os blogs esportivos como meios de comunicação
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OS BLOGS ESPORTIVOS COMO MEIOS DE COMUNICAÇÃO Vantuyl Barbosa Neto1 RESUMO Este trabalho apresenta um estudo sobre os blogs esportivos brasileiros. O objetivo é entender qual o papel destas ferramentas para o jornalismo. O artigo busca descobrir se os blogs podem ser considerados como meios de comunicação ou apenas uma das possibilidades de se comunicar por meio da internet, este sim já um meio reconhecido como tal. Palavras-chave: blogs, esporte, jornalismo. 1 Jornalista Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino – Unifae E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO Não existe consenso quanto ao início dos weblogs [o termo weblog vem do inglês e significa diário pessoal na internet] no mundo, mas uma das teorias mais aceitas é de que tenha surgido em 1997 nos Estados Unidos. Jorn Barger teria criado o “robot wisdom” o primeiro blog. Foi Barger quem usou a denominação Weblog pela primeira vez para ao seu site. A título de curiosidade, Barger também é o autor de um dos primeiros FAQs (Frequently Asked Questions), conhecido no Brasil por “perguntas freqüentes”. Os blogs tinham uma estrutura diferente da mais comum dos dias de hoje. Eram páginas com um layout rudimentar, mas que tinham foco no conteúdo. Os blogueiros, autores dos blogs, costumavam resumir as notícias e criar links para outras páginas com os créditos ao real autor da notícia. Já no ano de 2000, empresas de softwares passaram a investir na criação de programas para atualização de blogs. Um desses é o blogger, uma das mais famosas ferramentas de publicação de blogs do mundo. Com esses softwares ficou dispensável o conhecimento em programação para a criação de blogs e isto acabou democratizando a ferramenta, que passou a ser utilizada por milhões de pessoas. Para se ter uma idéia a blogosfera, termo que define o mundo dos blogs, era de menos de 50 blogs em 1999. No final de 2000 o número já havia saltado para mais de mil. Três anos depois a blogosfera atingiu a marca de quatro milhões de blogs. Segundo estudos do site Technorati (http://www.technorati.com) denominado “State of blogosphere” existem hoje cerca de 133 milhões de blogs e esses números crescem vertiginosamente, tendendo a dobrar a cada seis meses. Ao contrário de outras ferramentas de comunicação, os blogs não demoraram a chegar ao Brasil. O primeiro blog brasileiro que se tem registro é datado de fevereiro de 1998. Porém a gaúcha Viviane Vaz de Menezes criou seu blog, o Delights to cheer, todo em inglês. O primeiro a ser escrito em português foi criado um mês depois por Renato Pedro Junior e se chamava Diário da megalópole. O blog Zamorim (http://zamorim.com), criado em março de 2000, é o mais antigo ainda em atividade no país. Apesar de todo esse sucesso imediato, ainda não existem muitos estudos sobre os blogs, suas origens e suas perspectivas, por isso essa história não é aceita com consenso. Além disso, não há registros confiáveis sobre o histórico dos blogs esportivos, reais objetos de pesquisa desse artigo científico. Essa nova maneira de se ler, e por conseqüência escrever, na internet trouxe uma nova maneira de se entender a comunicação. Apesar do domínio da escrita pela maioria da população mundial, poucos eram os que tinham a oportunidade de se fazer ouvir, de expor suas idéias. Agora, com a democratização desse meio de comunicação, os blogs, qualquer um pode ser um comunicador. E, mais importante que isso, não apenas para seu grupo de convívio, mas de todo o mundo. Outro ponto importante a ser estudado é a nova possibilidade de agrupamento. Podemos, com a chamada blogosfera, criar novas aldeias através dos interesses e não das barreiras geográficas. Não importa onde se mora, se gosta de futebol, por exemplo, o sujeito pode se unir a uma comunidade que discute futebol. O pesquisador Pierre Levy assim definiu as novas “aldeias”: “Uma comunidade virtual pode, por exemplo, organizar-se sobre uma base de afinidade por intermédio de sistemas de comunicação telemáticos. Seus membros estão reunidos pelos mesmos núcleos de interesses, pelos mesmos problemas: a geografia, contingente, não é mais nem um ponto de partida, nem uma coerção. Apesar de “não-presente”, essa comunidade está repleta de paixões e de projetos, de conflitos e de amizades. Ela vive sem lugar de referência estável: em toda parte onde se encontrem seus membros móveis... ou em parte alguma. A virtualização reinventa uma cultura nômade, não por uma volta ao paleolítico nem às antigas civilizações de pastores, mas fazendo surgir um meio de interações sociais onde as relações se reconfiguram com um mínimo de inércia” (LEVY, 1996, p. 20). Isto posto, O objetivo deste trabalho é identificar como os blogs esportivos brasileiros se tornaram meios democráticos de comunicação. Porém, com essa facilidade de se ter um blog, são eles meios confiáveis de divulgação de notícias? Acreditamos que os blogs esportivos brasileiros podem sim ser meios confiáveis de divulgação de notícias, desde que nos atentemos a alguns detalhes na hora de julgar um blog, como quem é o autor, se as informações publicadas são checadas pelo autor, dentre outros. Para obtermos as respostas quanto aos objetivos propostos no artigo, serão feitos alguns questionamentos básicos para nortearem as pesquisas, são eles: - Como separar os blogs informativos, de caráter jornalístico, dos demais? - Qual a opinião dos blogueiros, excepcionalmente os esportivos, quanto ao conteúdo da blogosfera esportiva brasileira? - Como os blogueiros recebem o feedback dos leitores? 1. METODOLOGIA Como metodologia de pesquisa do assunto estudado, usaremos a leitura de livros que abordam o tema proposto (blogs, jornalismo, comunicação), para termos um ponto de partida. Após a fase de leitura de obras, buscaremos artigos e matérias publicadas acerca dos mesmos assuntos já elencados acima. Para complementarmos os estudos, buscaremos entrevistas com jornalistas blogueiros, profissionais pedagógicos da área da comunicação. Para finalizar faremos um estudo de caso, pesquisando blogs esportivos nacionais para analisarmos o conteúdo publicado nos mesmos. Com tudo isso, esperamos conseguir reunir o material necessário para trazer as respostas para os questionamentos propostos no artigo. 2. OS BLOGUEIROS Para entendermos melhor o que os blogs significam e o que podem alcançar em termos de espaço jornalístico, vamos buscar estudar o que os blogueiros andam postando por aí e o que pensam sobre o assunto. Rodrigo Alves, editor de esportes amadores do site Globoesporte.com e blogueiro de basquete (http://www.rebote.blogspot.com/) desde 2002, acredita que o blog é uma maneira rápida e prática de passar informação: “É uma ferramenta que começou com um meio de promoção pessoal, quando as pessoas a usavam para falar sobre suas vidas, sobre o cotidiano. Hoje o blog é muito mais que isso e serve aos mais diversos propósitos, inclusive o jornalismo. É um modo rápido e prático de passar informação”. Dentre as vantagens dos weblogs sobre as outras mídias, ele destaca o feedback: “O blog tem uma resposta imediata. O leitor vê o texto e comenta na hora, quantas vezes quiser. O blogueiro pode entrar na caixinha e responder os comentários, criando ali um debate sobre o tema. Em outras mídias, essa relação é mais afastada, depende do envio de um e-mail, que nem sempre é lido por quem escreve, nem sempre tem resposta, ou seja, o processo fica mais lento.” Sobre o blog como atividade jornalística, Rodrigo Alves opinou: “Muitos blogs hoje têm até mais peso jornalístico que os veículos tradicionais - não só no esporte, mas na política, na economia. No caso do basquete, mais ainda, porque a mídia tradicional (jornal, TV) não costuma dar muito espaço à modalidade. Então o jornalismo sobre basquete passou a se concentrar muito na internet”. Agora, sobre os blogs serem ou não uma nova mídia: “São um canal inserido na internet, esta sim uma nova mídia”. Rodrigo Alves comentou também sobre a confiabilidade de blogs como fontes de informação: “Confio totalmente nos blogs. É claro que você precisa separar o joio do trigo. Como é muito fácil colocar um blog no ar, muitos deles não são confiáveis. Mas se você souber separar, dá para usar uma infinidade de blogs como boas fontes de informação”. A jornalista Ana Paula Moreira mantém o blog Jornal de Esportes (http://jornaldeesportes.blogspot.com) desde outubro de 2008. Para ela os blogs são meios de comunicação rápidos e dinâmicos, que permitem a fácil interação entre o leitor e o conteúdo. Ana Paula, que gasta de três a quatro horas por dia com seu blog, acredita que a facilidade de se fazer um blog torna-se uma desvantagem em relação à credibilidade dos mesmos. Por isso ela seleciona bem os blogs para poder segui-los: “Procuro saber mais sobre o autor do blog, ter alguma indicação. Se gostar do conteúdo, acompanho por um tempo para ver se dão informações corretas”. Sobre as vantagens do blog, Ana Paula destacou: “a rapidez e a facilidade para colocar conteúdo. A interação entre leitor e autor também é muito boa. Por ser um veículo próprio, o jornalista tem mais liberdade quanto ao conteúdo, formato, linha editorial”. Já quanto as desvantagens: “o fato de ser fácil de fazer, às vezes, tira a credibilidade do blog como veículo jornalístico e meio de comunicação. Qualquer pessoa monta e escreve em um blog”. O estudante de jornalismo e blogueiro (http://macedofutebolclube.wordpress.com/) Juliano Macedo tem opinião semelhante. Para ele, os blogs jornalísticos são uma realidade: “Os blogs hoje em dia não são mais novidade para ninguém. Com toda a certeza é uma ferramenta muito versátil e importante para os jornalistas e, principalmente, para os leitores e internautas. O blog, aliado à internet, é com certeza uma grande evolução no jornalismo. As coisas são muito dinâmicas, acontecem em tempo real e o mundo inteiro já está sabendo”. Quanto aos blogs como atividade jornalística, sua opinião é contundente: “Com certeza é uma atividade jornalística. Se tratado com seriedade e ética, com toda a certeza é considerado jornalismo”. Por isso, ele não vê problemas quanto à credibilidade dos mesmos: “Confio sim. Como disse anteriormente, é nítido quais são os blogs que agem com os preceitos do jornalismo (ética, verdade, seriedade) e nesses eu confio e uso como fonte”. Já a Coordenadora de Jornalismo da FIAM/FAAM Centro Universitário, Márcia Furtado Avanza, tem opinião totalmente oposta a dos blogueiros. Para ela os blogs não são jornalísticos: “Os blogs não são jornalísticos pelo fato de só verem um lado da notícia. Em contrapartida, o jornalista tem que checar tantos lados quanto existirem em um fato. Por isso, os blogs podem ser informativos, mas nunca jornalísticos”. O curso de jornalismo da FIAM/FAAM tem três matérias voltadas para a web em sua grade: Agência de Notícias I e II e Jornal On-Line. São aulas teóricas e práticas. A coordenadora explica que um dos objetivos destas matérias é a discussão do fazer jornalismo para a internet. Para ela, o jornalismo na web, como um todo, é muito mal feito: “Tem informações pouco confiáveis, a redação é ruim, o texto mal cuidado, notícias mal apuradas. Tudo isso pelo imediatismo da mídia. É por isso que a BBC se orgulha de ser a última a dar a notícia”. 3. OS BLOGS Sendo os blogs esportivos brasileiros os objetos de estudo deste artigo científico, fizemos uma pesquisa em dez blogs de renomados jornalistas para entender o que se publica nestes espaços. Os jornalistas pesquisados foram: - Alex Escobar (http://colunas.globoesporte.com/alexescobar); - André Kfouri (http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/); - José Roberto Torero (http://blogdotorero.blog.uol.com.br/); - Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/); - Lédio Carmona (http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona/); - Mauro Beting (http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/); - Mauro Cezar Pereira (http://espnbrasil.terra.com.br/maurocezarpereira); - Milton Neves (http://blog.miltonneves.ig.com.br/); - Paulo Calçade (http://espnbrasil.terra.com.br/paulocalcade); - Paulo Vinicius Coelho (http://espnbrasil.terra.com.br/pvc/). Foram analisadas as dez últimas postagens de cada blog e separadas por categorias. Importante ressaltar que só foram analisados textos dos autores pesquisados, sendo então desconsideradas postagens de terceiros nestes blogs, bem como textos apenas promocionais. As categorias encontradas foram: Informativo, opinativo, narrativo e coluna de jornal, esta última quando o autor reproduziu textos seus de veículo impresso. Para a escolha dos blogs foram levados em conta fatores como: os blogueiros tinham que ser jornalistas experientes, trabalhar em mais de uma mídia, atuarem ou já terem atuado na grande mídia, possuírem blogs de destaque junto aos sites. O resultado, elencado abaixo, foi o seguinte: Alex Escobar 1. Este espaço é reservado para desabafos contra o Além. Ou contra o blogueiro. Fiquem à vontade. – 20/09 – Texto opinativo 2. Considerações sobre a quarta. – 17/09 – Texto opinativo 3. O Além adianta os resultados da rodada! – 17/09 – Texto opinativo 4. Vasco quase lá... – 16/09 – Texto opinativo 5. Bordeaux fez jogo duro com o Juventus – 16/09 – Texto opinativo 6. Flamengo e Vitória são demais!!! – 15/09 – Texto opinativo 7. O primeiro grande jogo da Liga. – 15/09 – Texto opinativo 8. Os grandes da rodada! – 14/09 – Texto opinativo 9. Palpites!!!!! – 11/09 – Texto opinativo 10. O Além deve ter outras prioridades... – 06/09 – Texto opinativo André Kfouri 1. O vôo Air 23 pousou – 11/09 – 21h18 – Narrativa 2. Nilmaravilha, nós gostamos de você – 10/09 – 11h20 – Texto opinativo 3. Questionário amarelo – 09/09 – 19h12 – Texto opinativo 4. Perigo real e imediato – 08/09 – 16h24 – Informativo 5. Notinhas pós-rodadas (e a África do Sul é logo ali) – 07/09 – 10h34 – Texto opinativo 6. Coluna dominical – 06/09 – 12h33 – Coluna de jornal 7. Caixa-postal – 05/09 – 12h03 – Feedback 8. Notinhas pós-rodadas (e a Turquia é logo ali) – 03/09 – 14/09 – Texto opinativo 9. Lembra das réplicas do Tri? – 02/09 – 16h08 – Informativo 10. Charada – 02/09 – 10h18 – Narrativa José Roberto Torero 1. Atacantes fora de série fora da Série A – 11/09 – 09h31 – Informativo 2. A verdade sobre o Grito – 08/09 – 06h56 – Coluna de jornal 3. Abe cedo fim descê – 07/09 – 07h44 – Narrativa 4. Vinte e oito motivos para odiar o futebol – 04/09 – 01h29 – Narrativa 5. Tarrafa literária – 03/09 – 11h36 – Informativo 6. Procura-se um Zé – 01/09 – 07h18 – Coluna de jornal 7. A bay say dolphin the sea, man? – 31/08 – 08h16 – Narrativa 8. Seleção de sexta: dablius – 28/08 – 06h56 – Narrativa 9. Tico, Teco e as quintas-de-finais -25/08 – 07h55 – Coluna de jornal 10. Ah, becê do fim de semana – 24/08 – 08h57 – Narrativa Juca Kfouri 1. Carisma do Nuzman?! – 11/09 – 01h42 – Texto opinativo 2. Ei, neste fim de semana tem Brasileirão – 11/09 – 01h32 – Informativo 3. Bem vinda, Rainha Marta! – 11/09 – 01h06 – Texto opinativo 4. Teixeira assume – 10/09 – 13h40 – Texto opinativo 5. Boa, CBF! – 10/09 – 13h30 – Coluna de jornal 6. Beijinho, beijinho, e tchau, tchau! – 10/09 – 01h20 – Texto opinativo 7. Show brasileiro na Bahia – 09/09 – 23h52 – Texto opinativo 8. Pobre Argentina... – 09/09 – 21h54 – Texto opinativo 9. Para dar transparência à Copa no Brasil – 09/09 – 16h56 – Informativo 10. A antepenúltima partida brasileira em Eliminatórias até 2016 – 08/09 – 23h59 – Texto opinativo Lédio Carmona 1. Como dão mole! – 14/09 – Texto opinativo 2. O chato divertido – 14/09 – Texto opinativo 3. Muito prazer, São Paulo – 13/09 – Texto opinativo 4. A pergunta é... – 13/09 – Texto opinativo 5. Dentro do script – 13/09 – Texto opinativo 6. Serviço feito – 12/09 – Texto opinativo 7. Conhece o Coutinho? – 12/09 – Texto opinativo 8. Pequeno Bob FC – 11/09 – Texto opinativo 9. Troféu Gato-Mestre (2009) – 11/09 – Texto opinativo 10. Bolão da F1 – 11/09 – Texto opinativo Mauro Beting 1. Bola-Teima – Rodada 23 – 11/09 – 23h48 – Texto opinativo 2. História em jogo – Holanda 2 x 0 Brasil – Copa 74 – 10/09 – 18h48 – Texto opinativo 3. Os 23 de Dunga? – 10/09 – 15h37 – Texto opinativo 4. Ao vivo – Brasil 4 x 2 Chile – 09/09 – 21h41 – Texto opinativo 5. Menu do dia – Eliminatórias – 09/09 – 12h40 – Texto opinativo 6. 8 ou 80 – 2 a 8 de setembro de 2001 – 08/09 – 16h56 – Texto opinativo 7. André Dias, Cleiton Xavier, Diego Souza e Diego Tardelli – 08/09 – 12h18 – Texto opinativo 8. Avaí 0 x 2 Internacional – 06/09 – 20h02 – Texto opinativo 9. Cruzeiro 1 x 2 São Paulo – 06/09 – 18h19 – Texto opinativo 10. Argentina 1 x 3 Brasil – 06/09 – 0h48 – Texto opinativo Mauro Cezar Pereira 1. Ganhe ou perca, ninguém é obrigado a “engolir” Dunga e sua crônica estupidez – 11/09 – 07h00 – Texto opinativo 2. Zico se irrita com presidente do Fla por anunciar volta ao clube como dirigente – 10/09 – 18h25 – Informativo 3. Cuidado, turma do oba-oba é capaz de “ver” duas seleções brasileiras prontas – 10/09 – 08h40 – Texto opinativo 4. Lançamento da 3ª camisa dos Citizens mostra Robinho em alta na Inglaterra – 09/09 – 12h31 – Texto opinativo 5. Ninguém é mais, ou menos, brasileiro por torcer, ou não, pela seleção da CBF – 08/09 – 18h15 – Texto opinativo 6. Números confirmam omissão de Robinho na Argentina. Ele será titular na Copa? – 07/07 – 17h17 – Texto opinativo 7. Montoya perde a 21 voltas do fim, mas está firme no “Carrossel do Capeta” – 07/09 – 12h48 – Informativo 8. Internacional é o único time na zona da Libertadores desde a primeira rodada – 06/09 – 22h22 – Informativo 9. Na Copa, Brasil tem, agora, o desafio de observar seus defeitos antes dos rivais – 06/09 – 01h03 – Texto opinativo 10. Cristiano Ronaldo, Ibra ou os dois fora da Copa. Confira a situação na Europa – 05/09 – 21h18 – Informativo Milton Neves 1. A pisada de Piquet – 11/09 – 14h41 – Texto opinativo 2. Bolão do Miltão – 11/09 – 10h42 – Texto opinativo 3. Câmara de SP aprovou concessão do Pacaembu ao Corinthians. Marco Aurélio Cunha, vereador, “falastrão, superintendente do São Paulo e “inimigo número 1” do Timão, diz que é contra. Eu sou a favor! E o sãopaulino Kassab? E você? – 10/09 – 11h03 – Texto opinativo 4. Em noite de Dunga iluminado, Brasil goleia o Chile com show de Nilmar. E já que estamos na Copa, continuo com a campanha: “Dunga, convoca o Ronaldo, pô!” Aliás, o Dunga poderia aproveitar e chamar o Marcão e o Rogério Ceni também! Argentina perde para o Paraguai e respira por aparelhos. Uruguai ganha, Venezuela faz 3 a 1 no Peru e Bolívia perde para o Equador – 09/09 – 21h57 – Texto opinativo 5. Mas que novela chata! – 09/09 – 10h42 – Texto opinativo 6. Rogério Ceni comemora 19 anos no São Paulo! Defina o grande ídolo Tricolor! – 07/09 – 14h34 – Texto opinativo 7. São Paulo vira para cima do Cruzeiro, passa o Goiás (que empatou com o Coxa) e se mantém na cola do Palmeiras. Atlético-PR e Fla ficaram no 0 a 0, mas quem apareceu foi o delegado Antonio Lopes, que foi expulso e quis levar o bandeirinha em cana! Em noite de gala, Inter faz 2 a 0 no Avaí; Galo vira no finalzinho e Flu, já rebaixado, não ganha nunca mais! – 06/09 – 17h52 – Texto opinativo 8. Em noite dos “Luízes”, Brasil vence a Argentina e carimba o passaporte para a Copa. Agora que a disputa acabou, que tal o Dunga convocar o Ronaldo? – 05/09 – 23h21 – Texto opinativo 9. Badalado como Adriano e com futebol de Borges com grife, Vagner Love volta, faz gol de pênalti bem “mandrake” e Palmeiras, com sorte e jogando pouco, mantém a liderança! – 05/09 – 20h28 – Texto opinativo 10. Bolão do Miltão – 04/09 – 11h49 – Texto opinativo Paulo Calçade 1. Messi x Kaká: “Busca La diferencia” – 11/09 – 18h20 – Texto opinativo 2. O Flamengo está preparado para receber Zico? – 11/09 – 01h28 – Texto opinativo 3. Faltou alguém na convocação de Dunga? – 08/09 – 13h04 – Texto opinativo 4. Tudo pelo esporte – 08/09 – 12h30 – Texto opinativo 5. História de amor e profisionalismo (sic) – 07/09 – 20h29 – Texto opinativo 6. Argentina x Brasil ou Barcelona x Real Madrid – 04/09 – 16h49 – Texto opinativo 7. Preocupadas com a administração dos clubes, FIFA e Uefa começam a agir – 03/09 – 20h02 – Informativo 8. Jogada espetacular define o clássico – 03/09 – 00h31 – Texto opinativo 9. O drama de Maradona – 02/09 – 18h36 – Informativo 10. Cuca é a solução? – 01/09 – 19h14 – Informativo Paulo Vinicius Coelho 1. Informações e palpites da 24ª rodada – 11/09 – 15h31 – Informativo 2. Nilmar ou Daniel Alves? Qual deles merece ser titular? – 10/09 – 08h27 – Texto opinativo 3. Tango nas Eliminatórias – 10/09 – 08h19 – Texto opinativo 4. Capello pode classificar ingleses com melhor desempenho da história – 09/09 – 09h21 – Informativo 5. Com Diego Souza, Cleiton Xavier e André Dias, Dunga chega a 81 convocados – 08/09 – 08h48 – Informativo 6. Um dia depois da derrota, na Argentina – 06/09 – 19h39 – Texto opinativo 7. A classificação mais fácil da história. Mérito de uma Seleção valente – 06/09 – 00h14 – Texto opinativo 8. A escolha de Elano, o líder de assistências da era Dunga – 03/09 – 18h39 – Informativo 9. O Brasil com três atacantes? Não é a cara de Dunga – 03/09 – 07h54 – Texto opinativo 10. O campeão do primeiro turno – 03/09 – 07h45 – Texto opinativo Mensurando os resultados, temos que os dez textos de Alex Escobar, Lédio Carmona, Mauro Beting e Milton Neves foram opinativos. André Kfouri foi quem mais diversificou, com quatro opinativos, dois narrativos, dois informativos, um feedback e uma coluna de jornal. José Roberto Torero foi o único que não publicou textos opinativos, com cinco narrativos, três colunas de jornal e dois informativos. Juca Kfouri postou sete opinativos, dois informativos e uma coluna de jornal. Mauro Cezar Pereira e Paulo Vinicius Coelho escreveram seis textos opinativos e quatro informativos e, para finalizar, Paulo Calçade publicou sete opinativos e três informativos. Se quantificarmos estes números, perceberemos que foram setenta postagens de conteúdo opinativo, dezessete de informativo, sete de narrativo, cinco colunas de jornal e um feedback. O que demonstra o gráfico abaixo: Opinativos, 70 Informativos, 17 Feedback, 1 Narrativos, 7 C. Jornal, 5 Gráfico 1 – Tipos textuais publicados CONCLUSÃO Como conclusão, podemos perceber que as idéias iniciais foram mudando ao longo das pesquisas para o artigo. Tínhamos como premissa de que os blogs poderiam ser considerados meios de comunicação e, mais do que isso, se tornarem grandes concorrentes dos já existentes. Porém, as pesquisas foram mostrando que os blogs não passam de um canal de comunicação do blogueiro com seu público. Sendo que este canal pouco tem de jornalístico e, por isso, não podemos considerar os blogs como meios de comunicação. Isto posto, concluímos que os blogs são uma extensão do meio internet usada para análises pessoais e, acima de tudo, espaços onde os blogueiros podem publicar o que desejam, sem prévia censura ou edição. REFERÊNCIAS BARBOSA FILHO, André e CASTRO, Cosette. Comunicação digital: educação, tecnologia e novos comportamentos. São Paulo: Paulinas: 2008. FERRARI, Pollyana. Jornalismo digital. São Paulo: Contexto, 2003. HEWITT, Hugu. Blog: entenda a revolução que vai mudar seu mundo. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2007. LEVY, Pierre. O que é virtual?. São Paulo: 34, 1996. MARCUSE, Herbert. Eros e civilização. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. MORENO FERREIRA, Débora e FREITAS RIBEIRO, Janaina de. Weblogs: Opinião e informação na Era Digital. São Paulo: UniFIAMFAAM, 2006. PINHO, J. B.. Jornalismo na Internet: planejamento e produção da informação on-line. São Paulo: Summus, 2003. SCHITTINIE, Denise. Blog: comunicação e escrita íntima na internet. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. SITES VISITADOS http://blog.miltonneves.ig.com.br/ http://blogdojuca.blog.uol.com.br/ http://blogdotorero.blog.uol.com.br/ http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/ http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/ http://colunas.globoesporte.com/alexescobar http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona/ http://espnbrasil.terra.com.br/maurocezarpereira http://espnbrasil.terra.com.br/paulocalcade http://espnbrasil.terra.com.br/pvc/ http://jornaldeesportes.blogspot.com http://www.macedofutebolclube.wordpress.com http://www.rebote.blogspot.com/ ANEXOS Alex Escobar - http://colunas.globoesporte.com/alexescobar Este espaço é reservado para desabafos contra o Além. Ou contra o blogueiro. Fiquem à vontade. Ou um espírito moleque, safado se passou pelo Além que em outros momentos tanto me ajudou, ou o Além anda mesmo muito ocupado com outras questões e não tem acompanhado o futebol brasileiro. O fato é que não consulterei mais o Além. As últimas previsões foram realmente ridículas, mas essa rodada…dois acertos em nove…não dá. Não vou parar com as previsões, mas abro este espaço para a malhação dos descontentes. Se feitas sem palavrões e sem acessos de raiva, serão, com justiça, publicadas. O São Paulo fez o que tem dado certo: Faz um gol e depois segura o jogo. Mas tinha um Escobar arrasador no Santo André. Esse resultado foi surpreendente. Até o São Paulo, o Jason, está dando mole. O Internacional, está brigando lá em cima também, e não ganhou também. Mas o Vitória ganhou, não foi o Colorado que perdeu. O time baiano jogou demais nas duas últimas partidas e bateu dois concorrentes ao título. Tem que ser forte fora de casa. Náutico x Atlético-MG e Santos x Botafogo. 180 minutos de bola rolando…nada de gols. O jogo da Vila foi horrível. O Avaí voltou!!!! 4 x 0. E o Além… O Fluminense já caiu. Eu me rendo. E o Sport está quase lá, mas joga em casa contra o Santo andré e se ganhar, sobrevive. O grande destaque da rodada foio Goiás. Ganhar do Corinthians no Pacaembú é sempre difícil, mas humilhar o Corinthians por lá é fato a ser registrado com pompas. PARABÉNS AO GOIÁS!!!!!! Foi a primeira grande exibição do Fernandão pelo time e Iarley estava inspirado também. Hélio dos Anjos disse: ” meu time foi perfeito” e não exagerou. Enquanto isso o Além pregava um 3 x 0 Corinthians. Lamentável. O Grêmio foi implacável, cruel e carrasco com o Fluminense. Não precisava tanto… O Flamengo teve alguma dificuldade no primeiro tempo, mas Pet e Adriano arrebentaram de novo. A torcida rubro-negra está convocada para acabar com o Além. Não tenho nada a ver com isso. Ah, o Palmeiras agradece os tropeços dos concorrentes, mas ganhar do Cruzeiro no Mineirão não vai ser fácil. Considerações sobre a quarta. No jogo do Brasileirão, festa bonita da torcida do Coxa e bom jogo. O Coritiba tinha, no primeiro tempo, muita liberdade pelo lado direito. O gol acabou saindo dalí, depois do primeiro cruzamento certeiro do Rodrigo Hefner ( errou um montão ). Marcelinho Paraíba jogava solto e armava bons contra-ataques. O Corinthians meteu logo uma bola na trave com o Souza, mas depois teve dificuldades. No segundo tempo, fez o gol de empate rapidinho numa bela troca de passes e depois parou. O Coxa também e o jogo ficou no um a um. Ruim para os dois. Pela Sul-americana, aa classificações de Botafogo e Goiás foram bem emocionantes. O Botafogo mostrou pelo menos o tal “comprometimento” que a diretoria exige e soube reagir em momentos delicados e com a torcida contra. A do Goiás foi mais emocionante ainda, com direito a estar atrás no placar e decisão nos pênaltis. A classificação foi muito comemorada e pode ajudar ao time a voltar a jogar bem. O Além adianta os resultados da rodada! Aí estão as últimas revelações do Além: VITÓRIA 2 X 2 INTERNACIONAL O time baiano vem de um baita resultado em casa, mas ten um desafio forte. O Inter dificilmente perde duas seguidas e vai fazer um jogo equilibrado em Salvador. ATLÉTICO-PR 1 X 1 SPORT O Furacão venceu o São Paulo e não se encontrou mais. O Sport perdeu feio para o Flamengo mas estava muito desfalcado. Pode ser uma surpresa nesta rodada. NÁUTICO 2 X 2 ATLÉTICO-MG O Timbú estava imbatível nos Aflitos, mas jogou mal contra o Grêmio. O Galo se fortaleceu, chegaram reforços importantes e sua briga é lá em cima. Vai engrossar o jogo. GRÊMIO 4 X 0 FLUMINENSE Teoricamente, o Grêmio é bem favorito… AVAÍ 0 X 2 BARUERI O Avaí caiu muito nos últimos jogos, parece que perdeu a confiança. O Barueri joga bem fora de casa e pode surpreender. SANTO ANDRÉ 0 X 3 SÃO PAULO O São Paulo não tem o hábito de fazer muitos gols, mas o Santo André não tem sido forte, mesmo em casa. SANTOS 1 X 0 BOTAFOGO É isso aí, placarzinho magro. Uma pequena vantagem para o Santos. CORINTHIANS 3 X 0 GOIÁS Em casa, o Corinthians leva vantagem e o time ainda pode ter a volta do Ronaldo. O Goiás anda jogando mal. FLAMENGO 0 X 1 CORITIBA Se digo que o Flamengo ganha, sou bairrista. Se digo que o Coxa ganha, odeio o Flamengo. Então, sigo o que disse o Além. Ele acredita no contra-ataque do Coritiba. CRUZEIRO 2 X 1 PALMEIRAS Que jogão!!!! Vi o Cruzeiro contra o Internacional e gostei. No Mineirão, dá Raposa. Vasco quase lá… O Vasco deu mais um passo grandioso para voltar ao seu lugar, a elite do futebol brasileiro. Num jogo ruim demais, com mais passes errados do que certos, o time bateu o São Caetano, que incomoda e luta para entrar no G-4. O Azulão perdeu uma decisão. Mesmo quando não joga bem, o Vasco corre muito, é um time difícil de ser batido e está fazendo a torcida acordar do pesadelo de jogar na série B. Guarani, Atlético-GO e Ceará também não dão a menor pinta de que vão largar o osso. Seguem firmes em cima. Pelo futebol apresentado nas últimas rodadas, só Portuguesa e São Caetano podem entrar nessa briga, o problema é combinar com o pessoal do G-4. Bordeaux fez jogo duro com o Juventus A rodada de ontem da Liga dos Campeões não teve uma grande surpresa. O Real Madrid goleou o Zurich, que não resiste à série B do brasileirão. Para começar, que goleiro é aquele? Leoni…Cristiano Ronaldo agradece. Grafite assumiu logo a artilharia, o que não surpreende também. Ele já fez muitos gols na campanha vencedora do Wolfsburg na última temporada. Mas gostei do organizado e corajoso time do Bordeaux. Ciani e Planus foram gigantes na defesa, Fernando e Diarra deram proteção à zaga e principalmente o primeiro ainda chegou bem, na frente. Gosto muito do Gourcouff. Jogador forte, habilidoso e com ótima visão de jogo. O Bordeaux fez jogo duro com o Juventus o tempo todo e se tivesse laterais que apoiassem melhor e um bom centroavante poderia até vencer o desfalcado time italiano. Flamengo e Vitória são demais!!!! Caros amigos torcedores de Flamengo e Vitória, Não há dúvidas de que seus times fizeram grandes jogos na última rodada. Adriano, por exemplo, fez sua melhor partida nesta volta ao Flamengo e o Vitória não deu qualquer chance ao líder Palmeiras. Apenas procurei dar destaque aos times que mais se beneficiaram dos resultados na rodada. O Cruzeiro jogou muito bem e se distanciou da zona de rebaixamento, o São Paulo e o Galo venceram e encostaram no Verdão e por aí vai. Não se trata de bairrismo ou ódio ao Flamengo. Os dois venceram, mas continuam no meio da tabela. Espero que esteja esclarecido e que a raiva tenha ido embora de seus corações. Continuem por aqui! E boa sorte na próxima rodada! O primeiro grande jogo da Liga. Nesta quarta, vamos acompanhar aqui no globoesporte.com a um jogão. Inter x Barça, O primeiro grande duelo da liga. É sempre muito bom ver o Barcelona jogar. Só o Messi já bastaria. Mas tem o Xavi, o Ibrahimovic ( esse ainda não está em boa forma ), Henry, Iniesta e grande elenco. É um timaço. Mas incluo o Internazionale entre os favoritos ao título. Eto’o tem jogado muito e mostrado um entusiasmo que há muito não se via. E ele está muito bem acompanhado por Balotelli ( um ótimo jogador ), Muntari ( jogou demais na última temporada ), Snejder, que acabou de chegar e é um grande organizador, além dos brasileiros Maicon, Lucio e o paredão Júlio César. Também é um grande time e vai brigar lá em cima. Aposto numa vitória do time italiano. O jogo é imperdível e vamos assistir juntos por aqui. Os grandes da rodada! O maior da rodada foi o São Paulo que apavora seus concorrentes chegando forte na briga pelo título. O Inter falhou de novo em um momento decisivo, tem sido assim nesta temporada. O Cruzeiro fez seu melhor jogo no campeonato. Foi frio, inteligente e teve personalidade para ganhar