A doença alérgica condições meteorológicas
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A doença alérgica condições meteorológicas
Alergologia D A doença alérgica as condições meteorológicas e JOSÉ ROSADO PINTO MÁRIO MORAIS DE ALMEIDA É habitualmente aceite, pela população em geral e mesmo a comunidade médica, uma correlação significativa entre as variáveis meteorológicas e as agudizações de asma entre brônquica, veis não embora esteja sobre este assunto, sas. o papel individual das referidas variá tão bem esclarecido. Existem poucos estudos apresentando conclusões muito diver O clima está intimamente relacionado com a concen tração de poluentes orgânicos e inorgânicos e desta interac ção resultam frequentemente consequências graves para as vias aéreas de indivíduos climoterapia apresenta com ou sem actualmente um asma. O papel da reduzido substrato e de 22 biliões) e a rinite (cerca importantes entidades clínicas responsabilizáveis por estes números (The UCB Institute of Allergy, 1997). A abordagem do clima em relação às doenças alérgi cas, particularmente as do aparelho respiratório, é da maior importância e leva em conta os efeitos directos asma brônquica (cerca de 3 biliões) as mais indirectos, isto é, não só influência do clima sobre doenças alérgicas representam na nossa sociedade elevados custos directos (médicos) e indirectos (absentismo laboral e escolar, entre outros), reflectindo-se como um significativo problema de saúde pública. Pensa-se que actualmente cerca de 35% da população europeia apresenta manifestações clínicas de alergia e a sua prevalência, incidência e gravidade irão seguramente aumentar nos países industrializa- □ José Rosado Pinto é director do Serviço de Imunoalergologia do D. Estefânia. Mário Morais de Almeida é assistente VOLUME século. O total de custos directos o efeito imediato das variá meteorológicas sobre as vias aéreas e o substrato psicológico do doente, que também condiciona a res posta, mas também, talvez principalmente, pela As do próximo veis Introdução logia no indirectos estimados para a Europa em 1 997 era, res pectivamente, de 10 e 19 biliões de ecus, sendo a e científico. Hospital de dos Hospital TEMÁTICO: de D. Estefânia. I. 1999 hospitalar de Imunoalergo outras condicionantes destas poluentes orgânicos e inorgâni patologias, cos. Exemplificando, estas variáveis exercem uma acção importante na produção, libertação e distribui ção de aeroalergenos e outros poluentes, influenciando as concentrações de exposição a que um indivíduo está sujeito. É bem conhecida a influência das variáveis meteorológicas na gravidade das doenças alérgicas, relacionada com a variação das concentrações de poluentes de origem industrial, do tráfico automóvel ou outras, sendo causa, inclusive, de verdadeiras epi demias de asma (Abreu Nogueira, 1992). Por outro lado, a exposição aos poluentes atmosféri cos facilita de maneira significativa a sensibilização aos alergenos (pólenes e fungos). Tem sido referido um significativo aumento das sensibilizações a aeroalergenos em meio urbano versus meio rural nos como os 61 Alergologia D Europa e da Ásia, onde, explicação completa, se pensa que os poluentes atmosféricos de origem automóvel, nomeadamente a emissão de partículas diesel, terão um papel importante na génese da sensibilização alergénica, funcionando como factores adjuvantes. Estes achados realçam a importância do controle da concentração dos diferentes poluentes atmosféricos no ar que respiramos. países industrializados apesar de não da ter uma Estudos efectuados no Japão demonstraram clara incidência de alergia das vias aéreas era significativamente superior nos residentes de áreas onde coexistia a exposição a pólenes de cedro e a intenso tráfico rodoviário, quando comparados com as populações residentes em áreas com densa florestação mas com tráfico automóvel reduzido (Ishizaki et ai., 1987). mente que a doente, qual clima que lhe é mais favorável o Uma variável classicamente estudada consiste dos