Relatório anual 2011/2012
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Relatório anual 2011/2012
Sociedade Antroposófica Geral Relatório anual 2011/2012 ó S O C I EDA D E A NTRO PO SÓ FI CA Editorial A alma de uma iniciativa antroposófica Relatório anual 2011/12 Sociedade Antroposófica 1 11 15 A alma de uma iniciativa antroposófica Relatório financeiro Direcciones Antroposofia no mundo 2 3 Mundo: Retrospectiva do ano 2011 Hungria: Zsuzsa Mesterházi, representante nacional Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito 5 6 7 8 9 Seção Antroposófica Geral Seção Médica Seção Pedagógica Seção de Ciências Naturais Seção de Ciências Sociais Seção de Artes da Fala e Musicais Seção de Jovens Seção de Matemática e Astronomia Seção de Ciências Humanas Seção de Artes Plásticas Seção de Agricultura Goetheanum 10 En el año del 150 aniversario 2011 Caros membros, o ano passado tornou-se visível, pelo menos na Europa, uma consonância: Por ocasião do seu 150º aniversário, Rudolf Steiner, com a força de suas idéias, e o trabalho antroposófico com seu humanismo atraíram muito a atenção pública. Concomitantemente, as crises, os conflitos e as catástrofes ambientais mostram como é difícil assumir a responsabilidade pelo que nós mesmos produzimos. Aparentemente, o interesse pela Antroposofia e seu fundador necessitam de crises. Basta imaginarmos qual seria o eco desse jubileu em tempos de renascimento cultural e prosperidade econômica. Presumivelmente ele seria muito fraco. Quem não tem perguntas e está satisfeito consigo mesmo e com o mundo provavelmente não irá interessar-se seriamente por Rudolf Steiner ou pela Antroposofia. Ela pressupõe a inquietação, a aspiração ou a procura de desenvolvimento social e pessoal. A consciência de que é necessária uma outra postura fundamentalmente diferente da atual perante o ser humano e a natureza cresce rapidamente, e surge pelo mundo todo como aspiração, protesto ou engajamento. Será que essa consciência encontra uma relação viva e aberta com a obra de Rudolf Steiner, com uma Sociedade e uma Escola Superior que correspondem às expectativas? Em todo caso, é certo que uma Sociedade e uma Escola Superior como essas são necessárias urgentemente. Um segundo fenômeno é que a Antroposofia, apesar da sua popularidade, como compreensão do ser humano e do universo é estranha ao pensamento e à opinião usuais. Algumas publicações demonstram isso nitidamente; não adianta muito qualificá-las de hostis. Não é a nível argumentativo que surgirá a abertura para com a perspectiva da Antroposofia. Nos campos da atividade humana isso é N diferente. A realidade inspirada pela Antroposofia na pedagogia, na agricultura e na medicina é apreciada, mesmo que a fonte a partir da qual esse trabalho só é possível continua não sendo entendida. Como é possível tornar compreensível a relação entre uma prática de sucesso e um caminho de conhecimento que visa unir o espiritual do ser humano com o espiritual do universo? Para as instituições antroposóficas e a Sociedade Antroposófica essa é uma questão futura decisiva. Trata-se de identidade. O fato de essas questões de identidade serem colocadas é encorajador. Sente-se a procura pela origem, a esperança de uma compreensão profunda e atual. A cientificidade da Antroposofia ou seu caráter cristão são consultados; cultura interior e meditação tornaram-se temas centrais. A pergunta de como a Antroposofia, de como a alma de uma iniciativa antroposófica pode viver vigorosamente é premente em todo o mundo. Somos gratos pelo fato de que essa disposição de entender a Antroposofia – e é principalmente no atuar que é possível compreendê-la –, sempre renovada por muitas pessoas, continuará tendo no Goetheanum um ponto de encontro importante. Hoje podemos ver que nossa dolorosa decisão de trabalhar em 2011 com um orçamento bastante reduzido teve conseqüências positivas. Termino com o cordial agradecimento pelo seu apoio, pelo trabalho antroposófico do seu grupo e do seu país, e por tornar possível nosso empenho no Goetheanum. Sem o seu fiel apoio, não teria sido possível tudo o que neste relatório anual só pode ser esboçado vagamente, além de tudo aquilo que se desenvolve ao redor do mundo como vida antroposófica. Com cordiais saudações, em nome da Diretoria no Goetheanum | Bodo von Plato 2 | Relatório anual 2011/2012 ó Antroposofia no mundo Ao mesmo tempo em que ocorria o eclipse lunar em 15 de junho de 2011, escalavam os protestos em Atenas. Essa mulher tenta manter o espaço entre as duas frentes que haviam se formado durante as manifestações pacíficas ocorridas ao longo de vários meses na praça Syntagama Mundo: Retrospectiva do ano 2011 «Nós vivemos eternamente, um mundo está em chamas ...» “Mir lebn eibig, ess Brent a Velt” (Nós vivemos eternamente, um mundo está em chamas, em ídiche). Assim soa uma canção judaica escrita em 1943, em oposição à sua época, no gueto de Wilna. A esperança de uma vida eterna nos leva hoje, como naquela ocasião, através das noites de uma atualidade em chamas – isso também se mostra ao lançarmos um olhar nas publicações ‹Das Goetheanum› e ‹Anthroposophie weltweit› (Antroposofia ao redor do mundo). o folhearmos as publicações de Anthroposophie weltweit do último ano, fica claro que dominam os temas internos de Dornach. Variadas moções para a Assembléia Geral, relatórios sobre os debates relativos à Weleda, mudanças nas Seções, remodelação do semanário, festividades em torno do 150º aniversário de Rudolf Steiner, a passagem pelo limiar de Heinz Zimmermann e muito mais. O Goetheanum parece estar refletindo a si mesmo, trabalha vigorosamente no próprio corpo, no próprio organismo. Mas, mesmo assim, ele também é mais amplo do que o que ocorre dentro de suas paredes. Se considerarmos o movimento antroposófico como sendo uma redação, e todos os membros como correspondentes, é construída uma rede mundial de testemunhas, curiosas a respeito do nosso tempo. E, de fato: em quase todos os grandes acontecimentos mundiais, geralmente um de ‘nós’ está lá. A Muitos olhos veem mais fundo Por exemplo, no Japão, Yuji Agematsu, pouco depois do grande tsunami descreve suas primeiras impressões das ruas oscilantes de Tóquio: “De repente a rua moveuse ondulando de cá para lá. Eu sentia que estava vendo o dragão.” Meio ano mais tarde lemos como Emi Yoshida, junto com so- breviventes, quer plantar uma cerejeira para cada falecido – serão 23.000 de acordo com os números atuais. Talvez o acontecimento mais perturbador do ano ocorreu na ilha norueguesa Utoya. Num acampamento de jovens, um serial killer sai à caça de seres humanos; a ilha torna-se uma cela da morte. Elizabeth Wirsching descreve por e-mail de Oslo como a atmosfera de uma cidade pavimentada de rosas se transforma pela dor comum. Frode Barkved descreve “a forte incandescência” que um sobrevivente percebeu na ilha da morte, como ele sentiu a força dos amigos mortos e quer conduzi-la para o engajamento político. Barkved elabora o trauma de seu país com as palavras: “[...] percebo uma energia mais forte do que aquela que pressenti no coração de Oslo, mais forte do que aquela que impeliu as balas para em Utoya”. Ruínas de pedra e templos humanos Na primavera eu mesmo fui conduzido a um dos lugares mais abalados no decorrer do ano. Durante uma viagem de estudos para Delfos, na qual também visitamos a comunidade de terapia social Estia Agios Nikolaos, fiquei sabendo das demonstrações na praça Sytagama que aumentavam diariamente e, pegando carona, fui até lá. A praça em frente ao edifício do governo pa- rece uma cidade de tendas, um oásis de resistência criativa. Lá, em redes, com piscinas infantis e estação de rádio ao vivo, instalaram-se os descontentes do povo. À noite o parlamento popular reunia-se em plena rua, convidava especialistas em economia a subirem ao pódio. Naquela época, antes de os protestos ocorridos durante o eclipse lunar em junho se tornarem violentos, eu vi como em Atenas brilhava o gênio do helenismo democrático. O que jaz em Delfos nas antigas ruínas dos oráculos deita-se qual uma imagem dupla sobre as jovens massas humanas que aqui se reúnem para deliberar, para sentir o futuro, para, das ruínas sociais, construir novos templos. Pouco antes da Época de Micael, e também sem ter planejado encontro-me em New York no ponto cardeal oposto. Após um encontro com Arthur Zajonc, a caminho da colônia de antropósofos em Spring Valley, paro no coração de Manhattan. Os pioneiros do movimento Occupy estão justamente montando seu acampamento. Ainda eram apenas cem cidadãos tocando tambor com raiva; nas semanas seguintes seriam milhares em todo o país. Amigos da Seção de Jovens mudam-se especialmente para perto dos protestos em Wallstreet, disseminando ideias da trimembração social nos grupos de discussão na Liberty Plaza. Relatório anual 2011/2012 | ó Antroposofia no mundo Seguir os pés amplia a proximidade Essas experiências feitas nas viagens confirmam-me que a própria procura espiritual, como também a descoberta dos meus círculos de destino antroposóficos, não têm que me isolar dos grandes acontecimentos mundiais. Seguindo esse rastro, meus pés levam-me diretamente aos lugares decisivos, aos momentos mais significativos. Um exemplo dessa engrenagem (talvez mencionado com demasiada freqüência), quando indivíduo, atividade antroposófica e acontecimento mundial coincidem, é Sekem, no Egito. Nesse caso, a revolução egípcia pôde ser seguida, em paralelo, a partir da visão de uma iniciativa antroposófica e, no destino de Helmy Abouleish e sua prisão de cem dias, as conseqüências tornaram-se realmente perceptíveis. Quando os olhos passam por cima do globo, anualmente surgem novos pontos. Como ouço no Social-Lab, que no outono do ano passado reuniu na colina do Goetheanum um grupo heterogêneo de pessoas ligadas a projetos, na China viceja a simpatia pelo movimento Waldorf – centenas de jardins de infância estariam no ponto de partida; no Vietnam nasceu o primeiro Camphill; na Índia sente-se grande satisfação pela recém fundada Sociedade local. Com o sucesso obtido por todas essas exportações, é de se esperar que o colonialismo Waldorf amplamente difundido não prevaleça: das reproduções das madonas que já perderam seu impacto e suplantam os tesouros folclóricos, até uma ‘Antroposofia do terceiro mundo’ que se introduz principalmente nas classes elitistas. Se nós nos considerarmos os correspondentes de um mundo, naquela entidade que se anuncia como Antroposofia despertam cada vez mais olhos para enxergar os inúmeros incêndios em todo o mundo. Vistos dessa maneira, os temas melindrosos tratados dentro das próprias quatro paredes tornam-se mais fáceis de serem discutidos na própria colina do Goetheanum. O olhar para a distância solta a língua na proximidade. | Jonas von der Gathen Para o Japão após a catástrofe veja-se Goetheanum Nº 11/2011 e Anthroposophie weltweit Nº 12/2011. Reações ao ato do serial killer na Noruega, no Goetheanum Nº 30/2011 e Nº 37/2011. Sobre a Comunidade Estia Agios Nikolaos, em Anthroposophie weltweit nº 9/2011. Sobre os protestos na Wallstreet, no Goetheanum Nº 1/2012. Relatório sobre o Social Lab em Goetheanum Nº 49/2011. Hungria: A nova representante nacional, Zsuzsa Mesterházi «As forças de iniciativa são vivas» Desde maio 2010 a professora aposentada de Educação Terapêutica, Zsuzsa Mesterházi, é a representante nacional da Sociedade Antroposófica na Hungria. Ela representa um país cujo governo atualmente é julgado criticamente. Em nosso diálogo escrito ela trata de forma humorística o cenário de uma gradual aproximação à Hungria. Sebastian Jüngel: Encontramo-nos dentro de um balão de ar quente e aproximamonos da Hungria pelo céu. O que vemos? Zsuzsa Mesterházi: Por causa do inverno o senhor vê campos e aldeias cobertos de neve. A melhor linha de orientação é o Danúbio: primeiro de oeste para leste e depois, repentinamente, para o sul até Budapest. Jüngel: Impressionante. Por favor, introduza-nos na Hungria com três conceitos, duas sentenças e um provérbio. Mesterházi: Três conceitos: fontes de água quente, o lago Platten, reservas naturais. Duas sentenças: 1. A língua húngara pertence a uma família lingüística própria, tem um milênio de história e apesar disso manteve-se viva e em desenvolvimento. 2. Muitas vezes temos que lidar com uma polaridade, inclusive concomitantemente com uma força vital dinâmica e, dependendo da situação, uma conduta de vida depressiva; criatividade espiritual com a falta quase generalizada de bens materiais quando as pessoas querem tomar iniciativas; uma fachada elegante e um quintal desleixado, também no comportamento cotidiano; solidariedade e concorrência na economia. Ainda falta o provérbio: “Ajudese a si mesmo, então Deus o ajudará!” Após a cortina de ferro, a ‘cortina espiritual’ Jüngel: Aterrissamos numa praça do mercado. O que lhe causa alegria, o que a aflige na Hungria? Mesterhàzi: Quando ouço a palavra ‘mercado’, penso menos nas hortaliças e frutas coloridas, nos saborosos laticínios e carnes ou nas flores alegres, mas no mercado de trabalho. Numa praça do mercado tradicional daqui encontra-se de tudo, porém muitas pessoas não encontram trabalho, principalmente em certas regiões do país. Para essas pessoas, a praça do mercado não faz muito sentido... Ainda assim, 2011 apresentou uma pequena melhora e se empreendem muitas coisas para criar empregos. Isso me alegra. Jüngel: Devido à abertura da cortina de ferro, a Hungria inscreveu-se, o mais tardar em 1989, no coração dos alemães. Hoje os acontecimentos políticos na Hungria são surpreendentes. O que aconteceu? Mesterházi: A política do governo húngaro com o presidente do conselho Viktor Orbán é extraordinária. Os intensos ataques da oposição do país e do estrangeiro dirigem-se à economia e à democracia. Na situação de crise global, o governo procura soluções específicas para a Hungria aplicando métodos ‘não ortodoxos’. Isso atinge interesses existentes até agora, por exemplo na área bancária, e apoia grupos sociais que na atual crise econômica mundial não conseguem defender os seus interesses. Atrás das declarações sobre o governo, sonoras e muitas vezes também falsas, de que ele estaria ameaçando o estado de direito, também vamos encontrar interesses pessoais dos críticos. Não compartilho essa crítica. É claro que estruturas têm de ser mudadas diante dos muitos problemas sociais não resolvidos, como pobreza, desemprego, alto índice de doenças e dívidas particulares, poluição ambiental, corrupção herdada, e isso por meio de novas estruturas, como por exemplo nas áreas da saúde e impostos, na proteção à natureza, por meio de medidas contra a corrupção, regulamentação do transporte coletivo e venda de terras de cultivo. As novas leis ressaltam valores até agora menos aceitos. Nos últimos dias o presidente do conselho citou um conhecido jogador de hockey no gelo: “Você não deve correr para onde o disco está agora, mas para onde ele vai estar.” Eu espero de todos aqueles que hoje apenas fazem críticas, que olhem para o futuro de modo realista. Quem tem uma certa formação antroposófica vê que nós, naquela época, estávamos diante da cortina de ferro e que hoje estamos diante da ‘cortina espiritual’ – e que somente com dores poderemos abrir o portão. 3 4 | Relatório anual 2011/2012 ó Anthroposophie dans le monde Zsuzsa Mesterházi: Ativa na pesquisa, ensino e formação de professores Humor em todas as situações de vida Jüngel: Onde a senhora vê a força espiritual da Hungria? Mesterházi: A força espiritual da Hungria está nas pessoas. As tradições religiosas, principalmente as cristãs não desapareceram do país. Também se evidencia uma certa relação com a natureza. Além disso há aptidões artísticas acentuadas e variadas na música, literatura, arquitetura, pintura e dança. O pensar matemático e a pesquisa em muitos ramos científicos são intensos e se baseiam num profundo senso de qualidade, numa orientação dirigida ao sentido da vida. A consciência de liberdade une-se cada vez mais ao amor à ação. A sociedade civil organiza-se numa incrível multiplicidade de formas na qual as pessoas, numa relação mútua livre, querem empreender algo juntas. As forças de ação são intensas. O humor também pode ser vislumbrado em situações de vida difíceis. Essas qualidades, em parte ainda em estado de germinação, naturalmente estão divididas de maneiras bem diversas entre a população. Solo espiritual real Jüngel: Qual a importância da Sociedade Antroposófica e do movimento antroposófico nesse contexto? Mesterházi: Como seres humanos, os antropósofos têm perguntas e interesses semelhantes e se encontram dentro da mesma vida como os outros. A grande diferença deve-se ao fato de que nós, por intermédio da Antroposofia, podemos ver a entidade do ser humano numa conexão espiri- tual muito mais ampla, como a história natural e cultural, as questões do destino, as questões sociais morais, e o papel da arte e da ciência. Por isso, o sentido da vida humana mostra- se numa perspectiva maior e nós nos sentimos comprometidos a não apenas contemplar a vida e dela participar, mas também de dar forma, ajudar os outros e procurar conhecer e fortalecer a nós mesmos. A Sociedade Antroposófica oferece o tesouro espiritual do legado de Rudolf Steiner e indica as múltiplas experiências nas diversas áreas da vida do movimento antroposófico àquelas pessoas que almejam um conhecimento espiritual e fortalecimento interior, e querem colocar o futuro num solo realmente espiritual. As pessoas que vêm para a Sociedade Antroposófica na Hungria representam uma parte bastante grande da sociedade húngara – a Sociedade Antroposófica às vezes parece ser uma espécie de biota social na qual nós tentamos, de alguma forma, compensar, as tensões. inicialmente, a partir de uma profunda convicção, a fundação de Ramos e escolas como também as primeiras traduções de obras de Rudolf Steiner; em seguida, o assim chamado trabalho nas catacumbas em pequenos grupos particulares secretos e o desenvolvimento de uma terminologia antroposófica húngara própria e muitas traduções particulares, mais tarde uma lenta abertura e a formação de grupos de discussão com um olhar interrogador rumo ao futuro, visitas ocasionais ao Goetheanum e o anseio por uma prática de vida antroposófica. Hoje já não é mais possível ter uma visão completa de quem se ocupa com a Antroposofia na Hungria; para jovens está claro o desejo de agir ativa e formativamente no campo da vida. Jüngel: Quando o balão de ar quente subir novamente: Qual a mensagem da Hungria ao movimento antroposófico global ele poderia levar para o mundo? Mesterházi: “Em tudo o que o ser humano pode criar, os poderes criadores deixaram a natureza inacabada” (Rudolf Steiner). Portanto nossa tarefa é a continuidade da criação. E mais uma coisa: Por favor, procurem e achem em si a alegria de viver, sempre que encontrarem pessoas que pedem justamente aos senhores ajuda e apoio para receberem um amor amistoso ou um conselho terapêutico. Não tenham receio nem quando os senhores notarem que para tanto ainda têm que dar alguns passos em seu autodesenvolvimento. Talvez algum dia os senhores se encontrarão comigo – será que nessa ocasião eu precisarei da sua ajuda? Adeus, até lá! ó Esclarecer o destino por intermédio da Antroposofia Continuação da página 5 Jüngel: Quais as forças da geração de antróposofos mais antigos, quais as esperanças que nos dá a geração jovem? Mesterházi: As gerações vão desde aqueles que ainda participaram pessoalmente de palestras de Rudolf Steiner e falaram com ele, até às pessoas jovens de hoje que querem esclarecer, com a ajuda da Antroposofia, suas perguntas quanto ao destino, e respondê-las por meio de sua conduta de vida. Cada geração descobriu para si que formas de trabalho lhe são possíveis: nhos pudessem se complementar e iluminar mutuamente, de modo que o que Rudolf Steiner deu experimente uma frutificação e possivelmente uma ampliação. Não espero que a continuação do desenvolvimento da Antroposofia venha exclusivamente dos responsáveis pela Escola Superior.” Para depois ainda acrescentar: “Eu tenho a preocupação de que os antropósofos poderiam deixar escapar a realidade dos atuais acontecimentos espirituais.” | Sebastian Jüngel Relatório anual 2011/2012 | ó Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito Seção Antroposófica Geral Preocupações com a presença de espírito Os sinais que vêm da Escola Superior são diversos: aqui um trabalho ativo numa Seção, acolá concluir a história da Primeira Classe. Franz Ackermann, membro do círculo suíço de leitores da Classe e da diretoria da Sociedade Antroposófica na Suíça, responde perguntas sobre o relacionamento com as aulas da Classe a partir de sua visão pessoal. ranz Ackermann considera fundamentalmente bom que as bases históricas das aulas da Classe sejam concluídas, para assim tornar acessível a direção do desenvolvimento ocorrido até agora e com isso dar uma orientação. Ackermann também não considera inconveniente que na prática das aulas da Classe não apenas as formas mas também os processos de pensamento transmitidos por Rudolf Steiner sejam cultivados repetidamente: “Depende mesmo é da atualização. O caminho da Primeira Classe conduz de degrau em degrau, e em cada um tem-se uma vista específica; nesses conteúdos meditativos sempre se podem fazer novas descobertas.” Eu insisto: trata-se da apresentação comparativa dos caminhos de pensamento, não dos degraus em si. Ackermann retoma o assunto com relação à observação de Rudolf Steiner “Os textos não existem” – eles com certeza não seriam diretrizes no sentido de conteúdos de ensino. Porém, pela sua experiência como leitor, ele sabe que os textos de Rudolf Steiner lhe são de uma grande ajuda “porque ele dá muitas indicações e descrições concretas das situações que se gosta de esquecer após ouvir a Aula”. Depois ele acentua: “Não podemos esquecer: Rudolf Steiner não ‘inventou’ as Aulas, ele as lia no mundo espiritual.” F Formas livres e formas tradicionais A maneira de lidar com os conteúdos da Classe neste caso é múltipla. “Há pessoas”, diz Ackermann, “que apresentam as atmosferas ou o conteúdo em gestos eurítmicos; há pintores que se relacionam com as atmosferas por meio de imagens; outros que transferem o que lhes vem ao encontro em imagens sociais. São inícios de investigações que ampliam a base e vão ao encontro de algumas pessoas. É preciso ter coragem para essa forma de relacionamento criativo.” No que consiste a diferença entre o trabalho com os mantras em ‘formas livres’ e no contexto da Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito? Se o trabalho ocorre como estudo individual, isso de forma alguma seria “sem sentido”. No entanto, “quando isso é feito em grupo, não só não estamos a sós com o nosso anjo, mas ligados a outros seres”. Mas se o trabalho livre ocorre seriamente em um grupo, num primeiro momento não haveria muitas diferenças, na medida em que as bases elementares sejam respeitadas: Pela entrada em um ambiente em que ocorrem as Aulas da Classe, realiza-se uma primeira travessia do limiar, que é conscientizada pelo porteiro. Os conteúdos são recebidos da boca para os ouvidos e em uma comunidade. É importante que haja um empenho – tanto quando se está livre como também quando há a relação com a Escola Superior – pela presença de espírito. Nesta situação são criados fatos essenciais dos quais não apenas participam seres humanos. O espaço espiritual criado dessa maneira pode ser vigoroso, mas ele sempre também está ameaçado. Condições externas não seriam uma garantia automática para qualidade e segurança. Unir-se a determinada corrente de vida A entrada para a Escola Superior está relacionada com o fato de que se assume a responsabilidade pelo que acontece na Terra e nas esferas. “Isso significa tomar iniciativa, tornar-se ativo, unir-se a outros, sendo que a ação interior como ouvinte pode ser tão eficiente como a ação exterior da pessoa que fala.” Onde isso ocorre em formas de trabalho livres, a diferença com a adesão à Escola Superior na verdade só reside na conexão com uma determinada corrente de vida da atividade esotérica. Com isso, encontramo-nos numa terceira fase de desenvolvimento? Na primeira, a partir de 1904, Rudolf Steiner, em ligação com a grande corrente universal de mistérios, procurava formas atuais (o que foi interrompido pela eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914). Na segunda fase, com o Congresso de Natal de 1923/24 ele configurou o trabalho esotérico inteiramente a partir da época, com alto grau O leitor suíço Franz Ackermann de liberdade e responsabilidade própria do indivíduo. Então as formas de trabalho fora da conexão com a Escola Superior Livre são uma terceira fase da mesma linha de desenvolvimento? Sem um julgamento conclusivo, Ackermann está “convicto de que é possível chegar longe se houver boa vontade e anseio por veracidade interior. Afinal, a realidade mostra-se na fertilidade do trabalho esotérico”. Para além do círculo da Escola Superior As 19 aulas de 1924 representam apenas um fragmento da Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito a ser criada. Como em diversas seções dessa Escola ultimamente elaboram-se formas de trabalho em conjunto, coloca-se a pergunta sobre uma continuação do desenvolvimento dos conteúdos da Classe nessa direção. Porém, no que diz respeito ao círculo de leitores suíços, Ackermann não concorda. Aqui os movimentos de procura já abordados são percebidos e, por meio de convites a seus representantes para o círculo de leitores, também são conhecidos mais pormenorizadamente. Ele não percebe uma iniciativa própria nesse sentido. Humildade? Ackermann leva em consideração que já a conscientização dos degraus das 19 Aulas transmitidas fornece material suficiente e que, para obter uma determinada eficácia, é necessário um grande número de pessoas que se empenham. Seu olhar vai muito além do círculo da Escola Superior: “Tenho a impressão de que a realidade da passagem do limiar manifesta-se hoje poderosamente a toda a humanidade. Pressinto que as formas de configuração talvez se aproximem da Escola Superior de fora, o que faria com que os camiContinua na página 4 5 6 | Relatório anual 2011/2012 ó Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito Seção Médica Desmembrar e ligar Possivelmente nenhuma Seção no Goetheanum possui tantas ‘subseções’ diferenciadas e com direção autônoma para seus grupos profissionais e campos de trabalhos como a Seção Médica. Em 2011 os impulsos para tornar a medicina antroposófica mais acadêmica, bem como impulsos para a formação de comunidades terapêuticas constituíram o aspecto central de seu trabalho. Foro de discusión en el congreso médico de 2011: Broder von Laue, Wolfgang Riβmann y Ludger Simon. O ano de 2011 esteve sob o signo de três grandes jubileus. Já em 4 de novembro de 2010 Michaela Glöckler, em colaboração com Vera Koppehel do Rudolf Steiner Archiv [Arquivo Rudolf Steiner], abriu o ano de comemorações dos 150 anos de Rudolf Steiner, no Goetheanum, com um encontro para os meios de comunicação. Mais especificamente vinculados à Seção, houve os jubileus de 90 anos da Ita-Wegman-Klinik em Arlesheim, Suíça, e da Weleda. Ambas representam duas tarefas atuais: a formação de uma comunidade espiritual (tema do congresso anual de 2011, a pedido das clínicas antroposóficas) e a manutenção do sortimento de medicamentos produzidos de forma industrial (tema que preocupa as agremiações de médicos e da Weleda responsáveis por isso). ‘Academização’ Em 2011 teve continuidade o estabelecimento da medicina antroposófica no âmbito universitário e no sistema de saúde. Quatro médicos antroposóficos, Dirk Cysarz, David Martin, Harald Matthes e Ur- sula Wolf fizeram sua livre-docência em 2011. O método de documentação desenvolvido por Helmut Kiene e Gunver Kienle para casos individuais representativos (‘cognition based medicine’) deverá ser reforçado para poder ser ensinado e aplicado também em contexto internacional. Mal apareceu a segunda edição do ‘Vademecum de medicamentos antroposóficos’ em 2011, já se começou a preparar a terceira – uma base importante para a aplicação e a documentação das experiências com medicamentos antroposóficos. A colaboração intensa entre os profissionais da saúde levou à fundação da International Association for Anthroposophic Bodytherapy (IAABT), da Federação das Associações de Euritmia Terapêutica e Terapias Artísticas (IFAAET, sigla em inglês) e da Associação Alemã de Psicoterapia Antroposófica (DtGAP, sigla em alemão). Proteção jurídica Ao lado desse desenvolvimento promissor, ocorre a preocupação quanto a uma nova geração de médicos, e principalmente à situação, ainda crítica, dos medi- camentos antroposóficos, especialmente quanto à sua disponibilidade, possibilidade de circulação e proteção jurídica. Em diferentes níveis os produtores [dos remédios] e médicos procuram enfrentar isso por meio de um trabalho de lobby bem direcionado (detalhes no relatório das atividades da Seção Médica), bem como, de maneira geral, por meio do novo instrumento Eliant, a aliança para Antroposofia aplicada na Europa, que pretende estabelecer-se como uma força da sociedade civil na Europa. Um apogeu desse trabalho foi a entrega de um milhão de assinaturas (e de um memorando com 15 solicitações) ao comissário da União Europeia, John Dalli, em 13 de maio de 2011. Para a proteção de qualidade contamos com a utilização do selo de qualidade AnthroMed, também no âmbito das farmácias. Além disso foi possível conseguir que a comissão da Farmacopeia Europeia – uma coletânea de critérios de qualidade para a produção de medicamentos, com comprometimento legal – confirmasse em 2011 a aceitação dos procedimentos de produção antroposóficos segundo técnicas de procedimentos homeopáticos. Diálogo com sistemas de saúde espirituais O ano de 2011 marcou também o décimo jubileu do International Postgraduate Medical Training (IPTM) iniciado pela Seção Médica, em colaboração com grupos locais de preparação. Ao lado de uma percepção pública mais intensa da Antroposofia na área médica e no âmbito público em geral, ocorreu um encontro espiritual frutífero e um debate com correntes e métodos de cura espirituais tradicionais. Nesse contexto, a Antroposofia tem-se mostrado como o instrumento ideal para a comunicação, bem como para estabelecer pontes com a medicina acadêmica. Além disso, em 2011 a Seção Médica introduziu com maior força as ferramentas de comunicação da Internet (reestruturação do site da Seção) e da mídia social (presença no Facebook e utilização do Twitter). | Sebastian Jüngel www.medsektion-goetheanum.org Nosso relatório anual pode ser encontrado em http://alturl.com/o3qph Informações atuais podem ser encontradas na nossa página no Facebook. Relatório anual 2011/2012 | ó Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito Seção Pedagógica Educação é relacionamento Com seu princípio específico – ser uma formadora de seres humanos –, toda Escola Waldorf vem de encontro às expectativas e [às diversas] correntes da sociedade. Assim, os colegiados das escolas e dos jardins de infância experimentam as ondas de padronização decorrentes dos estudos PISA – e como ressonância surge a necessidade de compreender de modo renovado a fonte da pedagogia antroposófica, e rearticulála. U ma distância maior é quase impossível. A globalização sob forma de padrões de ensino válidos para o mundo inteiro chegou à sala de aula. Ao mesmo tempo, cada aluno, com suas condições específicas de aprendizagem, requer uma relação cada vez mais individualizada com a professora, com o professor. Para o corpo docente a situação é semelhante. Provavelmente não existe um colegiado, uma equipe pedagógica, em que a colaboração e a formação de comunidade não estejam em pauta. Por esse motivo a atividade da Seção se dedica às questões da colaboração (trabalho conjunto) apropriadas à época atual. Tendo em vista as elevadas exigências feitas hoje em dia ao educador, torna-se mais forte o clamor por um trabalho interior, a partir do qual nascem novos recursos. Por isso a Seção Pedagógica no Goetheanum oferece eventos para a prática da meditação e, no contexto de mais de 60 visitas a escolas durante o ano passado, as duas questões – formação de comunidade e cultivo espiritual íntimo – desempenharam importante papel. A crescente padronização e quantificação do sistema educacional pressiona as escolas Waldorf a se adequarem às recomendações. Nesse sentido, segundo Florian Osswald que, junto com Claus-Peter Röh, é responsável pela Seção, conhecer as fontes da pedagogia Waldorf, a potência específica da imagem antroposófica do ser humano, concede a força interior para enfrentar o diálogo com as instituições estatais de ensino. Neste ano o trabalho da Seção culminou no Congresso Mundial de Pedagogia Waldorf, que acontece a cada quatro anos, com a questão antropológica básica de como no ser humano em crescimento o corpo e o Eu podem se ligar. Este encontro máximo das mais de 1.000 escolas Waldorf no mundo é precedido pelo Congresso Mundial de Jardins de Infância, que teve o mesmo tema. Assim, os responsáveis pela Seção e seu conselho consultor, junto com a Federação Internacional de Jardins de Infância, pretendem abarcar a infância e a juventude como um organismo total. Escolas Waldorf com especificidade cultural Um outro ponto fundamental do Congresso Mundial focalizou a individualização da pedagogia Waldorf em círculos culturais distintos. São muito concorridos os grupos de trabalho que se dedicam à questão, por exemplo como escolas Waldorf na China, na Nigéria ou no Egito desenvolvem uma fisionomia diferenciada. Depois de um ano de direção colegiada da Seção, coloca-se a questão sobre as experiências com uma direção exercida por duas pessoas. “Com Christof Wiechert no papel de ‘parceiro senior’ somos um colegiado de três. Desse modo espelhamos a prática pedagógica, pois educação e formação também ocorrem de forma colegiada, embora com total responsabilidade individual”, de acordo com Claus-Peter Röh. | Wolfgang Held Seção de Ciências Naturais Pesquisa de base tendo em vista a realidade Os projetos de pesquisa da Seção abrangem desde a força vital das abelhas, passando pela influência da Lua, até questões de física quântica. Trata-se de temas intimamente vinculados com as questões existenciais da atualidade. ara celebrar os 200 anos da Teoria das Cores de Goethe (2010) o instituto de pesquisas desenvolveu uma exposição que atingiu um grande público, primeiramente no Goetheanum, e agora em Järna, Suécia. Além do catálogo da exposição, foi publicado o livro Höfe, Regenbogen, Dämmerung [Auréola, arco-íris, crepúsculo]. P Nele, Johannes Kühl dedica-se às cores atmosféricas usando a metodologia de Johann Wolfgang Goethe. Um ponto central de ensino é a Universidade de Verão. Vinte participantes familiarizam-se com o método de pesquisa goethiano no Lötschental (vale do Lötsch) e no Goetheanum, sendo que pela primeira vez o curso também foi oferecido em língua francesa. Na Seção também fizeram parte do ensino as viagens de conferências de Johannes Kühl, entre outras, para Kiev, para o evento comemorativo dos ‘25 anos de Tchernobil’ e para Tóquio, por ocasião da passagem de um ano da catástrofe de Fukushima. A situação das colmeias de abelhas, ameaçadas no mundo inteiro, é outro motivo para um projeto de pesquisa: junto com o Institut für Krebsforschung Hiscia [Instituto para a pesquisa do câncer Hiscia] e a Weleda, entre outros, Johannes Wirz investiga até que ponto a complementação nutricional com extratos de determinadas plantas, e equinacea, pode melhorar a vitalidade e resistência das colmeias. Contando com o suporte de apicultores, 120 colmeias em estado jovem são alimentadas com os medicamentos quando estão fazendo o armazenamento para o inverno. O biólogo Renatus Derbidge está elaborando uma tese junto à Universidade Witten-Herdecke sobre as alternâncias rítmicas na forma das bagas do Viscum em relação com a posição da Lua. Baseando-se nos estudos de Laurence Edwards e Stefan Baumgarten, ele procura entender melhor como a forma da baga se relaciona com a posição da Lua diante do zodíaco. Estudos feitos até o momento conseguiram mostrar pela primeira vez uma relação durante o crescimento, com a posição em trígono da Lua, um aspecto fundamental no calendário de Thun. O projeto de pesquisa sobre fenômenos prismáticos e complementaridade de Matthias Rang, iniciado no verão de 2007, encontra-se em fase de finalização, e deve concluir com a apresentação da tese na próxima primavera. Em diversos experimentos Rang conseguiu juntar numa imagem global processos cromáticos opostos, como misturas de cores aditivas e subtrativas. Este ano foi dedicado à aplicação e apresentação de tais resultados. A física quântica constitui a revolução científica mais excitante do século 20. Apesar de ter desembocado com tanta na- 7 8 | Relatório anual 2011/2012 ó Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito turalidade em aplicações tecnológicas, até hoje seus fenômenos limítrofes, representações e demais consequências filosóficas parecem incompreensíveis. Sob o título ‘Quantenphysik verstehen’ [Compreendendo a física quântica] Johannes Kühl iniciou um projeto para se dedicar à interpretação dessas modernas formas de concepção da matéria, usando os meios de conhecimento fornecidos pela Antroposofia. Além da publicação de Jost Verhulst e trabalhos de Georg Unger, até o momento não há reflexões antroposóficas nessa área. O estudo pretende encontrar formas para se lidar pedagogicamente com a física moderna. Nesse projeto ele conta com o apoio de um grupo de especialistas. | Wolfgang Held Seção de Ciências Sociais Diversas retomadas M ediante múltiplos passos Paul Mackay, dirigente da Seção de Ciências Sociais, criou condições para uma vida nova na Seção. O pontapé inicial foi o encontro da Seção em março de 2011, para o qual foram convidados muitos membros novos e jovens, no intuito de desenvolverem ideias para uma retomada. Paul Mackay aceitou a recomendação de formar um colegiado da Seção, que foi constituído em outubro de 2011 com a participação de Christine Blanke, Monika Clément, Friedrich Glasl, Anita Grandjean, Ingo Krampen, Franziska Schmidt-von Nell, Alexandra Traun, Justus Wittich e Joachim Ziegler. Além disso, executado por um grupo de trabalho ativo desde fevereiro de 2012, ao redor de Monika Clément e Hannes Bohne, está se concretizando no momento a sugestão de dar suporte à vida da Seção mediante a ferramenta da Internet. Duas vezes por ano, durante um período de dez semanas a cada vez, Hannes Bohne dá apoio à Seção na função de estudante colaborador, uma novidade na Seção. Com a saída de Päivi Lappalainen, formou-se novamente, em maio de 2011 o grupo de trabalho ‘Terceira idade’ (antes denominado ‘Trabalho com idosos’). Ele está planejando um congresso sobre a vida antes da morte, dirigido especialmente para membros idosos da Sociedade Antroposófica. Também está se pensando em retomar o impulso iniciado por Manfred Schmidt-Brabant, antes chamado ‘cultivo das mães de família’ e hoje ‘cultivo da família’. Em janeiro de 2012 a série de congressos terminou com a conclusão do ciclo das aulas da Classe, e Clara Steinemann renunciou à responsabilidade por esse encontro. Estabeleceu-se o Forum Econômico iniciado por Christine Blanke, que em setembro de 2011 se dedicou à ‘Espiritualidade na empresa’, e a cada ano congrega entre 60 e 80 pessoas que têm atividade responsável na área econômica. Além disso, sob responsabilidade de Christopher Houghton Budd, tem continuidade o ‘Economics Conference’, que se dedica a questões de finanças e economia. Duas iniciativas apontam para o futuro. Em primeiro lugar, a intenção de realizar um Forum Social Mundial, incentivada principalmente por Ute Craemer, que traz em si uma boa possibilidade de colaboração entre as Seções Pedagógica e de Ciências Sociais, uma vez que muitos professores atuam em projetos sociais. Em segundo lugar, está se estruturando uma formação continuada no âmbito social, pela iniciativa de Ingo Krampen. | Sebastian Jüngel uma arte teosóficos. Este ano significou também a preparação para os 100 anos da euritmia, em 2012. O congresso público de encenadores de marionetes [Figurenspiele’] ocupou-se do tema ‘Medo e coragem’, com muitas apresentações em diferentes estilos. Um congresso de músicos, bem como diversas jornadas, representaram o trabalho musical da Seção. Uma série de concertos dedicou-se a compositores isolados; a temática dos concertos foi apresentada todas as vezes por Michael Kurtz. Seção de Jovens Pausa criativa E m 2011 três outras Seções estavam em processo de transformação. Depois de dez anos, Elizabeth Wirsching passou a responsabilidade pela Seção de Jovens a Constanza Kaliks. Particularmente para esta Seção o ano de 2011 significou uma pausa criativa, por que Constanza Kaliks, professora de matemática em São Paulo, assumiu somente na passagem de ano 2011/2012, contando com o apoio de Che Wagner e Lisa Seidel. Seção de Artes da Fala e Musicais Seção de Matemática e Astronomia Antes do grande Jubileu Fim do mundo? D P a forma como se deu, foi o primeiro encontro de todos os grupos profissionais de euritmia. Na Páscoa de 2011, 500 euritmistas vieram para o congresso da especialidade, [cujo título foi] ‘O conceito de arte de Rudolf Steiner’. Dias temáticos sobre a arte no palco, a pedagogia, aspectos sociais e terapêuticos foram elaborados em 26 grupos. Desse modo, os temas dos dias permitiram a compreensão da multiplicidade e da unidade da euritmia. O grande arco internacional estendeu-se desde ‘euritmia terapêutica em holandês’ até ‘euritmia no âmbito social em árabe’. Margrethe Solstad, dirigente da Seção, entendeu que esse congresso dos profissionais da área era, ao mesmo tempo, o prelúdio do Congresso de Natal de 2011 no Goetheanum, que se ocupou com a instituição por Rudolf Steiner de um gênero e ara a Seção de Matemática e Astronomia o início do ano de 2011 significou um apogeu. Seu dirigente, Oliver Conradt, retomou a tradição de seu antecessor Georg Glöckler e organizou um congresso de estudos cosmológicos. Cerca de 200 pessoas reuniram-se em torno do tema “Calendário maia – Impulso para um calendário antroposófico – Apocalipse”. A meta do encontro foi esclarecer as conjeturas de destruição (‘fim de mundo’) derivadas do calendário maia. Um outro congresso para estudos ocorreu no outono e ocupou-se do estudo matemático do ‘Representante da humanidade’, bem como à questão de como os membros constituintes do ser humano se espelham na matemática. Relatório anual 2011/2012 | 9 ó Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito Seção de Ciências Humanas Seção de Agricultura Doze anos Entre marketing e meditação I gualmente na Seção de Ciências Humanas fechou-se um ciclo. Na passagem de ano 2011/2012 Martina Maria Sam, que nos últimos doze anos dirigiu a Seção, renunciou a essa função, depois de inaugurar uma rede internacional de grupos de trabalho, e organizar séries de grandes congressos culturais no Goetheanum. Pontos culminantes da conclusão de seu trabalho foram a publicação do terceiro anuário que, mais uma vez, apontou para a plenitude dos temas elaborados pela Seção; e o mesmo vale para o Congresso de Pentecostes sobre o ‘Calendário da alma’ de Rudolf Steiner, sob responsabilidade dela, no qual, em conferências, grupos de diálogo e apresentações de euritmia, se ampliou o horizonte desta obra. Seção de Artes Plásticas Reinício holandês epois das incertezas referentes ao futuro da Seção formou-se um grupo de cinco membros da Seção (Christiane Schwarz-Wellwe, Gottfried Caspar, Martin Zweifel, Michael Howard e Rik ten Cate), sendo este último seu iniciador, que, desde a primavera de 2011 abre o caminho para um reinício do trabalho da Seção. Tendo em vista essa reestruturação, aconteceu no outono um encontro com mais de 80 participantes Ficou evidente, então, que a futura forma de trabalho terá uma orientação próxima da atual. Além disso constatou-se que há mais de um ano já existem atividades de Seção, de formato semelhante, em diversos países como Austrália, Hungria, e EUA. De acordo com Rik ten Cate, o atual coordenador do trabalho da Seção, a nova forma de trabalho da Seção deverá ser decidida em 2012, na época de Ascensão. D Depois de se iniciar a oficina do futuro, em grande estilo durante o congresso anual de 2011, seguiram-se durante o ano passos isolados e renovações com o intuito de criar um solo no qual as ideias formuladas pudessem tornar-se realidade. A Seção de Agricultura abriu o ano de 2011 com um passo incomum: foi possível conquistar os ‘especialistas do futuro’, Nicanor Perlas e Claus Otto Scharmer, para o congresso anual para, num complicado processo de diálogos, tornarem atual o futuro da agricultura biodinâmica. Ao lado de um incrível impulso de energia havia, ao final do congresso, 60 iniciativas e perspectivas mais ou menos realistas. Principalmente pessoas mais jovens pediam um contato melhor com o mundo e com outras fazendas. Disso nasceu o projeto “biodynamic ambassadors”. Ueli Hurter e Reto Ingold, consultor internacional, conduzem o projeto no qual jovens, depois de concluírem sua formação em agronomia, podem trabalhar por tempo limitado em fazendas em fase de implantação. Os primeiros passos evidenciam a necessidade de ambos os lados. Formação continuada condensada Precedendo o congresso de agricultura de fevereiro, há muitos anos ocorre um curso de agricultura e goethianismo. Este ano, sob o título “Como posso tornar-me capacitado para o futuro?” o curso, que antes tinha duração de três semanas, foi reduzido para uma semana, para dar possibilidade às pessoas ocupadas com seu trabalho. Em compensação, ele é ministrado pelos dirigentes da Seção. Foram convidadas pessoas responsáveis pelo movimento biodinâmico de 14 países. A nova forma da semana de aprofundamento deve permitir às pessoas inseridas no trabalho de se certificarem sobre o sentido de sua própria atuação. Algo semelhante vale para o seminário de culinária que, pela primeira vez, aconteceu em língua francesa. A meta é obter multiplicadores que, em diversas línguas, possam conduzir o grande congresso de culinária. Um outro foco importante são as formações, cursos e palestras que Ueli Hurter, Thomas Lüthi e Jean-Michel Florin ministram em numerosas fazendas, por exemplo, na Espanha, Itália, Grã-Bretanha, Eslovênia, China e Índia. No centro do trabalho conjunto estava cada vez mais o método de trabalho do ‘processo do U’, de Claus-Otto Scharmer. Cada participante cria um espaço de atenção no qual possam penetrar imagens e ideias do futuro. “Não se espera que a Seção diga o que é verdadeiro ou falso, mas que possamos contribuir para que cada um consiga destravar suas próprias fontes”, diz Ueli Hurter, o dirigente da Seção. Dar um sentido espiritual ao trabalho Muitas questões estão relacionadas com a distância entre certificação e marketing, de um lado, e necessidades e expectativas espirituais de cada um, do outro. Assim, de acordo com Jean-Michel Florin, as perguntas focam principalmente o sentido espiritual do trabalho. Para aumentar a proximidade com a prática, o grupo de representantes está sendo rejuvenescido, e conduzido de forma tal, que seja possível dedicar-se às questões em cada um dos países. No futuro o círculo de conselheiros internacionais também deve ficar mais conectado pela rede, para possibilitar uma troca sobre as questões atuais da agricultura biodinâmica no mundo inteiro. | Wolfgang Held Helmy Abouleish (SEKEM) no Congresso de Agricultura de 2012 10 | Relatório anual 2011/2012 ó Goetheanum No ano do jubileu Festa exterior e transformação interior Por ocasião do jubileu dos 150 anos de Rudolf Steiner, o Goetheanum viu-se retratado em revistas, exposições e reportagens televisivas numa plenitude antes desconhecida. Por mais monolítico e atemporal que o edifício possa parecer, atualmente múltiplas transformações estão desempenhando importante papel. O s pontos altos do ano de jubileu foram o ato festivo comemorando o aniversário de 150 anos de Rudolf Steiner, cujos oradores principais foram Ha Vinh Tho e Otto Schily, o congresso subsequente, bem como os ciclos de palestras de Sergei Prokofieff, além das reuniões anuais das Seções. Foi muito gratificante que mesmo o sexto e o sétimo ciclo da nova encenação dos Dramas de Mistérios de Rudolf Steiner tiveram bastante público. Isso deu coragem para se levar ao palco, também no verão e inverno de 2012, um oitavo e um nono ciclos. Uma experiência agradável é que numerosos espectadores assistem uma segunda vez às apresentações dos Dramas de Mistérios. Além das apresentações no grande Salão do Goetheanum houve, sob o título “Os Dramas de Mistérios muito próximos”, apresentações menores, emolduradas por palestras, em numerosos lugares, tais como, Munique, Berlim, Leipzig ou na região do Lago de Constança. Conjunto teatral autônomo Diante desse sucesso é tanto mais lamentável não ter sido possível manter um conjunto de teatro estável. As atrizes e os atores só podem ser contratados para um tempo limitado de ensaios e apresentações. No entanto, para dar continuidade ao trabalho promissor, algumas atrizes e atores decidiram levar apresentações cênicas e temáticas dos Dramas de Mistérios nos moldes de “Os Dramas de Mistérios muito próximos” a um círculo de público mais amplo. Angelina Gazquez e Jens Bodo Meier, participantes do conjunto, assumiram a organização desse conjunto autônomo. Em setembro Margrethe Solstad, a nova dirigente do conjunto de euritmia, assumiu o trabalho de palco. Em novembro de 2011 os primeiros resultados de um novo repertório chegaram ao palco. Um ponto culminante foi o concerto duplo para dois violinos de Johann Sebastian Bach. O Despertar das Almas, cena 15: Benedictus e Árimã No outono de 2011 teve início a exposição “Goetheanum um a um”. Tendo em vista os 100 anos do Goetheanum, a exposição e o programa ao seu redor tinham como meta apresentar de modo renovado o edifício como escultura, e toda a obra artística de Rudolf Steiner. Johannes Nilo foi o responsável pela exposição. Na primavera de 2011 ele assumiu a responsabilidade pelo arquivo e documentação do Goetheanum. Aclaramento da vida social As reduções de quase 20% do orçamento no final de 2010 acabaram por evidenciar suas consequências. Depois desses cortes, em parte bem dolorosos, seguiram-se em 2011 passos que devem levar a um aclaramento da vida social. O colegiado da Escola Superior começou a conversar com Friedrich Glasl, o investigador de conflitos e assessor de desenvolvimento, sobre as concepções divergentes relativas à Sociedade Antroposófica, Goetheanum e Escola Superior. Paralelamente, dirigentes de diversas atribuições no Goethea- num, em conjunto com representantes da Diretoria e alguns dirigentes de Seções, representantes do Círculo de confiança e da dirigente da Seção de Pessoal, com o apoio de Joachim Ziegler da consultoria de empresas antroposóficas ‘Mira Entwicklungsbegleiter’ [Assessoria de desenvolvimento Mira] reorganizaram as múltiplas evoluções de trabalho na vida do Goetheanum. Nesse contexto os colaboradores foram interrogados detalhadamente, para também trazer à consciência questões e problemas ocultos do conjunto. Três pontos principais dessas entrevistas: existe um elevado grau de engajamento de cada um pelo Goetheanum; muitos colaboradores têm a preocupação de que ideias frutíferas não são colocadas suficientemente em prática; e finalmente, houve a frequente formulação do desejo de que a Diretoria formule metas de trabalho para o desenvolvimento do Goetheanum e, ao mesmo tempo, seja aliviada de sua enorme quantidade de trabalho. Desde o verão de 2011 os Secretários Gerais da Holanda (Ron Dunselman), da Suíça (Marc Desaules) e da Alemanha (Hartwig Schiller) participam mensalmente das reuniões da Diretoria. Desse modo, a forma de trabalho da Diretoria, até então fechada, passa a ser uma forma internacional, federal. Para essa abertura foi igualmente necessária a nova forma de confirmação dos membros da Diretoria na Assembleia Geral: a cada sete anos eles se candidatam novamente à eleição pela Assembleia. A morte de Heinz Zimmermann significou uma grande incisão no trabalho antroposófico do Goetheanum. Mesmo tendo se afastado já em 2008 de sua atividade junto à Diretoria, seu conselho, seu engajamento no campo do estudo e da formação continuada, e sua mera presença, constituíam um pilar da vida antroposófica. É uma grande sorte que nos últimos anos, devido à íntima colaboração de Heinz Zimmermann e Robin Schmidt, puderam surgir duas publicações sobre o estudo e a prática meditativa antroposóficos. Infelizmente, desde a última Assembleia Geral, a Diretoria teve de renunciar à colaboração de Sergei Prokofieff, por motivo de saúde, tendo ficado combinado que ele terá uma licença até a primavera de 2013, para poder restabelecer-se e poder dar continuidade à sua atividade de escritor. | Wolfgang Held Relatório anual 2011/2012 | 11 ó S O C I EDA D E A NTRO PO SÓ FI CA Relatório financeiro da Sociedade Antroposófica Geral Queridos membros Na Assembleia Geral de 16 de abril de 2011 assumi a tarefa de gerenciar as finanças da Sociedade Antroposófica Geral, antes sob a responsabilidade de Cornelius Pietzner. Por já estar claro no ano de 2010 que ele se retiraria na Assembléia de 2011, eu já respondia naquela ocasião pelo orçamento. Devido aos déficits estruturais dos últimos anos, vimo-nos obrigados a optar por um corte no orçamento da ordem de 21%. Isso acarretou uma economia penosa e substancial. Pela primeira vez, ainda, o orçamento não contou com nenhuma doação. A grande questão era se o Goetheanum sobreviveria com um orçamento tão reduzido. A experiência demostrou ser isso possível, sobretudo pelo grande engajamento de nossos colaboradores, pelo que gostaria de exprimir aqui minha maior gratidão. Contabilidade de sucesso A primeira boa nova é que o orçamento, independente das contribuições dos membros e doações espontâneas, foi mantido. Este foi um grande feito, tendo em vista o orçamento consideravelmente reduzido. Por outro lado, recebemos doações de 475 mil francos suíços a menos em contribuições de membros e 618 mil francos suíços a menos em doações espontâneas do que constava no orçamento, o que em parte se deveu à valorização de nossa moeda frente a outras, principalmente ao Euro. Por sorte uma iniciativa especial em prol da equalização das moedas na Suíça, na Holanda e na Alemanha, aliada a uma doação recebida no montante de 405 mil francos suíços, com destinação prévia, proporcionou um equilíbrio parcial do orçamento. Totalmente inesperado, porém, foi o fato feliz de recebermos no ano de 2011 um legado no valor de 5 milhões e 100 mil francos suíços. Somos gratos aos amigos que legaram seus bens em testamento ao Goetheanum; eles tornaram possível a realização de nossa tarefa com mais propriedade. Dos legados, utilizamos uma parte (12 milhões de francos) para cobrir os gastos, o restante (3 milhões e 810 mil) serviram para ajustar o orçamento (1milhão e 120 mil, vide observação 6 do saldo positi- O tesoureiro e seu assistente: Paul Mackay e Hans Hasler vo), aplicações em fundos e provisões (2 milhões e 530 mil francos, vide observação 7 do saldo positivo) e aumento do patrimônio líquido (16 milhões). Como os senhores veem, dividimos o saldo positivo em duas partes, isto é, uma parte com um resultado dentro das expectativas e outro com um resultado inesperado. Para nós era importante visualizarmos uma administração saudável, visando uma meta de longo prazo de se chegar a um resultado equilibrado. Com isso será possível liberar o superávit para investimentos, reformas e projetos, como por exemplo, a próxima encenação do Fausto, assim como a obra artística e escrita de Rudolf Steiner. Balanço O balanço de 31 de dezembro de 2011 foi elaborado da forma mais simples possível. Entre os investimentos financeiros encontra-se, entre outros, a participação na Weleda AG. Tivemos retorno tanto das ações como dos títulos de participação de valor nominal. Essa participação é de importância essencial para nós. A participação na Vital AG, que administra o refeitório, reduzimos a 1 franco suíço, por considerarmos esta participação parte integrante da in- fraestrutura do Goetheanum. Finalmente reduzimos em 50% o valor de um empréstimo à Hestia Genossenschaft, proprietária do refeitório e do imóvel que abriga o centro de vivência Haus Friedwart. No item ativo imobilizado, conferimos a todas as instalações do Goetheanum o valor de 1 franco para sinalizar que essas instalações não possuem valor financeiro. No lado do passivo encontram-se, no item exigível no longo prazo, entre outras, as doações com direito de reversão. