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XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental III-066 - AVALIAÇÃO PARTICIPANTE DE PROJETOS DE COLETA SELETIVA DE LIXO Elizabeth Campanella de Siervi(1) Arquiteta, Mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina. Cesar Augusto Pompêo Professor do Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina. Endereço(1): Rua Deputado Antônio Edu Vieira, 1620 - Bloco 2E - apto. 202 - Pantanal Florianópolis - SC - CEP:88.040-001 - Brasil - Tel: (48) 233-64-15 - e-mail: [email protected] RESUMO A participação torna-se exigência primeira para se alcançar a efetividade em projetos de gestão de resíduos sólidos principalmente quando os limites operacionais são explicitados. A integração e a articulação entre esforços institucionais, metodológicos, sociais, políticos, econômicos, técnicos e acadêmicos no espaço local constituem uma importante ferramenta de suporte para a construção de um processo que se aproxime do conceito de Desenvolvimento Sustentável. Esta constatação vem através da participação direta realizada durante a elaboração metodológica da etapa de avaliação do Projeto de Resíduos Domiciliares em uma experiência desenvolvida no Consórcio Intermunicipal da Bacia hidrográfica do Alto Rio Negro Catarinense – Consórcio Quiriri, situado ao norte do Estado de Santa Catarina. O projeto, implantado há dois anos, busca através da realização desta avaliação abrir um espaço de discussão local que viabilize sua ampliação e sustentação, incorporando-o na prática cotidiana de toda sociedade local. Os resultados obtidos nesta primeira fase da avaliação são apresentados de forma qualitativa evidenciando seu caráter descentralizado e referenciado nas capacidades individuais e coletivas de enfrentar o complexo problema dos resíduos sólidos domiciliares na esfera local. PALAVRAS-CHAVE: Planejamento Ambiental Participativo, Avaliação, Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, Coleta Seletiva, Participação. INTRODUÇÃO “Você sabe que uma pessoa é centralizadora pelo nível de pressão que ela sofre. Quem descentraliza ações, descentraliza responsabilidades, tem que confiar na capacidade dos outros...” Coordenador Executivo do Consórcio Quiriri, junho de 1999 Podem ser considerados e integrados à gestão de resíduos sólidos urbanos, os processos informais que desenvolvem-se a margem das ações, e do controle, do poder público ou das instituições gestoras oficiais? Como avaliar, incorporar e potencializar a contribuição de quem já está cuidando informalmente de nosso lixo, sem podar sua originalidade? Como estabelecer o espaço de discussão e articulação necessários a construção de soluções problematizadas dentro da temática dos resíduos sólidos urbanos? Estas são perguntas que abrem nossa reflexão sobre gestão e avaliação participativa de resíduos sólidos urbanos neste artigo. São perguntas que surgem a partir dos aprendizados retirados da pesquisa que resultou em construção de proposta metodológica para Avaliação Participativa do Projeto de Coleta Seletiva de Lixo Doméstico1, no Consórcio Quiriri2 em estado de Santa Catarina. (figura 1). 1 Dissertação de mestrado em Engenharia Ambiental, defendida em março de 2000 no Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina. Título: Avaliação Participativa do Projeto de Coleta Seletiva de Lixo Doméstico no Consórcio Quiriri – A participação como base para ação e reflexão metodológica 2 Constituiu-se, em 1997 como resultado da implantação de Metodologia de Planejamento Ambiental Participativo, desenvolvida por Pedro Hidalgo. Municípios fundadores: Campo Alegre, São Bento do Sul e Rio Negrinho. no Estado de Santa Catarina. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental FIGURA 1. LOCALIZAÇÃO DO CONSÓRCIO QUIRIRI O contexto de base para o estabelecimento da pesquisa não está distanciado do quadro apresentado pelas análises estudadas3 sobre a situação dos resíduos sólidos urbanos no Brasil. Nesta análises ficaram evidenciados os complexos4 problemas estruturais e operacionais, compartilhados por diferentes seguimentos da sociedade brasileira, em quase todos os municípios do país, que interligam o poder público (definições, aplicações e investimentos em políticas públicas), as instituições técnicas, executivas, financeiras e jurídicas (suas atuações e limitações), a sociedade civil (seus costumes, padrões de consumo5 e capacidade de organização), o setor produtivo (suas demandas, práticas econômicas e políticas ambientais) numa intrincada rede de relacionamentos que, muitas vezes, ficam reduzidos a ações setoriais ou pontuais onde cada seguimento produz soluções restritas a sua capacidade de dimensionar o problema. Indica-se que este quadro acaba por induzir a constituição de focos desarticulados