os blogs esportivos como meios de comunicação

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os blogs esportivos como meios de comunicação
OS BLOGS ESPORTIVOS COMO MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Vantuyl Barbosa Neto1
RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo sobre os blogs esportivos brasileiros. O objetivo é
entender qual o papel destas ferramentas para o jornalismo. O artigo busca descobrir se
os blogs podem ser considerados como meios de comunicação ou apenas uma das
possibilidades de se comunicar por meio da internet, este sim já um meio reconhecido
como tal.
Palavras-chave: blogs, esporte, jornalismo.
1
Jornalista
Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino – Unifae
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Não existe consenso quanto ao início dos weblogs [o termo weblog vem do
inglês e significa diário pessoal na internet] no mundo, mas uma das teorias mais aceitas
é de que tenha surgido em 1997 nos Estados Unidos. Jorn Barger teria criado o “robot
wisdom” o primeiro blog. Foi Barger quem usou a denominação Weblog pela primeira
vez para ao seu site. A título de curiosidade, Barger também é o autor de um dos
primeiros FAQs (Frequently Asked Questions), conhecido no Brasil por “perguntas
freqüentes”.
Os blogs tinham uma estrutura diferente da mais comum dos dias de hoje.
Eram páginas com um layout rudimentar, mas que tinham foco no conteúdo. Os
blogueiros, autores dos blogs, costumavam resumir as notícias e criar links para outras
páginas com os créditos ao real autor da notícia.
Já no ano de 2000, empresas de softwares passaram a investir na criação de
programas para atualização de blogs. Um desses é o blogger, uma das mais famosas
ferramentas de publicação de blogs do mundo. Com esses softwares ficou dispensável o
conhecimento em programação para a criação de blogs e isto acabou democratizando a
ferramenta, que passou a ser utilizada por milhões de pessoas.
Para se ter uma idéia a blogosfera, termo que define o mundo dos blogs, era de
menos de 50 blogs em 1999. No final de 2000 o número já havia saltado para mais de
mil. Três anos depois a blogosfera atingiu a marca de quatro milhões de blogs. Segundo
estudos do site Technorati (http://www.technorati.com) denominado “State of
blogosphere” existem hoje cerca de 133 milhões de blogs e esses números crescem
vertiginosamente, tendendo a dobrar a cada seis meses.
Ao contrário de outras ferramentas de comunicação, os blogs não demoraram a
chegar ao Brasil. O primeiro blog brasileiro que se tem registro é datado de fevereiro de
1998. Porém a gaúcha Viviane Vaz de Menezes criou seu blog, o Delights to cheer,
todo em inglês. O primeiro a ser escrito em português foi criado um mês depois por
Renato Pedro Junior e se chamava Diário da megalópole. O blog Zamorim
(http://zamorim.com), criado em março de 2000, é o mais antigo ainda em atividade no
país.
Apesar de todo esse sucesso imediato, ainda não existem muitos estudos sobre
os blogs, suas origens e suas perspectivas, por isso essa história não é aceita com
consenso. Além disso, não há registros confiáveis sobre o histórico dos blogs
esportivos, reais objetos de pesquisa desse artigo científico.
Essa nova maneira de se ler, e por conseqüência escrever, na internet trouxe
uma nova maneira de se entender a comunicação. Apesar do domínio da escrita pela
maioria da população mundial, poucos eram os que tinham a oportunidade de se fazer
ouvir, de expor suas idéias. Agora, com a democratização desse meio de comunicação,
os blogs, qualquer um pode ser um comunicador. E, mais importante que isso, não
apenas para seu grupo de convívio, mas de todo o mundo.
Outro ponto importante a ser estudado é a nova possibilidade de agrupamento.
Podemos, com a chamada blogosfera, criar novas aldeias através dos interesses e não
das barreiras geográficas. Não importa onde se mora, se gosta de futebol, por exemplo,
o sujeito pode se unir a uma comunidade que discute futebol. O pesquisador Pierre Levy
assim definiu as novas “aldeias”:
“Uma comunidade virtual pode, por exemplo,
organizar-se sobre uma base de afinidade por intermédio de
sistemas de comunicação telemáticos. Seus membros estão
reunidos pelos mesmos núcleos de interesses, pelos mesmos
problemas: a geografia, contingente, não é mais nem um ponto
de partida, nem uma coerção. Apesar de “não-presente”, essa
comunidade está repleta de paixões e de projetos, de conflitos e
de amizades. Ela vive sem lugar de referência estável: em toda
parte onde se encontrem seus membros móveis... ou em parte
alguma. A virtualização reinventa uma cultura nômade, não por
uma volta ao paleolítico nem às antigas civilizações de
pastores, mas fazendo surgir um meio de interações sociais
onde as relações se reconfiguram com um mínimo de inércia”
(LEVY, 1996, p. 20).
Isto posto, O objetivo deste trabalho é identificar como os blogs esportivos
brasileiros se tornaram meios democráticos de comunicação. Porém, com essa
facilidade de se ter um blog, são eles meios confiáveis de divulgação de notícias?
Acreditamos que os blogs esportivos brasileiros podem sim ser meios
confiáveis de divulgação de notícias, desde que nos atentemos a alguns detalhes na hora
de julgar um blog, como quem é o autor, se as informações publicadas são checadas
pelo autor, dentre outros.
Para obtermos as respostas quanto aos objetivos propostos no artigo, serão
feitos alguns questionamentos básicos para nortearem as pesquisas, são eles:
- Como separar os blogs informativos, de caráter jornalístico, dos demais?
- Qual a opinião dos blogueiros, excepcionalmente os esportivos, quanto ao
conteúdo da blogosfera esportiva brasileira?
- Como os blogueiros recebem o feedback dos leitores?
1. METODOLOGIA
Como metodologia de pesquisa do assunto estudado, usaremos a leitura
de livros que abordam o tema proposto (blogs, jornalismo, comunicação), para termos
um ponto de partida.
Após a fase de leitura de obras, buscaremos artigos e matérias publicadas
acerca dos mesmos assuntos já elencados acima. Para complementarmos os estudos,
buscaremos entrevistas com jornalistas blogueiros, profissionais pedagógicos da área da
comunicação.
Para finalizar faremos um estudo de caso, pesquisando blogs esportivos
nacionais para analisarmos o conteúdo publicado nos mesmos.
Com tudo isso, esperamos conseguir reunir o material necessário para
trazer as respostas para os questionamentos propostos no artigo.
2. OS BLOGUEIROS
Para entendermos melhor o que os blogs significam e o que podem alcançar em
termos de espaço jornalístico, vamos buscar estudar o que os blogueiros andam
postando por aí e o que pensam sobre o assunto.
Rodrigo Alves, editor de esportes amadores do site Globoesporte.com e
blogueiro de basquete (http://www.rebote.blogspot.com/) desde 2002, acredita que o
blog é uma maneira rápida e prática de passar informação: “É uma ferramenta que
começou com um meio de promoção pessoal, quando as pessoas a usavam para falar
sobre suas vidas, sobre o cotidiano. Hoje o blog é muito mais que isso e serve aos mais
diversos propósitos, inclusive o jornalismo. É um modo rápido e prático de passar
informação”.
Dentre as vantagens dos weblogs sobre as outras mídias, ele destaca o
feedback: “O blog tem uma resposta imediata. O leitor vê o texto e comenta na hora,
quantas vezes quiser. O blogueiro pode entrar na caixinha e responder os comentários,
criando ali um debate sobre o tema. Em outras mídias, essa relação é mais afastada,
depende do envio de um e-mail, que nem sempre é lido por quem escreve, nem sempre
tem resposta, ou seja, o processo fica mais lento.”
Sobre o blog como atividade jornalística, Rodrigo Alves opinou: “Muitos blogs
hoje têm até mais peso jornalístico que os veículos tradicionais - não só no esporte, mas
na política, na economia. No caso do basquete, mais ainda, porque a mídia tradicional
(jornal, TV) não costuma dar muito espaço à modalidade. Então o jornalismo sobre
basquete passou a se concentrar muito na internet”. Agora, sobre os blogs serem ou não
uma nova mídia: “São um canal inserido na internet, esta sim uma nova mídia”.
Rodrigo Alves comentou também sobre a confiabilidade de blogs como fontes
de informação: “Confio totalmente nos blogs. É claro que você precisa separar o joio do
trigo. Como é muito fácil colocar um blog no ar, muitos deles não são confiáveis. Mas
se você souber separar, dá para usar uma infinidade de blogs como boas fontes de
informação”.
A jornalista Ana Paula Moreira mantém o blog Jornal de Esportes
(http://jornaldeesportes.blogspot.com) desde outubro de 2008. Para ela os blogs são
meios de comunicação rápidos e dinâmicos, que permitem a fácil interação entre o leitor
e o conteúdo. Ana Paula, que gasta de três a quatro horas por dia com seu blog, acredita
que a facilidade de se fazer um blog torna-se uma desvantagem em relação à
credibilidade dos mesmos. Por isso ela seleciona bem os blogs para poder segui-los:
“Procuro saber mais sobre o autor do blog, ter alguma indicação. Se gostar do conteúdo,
acompanho por um tempo para ver se dão informações corretas”.
Sobre as vantagens do blog, Ana Paula destacou: “a rapidez e a facilidade para
colocar conteúdo. A interação entre leitor e autor também é muito boa. Por ser um
veículo próprio, o jornalista tem mais liberdade quanto ao conteúdo, formato, linha
editorial”. Já quanto as desvantagens: “o fato de ser fácil de fazer, às vezes, tira a
credibilidade do blog como veículo jornalístico e meio de comunicação. Qualquer
pessoa monta e escreve em um blog”.
O
estudante
de
jornalismo
e
blogueiro
(http://macedofutebolclube.wordpress.com/) Juliano Macedo tem opinião semelhante.
Para ele, os blogs jornalísticos são uma realidade: “Os blogs hoje em dia não são mais
novidade para ninguém. Com toda a certeza é uma ferramenta muito versátil e
importante para os jornalistas e, principalmente, para os leitores e internautas. O blog,
aliado à internet, é com certeza uma grande evolução no jornalismo. As coisas são
muito dinâmicas, acontecem em tempo real e o mundo inteiro já está sabendo”.
Quanto aos blogs como atividade jornalística, sua opinião é contundente: “Com
certeza é uma atividade jornalística. Se tratado com seriedade e ética, com toda a certeza
é considerado jornalismo”. Por isso, ele não vê problemas quanto à credibilidade dos
mesmos: “Confio sim. Como disse anteriormente, é nítido quais são os blogs que agem
com os preceitos do jornalismo (ética, verdade, seriedade) e nesses eu confio e uso
como fonte”.
Já a Coordenadora de Jornalismo da FIAM/FAAM Centro Universitário,
Márcia Furtado Avanza, tem opinião totalmente oposta a dos blogueiros. Para ela os
blogs não são jornalísticos: “Os blogs não são jornalísticos pelo fato de só verem um
lado da notícia. Em contrapartida, o jornalista tem que checar tantos lados quanto
existirem em um fato. Por isso, os blogs podem ser informativos, mas nunca
jornalísticos”.
O curso de jornalismo da FIAM/FAAM tem três matérias voltadas para a web
em sua grade: Agência de Notícias I e II e Jornal On-Line. São aulas teóricas e práticas.
A coordenadora explica que um dos objetivos destas matérias é a discussão do fazer
jornalismo para a internet.
Para ela, o jornalismo na web, como um todo, é muito mal feito: “Tem
informações pouco confiáveis, a redação é ruim, o texto mal cuidado, notícias mal
apuradas. Tudo isso pelo imediatismo da mídia. É por isso que a BBC se orgulha de ser
a última a dar a notícia”.
3. OS BLOGS
Sendo os blogs esportivos brasileiros os objetos de estudo deste artigo
científico, fizemos uma pesquisa em dez blogs de renomados jornalistas para entender o
que se publica nestes espaços. Os jornalistas pesquisados foram:
- Alex Escobar (http://colunas.globoesporte.com/alexescobar);
- André Kfouri (http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/);
- José Roberto Torero (http://blogdotorero.blog.uol.com.br/);
- Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/);
- Lédio Carmona (http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona/);
- Mauro Beting (http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/);
- Mauro Cezar Pereira (http://espnbrasil.terra.com.br/maurocezarpereira);
- Milton Neves (http://blog.miltonneves.ig.com.br/);
- Paulo Calçade (http://espnbrasil.terra.com.br/paulocalcade);
- Paulo Vinicius Coelho (http://espnbrasil.terra.com.br/pvc/).
Foram analisadas as dez últimas postagens de cada blog e separadas por
categorias. Importante ressaltar que só foram analisados textos dos autores pesquisados,
sendo então desconsideradas postagens de terceiros nestes blogs, bem como textos
apenas promocionais. As categorias encontradas foram: Informativo, opinativo,
narrativo e coluna de jornal, esta última quando o autor reproduziu textos seus de
veículo impresso.
Para a escolha dos blogs foram levados em conta fatores como: os blogueiros
tinham que ser jornalistas experientes, trabalhar em mais de uma mídia, atuarem ou já
terem atuado na grande mídia, possuírem blogs de destaque junto aos sites.
O resultado, elencado abaixo, foi o seguinte:
Alex Escobar
1.
Este espaço é reservado para desabafos contra o Além. Ou contra o
blogueiro. Fiquem à vontade. – 20/09 – Texto opinativo
2.
Considerações sobre a quarta. – 17/09 – Texto opinativo
3.
O Além adianta os resultados da rodada! – 17/09 – Texto opinativo
4.
Vasco quase lá... – 16/09 – Texto opinativo
5.
Bordeaux fez jogo duro com o Juventus – 16/09 – Texto opinativo
6.
Flamengo e Vitória são demais!!! – 15/09 – Texto opinativo
7.
O primeiro grande jogo da Liga. – 15/09 – Texto opinativo
8.
Os grandes da rodada! – 14/09 – Texto opinativo
9.
Palpites!!!!! – 11/09 – Texto opinativo
10. O Além deve ter outras prioridades... – 06/09 – Texto opinativo
André Kfouri
1.
O vôo Air 23 pousou – 11/09 – 21h18 – Narrativa
2.
Nilmaravilha, nós gostamos de você – 10/09 – 11h20 – Texto
opinativo
3.
Questionário amarelo – 09/09 – 19h12 – Texto opinativo
4.
Perigo real e imediato – 08/09 – 16h24 – Informativo
5.
Notinhas pós-rodadas (e a África do Sul é logo ali) – 07/09 – 10h34 –
Texto opinativo
6.
Coluna dominical – 06/09 – 12h33 – Coluna de jornal
7.
Caixa-postal – 05/09 – 12h03 – Feedback
8.
Notinhas pós-rodadas (e a Turquia é logo ali) – 03/09 – 14/09 – Texto
opinativo
9.
Lembra das réplicas do Tri? – 02/09 – 16h08 – Informativo
10. Charada – 02/09 – 10h18 – Narrativa
José Roberto Torero
1.
Atacantes fora de série fora da Série A – 11/09 – 09h31 – Informativo
2.
A verdade sobre o Grito – 08/09 – 06h56 – Coluna de jornal
3.
Abe cedo fim descê – 07/09 – 07h44 – Narrativa
4.
Vinte e oito motivos para odiar o futebol – 04/09 – 01h29 – Narrativa
5.
Tarrafa literária – 03/09 – 11h36 – Informativo
6.
Procura-se um Zé – 01/09 – 07h18 – Coluna de jornal
7.
A bay say dolphin the sea, man? – 31/08 – 08h16 – Narrativa
8.
Seleção de sexta: dablius – 28/08 – 06h56 – Narrativa
9.
Tico, Teco e as quintas-de-finais -25/08 – 07h55 – Coluna de jornal
10. Ah, becê do fim de semana – 24/08 – 08h57 – Narrativa
Juca Kfouri
1.
Carisma do Nuzman?! – 11/09 – 01h42 – Texto opinativo
2.
Ei, neste fim de semana tem Brasileirão – 11/09 – 01h32 –
Informativo
3.
Bem vinda, Rainha Marta! – 11/09 – 01h06 – Texto opinativo
4.
Teixeira assume – 10/09 – 13h40 – Texto opinativo
5.
Boa, CBF! – 10/09 – 13h30 – Coluna de jornal
6.
Beijinho, beijinho, e tchau, tchau! – 10/09 – 01h20 – Texto opinativo
7.
Show brasileiro na Bahia – 09/09 – 23h52 – Texto opinativo
8.
Pobre Argentina... – 09/09 – 21h54 – Texto opinativo
9.
Para dar transparência à Copa no Brasil – 09/09 – 16h56 –
Informativo
10. A antepenúltima partida brasileira em Eliminatórias até 2016 –
08/09 – 23h59 – Texto opinativo
Lédio Carmona
1.
Como dão mole! – 14/09 – Texto opinativo
2.
O chato divertido – 14/09 – Texto opinativo
3.
Muito prazer, São Paulo – 13/09 – Texto opinativo
4.
A pergunta é... – 13/09 – Texto opinativo
5.
Dentro do script – 13/09 – Texto opinativo
6.
Serviço feito – 12/09 – Texto opinativo
7.
Conhece o Coutinho? – 12/09 – Texto opinativo
8.
Pequeno Bob FC – 11/09 – Texto opinativo
9.
Troféu Gato-Mestre (2009) – 11/09 – Texto opinativo
10. Bolão da F1 – 11/09 – Texto opinativo
Mauro Beting
1.
Bola-Teima – Rodada 23 – 11/09 – 23h48 – Texto opinativo
2.
História em jogo – Holanda 2 x 0 Brasil – Copa 74 – 10/09 – 18h48 –
Texto opinativo
3.
Os 23 de Dunga? – 10/09 – 15h37 – Texto opinativo
4.
Ao vivo – Brasil 4 x 2 Chile – 09/09 – 21h41 – Texto opinativo
5.
Menu do dia – Eliminatórias – 09/09 – 12h40 – Texto opinativo
6.
8 ou 80 – 2 a 8 de setembro de 2001 – 08/09 – 16h56 – Texto opinativo
7.
André Dias, Cleiton Xavier, Diego Souza e Diego Tardelli – 08/09 –
12h18 – Texto opinativo
8.
Avaí 0 x 2 Internacional – 06/09 – 20h02 – Texto opinativo
9.
Cruzeiro 1 x 2 São Paulo – 06/09 – 18h19 – Texto opinativo
10. Argentina 1 x 3 Brasil – 06/09 – 0h48 – Texto opinativo
Mauro Cezar Pereira
1.
Ganhe ou perca, ninguém é obrigado a “engolir” Dunga e sua
crônica estupidez – 11/09 – 07h00 – Texto opinativo
2.
Zico se irrita com presidente do Fla por anunciar volta ao clube
como dirigente – 10/09 – 18h25 – Informativo
3.
Cuidado, turma do oba-oba é capaz de “ver” duas seleções
brasileiras prontas – 10/09 – 08h40 – Texto opinativo
4.
Lançamento da 3ª camisa dos Citizens mostra Robinho em alta na
Inglaterra – 09/09 – 12h31 – Texto opinativo
5.
Ninguém é mais, ou menos, brasileiro por torcer, ou não, pela seleção
da CBF – 08/09 – 18h15 – Texto opinativo
6.
Números confirmam omissão de Robinho na Argentina. Ele será
titular na Copa? – 07/07 – 17h17 – Texto opinativo
7.
Montoya perde a 21 voltas do fim, mas está firme no “Carrossel do
Capeta” – 07/09 – 12h48 – Informativo
8.
Internacional é o único time na zona da Libertadores desde a
primeira rodada – 06/09 – 22h22 – Informativo
9.
Na Copa, Brasil tem, agora, o desafio de observar seus defeitos antes
dos rivais – 06/09 – 01h03 – Texto opinativo
10. Cristiano Ronaldo, Ibra ou os dois fora da Copa. Confira a situação
na Europa – 05/09 – 21h18 – Informativo
Milton Neves
1.
A pisada de Piquet – 11/09 – 14h41 – Texto opinativo
2.
Bolão do Miltão – 11/09 – 10h42 – Texto opinativo
3.
Câmara de SP aprovou concessão do Pacaembu ao Corinthians.
Marco Aurélio Cunha, vereador, “falastrão, superintendente do São Paulo
e “inimigo número 1” do Timão, diz que é contra. Eu sou a favor! E o sãopaulino Kassab? E você? – 10/09 – 11h03 – Texto opinativo
4.
Em noite de Dunga iluminado, Brasil goleia o Chile com show de
Nilmar. E já que estamos na Copa, continuo com a campanha: “Dunga,
convoca o Ronaldo, pô!” Aliás, o Dunga poderia aproveitar e chamar o
Marcão e o Rogério Ceni também! Argentina perde para o Paraguai e
respira por aparelhos. Uruguai ganha, Venezuela faz 3 a 1 no Peru e Bolívia
perde para o Equador – 09/09 – 21h57 – Texto opinativo
5.
Mas que novela chata! – 09/09 – 10h42 – Texto opinativo
6.
Rogério Ceni comemora 19 anos no São Paulo! Defina o grande ídolo
Tricolor! – 07/09 – 14h34 – Texto opinativo
7.
São Paulo vira para cima do Cruzeiro, passa o Goiás (que empatou
com o Coxa) e se mantém na cola do Palmeiras. Atlético-PR e Fla ficaram
no 0 a 0, mas quem apareceu foi o delegado Antonio Lopes, que foi expulso
e quis levar o bandeirinha em cana! Em noite de gala, Inter faz 2 a 0 no
Avaí; Galo vira no finalzinho e Flu, já rebaixado, não ganha nunca mais! –
06/09 – 17h52 – Texto opinativo
8.
Em noite dos “Luízes”, Brasil vence a Argentina e carimba o
passaporte para a Copa. Agora que a disputa acabou, que tal o Dunga
convocar o Ronaldo? – 05/09 – 23h21 – Texto opinativo
9.
Badalado como Adriano e com futebol de Borges com grife, Vagner
Love volta, faz gol de pênalti bem “mandrake” e Palmeiras, com sorte e
jogando pouco, mantém a liderança! – 05/09 – 20h28 – Texto opinativo
10. Bolão do Miltão – 04/09 – 11h49 – Texto opinativo
Paulo Calçade
1.
Messi x Kaká: “Busca La diferencia” – 11/09 – 18h20 – Texto
opinativo
2.
O Flamengo está preparado para receber Zico? – 11/09 – 01h28 –
Texto opinativo
3.
Faltou alguém na convocação de Dunga? – 08/09 – 13h04 – Texto
opinativo
4.
Tudo pelo esporte – 08/09 – 12h30 – Texto opinativo
5.
História de amor e profisionalismo (sic) – 07/09 – 20h29 – Texto
opinativo
6.
Argentina x Brasil ou Barcelona x Real Madrid – 04/09 – 16h49 –
Texto opinativo
7.
Preocupadas com a administração dos clubes, FIFA e Uefa começam
a agir – 03/09 – 20h02 – Informativo
8.
Jogada espetacular define o clássico – 03/09 – 00h31 – Texto
opinativo
9.
O drama de Maradona – 02/09 – 18h36 – Informativo
10. Cuca é a solução? – 01/09 – 19h14 – Informativo
Paulo Vinicius Coelho
1.
Informações e palpites da 24ª rodada – 11/09 – 15h31 – Informativo
2.
Nilmar ou Daniel Alves? Qual deles merece ser titular? – 10/09 –
08h27 – Texto opinativo
3.
Tango nas Eliminatórias – 10/09 – 08h19 – Texto opinativo
4.
Capello pode classificar ingleses com melhor desempenho da história
– 09/09 – 09h21 – Informativo
5.
Com Diego Souza, Cleiton Xavier e André Dias, Dunga chega a 81
convocados – 08/09 – 08h48 – Informativo
6.
Um dia depois da derrota, na Argentina – 06/09 – 19h39 – Texto
opinativo
7.
A classificação mais fácil da história. Mérito de uma Seleção valente
– 06/09 – 00h14 – Texto opinativo
8.
A escolha de Elano, o líder de assistências da era Dunga – 03/09 –
18h39 – Informativo
9.
O Brasil com três atacantes? Não é a cara de Dunga – 03/09 – 07h54
– Texto opinativo
10. O campeão do primeiro turno – 03/09 – 07h45 – Texto opinativo
Mensurando os resultados, temos que os dez textos de Alex Escobar, Lédio
Carmona, Mauro Beting e Milton Neves foram opinativos. André Kfouri foi quem mais
diversificou, com quatro opinativos, dois narrativos, dois informativos, um feedback e
uma coluna de jornal. José Roberto Torero foi o único que não publicou textos
opinativos, com cinco narrativos, três colunas de jornal e dois informativos. Juca Kfouri
postou sete opinativos, dois informativos e uma coluna de jornal. Mauro Cezar Pereira e
Paulo Vinicius Coelho escreveram seis textos opinativos e quatro informativos e, para
finalizar, Paulo Calçade publicou sete opinativos e três informativos.
Se quantificarmos estes números, perceberemos que foram setenta postagens
de conteúdo opinativo, dezessete de informativo, sete de narrativo, cinco colunas de
jornal e um feedback. O que demonstra o gráfico abaixo:
Opinativos, 70
Informativos, 17
Feedback, 1
Narrativos, 7
C. Jornal, 5
Gráfico 1 – Tipos textuais publicados
CONCLUSÃO
Como conclusão, podemos perceber que as idéias iniciais foram mudando ao
longo das pesquisas para o artigo. Tínhamos como premissa de que os blogs poderiam
ser considerados meios de comunicação e, mais do que isso, se tornarem grandes
concorrentes dos já existentes.
Porém, as pesquisas foram mostrando que os blogs não passam de um canal de
comunicação do blogueiro com seu público. Sendo que este canal pouco tem de
jornalístico e, por isso, não podemos considerar os blogs como meios de comunicação.
Isto posto, concluímos que os blogs são uma extensão do meio internet usada
para análises pessoais e, acima de tudo, espaços onde os blogueiros podem publicar o
que desejam, sem prévia censura ou edição.
REFERÊNCIAS
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educação, tecnologia e novos comportamentos. São Paulo: Paulinas: 2008.
FERRARI, Pollyana. Jornalismo digital. São Paulo: Contexto, 2003.
HEWITT, Hugu. Blog: entenda a revolução que vai mudar seu mundo. Rio
de Janeiro: Thomas Nelson, 2007.
LEVY, Pierre. O que é virtual?. São Paulo: 34, 1996.
MARCUSE, Herbert. Eros e civilização. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
MORENO FERREIRA, Débora e FREITAS RIBEIRO, Janaina de. Weblogs:
Opinião e informação na Era Digital. São Paulo: UniFIAMFAAM, 2006.
PINHO, J. B.. Jornalismo na Internet: planejamento e produção da
informação on-line. São Paulo: Summus, 2003.
SCHITTINIE, Denise. Blog: comunicação e escrita íntima na internet. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
SITES VISITADOS
http://blog.miltonneves.ig.com.br/
http://blogdojuca.blog.uol.com.br/
http://blogdotorero.blog.uol.com.br/
http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/
http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/
http://colunas.globoesporte.com/alexescobar
http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona/
http://espnbrasil.terra.com.br/maurocezarpereira
http://espnbrasil.terra.com.br/paulocalcade
http://espnbrasil.terra.com.br/pvc/
http://jornaldeesportes.blogspot.com
http://www.macedofutebolclube.wordpress.com
http://www.rebote.blogspot.com/
ANEXOS
Alex Escobar - http://colunas.globoesporte.com/alexescobar
Este espaço é reservado para desabafos contra o Além. Ou
contra o blogueiro. Fiquem à vontade.
Ou um espírito moleque, safado se passou pelo Além que em outros momentos tanto me
ajudou, ou o Além anda mesmo muito ocupado com outras questões e não tem acompanhado o futebol
brasileiro.
O fato é que não consulterei mais o Além. As últimas previsões foram realmente ridículas, mas
essa rodada…dois acertos em nove…não dá.
Não vou parar com as previsões, mas abro este espaço para a malhação dos descontentes. Se
feitas sem palavrões e sem acessos de raiva, serão, com justiça, publicadas.
O São Paulo fez o que tem dado certo: Faz um gol e depois segura o jogo. Mas tinha um
Escobar arrasador no Santo André. Esse resultado foi surpreendente. Até o São Paulo, o Jason, está dando
mole.
O Internacional, está brigando lá em cima também, e não ganhou também. Mas o Vitória
ganhou, não foi o Colorado que perdeu. O time baiano jogou demais nas duas últimas partidas e bateu
dois concorrentes ao título. Tem que ser forte fora de casa.
Náutico x Atlético-MG e Santos x Botafogo. 180 minutos de bola rolando…nada de gols. O
jogo da Vila foi horrível.
O Avaí voltou!!!! 4 x 0. E o Além…
O Fluminense já caiu. Eu me rendo. E o Sport está quase lá, mas joga em casa contra o Santo
andré e se ganhar, sobrevive.
O grande destaque da rodada foio Goiás. Ganhar do Corinthians no Pacaembú é sempre difícil,
mas humilhar o Corinthians por lá é fato a ser registrado com pompas. PARABÉNS AO GOIÁS!!!!!!
Foi a primeira grande exibição do Fernandão pelo time e Iarley estava inspirado também. Hélio
dos Anjos disse: ” meu time foi perfeito” e não exagerou. Enquanto isso o Além pregava um 3 x 0
Corinthians. Lamentável.
O Grêmio foi implacável, cruel e carrasco com o Fluminense. Não precisava tanto…
O Flamengo teve alguma dificuldade no primeiro tempo, mas Pet e Adriano arrebentaram de
novo. A torcida rubro-negra está convocada para acabar com o Além. Não tenho nada a ver com isso.
Ah, o Palmeiras agradece os tropeços dos concorrentes, mas ganhar do Cruzeiro no Mineirão
não vai ser fácil.
Considerações sobre a quarta.
No jogo do Brasileirão, festa bonita da torcida do Coxa e bom jogo. O Coritiba tinha, no
primeiro tempo, muita liberdade pelo lado direito. O gol acabou saindo dalí, depois do primeiro
cruzamento certeiro do Rodrigo Hefner ( errou um montão ). Marcelinho Paraíba jogava solto e armava
bons contra-ataques. O Corinthians meteu logo uma bola na trave com o Souza, mas depois teve
dificuldades.
No segundo tempo, fez o gol de empate rapidinho numa bela troca de passes e depois parou. O
Coxa também e o jogo ficou no um a um. Ruim para os dois.
Pela Sul-americana, aa classificações de Botafogo e Goiás foram bem emocionantes.
O Botafogo mostrou pelo menos o tal “comprometimento” que a diretoria exige e soube reagir
em momentos delicados e com a torcida contra.
A do Goiás foi mais emocionante ainda, com direito a estar atrás no placar e decisão nos
pênaltis. A classificação foi muito comemorada e pode ajudar ao time a voltar a jogar bem.
O Além adianta os resultados da rodada!
Aí estão as últimas revelações do Além:
VITÓRIA 2 X 2 INTERNACIONAL
O time baiano vem de um baita resultado em casa, mas ten um desafio forte. O Inter
dificilmente perde duas seguidas e vai fazer um jogo equilibrado em Salvador.
ATLÉTICO-PR 1 X 1 SPORT
O Furacão venceu o São Paulo e não se encontrou mais. O Sport perdeu feio para o Flamengo
mas estava muito desfalcado. Pode ser uma surpresa nesta rodada.
NÁUTICO 2 X 2 ATLÉTICO-MG
O Timbú estava imbatível nos Aflitos, mas jogou mal contra o Grêmio. O Galo se fortaleceu,
chegaram reforços importantes e sua briga é lá em cima. Vai engrossar o jogo.
GRÊMIO 4 X 0 FLUMINENSE
Teoricamente, o Grêmio é bem favorito…
AVAÍ 0 X 2 BARUERI
O Avaí caiu muito nos últimos jogos, parece que perdeu a confiança. O Barueri joga bem fora
de casa e pode surpreender.
SANTO ANDRÉ 0 X 3 SÃO PAULO
O São Paulo não tem o hábito de fazer muitos gols, mas o Santo André não tem sido forte,
mesmo em casa.
SANTOS 1 X 0 BOTAFOGO
É isso aí, placarzinho magro. Uma pequena vantagem para o Santos.
CORINTHIANS 3 X 0 GOIÁS
Em casa, o Corinthians leva vantagem e o time ainda pode ter a volta do Ronaldo. O Goiás
anda jogando mal.
FLAMENGO 0 X 1 CORITIBA
Se digo que o Flamengo ganha, sou bairrista. Se digo que o Coxa ganha, odeio o Flamengo.
Então, sigo o que disse o Além. Ele acredita no contra-ataque do Coritiba.
CRUZEIRO 2 X 1 PALMEIRAS
Que jogão!!!! Vi o Cruzeiro contra o Internacional e gostei. No Mineirão, dá Raposa.
Vasco quase lá…
O Vasco deu mais um passo grandioso para voltar ao seu lugar, a elite do futebol brasileiro.
Num jogo ruim demais, com mais passes errados do que certos, o time bateu o São Caetano,
que incomoda e luta para entrar no G-4. O Azulão perdeu uma decisão.
Mesmo quando não joga bem, o Vasco corre muito, é um time difícil de ser batido e está
fazendo a torcida acordar do pesadelo de jogar na série B.
Guarani, Atlético-GO e Ceará também não dão a menor pinta de que vão largar o osso. Seguem
firmes em cima.
Pelo futebol apresentado nas últimas rodadas, só Portuguesa e São Caetano podem entrar nessa
briga, o problema é combinar com o pessoal do G-4.
Bordeaux fez jogo duro com o Juventus
A rodada de ontem da Liga dos Campeões não teve uma grande surpresa.
O Real Madrid goleou o Zurich, que não resiste à série B do brasileirão. Para começar, que
goleiro é aquele? Leoni…Cristiano Ronaldo agradece.
Grafite assumiu logo a artilharia, o que não surpreende também. Ele já fez muitos gols na
campanha vencedora do Wolfsburg na última temporada.
Mas gostei do organizado e corajoso time do Bordeaux. Ciani e Planus foram gigantes na
defesa, Fernando e Diarra deram proteção à zaga e principalmente o primeiro ainda chegou bem, na
frente. Gosto muito do Gourcouff. Jogador forte, habilidoso e com ótima visão de jogo. O Bordeaux fez
jogo duro com o Juventus o tempo todo e se tivesse laterais que apoiassem melhor e um bom
centroavante poderia até vencer o desfalcado time italiano.
Flamengo e Vitória são demais!!!!
Caros amigos torcedores de Flamengo e Vitória,
Não há dúvidas de que seus times fizeram grandes jogos na última rodada. Adriano, por
exemplo, fez sua melhor partida nesta volta ao Flamengo e o Vitória não deu qualquer chance ao líder
Palmeiras.
Apenas procurei dar destaque aos times que mais se beneficiaram dos resultados na rodada. O
Cruzeiro jogou muito bem e se distanciou da zona de rebaixamento, o São Paulo e o Galo venceram e
encostaram no Verdão e por aí vai.
Não se trata de bairrismo ou ódio ao Flamengo. Os dois venceram, mas continuam no meio da
tabela. Espero que esteja esclarecido e que a raiva tenha ido embora de seus corações.
Continuem por aqui!
E boa sorte na próxima rodada!
O primeiro grande jogo da Liga.
Nesta quarta, vamos acompanhar aqui no globoesporte.com a um jogão.
Inter x Barça, O primeiro grande duelo da liga.
É sempre muito bom ver o Barcelona jogar. Só o Messi já bastaria. Mas tem o Xavi, o
Ibrahimovic ( esse ainda não está em boa forma ), Henry, Iniesta e grande elenco. É um timaço.
Mas incluo o Internazionale entre os favoritos ao título. Eto’o tem jogado muito e mostrado um
entusiasmo que há muito não se via. E ele está muito bem acompanhado por Balotelli ( um ótimo jogador
), Muntari ( jogou demais na última temporada ), Snejder, que acabou de chegar e é um grande
organizador, além dos brasileiros Maicon, Lucio e o paredão Júlio César. Também é um grande time e vai
brigar lá em cima.
Aposto numa vitória do time italiano. O jogo é imperdível e vamos assistir juntos por aqui.
Os grandes da rodada!
O maior da rodada foi o São Paulo que apavora seus concorrentes chegando forte na briga pelo
título.
O Inter falhou de novo em um momento decisivo, tem sido assim nesta temporada.
O Cruzeiro fez seu melhor jogo no campeonato. Foi frio, inteligente e teve personalidade para
ganhar do Inter em Porto alegre.
O Atlético-MG voltou ao G-4 com uma vitória de virada que veio com um golaço do Diego
Tardelli depois de um lançamento espetacular do Correia. Este ,um reforço que chegou tomando conta do
meio-campo do Galo.
O Grêmio também foi grande na rodada. Venceu fora de casa ( ALELUIA ). E ganhar do
Náutico nos Aflitos não é simples.
O registro triste é para mais um capítulo da triste realidade de Botafogo e Fluminense. Que
joguinho horrível!!! Clássico?!
Palpites!!!!!