estudos cativo um rápido no [revistos Europa Tromp (1968)] até por nós encontrados em na na Lisboa na uma íntima associação entre as diminuições da temperatura ambiencial e o agrava mento dos doentes asmáticos, quantificado nomeada mente pelo número de recursos a serviços de urgên sível demonstrar mais e uma vez se condicionantes e o ambiente do exterior do interior dos o versus influências mesmos. Têm completamente diversas, sendo fracamente correlacionáveis. Concretizando com um região, exemplo, humidade relativa a considerada extremamente variáveis, por outras como numa dada baixa, influenciada a temperatura e a pluviosidade, pode relacionar-se em duas habitações contíguas na mesma rua, com humidades interiores totalmente diversas, dependendo da concepção de base do edifício, do tipo de utilização que lhe é dado, da sua ventilação e tipo de aquecimento/arrefecimento e do número de habitantes, revisão iremos entre contemplar veis climatéricas exteriores factores. Nesta outros apenas aos o efeito das variá edifícios. se seco, as possível reproduzir condições ambientais, vias de controle do tónus das vias aéreas nomeadamente sistema o próprio papel da vascularização peribrônquica. queixas asmáticas relacionadas com o como o Na base das esforço físico, que afecta até 80% destes doentes e em que igualmente se induz um arrefecimento das vias aéreas, estão envolvidos os mesmos considerada um factor agravante da asma, tal referidas anteriormente caso não apenas as orgânicos e inor variáveis, (poluentes também agentes biológicos, como é o dos microorganismos virais. Assim, torna-se mas difícil estimar extremamente variável clima dros de no alergia agravamento o na literatura, é difícil diferenciar o efeito isolado da humidade, das outras variáveis meteorológi ou e significativamente influenciados por esta variável outras variáveis, como a pressão pluviosidade e a velocidade do vento, a encontram tente provem estudos que de um modo consis influência isolada na clínica do a sua doente asmático. pouco Epidemias de asma existem dos fungos disseminação -se higroscópicos, e no caso algumas espécies em que a sua facilitada (Ascopores). Compreende- serem se a entanto, pólenes que não são no facto de na con do exterior dos relativamente altas. No referente não centração atmosférica da maioria dos pólenes e igualmente o facto da excelente tolerância do doente asmático ao ambiente saturado de uma piscina coberta com temperaturas ambientes melhoria dos qua a con da influência exercida edifícios. Referimos atmosférica, esporos, existindo, pelo particularmente efeito isolado da das vias aéreas. A chuva reduz como foi por nós encontrado no estudo já referenciado. Também neste caso, e pesquisando detalhadamente centração de alergenos do interior gânicos), mecanismos. A humidade relativa elevada foi tradicionalmente cas e outras envolvidas, variável o resultado da associação de múltiplas meteorológicas (temperatura, humidade, inversão térmica...), relacionando-se e condi efeito de as autónomo, bem nervoso variáveis o labo em identificando-se O clima é vento, cionando outros de ar frio, espe vias aéreas foi esclarecida nos nas últimos dez anos, sendo ratório salienta, desta variável meteoroló cialmente claramente duas entidades: os década de 50 aos resultados por década de 90 foi pos asma dos edifícios signifi agravamento da doença asmática. Desde trabalhos efectuados Quando se pretende abordar a influência do clima na brônquica, assunto controverso, temos de distin efeito relação em dependentes gica, condicionando-se mutuamente. A compreensão do efeito da inalação guir 62 concluir que foi demonstrado. à temperatura, está bem documentada influência da sua redução significativa de um modo Já a podemos nunca factores estão e asma na ionização atmosférica (David, 1963), particularmente nos seus efeitos benéficos quando as cargas negativas se encontram em excesso. Da análise da generalidade cia. No entanto, Clima (Lopez Salvaggio, 1983). e então a é dificuldade