do Inter em Porto alegre. O Atlético-MG voltou ao G-4 com uma vitória de virada que veio com um golaço do Diego Tardelli depois de um lançamento espetacular do Correia. Este ,um reforço que chegou tomando conta do meio-campo do Galo. O Grêmio também foi grande na rodada. Venceu fora de casa ( ALELUIA ). E ganhar do Náutico nos Aflitos não é simples. O registro triste é para mais um capítulo da triste realidade de Botafogo e Fluminense. Que joguinho horrível!!! Clássico?! Palpites!!!!! SÃO PAULO 2 X 0 AVAÍ FLAMENGO 2 X 1 SPORT INTERNACIONAL 3 X 1 CRUZEIRO VITÓRIA 1 X 2 PALMEIRAS ATLÉTICO-MG 2 X 0 ATLÉTICO-PR SANTOS 3 X 0 SANTO ANDRÉ NÁUTICO 2 X 1 GRÊMIO BARUERI 1 X 1 GOIÁS BOTAFOGO 2 X 0 FLUMINENSE CORITIBA 2 X 2 CORINTHIANS O Além deve ter outras prioridades… Num mundo como o que vivemos, posso imaginar como o Além deve andar ocupado. Isso, vocês devem concordar, justifica seu baixo aproveitamento nesta rodada. Apenas 4 acertos em dez jogos. É, não foi bem… Em um dos acertos o Palmeiras bateu o Barueri e se manteve na ponta. Vagner Love fez gol na sua estreia. O Internacional jogou muito. Um toque de bola espetacular, muita pegada e mais uma grande partida do Giuliano. O Avaí tem um time inferior tecnicamente, se o Inter jogar o que sabe, ganha. O São Paulo ganhou do Cruzeiro do jeito que gosta: Se fingindo de morto e com gol do Borges. Quando o Cruzeiro dominava o jogo, tomou dois gols e perdeu mais uma. O Tricolor está vivo na briga pelo título e o Cruzeiro faz um campanha melancólica. O Goiás perdeu muito terreno ao empatar em casa com o Coritiba. E o gol de empate que o Ariel fez de bicicleta foi um primor. E para o Coxa, o empate valeu muito. A virada do Atlético-MG foi impressionante, aconteceu no final do jogo. Garra e dedicação não faltam ao Galo, se o time tivesse mais uns dois jogadores de alto nível disputaria o título. O Santo André fazia o tempo passar, foi castigado e se afundou na zona de rebaixamento. O Grêmio não ganha uma fora e agora em casa também não. Tem time para fazer uma campanha melhor. Eu ACREDITAVA no Grêmio lutando pelo título. O Vitória foi bravo e só precisa melhorar em casa para afastar de vez o risco de rebaixamento. Atlético-PR 0 x 0 Flamengo. O placar fala tudo. O Botafogo perdeu mas tem condições de ficar na elite no ano que vem. O Sport está reagindo e é minha grande aposta, não vai cair. André Kfouri - http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/ O voo air 23 pousou Michael Jordan, o maior jogador de basquete do Sistema Solar, entrou hoje para o Hall da Fama do esporte. Não tentarei escrever um texto bonito sobre um gênio. Ficaria ruim. Apenas contarei uma história. Tive a sorte de cobrir quatro edições do All-Star Game da NBA, entre 2001 e 2004. Foram experiências verdadeiramente inacreditáveis para quem cresceu vendo Bird, Jabbar, Magic e, claro, Michael Jordan. Nos dois primeiros anos em que trabalhei no evento, o “jogo das estrelas” não teve a presença de MJ, aposentado. Impossível evitar a decepção por não poder vê-lo a olho nu. Mas em 2002, na Philadelphia, Jordan estava de volta para o último período de sua carreira. Lembro do arrepio que senti ao ouvir a reação do público quando aquele nome extra-terrestre (tem hífen?) foi anunciado na quadra. E da sensação estranha de ver o Pelé do basquete em ação, e me perguntar se era ele mesmo que estava ali. No ano seguinte, em Atlanta, foi ainda melhor. Eu já tinha “participado” de uma entrevista mais ou menos coletiva de Jordan em outubro de 2001, quando meus chefes na ESPN Brasil toparam a idéia de mandar uma equipe de reportagem para cobrir o jogo de abertura da temporada 2001-02 da NBA. New York Knicks x Washington Wizards, semanas após os atentados de 11/09, no Madison Square Garden. Dezenas de microfones e câmeras cercaram Jordan ao lado do ônibus dos Wizards, para ouvi-lo falar sobre seu retorno ao basquete, num momento tão dramático. Da minha posição, eu mal conseguia ver a cara dele. O cinegrafista que me acompanhava ergueu sua câmera o máximo que pôde. Estiquei o braço até doer, para tentar captar o áudio. Deu certo, mas nenhuma chance de fazer uma pergunta. Na Philadelphia, mesmo com todo acesso que a NBA permite aos repórteres, só o vi na quadra. Mas no vestiário da seleção do Leste em Atlanta, dei sorte. De costas para o armário que tinha a plaquinha com o nome de Michael Jordan, eu gravava uma passagem contando que era muito raro encontrá-lo ali. Jordan não costumava aparecer no vestiário no momento em que as portas eram abertas para a imprensa, antes do jogo. Ela tinha plena consciência de que, se estivesse disponível, os outros jogadores seriam solenemente ignorados. Quando terminei a frase, ele passou ao meu lado, já de uniforme. A sorte foi dupla, pela aparição e pela minha posição, de frente para o entrevistado mais importante, e improvável, da noite. Em segundos, tive de me abaixar para não ficar na frente das lentes das outras equipes de TV, mas fiz quatro perguntas, todas respondidas com atenção e simpatia. Essa é a minha melhor “lembrança jornalística” de Jordan, e um dos momentos mais legais da minha carreira de repórter. Aquele foi o último All-Star Game de que ele participou. Jordan quase ganhou o jogo com um fantástico arremesso saltando para trás (o famoso “fadeaway”), da zona morta, na cara de Shawn Marion. Se Jermaine O’Neal não fizesse uma falta imbecil em Kobe Bryant, oferecendo-lhe três lances livres, o Leste venceria. Como fã, as memórias são inúmeras. As favoritas? Jogo 6 das finais em 1988, contra o Utah Jazz. A célebre empurrada em Bryon Russel, antes de acertar o último arremesso pelo Chicago Bulls (num outro dia, conto em que condições vi esse jogo). E o fantástico chute vencedor contra Craig Ehlo, do Cleveland Cavaliers, na primeira rodada dos playoffs de 1989. Acho que são dois momentos lendários. Não por acaso, eles estão nessa coleção, feita pela ESPN, das 23 melhores jogadas da carreira de Michael Jordan. Divirta-se. Nilmaravilha, nós gostamos de você Nilmar é um jogador interessante. Só um louco pode contestar seu talento, a habilidade com os dois pés, o senso de colocação. É a frequência das aparições de suas qualidades (e a ausência delas em momentos decisivos) que intriga. Dizem que Nilmar voltou da Copa da Confederações desanimado pelo que considerou uma chance perdida de se credenciar para a Copa do Mundo. Se ele realmente se sentiu assim, deve estar mais confiante após sua atuação (Brasil 4 x 2 Chile: Nilmar-3, Júlio Baptista, Suazo-2 - 30.370 pagantes no Estádio de Pituaçu) em Salvador. Sim, novamente, quem não se convence pelo futebol dele dirá que o jogo nada valia para o Brasil, que NIlmar jogou sem pressão… O fato é que ele precisa repetir demonstrações como a de ontem. Capacidade, é evidente que não falta. Nilmar tem de ser o cara do gol de empate num jogo difícil, o cara do gol do desempate num jogo importante, o cara do gol da vitória numa partida que o time dele precisa ganhar. Tem de ser o cara que vimos ontem à noite. O palpite aqui é que ele estará no avião. —— Em Assunção, o Paraguai (1 x 0 na Argentina: Valdez) fez sua parte e se garantiu na Copa do Mundo. Maradona fez aquele biquinho ao ouvir o apito final do árbitro brasileiro Sálvio Spínola, que (corretamente) expulsou Juan Verón no segundo tempo. A Argentina está perdida, e em pânico. Futurologia: eles chegarão à última rodada precisando empatar com o Uruguai (em Montevidéu) para ficar em quarto lugar. Gigantesco risco. ______ Na Europa, duas vagas garantidas: Espanha (3 x 0 na Estônia, em Mérida: Fábregas, Cazorla e Mata) Inglaterra (5 x 1 na Croácia, em Londres: Lampard-2, Gerrard-2, Eduardo da Silva e Rooney) A Itália venceu a Bulgária (2 x 0, em Turim: Grosso e Iaquinta, dois belos gols) e está a um empate do Mundial. ATUALIZAÇÃO, 14h42 - Mais um sinal do caos em que a Argentina se encontra: o jogo contra o Peru, no dia 10/10, será em Buenos Aires, no Monumental de Nuñez. Ou seja, o Gigante de Arroyito não serve mais. A decisão pode ser resultado da seguinte, e perigosa, conclusão: para ganhar do Peru (lanterna das eliminatórias, com 10 pontos), o jogo pode ser em qualquer lugar. Eu também acho que, de algum jeito, a Argentina ganhará. Mas quem, hoje, pode garantir? Por isso o raciocínio de colocar o adversário num ambiente em que a pressão da torcida será maior é muito mais lógico, agora, do que antes do jogo contra o Brasil. Mesmo porque foi exatamente em Rosário que aconteceu o polêmico 6 x 0 na Copa de 1978. Questionário Amarelo “Fechada” para a Copa, nenhuma seleção está. Mas em relação ao Brasil, dá para dizer que o avião está com os motores ligados, os últimos passageiros se acomodam em suas poltronas, e as comissárias distribuem balas e jornais. Só que o comandante ainda não determinou o “check de portas”, e o uso de telefones celulares ainda é permitido. É aí que reside o perigo para uns, e a oportunidade para outros. Quatro perguntas sem reposta: 1 - Quem será o reserva de Luís Fabiano? Assim como a 1 e a 10, a camisa 9 da Seleção tem dono indiscutível. Luís Fabiano não é apenas o artilheiro da “administração Dunga”, com 19 gols. É um dos poucos jogadores que mantiveram um alto nível de atuação pelo Brasil. E mesmo quando faltaram gols ao atacante, não faltou luta. Luís Fabiano fez por merecer sua titularidade na Copa, independentemente do nome ou do currículo de postulantes ao seu lugar. Só uma queda monumental de desempenho até lá, poderia tirá-lo do time. O reserva? Se a Copa começasse amanhã, Adriano seria o nome. Mas só começa em junho de 2010. 2 - Robinho corre risco? Robinho não joga bem faz tempo. A atuação fraca contra a Argentina talvez tenha chamado mais atenção do que as outras, porque o time todo foi bem e o jogo foi colocado num microscópio, por razões óbvias. Mas desde o jogo contra o Chile (especialmente o primeiro tempo), em Santiago, que ele não produz o que pode. Na Copa das Confederações, viveu de curtos lampejos, como nos contra-ataques que decidiram a partida contra a Itália. No time, ele pode correr algum risco, se não recuperar a forma. Mas no grupo que irá à Copa, duvido. Uma das principais atribuições de Dunga, ao ser chamado a comandar o Brasil, era construir um ambiente em que os jogadores gostassem uns dos outros, e, acima de tudo, gostassem de jogar pela Seleção. Esse processo, que começou na Copa América de 2007, é uma via de duas mãoes entre o técnico e os convocados. Robinho foi parte importante do embrião, na Venezuela, e estará na África do Sul. A saída rápida, com ele e Kaká, é uma das características do time. 3 - Quem será o reserva de Kaká? Em tese, seria Diego, hoje na Juventus. Lembre-se de que ele também estava no time campeão da última Copa América. Era titular e perdeu o lugar, na campanha em que o Brasil chegou a ter o meio de campo formado por Mineiro, Josué, Elano e Júlio Baptista. A verdade é que Diego ainda não foi, pela Seleção, o jogador que a torcida do Werder Bremen adorava, e que tem impressionado os italianos. Verdade, também, que se ele continuar assim, não haverá como deixar de chamá-lo. Enquanto isso, Diego Souza merece ser observado pelo que tem mostrado no BR-09. O meia do Palmeiras tem sido um jogador constantemente perigoso. Júlio Baptista (que substituirá Kaká logo mais contra o Chile, e certamente estará na Copa) é uma improvisação. 4 - Quem será o lateral-esquerdo titular? Essa é a “pergunta de um milhão de dólares” da Seleção Brasileira. A posição que foi propriedade de Roberto Carlos por muitos anos, hoje está alugada. Foram vários inquilinos, mas nenhum tomou conta do imóvel. A questão é tão aberta que até um lateral-direito, Daniel Alves, já jogou (e bem, mas por pouco tempo) por ali. Mas parece que André Santos, o lateral com o menor número de convocações entre os testados, está aproveitando uma chance que pode ser definitiva. Voltando ao raciocínio “se a Copa começasse amanhã”, a 6 seria dele. Quem mais tem chance? Fábio Aurélio, voltando de lesão no joelho ao Liverpool. Não faria mal se Dunga o chamasse, até para ter opções. Perigo real e imediato Já imaginou uma Copa do Mundo sem Léo Messi, Cristiano Ronaldo e Zlatan Ibrahimovic? Então comece, pois a chance existe. Argentina, Portugal e Suécia podem perder a festa na África do Sul. Dos três, a Argentina é a única que estaria classificada se as Eliminatórias terminassem hoje. Messi e demais hermanos estão em quarto lugar, dois pontos à frente da Colômbia. Faltam três jogos, dois fora: Paraguai, amanhã, em Assunção (se vencerem em casa, os paraguaios estarão na Copa). Peru, dia 10/10, na Argentina (o Peru já morreu). Uruguai, dia 13/10, em Montevidéu (os uruguaios estão 4 pontos abaixo do G4 sul-americano, mas podem chegar à última rodada com chances). Eu sei que muita gente se deliciaria, mas eu não gostaria de ver uma Copa sem a Argentina. E como, mesmo se Maradona não conseguir colocar seu time entre os quatro primeiros, ainda haverá uma repescagem (contra alguém da Concacaf), não acho que verei. Já no caso de Portugal e Suécia, estamos falando de um horror comparável a “Alien x Predador - II” (acredite, eu vi os dois, e o segundo é muito pior). As duas seleções estão no grupo 1, liderado pela Dinamarca, com 17 pontos. A Hungria tem 13, a Suécia 12, e Portugal 10. Faltam três rodadas. Para os suecos: Malta, fora, amanhã. Dinamarca, fora, dia 10/10. Albânia, em casa, dia 14/10. Para os portugueses: Hungria, fora, amanhã. Hungria, em casa, dia 10/10. Malta, em casa, dia 14/10. Na Europa, os nove campeões de grupos se classificam direto. Os oito melhores segundos vão para um sangrento mata-mata, pelas últimas quatro vagas. Faça sua escolha para torcer por CR ou Ibra. Um deles estará na praia durante a Copa. Ou os dois, cenário que, hoje, é o mais provável. Notinhas pós-rodadas (e a áfrica do sul é logo ali) Finalmente! Todos os times têm 23 jogos. A maior mexida na tabela, para qualquer direção, foi do Avaí: dois degraus para baixo. As notas: * Na volta de Vágner Love, o Palmeiras (2 x 1 no Grêmio Barueri: Diego Souza, Vágner Love e Leandro Castan - 23.357 pagantes no Palestra Itália) fez um segundo tempo muito melhor do que o primeiro. * Não houve o pênalti marcado em Obina. * A invencibilidade de quase um ano do Grêmio (1 x 1 com o Vitória: Neto Berola e Jonas - 20.901 pagantes no Olímpico) correu risco, mas foi salva pelo gol de empate, aos 41 do segundo tempo. * Com 9 vitórias e 3 empates, o Grêmio segue como o melhor mandante do BR-09. * Com dois gols num intervalo de dois minutos (4 e 6 do primeiro tempo), o Sport venceu (2 x 1 no Botafogo: Fabiano, Wilson e Juninho - 23.601 pagantes na Ilha do Retiro) o jogo dos ameaçados. * O Botafogo não ganha há oito rodadas. * Golaço de bicicleta (100%) do argentino Ariel, no empate entre Goiás e Coritiba (2 x 2: Ariel-2, Felipe e Léo Lima - 5.212 pagantes no Serra Dourada). * O gol de falta de Felipe também foi lindo. * Com dois gols do banco de reservas (em duas falhas do goleiro Fábio), o São Paulo conseguiu (2 x 1 no Cruzeiro: Diego Renan, Marlos e Borges - 27.953 pagantes no Mineirão) mais uma vitória fora de casa, num jogo que parecia complicado. * A invencibilidade de seis rodadas do Cruzeiro acabou, e o time só pode reclamar dos próprios erros. * Pouquíssimo a dizer sobre o 0 x 0 entre Atlético Paranaense e Flamengo (16.970 pagantes na Arena da Baixada), em que o momento de maior emoção foi a expulsão de Antonio Lopes. * Cuca estreou e nada mudou na sina do Fluminense (1 x 1 com o Náutico: Conca e Carlinhos Bala - 20.887 pagantes no Maracanã), que só não cai mais na tabla porque não dá. * O empate, combinado com a derrota do Santo André, tirou o Náutico do calabouço. * Gols aos 42 e 47 minutos do segundo fizeram o Atlético Mineiro (2 x 1 no Santo André: Wanderley, Éder Luís e Diego Tardelli - público ND no Bruno José Daniel) vencedor, após seis rodadas. * Tardelli não marcava um gol desde o dia 02/08, contra o Coritiba. * Esplêndido segundo tempo do Internacional (2 x 0 no Avaí: Fabiano Eller e Magrão - 15.257 presentes na Ressacada), que, mesmo inferiorizado em campo, dominou o Avaí. * O Inter chegou a ficar com dois a menos, e parecia que tinha cinco a mais. ______ * No jogão dos líderes da Série B, o Vasco (2 x 2 com o Atlético Goianiense: Jairo, Juninho, Carlos Alberto e Elton - 18.989 pagantes no Serra Dourada) teve a virada nos pés de Carlos Alberto, que perdeu um pênalti e foi (injustamente?) expulso. * A vantagem do Vasco para o quinto colocado é de confortáveis 7 pontos. ______ A Seleção Brasileira (3 x 1 na Argentina: Luisão, Luís Fabiano-2 e Dátolo vaga assegurada na Copa do Mundo de 2010) teve outra atuação madura num jogo importante - marca registrada do atual time - e ministrou uma clínica de como vencer fora de casa. Só precisou de um contra-ataque (Kaká para Luís Fabiano, no 3 x 1), porque fez dois gols em jogadas de bola parada no primeiro tempo, que afundaram todos os planos da Argentina. A Seleção é um time que não se pressiona, não se impressiona, não ouve, não vê, não se deixa atrapalhar por nada que venha de fora do campo, por isso esfriou um caldeirão onde é difícil jogar, e mais ainda, vencer. Poderia ser um time mais brilhante? Em tese, sim. Na prática, é cada vez mais difícil, e desnecessário, criticar o grupo que Dunga vem montando desde a Copa América de 2007. O técnico desenvolveu o saudável hábito de ver tudo acontecer como ele gostaria, nos jogos de maior repercussão. Ótimo sinal. Em Rosario, Luisão (subsituto do indiscutível Juan) foi seguro e fez um gol. André Santos nem ligou para Messi. Luís Fabiano foi, outra vez, tudo o que se pede de um camisa nove. E Kaká foi letal. Num jogo em que, obviamente, a bola não ficaria em seus pés pelo tempo costumeiro, ele fez o máximo de cada oportunidade. Provocou a expulsão de Mascherano (mais sobre ele em instantes), que só não aconteceu porque o árbitro Oscar Ruiz não deu ao ”Jefito” o primeiro amarelo, por puxão na camisa. Para completar, um minuto depois do gol de Dátolo (único momento psicológico pró-Argentina em todo o jogo), o passe de Kaká para LF teve a precisão - de tempo e espaço - que só os craques são capazes de gerar. Sobre Mascherano, talvez seja exagero meu, não consigo entender seu status. Jogador destruidor, muitas vezes violento ao extremo, superestimado em todos os níveis. Não é ruim, é comum. E deveria estar a quilômetros de distância da faixa de capitão da seleção argentina, principalmente num jogo em que Verón está em campo. Mas talvez seja o capitão apropriado para o atual time de Maradona. Coluna Dominical (publicada ontem, no Lance!. Obviamente, o texto já chegou aqui com o prazo de validade vencido. Mas pode estimular a conversa sobre a grande vitória da Seleção - que só precisou de UM contra-ataque. Os comentários do blog sobre o jogo chegam amanhã, junto com as Notinhas Pós-Rodadas.) PARA DUNGA, COM CARINHO O maior elogio que a seleção argentina poderia fazer à sua equivalente amarela já foi feito: a transferência do jogo de hoje para Rosario. Pense na Copa Davis. Na competição tenística entre países, as regras permitem que se tente armar todo tipo de arapuca para o adversário. O time mandante escolhe local, piso, e bola. Tudo para promover o maior desconforto possível. Contra jogadores acostumados ao clima frio, que gostam de quadra rápida e sacam a 200 km/h, o pacote saibro-calor-nível do mar aumenta as possibilidades de vitória. O inverso também vale, é só lembrar dos ginásios cobertos, com quadras de gelo, escolhidos para confrontos com equipes fortes no piso de terra. O uso dessas vantagens, nos limites do regulamento, é, na verdade, um claro reconhecimento: se não criarmos dificuldades, podemos perder em casa. E é exatamente esse o temor dos argentinos, guardadas as óbvias diferenças entre os esportes. Por isso a seleção celeste e branca deixou sua tradicionalíssima casa, em Buenos Aires, e receberá o Brasil num estádio menor, mais antigo, mas mais “quente”. No Gigante de Arroyito, cabem cerca de 24 mil pessoas a menos do que no Monumental de Nuñez. Mas Diego Maradona acha que a troca de quantidade por intensidade vale a pena. Enquanto na casa do River Plate, a platéia fica distante do campo, no caldeirão do Rosario Central, é possível sentir a respiração da torcida. Maradona acredita que, em Rosario, o Brasil não será amarelo apenas na camisa. A mudança de local não seria tão marcante (e um sinal tão grande de respeito), não fosse pela raridade. Para a Argentina, jogar em Nuñez é algo automático. O ônibus não precisa de motorista para sair do centro de treinamento da AFA e tomar o rumo do estádio do River. Tanto que Julio Grondona, o cartola-mor deles, precisou ir à FIFA para habilitar o Gigante para jogos das Eliminatórias Sul-Americanas. Mas engana-se quem acha que a ideia é pegar a Seleção Brasileira num campo menor, que facilitaria o abafa. De Buenos Aires para Rosario, não há nenhuma diferença em relação às dimensões do gramado, de 105m por 70m. A tentativa de pegadinha é a grama baixa, precisamente 1,5cm, como se a Seleção Brasileira (formada por “europeus”) só jogasse em canaviais. A verdade é que o plano maradoniano tem um problema, que independe do estádio e do barulho: a urgência da vitória. Perder para o Brasil aproximaria a Argentina de um perigoso desvio no caminho para a África do Sul. Um desvio conhecido, chamado de “repescagem”. Escondido em meio às armadilhas e provocações, há um presente que os argentinos não querem, mas serão obrigados a oferecer: o contra-ataque. E há poucos times no mundo que gostam tanto de contragolpear quanto a Seleção Brasileira. O Chile, a Venezuela e o Equador, nessas Eliminatórias, e a Itália, na recente Copa das Confederações, podem falar sobre os perigos de dar espaço ao time de Dunga. A configuração da tabela sul-americana pode acrescentar um país a essa lista. Para aumentar a emoção, Sebá Dominguez está escalado. Caixa-Postal Aos assuntos da semana: Jorge escreve: Com essa zona que está a tabela do brasileirão, devido aos jogos adiantados ou atrasados, fiquei com uma dúvida; até onde eu sei, o jogador que acumula seu terceiro cartão amarelo fica suspenso para a “próxima” rodada. Mas vamos supôr a seguinte situação: o jogador X levou um cartão amarelo na primeira rodada, e outro cartão amarelo no jogo da segunda rodada. O campeonato vai em frente e ele não leva mais nenhum cartão. Quer dizer, até hoje, porque no jogo “desta tarde” (ok, ainda estamos no exemplo), jogo que seu time está disputando atrasado (pois a partida é válida pela 5ª rodada, mas estamos “atualmente” na 19ª rodada), ele levou um cartão amarelo, seu terceiro no campeonato. A questão é: por ser um jogo da 5ª rodada, ele não deveria cumprir suspensão na 6ª rodada? Mas como cumprir, se a 6ª rodada já foi realizada? A próxima rodada é a 20… Há alguma alteração no regulamente nesse sentido? Resposta: Não há alteração, porque não é necessário. O artigo 55 do “Regulamento Geral das Competições” de futebol no Brasil, diz que “Perde a condição de jogo para a partida oficial subsequente do mesmo campeonato ou torneio, o atleta advertido pelo árbitro a cada série de três advertências com cartões amarelos, independentemente da seqüência das partidas previstas na tabela da competição”. Portanto, quem leva o terceiro cartão num jogo, fica fora do jogo seguinte, independentemente do número da rodada. Não fosse assim, precisaríamos da máquina do tempo. ______ Marcelo escreve: Não sei se você já percebeu, mas todos os times da Premier League têm a parte de trás da camisa padronizada. O formato dos nomes e números dos jogadores são todos iguais, independentemente da marca de material esportivo de cada equipe. Sabe o motivo disso? Resposta: Sim, regra. O item 9 da seção F do regulamento da Premier League diz o seguinte: “The size, style, colour and design of shirt numbers, lettering and the logo of the League appearing on a Player’s shirt or shorts and the material from which such numbers, lettering and logo are made shall be determined by the Board from time to time”. Traduzindo: a Liga determina o tamanho, o estilo, a cor e o design dos números e das letras que aparecem nas camisas e nos calções. ______ Thiago escreve: Saiu a convocação da seleção sub-20 para o mundial da categoria. Você não acha que, por ser uma seleção de base, deveria se ter um pouco mais de bom senso na convocação? E tentar equalizar as coisas para chamar o menor número de jogadores que já são protagonistas em seus clubes? Porque não se adota o critério do bom senso, visando não prejudicar tanto os clubes? Resposta: O Mundial Sub-20 é a Copa do Mundo da categoria, não há competição mais importante. Mesmo em se tratando de uma seleção de base, é preciso tratá-la com a máxima seriedade, até para gabaritar a formação desses jogadores, numa competição internacional desse nível. Acho mais grave quando os times brasileiros que estão decidindo Copa Libertadores/do Brasil, perdem seus melhores jogadores para a Copa das Confederações, por causa do nosso calendário. ______ Moacyr escreve: O Brasil acaba de se classificar para o mundial (de basquete de 2010, em Istambul), de um modo bem menos sofrido que o passado recente. Na sua opinião, será que já podemos sonhar com a próxima olimpíada, e, por que não, com uma medalha? Resposta: Sonhar, como diz o outro, não custa. Mas muita coisa precisa acontecer para que a seleção masculina volte a pisar numa quadra olímpica. A sequência do trabalho atual, por exemplo, deveria ser prioridade para a CBB. O contrato do técnico espanhol Moncho Monsalve termina amanhã, e não se sabe se ele continuará. A vaga para o Mundial, em si, apesar de obviamente importante, não é algo assim tão espetacular. O Brasil jamais deixou de disputar um Mundial de basquete. Aos Jogos Olímpicos, não vamos desde 1996. ______ Como sempre, muito obrigado pelas mensagens. Até o próximo sábado. (e-mails para a Caixa-Postal do blog: [email protected], ou clique no link abaixo da foto) “Quando éramos crianças, só queríamos ser policiais.” Ray Tierney, em “Força Policial”. Notinhas pós-rodada (e a turquia é logo ali) Jogos avulsos. Um pela décima-sétima, outro pela vigésima-terceira rodada. As notas: * O Internacional (3 x 0 no Atlético Mineiro: Edu-2 e D’Alessandro - 17.122 pagantes no Beira-Rio) espera que, no BR-09, ser “campeão” do primeiro turno signifique ser campeão brasileiro. Nos pontos corridos, só em 2008 não foi assim. * Celso Roth disse que “a disputa pelo título ficou mais distante”. * Jogada “ensaiada no hotel” - não no treino - virou o clássico do Pacaembu (Corinthians 2 x 1 Santos: Eli Sabiá, Bill e Chicão - 25.645 pagantes) e comemorou os 99 anos do Corinthians. * O Santos sentirá, e muito, a falta de Paulo Henrique, que vai para a seleção Sub-20. ______ A classificação da seleção brasileira de basquete (68-59 no Canadá, vitória que garantiu, no mínimo, o quarto lugar na Copa América) para o Campeonato Mundial do ano quem vem, em Istambul, não é novidade. O Brasil (junto com os EUA) jamais deixou de disputar um Mundial. Novidade é vermos um grupo jogando basquete de forma tão disciplinada, com tanto senso de objetivo. A cada jogo, fica claro que o time tem um plano para vencer, e que esse plano não depende da sorte, dos erros dos outros, ou da “mão boa” de um arremessador de longa distância. O que temos visto em Porto Rico é mérito dos jogadores e, obviamente, da comissão técnica comandada pelo espanhol Moncho Monsalve. Monsalve não seguiria como técnico da seleção brasileira, após o Pré-Olímpico de Atenas, quando o Brasil não conseguiu a vaga para Pequim 2008. Os jogadores pediram que ele continuasse. Quando a Copa América terminar, no fim-de-semana, chegará ao fim, também, o contrato do treinador com a CBB. A Confederação informa que pretende ouvir os jogadores. Que realmente faça isso, pois este é o grupo que tentará levar o país aos Jogos Olímpicos, pela primeira vez desde 1996. A questão é até mais importante do que sediar o Pré-Olímpico para Londres 2012, plano que aumentaria as possibilidades da seleção masculina de não ver os Jogos pela televisão. Isso, sim, seria uma grande novidade. Lembra das réplicas do Tri? Pois é. Essa história começou aqui, e por isso me sinto na obrigação de informá-los que o lançamento está marcado para o dia 23 de setembro (20 horas), no Museu do Futebol, em São Paulo. Vários campeões mundiais pela Seleção Brasileira estarão presentes, num evento apenas para convidados. Mas… As réplicas já estarão à venda, no mesmo dia, na loja que fica no próprio museu. No post original sobre as camisas, há mais informações sobre quem teve a ideia, como serão feitas, e quem ficará com o dinheiro. Charada O treinador de um grande clube brasileiro tecla para o celular de um jogador (com passagens pela Seleção), que está há algumas temporadas no exterior, e cairia bem no time dele. Tenta convencê-lo a voltar: - Se você quiser voltar para o Brasil, aqui não tem problema de atraso de salário, nosso time é bom… - Eu sei, professor, obrigado pelo convite. Seria um prazer trabalhar com o senhor, e jogar com o XYZ (meio-campo do time), que é muito meu amigo. Mas sabe qual é o problema? Vai que a gente dá um azar e perde dois jogos seguidos, vão começar a vaiar o time, vão me chamar de mercenário, e vão chamar o senhor de burro… - Você sabia que eu estou até com saudade de ser chamado de burro (risos)? - (risos) Mas eu acho que é melhor eu ficar por aqui mesmo… José Roberto Torero - http://blogdotorero.blog.uol.com.br/ Atacantes fora de série fora da Série A. Esta última quarta-feira foi o dia do centroavante. Não porque alguma associação comercial tenha inventado um novo feriado a fim de que os torcedores comprem presentes para os artilheiros de seus clubes, mas porque foi o dia 9/9/9. Fui então procurar quais os principais artilheiros do Brasil neste ano. E tive uma surpresa. Vários dos pés mais certeiros do país não estão na Série A. Entre os vinte maiores marcadores, há nada menos do que sete fora da elite do futebol nacional. Eles são de vários tipos. Há, por exemplo, o centroavante-em-fim-de-carreira-que-jápassou-por-vários-clubes-grandes-e-agora-é-um-cigano-entre-os-pequenos. É o caso do veterano Marcelo Ramos, de 36 anos, ex-Cruzeiro, PSV e Palmeiras, que este ano foi artilheiro do Pernambucano pelo Santa Cruz. E há o seu oposto, o centroavante-promissor, como Rafael Coelho, do Figueirense, que tem tem 21 anos e é o atual artilheiro da Série B. Mas temos outros casos mais curiosos. Por exemplo, Marcelo Nicácio, o terceiro maior marcador do país em 2009, com 28 gols, apenas dois atrás do líder da tabela, Diego Tardelli. O artilheiro de deus inferniza os zagueiros advesários. Este baiano de 26 anos, que atualmente joga no Fortaleza, tem o apelido de “Timbaleiro” porque quando era pequeno tocava tambor numa das torcidas organizadas do Bahia. Ele é do tipo promessa-que-ainda-não-vingou. Marcelo Nicácio já esteve na seleção brasileira sub-20, foi para a Grécia (mais precisamente para o obscuro Skoda Xanthi), esteve no interior de São Paulo (no Votoraty, da terceira divisão, onde fez 19 gols), no CRB, onde fez sucesso, e no Atlético-MG, onde fracassou. De lá foi para o América-RN e então chegou ao Fortaleza. Como está no meio da carreira, ainda pode chegar aos grandes centros. Ou tornar-se um rei dos times pequenos, como Edmundo. Não, não falo do Edmundo Animal que jogou por Palmeiras e Vasco, mas do Edmundo que tem 39 anos e joga a Série B pelo Campinense. Trata-se de um artilheiro-tardio. Este ano foi o maior marcador (e campeão) do Paraibano com 18 gols, marcados com a camisa do Souza, o time dos dinossauros. Em 2007 foi campeão e artilheiro pelo Nacional da Paraíba. E no ano passado, em Pernambuco, foi vice-artilheiro pelo pequeno Ypiranga. Nome: Raimundo. Apelido: Edmundo. Natural de Itaporanga-PB, Edmundo (que na verdade se chama Raimundo Clementino da Silva) começou nas equipes amadoras da cidade e foi profissionalizado em 1989 pelo Esporte de Patos. No ano seguinte foi para o Vila Nova, de Minas Gerais, onde ficou por cinco anos, até ser contratado pelo Cruzeiro. Ficou na Toca da Raposa por duas temporadas e então começou sua peregrinação: Bahia, Paraná Clube, Juventude, Internacional de Limeira-SP, América-MG, Ipatinga, ABC de Natal, Democrata-MG, Ypiranga-PE, Sampaio Correa, Icasa, Santa Cruz e em 2004 e 2005 jogou na Líbia. Edmundo é um veterano artilheiro de time pequeno. Nos grandes, não fez sucesso. Mas nos pequenos, como Souza, Nacional e Ypiranga, foi rei. Francieudo, o desempregado França. Há também as flores do lodo, jogadores que desabrocham em times pequeníssimos e ficam por lá. Quereis um exemplo? Dou-vos Francieudo de Souza, mais conhecido como França, o craque do 4 de Julho de Piripiri, Piauí. Ele fez 23 gols no estadual de 2009. Apelidado de “Gigante do Ytacoatiara” apesar de seus 1,75m, França teria sido sondado por Sport e do Inter de Porto Alegre. Mas, como o 4 de Julho não conseguiu fazer um vídeo para mandar para estes clubes, França está desempregado desde o fim do estadual. Ele tem 22 anos e seus irmãos foram assassinados tragicamente. Começou no Guarani de Juazeiro do Norte e logo chegou ao Ceará, onde se tornou profissional. Depois, passou pelo Ferroviário e chegou ao Sport em 2008. Mas por pouco tempo. Agora fez sucesso no miúdo 4 de Julho. É o décimo maior artilheiro do país em 2009, e isso participando apenas dos 24 jogos do estadual. Hugo Henrique, imperador de Sergipe. O pernambucano Hugo Henrique, de 34 anos, é um artilheiro-que-faz-sucesso-num-só-lugar. Foi campeão estadual pelo Sergipe em 1999 e isso o credenciou a ir para a Europa. Não para os grandes times da Espanha ou da Itália, mas para os pequenos de Portugal. Esteve no Rio Ave, no Vitória de Setúbal, no Belenenses e no Santa Clara. Nestes times, caiu algumas vezes para a segunda divisão. Em 2008 voltou para Sergipe. E voltou a brilhar, sendo bicampeão e bi-artilheiro. Por fim, há Lúcio Curió, que detesta ser chamado de Curió e prefere ser chamado apenas de Lúcio. Curió, de 24 anos, começou no Centro Sportivo Paraibano e pouco tempo depois estava no Sport. Mas não emplacou. A passagem da segunda divisão paraibana para a primeira do Brasileiro não foi fácil. Hoje está no América-RN, onde é amado e odiado pelos torcedores. Amado ao ser artilheiro do estadual deste ano. Odiado quando foi vaiado ao jogar mal contra o Guarani e, sarcástico, pôs a mão em concha nos ouvidos para ouvir melhor. Veteranos ou novatos, caseiros ou imigrados, todos eles fizeram mais de vinte gols este ano. Mas ninguém fala muito neles. São os noves fora. A verdade sobre o Grito (Texto publicado hoje na Folha de S.Paulo) Quando estava fazendo as pesquisas para meu primeiro livro (“O Chalaça”), um romance histórico que tem como protagonista o secretário particular do primeiro imperador do Brasil, deparei-me com um documento surpreendente: uma carta de D.Pedro I para sua amante Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos. Tais papéis contavam uma nova versão para a independência de nosso país. Tratava-se de uma revelação tão retumbante que, confesso, tive receio das possíveis repercussões e a omiti. Porém, agora, passados quinze anos do livro e quase duzentos desde o Dia do Grito, finalmente tomo um gole de coragem e trago a público esta importante página da história pátria: “Titília, minha querida, “nestes dias aconteceram coisas mui divertidas que não posso deixar de te contar. Tudo começou quando voltávamos de Santos. Estávamos ao lado do Riacho Ipiranga quando o Chalaça espreguiçou e disse: ‘Bem que podíamos dar uma parada e jogar uma partidinha de futebol.’ “Imediatamente aprovei a idéia e ordenei à comitiva que desmontasse dos burros. Por sorte havia dois pares de palmeiras que nos serviriam perfeitamente de traves. Porém, havia um problema. Não estávamos em vinte e dois, mas apenas em treze. Então mandei que o Chalaça fosse convidar nove homens entre os camponeses que estavam ali perto a nos observar. Como não se nega um convite do Príncipe Regente, logo tínhamos onze de cada lado. “‘Um dos times, formado exclusivamente com os portugueses da comitiva, ficou escalado assim: Joaquim; Manuel, Joaquim Manuel, Manuel Joaquim e Manu; Quim, Manuelzão e Quinzinho; Maneco, Quinzão e Jota Eme. “No outro ficamos o Chalaça, eu (de goleiro, é claro) e os nove brasileiros. Não lembro de todos eles, mas sei que havia um de pernas tortas, um de fartos bigodes, um que possuía um nome grego (Sófocles ou algo assim), um branco alcunhado de Galinho e um negro chamado Nascimento. “Mal começou a peleja e vi que seria um passeio. Os brasileiros trocavam passes com tanta maestria que mais pareciam bailarinos a jogadores. Penetrávamos na defesa adversária como se fôssemos faca e ela, manteiga. Eu não precisei fazer uma defesa sequer, e fiquei enconstado numa das palmeiras assistindo ao espetáculo. Os nossos golos brotavam naturalmente e o primeiro tempo terminou com o redondo placar de dez a zero. “Foi então que minha comitiva, irada por perder de forma tão vexaminosa, cercou-me e exigiu que eu e o Chalaça deixássemos o time dos brasileiros e passássemos à equipa dos lusitanos. “‘Teu dever é defender Portugal’, diziam eles. “Pensei em como seria terrível enfrentar aquela equipa e não tive dúvidas: ergui a bola e gritei: ‘Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus e pelo meu time, juro promover a liberdade do Brasil! Independência ou morte!’ “O jogo continuou e terminamos ganhando por 23 a 1 (o Chalaça fez um golo contra). “Pois bem, minha Titília, esta é a verdadeira história da Independência do Brasil. Mas, pensando no futuro, creio que vou inventar uma versão menos prosaica, com soldados, espadas e cavalos brancos. “Um beijo do teu imperador e goleiro, Pedro. Abe cedo fim descê Acidentes com ascendentes: Goiás e Avaí tropeçaram. O time catarinense perdeu em casa para o Inter e o Goiás cedeu o empate ao Coritiba. Resultado perfeito para o Atlético-MG, que venceu fora de casa e se aproximou do G-4. Boa tarde: Cumprimento. Por exemplo: O Sport nem deu boa tarde ao Botafogo. Aos 6’ do primeiro tempo já estava dois a zero. Ceará: Venceu o Bahia e está em quarto lugar na B, perdendo apenas no número de vitórias para o Guarani, que, por sinal, voltou a vencer. Dois: No jogo dos dois líderes da B, dois a dois. A saber, os dois são Vasco e Atlético-GO. Exagero: O técnico Antonio Carlos, do São Caetano, pegou 120 dias de gancho porque, quando seu time marcou um gol aos 48’ do segundo tempo, invadiu o gramado para comemorar com os jogadores. Um exagero. Na verdade, uma burrice. Porém, como a justiça é burra mas também é molenga, é só entrar com recurso que a suspensão diminui. No futebol, como na vida, a Justiça brasileira é uma piada triste. Fase: A do São Paulo é tão boa que o time ganha até quando ataca menos que o adversário. Gum: bom zagueiro do Fluminense, time que parecia ter feito boas contratações, como Fred, mas que não conseguiu engrenar, como Fred. Huertas: Jogador da seleção brasileira de basquete que deu três assistências ontem, na vitória contra Porto Rico pela final da Copa América: 61 a 60. O basquete começa a sair do fundo do poço. Inimpatabilidade: A seleção está com dez vitórias seguidas. Não é uma invencibilidade, é uma inimpatabilidade. Jóia: Foi o gol de Ariel, de bicicleta, pelo Coritiba. Lulu: Na seleção tivemos a fase Rorrô, com Romário e Ronaldo. Pois no sábado tivemos um dia Lulu, com Luís Fabiano e Luizão. Maradona: Na entrevista para a imprensa depois do jogo, Maradona disse que era “irrompible”, palavra que pode ser traduzida como inderrubável ou algo assim. O curioso é que ele disse isso sem que ninguém lhe perguntasse nada. Mau sinal. Náutico: Conseguiu sair da zona de rebaixamento. Cinco rodadas atrás isso parecia difícil. Bom trabalho de Geninho. Olé: O jornal esportivo argentino, que é sempre bem humorado e já fez boas piadas sobre o Brasil, no domingo estava com manchetes sérias e preocupadas. Rá, rá. Pena: Foi o que tive dos argentinos. Pobrezinhos, perder na própria casa, sentir o medo de ficar fora da Copa... Triste, triste... Questão: O que foi melhor, o Brasil se classificar por antecipação ou a Argentina ficar em dificuldades? Rubros-negros: O paranaense e o carioca não saíram do zero. Ruim para os dois. Sono: Aquilo que os torcedores do Fluminense perderam. Tremer: O Brasil não tremeu como previu Maradona. Já as redes argentinas... União: A torcida do Vasco vem aumentando a cada partida. Sua média já está acima de 18 mil pessoas para os jogos em casa. Se estivesse na Série A, seria o sexto time em público, à frente de Corinthians, Cruzeiro e Internacional. Volta: A de Vagner Love foi o com o pé direito. X-4: Grupo dos que podem cair. A novidade é o Santo André, que começou o campeonato muito bem mas vem despencando na tabela. Falta dinheiro ou sobram anos? Zoar: O que podemos fazer com os argentinos esta semana. Pena que aquele meu vizinho se mudou. PS: O título de hoje foi sugestão de Denilson de Oliveira Biffi. Vinte e oito motivos para odiar futebol Estava chegando ao estádio e vi Marcio, com má cara, pagando dez reais para o guardador de carros. Teté, por sua vez, tirava o cocô de um cavalo da polícia de seu sapato. Na bilheteria, notei David reclamando de um daqueles garotos que ficam pedindo dinheiro para comprar ingresso. À sua frente, Eduardo, vermelho de raiva, brigava com um bilheteiro que lhe dizia que a meia entrada já havia acabado. Depois, na fila para entrar, ouvi Luís Antonio dizendo que a coisa que mais odeia nos jogos de futebol são as filas: a fila para o estacionamento, a fila para comprar o ingresso, a fila para entrar no estádio, a fila para ir ao banheiro, a fila da lanchonete, a fila para ir embora do estádio e o "fila" da puta do juiz que sempre rouba o time dele. Um pouco antes da catraca topei com Cleberson, que estava na posição de Cristo, com um PM a apalpá-lo. Dava para ouvi-lo pensar: “Por que não colocam belas garotas para fazer este trabalho?” Lá dentro passei por Ivan, que tampava os ouvidos para não escutar o axé tocado pela torcida organizada, por Thiago, que cobria as orelhas para não ouvir os gritos histéricos de uma torcedora, e por Cássio, que colocou seu walk-man para abafar as buzinas de caminhões trazidas por alguns torcedores. Já o Paulo César reclamava de outro som: “Para que tocar o hino se ninguém presta atenção?” Leonardo olhava para os céus pedindo paciência cada vez que um puxador de torcida organizada gritava: "Vamos cantaaaar! A Geral tá calaaaada!". Já Ronaldo implicava com um cara que tentava aparecer na tevê levantando um cartaz à sua frente. O jogo estava tenso e por conta disso alguém fumava perto de Maria Augusta, que, apenas metaforicamente, soltava fogo pelas ventas. Sérgio sofria ainda mais, porque perto dele alguém tragava um cigarro de maconha e ele já se via explicando para a mulher que aquele cheiro não era o que ela estava pensando. Quando saiu o gol, Wender sentiu um certo nojo ao ser abraçado por um monte de marmanjos barbados e suados. Ruy teve que agüentar um bêbado vibrando em sua orelha enquanto Harald xingava uma bandeira aberta pela torcida que lhe cobria toda a comemoração do gol. Falando em atrapalhar a visão, reparei que Luís olhava com ódio para uma grua da Globo bem à sua frente e Samuel não conseguia tirar os olhos de uma boazuda. “Só pode trazer mulher bonita em jogo ruim”, dizia ele entre os dentes. No intervalo, Marcos ficou os quinze minutos na fila do banheiro para um splash and go. Rogério, por sua vez, explicava às duas filhas que elas não podiam tomar refrigerante porque não dava para levá-las ao banheiro. Na segundo tempo, Luciano irritou-se com a torcida vaiando seu próprio time. Rômulo, como tantos outros, teve vontade de esganar um cara ao seu lado que a todo ataque gritava “Gol!”. E Roberto estava fulo da vida com um torcedor-comentarista que pensava ter decifrado todos os mistérios sobre os jogadores e o jogo. Como um ímã, a cabeça de Adelson recebeu mais um copinho. Para não ficar ainda com mais raiva, ele preferiu acreditar que se tratava de cerveja. Já João sentia-se desapontado: comprou um daqueles canudinhos doces e mais uma vez descobriu que só havia recheio nas pontas. Dennis, que estava sentado, dava bronca em quem ficava de pé. André, que estava em pé, dava bronca nos torcedores que ficavam sentados. E, finalmente, quando o jogo acabou, Ângelo teve ódio do congestionamento que pegou na volta para casa. Vi essas vinte e oito pessoas sentindo raiva de ver uma partida no estádio. E tenho certeza que as verei no próximo jogo. Tarrafa Literária De sexta a segunda-feira acontecerá no Teatro Guarany, no Centros de Santos, a Tarrafa Literária, uma espécie de Flip. As mesas com autores serão interessantes, mas o melhor será o jogo entre Escritores e Veteranos do Santos, na segunda-feira, às 11h00, na Vila Belmiro. Certamente teremos um gol de letra (dos veteranos, é claro). No sábado, às 19h00, acontecerá o lançamento do Diário do Lelê. A programação é a seguinte: Dia 4 16 horas: Os Livros dentro dos Livros, com Ruy Castro, Heloisa Seixas e Ricardo Kotscho 16 horas: Tarrafinha com livro As Letras 17h45: autógrafos 18 horas: Tarrafinha com o livro O Sapo Vira Rei Vira Sapo 19 horas: Os Livros dentro dos Livros 2, com Jeremy Mercer (França) e José Luiz Tahan; 21 horas: autógrafos Dia 5 16 horas: Ficção, a Mentira sem Culpas, com Milton Hatoum, André Laurentino e José Roberto Torero 16 horas: Tarrafinha com o livro O Pequeno Rei e o Parque Real 17h45: autógrafos 19 horas: Mentiras, Culpa da Ficção, Lourenço Mutarelli, Marcelo Mirisola e José Luiz Tahan 19 horas: Tarrafinha com o livro O Diário do Lelê 21 horas: autógrafos Dia 6 16 horas: Jornalistas Além Muros, com Jorge Caldeira, Laurentino Gomes e Zuenir Ventura 16 horas: Tarrafinha com o livro Retalhos Poéticos, Livros de Pano 19 horas: Filósofos Além Muros, com Theo Roos, Márcia Tiburi e Mona Dorf 21 horas: autógrafos Dia 7 16 horas: Futebol e Literatura, Paixão Nacional, Matthew Shirts, Xico Sá e Vladir Lemos; 16 horas: Tarrafinha com Confecção de Livros Poeta dos Mares 19 horas: Tarrafinha com Construção de Livros de Brinquedo 19 horas: Livros que Molham, com Amyr Klink, Tim Winton e Arthur Dapieve 21 horas: autógrafos Para participar é preciso doar um livro usado. O Teatro Guarany fica na Praça dos Andradas, 100. Procura-se um Zé (Texto publicado hoje na Folha de S.Paulo) Caro João, caríssima Maria, eu vos pergunto: Qual o nome mais comum entre os jogadores do Brasileiro? José, certo? Errado. Totalmente errado. Os Zés hoje são uma raridade. Pelo menos no futebol. Para ter certeza disso, fui ver como são chamados todos jogadores de todos os vinte times. São mais de 600 atletas, e entre estes encontrei apenas três zés: Zé Luís, do São Paulo, Zé Roberto, do Flamengo, e um cândido Zé, sem nenhum acompanhamento, que joga no Sport. Isso significa menos de 0,5%. Até aqui, na redação de Esportes da Folha, há mais Josés, como eu, o Geraldo Couto, o Carlos Kfouri e o Henrique Mariante. Antigamente todo time tinha pelo menos um Zé. Ele podia vir acompanhado de outro nome, de um apelido, no diminutivo ou no aumentativo, mas toda escalação tinha um Zé. Tanto que, fazendo um pequeno esforço de memória, rapidamente consegui fazer uma seleção de Zés, uma zeleção. Ela começaria com o goleiro Zé Carlos, do Flamengo (com Zecão, da Portuguesa, na reserva). Na lateral direita teríamos o Super Zé¸ que era o apelido de Zé Maria, do Corinthians (na reserva, os tricolores Zé Carlos e Zé Teodoro). Na zaga, Zé Eduardo, o viril zagueiro corintiano, e Zé Augusto, daquele célebre time do Bahia que tinha Sapatão, Baiaco e Beijoca. Na lateral esquerda, fiquei em dúvida entre Zé Carlos Cabeleira, do Santos, e Zeca, do Palmeiras. O meio de campo seria uma moleza: teríamos Zé Mário, do Vasco, o excelente Zé Carlos, do Cruzeiro e do Guarani, e Zé Roberto, talvez o melhor jogador da história do Coritiba. Na reserva, outros Zés, como o Elias, o do Carmo e o Renato. O ponta direita seria, Zequinha, ex-Botafogo e São Paulo, o centroavante poderia ser o veloz Zé Alcino, que jogou pelo Grêmio com Paulo Nunes, e na ponta esquerda entraria Zé Sérgio, campeão paulista pelo Santos em 1984. Para técnico há uma infinidade de opções, mas fico com Zezé Moreira, que é zé duas vezes. O árbitro? José Rob erto Wright. O narrador? José Silvério, é claro. O nome José era o símbolo do homem comum, normal. Mas hoje, ironicamente, os Josés são artigos de luxo. Se Drummond fosse escrever seu célebre poema por estes dias, teria que chamá-lo de “E agora, William?” Acredito que esta escassez de zés ocorre por dois motivos. O primeiro é que as famílias de classe baixa há algum tempo vêm demonstrando uma inclinação por nomes estrangeiros. O “José” tornouse um sinônimo de simplicidade, até de pobreza, e parece que querem mascarar estas coisas colocando alguns dablius no começo dos nomes e terminá-los com “son”, o que sempre dá um ar americano. O segundo motivo é que os próprios jogadores tentam evitar o “Zé”. Talvez acreditem que é um nome de pouco apelo mercadológico. Por exemplo, Kléberson, do Flamengo, é José Kléberson, mas preferiu ficar só com o segundo nome. E o artilheiro do Náutico chama-se José Carlos, mas preferiu trocar o José por Bala e virou Carlinhos Bala. Enfim, atualmente ninguém aceita ser mais um José, ninguém quer ser considerado um simples Zé. Hoje em dia todo mundo é diferente. Todo mundo é William. A bay say dolphin the sea, man!? ASA: O simpático ASA, meu time em Arapiraca, ganhou do Icasa, em plena Juazeiro do Norte, e passou à final. Ele terminou o primeiro tempo perdendo por 2 a 1, mas na etapa final virou para 3 a 2. Quem diria, o Asinha pode ser Campeão Brasileiro. Da Série C, mas e daí? Botafogo: O Imprevisível surpreendeu novamente. Começou na frente e parecia que ia ganhar do Grêmio, mas, no fim, conseguiu arrancar um empate em 3 a 3. Coiote: Lembram do Coyote dos desenhos do Bip-Bip? Acontecia algumas vezes de ele estar correndo no ar, então percebia que estava fazendo algo impossível e caia. Parece que é o que está acontecendo com o Atlético Mineiro. Duvidosos: Houve dois lances duvidosos no jogo entre Botafogo e Grêmio, e eles geraram dois dos três gols gaúchos. O Botafogo protestou. Com e sem razão. Sem razão porque eram lances difíceis. Com porque há times que, na dúvida, a arbitragem sempre marca contra, e outros que sempre são favorecidos. O Botafogo está no primeiro grupo. Embalado: O Ceará foi ao Maracanã e venceu o líder Vasco, que ainda não havia sido derrotado em casa. Agora o Ceará está em quarto lugar, quatro pontos à frente do quinto. Nada mal. Fiasco: O Guarani não conseguiu nem empatar com o América-RN, time que não obtém uma vitória há quatro jogos. O Bugre desperdiçou uma chance importante de se aproximar do Vasco. Será uma classificação dramática. Há que gostar de guaranias para torcer para o Guarani. Goleiros: No jogo que teve dois dos maiores goleiros brasileiros desta década, o placar não se mexeu. Empate dos times, vitória deles. Heróica: Foi a classificação do América-MG para a final da C, que só veio nos pênaltis. E no décimo quarto pênalti. Os treze primeiros foram convertidos. Mas então Diego Araújo, do Guará, errou o seu. Internacional: Foi o grande vencedor da rodada. Nenhum dos três times que estavam à sua frente ganhou. E em parte por causa dele, que venceu o Goiás, segundo colocado, por 4 a 0. Jazer: estar morto, prostrado, enterrado. Parecia ser o caso do Vitória, que estava perdendo para o Cruzeiro, em casa, por 3 a 1 até os 40 do segundo tempo. Então Ramón e Roger fizeram dois gols, empatando o jogo. Nos acréscimos, o time baiano ainda perdeu uma ótima chance de vencer a partida. Líderes: Os da artilharia são Val Baiano, Roger e Marcelinho Paraíba. Todos com 11 gols. Para 22 rodadas, não é muita coisa. Marcos: O melhor em campo no clássico paulistano. Uma muralha. Poderia ser o reserva de Júlio César na Copa. Náutico: Venceu o Atlético-PR e ficou a um ponto de sair da zona do rebaixamento. Há algumas semanas parecia um nome certo para a Série B de 2010, mas vem se recuperando e pode passar a vaga para o Santo André. Onze: Foi o número de jogos que o Avaí manteve-se invicto no Brasileiro. No sábado perdeu para o Coritiba. Resta saber se foi um tropeço ou se está começando a ter uma queda de rendimento. Parabéns: Ao Flamengo, time que mais ganhou posições nesta rodada. Foram três, uma para cada ponto. O time passou para a 11ª. posição a afasta-se da zona do rebaixamento. Quintas-de-finais: Na Série D, Uberaba, Sergipe, Chapecoense e São Raimundo venceram. Tupi e Macaé foi o único jogo que terminou empatado. Dos dez clubes, passarão para a próxima fase os cinco vencedores e três dos perdedores. É o mata-mata com ressurreição. Refletores: Os do Maracanã pararam de funcionar por onze minutos. E justo quando o Santo André estava melhor que o Flamengo. Santos: Como sempre, a solução para seus problemas está nas categorias de base. Tanto que venceu o Fluminense com dois gols sub-20, de Ganso e André. Título: O título de hoje do ABC do fim de semana ("A bay say dolphin the sea, man!") foi idéia do leitor Carlos Eduardo Sisso. Último: Segue sendo o Fluminense, que tem também o pior ataque: 21 gols, menos de um por jogo. Vencedor: Na toreroteca desta semana não houve nenhum. Quem foi o vilão? O glorioso ASA de Arapiraca, que ganhou do Icasa e enganou todo mundo. Xuxu: Em Cabo Verde, diz-se daquele que é mau ou endiabrado. Pode ser utilizado em relação a Petkovic, que infernizou a defesa do Santo André, ganhando o duelo dos velhinhos com Marcelinho Carioca. Zé Roberto: Foi importante na vitória de 3 a 0 do Flamengo sobre o Santo André. Sofreu o pênalti que deu origem ao segundo gol e marcou o terceiro. Além disso é um belo nome. Seleção de sexta: dablius Em homenagem à (péssima) reforma ortográfica, pensei em fazer uma seleção apenas com os jogadores que tivessem nomes começados com K, W e Y. Porém, no meio do caminho vi que o W nunca saiu de uso no Brasil. Pelo menos, não nos cartórios. Pois nada menos do que 16 clubes têm jogadores com nomes começados com W. Diante desta incontestável realidade, mudei de idéia e fiz uma seleção apenas com jogadores que iniciam sua assinatura com o redivivo dabliu. O mais apropriado seria escalar o time no velho esquema WM, mas preferi um ousado 3-4-3, que não é muito usado no futebol, mas é ótimo nos jogos de botão. Vamos ao time: Goleiro: Só achei um: Wanderson, do Coritiba. Nem sei se é bom, mas, por falta de concorrência, vai ele mesmo (na Série B temos o Wéverton, do América-RN, mas tomei por bem ficar apenas na primeira divisão, senão seria muito fácil). Zagueiros: Optei por uma defesa com três zagueiros. Dois vêm do mesmo time, o Atlético Mineiro: São os jovens Welton Felipe e Werley. Entre eles ficaria o experiente William, do Corinthians. Sem dúvida, uma boa zaga. Ala direita: Wendell, do Palmeiras, é uma boa opção. Trata-se de um jogador eficiente. Para mim, melhor na direita que como volante. No banco ficaria, Wagner Diniz, que começou bem no Vasco mas não deu certo no Santos e no São Paulo. Ala esquerda: Wellington Saci. O ex-corintiano é mais um jogador do Galo nesta seleção. Volante: Aqui vou de Willian Magrão, do Grêmio. Note-se que não é o mesmo nome do zagueiro corintiano. Este acaba com “n“, aquele, com “m“. Os pais que escolhem nomes com W têm sutiliezas surpreendentes. Meia: Willian, do Vitória. Para quem não lembra, é aquele promissor jogador que surgiu no Palmeiras, mas teve um problema no coração e quase parou de jogar. Atacante: Para uma das vagas fiquei em dúvida entre dois jogadores do Atlético Paranaense. Um é Wesley. Ele foi apenas uma promessa no Santos, mas agora, mais encorpado e com penteado afromoderno, parece estar melhor. O outro é Wallyson, que já fez três gols na temporada. Como Wesley marcou apenas um, fico com Wallyson. Atacante: A outra vaga é de Willians, do Palmeiras, jogador rápido, que deixou Keirrison (olha um K aí) várias vezes na cara do gol. Centroavante: Aqui há uma boa briga entre Wellington Paulista, do Cruzeiro, e Washington, do São Paulo. O primeiro é mais rápido. O segundo funciona mais como pivô. Wellington Paulista tem oito gols no Brasileiro, Washington, sete. Mas, como já temos dois atacantes que correm bastante, fico com o são-paulino. O técnico, obviamente, será Wanderley Luxemburgo. E Wando cantará o hino do time. Tico, Teco e as quintas-de-finais (Texto publicado hoje na Folha de S.Paulo) Estava eu num spa, tentando perder alguns quilos indesejáveis, quando escutei duas vozes conhecidas atrás de mim: “Este suco de kiwi com lima está excelente, Teco.” “O meu de amoras com morango também é muito bom, Tico.” Pensei que era apenas uma coincidência de nomes, mas, quando virei a cabeça, percebi que eram eles, Tico e Teco, os dois baluartes da organização ludopédica nacional. Para quem não os conhece, apresento-os: Tico é superintendente de regulamentos da CBF. Teco é diretor-geral de calendários e tabelas. Eles são os responsáveis pela elaboração dos campeonatos mais curiosos do nosso futebol. Lembram daquele Brasileiro de 1979 com 94 times? Coisa deles. Sabem o Paranaense deste ano, quando o Atlético jogou todas as partidas da fase final em casa? Coisa deles. Pois bem, enquanto eu comia um delicioso chuchu recheado com uma saborosa ricota e enrolado em tenras folhas de alface (tenho que usar muitos adjetivos para dar algum gosto a essa comida), agucei os ouvidos para ouvir sua conversa: “Bem que merecemos estas férias, não é, Teco?” “É verdade, Tico. Eu já estava ficando estressado.” “Bolar o regulamento da Série D foi cansativo demais.” “O importante é que não perdemos a mão. Novamente conseguimos surpreender todo mundo.” “Desta vez eu fiquei preocupado.” “Eu também. Quando disseram que tínhamos que fazer um campeonato com quarenta clubes, vinte do norte e vinte do sul, pensei que estávamos perdidos.” “Por que não 41 times? Ou então 39?” “E, já que eram quarenta, por que não 17 de um lado e 23 de outro?” “Andam podando a nossa criatividade, Teco.” “Esses números redondos são uma censura à nossa arte, Tico.” “Mas nós não nos intimidamos.” “Conseguimos deixar a nossa marca.” “Inventamos as décimas e as quintas-de-finais!” “Coisa de gênio!” “Os outros campeonatos têm oitavas e quartas-de-finais, mas, décimas e quintas, só a nossa gloriosa Série D.” “Viva nós!”, disseram eles enquanto batiam seus copos com sucos coloridos. Depois que tomaram um gole, Teco continuou: “Foi brilhante dividirmos os quarenta clubes em dez grupos de quatro. Qualquer outro dividiria em oito de cinco, classificando dois de cada grupo, e aí sobrariam 16 clubes.” “Mas nós, não. São décadas de experiência. Por isso fizemos com que vinte times passassem para a primeira fase do mata-mata. Criamos as décimas!” “E agora, com dez clubes, teremos as quintas!” “O melhor é que, para a próxima fase, as quartas-de-finais, passarão os cinco que vencerem seus adversários e mais três perdedores.” “Criamos uma fase inteira para descartar só duas equipes. Um luxo!” “E até quem perder seus dois jogos pode se classificar.” “Que beleza, Tico! Inventamos a derrota classificatória.” “É o mata-mata com ressurreição!” “Nunca na história desse país houve gente tão criativa como nós.” “Mais um brinde, Teco.” “Mais um brinde, Tico.” Ah, becê do fim de semana Azul: Palmeiras estreou a nova camisa azul com o pé direito. Ou, no caso, com o braço direito. Venceu o Inter, um de seus principais concorrentes ao título, e se isolou na liderança. Bahia: Ganhou do ex-líder Atlético-GO e subiu quatro posições, indo para décimo-segundo lugar. O bom técnico Sérgio Guedes começa a acertar o time. Ceará: Goleou o América-RN por 5 a 1, fora de casa, e voltou ao G-4 da B (isso não parece batalha naval?). Decadência: O Atlético-MG não ganha há quatro jogos. Chegou a liderar o campeonato, mas agora está num modesto sexto lugar. Empate: O Fluminense empatou, em casa, com o Barueri. Já são cinco jogos sem vitória. E as frases otimistas de Renato Gaúcho são um mau sinal. Flamengo: Levou três na terceira derrota seguida. Ainda assim, em 14º., é o melhor dos cariocas. Genus: O time de nome estranho de Porto Velho está fora da terceira fase da Série D. Empatou e perdeu para o São Raimundo, de Santarém. Agora restam dez equipes lutando pelas quatro vagas. Haway: Estado norte-americano que não tem nada a ver com o homônimo que está fazendo uma bela campanha no Brasileiro. O Avaí freqüentava a zona de rebaixamento, mas engatou uma quinta marcha e ontem entrou pela primeira vez para o G-4. Incêndio: É o que estava acontecendo no Sport, com dez partidas sem vitória. Para apagá-lo chamaram Chamusca. E parece que, apesar do paradoxo, começa a dar certo. O time venceu o Vitória e passou a lanterna para o Fluminense. Juízes: Foi gol com a mão de André Lima, mas não houve a falta cobrada por Marcinho nem o pênalti em Jorge Henrique. Ou seja, neste jogos de erros acabou Corinthians 2 x 1 Botafogo. Com os dois gols validados contra o Inter, esta semana o Corinthians contabilizou quatro pontos ganhos por erros da arbitragem. Líder: O Vasco chegou a ficar lá pela oitava posição, mas se recuperou e acabou como líder da Série B. Ainda por cima tem três pontos de vantagem para o segundo colocado e nove para o quinto. Montanha russa: O Santo André vinha de duas derrotas. O Coritiba, de duas vitórias. Mas nenhum deles foi tri. O Santo André venceu e parou de cair. O Coritiba perdeu e deixou de subir. Na montanha russa do Brasileiro, é raro manter uma seqüência de resultados. Quem consegue, como Avaí e Goiás, escala a tabela. Norte: No clássico alado da Série C, entre ASA x Icasa deu empate. O primeiro gol só surgiu aos 23 do segundo tempo, com os visitantes. O time de Arapiraca empatou quatro minutos depois, com Dindira. Pela lógica, o Icasa é favorito, mas vale lembrar que na fase anterior o ASA se classificou ao arrancar um empate em 2 a 2 com o Rio Branco, no Acre. Ou seja, é um time que se dá bem fora de casa. Óbvio: As garotas do vôlei venceram o Grand Prix. Elas estão sobrando. Talvez seja a melhor fase da história do vôlei feminino brasileiro. Paulo Báier: Foram sete vitórias seguidas do São Paulo. Mas Paulo Báier, de 35 anos, acabou com a festa. Quina: Sinônimo de cinco. Pela Série D, o Cristal estava perdendo por 2 a 0 para o NacionalAM, resultado que o desclassificaria. Mas, no segundo tempo, o time fez nada menos do que cinco gols, uma virada e tanto. Relâmpago: Foi o primeiro gol do Cruzeiro contra o Náutico. Com apenas 16 segundos os mineiros já estavam em vantagem. Sul: Na Série C, pela semifinal do Sul, o Guaratinguetá conseguiu um bom resultado contra o América-MG. Venceu por 2 a 1. O resultado foi bom, mas não excelente. O América precisa apenas vencer por 1 a 0 para ir à final. Tupi: Até os 37´ do segundo tempo, estava perdendo para o Fluminense-BA por 2 a 1, o que o colocaria fora das quintas-de-finais da Série D (isso mesmo, quintas-de-finais). Mas o time mineiro fez dois gols nos instantes derradeiros e está entre os dez classificados. Uberaba e Uberlândia: Não teremos o clássico Bebê, entre Beraba e Berlândia, na Série D. O Uberaba até fez sua parte, passando pelo Brasília, mas o Uberlândia foi superado pelo Araguaia. Valente: O Londrina, que já foi três vezes campeão paranaense e venceu uma Série B do Brasileiro, parece estar voltando aos bons tempos. Classificou-se de forma milagrosa na primeira fase da D, e agora passou às quintas de finais (amanhã explico melhor esta história de quintas-de-finais). X: Dez em algarismos romanos. Número de vitórias conquistadas por Barrichello na Fórmula Um. A de ontem foi perfeita. A primeira fora da Ferrari. No fim do ano passado ele quase ficou desempregado, mas voltou e deu a volta por cima. Mesmo que encerre a carreira este ano, sua história terá um ar mais vitorioso depois desta temporada. Zigue-zague: Assim caminha o Grêmio na tabela. Não perde em casa, não ganha fora. Numa semana desce, na outra sobe. Juca Kfouri - http://blogdojuca.blog.uol.com.br/ Carisma do Nuzman?! Um sítio dito especializado em Olimpíadas, o www.GamesBid.com, deu ao Rio a melhor cotação do momento para sediar os Jogos de 2016. Um pouco, mas na frente de Chicago. E atribuiu parte da cotação ao carisma de Carlos Nuzman. Aí, parei. Ei, neste fim de semana tem Brasileirão Aposto que você até já tinha esquecido, mas o Campeonato Brasileiro continua neste fim de semana. Amanhã mesmo já tem dois jogos, os dois às 18h30. No Maracanã, jogo rubro-negro, entre Flamengo e Sport, para reviver 1987. E, no Morumbi, o Avaí de Silas, que foi revelado pelo São Paulo, vai tentar complicar a vida do tricolor. No domingo, dois jogões. Um, no Beira-Rio, às 16h, revive