desenho técnico – proposta motivacional
Transcrição
desenho técnico – proposta motivacional
DESENHO TÉCNICO – PROPOSTA MOTIVACIONAL Maris Stela do Carmo Silveira Marcos Aurélio de Souza Universidade Federal de Itajubá, Instituto de Engenharia Mecânica, Brasil [email protected], [email protected] RESUMO A prática docente apresenta-se como uma construção e aperfeiçoamento permanente de novos caminhos para o processo ensino-aprendizagem. O papel do professor é encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e os muitos procedimentos metodológicos gerenciando o processo de aprendizagem, coordenando e gerindo as diferenças e as convergências. A metodologia de ensino deve corresponder às expectativas do aluno que, sedento em aprender e cada vez mais exigente, ingressa à Universidade. Com esta preocupação foi proposto um trabalho, no início deste ano letivo para a turma do primeiro ano do curso de Engenharia Mecânica, onde o aluno pôde vivenciar e experimentar, através do contato com a oficina mecânica, a realidade desta disciplina. Motivados e com maior interesse, puderam responder as demais solicitações propostas ao longo deste semestre. Palavras-chave: desenho técnico, multidisciplinaridade, comando numérico. ABSTRACT Teaching practice shows itself as a permanent building and improvement of new ways to approach the process teaching-learning. The teacher's role is to find the most adequate way of combining many technologies with methodology procedures by managing learning processes, differences, and equalities. The teaching methodology has to meet expectations of more demanding and learning-avid students who enter University. Concerning this, a work was proposed in the beginning of this year to the first year class at Mechanical Engineering Course, where the students have been living and experiencing the discipline reality through their contact with the mechanics lab along the present term. Keywords: technical drawing, multi-subject , numerical command. 1 Introdução No início do curso de engenharia muitas vezes o aluno se perde em expressões matemáticas e cálculos que o desmotiva e o impede de ver a beleza do horizonte que o espera. Talvez, na ânsia de ensinar, o professor se esquece de mostrar ao aluno a finalidade da matéria apresentada. Por muitas vezes o aluno, ao longo de sua caminhada questiona-se: “Para que serve este conteúdo”? O aluno que entra na universidade necessita de motivação. O aluno motivado aprende mais e investe em seu aprendizado. É neste contexto que o professor precisa buscar metodologias motivadoras, dinâmicas, trabalhar com a multidisciplinaridade levando o aluno a experimentar o gostinho da profissão escolhida. Para muitos alunos que entram hoje em dia nos cursos de engenharia falar em mecanismos, sistemas e conjuntos mecânicos, é assunto muito vago. Muitos alunos vêm de escolas não profissionalizantes, ao contrário de há algum tempo onde a maioria dos alunos chegava à universidade com uma formação técnica. Considerando a necessidade dos alunos desenvolverem habilidades específicas, foi proposto um trabalho onde os alunos puderam acompanhar a fabricação de conjuntos mecânicos no laboratório LAM - Laboratório de Automação e Manufatura da Oficina Mecânica da Universidade. Este tipo de atividade só seria visto por estes alunos quando estivessem no quarto ano do curso. Esperar por todo este tempo seria um desperdício motivacional. Este trabalho permitiu uma ação conjunta na qual professores e alunos participaram de um processo criativo, dinâmico, encorajador onde a essência foi a descoberta através da observação e do diálogo. 