Cosméticos preventivos - IPD
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Cosméticos preventivos - IPD
Cosméticos preventivos Flávia Addor Médica dermatologista Mestra em dermatologia-FMUSP Diretora Técnica-MEDCIN Instituto da Pele Diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia Diretoria da ABIHPEC Presidente do conselho científico-ITEHPEC Consultora ad hoc-GGCOS ANVISA Ex-professora associada-UNISA Definição de cosméticos: • “Preparações de uso externo com objetivo de limpeza, perfumação, modificação de aparência, proteção e manutenção de um bom estado... “ Fonte: ANVISA • Baixa interação com a pele: alta margem de segurança • Venda livre (sem prescrição) Cosméticos: ANVISA – Cosméticos para adorno, higiene, perfumação: • Grau de risco 1 • Exs: sabonetes, perfumes, batons, etc. – Cosméticos com maior risco de interação: • Grau de risco 2 • Exs: filtros solares, sabonetes anti-sépticos, desodorantes antiperspirantes, etc. “Cosmecêuticos” • Kligman, 1980: Cosméticos com interesse médico • Dermacêuticos, cosméticos ativos, cosméticos funcionais, dermocosméticos • Função: – Prevenção: filtros solares – Manutenção: hidratantes – Cuidados: xampus anti-caspa, envelhecimento Ação farmacológica Efeitos adversos Cosmético retinaldeído Droga tretinoína + - ++ + Marzulli and Maibach's Dermatotoxicology, 7th Edition, 2007. Medicamentos vs. Cosméticos Medicamentos tópicos • Etapa pré clínica e clínica para estabelecer: – Margem de segurança: absorção variada – Nível de efeitos adversos – Eficácia • Prescritos: monitoramento • Efeito implica em alterações anatômicas e funcionais Cosméticos • Etapa pré-clínica e clínica para estabelecer – Margem de segurança: absorção não significativa – Ausência de efeitos adversos – Eficácia • Não precisam ser prescritos: uso livre • Efeito baseado em melhorar a aparência de determinada condição, com alterações variadas e transitórias Vermeer e Gilchrest, 1996; Kligman, 1998; Engasser et al, 2003 Abordagens mais comuns: • Regressão parcial ou total: – manchas, acne • Controle: – caspa, hiperidrose • Alívio: – xerose cutânea, pele sensível • Proteção: – fotoproteção, ação anti-séptica • Disfarce: – hiper-hidratantes para estrias, difusores ópticos para rugas, maquilagem corretiva. Comprovação de segurança na etapa clínica • Como? • Protocolos científicos – Baseados em literatura dermatológica e toxicológica de aceitação internacional • Premissas éticas: – Sujeito de pesquisa – Qualidade do produto de teste Comprovação de segurança na etapa clínica Onde? • Pesquisador responsável – Competência técnica: dermatologista; oftalmologista – Médico com experiência comprovada (treinamento, curso, especialização, experiência de trabalho…):CV • Infra estrutura: – GCP (INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 04/2009) • • • • • Retaguarda ambulatorial e hospitalar Gestão e manutenção das amostras Gestão e manutenção documental Equipe multidisciplinar treinada CEP Estudos clínicos para comprovar segurança: 1. Compatibilidade:confirmar segurança de uso em uma primeiro contato com ser humano: patch-tests: oclusivos, semi-oclusivos, abertos... 2. Aceitabilidade:avaliar segurança determinada em condições de uso sob variáveis controladas: uso Não comedogênico Não acnegênico Hipoalergênico*** Avaliado em humanos sob Estudos de controle de comedogenicidade em dermatologista patch ou aceitabilidade com avaliação clínica, no comprovando a ausência mínimo, inicial e final ou o agravamento de comedões (cravos) Avaliado em humanos sob Estudos de acnegenicidade em uso com avaliação controle de clínica, no mínimo, dermatologista inicial e final comprovando a ausência ou o agravamento da acne (espinhas) Avaliado sob controle de Estudos de compatibilidade dermatologista ou cutânea de sensibilização e alergologista fotossensibilização, sem comprovando a baixa ocorrência de reações, capacidade de induzir sensibilização com avaliação clínica, no mínimo, inicial e final Guia de Avaliação de Segurança de produtos cosméticos, ANVISA, 2012 Informações de segurança:significado Segurança para o consumidor Segurança para a empresa Fiscalização Reclamações Comprovação de eficácia Eficácia clínica (avaliações dermatológicas e subjetivas) Eficácia instrumental (medidas objetivas) Eficácia percebida (ações do produto,atributos) Performance: avaliação sensorial Painel treinado Público- alvo Tecnologia em pesquisa: Avaliações instrumentais • Avaliação do teor hídrico e da integridade da barreira cutânea 1. Teor hídrico (Corneometria) 2. Integridade de barreira cutânea (Evaporimetria – TEWL) Uso: Produtos com ação hidratante ou reparadora de barreira para pele seca ou danificada; duração do efeito hidratante Consultório dermatológico privado: • 50% dos pacientes tem queixas relacionadas a problemas estéticos • Destes, 80% são relacionadas a sinais de envelhecimento: Rugas Manchas Flacidez • Locais mais referidos: face, mãos, pescoço Fonte: Base de dados consultório privado: 1200 pacientes, 2010. Consultório dermatológico privado: • Dos pacientes com queixa de envelhecimento, 100% recebem prescrição de algum cosmético: • Protetores solares • Hidratantes • Cosméticos anti-aging: Alternar com medicamentos ( melhorar tolerância ou uso sazonal, exemplo: verão) Pós procedimentos (maior tolerância/otimização de resultados) Intolerância a medicamentos: pacientes alérgicos/pele irritável/ estilo de vida incompatível com medicamentos Manutenção/Prevenção: faixas etárias menores • Fonte: Base de dados consultório privado: 1200 pacientes, 2010. Conclusões: • Cosméticos para uso dermatológico devem apresentar comprovação de segurança e eficácia; • A eficácia cosmética não necessariamente é resultado de uma alteração funcional ou estrutural da pele. Obrigada [email protected]
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