a final do Brasileirão de 1975, entre Inter e Cruzeiro. Outro, no Barradão, põe o Vitória que rebaixou o Palmeiras em 2002, diante do líder do campeonato. Mas tem também, na Vila Belmiro, o jogo entre os santos, Santos e Santo André. No Mineirão, o jogo entre os Atléticos, o mineiro e o paranaense. No Recife, o repeteco da Batalha dos Aflitos, entre Náutico e Grêmio. O clássico Gagá, entre Botafogo e Fluminense, no Engenhão. E, finalmente, Grêmio Barueri e Goiás, na Arena de Barueri. Só mesmo coxas e corintianos ficam chupando o dedo, porque o jogo entre Coritiba e Corinthians foi adiado para a quarta-feira que vem, para atender a televisão. Comentário para o Jornal da CBN desta sexta-feira, 11 de setembro de 2009. http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/juca-kfouri/JUCA-KFOURI.htm Bem-vinda, Rainha Marta! Marta chegou à Vila Belmiro. Vai disputar a Taça Libertadores da América pelo Santos. Pelé não pôde estar presente para entregar a camisa 10 à Rainha do futebol. Azar dele. Teixeira assume Demorou, mas, mais de três anos depois, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, assumiu sua responsabilidade pela farra de Weggis, antes da Copa de 2006. Assumiu em entrevista ao programa "Arena Sportv" e, apesar de relativizar em demasia o que ali aconteceu, porque o que ali aconteceu pautou todo o comportamento posterior, merece aplausos pela autocrítica, mesmo que tardia. Verdade que quem, à época, denunciou a bagunça foi chamado de mau brasileiro. Na mesma entrevista, no entanto, Teixeira avalizou o invalizável e tergiversou. Um bocado. Avalizou a inacreditável figura de seu grande aliado Jérôme Valcke, o secretário-geral da Fifa, que, não por acaso, sabota o projeto do Morumbi para a Copa de 2014. Valcke é aquele mesmo funcionário da Fifa que a fez pagar US$ 90 milhões para a Mastercard por ter mentido à Justiça suíça na pendenga judicial entre a entidade e os cartões de crédito Mastercard e Visa. E que, em vez de ser demitido, acabou promovido. Não surpreende que ele seja -como também são figuras como o presidente da FPF, o prefeito de São Paulo, um consórcio de construtoras e até alguns russos que já estiveram por aqui no Corinthians, trazidos por gente graúda do PT, além, é claro, do próprio chefão de nosso futebol-, favorável a um novo estádio em São Paulo, a tal máquina que puxa, e paga, o Brasil. E tergiversou na questão da adequação do calendário brasileiro ao mundial ao dizer duas bobagens estratosféricas: que a adequação obrigaria a realização de jogos no dia 23 de dezembro e no Maracanã, no domingo de Carnaval, com o desfile das escolas de samba em andamento, evoluindo. Teixeira quer concorrer com o pessoal do "CQC". Primeiramente porque não é de hoje que há jogos aos sábados de Carnaval no Maracanã, para a alegria dos turistas que vêm para a festa e matam dois coelhos com uma só cajadada. Como, ainda por cima, em 1998, com 57 mil torcedores no Morumbi, Corinthians e Cruzeiro decidiram o Campeonato Brasileiro, da CBF já dirigida por Teixeira havia nove longos e penosos anos, exatamente num dia 23 de dezembro! Curiosamente, três dias antes, o público, para o mesmo jogo, tinha sido de 50 mil. E é óbvio que, com um mínimo de racionalidade, não será preciso nem jogar na antevéspera do Natal nem no Carnaval. Boa, CBF! Ping... (Na minha coluna, na "Folha", no domingo passado) Com a vaga para a Copa do Mundo da África do Sul assegurada com três rodadas de antecedência, talvez seja o caso de ir jogar em La Paz com um time experimental e poupar os melhores do sacrifício desumano de jogar na altitude exagerada. ...Pong (Na coluna do Ancelmo de hoje, em "O Globo") Time de reservas Classificação garantida para a Copa da África do Sul, a CBF resolveu que no jogo Brasil x Bolívia, dia 11 de outubro, em La Paz, não vão participar as estrelas da companhia, como Kaká, Júlio César, etc. Vai um time de reservas, embora a confederação não goste de usar a palavra reserva para atletas da seleção. Segue... Na verdade, a CBF não se conforma com a conjuração feita pelas federações dos países hermanos, para manter jogos na altitude de cidades como La Paz, que fica a 3.600m do nível do mar. A Argentina foi um dos que ficaram a favor da Bolívia. Isso antes de a sua seleção ser goleada por 6 a 1 pela frágil equipe boliviana nas eliminatórias, em abril. Beijinho, beijinho, e tchau, tchau! Nilmar fez três dos quatro gols da Seleção Brasileira que ontem ganhou da chilena por 4 a 2, em Salvador, na Bahia. Sorria, Nilmar, você está na Bahia, há de ter pensado o ídolo colorado. Porque ele não se limitou a marcar três gols. Foi ele também quem roubou a bola que redundou no único gol que não fez na partida, mas deu para Júlio Baptista fazer. Roubar bolas era a única das tarefas que Robinho vinha cumprindo com alguma eficácia ultimamente. Robinho viu ontem como é perigoso deixar de jogar uma partida pela Seleção, quando o reserva não bobeia. E Robinho que é reserva no Manchester City, pode ter virado reserva também na Seleção. Porque se Robinho mais parece hoje em dia um triatleta que pedala, corre e...nada, Nilmar, ao contrário, não pedala, mas corre e marca, não só o adversário como marca gols, um, dois, três, coisa mais de um jogador de futebol do que de um artista de circo. Comentário para o Jornal da CBN desta quinta-feira, 10 de setembro de 2009. http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/juca-kfouri/JUCA-KFOURI.htm Show brasileiro na Bahia Foi um jogo delicioso em Salvador. O Chile veio com tudo, como prometera. E perdeu de muito, como já acontecera. Não que os chilenos não tenham criado boas chances de gol, porque criaram. Numa delas, segundos antes do segundo gol brasileiro (de Júlio Baptista), Júlio César fez uma defesa que chega a ser uma ofensa aos atacantes do mundo inteiro, um exagero, um absurdo de defesa. É sabido, também, que Nilmar e Adriano marcam menos que Robinho e Luís Fabiano, embora ataquem mais. Mas Nilmar roubou a bola que redundou no gol de Júlio Baptista e Adriano interceptou umas cinco cobranças de escanteio só no primeiro tempo, que viu, também, um belo gol de Nilmar. Em ambos, os passes vieram do filho da Bahia, Daniel Alves, jogando no lugar de Elano, aos 31 e 40 minutos. Para o segundo tempo não ficar sem graça, o Chile diminuiu no último minuto de pênalti, porque só mesmo de pênalti. E para deixá-lo quase dramático, antes do quinto minuto Felipe Melo, que era o único que jogava mal, fez uma falta sem o menor sentido e foi expulso de campo. E logo aos 7, Miranda olhou Suazo fazer seu segundo gol e empatar, em gol que fez Pituaçu ouvir cantar o nome do Chile. A missão brasileira passava a ser apenas a de manter a escrita de jamais ter perdido um jogo de Eliminatórias jogando no Brasil. Aos 23, Valdivia entrou no time andino e Sandro e Tardelli entraram nos lugares de Júlio Baptista e Adriano. O Chile estava mais perto do terceiro gol e sua torcida se vingava do olé que ouviu quando estava 2 a 0. Aos 25, Elano entrou para sair André Santos e Daniel Alves foi para a lateral-esquerda. Porque André Santos marcava mal a direita do ataque chileno e dera um tapa num adversário que poderia ter valido outro cartão vermelho. Dunga mexia bem e Bielsa menos, porque tirou Suazo. Isla substituiu Millar. E, aos 28, Maicon achou Nilmar sabe-se lá como e o ex-colorado desempatou de cabeça: 3 a 2. Em seguida, de novo Nilmar, 4 a 2, ele que é bem melhor que o triatleta Robinho, que pedala, corre e... nada. E o Chile também ficou com 10. Aí, o jogo acabou. E acabou bem. Muito bem! Notas: Júlio César só levaria 10 se fosse Deus ou o Pelé. Deus não existe e o Pelé não joga mais: 9,9; Maicon foi bem atrás e ótimo na frente, com participação nos últimos dois gols: 9; Luisão fez tudo certo de novo: 8; Miranda não foi mal, mas falhou no segundo gol chileno: 7; André Santos teve sérios problemas de marcação e perdeu a cabeça: 4; Gilberto Silva jogou o de sempre, mas mais para bem do que mal: 7; Felipe Melo fez sua pior partida com a camisa amarela e uma falta estúpida: 3; Daniel Alves é de sete instrumentos e participou dos dois primeiros gols: 9; Júlio Baptista fez um belo gol e se perdeu um pouco no segundo tempo, quando teve de voltar mais: 7; Adriano bem que tentou, mas não brilhou: 6,5; Diego Tardelli, em seu lugar, se movimentou mais: 7; Elano jogou pouco tempo e bem, bastante bem, pois ainda participou do quarto gol: 8; Sandro não teve chance de mostrar jogo, fica sem nota; Nilmar "só" fez três gols. Ah, ainda roubou a bola do segundo gol, de Júlio Baptista: 9,5; Dunga foi perfeito nas alterações: 9. Pobre Argentina... O Paraguai mandou bola na trave, dominou o primeiro tempo e fez 1 a o na Argentina, no primeiro tempo, em Assunção. No segundo, Verón foi expulso e a Argentina de Maradona, que pode ser tudo menos técnico de futebol, perdeu mais uma, com Sebá na zaga. E está fora do G4 das Eliminatórias. E começa a correr grande risco de ficar fora da Copa. Está em quinto lugar, dois pontos atrás do Equador, e apenas um adiante do Uruguai. E seu último jogo será exatamente contra o Uruguai, em Montevidéu. O Paraguai, a exemplo do Brasil, garantiu sua vaga na África do Sul. Para dar transparência à Copa no Brasil Com o objetivo de tentar levar o Executivo a dar transparência à utilização de recursos públicos para as organização do Mundial, surgiu hoje uma idéia. Que é singela: propor a quem de direito - no caso, o Ministério do Planejamento - a criação, no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (o SIAFI), de um identificador específico para o acompanhamento das ações relacionadas à Copa. Hoje, há no SIAFI marcadores que permitem a execução orçamentária, como no caso das programações do PAC, Lei Calmon, Obras Irregulares, Erradicação do Analfabetismo, Precatórios etc. Se o Executivo criar o identificado, permitirá que as despesas da União com a Copa sejam detalhada em seu menor nível, discriminando as dotações, os órgãos, as unidades orçamentárias e gestoras, a natureza da despesa, os programas, projetos e atividades, as fontes de recursos etc. Amanhã, na primeira reunião da Rede de Fiscalização, no TCU, o deputado Sílvio Torres vai tocar no assunto. E, na semana que vem, um Requerimento de Indicação para que o marcador seja criado será apresentado à Comissão de Fiscalização para votação, aprovação e encaminhamento ao Ministério do Planejamento. A antepenúltima partida brasileira em Eliminatórias até 2016 A Seleção Brasileira faz hoje em Salvador, às 21h50, sua antepenúltima partida pelas Eliminatórias da Copa de 2010. E como a Copa de 2014 será no Brasil, só em 2016 a Seleção voltará a jogar pelas Eliminatórias, depois de fazer a penúltima e a última partidas nos próximos dias 11 e 14 de outubro, contra a Bolívia, em La Paz, e contra a Venezuela, em Campo Grande. O pequeno estádio de Pituaçu, para apenas 32 mil torcedores, verá uma seleção já classificada para a Copa da África do Sul e outra a caminho da classificação, a seleção do Chile. Que é dirigida por um argentino, El Loco Bielsa, que garante deixar o Mago Valdívia dos palmeirenses no banco e atacar o time brasileiro. Ele é de cumprir o que promete e assim fez no jogo em Santiago, quando o time de Dunga ganhou por 3 a 0, mesmo sem jogar bem. Dunga não inventou para o jogo desta noite e vai escalar Miranda no lugar de Lúcio, Júlio Batista no de Kaká, Nilmar no lugar de Robinho e Adriano no de Luís Fabiano. É bem possível que o time amarelo ganhe, ao menos, na troca de Robinho por Nilmar. Ganhar o jogo será uma façanha para os chilenos. Perder para os brasileiros será apenas chato. Mas a vitória nacional é certamente o resultado mais provável, assim com 90% de possibilidades. Lédio Carmona - http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona Como dão mole! De partida agora de Recife para o Rio. Vou atualizando os posts do Brasileirão aos poucos. Mas é impressionante como dão mole para o competente São Paulo! O Palmeiras perdeu. O Internacional, idem. O Goiás, também. Inacreditável. O Brasileirão está abertíssimo. Agora, com o Galo de volta ao G4, com Corinthians em cima, e com Fla e Grêmio ainda a fim de chegar no topo. É bom demais esse Brasileirão. Deixo o pré-post aberto para irem debatendo. Vou postando durante o dia. O que? Botafogo 0 x 0 Fluminense? Fala sério… Como é que pode!!!! Abraços! O chato divertido O futebol e seu em torno estão repletos de chatos. Tem de todos os tipos. Chato-mala, chato ranheta (eu!), chato-triste, chato-alegre-demais e o chato-inteligente. Louis Van Gaal é um chato inteligente. Eu mesmo vivo me flagrando gostando e odiando esse chato. Fui contra sua ida para o Bayern Munique. Mas não me surpreenderei se me der mal nesse veridicto. E sempre que posso acompanho o seu blog La Libreta de Van Gaal, onde ele desanca a imprensa esportiva, principalmente a espanhol. Em resumo: Van Gaal é um chato-necessário para o que entendo e gosto do futebol. Vou com ele sempre, até porque, como bom chato, me identifico com ele. Pois então: o time do chato teve uma das melhores atuação do fim de semana europeu. O Bayern Munique saiu perdendo para o Borussia Dortmund (Mats Hummels), mas chegou à virada e à goleada de forma avassaladora (Mario Gomez, Schweinsteiger, Ribery e dois do garoto Thomas Mueller). Ribery, que estava na reserva por problemas com… Van Gaal entrou e fez chover. Creio que agora ele conquistou o chato. Basta olha o abraço fraternal na foto. E assim o Bayern Munique se recupera um pouco após início pífio na Bundesliga, quando, antes da goleada, somava apenas uma vitória, dois empates e uma derrota. Agora está em 5º (8 pontos), a cinco de Hamburgo e Leverskusen, os líderes - Schalke e Eintracht Frankfurt aparecem em terceiro e quarto, respectivamente. O meu Hamburgo manteve a liderança com um 3 a 1 sobre o Stuttgart, com um gol do eterno Zé Roberto. Em Wolfsburg, o time da casa, mesmo com mais um gol de Grafite, perdeu por 3 a 2 para o Leverkusen, de Renato Augusto. Mas, numa boa, o fim de semana foi dos chatos, principalmente de Van Gaal e do seu craque-chato, Ribery. Toamara que o Bayern chegue. Será divertido. Muito prazer, São Paulo 10 vitórias, 2 empates e 1 derrota. Esse é o São Paulo do período. E com a vitória (merecida pelo segundo tempo) de ontem sobre o Avaí, o time de Ricardo Gomes jogou a batata quente em cima de Palmeiras (líder, com 44 pontos) ne Internacional (segundo com 43 pontos, mesmo número do São Paulo). Palmeiras e Inter jogarão mais tarde, contra Vitória e Cruzeiro, respectivamente, com a sombra do tricampeão brasileiro a atormentá-los. Eu duvidei, mas o São Paulo chegou. Melhor não duvidar mais. Quem já acredita também é a torcida: quase 30 mil pagantes no Morumbi. Haja sombra e pressão. O final do Brasileirão será imperdível. E sabe quem está no meio? O São Paulo. Ah: o Avaí perdeu a terceira seguida? E daí? O time é bom e escapará, sem sustos. A pergunta é… … quem tropeçará primeiro no Campeonato Espanhol? Barcelona ou Real Madrid? Após as duas primeira rodadas, ficou claro (mais claro, quero ressaltar) que haverá a polarização até o fim. Não é querer gato-mestrar, mas é óbvio. Pode até ser que apareça um terceiro elemento na briga pela Liga, mas duvido que seja o meu Atlético de Madrid, com início patético (um empate e uma derrota). No fim de semana, os dois rivais saíram de casa. O Barcelona foi aos arredores de Madrid enfrentar o Getafe e fez 2 a 0, gols de Ibrahimovic e Messi, que ficou no banco e entrou para provar que só Diego Maradona não consegue tirar nada dele. E que camisa linda essa laranja do Barça! E, em Barcelona, o Real fez 3 a 0 no lamentável Español, com duas assistências de Kaká para os gols de Granero e Guti, com Cristiano Ronaldo fechando o placar. Próximo fim de semana: Real em casa contra o Xerez; Barça, idem, diante do Atletico de Madrid. Os dois vencerão. Quem quebrará a firma? Talvez, quem sabe, o Sevilha, que goleou o Zaragoza por 4 a 1, com dois gols de Luis Fabiano. Pode até ser…. Aguardemos pelo primeiro vacilo. Ah, no meio de semana a estréia de ambos na Champions. O Real Madrid vai comer chocolate em Zurique, contra o Zurich. E o Barcelona (hum….!) encara a Internazionale, em Milão. Aí já complica… Dentro do script Se houve uma surpresa no fim de semana no calcio, ela se chama Sampdoria. Com um bom time, venceu seu terceiro jogo seguido na Lega Calcio, desta vez fora de casa: 1 a 0 no Atalanta, gol de Mannini. Assim, a Samp, do excelente atacante Pazzini, passa a ser a grande novidade nesse início de campeonato. Até porque, se olharmos a tabela e o futebol mostrado nas três primeiras rodadas, não há nada fora do script: *Sábado comentei a terceira vitória seguida da Juventus no Sport. No segundo fim de semana consecutivo em Roma, a Juve sofreu, jogou mal, mas no fim se impôs em cima da Lazio, de David Ballardini: 2 a 0, gols de Martin Cáceres (novo Paolo Montero? Muita calma, juventinos!) e de David Trezguet (Del Piero e Iaquinta foram poupados, já de olho na estréia na Champions, terça, em Turim, contra o Bordeaux). A Lazio não teve Zarate e Rocchi e acabou ficando com Julio Cruz sozinho na frente à espera de um sexta-feira que não veio. Também com aquele meio de campo entulhado de volantes fica difícil. Nota ruim do jogo: a péssima atuação do trio de arbitragem. Andrea Gervasoni anulou gol legal de Mauri e o assistente Roberto Romagnoli errou todos os impedimentos nos quais teve que decidir. Uma lástima. Também ruim: Diego ainda no primeiro tempo saiu machucado (foto). *Hoje, em Milão, a Inter comprovou sua força e fez 2 a 0 no Parma, gols de Eto´o e Diego Militto. Esse jogo eu não vi, pois estava a caminho de Recife. A Inter segue com 7 pontos, a dois de Juve e Samp. * Mais uma atuação medonha do decadente Milan: 0 a 0 com o Livorno. Mais um ano como coadjuvante. *E finalmente a Roma ganhou uma: 2 a 1 no Siena, fora de casa, gols de Riise e Mexes; * A destacar também os três gols de Di Natale na vitória de 4 a 2 da Udinese sobre o Catânia. O bom atacante disparou na liderança dos artilheiros, com seis. Então, como eu escrevi lá em cima, não mudou nada. Inter e Juve na briga pelo título e Roma e Milan batendo palmas. Assim será a temporada 2009/2010. Serviço feito Tudo na vida exige o mínimo de postura. No futebol, idem. E assim fez o Flamengo na noite de sábado, contra o Sport. Jogou com postura de vencedor. Atacou o adversário desde o início, mostrou quem era o dono da casa e bateu com a porta na cara do visitante logo aos 2 minutos. Belo passe de Petkovic para Adriano fazer 1 a 0 com um chute lindíssimo da entrada da área, sem chance para Magrão. A partir daí, o Sport se desmanchou de vez. E só olhou Pet e Adriano, ambos em noite espetacular, comandarem o Fla no tranquilo passeio de 3 a 0 (dois gols do Imperador e outro de Zé Roberto). Resultado que deixa o Flamengo ainda com chance de brigar pelo G4 do Bem e voltar à Libertadores. Título? Aí só com muito milagre e matemática… Bom também ressaltar que o Flamengo ganhou pelo com Álvaro na zaga e com o bom Maldonado na proteção e virou um time mais equilibrado. A dúvida é: o interminável caos na Gávea deixará o time andar para frente ou logo teremos uma nova queda? Com a palavra, os cornetas. Time equilibrado. Taí uma coisa que o Sport deixou de ser desde aquela fatídica noite da eliminação para o Palmeiras na Libertadores. Sábado, no Maracanã, entrou com postura de derrotado. Acanhado, medroso, sem pegada, sem luz. Desse jeito, contra o Flamengo em casa, é suicídio. Péricles Chamusca precisa bancar uma escalação. Afastar quem não tem cara e espírito de Sport. Depois disso, mexer o mínimo possível e ganhar todas em domicílio. Só assim o Leão se salvará. As feridas da Libertadores continuam abertas. Uma dor profunda que, infelizmente, paralisou a Ilha do Retiro. Conhece o Coutinho? Lúcido como sempre, Dorival Junior admitiu que o Vasco não jogou bem. Principalmente no primeiro tempo, quando foi dominado durante boa parte pelo time do Paraná, que esbarrou no ótimo Fernando Prass e na incompetência de alguns dos seus jogadores. Até que no último minuto, Ramon arrancou, fez ótima jogada, chamou o pênalti e ele veio. Cobraça perfeita de Elton e seus 22º gol na temporada. Élton, sem marketing, sem lobby e sem marra, é o artilheiro do Rio em 2009. Mas assim mesmo o Paraná voltou melhor. E empatou logo aos cinco minutos, com Wellington Silva. Vasco desfalcado, sem Carlos Alberto, Alex Teixeira, Aloísio… Veio o pânico nas arquibancadas e sociais. E o despertar de Phillipe Coutinho. Em dois lances, ele mostrou porque já é da Internazionale. No segundo, deu um passe espetacular para Robinho fazer 2 a 1. E, mesmo após sua expulsão, por absoluta imaturidade, a vitória, a 13º em 23 jogos, foi alcançada. O Vasco retoma a liderança com 46 pontos, abre cinco pontos para o Atlético Goianiense, que perdeu por 3 a 1 para a Ponte Preta, e abre outros três para o Guarani. O acesso está mais do que encaminhado. Mas, mais do que isso, fica provado que o Vasco tem um bom elenco. E que sabe decidir. Quando não é Carlos Alberto, é Alex Teixeira. Quando não é Elton, pode ser Robinho e Aloísio. E hoje foi dia de Phillipe Coutinho. 2009, o ano da reconstrução continua perfeito para o Vasco. Pequeno Bob FC Estamos de volta, após três rodadas esquecidas pela falta de tempo e por causa da crise sem precedentes que tomou conta do nosso clube. Cortaram a energia elétrica por falta de pagamento e ficamos sem computador para postar. Além disso, o presidente foi destituído e o técnico, deportado. Ficou apenas o dono do time, ele, sempre ele, Dom Carmo. E agora, na função de massagista à treinador, ele aposta no seguinte time: Harlei (Goiás), Vitor (Goiás), Rodrigo (São Paulo), Rever (Grêmio) e Junior Cesar (São Paulo): Leandro Guerreiro (Botafogo), Correia (Atlético Mineiro) e Rodrigo Souto (Santos); Diego Tardelli (Atlético Mineiro), Adriano (Flamengo) e Renteria (Atlético Mineiro). Treinador: Ney Franco. Troféu Gato-Mestre (2009) Amigos, eu havia desistido de continuar com o Troféu Gato-Mestre (2009). Não há tempo hábil nem para mim, muito menos para os meus colaboradores atualizarem todos os resultados a tempo. Mas, enfim… Resolvi manter a brincadeira no ar por mais um tempo à espera que um mutirão resolva entrar em ação e nos ajude a atualizar todos os prognósticos. Se não rolar, manteremos até o fim, uma dia, em algum momento das nossas vidas, atualizaremos os resultados, aplaudiremos o vencedor e ano que vem não teremos mais bolão desse tamanho. Sem estresse. Vamos aos palpites, lembrando que os jogos de terça-feira, pela Série B, não serão computados. Série A São Paulo x Avaí (1); Flamengo x Sport (1); Internacional x Cruzeiro (1); Vitória x Palmeiras (3); Atlético Mineiro x Atlético Paranaense (1); Santos x Santo André (1); Náutico x Grêmio (1); Barueri x Goiás (2); Botafogo x Fluminense (3); Coritiba x Corinthians (3). Série B Ponte Preta x Atlético-GO (1); Campinense x Ipatinga (1); Vasco x Paraná (1); Fortaleza x ABC (1); Bahia x Portuguesa (1); Figueirense x Ceará (3); Vila Nova x Duque de Caxias (3); AméricaRN x São Caetano (3). Bolão da F1 A Fórmula 1 está envergonhada com o Cingapuragate, mas o Bolão do Rafic não para. Nem no caos. No fim de semana teremos o Grande Prêmio de Monza, na Itália. Façam suas apostas. Assim que possível eu publico os resultados parciais. Rafic também é erra (acabo de descobrir que ele não é infalível) e esqueceu de mandar a planilha. Um pouco mais de paciência não faz mal a ninguém. Valeu! Mauro Beting - http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/ BOTA-TEIMA - Rodada 23 A intenção deste tira-teima (além de pedir para ser xingado mais que árbitro…) é discutir a arbitragem – sem martirizar ou santificar apitadores. Esta é apenas uma lista subjetiva de lances em que interpretei DIFERENTE ou IGUAL ao árbitro – e sempre com a ajuda da TV, o que facilita meu trabalho, e a sua crítica. E, se mesmo assim, eu ainda erro, imagine os mortais que apitam… O espaço é livre para detonar este que escreve, outros que blogam e, claro, os próprios árbitros. Não é a primeira, não será a última, e espero que não seja a única palavra a respeito do tema interpretativo. Logo, subjetivo. Logo, passional, clubista, bairrista, etc. O BOTA-TEIMA é apenas um jeito de tentar evitar chororôs desmedidos, teorias conspiratórias, jogadas ensaiadas, achismos e outros chutes imaturos. Ou maduros até demais. Ao final das contas e dos supostos erros, faço um saldo dos erros IMPORTANTES que tiraram – ou botaram – pontos dos times. Sempre tentando fazer um saldo de erros e acertos, com o devido – ou indevido – modo de tentar equilibrar as contas e critérios. Isto é: um pênalti marcado indevidamente ou um não marcado “valeria” como um gol, que “poderia” mudar um resultado e uma tabela. Sempre lembrando que, nessa conta AINDA MAIS SUBJETIVA, uma equipe pode superar até a arbitragem adversa, ganhando o jogo mesmo sendo “prejudicada”. Algo que necessariamente não mudaria a classificação real. Reiterando que tudo isso sem a pretensão de ser a única fonte a respeito de inesgotável assunto. P.S: Lances de expulsão “justa ou injusta” não estarão contabilizados no BOTA-TEIMA. Lances polêmicos em que entendo que a arbitragem “acertou” estão comentados no texto referente a cada partida. Para critério de “pontuação”, um pênalti não marcado vale o mesmo que um gol anulado. Boa corneta e bom apito! Os jogos que estiverem destacados em amarelo significam que tiveram o placar “alterado” por decisões da arbitragem. Isto é, os pontos foram “modificados” por conta de supostos erros de interpretação. LANCES Palmeiras 2 x 1 Barueri Barueri prejudicado; Palmeiras ajudado – Cléber Abade (SP) marca pênalti inexistente em Obina, aos 29min do 2º. Tempo. Estava 1 x 0 Palmeiras. SALDO TOTAL – RODADA 23 PREJUDICADOS – 10 pontos a menos – Botafogo 4 pontos a menos - Internacional 3 pontos a menos – Cruzeiro, Barueri 2 pontos a menos – Fluminense, Sport, São Paulo 1 ponto a menos – Flamengo, Barueri, Grêmio, Palmeiras BENEFICIADOS – 4 pontos a mais - Santos 3 pontos a mais – Goiás, Vitória 2 pontos a mais – Atlético Mineiro, Coritiba, Corinthians 1 ponto a mais – Náutico, Avaí NÚMERO DE VEZES EM QUE FORAM AJUDADOS OU PREJUDICADOS: PREJUDICADOS – Botafogo prejudicado 11 vezes; ajudado 4 vezes Cruzeiro prejudicado 11 vezes; ajudado 5 vezes Palmeiras prejudicado 11 vezes; ajudado 8 vezes Flamengo prejudicado 9 vezes; ajudado 7 vezes Atlético Paranaense prejudicado 5 vezes; ajudado 3 vezes Sport prejudicado 2 vezes; ajudado 1 vez Fluminense prejudicado 2 vezes BENEFICIADOS Corinthians ajudado 9 vezes; prejudicado 5 vezes Vitória ajudado 6 vezes; prejudicado 3 vezes Grêmio ajudado 6 vezes; prejudicado 3 vezes Avaí ajudado 4 vezes; prejudicado 1 vez Santos ajudado 5 vezes; prejudicado 3 vezes Santo André ajudado 4 vezes; prejudicado 2 vezes Coritiba ajudado 3 vezes; prejudicado 1 vez São Paulo ajudado 8 vezes; prejudicado 7 vezes Goiás ajudado 5 vezes; ajudado 4 vezes Náutico ajudado 5 vezes; prejudicado 4 vezes SALDO ZERADO – Internacional prejudicado 5 vezes; ajudado 5 vezes Atlético Mineiro prejudicado 3 vezes; ajudado 3 vezes Barueri ajudado 3 vezes; prejudicado 3 vezes PLACAR DOS ERROS (somando todos os lances, quem foi mais beneficiado: o time mandante ou o visitante) CASA 56 X 41 VISITANTE HISTÓRIA EM JOGO - HOLANDA 2 X 0 BRASIL - COPA-74 Era a primeira Copa da Holanda desde 1938. Era a primeira competição daquela seleção formada em menos de duas semanas por dois grupos que não se gostavam do Ajax e do Feyenoord. Era o Brasil tricampeão mundial o adversário. Já era a Seleção de Zagallo. Jogando pelo empate, a Laranja Mecânica fez o que quis, quando quis, quanto quis contra um Brasil sem Pelé, sem Gerson, sem Tostão, sem o Rivellino de sempre, sem o Jairzinho da Copa-70, sem o espírito ofensivo do Brasil, sem um grupo unido, sem o pique do Zagallo de 1970. Um Brasil sem Brasil. Numa partida sem espírito esportivo e fair-play. O Brasil bateu além da conta. A Holanda entrou no mesmo barco furado. Resultado. Apesar do jogo histórico, divididas histéricas, um festival de pancadas, tesouras, carrinhos e botinadas de corar qualquer um – menos o horroroso árbitro alemão Kurt Tschencher. Uma vergonha. Ainda bem que a memória é seletiva. Holanda 2 x 0 Brasil em Dortmund mais pareceu o Chile 2 x 0 Itália, de 1962 – a “Batalha de Santiago”. Ou o Portugal 1 x 0 Holanda de 2006 – a “Batalha de Nurembergue”. Uma carnificina. Mas vencida pela melhor equipe, quando quis jogo. E não vale-tudo. O Brasil, como em quase toda a Copa, primeiro pensou em não levar gol. Ficou todo atrás da linha da bola, esperando a Holanda que, no início, respeitou (temeu?) a seleção tricampeã. Depois foi se soltando quando viu que o Brasil mais tremia que respeitava o excelente rival. No blag, na sessão HISTÓRIA EM JOGO, vamos contar o que vi então, e o que estou revendo agora, com a inestimável ajuda de Gustavo Roman (www.futebolpitacos.blogspot.com), que disponibilizou as imagens, e de André Rocha (http://blogs.abril.com.br/futebolearte), que inspirou a série. PARA VER MELHORES MOMENTOS EM HOLANDÊS http://www.youtube.com/watch?v=ZTs2iwMqVMg OUTROS JOGOS: Clique ao lado em “HISTÓRIA EM JOGO” ONDE? QUANDO? QUANTOS? POR QUÊ? – Westefalenstadion, Dortmund. 3 de julho de 1974. 19h30 locais. Terceira e decisiva rodada do quadrangular semifinal da Copa-74. 52.500 presentes. PLACAR VIRTUAL 1o. TEMPO - HOLANDA 4 X 3 BRASIL PLACAR VIRTUAL 2o. TEMPO - HOLANDA 2 x 1 BRASIL PLACAR VIRTUAL FINAL - HOLANDA 6 x 4 BRASIL HOLANDA - 4-3-3 – Jongbloed (8); Suurbier (20), Haan (2), Rijsbergen (17) e Krol (12); Jansen (6), Neeskens (13) e Van Hanegem (3); Rep (16), Cruyff (14) e Rensenbrink (15). TÉCNICO - Rinus Michels. BRASIL – 4-3-3 (variando para o 4-4-2 com o recuo de Dirceu) – Leão-1 (Palmeiras, 24 anos); Zé Maria-4 (Corinthians, 25), Luís Pereira-2 (Palmeiras, 24), Marinho Peres-3 (Santos, 27) e Marinho Chagas-6 (Botafogo, 21); Paulo César Carpegiani-17 (Internacional, 25), Paulo Cézar Caju-11 (Flamengo, 24) [Mirandinha-19, Corinthians, 22] e Rivellino-10 (Corinthians, 28); Valdomiro-13 (Internacional, 28), Jairzinho-7 (Botafogo, 29) e Dirceu-21 (Botafogo, 21). TÉCNICO – Zagallo. COMEÇOU - Holanda ataca à esquerda, de camisa branca de manga comprida, calção branco, meias laranjas. Campo pesado. 25s – Desatenção da zaga brasileira, Leão sai e evita bom lance com Rep. Holanda não quer nem saber. Brasil se posta bem atrás da linha da bola, como, aliás, foi uma equipe trancada e amuada em quase toda a Copa-74. 1min – Zé Maria tenta avançar pela direita, mas a bola é mal passada para o lateral. Na cola estava o ponta-esquerda Rensenbrink. 3min – Nova bola longa para a direita, desta vez para Valdomiro. Van Hanegem o seguiu e o atrapalhou. Estratégia clara: Brasil atrás espetando bola para a velocidade do ponta colorado e também do então centrovante Jairzinho, o Furacão da Copa-70. Jair era marcado individualmente por Rijsbergen. Michels sempre destacava o central para acompanhar o comandante de ataque rival. Haan ficava na sobra. 4min – Jairzinho dá o combate no grande círculo e consegue desarmar Cruyff, que mais uma vez iniciava o jogo laranja. 4min – Entrada animal de Zé Maria, numa solada violenta sobre a bola e Cruyff, que tira o pé antes de apanhar. Falta desnecessária típica de um time que queria marcar presença e se impor. Mas pelo modo errado. Na sequencia da cobrança de trivela de Cruyff, belo contragolpe parado com falta por trás de Rep. Uma arbitragem de hoje (boa) já teria mostrado dois cartões amarelos. 5min – Parabéns, Brasil! Em menos de 20 segundos, num só lance, outra sola com os dois pés de Zé Maria, uma pegada de Carpegiani no tornozelo de Cruyff, e duas entradas feias para machucar e por trás de Luís Pereira em Van Hanegem, sem a bola… Que coisa feia… Juizão é nosso. Nem o gramado pesado justifica. Brasil começa batendo mais acintosamente que uruguaios e argentinos. 