2 Ambiente de Aprendizagem A disciplina de Desenho Técnico é ministrada tradicionalmente aos alunos do primeiro ano dos cursos de Engenharia das Universidades. Ultimamente como os alunos têm chegado à universidade sem o conhecimento necessário à prática do projeto há a necessidade de um atendimento individualizado. É neste ambiente “sala de aula”, apresentado na Figura 1, que o Figura 1: Ambiente sala de aula aluno aprende a utilizar os instrumentos tradicionais de desenho; o professor expõe a teoria e posteriormente percorre as pranchetas dando atendimento personalizado, verificando o traçado e abrindo a visão espacial tão necessária ao desenhista. Sempre atenta à turma, a idéia do trabalho originou-se quando o conteúdo “Dimensionamento de peças”, era apresentado. À medida que o conteúdo ia sendo abordado surgia a necessidade de inserir o aluno em uma aula prática, para que ele pudesse vivenciar a realidade apresentada. A idéia foi comentada posteriormente com o professor da disciplina do quarto ano que rapidamente aceitou fazer a parceria. À partir do desenho de conjunto, foi levantado suas dimensões em sala de aula e na oficina mecânica, a atividade pode ser desenvolvida. 3 Breve Histórico do Desenvolvimento de Máquinas CNC A fresadora, máquina provida de uma ferramenta com arestas cortantes (sob as mais variadas formas) dispostas simetricamente em torno do eixo confere à operação um caráter versátil em termos de geometrias possíveis de serem geradas. Desde que foi criada a primeira, por Eli Whitney em 1818, o mesmo princípio tem sido usado para se produzir os diversos tipos de fresadoras criadas desde então. Existe hoje um grande número delas utilizando uma boa quantidade de acessórios com função particular. Dentre os diversos tipos existentes no comércio podemos encontrar a fresadora manual, a horizontal, a aplanaidora, a duplex, cada uma projetada para executar um determinado tipo de trabalho. Precursoras das modernas máquinas de comando numérico foram a máquina de cartões perfurados de Joseph Jacquard, 1801, que estabelecia os padrões dos tecidos produzidos e as pianolas, 1860, que eram controladas por cilindros com pinos salientes ou rolos de papel perfurados através dos quais passava ar. Há uma certa disputa sobre quem é responsável pelo desenvolvimento da tecnologia de comando numérico. Muitas empresas e instituições trabalharam concomitantemente no conceito de máquinas de comando numérico durante a década de 40. Após o término da 2ª Guerra Mundial, uma corrida armamentista entre os blocos capitalista e socialista foi marcante. Crescente era a necessidade de novos armamentos e com elevados níveis de tecnologia. Projetos rapidamente tinham que transforma-se em processos produtivos, sem qualquer comprometimento com a qualidade. Na década de 1950 surgia o convênio entre a Força Aérea Norte-Americana (USAF) e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) para desenvolvimento de uma nova máquina-ferramenta. A equipe do Dr. John Pearson adaptou um complexo sistema eletro-mecânico a uma fresadora convencional, que controlava a movimentação das ferramentas e peças na máquina. Esse sistema basicamente utilizava um grande número de relés, conectados por cabos; os pesquisadores do MIT criaram o termo numerical control. Das válvulas aos circuitos integrados em grande escala, os componentes diminuíram em tamanho e custo fazendo a produção e confiabilidade das máquinas aumentar. As máquinas comandadas numericamente continuaram a impressionar realizando operações previamente consideradas impossíveis ou impraticáveis, com melhor precisão e repetibilidade que os métodos convencionais. Nos anos 70 as máquinas CNC, passaram a depender menos da parte de hardware (essencial nos circuitos das anteriores dos anos 60) e ter seu funcionamento baseado muito mais no software. Os avanços substituíram a entrada manual de dados e as fitas perfuradas por armazenamento em disquete dos programas ou comunicação remota. A produção de máquinas-ferramenta de controle numérico computadorizado tem registrado um aumento significativo vinculadas ao desenvolvimento dos microprocessadores; atualmente as empresas investem em tecnologia, procurando aumentar a produtividade e qualidade dos produtos sem aumento nos custos de fabricação. 