Aurea -Maracanã 10-09 Medicina _Lista
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Aurea -Maracanã 10-09 Medicina _Lista
MEDICINA Órion Kristen Stewart trai Robert Pattinson com diretor casado: “sinto muito” GRAMÁTICA (Aurea) NOME:______________________________________________ Lista 05 – Maracanã Volta às origens. Conheça trechos das versões originais das histórias Bia Reis − O Estado de S. Paulo 01 Animais que falam, princesas que sofrem, 02 reis e rainhas, fadas madrinhas, gigantes. As 03 histórias se passam em um lugar longínquo, 04 muitas começam com “era uma vez” e os 05 personagens têm nomes simples, às vezes 06 apelidos. E, como se fosse mágica, o leitor 07 mergulha em um mundo onde tudo é possível: um 08 pé de feijão pode crescer até o céu e um tapete, 09 voar. 10 Conforme atravessaram os séculos, os contos 11 de fadas foram ganhando nova roupagem. A 12 narrativa central permaneceu, mas, em geral, eles 13 se tornaram mais leves, açucarados. Na versão 14 original de Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, 15 o Lobo come a Vovó e a menina − e não há nem 16 sombra dos caçadores. 17 O mesmo aconteceu com a história da Rainha 18 Má que tenta a todo custo acabar com a vida da 19 enteada, apontada pelo Espelho como a mulher 20 mais bela do reino. Criado entre os séculos 16 e 21 17, o conto foi reescrito pelos irmãos Jacob 22 (1785-1863) e Wilhelm Grimm (1786-1859) e 23 ganhou o mundo com a versão de Walt Disney 24 para o cinema, em 1937. Mas, nesse caso, foi o 25 americano quem colocou o açúcar. 26 Na versão dos irmãos Grimm de Branca de 27 Neve, cujo texto está sendo relançado pela 28 Geração Editorial, após receber do caçador 29 pulmões e fígado de um javali, a madrasta pede ao 30 cozinheiro que ferva os órgãos e os come 31 pensando que fossem da moça. 32 A Rainha Má tenta matar a enteada não uma, 33 mas três vezes. Primeiro, vai à casa dos sete anões 34 e, disfarçada de vendedora, oferece laços para 35 espartilho. Branca de Neve deixa que a senhora 36 coloque a fita, e ela a aperta com tanta força que 37 faz a garota desmaiar. Depois, a rainha tenta 38 matá-la com um pente envenenado para, 39 finalmente, lançar mão de sua estratégia mais 40 conhecida: a maçã cheia de veneno. 41 O fim da história também é mais dramático. 42 Não há o famoso beijo e o “então viveram felizes 43 para sempre”. Branca de Neve volta à vida 44 quando, ao ser carregada pelos servos do príncipe, 45 um deles tropeça e, com o solavanco, um pedaço 46 de maçã envenenada sai da garganta da moça. A madrasta é convidada para o casamento de 48 Branca de Neve com o príncipe, e os dois se 49 vingam da rainha cruel fazendo com que ela calce 50 sapatos de ferro aquecidos sobre carvões em brasa 51 e dance. (...) (Texto adaptado. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,volta-as-origens -conhecatrechos-das-versoes-originais-das-historias,897511,0. htm>. Publicado em 08/07/2012. Acesso em 15/08/2012) 01 - (UEM PR/2013) Assinale o que for correto a respeito do texto. 01. Embora a expressão “contos de fadas” (Refs. 10 e11) não apareça no primeiro parágrafo do texto, o leitor pode entender que esse parágrafo faz referência a esse “mundo onde tudo é possível” (Ref. 7) por conta dos elementos mencionados no parágrafo. 02. A vingança de Branca de Neve e do príncipe é um exemplo de adaptação que torna os contos de fadas “mais leves, açucarados” (Ref. 13). 04. Em “foi o americano quem colocou o açúcar” (Refs. 24 e 25), a expressão “colocar açúcar” é metafórica, e sua interpretação depende do conhecimento do leitor a respeito do mundo. 08.Em “um pedaço de maçã envenenada sai da garganta da moça” (Refs. 45 e 46), o elemento “pedaço de maçã” é personificado. 