6min – Cruyff diz que foi a maior defesa que ele viu na vida. Bola às costas de Marinho Chagas (a primeira de muitas…), bobeada de Marinho Peres e o cruzamento de Jansen do fundo, pela direita. Luís Pereira passou pela bola, Zé Maria dominou muito mal, e o craque holandês bateu de canhota, de primeira, na cara de Leão, que conseguiu espalmar milagrosamente a escanteio, numa cacetada da marca de pênalti. Na sequência, depois do escanteio, Van Hanegem bateu por cima, em nova falha de Marinho Peres. Brasil consegue estar mais assustado que o time laranja. Cruyff bate de canhota, Leão espalma para escanteio, com a mão esquerda 8min – Krol agora carrinha por trás Luisão. Juizão só olha… 9min – Em vez de um bico para frente para um Brasil todo recuado, a Seleção resolver começar o jogo curto, na entrada da área… Para quê… PC Caju é desarmado por Neeskens que bate fora. Brasil totalmente acuado, jogando em outra velocidade e sintonia. 9min – Um minuto de silêncio respeitado. Dois dias antes falecera Juan Domingo Perón, presidente argentino. 10min – O primeiro arrastão holandês. A vítima foi o capitão Marinho Peres. Justamente quem iria usufruir depois do Mundial do sistema tático atuando pelo Barcelona, com Rinus Michels no banco, Cruyff e Neeskens no campo. 10min – Rivellino dá belíssima caneta em Jansen e é derrubado pelo volante holandês. Brasil tenta jogar. 11min – A fotografia do primeiro tempo brasileiro: todo atrás da linha de bola, todo atrás da metade do campo. 13min – Dois lindos chapéus de Valdomiro terminaram na recuperação da zaga e na antecipação do goleiro holandês. Brasil tenta entrar em diagonal com o pontadireita colorado, buscando burlar a adiantada linha de impedimento europeia. 16min – Bela troca de bola holandesa pela esquerda termina aliviada por Marinho Peres. Eram sete holandeses dentro da área amarela. Impressionante a volúpia ofensiva. Neeskens está atuando quase como centroavante, com Cruyff forçando mais o jogo pela esquerda, com o apoio de Krol (seguido por Valdomiro), Van Hanegem (vigiado por PC Caju) e Rensenbrink, em bom duelo com Zé Maria. Brasil até consegue dar uma equilibradinha e chegar à meta de Jongbloed. 17min – Tesoura por trás violentíssima de Van Hanegem em Paulo César. Árbitro nada faz, Caju não sai rolando como os jogadores de hoje. Mas, dever dizer: também se batia, e muito, antigamente. Mas vá falar que isso acontecia… 18min – Mais um impedimento do ataque brasileiro. Numa dessa pode até dar certo. 19min – Rivellino tenta organizar o Brasil desde a defesa, PC Caju se mexe, sai da meia direita e busca o lado esquerdo. Mas, aonde vai, Van Hanegem corre atrás. A Holanda marca muito melhor que o Brasil. 24min – Melhor chance brasileira, a primeira participação efetiva do ausente Dirceu, que começou a recuar mais como um meia pela esquerda, formando mais um 44-2 torto que um 4-3-3. Dirceuzinho recebeu de Rivellino e enfiou para PC Caju, que se desgarrou de Van Hanegem, aproveitou uma hesitação do zagueiro da sobra Haan, mas pegou mal de canhota, cruzado, para fora, à esquerda de Jongbloed. Ao menos o Brasil se equipara em chances criadas: 2 x 2. 26min – Rápido contragolpe brasileiro, bola lançada para Jairzinho, Jongbloed sai na intermediária e dá um chutão. Linha de zaga muito alta holandesa dando um mole pro Brasil. Melhor momento da Seleção. Tanto que, segundos depois, se ouve o primeiro coro mais forte de “Brasil, Brasil”! 27min – Boa mexida tática nacional colaborou para o equilíbrio da partida. Riva mais recuado, e PC alternando a armação pelo lado esquerdo, acabaram confundindo a marcação holandesa. Dirceu mais recuado cerca Suurbier, Valdomiro volta para pegar Krol. 29min – O lateral-direito Suurbier avançou como se fosse ponta-esquerda (!?!), às costas de Zé Maria e bateu para ótima defesa de Leão. Na sobra, Luís Pereira despachou, e foi acertado por um carrinho forte de Suurbier. Caído, Luisão deu um chute no lateral (ou seria ponta?) holandês. AMARELO para L.Pereira. Justo. Como seriam outros tantos. Valdomiro foi para cima de Suurbier, e o pau quase comeu. Entradas muito feias de lado a lado. 31min – Rensenbrink bateu de canhota, de sem-pulo, para boa defesa de Leão. Falhou Luís Pereira no cabeceio, e Zé Maria chegou tarde. A Holanda melhora. O Brasil apela. Pouco antes, Carpegiani pegou Cruyff e o estádio vaiou mais uma falta dura. 32min – Rep passa fácil por Marinho Chegas, mas Marinho Peres se antecipa. O ponta holandês derruba o capitão brasileiro, que aproveita para tentar se impor no grito. 33min – Falta da meia direita, a Holanda não faz barreira. Rivellino enfia a patada, mas ela passa à esquerda de Jongbloed. Sem a barreira como referência, o camisa 10 brasileiro não acertou o chutaço que vencera a Alemanha Oriental no primeiro jogo da fase semifinal. 35min – Adivinhe? Jairzinho impedido… Já perdi as contas. 36min – Pela primeira vez Luís Pereira se mandou ao ataque, como brilhava pelo Palmeiras desde 1971. Não deu certo. Ele foi desarmado por Van Hanegem. Mas não perdeu a viagem. O zagueiraço brasileiro pegou o meia-esquerda holandês. Como bateu o Luisão! Ele não era disso. 37min – AMARELO. Zé Maria. Lance bizarro. O lateral corintiano perdeu na corrida para Cruyff. Não teve dúvida: se atirou no gramado e, com os dois braços, segurou o craque holandês. Pelas pernas! Que coisa… Mais um dos tantos lances viris ou violentos do jogo: Zé Maria agarra pelas pernas um rival 38min – Enorme chance brasileira. Rivellino lançou como Rivellino uma bola de 50 metros para Valdomiro. Na quizomba na área depois de chute de Dirceu. Jair pegou o rebote e bateu; Rijsbergen carrinhou e desviou a bola que quase entrou no canto esquerdo. 42min – Brasil volta a atuar no 4-3-3, com Valdomiro e Dirceu pelas pontas, Jair como centroavante, PC Caju na meia direita, Rivelino na esquerda, e Carpegiani como cabeça-de-área. 43min – AMARELO. Marinho Peres. Peitou Jansen que avançava pela direita, depois de escapar de uma rasteira de Carpegiani, e tentar um lindo drible-da-vaca. Como bateu o Brasil! Mas não apenas a seleção canarinho. A Laranja Mecânica não alisou. 45min – Jogo para uns 3 minutos de acréscimo. Hoje… Porque em 1974, deu o tempo, acabou o tempo. 0 x 0. INTERVALO – Holanda melhor, buscou mais o gol. Brasil, como em toda a Copa, amuado e acuado. Jogo muito duro e com muitos lances violentos. RECOMEÇOU – Na primeira saída de Leão com Marinho Chagas, o lateral deixou a bola bisonhamente se perder pela lateral. Xiii… 5min – GOOOOOOL. 1 X 0 HOLANDA. NEESKENS. Cruzamento rasteiro da direita de Cruyff (às costas de Marinho Chagas), o meia apareceu mais uma vez como centroavante, deu um bico na bola na dividida com Luís Pereira, e encobriu Leão. Jogada rápida de contragolpe armado por Van Hanegem, que pegou o Brasil saindo para o ataque. O empate era holandês. O time de Zagallo precisava sair mais para o jogo. Mas não conseguia. Também pelo recuo excessivo de Dirceu, mais um quarto homem do meio-campo que um ponta-esquerda. 9min – Brasil tenta articular seu jogo com Rivellino ao lado de Carpegiani, pelo lado esquerdo, quase como um volante, com PC Caju na meia direita, e Dirceu, na esquerda. É um quadrado no meio-campo. Um 4-2-2-2 típico. Bom para organizar, mas pouco incisivo. Sobretudo por não aproveitar o potencial da patada de Riva, num campo pesado. A Holanda retrai um pouco, mas não abdica do contragolpe. 10min – Van Hanegem dá uma tesoura por trás em Rivellino. Juizinho só marca a falta. Nada de amarelo. 12min – Outra falta dura de Van Hanegem em Rivellino. Nada faz o árbitro. Eram os “tempos românticos” do futebol… Sem botinada… Sei, sei… 14min – Jair faz falta sem bola em Rijsbergen. Brasileiros se irritam com a marcação individual laranja: Rijsbergen em Jair, Suurbier em Dirceu, Krol em Valdomiro. 14min – MUDA BRASIL – SAI PAULO CÉSAR CAJU, ENTRA MIRANDINHA – Brasil vai ao ataque. Holanda muda a marcação: Rijsbergen agora marca o centroavante são-paulino Mirandinha; com o recuo de Jairzinho para armar por dentro, Jansen passa a segui-lo de perto, mas sem configurar exatamente uma marcação obsessiva individual. Na zaga, os holandeses eram rígidos na marcaçao homem a homem; no meio-campo, a zona era mais adotada. 17min – O péssimo árbitro alemão assume mais uma vez a marcação do impedimento do ataque do Brasil. E, desta vez, erra. Na sua primeira escapada ao ataque, Luís Pereira não estava impedido ao receber passe de Carpegiani. Ele entraria sozinho à frente de Jongbloed. Brasil prejudicado. Lance que poderia ter mudado a sorte da partida. Sobretudo a de Luisão. 18min – Dura dividida de Mirandinha em Van Hanegem. Menos de dois meses depois, o atacante tricolor sofreria fratura exposta da perna esquerda e ficaria três anos afastado do futebol. 19min – GOOOOOL. 2 X 0 HOLANDA. CRUYFF. Pé direito. Belo lance holandês pela esquerda. Luís Pereira tentou fazer a linha de impedimento para Rensenbrink. Os dois Marinhos ficaram e deram condição de jogo ao ataque laranja. Krol recebeu do ponta, avançou e cruzou para o belo voleio do craque laranja. Belo gol. E merecido. Até na celebração o camisa 14 parecia se multiplicar 20min – Luís Pereira não quer nem saber e se manda. Zaga fica exposta e bagunçada. Acabou para o Brasil. 20min – MUDA A HOLANDA – SAI RENSENBRINK (machucado na coxa direita), ENTRA DE JONG-7, para compor a marcação no meio. 21min – Valdomiro sofre falta de Krol e tenta o revide. Tá feia a coisa… 23min – AMARELO. Rep. Enfim… O ponta holandês chuta Rivellino por trás. Infelizmente, mais jogadas bruscas, violentas e desleais que grandes movimentos na partida. Uma lástima. Era outra a imagem que havia ficado na memória deste jogo. 24min – Ao menos a coisa se organiza mais. A Holanda toda em seu campo, Brasil corretamente libera Luisão. Zé Maria fica na cobertura. 25min – Numa disputa de bola, Van Hanegem deixa o pé em Carpegiani… Nada para o juizinho… 25min – Cruyff ergue a perna direita bem acima da bola, na canela de Valdomiro, para quebrar o ponta colorado. Nem falta marca o árbitro!!! Os deuses da bola estavam de plantão e ninguém se quebrou. 27min – Marinho Peres faz falta para cartão amarelo em Rep. Nada faz o árbitro… 28min – Tesoura por trás de Suurbier em Marinho Chagas, que fazia belo lance pela ponta esquerda. Na queda, o lateral botafoguense aproveitou para tentar acertar com a chuteira o rosto do lateral holandês. Adivinha o que fez o árbitro… Os dois deveriam ter sido expulsos. Pela enésima vez. 28min – Van Hanegem levanta Rivellino… 29min – Num contragolpe, Zé Maria faz falta sem bola em Cruyff. Outro lance para amarelo… 33min – Luís Pereira racha para rachar Jansen… 33min – Rivellino corre para pegar Cruyff (que pula e se livra da falta feia), e deixa a perna direita para quebrar Jansen: o lance segue, Neeskens vem com tudo para derrubar Riva e cai. O camisa 10 brasileiro tenta pisar na mão de Neeskens. O juiz finge que não é com ele. Juro nem as fotos dos lances eu quero mostrar… Que barbaridade. E depois a Batalha de Santiago, em 1962, e a de Nuremberg, em 2006, que ficam com a má fama… 35min – Valdomiro bate falta da meia esquerda à esquerda da meta holandesa. Melhor chance brasileira na carnificina de Dortmund. Agora, era o caso de botar 10 jogadores no dique holandês? 39min – Luís Pereira deixa o braço em Jansen, na cara do árbitro… 40min – EXPULSO. Luís Pereira. Em menos de 15 segundos, Luisão dá uma tesoura ainda mais violenta em Neeskens e é expulso. Depois da zilionésima falta feia, o maior zagueiro-direito que vi atuar no futebol brasileiro foi merecidamente expulso. Na saída do campo, mostra três dedos para a torcida holandesa que o vaiava (o Brasil era tri mundial). Mas, aquele time, havia chegado longe demais. Covarde taticamente, também foi covarde no festival de pancadarias contra os holandeses que também bateram horroroso. Um segundo tempo disciplinarmente deprimente. 40min – SAI NEESKENS, machucado por Luisão; entra ISRAEL-5, volante. 41min – Marinho quase faz, na saída atrapalhada do não menos Jongbloed. 42min – Valdomiro divide com Krol. Um temendo o outro, ambos pulam para evitar o pior. Bizarro. 42min – Carrinho por trás de Rijsbergen em Mirandinha. Árbitro não marca falta. Ninguém reclama. E ninguém sai rolando, também, como hoje. ACABOU – Piazza se aqueceu, mas não entrou. Zé Maria fez bem a cobertura, a Holanda tirou o pé já pensando na decisão. Vitória mais que merecida numa partida muito violenta. NOTAS HOLANDA – Jongbloed - 6 – Defesa difícil, quase nenhuma. As duas maiores chances brasileiras foram bolas chutadas para fora. Ainda assim, se enrolou em alguns lances. Suurbier - 6 – O lateral-direito teve de marcar o discreto Dirceu. Num lance, quase fez um golaço, na ponta-esquerda. Mas bateu sem dó. Deveria ter sido expulso. Haan - 7 – Só precisou comandar um arrastão. Em compensação, só errou duas linhas de impedimento. Na sobra, tranquilo, até pela inoperância do violento Brasil. Rijsbergen - 7 – Marcou individualmente Jairzinho e, depois, Mirandinha. Como todos, bateu bem. Salvou um gol certo. Krol - 7 – Quase a ONU teve de intervir na querela com Valdomiro. Deu o passe para o gol de Cruyff. Apoiou apenas na boa. Bateu como todos. Jansen - 8 – Partidaça. Dos poucos do meio que mais apanhou que bateu. Letal nas incursões pelo lado direito. Ajudou a anular o meia pela esquerda, fosse Dirceu, PC, Rivellino e até Jair, no segundo tempo. Neeskens - 8 – Apanhou a não mais poder. Também bateu. Mas jogou demais. Belo gol de centroavante. Incansável. Que jogador! Van Hanegem - 6 – Mais marcou que jogou. Seguiu muito bem PC. Mas deveria ter sido expulso umas quatro vezes de campo. Rep - 6 – Bom duelo com Marinho Chagas. Mas pareceu, como todos, se resguardar um pouco. Corretamente. Cruyff - 8 – O de sempre. Um craque técnico e tático, e impressionante fisicamente, sobretudo para um fumante inveterado de 10 cigarros por dia. Quase o mesmo texto do jogo anterior. Mas com um adendo. Bateu demais depois de começar apanhando. Pelo menos uma entrada para quebrar a perna Rensenbrink - 7 – Saiu machucado. Apanhou demais de Zé Maria. Rinus Michels - 8 – Impressionante a maturidade de uma equipe que jogava seu primeiro mundial. Pena que assistiu passivamente à carnificina. BRASIL Leão – 8 – Impediu a goleada holandesa. Um dos melhores goleiros da Copa. Dos poucos que se salvaram na Seleção. Zé Maria – 4 – Bateu além da conta em Rensenbrink. Pouco pôde apoiar. Luís Pereira – 3 – Possivelmente a pior atuação da brilhante carreira do zagueiro-direito. Poderia ter feito um gol não fosse a arbitragem. Mas deveria ter sido expulso algumas vezes antes de receber o vermelho. Marinho Peres – 5 – Lento, foi atropelado pelos holandeses. Abaixo da ótima média habitual. Marinho Chagas – 5 – Fez pouco do muito que sabia fazer. Pouco apoiou, mal marcou. Carpegiani – 5 – Único marcador do meio-campo, foi pouco desleal se comparado a tantos. Armou menos do que sabia. Paulo Cézar Caju – 6 – Quando derivou da direita para a esquerda criou bons lances. [Mirandinha – 5 – Entrou na dele, como centroavante. Mas era tarde. E ele era apenas um bom artilheiro]. Rivellino – 6 – Bateu e apanhou demais. Muito recuado no segundo tempo. Valdomiro – 5 – As melhores chances brasileiras passaram pelos pés rápidos mas pouco hábeis do driblador ponta colorado. Jairzinho – 5 – Essencial em jogos anteriores, como todo o Brasil ficou devendo. Dirceu – 5 – Apagado como quarto homem do meio, apagado como ponta pela esquerda. Zagallo – 4 – Não era Copa para o tetra. Mas havia como montar um time melhor, mais ofensivo, mais brasileiro. Kurt Tschenscher (Alemanha Ocidental) – Zero. Para resumir a pancadaria: em 90 minutos, sem exagero, Van Hanegem merecia quatro vermelhos; Rivellino, duas expulsões; Suurbier, Cruyff, Rep, Valdomiro, Zé Maria e Marinho Chagas um chuveiro mais cedo. Os 23 de Dunga? A África do Sul é logo ali. Se é, que tal chutar quem vai está por lá em 2010? Pensando como deve estar cogitando Dunga. GOLEIROS Júlio César!!! Victor Doni? (Recuperado o romanista, fica um corpo à frente de Gomes. JC é absoluto - por isso as exclamações que são como “confirmação”). LATERAIS-DIREITOS Maicon!!! Daniel Alves!!! (como lateral-esquerdo ou reserva de meio, o do Barça é o 12º. Titular de Dunga) LATERAIS-ESQUERDOS André Santos Marcelo (Ninguém com “exclamação”. Posição aberta por ser ainda o lado mais aberto da Seleção). ZAGUEIROS Lúcio!!! Juan!! Luisão! Miranda? (Juan só não é absoluto pelas contusões que também atrapalham Alex, do Chelsea. Miranda ainda está à frente de Thiago Silva) VOLANTES Gilberto Silva!! Felipe Melo! Josué! Sandro?? (Anderson está se perdendo. Lucas e Denilson nunca tiveram plena confiança do treinador. Kleberson está machucado. Cleiton Xavier é um que pode crescer na cotação do treinador pela versatilidade) MEIAS Elano!! Ramires! Kaká!!! Júlio Baptista!! (Como Dunga não morre de amores pelo juventino Diego, e aprecia a versatilidade, só abrupta má fase tira algum deles da Copa) ATACANTES Robinho! Adriano? Luís Fabiano!!! Nilmar!! (Robinho precisa ficar muito esperto. Mas tem a confiança do treinador pelo potencial e por ter estado sempre diponível – nem sempre disposto). O meu time? Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Fábio Aurélio; Denilson e Felipe Melo; Ramires, Kaká e Robinho; Luís Fabiano. Os meus 12 reservas? Victor e Fábio (Marcos?); Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Lucas, Elano, Júlio Baptista e Diego; Pato e Nilmar (Adriano?) Infelizmente, Ronaldinho Gaúcho estaria fora hoje. Mas, se ele quiser, ainda há tempo. Depende dele. AO VIVO - BRASIL 4 X 2 CHILE * BRASIL - 4-3-1-2 - Júlio César-1; Maicon-2, Luisão-4, Miranda-3 e André Santos-6; Gilberto Silva-8; Daniel Alves-7 e Felipe Melo-5; Júlio Baptista-10; Adriano-9 e Nilmar-11. TÉCNICO DUNGA banco - Victor-12, Juan-13, Sandro-14, Elano-15, Diego Souza-16, Cleiton Xavier-17 e Diego Tardelli-18. * MACHUCADO - Robinho. SUSPENSO - Kaká, Lúcio, Ramires, Luís Fabiano. * CHILE - 3-3-3-1 - Bravo-1; Medel-17, Ponce-3, Jara-18; Carmona-6, Millar-5 e Vidal-8; Alexis Sánchez-7, Matías Fernádez-14 e Beausejour-15; Suazo-9 TÉCNICO - Marcelo Bielsa. BANCO - JEREZ, ISLA, PAREDES, ORELLANA, CERECEDA, FUENTES-4, VALDIVIA. APITA - Jorge Larrionda; Pablo Fandiño, Mauricio Espinoza. URUGUAI. * CHUTE INICIAL 1 X 1 * COMEÇA - 22h01. * 2min - Como o esperado, Chile começa na frente. Impressiona o espírito ofensivo (suicida?) dos times de Bielsa. * 5min - Falta clara no JB do Ponce. Era cartão vermelho pro chileno. A falta não foi marcada. Lance claro de gol. * 6min - AMARELO. JARA. * 7min - Luisão cabeceia, o baixo Bravo manda a escanteio. * 7min - Jara salva sobre a linha cabeçada de Luisão. Na sequencia, Bravo se atrapalha e Adriano quase faz. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 1 X 0 . * 8min - Belo jogo. Linda caneta de D.Alves. Brasil no 4-3-1-2, com losango no meio-campo: Gilberto Silva na cabeça da área, DA e FM marcando e armando pelos lados, JB próximo a Adriano e Nilmar. * 9min - Faltou amarelo para Carmona por pegada animal em Nilmar. * 11min - Medel sozinho cabeceia por cima depois de escanteio. Bobeada brasileira. * 12min - D.Alves enche o pé da meia direita, Bravo larga outra e se recupera. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 2 X 0. * 15min - Ritmo diminui. Se falta Kaká para puxar contragolpe, D.Alves e JB fazam muito bem a transição. Nilmar entra bem no jogo, dando mais opções que Robinho, num esquema tático diferente do usual - 4-2-3-1. * 17min - M.Fernández arrisca de longe, JC espalma e a domina. * 18min - Vidal sozinho às costas de Maicon e pegou mal. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 2 x 1. * 19min - Aperta a chuva no Pituaçu. * 20min - JB domina, gira e bate à esquerda. Escanteio. * 24min - Pressiona o Chile, explorando bem o ótimo Alexis Sánchez. * 26min - A.Sánchez manda por cima. Lance armado numa bobagem inominável de Felipe Melo, que deu de calcanhar de presente para Suazo, na intermediária. Jogada para Dunga arrancar as chuteiras do volante pelas orelhas. Menos, Felipe… Segundo Tino Marcos, Dunga deu um bico na garrafa d’água ao lado do banco brasileiro. * 29min - D.Alves tocou de cabeça fraco em belo contragolpe de Nilmar pela esquerda. Mas demorou JB a compor a linha de frente. Brasil sofre com o desentrosamento e com a falta de seriedade de alguns. * 31min04s - GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 1 X 0 BRASIL. NILMAR. PÉ DIREITO. Cruzamento perfeito de Daniel Alves para o segundo pau. Adriano não chegou, Nilmar se atirou e fez um belíssimo gol, dificílimo. Golaço. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 3 x 1. * 32min - Adriano passa pelo goleiro e Jara salva de novo sobre a linha. É só jogar sério que sai jogo lindo. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 4 x 1. * 33min - Felipe Melo quase amplia em grande chegada brasileira com cinco na área rival. * 34min - Lindo taquito de Adriano para Daniel Alves que voa pela direita. Dá para jogar bonito e jogar sério. Ótimo primeiro tempo brasileiro. E contra um rival muito bom. * 39min - M.Fernández enche a bota, JC faz grande defesa e, no rebote, Suazo manda por cima. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 4 x 2. * 40min05s - GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 2 X 0 BRASIL. J.BAPTISTA. Saída errada da zaga, Nilmar ganha na raça, D.Alves toca de primeira para JB, da meia-lua, tocar de chapa e matar o goleiro Bravo. Bela finalização. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 5 x 2. * 44min - PÊNALTI. Felipe Melo em Sánchez. * 45min23s - GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 1 X 2 CHILE. SUAZO. PÊNALTI. PÉ DIREITO. Bola no ângulo direito de JC, que foi muito bem nela, mas não dava. Belo jogo. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 5 x 3. * INTERVALO - Grande partida. O Chile de Bielsa se atirou como sempre; o Brasil de Dunga contragolpeou como de costume. * RECOMEÇOU - 23h04min * TROCA O CHILE - ENTRA CERECEDA-2, SAI VIDAL - Não muda muito. Um ala pela esquerda por outro. Um marcador para tentar travar Daniel Alves. * 3min - VERMELHO. Felipe Melo. Mas que partida lamentável! Deixou a perna esquerda nas partes baixas do ótimo Alexis Sánchez. Ele precisa repensar a atuação e a cabeça. Quem se acha se perde, Felipe. * 6min - 30mil370 presentes. * 7min04s - SUAZO. GOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 2 X 2 CHILE. CANHOTA. DENTRO DA ÁREA, PELA ESQUERDA. Bola cruzada por Beausejour pela esquerda, Miranda foi muito mal no lance, bola às costas dele, e um belo gol de canhota do atacante chileno. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 5 x 4. * 9min - Torcida vaia a cera brasileira. * 9min - Hora de mudar o Brasil? Dunga arma a equipe no 4-3-2: G.Silva na cabeça da área, D.Alves pela direita mais marcando que saindo, JB recuado para fazer parte das funções de F.Melo, e os dois atacantes isolados. * 12min - Suazo chega tarde na bola depois de cruzamento da esquerda. Xiii. Eu ainda não mudaria o time. Só a tal da “atitude”. * 15min - AMARELO. SÁNCHEZ. Ele levou uma cotovelada de André Santos e recebeu o cartão. Larrionda, agora, foi nosso. * 21min - Chile respeita o recuado Brasil. O empate está ótimo para a Seleção. * TROCA CHILE - VALDIVIA-10 ENTRA, SAI SUAZO / ISLA-16 ENTRA, SAI MILLAR5. Um Chile mais contido. * 23MIN TROCA BRASIL - DIEGO TARDELLI-18 ENTRA, SAI ADRIANO / SANDRO ENTRA (ESTREIA), SAI J.BAPTISTA. Diego pode voltar um tanto mais e deixar Nilmar para puxar contragolpe; Sandro vem marcar mais à esquerda, mais descansado. * 25MIN - TROCA BRASIL - ELANO ENTRA, SAI ANDRÉ SANTOS - Boa mexida. André tá pedindo para ser expulso. Daniel pode quebrar o galho de novo pela lateral esquerda. O descansado Elano faz a dele, pela direita, segurando um pouco mais a bola. * 28min43s - NILMAR. GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 3 X 2 BRASIL.CABEÇA. Cruzamento da direita de Maicon no meio da área, Nilmar sobe bem e toca no canto direito de Bravo. Belo gol. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 6 x 4. * 30min42s - NILMAR. GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 4 X 2 BRASIL. NILMAR. PÉ DIREITO. DENTRO DA ÁREA. Elano cruzou da meia esquerda para Maicon bater de primeira, Bravo espalmou, Nilmar pegou de primeira e ampliou. BRASIL 7 X 4. * 36min - É só jogar sério, Brasil. Dá para fazer dois belos gols com um a menos. É só não confundir confiança com presunção. * 38min - Brasil chega mais duas vezes. Agora são 10 x 10. Brasil voa em campo. * 40min - Carmona merecia ser amarelado. * 42min - M.Fernández pegou mal de canhota para fora. Estava morto. * FIM DE JOGO - Bela vitória brasileira contra um bravo adversário - sem alusão alguma ao goleiro chileno. Dunga deve estar bravo com a falta de seriedade em alguns momentos - com todas as alusões. * NOTAS BRASIL - ATUAÇÃO GERAL - 7 * JÚLIO CÉSAR - 8 - Faz fácil as defesas difíceis. É o goleiro que todo time precisa. E foi fundamental para o Brasil manter a ponta das Eliminatórias. * MAICON - 6 - Belo cruzamento para o terceiro gol, teve problemas com Beausejour na marcação. Bom revezamento com Daniel Alves. * LUISÃO - 5 - Pela direita, onde está mais acostumado, não foi bem contra o perigoso Suazo. * MIRANDA - 5 - Falhou no segundo gol chileno. Não foi o que é. * ANDRÉ SANTOS - 5 - Tem melhorado na marcação. Mas sofreu demais com o ótimo Alexis Sánchez. * [ELANO - 6 - Entrou e armou o lance do quarto gol, atuando na dele, pela direita, também ajudando na marcação.] * GILBERTO SILVA - 5 - Sacrificado pelos desatinos de Felipe Melo. * DANIEL ALVES - 8 - No 4-3-1-2 de Dunga, marcou, armou, atacou, contragolpeou, arriscou. Jogou. E ganhou mais um lugar para atuar. O primeiro titular entre os reservas. Pé para toda obra. * FELIPE MELO - 1 - Expulsão tola, pênalti desnecessário, toque de calcanhar na entrada da área brasileira. Que aprenda. Sabe jogar. Mas não tanto quanto parece se achar. * JÚLIO BAPTISTA - 6 - Outro que não pode ser um dos 11. Mas precisa ser um dos 23. Bem como meia-atacante, fezum belo gol. Útil como volante pela esquerda no 4-3-2 depois da expulsão de FM. * [SANDRO - 6 - Boa estreia. Fechou bem o lado esquerdo numa roubada.] * ADRIANO - 5 - Lutou. Correu. Mas não estava inspirado. * DIEGO TARDELLI - 6 - Entrou bem, mais uma vez. Segurou bem a bola, e ajudou atrás. * NILMAR - 9 - Vai ganhando um lugar no banco brasileiro. Ótima opção para atuar com dois na frente. Pato que se vire na briga por um lugar no ataque. * DUNGA - 7 - A raiva que ficou com a falta de seriedade em momentos da Seleção é a esperança de o Brasil ter aprendido algo sem precisar ter sido atropelado. MENU DO DIA - Eliminatórias Tina é argentina de Ijuí-RS. Morena de avó índia casada com espanhol, mãe italiana de olhos azuis e pai croata, é a versão 2.0 de Angelina Jolie. A übermodel Alessandra Ambrósio é o Hugo do “Lost” perto de Tina, que aprendeu a falar espanhol no Instituto Wanderley Luxemburgo. É conhecida como a Megan Fox do Boteco do Mendes: - Sin embargo, Mário Betti, yo creo que los chicos de Diego ganán hoy e se classificán para 2010. Usted no empresta Thiago Silva e qualquiera zaguero para la Albiceleste? - Tina, se a Argentina não tem goleiro desde Pato Fillol, não tem zagueiro desde 2002. Nenhuma zaga é confiável. Não é só culpa da inexperiência ou falta de capacidade do Maradona. É o pior sistema defensivo da história platina. O gol de Luisão em Rosário é apenas mais uma marca de um time que não marca. - Mientras, amigo, yo tengo la ilusión que Argentina gana. Todavía, nosotros tenemos menos equipo que Paraguay e Chile. Pero és como dice un periodista de “Olé”: La habitual tendencia a la exageración que tenemos los argentinos, mucho más cuando hablamos de fútbol, agiganta la sensación de desesperación que se instaló tras la derrota ante Brasil”. Es verdad. - Concordo. Somos muito parecidos também nisso. Somos os maiores da galáxia quando vencemos, e os piores do inferno quando perdemos. Penso como o Freddy Rincón, que disse no “Propaganda Futebol Clube”, do Bandsports, que torce muito pela Argentina: ele não quer ver uma Copa sem os co-hermanos. Acrescento: sem os grandes, não dá. E dá ainda menos com Bahrein ou Arábia Saudita ou Nova Zelândia na Copa-10. - Por supuesto yo queria que todos los campiones del mundo estivessem en los Mundiales. - Lugar cativo não é legal. Mas quem prefere ver o quarto colocado da Concacaf a não ver Portugal em campo? - Yo quiero ver Argentina en 2010. E quiero ver su cara quando Mafalda Maradona gritar tricampeón. - Por que não? Argentina estará na Copa. O Diego, não sei. - Creo que Brasil es El favorito. Como España. Inglaterra. Mas ainda és temprano. - Claro que é. Até por isso é bom estar esperto e com os pés no chão. Como o Dunga. 8 ou 80 - 2 a 8 de setembro de 2001 Toda semana, o blag faz uma sessão de regressão. Volta oito anos aos meus textos publicados à época nos veículos onde trabalhava. Em setembro de 2001, escrevia uma coluna diária no “Agora São Paulo”, uma coluna semanal no portal PSN.com, canal a cabo onde trabalhava como comentarista, além de também comentar na Band. Notas que contam um pouco da bola que rolava então, com palpites e pitacos de época. Com todos os erros e raros acertos deste que vos tecla. Por que oito anos? No futebol, é o tempo exato entre duas Copas do Mundo. Tempo mais que suficiente para tentarmos entender onde erramos. 2 de setembro de 2001 NOTA DO REDATOR-2009 – Brasil de Felipão precisava vencer a já clasificada Argentina em Núnez, pelas Eliminatórias-02 Empatar é o que vai nos importar O Brasil vai empatar em Buenos Aires. É um chute, uma tese, uma torcida. Antes de tudo (e como será tudo esse clássico), é dever dizer que, por definição, um clássico equilibra as coisas. Por mais que a tabela, a balança e a bola se inclinem pro lado deles, a tradição, a história e até mesmo a classificação já assegurada para o Mundial dão aos argentinos menos obrigações e ganas para o jogo de quarta-feira. Somando tudo, incluindo nossas subtrações técnicas, táticas e organizacionais, as coisas ficam iguais. E para que elas sejam mais iguais no campo, o Brasil vai ter de encarar a Argentina como um time superior. Não adianta a Seleção jogar de igual contra um time que está diferente, está muito melhor. Talvez o único pecado (mais pelo placar que pelo jogo) dos argentinos nas Eliminatórias foi jogar no Morumbi como se estivesse em Nuñez, na vitória do time de Luxemburgo por 3 a 1. O de Bielsa atacou o Brasil de igual, e sofreu nos contra-ataques os gols da derrota. Como se o estádio do São Paulo fosse o campo do San Lorenzo. Não adianta atacar os hermanos como índios. O Brasil, até por ser um time imprevisível e indefinido, precisa primeiro se ajeitar como equipe para, depois, atacar. Vamos ter de marcar primeiro e, se der, tentar marcar os gols. Pode parecer uma retranca deslavada, mas é a estratégia mais coerente para o momento ruim que vivemos, e para a fase excelente do rival. O que não significa, porém, jogar todo o time atrás, com uma tropa de volantes numa trincheira no meio-campo, e um exército de zagueiros atrás deles. Há uma diferença que pode ser letal. 