4 Estrutura da Programação CNC Em uma máquina-ferramenta universal as peças e/ou ferramentas utilizadas na usinagem tem seus movimentos controlados pelo operador da máquina. Através de manípulos e alavancas ele liga a máquina, aproxima a ferramenta da peça, determina os parâmetros de corte e os aplica, mede com instrumentos a dimensões geradas pela usinagem e, caso não tenha ocorrido qualquer falha no procedimento, entrega a peça pronta para a próxima etapa do processo de fabricação. Na máquina-ferramenta com controle numérico computadorizado as informações são controladas por uma unidade de processamento central (CPU), como pode ser observado na Figura 2. A entrada de dados, num formato padrão para que as informações sejam processadas na máquina, pode ser efetuada pelo teclado disponível no painel ou por um equipamento periférico (leitora de fita perfurada ou microcomputador com interface compatível). Indicador de Dados Entrada de (monitor de Vídeo) Dados (teclado) Unidade Central de Processamento (CPU) Sistema Memória Operacional Módulo de Saída Máquina Controle CNC Figura 2: Unidade de processamento central As instruções são descarregadas na memória RAM após gerenciamento da unidade central de processamento (CPU). Se for feita uma analogia com o ser humano, a unidade de processamento central apenas controla as atividades da máquina, decidindo e cobrando respostas (como um diretor), numa base de tempo própria, do sistema operacional. É o sistema operacional que dispõe dos conhecimentos necessários para fazer a máquina CNC executar as tarefas desejadas. As informações processadas são passadas da CPU para um módulo de saída (interface), que por sua vez comunica a um sistema eletrônico que controla a movimentação (motores de passo) da máquina. Neste caso a máquina CNC acusa à CPU que a ordem está sendo executada, repetindo-se o ciclo até a finalização das atividades programadas. Os procedimentos a serem executados são apresentados à máquina CNC na forma de um algoritmo ou programa. Esse programa é produzido numa linguagem que o sistema operacional entenda. A maioria dos controles numéricos computadorizados segue os códigos normalizados da International Standard Organization ISO 1056 e da Associação Alemã de Normas Técnicas DIN 66025. Esses códigos, colocados em uma seqüência lógica, permitem que a máquinaferramenta execute os movimentos desejados. 5 Desenvolvimento do Trabalho 5.1 O Percurso da Aprendizagem O caminho traçado para a efetividade da aprendizagem constituiu-se do uso de espaços diferenciados: sala de aula (prancheta) onde os conceitos básicos foram apresentados e o projeto desenvolvido e a oficina mecânica onde os alunos, a partir da observação, puderam acompanhar o processo de usinagem. Todas estas etapas foram devidamente monitoradas e registradas através de fotos construindo assim a memória do trabalho. Ao término das atividades, as equipes se organizaram e compartilharam suas experiências estabelecendo-se uma parceria de aprendizado entre alunos e professores. 5.2 A Metodologia Empregada Despertar no aluno a vontade de fazer um trabalho bem feito e mostrar a ele que o seu projeto seria executado por outros profissionais gerou conscientização da turma. A reação da turma foi satisfatória e os professores, por sua vez, motivados por tal reação. Para o bom andamento das atividades foi entregue aos alunos um roteiro com a descrição dos itens a serem observados durante a atividade in loco: dados da máquina, material utilizado para a fabricação, densidade do material, parâmetros estipulados para a máquina (velocidade de corte, de avanço, rotação da máquina, ferramentas utilizadas...), bem como a obtenção de tais parâmetros estipulados. O modelo para a confecção do relatório também foi apresentado: capa, sumário, introdução, desenvolvimento, comentários, conclusão, anexos (fotos digitais ou até mesmo filmagem), bibliografia. Sugeriu-se que a turma de 64 alunos fosse dividida em 4 grandes grupos e estes grupos subdivididos em grupos menores formados por 4 alunos (com liberdade de escolha). Foram estipulados os horários para as turmas observarem a execução dos 2 conjuntos mecânicos (desde a montagem da máquina até a finalização da operação) bem como marcada