de gestão que dificultam a implantação de ações integradas. Ampliam-se assim as dificuldades de tratamento das questões da gestão, onde esta pode transformar-se num burocrático artifício de retórica que na busca de respostas integradoras esbarra, quase sempre, na falta de perspectiva de construção de perguntas problematizadas, perguntas que integrem também as respostas. Como proposta de encaminhamento essas análise sugerem o exercício, a prática da gestão participativa “Importa buscar respostas... Estas respostas não se encontram prontas em algum recanto privilegiado da Terra. Nem em algum livro ancestral [...] Devemos aprender de todas [as propostas existentes], mas cavar mais fundo, ir mais longe e evitar soluções calcadas sobre uma única razão. Importa inserir outras dimensões para enriquecer a visão. [...] Neste sentido as respostas vêm sendo formuladas concretamente pelo conjunto das pessoas que ensaiam práticas significativas em todos os lugares e em todas as situações do mundo atual. Elas [as respostas] emergem de um caminho coletivo que se faz caminhando.” BOFF (1999:25) grifos nossos 3 FIGUEIREDO (1998); PISANI (1996); MATZENAUER (1998). “Nossa realidade é muito complexa embora não complicada. Quando dizemos que é algo é complexo estamos indicando que apresenta uma ordem intrínseca, enquanto que, quando dizemos que é complicado estamos significando que apresenta uma certa desordem intrínseca” Yunes (1995:28) grifos nossos 5 Onde não deve-se observar somente o excesso, mas também sua porção de precariedade. 4 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 2 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental Porém, estabelecer exercício e prática de gestão participativa pressupõe desenvolver processos de construção coletiva que, no caso dos resíduos sólidos urbanos, torna-se uma atividade radicalmente participativa por exigir um esforço de abertura, cooperação e integração entre todos envolvidos (os que produzem, os que tratam, os que gerenciam, os que separam; sejam eles agentes públicos ou privados, indivíduos ou coletividades) dentro de atividades que não se restringem somente as ações de gabinete ou de cálculos computacionais (tomada de decisão, gerenciamento, planos de implantação de projetos ou programas etc.), mas também desafiam as condutas pessoais em suas ações cotidianas de caracter operacional. Estejam eles em reuniões formais de trabalho ou na informalidade de suas atividades comunitárias ou domésticas. “Depois que eu comecei a trabalhar com o lixo nas escolas, eu comecei a separar em casa também” Entrevista, maio de 1999. Neste sentido, os resíduos sólidos (em suas diferentes classificações) apresentam-se como um interessante potencializador para desenvolver reflexão e ação em práticas de gestão participativas. Este é o mais importante diferencial encontrado no Consórcio Quiriri e, o fator que potencializou a execução deste trabalho que teve como agente catalizador o interesse mútuo do desenvolvimento de práticas participativas que estabeleceu o duplo objetivo da pesquisa: De um lado havia a necessidade prática do parceiro em construir metodologia participativa para a etapa de avaliação do projeto de coleta seletiva de lixo doméstico, que integra um de seus programas - O Programa de Tratamento Participativo de Resíduos Sólidos, e de outro havia a necessidade teórica dos pesquisadores em aprofundar o conhecimento qualitativo sobre dinâmicas participativas em ações de planejamento ambiental. APRESENTANDO O CONTEXTO A metodologia utilizada para implantação do Consórcio Quiriri desenvolve-se em sete etapas (Promoção, Identificação, Propostas, Projetos, Execução, Avaliação e Sustentação) onde definem-se os objetivos e as ações para implantação de um Plano Ambiental para a região (Figura 2). Utiliza-se como elementos de suporte às suas ações locais, a participação6 e a educação, como instrumentos de transformação, apoiadas em duas frentes integradas de trabalho: de um lado uma vertente institucional e técnica, representada pelas organizações governamentais (municipais, regionais ou estaduais) e de outro por uma vertente comunitária, que congrega diferentes setores da sociedade civil local. FIGURA 2. PROPOSTA METODOLÓGICA – CONSÓRCIO QUIRIRI. Para realizar a fase inicial de implantação do Plano Ambiental, em 1997 (através do desenvolvimento das 2 etapas iniciais da metodologia – Promoção, Identificação), promoveram-se diversas atividades participativas (Tabela 1, 2, 3) que definiram as 3 principais linhas de ação para os trabalhos do Consórcio Quiriri: Programa de Tratamento Participativo de Resíduos Sólidos, o Programa de Unidades de Conservação e o Programa de Turismo. 