3 de setembro de 2001 O melhor time do mundo joga ao lado Treze jogos depois da brilhante estreia contra o Chile, o esquema tático do time de Bielsa é o mesmo, o treinador também, e a equipe é praticamente igual. Se o Brasil escalou 59 (!?) de um grupo de 78 chamados para as Eliminatórias, a Argentina só jogou com 26. Em Buenos Aires deverão estar como titulares cinco dos 11 que venceram o Chile na estréia. Mais não estarão pela suspensão do craque Verón (o melhor jogador das Eliminatórias); Batistuta fica fora pela teima de Bielsa em não chamá-lo para a (merecida) reserva de Crespo; outras trocas se devem ao crescimento técnico e tático do zagueiro Vivas e do ala Sorín. No mais, é o time que mais venceu, mais gols fez, mais jogou, e mais alterou taticamente a equipe sem mudar os nomes dos escolhidos. Um simples recuo de Verón e de Ortega (ou Aimar) pode fazer a Argentina mudar taticamente de três modos. Um posicionamento mais recuado de Ortega e Kili González modifica a criação, o ataque e o cerco ao rival. A passagem de Sorín pela esquerda pode fazer a equipe jogar com mais um armador, um novo volante, ou até mesmo um lateral-esquerdo ortodoxo. Tudo sem mexer um nome, só o time. Bielsa Chegou à seleção por exclusão, e levou um ano para achar um time e um jeito. Mas insistiu nele até quando nem a bola dava mais pelota a ele. Ninguém estuda, trabalha e tenta entender mais o futebol que o técnico argentino. Chega a ser chato de tanto que cobra e se cobra. Até por isso tem algumas rusgas com o elenco. Bielsa funciona muito bem no trato rápido e intenso com um grupo que já sabe o que quer e o que ele deseja. Talvez num torneio longo o desgaste seja maior. Daí… 5 de setembro de 2001 Eduardo Costa, Cris e o Brasil BUENOS AIRES - Vai dar empate. Mas vai ser um jogo de arriar as meias. Os primeiros 15 minutos serão históricos. O Brasil vai atacar como se não houvesse amanhã, a Argentina vai responder como se tudo fosse hoje. Prepare os corações já calejados. O mês vai durar 90 minutos. Não vejo as soluções táticas e as questões técnicas com os mesmos olhos de Felipão. Ele diz não ter um zagueiro-esquerdo confiável (Antonio Carlos?) e, por isso, vai de Cris no lugar de Juan - o de melhor potencial. Troca a fase irregular de Vampeta ou a fluidez de Juninho pela solidez de mais um volante (Eduardo Costa). Em vez de usar quatro zagueiros no bloqueio aos três atacantes argentinos, Felipão aposta nos três atrás, provavelmente espaçados e muito distantes para tamanha tarefa. São detalhes essenciais para um jogo que vai se definir além deles. Muito se tem escrito a respeito de como o Brasil pode parar a avalanche argentina, e quase nada se tem dito de como a seleção pode ganhar o jogo. Sinal dos tempos. O time deles é muito melhor, e o nosso não tem tanta gente para ganhar um jogo. É a mediocridade dos dias, e a solução para hoje. Ou, como diz o treinador, e repetem como papagaios os nossos canarinhos, “o Brasil precisa se classificar para, depois, jogar futebol”. É o ponto (perdido) a que chegamos. Ganhar pontos não é sempre sinônimo de jogar bola, ou fazer o “jogo bonito” dos brasileiros. Jogar futebol e ganhar os jogos não tem sido redundância. A técnica não tem sido a mesma, os técnicos foram cinco em três anos, 140 jogadores foram convocados depois da Copa, e a seleção formou um bando debandado a cada derrota. Vencendo ou não, que Felipão possa manter uma base. Se a tiver encontrado, claro. Notas 7 de setembro de 2001 NOTA DO REDATOR-2009 – Brasil de Felipão perde de virada para a Argentina por 2 a 1 e segue com dificuldades para se classificar para a Copa-02 Das falhas deste solo és mãe gentil BUENOS AIRES - É normal perder um jogo aqui na Argentina. É natural um time melhor vencer um pior. Só não pode ser normal uma seleção tetracampeã fazer um gol pela cabeça de um argentino, e perder um jogo pelo pé de um brasileiro, nos dois gols contra do clássico. Pode menos ainda o Brasil só pensar em se defender, se é que se pensa quando só se defende. Ayala e Cris trocaram os sinais. Fizeram o que o solitário Élber e o tridente do ataque argentino no segundo tempo não conseguiram. Gols. As bolas foram todas trocadas. Foi assim na hora do almoço na Plaza de Mayo: uma bateria bem tocada e sincopada mandando bem um batuque brasileiro. Mas era só um piquete de bancários argentinos, pedindo o que os nossos também exigem. É a globalização total. Mas, nessa, quem cantou a bola não viu a cor da mesma no segundo tempo. O Brasil foi imitado no batuque da manhã e no jogo da noite. A Argentina sentiu a falta de Verón. Respeitoso, Bielsa só escalou dois atacantes nos primeiros 45 minutos. E, também por isso, o Brasil marcou muito bem, equilibrou o meio-campo, e contra-atacou com método e velocidade. Ganhou um gol, mas poderia ter ganho o jogo. O segundo tempo foi o esperado. Bielsa voltou ao 3-3-1-3 ultraofensivo, e o Brasil voltou a jogar mal. Isolou Élber. Perdeu Rivaldo e Marcelinho Paraíba. Não segurou a bola à frente, não catimbou, não trocou a bola, e não trocou os jogadores como deveria. Faltou Lúcio na área no gol de empate, sobrou Cris na área no gol da virada. A derrota fora de casa é do jogo. Mas essa bola que os nossos têm mostrado não é do nosso jogo. Culpa do técnico, também. Mas é muito mais da nossa técnica. Tão virtual quanto a inteligência artificial de nossos cabeças. Culpado? Felipão não sabe mais o que fazer. Sei que muitos vão dizer que ele já não sabia antes. Mas, com o que tem nas mãos, é isso que dá para ser feito. Se nossos treinadores têm muitas responsabilidades na formação dos atletas e na deformação dos times, os nossos boleiros é que resolvem (sic) as questões no campo Felipão é franco demais para um cargo tão político. Ele fala o que pensa e, por isso, nem sempre pensa no que fala. O desgaste vem daí. Tanto quanto os placares. 8 de setembro de 2001 NOTA DO REDATOR-2009 – Quando assumira o Brasil, em 2000, Leão convocou o volante Leomar (Sport), e disse que era um típico “jogador nota sete”. Embora não passasse da média cinco. Raspando… 140 leomares, e nenhum nota dez Você já deve ter lido e ouvido todo tipo de impropério para o segundo tempo do fraco Brasil (desfalcado de Ronaldo, Romário, Ronaldinho Gaúcho, Djalminha, Juninho Paulista, Émerson, Edílson, Rogério Ceni e outros tantos nomes possíveis) contra o ótimo time argentino (privado de Verón, Riquelme, Batistuta, Saviola e outros menos que jogam ou têm jogado mais que os nossos). Já ouviu barbaridades contra os métodos, os modos, as manhas, as manias, os medos de Felipão. Do OVNI da Tiazinha às cestas básicas da Jenifer, tudo tem o dedo e o bigode do treinador para muita gente boa. Gente que viu a nata da bola, mas que teima em não tirar a nata do leite quando ele azeda. Sobretudo quando as vacas andam magras em nossos campos. Felipão não é um gênio da raça. Mas não é burro. É dos melhores treinadores do Brasil. Dos melhores do continente. Dos melhores do mundo. Não tem tanta gente boa lá fora nos bancos, não. Tem muito treinador do nível do nosso técnico da Seleção. Todos eles do mesmo nível de uns 100 jogadores do Brasil. Um bom nível. Mas ninguém muito acima da média. São muitos treinadores nota 7 em tudo. Nenhum ganha um 10. É a conta exata dos 140 jogadores que nossos quatro treinadores convocaram em três anos: vários jogadores nota 7. Nenhum 10. Na média, é esse futebol abaixo da própria que a seleção tem jogado por aí. A virada de Buenos Aires tem muito da tática acanhada do Brasil e da estratégia ofensiva da Argentina. Mas tem muito mais da debilidade técnica de um time que não sabe o que fazer com a bola e a vantagem nos pés. Por mais que o técnico tenha as suas responsabilidades, a culpa, mesmo, é dos que estão lá no campo. Sempre. André Dias, Cleiton Xavier, Diego Souza e Diego Tardelli * Réver não vive o melhor dos momentos. Chicão também poderia ser lembrado. Mas André Dias tem jogado muito bem desde 2008. E tem o entrosamento com Miranda. * Cleiton Xavier tem atuado muito bem em várias funções pelo Palmeiras. Pode ficar mais tempo na Seleção, naquela função mista que o machucado Kléberson e o esquecido Anderson desempenhavam. * Diego Souza é o meia-atacante de força e qualidade que o Brasil pode precisar. Função que é de Júlio Baptista. E pode ser, em outro estilo, do juventino Diego - enquanto Ronaldinho Gaúcho não se resolve e não resolve pelo Milan. * Diego Tardelli foi bem contra a Estônia. Se não tem jogado tão bem, merece nova oportunidade, até por poder fazer a função como um dos três meias do 4-2-3-1 de Dunga. Avaí 0 x 2 Internacional * Tudo muda a cada rodada. Mas, hoje, e nas últimas três rodadas, o melhor futebol do BR-09 é do Internacional. Enfrentou um bom adversário bem armado como o Avaí e atuou como se estivesse em casa. Mesmo com um Índio a menos, logo depois do gol que começou a dar na vitória, de Fabiano Eller. Ainda assim, o Colorado teve as melhores chances do jogo. Jogando não apenas bem. Jogando bonito. Ganhando lindo. * Giuliano tem jogado bem demais. Porque enfim tem atuado onde sabe, onde pode como poucos. Onde tem sabido deixar o Inter ainda mais forte. Também pela recuperação de D’Alessandro e de Taison. Confiança que combina com liderança - se o Palmeiras, outro que segue forte, deixar. Sobretudo com Love. * Impressionou a força física colorada. O time manteve o pique mesmo com um a menos o tempo todo - e com dois a menos a partir de 38min. Sempre foi mais equipe na Ressacada. E fez outro golaço com Magrão, na qualidade e na raça. * Eduardo Martini e Lauro garantiram o placar apertado pela qualidade do jogo. Dois bons goleiros em ótima fase. * Além do time titular, o Colorado tem ótimas opções no banco. Entre as que já tinha. E as que chegaram ou explodiram como Edu e Marquinhos. * O Palmeiras tem ganho como favorito, e ganhou demais com Love. Mas o Inter tem jogado e vencido com tal autoridade e qualidade que a diferença é ainda menor que um ponto. Sem jamais deixar de citar o São Paulo. Sempre entre os favoritos. Cruzeiro 1 x 2 São Paulo O Cruzeiro tem perdido pontos e jogos impressionantes no fim. Não parece o time que quase foi campeão sul-americano em julho. O São Paulo ganhou um clássico de virada de modo inacreditável pela pressão que sofria do campeão mineiro. Mas realmente parece o time que é tricampeão brasileiro. E, agora, no terceiro lugar, a quatro pontos do líder. Se não pelo futebol que não foi bom, mas pela recuperação tocante que teve no fim, o São Paulo mantém o pique. “Se alguém tivesse desligado a TV aos 15 minutos, jamais acreditaria que o Cruzeiro fosse perder o jogo”, disse Rogério Ceni, 19 anos de São Paulo hoje, o melhor em campo ao lado o inesgotável Richarlyson. Fato. O primeiro tempo foi ruim. O Cruzeiro, menos pior, mesmo perdendo o artilheiro Wellington Paulista, aos 16 (mais um do hospital celeste). Teve mais chances contra apenas uma tricolor. Num jogo de poucas faltas (méritos dos treinadores), e pouco futebol (culpa de todos), só mais uma falha poderia abrir o placar. Aos 43, saída errada de Jean deu na boa tabela entre Gilberto e Diego Renan, que entrou como Sorín e marcou. O gol encheu a bola mineira. Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, só deu Cruzeiro. O São Paulo não se acertava, marcava ainda pior, o time da casa queria mais. Ricardo sacou o inoperante Hugo, único armador do 3-4-1-2, e apostou em Marlos, aos 16. No minuto seguinte, Adilson atendeu ao grito da china azul e entrou com Guerrón no lugar de Soares (embora Thiago Ribeiro “pedisse” para sair…). O Cruzeiro foi ainda mais à frente e abriu a defesa. No buraco, em bela arrancada de Richarlyson, Marlos avançou e bateu de canhota. Bola defensável para Fábio. Indefensável foi o Cruzeiro mais uma vez não se achar. Perdeu mais gols, e deu mole. O que não pode contra o Clube da Fé. Richarlyson lançou longe Dagoberto. Elicarlos deixou a bola sair. Dagoberto, não. Bateu para a área para a chegada de Borges, que entrara dois minutos antes. Também na primeira bola dele, o gol da quinta virada de placar são-paulina em 2009. Possivelmente, não a última. Porque tem time para tanto. E esse time é o São Paulo. Argentina 1 x 3 Brasil * ARGENTINA – 4-4-2 – Andújar-1; Zanetti-8, Sebá-2, Ottamendi-4 e Heinze-6; Máxi Rodríguez-7, Mascherano-14, Verón-18 e Dátolo-17; Messi-10 e Tévez-11. TÉCNICO - MARADONA * BRASIL – 4-2-3-1 – Júlio César-1; Maicon-2, Lúcio-3, Luisão-4 e André Santos-6; Gilberto Silva-8 e Felipe Melo-5; Elano-7, Kaká-10 e Robinho-11; Luís Fabiano-9. TÉCNICO – DUNGA APITA ÓSCAR RUIZ (COLÔMBIA). CHUTE INICIAL – 2 X 2 * 40s - Tévez divide com Júlio César. Boa saída do brasileiro na tentativa de letra do argentino. Belo lance gringo pela esquerda. PLACAR VIRTUAL – 1 X 0 ARGENTINA * 3min – Bola é dos co-hermanos, O Brasil espera, apenas com L.Fabiano no ataque, contra a frágil linha defensiva comporsta por Ottamendi e Sebá Domínguez – o próprio. * 7min – Brasil chega com mais gente e empurra argentinos um pouco mais para o próprio campo. Seleção tranquila. * 9min – Heinze vai ao fundo e joga por sobre a meta de JC. É o pior sistema defensivo argentino dos últimos 768 anos. * 10min – Argentina joga com velocidade. Mas Verón segue mais atrás. Messi começa a fazer das dele. Sobretudo cortando por dentro, entre André Santos e Felipe Melo. * 11min – Messi pega de fora da área, à direita da meta brasileira. Demos mole. * 13min – Lúcio dá um bico em direção a L.Fabiano. Não é o caso. * 14min – Falta tola e juvenil de Gilberto Silva em Messi. Só o craque do Barça joga. Tévez só faz cara feia – o que não é difícil. Messi cobra na barreira. * 17min – Messi passa brilhantemente por três, mas é contido por Luisão. O gringo passa fácil da direita para a esquerda. Estamos dando mole para ele. Enquanto isso, só Kaká joga. Robinho faz firula, L.Fabiano esquecido. Elano discreto. * 17min – Mascherano agarra Kaká. O árbitro colombiano economiza o amarelo. E dá para o brasileiro, que reclamou. Absurdo. AMARELO. KAKÁ. * 19min – AMARELO. LÚCIO. Puxão em Dátolo. Lance igual ao de Mascherano. * 23min21s – GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. LUISÃO. CABEÇA. Falta batida da direita por Elano. Segundo pau, o zagueiro do Benfica deve ter ficado com medo de tão solitário que estava num lance de bola parada. Mérito brasileiro que não se cansa de fazer gols desse modo. Demérito absoluto argentino que deixa um zagueiro como Luisão absolutamente sozinho. Belo cabeceio. Feia zaga argentina. Tudo nos conformes. Se mantido o placar, o Brasil já está na África do Sul. 1 x 0 BRASIL. PLACAR VIRTUAL – 1 X 1 * Argentina não sente tanto o gol. Brasil chegou na primeira bola parada e jogou toda a responsa para os hermanos. * 27min – Elano e Tévez entram horroroso. Dificilmente dizer quem entrou mais feio. Poderia ser amarelo para todos. * 28min – Falta feia do Máxi no Kaká, que quer jogo. Só falta Robinho querer o mesmo. * 29min53s – GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. LUÍS FABIANO. CANHOTA, DENTRO DA ÁREA. Elano bateu falta da meia esquerda, a bola espirrou na barreira para sobra de Kaká que bateu para trás, Maicon bateu no canto, Andújar espalmou, e o impressionante Fabiano tocou para dentro, novamente livre. Duas vezes chegou o Brasil. 2 a 0 Brasil. PLACAR VIRTUAL – 2 X 1 BRASIL. * 32min – Murcha o Gigante de Arroyito. Impressiona a fase brasileira. Desespera a argentina. Tudo dá muito certo para o time de Dunga, e tudo dá muito errado à equipe de Diego. * 33min – AMARELO. LUISÃO. Falta em Tévez. * A diversão são as caras desoladas de Diego mostradas pela TV. Uma melhor que a outra. Ele parece uma mistura entre a própria avó, Walter Mercado, Michael Jackson, o Coringa do último Batman, e algum vilão de filme B venezuelano. Em resumo: algum personagem de Johnny Depp dirigido por Tim Burton. Em depressão. * 36min – Brasil não precisa forçar. É um ataque, um gol. A Argentina não chega. Só Messi cria. Máxi mal. Verón sem riotmo. * 37min – Máxi na pequena área entra de carrinho. Para variar, milagre de JC, com a perna esquerda, em bom lance de Tévez. Foi só criticá-los… PLACAR VIRTUAL – 2 X 2. * 39min – Estádio calado… * 40min – Furada espicizê de Verón… Na sequência, Dátolo chuta longe… Que pasa, hombre? * 41min – AMARELO. ALELUIA! MASCHERANO. Pegada feia por trás, no tornozelo esquerdo de Kaká, que fazia lindo giro. * 42min – Sensacional defesa de Andújar evita o terceiro gol. Elano bateu falta da meia esquerda para Lúcio dar uma casquinha. A bola aérea é nossa, como já havia comentado – antes do jogo – o nosso considerado Rogério Jovaneli. * 43min – AMARELO. LUÍS FABIANO. Falta por trás em Messi. PLACAR VIRTUAL – 3 X 2 BRASIL. * 44min – Dátolo arrisca e a bola passa rente à trave brasileira. Quando a fase é boa… PLACAR VIRTUAL – 3 x 3. FIM PRIMEIRO TEMPO – Brasil cirúrgico chega na bola parada e deleta Argentina que perde a tranquilidade que tinha com os gols brasileiros. * RECOMEÇOU – MUDA ARGENTINA – ENTRA AGÜERO-16, sai Máxi – Argentina vem para algo próximo a um 4-3-3, com Messi, Agüero e Tévez. Mascherano fica na entrada da área. Verón e Dátolo armam pelos lados. * 2min – Jogo lá e cá. Ótimo para o contragolpe brasileiro. É só saber segurar. A vitória classifica antecipadamente o Brasil para a Copa-10. * 6min - Linda caneta de Kaká puxando o contragolpe. Jogo lá e cá. Ainda. Hermanos bem melhores que antes. Pressão natural. * 7min – Heinze chuta à esquerda. * 8min – Desespero de Diego. Para o ouvinte Cláudio de Stéfano, da Rádio Bandeirantes, Maradona é um “mix de Mercedes Sosa (ou insossa), Monica Lewinsky e a doutora Gisleine advogada dos jogadores”. * 11min – Aguero cabeceia, Lúcio salva. Maior pressão platina. L.Fabiano está da intermediária para trás. * 16min – AMARELO. VERÓN. * 17min – Brasil consegue esfriar o jogo, mas não acerta os contragolpes. Jogo controlado. Argentina arrisca pouco de fora da área. * 18min – L.Fabiano domina livre e bate à direita. PLACAR VIRTUAL – 4 x 3 BRASIL. * 19min40s – GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. DÁTOLO. CANHOTA. FORA DA ÁREA. GOLAÇO. Uma bomba da meia esquerda, JC ainda toca na bola, mas era impossível. Belíssimo gol. Será que dá para eles? Enfim, teremos muito mais jogo. PLACAR VIRTUAL – 4 x 4. * 21min – Torcida só agora começa a botar pilha. * 21min51s – GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. LUÍS FABIANO. PÉ DIREITO. DENTRO DA ÁREA. GOLAÇO. PASSE PRECISO E BRILHANTE DE KAKÁ. ACABOU! Dois minutos depois do gol gringo, passe sensacional de Kaká às costas do zagueiro. Letal. Preciso. A dupla são-paulina faz a diferença. PLACAR VIRTUAL – 5 x 4 BRASIL. * 23min – MUDA BRASIL: ENTRA RAMIRES, sai Robinho; ENTRA DANIEL ALVES, sai Elano. O esquema segue o 4-2-3-1, Daniel e Ramires improvisados para combater e cercar o eventual apoio dos laterais argentinos. Brasil mais trancado. Mas agora não é preciso muito. A Argentina estrebuchou. Ainda é Argentina. Ou foi… * 23min – MUDA ARGENTINA: ENTRA MILITO, sai Tévez. É o desespero, * 25min – Daniel Alves bate cruzado e Ramires quase chega. Dá tudo quase certo para Dunga. * 26min – Messi aparece livre e só não faz porque Luisão salva mais uma vez. Que atuação do zagueiro! PLACAR VIRTUAL – 5 x 5. * 27min – Milito livre. JC, para variar, faz uma defesa impressionante na saída da meta. PLACAR VIRTUAL – 6 x 5 ARGENTINA. * 29min – André Santos manda o pé por sobre a meta de Andújar. Brasil segue muito bem. Mas André poderia ficar mais. Milito aparece bem por ali. * 30min – Daniel Alves manda o pé em falta, Andújar manda a escanteio. PLACAR VIRTUAL – 6 x 6. * 32min – MUDA BRASIL. ENTRA ADRIANO, sai Luís Fabiano. * 32min – Heinze cabeceia no meio do gol. JC fácil. * 32min – Gilberto Silva deveria ter sido expulso em falta feia em Messi. Nem cartão. Até o apito é nosso. * 36min – Adriano e Heinze se pegam. Juizão? Nada. * 37min – Estádio calado… * 38min – AMARELO. RAMIRES. Falta em Dátolo. Feia. * 39min – Tranquilidade e maturidade do Brasil impressiona. * 40min – Kaká ginga à frente de Mascherano, que se estatela no gramado. Que fase dos cohermanos… * 41min – Milito divide com JC, que faz defesa de coragem. PLACAR VIRTUAL – 7 x 6 ARGENTINA. * 44min – Ramires divide com Andújar em bom contragolpe brasileiro. * ACABOU – BRASIL NA COPA. ARGENTINA AMEAÇADA. Primeira vitória brasileira na Argentina desde 1995. Parabéns, Brasil. Parabéns, Dunga. Vocês venceram. Nós agradecemos. NOTAS ARGENTINA – nota 4. Péssima na defesa como de costume, meio-campo desarrumado, ataque inerme. ANDÚJAR – 5 ZANETTI – 5 OTTAMENDI – 4 SEBÁ – 4 HEINZE – 5 MÁXI RODRÍGUEZ – 4 [AGÜERO] – 4 MASCHERANO – 4 VERÓN – 4 DÁTOLO – 7 MESSI – 5 TÉVEZ – 4 [MILITO] - 5 MARADONA – 4 BRASIL – NOTA 8 – Ótimo na defesa, firme no meio, letal no ataque e no contragolpe. JÚLIO CÉSAR – 8 – Que goleiro. Que fase. MAICON – 7 – Que fase. Que força. LÚCIO – 7 – Que presença. Que capitão. LUISÃO – 8 – Que partida. Que gol. ANDRÉ SANTOS – 6 – Que fase. GILBERTO SILVA – 6 – Bateu além da conta. Mas foi bem. FELIPE MELO – 7 – Que fase. Que partida. ELANO – 7 – Que faltas, que assistências. [DANIEL ALVES – 6 ] KAKÁ – 8 – Letal. Preciso. Precioso. ROBINHO – 5 – Vamos jogar bola? [RAMIRES – 5] LUÍS FABIANO – 9 – Nota e número. Que números. Que presença. Que frieza. DUNGA – Dez. classificação antecipada. Virou o jogo e as vuvuzelas. Mauro Cezar Pereira http://espnbrasil.terra.com.br/maurocezarpereira Ganhe ou perca, ninguém é obrigado a "engolir" Dunga e sua crônica estupidez Dunga diz que é "transparente". De fato, transpareceu a todos sua estupidez ao xingar torcedores após um gol do Brasil sobre o Chile, em Salvador. Nem parecia aquele homem calminho que, ao receber de presente o desenho feito por uma criança, disse, dois dias antes, ter o povo ao seu lado. Dunga diz que, ao assumir o comando da seleção, mudou coisas, mexeu com interesses. Mas apesar de sua decantada (por ele mesmo) sinceridade, não revela que interesses são esses e quem são as tais pessoas que deixaram de ser favorecidas com sua chegada. Dunga reclamou, em Teresópolis, das áreas Vips montadas por patrocinadores da CBF. Mas fala do presidente da confederação com a subserviência de sempre, como se o cartola não tivesse nada com aquilo que o próprio treinador da CBF chamou de "circo". Dunga vai se transformando em técnico. Seus resultados recentes são bons, o que merece elogios, independentemente dos jogadores que pode escolher, o que lhe coloca em posição privilegiada. É um bom trabalho, sim, e não há problema em admitir, é óbvio. Mas isso não lhe dá direito a tudo. Dunga não tem no direito de ofender, mesmo que vença todos os jogos. De disparar seu ódio crônico contra tudo e (quase) todos. Nada dá a Dunga a condição de senhor da razão. Nem uma possível conquista da Copa do Mundo lhe concederá tal privilégio. E atura isso tudo quem quer. Dunga tem bons resultados recentes, o que reconheço e elogio, é claro. Como critiquei momentos pífios, casos da maior parte da Copa América e das eliminatórias contra Bolívia, Colômbia (ambos no Rio), Argentina (em BH) e Peru (em Lima). E da inédita derrota para a Venezuela em amistoso. Dunga e seus seguidores se enganam. Não somos obrigados a engolir nada. Muito menos a estupidez de um homem irascível que parece exalar ódio por todos os poros em tempo integral. Um sujeito tão rancoroso que ao erguer a Copa do Mundo, em 1994, disparou palavrões. Seria bom se ele refletisse a respeito. Até que ponto isso faz mal a Dunga? Honestamente, gostaria de vê-lo mais equilibrado, sem mania de perseguição, até porque ele não me parece um maucaráter. Quanto aos seus resultados, para mim tanto faz se vence ou perde com a seleção, não estou aqui para torcer a favor nem contra, como seria com qualquer outro treinador. Algum dunguista vai escrever aqui embaixo que o blogueiro não gosta do Dunga. É claro que não gosto, e nem por isso deixo de admitir seus acertos. Como admirar tal perfil? Por ganhar alguns jogos? Ora, a história do esporte está repleta de deploráveis vencedores. Triunfos não me farão mudar de ideia a respeito. Posso rasgar elogios a uma escalação, uma mudança tática, uma substituição, mas continuarei achando detestável a postura do "professor". Se você curte, se amarra no jeito Dunga de ser, vá em frente. Ou leve pra casa. Estou fora. PS: clique aqui e veja a dica de vídeo do internauta Amadeu Zico se irrita com presidente do Fla por anunciar volta ao clube como dirigente *** Atualizada em 11/9/2009 às 8h48 *** De saída do CSKA, Zico não gostou da declarações do presidente do Flamengo, Márcio Braga, que anunciou sua volta ao clube para comandar o futebol rubro-negro. "O Márcio, por estar empolgado com o projeto, está colocando o carro na frente dos bois. Não falei nada disso e ele sabe que meu objetivo é continuar como treinador", disse, ao blog, por e-mail, o maior ídolo do clube mais popular do Brasil. Para Zico, as declarações do dirigente o colocam sob pressão perante os torcedores rubro-negros num momento no qual negocia sua saída do time russo. A ideia de Braga é convencer o ex-camisa 10 a assumir o que poderá ser a Flamengo S/A, modelo de gestão no formato clube-empresa que a administração cujo mandato termina no final deste ano pretende tornar real. Para isso, é preciso que o CFZ, clube do próprio Zico, seja incorporado, algo que só se tornará real se aprovado no Conselho Deliberativo rubro-negro. A intenção de Márcio Braga é conversar com Zico assim que o treinador voltar ao Brasil. Ele assumiria o Flamengo S/A como dirigente, seria o gestor do futebol. O ex-técnico do CSKA, que negocia detalhes de sua rescisão em Moscou, disse quando da apresentação do projeto que não poderia assumir função alguma no Brasil durante a vigência de seu compromisso com os russos. Com a saída de Zico do clube, o presidente flamenguista espera fazê-lo aceitar a ideia. Contudo, para levar tal plano adiante a situação tem que superar obstáculos. É preciso mudar o estatuto do Flamengo para que o futebol seja separado do restante do clube. Uma das opositoras ao projeto é a ex-nadadora e vereadora Patrícia Amorim, pré-candidata à presidência do clube. A Fundação Getúlio Vargas deverá entregar, em breve, o estudo a ela encomendado para a formatação do Fla S/A com a incorporação do CFZ. "A maior prova de que esse formato de clube-empresa deu errado é que o Flamengo estaria comprando o CFZ", critica Leonardo Ribeiro, o "Capitão Léo", ex-presidente da Torcida Jovem e que preside o Conselho Fiscal rubro-negro, por onde o projeto passará antes de ir ao Conselho Deliberativo. "Posso lhe adiantar que nosso parecer não será favorável", acrescenta. Léo apóia o opositor Clóvis Sahione, que já lançou sua candidatura à presidência, assim como o atual interino no cargo, Delair Dumbrosck, da situação. Plínio Serpa Pinto, aliado do ex-vice de futebol Kléber Leite, é outro que está prestes a apresentar oficialmente sua candidatura, assim como Patrícia Amorim. As eleições para a presidência do Flamengo acontecerão no final deste ano. Cuidado, turma do oba-oba é capaz de "ver" duas seleções brasileiras prontas A vitória sobre o Chile, mesmo com vários desfalques, poderá ser o bastante para despertar euforia desenfreada em "brasileirinhos" e "Pachecos". Portanto, cuidado, caro torcedor ou simpatizante da seleção brasileira — da CBF, se preferir. O cotejo da noite de quarta-feira, em Salvador, como tudo na vida, nos apresentou aspectos positivos e negativos. Vamos a eles. Positivos: * Júlio César segue dizendo presente ao ser exigido. Fez importantes defesas quando o jogo ainda não estava definido. * Nilmar fez um hattrick e chegou aos quatro gols em dois jogos como titular, já que havia marcado diante do Paraguai. Melhor do que a encomenda. * Adriano não vive uma fase tão boa, mas até que se apresentou razoavelmente, mesmo ofuscado pelo atacante do Villarreal. Fato: há boas opções ofensivas e a disputa deverá prosseguir até a convocação final, com Pato, Diego Tardelli, entre outros, lutando por um espaço. Em 2007, antes da volta de Luís Fabiano, havia uma busca desesperada por atacantes, a ponto de Afonso Alves ser chamado algumas vezes e Vágner Love ser titular por toda a Copa América. * Daniel Alves mostrou, mais uma vez, que pode (e deve) ser o coringa no banco do Brasil, eventualmente até como titular. O baiano é muito mais do que reserva do (ótimo) Maicon. * Mesmo sem a companhia de Lúcio, Luisão foi bem, é o terceiro homem da zaga, segundo talvez, se Juan não ficar 100%. * Elano é utilíssimo, até quando sai do banco. Daniel Alves: convocado como lateral-direito reserva, baiano pode ser bem mais útil Negativos: * Felipe Mello, como nos tempos de Flamengo, ainda menino, segue um tanto desmiolado. Expulso corretamente, sequer admitiu o excesso que o fez merecer cartão vermelho. Além disso, insiste nos dribles em zonas perigosas, inadequados para volantes, pela posição que ocupam. * Dunga demorou demais nas alterações após perder um de seus homens de proteção à defesa. Quando as definiu, acertou e ainda teve a sorte de ver Marcelo Bielsa fazer trocas equivocadas, de louco. * André Santos não foi exigido em jogos recentes, como diante da Argentina. Mas o técnico do Chile empurrou Alex Sanchez para cima dele e veio o passeio. O ex-corintiano foi facilmente driblado na jogada do pênalti. No segundo tempo, sem Felipe Mello na cobertura, sua fragilidade defensiva foi escancarada. André não é lateral, mas um ala, no sistema da seleção, pouco ataca, seu ponto forte, e muito tem a marcar, sua deficiência maior. Não dá. * Júlio Baptista não pode ser o reserva de Kaká, contra um adversário mais forte, sem o craque do Real Madrid, vai complicar... Mas com a classificação antecipada e a vitória sobre os chilenos, mesmo com muitos suplentes em ação, não faltará quem observe apenas a primeira parte deste post, e veja muitas outras virtudes no Brasil-il-il-il. Alguém dirá que Dunga já tem "dois times" prontos para o Mundial. Exagero, claro. O time brasileiro está muito bem, de fato, mas ainda faltam ajustes, no elenco final principalmente, até a Copa do Mundo de 2010. Há tempo e segurança, tranquilidade para isso. Vejamos. Lançamento de 3ª camisa dos Citizens mostra Robinho em alta na Inglaterra Adebayor, Roque Santa Cruz e, em destaque, à frente, Robinho. São eles que aparecem na foto do convite feito, via internet, pelo Manchester City para que os torcedores dos Citizens comprem a belíssima terceira camisa do time para a temporada 2009/2010. Este blog, inclusive, apresentou os fardamentos dos times ingleses para o campeonato recéminiciado antes da primeira rodada e este uniforme não aparece no post — clique aqui e veja — porque ainda não havia sido lançado. O City voltou a vestir Umbro após duas temporadas com LeCoq Sportif. A presença de Robinho no material promocional mostra que o brasileiro ainda tem prestígio entre os ingleses, apesar de ter sentado no banco na partida contra o Portsmouth, mais recente vitória do Manchester City na Premier League. Ele alega que pediu ao técnico Mark Hughes para ser poupado. Na página interna do site, a que dá acesso à área do shopping virtual, apenas Robinho aparece no destaque — clique aqui para ver. Nela é possível adquirir por 40 libras a camisa de mangas curtas e 45 libras a de mangas compridas. E então, vais comprar porque é bonita ou fã do Robinho? Ninguém é mais, ou menos, brasileiro por torcer, ou não, pela seleção da CBF Quando começa uma corrida de Fórmula 1, você torce para que os principais adversários dos pilotos brasileiros batam e saiam da prova? E neste período de eliminatórias em fase decisiva, "seca" os maiores rivais da seleção da CBF? Cada um tem o direito de torcer por quem bem entender, e obviamente "secar" os rivais mais odiados. É natural que brasileiros se divirtam com fiascos argentinos, e vice-versa. Mas como diria certo repórter, "me inclua fora dessa". Prefiro uma corrida com os principais carros e pilotos na pista, uma bela disputa, um duelo de grandes. Da mesma forma, considero muito melhor a Copa do Mundo com as principais seleções em ação do que ver o Brasil em meio a times pífios. Parte da mídia adota essa linha dos "brasileirinhos" que torcem e distorcem. Querem o Brasil em primeiro, custe o que custar, mesmo que para isso o nível dos espetáculos despenque. A coisa toma tal dimensão que pessoas nos cobram esse comportamento. Jornalistas de política não têm que fazer campanha para determinados candidatos, mesmo que considerem aquelas as melhores opções para a cidade, o Estado, o País. Jornalistas esportivos também não são obrigados a torcer por atletas brasileiros. Manter neutralidade diante da seleção no exercício do trabalho jornalístico não é sinal de falta de patriotismo. Bandidos, ladrões, corruptos e salafrários em geral vestem a "amarelinha" e festejam gols na Copa do Mundo. Nem por isso são bons cidadãos. Os caras que roubam, desviam verbas, sonegam impostos, agridem, assaltam, matam, etc, não são mais brasileiros do que os que agem com isenção diante das atuações do time "verde-amarelo", por exemplo. Muito pelo contrário, é claro. Portanto, pelo menos aqui, neste blog, não tem essa de Brasil-il-il-il!!! Números confirmam omissão de Robinho na Argentina. Ele será titular na Copa? Contra a Argentina Robinho não cruzou, roubou duas vezes a bola, não driblou. Recebeu duas faltas, finalizou duas vezes, ambas erradas, não fez gol, nem ficou impedido, arriscou um lançamento, equivocado, como dois passes, além de 14 certos, apenas 7% dos toques corretos do Brasil na noite de sábado. Robinho perdeu a bola em seis ocasiões, ficou com ela nos pés por 39 segundos nos 90 minutos de partida em Rosário, não levou cartões, não deu passes para gol, fez uma virada de jogo. Os números do Footstas esmiúçam a atuação daquele que, há dois anos, era apontado por Dunga como seu principal jogador. Acomodado no Manchester City, mesmo com os reforços importantes para a temporada que ainda está no começo, e preguiçoso na seleção. Robinho perde prestígio no melhor momento do time na "Era" Dunga técnico. Se não mudar isso