SÃO PAULO 2 X 0 AVAÍ
FLAMENGO 2 X 1 SPORT
INTERNACIONAL 3 X 1 CRUZEIRO
VITÓRIA 1 X 2 PALMEIRAS
ATLÉTICO-MG 2 X 0 ATLÉTICO-PR
SANTOS 3 X 0 SANTO ANDRÉ
NÁUTICO 2 X 1 GRÊMIO
BARUERI 1 X 1 GOIÁS
BOTAFOGO 2 X 0 FLUMINENSE
CORITIBA 2 X 2 CORINTHIANS
O Além deve ter outras prioridades…
Num mundo como o que vivemos, posso imaginar como o Além deve andar ocupado. Isso,
vocês devem concordar, justifica seu baixo aproveitamento nesta rodada.
Apenas 4 acertos em dez jogos. É, não foi bem…
Em um dos acertos o Palmeiras bateu o Barueri e se manteve na ponta. Vagner Love fez gol na
sua estreia.
O Internacional jogou muito. Um toque de bola espetacular, muita pegada e mais uma grande
partida do Giuliano. O Avaí tem um time inferior tecnicamente, se o Inter jogar o que sabe, ganha.
O São Paulo ganhou do Cruzeiro do jeito que gosta: Se fingindo de morto e com gol do
Borges. Quando o Cruzeiro dominava o jogo, tomou dois gols e perdeu mais uma. O Tricolor está vivo na
briga pelo título e o Cruzeiro faz um campanha melancólica.
O Goiás perdeu muito terreno ao empatar em casa com o Coritiba. E o gol de empate que o
Ariel fez de bicicleta foi um primor. E para o Coxa, o empate valeu muito.
A virada do Atlético-MG foi impressionante, aconteceu no final do jogo. Garra e dedicação
não faltam ao Galo, se o time tivesse mais uns dois jogadores de alto nível disputaria o título. O Santo
André fazia o tempo passar, foi castigado e se afundou na zona de rebaixamento.
O Grêmio não ganha uma fora e agora em casa também não. Tem time para fazer uma
campanha melhor. Eu ACREDITAVA no Grêmio lutando pelo título. O Vitória foi bravo e só precisa
melhorar em casa para afastar de vez o risco de rebaixamento.
Atlético-PR 0 x 0 Flamengo. O placar fala tudo.
O Botafogo perdeu mas tem condições de ficar na elite no ano que vem. O Sport está reagindo
e é minha grande aposta, não vai cair.
André Kfouri - http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/
O voo air 23 pousou
Michael Jordan, o maior jogador de basquete do Sistema Solar, entrou hoje
para o Hall da Fama do esporte.
Não tentarei escrever um texto bonito sobre um gênio. Ficaria ruim.
Apenas contarei uma história.
Tive a sorte de cobrir quatro edições do All-Star Game da NBA, entre 2001 e
2004. Foram experiências verdadeiramente inacreditáveis para quem cresceu vendo
Bird, Jabbar, Magic e, claro, Michael Jordan.
Nos dois primeiros anos em que trabalhei no evento, o “jogo das estrelas” não
teve a presença de MJ, aposentado. Impossível evitar a decepção por não poder vê-lo a
olho nu.
Mas em 2002, na Philadelphia, Jordan estava de volta para o último período de
sua carreira. Lembro do arrepio que senti ao ouvir a reação do público quando aquele
nome extra-terrestre (tem hífen?) foi anunciado na quadra. E da sensação estranha de
ver o Pelé do basquete em ação, e me perguntar se era ele mesmo que estava ali.
No ano seguinte, em Atlanta, foi ainda melhor.
Eu já tinha “participado” de uma entrevista mais ou menos coletiva de Jordan
em outubro de 2001, quando meus chefes na ESPN Brasil toparam a idéia de mandar
uma equipe de reportagem para cobrir o jogo de abertura da temporada 2001-02 da
NBA.
New York Knicks x Washington Wizards, semanas após os atentados de 11/09,
no Madison Square Garden.
Dezenas de microfones e câmeras cercaram Jordan ao lado do ônibus dos
Wizards, para ouvi-lo falar sobre seu retorno ao basquete, num momento tão dramático.
Da minha posição, eu mal conseguia ver a cara dele. O cinegrafista que me
acompanhava ergueu sua câmera o máximo que pôde. Estiquei o braço até doer, para
tentar captar o áudio. Deu certo, mas nenhuma chance de fazer uma pergunta.
Na Philadelphia, mesmo com todo acesso que a NBA permite aos repórteres,
só o vi na quadra.
Mas no vestiário da seleção do Leste em Atlanta, dei sorte. De costas para o
armário que tinha a plaquinha com o nome de Michael Jordan, eu gravava uma
passagem contando que era muito raro encontrá-lo ali. Jordan não costumava aparecer
no vestiário no momento em que as portas eram abertas para a imprensa, antes do jogo.
Ela tinha plena consciência de que, se estivesse disponível, os outros jogadores seriam
solenemente ignorados.
Quando terminei a frase, ele passou ao meu lado, já de uniforme. A sorte foi
dupla, pela aparição e pela minha posição, de frente para o entrevistado mais
importante, e improvável, da noite.
Em segundos, tive de me abaixar para não ficar na frente das lentes das
outras equipes de TV, mas fiz quatro perguntas, todas respondidas com atenção e
simpatia.
Essa é a minha melhor “lembrança jornalística” de Jordan, e um dos momentos
mais legais da minha carreira de repórter.
Aquele foi o último All-Star Game de que ele participou. Jordan quase ganhou
o jogo com um fantástico arremesso saltando para trás (o famoso “fadeaway”), da zona
morta, na cara de Shawn Marion. Se Jermaine O’Neal não fizesse uma falta imbecil em
Kobe Bryant, oferecendo-lhe três lances livres, o Leste venceria.
Como fã, as memórias são inúmeras.
As favoritas? Jogo 6 das finais em 1988, contra o Utah Jazz. A célebre
empurrada em Bryon Russel, antes de acertar o último arremesso pelo Chicago Bulls
(num outro dia, conto em que condições vi esse jogo).
E o fantástico chute vencedor contra Craig Ehlo, do Cleveland Cavaliers, na
primeira rodada dos playoffs de 1989.
Acho que são dois momentos lendários.
Não por acaso, eles estão nessa coleção, feita pela ESPN, das 23 melhores
jogadas da carreira de Michael Jordan.
Divirta-se.
Nilmaravilha, nós gostamos de você
Nilmar é um jogador interessante.
Só um louco pode contestar seu talento, a habilidade com os dois pés, o senso
de colocação.
É a frequência das aparições de suas qualidades (e a ausência delas em
momentos decisivos) que intriga.
Dizem que Nilmar voltou da Copa da Confederações desanimado pelo que
considerou uma chance perdida de se credenciar para a Copa do Mundo.
Se ele realmente se sentiu assim, deve estar mais confiante após sua atuação
(Brasil 4 x 2 Chile: Nilmar-3, Júlio Baptista, Suazo-2 - 30.370 pagantes no Estádio de
Pituaçu) em Salvador.
Sim, novamente, quem não se convence pelo futebol dele dirá que o jogo nada
valia para o Brasil, que NIlmar jogou sem pressão…
O fato é que ele precisa repetir demonstrações como a de ontem. Capacidade, é
evidente que não falta.
Nilmar tem de ser o cara do gol de empate num jogo difícil, o cara do gol do
desempate num jogo importante, o cara do gol da vitória numa partida que o time dele
precisa ganhar.
Tem de ser o cara que vimos ontem à noite.
O palpite aqui é que ele estará no avião.
——
Em Assunção, o Paraguai (1 x 0 na Argentina: Valdez) fez sua parte e se
garantiu na Copa do Mundo.
Maradona fez aquele biquinho ao ouvir o apito final do árbitro brasileiro Sálvio
Spínola, que (corretamente) expulsou Juan Verón no segundo tempo.
A Argentina está perdida, e em pânico.
Futurologia: eles chegarão à última rodada precisando empatar com o Uruguai
(em Montevidéu) para ficar em quarto lugar.
Gigantesco risco.
______
Na Europa, duas vagas garantidas:
Espanha (3 x 0 na Estônia, em Mérida: Fábregas, Cazorla e Mata)
Inglaterra (5 x 1 na Croácia, em Londres: Lampard-2, Gerrard-2, Eduardo da
Silva e Rooney)
A Itália venceu a Bulgária (2 x 0, em Turim: Grosso e Iaquinta, dois belos
gols) e está a um empate do Mundial.
ATUALIZAÇÃO, 14h42 - Mais um sinal do caos em que a Argentina se
encontra: o jogo contra o Peru, no dia 10/10, será em Buenos Aires, no Monumental de
Nuñez.
Ou seja, o Gigante de Arroyito não serve mais.
A decisão pode ser resultado da seguinte, e perigosa, conclusão: para ganhar do
Peru (lanterna das eliminatórias, com 10 pontos), o jogo pode ser em qualquer lugar.
Eu também acho que, de algum jeito, a Argentina ganhará. Mas quem, hoje,
pode garantir?
Por isso o raciocínio de colocar o adversário num ambiente em que a pressão
da torcida será maior é muito mais lógico, agora, do que antes do jogo contra o Brasil.
Mesmo porque foi exatamente em Rosário que aconteceu o polêmico 6 x 0 na
Copa de 1978.
Questionário Amarelo
“Fechada” para a Copa, nenhuma seleção está.
Mas em relação ao Brasil, dá para dizer que o avião está com os motores
ligados, os últimos passageiros se acomodam em suas poltronas, e as comissárias
distribuem balas e jornais.
Só que o comandante ainda não determinou o “check de portas”, e o uso
de telefones celulares ainda é permitido.
É aí que reside o perigo para uns, e a oportunidade para outros.
Quatro perguntas sem reposta:
1 - Quem será o reserva de Luís Fabiano?
Assim como a 1 e a 10, a camisa 9 da Seleção tem dono indiscutível. Luís
Fabiano não é apenas o artilheiro da “administração Dunga”, com 19 gols. É um dos
poucos jogadores que mantiveram um alto nível de atuação pelo Brasil. E mesmo
quando faltaram gols ao atacante, não faltou luta. Luís Fabiano fez por merecer sua
titularidade na Copa, independentemente do nome ou do currículo de postulantes ao
seu lugar. Só uma queda monumental de desempenho até lá, poderia tirá-lo do time.
O reserva? Se a Copa começasse amanhã, Adriano seria o nome. Mas só
começa em junho de 2010.
2 - Robinho corre risco?
Robinho não joga bem faz tempo. A atuação fraca contra a Argentina talvez
tenha chamado mais atenção do que as outras, porque o time todo foi bem e o jogo foi
colocado num microscópio, por razões óbvias. Mas desde o jogo contra o Chile
(especialmente o primeiro tempo), em Santiago, que ele não produz o que pode. Na
Copa das Confederações, viveu de curtos lampejos, como nos contra-ataques que
decidiram a partida contra a Itália. No time, ele pode correr algum risco, se não
recuperar a forma. Mas no grupo que irá à Copa, duvido. Uma das principais atribuições
de Dunga, ao ser chamado a comandar o Brasil, era construir um ambiente em que os
jogadores gostassem uns dos outros, e, acima de tudo, gostassem de jogar pela Seleção.
Esse processo, que começou na Copa América de 2007, é uma via de duas mãoes entre
o técnico e os convocados. Robinho foi parte importante do embrião, na Venezuela, e
estará na África do Sul. A saída rápida, com ele e Kaká, é uma das características do
time.
3 - Quem será o reserva de Kaká?
Em tese, seria Diego, hoje na Juventus. Lembre-se de que ele também estava
no time campeão da última Copa América. Era titular e perdeu o lugar, na campanha em
que o Brasil chegou a ter o meio de campo formado por Mineiro, Josué, Elano e Júlio
Baptista. A verdade é que Diego ainda não foi, pela Seleção, o jogador que a torcida do
Werder Bremen adorava, e que tem impressionado os italianos. Verdade, também, que
se ele continuar assim, não haverá como deixar de chamá-lo. Enquanto isso, Diego
Souza merece ser observado pelo que tem mostrado no BR-09. O meia do Palmeiras
tem sido um jogador constantemente perigoso. Júlio Baptista (que substituirá Kaká logo
mais contra o Chile, e certamente estará na Copa) é uma improvisação.
4 - Quem será o lateral-esquerdo titular?
Essa é a “pergunta de um milhão de dólares” da Seleção Brasileira. A posição
que foi propriedade de Roberto Carlos por muitos anos, hoje está alugada. Foram vários
inquilinos, mas nenhum tomou conta do imóvel. A questão é tão aberta que até um
lateral-direito, Daniel Alves, já jogou (e bem, mas por pouco tempo) por ali. Mas parece
que André Santos, o lateral com o menor número de convocações entre os testados, está
aproveitando uma chance que pode ser definitiva. Voltando ao raciocínio “se a Copa
começasse amanhã”, a 6 seria dele. Quem mais tem chance? Fábio Aurélio, voltando de
lesão no joelho ao Liverpool. Não faria mal se Dunga o chamasse, até para ter opções.
Perigo real e imediato
Já imaginou uma Copa do Mundo sem Léo Messi, Cristiano Ronaldo e Zlatan
Ibrahimovic?
Então comece, pois a chance existe. Argentina, Portugal e Suécia podem perder
a festa na África do Sul.
Dos três, a Argentina é a única que estaria classificada se as Eliminatórias
terminassem hoje.
Messi e demais hermanos estão em quarto lugar, dois pontos à frente da
Colômbia.
Faltam três jogos, dois fora:
Paraguai, amanhã, em Assunção (se vencerem em casa, os paraguaios estarão
na Copa).
Peru, dia 10/10, na Argentina (o Peru já morreu).
Uruguai, dia 13/10, em Montevidéu (os uruguaios estão 4 pontos abaixo do G4 sul-americano, mas podem chegar à última rodada com chances).
Eu sei que muita gente se deliciaria, mas eu não gostaria de ver uma Copa sem
a Argentina. E como, mesmo se Maradona não conseguir colocar seu time entre os
quatro primeiros, ainda haverá uma repescagem (contra alguém da Concacaf), não acho
que verei.
Já no caso de Portugal e Suécia, estamos falando de um horror comparável a
“Alien x Predador - II” (acredite, eu vi os dois, e o segundo é muito pior).
As duas seleções estão no grupo 1, liderado pela Dinamarca, com 17 pontos.
A Hungria tem 13, a Suécia 12, e Portugal 10. Faltam três rodadas.
Para os suecos:
Malta, fora, amanhã.
Dinamarca, fora, dia 10/10.
Albânia, em casa, dia 14/10.
Para os portugueses:
Hungria, fora, amanhã.
Hungria, em casa, dia 10/10.
Malta, em casa, dia 14/10.
Na Europa, os nove campeões de grupos se classificam direto. Os oito
melhores segundos vão para um sangrento mata-mata, pelas últimas quatro vagas.
Faça sua escolha para torcer por CR ou Ibra.
Um deles estará na praia durante a Copa. Ou os dois, cenário que, hoje, é o
mais provável.
Notinhas pós-rodadas (e a áfrica do sul é logo ali)
Finalmente! Todos os times têm 23 jogos.
A maior mexida na tabela, para qualquer direção, foi do Avaí: dois degraus
para baixo.
As notas:
* Na volta de Vágner Love, o Palmeiras (2 x 1 no Grêmio Barueri: Diego
Souza, Vágner Love e Leandro Castan - 23.357 pagantes no Palestra Itália) fez um
segundo tempo muito melhor do que o primeiro.
* Não houve o pênalti marcado em Obina.
* A invencibilidade de quase um ano do Grêmio (1 x 1 com o Vitória: Neto
Berola e Jonas - 20.901 pagantes no Olímpico) correu risco, mas foi salva pelo gol de
empate, aos 41 do segundo tempo.
* Com 9 vitórias e 3 empates, o Grêmio segue como o melhor mandante do
BR-09.
* Com dois gols num intervalo de dois minutos (4 e 6 do primeiro tempo), o
Sport venceu (2 x 1 no Botafogo: Fabiano, Wilson e Juninho - 23.601 pagantes na Ilha
do Retiro) o jogo dos ameaçados.
* O Botafogo não ganha há oito rodadas.
* Golaço de bicicleta (100%) do argentino Ariel, no empate entre Goiás e
Coritiba (2 x 2: Ariel-2, Felipe e Léo Lima - 5.212 pagantes no Serra Dourada).
* O gol de falta de Felipe também foi lindo.
* Com dois gols do banco de reservas (em duas falhas do goleiro Fábio), o São
Paulo conseguiu (2 x 1 no Cruzeiro: Diego Renan, Marlos e Borges - 27.953 pagantes
no Mineirão) mais uma vitória fora de casa, num jogo que parecia complicado.
* A invencibilidade de seis rodadas do Cruzeiro acabou, e o time só pode
reclamar dos próprios erros.
* Pouquíssimo a dizer sobre o 0 x 0 entre Atlético Paranaense e Flamengo
(16.970 pagantes na Arena da Baixada), em que o momento de maior emoção foi a
expulsão de Antonio Lopes.
* Cuca estreou e nada mudou na sina do Fluminense (1 x 1 com o Náutico:
Conca e Carlinhos Bala - 20.887 pagantes no Maracanã), que só não cai mais na tabla
porque não dá.
* O empate, combinado com a derrota do Santo André, tirou o Náutico do
calabouço.
* Gols aos 42 e 47 minutos do segundo fizeram o Atlético Mineiro (2 x 1 no
Santo André: Wanderley, Éder Luís e Diego Tardelli - público ND no Bruno José
Daniel) vencedor, após seis rodadas.
* Tardelli não marcava um gol desde o dia 02/08, contra o Coritiba.
* Esplêndido segundo tempo do Internacional (2 x 0 no Avaí: Fabiano Eller e
Magrão - 15.257 presentes na Ressacada), que, mesmo inferiorizado em campo,
dominou o Avaí.
* O Inter chegou a ficar com dois a menos, e parecia que tinha cinco a mais.
______
* No jogão dos líderes da Série B, o Vasco (2 x 2 com o Atlético Goianiense:
Jairo, Juninho, Carlos Alberto e Elton - 18.989 pagantes no Serra Dourada) teve a
virada nos pés de Carlos Alberto, que perdeu um pênalti e foi (injustamente?) expulso.
* A vantagem do Vasco para o quinto colocado é de confortáveis 7 pontos.
______
A Seleção Brasileira (3 x 1 na Argentina: Luisão, Luís Fabiano-2 e Dátolo vaga assegurada na Copa do Mundo de 2010) teve outra atuação madura num jogo
importante - marca registrada do atual time - e ministrou uma clínica de como vencer
fora de casa.
Só precisou de um contra-ataque (Kaká para Luís Fabiano, no 3 x 1), porque
fez dois gols em jogadas de bola parada no primeiro tempo, que afundaram todos os
planos da Argentina.
A Seleção é um time que não se pressiona, não se impressiona, não ouve, não
vê, não se deixa atrapalhar por nada que venha de fora do campo, por isso esfriou um
caldeirão onde é difícil jogar, e mais ainda, vencer.
Poderia ser um time mais brilhante? Em tese, sim. Na prática, é cada vez mais
difícil, e desnecessário, criticar o grupo que Dunga vem montando desde a Copa
América de 2007.
O técnico desenvolveu o saudável hábito de ver tudo acontecer como
ele gostaria, nos jogos de maior repercussão. Ótimo sinal.
Em Rosario, Luisão (subsituto do indiscutível Juan) foi seguro e fez um gol.
André Santos nem ligou para Messi. Luís Fabiano foi, outra vez, tudo o que se pede de
um camisa nove.
E Kaká foi letal. Num jogo em que, obviamente, a bola não ficaria em seus pés
pelo tempo costumeiro, ele fez o máximo de cada oportunidade. Provocou a expulsão de
Mascherano (mais sobre ele em instantes), que só não aconteceu porque o árbitro Oscar
Ruiz não deu ao ”Jefito” o primeiro amarelo, por puxão na camisa.
Para
completar,
um
minuto
depois
do
gol
de
Dátolo
(único
momento psicológico pró-Argentina em todo o jogo), o passe de Kaká para LF teve a
precisão - de tempo e espaço - que só os craques são capazes de gerar.
Sobre Mascherano, talvez seja exagero meu, não consigo entender seu status.
Jogador destruidor, muitas vezes violento ao extremo, superestimado em todos os
níveis.
Não é ruim, é comum. E deveria estar a quilômetros de distância da faixa de
capitão da seleção argentina, principalmente num jogo em que Verón está em campo.
Mas talvez seja o capitão apropriado para o atual time de Maradona.
Coluna Dominical
(publicada ontem, no Lance!. Obviamente, o texto já chegou aqui com o prazo
de validade vencido. Mas pode estimular a conversa sobre a grande vitória da Seleção
- que só precisou de UM contra-ataque. Os comentários do blog sobre o jogo chegam
amanhã, junto com as Notinhas Pós-Rodadas.)
PARA DUNGA, COM CARINHO
O maior elogio que a seleção argentina poderia fazer à sua equivalente amarela
já foi feito: a transferência do jogo de hoje para Rosario.
Pense na Copa Davis. Na competição tenística entre países, as regras permitem
que se tente armar todo tipo de arapuca para o adversário. O time mandante escolhe
local, piso, e bola. Tudo para promover o maior desconforto possível. Contra jogadores
acostumados ao clima frio, que gostam de quadra rápida e sacam a 200 km/h, o pacote
saibro-calor-nível do mar aumenta as possibilidades de vitória. O inverso também vale,
é só lembrar dos ginásios cobertos, com quadras de gelo, escolhidos para confrontos
com equipes fortes no piso de terra.
O uso dessas vantagens, nos limites do regulamento, é, na verdade, um claro
reconhecimento: se não criarmos dificuldades, podemos perder em casa.
E é exatamente esse o temor dos argentinos, guardadas as óbvias diferenças
entre os esportes. Por isso a seleção celeste e branca deixou sua tradicionalíssima casa,
em Buenos Aires, e receberá o Brasil num estádio menor, mais antigo, mas mais
“quente”.
No Gigante de Arroyito, cabem cerca de 24 mil pessoas a menos do que no
Monumental de Nuñez. Mas Diego Maradona acha que a troca de quantidade por
intensidade vale a pena. Enquanto na casa do River Plate, a platéia fica distante do
campo, no caldeirão do Rosario Central, é possível sentir a respiração da torcida.
Maradona acredita que, em Rosario, o Brasil não será amarelo apenas na camisa.
A mudança de local não seria tão marcante (e um sinal tão grande de respeito),
não fosse pela raridade. Para a Argentina, jogar em Nuñez é algo automático. O ônibus
não precisa de motorista para sair do centro de treinamento da AFA e tomar o rumo do
estádio do River. Tanto que Julio Grondona, o cartola-mor deles, precisou ir à FIFA
para habilitar o Gigante para jogos das Eliminatórias Sul-Americanas.
Mas engana-se quem acha que a ideia é pegar a Seleção Brasileira num campo
menor, que facilitaria o abafa. De Buenos Aires para Rosario, não há nenhuma diferença
em relação às dimensões do gramado, de 105m por 70m. A tentativa de pegadinha é a
grama baixa, precisamente 1,5cm, como se a Seleção Brasileira (formada por
“europeus”) só jogasse em canaviais.
A verdade é que o plano maradoniano tem um problema, que independe do
estádio e do barulho: a urgência da vitória. Perder para o Brasil aproximaria a Argentina
de um perigoso desvio no caminho para a África do Sul. Um desvio conhecido,
chamado de “repescagem”. Escondido em meio às armadilhas e provocações, há um
presente que os argentinos não querem, mas serão obrigados a oferecer: o contra-ataque.
E há poucos times no mundo que gostam tanto de contragolpear quanto a Seleção
Brasileira.
O Chile, a Venezuela e o Equador, nessas Eliminatórias, e a Itália, na recente
Copa das Confederações, podem falar sobre os perigos de dar espaço ao time de Dunga.
A configuração da tabela sul-americana pode acrescentar um país a essa lista.
Para aumentar a emoção, Sebá Dominguez está escalado.
Caixa-Postal
Aos assuntos da semana:
Jorge escreve: Com essa zona que está a tabela do brasileirão, devido aos
jogos adiantados ou atrasados, fiquei com uma dúvida; até onde eu sei, o jogador que
acumula seu terceiro cartão amarelo fica suspenso para a “próxima” rodada. Mas vamos
supôr a seguinte situação: o jogador X levou um cartão amarelo na primeira rodada, e
outro cartão amarelo no jogo da segunda rodada. O campeonato vai em frente e ele não
leva mais nenhum cartão. Quer dizer, até hoje, porque no jogo “desta tarde” (ok, ainda
estamos no exemplo), jogo que seu time está disputando atrasado (pois a partida é
válida pela 5ª rodada, mas estamos “atualmente” na 19ª rodada), ele levou um cartão
amarelo, seu terceiro no campeonato. A questão é: por ser um jogo da 5ª rodada, ele não
deveria cumprir suspensão na 6ª rodada? Mas como cumprir, se a 6ª rodada já foi
realizada? A próxima rodada é a 20… Há alguma alteração no regulamente nesse
sentido?
Resposta: Não há alteração, porque não é necessário. O artigo 55 do
“Regulamento Geral das Competições” de futebol no Brasil, diz que “Perde a condição
de jogo para a partida oficial subsequente do mesmo campeonato ou torneio, o atleta
advertido pelo árbitro a cada série de três advertências com cartões amarelos,
independentemente da seqüência das partidas previstas na tabela da competição”.
Portanto, quem leva o terceiro cartão num jogo, fica fora do jogo seguinte,
independentemente do número da rodada. Não fosse assim, precisaríamos da máquina
do tempo.
______
Marcelo escreve: Não sei se você já percebeu, mas todos os times da Premier
League têm a parte de trás da camisa padronizada. O formato dos nomes e números dos
jogadores são todos iguais, independentemente da marca de material esportivo de cada
equipe. Sabe o motivo disso?
Resposta: Sim, regra. O item 9 da seção F do regulamento da Premier League
diz o seguinte: “The size, style, colour and design of shirt numbers, lettering and the
logo of the League appearing on a Player’s shirt or shorts and the material from which
such numbers, lettering and logo are made shall be determined by the Board from time
to time”. Traduzindo: a Liga determina o tamanho, o estilo, a cor e o design dos
números e das letras que aparecem nas camisas e nos calções.
______
Thiago escreve: Saiu a convocação da seleção sub-20 para o mundial da
categoria. Você não acha que, por ser uma seleção de base, deveria se ter um pouco
mais de bom senso na convocação? E tentar equalizar as coisas para chamar o menor
número de jogadores que já são protagonistas em seus clubes? Porque não se adota o
critério do bom senso, visando não prejudicar tanto os clubes?
Resposta: O Mundial Sub-20 é a Copa do Mundo da categoria, não há
competição mais importante. Mesmo em se tratando de uma seleção de base, é preciso
tratá-la com a máxima seriedade, até para gabaritar a formação desses jogadores, numa
competição internacional desse nível. Acho mais grave quando os times brasileiros que
estão decidindo Copa Libertadores/do Brasil, perdem seus melhores jogadores para a
Copa das Confederações, por causa do nosso calendário.
______
Moacyr escreve: O Brasil acaba de se classificar para o mundial (de basquete
de 2010, em Istambul), de um modo bem menos sofrido que o passado recente. Na sua
opinião, será que já podemos sonhar com a próxima olimpíada, e, por que não, com uma
medalha?
Resposta: Sonhar, como diz o outro, não custa. Mas muita coisa precisa
acontecer para que a seleção masculina volte a pisar numa quadra olímpica. A sequência
do trabalho atual, por exemplo, deveria ser prioridade para a CBB. O contrato do
técnico espanhol Moncho Monsalve termina amanhã, e não se sabe se ele continuará. A
vaga para o Mundial, em si, apesar de obviamente importante, não é algo assim tão
espetacular. O Brasil jamais deixou de disputar um Mundial de basquete. Aos Jogos
Olímpicos, não vamos desde 1996.
______
Como sempre, muito obrigado pelas mensagens. Até o próximo sábado.
(e-mails para a Caixa-Postal do blog: [email protected], ou clique no
link abaixo da foto)
“Quando éramos crianças, só queríamos ser policiais.”
Ray Tierney, em “Força Policial”.
Notinhas pós-rodada (e a turquia é logo ali)
Jogos avulsos.
Um pela décima-sétima, outro pela vigésima-terceira rodada.
As notas:
* O Internacional (3 x 0 no Atlético Mineiro: Edu-2 e D’Alessandro - 17.122
pagantes no Beira-Rio) espera que, no BR-09, ser “campeão” do primeiro turno
signifique ser campeão brasileiro. Nos pontos corridos, só em 2008 não foi assim.
* Celso Roth disse que “a disputa pelo título ficou mais distante”.
* Jogada “ensaiada no hotel” - não no treino - virou o clássico do Pacaembu
(Corinthians 2 x 1 Santos: Eli Sabiá, Bill e Chicão - 25.645 pagantes) e comemorou os
99 anos do Corinthians.
* O Santos sentirá, e muito, a falta de Paulo Henrique, que vai para a seleção
Sub-20.
______
A classificação da seleção brasileira de basquete (68-59 no Canadá, vitória que
garantiu, no mínimo, o quarto lugar na Copa América) para o Campeonato Mundial do
ano quem vem, em Istambul, não é novidade.
O Brasil (junto com os EUA) jamais deixou de disputar um Mundial.
Novidade é vermos um grupo jogando basquete de forma tão disciplinada, com
tanto senso de objetivo.
A cada jogo, fica claro que o time tem um plano para vencer, e que esse plano
não depende da sorte, dos erros dos outros, ou da “mão boa” de um arremessador de
longa distância.
O que temos visto em Porto Rico é mérito dos jogadores e, obviamente, da
comissão técnica comandada pelo espanhol Moncho Monsalve.
Monsalve não seguiria como técnico da seleção brasileira, após o Pré-Olímpico
de Atenas, quando o Brasil não conseguiu a vaga para Pequim 2008.
Os jogadores pediram que ele continuasse.
Quando a Copa América terminar, no fim-de-semana, chegará ao fim, também,
o contrato do treinador com a CBB.
A Confederação informa que pretende ouvir os jogadores. Que realmente faça
isso, pois este é o grupo que tentará levar o país aos Jogos Olímpicos, pela primeira vez
desde 1996.
A questão é até mais importante do que sediar o Pré-Olímpico para Londres
2012, plano que aumentaria as possibilidades da seleção masculina de não ver os Jogos
pela televisão.
Isso, sim, seria uma grande novidade.
Lembra das réplicas do Tri?
Pois é. Essa história começou aqui, e por isso me sinto na obrigação de
informá-los que o lançamento está marcado para o dia 23 de setembro (20 horas), no
Museu do Futebol, em São Paulo.
Vários campeões mundiais pela Seleção Brasileira estarão presentes, num
evento apenas para convidados.
Mas…
As réplicas já estarão à venda, no mesmo dia, na loja que fica no próprio
museu.
No post original sobre as camisas, há mais informações sobre quem teve a
ideia, como serão feitas, e quem ficará com o dinheiro.
Charada
O treinador de um grande clube brasileiro tecla para o celular de um jogador
(com passagens pela Seleção), que está há algumas temporadas no exterior, e cairia bem
no time dele. Tenta convencê-lo a voltar:
- Se você quiser voltar para o Brasil, aqui não tem problema de atraso de
salário, nosso time é bom…
- Eu sei, professor, obrigado pelo convite. Seria um prazer trabalhar com o
senhor, e jogar com o XYZ (meio-campo do time), que é muito meu amigo. Mas sabe
qual é o problema? Vai que a gente dá um azar e perde dois jogos seguidos, vão
começar a vaiar o time, vão me chamar de mercenário, e vão chamar o senhor de
burro…
- Você sabia que eu estou até com saudade de ser chamado de burro (risos)?
- (risos) Mas eu acho que é melhor eu ficar por aqui mesmo…
José Roberto Torero - http://blogdotorero.blog.uol.com.br/
Atacantes fora de série fora da Série A.
Esta última quarta-feira foi o dia do centroavante. Não porque alguma associação comercial
tenha inventado um novo feriado a fim de que os torcedores comprem presentes para os artilheiros de
seus clubes, mas porque foi o dia 9/9/9.
Fui então procurar quais os principais artilheiros do Brasil neste ano. E tive uma surpresa.
Vários dos pés mais certeiros do país não estão na Série A. Entre os vinte maiores marcadores, há nada
menos do que sete fora da elite do futebol nacional.
Eles são de vários tipos. Há, por exemplo, o centroavante-em-fim-de-carreira-que-jápassou-por-vários-clubes-grandes-e-agora-é-um-cigano-entre-os-pequenos. É o caso do veterano
Marcelo Ramos, de 36 anos, ex-Cruzeiro, PSV e Palmeiras, que este ano foi artilheiro do Pernambucano
pelo Santa Cruz.
E há o seu oposto, o centroavante-promissor, como Rafael Coelho, do Figueirense, que tem
tem 21 anos e é o atual artilheiro da Série B.
Mas temos outros casos mais curiosos.
Por exemplo, Marcelo Nicácio, o terceiro maior marcador do país em 2009, com 28 gols,
apenas dois atrás do líder da tabela, Diego Tardelli.
O artilheiro de deus inferniza os zagueiros advesários.
Este baiano de 26 anos, que atualmente joga no Fortaleza, tem o apelido de “Timbaleiro”
porque quando era pequeno tocava tambor numa das torcidas organizadas do Bahia.
Ele é do tipo promessa-que-ainda-não-vingou. Marcelo Nicácio já esteve na seleção
brasileira sub-20, foi para a Grécia (mais precisamente para o obscuro Skoda Xanthi), esteve no interior
de São Paulo (no Votoraty, da terceira divisão, onde fez 19 gols), no CRB, onde fez sucesso, e no
Atlético-MG, onde fracassou. De lá foi para o América-RN e então chegou ao Fortaleza.
Como está no meio da carreira, ainda pode chegar aos grandes centros. Ou tornar-se um rei dos
times pequenos, como Edmundo.
Não, não falo do Edmundo Animal que jogou por Palmeiras e Vasco, mas do Edmundo que
tem 39 anos e joga a Série B pelo Campinense. Trata-se de um artilheiro-tardio. Este ano foi o maior
marcador (e campeão) do Paraibano com 18 gols, marcados com a camisa do Souza, o time dos
dinossauros. Em 2007 foi campeão e artilheiro pelo Nacional da Paraíba. E no ano passado, em
Pernambuco, foi vice-artilheiro pelo pequeno Ypiranga.
Nome: Raimundo. Apelido: Edmundo.
Natural de Itaporanga-PB, Edmundo (que na verdade se chama Raimundo Clementino da
Silva) começou nas equipes amadoras da cidade e foi profissionalizado em 1989 pelo Esporte de Patos.
No ano seguinte foi para o Vila Nova, de Minas Gerais, onde ficou por cinco anos, até ser
contratado pelo Cruzeiro. Ficou na Toca da Raposa por duas temporadas e então começou sua
peregrinação: Bahia, Paraná Clube, Juventude, Internacional de Limeira-SP, América-MG, Ipatinga, ABC
de Natal, Democrata-MG, Ypiranga-PE, Sampaio Correa, Icasa, Santa Cruz e em 2004 e 2005 jogou na
Líbia.
Edmundo é um veterano artilheiro de time pequeno. Nos grandes, não fez sucesso. Mas nos
pequenos, como Souza, Nacional e Ypiranga, foi rei.
Francieudo, o desempregado França.
Há também as flores do lodo, jogadores que desabrocham em times pequeníssimos e ficam por
lá. Quereis um exemplo? Dou-vos Francieudo de Souza, mais conhecido como França, o craque do 4 de
Julho de Piripiri, Piauí. Ele fez 23 gols no estadual de 2009.
Apelidado de “Gigante do Ytacoatiara” apesar de seus 1,75m, França teria sido sondado por
Sport e do Inter de Porto Alegre. Mas, como o 4 de Julho não conseguiu fazer um vídeo para mandar para
estes clubes, França está desempregado desde o fim do estadual.
Ele tem 22 anos e seus irmãos foram assassinados tragicamente. Começou no Guarani de
Juazeiro do Norte e logo chegou ao Ceará, onde se tornou profissional. Depois, passou pelo Ferroviário e
chegou ao Sport em 2008. Mas por pouco tempo. Agora fez sucesso no miúdo 4 de Julho. É o décimo
maior artilheiro do país em 2009, e isso participando apenas dos 24 jogos do estadual.
Hugo Henrique, imperador de Sergipe.
O pernambucano Hugo Henrique, de 34 anos, é um artilheiro-que-faz-sucesso-num-só-lugar.
Foi campeão estadual pelo Sergipe em 1999 e isso o credenciou a ir para a Europa. Não para os grandes
times da Espanha ou da Itália, mas para os pequenos de Portugal. Esteve no Rio Ave, no Vitória de
Setúbal, no Belenenses e no Santa Clara. Nestes times, caiu algumas vezes para a segunda divisão. Em
2008 voltou para Sergipe. E voltou a brilhar, sendo bicampeão e bi-artilheiro.