6 O principal elemento de diferenciação desta metodologia sobre as demais metodologias de planejamento participativo está na definição clara de uma etapa de promoção onde se estabelecem, participativamente, os grandes objetivos do Plano Ambiental a ser desenvolvido, incluindo-se os apoios institucionais, financeiros, técnicos e sócio-políticos. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental TABELA 1. SÍNTESE DA DINÂMICA PARTICIPATIVA. Atividades realizadas maio / agosto 1997 17 15 Palestras de Promoção Local - Sociedade Civil Seminários Locais (diagnóstico e Proposta) – Professores, técnicos e comunidades Palestras de Promoção – regionais Participação em Eventos – nacionais Envolvimento direto (pessoas participantes) 15 2 3.535 Fonte: Sistematização Consórcio Quiriri, 1997 TABELA 2. ENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO. Municípios Comunidades Urbanas Campo Alegre São Bento do Sul Rio Negrinho Total Geral Comunidades Rurais Famílias Envolvidas 11 11 23 8 6 1.724 11.637 8.532 22 37 21.893 Fonte: Sistematização Consórcio Quiriri, 1997. TABELA 3. CADERNOS DE DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO. Segmento / n.º de Cadernos Campo Alegre São Bento do Sul Rio Negrinho Total Quiriri Escolas Comunidades Rurais Comunidades Urbanas Sede Municipal 30 27 8 55 12 14 34 16 18 119 55 40 1 1 1 3 Total 66 82 69 217 Fonte: Sistematização Consórcio Quiriri, 1997. Após a definição dos Programas e linhas de ação, foi dada seqüência ao processo metodológico, através da realização das etapas de Propostas, Projeto e Execução para cada um dos projetos propostos nas três linhas de ação a serem coordenados pelo Consórcio Quiriri. Embora o processo local tenha se desenvolvido articuladamente entre os três programas, iremos focar nossa atenção para o Programa de Tratamento Participativo de Resíduos Sólidos (tabela 4) mais especificamente ao Projeto de Resíduos Sólidos Domiciliares. TABELA 4. Programa de Tratamento participativo de Resíduos Sólidos – Consórcio Quiriri. PROJETOS A. Projeto de Resíduos Domiciliares – Implantação de coleta seletiva domiciliar. Principais características: Tratamento qualitativo – separação do resíduo na origem; Coleta diferenciada – domiciliar e voluntária; Educação ambiental – conjugado entre comunidade e escola; Atividades econômicas locais – coleta e comercialização. B. Projeto de Resíduos Industriais – Projeto, diagnóstico e proposições de ação, articulado com as Associações Comerciais e Industriais (núcleos horizontais de meio ambiente). dos três municípios. C. Projeto de Resíduos Infectantes – Projeto articulado com as equipes da vigilância sanitária dos três municípios para disciplinar o acondicionamento, armazenamento, transporte e a disposição final (incineração) dos resíduos Infectantes produzidos localmente. (Hospitais, farmácias, consultórios etc.) D. Recuperação das áreas de disposição de lixo a céu aberto – agenda de ações para a recuperação das áreas de disposição de resíduos sólidos dos três municípios ( todos com depósitos a céu aberto). Fonte: Sistematização Consórcio Quiriri, 1997 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental Dentro das quatro linhas principais de ação do Programa de Tratamento Participativo - PTPRS, o Projeto de Resíduos Sólidos Domiciliares é o que se coloca como principal projeto do programa, pois estrategicamente é o que oferece maior visibilidade social e institucional proporcionando ganhos qualitativos de envolvimento para o Programa como um todo. Porém, agindo como força reativa, sua estrutura operacional representava a mais complexa dentre todos os outros projetos, já que nele, estão envolvidos, direta ou indiretamente, todos os segmentos da sociedade local que, quando não estão produzindo “lixo doméstico” cotidianamente, estão gerindo, coletando, tratando ou dispondo-o, ou seja estão participando de seu ciclo e, às vezes, em mais de uma posição. O diagnóstico inicial levantado nos três municípios apontava para uma estrutura de coleta convencional satisfatória, para a ausência de programas específicos municipais de coleta seletiva, além da inadequação das instalações para disposição final dos resíduos sólidos. (tabela 5) TABELA 5. DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS - CONSÓRCIO Q UIRIRI. CAMPO ALEGRE RIO NEGRINHO SÃO BENTO DO SUL Coleta: Prefeitura. Coleta: terceirizada . Coleta: terceirizada Prefeitura:1 caminhão compactador. Empresa: 1 caminhão compactador Prefeitura: 1 caminhão compactador Empresa: 3 caminhões compactadores. 3 funcionários. 