logo, pode perder a posição até a Copa do Mundo da África do Sul. Lesionado, não enfrenta o Chile, em jogo que pode começar a decretar sua perda real de espaço no time. Você barraria Robinho já? Quem entraria no lugar do ex-santista? Montoya perde a 21 voltas do fim, mas está firme no "Carrossel do Capeta" Juan Pablo Montoya está mesmo competitivo nesta temporada da Nascar. Se até o ano passado, correndo de Dodge, era apenas figurante, em 2009 ele pode até lutar pelo título. Na noite de domingo, esteve na liderança e perdeu a chance de vencer a 21 voltas do final, quando, com os pneus desgastados, foi ultrapassado por Kevin Harvick, de Chevrolet, como o colombiano. Mas a vitória ficou com Kasey Kahne, de Dodge! Ele assumiu a ponta nas últimas voltas em Atlanta, logo após a relargada, quando faltavam 11 giros no circuito oval para a bandeira quadriculada. Montoya segue firme entre os 12 mais bem colocados, que disputarão os play-offs decisivos após o terceiro posto na prova do "Carrossel do Capeta" na noite de domingo. Internacional é o único time na zona da Libertadores desde a primeira rodada Na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2006, o Internacional terminou atrás apenas do campeão, São Paulo. Vice, estava, claro, na zona de classificação para a Copa Libertadores, que venceu naquela mesma temporada e, por isso mesmo, tinha vaga assegurada independentemente da Série A. Nos dois anos seguintes, em nenhuma rodada o Colorado ocupou uma das quatro melhores posições na classificação, mesmo sendo muito badalado pelos, em tese, bons elencos que montou. Desta vez tem sido diferente. Em 2009 o campeão gaúcho entrou no campeonato e fincou sua bandeira na zona de elite do torneio, disposto a voltar à competição internacional que não disputa há duas temporadas. É a única equipe que jamais esteve fora do chamado "G-4" nesta edição do Brasileiro. Candidato ao título, a um ponto do líder, o time do Beira Rio dificilmente não irá à Libertadores 2010. Nem o Palmeiras, em primeiro há nove rodadas, tem campanha tão linear. Rodadas na zona de classificação para a Libertadores 2010: Internacional 23 Palmeiras 18 Atlético Mineiro 15 Vitória 12 Goiás 9 São Paulo 5 Náutico 3 Cruzeiro 2 Santos 2 Barueri 1 Corinthians 1 Fluminense 1 Santo André 1 Na Copa, Brasil tem, agora, o desafio de observar seus defeitos antes dos rivais Favorito! Sim, o Brasil já pode ser definido dessa maneira faltando menos de um ano para a Copa do Mundo. Mesmo que Dunga e seus Blue Caps não queiram, a imprensa mundial, os treinadores das demais equipes, não vai faltar quem aponte o time brasileiro como maior candidato em 2010. Tal rótulo, justo, ao mesmo tempo traz perigos. O primeiro deles, chama a atenção de tudo e de todos. Claro que a maioria dos torcedores e jornalistas vai dar destaque aos aspectos positivos do time montado por Dunga, que vai virando técnico, o que deve ser admitido, inclusive por seus críticos mais ferrenhos, como este blogueiro. Um aspecto que não pode ser ignorado: o belo momento do time da CBF não apaga os ruins, vividos na Copa América de 2007, apesar do título, contra Bolívia e Colômbia no Rio, com empates melancólicos sem gols, etc. As análises feitas durante esses três anos de Dunga na seleção, evidentemente, seguem os fatos. E assim continuará sendo, claro. O treinador inventado pela CBF (se eu utilizava tal frase quando as coisas andavam mal, a mesma deve ser utilizada agora, claro) acerta ao não abrir mão de seu sistema defensivo, agora feroz, mais eficiente. Usa bem o contra-golpe e as bolas paradas, que são treinadas, sim, mas nada exaustivo, como dizem alguns coleguinhas... Na quinta-feira foram exatos seis escanteios e oito faltas perto da área. Defeitos do time? O pobre repertório, bola parada, contra-ataque... que mais? Improviso, talento individual, o de sempre. E quando uma boa equipe cruzar o caminho dos brasileiros e souber como obstruir tais pontos? Algo que os franceses fizeram na final da Copa de 1998 e no confronto de 2006. Antes a Itália de 1982. E a própria Argentina em 1990. Faltam cerca de nove meses para o Mundial, tempo suficiente para que o trabalho seja desenvolvido nesta rota, aprimorado. Pois obviamente os rivais do futuro estão, neste momento, e estarão nos que virão, pensando no antídoto capaz de neutralizar os golpes mortais do time brasileiro. Cristiano Ronaldo, Ibra ou os dois fora da Copa. Confira a situação na Europa Nas eliminatórias européias, os destinos das seleções vão se definindo após os jogos deste sábado. Importante lembrar que os primeiros colocados se classificam para o Mundial e os oito melhores segundos vão duelar em sistema de mata-mata na repescagem pelas vagas restantes. Grupo 1: a Dinamarca tem 17 pontos, quatro à frente da Hungria, que empatava com a Suécia e, tolamente, se mandou ao ataque e levou o gol de Ibrahimovic no último lance da partida, tento levou os suecos aos 12 pontos, dois à frente de Portugal, que empatou com os dinamarqueses fora de casa. É dramática a situação dos portugueses, que enfrentarão os húngaros duas vezes, fora e em casa, além de receber Malta na última partida. Cristiano Ronaldo tem que levar sua equipe às vitórias e torcer para que a Suécia perca, na Dinamarca. Pelo menos ele ou Ibra não irá à África do Sul. Talvez ambos vejam a Copa pela TV. Grupo 2: A Letônia venceu em Israel e ameaça a Grécia, derrotada pela líder, Suíça. Os israelenses ficaram em delicada situação com nove pontos contra 13 de gregos e lituanos e 16 dos suíços. Entre as três equipes mais bem colocadas os dois primeiros lugares com três jogos a cumprir por cada seleção. Na próxima rodada a Suíça visitará a Letônia, que na sequência vai à Grécia. Grupo 3: Criada em 1918, a Tchecoslováquia foi dividida em Eslováquia e República Tcheca em 1992. E sempre quando o assunto é futebol, entre os dois povos lembramos dos tchecos como os bons de bola. Pois a Eslováquia está em primeiro com 16 pontos contra nove da República Tcheca. A ameaçar a líder está a Irlanda do Norte, que empatou com a Polônia fora de casa e dona de 14 pontos. Mas a equipe norte-irlandesa tem oito jogos contra sete dos demais candidatos às duas primeiras posições, poloneses e eslovenos, com 11 cada. Todos na briga. Grupo 4: liderança da Alemanha, que tem 19 pontos, seguida da Rússia, 18. As duas seleções se enfrentam em Moscou na quinta-feira e uma vitória russa pode empurrar os alemães para a repescagem. A Finlândia, em terceiro com apenas 13 pontos, tem chances matemáticas. Grupo 5: Com 21 pontos, a Espanha está quase na Copa de 2010. A Bósnia-Herzegovina tem 15 e só não vai à repescagem se a Turquia superá-la. O duelo entre as duas seleções em território bósnio na próxima quarta-feira será de arrepiar. O time da casa terá que vencer para não ficar na obrigação de derrotar os espanhóis, também em Zenica, na rodada final. Os turcos, claro, dependem dos três pontos já nesse próximo compromisso na Bósnia. Grupo 6: a Inglaterra de Fábio Cappello precisa apenas empatar com a Croácia, quarta-feira, em Londres, para carimbar sua ida ao Mundial 2010. Os croatas têm 17 pontos, quatro atrás dos ingleses, três à frente da Ucrânia, que tem um jogo a menos. As duas seleções devem brigar pelo segundo posto até o final. Grupo 7: a França recebeu a Romênia, que já não reúne chances de ir à Copa. Só empatou e a Sérvia, que lidera e receberá os franceses quarta-feira, pode até perder que ainda assim seguirá em primeiro. Provavelmente teremos a Sérvia direto no Mundial da África do Sul e, na repescagem, a ilustre presença do time vice-campeão mundial, com Ribery & Cia. Grupo 8: A Itália chegou aos 17 pontos ao derrotar a lanterna, Geórgia, um à frente da Irlanda, ou Eire, que tem oito jogos contra sete da Azzurra e da Bulgária, que desafiará os italianos na quartafeira. Na rodada seguinte os irlandeses receberão os campeões mundiais em Dublin. Tendência: Itália na Copa e Irlanda na repescagem, o que só deve mudar se os búlgaros aprontarem uma zebra nesta semana em Turim. Grupo 9: A Holanda venceu todos os seus sete jogos e há tempos se classificou. A Escócia se encaminhava para ficar com o segundo posto, que pode levá-la à repescagem, mas levou de 4 a 0 na Noruega e se complicou. Mas os noruegueses devolveram a gentileza, empatando na Islândia. Com os 2 a 0 sobre a Macedônia diante de 50.214 fãs, a Escócia voltou à vice-liderança. Um empate com a Holanda quarta-feira, novamente em Glasgow, garante o segundo posto ao time do Reino Unido. Mas talvez não baste para que dispute a repescagem. Milton Neves - http://blog.miltonneves.ig.com.br/ A pisada de Piquet Então o Nelsinho Piquet estava deprimidinho e aceitou fazer aquela picaretagem no GP de Cingapura em 2008 por ordem do poderoso chefão Briatore? Errou tanto quanto seu chefe ou mais. Se estava vivendo crise emocional que fosse ao psicólogo e não ao autódromo. E por que os dois Piquets não denunciaram o tal crime esportivo à época? Agora, por “despeito”, porque seu filho foi demitido, Piquet pai resolve delatar Briatore só um ano depois? Se o contrato do filho fosse mantido e renovado para 2010 ele ficaria quietinho? Ora, ora, ora… Mas o genial Piquet prestou um belo serviço à F-1 com sua delação que deletará três figuras do mundo da velocidade. São elas: Flávio Briatore, o executivo Pat Symonds e o ex-piloto Nelsinho Piquet, o mais culpado de todos. Ou seja, o Piquet pai deu um tiro no pé. Ou um tiro na barriga da vaca para matar o carrapato. Bem feito, mas o Rubinho Barrichello não deveria ser professor de ética nesse caso, não. Piquet filho errou 100% e ele, Rubinho, em uns 5% ou 10% ao abrir as pernas para Schumacher naquele GP da Áustria, em 12 de maio de 2002. Mas era contratual e sua carreira parece interminável. Já Nelsinho Piquet não correrá mais nem de charrete ou de biga e muito menos o Banco Nacional, o Mappin, a Encol, o Papa-Tudo, a TV Manchete e a Mesbla aceitarão patrociná-lo nem na cueca. Opine! Bolão do Miltão Funciona assim: eu dou o primeiro palpite, você vai em “comentar” e faz o mesmo. Simples! São Paulo 2 x 1 Avaí. Está tão na cara que o Jason Sexta-Feira 13 vai partir para cima do Avaí, mas tão na cara, que o time do Silas vai perder. O Avaí é uma espécie de “Moleque Travesso” com grife, mas não ganhará do São Paulo, não! Flamengo 0 x 1 Sport. Depois de ganhar do Botafogo, o Sport vence mais um carioca. Aliás, os cariocas estão numa draga danada. E se não fosse o Adriano, o Fla estaria fazendo companhia ao “Foguinho” e ao “Fluzinho” na rabeira da tabela. Aliás, o campeão oficial de 87 vencerá o time que “abiscoitou” o título. Internacional 3 x 0 Cruzeiro. Nos últimos dois jogos, o Colorado marcou seis gols. Para manter a média de três por partida, o Interzaço “papa” os mineiros. E ainda bem que o jogo não é no Mineirão, ou melhor, no “Mineirazzo”. Se lá fosse, seria 6 a 0 para o Interzaço. Vitória 2 x 1 Palmeiras. O time baiano já ostentou a alcunha de “a maior surpresa do Brasileirão”, mas deu uma caída. Nada como uma vitória para reanimar a turma. Com o resultado, o Verdão deixa a liderança. Atlético-MG 3 x 0 Atlético-PR. No duelo entre o original e o clone, o Atlético “primeiro” vence o Furacão, no Mineiraço. Aliás, o Mineirão vai tremer mais uma vez. Pois, quando é o Galo, o estádio treme. Quando é o Cruzeiro, o Mineirão “rebola”!!!! Santos 2 x 0 Santo André. Mais um time que perdeu o gás, o Santo André será derrotado pelo Peixe na Vila maravilhosa. Em casa, o Santos não perde nunca! Náutico 2 x 0 Grêmio. Depois de sair da zona de rebaixamento, o Timbu pegou o gosto pela vitória e aprontará para cima dos gaúchos que, depois de perder para o Cruzeiro na Libertadores, não engrenou. E, pior, é horroroso fora de casa. Barueri 5 x 1 Goiás. Eu amo o Goiás, acreditem, mas tenho a impressão de que o time paulista dará uma “sova” nos goianos. Não é perseguição, tampouco desejo, apenas um singelo palpite. Botafogo 1 x 0 Fluminense. O Botafogo já foi “Fogão” e o Flu ja foi “Fluzão”. E enquanto um está mais para o Bangu, o outro parece um Bonsucesso. Com os dois na zona de rebaixamento, nada como um nada honorífico 1 a 0, como diria Walter Abrahão, para deixar tudo como está: ambos numa draga danada! Para relembrar algumas regrinhas: o blogonauta que mais acertar os resultados dos 9 jogos vai ganhar um cooler da Brahma, que enviarei para a casa do sortudo. Só valem palpites cheios, placar 100% na mosca. Se houver empate entre 2 ou mais palpiteiros certeiros, farei um sorteio. Os não premiados, que vierem a perder no sorteio, ganharão uma lembrança especial do meu site www.miltonneves.com.br. Os palpites devem ser postados apenas no Blog até sábado às 16h, para todos concorrerem com 100% dos jogos. E atenção: só valerão palpites com os nomes dos clubes, não valendo apelidos ou abreviações, ok? Ah, e só valerá um palpite por IP (o endereço de cada computador), mas vocês podem tentar a sorte quantas vezes quiserem, valendo, repito, só o primeiro, combinado? Boa sorte! Câmara de SP aprovou concessão do Pacaembu ao Corinthians. Marco Aurélio Cunha, vereador, “falastrão”, superintendente do São Paulo e “inimigo número 1” do Timão, diz que é contra. Eu sou a favor! E o são-paulino Kassab? E você? Uma comissão de vereadores aprovou a concessão do Pacaembu à iniciativa privada. Por 7 votos a 1, ficou decidido que o estádio Paulo Machado de Carvalho será desmunicipalizado. Como o Corinthians é o único interessado em arrendar o local, adivinha quem está prestes a ganhar uma casa nova? E dessa vez sem direito a maquetes faraônicas, espadaúdas e de isopor. Mas, calma! O martelo ainda não foi batido. Agora, o prefeito Gilberto Kassab, caso concorde com a decisão, vai mandar um projeto de lei para a Câmara, que deverá submetê-lo ao apreço de seus vereadores. Aí, sim, se a matéria for aprovada, e depois de o prefeito sancioná-la, o Pacaembu será da Fiel. Mas adivinhe também quem votou contra? Marco Aurélio Cunha, o são-paulino Marco Aurélio Cunha! Os outros sete edis optaram pela destinação privada do Pacaembu. MAC diz que o estádio é do povo, é publico, e não do Corinthians. Eu sou a favor! O Corinthians, salva uma ou outra exceção, é o único que joga lá. Sendo assim, nada mais justo que ele arque com os custos, com as reformas e com a manutenção. Mas que isso fique bem claro, explícito. Tudo no papel, sem deixar dúvidas! Aproveitando o assunto estádio, me veio à memória a chatice do imbróglio FIFA-Morumbi. Se eu fosse o São Paulo, daria uma “banana” para a Copa-14! “Ah, a FIFA não quer o Morumbi, azar da cidade, que não terá jogo”, diria o “seo” SPFC. Aí, sim, tanto o governador Serra quanto o prefeito Kassab vão ter que “se virar nos 30” para construir uma arena e, por conseqüência, não tirar a cidade mais rica do país dos holofotes. Afinal, sem holofote, político nenhum aparece, diz Mauro Beting! Pronto, resolvida mais uma novela! Opine! Em noite de Dunga iluminado, Brasil goleia o Chile com show de Nilmar. E já que estamos na Copa, continuo com a campanha: “Dunga, convoca o Ronaldo, pô!” Aliás, o Dungapoderia aproveitar e chamar o Marcão e o Rogério Ceni também! Argentina perde para o Paraguai e respira por aparelhos. Uruguai ganha, Venezuela faz 3 a 1 no Peru e Bolívia perde para o Equador Em Pituaçu-BA, o Brasil venceu o Chile por 4 a 2, com três gols de Nilmar! Foi só o Dunga mexer no time para as engrenagens “desingriparem”. Mas, se a seleção tivesse empatado ou perdido, daria na mesma, pois uma vaga para a Copa da África do Sul já é nossa. E como faltam dois “jogos-treino”, que tal o Dunga convocar o Ronaldo? Se o Fenômeno estiver no “ponto” em 2010, irá à Copa! Sendo assim, ele tem que estar com o time ainda em 2009. Portanto, “Dunga, convoca o Ronaldo, pô!” Aliás, o técnico poderia chamar também o Marcão e o Rogério Ceni. Seria uma bela homenagem aos dois excelentes goleiros. O Marcos é uma das figuras mais amadas do mundo do futebol; e o são-paulino foi tão simpático outro dia no Terceiro Tempo da Band que ele merece ser titular do Tricolor por mais 42 anos! Mas sem “frangar”, como andou ocorrendo antes da contusão, viu? Quem mais você convocaria para os dois últimos jogos? O Richarlyson pode ser um desses, já que é o melhor do São Paulo hoje. E a Argentina, hein? Xiiiiiiiiii… Acho que a vaca do time de Maradona foi para o brejo. Na verdade, se a Argentina vencer os dois últimos jogos, estará na Copa! Mas, e para vencer, hein? O Paraguai já está lá! E depois o cavalo que é paraguaio… Na Venezuela, o time da casa fez 3 a 1 no Peru. Em La Paz, a Bolívia perdeu para o Equador também por 3 a 1. O mesmo placar de Uruguai 3 x 1 Colômbia. Opine! Mas que novela chata! Essa novela Morumbi-Fifa-Copa do Mundo já está cansando. O secretário-geral da entidade, Jerôme Valcke, já falou “trocentas” vezes que o estádio do São Paulo não tem condições de abrigar jogo. Ora, se não tem, por que a Dona FIFA não bate o martelo e “descredencia” de vez o candidato Cícero Pompeu de Toledo? O Tricolor se defende, diz que o executivo não viu o novo projeto, nunca esteve no Morumbi e, segundo a Folha de hoje, ainda acusa Jerôme de estar envolvido com empresas estrangeiras que estão de olho na construção de outro estádio em São Paulo. Agora, o vilão da vez é o entorno do estádio. Eu passei outro dia lá perto e vi um monte de terreno à venda. Por que o São Paulo não vai até o dono do imóvel, paga uma quantia em dinheiro e oferece algum tipo de parceria/sociedade/sei lá o quê? Outra: pega aquele monte de estacionamento clandestino, aluga os terrenos e os transforma em algo regularizado? Quem vai ao Morumbi sabe como são esses “estacionamentos”. Outro dia, um deles pegou fogo e deu um baita prejuízo aos proprietários de carros. Se não tiver jeito mesmo, aí o São Paulo joga a toalha e as autoridades que se virem para construir uma arena nova. Mas, se for particular, nada de dinheiro público, viu? Aliás, por que o Tricolor não pede ajuda ao Corinthians, “PhD” em maquete de estádio? Quem sabe, assim, os são-paulinos consigam sensibilizar a Fifa com aquelas maravilhas de isopor? Em maio de 2008, o governador Aécio Neves, de Minas Gerais, disse em entrevista ao Domingo Esportivo Bandeirantes que o Morumbi não tinha mesmo condições de abrigar jogo inaugural de Copa. O Morumbi vetado seria a primeira vitória dele contra Serra? Rogério Ceni comemora 19 anos no São Paulo! Defina o grande ídolo Tricolor! Para Rogério Ceni, o dia 7 de setembro não significa somente o dia da Independência do Brasil. Hoje, o goleiro comemora 19 anos trabalhando no Tricolor e se diz orgulhoso pelo feito. “Sofri uma lesão grave, mas voltei a jogar. O único orgulho que tenho de mim mesmo é minha dedicação ao trabalho”, festejou o ídolo são paulino, que está recuperado da lesão mais grave que sofreu em sua carreira. Há 19 anos, Rogério chegou ao São Paulo após iniciar sua carreira no Sinop-MT. No clube, o camisa 1 fez parte das categorias de base antes de ser integrado ao elenco principal. “Este é o clube em que eu adoro jogar. Sinto o maior prazer do mundo aqui. O dia em que eu parar, não sei como será minha vida. O carro já sai sozinho de casa e vai para o CT. A família também é importantíssima, mas minha vida gira muito em torno disso aqui”, afirmou. Rogério Ceni é o jogador que mais vestiu a camisa do São Paulo, com 861 participações, e também é o maior goleiro-artilheiro do futebol mundial, balançando as redes 83 vezes. Dentre os principais títulos conquistados pelo goleiro pelo time do Morumbi, estão incluídos a Copa Libertadores da América (1993 e 2005), o Mundial de Clubes (1993 e 2005) e o Campeonato Brasileiro (2006, 2007 e 2008). Aos 36 anos, o jogador tem contrato com o Tricolor até 31 de dezembro de 2012. São Paulo vira para cima do Cruzeiro, passa o Goiás (que empatou com o Coxa) e se mantém na cola do Palmeiras. Atlético-PR e Fla ficaram no 0 a 0, mas quem apareceu foi o delegado Antonio Lopes, que foi expulso e quis levar o bandeirinha em cana! Em noite de gala, Inter faz 2 a 0 no Avaí; Gxalo vira no finalzinho e Flu, já rebaixado, não ganha nunca mais! Colaborou Sérgio Quintella Cruzeiro 1 x 2 Jason Sexta Feira 13. No Mineirão, quando tem jogo do Cruzeiro, o estádio, além de “rebolar”, muda de nome para Mineirazzo. No começo do segundo tempo, quando o jogo já estava 1 a 0 para os mineiros, parecia que o São Paulo levaria um baile. Mas eis que o Jason acordou e “papou” mais um. Só que hoje o Jason tem outro nome: Ricardo Gomes, que fez duas alterações. Entraram Marlos e Borges. Quem fez os gols? Marlos e Borges. Nota 10 para os dois, mas 10 também para o treinador. E o Richarlyson, que fez mais uma partidaça? Logo, logo, ele estará na seleção. Anooooooootem! Ele e o Ronaldo. Anoooooooootem! E o Goiás, que parece ter perdido um pouco do gás? Empatou com o Coxa, em casa, por 2 a 2. No outro jogo da tarde, Furacão e Fla ficaram no 0 a 0. Lá pelas tantas, o técnico Antonio Lopes foi expulso. E não é que ele foi para cima do auxiliar Altemir Hausmann e quis levá-lo preso? Que papelão! Lopes, que é delegado aposentado, vai levar uma bela bronca da Dona Elza! Com um a menos por todo o segundo tempo (Índio deu um carrinho e foi expulso), o Interzaço nem tomou conhecimento do maravilhoso Avaí. No fim, 2 a 0. Nem a expulsão de Bolívar, no finalzinho, fez os gaúchos tirarem o pé do acelerador. Se Richarlyson foi o melhor do São Paulo hoje, o Magrão foi o que mais jogou na Ressacada! Os gaúchos foram a 43 pontos, um a menos do que o Palmeiras e três a mais do que o São Paulo. Em quarto está o Goiás, seguido pelo Galo, que hoje levou o primeiro gol, mas virou para cima do Santo André. 2 a 1. Viva o Galo Mais Lindo do Mundo! E o Fluminense, que não ganha nem com reza brava? No RJ, o já rebaixado tricolor ficou no 1 a 1 com o Náutico. Coitado do Flu! Coitado do Cuca! Em noite dos “Luízes”, Brasil vence Argentina e carimba o passaporte para a Copa. Agora que a disputa acabou, que tal o Dunga convocar o Ronaldo? Maradona, durante a semana, rezou, bradou, bravateou, ameaçou. Só esqueceu de fazer seu time jogar bola. E a cara dele no fim da partida? Com dois gols de Luís Fabiano e um de Luisão, fizemos 3 a 1 nos argentinos. Mas poderia ter sido 5, 6, 10 a 1. Viva os Luízes! E olha que atuamos com um a menos, já que Robinho Arantes do Nascimento “não jogou”. O engraçado é que agora ninguém mais fala mal do Dunga. Já pensou se ele ganha a Copa? Vai passar ao patamar de técnico top sem ter treinado nenhum time. E o Júlio César, hein? Que partidaça! Semana passada eu disse que o Marcão e o Rogério Ceni deveriam ser os titulares da seleção, mas, óbvio, estava brincando. O Júlio César é o melhor goleiro do mundo. Sem nenhuma dúvida! Agora que já estamos na Copa, que tal o Dunga convocar o Ronaldo para os últimos jogos das eliminatórias? Badalado como Adriano e com futebol de Borges com grife, Vágner Love volta, faz gol de pênalti bem “mandrake” e Palmeiras, com sorte e jogando pouco, mantém a liderança! Ufa, que sufoco! Deu o desfalcado Verdão por 2 a 1 em resultado bem enganoso. O Grêmio Barueri, como quase sempre ocorre com os times pequenos, dominou a maior parte do tempo, perdeu 200 gols e acabou sendo derrotado. O sumido Diego Souza fez um belo gol de cabeça graças aos bons pés de Clayton Xavier e o segundo gol saiu de um pênalti muito pouco pênalti cobrado por Vágner Love. Verdade que foi só uma reestréia, mas o desentrosado Love não empolgou e foi uma espécie de Borges com grife. Mas valeu pelo resultado e o Palmeiras agora irá secar Internacional e São Paulo amanhã dormindo hoje abraçado a 44 travesseiros verdes. Já o Botafogo, pra variar, perdeu em Recife por 2 a 1, desta feita não foi “roubado” e o Sport garante que não cai. Já o Grêmio caiu dois pontos no Olímpico diante do bom Vitória de Vágner Mancini, o vingador. Esse Grêmio, hein? Adora empatar ou perder jogo importante em casa em sábados à noite diante de adversário visitante não favorito. Mas parabéns ao Vitória, que merecia vencer. E o Vasco? Os 2 a 2 de Goiânia ajudaram a fazer subir o time de Dinamite e o bom Atlético Goianiense. O destaque negativo do belo jogo do Serra Dourada foi a má arbitragem de Evandro Rogério Roman, em má fase. Bolão do Miltão Funciona assim: eu dou o primeiro palpite, você vai em “comentar” e faz o mesmo. Simples! Argentina 2 x 1 Brasil. Está tão na cara que vai dar Argentina, mas tão na cara, mas tão na cara, que vai dar mesmo! Será uma “guerra”. E o Maradona vencerá o Dunga, assim como ocorreu na Copa de 90. (Argentina 1 x 3 Brasil) Errei, né? Mas a cara do Maradona ao fim da partida compensa qualquer erro meu, não é mesmo? E viva o Dunga! E que ele convoque o Ronaldo para os últimos jogos! Palmeiras 3 x 1 Barueri. Que Vagner Love o quê! “O cara” no Verdão é o Obina! Obina, não, Super-Obina! Ele vai fazer o Verdão vencer mais uma e se manter na dianteira. ( Palmeiras 2 x 1 Barueri) Na mosca! Mas foi “roubado”. Se o penalti no Obina fosse a favor do Corinthians, o que iria aparecer de “Antonio Lopes” para levar o juiz em cana… Grêmio 1 x 2 Vitória. Lembram-se de quando o Grêmio mandou o Vagner Mancini embora só porque ele “atacava” demais? Pois agora será o castigo! Dará Vitória! Pode anotar! (Grêmio 1 x 1 Vitória) Quase na mosca! E o Grêmio que não engrena, hein? Desse jeito, vai ter que disputar a Copa do Brasil em 2010 e morrer de inveja do Colorado na Libertadores! Sport 1 x 1 Botafogo. Será um jogo duro de assistir. O duelo entre o penúltimo e o antepenúltimo. Vou ver se arrumo outra coisa para fazer nesse horário, viu? Sei lá, passear com o cachorro, brincar com minhas netas… ( Sport 2 x 1 Botafogo) Errei, mas a culpa foi do Sport e da torcida, que fez uma verdadeira festa. Se fosse só pelo Botafogo, teria acertado na mosca! Atlético-PR 1 x 1 Flamengo. Sem Adriano, o Fla é como o Corinthians sem Ronaldo: perde 45,97% da força e 74,32% da graça. E o Furacão, treinado pela Dona Elza, a mulher do Antonio Lopes, pode ficar sem Paulo Baier que, assim como o Imperador e o Fenômeno, é o destaque do time. (AtléticoPR 0 x 0 Flamengo) Acertei na mosca! Mas quem errou foi o delegado Antonio Lopes, que foi expulso e quis levar o bandeirinha em cana. Que cena horrorosa! Goiás 0 x 3 Coritiba. Se Coxa fez 2 a 0 no Avaí semana passada, o que fará com a outra surpresa do campeonato? Ganhar, oras! Será um passeio! (Goiás 2 x 2 Coritiba) Errei, mas o Goiás errou mais. Acabou o gás do time esmeraldino? Acho que sim, viu? Cruzeiro 2 x 1 São Paulo. Vai dar Raposa, só para a torcida azul não dizer que eu só gosto do Galo Mais Lindo do Mundo, o número 1 de Minas. E o Jason? Ah, ganhou uma “forga”. Foi viajar no feriado de 7 de setembro. (Cruzeiro 1 x 2 São Paulo) Na mosquíssima. Se eu digo que vai ser 2 a 1 para um, mas dá 2 a 1 para o outro, quer dizer que acertei o placar, não é mesmo? E mais uma vez o “Mineirazzo” rebolou. Santo André 0 x 2 Atlético-MG. É claro que o Galo vence. Depois de um ou outro resultado ruim, o Atlético retoma o rumo. Podem anotar e me cobrar depois! (Santo André 1 x 2 Atlético-MG) Na mosca! Não disse que o Galo ganharia? Eu sempre acerto! Fluminense 2 x 1 Náutico. Se o jogo entre Fogão e Sport será um “desastre”, o que dizer da partida entre o lanterna e o Timbu, o primeiro da zona de rebaixamento? Uma pena, né? O Flu já está rebaixado! Mas, se não cair, o estreante Cuca deveria no mínimo dividir com Nossa Senhora da Glória o título de padroeiro do Tricolor das Laranjeiras. (Fluminense 1 x 1 Náutico) Praticamente na mosca, né? O Flu, horroroso, já caiu. Avaí 2 x 2Internacional. Um ganha sempre (Inter). O outro venceu “trocentas” partidas seguidas, mas tropeçou na semana passada. Que tal um belo empate? (Avaí 0 x 2 Internacional) Errei, mas o Colorado jogou uma partidaça. Com dois a menos, não tomou conhecimento do maravilhoso Avaí. Atlético-GO 2 x 1 Vasco. O Atlético-GO está louquinho da Silva para tomar a primeira posição do Vasco “Olaria” da Gama. Jogo em Goiânia é sempre difícil, né? Mas o Vasco sobe. Quando isso ocorrer, prometo transferir o título “Olaria” para o Fluminense ou para o Botafogo. (Atlético-GO 2 x 2 Vasco) Na mosca. Acertei três dos quarto gols. Para relembrar algumas regrinhas: o blogonauta que mais acertar os resultados dos 11 jogos vai ganhar um cooler da Brahma, que enviarei para a casa do sortudo. Só valem palpites cheios, placar 100% na mosca. Se houver empate entre 2 ou mais palpiteiros certeiros, farei um sorteio. Os não premiados, que vierem a perder no sorteio, ganharão uma lembrança especial do meu site www.miltonneves.com.br. Os palpites devem ser postados apenas no Blog até sábado às 16h, para todos concorrerem com 100% dos jogos. E atenção: só valerão palpites com os nomes dos clubes, não valendo apelidos ou abreviações, ok? Ah, e só valerá um palpite por IP (o endereço de cada computador), mas vocês podem tentar a sorte quantas vezes quiserem, valendo, repito, só o primeiro, combinado? Boa sorte! O vencedor da semana foi Milton Koakutsu, com cinco acertos. Parabéns a ele e obrigado pela participação de todos! Paulo Calçade - http://espnbrasil.terra.com.br/paulocalcade Messi x Kaká: "Busca la diferencia" Deixe a rivalidade e a raiva de lado, divirta-se. Antes de Argentina x Brasil, o diário Sport, da Catalunha, comparou Messi e Kaká. Como se fosse um clássico entre Barcelona x Real Madrid, encontrou um argentino muito superior ao brasileiro. Depois da inquestionável vitória em Rosário, diante de um Messi apenas esforçado, agora o jornal procura produzir manchetes que possam confortar o jogador do Barça. Na arte de Caye, o Sport encontrou a grande diferença. “No Barcelona é treinado por Pep Guardiola e na Argentina por Diego Maradona”, diz o texto na charge. Aproveite e dê suas notas para os jogadores depois da rodada das Eliminatórias. As notas do Sport, antes do fiasco argentino, foram as seguintes: Velocidade - Kaká (7): Menos físico. - Messi (10): Elétrico. Habilidade - Kaká (8): Combinativo. - Messi (10): Mágico. Visão de jogo - Kaká (9): Inventivo. - Messi (7): Oportunista. Capacidade de decisão - Kaká (9): Inteligente - Messi (10): Letal. Desequilíbrio - Kaká (8): Técnico. - Messi (10): Imparável Projeção - Kaká (6): Estancado. - Messi (9): Sem limite. Total - Kaká (7,8): Não parece ser o líder pelo qual o Real Madrid suspira desde o adeus de Zidane, mas elevará o nível da equipe e ser chave para Pellegrini. - Messi (9,3): É difícil encontrar problemas no jogo de Léo Messi. É o melhor jogador mundo e segue melhorando... Chegará até onde ele quiser. O Flamengo está preparado para receber Zico? A possibilidade de Zico voltar ao Flamengo é um sonho. Ele não vai jogar, não vai assumir o time como treinador, mas pode fazer muito mais pela instituição após deixar o CSKA. Não vai ser fácil apaziguar a política do clube, onde parece haver mais interesse pelo poder do que por saídas concretas para o futebol. O Flamengo merece o topo, merece se livrar do labirinto político dos cartolas e ganhar um gestor admirado por uma belíssima história construída dentro de campo. E será preciso ter muita coragem para encarar mudanças radicais na maneira de administrar o futebol. Tomara que o Flamengo consiga perceber a oportunidade que a história lhe oferece. Zico parece estar preparado. Mas e o Flamengo? Faltou alguém na convocação de Dunga? Demorou, mas foi boa a convocação de Dunga para as vagas de Luís Fabiano, Ramires, Kaká, Robinho e Lúcio. Diego Tardelli, Diego Souza, Cleiton Xavier e André Dias foram bem escolhidos. O grande problema estava no banco de reservas. Havia seis jogadores, sendo dois volantes, Lucas e Sandro. Estava desequilibrado. O ideal seria ter como suplentes Victor, Daniel Alves, Miranda ou Juan, Lucas, Diego Souza, Cleiton Xavier e Diego Tardelli. Claro que não faz parte dos sonhos do treinador convocar jogadores que jamais vestiram a camisa da seleção e colocá-los para jogar com apenas um treinamento. Mas pode acontecer desta vez. Dunga cometeu alguma injustiça? Quem você chamaria para a seleção? Lembre-se que Dunga foi obrigado a chamar jogadores que atuam no Brasil. Tudo pelo esporte A informação oficial é a seguinte: a França apoia o Brasil para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e nós devolvemos a gentileza para a cidade de Annecy, candidata aos Jogos de Inverno de 2018. Simples. Então é isso? Pensei que fosse também reflexo do acordo militar, o maior da história brasileira, que resultará na compra de aviões de