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Crítica de doença na esquizofrenia Introdução Crítica de doença é a capacidade de percepção de mudança, Dr. Mario R. Louzã Neto Doutor em medicina pela Universidade de Würzburg, na Alemanha, médico assistente e coordenador do Projeto Esquizofrenia (PROJESQ) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPQ-HC-FMUSP) de que “algo está errado” com o próprio organismo (mesmo que não se consiga denominar tecnicamente esse “algo”) e de que essa mudança é de caráter doentio. A percepção desse “algo errado” leva o indivíduo a procurar algum tipo de auxílio no sentido de sua correção. Em relação aos transtornos mentais, pressupõe a preservação da capacidade de auto-observação e auto-reflexão, já que a observação externa (do médico, por exemplo) pode ser diferente da autoobservação do próprio paciente. Em psiquiatria, o conceito de crítica de doença é fundamental no âmbito dos quadros psicóticos. O conceito de psicose como perda da capacidade de distinguir o real do imaginário tem como centro a falta de crítica sobre a doença como um todo ou sobre algum de seus sintomas (como delírios ou alucinações) Jaspers (1965) distinguia a consciência de doença (Krankheitsbewusstsein) da crítica de doença (Krankheitseinsicht). A consciência de doença seria apenas um “sentimento de doença” de um modo geral, sem uma avaliação mais exata da gravidade e do tipo de doença. Já a crítica de doença se refere à percepção ideal do tipo e da gravidade do quadro mórbido e de seus sintomas. Classicamente, a crítica de doença foi vista como um fenômeno do tipo “tudo ou nada”. Hoje, a tendência é considerá-la um continuum multidimensional. A ausência de crítica de doença varia entre os diferentes transtornos mentais, sendo de cerca de 47% na depressão psicótica, de 76% no transtorno esquizoafetivo e de 84% na esquizofrenia (McGorry e McConville, 1999). Crítica total Na esquizofrenia, a ausência total ou par- Sem crítica cial de crítica acompanha o surto agudo, po- Crítica parcial rém a grande maioria dos pacientes não recupera totalmente a crítica quando em remissão (Figura 1). Estudos mostram que a freqüência de prejuízo da crítica de doença varia entre Fonte: Adaptado de Amador et al., 1994. Figura 1. 28% e 79%, dependendo do critério ou do instrumento para avaliação de crítica utilizado e da inclusão ou não de pacientes com trans- Distribuição da crítica sobre a doença em amostra de portadores de esquizofrenia (n = 221) Isolamento social Anedonia torno esquizoafetivo na amostra estudada. Embotamento afetivo Outro aspecto importante a ser considerado é Distúrbio do pensamento o fato de que a crítica é variável em relação Delírio aos diferentes sintomas da doença (Figura 2). Alucinação 0 Estudos apontam variações de 0% a 55% em relação a sintomas negativos e entre 45% e 58% em relação aos sintomas positivos (Bassitt, 2004). Na prática clínica, a avaliação da crítica é par- 10 20 30 40 50 60 70 Sem crítica em relação ao sintoma (%) Fonte: Adaptado de Amador et al., 1994. Figura 2. Ausência de crítica em relação a diferentes sintomas em amostra de pacientes com esquizofrenia (n = 221) te do exame psíquico. Em pesquisa, várias escalas de avaliação da crítica sobre a doença e os sintomas da doença foram desenvolvidas (Amador e David, 2004), incluindo tradução e adaptação para o português (Fiss e Chaves, 2005). Crítica de doença e psicopatologia Vários trabalhos procuram relacionar a crítica da doença aos diversos sintomas da esquizofrenia e à sua intensidade. Embora alguns estudos mostrem uma relação positiva entre o prejuízo da crítica e os sintomas positivos e negativos da esquizofrenia, essa relação é modesta e variável conforme a fase da doença (aguda ou remissão). Em uma metanálise sobre o tema, Mintz et al. (2003) definiram a crítica de doença em cinco dimensões (percepção do doente de doença mental, percepção das conseqüências sociais da doença, percepção da necessidade de tratamento, percepção de sintomas e atribuição de sintomas à doença) e analisaram as relações entre essas dimensões e as síndromes positiva, negativa e depressiva da esquizofrenia. Maior presença de sintomas negativos e positivos correspondeu à pior crítica de doença. Já a presença de mais sintomas depressivos ocorreu com melhor crítica de doença. A relação negativa entre a síndrome positiva e a crítica foi mediada pelo percentual de pacientes na fase aguda da doença. Já a relação negativa entre