8 funcionários 18 funcionários 120 toneladas/mês. 400 toneladas/mês. 700 toneladas/mês. Coleta abrange 100% do Coleta abrange 100% do perímetro Urbano e parte da Zona perímetro Urbano e distrito de Rural. Volta Grande. Coleta abrange 100% do perímetro Urbano (60.000 habitantes). Condição atual da coleta Boa. Condição da coleta: Regular Condição da coleta :Excelente. Custo/ mês: R$ 2.000,00. Custo/ mês: R$ 11.580,00. Custo/ mês: R$ 30.000,00. Depósito a céu aberto Depósito a céu aberto, mal localizado e saturado. Depósito a céu aberto em fase de recuperação. Fonte: Sistematização Consórcio Quiriri, 1998. Partindo deste projeto base, o Grupo de Coordenação do Consórcio Quiriri optou pela realização de projeto piloto, primeira fase de implantação7, no município de Campo Alegre. Os outros municípios associados seriam posteriormente atendidos, conforme fossem se adequando às exigências operacionais para prestação deste tipo de serviço diferenciado8. Em 25 de maio de 1998, dois meses após a definição do projeto base, o programa de coleta seletiva domiciliar foi lançado no Município de Campo Alegre, envolvendo um intenso trabalho educativo de conscientização para seleção do resíduo domiciliar na origem9, ou seja, diretamente nas residências. O projeto se desenvolveu com sucesso, principalmente devido ao elevado grau de adesão na separação domiciliar (Tabela 11) conseguido junto a comunidade local. TABELA 6. ÍNDICES DE ADESÃO COMUNITÁRIA EM CAMPO ALEGRE - 15/07/98. Bairros Bateias Centro Fragoso Bela Vista São Miguel Outros % Aproveitamento* 60 56 78 51 47 41,6 * Aproveitamento baseado na adesão comunitária ao programa de separação seletiva domiciliar. Fonte: Sistematização Consórcio Quiriri, 1998. 7 Devido ao fato de possuir menor população e uma estrutura de coleta adequada (terceirização da coleta através de contrato por licitação) com empresa com experiência em procedimentos similares de coleta seletiva. 8 Conforme pode-se observar no diagnóstico apresentado sobre o projeto, os municípios de Rio Negrinho e São Bento do Sul já possuíam suas coletas convencionais terceirizadas, sem o oferecimento de serviço de coleta seletiva. A implantação do programa nestes municípios exigia rearranjos de diferentes ordens (institucionais, legais etc.). 9 Foram distribuídas, também, lixeiras diferenciadas (oferecidas pela empresa de coleta) em pontos estratégicos da cidade e também nas escolas municipais. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental Em setembro de 1998, os três municípios já estavam sendo atendidos pelo Programa10 numa fase de grande mobilização da sociedade local, incluindo-se neste movimento a atuação junto ao legislativo que neste período aprovou leis que permitiram promover também a sustentação legal tanto do Programa quanto das outras ações do Consórcio. No início do ano de 1999, começaram a ocorrer os primeiros problemas operacionais ressaltados pelo fato da empresa responsável pela coleta em Campo Alegre e Rio Negrinho11 estar enfrentando problemas (operacionais e financeiros de ordem interna), e com isso deixou de oferecer o serviço tanto de coleta convencional quanto seletiva nos dois municípios. A motivação para o desenvolvimento da pesquisa estabeleceu-se pela necessidade deste consórcio de dar novos impulsos ao Projeto de Resíduos Sólidos Domésticos, implantado a dois anos nos três municípios associados, que enfrentava um momento de fragilidade operacional ocasionado por diferentes situações operacionais enfrentadas pelos municípios parceiros. METODOLOGIA Para desenvolver metodologicamente a pesquisa, utilizaram-se os pressupostos teóricos da pesquisa qualitativa, que tem como base de ação 3 fases de trabalho, sendo: a primeira exploratória onde se estabelece o conhecimento do contexto através visitas, pesquisa documental e revisão teórica de base; a segunda de campo onde realizam-se as atividades reconstrução contextual baseadas nas experiências vivenciadas pelos pesquisadores em conjunto com os participantes locais, além do levantamento de informações e materiais sobre o tema e, uma terceira de análise e releitura das atividades realizadas nas etapas anteriores. A metodologia que conduziu as atividades de campo foi realizada um período de 6 semanas e contou com a participação ativa da equipe de coordenação do Consórcio Quiriri, além das secretarias municipais e instituições locais dos três municípios consorciados. Apoiou-se na replicação do eixo metodológico já utilizado pelo Consórcio no desenvolvimento de suas atividades de planejamento. Esteve centrada na flexibilização e no desenvolvimento coletivo das atividades que foram (re)construída durante o período de trabalho em campo procurando respeitar e incluir as práticas e os ritmos participativos locais. (Tabela 7) Período TABELA 7. ROTEIRO DE TRABALHO EM CAMPO. Atividade Objetivo 1ª semana Promoção 2ª semana Identificaç ão 3ª semana 4ª semana 5ª semana 6ª semana Proposta Projeto Obtenção de apoio para realização da etapa – institucionais e comunitários; Fase exploratória para identificação dos participantes - lideranças – institucionais e comunitárias Definição de participantes diretos; Identificação de fontes de materiais (informações) para subsidiar a proposta; Elaboração de proposta para projeto de avaliação; Definição de Projeto e seus instrumentos; Execução Aplicação Piloto; Avaliação Avaliação dos resultados preliminares para ajustes metodológicos. 