combate, helicópteros e submarinos, além de uma importante transferência de tecnologia para o nosso país. Não vou discutir a segurança do Brasil nem os R$ 30 bilhões que gastaremos com os brinquedinhos de guerra franceses. Mas é óbvio que o esporte entrou no pacote, aquilo que muita gente costuma definir como um “plus a mais”. História de amor e profisionalismo São números superlativos: 861 partidas, 19 anos de clube. Isso mesmo, Rogério Ceni veste a mesma camisa há quase duas décadas. É um caso raro, principalmente no futebol atual, repleto de oportunidades Mas não deve ser visto como um exemplo a ser perseguido. Uma relação tão duradoura simplesmente acontece, não pode ser programada, por mais dedicação que ela receba das duas partes. Rogério é um caso especial. É importante refletir sobre o que leva um jogador a ficar tanto tempo sob o mesmo travessão. Trata-se de um sujeito extremamente profissional e bem articulado. Sabe o que quer e onde pisa. É uma data para ser comemorada. Argentina x Brasil ou Barcelona x Real Madrid? Para boa parte da imprensa espanhola, Argentina x Brasil é uma extensão da rivalidade Real Madrid x Barcelona. O jornal Sport, da Catalunha, fez uma comparação entre Messi e Kaká, protagonistas do confronto deste sábado. É claro que deu Messi, como daria Kaká se a comparação tivesse sido feita em Madrid. Faz sentido, é a rivalidade que move o futebol. E que sustenta a semana na Espanha, sem seus principais jogadores, cedidos para as seleções. No final do “estudo” do Sport, Messi ganhou nota 9,3 e Kaká 7,8. O argentino venceu tudo na última temporada com o Barcelona. Com a ótima equipe do Barcelona. Já com a seleção não foi bem, ao contrário de Kaká, enroscado na ruindade do Milan e campeão da Copa das Confederações com o Brasil. O talento faz toda a diferença, mas não se pode esquecer que o futebol ainda é um esporte coletivo. A Argentina estaria bem melhor nas Eliminatórias se tivesse Piqué, Daniel Alves, Xavi, Iniesta, Eto'o e Henry, os ótimos companheiros de Messi no Barça. Vale a brincadeira. Veja a análise do Sport : Velocidade - Kaká (7): Menos físico. Não é muito rápido na hora de executar os movimentos, mas é capaz de pensar o que fazer em centésimos. Não é um jogador explosivo, mas é o suficiente para sua posição. - Messi (10): Elétrico. É um de seus pontos mais fortes, já que é capaz de correr muito rápido com a bola quase grudada aos pés. Além disso, se destaca ainda mais quando os espaços são muito curtos. Habilidade - Kaká (8): Combinativo. Sua habilidade é maior parado, onde se desenvolve com maestria. Domina o jogo de toque, mas não se esbanja muito no drible e destaca mais como passador. - Messi (10): Mágico. Vê-lo jogar é um espetáculo, domina à perfeição todos os dribles. Não costuma fazer firulas e normalmente aposta pela praticidade. É um prodígio de coordenação e talento. Visão de jogo - Kaká (9): Inventivo. É possivelmente sua maior virtude. Em sua posição, domina todos os espaços e percebe com rapidez a situação de seus companheiros. É muito rápido e vê as jogadores antes que todos. - Messi (7): Oportunista. Costuma finalizar e não recorre em excesso ao passe, ainda que domine esta qualidade mais que qualquer atacante, como demonstrou na Supercopa da Europa com sua assistência a Pedro. Capacidade de decisão - Kaká (9): Inteligente. Não é tão decisivo como Messi, mas sua experiência o ajuda a saber o que fazer em cada momento. E... poucas vezes erra, ainda que às vezes passe um pouco despercebido. - Messi (10): Letal. Sabe carregar a equipe nas costas nos momentos decisivos, apesar de sua juventude. Nunca se esconde e sempre mira o gol adversário, mesmo quando o físico começa a falhar. Desequilíbrio - Kaká (8): Técnico. Por não ser tão veloz, às vezes pode ser mais previsível. Apesar disso, suas enormes qualidades técnicas lhe permitem sair bem de situações complicadas. É o meia-atacante total. - Messi (10): Imparável. É o jogador mais desequilibrante do planeta. Imparável no um contra um, é um martírio para as cinturas dos rivais. Cada temporada, suas ações valem pontos e... títulos. Projeção - Kaká (6): Estancado. Tocou o céu na temporada 2006/07, quando levou todos os prêmios individuais e ganhou a Champions League com o Milan. Contudo, com seus 27 anos, parece não conseguir mais. - Messi (9): Sem limite. Com apenas 22 anos, segue crescendo como jogador. A última temporada foi a melhor de sua carreira e ainda é capaz de mais. Seu futuro depende dele mesmo... de sua força mental. Total - Kaká (7,8): Não parece ser o líder pelo qual o Real Madrid suspira desde o adeus de Zidane, mas eleverá o nível da equipe e ser chave para Pellegrini. - Messi (9,3): É difícil encontrar problemas no jogo de Léo Messi. É o melhor jogador mundo e segue melhorando... Chegará até onde ele quiser. Preocupadas com a administração dos clubes, Fifa e Uefa começam a agir A Fifa proibiu o Chelsea de contratar jogadores até janeiro de 2011. É a punição pelo clube inglês ter aliciado o atacante francês Gael Katuka, de 18 anos, que deixou o Lens em 2007. O Chelsea vai recorrer e o caso ainda deverá render novos capítulos. O que chama a atenção nessa história é o interesse das entidades de administração do futebol em colocar ordem nos clubes. E vem mais por aí. Em dez dias o conselho executivo da Uefa deve aprovar o conceito de "fair play financeiro", cujo objetivo é “melhorar a justiça financeira nas competições europeias e a estabilidade a longo prazo do futebol de clubes”, explica a entidade dirigida por Michel Platini. Com a medida, os clubes serão obrigados a equilibrar suas contas e a honrar seus compromissos. A Uefa entende que conseguirá estimular investimentos a longo prazo e brecar a especulação financeira no mundo do futebol. É muito cedo para garantir que vai dar certo, que o futebol abrirá suas contas e atingirá o equilíbrio. Timidamente, porém, as ideias da boa gestão começam a ganhar espaço também no Brasil. Com o poder que tem, a Fifa pode ajudar decisivamente o futebol brasileiro, expandindo os conceitos da Uefa para as outras confederações. Só será possível com o empenho das principais associações nacionais. Nossos clubes já perceberam que do jeito que está a bomba vai explodir. Se é que já não explodiu. Jogada espetacular define o clássico O gol no início do segundo tempo foi um presente. Na bola parada, depois de um primeiro tempo ruim, o Santos tinha o controle do placar, mas não do jogo. O time de Luxemburgo não soube se posicionar para enfrentar a pressão do Corinthians. Recuou muito e permitiu ao adversário jogar, procurar os lados do campo com perigo constante. Madson, Robson, Neymar e Paulo Henrique Ganso decepcionaram. O gol da virada foi um primor de jogada, de bola parada, aparentemente resultado de muito treinamento. Mano desfez o encanto ao revelar que a jogada foi executada sem seus atores principais, como o lateral Marcinho. Deu certo, premiou o time mais interessado na vitória. O Corinthians finalizou 22 vezes, contra sete do Santos. O drama de Maradona Um clássico como Argentina x Brasil não precisa de explicação. Não existe amistoso entre grandes rivais, entre dois dos mais importantes países da história do futebol. Mas esta partida é especial. Além da rivalidade, os argentinos precisam da vitória para fugir do perigoso quarto lugar das Eliminatórias. Restam quatro rodadas para o encerramento da competição. O time de Messi possui campanha desequilibrada: 81% de aproveitamento em casa, perigo para Dunga, e apenas 24% como visitante, vexame para Maradona. A única vitória fora aconteceu no dia 16 de outubro de 2007, 2 a 0 sobre a Venezuela. Além do Brasil, a Argentina enfrenta o Peru em casa. Três pontos garantidos. O problema está nas partidas fora: Paraguai e Uruguai. Os uruguaios podem terminar esta rodada dupla com vitórias sobre o Peru e a Colômbia. Saltariam para 24 pontos e pegariam Maradona na última rodada, depois do Equador. Pode ser final de Copa do Mundo. Cheiro de repescagem no ar? Cuidado, Diego! Seria um dos maiores vexames da história. Ainda mais para um deus. É o drama de Maradona. Perigoso. Classificação: 1 - Brasil - 27 pontos 2 - Chile – 26 3 - Paraguai – 24 4 - Argentina – 22 5 - Equador – 20 6 - Uruguai – 18 7 - Colômbia – 17 8 - Venezuela – 17 9 - Bolívia – 12 10 - Peru – 7 Aproveitamento como mandante: 1 – Paraguai – 83% 2 – Argentina – 81% 3 – Brasil – 71% 4 – Equador – 62,5% 5 – Chile – 62% (saldo de 5 gols) 6 – Colômbia – 62% (saldo de 3 gols) 7 – Uruguai – 57% 8 – Bolívia – 52% 9 – Venezuela – 48% 10 – Peru – 33% Aproveitamento como visitante: 1 – Chile – 62% 2 – Brasil – 57% 3 – Paraguai – 37,5% 4 – Venezuela – 33% 5 – Uruguai – 29% 6 – Equador – 28% 7 – Argentina – 24% 8 – Colômbia – 19% 9 – Bolívia – 5% 10 – Peru – 0% Próximos jogos : Chile x Venezuela Peru x Uruguai Paraguai x Bolívia Colômbia x Equador Argentina x Brasil Uruguai x Colômbia Brasil x Chile Bolívia x Equador Paraguai x Argentina Venezuela x Peru Argentina x Peru Bolívia x Brasil Equador x Uruguai Colômbia x Chile Venezuela x Paraguai Uruguai x Argentina Brasil x Venezuela Paraguai x Colômbia Chile x Equador Peru x Bolívia Cuca é a solução? Sai Renato, entra Cuca. A cada rodada, o clube fica mais próximo do rebaixamento para a Série B. A situação é resultado de vários fatores: má gestão, dupla administração do futebol e contratações equivocadas. A 16 partidas do encerramento do Campeonato Brasileiro, não há mais tempo para consertar todos os problemas. A crise é profunda e o desespero toma conta do Fluminense. Para Renato foi um alívio. Para Cuca, desde que o contrato termine ao final de 2010, talvez tenha sentido. Salvar o time do rebaixamento será um milagre. O Fluminense precisa de alguém que lhe devolva um pouco de futebol e produza uma profunda mudança no comportamento psicológico nos jogadores. Diante desse quadro, Cuca não parece a melhor escolha. Não é tarefa fácil. para ninguém. O torcedor não merece ver seu clube moído pela insensatez dos cartolas e suas briguinhas pelo poder. PVC - http://espnbrasil.terra.com.br/pvc/ Informações e palpites da 24ª rodada SÃO PAULO x AVAÍ Sábado, Morumbi, 18h30 SÃO PAULO – Problemas – Hernanes (machucado), Richarlyson (terceiro cartão), André Dias (terceiro cartão) – Time provável (3-4-1-2) – Rogério, Miranda, Renato Silva e Rodrigo; Jean, Arouca, Jorge Wágner e Júnior César; Marlos; Borges e Dagoberto. Técnico: Ricardo Gomes AVAÍ – Problemas – Nenhum – Time provável (3-4-1-2) – Eduardo Martini, Rafael, Émerson, Augusto; Luís Ricardo, Ferdinando, Léo Gago e Eltinho; Marquinhos e Muriqui; William. Técnico: Silas CURIOSIDADE – As duas equipes nunca se enfrentaram pelo Brasileirão, no Morumbi. PALPITE – São Paulo ARBITRAGEM – Leandro Vuaden (RS); Altemir Hausmann, Marcelo Bertanha Barison FLAMENGO x SPORT Sábado, Maracanã, 18h30 FLAMENGO – Problemas – Williams (expulso), Juan (machucado) – Time provável (3-4-1-2) – Bruno, Álvaro, Ronaldo Angelim e Aírton; Leonardo Moura, Lenon, Maldonado e Everton; Petkovic; Dênis Marques e Adriano. Técnico: Andrade SPORT – Problemas – Luciano Henrique (terceiro cartão), Andrade (terceiro cartão), Igor (terceiro cartão) – Time provável (4-3-1-2) – Magrão, Élder Granja, Juliano, Durval e Dutra; Sandro Goiano, Zé Antônio, Fabiano e Paulinho; Arce e Wilson. Técnico: Péricles Chamusca CURIOSIDADE – Ano passado, gol de Vandinho no último minuto deu vitória ao Flamengo no Maracanã por 2 x 1. PALPITE – Flamengo ARBITRAGEM – André Luís de Freitas Castro (GO); Cristian Passos Sorence, NIlson de Souza Monção SANTOS x SANTO ANDRÉ Domingo, Vila Belmiro, 16h SANTOS – Problemas – Paulo Henrique Ganso (seleção sub-20) – Time provável (4-2-3-1) – Felipe, George Lucas, Fabão, Eli Sabiá e Léo; Émerson e Rodrigo Souto; Alan Patrick, Felipe Azevedo e Mádson; Kléber Pereira. Técnico: Vanderlei Luxemburgo SANTO ANDRÉ – Problemas – Nunes (terceiro cartão), Wanderlei (terceiro cartão) – Time provável (4-3-1-2) – Júlio César, Rômulo, Cesinha, Arthur e Gustavo Nery; Fernando, Ricardo Conceição, Sidnei e Júnior Dutra; Marcelinho e Rodrigo Fabri. Técnico: Sérgio Soares CURIOSIDADE – No Paulistão, vitória do Santos por 3 x 0, na Vila Belmiro. PALPITE – Santos ARBITRAGEM – Paulo César de Oliveira (SP); Ednílson Corona, Émerson Augusto de Carvalho INTERNACIONAL x CRUZEIRO Domingo, Beira Rio, 16h INTERNACIONAL – Problemas – Giuliano (seleção sub-20), Índio (expulso), Bolívar (expulso), Índio (expulso) – Time provável (4-3-1-2) – Lauro, Danilo Silva, Sorondo, Fabiano Eller e Kléber; Sandro, Magrão, Guiñazú e D’Alessandro; Taison e Alecsandro. Técnico: Tite CRUZEIRO – Problemas – Wellington Paulista (machucado), Athirson (machucado), Kléber (machucado), Fabinho (machucado), Jancarlos (machucado), Léo Fortunato (machucado), Thiago Heleno (machucado, dúvida) – Time provável (4-3-1-2) – Fábio, Patrick, Leonardo Silva, Cláudio Caçapa e Diego Renan; Fabrício, Henrique, Marquinhos Paraná e Gilberto; Guerrón e Thiago Ribeiro. Técnico: Adílson Batista CURIOSIDADE – O Cruzeiro não vence no Beira Rio desde 2002, quando ganhou por 1 x 0, gol de Luisão. PALPITE – Internacional ARBITRAGEM – Paulo Henrique Bezerra (SC); Kléber Lúcio Gil, Claudemir Maffessoni VITÓRIA x PALMEIRAS Domingo, Barradão, 16h VITÓRIA – Problemas – Magal (expulso), Ânderson Martins (machucado) – Time provável (4-3-1-2) - Viáfara, Apodi, Fábio Ferreira, Wallace e Leandro; Vânderson, Uellinton e Carlos Alberto; Leandro Domingues; Neto Berola e Roger. Técnico: Vágner Mancini PALMEIRAS – Problemas – Diego Souza (terceiro cartão) – Time provável (3-4-1-2) – Marcos, Maurício, Danilo e Marcão; Wendell, Souza, Edmílson e Armero; Cleiton Xavier; Vágner Love e Obina. Técnico: Muricy Ramalho CURIOSIDADE – No Barradão, em 2003, Vágner Love marcou seu primeiro gol pelo Palmeiras. PALPITE – Empate ARBITRAGEM – Sandro Meira Ricci (DF); Carlos Berkenbrock, Ênio Ferreira de Carvalho ATLÉTICO MINEIRO x ATLÉTICO PARANAENSE Domingo, Mineirão, 16h ATLÉTICO MINEIRO – Problemas – Aranha (machucado), Wélton Felipe (machucado), Éder Luís (machucado), Carini (sem condição legal), Márcio Araújo (sem condição física) – Time provável (34-1-2) – Bruno, Jonílson, Jorge Luís e Werley; Coelho, Carlos Alberto, Correa e e Thiago Feltri; Evandro; Rentería e Diego Tardelli. Técnico: Celso Roth ATLÉTICO PARANAENSE – Problemas – Rafael Miranda (emprestado), Rhodolfo (machucado) – Time provável (3-4-1-2) – Gallatto, Manoel, Nei e Chico; Wesley, Valencia, Fransérgio e Márcio Azevedo; Paulo Baier; Marcinho e Alex Mineiro. Técnico: Antônio Lopes CURIOSIDADE – Em 1996, os dois Atléticos fizeram uma das quartas-de-final do Brasileirão. O Atlético Paranaense havia terminado a primeira fase em quarto lugar, o Galo em quinto. O Atlético Mineiro se classificou com vitória por 3 x 1 e derrota por 1 x 0. PALPITE – Atlético Mineiro ARBITRAGEM – Pablo dos Santos Alves (RJ); Erich Bandeira, Edinei Mascarenhas BARUERI x GOIÁS Domingo, Arena Barueri, 18h30 BARUERI – Problemas – Otacílio Neto (terceiro cartão), Everton (julgamento na sexta, no STJD, dúvida) – Time provável (3-4-1-2) – Renê, André Luís, Leandro Castan e Xandão; Marcos Pimentel, Ralf, Everton e Márcio Careca; Thiago Humberto; Flavinho e Val Baiano. Técnico: Diego Cerri GOIÁS – Problemas – Rafael Tolói (seleção sub-20), Douglas (seleção sub-20) – Harlei, Leandro Eusébio, Valmir Lucas e Ernando; Vítor, Amaral, Everton e Júlio César; Fernandão; Iarley e Felipe. Técnico: Hélio dos Anjos CURIOSIDADE – É o primeiro jogo da história entre as duas equipes, em Barueri. PALPITE – Empate ARBITRAGEM – Francisco Carlos Nascimento (AL), Márcio Eustáquio NÁUTICO x GRÊMIO Domingo, Aflitos, 18h30 NÁUTICO – Problemas – Nilson (terceiro cartão), Juliano (machucado), Fernando (machucado), Ânderson Lessa (machucado) – Time provável (3-4-1-2) – Glédson, Asprilla, Cláudio Luís e Márcio; Patric, Derlei, Rudinei e Michel; Aílton; Carlinhos Bala e Acosta. Técnico: Geninho GRÊMIO – Problemas – Nenhum - Time provável Victor, Mário Fernandes, Rafael Marques, Réver e Lúcio; Adílson, Fábio Rochemback, Túlio e Tcheco; Souza e Máxi López. Técnico: Paulo Autuori CURIOSIDADE – Depois da Batalha dos Aflitos, o Grêmio não perdeu mais na casa do Náutico. Venceu por 2 x 0 em 2007 e empatou por 1 x 1 em 2008. PALPITE – Náutico ARBITRAGEM – Wilson Luís Seneme (SP); Gílson Bento Coutinho, Ivan Carlos Bohn BOTAFOGO x FLUMINENSE Domingo, Engenhão, 18h30 BOTAFOGO – Problemas – Castillo (voltando da seleção), Wellington (terceiro cartão) – Time provável (3-4-1-2) – Jéferson, Juninho, Émerson e Teco; Alessandro, Leandro Guerreiro, Jonatas e Eduardo; Lúcio Flávio; Reinaldo e André Lima. Técnico: Estevam Soares FLUMINENSE – Problemas – Fred (machucado), Ezequiel González (sem documentação, dúvida), Marquinho (terceiro cartão) – Time provável (4-3-1-2) – Rafael, Ruy, Gum, Luís Alberto e Paulo César; Diogo, Diguinho, Ezequiel González e Conca; Alan e Adeílson. Técnico: Cuca CURIOSIDADE – Nos três últimos clássicos, uma vitória para cada lado por 1 x 0 e um empate. PALPITE – Botafogo ARBITRAGEM – Rodrigo Nunes de Sá (RJ), Dibert Pedrosa Moisés, Marco Aurélio dos Santos VASCO x PARANÁ Sexta-feira, Série B, São Januário, 21h VASCO – Problemas – Carlos Alberto (expulso), Aloísio (machucado), Alex Teixeira (seleção sub-20), Souza (seleção sub-20) – Time provável (4-2-2-2) – Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vilson, Gian e Ramon; Mateus, Nílton, Alan e Phillipe Coutinho; Robinho e Élton. Técnico: Dorival Júnior PARANÁ – Problemas – Nenhum – Time provável (3-5-2) – Zé Carlos, Dedimar, Montoya e Freire; Marcelo Toscano, Adoniran, Luís Henrique, Davi e Márcio Goiano; Rafinha e Wellington Silva. Técnico: Ageu CURIOSIDADE – Há dois anos, o Paraná caiu em São Januário, numa derrota por 3 x 0 para o Vasco. PALPITE – Vasco ARBITRAGEM – Jaílson Macedo de Freitas (BA); Luís Carlos Silva Teixeira, Ádson Márcio Lopes Leal Nilmar ou Daniel Alves? Qual deles merece ser titular? Tá bom, tá bom... Nilmar foi o melhor em campo. Fez três gols e participou de outro, roubando a bola e entregando a Daniel Alves, que ofereceu o passe a Júlio Baptista. Mas e Daniel Alves? O que jogou o bom baiano com a camisa 7 foi uma enormidade. Nos dois casos, achados de Dunga. Daniel sempre foi lateral na Europa, depois de ter sido campeão mundial sub-20 em 2003 pela Seleção Brasileira também na lateral direita. Verdade que um lateral diferente de Maicon. Daniel entra em diagonal, como se fosse um meia. E foi isso o que pode ter dado a Dunga a ideia de lançá-lo no meio-de-campo na partida contra a Argentina, na final da Copa América de 2007. Contra o Chile, Dunga teve a sacada de escalar de novo Daniel Alves, mais pela bola que tem jogado do que por estar na Bahia. E difícil será tirá-lo da equipe daqui por diante. Daniel como reserva de Maicon é solução. Nada como uma posição com titular e reserva. Mas dá para deixá-lo de fora jogando o que jogou? Não dá! Então, Daniel deve ser o novo titular de Dunga. Ele está merecendo jogar, como disse Dunga a respeito de Luisão. Felipe Mello, que vinha merecendo jogar, não vai ficar de fora. Mas que merecia, ah merecia. Pelo cartão vermelho estúpido que levou e prejudicou o time. Pelo toque de calcanhar medonho que quase permitiu a Alexis Sanchez marcar para os chilenos. E Nilmar... Bem, Nilmar vai fazer Robinho se coçar. Ser titular ainda me parece uma questão para discutir em outros jogos. Tango nas Eliminatórias A divisão entre o ataque e a defesa da Argentina é gritante. São dois setores estanques. O ritmo que Verón impunha no meio-de-campo, em Assunção, até ser expulso, era o inverso da velocidade de Messi e Aguero, quando a bola chegava à frente. O meio-de-campo cá atrás. O ataque lá na frente. E assim começou a haver ligação direta, depois de um início de bom trabalho de posse de bola dos argentinos. Falta estratégia e, quando isso acontece, parecem faltar jogadores também. Fosse no Brasil, alguém estaria contestando a qualidade de Daniel Alves, Nilmar, Júlio Baptista. Na Argentina, não há como discutir o talento de Messi, Verón, Aguero. Há como discutir a maturidade para ser apontado como o melhor do mundo, isso sim. Se Messi não faz o time girar em torno de si, como ser eleito o melhor do planeta num ano em que fracassa na missão de levar Mesmo seu assim, está time claro que à o problema Copa da Argentina do não é Mundo? falta de jogador. Mais claro está que técnico pode não fazer diferença. Mas não ter um faz uma falta desgraçada. Principalmente quando a intenção é a escolha apenas para jogar para a galera. Trabalhar é muito mais importante do que dar satisfação. Capello pode classificar ingleses com melhor desempenho da história A Inglaterra só precisa de um empate contra a Croácia nesta quarta-feira, para garantir a classificação para sua 13a Copa do Mundo. Parece ser menos do que a obrigação, mas não é. Há dois anos, a Inglaterra terminava em terceiro lugar um grupo que classificou russos e croatas para a Eurocopa. O fiasco causou a demissão do técnico Steve McLaren e a contratação de Fabio Capello. McLaren, com 57% de aproveitamento, era o penúltimo pior técnico da história do English Team, em números. Fabio Capello, hoje, é o melhor. São 17 partidas, com 13 vitórias, dois empates e duas derrotas, ou 80% de aproveitamento. Nesse período, Wayne Rooney é o goleador, com 10 gols. Em todos os tempos, o melhor aproveitamento pertencia a Alf Ramsey, campeão mundial como treinador em 1966. Em segundo lugar, Glenn Hoddle, que dirigiu a equipe entre 1996 e 1998 e acumulou 69% de aproveitamento, índice idêntico ao de Ramsey. Abaixo, confira o aproveitamento de todos os 12 treinadores da Inglaterra. Kevin Keegan tem o pior aproveitamento: 1. Fábio Capello - 17j, 13v, 2e, 2d, 80% (desde 2008) 2. Alf Ramsey - 113j, 69v, 27e, 17d, 69% (1963 a 1974) 3. Glenn Hoddle - 28j, 17v, 6e, 5d, 69% (1996 a 1998) 4. Sven Goran Eriksson - 67j, 40v, 17e, 10d, 68% (2001 a 2006) 5. Ron Greenwood - 55j, 33v, 12e, 10d, 67% (1977 a 1982) 6. Terry Venables - 24j, 11v, 11e, 2d, 61% (1994 a 1996) 7. Bobby Robson - 95j, 47v, 30e, 18d, 60% (1982 a 1990) 8. Graham Taylor - 38j, 18v, 13e, 7d, 58,7% (1990 a 1993) 9. Don Revie - 29j, 14v, 8e, 7d, 57% (1974 a 1977) 10. Steve Mclaren - 18j, 9v, 4e, 5d, 57% (2006 a 2007) 11. Joe Mercer - 7j, 3v, 3e, 1d, 57% (1974) 12. Kevin Keegan - 18j, 7v, 7e, 4d, 51% (1999 a 2000) Com Diego Souza, Cleiton Xavier e André Dias, Dunga chega a 81 convocados Com as convocações de Diego Souza, Cleiton Xavier e André Dias, o número de chamados por Dunga chega a 81. Não é um exagero, como pode parecer, porque os 81 nomes dividem-se por 23 convocações e 47 jogos. A comparação é com Diego Maradona, que chamou 58 jogadores para 9 partidas. Dos 81 chamados, 20 não entraram em campo. Aos nomes que parecem absurdos, como Bobô, do Besiktas, pense de um ponto de vista positivo. Desistir de vários dos nomes citados é também um mérito num trabalho de longo prazo, como o que Dunga tem realizado. Abaixo, os convocados por Dunga e seu número de jogos: SOMA DAS CONVOCAÇÕES DE DUNGA – 81 jogadores Goleiros (9) Gomes – 5 convocações, 4 jogos, - 2 gols Hélton – 6 convocações, 4 jogos - - 4 gols Júlio César – 17 convocações, 30 jogos, -20 gols Doni – 11 convocações, 9 jogos, - 6 gols Diego Alves – 2 convocações Renan – 2 convocações Cássio – 1 convocação Fábio – 1 convocação Victor – 2 convocações Laterais-direitos (6) Cicinho – 3 convocações, 2 jogos Maicon – 21 convocações, 38 jogos, 4 gols Daniel Alves – 20 convocações, 26 jogos, 3 gols Ilsinho – 1 convocação, 1 jogo Rafinha – 4 convocações, 2 jogos Leonardo Moura – 1 convocação, 1 jogo Laterais-esquerdos (9) Gilberto – 10 convocações, 23 jogos Marcelo - 11 convocações, 7 jogos, 1 gol, 1 corte Felipe Luís – 2 convocações Adriano – 4 convocações, 3 jogos Kléber – 12 convocações, 12 jogos, 1 gol Carlinhos – 1 convocação Richarlyson – 2 convocações, 2 jogos Juan Maldonado (Flamengo) – 2 convocações, 2 jogos André Santos (Corinthians) – 3 convocações, 7 jogos Zagueiros (14) Lúcio – 21 convocações (1 corte), 31 jogos, 2 gols Juan – 21 convocações, 30 jogos, 5 gols Luisão – 15 convocações (1 corte), 18 jogos, 2 gols Alex – 16 convocações, 13 jogos Gladstone – 2 convocações Naldo – 8 convocações, 4 jogos Edu Dracena – 2 convocações, 2 jogos Alex Silva – 7 convocações, 2 jogos Thiago Silva – 5 convocações, 4 jogos Miranda – 6 convocações, 2 jogos Breno – 1 convocação Léo – 1 convocação Henrique – 1 convocação, 1 jogo André Dias (São Paulo) – 1 convocação Volantes (13) Gilberto Silva – 21 convocações, 42 jogos Edmílson – 6 convocações (1 corte), 6 jogos Dudu Cearense – 6 convocações, 8 jogos Jonatas – 1 convocação Mineiro – 10 convocações, 23 jogos Lucas – 7 convocações, 4 jogos Tinga – 2 convocações, 2 jogos Fernando – 6 convocações, 4 jogos Josué – 18 convocações, 26 jogos, 1 gol – 1 corte Sandro – 1 convocação Hernanes – 3 convocações, 1 jogo Kléberson – 2 convocações, 4 jogos Felipe Mello – 5 convocações. 12 jogos, 2 gols Meias (15) Júlio Baptista – 16 convocações, 23 jogos, 4 gols Elano – 21 convocações, 34 jogos, 6 gols Morais – 1 convocação Wagner – 1 convocação Kaká – 20 convocações, 30 jogos, 13 gols – 2 cortes Ronaldinho Gaúcho – 13 convocações, 20 jogos, 5 gols Diego – 14 convocações, 21 jogos, 2 gols Ânderson – 10 convocações (1 corte), 7 jogos Thiago Neves – 2 convocações,. 1 jogo Zé Roberto – 1 convocação (1 corte) Mancini – 2 convocação, 3 jogos Alex – 2 convocações, 2 jogos Ramires – 3 convocações, 8 jogos Diego Souza – 1 convocação Cleiton Xavier – 1 convocação Atacantes (15) Robinho – 23 convocações, 46 jogos, 15 gols Fred – 6 convocações, 6 jogos, 1 gol Vagner Love – 10 convocações, 19 jogos, 4 gols Daniel Carvalho – 4 convocações, 4 jogos, 2 gols Rafael Sóbis – 11 convocações, 8 jogos, 1 gol Ricardo Oliveira – 2 convocações, 2 jogos Adriano – 7 convocações, 9 jogos, 2 gols Afonso – 4 convocações (1 corte), 7 jogos, 1 gol Jô – 3 convocações, 3 jogos Bobô – 1 convocação Luís Fabiano – 12 convocações (1 corte), 21 jogos, 19 gols Pato – 7 convocações – 1 corte, 7 jogos, 1 gol Nilmar – 4 convocações, 3 jogos, 1 gol Diego Tardelli – 2 convocações, 1 jogo, 0 gol Amauri – 1 convocação (não houve liberação) Um dia depois da derrota, na Argentina Não havia voo de volta de Rosário para São Paulo no domingo, o que provocou a decisão de passar o domingo na Argentina. Bom para perceber a reação dos argentinos à vitória brasileira. Incrível como somos parecidos. Tudo aquilo que dizemos que eles são melhores do que nós, eles nos julgam melhores do que eles. Ambos exportam jogadores, mas os deles têm mais gana de jogar pela seleção? Eles pensam o inverso. Como nós revelamos jogadores ao acaso e eles planejam o lançamento de jovens talentos? Eles pensam o contrário. Hoje, no entanto, é lugar comum, lá e cá, que o Brasil tem uma seleção mais formada do que a argentina. Mas é senso comum também que a Argentina tem grandes atacantes e péssimos zagueiros. Nas mesas redondas deste domingo, dizem que o Brasil postou-se para contra-atacar e a Arbentina não soube se defender. Ora, isso era óbvio na segunda-feira passada, não neste domingo. Eis que surge o ponto que ninguém toca. Maradona não é técnico. Mas mesmo antes dele, com Basile, havia um problema em que os argentinso não tocam. Eles dizem que jogaram bem -- até os 25 minutos é aceitávei pensar assim -- que tiveram mais posse de bola, que dificultaram a vida do Brasil. O fato é que, com Maradona e antes com Basile, a Argentina tem posse de bola e nennuma penetração. Não é de hoje. Basta lembrar do 1 x 1 com o Equador no Monumental de Nuñez -- gol de Palacio no último minuto -- ou do 1 x 0 sobre a Colômbia -- gol de Díaz no finalzinho. Eles têm talento... Mas não entram na área adversária. Então, o problema não é ter bons jogadores no ataque e maus jogadores na defesa. É não ter estratégia. Assim, a Argentina corre risco, sim, de não ir á Copa, como aconteceu em 1970. Ah, dizem os que apoiam a decisão de jogar em Rosário, em vez de Buenos Aires: "Em Nuñez, o público da seleçao é diferente do de clube. Só aplaude quando estamos ganhando, não apoia quando jogamos mal. "Olha nós outra vez dizendo que no Brasil a torcida da Seleção é uma torcida de vôlei Brasil e Argentina são o mesmo país. A classificação mais fácil da história. Mérito de uma Seleção valente A classificação mais fácil da história da Seleção Brasileira. É isso mesmo, porque nunca antes a Seleção havia se classificado ainda com três jogos para disputar. Mérito, claro, tem a ver com Dunga, que montou um time equilibrado, que sabe se defender, contra-atacar e esfricar um adversário que preferia inflamar o jogo. A classificação em Rosário tem a ver também com a crise argentina, A seleção de Maradona não consegue abrir espaços nas defesas rivais, a não ser que Messi o faça a fórceps, ou melhor, a dribles. É pouco. O Brawsl chamou mais seu adversário para seu campo do que precisava,em agluns momentos. A classificação mais fácil da história e a maior vitória em território argentino em 50 anos não podem ser desconsideradas. Mérito de Luisão, Luís Fabiano, Kaká, o melhor do mundo. Mérito também de Dunga, é claro. A escolha de Elano, o líder de assistências da era Dunga Dos 97 gols da era Dunga, 9 saíram de passes de Elano. A importância do meia do Galatasaray é notada desde o segundo jogo de Dunga, aquele contra a Argentina, no estádio Emirates, Na vitória por 3 x 0, Elano fez gol Na sequência, virou titular do lado direito. Perdeu lugar durante um pedaço da Copa América e nas partidas recentes da Copa das Confederações, quando foi substituído por Ramires. Ramires começou bem, mas foi caindo de produção. Daí, nada mais natural do que o retorno de Elano à condição de titular. Ele é o líder de assistências, com seus nove passes decisivos com Dunga no comando. Abaixo, você vê os outros passadores da Seleção de Dunga: ASSISTÊNCIAS Elano – 9 gols Ronaldinho Gaúcho – 6 gols Robinho – 6 gols Vagner Love – 4 gols Maicon – 5 gols Kaká – 4 gols Gilberto – 3 gols Luís Fabiano – 1 gol Diego – 1 gol Kléber – 1 gol Marcelo – 1 gol Daniel Alves – 2 gols O Brasil com três atacantes? Não é a cara de Dunga Há três hipóteses para Dunga escalar Robinho, Luís Fabiano e Adriano juntos na primeira prática da Seleção Brasileira: 1. Quer escalar os três juntos. 2. Quer confundir e assustar os argentinos com o nome de Adriano. 3. A ausência de vários jogadores fez Dunga mesclar as duas primeiras opções e assustar os argentinos. É muito difícil que Dunga escale os três atacantes juntos e isso porque sua equipe ganhou corpo jogando as partidas mais fáceis e mais difíceis num mesmo sistema tático, com Robinho partindo do meio-de-campo pela esquerda para se juntar a Luís Fabiano, com Elano - ou Ramires, ou Daniel Alves -- completando o meio-de-campo pela direita. É o 4-2-3-1 que produziu a maior invencibilidade de um treinador à frente da Seleção Brasileira -- 17 jogos. Entre 1993 e 1997, o Brasil ficou 35 jogos sem perder, mas com Parreira primeiro e Zagallo depois. Por que, então, Dunga não escalou nem Ramires, nem Elano, nem Daniel Alves? Elementar, meu caro Maradona. Porque nenhum deles participou do treino de ontem. O campeão do primeiro turno O título do primeiro turno, com os mesmos 37 pontos do Palmeiras nos primeiros 19 jogos do Brasileirão e uma vitória a mais, reforça o projeto mais ambicioso do Inter para seu centenário: voltar a ser campeão brasileiro depois de 30 anos. Leva o clube a 40 pontos somadas já as primeiras partidas do segundo turno, um ponto a menos o que o Palmeiras, junto com o São Paulo o rival mais feroz na luta pela taça. Mais sério candidato mostra ser o Inter, especialmente por ter se dado muito bem depois da última reforma promovida por Tite. O time está seguro com três zagueiros e forte saindo pela lateral com Kléber, jogando bem como não fazia desde o Santos, em 2007. Porque tem Giuliano aparecendo com força e oferecendo bons passes para gols. Porque tem Edu, que caiu como uma luva na função de atacante. Não é goleador como Nilmar, mas sua força e velocidade tornaram o ataque colorado mais competitivo. E porque tem D'Alessandro de volta da suspensão, agora como opção para entrar no segundo tempo, motivação para voltar a jogar bem que lhe faltava quando era apontado como a principal joia da coroa. O Inter está muito forte. É campeão do primeiro turno com méritos e vive seu melhor momento no Campeonato Brasileiro.