a síndrome negativa e a crítica foi influenciada pela idade mais tardia de início da doença. Modelos etiopatogênicos canos ocidentais e bangladeshianos) na Ingla- Crítica de doença como defesa psicológica terra e observaram que, independentemente Alguns autores procuraram compreender a falta de crítica como uma “negação” psicológica da doença por parte do portador, já que muitos estigmas e preconceitos estão associados à esquizofrenia. No entanto, a negação da doença é reconhecida como um padrão desadaptativo de reação à experiência psicótica. Os pacientes que demonstram uma atitude mais integrativa dessa vivência com o conjunto de suas experiências de vida anteriores à doença têm uma evolução mais favorável. Lysaker da etnia, aqueles que atribuíam um modelo explanatório de doença mais próximo do biológico ou social tinham melhor aceitação de sua doença mental do que aqueles cujo modelo explanatório era inespecífico ou atribuído a causas sobrenaturais. Já Gigante e Castel (2004) compararam a crítica de doença em pacientes e seus respectivos familiares, concluindo que houve pouca influência de fatores socioculturais na habilidade dos pacientes de reconhecer seus sintomas como patológicos. sonalidade de Eysenk, demonstraram que os Crítica de doença e alterações cognitivas na esquizofrenia pacientes com pior crítica tinham índice mais Kraepelin foi o primeiro a reconhecer altera- elevado de “psicoticismo” no inventário. Já ções neurocognitivas na dementia praecox. Subotnik et al. (2005) não encontraram uma Nos últimos anos, numerosos estudos neuro- relação clara entre a crítica de doença e os psicológicos têm comprovado a existência de índices de negação de doença no Minnesota vários déficits cognitivos em pacientes com Multiphasic Personality Inventory (MMPI). esquizofrenia, inclusive no primeiro episódio Crítica de doença e contexto cultural psicótico. Tais déficits abrangem a atenção, O contexto sociocultural tem impacto signifi- a memória, a linguagem e as funções execu- et al. (1999), utilizando o inventário de per- cativo na atribuição de sintomas ou comportamentos diferentes da norma. Concepções tivas, prejudicando a adaptação social e funcional dos pacientes (Bowie e Harvey, 2005). distintas podem influenciar na capacidade de Em relação à crítica de doença, alguns es- crítica sobre um sintoma ou uma doença na tudos têm mostrado relação com alterações população em geral e mesmo entre diferen- cognitivas avaliadas em testes neuropsicoló- tes subpopulações. Saravanan et al. (2005) gicos. Um modelo freqüentemente utilizado salientam a necessidade de utilizar como re- é o da anosognosia de alguns quadros neu- ferencial os modelos explanatórios da cultura rológicos. Nestes, os pacientes não reconhe- local, evitando ter como padrão o modelo oci- cem ou negam a existência de paralisias ou dental de saúde e doença. hemiplegias, mesmo diante de confrontação McCabe e Priebe (2004) estudaram os mode- direta. Embora não haja um padrão lesional los explanatórios de esquizofrenia em quatro claro, os estudos relacionam a anosognosia grupos étnicos (brancos, afro-caribenhos, afri- às lesões frontais, parietais e temporais. Crítica de doença na esquizofrenia Dr. Mario R. Louzã Neto A maioria dos estudos realizados em pa- ção evita a piora dos sintomas e especialmente cientes esquizofrênicos mostrou que a dimi- re-hospitalizações pode aumentar a adesão ao nuição ou a ausência de crítica sobre a doen- tratamento. De outro lado, a adesão aos trata- ça se correlaciona com déficits em regiões mentos não é apenas conseqüência direta da frontais, especialmente nas funções execu- crítica preservada, mas está vinculada a uma tivas. Comprometimento de crítica e disfun- boa relação médico—paciente (Perkins, 2002). ções em lobos parietais também são descri- Day et al. (2005) estudaram a relação entre tas (Monteiro, 2004; Amador e David, 2004). a atitude para com a medicação e as variáveis Alterações neuroanatômicas clínicas e do atendimento médico. Utilizando Em contraste aos numerosos estudos voltados para as alterações cognitivas em relação à crítica de doença na esquizofrenia, há poucos estudos correlacionando a crítica de doença e as alterações cerebrais por meio de métodos de neuroimagem. Os achados são contraditórios: em alguns trabalhos, houve ausência de relação entre um modelo estatístico para verificar a influência dessas variáveis na adesão ao tratamento, observaram que os pacientes com pior crítica (relacionamento ruim com o médico durante a internação ou experiência negativa durante a internação) apresentavam uma atitude negativa em relação ao tratamento. a crítica e o volume cerebral total, em outros, a Curso e prognóstico da esquizofrenia pior crítica correspondeu à atrofia cortical ou ao De modo geral, pacientes com prejuízo de crítica menor volume cerebral total (Bassitt, 2004). Impacto da crítica de doença na esquizofrenia Adesão aos tratamentos A ausência de crítica é um dos fatores mais claramente relacionados à não-adesão aos tratamentos na esquizofrenia, especialmente o uso de antipsicóticos. Na lógica interna do paciente: “Se eu não estou doente, não preciso de tratamento”. Mesmo quando os antipsicó- apresentam um curso de doença mais comprometido, com internações mais freqüentes, funcionamento psicossocial pior, maior dificuldade de lidar com questões do cotidiano, como higiene pessoal, cuidados em casa, finanças pessoais e empenho no ambiente de trabalho. Depressão e risco de suicídio Vários estudos associam a preservação da crítica de doença à presença de sintomas depressivos e ao risco de suicídio (McGorry e ticos reduzem os sintomas psicóticos, muitos McConville, 1999). pacientes não conseguem estabelecer essa Abordagem terapêutica relação e abandonam o tratamento. Outros só tomam os medicamentos quando se sentem Tratamento medicamentoso doentes, mas esse sentimento de doença pode O tratamento medicamentoso com anti- não se correlacionar claramente à crítica de psicóticos claramente reduz os sintomas doença. A percepção de que o uso da medica- positivos da esquizofrenia. Estudos também mostram que sintomas negativos e cogniti- especificamente para avaliar alterações da vos da esquizofrenia são influenciados pelos crítica de doença, tampouco os programas antipsicóticos de segunda geração. Embora têm como objetivo a melhora da crítica. Há a redução de sintomas (especialmente po- ainda um fator a considerar, que é uma apa- sitivos) implique (quase por definição) uma rente melhora da crítica, ou “pseudocríti- melhora da crítica de doença durante o qua- ca” na expressão de McGorry e McConville dro agudo, uma vez em remissão, a crítica (1999), o que consiste na repetição estereo- tende a se manter relativamente estabilizada tipada pelo paciente dos conceitos e dos em relação aos diferentes sintomas residuais termos aprendidos nos programas psicoe- do paciente. Há, no entanto, poucos estudos ducacionais, sem que, de fato, o paciente que avaliam o impacto do tratamento anti- tenha mudado sua autocrítica. psicótico diretamente na crítica de doença. Trata-se, em geral, de estudos abertos, de troca de antipsicóticos de primeira geração por antipsicóticos de segunda geração em pacientes estabilizados (Buckley et al., 2001; Pallanti et al., 1999; Aguglia et al., 2002). Embora as amostras sejam pequenas, tais estudos mostram uma melhora da crítica após a troca para os antipsicóticos de segunda geração. Esses achados estão de acordo com as pesquisas que mostram uma influência positiva dos antipsicóticos de segunda geração sobre os sintomas negativos e cognitivos da doença, influenciando, provavelmente de modo indireto, a crítica de doença (Bowie e Harvey, 2005). Estudos com terapia cognitivo-comportamental (TCC) em portadores de esquizofrenia relatam melhora de sintomas positivos (como delírios e alucinações). Rathod et al. (2005) relatam melhora da crítica de doença em pacientes que participaram de um estudo randomizado de TCC em comparação ao tratamento usual. Programas psicoeducacionais parecem ter pouco impacto sobre a crítica de doença. No entanto, os estudos não são desenhados Conclusão A crítica de doença é um fenômeno complexo que envolve diversos fatores (neurofuncionais, neurocognitivos, psicodinâmicos e socioculturais), estando parcialmente relacionada aos sintomas e permeando todo o curso da doença. Com grande relevância clínica, causa impactos na evolução e na adesão ao tratamento, influindo no prognóstico do paciente. Referências bibliográficas Aguglia E, De Vanna M, Onor ML, Ferrara D. Insight in persons with schizophrenia: effects of switching from conventional neuroleptics to atypical antipsychotics. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry 2002; 26 (7-8): 1229-1233. Amador XF, David AS (eds.). Insight and psychosis. 2.ed. Oxford: Oxford University Press, 2004. Amador XF, Flaum M, Andreasen NC, Strauss DH, Yale SA, Clark SC et al. Awareness of illness in schizophrenia and schizoaffective and mood disorders. 