10 Com cobertura total nos municípios de Campo Alegre e Rio Negrinho e em área piloto no município de São Bento do Sul (Bairro Serra Alta – 10.000 habitantes). 11 A mesma empresa que operava em Campo Alegre, venceu licitação em Rio Negrinho iniciando a operação local setembro de 1998. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 6 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental Em campo foram realizadas de um grande número de atividades participativas (70 ao todo) que se dividiram entre reuniões de trabalho com o grupo coordenador, visitas técnicas, entrevistas com agentes locais e com mídia, palestras, aplicação de um piloto da avaliação, além de diversas atividades complementares ligadas a temática. (tabela 8). TABELA 8. SÍNTESE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS. Atividades Quant . Reunião de Trabalho com Grupo Coordenação Reunião de trabalho Coordenadores locais Entrevistas Palestras Aplicação Piloto Entrevistas mídia Complementares – Vinculadas ao projeto Complementares - Sem vínculo direto 05 Total de atividades realizadas 70 22 15 03 01 05 08 11 Para documentação e sistematização destas atividades contou-se com um caderno de campo onde foram rigorosamente anotadas informações qualitativas e quantitativas sobre o desenvolvimento metodológico, os materiais obtidos em campo - entrevistas abertas, dados quantitativos sobre o processo local, as observações qualitativas sobre a dinâmica participativa local, etc. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE CAMPO Embora tenha havido um intenso processo exploratório de levantamento de dados e informações que antecedeu a entrada em campo, essas informações não foram norteadoras do trabalhos de campo onde buscou-se levantar e avaliar as informações conforme elas foram processando-se ao longo das atividades participativas realizadas localmente. Esta postura procurou evidenciar as característica do trabalho sob o enfoque participativo. Avaliação preliminar construída coletivamente possibilitou estabelecer um quadro particularizado da situação local, baseado nas informações e experiência dos participantes, onde o conteúdo desta análise já representava um produto participativo, ou seja que possibilitou o enriquecimento da informação de todos os participantes. (Tabela 9, 10). TABELA 9. Q UADRO DE CONTEXTUALIZAÇÃO DO PRSD – MUNICÍPIOS DO CONSÓRCIO Q UIRIRI. Segmento Dificuldades Benefícios CAMPO ALEGRE Serviço (prestadores de serviço) Administraç ão Pública Local A empresa que presta o serviço não domina a operação da atividade. Necessidades de seu mercado consumidor (as empresas de reciclagem) e fornecedor (a comunidade). (análise empresarial - ver planilha custo) Depende da iniciativa privada, possui pouco controle operacional do serviço. É um município de baixa produção de lixo. Não solucionou o problema de disposição adequada do lixo. Não possui, ainda, dados ordenados para A empresa tem vontade e interesse em prestar o serviço. Conta com o apoio da administração local para realização do serviço. Conta com apoio educativo do Consórcio para envolver a comunidade na seleção adequada do lixo. Há interesse em manter o serviço. Conta com a cooperação da comunidade. Possui capacidade de organização administrativa para ações coordenadas. A comunidade pode tratar o lixo orgânico localmente. Criou a oportunidade de uma empresa local ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 7 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental Comunidad e avaliação quantitativa. Depende da ação municipal para tratar seu lixo (principalmente o seco e o tóxico) Está acostumada a uma sistemática domiciliar de coleta prestar o serviço Conta com o interesse municipal para resolver o problema lixo. É participativa. Responde bem as campanhas institucionais. SÃO BENTO DO SUL Serviço (prestadore s de serviço) Administr ação Pública Local Comunida de Não há interesse (econômico) nem obrigação contratual da empresa formal de coleta. A empresa formal de coleta convencional conta com prestígio junto à comunidade. A coleta seletiva é mais cara no contrato com a empresa formal. Tem que contar com a informalidade para prestar o serviço diferenciado. É um município com população urbana, industrial. Não possui, ainda, dados ordenados para avaliação quantitativa. Depende da ação municipal para tratar seu lixo. Está acostumada a uma sistemática domiciliar de coleta A empresa formal tem vontade em cooperar. A empresa formal conta com prestígio junto à