In f orm a t iv o
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In f orm a t iv o
O livro de papel parece ter mais futuro hoje do que ontem Flávia Furlan e Fabiane Stefano, de Exame Volume 2, número 9 Centro de Documentação e Memória Informativo Setembro de 2013 Em tese, a pequena livraria da americana Keebe Fitch, a McIntyre’s Books, em Pittsboro, na Carolina do Norte, já deveria ter fechado as portas. Keebe viu o avanço das grandes redes, como Barnes & Noble, nos anos 90. Testemunhou também a explosão das vendas pela internet, sobretudo o fenômeno varejista Amazon, nos anos 2000. E, mais recentemente, foi a vez de os ebooks mudarem novamente o mercado livreiro nos Estados Unidos. Mas a loja de Keebe, herdada de seus pais e há 25 anos no mercado, vai muito bem: a expectativa é faturar 10% mais em 2013. E a McIntyre’s Books é tudo, menos um caso isolado. As vendas das chamadas livrarias alternativas nos Estados Unidos aumentaram 8% em 2012. O número de lojas também voltou a crescer. “Oferecemos uma série de serviços que enriquecem a experiência do cliente na livraria. Caso contrário, ele compraria online”, diz Keebe. Em seu cardápio estão encontros com escritores e discussões entre leitores com interesses comuns. O curioso é que, até há pouco tempo, a morte do livro em papel era dada como certa — e, consequentemente, das livrarias. Sim, vendem-se menos livros em papel hoje do que em 2007 nos Estados Unidos, ano do lançamento do Kindle, o leitor eletrônico da Amazon. O futuro, porém, não parece ser de uma onipresença eletrônica. Depois de um início espetacular, o crescimento da venda de e-books nos Estados Unidos, mercado considerado um laboratório das experiências digitais, perdeu fôlego. De acordo com a consultoria PricewaterhouseCoopers, as vendas de e-books devem crescer 36% em 2013, mas apenas 9% em 2017 — embora sobre uma base obviamente maior. “Não há mais fôlego para o e-book crescer como antes”, diz o consultor Mike Shatzkin, um dos maiores especialistas em mercado editorial digital. Não é que o consumidor vá perder o interesse, pelo contrário. No mundo, a venda de e-books deverá movimentar 23 bilhões de dólares em quatro anos. Ainda assim, de cada dez livros vendi- Nesta edição: dos em 2017, apenas dois serão eletrônicos, segundo as previsões mais respeitadas. Não faz muito tempo, acreditava-se que a indústria do livro sofreria o mesmo destino da indústria fonográfica. O surgimento do MP3 abalou o mercado de CDs e, consequentemente, as grandes lojas de discos. O mercado de livros, no entanto, tem se comportado de maneira diferente. Quase metade dos livros é comercializada pela internet nos Estados Unidos. Mas apenas 23% dos americanos leem livros eletrônicos. Ou seja, a experiência da leitura digital não acompanhou na mesma velocidade o hábito de comprar livros pela internet. Um levantamento do instituto de pesquisas Pew Research com 3000 leitores mostra que o livro digital leva vantagem frente ao papel em algumas situações. No caso de viagens, a maioria prefere os e-books. Quando se trata de leitura para crianças, 80% preferem as edições físicas. Essas evidências frustraram quem contava com um futuro 100% digital. A rede de livrarias americana Barnes & Noble apostou suas fichas no Nook, leitor eletrônico lançado em 2011. A venda do aparelho e de títulos digitais, porém, tem sido uma decepção. As sucessivas quedas de venda custaram o emprego de William Lynch, que até julho presidia a empresa. Especula-se que a Microsoft esteja negociando a compra do Nook. A previsão mais aceita atualmente é de que haverá uma convivência entre e-books e papel. “A participação do livro digital deve alcançar no máximo 40% do total de vendas”, diz Wayne White, vice-presidente da canadense Kobo, fabricante de leitores eletrônicos, com 14 milhões de usuários no mundo. Hoje, nos Estados Unidos, a fatia dos ebooks na receita do setor é de 22% — no Brasil, é de 1,6%. “O livro digital será parte do negócio, não todo ele”, diz Sergio Herz, dono da Livraria Cultura, na qual os e-books representam 3,7% das vendas. É provável que não tenhamos de explicar a nossos netos o que são livros de papel — nem o prazer que temos ao lê-los. Outubro Rosa Artigo 1 Novas Aquisições 2 Para Refletir 2 Ministro elogia campanha contra câncer de mama Para saber mais leia: Informativo do Cedoc de outubro de 2012 Novas aquisições do cedoc BOAVENTURA NETO, Arnaldo, FERIANI, Arlete, GEDAN- PED ABC: base de microdados da pesquisa RMSP e região do KIEN, Anna. 10 anos: Instituto do Patrimônio do ABC. Santo ABC referentes ao período de janeiro a maio de 2013 André: Cartex, 2013. [arquivo de computador]. São Paulo: SEADE, jun. 2013. BRASIL. Leis, etc. Estatuto da Igualdade Racial: Lei n. PED ABC: base de microdados da pesquisa RMSP e região do 12.288, de 20 de julho de 2010. ABC referentes ao período de janeiro a junho de 2013 BRASIL. Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade [arquivo de computador]. São Paulo: SEADE, jul. 2013. Racial. SEPIR 10: uma década de igualdade racial: 2003- PED ABC: base de microdados da pesquisa RMSP e região do 2013. Brasília, 2013. 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