Por fim, há Lúcio Curió, que detesta ser chamado de Curió e prefere ser chamado apenas de
Lúcio.
Curió, de 24 anos, começou no Centro Sportivo Paraibano e pouco tempo depois estava no
Sport. Mas não emplacou. A passagem da segunda divisão paraibana para a primeira do Brasileiro não foi
fácil. Hoje está no América-RN, onde é amado e odiado pelos torcedores. Amado ao ser artilheiro do
estadual deste ano. Odiado quando foi vaiado ao jogar mal contra o Guarani e, sarcástico, pôs a mão em
concha nos ouvidos para ouvir melhor.
Veteranos ou novatos, caseiros ou imigrados, todos eles fizeram mais de vinte gols este ano.
Mas ninguém fala muito neles. São os noves fora.
A verdade sobre o Grito
(Texto publicado hoje na Folha de S.Paulo)
Quando estava fazendo as pesquisas para meu primeiro livro (“O Chalaça”), um romance histórico que
tem como protagonista o secretário particular do primeiro imperador do Brasil, deparei-me com um
documento surpreendente: uma carta de D.Pedro I para sua amante Domitila de Castro Canto e Melo, a
Marquesa de Santos.
Tais papéis contavam uma nova versão para a independência de nosso país. Tratava-se de uma
revelação tão retumbante que, confesso, tive receio das possíveis repercussões e a omiti. Porém, agora,
passados quinze anos do livro e quase duzentos desde o Dia do Grito, finalmente tomo um gole de
coragem e trago a público esta importante página da história pátria:
“Titília, minha querida,
“nestes dias aconteceram coisas mui divertidas que não posso deixar de te contar. Tudo
começou quando voltávamos de Santos. Estávamos ao lado do Riacho Ipiranga quando o Chalaça
espreguiçou e disse: ‘Bem que podíamos dar uma parada e jogar uma partidinha de futebol.’
“Imediatamente aprovei a idéia e ordenei à comitiva que desmontasse dos burros. Por sorte
havia dois pares de palmeiras que nos serviriam perfeitamente de traves. Porém, havia um problema. Não
estávamos em vinte e dois, mas apenas em treze. Então mandei que o Chalaça fosse convidar nove
homens entre os camponeses que estavam ali perto a nos observar. Como não se nega um convite do
Príncipe Regente, logo tínhamos onze de cada lado.
“‘Um dos times, formado exclusivamente com os portugueses da comitiva, ficou escalado
assim: Joaquim; Manuel, Joaquim Manuel, Manuel Joaquim e Manu; Quim, Manuelzão e Quinzinho;
Maneco, Quinzão e Jota Eme.
“No outro ficamos o Chalaça, eu (de goleiro, é claro) e os nove brasileiros. Não lembro de
todos eles, mas sei que havia um de pernas tortas, um de fartos bigodes, um que possuía um nome grego
(Sófocles ou algo assim), um branco alcunhado de Galinho e um negro chamado Nascimento.
“Mal começou a peleja e vi que seria um passeio. Os brasileiros trocavam passes com tanta
maestria que mais pareciam bailarinos a jogadores. Penetrávamos na defesa adversária como se fôssemos
faca e ela, manteiga. Eu não precisei fazer uma defesa sequer, e fiquei enconstado numa das palmeiras
assistindo ao espetáculo. Os nossos golos brotavam naturalmente e o primeiro tempo terminou com o
redondo placar de dez a zero.
“Foi então que minha comitiva, irada por perder de forma tão vexaminosa, cercou-me e exigiu
que eu e o Chalaça deixássemos o time dos brasileiros e passássemos à equipa dos lusitanos.
“‘Teu dever é defender Portugal’, diziam eles.
“Pensei em como seria terrível enfrentar aquela equipa e não tive dúvidas: ergui a bola e gritei:
‘Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus e pelo meu time, juro promover a liberdade do
Brasil! Independência ou morte!’
“O jogo continuou e terminamos ganhando por 23 a 1 (o Chalaça fez um golo contra).
“Pois bem, minha Titília, esta é a verdadeira história da Independência do Brasil. Mas,
pensando no futuro, creio que vou inventar uma versão menos prosaica, com soldados, espadas e cavalos
brancos.
“Um beijo do teu imperador e goleiro, Pedro.
Abe cedo fim descê
Acidentes com ascendentes: Goiás e Avaí tropeçaram. O time catarinense perdeu em casa para o Inter e o
Goiás cedeu o empate ao Coritiba. Resultado perfeito para o Atlético-MG, que venceu fora de casa e se
aproximou do G-4.
Boa tarde: Cumprimento. Por exemplo: O Sport nem deu boa tarde ao Botafogo. Aos 6’ do
primeiro tempo já estava dois a zero.
Ceará: Venceu o Bahia e está em quarto lugar na B, perdendo apenas no número de vitórias
para o Guarani, que, por sinal, voltou a vencer.
Dois: No jogo dos dois líderes da B, dois a dois. A saber, os dois são Vasco e Atlético-GO.
Exagero: O técnico Antonio Carlos, do São Caetano, pegou 120 dias de gancho porque,
quando seu time marcou um gol aos 48’ do segundo tempo, invadiu o gramado para comemorar com os
jogadores. Um exagero. Na verdade, uma burrice. Porém, como a justiça é burra mas também é molenga,
é só entrar com recurso que a suspensão diminui. No futebol, como na vida, a Justiça brasileira é uma
piada triste.
Fase: A do São Paulo é tão boa que o time ganha até quando ataca menos que o adversário.
Gum: bom zagueiro do Fluminense, time que parecia ter feito boas contratações, como Fred,
mas que não conseguiu engrenar, como Fred.
Huertas: Jogador da seleção brasileira de basquete que deu três assistências ontem, na vitória
contra Porto Rico pela final da Copa América: 61 a 60. O basquete começa a sair do fundo do poço.
Inimpatabilidade: A seleção está com dez vitórias seguidas. Não é uma invencibilidade, é uma
inimpatabilidade.
Jóia: Foi o gol de Ariel, de bicicleta, pelo Coritiba.
Lulu: Na seleção tivemos a fase Rorrô, com Romário e Ronaldo. Pois no sábado tivemos um
dia Lulu, com Luís Fabiano e Luizão.
Maradona: Na entrevista para a imprensa depois do jogo, Maradona disse que era “irrompible”,
palavra que pode ser traduzida como inderrubável ou algo assim. O curioso é que ele disse isso sem que
ninguém lhe perguntasse nada. Mau sinal.
Náutico: Conseguiu sair da zona de rebaixamento. Cinco rodadas atrás isso parecia difícil.
Bom trabalho de Geninho.
Olé: O jornal esportivo argentino, que é sempre bem humorado e já fez boas piadas sobre o
Brasil, no domingo estava com manchetes sérias e preocupadas. Rá, rá.
Pena: Foi o que tive dos argentinos. Pobrezinhos, perder na própria casa, sentir o medo de ficar
fora da Copa... Triste, triste...
Questão: O que foi melhor, o Brasil se classificar por antecipação ou a Argentina ficar em
dificuldades?
Rubros-negros: O paranaense e o carioca não saíram do zero. Ruim para os dois.
Sono: Aquilo que os torcedores do Fluminense perderam.
Tremer: O Brasil não tremeu como previu Maradona. Já as redes argentinas...
União: A torcida do Vasco vem aumentando a cada partida. Sua média já está acima de 18 mil
pessoas para os jogos em casa. Se estivesse na Série A, seria o sexto time em público, à frente de
Corinthians, Cruzeiro e Internacional.
Volta: A de Vagner Love foi o com o pé direito.
X-4: Grupo dos que podem cair. A novidade é o Santo André, que começou o campeonato
muito bem mas vem despencando na tabela. Falta dinheiro ou sobram anos?
Zoar: O que podemos fazer com os argentinos esta semana. Pena que aquele meu vizinho se
mudou.
PS: O título de hoje foi sugestão de Denilson de Oliveira Biffi.
Vinte e oito motivos para odiar futebol
Estava chegando ao estádio e vi Marcio, com má cara, pagando dez reais para o guardador de
carros. Teté, por sua vez, tirava o cocô de um cavalo da polícia de seu sapato. Na bilheteria, notei David
reclamando de um daqueles garotos que ficam pedindo dinheiro para comprar ingresso. À sua frente,
Eduardo, vermelho de raiva, brigava com um bilheteiro que lhe dizia que a meia entrada já havia acabado.
Depois, na fila para entrar, ouvi Luís Antonio dizendo que a coisa que mais odeia nos jogos de
futebol são as filas: a fila para o estacionamento, a fila para comprar o ingresso, a fila para entrar no
estádio, a fila para ir ao banheiro, a fila da lanchonete, a fila para ir embora do estádio e o "fila" da puta
do juiz que sempre rouba o time dele.
Um pouco antes da catraca topei com Cleberson, que estava na posição de Cristo, com um PM
a apalpá-lo. Dava para ouvi-lo pensar: “Por que não colocam belas garotas para fazer este trabalho?”
Lá dentro passei por Ivan, que tampava os ouvidos para não escutar o axé tocado pela torcida
organizada, por Thiago, que cobria as orelhas para não ouvir os gritos histéricos de uma torcedora, e por
Cássio, que colocou seu walk-man para abafar as buzinas de caminhões trazidas por alguns torcedores. Já
o Paulo César reclamava de outro som: “Para que tocar o hino se ninguém presta atenção?”
Leonardo olhava para os céus pedindo paciência cada vez que um puxador de torcida
organizada gritava: "Vamos cantaaaar! A Geral tá calaaaada!". Já Ronaldo implicava com um cara que
tentava aparecer na tevê levantando um cartaz à sua frente.
O jogo estava tenso e por conta disso alguém fumava perto de Maria Augusta, que, apenas
metaforicamente, soltava fogo pelas ventas. Sérgio sofria ainda mais, porque perto dele alguém tragava
um cigarro de maconha e ele já se via explicando para a mulher que aquele cheiro não era o que ela estava
pensando.
Quando saiu o gol, Wender sentiu um certo nojo ao ser abraçado por um monte de marmanjos
barbados e suados. Ruy teve que agüentar um bêbado vibrando em sua orelha enquanto Harald xingava
uma bandeira aberta pela torcida que lhe cobria toda a comemoração do gol.
Falando em atrapalhar a visão, reparei que Luís olhava com ódio para uma grua da Globo bem
à sua frente e Samuel não conseguia tirar os olhos de uma boazuda. “Só pode trazer mulher bonita em
jogo ruim”, dizia ele entre os dentes.
No intervalo, Marcos ficou os quinze minutos na fila do banheiro para um splash and go.
Rogério, por sua vez, explicava às duas filhas que elas não podiam tomar refrigerante porque não dava
para levá-las ao banheiro.
Na segundo tempo, Luciano irritou-se com a torcida vaiando seu próprio time. Rômulo, como
tantos outros, teve vontade de esganar um cara ao seu lado que a todo ataque gritava “Gol!”. E Roberto
estava fulo da vida com um torcedor-comentarista que pensava ter decifrado todos os mistérios sobre os
jogadores e o jogo.
Como um ímã, a cabeça de Adelson recebeu mais um copinho. Para não ficar ainda com mais
raiva, ele preferiu acreditar que se tratava de cerveja. Já João sentia-se desapontado: comprou um
daqueles canudinhos doces e mais uma vez descobriu que só havia recheio nas pontas.
Dennis, que estava sentado, dava bronca em quem ficava de pé. André, que estava em pé, dava
bronca nos torcedores que ficavam sentados.
E, finalmente, quando o jogo acabou, Ângelo teve ódio do congestionamento que pegou na
volta para casa.
Vi essas vinte e oito pessoas sentindo raiva de ver uma partida no estádio.
E tenho certeza que as verei no próximo jogo.
Tarrafa Literária
De sexta a segunda-feira acontecerá no Teatro Guarany, no Centros de Santos, a Tarrafa
Literária, uma espécie de Flip.
As mesas com autores serão interessantes, mas o melhor será o jogo entre Escritores e
Veteranos do Santos, na segunda-feira, às 11h00, na Vila Belmiro. Certamente teremos um gol de letra
(dos veteranos, é claro).
No sábado, às 19h00, acontecerá o lançamento do Diário do Lelê.
A programação é a seguinte:
Dia 4
16 horas: Os Livros dentro dos Livros, com Ruy Castro, Heloisa Seixas e Ricardo Kotscho
16 horas: Tarrafinha com livro As Letras
17h45: autógrafos
18 horas: Tarrafinha com o livro O Sapo Vira Rei Vira Sapo
19 horas: Os Livros dentro dos Livros 2, com Jeremy Mercer (França) e José Luiz Tahan;
21 horas: autógrafos
Dia 5
16 horas: Ficção, a Mentira sem Culpas, com Milton Hatoum, André Laurentino e José
Roberto Torero
16 horas: Tarrafinha com o livro O Pequeno Rei e o Parque Real
17h45: autógrafos
19 horas: Mentiras, Culpa da Ficção, Lourenço Mutarelli, Marcelo Mirisola e José Luiz Tahan
19 horas: Tarrafinha com o livro O Diário do Lelê
21 horas: autógrafos
Dia 6
16 horas: Jornalistas Além Muros, com Jorge Caldeira, Laurentino Gomes e Zuenir Ventura 16
horas: Tarrafinha com o livro Retalhos Poéticos, Livros de Pano
19 horas: Filósofos Além Muros, com Theo Roos, Márcia Tiburi e Mona Dorf
21 horas: autógrafos
Dia 7
16 horas: Futebol e Literatura, Paixão Nacional, Matthew Shirts, Xico Sá e Vladir Lemos; 16
horas: Tarrafinha com Confecção de Livros Poeta dos Mares
19 horas: Tarrafinha com Construção de Livros de Brinquedo
19 horas: Livros que Molham, com Amyr Klink, Tim Winton e Arthur Dapieve
21 horas: autógrafos
Para participar é preciso doar um livro usado. O Teatro Guarany fica na Praça dos Andradas,
100.
Procura-se um Zé
(Texto publicado hoje na Folha de S.Paulo)
Caro João, caríssima Maria, eu vos pergunto: Qual o nome mais comum entre os jogadores do
Brasileiro? José, certo? Errado. Totalmente errado. Os Zés hoje são uma raridade. Pelo menos no futebol.
Para ter certeza disso, fui ver como são chamados todos jogadores de todos os vinte times. São
mais de 600 atletas, e entre estes encontrei apenas três zés: Zé Luís, do São Paulo, Zé Roberto, do
Flamengo, e um cândido Zé, sem nenhum acompanhamento, que joga no Sport. Isso significa menos de
0,5%. Até aqui, na redação de Esportes da Folha, há mais Josés, como eu, o Geraldo Couto, o Carlos
Kfouri e o Henrique Mariante.
Antigamente todo time tinha pelo menos um Zé. Ele podia vir acompanhado de outro nome, de
um apelido, no diminutivo ou no aumentativo, mas toda escalação tinha um Zé. Tanto que, fazendo um
pequeno esforço de memória, rapidamente consegui fazer uma seleção de Zés, uma zeleção.
Ela começaria com o goleiro Zé Carlos, do Flamengo (com Zecão, da Portuguesa, na reserva).
Na lateral direita teríamos o Super Zé¸ que era o apelido de Zé Maria, do Corinthians (na reserva, os
tricolores Zé Carlos e Zé Teodoro). Na zaga, Zé Eduardo, o viril zagueiro corintiano, e Zé Augusto,
daquele célebre time do Bahia que tinha Sapatão, Baiaco e Beijoca. Na lateral esquerda, fiquei em dúvida
entre Zé Carlos Cabeleira, do Santos, e Zeca, do Palmeiras. O meio de campo seria uma moleza: teríamos
Zé Mário, do Vasco, o excelente Zé Carlos, do Cruzeiro e do Guarani, e Zé Roberto, talvez o melhor
jogador da história do Coritiba. Na reserva, outros Zés, como o Elias, o do Carmo e o Renato. O ponta
direita seria, Zequinha, ex-Botafogo e São Paulo, o centroavante poderia ser o veloz Zé Alcino, que jogou
pelo Grêmio com Paulo Nunes, e na ponta esquerda entraria Zé Sérgio, campeão paulista pelo Santos em
1984. Para técnico há uma infinidade de opções, mas fico com Zezé Moreira, que é zé duas vezes. O
árbitro?
José
Rob
erto Wright. O narrador? José Silvério, é claro.
O nome José era o símbolo do homem comum, normal. Mas hoje, ironicamente, os Josés são
artigos de luxo. Se Drummond fosse escrever seu célebre poema por estes dias, teria que chamá-lo de “E
agora, William?”
Acredito que esta escassez de zés ocorre por dois motivos. O primeiro é que as famílias de
classe baixa há algum tempo vêm demonstrando uma inclinação por nomes estrangeiros. O “José” tornouse um sinônimo de simplicidade, até de pobreza, e parece que querem mascarar estas coisas colocando
alguns dablius no começo dos nomes e terminá-los com “son”, o que sempre dá um ar americano.
O segundo motivo é que os próprios jogadores tentam evitar o “Zé”. Talvez acreditem que é
um nome de pouco apelo mercadológico. Por exemplo, Kléberson, do Flamengo, é José Kléberson, mas
preferiu ficar só com o segundo nome. E o artilheiro do Náutico chama-se José Carlos, mas preferiu
trocar o José por Bala e virou Carlinhos Bala.
Enfim, atualmente ninguém aceita ser mais um José, ninguém quer ser considerado um simples
Zé. Hoje em dia todo mundo é diferente. Todo mundo é William.
A bay say dolphin the sea, man!?
ASA: O simpático ASA, meu time em Arapiraca, ganhou do Icasa, em plena Juazeiro do
Norte, e passou à final. Ele terminou o primeiro tempo perdendo por 2 a 1, mas na etapa final virou para 3
a 2. Quem diria, o Asinha pode ser Campeão Brasileiro. Da Série C, mas e daí?
Botafogo: O Imprevisível surpreendeu novamente. Começou na frente e parecia que ia ganhar
do Grêmio, mas, no fim, conseguiu arrancar um empate em 3 a 3.
Coiote: Lembram do Coyote dos desenhos do Bip-Bip? Acontecia algumas vezes de ele estar
correndo no ar, então percebia que estava fazendo algo impossível e caia. Parece que é o que está
acontecendo com o Atlético Mineiro.
Duvidosos: Houve dois lances duvidosos no jogo entre Botafogo e Grêmio, e eles geraram dois
dos três gols gaúchos. O Botafogo protestou. Com e sem razão. Sem razão porque eram lances difíceis.
Com porque há times que, na dúvida, a arbitragem sempre marca contra, e outros que sempre são
favorecidos. O Botafogo está no primeiro grupo.
Embalado: O Ceará foi ao Maracanã e venceu o líder Vasco, que ainda não havia sido
derrotado em casa. Agora o Ceará está em quarto lugar, quatro pontos à frente do quinto. Nada mal.
Fiasco: O Guarani não conseguiu nem empatar com o América-RN, time que não obtém uma
vitória há quatro jogos. O Bugre desperdiçou uma chance importante de se aproximar do Vasco. Será uma
classificação dramática. Há que gostar de guaranias para torcer para o Guarani.
Goleiros: No jogo que teve dois dos maiores goleiros brasileiros desta década, o placar não se
mexeu. Empate dos times, vitória deles.
Heróica: Foi a classificação do América-MG para a final da C, que só veio nos pênaltis. E no
décimo quarto pênalti. Os treze primeiros foram convertidos. Mas então Diego Araújo, do Guará, errou o
seu.
Internacional: Foi o grande vencedor da rodada. Nenhum dos três times que estavam à sua
frente ganhou. E em parte por causa dele, que venceu o Goiás, segundo colocado, por 4 a 0.
Jazer: estar morto, prostrado, enterrado. Parecia ser o caso do Vitória, que estava perdendo
para o Cruzeiro, em casa, por 3 a 1 até os 40 do segundo tempo. Então Ramón e Roger fizeram dois gols,
empatando o jogo. Nos acréscimos, o time baiano ainda perdeu uma ótima chance de vencer a partida.
Líderes: Os da artilharia são Val Baiano, Roger e Marcelinho Paraíba. Todos com 11 gols.
Para 22 rodadas, não é muita coisa.
Marcos: O melhor em campo no clássico paulistano. Uma muralha. Poderia ser o reserva de
Júlio César na Copa.
Náutico: Venceu o Atlético-PR e ficou a um ponto de sair da zona do rebaixamento. Há
algumas semanas parecia um nome certo para a Série B de 2010, mas vem se recuperando e pode passar a
vaga para o Santo André.
Onze: Foi o número de jogos que o Avaí manteve-se invicto no Brasileiro. No sábado perdeu
para o Coritiba. Resta saber se foi um tropeço ou se está começando a ter uma queda de rendimento.
Parabéns: Ao Flamengo, time que mais ganhou posições nesta rodada. Foram três, uma para
cada ponto. O time passou para a 11ª. posição a afasta-se da zona do rebaixamento.
Quintas-de-finais: Na Série D, Uberaba, Sergipe, Chapecoense e São Raimundo venceram.
Tupi e Macaé foi o único jogo que terminou empatado. Dos dez clubes, passarão para a próxima fase os
cinco vencedores e três dos perdedores. É o mata-mata com ressurreição.
Refletores: Os do Maracanã pararam de funcionar por onze minutos. E justo quando o Santo
André estava melhor que o Flamengo.
Santos: Como sempre, a solução para seus problemas está nas categorias de base. Tanto que
venceu o Fluminense com dois gols sub-20, de Ganso e André.
Título: O título de hoje do ABC do fim de semana ("A bay say dolphin the sea, man!") foi
idéia do leitor Carlos Eduardo Sisso.
Último: Segue sendo o Fluminense, que tem também o pior ataque: 21 gols, menos de um por
jogo.
Vencedor: Na toreroteca desta semana não houve nenhum. Quem foi o vilão? O glorioso ASA
de Arapiraca, que ganhou do Icasa e enganou todo mundo.
Xuxu: Em Cabo Verde, diz-se daquele que é mau ou endiabrado. Pode ser utilizado em relação
a Petkovic, que infernizou a defesa do Santo André, ganhando o duelo dos velhinhos com Marcelinho
Carioca.
Zé Roberto: Foi importante na vitória de 3 a 0 do Flamengo sobre o Santo André. Sofreu o
pênalti que deu origem ao segundo gol e marcou o terceiro. Além disso é um belo nome.
Seleção de sexta: dablius
Em homenagem à (péssima) reforma ortográfica, pensei em fazer uma seleção apenas com os
jogadores que tivessem nomes começados com K, W e Y. Porém, no meio do caminho vi que o W nunca
saiu de uso no Brasil. Pelo menos, não nos cartórios. Pois nada menos do que 16 clubes têm jogadores
com nomes começados com W.
Diante desta incontestável realidade, mudei de idéia e fiz uma seleção apenas com jogadores
que iniciam sua assinatura com o redivivo dabliu.
O mais apropriado seria escalar o time no velho esquema WM, mas preferi um ousado 3-4-3,
que não é muito usado no futebol, mas é ótimo nos jogos de botão.
Vamos ao time:
Goleiro: Só achei um: Wanderson, do Coritiba. Nem sei se é bom, mas, por falta de
concorrência, vai ele mesmo (na Série B temos o Wéverton, do América-RN, mas tomei por bem ficar
apenas na primeira divisão, senão seria muito fácil).
Zagueiros: Optei por uma defesa com três zagueiros. Dois vêm do mesmo time, o Atlético
Mineiro: São os jovens Welton Felipe e Werley. Entre eles ficaria o experiente William, do Corinthians.
Sem dúvida, uma boa zaga.
Ala direita: Wendell, do Palmeiras, é uma boa opção. Trata-se de um jogador eficiente. Para
mim, melhor na direita que como volante. No banco ficaria, Wagner Diniz, que começou bem no Vasco
mas não deu certo no Santos e no São Paulo.
Ala esquerda: Wellington Saci. O ex-corintiano é mais um jogador do Galo nesta seleção.
Volante: Aqui vou de Willian Magrão, do Grêmio. Note-se que não é o mesmo nome do zagueiro
corintiano. Este acaba com “n“, aquele, com “m“. Os pais que escolhem nomes com W têm sutiliezas
surpreendentes.
Meia: Willian, do Vitória. Para quem não lembra, é aquele promissor jogador que surgiu no
Palmeiras, mas teve um problema no coração e quase parou de jogar.
Atacante: Para uma das vagas fiquei em dúvida entre dois jogadores do Atlético Paranaense.
Um é Wesley. Ele foi apenas uma promessa no Santos, mas agora, mais encorpado e com penteado afromoderno, parece estar melhor. O outro é Wallyson, que já fez três gols na temporada. Como Wesley
marcou apenas um, fico com Wallyson.
Atacante: A outra vaga é de Willians, do Palmeiras, jogador rápido, que deixou Keirrison
(olha um K aí) várias vezes na cara do gol.
Centroavante: Aqui há uma boa briga entre Wellington Paulista, do Cruzeiro, e Washington,
do São Paulo. O primeiro é mais rápido. O segundo funciona mais como pivô. Wellington Paulista tem
oito gols no Brasileiro, Washington, sete. Mas, como já temos dois atacantes que correm bastante, fico
com o são-paulino.
O técnico, obviamente, será Wanderley Luxemburgo.
E Wando cantará o hino do time.
Tico, Teco e as quintas-de-finais
(Texto publicado hoje na Folha de S.Paulo)
Estava eu num spa, tentando perder alguns quilos indesejáveis, quando escutei duas vozes
conhecidas atrás de mim:
“Este suco de kiwi com lima está excelente, Teco.”
“O meu de amoras com morango também é muito bom, Tico.”
Pensei que era apenas uma coincidência de nomes, mas, quando virei a cabeça, percebi que
eram eles, Tico e Teco, os dois baluartes da organização ludopédica nacional.
Para quem não os conhece, apresento-os: Tico é superintendente de regulamentos da CBF.
Teco é diretor-geral de calendários e tabelas. Eles são os responsáveis pela elaboração dos campeonatos
mais curiosos do nosso futebol. Lembram daquele Brasileiro de 1979 com 94 times? Coisa deles. Sabem
o Paranaense deste ano, quando o Atlético jogou todas as partidas da fase final em casa? Coisa deles.
Pois bem, enquanto eu comia um delicioso chuchu recheado com uma saborosa ricota e
enrolado em tenras folhas de alface (tenho que usar muitos adjetivos para dar algum gosto a essa comida),
agucei os ouvidos para ouvir sua conversa:
“Bem que merecemos estas férias, não é, Teco?”
“É verdade, Tico. Eu já estava ficando estressado.”
“Bolar o regulamento da Série D foi cansativo demais.”
“O importante é que não perdemos a mão. Novamente conseguimos surpreender todo mundo.”
“Desta vez eu fiquei preocupado.”
“Eu também. Quando disseram que tínhamos que fazer um campeonato com quarenta clubes,
vinte do norte e vinte do sul, pensei que estávamos perdidos.”
“Por que não 41 times? Ou então 39?”
“E, já que eram quarenta, por que não 17 de um lado e 23 de outro?”
“Andam podando a nossa criatividade, Teco.”
“Esses números redondos são uma censura à nossa arte, Tico.”
“Mas nós não nos intimidamos.”
“Conseguimos deixar a nossa marca.”
“Inventamos as décimas e as quintas-de-finais!”
“Coisa de gênio!”
“Os outros campeonatos têm oitavas e quartas-de-finais, mas, décimas e quintas, só a nossa
gloriosa Série D.”
“Viva nós!”, disseram eles enquanto batiam seus copos com sucos coloridos. Depois que
tomaram um gole, Teco continuou:
“Foi brilhante dividirmos os quarenta clubes em dez grupos de quatro. Qualquer outro dividiria
em oito de cinco, classificando dois de cada grupo, e aí sobrariam 16 clubes.”
“Mas nós, não. São décadas de experiência. Por isso fizemos com que vinte times passassem
para a primeira fase do mata-mata. Criamos as décimas!”
“E agora, com dez clubes, teremos as quintas!”
“O melhor é que, para a próxima fase, as quartas-de-finais, passarão os cinco que vencerem
seus adversários e mais três perdedores.”
“Criamos uma fase inteira para descartar só duas equipes. Um luxo!”
“E até quem perder seus dois jogos pode se classificar.”
“Que beleza, Tico! Inventamos a derrota classificatória.”
“É o mata-mata com ressurreição!”
“Nunca na história desse país houve gente tão criativa como nós.”
“Mais um brinde, Teco.”
“Mais um brinde, Tico.”
Ah, becê do fim de semana
Azul: Palmeiras estreou a nova camisa azul com o pé direito. Ou, no caso, com o braço direito.
Venceu o Inter, um de seus principais concorrentes ao título, e se isolou na liderança.
Bahia: Ganhou do ex-líder Atlético-GO e subiu quatro posições, indo para décimo-segundo
lugar. O bom técnico Sérgio Guedes começa a acertar o time.
Ceará: Goleou o América-RN por 5 a 1, fora de casa, e voltou ao G-4 da B (isso não parece
batalha naval?).
Decadência: O Atlético-MG não ganha há quatro jogos. Chegou a liderar o campeonato, mas
agora está num modesto sexto lugar.
Empate: O Fluminense empatou, em casa, com o Barueri. Já são cinco jogos sem vitória. E as
frases otimistas de Renato Gaúcho são um mau sinal.
Flamengo: Levou três na terceira derrota seguida. Ainda assim, em 14º., é o melhor dos
cariocas.
Genus: O time de nome estranho de Porto Velho está fora da terceira fase da Série D. Empatou
e perdeu para o São Raimundo, de Santarém. Agora restam dez equipes lutando pelas quatro vagas.
Haway: Estado norte-americano que não tem nada a ver com o homônimo que está fazendo
uma bela campanha no Brasileiro. O Avaí freqüentava a zona de rebaixamento, mas engatou uma quinta
marcha e ontem entrou pela primeira vez para o G-4.
Incêndio: É o que estava acontecendo no Sport, com dez partidas sem vitória. Para apagá-lo
chamaram Chamusca. E parece que, apesar do paradoxo, começa a dar certo. O time venceu o Vitória e
passou a lanterna para o Fluminense.
Juízes: Foi gol com a mão de André Lima, mas não houve a falta cobrada por Marcinho nem o
pênalti em Jorge Henrique. Ou seja, neste jogos de erros acabou Corinthians 2 x 1 Botafogo. Com os dois
gols validados contra o Inter, esta semana o Corinthians contabilizou quatro pontos ganhos por erros da
arbitragem.
Líder: O Vasco chegou a ficar lá pela oitava posição, mas se recuperou e acabou como líder da
Série B. Ainda por cima tem três pontos de vantagem para o segundo colocado e nove para o quinto.
Montanha russa: O Santo André vinha de duas derrotas. O Coritiba, de duas vitórias. Mas
nenhum deles foi tri. O Santo André venceu e parou de cair. O Coritiba perdeu e deixou de subir. Na
montanha russa do Brasileiro, é raro manter uma seqüência de resultados. Quem consegue, como Avaí e
Goiás, escala a tabela.
Norte: No clássico alado da Série C, entre ASA x Icasa deu empate. O primeiro gol só surgiu
aos 23 do segundo tempo, com os visitantes. O time de Arapiraca empatou quatro minutos depois, com
Dindira. Pela lógica, o Icasa é favorito, mas vale lembrar que na fase anterior o ASA se classificou ao
arrancar um empate em 2 a 2 com o Rio Branco, no Acre. Ou seja, é um time que se dá bem fora de casa.
Óbvio: As garotas do vôlei venceram o Grand Prix. Elas estão sobrando. Talvez seja a melhor
fase da história do vôlei feminino brasileiro.
Paulo Báier: Foram sete vitórias seguidas do São Paulo. Mas Paulo Báier, de 35 anos, acabou
com a festa.
Quina: Sinônimo de cinco. Pela Série D, o Cristal estava perdendo por 2 a 0 para o NacionalAM, resultado que o desclassificaria. Mas, no segundo tempo, o time fez nada menos do que cinco gols,
uma virada e tanto.
Relâmpago: Foi o primeiro gol do Cruzeiro contra o Náutico. Com apenas 16 segundos os
mineiros já estavam em vantagem.
Sul: Na Série C, pela semifinal do Sul, o Guaratinguetá conseguiu um bom resultado contra o
América-MG. Venceu por 2 a 1. O resultado foi bom, mas não excelente. O América precisa apenas
vencer por 1 a 0 para ir à final.
Tupi: Até os 37´ do segundo tempo, estava perdendo para o Fluminense-BA por 2 a 1, o que o
colocaria fora das quintas-de-finais da Série D (isso mesmo, quintas-de-finais). Mas o time mineiro fez
dois gols nos instantes derradeiros e está entre os dez classificados.
Uberaba e Uberlândia: Não teremos o clássico Bebê, entre Beraba e Berlândia, na Série D. O
Uberaba até fez sua parte, passando pelo Brasília, mas o Uberlândia foi superado pelo Araguaia.
Valente: O Londrina, que já foi três vezes campeão paranaense e venceu uma Série B do
Brasileiro, parece estar voltando aos bons tempos. Classificou-se de forma milagrosa na primeira fase da
D, e agora passou às quintas de finais (amanhã explico melhor esta história de quintas-de-finais).
X: Dez em algarismos romanos. Número de vitórias conquistadas por Barrichello na Fórmula
Um. A de ontem foi perfeita. A primeira fora da Ferrari. No fim do ano passado ele quase ficou
desempregado, mas voltou e deu a volta por cima. Mesmo que encerre a carreira este ano, sua história terá
um ar mais vitorioso depois desta temporada.
Zigue-zague: Assim caminha o Grêmio na tabela. Não perde em casa, não ganha fora. Numa
semana desce, na outra sobe.
Juca Kfouri - http://blogdojuca.blog.uol.com.br/
Carisma do Nuzman?!
Um sítio dito especializado em Olimpíadas, o www.GamesBid.com, deu ao Rio a melhor
cotação do momento para sediar os Jogos de 2016.
Um pouco, mas na frente de Chicago.
E atribuiu parte da cotação ao carisma de Carlos Nuzman.
Aí, parei.
Ei, neste fim de semana tem Brasileirão
Aposto que você até já tinha esquecido, mas o Campeonato Brasileiro continua neste fim de
semana.
Amanhã mesmo já tem dois jogos, os dois às 18h30.
No Maracanã, jogo rubro-negro, entre Flamengo e Sport, para reviver 1987.
E, no Morumbi, o Avaí de Silas, que foi revelado pelo São Paulo, vai tentar complicar a vida
do tricolor.
No domingo, dois jogões.
Um, no Beira-Rio, às 16h, revive a final do Brasileirão de 1975, entre Inter e Cruzeiro.
Outro, no Barradão, põe o Vitória que rebaixou o Palmeiras em 2002, diante do líder do
campeonato.
Mas tem também, na Vila Belmiro, o jogo entre os santos, Santos e Santo André.
No Mineirão, o jogo entre os Atléticos, o mineiro e o paranaense.
No Recife, o repeteco da Batalha dos Aflitos, entre Náutico e Grêmio.
O clássico Gagá, entre Botafogo e Fluminense, no Engenhão.
E, finalmente, Grêmio Barueri e Goiás, na Arena de Barueri.
Só mesmo coxas e corintianos ficam chupando o dedo, porque o jogo entre Coritiba e
Corinthians foi adiado para a quarta-feira que vem, para atender a televisão.
Comentário para o Jornal da CBN desta sexta-feira, 11 de setembro de 2009.
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/juca-kfouri/JUCA-KFOURI.htm
Bem-vinda, Rainha Marta!
Marta chegou à Vila Belmiro.
Vai disputar a Taça Libertadores da América pelo Santos.
Pelé não pôde estar presente para entregar a camisa 10 à Rainha do futebol.
Azar dele.
Teixeira assume
Demorou, mas, mais de três anos depois, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, assumiu sua
responsabilidade pela farra de Weggis, antes da Copa de 2006.
Assumiu em entrevista ao programa "Arena Sportv" e, apesar de relativizar em demasia o que
ali aconteceu, porque o que ali aconteceu pautou todo o comportamento posterior, merece aplausos pela
autocrítica, mesmo que tardia.
Verdade que quem, à época, denunciou a bagunça foi chamado de mau brasileiro.
Na mesma entrevista, no entanto, Teixeira avalizou o invalizável e tergiversou. Um bocado.
Avalizou a inacreditável figura de seu grande aliado Jérôme Valcke, o secretário-geral da Fifa,
que, não por acaso, sabota o projeto do Morumbi para a Copa de 2014.
Valcke é aquele mesmo funcionário da Fifa que a fez pagar US$ 90 milhões para a Mastercard
por ter mentido à Justiça suíça na pendenga judicial entre a entidade e os cartões de crédito Mastercard e
Visa.
E que, em vez de ser demitido, acabou promovido.
Não surpreende que ele seja -como também são figuras como o presidente da FPF, o prefeito
de São Paulo, um consórcio de construtoras e até alguns russos que já estiveram por aqui no Corinthians,
trazidos por gente graúda do PT, além, é claro, do próprio chefão de nosso futebol-, favorável a um novo
estádio em São Paulo, a tal máquina que puxa, e paga, o Brasil.
