO À NORMALIZAÇÃO TÉCNICA
pag.
1. CONCEITUAÇÃO............................................................................................3
2. REQUISITOS PARA UM BOM CABO DE FORÇA.........................................5
3. MATERIAIS.....................................................................................................6
4. CONECTORES...............................................................................................8
5. FIOS E CABOS...............................................................................................9
6. SLEEVE – MALHA PARA ACABAMENTO.....................................................9
7. RÉGUAS DE TOMADAS...............................................................................10
8. TOMADAS DE PAREDE (OUTLETS)...........................................................10
9. CABOS ARTESANAIS PADRÃO NEMA 5/15 E NEMA 5/15/IEC C7...........11
10. LINKS PARA VISUALIZAÇÃO E AQUISIÇÃO..............................................14
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1.
CONCEITUAÇÃO
Se o tema cabos sempre nutre discussões acaloradas, falar na influência e
importância dos cabos de força especiais é discórdia certa.
Há quem questione como pode um único metro de cabo, por mais bem
projetado e construído, que instalado no estágio final da alimentação (da tomada da
parede ao equipamento de áudio e vídeo), fazer alguma diferença se antes dele há
dezenas de metros de fios e cabos da instalação elétrica da residência, além das
centenas de quilômetros de cabeamento de qualidade duvidosa da concessionária
de energia?
Bem, devemos considerar que o cabo de força (aquele que conduz energia da
tomada da parede até a entrada do aparelho) nada mais é do que uma extensão da
instalação elétrica da residência. A situação ideal seria levar o cabo que sai do poste
na rua diretamente para a entrada de energia do equipamento, eliminando toda e
qualquer emenda e interferências pelo caminho. Mas sabemos que essa é uma
situação impossível.
Portanto, e deixando de lado todo o esoterismo e marketing de alguns
fabricantes mundo afora, a adoção de cabos especiais tem como único objetivo
melhorar a conexão, transferência de energia e imunidade às interferências
eletromagnéticas onde podemos atuar: nos últimos metros antes da entrada de força
dos equipamentos.
Cabos elétricos têm suas especificações ditadas pela aplicação destinada,
tensão (em Volts) e corrente (em Amperes) a ser conduzida. Isso define a bitola do
cabo (em mm2), seu revestimento isolante, classe de flamabilidade, classe de
encordoamento (vejam detalhes mais a frente) e seu nível e composição da
blindagem (quando existente). Quanto maior a corrente, maior deverá ser a bitola,
caso contrário ocorrerá excessivo atrito entre os elétrons, fazendo com que parte da
energia elétrica seja dissipada na forma de calor (efeito Joule, visto no Módulo 1),
resultando na diminuição da tensão entregue na outra ponta.
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Por isso é recomendável utilizar a maior bitola possível, já que condutores
superdimensionados garantem folga na alimentação mesmo nos momentos de
consumo de pico. Um cabo com seção de 2,5mm 2, por exemplo, suporta em torno
de 21A, o que é bem acima dos valores médios obtidos em amplificadores, receivers
e subwoofers, sabidamente os que mais consumem. A maioria dos bons receivers
A/V saem de fábrica equipados com cabos de 0, 75 mm 2, o que em teoria é
perfeitamente suficiente para alimentar um modelo que libere 100 W/canal a 8 ohms,
em 7.1 canais, gerando um consumo de 5,83A operando em 120 Volts. Obviamente,
números não metem, porém traduzem o desempenho do aparelho apenas em uma
situação específica, de “uso ideal”, não considerando momentos de pico de sinal e
potência.
Ademais, nenhum equipamento sai da fabrica equipado com cabos blindados
contra interferências eletromagnéticas, vantagem presente na maioria dos cabos de
força especiais. Estes podem ainda contar com condutores dispostos em geometrias
diferenciadas, objetivando minimizar os efeitos de grandezas como indutância e
capacitância ou campo eletromagnético. Soma-se o uso de conectores de alto
padrão do tipo Audio Grade ou Hospital Grade, residindo aí a maior diferença. Bons
conectores favorecem o contato elétrico, condição decisiva para o máximo
desempenho em som e imagem.