de saber, ao nível de cada Ao longo de várias décadas têm sido descritos respiratórios, ocorrendo em populações blemas REVISTA PORTUGUESA DE pro resi- SAÚDE PÚBLICA dentes áreas geográficas limitadas, com carácter alterações climáti cas bruscas, particularmente inversões térmicas que se relacionam com acumulação de poluentes atmos féricos, afectando a generalidade das populações, particularmente daqueles que sofrem de doenças pul em Têm sido incriminadas epidémico. crónicas, monares como os asmáticos. Citaríamos os de Tóquio-Yokohama (Huber et ai, 1954) e de New Orleans (Salvaggio e Klein, 1967; Salvaggio, Seabury e Schoenhardt, 1971) nas décadas de 50 e 60, em que, no primeiro caso, a concentração de poluentes nas camadas inferiores da atmosfera, con dicionada pelas variáveis meteorológicas, foi factor de morbilidade importante entre os doentes asmáti casos cos. Já Estados Unidos não foi nos de causalidade cer um nexo possível estabele claro, embora sintomáticos não fossem relacionáveis os surtos poluição exposição a outros conta minantes, como fungos, pólenes ou outras partículas em suspensão, como cereais, poderá ter estado na génese do ocorrido. Mais recentemente ocorreu um surto de asma epidémica em Barcelona (Anto et ai, 1993), no qual foi possível identificar como factor etiológico a descarga de cereais (soja) no porto da referida cidade. A dis persão das partículas foi veiculada, claro, pelas con dicionantes meteorológicas, realçando a associação industrial. Possivelmente, com a destes factores. (Davidson et ai, 1996) sugeriram que certos factores meteorológicos poderão ter um papel significativo na patogénese da asma. Estudando uma população de 640 asmáticos observados em agudiza ção após uma tempestade ocorrida em 24 de Junho Wallis ai. et de 1994 víduos em que 44% dos indi tinham tido crises anteriores. Doze Londres, verificaram nunca quinze a quem foram efectuados doseamentos séricos revelaram níveis muito elevados de IgE específica contra pólenes de gramíneas. Estes doentes entre estavam de acordo com os referidos por outros, incriminando a existência de epidemias de asma após a ocorrência de tempestades devido à resultados libertação maciça de alergenos de pólenes na atmos fera, os quais se encontram destruídos pelo efeito de ruptura osmótica induzida pela chuva (Knox, 1993). seria favorável à evolução clínica do asmático. da importância da exposição compreensão a alergenos do interior dos edifícios (ex. ácaros) ou do exterior (ex. pólens), praticamente inexistentes em tais altitudes, permitiu esclarecer os benefícios de tais mudanças de clima (Juchet et ai, 1999). A menor exposição a poluentes biológicos melhora a função respiratória, diminui a hiper-reactividade brônquica e reduz os níveis de IgE total e específica, bem como outros marcadores de inflamação. Por outro lado, a mudança para outras regiões também implica altera ções psicológicas e sociais, que poderão influenciar o modo como o doente viverá a mudança, não sendo de excluir igualmente a possibilidade de se passar a A estar revelar-se menos casos em pêutica não asmática, colocam é que optimização permite alcançar uma a a das questões o da abordagem tera controle da doença que habitualmente se transferência do doente, temporária um clima mais favorável. Situação a existência de instalações de saúde em ou permanente, para clássica era altitude, onde VOLUME TEMÁTICO: se acreditava que 1. 