E tergiversou na questão da adequação do calendário brasileiro ao mundial ao dizer duas
bobagens estratosféricas: que a adequação obrigaria a realização de jogos no dia 23 de dezembro e no
Maracanã, no domingo de Carnaval, com o desfile das escolas de samba em andamento, evoluindo.
Teixeira quer concorrer com o pessoal do "CQC".
Primeiramente porque não é de hoje que há jogos aos sábados de Carnaval no Maracanã, para a
alegria dos turistas que vêm para a festa e matam dois coelhos com uma só cajadada.
Como, ainda por cima, em 1998, com 57 mil torcedores no Morumbi, Corinthians e Cruzeiro
decidiram o Campeonato Brasileiro, da CBF já dirigida por Teixeira havia nove longos e penosos anos,
exatamente num dia 23 de dezembro!
Curiosamente, três dias antes, o público, para o mesmo jogo, tinha sido de 50 mil.
E é óbvio que, com um mínimo de racionalidade, não será preciso nem jogar na antevéspera do
Natal nem no Carnaval.
Boa, CBF!
Ping...
(Na minha coluna, na "Folha", no domingo passado)
Com a vaga para a Copa do Mundo da África do Sul assegurada com três rodadas de
antecedência, talvez seja o caso de ir jogar em La Paz com um time experimental e poupar os melhores do
sacrifício desumano de jogar na altitude exagerada.
...Pong
(Na coluna do Ancelmo de hoje, em "O Globo")
Time de reservas
Classificação garantida para a Copa da África do Sul, a CBF resolveu que no jogo Brasil x
Bolívia, dia 11 de outubro, em La Paz, não vão participar as estrelas da companhia, como Kaká, Júlio
César,
etc.
Vai um time de reservas, embora a confederação não goste de usar a palavra reserva para atletas da
seleção.
Segue...
Na verdade, a CBF não se conforma com a conjuração feita pelas federações dos países
hermanos, para manter jogos na altitude de cidades como La Paz, que fica a 3.600m do nível do mar. A
Argentina
foi
um
dos
que
ficaram
a
favor
da
Bolívia.
Isso antes de a sua seleção ser goleada por 6 a 1 pela frágil equipe boliviana nas eliminatórias, em abril.
Beijinho, beijinho, e tchau, tchau!
Nilmar fez três dos quatro gols da Seleção Brasileira que ontem ganhou da chilena por 4 a 2,
em Salvador, na Bahia.
Sorria, Nilmar, você está na Bahia, há de ter pensado o ídolo colorado.
Porque ele não se limitou a marcar três gols.
Foi ele também quem roubou a bola que redundou no único gol que não fez na partida, mas
deu para Júlio Baptista fazer.
Roubar bolas era a única das tarefas que Robinho vinha cumprindo com alguma eficácia
ultimamente.
Robinho viu ontem como é perigoso deixar de jogar uma partida pela Seleção, quando o
reserva não bobeia.
E Robinho que é reserva no Manchester City, pode ter virado reserva também na Seleção.
Porque se Robinho mais parece hoje em dia um triatleta que pedala, corre e...nada, Nilmar, ao
contrário, não pedala, mas corre e marca, não só o adversário como marca gols, um, dois, três, coisa mais
de um jogador de futebol do que de um artista de circo.
Comentário para o Jornal da CBN desta quinta-feira, 10 de setembro de 2009.
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/juca-kfouri/JUCA-KFOURI.htm
Show brasileiro na Bahia
Foi um jogo delicioso em Salvador.
O Chile veio com tudo, como prometera.
E perdeu de muito, como já acontecera.
Não que os chilenos não tenham criado boas chances de gol, porque criaram.
Numa delas, segundos antes do segundo gol brasileiro (de Júlio Baptista), Júlio César fez uma
defesa que chega a ser uma ofensa aos atacantes do mundo inteiro, um exagero, um absurdo de defesa.
É sabido, também, que Nilmar e Adriano marcam menos que Robinho e Luís Fabiano, embora
ataquem mais.
Mas Nilmar roubou a bola que redundou no gol de Júlio Baptista e Adriano interceptou umas
cinco cobranças de escanteio só no primeiro tempo, que viu, também, um belo gol de Nilmar.
Em ambos, os passes vieram do filho da Bahia, Daniel Alves, jogando no lugar de Elano, aos
31 e 40 minutos.
Para o segundo tempo não ficar sem graça, o Chile diminuiu no último minuto de pênalti,
porque só mesmo de pênalti.
E para deixá-lo quase dramático, antes do quinto minuto Felipe Melo, que era o único que
jogava mal, fez uma falta sem o menor sentido e foi expulso de campo.
E logo aos 7, Miranda olhou Suazo fazer seu segundo gol e empatar, em gol que fez Pituaçu
ouvir cantar o nome do Chile.
A missão brasileira passava a ser apenas a de manter a escrita de jamais ter perdido um jogo de
Eliminatórias jogando no Brasil.
Aos 23, Valdivia entrou no time andino e Sandro e Tardelli entraram nos lugares de Júlio
Baptista e Adriano.
O Chile estava mais perto do terceiro gol e sua torcida se vingava do olé que ouviu quando
estava 2 a 0.
Aos 25, Elano entrou para sair André Santos e Daniel Alves foi para a lateral-esquerda.
Porque André Santos marcava mal a direita do ataque chileno e dera um tapa num adversário
que poderia ter valido outro cartão vermelho.
Dunga mexia bem e Bielsa menos, porque tirou Suazo.
Isla substituiu Millar.
E, aos 28, Maicon achou Nilmar sabe-se lá como e o ex-colorado desempatou de cabeça: 3 a 2.
Em seguida, de novo Nilmar, 4 a 2, ele que é bem melhor que o triatleta Robinho, que pedala,
corre e... nada.
E o Chile também ficou com 10.
Aí, o jogo acabou.
E acabou bem. Muito bem!
Notas:
Júlio César só levaria 10 se fosse Deus ou o Pelé. Deus não existe e o Pelé não joga mais: 9,9;
Maicon foi bem atrás e ótimo na frente, com participação nos últimos dois gols: 9;
Luisão fez tudo certo de novo: 8;
Miranda não foi mal, mas falhou no segundo gol chileno: 7;
André Santos teve sérios problemas de marcação e perdeu a cabeça: 4;
Gilberto Silva jogou o de sempre, mas mais para bem do que mal: 7;
Felipe Melo fez sua pior partida com a camisa amarela e uma falta estúpida: 3;
Daniel Alves é de sete instrumentos e participou dos dois primeiros gols: 9;
Júlio Baptista fez um belo gol e se perdeu um pouco no segundo tempo, quando teve de voltar
mais: 7;
Adriano bem que tentou, mas não brilhou: 6,5;
Diego Tardelli, em seu lugar, se movimentou mais: 7;
Elano jogou pouco tempo e bem, bastante bem, pois ainda participou do quarto gol: 8;
Sandro não teve chance de mostrar jogo, fica sem nota;
Nilmar "só" fez três gols. Ah, ainda roubou a bola do segundo gol, de Júlio Baptista: 9,5;
Dunga foi perfeito nas alterações: 9.
Pobre Argentina...
O Paraguai mandou bola na trave, dominou o primeiro tempo e fez 1 a o na Argentina, no
primeiro tempo, em Assunção.
No segundo, Verón foi expulso e a Argentina de Maradona, que pode ser tudo menos técnico
de futebol, perdeu mais uma, com Sebá na zaga.
E está fora do G4 das Eliminatórias.
E começa a correr grande risco de ficar fora da Copa.
Está em quinto lugar, dois pontos atrás do Equador, e apenas um adiante do Uruguai.
E seu último jogo será exatamente contra o Uruguai, em Montevidéu.
O Paraguai, a exemplo do Brasil, garantiu sua vaga na África do Sul.
Para dar transparência à Copa no Brasil
Com o objetivo de tentar levar o Executivo a dar transparência à utilização de recursos
públicos para as organização do Mundial, surgiu hoje uma idéia.
Que é singela: propor a quem de direito - no caso, o Ministério do Planejamento - a criação,
no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (o SIAFI), de um identificador
específico para o acompanhamento das ações relacionadas à Copa.
Hoje, há no SIAFI marcadores que permitem a execução orçamentária, como no caso das
programações do PAC, Lei Calmon, Obras Irregulares, Erradicação do Analfabetismo, Precatórios etc.
Se o Executivo criar o identificado, permitirá que as despesas da União com a Copa sejam
detalhada em seu menor nível, discriminando as dotações, os órgãos, as unidades orçamentárias e
gestoras, a natureza da despesa, os programas, projetos e atividades, as fontes de recursos etc.
Amanhã, na primeira reunião da Rede de Fiscalização, no TCU, o deputado Sílvio Torres vai
tocar no assunto.
E, na semana que vem, um Requerimento de Indicação para que o marcador seja criado será
apresentado à Comissão de Fiscalização para votação, aprovação e encaminhamento ao Ministério do
Planejamento.
A
antepenúltima
partida
brasileira
em
Eliminatórias até 2016
A Seleção Brasileira faz hoje em Salvador, às 21h50, sua antepenúltima partida pelas
Eliminatórias da Copa de 2010.
E como a Copa de 2014 será no Brasil, só em 2016 a Seleção voltará a jogar pelas
Eliminatórias, depois de fazer a penúltima e a última partidas nos próximos dias 11 e 14 de outubro,
contra a Bolívia, em La Paz, e contra a Venezuela, em Campo Grande.
O pequeno estádio de Pituaçu, para apenas 32 mil torcedores, verá uma seleção já classificada
para a Copa da África do Sul e outra a caminho da classificação, a seleção do Chile.
Que é dirigida por um argentino, El Loco Bielsa, que garante deixar o Mago Valdívia dos
palmeirenses no banco e atacar o time brasileiro.
Ele é de cumprir o que promete e assim fez no jogo em Santiago, quando o time de Dunga
ganhou por 3 a 0, mesmo sem jogar bem.
Dunga não inventou para o jogo desta noite e vai escalar Miranda no lugar de Lúcio, Júlio
Batista no de Kaká, Nilmar no lugar de Robinho e Adriano no de Luís Fabiano.
É bem possível que o time amarelo ganhe, ao menos, na troca de Robinho por Nilmar.
Ganhar o jogo será uma façanha para os chilenos.
Perder para os brasileiros será apenas chato.
Mas a vitória nacional é certamente o resultado mais provável, assim com 90% de
possibilidades.
Lédio Carmona - http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona
Como dão mole!
De partida agora de Recife para o Rio.
Vou atualizando os posts do Brasileirão aos poucos.
Mas é impressionante como dão mole para o competente São Paulo!
O Palmeiras perdeu. O Internacional, idem. O Goiás, também.
Inacreditável.
O Brasileirão está abertíssimo.
Agora, com o Galo de volta ao G4, com Corinthians em cima, e com Fla e Grêmio ainda a fim
de chegar no topo.
É bom demais esse Brasileirão.
Deixo o pré-post aberto para irem debatendo.
Vou postando durante o dia.
O que? Botafogo 0 x 0 Fluminense? Fala sério… Como é que pode!!!!
Abraços!
O chato divertido
O futebol e seu em torno estão repletos de chatos. Tem de todos os tipos. Chato-mala, chato
ranheta (eu!), chato-triste, chato-alegre-demais e o chato-inteligente. Louis Van Gaal é um chato
inteligente. Eu mesmo vivo me flagrando gostando e odiando esse chato. Fui contra sua ida para o Bayern
Munique. Mas não me surpreenderei se me der mal nesse veridicto. E sempre que posso acompanho o seu
blog La Libreta de Van Gaal, onde ele desanca a imprensa esportiva, principalmente a espanhol. Em
resumo: Van Gaal é um chato-necessário para o que entendo e gosto do futebol. Vou com ele sempre, até
porque, como bom chato, me identifico com ele.
Pois então: o time do chato teve uma das melhores atuação do fim de semana europeu. O
Bayern Munique saiu perdendo para o Borussia Dortmund (Mats Hummels), mas chegou à virada e à
goleada de forma avassaladora (Mario Gomez, Schweinsteiger, Ribery e dois do garoto Thomas Mueller).
Ribery, que estava na reserva por problemas com… Van Gaal entrou e fez chover. Creio que agora ele
conquistou o chato. Basta olha o abraço fraternal na foto.
E assim o Bayern Munique se recupera um pouco após início pífio na Bundesliga, quando,
antes da goleada, somava apenas uma vitória, dois empates e uma derrota. Agora está em 5º (8 pontos), a
cinco de Hamburgo e Leverskusen, os líderes - Schalke e Eintracht Frankfurt aparecem em terceiro e
quarto, respectivamente.
O meu Hamburgo manteve a liderança com um 3 a 1 sobre o Stuttgart, com um gol do eterno
Zé Roberto. Em Wolfsburg, o time da casa, mesmo com mais um gol de Grafite, perdeu por 3 a 2 para o
Leverkusen, de Renato Augusto. Mas, numa boa, o fim de semana foi dos chatos, principalmente de Van
Gaal e do seu craque-chato, Ribery.
Toamara que o Bayern chegue. Será divertido.
Muito prazer, São Paulo
10 vitórias, 2 empates e 1 derrota.
Esse é o São Paulo do período.
E com a vitória (merecida pelo segundo tempo) de ontem sobre o Avaí, o time de Ricardo
Gomes jogou a batata quente em cima de Palmeiras (líder, com 44 pontos) ne Internacional (segundo com
43 pontos, mesmo número do São Paulo).
Palmeiras e Inter jogarão mais tarde, contra Vitória e Cruzeiro, respectivamente, com a sombra
do tricampeão brasileiro a atormentá-los.
Eu duvidei, mas o São Paulo chegou.
Melhor não duvidar mais.
Quem já acredita também é a torcida: quase 30 mil pagantes no Morumbi.
Haja sombra e pressão.
O final do Brasileirão será imperdível. E sabe quem está no meio?
O São Paulo.
Ah: o Avaí perdeu a terceira seguida? E daí? O time é bom e escapará, sem sustos.
A pergunta é…
… quem tropeçará primeiro no Campeonato Espanhol?
Barcelona ou Real Madrid?
Após as duas primeira rodadas, ficou claro (mais claro, quero ressaltar) que haverá a
polarização até o fim. Não é querer gato-mestrar, mas é óbvio. Pode até ser que apareça um terceiro
elemento na briga pela Liga, mas duvido que seja o meu Atlético de Madrid, com início patético (um
empate e uma derrota).
No fim de semana, os dois rivais saíram de casa. O Barcelona foi aos arredores de Madrid
enfrentar o Getafe e fez 2 a 0, gols de Ibrahimovic e Messi, que ficou no banco e entrou para provar que
só Diego Maradona não consegue tirar nada dele. E que camisa linda essa laranja do Barça!
E, em Barcelona, o Real fez 3 a 0 no lamentável Español, com duas assistências de Kaká para
os gols de Granero e Guti, com Cristiano Ronaldo fechando o placar.
Próximo fim de semana: Real em casa contra o Xerez; Barça, idem, diante do Atletico de
Madrid. Os dois vencerão. Quem quebrará a firma? Talvez, quem sabe, o Sevilha, que goleou o Zaragoza
por 4 a 1, com dois gols de Luis Fabiano. Pode até ser….
Aguardemos pelo primeiro vacilo.
Ah, no meio de semana a estréia de ambos na Champions. O Real Madrid vai comer chocolate
em Zurique, contra o Zurich. E o Barcelona (hum….!) encara a Internazionale, em Milão. Aí já
complica…
Dentro do script
Se houve uma surpresa no fim de semana no calcio, ela se chama Sampdoria. Com um bom
time, venceu seu terceiro jogo seguido na Lega Calcio, desta vez fora de casa: 1 a 0 no Atalanta, gol de
Mannini. Assim, a Samp, do excelente atacante Pazzini, passa a ser a grande novidade nesse início de
campeonato. Até porque, se olharmos a tabela e o futebol mostrado nas três primeiras rodadas, não há
nada fora do script:
*Sábado comentei a terceira vitória seguida da Juventus no Sport. No segundo fim de semana
consecutivo em Roma, a Juve sofreu, jogou mal, mas no fim se impôs em cima da Lazio, de David
Ballardini: 2 a 0, gols de Martin Cáceres (novo Paolo Montero? Muita calma, juventinos!) e de David
Trezguet (Del Piero e Iaquinta foram poupados, já de olho na estréia na Champions, terça, em Turim,
contra o Bordeaux). A Lazio não teve Zarate e Rocchi e acabou ficando com Julio Cruz sozinho na frente
à espera de um sexta-feira que não veio. Também com aquele meio de campo entulhado de volantes fica
difícil. Nota ruim do jogo: a péssima atuação do trio de arbitragem. Andrea Gervasoni anulou gol legal de
Mauri e o assistente Roberto Romagnoli errou todos os impedimentos nos quais teve que decidir. Uma
lástima. Também ruim: Diego ainda no primeiro tempo saiu machucado (foto).
*Hoje, em Milão, a Inter comprovou sua força e fez 2 a 0 no Parma, gols de Eto´o e Diego
Militto. Esse jogo eu não vi, pois estava a caminho de Recife. A Inter segue com 7 pontos, a dois de Juve
e Samp.
* Mais uma atuação medonha do decadente Milan: 0 a 0 com o Livorno. Mais um ano como
coadjuvante.
*E finalmente a Roma ganhou uma: 2 a 1 no Siena, fora de casa, gols de Riise e Mexes;
* A destacar também os três gols de Di Natale na vitória de 4 a 2 da Udinese sobre o Catânia.
O bom atacante disparou na liderança dos artilheiros, com seis.
Então, como eu escrevi lá em cima, não mudou nada. Inter e Juve na briga pelo título e Roma e
Milan batendo palmas. Assim será a temporada 2009/2010.
Serviço feito
Tudo na vida exige o mínimo de postura. No futebol, idem. E assim fez o Flamengo na noite de
sábado, contra o Sport. Jogou com postura de vencedor. Atacou o adversário desde o início, mostrou
quem era o dono da casa e bateu com a porta na cara do visitante logo aos 2 minutos. Belo passe de
Petkovic para Adriano fazer 1 a 0 com um chute lindíssimo da entrada da área, sem chance para Magrão.
A partir daí, o Sport se desmanchou de vez. E só olhou Pet e Adriano, ambos em noite
espetacular, comandarem o Fla no tranquilo passeio de 3 a 0 (dois gols do Imperador e outro de Zé
Roberto). Resultado que deixa o Flamengo ainda com chance de brigar pelo G4 do Bem e voltar à
Libertadores. Título? Aí só com muito milagre e matemática…
Bom também ressaltar que o Flamengo ganhou pelo com Álvaro na zaga e com o bom
Maldonado na proteção e virou um time mais equilibrado. A dúvida é: o interminável caos na Gávea
deixará o time andar para frente ou logo teremos uma nova queda? Com a palavra, os cornetas.
Time equilibrado. Taí uma coisa que o Sport deixou de ser desde aquela fatídica noite da
eliminação para o Palmeiras na Libertadores. Sábado, no Maracanã, entrou com postura de derrotado.
Acanhado, medroso, sem pegada, sem luz. Desse jeito, contra o Flamengo em casa, é suicídio.
Péricles Chamusca precisa bancar uma escalação. Afastar quem não tem cara e espírito de
Sport. Depois disso, mexer o mínimo possível e ganhar todas em domicílio. Só assim o Leão se salvará.
As feridas da Libertadores continuam abertas. Uma dor profunda que, infelizmente, paralisou a Ilha do
Retiro.
Conhece o Coutinho?
Lúcido como sempre, Dorival Junior admitiu que o Vasco não jogou bem. Principalmente no
primeiro tempo, quando foi dominado durante boa parte pelo time do Paraná, que esbarrou no ótimo
Fernando Prass e na incompetência de alguns dos seus jogadores. Até que no último minuto, Ramon
arrancou, fez ótima jogada, chamou o pênalti e ele veio. Cobraça perfeita de Elton e seus 22º gol na
temporada. Élton, sem marketing, sem lobby e sem marra, é o artilheiro do Rio em 2009.
Mas assim mesmo o Paraná voltou melhor. E empatou logo aos cinco minutos, com
Wellington Silva. Vasco desfalcado, sem Carlos Alberto, Alex Teixeira, Aloísio… Veio o pânico nas
arquibancadas e sociais. E o despertar de Phillipe Coutinho. Em dois lances, ele mostrou porque já é da
Internazionale. No segundo, deu um passe espetacular para Robinho fazer 2 a 1. E, mesmo após sua
expulsão, por absoluta imaturidade, a vitória, a 13º em 23 jogos, foi alcançada.
O Vasco retoma a liderança com 46 pontos, abre cinco pontos para o Atlético Goianiense, que
perdeu por 3 a 1 para a Ponte Preta, e abre outros três para o Guarani. O acesso está mais do que
encaminhado. Mas, mais do que isso, fica provado que o Vasco tem um bom elenco. E que sabe decidir.
Quando não é Carlos Alberto, é Alex Teixeira. Quando não é Elton, pode ser Robinho e Aloísio. E hoje
foi dia de Phillipe Coutinho.
2009, o ano da reconstrução continua perfeito para o Vasco.
Pequeno Bob FC
Estamos de volta, após três rodadas esquecidas pela falta de tempo e por causa da crise sem
precedentes que tomou conta do nosso clube.
Cortaram a energia elétrica por falta de pagamento e ficamos sem computador para postar.
Além disso, o presidente foi destituído e o técnico, deportado.
Ficou apenas o dono do time, ele, sempre ele, Dom Carmo.
E agora, na função de massagista à treinador, ele aposta no seguinte time:
Harlei (Goiás), Vitor (Goiás), Rodrigo (São Paulo), Rever (Grêmio) e Junior Cesar (São
Paulo): Leandro Guerreiro (Botafogo), Correia (Atlético Mineiro) e Rodrigo Souto (Santos); Diego
Tardelli (Atlético Mineiro), Adriano (Flamengo) e Renteria (Atlético Mineiro).
Treinador: Ney Franco.
Troféu Gato-Mestre (2009)
Amigos, eu havia desistido de continuar com o Troféu Gato-Mestre (2009).
Não há tempo hábil nem para mim, muito menos para os meus colaboradores atualizarem todos
os resultados a tempo.
Mas, enfim… Resolvi manter a brincadeira no ar por mais um tempo à espera que um mutirão
resolva entrar em ação e nos ajude a atualizar todos os prognósticos. Se não rolar, manteremos até o fim,
uma dia, em algum momento das nossas vidas, atualizaremos os resultados, aplaudiremos o vencedor e
ano que vem não teremos mais bolão desse tamanho.
Sem estresse.
Vamos aos palpites, lembrando que os jogos de terça-feira, pela Série B, não serão
computados.
Série A
São Paulo x Avaí (1); Flamengo x Sport (1); Internacional x Cruzeiro (1); Vitória x Palmeiras
(3); Atlético Mineiro x Atlético Paranaense (1); Santos x Santo André (1); Náutico x Grêmio (1); Barueri
x Goiás (2); Botafogo x Fluminense (3); Coritiba x Corinthians (3).
Série B
Ponte Preta x Atlético-GO (1); Campinense x Ipatinga (1); Vasco x Paraná (1); Fortaleza x
ABC (1); Bahia x Portuguesa (1); Figueirense x Ceará (3); Vila Nova x Duque de Caxias (3); AméricaRN x São Caetano (3).
Bolão da F1
A Fórmula 1 está envergonhada com o Cingapuragate, mas o Bolão do Rafic não para.
Nem no caos.
No fim de semana teremos o Grande Prêmio de Monza, na Itália.
Façam suas apostas.
Assim que possível eu publico os resultados parciais.
Rafic também é erra (acabo de descobrir que ele não é infalível) e esqueceu de mandar a
planilha.
Um pouco mais de paciência não faz mal a ninguém.
Valeu!
Mauro Beting - http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/
BOTA-TEIMA - Rodada 23
A intenção deste tira-teima (além de pedir para ser xingado mais que árbitro…) é discutir a
arbitragem – sem martirizar ou santificar apitadores.
Esta é apenas uma lista subjetiva de lances em que interpretei DIFERENTE ou IGUAL ao
árbitro – e sempre com a ajuda da TV, o que facilita meu trabalho, e a sua crítica.
E, se mesmo assim, eu ainda erro, imagine os mortais que apitam…
O espaço é livre para detonar este que escreve, outros que blogam e, claro, os próprios
árbitros.
Não é a primeira, não será a última, e espero que não seja a única palavra a respeito do
tema interpretativo. Logo, subjetivo. Logo, passional, clubista, bairrista, etc.
O BOTA-TEIMA é apenas um jeito de tentar evitar chororôs desmedidos, teorias
conspiratórias, jogadas ensaiadas, achismos e outros chutes imaturos. Ou maduros até demais.
Ao final das contas e dos supostos erros, faço um saldo dos erros IMPORTANTES que
tiraram – ou botaram – pontos dos times. Sempre tentando fazer um saldo de erros e acertos, com o
devido – ou indevido – modo de tentar equilibrar as contas e critérios. Isto é: um pênalti marcado
indevidamente ou um não marcado “valeria” como um gol, que “poderia” mudar um resultado e uma
tabela.
Sempre lembrando que, nessa conta AINDA MAIS SUBJETIVA, uma equipe pode superar
até a arbitragem adversa, ganhando o jogo mesmo sendo “prejudicada”. Algo que necessariamente
não mudaria a classificação real.
Reiterando que tudo isso sem a pretensão de ser a única fonte a respeito de inesgotável
assunto.
P.S: Lances de expulsão “justa ou injusta” não estarão contabilizados no BOTA-TEIMA.
Lances polêmicos em que entendo que a arbitragem “acertou” estão comentados no texto
referente a cada partida.
Para critério de “pontuação”, um pênalti não marcado vale o mesmo que um gol anulado.
Boa corneta e bom apito!
Os jogos que estiverem destacados em amarelo significam que tiveram o placar “alterado” por
decisões da arbitragem. Isto é, os pontos foram “modificados” por conta de supostos erros de
interpretação.
LANCES
Palmeiras 2 x 1 Barueri
Barueri prejudicado; Palmeiras ajudado – Cléber Abade (SP) marca pênalti inexistente em
Obina, aos 29min do 2º. Tempo. Estava 1 x 0 Palmeiras.
SALDO TOTAL – RODADA 23
PREJUDICADOS –
10 pontos a menos – Botafogo
4 pontos a menos - Internacional
3 pontos a menos – Cruzeiro, Barueri
2 pontos a menos – Fluminense, Sport, São Paulo
1 ponto a menos – Flamengo, Barueri, Grêmio, Palmeiras
BENEFICIADOS –
4 pontos a mais - Santos
3 pontos a mais – Goiás, Vitória
2 pontos a mais – Atlético Mineiro, Coritiba, Corinthians
1 ponto a mais – Náutico, Avaí
NÚMERO DE VEZES EM QUE FORAM AJUDADOS OU PREJUDICADOS:
PREJUDICADOS –
Botafogo prejudicado 11 vezes; ajudado 4 vezes
Cruzeiro prejudicado 11 vezes; ajudado 5 vezes
Palmeiras prejudicado 11 vezes; ajudado 8 vezes
Flamengo prejudicado 9 vezes; ajudado 7 vezes
Atlético Paranaense prejudicado 5 vezes; ajudado 3 vezes
Sport prejudicado 2 vezes; ajudado 1 vez
Fluminense prejudicado 2 vezes
BENEFICIADOS Corinthians ajudado 9 vezes; prejudicado 5 vezes
Vitória ajudado 6 vezes; prejudicado 3 vezes
Grêmio ajudado 6 vezes; prejudicado 3 vezes
Avaí ajudado 4 vezes; prejudicado 1 vez
Santos ajudado 5 vezes; prejudicado 3 vezes
Santo André ajudado 4 vezes; prejudicado 2 vezes
Coritiba ajudado 3 vezes; prejudicado 1 vez
São Paulo ajudado 8 vezes; prejudicado 7 vezes
Goiás ajudado 5 vezes; ajudado 4 vezes
Náutico ajudado 5 vezes; prejudicado 4 vezes
SALDO ZERADO –
Internacional prejudicado 5 vezes; ajudado 5 vezes
Atlético Mineiro prejudicado 3 vezes; ajudado 3 vezes
Barueri ajudado 3 vezes; prejudicado 3 vezes
PLACAR DOS ERROS (somando todos os lances, quem foi mais beneficiado: o time
mandante ou o visitante)
CASA 56 X 41 VISITANTE
HISTÓRIA EM JOGO - HOLANDA 2 X 0
BRASIL - COPA-74
Era a primeira Copa da Holanda desde 1938. Era a primeira competição
daquela seleção formada em menos de duas semanas por dois grupos que não se
gostavam do Ajax e do Feyenoord. Era o Brasil tricampeão mundial o adversário. Já era
a Seleção de Zagallo.
Jogando pelo empate, a Laranja Mecânica fez o que quis, quando quis, quanto quis contra um
Brasil sem Pelé, sem Gerson, sem Tostão, sem o Rivellino de sempre, sem o Jairzinho da Copa-70, sem o
espírito ofensivo do Brasil, sem um grupo unido, sem o pique do Zagallo de 1970. Um Brasil sem Brasil.
Numa partida sem espírito esportivo e fair-play. O Brasil bateu além da conta. A Holanda entrou no
mesmo barco furado.
Resultado. Apesar do jogo histórico, divididas histéricas, um festival de pancadas, tesouras,
carrinhos e botinadas de corar qualquer um – menos o horroroso árbitro alemão Kurt Tschencher. Uma
vergonha. Ainda bem que a memória é seletiva. Holanda 2 x 0 Brasil em Dortmund mais pareceu o Chile
2 x 0 Itália, de 1962 – a “Batalha de Santiago”. Ou o Portugal 1 x 0 Holanda de 2006 – a “Batalha de
Nurembergue”. Uma carnificina. Mas vencida pela melhor equipe, quando quis jogo. E não vale-tudo.
O Brasil, como em quase toda a Copa, primeiro pensou em não levar gol. Ficou todo atrás da
linha da bola, esperando a Holanda que, no início, respeitou (temeu?) a seleção tricampeã. Depois foi se
soltando quando viu que o Brasil mais tremia que respeitava o excelente rival.
No blag, na sessão HISTÓRIA EM JOGO, vamos contar o que vi então, e o que estou
revendo agora, com a inestimável ajuda de Gustavo Roman (www.futebolpitacos.blogspot.com), que
disponibilizou as imagens, e de André Rocha (http://blogs.abril.com.br/futebolearte), que inspirou a
série.
PARA VER MELHORES MOMENTOS EM HOLANDÊS http://www.youtube.com/watch?v=ZTs2iwMqVMg
OUTROS JOGOS: Clique ao lado em “HISTÓRIA EM JOGO”
ONDE? QUANDO? QUANTOS? POR QUÊ? – Westefalenstadion, Dortmund. 3 de julho de
1974. 19h30 locais. Terceira e decisiva rodada do quadrangular semifinal da Copa-74. 52.500 presentes.
PLACAR VIRTUAL 1o. TEMPO - HOLANDA 4 X 3 BRASIL
PLACAR VIRTUAL 2o. TEMPO - HOLANDA 2 x 1 BRASIL
PLACAR VIRTUAL FINAL - HOLANDA 6 x 4 BRASIL
HOLANDA - 4-3-3 –
Jongbloed (8); Suurbier (20), Haan (2), Rijsbergen (17) e Krol (12);
Jansen (6), Neeskens (13) e Van Hanegem (3);
Rep (16), Cruyff (14) e Rensenbrink (15). TÉCNICO - Rinus Michels.
BRASIL – 4-3-3 (variando para o 4-4-2 com o recuo de Dirceu) –
Leão-1 (Palmeiras, 24 anos); Zé Maria-4 (Corinthians, 25), Luís Pereira-2
(Palmeiras, 24), Marinho Peres-3 (Santos, 27) e Marinho Chagas-6 (Botafogo, 21);
Paulo César Carpegiani-17 (Internacional, 25), Paulo Cézar Caju-11
(Flamengo, 24) [Mirandinha-19, Corinthians, 22] e Rivellino-10 (Corinthians, 28);
Valdomiro-13 (Internacional, 28), Jairzinho-7 (Botafogo, 29) e Dirceu-21
(Botafogo, 21). TÉCNICO – Zagallo.
COMEÇOU - Holanda ataca à esquerda, de camisa branca de manga comprida, calção branco,
meias laranjas. Campo pesado.
25s – Desatenção da zaga brasileira, Leão sai e evita bom lance com Rep. Holanda não quer
nem saber. Brasil se posta bem atrás da linha da bola, como, aliás, foi uma equipe trancada e amuada em
quase toda a Copa-74.
1min – Zé Maria tenta avançar pela direita, mas a bola é mal passada para o
lateral. Na cola estava o ponta-esquerda Rensenbrink.
3min – Nova bola longa para a direita, desta vez para Valdomiro. Van
Hanegem o seguiu e o atrapalhou. Estratégia clara: Brasil atrás espetando bola para a
velocidade do ponta colorado e também do então centrovante Jairzinho, o Furacão da
Copa-70. Jair era marcado individualmente por Rijsbergen. Michels sempre destacava o
central para acompanhar o comandante de ataque rival. Haan ficava na sobra.
4min – Jairzinho dá o combate no grande círculo e consegue desarmar Cruyff,
que mais uma vez iniciava o jogo laranja.
4min – Entrada animal de Zé Maria, numa solada violenta sobre a bola e
Cruyff, que tira o pé antes de apanhar. Falta desnecessária típica de um time que queria
marcar presença e se impor. Mas pelo modo errado. Na sequencia da cobrança de trivela
de Cruyff, belo contragolpe parado com falta por trás de Rep. Uma arbitragem de hoje
(boa) já teria mostrado dois cartões amarelos.
5min – Parabéns, Brasil! Em menos de 20 segundos, num só lance, outra sola
com os dois pés de Zé Maria, uma pegada de Carpegiani no tornozelo de Cruyff, e duas
entradas feias para machucar e por trás de Luís Pereira em Van Hanegem, sem a bola…
Que coisa feia… Juizão é nosso. Nem o gramado pesado justifica. Brasil começa
batendo mais acintosamente que uruguaios e argentinos.
6min – Cruyff diz que foi a maior defesa que ele viu na vida. Bola às costas de
Marinho Chagas (a primeira de muitas…), bobeada de Marinho Peres e o cruzamento de
Jansen do fundo, pela direita. Luís Pereira passou pela bola, Zé Maria dominou muito
mal, e o craque holandês bateu de canhota, de primeira, na cara de Leão, que conseguiu
espalmar milagrosamente a escanteio, numa cacetada da marca de pênalti. Na
sequência, depois do escanteio, Van Hanegem bateu por cima, em nova falha de
Marinho Peres. Brasil consegue estar mais assustado que o time laranja.
Cruyff bate de canhota, Leão espalma para escanteio, com a mão esquerda
8min – Krol agora carrinha por trás Luisão. Juizão só olha…
9min – Em vez de um bico para frente para um Brasil todo recuado, a Seleção
resolver começar o jogo curto, na entrada da área… Para quê… PC Caju é desarmado
por Neeskens que bate fora. Brasil totalmente acuado, jogando em outra velocidade e
sintonia.
9min – Um minuto de silêncio respeitado. Dois dias antes falecera Juan
Domingo Perón, presidente argentino.
10min – O primeiro arrastão holandês. A vítima foi o capitão Marinho Peres.
Justamente quem iria usufruir depois do Mundial do sistema tático atuando pelo
Barcelona, com Rinus Michels no banco, Cruyff e Neeskens no campo.
10min – Rivellino dá belíssima caneta em Jansen e é derrubado pelo volante
holandês. Brasil tenta jogar.
11min – A fotografia do primeiro tempo brasileiro: todo atrás da linha de bola,
todo atrás da metade do campo.
13min – Dois lindos chapéus de Valdomiro terminaram na recuperação da zaga
e na antecipação do goleiro holandês. Brasil tenta entrar em diagonal com o pontadireita colorado, buscando burlar a adiantada linha de impedimento europeia.
16min – Bela troca de bola holandesa pela esquerda termina aliviada por
Marinho Peres. Eram sete holandeses dentro da área amarela. Impressionante a volúpia
ofensiva. Neeskens está atuando quase como centroavante, com Cruyff forçando mais o
jogo pela esquerda, com o apoio de Krol (seguido por Valdomiro), Van Hanegem
(vigiado por PC Caju) e Rensenbrink, em bom duelo com Zé Maria. Brasil até consegue
dar uma equilibradinha e chegar à meta de Jongbloed.
17min – Tesoura por trás violentíssima de Van Hanegem em Paulo César.
Árbitro nada faz, Caju não sai rolando como os jogadores de hoje. Mas, dever dizer:
também se batia, e muito, antigamente. Mas vá falar que isso acontecia…
18min – Mais um impedimento do ataque brasileiro. Numa dessa pode até dar
certo.
19min – Rivellino tenta organizar o Brasil desde a defesa, PC Caju se mexe,
sai da meia direita e busca o lado esquerdo. Mas, aonde vai, Van Hanegem corre atrás.