comunidade na coleta convencional. Existem outros prestadores informais do serviço. Conta com apoio educativo do Consórcio para envolver a comunidade na seleção adequada do lixo. Há interesse em manter o serviço. Tem entrada na comunidade para ampliar participação. Possui capacidade de organização administrativa para ações coordenadas. Tem volume de lixo seletivo Conta com o interesse municipal para resolver o problema lixo. RIO NEGRINHO Serviço (prestadores de serviço) Pegou serviço já estruturado. Hábitos estabelecidos. Deve dar resposta operacional rápida. Tem que montar estrutura local. Administraç ão Pública Local Depende dos ajustes operacionais da empresa formal. Não solucionou, ainda, o problema de disposição adequada do lixo. Não possui, ainda, dados ordenados para avaliação quantitativa. Comunidade Depende da ação municipal para tratar seu lixo. Está acostumada a uma sistemática domiciliar de coleta. Conta com o apoio da administração local para realização do serviço. Conta com apoio educativo do Consórcio para envolver a comunidade na seleção adequada do lixo. É uma empresa com experiência na prestação do serviço. Possui contrato de prestação de serviço de coleta já adequado a realidade proposta pelo programa. Tem entrada na comunidade para ampliar participação. Possui capacidade de organização administrativa para ações coordenadas. Conta com o interesse municipal para resolver o problema lixo. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 8 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental TABELA 10. Q UADRO DE CONTEXTUALIZAÇÃO DO PRSD – CONSÓRCIO - COORDENAÇÃO PARTICIPATIVA. Segmento Dificuldades Benefícios Serviço Tem que articular ações para atender as As empresas têm demonstrado uma postura de (prestadores expectativas comuns (dos consorciados e cooperação quanto a realização de ações de de serviço) das empresas) quanto a eficiência das cooperação técnica e institucional para elevar o atividades de coleta seletiva conforme nível de prestação do serviço. seu programa comum de coleta seletiva. Administraç Devem adequar sua atividades locais de Contam com o apoio institucional do consórcio ão Pública forma a garantir a execução das no trato de suas questões ambientais (empresas Local atividades globais do consórcio. e comunidade) Nem todos os segmentos da Conta com o envolvimento voluntário do administração conhecem as funções pessoal das administrações locais. operativas e institucionais do consórcio. Conta com prestígio político dentro de Poucas pessoas estão realmente diferentes segmentos da sociedade local e envolvidas nas atividades executivas do regional. consórcio. Comunidade Compreender as funções operativas e Contam com a ação intensiva do consórcio institucionais do consórcio. para: . a conservação da natureza; a efetivação de sua participação; manutenção da qualidade de vida Baseados nessa análise pode-se realizar a reflexão inicial sobre processos avaliativos com o grupo local de trabalho. A partir destas reflexões, desenvolveu-se os objetivos do trabalho de campo. (Tabela 11) Perguntas TABELA 11. OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO. Respostas Porque estamos fazendo Para alcançar a SUSTENTAÇÃO DO PROGRAMA (para que ele encontre seu ponto de funcionamento), respeitando a diversidade de problemas e soluções em uma avaliação? cada um dos municípios consorciados. Porque estamos Porque a solução envolve a AÇÃO COORDENADA DE DIFERENTES SEGMENTOS DA encontrando dificuldades? SOCIEDADE local e nacional. (Social, Público e Econômico) Como resolver isso? Através da PARTICIPAÇÃO (ampla), da EDUCAÇÃO (como ação transformadora, de conscientização) e da COMUNICAÇÃO (coletivizarão da informação local) Qual nossa proposta? Reunir lideranças locais em Reuniões de Avaliação Participativas. Trabalhar a visão processual do contexto onde cada um visualize sua contribuição e possa trabalhar nesta linha com seu “publico Alvo” dentro de seu campo de atuação. Estas reuniões deverão ser tiradas ações localizadas para desenvolvimento do projeto. 12 Trabalhou-se também a idéia conceitual da avaliação enquanto processo de retroalimentação que abre espaço para a dinâmica da gestão. Ou seja, a avaliação como fator de movimento que permite ao planejamento (como definidor de ações intencionais) ganhar impulso de continuidade e adequação. 12 Esta proposta foi baseada na constatação de que a comunidade local tem seus próprios mecanismos de articulação e integração de ações que permitem a execução das atividades. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 9 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental FIGURA 3. DINÂMICA DE AVALIAÇÃO – PROJETO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS. AÇÃO Gestão Participativa de Resíduos Sólidos AVALIAÇÃO A proposta de trabalho para a avaliação participante se daria localmente, em cada município (devido as diferenças de problemas e soluções), reunindo as lideranças dos segmentos locais envolvidos (Tabela 12), com objetivo de realizar a avaliação integrando as diferentes visões para construir um quadro problematizada sobre a questão que provoca-se uma compreesão da interdependência e responsabilidade coletiva. Os instrumentos de avaliação propostos foram organizados em dois diferentes formatos: As sistematização das reuniões com as lideranças locais13 e Cadernos de Avaliação Participativa14 a serem respondidos por cada um dos segmentos. TABELA 12. 11. SEGUIMENTOS LOCAIS ENVOLVIDOS NA AVALIAÇÃO. Seguimento Papel no programa Porque participar? Local Executivo PROMOVE (legitima institucionalmente) viabilizar melhor serviço Legislativo LEGISLA (legitima juridicamente) responder aos interesses Político ARTICULA (legitima socialmente) da sociedade Comunitário USA (legitima culturalmente) receber melhor serviço Empresas PRESTA (legitima economicamente) Aumentar eficiência do serviço Técnica NORMATIZ (legitima tecnicamente) Aumentar eficácia do serviço A Ambiental INTEGRA (legitima a sustentabilidade) Possibilitar efetividade do projeto Fonte: Sistematização do Grupo de Trabalho de Avaliação Para direcionar conceitualmente a complexidade e a interdependência entre os diversos segmentos envolvidos na dinâmica dos resíduos sólidos locais, desenvolveram-se dois elementos potencializadores de envolvimento: “o ciclo do lixo” onde estabeleceu-se, em linguagem figurativa, os inter-relacionamentos de base para problematizar os trabalhos participativos sobre a temática dos resíduos sólidos locais; e um slogan para o projeto de avaliação “Todos que participam da construção do problema, participam também da construção da sua solução” onde explicitasse a característica participativa da tem ática. 13 Para moderação destas atividades, foi conseguido o apoio pessoal de dois consultores das Associações Comerciais e Industriais dos municípios consorciados que sepropuzeram a aplicar técnicas de moderação utilizadas pela GTZ Alemã (METAPLAN), como ferramenta dinamizadora e apoio a sistematização, nas reuniões locais. 14 Desenvolvidos dentro de uma abordagem qualitativa reforçando o resgate de conhecimento e experiência que as comunidades tem sobre o “lixo”. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 10 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental FIGURA 2. O CICLO DO LIXO. Todo trabalho conceitual da construção metodológica foi realizado em conjunto entre pesquisadores e a equipe de coordenação do Consórcio Quiriri durante as primeiras 4 semana de trabalho em campo. Após essa fase, foram realizadas três atividades de coletivização junto com a sociedade local onde apresentaram-se os resultados deste trabalho, além da aplicação piloto em São Bento do Sul. DISCUSSÃO Durante a realização deste trabalho buscou-se fazer uma leitura complexificada do desenvolvimento das etapas de implantação e operação inicial do programa. Não detivemos nossa visão para números (o olhar quantitativo) e seus resultados imediatos, mas buscamos ampliá-la para os ganhos qualitativos das articulações, soluções criativas advindas das dificuldades, o crescente envolvimento da sociedade local que emergiram durante a dinâmica inicial do processo. (figura 4) ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 11 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental FIGURA 4. DINÂMICA DA PESQUISA. Ação GESTÃO PARTICIPATIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS AvaliAção CONTEXTUALIZAÇÃO Caderno de Avaliação Participativa Nosso Lixo INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS APLICAÇÃO PILOTO COMPLEXIFICAÇÃO Reunião Local de Avaliação Participativa - Bairro de Serra Alta / SBS - Mergulhamos praticamente no universo do Lixo, e das tentativas vigorosas de se enfrentar a questão. Aprendemos que ela envolve um grande número de participantes em todas as etapas de sua execução. Seja a comunidade, os cientistas, os coletores (empresas ou indivíduos), as empresas compradoras de recicláveis, o setor público, as empresas de comunicação etc., todos somos participantes e estamos em cheque indiretamente. Seu sucesso ou fracasso depende da perfeita articulação e equilíbrio de ações coletivas. Evidenciou-se a força e responsabilidade articuladora de toda a sociedade, caracterizando a necessidade do trabalho participativo e educativo tanto no setor publico quanto no social. Neste sentido, observamos a importância do trabalho desenvolvido pelo Consórcio Quiriri que se situa na fronteira entre as atividades das organização governamentais (o setor público) e as desenvolvidas pelas organizações não governamentais. Pode-se constatar que os