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Indicações: tratamento das psicoses esquizofrênicas agudas e crônicas, e de outros distúrbios psicóticos nos quais os sintomas positivos e /ou negativos são proeminentes. RESPIDON também alivia outros sintomas afetivos associados à esquizofrenia. Contra-indicações: pacientes com conhecida hipersensibilidade à risperidona ou aos componentes de sua fórmula. Advertências e precauções: hipotensão ortostática: RESPIDON deve ser usado com cautela em pacientes com doença cardiovascular; a dose deve ser adaptada gradualmente como recomendada. A dose deve ser reduzida em caso de hipotensão. RESPIDON deve apresentar um risco menor do que os neurolépticos clássicos na indução de discinesia tardia. Se sinais e sintomas de discinesia tardia aparecerem, todos os medicamentos antipsicóticos devem ser interrompidos. A possibilidade de ocorrência de síndrome neuroléptica maligna com RESPIDON não pode ser descartada. Neste caso, RESPIDON deve ser interrompido. Pacientes idosos e com insuficiência renal ou hepática: recomenda-se que nestes pacientes as doses iniciais e os subseqüentes aumentos das doses deverão ser reduzidos pela metade. Doença de Parkinson: deve-se ter cuidado quando se prescreve RESPIDON devido à possibilidade teórica de deterioração do estado destes pacientes. Recomenda-se cuidado no tratamento de pacientes epilépticos. Evitar a ingestão excessiva de alimentos devido ao risco de ganho de peso. A segurança de RESPIDON para uso durante a gestação em seres humanos não foi estabelecida. RESPIDON só deve ser usado durante a gestação se os benefícios forem mais importantes que os riscos. Não se sabe se RESPIDON é eliminado no leite materno. RESPIDON pode interferir com as atividades que exigem uma boa vigilância. Os pacientes devem ser desaconselhados de dirigir e operar máquinas até que sua susceptibilidade individual ao novo medicamento seja conhecida. Interações medicamentosas: A dose de RESPIDON deve ser reavaliada e, se necessário, diminuída no caso de uma suspensão do uso de carbamazepina ou de outros indutores de enzimas hepáticas. Fenotiazínicos, antidepressivos tricíclicos e alguns beta-bloqueadores podem aumentar as concentrações plasmáticas da risperidona. Fluoxetina pode aumentar a concentração plasmática de risperidona. Reações adversas: RESPIDON é geralmente bem tolerado. As reações adversas mais freqüentemente relatadas nos estudos clínicos são: insônia, agitação, ansiedade e cefaléia. Menos Comuns: sonolência, fadiga, tontura, dificuldade de concentração, constipação, dispepsia, náusea /vômito, dor abdominal, visão turva, priapismo, distúrbios da ereção, ejaculação e orgasmo, incontinência urinária, rinite, rash cutâneo e outras reações alérgicas. Em alguns casos podem ocorrer sintomas extrapiramidais, geralmente de leve intensidade e reversíveis com a redução das doses e /ou a administração de medicação antiparkinsoniana. Posologia: Adultos: atingir uma dose de 3 mg, 2 vezes ao dia, progressivamente, em 3 dias. Todos os pacientes devem começar o tratamento clínico com 1 mg, 2 vezes ao dia. A dose deve ser aumentada a 2 mg, 2 vezes ao dia no segundo dia, e 3 mg, 2 vezes ao dia no terceiro dia. A dose habitual ideal é de 2 a 4 mg, 2 vezes ao dia. Doses acima de 5 mg, 2 vezes ao dia, não se mostraram superiores em eficácia às doses mais baixas, e podem provocar mais sintomas extrapiramidais. Idosos e pacientes com doença renal ou hepática: a dose inicial recomendada é de 0,5 mg, 2 vezes ao dia. Esta dose pode ser ajustada com aumentos de 0,5 mg, 2 vezes ao dia, a 1-2 mg, 2 vezes ao dia. Crianças: falta experiência do uso em crianças menores de 15 anos. Transferência de outros antipsicóticos para RESPIDON: é recomendável que seja feita uma descontinuação gradativa do tratamento anterior. A manutenção de medicamentos antiparkinsonianos deve ser periodicamente reavaliada. (Nov 06). Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com retenção da receita. Produto de controle especial C1. “AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO”. Os conceitos emitidos são de exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da editora e do patrocinador. Rua Cunha Gago, 412, 2o andar, cj. 21, Pinheiros – 05421-001 – São Paulo, SP. Fone: 11 3093-3300 • www.segmentofarma.com.br • [email protected] Diretor geral: Idelcio D. 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