A Holanda marca muito melhor que o Brasil.
24min – Melhor chance brasileira, a primeira participação efetiva do ausente
Dirceu, que começou a recuar mais como um meia pela esquerda, formando mais um 44-2 torto que um 4-3-3. Dirceuzinho recebeu de Rivellino e enfiou para PC Caju, que se
desgarrou de Van Hanegem, aproveitou uma hesitação do zagueiro da sobra Haan, mas
pegou mal de canhota, cruzado, para fora, à esquerda de Jongbloed. Ao menos o Brasil
se equipara em chances criadas: 2 x 2.
26min – Rápido contragolpe brasileiro, bola lançada para Jairzinho, Jongbloed
sai na intermediária e dá um chutão. Linha de zaga muito alta holandesa dando um mole
pro Brasil. Melhor momento da Seleção. Tanto que, segundos depois, se ouve o
primeiro coro mais forte de “Brasil, Brasil”!
27min – Boa mexida tática nacional colaborou para o equilíbrio da partida.
Riva mais recuado, e PC alternando a armação pelo lado esquerdo, acabaram
confundindo a marcação holandesa. Dirceu mais recuado cerca Suurbier, Valdomiro
volta para pegar Krol.
29min – O lateral-direito Suurbier avançou como se fosse ponta-esquerda (!?!),
às costas de Zé Maria e bateu para ótima defesa de Leão. Na sobra, Luís Pereira
despachou, e foi acertado por um carrinho forte de Suurbier. Caído, Luisão deu um
chute no lateral (ou seria ponta?) holandês. AMARELO para L.Pereira. Justo. Como
seriam outros tantos. Valdomiro foi para cima de Suurbier, e o pau quase comeu.
Entradas muito feias de lado a lado.
31min – Rensenbrink bateu de canhota, de sem-pulo, para boa defesa de Leão.
Falhou Luís Pereira no cabeceio, e Zé Maria chegou tarde. A Holanda melhora. O Brasil
apela. Pouco antes, Carpegiani pegou Cruyff e o estádio vaiou mais uma falta dura.
32min – Rep passa fácil por Marinho Chegas, mas Marinho Peres se antecipa.
O ponta holandês derruba o capitão brasileiro, que aproveita para tentar se impor no
grito.
33min – Falta da meia direita, a Holanda não faz barreira. Rivellino enfia a
patada, mas ela passa à esquerda de Jongbloed. Sem a barreira como referência, o
camisa 10 brasileiro não acertou o chutaço que vencera a Alemanha Oriental no
primeiro jogo da fase semifinal.
35min – Adivinhe? Jairzinho impedido… Já perdi as contas.
36min – Pela primeira vez Luís Pereira se mandou ao ataque, como brilhava
pelo Palmeiras desde 1971. Não deu certo. Ele foi desarmado por Van Hanegem. Mas
não perdeu a viagem. O zagueiraço brasileiro pegou o meia-esquerda holandês. Como
bateu o Luisão! Ele não era disso.
37min – AMARELO. Zé Maria. Lance bizarro. O lateral corintiano perdeu na
corrida para Cruyff. Não teve dúvida: se atirou no gramado e, com os dois braços,
segurou o craque holandês. Pelas pernas! Que coisa…
Mais um dos tantos lances viris ou violentos do jogo: Zé Maria agarra pelas
pernas um rival
38min – Enorme chance brasileira. Rivellino lançou como Rivellino uma bola
de 50 metros para Valdomiro. Na quizomba na área depois de chute de Dirceu. Jair
pegou o rebote e bateu; Rijsbergen carrinhou e desviou a bola que quase entrou no canto
esquerdo.
42min – Brasil volta a atuar no 4-3-3, com Valdomiro e Dirceu pelas pontas,
Jair como centroavante, PC Caju na meia direita, Rivelino na esquerda, e Carpegiani
como cabeça-de-área.
43min – AMARELO. Marinho Peres. Peitou Jansen que avançava pela direita,
depois de escapar de uma rasteira de Carpegiani, e tentar um lindo drible-da-vaca.
Como bateu o Brasil! Mas não apenas a seleção canarinho. A Laranja Mecânica não
alisou.
45min – Jogo para uns 3 minutos de acréscimo. Hoje… Porque em 1974, deu o
tempo, acabou o tempo. 0 x 0.
INTERVALO – Holanda melhor, buscou mais o gol. Brasil, como em toda a
Copa, amuado e acuado. Jogo muito duro e com muitos lances violentos.
RECOMEÇOU – Na primeira saída de Leão com Marinho Chagas, o lateral
deixou a bola bisonhamente se perder pela lateral. Xiii…
5min – GOOOOOOL. 1 X 0 HOLANDA. NEESKENS. Cruzamento rasteiro da
direita de Cruyff (às costas de Marinho Chagas), o meia apareceu mais uma vez como
centroavante, deu um bico na bola na dividida com Luís Pereira, e encobriu Leão.
Jogada rápida de contragolpe armado por Van Hanegem, que pegou o Brasil saindo
para o ataque. O empate era holandês. O time de Zagallo precisava sair mais para o
jogo. Mas não conseguia. Também pelo recuo excessivo de Dirceu, mais um quarto
homem do meio-campo que um ponta-esquerda.
9min – Brasil tenta articular seu jogo com Rivellino ao lado de Carpegiani,
pelo lado esquerdo, quase como um volante, com PC Caju na meia direita, e Dirceu, na
esquerda. É um quadrado no meio-campo. Um 4-2-2-2 típico. Bom para organizar, mas
pouco incisivo. Sobretudo por não aproveitar o potencial da patada de Riva, num campo
pesado. A Holanda retrai um pouco, mas não abdica do contragolpe.
10min – Van Hanegem dá uma tesoura por trás em Rivellino. Juizinho só
marca a falta. Nada de amarelo.
12min – Outra falta dura de Van Hanegem em Rivellino. Nada faz o árbitro.
Eram os “tempos românticos” do futebol… Sem botinada… Sei, sei…
14min – Jair faz falta sem bola em Rijsbergen. Brasileiros se irritam com a
marcação individual laranja: Rijsbergen em Jair, Suurbier em Dirceu, Krol em
Valdomiro.
14min – MUDA BRASIL – SAI PAULO CÉSAR CAJU, ENTRA
MIRANDINHA – Brasil vai ao ataque. Holanda muda a marcação: Rijsbergen agora
marca o centroavante são-paulino Mirandinha; com o recuo de Jairzinho para armar por
dentro, Jansen passa a segui-lo de perto, mas sem configurar exatamente uma marcação
obsessiva individual. Na zaga, os holandeses eram rígidos na marcaçao homem a
homem; no meio-campo, a zona era mais adotada.
17min – O péssimo árbitro alemão assume mais uma vez a marcação do
impedimento do ataque do Brasil. E, desta vez, erra. Na sua primeira escapada ao
ataque, Luís Pereira não estava impedido ao receber passe de Carpegiani. Ele entraria
sozinho à frente de Jongbloed. Brasil prejudicado. Lance que poderia ter mudado a sorte
da partida. Sobretudo a de Luisão.
18min – Dura dividida de Mirandinha em Van Hanegem. Menos de dois meses
depois, o atacante tricolor sofreria fratura exposta da perna esquerda e ficaria três anos
afastado do futebol.
19min – GOOOOOL. 2 X 0 HOLANDA. CRUYFF. Pé direito. Belo lance
holandês pela esquerda. Luís Pereira tentou fazer a linha de impedimento para
Rensenbrink. Os dois Marinhos ficaram e deram condição de jogo ao ataque laranja.
Krol recebeu do ponta, avançou e cruzou para o belo voleio do craque laranja. Belo
gol. E merecido.
Até na celebração o camisa 14 parecia se multiplicar
20min – Luís Pereira não quer nem saber e se manda. Zaga fica exposta e
bagunçada. Acabou para o Brasil.
20min – MUDA A HOLANDA – SAI RENSENBRINK (machucado na coxa
direita), ENTRA DE JONG-7, para compor a marcação no meio.
21min – Valdomiro sofre falta de Krol e tenta o revide. Tá feia a coisa…
23min – AMARELO. Rep. Enfim… O ponta holandês chuta Rivellino por trás.
Infelizmente, mais jogadas bruscas, violentas e desleais que grandes movimentos na
partida. Uma lástima. Era outra a imagem que havia ficado na memória deste jogo.
24min – Ao menos a coisa se organiza mais. A Holanda toda em seu campo,
Brasil corretamente libera Luisão. Zé Maria fica na cobertura.
25min – Numa disputa de bola, Van Hanegem deixa o pé em Carpegiani…
Nada para o juizinho…
25min – Cruyff ergue a perna direita bem acima da bola, na canela de
Valdomiro, para quebrar o ponta colorado. Nem falta marca o árbitro!!! Os deuses da
bola estavam de plantão e ninguém se quebrou.
27min – Marinho Peres faz falta para cartão amarelo em Rep. Nada faz o
árbitro…
28min – Tesoura por trás de Suurbier em Marinho Chagas, que fazia belo lance
pela ponta esquerda. Na queda, o lateral botafoguense aproveitou para tentar acertar
com a chuteira o rosto do lateral holandês. Adivinha o que fez o árbitro… Os dois
deveriam ter sido expulsos. Pela enésima vez.
28min – Van Hanegem levanta Rivellino…
29min – Num contragolpe, Zé Maria faz falta sem bola em Cruyff. Outro lance
para amarelo…
33min – Luís Pereira racha para rachar Jansen…
33min – Rivellino corre para pegar Cruyff (que pula e se livra da falta feia), e
deixa a perna direita para quebrar Jansen: o lance segue, Neeskens vem com tudo para
derrubar Riva e cai. O camisa 10 brasileiro tenta pisar na mão de Neeskens. O juiz finge
que não é com ele. Juro nem as fotos dos lances eu quero mostrar… Que barbaridade. E
depois a Batalha de Santiago, em 1962, e a de Nuremberg, em 2006, que ficam com a
má fama…
35min – Valdomiro bate falta da meia esquerda à esquerda da meta holandesa.
Melhor chance brasileira na carnificina de Dortmund. Agora, era o caso de botar 10
jogadores no dique holandês?
39min – Luís Pereira deixa o braço em Jansen, na cara do árbitro…
40min – EXPULSO. Luís Pereira. Em menos de 15 segundos, Luisão dá uma
tesoura ainda mais violenta em Neeskens e é expulso. Depois da zilionésima falta feia, o
maior zagueiro-direito que vi atuar no futebol brasileiro foi merecidamente expulso. Na
saída do campo, mostra três dedos para a torcida holandesa que o vaiava (o Brasil era tri
mundial). Mas, aquele time, havia chegado longe demais. Covarde taticamente, também
foi covarde no festival de pancadarias contra os holandeses que também bateram
horroroso. Um segundo tempo disciplinarmente deprimente.
40min – SAI NEESKENS, machucado por Luisão; entra ISRAEL-5, volante.
41min – Marinho quase faz, na saída atrapalhada do não menos Jongbloed.
42min – Valdomiro divide com Krol. Um temendo o outro, ambos pulam para
evitar o pior. Bizarro.
42min – Carrinho por trás de Rijsbergen em Mirandinha. Árbitro não marca
falta. Ninguém reclama. E ninguém sai rolando, também, como hoje.
ACABOU – Piazza se aqueceu, mas não entrou. Zé Maria fez bem a
cobertura, a Holanda tirou o pé já pensando na decisão. Vitória mais que merecida numa
partida muito violenta.
NOTAS
HOLANDA –
Jongbloed - 6 – Defesa difícil, quase nenhuma. As duas maiores chances brasileiras foram
bolas chutadas para fora. Ainda assim, se enrolou em alguns lances.
Suurbier - 6 – O lateral-direito teve de marcar o discreto Dirceu. Num lance, quase fez um
golaço, na ponta-esquerda. Mas bateu sem dó. Deveria ter sido expulso.
Haan - 7 – Só precisou comandar um arrastão. Em compensação, só errou duas linhas de
impedimento. Na sobra, tranquilo, até pela inoperância do violento Brasil.
Rijsbergen - 7 – Marcou individualmente Jairzinho e, depois, Mirandinha.
Como todos, bateu bem. Salvou um gol certo.
Krol - 7 – Quase a ONU teve de intervir na querela com Valdomiro. Deu o
passe para o gol de Cruyff. Apoiou apenas na boa. Bateu como todos.
Jansen - 8 – Partidaça. Dos poucos do meio que mais apanhou que bateu. Letal
nas incursões pelo lado direito. Ajudou a anular o meia pela esquerda, fosse Dirceu, PC,
Rivellino e até Jair, no segundo tempo.
Neeskens - 8 – Apanhou a não mais poder. Também bateu. Mas jogou demais.
Belo gol de centroavante. Incansável. Que jogador!
Van Hanegem - 6 – Mais marcou que jogou. Seguiu muito bem PC. Mas
deveria ter sido expulso umas quatro vezes de campo.
Rep - 6 – Bom duelo com Marinho Chagas. Mas pareceu, como todos, se
resguardar um pouco. Corretamente.
Cruyff - 8 – O de sempre. Um craque técnico e tático, e impressionante
fisicamente, sobretudo para um fumante inveterado de 10 cigarros por dia. Quase o
mesmo texto do jogo anterior. Mas com um adendo. Bateu demais depois de começar
apanhando. Pelo menos uma entrada para quebrar a perna
Rensenbrink - 7 – Saiu machucado. Apanhou demais de Zé Maria.
Rinus Michels - 8 – Impressionante a maturidade de uma equipe que jogava seu primeiro
mundial. Pena que assistiu passivamente à carnificina.
BRASIL
Leão – 8 – Impediu a goleada holandesa. Um dos melhores goleiros da Copa. Dos poucos que
se salvaram na Seleção.
Zé Maria – 4 – Bateu além da conta em Rensenbrink. Pouco pôde apoiar.
Luís Pereira – 3 – Possivelmente a pior atuação da brilhante carreira do zagueiro-direito.
Poderia ter feito um gol não fosse a arbitragem. Mas deveria ter sido expulso algumas vezes antes de
receber o vermelho.
Marinho Peres – 5 – Lento, foi atropelado pelos holandeses. Abaixo da ótima média habitual.
Marinho Chagas – 5 – Fez pouco do muito que sabia fazer. Pouco apoiou, mal marcou.
Carpegiani – 5 – Único marcador do meio-campo, foi pouco desleal se comparado a tantos.
Armou menos do que sabia.
Paulo Cézar Caju – 6 – Quando derivou da direita para a esquerda criou bons
lances.
[Mirandinha – 5 – Entrou na dele, como centroavante. Mas era tarde. E ele era
apenas um bom artilheiro].
Rivellino – 6 – Bateu e apanhou demais. Muito recuado no segundo tempo.
Valdomiro – 5 – As melhores chances brasileiras passaram pelos pés rápidos
mas pouco hábeis do driblador ponta colorado.
Jairzinho – 5 – Essencial em jogos anteriores, como todo o Brasil ficou
devendo.
Dirceu – 5 – Apagado como quarto homem do meio, apagado como ponta pela
esquerda.
Zagallo – 4 – Não era Copa para o tetra. Mas havia como montar um time
melhor, mais ofensivo, mais brasileiro.
Kurt Tschenscher (Alemanha Ocidental) – Zero.
Para resumir a pancadaria: em 90 minutos, sem exagero, Van Hanegem merecia quatro
vermelhos; Rivellino, duas expulsões; Suurbier, Cruyff, Rep, Valdomiro, Zé Maria e Marinho Chagas um
chuveiro mais cedo.
Os 23 de Dunga?
A África do Sul é logo ali.
Se é, que tal chutar quem vai está por lá em 2010? Pensando como deve estar cogitando
Dunga.
GOLEIROS Júlio César!!!
Victor
Doni?
(Recuperado o romanista, fica um corpo à frente de Gomes. JC é absoluto - por isso as
exclamações que são como “confirmação”).
LATERAIS-DIREITOS
Maicon!!!
Daniel Alves!!!
(como lateral-esquerdo ou reserva de meio, o do Barça é o 12º. Titular de Dunga)
LATERAIS-ESQUERDOS
André Santos
Marcelo
(Ninguém com “exclamação”. Posição aberta por ser ainda o lado mais aberto da Seleção).
ZAGUEIROS
Lúcio!!!
Juan!!
Luisão!
Miranda?
(Juan só não é absoluto pelas contusões que também atrapalham Alex, do Chelsea. Miranda
ainda está à frente de Thiago Silva)
VOLANTES
Gilberto Silva!!
Felipe Melo!
Josué!
Sandro??
(Anderson está se perdendo. Lucas e Denilson nunca tiveram plena confiança do treinador.
Kleberson está machucado. Cleiton Xavier é um que pode crescer na cotação do treinador pela
versatilidade)
MEIAS
Elano!!
Ramires!
Kaká!!!
Júlio Baptista!!
(Como Dunga não morre de amores pelo juventino Diego, e aprecia a versatilidade, só abrupta
má fase tira algum deles da Copa)
ATACANTES
Robinho!
Adriano?
Luís Fabiano!!!
Nilmar!!
(Robinho precisa ficar muito esperto. Mas tem a confiança do treinador pelo potencial e por ter
estado sempre diponível – nem sempre disposto).
O meu time?
Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Fábio Aurélio; Denilson e Felipe Melo; Ramires, Kaká e
Robinho; Luís Fabiano.
Os meus 12 reservas?
Victor e Fábio (Marcos?); Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Lucas, Elano, Júlio
Baptista e Diego; Pato e Nilmar (Adriano?)
Infelizmente, Ronaldinho Gaúcho estaria fora hoje.
Mas, se ele quiser, ainda há tempo. Depende dele.
AO VIVO - BRASIL 4 X 2 CHILE
* BRASIL - 4-3-1-2 - Júlio César-1; Maicon-2, Luisão-4, Miranda-3 e André Santos-6;
Gilberto Silva-8; Daniel Alves-7 e Felipe Melo-5; Júlio Baptista-10; Adriano-9 e Nilmar-11. TÉCNICO DUNGA
banco - Victor-12, Juan-13, Sandro-14, Elano-15, Diego Souza-16, Cleiton Xavier-17 e Diego
Tardelli-18.
* MACHUCADO - Robinho. SUSPENSO - Kaká, Lúcio, Ramires, Luís Fabiano.
* CHILE - 3-3-3-1 - Bravo-1; Medel-17, Ponce-3, Jara-18; Carmona-6, Millar-5 e Vidal-8;
Alexis Sánchez-7, Matías Fernádez-14 e Beausejour-15; Suazo-9 TÉCNICO - Marcelo Bielsa.
BANCO - JEREZ, ISLA, PAREDES, ORELLANA, CERECEDA, FUENTES-4, VALDIVIA.
APITA - Jorge Larrionda; Pablo Fandiño, Mauricio Espinoza. URUGUAI.
* CHUTE INICIAL 1 X 1
* COMEÇA - 22h01.
* 2min - Como o esperado, Chile começa na frente. Impressiona o espírito ofensivo (suicida?)
dos times de Bielsa.
* 5min - Falta clara no JB do Ponce. Era cartão vermelho pro chileno. A falta não foi marcada.
Lance claro de gol.
* 6min - AMARELO. JARA.
* 7min - Luisão cabeceia, o baixo Bravo manda a escanteio.
* 7min - Jara salva sobre a linha cabeçada de Luisão. Na sequencia, Bravo se atrapalha e
Adriano quase faz. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 1 X 0 .
* 8min - Belo jogo. Linda caneta de D.Alves. Brasil no 4-3-1-2, com losango no meio-campo:
Gilberto Silva na cabeça da área, DA e FM marcando e armando pelos lados, JB próximo a Adriano e
Nilmar.
* 9min - Faltou amarelo para Carmona por pegada animal em Nilmar.
* 11min - Medel sozinho cabeceia por cima depois de escanteio. Bobeada brasileira.
* 12min - D.Alves enche o pé da meia direita, Bravo larga outra e se recupera. PLACAR
VIRTUAL - BRASIL 2 X 0.
* 15min - Ritmo diminui. Se falta Kaká para puxar contragolpe, D.Alves e JB fazam muito
bem a transição. Nilmar entra bem no jogo, dando mais opções que Robinho, num esquema tático
diferente do usual - 4-2-3-1.
* 17min - M.Fernández arrisca de longe, JC espalma e a domina.
* 18min - Vidal sozinho às costas de Maicon e pegou mal. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 2 x
1.
* 19min - Aperta a chuva no Pituaçu.
* 20min - JB domina, gira e bate à esquerda. Escanteio.
* 24min - Pressiona o Chile, explorando bem o ótimo Alexis Sánchez.
* 26min - A.Sánchez manda por cima. Lance armado numa bobagem inominável de Felipe
Melo, que deu de calcanhar de presente para Suazo, na intermediária. Jogada para Dunga arrancar as
chuteiras do volante pelas orelhas. Menos, Felipe… Segundo Tino Marcos, Dunga deu um bico na garrafa
d’água ao lado do banco brasileiro.
* 29min - D.Alves tocou de cabeça fraco em belo contragolpe de Nilmar pela esquerda. Mas
demorou JB a compor a linha de frente. Brasil sofre com o desentrosamento e com a falta de seriedade de
alguns.
* 31min04s - GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 1 X 0 BRASIL.
NILMAR. PÉ DIREITO. Cruzamento perfeito de Daniel Alves para o segundo pau. Adriano não
chegou, Nilmar se atirou e fez um belíssimo gol, dificílimo. Golaço. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 3 x
1.
* 32min - Adriano passa pelo goleiro e Jara salva de novo sobre a linha. É só jogar sério que
sai jogo lindo. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 4 x 1.
* 33min - Felipe Melo quase amplia em grande chegada brasileira com cinco na área rival.
* 34min - Lindo taquito de Adriano para Daniel Alves que voa pela direita. Dá para jogar
bonito e jogar sério. Ótimo primeiro tempo brasileiro. E contra um rival muito bom.
* 39min - M.Fernández enche a bota, JC faz grande defesa e, no rebote, Suazo manda por
cima. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 4 x 2.
* 40min05s - GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 2 X 0 BRASIL. J.BAPTISTA. Saída
errada da zaga, Nilmar ganha na raça, D.Alves toca de primeira para JB, da meia-lua, tocar de chapa
e matar o goleiro Bravo. Bela finalização. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 5 x 2.
* 44min - PÊNALTI. Felipe Melo em Sánchez.
* 45min23s - GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 1 X 2 CHILE. SUAZO.
PÊNALTI. PÉ DIREITO. Bola no ângulo direito de JC, que foi muito bem nela, mas não dava. Belo
jogo. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 5 x 3.
* INTERVALO - Grande partida. O Chile de Bielsa se atirou como sempre; o Brasil de Dunga
contragolpeou como de costume.
* RECOMEÇOU - 23h04min * TROCA O CHILE - ENTRA CERECEDA-2, SAI VIDAL - Não muda muito. Um ala pela
esquerda por outro. Um marcador para tentar travar Daniel Alves.
* 3min - VERMELHO. Felipe Melo. Mas que partida lamentável! Deixou a perna esquerda nas
partes baixas do ótimo Alexis Sánchez. Ele precisa repensar a atuação e a cabeça. Quem se acha se perde,
Felipe.
* 6min - 30mil370 presentes.
* 7min04s - SUAZO. GOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 2 X 2 CHILE. CANHOTA.
DENTRO DA ÁREA, PELA ESQUERDA. Bola cruzada por Beausejour pela esquerda, Miranda foi
muito mal no lance, bola às costas dele, e um belo gol de canhota do atacante chileno. PLACAR
VIRTUAL - BRASIL 5 x 4.
* 9min - Torcida vaia a cera brasileira.
* 9min - Hora de mudar o Brasil? Dunga arma a equipe no 4-3-2: G.Silva na cabeça da área,
D.Alves pela direita mais marcando que saindo, JB recuado para fazer parte das funções de F.Melo, e os
dois atacantes isolados.
* 12min - Suazo chega tarde na bola depois de cruzamento da esquerda. Xiii. Eu ainda não
mudaria o time. Só a tal da “atitude”.
* 15min - AMARELO. SÁNCHEZ. Ele levou uma cotovelada de André Santos e recebeu o
cartão. Larrionda, agora, foi nosso.
* 21min - Chile respeita o recuado Brasil. O empate está ótimo para a Seleção.
* TROCA CHILE - VALDIVIA-10 ENTRA, SAI SUAZO / ISLA-16 ENTRA, SAI MILLAR5. Um Chile mais contido.
* 23MIN TROCA BRASIL - DIEGO TARDELLI-18 ENTRA, SAI ADRIANO / SANDRO
ENTRA (ESTREIA), SAI J.BAPTISTA. Diego pode voltar um tanto mais e deixar Nilmar para puxar
contragolpe; Sandro vem marcar mais à esquerda, mais descansado.
* 25MIN - TROCA BRASIL - ELANO ENTRA, SAI ANDRÉ SANTOS - Boa mexida. André
tá pedindo para ser expulso. Daniel pode quebrar o galho de novo pela lateral esquerda. O descansado
Elano faz a dele, pela direita, segurando um pouco mais a bola.
* 28min43s - NILMAR. GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 3 X 2 BRASIL.CABEÇA.
Cruzamento da direita de Maicon no meio da área, Nilmar sobe bem e toca no canto direito de Bravo.
Belo gol. PLACAR VIRTUAL - BRASIL 6 x 4.
* 30min42s - NILMAR. GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. 4 X 2 BRASIL.
NILMAR. PÉ DIREITO. DENTRO DA ÁREA. Elano cruzou da meia esquerda para Maicon bater de
primeira, Bravo espalmou, Nilmar pegou de primeira e ampliou. BRASIL 7 X 4.
* 36min - É só jogar sério, Brasil. Dá para fazer dois belos gols com um a menos. É só não
confundir confiança com presunção.
* 38min - Brasil chega mais duas vezes. Agora são 10 x 10. Brasil voa em campo.
* 40min - Carmona merecia ser amarelado.
* 42min - M.Fernández pegou mal de canhota para fora. Estava morto.
* FIM DE JOGO - Bela vitória brasileira contra um bravo adversário - sem alusão alguma ao
goleiro chileno. Dunga deve estar bravo com a falta de seriedade em alguns momentos - com todas as
alusões.
* NOTAS BRASIL - ATUAÇÃO GERAL - 7
* JÚLIO CÉSAR - 8 - Faz fácil as defesas difíceis. É o goleiro que todo time precisa. E foi
fundamental para o Brasil manter a ponta das Eliminatórias.
* MAICON - 6 - Belo cruzamento para o terceiro gol, teve problemas com Beausejour na
marcação. Bom revezamento com Daniel Alves.
* LUISÃO - 5 - Pela direita, onde está mais acostumado, não foi bem contra o perigoso Suazo.
* MIRANDA - 5 - Falhou no segundo gol chileno. Não foi o que é.
* ANDRÉ SANTOS - 5 - Tem melhorado na marcação. Mas sofreu demais com o ótimo
Alexis Sánchez.
* [ELANO - 6 - Entrou e armou o lance do quarto gol, atuando na dele, pela direita, também
ajudando na marcação.]
* GILBERTO SILVA - 5 - Sacrificado pelos desatinos de Felipe Melo.
* DANIEL ALVES - 8 - No 4-3-1-2 de Dunga, marcou, armou, atacou, contragolpeou,
arriscou. Jogou. E ganhou mais um lugar para atuar. O primeiro titular entre os reservas. Pé para toda
obra.
* FELIPE MELO - 1 - Expulsão tola, pênalti desnecessário, toque de calcanhar na entrada da
área brasileira. Que aprenda. Sabe jogar. Mas não tanto quanto parece se achar.
* JÚLIO BAPTISTA - 6 - Outro que não pode ser um dos 11. Mas precisa ser um dos 23. Bem
como meia-atacante, fezum belo gol. Útil como volante pela esquerda no 4-3-2 depois da expulsão de
FM.
* [SANDRO - 6 - Boa estreia. Fechou bem o lado esquerdo numa roubada.]
* ADRIANO - 5 - Lutou. Correu. Mas não estava inspirado.
* DIEGO TARDELLI - 6 - Entrou bem, mais uma vez. Segurou bem a bola, e ajudou atrás.
* NILMAR - 9 - Vai ganhando um lugar no banco brasileiro. Ótima opção para atuar com dois
na frente. Pato que se vire na briga por um lugar no ataque.
* DUNGA - 7 - A raiva que ficou com a falta de seriedade em momentos da Seleção é a
esperança de o Brasil ter aprendido algo sem precisar ter sido atropelado.
MENU DO DIA - Eliminatórias
Tina é argentina de Ijuí-RS. Morena de avó índia casada com espanhol, mãe italiana de olhos
azuis e pai croata, é a versão 2.0 de Angelina Jolie. A übermodel Alessandra Ambrósio é o Hugo do
“Lost” perto de Tina, que aprendeu a falar espanhol no Instituto Wanderley Luxemburgo. É conhecida
como a Megan Fox do Boteco do Mendes:
- Sin embargo, Mário Betti, yo creo que los chicos de Diego ganán hoy e se classificán para
2010. Usted no empresta Thiago Silva e qualquiera zaguero para la Albiceleste?
- Tina, se a Argentina não tem goleiro desde Pato Fillol, não tem zagueiro desde 2002.
Nenhuma zaga é confiável. Não é só culpa da inexperiência ou falta de capacidade do Maradona. É
o pior sistema defensivo da história platina. O gol de Luisão em Rosário é apenas mais uma marca
de um time que não marca.
- Mientras, amigo, yo tengo la ilusión que Argentina gana. Todavía, nosotros tenemos menos
equipo que Paraguay e Chile. Pero és como dice un periodista de “Olé”: La habitual tendencia a la
exageración que tenemos los argentinos, mucho más cuando hablamos de fútbol, agiganta la sensación de
desesperación que se instaló tras la derrota ante Brasil”. Es verdad.
- Concordo. Somos muito parecidos também nisso. Somos os maiores da galáxia quando
vencemos, e os piores do inferno quando perdemos. Penso como o Freddy Rincón, que disse no
“Propaganda Futebol Clube”, do Bandsports, que torce muito pela Argentina: ele não quer ver
uma Copa sem os co-hermanos. Acrescento: sem os grandes, não dá. E dá ainda menos com
Bahrein ou Arábia Saudita ou Nova Zelândia na Copa-10.
- Por supuesto yo queria que todos los campiones del mundo estivessem en los Mundiales.
- Lugar cativo não é legal. Mas quem prefere ver o quarto colocado da Concacaf a não
ver Portugal em campo?
- Yo quiero ver Argentina en 2010. E quiero ver su cara quando Mafalda Maradona gritar
tricampeón.
- Por que não? Argentina estará na Copa. O Diego, não sei.
- Creo que Brasil es El favorito. Como España. Inglaterra. Mas ainda és temprano.
- Claro que é. Até por isso é bom estar esperto e com os pés no chão. Como o Dunga.
8 ou 80 - 2 a 8 de setembro de 2001
Toda semana, o blag faz uma sessão de regressão. Volta oito anos aos meus textos
publicados à época nos veículos onde trabalhava.
Em setembro de 2001, escrevia uma coluna diária no “Agora São Paulo”, uma coluna
semanal no portal PSN.com, canal a cabo onde trabalhava como comentarista, além de também
comentar na Band.
Notas que contam um pouco da bola que rolava então, com palpites e pitacos de época. Com
todos os erros e raros acertos deste que vos tecla.
Por que oito anos? No futebol, é o tempo exato entre duas Copas do Mundo. Tempo mais
que suficiente para tentarmos entender onde erramos.
2 de setembro de 2001
NOTA DO REDATOR-2009 – Brasil de Felipão precisava vencer a já clasificada Argentina
em Núnez, pelas Eliminatórias-02
Empatar é o que vai nos importar
O Brasil vai empatar em Buenos Aires. É um chute, uma tese, uma torcida. Antes de tudo (e
como será tudo esse clássico), é dever dizer que, por definição, um clássico equilibra as coisas. Por mais
que a tabela, a balança e a bola se inclinem pro lado deles, a tradição, a história e até mesmo a
classificação já assegurada para o Mundial dão aos argentinos menos obrigações e ganas para o jogo de
quarta-feira. Somando tudo, incluindo nossas subtrações técnicas, táticas e organizacionais, as coisas
ficam iguais.
E para que elas sejam mais iguais no campo, o Brasil vai ter de encarar a Argentina como um
time superior. Não adianta a Seleção jogar de igual contra um time que está diferente, está muito melhor.
Talvez o único pecado (mais pelo placar que pelo jogo) dos argentinos nas Eliminatórias foi jogar no
Morumbi como se estivesse em Nuñez, na vitória do time de Luxemburgo por 3 a 1. O de Bielsa atacou o
Brasil de igual, e sofreu nos contra-ataques os gols da derrota. Como se o estádio do São Paulo fosse o
campo do San Lorenzo.
Não adianta atacar os hermanos como índios. O Brasil, até por ser um time imprevisível e
indefinido, precisa primeiro se ajeitar como equipe para, depois, atacar. Vamos ter de marcar primeiro e,
se der, tentar marcar os gols. Pode parecer uma retranca deslavada, mas é a estratégia mais coerente para
o momento ruim que vivemos, e para a fase excelente do rival. O que não significa, porém, jogar todo o
time atrás, com uma tropa de volantes numa trincheira no meio-campo, e um exército de zagueiros atrás
deles. Há uma diferença que pode ser letal.
3 de setembro de 2001
O melhor time do mundo joga ao lado
Treze jogos depois da brilhante estreia contra o Chile, o esquema tático do time de Bielsa é o
mesmo, o treinador também, e a equipe é praticamente igual. Se o Brasil escalou 59 (!?) de um grupo de
78 chamados para as Eliminatórias, a Argentina só jogou com 26.
Em Buenos Aires deverão estar como titulares cinco dos 11 que venceram o Chile na estréia.
Mais não estarão pela suspensão do craque Verón (o melhor jogador das Eliminatórias); Batistuta fica
fora pela teima de Bielsa em não chamá-lo para a (merecida) reserva de Crespo; outras trocas se devem
ao crescimento técnico e tático do zagueiro Vivas e do ala Sorín. No mais, é o time que mais venceu, mais
gols fez, mais jogou, e mais alterou taticamente a equipe sem mudar os nomes dos escolhidos.
Um simples recuo de Verón e de Ortega (ou Aimar) pode fazer a Argentina mudar taticamente
de três modos. Um posicionamento mais recuado de Ortega e Kili González modifica a criação, o ataque
e o cerco ao rival. A passagem de Sorín pela esquerda pode fazer a equipe jogar com mais um armador,
um novo volante, ou até mesmo um lateral-esquerdo ortodoxo. Tudo sem mexer um nome, só o time.
Bielsa
Chegou à seleção por exclusão, e levou um ano para achar um time e um jeito. Mas insistiu
nele até quando nem a bola dava mais pelota a ele.
Ninguém estuda, trabalha e tenta entender mais o futebol que o técnico argentino. Chega a ser
chato de tanto que cobra e se cobra. Até por isso tem algumas rusgas com o elenco.
Bielsa funciona muito bem no trato rápido e intenso com um grupo que já sabe o que quer e o
que ele deseja. Talvez num torneio longo o desgaste seja maior. Daí…
5 de setembro de 2001
Eduardo Costa, Cris e o Brasil
BUENOS AIRES - Vai dar empate. Mas vai ser um jogo de arriar as meias. Os primeiros 15
minutos serão históricos. O Brasil vai atacar como se não houvesse amanhã, a Argentina vai responder
como se tudo fosse hoje. Prepare os corações já calejados. O mês vai durar 90 minutos.
Não vejo as soluções táticas e as questões técnicas com os mesmos olhos de Felipão. Ele diz
não ter um zagueiro-esquerdo confiável (Antonio Carlos?) e, por isso, vai de Cris no lugar de Juan - o de
melhor potencial. Troca a fase irregular de Vampeta ou a fluidez de Juninho pela solidez de mais um
volante (Eduardo Costa). Em vez de usar quatro zagueiros no bloqueio aos três atacantes argentinos,
Felipão aposta nos três atrás, provavelmente espaçados e muito distantes para tamanha tarefa.
São detalhes essenciais para um jogo que vai se definir além deles. Muito se tem escrito a
respeito de como o Brasil pode parar a avalanche argentina, e quase nada se tem dito de como a seleção
pode ganhar o jogo. Sinal dos tempos. O time deles é muito melhor, e o nosso não tem tanta gente para
ganhar um jogo. É a mediocridade dos dias, e a solução para hoje. Ou, como diz o treinador, e repetem
como papagaios os nossos canarinhos, “o Brasil precisa se classificar para, depois, jogar futebol”.
É o ponto (perdido) a que chegamos. Ganhar pontos não é sempre sinônimo de jogar bola, ou
fazer o “jogo bonito” dos brasileiros. Jogar futebol e ganhar os jogos não tem sido redundância. A técnica
não tem sido a mesma, os técnicos foram cinco em três anos, 140 jogadores foram convocados depois da
Copa, e a seleção formou um bando debandado a cada derrota. Vencendo ou não, que Felipão possa
manter uma base. Se a tiver encontrado, claro.