avanços alcançados pela proposta de trabalho em Planejamento Ambiental Participativo em Bacias Hidrográficas, realizada pelo Consórcio Quiriri tem suas bases estabelecidas dentro da integração de cinco importantes elementos: ! A Força da Metodologia em Ação que direciona e propõe diretrizes estruturais dinâmicas para implementação de ações além de explicitar e oferecer meios de efetivação para a participação ativa dos poderes legislativos e executivos locais, buscando nos apoios institucionais os caminhos que possibilitem a viabilidade técnica e políticas das propostas locais. ! A Força dos Atores Locais (os indivíduos) que através de ações próprias e criativas tem conseguido avanços originais e inovadores dentro de diferentes campos de atuação, tanto no que se refere as implantações de programas e projetos quanto no estabelecimento de espaços de discussão e troca de experiências em diferentes esferas de atuação (local, regional e Nacional) que muito tem contribuído para difundir e dinamizar suas ações criando uma perspectiva descentralizada de gestão. ! A Força da Personalidade Local que expressa a particularidade (originalidade) com que a sociedade local trata (recebe, repropõem, reorganiza, incorpora ou rejeita) as estruturas das metodologias participativas. ! A Força do Cotidiano que muitas vezes nubla as ações planejadas mas, por outro lado oferece uma riqueza de acontecimentos, esperados ou inesperados, que dão novos rumos a ação local. (Enquadramos nesta categoria o tema resíduos sólidos) ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 12 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental ! A Força da Estrutura Participativa Local onde está expressa a forma de tratamento local para a dinâmica participativa. Quando esta força é devidamente percebida, respeitada e incorporada pelas metodologias participativas transformam-se num importante elemento potencializador da ação local. A construção de um quadro problematizado e contextualizado sobre o tema resíduos sólidos, NOSSO LIXO, que realizamos em campo, nos permitiu compreender coletivamente que para se alcançar propostas que venham a ser sustentáveis15 devemos ter claro alguns princípios norteadores de ação onde: Não existe solução puramente TÉCNICA ou ECONÔMICA; Não existe solução SIMPLISTA; Não existe solução INSTANTÂNEA; Não existe solução que seja responsabilidade UM SÓ SETOR DA SOCIEDADE; Não existe solução POSSÍVEL DE SER COPIADA; Não existe solução DISSOCIADA DO PROBLEMA LOCAL. Desenvolvemos o trabalho local apoiados sobre estes princípios. Aprendemos que para se envolver na dinâmica participativa, deve-se construir um espaço de articulação includente, onde esteja presente toda capacidade de negociação, aceitação das diferenças e das dificuldades, dos direitos e deveres, além de exigir muita criatividade e bom senso. Tanto na esfera individual quanto na coletiva, tanto na pública quanto na privada, tanto na local quanto na global. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. FALKEMBACH, E.M., Avaliação e educação popular, Livraria UNIJUÍ Editora, Ijuí/RS, 1991; FIGUEIREDO, L.V.P., Estudo exploratório de apoio a gestão descentralizada de Resíduos Sólidos – O caso de Canasvieiras, Dissertação de mestrado, UFSC, Florianópolis/SC, 1998;. MATZENAUER, H., B., Aplicação da metodologia multicritério de apoio à decisão no aperfeiçoamento do sistema de coleta e destino final do lixo doméstico da cidade de Pelotas, Dissertação de mestrado, UFSC, Florianópolis/SC, 1998; PISANI, S., As soluções estão no lixo: Limites e possibilidades para uma gestão ecodesenvolvimentista de resíduos sólidos ( O caso de Caxias do Sul - RS), Dissertação de mestrado, UFSC, 1996; POMPÊO, C. A, Relato da Visita ao Consórcio Quiriri. Texto da Disciplina “Planejamento Setorial de Bacias Hidrográficas”. Programa de Pós Graduação em Engenharia Ambiental. UFSC, Florianópolis/SC, 1998; _____, Consórcio Intermunicipal da Bacia do Alto Rio Negro Catarinense: Desenvolvimento Metodológico, Projeto de Pesquisa, UFSC, Florianópolis/SC, 1999; 7. 8. QUIRIRI, Consórcio – Material Interno de Sistematização – São Bento do Sul/SC, Ano 1997/1998/1999. 9. SIERVI, E. C., Avaliação Participativa do Projeto de Coleta Seletiva de Lixo Doméstico no Consórcio Quiriri – A participação como base para ação e reflexão metodológica, Dissertação de mestrado, UFSC, Florianópolis/SC, 2000; 10. YUNES, R.A., A organização da matéria – Acaso ou Informação, Editora da UFSC, Florianópolis/SC, 1995; 15 Entende-se aqui por sustentáveis as propostas que busquem atender as demandas dinâmicas da sociedade global, porém adaptado-as e integrando-as às realidades locais (institucionais, econômicas, tecnológicas, culturais, sociais e ambientais). ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 13