1999 o clima frio e seco pelo quais a tão ambienciais médio prazo prejudiciais poderão como as e de vir a ante riores. Tal veis das pela generalidade dos autores, fraco suporte dos efeitos favorá climáticas para o doente asmático, é defendido como literatura há na um alterações encontrando-se controlados. A número um escasso de estudos bem de variáveis multiplicidade implicadas imensa variabilidade individual de respostas dos doentes às mesmas'tomam quase impossível prescre e a ver tipo o de clima mais indicado a cada paciente. Um estudo, envolvendo alunos asmáticos e alérgicos, revelou que os alunos que se deslocavam das regiões mais distantes referiam tiva, comparando nhas ram Para melhoria mais significa originários de regiões vizi razões subjacentes não fica uma com os As (Smith, 1971). esclarecidas. terminar, e a deixar de referir título de exemplo, inúmeros os controlados, efectuados europeu advogando em minas de sal ou o não podemos estudos, embora não por investigadores do Leste interesse da espeleoterapia na sua vizinhança, no controle sintomático dos doentes asmáticos, sendo os melho res resultados obtidos nos portadores de asma atópica ligeira... (Abdullaev, 1993). Experiência nosso Gadzhiev e Eiubova, do grupo serviço, uma reram Nos outras variáveis a as lisou climática exposto contaminação, O Terapia recente num estudo feito 1989-90 em ana de crianças asmáticas que recor ano ao serviço de urgência do população durante um exacerbação aguda da doença (6349 correspondendo a 7% do total de atendimentos) (Bastos et ai, 1993), tendo a regressão múltipla identificado uma forte correlação negativa, estatisticamente significativa, entre a tem 0,48), sendo peratura mínima e as agudizações (r também obtida uma correlação significativa com a Hospital sua de D. Estefânia por casos, = - 63 Alergologia D humidade relativa (/• 0,26). O mesmo tipo de resul tados foi descrito em Cuba (Lecha, 1998). A correlação com a concentração dos poluentes = atmosféricos (SOv N02 0}) e revelou-se igualmente significativa (/0,35). Neste estudo encontrámos três picos de frequência das agudizações, que prova velmente terão outros factores etiológicos não consi derados: no Outono e na Primavera, sendo o primeiro muito mais significativo, provavelmente relacionado com o facto de se ter incluído uma população pediá trica na qual a maioria das sensibilizações se rela ciona com os ácaros do pó doméstico, sendo esta a época do ano em que os seus alergenos atingem as = maiores concentrações; ceiro em Janeiro refere-se um ter pico, originado pelas infecções virais próprias desta estação, particularmente relacio nadas com o vírus sincicial-respiratório. Estes resul tados demonstram a importância da interacção de todos este estes certamente factores e salientam a dificuldade da sua análise isolada. Procurando trabalhos com metodologias semelhan tes, encontramos o de Rosas et ai., que muito recen temente efectuaram um estudo na cidade do México, versando influência das variáveis meteorológicas, de poluição atmosférica e concentração de pólenes e fungos nas agudizações de asma da criança e do adulto. Encontraram uma fraca associação com as variáveis meteorológicas e de poluição, concluindo que a exposição a aeroalergenos se relacionava forte mente com as agudizações de asma brônquica, podendo funcionar como um importante factor de confusão na avaliação dos resultados de estudos epi demiológicos (Rosas et ai, 1998). Os a mesmos Barajas et resultados foram referidos por Bedolla que encontraram uma influência ai, mínima da poluição atmosférica e do clima nas agudizações graves de asma brônquica, quer em crianças, quer em adultos (Bedolla Barajas, Sandoval Perez e Ramon Ramos, 1999). Epton et ai, na Nova Zelândia, referem um efeito insignificante do clima e dos aeroalergenos do exterior dos edifícios nos sinto de asma, bem como na variabilidade do débito expiratório máximo instantâneo (Epton et ai, 1997). mas Dos vários estudos epidemiológicos sobre as doenças alérgicas, o projecto mundial ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood), envol vendo jovens de 13-14 anos de 56 países (463 801), entre os quais Portugal, permitiu perceber que a pre valência cumulativa da asma (12%) e da rinite (30%) do jovem português se situa na média europeia (Rosado Pinto et ai, 1996). Mostrou ainda que as condições climatéricas relacionadas com a prevalên cia da asma apontam para uma relação inversa entre a temperatura nos meses quentes e a prevalência da existindo ainda uma tendência positiva para o asma, 64 aumento da prevalência de