Notas
7 de setembro de 2001
NOTA DO REDATOR-2009 – Brasil de Felipão perde de virada para a Argentina por 2 a 1 e
segue com dificuldades para se classificar para a Copa-02
Das falhas deste solo és mãe gentil
BUENOS AIRES - É normal perder um jogo aqui na Argentina. É natural um time melhor
vencer um pior. Só não pode ser normal uma seleção tetracampeã fazer um gol pela cabeça de um
argentino, e perder um jogo pelo pé de um brasileiro, nos dois gols contra do clássico. Pode menos ainda
o Brasil só pensar em se defender, se é que se pensa quando só se defende.
Ayala e Cris trocaram os sinais. Fizeram o que o solitário Élber e o tridente do ataque
argentino no segundo tempo não conseguiram. Gols. As bolas foram todas trocadas. Foi assim na hora do
almoço na Plaza de Mayo: uma bateria bem tocada e sincopada mandando bem um batuque brasileiro.
Mas era só um piquete de bancários argentinos, pedindo o que os nossos também exigem. É a
globalização total. Mas, nessa, quem cantou a bola não viu a cor da mesma no segundo tempo.
O Brasil foi imitado no batuque da manhã e no jogo da noite. A Argentina sentiu a falta de
Verón. Respeitoso, Bielsa só escalou dois atacantes nos primeiros 45 minutos. E, também por isso, o
Brasil marcou muito bem, equilibrou o meio-campo, e contra-atacou com método e velocidade. Ganhou
um gol, mas poderia ter ganho o jogo.
O segundo tempo foi o esperado. Bielsa voltou ao 3-3-1-3 ultraofensivo, e o Brasil voltou a
jogar mal. Isolou Élber. Perdeu Rivaldo e Marcelinho Paraíba. Não segurou a bola à frente, não catimbou,
não trocou a bola, e não trocou os jogadores como deveria. Faltou Lúcio na área no gol de empate, sobrou
Cris na área no gol da virada.
A derrota fora de casa é do jogo. Mas essa bola que os nossos têm mostrado não é do nosso
jogo. Culpa do técnico, também. Mas é muito mais da nossa técnica. Tão virtual quanto a inteligência
artificial de nossos cabeças.
Culpado?
Felipão não sabe mais o que fazer. Sei que muitos vão dizer que ele já não sabia antes. Mas,
com o que tem nas mãos, é isso que dá para ser feito.
Se nossos treinadores têm muitas responsabilidades na formação dos atletas e na deformação
dos times, os nossos boleiros é que resolvem (sic) as questões no campo
Felipão é franco demais para um cargo tão político. Ele fala o que pensa e, por isso, nem
sempre pensa no que fala. O desgaste vem daí. Tanto quanto os placares.
8 de setembro de 2001
NOTA DO REDATOR-2009 – Quando assumira o Brasil, em 2000, Leão convocou o volante
Leomar (Sport), e disse que era um típico “jogador nota sete”. Embora não passasse da média cinco.
Raspando…
140 leomares, e nenhum nota dez
Você já deve ter lido e ouvido todo tipo de impropério para o segundo tempo do fraco Brasil
(desfalcado de Ronaldo, Romário, Ronaldinho Gaúcho, Djalminha, Juninho Paulista, Émerson, Edílson,
Rogério Ceni e outros tantos nomes possíveis) contra o ótimo time argentino (privado de Verón,
Riquelme, Batistuta, Saviola e outros menos que jogam ou têm jogado mais que os nossos).
Já ouviu barbaridades contra os métodos, os modos, as manhas, as manias, os medos de
Felipão. Do OVNI da Tiazinha às cestas básicas da Jenifer, tudo tem o dedo e o bigode do treinador para
muita gente boa. Gente que viu a nata da bola, mas que teima em não tirar a nata do leite quando ele
azeda. Sobretudo quando as vacas andam magras em nossos campos.
Felipão não é um gênio da raça. Mas não é burro. É dos melhores treinadores do Brasil. Dos
melhores do continente. Dos melhores do mundo. Não tem tanta gente boa lá fora nos bancos, não. Tem
muito treinador do nível do nosso técnico da Seleção. Todos eles do mesmo nível de uns 100 jogadores
do Brasil. Um bom nível. Mas ninguém muito acima da média.
São muitos treinadores nota 7 em tudo. Nenhum ganha um 10. É a conta exata dos 140
jogadores que nossos quatro treinadores convocaram em três anos: vários jogadores nota 7. Nenhum 10.
Na média, é esse futebol abaixo da própria que a seleção tem jogado por aí.
A virada de Buenos Aires tem muito da tática acanhada do Brasil e da estratégia ofensiva da
Argentina. Mas tem muito mais da debilidade técnica de um time que não sabe o que fazer com a bola e a
vantagem nos pés. Por mais que o técnico tenha as suas responsabilidades, a culpa, mesmo, é dos que
estão lá no campo. Sempre.
André Dias, Cleiton Xavier, Diego Souza e Diego
Tardelli
* Réver não vive o melhor dos momentos. Chicão também poderia ser lembrado. Mas André
Dias tem jogado muito bem desde 2008. E tem o entrosamento com Miranda.
* Cleiton Xavier tem atuado muito bem em várias funções pelo Palmeiras. Pode ficar mais
tempo na Seleção, naquela função mista que o machucado Kléberson e o esquecido Anderson
desempenhavam.
* Diego Souza é o meia-atacante de força e qualidade que o Brasil pode precisar. Função que é
de Júlio Baptista. E pode ser, em outro estilo, do juventino Diego - enquanto Ronaldinho Gaúcho não se
resolve e não resolve pelo Milan.
* Diego Tardelli foi bem contra a Estônia. Se não tem jogado tão bem, merece nova
oportunidade, até por poder fazer a função como um dos três meias do 4-2-3-1 de Dunga.
Avaí 0 x 2 Internacional
* Tudo muda a cada rodada. Mas, hoje, e nas últimas três rodadas, o melhor futebol do BR-09
é do Internacional. Enfrentou um bom adversário bem armado como o Avaí e atuou como se estivesse em
casa. Mesmo com um Índio a menos, logo depois do gol que começou a dar na vitória, de Fabiano Eller.
Ainda assim, o Colorado teve as melhores chances do jogo. Jogando não apenas bem. Jogando bonito.
Ganhando lindo.
* Giuliano tem jogado bem demais. Porque enfim tem atuado onde sabe, onde pode como
poucos. Onde tem sabido deixar o Inter ainda mais forte. Também pela recuperação de D’Alessandro e de
Taison. Confiança que combina com liderança - se o Palmeiras, outro que segue forte, deixar. Sobretudo
com Love.
* Impressionou a força física colorada. O time manteve o pique mesmo com um a menos o
tempo todo - e com dois a menos a partir de 38min. Sempre foi mais equipe na Ressacada. E fez outro
golaço com Magrão, na qualidade e na raça.
* Eduardo Martini e Lauro garantiram o placar apertado pela qualidade do jogo. Dois bons
goleiros em ótima fase.
* Além do time titular, o Colorado tem ótimas opções no banco. Entre as que já tinha. E as que
chegaram ou explodiram como Edu e Marquinhos.
* O Palmeiras tem ganho como favorito, e ganhou demais com Love. Mas o Inter tem jogado e
vencido com tal autoridade e qualidade que a diferença é ainda menor que um ponto. Sem jamais deixar
de citar o São Paulo. Sempre entre os favoritos.
Cruzeiro 1 x 2 São Paulo
O Cruzeiro tem perdido pontos e jogos impressionantes no fim. Não parece o time que quase
foi campeão sul-americano em julho. O São Paulo ganhou um clássico de virada de modo inacreditável
pela pressão que sofria do campeão mineiro. Mas realmente parece o time que é tricampeão brasileiro. E,
agora, no terceiro lugar, a quatro pontos do líder. Se não pelo futebol que não foi bom, mas pela
recuperação tocante que teve no fim, o São Paulo mantém o pique.
“Se alguém tivesse desligado a TV aos 15 minutos, jamais acreditaria que o Cruzeiro fosse
perder o jogo”, disse Rogério Ceni, 19 anos de São Paulo hoje, o melhor em campo ao lado o inesgotável
Richarlyson. Fato. O primeiro tempo foi ruim. O Cruzeiro, menos pior, mesmo perdendo o artilheiro
Wellington Paulista, aos 16 (mais um do hospital celeste). Teve mais chances contra apenas uma tricolor.
Num jogo de poucas faltas (méritos dos treinadores), e pouco futebol (culpa de todos), só mais uma falha
poderia abrir o placar. Aos 43, saída errada de Jean deu na boa tabela entre Gilberto e Diego Renan, que
entrou como Sorín e marcou.
O gol encheu a bola mineira. Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, só deu Cruzeiro. O
São Paulo não se acertava, marcava ainda pior, o time da casa queria mais. Ricardo sacou o inoperante
Hugo, único armador do 3-4-1-2, e apostou em Marlos, aos 16. No minuto seguinte, Adilson atendeu ao
grito da china azul e entrou com Guerrón no lugar de Soares (embora Thiago Ribeiro “pedisse” para
sair…). O Cruzeiro foi ainda mais à frente e abriu a defesa. No buraco, em bela arrancada de Richarlyson,
Marlos avançou e bateu de canhota. Bola defensável para Fábio.
Indefensável foi o Cruzeiro mais uma vez não se achar. Perdeu mais gols, e deu mole. O que
não pode contra o Clube da Fé. Richarlyson lançou longe Dagoberto. Elicarlos deixou a bola sair.
Dagoberto, não. Bateu para a área para a chegada de Borges, que entrara dois minutos antes. Também na
primeira bola dele, o gol da quinta virada de placar são-paulina em 2009. Possivelmente, não a última.
Porque tem time para tanto. E esse time é o São Paulo.
Argentina 1 x 3 Brasil
* ARGENTINA – 4-4-2 – Andújar-1; Zanetti-8, Sebá-2, Ottamendi-4 e Heinze-6; Máxi
Rodríguez-7, Mascherano-14, Verón-18 e Dátolo-17; Messi-10 e Tévez-11. TÉCNICO - MARADONA
* BRASIL – 4-2-3-1 – Júlio César-1; Maicon-2, Lúcio-3, Luisão-4 e André Santos-6; Gilberto
Silva-8 e Felipe Melo-5; Elano-7, Kaká-10 e Robinho-11; Luís Fabiano-9. TÉCNICO – DUNGA
APITA ÓSCAR RUIZ (COLÔMBIA).
CHUTE INICIAL – 2 X 2
* 40s - Tévez divide com Júlio César. Boa saída do brasileiro na tentativa de letra do argentino.
Belo lance gringo pela esquerda. PLACAR VIRTUAL – 1 X 0 ARGENTINA
* 3min – Bola é dos co-hermanos, O Brasil espera, apenas com L.Fabiano no ataque, contra a
frágil linha defensiva comporsta por Ottamendi e Sebá Domínguez – o próprio.
* 7min – Brasil chega com mais gente e empurra argentinos um pouco mais para o próprio
campo. Seleção tranquila.
* 9min – Heinze vai ao fundo e joga por sobre a meta de JC. É o pior sistema defensivo
argentino dos últimos 768 anos.
* 10min – Argentina joga com velocidade. Mas Verón segue mais atrás. Messi começa a fazer
das dele. Sobretudo cortando por dentro, entre André Santos e Felipe Melo.
* 11min – Messi pega de fora da área, à direita da meta brasileira. Demos mole.
* 13min – Lúcio dá um bico em direção a L.Fabiano. Não é o caso.
* 14min – Falta tola e juvenil de Gilberto Silva em Messi. Só o craque do Barça joga. Tévez só
faz cara feia – o que não é difícil. Messi cobra na barreira.
* 17min – Messi passa brilhantemente por três, mas é contido por Luisão. O gringo passa fácil
da direita para a esquerda. Estamos dando mole para ele. Enquanto isso, só Kaká joga. Robinho faz firula,
L.Fabiano esquecido. Elano discreto.
* 17min – Mascherano agarra Kaká. O árbitro colombiano economiza o amarelo. E dá para o
brasileiro, que reclamou. Absurdo. AMARELO. KAKÁ.
* 19min – AMARELO. LÚCIO. Puxão em Dátolo. Lance igual ao de Mascherano.
* 23min21s – GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. LUISÃO. CABEÇA. Falta
batida da direita por Elano. Segundo pau, o zagueiro do Benfica deve ter ficado com medo de tão solitário
que estava num lance de bola parada. Mérito brasileiro que não se cansa de fazer gols desse modo.
Demérito absoluto argentino que deixa um zagueiro como Luisão absolutamente sozinho. Belo cabeceio.
Feia zaga argentina. Tudo nos conformes. Se mantido o placar, o Brasil já está na África do Sul. 1 x 0
BRASIL. PLACAR VIRTUAL – 1 X 1
* Argentina não sente tanto o gol. Brasil chegou na primeira bola parada e jogou toda a
responsa para os hermanos.
* 27min – Elano e Tévez entram horroroso. Dificilmente dizer quem entrou mais feio. Poderia
ser amarelo para todos.
* 28min – Falta feia do Máxi no Kaká, que quer jogo. Só falta Robinho querer o mesmo.
*
29min53s
–
GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL.
LUÍS
FABIANO.
CANHOTA, DENTRO DA ÁREA. Elano bateu falta da meia esquerda, a bola espirrou na barreira para
sobra de Kaká que bateu para trás, Maicon bateu no canto, Andújar espalmou, e o impressionante Fabiano
tocou para dentro, novamente livre. Duas vezes chegou o Brasil. 2 a 0 Brasil. PLACAR VIRTUAL – 2 X
1 BRASIL.
* 32min – Murcha o Gigante de Arroyito. Impressiona a fase brasileira. Desespera a argentina.
Tudo dá muito certo para o time de Dunga, e tudo dá muito errado à equipe de Diego.
* 33min – AMARELO. LUISÃO. Falta em Tévez.
* A diversão são as caras desoladas de Diego mostradas pela TV. Uma melhor que a outra. Ele
parece uma mistura entre a própria avó, Walter Mercado, Michael Jackson, o Coringa do último Batman,
e algum vilão de filme B venezuelano. Em resumo: algum personagem de Johnny Depp dirigido por Tim
Burton. Em depressão.
* 36min – Brasil não precisa forçar. É um ataque, um gol. A Argentina não chega. Só Messi
cria. Máxi mal. Verón sem riotmo.
* 37min – Máxi na pequena área entra de carrinho. Para variar, milagre de JC, com a perna
esquerda, em bom lance de Tévez. Foi só criticá-los… PLACAR VIRTUAL – 2 X 2.
* 39min – Estádio calado…
* 40min – Furada espicizê de Verón… Na sequência, Dátolo chuta longe… Que pasa, hombre?
* 41min – AMARELO. ALELUIA! MASCHERANO. Pegada feia por trás, no tornozelo
esquerdo de Kaká, que fazia lindo giro.
* 42min – Sensacional defesa de Andújar evita o terceiro gol. Elano bateu falta da meia
esquerda para Lúcio dar uma casquinha. A bola aérea é nossa, como já havia comentado – antes do jogo –
o nosso considerado Rogério Jovaneli.
* 43min – AMARELO. LUÍS FABIANO. Falta por trás em Messi. PLACAR VIRTUAL – 3
X 2 BRASIL.
* 44min – Dátolo arrisca e a bola passa rente à trave brasileira. Quando a fase é boa…
PLACAR VIRTUAL – 3 x 3.
FIM PRIMEIRO TEMPO – Brasil cirúrgico chega na bola parada e deleta Argentina que perde
a tranquilidade que tinha com os gols brasileiros.
* RECOMEÇOU – MUDA ARGENTINA – ENTRA AGÜERO-16, sai Máxi – Argentina vem
para algo próximo a um 4-3-3, com Messi, Agüero e Tévez. Mascherano fica na entrada da área. Verón e
Dátolo armam pelos lados.
* 2min – Jogo lá e cá. Ótimo para o contragolpe brasileiro. É só saber segurar. A vitória
classifica antecipadamente o Brasil para a Copa-10.
* 6min - Linda caneta de Kaká puxando o contragolpe. Jogo lá e cá. Ainda. Hermanos bem
melhores que antes. Pressão natural.
* 7min – Heinze chuta à esquerda.
* 8min – Desespero de Diego. Para o ouvinte Cláudio de Stéfano, da Rádio Bandeirantes,
Maradona é um “mix de Mercedes Sosa (ou insossa), Monica Lewinsky e a doutora Gisleine advogada
dos jogadores”.
* 11min – Aguero cabeceia, Lúcio salva. Maior pressão platina. L.Fabiano está da
intermediária para trás.
* 16min – AMARELO. VERÓN.
* 17min – Brasil consegue esfriar o jogo, mas não acerta os contragolpes. Jogo controlado.
Argentina arrisca pouco de fora da área.
* 18min – L.Fabiano domina livre e bate à direita. PLACAR VIRTUAL – 4 x 3 BRASIL.
* 19min40s – GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. DÁTOLO. CANHOTA. FORA DA
ÁREA. GOLAÇO. Uma bomba da meia esquerda, JC ainda toca na bola, mas era impossível. Belíssimo
gol. Será que dá para eles? Enfim, teremos muito mais jogo. PLACAR VIRTUAL – 4 x 4.
* 21min – Torcida só agora começa a botar pilha.
* 21min51s – GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL. LUÍS FABIANO. PÉ DIREITO.
DENTRO DA ÁREA. GOLAÇO. PASSE PRECISO E BRILHANTE DE KAKÁ. ACABOU! Dois
minutos depois do gol gringo, passe sensacional de Kaká às costas do zagueiro. Letal. Preciso. A dupla
são-paulina faz a diferença. PLACAR VIRTUAL – 5 x 4 BRASIL.
* 23min – MUDA BRASIL: ENTRA RAMIRES, sai Robinho; ENTRA DANIEL ALVES, sai
Elano. O esquema segue o 4-2-3-1, Daniel e Ramires improvisados para combater e cercar o eventual
apoio dos laterais argentinos. Brasil mais trancado. Mas agora não é preciso muito. A Argentina
estrebuchou. Ainda é Argentina. Ou foi…
* 23min – MUDA ARGENTINA: ENTRA MILITO, sai Tévez. É o desespero,
* 25min – Daniel Alves bate cruzado e Ramires quase chega. Dá tudo quase certo para Dunga.
* 26min – Messi aparece livre e só não faz porque Luisão salva mais uma vez. Que atuação do
zagueiro! PLACAR VIRTUAL – 5 x 5.
* 27min – Milito livre. JC, para variar, faz uma defesa impressionante na saída da meta.
PLACAR VIRTUAL – 6 x 5 ARGENTINA.
* 29min – André Santos manda o pé por sobre a meta de Andújar. Brasil segue muito bem.
Mas André poderia ficar mais. Milito aparece bem por ali.
* 30min – Daniel Alves manda o pé em falta, Andújar manda a escanteio. PLACAR
VIRTUAL – 6 x 6.
* 32min – MUDA BRASIL. ENTRA ADRIANO, sai Luís Fabiano.
* 32min – Heinze cabeceia no meio do gol. JC fácil.
* 32min – Gilberto Silva deveria ter sido expulso em falta feia em Messi. Nem cartão. Até o
apito é nosso.
* 36min – Adriano e Heinze se pegam. Juizão? Nada.
* 37min – Estádio calado…
* 38min – AMARELO. RAMIRES. Falta em Dátolo. Feia.
* 39min – Tranquilidade e maturidade do Brasil impressiona.
* 40min – Kaká ginga à frente de Mascherano, que se estatela no gramado. Que fase dos cohermanos…
* 41min – Milito divide com JC, que faz defesa de coragem. PLACAR VIRTUAL – 7 x 6
ARGENTINA.
* 44min – Ramires divide com Andújar em bom contragolpe brasileiro.
* ACABOU – BRASIL NA COPA. ARGENTINA AMEAÇADA. Primeira vitória brasileira
na Argentina desde 1995. Parabéns, Brasil. Parabéns, Dunga. Vocês venceram. Nós agradecemos.
NOTAS ARGENTINA – nota 4. Péssima na defesa como de costume, meio-campo
desarrumado, ataque inerme.
ANDÚJAR – 5
ZANETTI – 5
OTTAMENDI – 4
SEBÁ – 4
HEINZE – 5
MÁXI RODRÍGUEZ – 4
[AGÜERO] – 4
MASCHERANO – 4
VERÓN – 4
DÁTOLO – 7
MESSI – 5
TÉVEZ – 4
[MILITO] - 5
MARADONA – 4
BRASIL – NOTA 8 – Ótimo na defesa, firme no meio, letal no ataque e no contragolpe.
JÚLIO CÉSAR – 8 – Que goleiro. Que fase.
MAICON – 7 – Que fase. Que força.
LÚCIO – 7 – Que presença. Que capitão.
LUISÃO – 8 – Que partida. Que gol.
ANDRÉ SANTOS – 6 – Que fase.
GILBERTO SILVA – 6 – Bateu além da conta. Mas foi bem.
FELIPE MELO – 7 – Que fase. Que partida.
ELANO – 7 – Que faltas, que assistências.
[DANIEL ALVES – 6 ]
KAKÁ – 8 – Letal. Preciso. Precioso.
ROBINHO – 5 – Vamos jogar bola?
[RAMIRES – 5]
LUÍS FABIANO – 9 – Nota e número. Que números. Que presença. Que frieza.
DUNGA – Dez. classificação antecipada. Virou o jogo e as vuvuzelas.
Mauro Cezar Pereira http://espnbrasil.terra.com.br/maurocezarpereira
Ganhe ou perca, ninguém é obrigado a "engolir"
Dunga e sua crônica estupidez
Dunga diz que é "transparente". De fato, transpareceu a todos sua estupidez ao xingar
torcedores após um gol do Brasil sobre o Chile, em Salvador. Nem parecia aquele homem calminho que,
ao receber de presente o desenho feito por uma criança, disse, dois dias antes, ter o povo ao seu lado.
Dunga diz que, ao assumir o comando da seleção, mudou coisas, mexeu com interesses. Mas
apesar de sua decantada (por ele mesmo) sinceridade, não revela que interesses são esses e quem são as
tais pessoas que deixaram de ser favorecidas com sua chegada.
Dunga reclamou, em Teresópolis, das áreas Vips montadas por patrocinadores da CBF. Mas
fala do presidente da confederação com a subserviência de sempre, como se o cartola não tivesse nada
com aquilo que o próprio treinador da CBF chamou de "circo".
Dunga vai se transformando em técnico. Seus resultados recentes são bons, o que merece
elogios, independentemente dos jogadores que pode escolher, o que lhe coloca em posição privilegiada. É
um bom trabalho, sim, e não há problema em admitir, é óbvio. Mas isso não lhe dá direito a tudo.
Dunga não tem no direito de ofender, mesmo que vença todos os jogos. De disparar seu ódio
crônico contra tudo e (quase) todos. Nada dá a Dunga a condição de senhor da razão. Nem uma possível
conquista da Copa do Mundo lhe concederá tal privilégio. E atura isso tudo quem quer.
Dunga tem bons resultados recentes, o que reconheço e elogio, é claro. Como
critiquei momentos pífios, casos da maior parte da Copa América e das eliminatórias contra Bolívia,
Colômbia (ambos no Rio), Argentina (em BH) e Peru (em Lima). E da inédita derrota para a Venezuela
em amistoso.
Dunga e seus seguidores se enganam. Não somos obrigados a engolir nada. Muito menos
a estupidez de um homem irascível que parece exalar ódio por todos os poros em tempo integral. Um
sujeito tão rancoroso que ao erguer a Copa do Mundo, em 1994, disparou palavrões.
Seria bom se ele refletisse a respeito. Até que ponto isso faz mal a Dunga? Honestamente,
gostaria de vê-lo mais equilibrado, sem mania de perseguição, até porque ele não me parece um maucaráter. Quanto aos seus resultados, para mim tanto faz se vence ou perde com a seleção, não estou aqui
para torcer a favor nem contra, como seria com qualquer outro treinador.
Algum dunguista vai escrever aqui embaixo que o blogueiro não gosta do Dunga. É claro que
não gosto, e nem por isso deixo de admitir seus acertos. Como admirar tal perfil? Por ganhar alguns
jogos? Ora, a história do esporte está repleta de deploráveis vencedores.
Triunfos não me farão mudar de ideia a respeito. Posso rasgar elogios a uma escalação, uma
mudança tática, uma substituição, mas continuarei achando detestável a postura do "professor". Se
você curte, se amarra no jeito Dunga de ser, vá em frente. Ou leve pra casa. Estou fora.
PS: clique aqui e veja a dica de vídeo do internauta Amadeu
Zico se irrita com presidente do Fla por anunciar
volta ao clube como dirigente
*** Atualizada em 11/9/2009 às 8h48 ***
De saída do CSKA, Zico não gostou da declarações do presidente do Flamengo, Márcio Braga,
que anunciou sua volta ao clube para comandar o futebol rubro-negro. "O Márcio, por estar empolgado
com o projeto, está colocando o carro na frente dos bois. Não falei nada disso e ele sabe que meu objetivo
é continuar como treinador", disse, ao blog, por e-mail, o maior ídolo do clube mais popular do Brasil.
Para Zico, as declarações do dirigente o colocam sob pressão perante os torcedores rubro-negros num
momento no qual negocia sua saída do time russo.
A ideia de Braga é convencer o ex-camisa 10 a assumir o que poderá ser a Flamengo S/A,
modelo de gestão no formato clube-empresa que a administração cujo mandato termina no final deste ano
pretende tornar real. Para isso, é preciso que o CFZ, clube do próprio Zico, seja incorporado, algo que só
se tornará real se aprovado no Conselho Deliberativo rubro-negro.
A intenção de Márcio Braga é conversar com Zico assim que o treinador voltar ao Brasil. Ele
assumiria o Flamengo S/A como dirigente, seria o gestor do futebol. O ex-técnico do CSKA, que negocia
detalhes de sua rescisão em Moscou, disse quando da apresentação do projeto que não poderia assumir
função alguma no Brasil durante a vigência de seu compromisso com os russos. Com a saída de Zico do
clube, o presidente flamenguista espera fazê-lo aceitar a ideia.
Contudo, para levar tal plano adiante a situação tem que superar obstáculos. É preciso mudar o
estatuto do Flamengo para que o futebol seja separado do restante do clube. Uma das opositoras ao
projeto é a ex-nadadora e vereadora Patrícia Amorim, pré-candidata à presidência do clube. A Fundação
Getúlio Vargas deverá entregar, em breve, o estudo a ela encomendado para a formatação do Fla S/A com
a incorporação do CFZ.
"A maior prova de que esse formato de clube-empresa deu errado é que o Flamengo estaria
comprando o CFZ", critica Leonardo Ribeiro, o "Capitão Léo", ex-presidente da Torcida Jovem e que
preside o Conselho Fiscal rubro-negro, por onde o projeto passará antes de ir ao Conselho Deliberativo.
"Posso lhe adiantar que nosso parecer não será favorável", acrescenta.
Léo apóia o opositor Clóvis Sahione, que já lançou sua candidatura à presidência, assim como
o atual interino no cargo, Delair Dumbrosck, da situação. Plínio Serpa Pinto, aliado do ex-vice de futebol
Kléber Leite, é outro que está prestes a apresentar oficialmente sua candidatura, assim como Patrícia
Amorim. As eleições para a presidência do Flamengo acontecerão no final deste ano.
Cuidado, turma do oba-oba é capaz de "ver"
duas seleções brasileiras prontas
A vitória sobre o Chile, mesmo com vários desfalques, poderá ser o bastante para despertar
euforia desenfreada em "brasileirinhos" e "Pachecos". Portanto, cuidado, caro torcedor ou simpatizante da
seleção brasileira — da CBF, se preferir. O cotejo da noite de quarta-feira, em Salvador, como tudo na
vida, nos apresentou aspectos positivos e negativos. Vamos a eles.
Positivos:
* Júlio César segue dizendo presente ao ser exigido. Fez importantes defesas quando o jogo
ainda não estava definido.
* Nilmar fez um hattrick e chegou aos quatro gols em dois jogos como titular, já que havia
marcado
diante
do
Paraguai.
Melhor
do
que
a
encomenda.
* Adriano não vive uma fase tão boa, mas até que se apresentou razoavelmente, mesmo ofuscado pelo
atacante do Villarreal. Fato: há boas opções ofensivas e a disputa deverá prosseguir até a convocação
final, com Pato, Diego Tardelli, entre outros, lutando por um espaço. Em 2007, antes da volta de Luís
Fabiano, havia uma busca desesperada por atacantes, a ponto de Afonso Alves ser chamado algumas
vezes e Vágner Love ser titular por toda a Copa América.
* Daniel Alves mostrou, mais uma vez, que pode (e deve) ser o coringa no banco do Brasil,
eventualmente até como titular. O baiano é muito mais do que reserva do (ótimo) Maicon.
* Mesmo sem a companhia de Lúcio, Luisão foi bem, é o terceiro homem da zaga, segundo
talvez, se Juan não ficar 100%.
* Elano é utilíssimo, até quando sai do banco.
Daniel Alves: convocado como lateral-direito reserva, baiano pode ser bem mais útil
Negativos:
* Felipe Mello, como nos tempos de Flamengo, ainda menino, segue um tanto desmiolado.
Expulso corretamente, sequer admitiu o excesso que o fez merecer cartão vermelho. Além disso, insiste
nos dribles em zonas perigosas, inadequados para volantes, pela posição que ocupam.
* Dunga demorou demais nas alterações após perder um de seus homens de proteção à defesa.
Quando as definiu, acertou e ainda teve a sorte de ver Marcelo Bielsa fazer trocas equivocadas, de louco.
* André Santos não foi exigido em jogos recentes, como diante da Argentina. Mas o técnico do
Chile empurrou Alex Sanchez para cima dele e veio o passeio. O ex-corintiano foi facilmente driblado na
jogada do pênalti. No segundo tempo, sem Felipe Mello na cobertura, sua fragilidade defensiva foi
escancarada. André não é lateral, mas um ala, no sistema da seleção, pouco ataca, seu ponto forte, e muito
tem a marcar, sua deficiência maior. Não dá.
* Júlio Baptista não pode ser o reserva de Kaká, contra um adversário mais forte, sem o craque
do Real Madrid, vai complicar...
Mas com a classificação antecipada e a vitória sobre os chilenos, mesmo com muitos suplentes
em ação, não faltará quem observe apenas a primeira parte deste post, e veja muitas outras virtudes no
Brasil-il-il-il. Alguém dirá que Dunga já tem "dois times" prontos para o Mundial. Exagero, claro. O time
brasileiro está muito bem, de fato, mas ainda faltam ajustes, no elenco final principalmente, até a Copa do
Mundo de 2010. Há tempo e segurança, tranquilidade para isso. Vejamos.
Lançamento de 3ª camisa dos Citizens mostra
Robinho em alta na Inglaterra
Adebayor, Roque Santa Cruz e, em destaque, à frente, Robinho. São eles que aparecem na foto
do convite feito, via internet, pelo Manchester City para que os torcedores dos Citizens comprem a
belíssima terceira camisa do time para a temporada 2009/2010.
Este blog, inclusive, apresentou os fardamentos dos times ingleses para o campeonato recéminiciado antes da primeira rodada e este uniforme não aparece no post — clique aqui e veja — porque
ainda não havia sido lançado. O City voltou a vestir Umbro após duas temporadas com LeCoq Sportif.
A presença de Robinho no material promocional mostra que o brasileiro ainda tem prestígio
entre os ingleses, apesar de ter sentado no banco na partida contra o Portsmouth, mais recente vitória do
Manchester City na Premier League. Ele alega que pediu ao técnico Mark Hughes para ser poupado.
Na página interna do site, a que dá acesso à área do shopping virtual, apenas Robinho aparece
no destaque — clique aqui para ver. Nela é possível adquirir por 40 libras a camisa de mangas curtas e 45
libras a de mangas compridas. E então, vais comprar porque é bonita ou fã do Robinho?
Ninguém é mais, ou menos, brasileiro por torcer,
ou não, pela seleção da CBF
Quando começa uma corrida de Fórmula 1, você torce para que os principais adversários dos
pilotos brasileiros batam e saiam da prova? E neste período de eliminatórias em fase decisiva, "seca" os
maiores rivais da seleção da CBF?
Cada um tem o direito de torcer por quem bem entender, e obviamente "secar" os rivais mais
odiados. É natural que brasileiros se divirtam com fiascos argentinos, e vice-versa. Mas como diria certo
repórter, "me inclua fora dessa".
Prefiro uma corrida com os principais carros e pilotos na pista, uma bela disputa, um duelo de
grandes. Da mesma forma, considero muito melhor a Copa do Mundo com as principais seleções em ação
do que ver o Brasil em meio a times pífios.
Parte da mídia adota essa linha dos "brasileirinhos" que torcem e distorcem. Querem o Brasil
em primeiro, custe o que custar, mesmo que para isso o nível dos espetáculos despenque. A coisa toma tal
dimensão que pessoas nos cobram esse comportamento.
Jornalistas de política não têm que fazer campanha para determinados candidatos, mesmo que
considerem aquelas as melhores opções para a cidade, o Estado, o País. Jornalistas esportivos também
não são obrigados a torcer por atletas brasileiros.
Manter neutralidade diante da seleção no exercício do trabalho jornalístico não é sinal de falta
de patriotismo. Bandidos, ladrões, corruptos e salafrários em geral vestem a "amarelinha" e festejam gols
na Copa do Mundo. Nem por isso são bons cidadãos.
Os caras que roubam, desviam verbas, sonegam impostos, agridem, assaltam, matam, etc, não
são mais brasileiros do que os que agem com isenção diante das atuações do time "verde-amarelo", por
exemplo. Muito pelo contrário, é claro.
Portanto, pelo menos aqui, neste blog, não tem essa de Brasil-il-il-il!!!
Números confirmam omissão de Robinho na
Argentina. Ele será titular na Copa?
Contra a Argentina Robinho não cruzou, roubou duas vezes a bola, não driblou. Recebeu duas
faltas, finalizou duas vezes, ambas erradas, não fez gol, nem ficou impedido, arriscou um lançamento,
equivocado, como dois passes, além de 14 certos, apenas 7% dos toques corretos do Brasil na noite de
sábado. Robinho perdeu a bola em seis ocasiões, ficou com ela nos pés por 39 segundos nos 90 minutos
de partida em Rosário, não levou cartões, não deu passes para gol, fez uma virada de jogo.
Os números do Footstas esmiúçam a atuação daquele que, há dois anos, era apontado por
Dunga como seu principal jogador. Acomodado no Manchester City, mesmo com os reforços importantes
para a temporada que ainda está no começo, e preguiçoso na seleção. Robinho perde prestígio no melhor
momento do time na "Era" Dunga técnico. Se não mudar isso logo, pode perder a posição até a Copa do
Mundo da África do Sul. Lesionado, não enfrenta o Chile, em jogo que pode começar a decretar sua perda
real de espaço no time.
Você barraria Robinho já? Quem entraria no lugar do ex-santista?
Montoya perde a 21 voltas do fim, mas está firme
no "Carrossel do Capeta"
Juan Pablo Montoya está mesmo competitivo nesta temporada da Nascar. Se até o ano passado,
correndo de Dodge, era apenas figurante, em 2009 ele pode até lutar pelo título. Na noite de domingo,
esteve na liderança e perdeu a chance de vencer a 21 voltas do final, quando, com os pneus desgastados,
foi ultrapassado por Kevin Harvick, de Chevrolet, como o colombiano.
Mas a vitória ficou com Kasey Kahne, de Dodge! Ele assumiu a ponta nas últimas voltas em
Atlanta, logo após a relargada, quando faltavam 11 giros no circuito oval para a bandeira quadriculada.
Montoya segue firme entre os 12 mais bem colocados, que disputarão os play-offs decisivos após o
terceiro posto na prova do "Carrossel do Capeta" na noite de domingo.
Internacional é o único time na zona da
Libertadores desde a primeira rodada
Na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2006, o Internacional terminou atrás apenas do
campeão, São Paulo. Vice, estava, claro, na zona de classificação para a Copa Libertadores, que venceu
naquela mesma temporada e, por isso mesmo, tinha vaga assegurada independentemente da Série A. Nos
dois anos seguintes, em nenhuma rodada o Colorado ocupou uma das quatro melhores posições na
classificação, mesmo sendo muito badalado pelos, em tese, bons elencos que montou.
Desta vez tem sido diferente. Em 2009 o campeão gaúcho entrou no campeonato e fincou sua
bandeira na zona de elite do torneio, disposto a voltar à competição internacional que não disputa há duas
temporadas. É a única equipe que jamais esteve fora do chamado "G-4" nesta edição do Brasileiro.
Candidato ao título, a um ponto do líder, o time do Beira Rio dificilmente não irá à Libertadores 2010.
Nem o Palmeiras, em primeiro há nove rodadas, tem campanha tão linear.