Explicando melhor, a qualidade com que a energia elétrica é transferida entre
dois pontos (da tomada da parede até o receiver A/V, por exemplo) depende
diretamente das características físicas do contato elétrico, ou seja, dos plugues e
tomadas de força. Se não houver boa pressão na pegada a conexão fica frouxa,
diminuindo a área de contato entre os terminais, levando ao desperdício de
preciosas frações dessa energia. Haverá ainda o risco de superaquecimento do
contato e de exposição à corrosão por oxidação e desligamentos acidentais.
Devemos ainda considerar que passagem da corrente elétrica alternada (AC)
gera pequenas vibrações e alterações de temperatura devido ao efeito Joule, o que
ao longo do tempo afrouxa as conexões. Só que não estamos falando de apenas
uma conexão, mas sim de dezenas delas!
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Exemplo: Pensando apenas nas emendas existentes no caminho percorrido
pela energia elétrica, saindo do poste da rua até chegar ao receiver A/V, teremos:
Poste → relógio medidor (entrada) → relógio medidor (saída) → disjuntor ou seccionadora de
entrada (entrada) → disjuntor ou seccionadora de entrada (saída) → disjuntor de circuito
dedicado ao HT (entrada) → disjuntor de circuito dedicado ao HT (saída) → tomada da parede
(entrada) → tomada da parede (saída) → conector macho do cabo de força do condicionador
→ conector fêmea do cabo de força do condicionador → tomada de entrada de energia do
condicionador (entrada) → tomada de energia do condicionador (saída) → circuito de filtragem
do condicionador → tomada de saída de energia do condicionador → conector macho do cabo
de força do receiver A/V → conector fêmea do cabo de força do receiver A/V → tomada de
entrada de energia do receiver A/V (entrada) → tomada de energia do receiver A/V (saída) →
fonte de força do receiver A/V
Considerando que cada → equivale a no mínimo uma emenda (em alguns
casos podem ser duas ou três), teremos somente no caminho acima 19 emendas
entre o poste e o receiver A/V.
Por tal motivo é sempre recomendável revisar periodicamente as instalações
elétricas, procedendo não apenas o reaperto de parafusos e conexões, mas também
a substituição de tudo que não estiver com aparência saudável.
2. REQUISITOS PARA UM BOM CABO DE FORÇA
•Conectores de alto padrão, capazes de garantir uma “pegada animal” com a
tomada da parede e entrada de força do equipamento;
•Blindagem simples ou dupla (de preferência), com cobertura de no mínimo
85%;
•Bitola mínima de 3 X 2,5mm² para receiver A/V, power e subwoofer e 3 X
1,5mm² para players e displays;
•Configuração twisted (condutores torcidos);
•Encordoamento o mais baixo possível. A maioria dos cabos possuem
encordoamento classe 5. Isso facilita a montagem e favorece a flexibilidade do cabo.
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Mas o ideal é o uso de encordoamento mais baixo, classe 2 ou 3, já que essa
configuração favorece a transferência de alta corrente, porém com sensível prejuízo
à flexibilidade. O cabo fica muito rígido, difícil de trabalhar e posicionar.
A flexibilidade dos condutores é definida pelo encordoamento adotado, ou
seja, pelo número e diâmetro dos fios e pelo passo de encordoamento.
As classes de encordoamento estão definidas na Norma ABNT NBR NM 280:2011.
Classe 1: Sólido;
Classe 2 e 3: Semi Rígidos;
Classe 4 e 5: Flexíveis;
Classe 6: Extra Flexíveis.
3. MATERIAIS
Com a chegada do padrão brasileiro de plugues e tomadas e a observância
obrigatória da Norma ABNT NBR 14.136:2002, a aquisição ou confecção de cabos
especiais ficou bastante prejudicada.
Nos termos da Resolução 08/2009 do CONMETRO, 01/07/2011 foi a data
final para comercialização do antigo padrão NEMA no Brasil. A fabricação e
importação já estavam proibidas desde 01/01/2010.
Assim, resta-nos apenas a importação direta como pessoa física, vez que
CONMETRO e INMETRO legislam sobre a produção industrial e comércio (atacado
ou varejo), mas não possuem poder sobre o consumidor final.
Mas por que não montar um bom cabo de força utilizando o padrão nacional?
O problema é que “novo” não é necessariamente sinônimo de “bom”. Infelizmente
ainda não há um único modelo de plugue de qualidade fabricado no padrão. Os
melhores identificados são da marca PIAL-Legrand, e ainda assim possuem
construção sofrível e muito aquém da encontrada nos melhores produtos
importados. E sem bons plugues não há bons cabos, sejam eles de força, áudio,
vídeo...
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Já com as tomadas de parede é diferente. Alguns modelos no padrão
brasileiro apresentam qualidade excelente, e em alguns casos robustez e contato
equivalentee à encontrada no padrão Hospital Grade norte-americano. É o caso das
linhas superiores da Siemens, Schneider Electric e PIAL-Legrand. Mas há também
os que deixam muito a desejar e que além da fragilidade aparente possuem área de
contato ridícula entre o plugue e a tomada, o que certamente comprometerá a
eficiência da transferência elétrica.
Mas independente da qualidade, o padrão brasileiro e o tradicional NEMA 5
são absolutamente incompatíveis, tornando necessário o uso de adaptadores, algo
que tende a anular as possíveis vantagens de cabos especiais.
Produtos classificados como “Hospital Grade” possuem aparência robusta,
alta capacidade de corrente, compatibilidade com fios e cabos de bitola larga e
confecção com materiais de 1ª linha, características que aliadas à boa construção do
produto garantem excelente conexão e contato elétrico (o plugue sempre entra justo
e se mantém firme na tomada). Por conta desses predicados, o conceito de produto
chamou a atenção de outros seguimentos de mercado, dentre eles o áudio e vídeo
de alto desempenho. E para efeito de diferenciação, muitos fabricantes classificam
suas soluções como “Audio Grade”, em alusão à derivação original.
É o caso de marcas como Oyaide, Furutech, Hubbell, Marinco, Wattgate e
Leviton, mundialmente conhecidas pela excelente qualidade, beleza e acabamento
de seus plugues e/ou tomadas.
Obviamente, qualidade tem seu preço. Há produtos para todos os bolsos,
mas muitos podem se assustar diante do custo de cerca de US$ 15 por um único
plugue de força ou tomada de parede. E isso porque estamos falando das opções
mais baratas, pois os modelos topo de linha podem facilmente ultrapassar a faixa
dos US$ 300 a unidade.
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4. CONECTORES
OBS: Notem nas imagens abaixo a qualidade do contato elétrico e a forma
como se dá a união entre cabo e conector.
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5. FIOS E CABOS
6. SLEEVE – MALHA PARA ACABAMENTO
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7. RÉGUA DE TOMADAS
Neste link vocês encontrarão muitos componentes destinados à montagem de
réguas de tomadas de altíssimo padrão.
http://www.vt4c.com/shop/program/main.php?group_id=2&cat_id=1038#850
8. TOMADAS DE PAREDE (OUTLETS)
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9. IMAGENS – CABOS ARTESANAIS PADRÃO NEMA 5/15 E NEMA 5/15/IEC C7
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Condutores Helukabel 3 X 2,5mm², configuração torcida (twisted),
dupla blindagem (trança de cobre + fila de alumínio), encordoamento classe 5;
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Conectores Wattgate, Marinco, Oyade e genérico C7
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10. LINKS PARA VISUALIZAÇÃO E AQUISIÇÃO
Conectores, cabos e “sleeve”(malha) para acabamento
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http://www.tm3connections.com/displayproduct.php?product_id=128&category_id=77
http://www.vt4c.com/shop/program/main.php?group_id=3&cat_id=1015#716
http://www.vhaudio.com/connectors-ac.html
http://www.takefiveaudio.com/mall/shopDisplayCategories.asp?id=1&cat=DIY+Supplies
http://www.vhaudio.com/heatshrink.html
http://www.dinnil.com.br/mns.asp
http://www.takefiveaudio.com/mall/shopDisplayCategories.asp?id=1&cat=DIY+Supplies
http://www.eurocabos.com.br/telas/catalogo_capitulo_lista.php?manufacturerID=2&manufactu
rerImage=helukabel.png
http://www.prysmian.com.br/export/sites/prysmian-ptBR/energy/pdfs/CabosNAVAIS.pdf
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http://www.prysmian.com.br/export/sites/prysmian-ptBR/energy/pdfs/AirGuard.pdf
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