16.No texto, há elementos que permitem a comparação das versões originais dos contos de fadas com as adaptações mais conhecidas, como em “não uma, mas três vezes” (Refs. 32 e 33) e em “também é mais dramático” (Ref. 41). Atriz de “Crepúsculo” é flagrada beijando Rupert Sanders, diretor de “Branca de Neve e O Caçador”, e pede desculpas pela “indiscrição momentânea” iG São Paulo 01 O romance de Kristen Stewart e Robert 02 Pattinson, protagonistas da saga Crepúsculo, é 03 capa de revista novamente, mas dessa vez as 04 notícias não reafirmam o “conto de fadas da vida 05 real”. A edição desta semana da Us Weekly06 mostra fotos da atriz traindo o namorado, na 07 última terça (17), com Rupert Sanders, diretor de 08 “Branca de Neve e o Caçador”, filme do qual ela 09 é protagonista. 10 Após a polêmica, Kristen veio a público para 11 se desculpar em nota publicada nesta quarta (24) 12 pela People: “Sinto muitíssimo pelo sofrimento e 13 constrangimento que causei àqueles próximos a 14 mim e a todos afetados por isso. Essa indiscrição 15 momentânea expôs a coisa mais importante da 16 minha vida, a pessoa que eu mais amo e respeito, 17 Rob. Eu o amo, o amo, e sinto muito.” 18 A capa da US divulgada no site da publicação 19 mostra uma foto de Rupert abraçando Kristen por 20 trás enquanto a atriz segura a mão do diretor. 21 “Parecia que eles não se cansavam”, disse um 22 fotógrafo da revista. 23 Rumores de que Kristen namora Robert 24 Pattinson existem desde o início da saga 25 Crepúsculo, mas foram confirmados mais 26 recentemente, quando os atores foram flagrados 27 aos beijos em Cannes e a atriz de 22 anos falou 28 sobre Rob em uma entrevista. 29 Rupert Sanders, por sua vez, é 19 anos mais 30 velho do que Kristen, casado com a modelo 31 Liberty Ross, de 33 anos, e pai de dois filhos. 32 A esposa de Rupert, Liberty Ross, que 33 interpretou a mãe da princesa Branca de Neve no 34 filme, publicou no Twitter apenas “Wow”. Em 35 seguida, retwittou uma frase de Marilyn Monroe, 36 que diz que “às vezes coisas boas terminam para 37 que outras melhores comecem”, e deletou a conta 38 na rede social. 39 De acordo com a People, o caso foi 40 momentâneo. “Ela não teve um caso com Rupert. 41 Foi só um momento passageiro que não devia ter 42 acontecido”, teria dito uma fonte à revista. 43 De acordo com o informante da publicação, 44 Kristen está destruída: “ela nunca quis machucar 45 ninguém. Ela é uma boa pessoa que fez uma 46 escolha ruim”. (Texto adaptado. Disponível em: <http://igirl.ig.com.br/celebridades/ 2012-07-25/kristen-stewarttrairobert-pattinson-com-diretor-casadodiz-revista.html>. Publicado em 25/07/2012. Acesso em 15/08/2012) 02 - (UEM PR/2013) Assinale o que for correto a respeito do texto. 01. Crepúsculo é uma adaptação cinematográfica de um conto de fadas. 02. A frase publicada por Liberty Ross no Twitter é a causa de Kristen Stewart estar “destruída”. 04. A expressão “todos afetados por isso” (Ref. 14) inclui, em sua referência, a família de Rupert Sanders. 08. Liberty Ross anunciou pelo Twitter que pretende se divorciar de Rupert Sanders. 16. As declarações de Kristen Stewart a respeito de sua traição demonstram que a atriz está mais preocupada com a exposição da imagem de Robert Pattinson do que com a exposição de sua própria imagem. TEXTO: 3 - Comum às questões: 3, 4, 5, 6 Medo de ser feliz Paulo Sant’Ana 1 Confesso que sou quase escravo do medo. Quando vou ao dentista e fico por uma hora e meia sofrendo um 2 tratamento de canal, sinto umas 40 vezes ataque de medo pânico. E, no entanto, não me dói uma única vez durante 3 os 90 minutos. Ocorre então um fenômeno: com os 40 ataques de medo que tenho, acabo sofrendo muito mais do 4 que se doesse o tratamento da minha dentista. Sei que arrisco ser chamado de idiota. Só não se agrava mais essa 5 minha desvantagem pelo fato de que o medo é intrínseco à conduta humana, é quase impossível viver sem medo de 6 qualquer coisa 7 Sobre o medo, Shakespeare tem uma sentença genial: “O covarde (pessimista) morre mil vezes antes de 8 morrer”. É isto mesmo. Quando sinto medo do dentista, isso equivale exatamente à dor que sentiria se o dentista 9 tocasse com o ferro no nervo do meu dente. Ou seja, o medo é um sofrimento, uma dor. Pior, é uma dor que não10 acontece, mas sabem os medrosos o quanto dói. 11 Quando me retorço na cadeira da dentista, ela me pergunta: “Está doendo?”. Eu respondo: “Não, estou com 12 medo”. O que vem a ser a mesma coisa: de que adianta não estar doendo se o medo é às vezes até pior que a dor? 13 E o pior é aquele medo que se tem de determinada coisa trágica que nos possa acontecer, ela acaba não 14 acontecendo em meses ou anos, mas nós sentimos tanto medo de que ela ocorreria, que esse medo nos causa um 15 dano às vezes maior do que a coisa trágica que temíamos. 16 Eu sei que se afirma com razão que a maior defesa do corpo humano é o medo. Muitas vezes, se você não 17 tivesse medo de atravessar a rua, seria atropelado. Mas é que essa função protetiva do medo humano tem a 18 concorrência do medo nocivo, como, por exemplo, o homem que tem medo de se submeter a uma cirurgia, não se 19 submete a ela e por isso acaba morrendo por incúria. 20 O medo, portanto, é positivo e é negativo. O fato é que quase nenhum vivente deixa de ter medo. Os 21 corajosos, os intrépidos, assim mesmo guardam algum medo. Conheci uma mulher que tinha medo de engravidar, 22 no entanto o seu maior desejo e ideal era engravidar. Mas é que ela achava que não iria poder administrar a gravidez 23 e temia a ideia de que não pudesse fazer cesariana e tivesse que sofrer as dores do parto. Vejam vocês, nesse caso, 24 o conteúdo fantástico do medo: a mulher sabia que ter um filho significava a sua ansiada felicidade. Mas tinha como 25 oponente à felicidade justamente o medo. 26 Eu não tenho dúvida de que a posição mais importante na conduta humana é o medo. Chega a tal ponto a 27 importância do medo na vida humana, que há pessoas que vivem aterrorizadas com a possibilidade de virem a ter 28 medo de alguma coisa. Tanto até, que o samba e a filosofia consagram a expressão: “Medo de ser feliz”. E tanto isso 29 é verdade, que conheço inúmeras pessoas, entre elas eu, que têm medo de vir a ganhar a Mega Sena. Não é uma 30 idiotice? Estudem bem a questão e verão que não. (Zero Hora, p. 59, 1 fev. 2012. – Texto adaptado.) 03 - (UCS RS/2013) Analisando o contexto de diálogo entre paciente e dentista, é correto afirmar que: a) o paciente priva-se do diálogo por medo da possível dor e com a intenção de evitá-la. b)paciente e dentista, ao conversarem ao longo do atendimento, reiteram o tema da morte. c) a dentista identifica no paciente a sensação de desconforto, durante seu trabalho, e busca confirmá-la. d) o paciente solicita à profissional que amenize os procedimentos, por conta do medo. e) a interação é artificial, pois decorre da percepção do paciente sobre a natureza da dor. 04 - (UCS RS/2013) Com base no texto, pode-se inferir que a) os distintos agentes do medo são referidos como indecifráveis. b)as situações mais temidas vêm a se efetivar, por isso a angústia causada pelo medo. c) a conquista mais desejada pelo receoso é controlar seus instintos de autopreservação frente às adversidades. d) o temor inexplorado motiva as pessoas a aguardarem acontecimentos trágicos. e) a superação do medo, não raro, traz como recompensa a realização de anseios. 05 - (UCS RS/2013) Com base no texto, é correto afirmar que a) o medo contém as propriedades de um antídoto, pois impele à ocorrência de tragédias. b) as consequências do medo podem ser mais nefastas que as próprias causas. c) características específicas de cada tipo de medo influenciam as vivências relatadas. d) o medo saudável age de modo a conduzir-nos a situações ameaçadoras. e) os indivíduos medrosos têm assegurada sua proteção, pois se afastam do que julgam ser uma ameaça. 06 - (UCS RS/2013) Com base no texto, pode-se inferir que a) a literatura, a filosofia e a arte popular já abordaram o tema central de modo obtuso. b) a preservação da espécie humana reprime a capacidade de temer os perigos. c) a complexidade das reações proporcionadas pelo medo traduz a inquietação humana frente ao desconhecido. d) o infortúnio dos temerosos é a revelação de que suas limitações não se dissipam. e) as conquistas provocam agonia, quando da satisfação do desejo inquieto. TEXTO: 4 - Comum às questões: 8, 7, 9, 10 A língua e o poeta Hoje eu peço vênia¹ para discrepar2 do grande Ferreira Gullar, que, no domingo, escreveu um artigo defendendo o "modo correto" de usar a língua portuguesa. Longe de mim propor que o poeta, eu e o leitor comecemos a dizer “nós vai” ou “debateu sobre as alternativas”, mas não dá para comparar violações à norma culta com um erro conceitual como afirmar que tuberculose não é doença, para ficar nos exemplos de Gullar. Fazê-lo é passar com um “bulldozer”³ sobre o último meio século de pesquisas, em especial os trabalhos de Noam Chomsky, que conseguiram elevar a linguística de uma disciplina entrincheirada nos departamentos de humanidades a uma ciência capaz de fazer previsões e articular-se com outras, como psicologia, biologia, computação. Chomsky mostra que a capacidade para a linguagem é inata. É só lançar uma criança no meio de uma comunidade que ela absorve o idioma local. O fenômeno das línguas crioulas revela que grupos expostos a «pidgins» (jargões comerciais que misturam vários idiomas, geralmente falados em portos) desenvolvem, no espaço de uma geração, uma gramática completa para essa nova linguagem. Mais do que de facilidade para o aprendizado, estamos falando aqui de uma gramática universal que vem como item de fábrica em cada ser humano. Foi a resposta que a evolução deu ao problema da comunicação entre caçadores-coletores. Nesse contexto, o único critério para decidir entre o linguisticamente certo e o errado é a compreensão da mensagem transmitida. Uma frase ambígua é mais "errada" do que uma que fira as caprichosas regras de colocação pronominal. Na verdade, as prescrições estilísticas que decoramos na escola e que nos habituamos a chamar de gramática são o que há de menos essencial e mais aborrecido no fenômeno da linguagem. Estão para a linguística assim como a pesquisa da etiqueta está para o estudo da história. (HÉLIO SCHWARTSMAN, Folha de S.Paulo, 27 de março de 2012) ¹vênia = licença, permissão ²discrepar = divergir de opinião, discordar ³bulldozer = (inglês) escavadeira 07 - (ESPM SP/2013) De acordo com o 2o parágrafo, a linguística: a) estabeleceu, dentro da área de humanidades, uma linha de combate contra as violações à norma culta da língua portuguesa. b) foi pioneira na área de humanidades a desenvolver pesquisas científicas sobre uma gramática universal. c) era uma disciplina que se defendia de ataques a suas teorias, tornando-se uma ciência articulada com outras áreas científicas. d) outrora restrita aos meios acadêmicos, ganhou “status” de ciência e enredou-se com outras áreas do conhecimento. e) destacou-se nos últimos cinquenta anos, fazendo previsões sobre os rumos da língua portuguesa. 08 - (ESPM SP/2013) O autor lança mão de expressões com carga pejorativa ou irônica para referir-se à gramática, exceto em: a) “universal” b) “caprichosas regras” c) “prescrições estilísticas” d) “decoramos” e) “pesquisa da etiqueta” 09 - (ESPM SP/2013) Segundo o texto, o autor: a) defende de forma incondicional, como Ferreira Gullar, o “modo correto” de usar a língua portuguesa. b) considera que ambiguidade seria mais “errada” do que um erro de próclise porque esta não apresenta distorção na comunicação. c) preconiza que uma frase com transgressões às “caprichosas regras de colocação pronominal” prejudica o ato da fala. d) prega o caráter supérfluo e vão das prescrições gramaticais, linguísticas e estilísticas. e) reclama da natureza complexa e enfadonha do estudo da gramática nas escolas. 10 - (ESPM SP/2013) O autor utiliza aspas nas expressões “modo correto” e “bulldozer” por tratar-se respectivamente de: a) jargão utilizado na área linguística e palavra estrangeira. b) expressão já empregada em ocasião anterior e metáfora c) título de artigo e citação. d) citação e expressão metafórica. e) citação e palavra estrangeira. 1) 21 2) 20 3) C 4) E 5) B 6) C 7) D 8) A 9) B 10) E