Rodadas na zona de classificação para a Libertadores 2010:
Internacional 23
Palmeiras 18
Atlético Mineiro 15
Vitória 12
Goiás 9
São Paulo 5
Náutico 3
Cruzeiro 2
Santos 2
Barueri 1
Corinthians 1
Fluminense 1
Santo André 1
Na Copa, Brasil tem, agora, o desafio de observar
seus defeitos antes dos rivais
Favorito! Sim, o Brasil já pode ser definido dessa maneira faltando menos de um ano para a
Copa do Mundo. Mesmo que Dunga e seus Blue Caps não queiram, a imprensa mundial, os treinadores
das demais equipes, não vai faltar quem aponte o time brasileiro como maior candidato em 2010.
Tal rótulo, justo, ao mesmo tempo traz perigos. O primeiro deles, chama a atenção de tudo e de
todos. Claro que a maioria dos torcedores e jornalistas vai dar destaque aos aspectos positivos do time
montado por Dunga, que vai virando técnico, o que deve ser admitido, inclusive por seus críticos mais
ferrenhos, como este blogueiro.
Um aspecto que não pode ser ignorado: o belo momento do time da CBF não apaga os ruins,
vividos na Copa América de 2007, apesar do título, contra Bolívia e Colômbia no Rio, com empates
melancólicos sem gols, etc. As análises feitas durante esses três anos de Dunga na seleção,
evidentemente, seguem os fatos. E assim continuará sendo, claro.
O treinador inventado pela CBF (se eu utilizava tal frase quando as coisas andavam mal, a
mesma deve ser utilizada agora, claro) acerta ao não abrir mão de seu sistema defensivo, agora feroz,
mais eficiente. Usa bem o contra-golpe e as bolas paradas, que são treinadas, sim, mas nada exaustivo,
como dizem alguns coleguinhas... Na quinta-feira foram exatos seis escanteios e oito faltas perto da área.
Defeitos do time? O pobre repertório, bola parada, contra-ataque... que mais? Improviso,
talento individual, o de sempre. E quando uma boa equipe cruzar o caminho dos brasileiros e souber
como obstruir tais pontos? Algo que os franceses fizeram na final da Copa de 1998 e no confronto de
2006. Antes a Itália de 1982. E a própria Argentina em 1990.
Faltam cerca de nove meses para o Mundial, tempo suficiente para que o trabalho seja
desenvolvido nesta rota, aprimorado. Pois obviamente os rivais do futuro estão, neste momento, e estarão
nos que virão, pensando no antídoto capaz de neutralizar os golpes mortais do time brasileiro.
Cristiano Ronaldo, Ibra ou os dois fora da Copa.
Confira a situação na Europa
Nas eliminatórias européias, os destinos das seleções vão se definindo após os jogos deste
sábado. Importante lembrar que os primeiros colocados se classificam para o Mundial e os oito melhores
segundos vão duelar em sistema de mata-mata na repescagem pelas vagas restantes.
Grupo 1: a Dinamarca tem 17 pontos, quatro à frente da Hungria, que empatava com a Suécia
e, tolamente, se mandou ao ataque e levou o gol de Ibrahimovic no último lance da partida, tento levou os
suecos aos 12 pontos, dois à frente de Portugal, que empatou com os dinamarqueses fora de casa. É
dramática a situação dos portugueses, que enfrentarão os húngaros duas vezes, fora e em casa, além de
receber Malta na última partida. Cristiano Ronaldo tem que levar sua equipe às vitórias e torcer para que a
Suécia perca, na Dinamarca. Pelo menos ele ou Ibra não irá à África do Sul. Talvez ambos vejam a Copa
pela TV.
Grupo 2: A Letônia venceu em Israel e ameaça a Grécia, derrotada pela líder, Suíça. Os
israelenses ficaram em delicada situação com nove pontos contra 13 de gregos e lituanos e 16 dos suíços.
Entre as três equipes mais bem colocadas os dois primeiros lugares com três jogos a cumprir por cada
seleção. Na próxima rodada a Suíça visitará a Letônia, que na sequência vai à Grécia.
Grupo 3: Criada em 1918, a Tchecoslováquia foi dividida em Eslováquia e República Tcheca
em 1992. E sempre quando o assunto é futebol, entre os dois povos lembramos dos tchecos como os bons
de bola. Pois a Eslováquia está em primeiro com 16 pontos contra nove da República Tcheca. A ameaçar
a líder está a Irlanda do Norte, que empatou com a Polônia fora de casa e dona de 14 pontos. Mas a
equipe norte-irlandesa tem oito jogos contra sete dos demais candidatos às duas primeiras posições,
poloneses e eslovenos, com 11 cada. Todos na briga.
Grupo 4: liderança da Alemanha, que tem 19 pontos, seguida da Rússia, 18. As duas seleções
se enfrentam em Moscou na quinta-feira e uma vitória russa pode empurrar os alemães para a
repescagem. A Finlândia, em terceiro com apenas 13 pontos, tem chances matemáticas.
Grupo 5: Com 21 pontos, a Espanha está quase na Copa de 2010. A Bósnia-Herzegovina tem
15 e só não vai à repescagem se a Turquia superá-la. O duelo entre as duas seleções em território bósnio
na próxima quarta-feira será de arrepiar. O time da casa terá que vencer para não ficar na obrigação de
derrotar os espanhóis, também em Zenica, na rodada final. Os turcos, claro, dependem dos três pontos já
nesse próximo compromisso na Bósnia.
Grupo 6: a Inglaterra de Fábio Cappello precisa apenas empatar com a Croácia, quarta-feira,
em Londres, para carimbar sua ida ao Mundial 2010. Os croatas têm 17 pontos, quatro atrás dos ingleses,
três à frente da Ucrânia, que tem um jogo a menos. As duas seleções devem brigar pelo segundo posto até
o final.
Grupo 7: a França recebeu a Romênia, que já não reúne chances de ir à Copa. Só empatou e a
Sérvia, que lidera e receberá os franceses quarta-feira, pode até perder que ainda assim seguirá em
primeiro. Provavelmente teremos a Sérvia direto no Mundial da África do Sul e, na repescagem, a ilustre
presença do time vice-campeão mundial, com Ribery & Cia.
Grupo 8: A Itália chegou aos 17 pontos ao derrotar a lanterna, Geórgia, um à frente da Irlanda,
ou Eire, que tem oito jogos contra sete da Azzurra e da Bulgária, que desafiará os italianos na quartafeira. Na rodada seguinte os irlandeses receberão os campeões mundiais em Dublin. Tendência: Itália na
Copa e Irlanda na repescagem, o que só deve mudar se os búlgaros aprontarem uma zebra nesta semana
em Turim.
Grupo 9: A Holanda venceu todos os seus sete jogos e há tempos se classificou. A Escócia se
encaminhava para ficar com o segundo posto, que pode levá-la à repescagem, mas levou de 4 a 0 na
Noruega e se complicou. Mas os noruegueses devolveram a gentileza, empatando na Islândia. Com os 2 a
0 sobre a Macedônia diante de 50.214 fãs, a Escócia voltou à vice-liderança. Um empate com a Holanda
quarta-feira, novamente em Glasgow, garante o segundo posto ao time do Reino Unido. Mas talvez não
baste para que dispute a repescagem.
Milton Neves - http://blog.miltonneves.ig.com.br/
A pisada de Piquet
Então o Nelsinho Piquet estava deprimidinho e aceitou fazer aquela picaretagem no GP de
Cingapura em 2008 por ordem do poderoso chefão Briatore?
Errou tanto quanto seu chefe ou mais.
Se estava vivendo crise emocional que fosse ao psicólogo e não ao autódromo.
E por que os dois Piquets não denunciaram o tal crime esportivo à época?
Agora, por “despeito”, porque seu filho foi demitido, Piquet pai resolve delatar Briatore só um
ano depois?
Se o contrato do filho fosse mantido e renovado para 2010 ele ficaria quietinho?
Ora, ora, ora…
Mas o genial Piquet prestou um belo serviço à F-1 com sua delação que deletará três figuras do
mundo da velocidade.
São elas: Flávio Briatore, o executivo Pat Symonds e o ex-piloto Nelsinho Piquet, o mais
culpado de todos.
Ou seja, o Piquet pai deu um tiro no pé.
Ou um tiro na barriga da vaca para matar o carrapato.
Bem feito, mas o Rubinho Barrichello não deveria ser professor de ética nesse caso, não.
Piquet filho errou 100% e ele, Rubinho, em uns 5% ou 10% ao abrir as pernas para
Schumacher naquele GP da Áustria, em 12 de maio de 2002.
Mas era contratual e sua carreira parece interminável.
Já Nelsinho Piquet não correrá mais nem de charrete ou de biga e muito menos o Banco
Nacional, o Mappin, a Encol, o Papa-Tudo, a TV Manchete e a Mesbla aceitarão patrociná-lo nem na
cueca.
Opine!
Bolão do Miltão
Funciona assim: eu dou o primeiro palpite, você vai em “comentar” e faz o mesmo.
Simples!
São Paulo 2 x 1 Avaí. Está tão na cara que o Jason Sexta-Feira 13 vai partir para cima do
Avaí, mas tão na cara, que o time do Silas vai perder. O Avaí é uma espécie de “Moleque Travesso” com
grife, mas não ganhará do São Paulo, não!
Flamengo 0 x 1 Sport. Depois de ganhar do Botafogo, o Sport vence mais um carioca. Aliás,
os cariocas estão numa draga danada. E se não fosse o Adriano, o Fla estaria fazendo companhia ao
“Foguinho” e ao “Fluzinho” na rabeira da tabela. Aliás, o campeão oficial de 87 vencerá o time que
“abiscoitou” o título.
Internacional 3 x 0 Cruzeiro. Nos últimos dois jogos, o Colorado marcou seis gols. Para
manter a média de três por partida, o Interzaço “papa” os mineiros. E ainda bem que o jogo não é no
Mineirão, ou melhor, no “Mineirazzo”. Se lá fosse, seria 6 a 0 para o Interzaço.
Vitória 2 x 1 Palmeiras. O time baiano já ostentou a alcunha de “a maior surpresa do
Brasileirão”, mas deu uma caída. Nada como uma vitória para reanimar a turma. Com o resultado, o
Verdão deixa a liderança.
Atlético-MG 3 x 0 Atlético-PR. No duelo entre o original e o clone, o Atlético “primeiro”
vence o Furacão, no Mineiraço. Aliás, o Mineirão vai tremer mais uma vez. Pois, quando é o Galo, o
estádio treme. Quando é o Cruzeiro, o Mineirão “rebola”!!!!
Santos 2 x 0 Santo André. Mais um time que perdeu o gás, o Santo André será derrotado pelo
Peixe na Vila maravilhosa. Em casa, o Santos não perde nunca!
Náutico 2 x 0 Grêmio. Depois de sair da zona de rebaixamento, o Timbu pegou o gosto pela
vitória e aprontará para cima dos gaúchos que, depois de perder para o Cruzeiro na Libertadores, não
engrenou. E, pior, é horroroso fora de casa.
Barueri 5 x 1 Goiás. Eu amo o Goiás, acreditem, mas tenho a impressão de que o time paulista
dará uma “sova” nos goianos. Não é perseguição, tampouco desejo, apenas um singelo palpite.
Botafogo 1 x 0 Fluminense. O Botafogo já foi “Fogão” e o Flu ja foi “Fluzão”. E enquanto um
está mais para o Bangu, o outro parece um Bonsucesso. Com os dois na zona de rebaixamento, nada
como um nada honorífico 1 a 0, como diria Walter Abrahão, para deixar tudo como está: ambos numa
draga danada!
Para relembrar algumas regrinhas: o blogonauta que mais acertar os resultados dos 9
jogos vai ganhar um cooler da Brahma, que enviarei para a casa do sortudo. Só valem palpites
cheios, placar 100% na mosca. Se houver empate entre 2 ou mais palpiteiros certeiros, farei um
sorteio. Os não premiados, que vierem a perder no sorteio, ganharão uma lembrança especial do
meu site www.miltonneves.com.br. Os palpites devem ser postados apenas no Blog até sábado às
16h, para todos concorrerem com 100% dos jogos. E atenção: só valerão palpites com os nomes dos
clubes, não valendo apelidos ou abreviações, ok? Ah, e só valerá um palpite por IP (o endereço de
cada computador), mas vocês podem tentar a sorte quantas vezes quiserem, valendo, repito, só o
primeiro, combinado? Boa sorte!
Câmara de SP aprovou concessão do Pacaembu
ao Corinthians. Marco Aurélio Cunha, vereador,
“falastrão”, superintendente do São Paulo e “inimigo
número 1” do Timão, diz que é contra. Eu sou a favor!
E o são-paulino Kassab? E você?
Uma comissão de vereadores aprovou a concessão do Pacaembu à iniciativa privada.
Por 7 votos a 1, ficou decidido que o estádio Paulo Machado de Carvalho será
desmunicipalizado.
Como o Corinthians é o único interessado em arrendar o local, adivinha quem está prestes a
ganhar uma casa nova?
E dessa vez sem direito a maquetes faraônicas, espadaúdas e de isopor.
Mas, calma!
O martelo ainda não foi batido.
Agora, o prefeito Gilberto Kassab, caso concorde com a decisão, vai mandar um projeto de lei
para a Câmara, que deverá submetê-lo ao apreço de seus vereadores.
Aí, sim, se a matéria for aprovada, e depois de o prefeito sancioná-la, o Pacaembu será da Fiel.
Mas adivinhe também quem votou contra?
Marco Aurélio Cunha, o são-paulino Marco Aurélio Cunha!
Os outros sete edis optaram pela destinação privada do Pacaembu.
MAC diz que o estádio é do povo, é publico, e não do Corinthians.
Eu sou a favor!
O Corinthians, salva uma ou outra exceção, é o único que joga lá.
Sendo assim, nada mais justo que ele arque com os custos, com as reformas e com a
manutenção.
Mas que isso fique bem claro, explícito.
Tudo no papel, sem deixar dúvidas!
Aproveitando o assunto estádio, me veio à memória a chatice do imbróglio FIFA-Morumbi.
Se eu fosse o São Paulo, daria uma “banana” para a Copa-14!
“Ah, a FIFA não quer o Morumbi, azar da cidade, que não terá jogo”, diria o “seo” SPFC.
Aí, sim, tanto o governador Serra quanto o prefeito Kassab vão ter que “se virar nos 30” para
construir uma arena e, por conseqüência, não tirar a cidade mais rica do país dos holofotes.
Afinal, sem holofote, político nenhum aparece, diz Mauro Beting!
Pronto, resolvida mais uma novela!
Opine!
Em noite de Dunga iluminado, Brasil goleia o
Chile com show de Nilmar. E já que estamos na Copa,
continuo com a campanha: “Dunga, convoca o
Ronaldo, pô!” Aliás, o Dungapoderia aproveitar e
chamar o Marcão e o Rogério Ceni também! Argentina
perde para o Paraguai e respira por aparelhos.
Uruguai ganha, Venezuela faz 3 a 1 no Peru e Bolívia
perde para o Equador
Em Pituaçu-BA, o Brasil venceu o Chile por 4 a 2, com três gols de Nilmar!
Foi só o Dunga mexer no time para as engrenagens “desingriparem”.
Mas, se a seleção tivesse empatado ou perdido, daria na mesma, pois uma vaga para a Copa da
África do Sul já é nossa.
E como faltam dois “jogos-treino”, que tal o Dunga convocar o Ronaldo?
Se o Fenômeno estiver no “ponto” em 2010, irá à Copa!
Sendo assim, ele tem que estar com o time ainda em 2009.
Portanto, “Dunga, convoca o Ronaldo, pô!”
Aliás, o técnico poderia chamar também o Marcão e o Rogério Ceni.
Seria uma bela homenagem aos dois excelentes goleiros.
O Marcos é uma das figuras mais amadas do mundo do futebol; e o são-paulino foi tão
simpático outro dia no Terceiro Tempo da Band que ele merece ser titular do Tricolor por mais 42 anos!
Mas sem “frangar”, como andou ocorrendo antes da contusão, viu?
Quem mais você convocaria para os dois últimos jogos?
O Richarlyson pode ser um desses, já que é o melhor do São Paulo hoje.
E a Argentina, hein?
Xiiiiiiiiii…
Acho que a vaca do time de Maradona foi para o brejo.
Na verdade, se a Argentina vencer os dois últimos jogos, estará na Copa!
Mas, e para vencer, hein?
O Paraguai já está lá!
E depois o cavalo que é paraguaio…
Na Venezuela, o time da casa fez 3 a 1 no Peru.
Em La Paz, a Bolívia perdeu para o Equador também por 3 a 1.
O mesmo placar de Uruguai 3 x 1 Colômbia.
Opine!
Mas que novela chata!
Essa novela Morumbi-Fifa-Copa do Mundo já está cansando.
O secretário-geral da entidade, Jerôme Valcke, já falou “trocentas” vezes que o estádio do São
Paulo não tem condições de abrigar jogo.
Ora, se não tem, por que a Dona FIFA não bate o martelo e “descredencia” de vez o candidato
Cícero Pompeu de Toledo?
O Tricolor se defende, diz que o executivo não viu o novo projeto, nunca esteve no Morumbi e,
segundo a Folha de hoje, ainda acusa Jerôme de estar envolvido com empresas estrangeiras que estão de
olho na construção de outro estádio em São Paulo.
Agora, o vilão da vez é o entorno do estádio.
Eu passei outro dia lá perto e vi um monte de terreno à venda.
Por que o São Paulo não vai até o dono do imóvel, paga uma quantia em dinheiro e oferece
algum tipo de parceria/sociedade/sei lá o quê?
Outra: pega aquele monte de estacionamento clandestino, aluga os terrenos e os transforma em
algo regularizado?
Quem vai ao Morumbi sabe como são esses “estacionamentos”.
Outro dia, um deles pegou fogo e deu um baita prejuízo aos proprietários de carros.
Se não tiver jeito mesmo, aí o São Paulo joga a toalha e as autoridades que se virem para
construir uma arena nova.
Mas, se for particular, nada de dinheiro público, viu?
Aliás, por que o Tricolor não pede ajuda ao Corinthians, “PhD” em maquete de estádio?
Quem sabe, assim, os são-paulinos consigam sensibilizar a Fifa com aquelas maravilhas de
isopor?
Em maio de 2008, o governador Aécio Neves, de Minas Gerais, disse em entrevista ao
Domingo Esportivo Bandeirantes que o Morumbi não tinha mesmo condições de abrigar jogo inaugural
de Copa.
O Morumbi vetado seria a primeira vitória dele contra Serra?
Rogério Ceni comemora 19 anos no São Paulo!
Defina o grande ídolo Tricolor!
Para Rogério Ceni, o dia 7 de setembro não significa somente o dia da Independência do
Brasil.
Hoje, o goleiro comemora 19 anos trabalhando no Tricolor e se diz orgulhoso pelo feito.
“Sofri uma lesão grave, mas voltei a jogar. O único orgulho que tenho de mim mesmo é minha
dedicação ao trabalho”, festejou o ídolo são paulino, que está recuperado da lesão mais grave que sofreu
em sua carreira.
Há 19 anos, Rogério chegou ao São Paulo após iniciar sua carreira no Sinop-MT. No clube, o
camisa 1 fez parte das categorias de base antes de ser integrado ao elenco principal.
“Este é o clube em que eu adoro jogar. Sinto o maior prazer do mundo aqui. O dia em que eu
parar, não sei como será minha vida. O carro já sai sozinho de casa e vai para o CT. A família também é
importantíssima, mas minha vida gira muito em torno disso aqui”, afirmou.
Rogério Ceni é o jogador que mais vestiu a camisa do São Paulo, com 861 participações, e
também é o maior goleiro-artilheiro do futebol mundial, balançando as redes 83 vezes.
Dentre os principais títulos conquistados pelo goleiro pelo time do Morumbi, estão incluídos a
Copa Libertadores da América (1993 e 2005), o Mundial de Clubes (1993 e 2005) e o Campeonato
Brasileiro (2006, 2007 e 2008).
Aos 36 anos, o jogador tem contrato com o Tricolor até 31 de dezembro de 2012.
São Paulo vira para cima do Cruzeiro, passa o
Goiás (que empatou com o Coxa) e se mantém na cola
do Palmeiras. Atlético-PR e Fla ficaram no 0 a 0, mas
quem apareceu foi o delegado Antonio Lopes, que foi
expulso e quis levar o bandeirinha em cana! Em noite
de gala, Inter faz 2 a 0 no Avaí; Gxalo vira no
finalzinho e Flu, já rebaixado, não ganha nunca mais!
Colaborou Sérgio Quintella
Cruzeiro 1 x 2 Jason Sexta Feira 13.
No Mineirão, quando tem jogo do Cruzeiro, o estádio, além de “rebolar”, muda de nome para
Mineirazzo.
No começo do segundo tempo, quando o jogo já estava 1 a 0 para os mineiros, parecia que o
São Paulo levaria um baile.
Mas eis que o Jason acordou e “papou” mais um.
Só que hoje o Jason tem outro nome: Ricardo Gomes, que fez duas alterações.
Entraram Marlos e Borges.
Quem fez os gols?
Marlos e Borges.
Nota 10 para os dois, mas 10 também para o treinador.
E o Richarlyson, que fez mais uma partidaça?
Logo, logo, ele estará na seleção.
Anooooooootem!
Ele e o Ronaldo.
Anoooooooootem!
E o Goiás, que parece ter perdido um pouco do gás?
Empatou com o Coxa, em casa, por 2 a 2.
No outro jogo da tarde, Furacão e Fla ficaram no 0 a 0.
Lá pelas tantas, o técnico Antonio Lopes foi expulso.
E não é que ele foi para cima do auxiliar Altemir Hausmann e quis levá-lo preso?
Que papelão!
Lopes, que é delegado aposentado, vai levar uma bela bronca da Dona Elza!
Com um a menos por todo o segundo tempo (Índio deu um carrinho e foi expulso), o Interzaço
nem tomou conhecimento do maravilhoso Avaí.
No fim, 2 a 0.
Nem a expulsão de Bolívar, no finalzinho, fez os gaúchos tirarem o pé do acelerador.
Se Richarlyson foi o melhor do São Paulo hoje, o Magrão foi o que mais jogou na Ressacada!
Os gaúchos foram a 43 pontos, um a menos do que o Palmeiras e três a mais do que o São
Paulo.
Em quarto está o Goiás, seguido pelo Galo, que hoje levou o primeiro gol, mas virou para cima
do Santo André.
2 a 1.
Viva o Galo Mais Lindo do Mundo!
E o Fluminense, que não ganha nem com reza brava?
No RJ, o já rebaixado tricolor ficou no 1 a 1 com o Náutico.
Coitado do Flu!
Coitado do Cuca!
Em noite dos “Luízes”, Brasil vence Argentina e
carimba o passaporte para a Copa. Agora que a
disputa acabou, que tal o Dunga convocar o Ronaldo?
Maradona, durante a semana, rezou, bradou, bravateou, ameaçou.
Só esqueceu de fazer seu time jogar bola.
E a cara dele no fim da partida?
Com dois gols de Luís Fabiano e um de Luisão, fizemos 3 a 1 nos argentinos.
Mas poderia ter sido 5, 6, 10 a 1.
Viva os Luízes!
E olha que atuamos com um a menos, já que Robinho Arantes do Nascimento “não jogou”.
O engraçado é que agora ninguém mais fala mal do Dunga.
Já pensou se ele ganha a Copa?
Vai passar ao patamar de técnico top sem ter treinado nenhum time.
E o Júlio César, hein?
Que partidaça!
Semana passada eu disse que o Marcão e o Rogério Ceni deveriam ser os titulares da seleção,
mas, óbvio, estava brincando.
O Júlio César é o melhor goleiro do mundo.
Sem nenhuma dúvida!
Agora que já estamos na Copa, que tal o Dunga convocar o Ronaldo para os últimos jogos das
eliminatórias?
Badalado como Adriano e com futebol de Borges
com grife, Vágner Love volta, faz gol de pênalti bem
“mandrake” e Palmeiras, com sorte e jogando pouco,
mantém a liderança!
Ufa, que sufoco!
Deu o desfalcado Verdão por 2 a 1 em resultado bem enganoso.
O Grêmio Barueri, como quase sempre ocorre com os times pequenos, dominou a maior parte
do tempo, perdeu 200 gols e acabou sendo derrotado.
O sumido Diego Souza fez um belo gol de cabeça graças aos bons pés de Clayton Xavier e o
segundo gol saiu de um pênalti muito pouco pênalti cobrado por Vágner Love.
Verdade que foi só uma reestréia, mas o desentrosado Love não empolgou e foi uma espécie de
Borges com grife.
Mas valeu pelo resultado e o Palmeiras agora irá secar Internacional e São Paulo amanhã
dormindo hoje abraçado a 44 travesseiros verdes.
Já o Botafogo, pra variar, perdeu em Recife por 2 a 1, desta feita não foi “roubado” e o Sport
garante que não cai.
Já o Grêmio caiu dois pontos no Olímpico diante do bom Vitória de Vágner Mancini, o
vingador.
Esse Grêmio, hein?
Adora empatar ou perder jogo importante em casa em sábados à noite diante de adversário
visitante não favorito.
Mas parabéns ao Vitória, que merecia vencer.
E o Vasco?
Os 2 a 2 de Goiânia ajudaram a fazer subir o time de Dinamite e o bom Atlético Goianiense.
O destaque negativo do belo jogo do Serra Dourada foi a má arbitragem de Evandro Rogério
Roman, em má fase.
Bolão do Miltão
Funciona assim: eu dou o primeiro palpite, você vai em “comentar” e faz o mesmo.
Simples!
Argentina 2 x 1 Brasil. Está tão na cara que vai dar Argentina, mas tão na cara, mas tão na
cara, que vai dar mesmo! Será uma “guerra”. E o Maradona vencerá o Dunga, assim como ocorreu na
Copa de 90. (Argentina 1 x 3 Brasil) Errei, né? Mas a cara do Maradona ao fim da partida compensa
qualquer erro meu, não é mesmo? E viva o Dunga! E que ele convoque o Ronaldo para os últimos jogos!
Palmeiras 3 x 1 Barueri. Que Vagner Love o quê! “O cara” no Verdão é o Obina! Obina, não,
Super-Obina! Ele vai fazer o Verdão vencer mais uma e se manter na dianteira. ( Palmeiras 2 x 1
Barueri) Na mosca! Mas foi “roubado”. Se o penalti no Obina fosse a favor do Corinthians, o que iria
aparecer de “Antonio Lopes” para levar o juiz em cana…
Grêmio 1 x 2 Vitória. Lembram-se de quando o Grêmio mandou o Vagner Mancini embora só
porque ele “atacava” demais? Pois agora será o castigo! Dará Vitória! Pode anotar! (Grêmio 1 x 1
Vitória) Quase na mosca! E o Grêmio que não engrena, hein? Desse jeito, vai ter que disputar a Copa do
Brasil em 2010 e morrer de inveja do Colorado na Libertadores!
Sport 1 x 1 Botafogo. Será um jogo duro de assistir. O duelo entre o penúltimo e o
antepenúltimo. Vou ver se arrumo outra coisa para fazer nesse horário, viu? Sei lá, passear com o
cachorro, brincar com minhas netas… ( Sport 2 x 1 Botafogo) Errei, mas a culpa foi do Sport e da
torcida, que fez uma verdadeira festa. Se fosse só pelo Botafogo, teria acertado na mosca!
Atlético-PR 1 x 1 Flamengo. Sem Adriano, o Fla é como o Corinthians sem Ronaldo: perde
45,97% da força e 74,32% da graça. E o Furacão, treinado pela Dona Elza, a mulher do Antonio Lopes,
pode ficar sem Paulo Baier que, assim como o Imperador e o Fenômeno, é o destaque do time. (AtléticoPR 0 x 0 Flamengo) Acertei na mosca! Mas quem errou foi o delegado Antonio Lopes, que foi expulso e
quis levar o bandeirinha em cana. Que cena horrorosa!
Goiás 0 x 3 Coritiba. Se Coxa fez 2 a 0 no Avaí semana passada, o que fará com a outra
surpresa do campeonato? Ganhar, oras! Será um passeio! (Goiás 2 x 2 Coritiba) Errei, mas o Goiás errou
mais. Acabou o gás do time esmeraldino? Acho que sim, viu?
Cruzeiro 2 x 1 São Paulo. Vai dar Raposa, só para a torcida azul não dizer que eu só gosto do
Galo Mais Lindo do Mundo, o número 1 de Minas. E o Jason? Ah, ganhou uma “forga”. Foi viajar no
feriado de 7 de setembro. (Cruzeiro 1 x 2 São Paulo) Na mosquíssima. Se eu digo que vai ser 2 a 1 para
um, mas dá 2 a 1 para o outro, quer dizer que acertei o placar, não é mesmo? E mais uma vez o
“Mineirazzo” rebolou.
Santo André 0 x 2 Atlético-MG. É claro que o Galo vence. Depois de um ou outro resultado
ruim, o Atlético retoma o rumo. Podem anotar e me cobrar depois! (Santo André 1 x 2 Atlético-MG) Na
mosca! Não disse que o Galo ganharia? Eu sempre acerto!
Fluminense 2 x 1 Náutico. Se o jogo entre Fogão e Sport será um “desastre”, o que dizer da
partida entre o lanterna e o Timbu, o primeiro da zona de rebaixamento? Uma pena, né? O Flu já está
rebaixado! Mas, se não cair, o estreante Cuca deveria no mínimo dividir com Nossa Senhora da Glória o
título de padroeiro do Tricolor das Laranjeiras. (Fluminense 1 x 1 Náutico) Praticamente na mosca, né?
O Flu, horroroso, já caiu.
Avaí 2 x 2Internacional. Um ganha sempre (Inter). O outro venceu “trocentas” partidas
seguidas, mas tropeçou na semana passada. Que tal um belo empate? (Avaí 0 x 2 Internacional) Errei,
mas o Colorado jogou uma partidaça. Com dois a menos, não tomou conhecimento do maravilhoso Avaí.
Atlético-GO 2 x 1 Vasco. O Atlético-GO está louquinho da Silva para tomar a primeira
posição do Vasco “Olaria” da Gama. Jogo em Goiânia é sempre difícil, né? Mas o Vasco sobe. Quando
isso ocorrer, prometo transferir o título “Olaria” para o Fluminense ou para o Botafogo. (Atlético-GO 2 x
2 Vasco) Na mosca. Acertei três dos quarto gols.
Para relembrar algumas regrinhas: o blogonauta que mais acertar os resultados dos 11
jogos vai ganhar um cooler da Brahma, que enviarei para a casa do sortudo. Só valem palpites
cheios, placar 100% na mosca. Se houver empate entre 2 ou mais palpiteiros certeiros, farei um
sorteio. Os não premiados, que vierem a perder no sorteio, ganharão uma lembrança especial do
meu site www.miltonneves.com.br. Os palpites devem ser postados apenas no Blog até sábado às
16h, para todos concorrerem com 100% dos jogos. E atenção: só valerão palpites com os nomes dos
clubes, não valendo apelidos ou abreviações, ok? Ah, e só valerá um palpite por IP (o endereço de
cada computador), mas vocês podem tentar a sorte quantas vezes quiserem, valendo, repito, só o
primeiro, combinado? Boa sorte!
O vencedor da semana foi Milton Koakutsu, com cinco acertos. Parabéns a ele e obrigado
pela participação de todos!
Paulo Calçade - http://espnbrasil.terra.com.br/paulocalcade
Messi x Kaká: "Busca la diferencia"
Deixe a rivalidade e a raiva de lado, divirta-se.
Antes de Argentina x Brasil, o diário Sport, da Catalunha, comparou Messi e Kaká.
Como se fosse um clássico entre Barcelona x Real Madrid, encontrou um argentino muito
superior ao brasileiro.
Depois da inquestionável vitória em Rosário, diante de um Messi apenas esforçado, agora o
jornal procura produzir manchetes que possam confortar o jogador do Barça.
Na arte de Caye, o Sport encontrou a grande diferença. “No Barcelona é treinado por Pep
Guardiola e na Argentina por Diego Maradona”, diz o texto na charge.
Aproveite e dê suas notas para os jogadores depois da rodada das Eliminatórias.
As notas do Sport, antes do fiasco argentino, foram as seguintes:
Velocidade
- Kaká (7): Menos físico.
- Messi (10): Elétrico.
Habilidade
- Kaká (8): Combinativo.
- Messi (10): Mágico.
Visão de jogo
- Kaká (9): Inventivo.
- Messi (7): Oportunista.
Capacidade de decisão
- Kaká (9): Inteligente
- Messi (10): Letal.
Desequilíbrio
- Kaká (8): Técnico.
- Messi (10): Imparável
Projeção
- Kaká (6): Estancado.
- Messi (9): Sem limite.
Total
- Kaká (7,8): Não parece ser o líder pelo qual o Real Madrid suspira desde o adeus de Zidane,
mas elevará o nível da equipe e ser chave para Pellegrini.
- Messi (9,3): É difícil encontrar problemas no jogo de Léo Messi. É o melhor jogador mundo e
segue melhorando... Chegará até onde ele quiser.
O Flamengo está preparado para receber Zico?
A possibilidade de Zico voltar ao Flamengo é um sonho.
Ele não vai jogar, não vai assumir o time como treinador, mas pode fazer muito mais pela
instituição após deixar o CSKA.
Não vai ser fácil apaziguar a política do clube, onde parece haver mais interesse pelo poder do
que por saídas concretas para o futebol.
O Flamengo merece o topo, merece se livrar do labirinto político dos cartolas e ganhar um
gestor admirado por uma belíssima história construída dentro de campo.
E será preciso ter muita coragem para encarar mudanças radicais na maneira de administrar o
futebol.
Tomara que o Flamengo consiga perceber a oportunidade que a história lhe oferece.
Zico parece estar preparado. Mas e o Flamengo?
Faltou alguém na convocação de Dunga?
Demorou, mas foi boa a convocação de Dunga para as vagas de Luís Fabiano, Ramires, Kaká,
Robinho e Lúcio.
Diego Tardelli, Diego Souza, Cleiton Xavier e André Dias foram bem escolhidos.
O grande problema estava no banco de reservas. Havia seis jogadores, sendo dois volantes,
Lucas e Sandro. Estava desequilibrado.
O ideal seria ter como suplentes Victor, Daniel Alves, Miranda ou Juan, Lucas, Diego Souza,
Cleiton Xavier e Diego Tardelli.
Claro que não faz parte dos sonhos do treinador convocar jogadores que jamais vestiram a
camisa da seleção e colocá-los para jogar com apenas um treinamento. Mas pode acontecer desta vez.
Dunga cometeu alguma injustiça?
Quem você chamaria para a seleção?
Lembre-se que Dunga foi obrigado a chamar jogadores que atuam no Brasil.
Tudo pelo esporte
A informação oficial é a seguinte: a França apoia o Brasil para sediar os Jogos Olímpicos de
2016 e nós devolvemos a gentileza para a cidade de Annecy, candidata aos Jogos de Inverno de 2018.
Simples.
Então é isso?
Pensei que fosse também reflexo do acordo militar, o maior da história brasileira, que resultará
na compra de aviões de combate, helicópteros e submarinos, além de uma importante transferência de
tecnologia para o nosso país.
Não vou discutir a segurança do Brasil nem os R$ 30 bilhões que gastaremos com os
brinquedinhos de guerra franceses.
Mas é óbvio que o esporte entrou no pacote, aquilo que muita gente costuma definir como um
“plus a mais”.
História de amor e profisionalismo
São números superlativos: 861 partidas, 19 anos de clube.
Isso mesmo, Rogério Ceni veste a mesma camisa há quase duas décadas.
É um caso raro, principalmente no futebol atual, repleto de oportunidades
Mas não deve ser visto como um exemplo a ser perseguido.
Uma relação tão duradoura simplesmente acontece, não pode ser programada, por mais
dedicação que ela receba das duas partes.
Rogério é um caso especial. É importante refletir sobre o que leva um jogador a ficar tanto
tempo sob o mesmo travessão.
Trata-se de um sujeito extremamente profissional e bem articulado. Sabe o que quer e onde
pisa.
É uma data para ser comemorada.
Argentina x Brasil ou Barcelona x Real Madrid?
Para boa parte da imprensa espanhola, Argentina x Brasil é uma extensão da rivalidade Real
Madrid x Barcelona.
O jornal Sport, da Catalunha, fez uma comparação entre Messi e Kaká, protagonistas do
confronto deste sábado.
É claro que deu Messi, como daria Kaká se a comparação tivesse sido feita em Madrid.
Faz sentido, é a rivalidade que move o futebol. E que sustenta a semana na Espanha, sem seus
principais jogadores, cedidos para as seleções.
No final do “estudo” do Sport, Messi ganhou nota 9,3 e Kaká 7,8.
O argentino venceu tudo na última temporada com o Barcelona. Com a ótima equipe do
Barcelona.
Já com a seleção não foi bem, ao contrário de Kaká, enroscado na ruindade do Milan e
campeão da Copa das Confederações com o Brasil.
O talento faz toda a diferença, mas não se pode esquecer que o futebol ainda é um esporte
coletivo.
A Argentina estaria bem melhor nas Eliminatórias se tivesse Piqué, Daniel Alves, Xavi,
Iniesta, Eto'o e Henry, os ótimos companheiros de Messi no Barça.
Vale a brincadeira.
Veja a análise do Sport :
Velocidade
- Kaká (7): Menos físico. Não é muito rápido na hora de executar os movimentos, mas é capaz
de pensar o que fazer em centésimos. Não é um jogador explosivo, mas é o suficiente para sua posição.
- Messi (10): Elétrico. É um de seus pontos mais fortes, já que é capaz de correr muito rápido
com a bola quase grudada aos pés. Além disso, se destaca ainda mais quando os espaços são muito curtos.
Habilidade
- Kaká (8): Combinativo. Sua habilidade é maior parado, onde se desenvolve com maestria.
Domina o jogo de toque, mas não se esbanja muito no drible e destaca mais como passador.
- Messi (10): Mágico. Vê-lo jogar é um espetáculo, domina à perfeição todos os dribles. Não
costuma fazer firulas e normalmente aposta pela praticidade. É um prodígio de coordenação e talento.
Visão de jogo
- Kaká (9): Inventivo. É possivelmente sua maior virtude. Em sua posição, domina todos os
espaços e percebe com rapidez a situação de seus companheiros. É muito rápido e vê as jogadores antes
que todos.
- Messi (7): Oportunista. Costuma finalizar e não recorre em excesso ao passe, ainda que
domine esta qualidade mais que qualquer atacante, como demonstrou na Supercopa da Europa com sua
assistência a Pedro.
Capacidade de decisão
- Kaká (9): Inteligente. Não é tão decisivo como Messi, mas sua experiência o ajuda a saber o
que fazer em cada momento. E... poucas vezes erra, ainda que às vezes passe um pouco despercebido.
- Messi (10): Letal. Sabe carregar a equipe nas costas nos momentos decisivos, apesar de sua
juventude. Nunca se esconde e sempre mira o gol adversário, mesmo quando o físico começa a falhar.
Desequilíbrio
- Kaká (8): Técnico. Por não ser tão veloz, às vezes pode ser mais previsível. Apesar disso,
suas enormes qualidades técnicas lhe permitem sair bem de situações complicadas. É o meia-atacante
total.
- Messi (10): Imparável. É o jogador mais desequilibrante do planeta. Imparável no um contra
um, é um martírio para as cinturas dos rivais. Cada temporada, suas ações valem pontos e... títulos.
Projeção
- Kaká (6): Estancado. Tocou o céu na temporada 2006/07, quando levou todos os prêmios
individuais e ganhou a Champions League com o Milan. Contudo, com seus 27 anos, parece não
conseguir mais.
- Messi (9): Sem limite. Com apenas 22 anos, segue crescendo como jogador. A última
temporada foi a melhor de sua carreira e ainda é capaz de mais. Seu futuro depende dele mesmo... de sua
força mental.
Total
- Kaká (7,8): Não parece ser o líder pelo qual o Real Madrid suspira desde o adeus de Zidane,
mas eleverá o nível da equipe e ser chave para Pellegrini.
- Messi (9,3): É difícil encontrar problemas no jogo de Léo Messi. É o melhor jogador mundo e
segue melhorando... Chegará até onde ele quiser.
Preocupadas com a administração dos clubes,
Fifa e Uefa começam a agir
A Fifa proibiu o Chelsea de contratar jogadores até janeiro de 2011. É a punição pelo clube
inglês ter aliciado o atacante francês Gael Katuka, de 18 anos, que deixou o Lens em 2007.
O Chelsea vai recorrer e o caso ainda deverá render novos capítulos.
O que chama a atenção nessa história é o interesse das entidades de administração do futebol
em colocar ordem nos clubes.
E vem mais por aí. Em dez dias o conselho executivo da Uefa deve aprovar o conceito de "fair
play financeiro", cujo objetivo é “melhorar a justiça financeira nas competições europeias e a estabilidade
a longo prazo do futebol de clubes”, explica a entidade dirigida por Michel Platini.
Com a medida, os clubes serão obrigados a equilibrar suas contas e a honrar seus
compromissos. A Uefa entende que conseguirá estimular investimentos a longo prazo e brecar a
especulação financeira no mundo do futebol.
É muito cedo para garantir que vai dar certo, que o futebol abrirá suas contas e
atingirá o equilíbrio.
Timidamente, porém, as ideias da boa gestão começam a ganhar espaço também no Brasil.
Com o poder que tem, a Fifa pode ajudar decisivamente o futebol brasileiro, expandindo os
conceitos da Uefa para as outras confederações.
Só será possível com o empenho das principais associações nacionais. Nossos clubes já
perceberam que do jeito que está a bomba vai explodir. Se é que já não explodiu.
Jogada espetacular define o clássico
O gol no início do segundo tempo foi um presente.
Na bola parada, depois de um primeiro tempo ruim, o Santos tinha o controle do placar, mas
não do jogo.
O time de Luxemburgo não soube se posicionar para enfrentar a pressão do Corinthians.
Recuou muito e permitiu ao adversário jogar, procurar os lados do campo com perigo
constante.
Madson, Robson, Neymar e Paulo Henrique Ganso decepcionaram.
O gol da virada foi um primor de jogada, de bola parada, aparentemente resultado de muito
treinamento.
Mano desfez o encanto ao revelar que a jogada foi executada sem seus atores principais, como
o lateral Marcinho.
Deu certo, premiou o time mais interessado na vitória.
O Corinthians finalizou 22 vezes, contra sete do Santos.
O drama de Maradona
Um clássico como Argentina x Brasil não precisa de explicação.
Não existe amistoso entre grandes rivais, entre dois dos mais importantes
países da história do futebol.
Mas esta partida é especial. Além da rivalidade, os argentinos precisam da
vitória para fugir do perigoso quarto lugar das Eliminatórias.
Restam quatro rodadas para o encerramento da competição.
O time de Messi possui campanha desequilibrada: 81% de aproveitamento em
casa, perigo para Dunga, e apenas 24% como visitante, vexame para Maradona.
A única vitória fora aconteceu no dia 16 de outubro de 2007, 2 a 0 sobre
a Venezuela.
Além do Brasil, a Argentina enfrenta o Peru em casa. Três pontos garantidos.
O problema está nas partidas fora: Paraguai e Uruguai.
Os uruguaios podem terminar esta rodada dupla com vitórias sobre o Peru e a
Colômbia. Saltariam para 24 pontos e pegariam Maradona na última rodada, depois do
Equador. Pode ser final de Copa do Mundo.
Cheiro de repescagem no ar? Cuidado, Diego!
Seria um dos maiores vexames da história. Ainda mais para um deus.
É o drama de Maradona.
Perigoso.
Classificação:
1 - Brasil - 27 pontos
2 - Chile – 26
3 - Paraguai – 24
4 - Argentina – 22
5 - Equador – 20
6 - Uruguai – 18
7 - Colômbia – 17
8 - Venezuela – 17
9 - Bolívia – 12
10 - Peru – 7
Aproveitamento como mandante:
1 – Paraguai – 83%
2 – Argentina – 81%
3 – Brasil – 71%
4 – Equador – 62,5%
5 – Chile – 62% (saldo de 5 gols)
6 – Colômbia – 62% (saldo de 3 gols)
7 – Uruguai – 57%
8 – Bolívia – 52%
9 – Venezuela – 48%
10 – Peru – 33%
Aproveitamento como visitante:
1 – Chile – 62%
2 – Brasil – 57%
3 – Paraguai – 37,5%
4 – Venezuela – 33%
5 – Uruguai – 29%
6 – Equador – 28%
7 – Argentina – 24%
8 – Colômbia – 19%
9 – Bolívia – 5%
10 – Peru – 0%
Próximos jogos :
Chile x Venezuela
Peru x Uruguai
Paraguai x Bolívia
Colômbia x Equador
Argentina x Brasil
Uruguai x Colômbia
Brasil x Chile
Bolívia x Equador
Paraguai x Argentina
Venezuela x Peru
Argentina x Peru
Bolívia x Brasil
Equador x Uruguai
Colômbia x Chile
Venezuela x Paraguai
Uruguai x Argentina
Brasil x Venezuela
Paraguai x Colômbia
Chile x Equador
Peru x Bolívia
Cuca é a solução?
Sai Renato, entra Cuca.
A cada rodada, o clube fica mais próximo do rebaixamento para a Série B.
A situação é resultado de vários fatores: má gestão, dupla administração do futebol e
contratações equivocadas.
A 16 partidas do encerramento do Campeonato Brasileiro, não há mais tempo para consertar
todos os problemas.
A crise é profunda e o desespero toma conta do Fluminense.
Para Renato foi um alívio.
Para Cuca, desde que o contrato termine ao final de 2010, talvez tenha sentido.
Salvar o time do rebaixamento será um milagre.
O Fluminense precisa de alguém que lhe devolva um pouco de futebol e produza uma profunda
mudança no comportamento psicológico nos jogadores.
Diante desse quadro, Cuca não parece a melhor escolha.
Não é tarefa fácil. para ninguém.
O torcedor não merece ver seu clube moído pela insensatez dos cartolas e suas briguinhas pelo
poder.
PVC - http://espnbrasil.terra.com.br/pvc/
Informações e palpites da 24ª rodada
SÃO PAULO x AVAÍ
Sábado, Morumbi, 18h30
SÃO PAULO – Problemas – Hernanes (machucado), Richarlyson (terceiro cartão), André Dias
(terceiro cartão) – Time provável (3-4-1-2) – Rogério, Miranda, Renato Silva e Rodrigo; Jean, Arouca,
Jorge Wágner e Júnior César; Marlos; Borges e Dagoberto. Técnico: Ricardo Gomes
AVAÍ – Problemas – Nenhum – Time provável (3-4-1-2) – Eduardo Martini, Rafael, Émerson,
Augusto; Luís Ricardo, Ferdinando, Léo Gago e Eltinho; Marquinhos e Muriqui; William. Técnico: Silas
CURIOSIDADE – As duas equipes nunca se enfrentaram pelo Brasileirão, no Morumbi.
PALPITE – São Paulo
ARBITRAGEM – Leandro Vuaden (RS); Altemir Hausmann, Marcelo Bertanha Barison
FLAMENGO x SPORT
Sábado, Maracanã, 18h30
FLAMENGO – Problemas – Williams (expulso), Juan (machucado) – Time provável (3-4-1-2)
– Bruno, Álvaro, Ronaldo Angelim e Aírton; Leonardo Moura, Lenon, Maldonado e Everton; Petkovic;
Dênis Marques e Adriano. Técnico: Andrade
SPORT – Problemas – Luciano Henrique (terceiro cartão), Andrade (terceiro cartão), Igor
(terceiro cartão) – Time provável (4-3-1-2) – Magrão, Élder Granja, Juliano, Durval e Dutra; Sandro
Goiano, Zé Antônio, Fabiano e Paulinho; Arce e Wilson. Técnico: Péricles Chamusca
CURIOSIDADE – Ano passado, gol de Vandinho no último minuto deu vitória ao Flamengo
no Maracanã por 2 x 1.
PALPITE – Flamengo
ARBITRAGEM – André Luís de Freitas Castro (GO); Cristian Passos Sorence,
NIlson de Souza Monção
SANTOS x SANTO ANDRÉ
Domingo, Vila Belmiro, 16h
SANTOS – Problemas – Paulo Henrique Ganso (seleção sub-20) – Time provável (4-2-3-1) –
Felipe, George Lucas, Fabão, Eli Sabiá e Léo; Émerson e Rodrigo Souto; Alan Patrick, Felipe Azevedo e
Mádson; Kléber Pereira. Técnico: Vanderlei Luxemburgo
SANTO ANDRÉ – Problemas – Nunes (terceiro cartão), Wanderlei (terceiro cartão) – Time
provável (4-3-1-2) – Júlio César, Rômulo, Cesinha, Arthur e Gustavo Nery; Fernando, Ricardo
Conceição, Sidnei e Júnior Dutra; Marcelinho e Rodrigo Fabri. Técnico: Sérgio Soares
CURIOSIDADE – No Paulistão, vitória do Santos por 3 x 0, na Vila Belmiro.
PALPITE – Santos
ARBITRAGEM – Paulo César de Oliveira (SP); Ednílson Corona, Émerson Augusto de
Carvalho
INTERNACIONAL x CRUZEIRO
Domingo, Beira Rio, 16h
INTERNACIONAL – Problemas – Giuliano (seleção sub-20), Índio (expulso), Bolívar
(expulso), Índio (expulso) – Time provável (4-3-1-2) – Lauro, Danilo Silva, Sorondo, Fabiano Eller e
Kléber; Sandro, Magrão, Guiñazú e D’Alessandro; Taison e Alecsandro. Técnico: Tite
CRUZEIRO – Problemas – Wellington Paulista (machucado), Athirson (machucado), Kléber
(machucado), Fabinho (machucado), Jancarlos (machucado), Léo Fortunato (machucado), Thiago Heleno
(machucado, dúvida) – Time provável (4-3-1-2) – Fábio, Patrick, Leonardo Silva, Cláudio Caçapa e
Diego Renan; Fabrício, Henrique, Marquinhos Paraná e Gilberto; Guerrón e Thiago Ribeiro. Técnico:
Adílson Batista
CURIOSIDADE – O Cruzeiro não vence no Beira Rio desde 2002, quando ganhou por 1 x 0,
gol de Luisão.
PALPITE – Internacional
ARBITRAGEM – Paulo Henrique Bezerra (SC); Kléber Lúcio Gil, Claudemir Maffessoni
VITÓRIA x PALMEIRAS
Domingo, Barradão, 16h
VITÓRIA – Problemas – Magal (expulso), Ânderson Martins (machucado) – Time provável
(4-3-1-2) - Viáfara, Apodi, Fábio Ferreira, Wallace e Leandro; Vânderson, Uellinton e Carlos Alberto;
Leandro Domingues; Neto Berola e Roger. Técnico: Vágner Mancini
PALMEIRAS – Problemas – Diego Souza (terceiro cartão) – Time provável (3-4-1-2) –
Marcos, Maurício, Danilo e Marcão; Wendell, Souza, Edmílson e Armero; Cleiton Xavier; Vágner Love
e
Obina.
Técnico:
Muricy
Ramalho
CURIOSIDADE – No Barradão, em 2003, Vágner Love marcou seu primeiro gol pelo Palmeiras.
PALPITE – Empate
ARBITRAGEM – Sandro Meira Ricci (DF); Carlos Berkenbrock, Ênio Ferreira de Carvalho
ATLÉTICO MINEIRO x ATLÉTICO PARANAENSE
Domingo, Mineirão, 16h
ATLÉTICO MINEIRO – Problemas – Aranha (machucado), Wélton Felipe (machucado), Éder
Luís (machucado), Carini (sem condição legal), Márcio Araújo (sem condição física) – Time provável (34-1-2) – Bruno, Jonílson, Jorge Luís e Werley; Coelho, Carlos Alberto, Correa e e Thiago Feltri;
Evandro; Rentería e Diego Tardelli. Técnico: Celso Roth
ATLÉTICO PARANAENSE – Problemas – Rafael Miranda (emprestado), Rhodolfo
(machucado) – Time provável (3-4-1-2) – Gallatto, Manoel, Nei e Chico; Wesley, Valencia, Fransérgio e
Márcio Azevedo; Paulo Baier; Marcinho e Alex Mineiro. Técnico: Antônio Lopes
CURIOSIDADE – Em 1996, os dois Atléticos fizeram uma das quartas-de-final do Brasileirão.
O Atlético Paranaense havia terminado a primeira fase em quarto lugar, o Galo em quinto. O Atlético
Mineiro se classificou com vitória por 3 x 1 e derrota por 1 x 0.
PALPITE – Atlético Mineiro
ARBITRAGEM – Pablo dos Santos Alves (RJ); Erich Bandeira, Edinei Mascarenhas
BARUERI x GOIÁS
Domingo, Arena Barueri, 18h30
BARUERI – Problemas – Otacílio Neto (terceiro cartão), Everton (julgamento na sexta, no
STJD, dúvida) – Time provável (3-4-1-2) – Renê, André Luís, Leandro Castan e Xandão; Marcos
Pimentel, Ralf, Everton e Márcio Careca; Thiago Humberto; Flavinho e Val Baiano. Técnico: Diego Cerri
GOIÁS – Problemas – Rafael Tolói (seleção sub-20), Douglas (seleção sub-20) – Harlei,
Leandro Eusébio, Valmir Lucas e Ernando; Vítor, Amaral, Everton e Júlio César; Fernandão; Iarley e
Felipe. Técnico: Hélio dos Anjos
CURIOSIDADE – É o primeiro jogo da história entre as duas equipes, em Barueri.
PALPITE – Empate
ARBITRAGEM – Francisco Carlos Nascimento (AL), Márcio Eustáquio
NÁUTICO x GRÊMIO
Domingo, Aflitos, 18h30
NÁUTICO – Problemas – Nilson (terceiro cartão), Juliano (machucado), Fernando
(machucado), Ânderson Lessa (machucado) – Time provável (3-4-1-2) – Glédson, Asprilla, Cláudio Luís
e Márcio; Patric, Derlei, Rudinei e Michel; Aílton; Carlinhos Bala e Acosta. Técnico: Geninho
GRÊMIO – Problemas – Nenhum - Time provável Victor, Mário Fernandes, Rafael Marques,
Réver e Lúcio; Adílson, Fábio Rochemback, Túlio e Tcheco; Souza e Máxi López. Técnico: Paulo
Autuori
CURIOSIDADE – Depois da Batalha dos Aflitos, o Grêmio não perdeu mais na casa do
Náutico. Venceu por 2 x 0 em 2007 e empatou por 1 x 1 em 2008.
PALPITE – Náutico
ARBITRAGEM – Wilson Luís Seneme (SP); Gílson Bento Coutinho, Ivan Carlos Bohn
BOTAFOGO x FLUMINENSE
Domingo, Engenhão, 18h30
BOTAFOGO – Problemas – Castillo (voltando da seleção), Wellington (terceiro cartão) –
Time provável (3-4-1-2) – Jéferson, Juninho, Émerson e Teco; Alessandro, Leandro Guerreiro, Jonatas e
Eduardo; Lúcio Flávio; Reinaldo e André Lima. Técnico: Estevam Soares
FLUMINENSE – Problemas – Fred (machucado), Ezequiel González (sem documentação,
dúvida), Marquinho (terceiro cartão) – Time provável (4-3-1-2) – Rafael, Ruy, Gum, Luís Alberto e Paulo
César; Diogo, Diguinho, Ezequiel González e Conca; Alan e Adeílson. Técnico: Cuca
CURIOSIDADE – Nos três últimos clássicos, uma vitória para cada lado por 1 x 0 e um
empate.
PALPITE – Botafogo
ARBITRAGEM – Rodrigo Nunes de Sá (RJ), Dibert Pedrosa Moisés, Marco Aurélio dos
Santos
VASCO x PARANÁ
Sexta-feira, Série B, São Januário, 21h
VASCO – Problemas – Carlos Alberto (expulso), Aloísio (machucado), Alex Teixeira (seleção
sub-20), Souza (seleção sub-20) – Time provável (4-2-2-2) – Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vilson, Gian
e Ramon; Mateus, Nílton, Alan e Phillipe Coutinho; Robinho e Élton. Técnico: Dorival Júnior
PARANÁ – Problemas – Nenhum – Time provável (3-5-2) – Zé Carlos, Dedimar, Montoya e
Freire; Marcelo Toscano, Adoniran, Luís Henrique, Davi e Márcio Goiano; Rafinha e Wellington Silva.
Técnico: Ageu
CURIOSIDADE – Há dois anos, o Paraná caiu em São Januário, numa derrota por 3 x 0 para o
Vasco.
PALPITE – Vasco
ARBITRAGEM – Jaílson Macedo de Freitas (BA); Luís Carlos Silva Teixeira, Ádson Márcio
Lopes Leal
Nilmar ou Daniel Alves? Qual deles merece ser
titular?
Tá bom, tá bom...
Nilmar foi o melhor em campo. Fez três gols e participou de outro, roubando a bola e
entregando a Daniel Alves, que ofereceu o passe a Júlio Baptista.
Mas e Daniel Alves?
O que jogou o bom baiano com a camisa 7 foi uma enormidade.
Nos dois casos, achados de Dunga.
Daniel sempre foi lateral na Europa, depois de ter sido campeão mundial sub-20 em 2003 pela
Seleção Brasileira também na lateral direita. Verdade que um lateral diferente de Maicon.
Daniel entra em diagonal, como se fosse um meia. E foi isso o que pode ter dado a Dunga a
ideia de lançá-lo no meio-de-campo na partida contra a Argentina, na final da Copa América de 2007.
Contra o Chile, Dunga teve a sacada de escalar de novo Daniel Alves, mais pela bola que tem
jogado do que por estar na Bahia.
E difícil será tirá-lo da equipe daqui por diante.
Daniel como reserva de Maicon é solução. Nada como uma posição com titular e reserva. Mas
dá para deixá-lo de fora jogando o que jogou? Não dá!
Então, Daniel deve ser o novo titular de Dunga. Ele está merecendo jogar, como disse Dunga a
respeito de Luisão.
Felipe Mello, que vinha merecendo jogar, não vai ficar de fora. Mas que merecia, ah merecia.
Pelo cartão vermelho estúpido que levou e prejudicou o time. Pelo toque de calcanhar
medonho que quase permitiu a Alexis Sanchez marcar para os chilenos.
E Nilmar... Bem, Nilmar vai fazer Robinho se coçar. Ser titular ainda me parece uma questão
para discutir em outros jogos.
Tango nas Eliminatórias
A divisão entre o ataque e a defesa da Argentina é gritante. São dois setores estanques. O ritmo
que Verón impunha no meio-de-campo, em Assunção, até ser expulso, era o inverso da velocidade de
Messi e Aguero, quando a bola chegava à frente.
O meio-de-campo cá atrás.
O ataque lá na frente.
E assim começou a haver ligação direta, depois de um início de bom trabalho de posse de bola
dos argentinos.
Falta
estratégia
e,
quando
isso
acontece,
parecem
faltar
jogadores
também.
Fosse no Brasil, alguém estaria contestando a qualidade de Daniel Alves, Nilmar, Júlio Baptista. Na
Argentina,
não
há
como
discutir
o
talento
de
Messi,
Verón,
Aguero.
Há como discutir a maturidade para ser apontado como o melhor do mundo, isso sim. Se Messi não faz o
time girar em torno de si, como ser eleito o melhor do planeta num ano em que fracassa na missão de
levar
Mesmo
seu
assim,
está
time
claro
que
à
o
problema
Copa
da
Argentina
do
não
é
Mundo?
falta
de
jogador.
Mais claro está que técnico pode não fazer diferença. Mas não ter um faz uma falta desgraçada.
Principalmente quando a intenção é a escolha apenas para jogar para a galera.
Trabalhar é muito mais importante do que dar satisfação.
Capello pode classificar ingleses com melhor
desempenho da história
A Inglaterra só precisa de um empate contra a Croácia nesta quarta-feira, para
garantir a classificação para sua 13a Copa do Mundo. Parece ser menos do que a
obrigação, mas não é. Há dois anos, a Inglaterra terminava em terceiro lugar um grupo
que classificou russos e croatas para a Eurocopa. O fiasco causou a demissão do técnico
Steve McLaren e a contratação de Fabio Capello.
McLaren, com 57% de aproveitamento, era o penúltimo pior técnico da história
do English Team, em números.
Fabio Capello, hoje, é o melhor.
São 17 partidas, com 13 vitórias, dois empates e duas derrotas, ou 80% de
aproveitamento. Nesse período, Wayne Rooney é o goleador, com 10 gols.
Em todos os tempos, o melhor aproveitamento pertencia a Alf Ramsey,
campeão mundial como treinador em 1966. Em segundo lugar, Glenn Hoddle, que
dirigiu a equipe entre 1996 e 1998 e acumulou 69% de aproveitamento, índice idêntico
ao de Ramsey.
Abaixo, confira o aproveitamento de todos os 12 treinadores da Inglaterra.
Kevin Keegan tem o pior aproveitamento:
1. Fábio Capello - 17j, 13v, 2e, 2d, 80% (desde 2008)
2. Alf Ramsey - 113j, 69v, 27e, 17d, 69% (1963 a 1974)
3. Glenn Hoddle - 28j, 17v, 6e, 5d, 69% (1996 a 1998)
4. Sven Goran Eriksson - 67j, 40v, 17e, 10d, 68% (2001 a 2006)
5. Ron Greenwood - 55j, 33v, 12e, 10d, 67% (1977 a 1982)
6. Terry Venables - 24j, 11v, 11e, 2d, 61% (1994 a 1996)
7. Bobby Robson - 95j, 47v, 30e, 18d, 60% (1982 a 1990)
8. Graham Taylor - 38j, 18v, 13e, 7d, 58,7% (1990 a 1993)
9. Don Revie - 29j, 14v, 8e, 7d, 57% (1974 a 1977)
10. Steve Mclaren - 18j, 9v, 4e, 5d, 57% (2006 a 2007)
11. Joe Mercer - 7j, 3v, 3e, 1d, 57% (1974)
12. Kevin Keegan - 18j, 7v, 7e, 4d, 51% (1999 a 2000)
Com Diego Souza, Cleiton Xavier e André Dias,
Dunga chega a 81 convocados
Com as convocações de Diego Souza, Cleiton Xavier e André Dias, o número de chamados por
Dunga chega a 81. Não é um exagero, como pode parecer, porque os 81 nomes dividem-se por 23
convocações e 47 jogos. A comparação é com Diego Maradona, que chamou 58 jogadores para 9
partidas.
Dos 81 chamados, 20 não entraram em campo.
Aos nomes que parecem absurdos, como Bobô, do Besiktas, pense de um ponto de vista
positivo. Desistir de vários dos nomes citados é também um mérito num trabalho de longo prazo, como o
que Dunga tem realizado.
Abaixo, os convocados por Dunga e seu número de jogos:
SOMA DAS CONVOCAÇÕES DE DUNGA – 81 jogadores
Goleiros (9)
Gomes – 5 convocações, 4 jogos, - 2 gols
Hélton – 6 convocações, 4 jogos - - 4 gols
Júlio César – 17 convocações, 30 jogos, -20 gols
Doni – 11 convocações, 9 jogos, - 6 gols
Diego Alves – 2 convocações
Renan – 2 convocações
Cássio – 1 convocação
Fábio – 1 convocação
Victor – 2 convocações
Laterais-direitos (6)
Cicinho – 3 convocações, 2 jogos
Maicon – 21 convocações, 38 jogos, 4 gols
Daniel Alves – 20 convocações, 26 jogos, 3 gols
Ilsinho – 1 convocação, 1 jogo
Rafinha – 4 convocações, 2 jogos
Leonardo Moura – 1 convocação, 1 jogo
Laterais-esquerdos (9)
Gilberto – 10 convocações, 23 jogos
Marcelo - 11 convocações, 7 jogos, 1 gol, 1 corte
Felipe Luís – 2 convocações
Adriano – 4 convocações, 3 jogos
Kléber – 12 convocações, 12 jogos, 1 gol
Carlinhos – 1 convocação
Richarlyson – 2 convocações, 2 jogos
Juan Maldonado (Flamengo) – 2 convocações, 2 jogos
André Santos (Corinthians) – 3 convocações, 7 jogos
Zagueiros (14)
Lúcio – 21 convocações (1 corte), 31 jogos, 2 gols
Juan – 21 convocações, 30 jogos, 5 gols
Luisão – 15 convocações (1 corte), 18 jogos, 2 gols
Alex – 16 convocações, 13 jogos
Gladstone – 2 convocações
Naldo – 8 convocações, 4 jogos
Edu Dracena – 2 convocações, 2 jogos
Alex Silva – 7 convocações, 2 jogos
Thiago Silva – 5 convocações, 4 jogos
Miranda – 6 convocações, 2 jogos
Breno – 1 convocação
Léo – 1 convocação
Henrique – 1 convocação, 1 jogo
André Dias (São Paulo) – 1 convocação
Volantes (13)
Gilberto Silva – 21 convocações, 42 jogos
Edmílson – 6 convocações (1 corte), 6 jogos
Dudu Cearense – 6 convocações, 8 jogos
Jonatas – 1 convocação
Mineiro – 10 convocações, 23 jogos
Lucas – 7 convocações, 4 jogos
Tinga – 2 convocações, 2 jogos
Fernando – 6 convocações, 4 jogos
Josué – 18 convocações, 26 jogos, 1 gol – 1 corte
Sandro – 1 convocação
Hernanes – 3 convocações, 1 jogo
Kléberson – 2 convocações, 4 jogos
Felipe Mello – 5 convocações. 12 jogos, 2 gols
Meias (15)
Júlio Baptista – 16 convocações, 23 jogos, 4 gols
Elano – 21 convocações, 34 jogos, 6 gols
Morais – 1 convocação
Wagner – 1 convocação
Kaká – 20 convocações, 30 jogos, 13 gols – 2 cortes
Ronaldinho Gaúcho – 13 convocações, 20 jogos, 5 gols
Diego – 14 convocações, 21 jogos, 2 gols
Ânderson – 10 convocações (1 corte), 7 jogos
Thiago Neves – 2 convocações,. 1 jogo
Zé Roberto – 1 convocação (1 corte)
Mancini – 2 convocação, 3 jogos
Alex – 2 convocações, 2 jogos
Ramires – 3 convocações, 8 jogos
Diego Souza – 1 convocação
Cleiton Xavier – 1 convocação
Atacantes (15)
Robinho – 23 convocações, 46 jogos, 15 gols
Fred – 6 convocações, 6 jogos, 1 gol
Vagner Love – 10 convocações, 19 jogos, 4 gols
Daniel Carvalho – 4 convocações, 4 jogos, 2 gols
Rafael Sóbis – 11 convocações, 8 jogos, 1 gol
Ricardo Oliveira – 2 convocações, 2 jogos
Adriano – 7 convocações, 9 jogos, 2 gols
Afonso – 4 convocações (1 corte), 7 jogos, 1 gol
Jô – 3 convocações, 3 jogos
Bobô – 1 convocação
Luís Fabiano – 12 convocações (1 corte), 21 jogos, 19 gols
Pato – 7 convocações – 1 corte, 7 jogos, 1 gol
Nilmar – 4 convocações, 3 jogos, 1 gol
Diego Tardelli – 2 convocações, 1 jogo, 0 gol
Amauri – 1 convocação (não houve liberação)
Um dia depois da derrota, na Argentina
Não havia voo de volta de Rosário para São Paulo no domingo, o que provocou a decisão de
passar o domingo na Argentina. Bom para perceber a reação dos argentinos à vitória brasileira.
Incrível como somos parecidos.
Tudo aquilo que dizemos que eles são melhores do que nós, eles nos julgam melhores do que
eles.
Ambos exportam jogadores, mas os deles têm mais gana de jogar pela seleção?
Eles pensam o inverso. Como nós revelamos jogadores ao acaso e eles planejam o lançamento
de jovens talentos? Eles pensam o contrário.
Hoje, no entanto, é lugar comum, lá e cá, que o Brasil tem uma seleção mais formada do que a
argentina. Mas é senso comum também que a Argentina tem grandes atacantes e péssimos zagueiros.
Nas mesas redondas deste domingo, dizem que o Brasil postou-se para contra-atacar e a
Arbentina não soube se defender.
Ora, isso era óbvio na segunda-feira passada, não neste domingo.
Eis que surge o ponto que ninguém toca.
Maradona não é técnico.
Mas mesmo antes dele, com Basile, havia um problema em que os argentinso não tocam. Eles
dizem que jogaram bem -- até os 25 minutos é aceitávei pensar assim -- que tiveram mais posse de bola,
que dificultaram a vida do Brasil. O fato é que, com Maradona e antes com Basile, a Argentina tem posse
de bola e nennuma penetração.
Não é de hoje.
Basta lembrar do 1 x 1 com o Equador no Monumental de Nuñez -- gol de Palacio no último
minuto -- ou do 1 x 0 sobre a Colômbia -- gol de Díaz no finalzinho.
Eles têm talento... Mas não entram na área adversária.
Então, o problema não é ter bons jogadores no ataque e maus jogadores na defesa. É não ter
estratégia.
Assim, a Argentina corre risco, sim, de não ir á Copa, como aconteceu em 1970.
Ah, dizem os que apoiam a decisão de jogar em Rosário, em vez de Buenos Aires: "Em Nuñez,
o público da seleçao é diferente do de clube. Só aplaude quando estamos ganhando, não apoia quando
jogamos mal. "Olha nós outra vez dizendo que no Brasil a torcida da Seleção é uma torcida de vôlei
Brasil e Argentina são o mesmo país.
A classificação mais fácil da história. Mérito de
uma Seleção valente
A classificação mais fácil da história da Seleção Brasileira. É isso mesmo, porque nunca antes
a Seleção havia se classificado ainda com três jogos para disputar.
Mérito, claro, tem a ver com Dunga, que montou um time equilibrado, que sabe se defender,
contra-atacar e esfricar um adversário que preferia inflamar o jogo.
A classificação em Rosário tem a ver também com a crise argentina, A seleção de Maradona
não consegue abrir espaços nas defesas rivais, a não ser que Messi o faça a fórceps, ou melhor, a dribles.
É pouco.
O Brawsl chamou mais seu adversário para seu campo do que precisava,em agluns momentos.
A classificação mais fácil da história e a maior vitória em território argentino em 50 anos não podem ser
desconsideradas.
Mérito
de
Luisão,
Luís
Fabiano,
Kaká,
o
melhor
do
mundo.
Mérito também de Dunga, é claro.
A escolha de Elano, o líder de assistências da era
Dunga
Dos 97 gols da era Dunga, 9 saíram de passes de Elano.
A importância do meia do Galatasaray é notada desde o segundo jogo de Dunga, aquele contra
a
Argentina,
no
estádio
Emirates,
Na vitória por 3 x 0, Elano fez gol
Na sequência, virou titular do lado direito. Perdeu lugar durante um pedaço da Copa América e
nas partidas recentes da Copa das Confederações, quando foi substituído por Ramires.
Ramires começou bem, mas foi caindo de produção.
Daí, nada mais natural do que o retorno de Elano à condição de titular.
Ele é o líder de assistências, com seus nove passes decisivos com Dunga no comando.
Abaixo, você vê os outros passadores da Seleção de Dunga:
ASSISTÊNCIAS
Elano – 9 gols
Ronaldinho Gaúcho – 6 gols
Robinho – 6 gols
Vagner Love – 4 gols
Maicon – 5 gols
Kaká – 4 gols
Gilberto – 3 gols
Luís Fabiano – 1 gol
Diego – 1 gol
Kléber – 1 gol
Marcelo – 1 gol
Daniel Alves – 2 gols
O Brasil com três atacantes? Não é a cara de
Dunga
Há três hipóteses para Dunga escalar Robinho, Luís Fabiano e Adriano juntos na primeira
prática da Seleção Brasileira:
1.
Quer escalar os três juntos.
2.
Quer confundir e assustar os argentinos com o nome de Adriano.
3.
A ausência de vários jogadores fez Dunga mesclar as duas primeiras opções e assustar os
argentinos.
É muito difícil que Dunga escale os três atacantes juntos e isso porque sua equipe ganhou
corpo jogando as partidas mais fáceis e mais difíceis num mesmo sistema tático, com Robinho partindo
do meio-de-campo pela esquerda para se juntar a Luís Fabiano, com Elano - ou Ramires, ou Daniel Alves
-- completando o meio-de-campo pela direita.
É o 4-2-3-1 que produziu a maior invencibilidade de um treinador à frente da Seleção
Brasileira -- 17 jogos. Entre 1993 e 1997, o Brasil ficou 35 jogos sem perder, mas com Parreira primeiro e
Zagallo depois.
Por que, então, Dunga não escalou nem Ramires, nem Elano, nem Daniel Alves?
Elementar, meu caro Maradona.
Porque nenhum deles participou do treino de ontem.
O campeão do primeiro turno
O título do primeiro turno, com os mesmos 37 pontos do Palmeiras nos primeiros 19 jogos do
Brasileirão e uma vitória a mais, reforça o projeto mais ambicioso do Inter para seu centenário: voltar a
ser campeão brasileiro depois de 30 anos.
Leva o clube a 40 pontos somadas já as primeiras partidas do segundo turno, um ponto a
menos o que o Palmeiras, junto com o São Paulo o rival mais feroz na luta pela taça.
Mais sério candidato mostra ser o Inter, especialmente por ter se dado muito bem depois da
última reforma promovida por Tite. O time está seguro com três zagueiros e forte saindo pela lateral com
Kléber, jogando bem como não fazia desde o Santos, em 2007.
Porque tem Giuliano aparecendo com força e oferecendo bons passes para gols.
Porque tem Edu, que caiu como uma luva na função de atacante. Não é goleador como Nilmar, mas sua
força e velocidade tornaram o ataque colorado mais competitivo.
E porque tem D'Alessandro de volta da suspensão, agora como opção para entrar no segundo
tempo, motivação para voltar a jogar bem que lhe faltava quando era apontado como a principal joia da
coroa.
O Inter está muito forte. É campeão do primeiro turno com méritos e vive seu melhor momento
no Campeonato Brasileiro.