humidade relativa durante ratura durante os meses asma brônquica os meses secos e a frios com a tempe (Weiland, 1998). Num outro estudo por nós desenvolvido sobre asma brônquica feito em regiões de influência portuguesa (Cabo Verde, Macau e Madeira) com características geográficas e ambientais distintas pudemos confir importância dos factores ambientais, nomeada mente as variáveis meteorológicas nas diferenças de sensibilidade alérgica que os jovens apresentam, designadamente relacionáveis com a exposição no exterior dos edifícios, embora a alergia aos ácaros domésticos esteja sempre na primeira linha, indepen mar a dentemente das contrastantes inerentes às cas regiões condições meteorológi (Almeida e Pinto, estudadas 1999). habitações é a componente prioritá sensibilização do jovem alérgico, a alergia polínica atinge a partir da adolescência uma impor tância fundamental no desencadear da doença alér gica (asma, rinite, conjuntivite alérgica). Em 1997 a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) patrocinou um estudo com o Labo ratório de Paleoecologia Museu, Laboratório e Se o ria interior das na — Jardim Botânico da Universidade de Lisboa — , financiado pela Schering-Plough Farma, que se debruçou sobre a «Monitorização da chuva polínica diária de Lisboa». Deste trabalho salienta-se como as a forma condições climáticas podem afectar o mapa atmosférico. Assim, surge em primeiro lugar polínico de importância a variável número sequencial do dia (1 a 365) na explicação da variância polínica obser vada ao longo do ano, relacionável com a natureza sazonal da polinização. Seguiu-se a temperatura máxima diária, factor considerado vital no despoletar da floração de muitas espécies vegetais, surgindo posteriormente a variável número cumulativo dos dias sem chuva e em quarto lugar a variável veloci dade média do vento, atestando o papel essencial do factor dispersor (Queiroz, Mateus e Duarte, 1998). Este CQnjunto de resultados referencia a análise deta lhada das concentrações polínicas atmosféricas, per mitindo desenvolver estudos de natureza preditiva eventuais repercussões em termos de medicina preventiva. Em 1999, o estudo do calendário polínico com nacional terá seguramente impacto importante abordagem da doença alérgica em Portugal. na Conclusão As doenças alérgicas, pela morbilidade que apresen e pelas perspectivas de agravamento que se adi vinham no futuro, pela diminuição da qualidade de vida a que levam e aos custos que acarretam, impõem tam REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÍHI l( I todos nós, os que estamos ligados à saúde e ao ambiente, uma participação activa e conjunta no sen a EDUCAÇÃO dos profissionais e PREVENÇÃO da doença. Esta passa tido de melhorar doentes e também pelo a a controle dos níveis de poluição, alvo de influência das variáveis climáticas, assunto em dis cussão nesta revisão. O futuro aponta nesse sentido. O século observou xx o inexorável forçosamente aumento da pre valência das doenças alérgicas. Estudos epidemioló efectuados em vários continentes gicos permitiram concluir que o crescimento é rápido, particularmente nos últimos trinta anos. Embora os factores genéticos sejam indiscutivelmente importantes, apenas uma alteração do ambiente pode explicar esta ocorrência. Importa reflectir sobre o modo como vivemos, a comida que comemos e o ar que respiramos... LOPEZ, M., SALVAGGIO, J. E. Climate-weather-air pollution 2.' ed. In MIDDLETON, E. Jr, REED, C. E., ELLIS, E. F. ed. lit. Allergy: principies and practice. St.Louis: Mosby 1983, 1203-1214. in allergy: principies and — practice, — QUEIROZ, P. F., MATEUS, J. E., DUARTE, S. L. Monitoriza ção da chuva polínica diária na cidade de Lisboa: relatório final. Lisboa: Schering-Plough Farma, 1998. — ROSADO PINTO, J., et ai. Prevalence of asthma and rhinitis in Journal. 9: — Portuguese teenagers (ISAAC). 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The role of climate therapy non asthmatic had low seientifte background. 65 Resto do