previamente a data para a entrega do relatório. No dia estipulado, os grupos foram recepcionados pelos dois professores das disciplinas, que previamente deixaram os blocos já preparados para a operação de usinagem. Inicialmente foi feita uma pequena explanação sobre o sistema de usinagem em CNC e novamente mencionado a importância das informações contidas em um desenho técnico para a fabricação de uma peça. Foi mostrada também a simulação da operação de usinagem no computador do laboratório. Em função da necessidade de se fazer o relatório os alunos acompanhavam e fotografavam atentos a cada detalhe da operação. Cabe-se destacar que o desenvolvimento das habilidades complementares, a capacidade de trabalho em grupo, o aumento do espaço de criação, a necessidade de comunicação e expressão e a descoberta do espaço da Universidade, auxiliaram no enriquecimento e na diversificação do projeto pedagógico, onde as habilidades e competências foram acionadas para a efetividade deste projeto. 5.3 As Etapas do Processo de Aprendizagem Apresenta-se na Figura 3 o esboço de um dos desenhos desenvolvidos pelos alunos em sala de aula. Figura 3: Esboço de um dos desenhos A Figura 4 mostra o centro de usinagem CNC do LAM - Fadal, modelo VMC15. Figura 4: Centro de usinagem CNC do LAM A Figura 5 mostra a simulação da operação de usinagem do desenho mostrado na Figura 3. Figura 5: Simulação da operação de usinagem Os alunos fizeram o levantamento dos parâmetros da operação: velocidade de corte, velocidade de avanço, rotação. A velocidade de corte (Vc), definida como a velocidade instantânea de um ponto de referência localizado na interface material-aresta principal de corte (ferramenta), considerada a principal grandeza de corte, responsável pelos tempos de usinagem produtivos e de vida útil da ferramenta possui também grande efeito sobre o acabamento da peça usinada. A velocidade de corte, expressa normalmente em metros por minuto, depende muito de vários fatores: material da peça, tipo e material da ferramenta, uso de lubrificação refrigerante, entre outros. A velocidade de avanço (Va) é a velocidade instantânea da ferramenta em relação à peça. O avanço possui grande influência sobre a rugosidade superficial (acabamento) da peça usinada. Na utilização de ferramentas multicortantes (fresas, por exemplo) é comum a especificação do avanço por dente (ad). Estas informações são facilmente obtidas em tabelas tecnológicas. A profundidade de corte (p) é definida como a profundidade com que a aresta principal de corte penetra no material, medida na direção ortogonal ao plano formado pelas direções de corte e avanço. A utilização de grandes profundidades de corte aumenta a quantidade de metal removido por unidade de tempo mas, em compensação, provoca significativos acréscimos na potência de corte e no desgaste das ferramentas. O materal utilizado para a usinagem foi o alumínio B51ST6, 3 densidade 2,7g/cm . Na Figura 6, observa-se a utilização do fluido de corte na operação. Este fluido responsável pela melhoria no processo de usinagem dos metais, facilita o processo e confere a este um melhor desempenho. Entre estas melhorias destacam-se: redução do coeficiente de atrito entre a ferramenta e o cavaco, expulsão do cavaco da região de corte, refrigeração da ferramenta, refrigeração da peça, melhor acabamento superficial e refrigeração da máquina – ferramenta. Como melhorias de caráter econômico pode-se destacar: redução do consumo de energia de corte, redução do custo da ferramenta na operação e impedimento da corrosão da peça no processo de usinagem. Observa-se na Figura 7 o reaproveitamento do fluido de corte. Figura 6: Utilização de fluido de corte na operação Figura 7: Reaproveitamento do fluido de corte A Figura 8 apresenta as 4 peças usinadas. Figura 8: Peças usinadas 6 Relato dos alunos “...foi possível também se familiarizar com alguns componentes da máquina CNC, assim como sua proteção contra eventuais acidentes”. “...conclui-se que ao acompanhar o processo de usinagem foi possível ver a importância do desenho técnico nos processos de fabricação”. “...foi muito importante pra nós esse contado com o laboratório para começarmos a nos familiarizar com as máquinas como fresadoras e tornos. É muito interessante saber como funcionam estas máquinas e como são fabricadas peças presentes em nosso cotidiano”. “...para nós esse contato com os laboratórios logo no início da nossa formação, torna o curso muito mais interessante”. “...a proposta do trabalho nos fez tomar conhecimento de vários pontos positivos que despertaram o interesse em aprender a projetar”. “...o contato com a oficina mecânica e com os funcionários foi de grande proveito”. “...quando se iniciaram as aulas de desenho técnico a idéia da real importância do desenho na indústria era um pouco vaga. Porém, a proposta de nos levar ao laboratório ampliou a nossa idéia do que vem a ser um desenho para a fabricação de peças”. “...essa experiência com a fresadora CNC, aliada à esclarecedora explicação dos professores fez com que alunos, que não haviam tido contato com esse tipo de equipamento, tivessem uma pequena amostra da parte prática de nossa futura profissão”. “...essa idéia inovadora foi incrivelmente positiva. Estamos todos muito ansiosos para continuarmos a aprender a projetar”. “...a visita foi interessante e construtiva, fez com que os alunos tivessem idéia do que estariam desenhando e da finalidade do seu desenho”. “...esse trabalho, de forma geral, foi muito importante pois ampliou o conhecimento da classe e despertou curiosidade nos alunos, o que é muito importante na formação de um engenheiro”. 7 Considerações Finais Alunos vivenciaram e identificaram alguns pontos do trabalho: as descobertas, as habilidades requeridas e as adquiridas, a autoconfiança, o trabalhar em equipe, o partilhar, o dialogar, a troca de experiência com a turma da oficina, o crescimento e a ampliação do espaço-físico Escola. Esta metodologia, aplicada ao ensino de desenho técnico confirmou a importância de utilizar instrumentos diversos na construção do conhecimento do aluno a fim de promover uma aprendizagem significativa. A competência profissional e a autoridade do professor não estão em demonstrar que exerce o controle sobre a classe ou que tem a situação controlada, mas fundamentalmente na interação de caráter intelectual e afetivo numa co-aprendizagem. Tornase necessário que, no processo de ensino, sejam revistos a metodologia capaz de priorizar a construção de estratégias de verificação e comprovação de hipóteses na construção do conhecimento, a construção de argumentação dos resultados do processo e o desenvolvimento do espírito crítico capaz de favorecer a criatividade e a compreensão das explicações propostas. O professor deve ser um investigador e produtor de conhecimento com repercussão na melhoria da prática docente. Por meio de suas reflexões suas aulas tornam-se um verdadeiro laboratório ideal para a realização da teoria e da prática educativa. Tal metodologia de trabalho em sala de aula exigiu a presença de um novo tipo de professor, não mais aquele que apenas traçava as formas e padronizava desenhos, mas que substancialmente colocou-se como parceiro na elaboração do conhecimento do aluno; as aulas de Desenho Técnico adquirem, assim, uma nuance diferente, em que aluno e professor tornam-se cúmplices ativos no processo de aprendizagem. Agradecimentos Agradecemos especialmente o apoio do engenheiro João Carlos Fernandes, chefe da oficina mecânica, pelo apoio à realização deste trabalho. Referências [1] FERRARESI, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais. Editora Edgar Blücher Ltda, São Paulo, 1977. [2] INOUYE, Mitsuo; SILVEIRA, Maris Stela; OLIVEIRA, Waldir. Leitura e Interpretação de Desenho Mecânico. Apostila UNIFEI, 1995. [3] MORAN, J.M., MASETTO, M.T., BEHRENS, M.A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2001. [4] Manual Técnico, Editora SKF Ferramentas SA. [5] Telecurso 2000 Profissionalizante Mecânica, Vol. 3, Fundação Roberto Marinho, Editora Globo, São Paulo [6] www.mundocnc.com.br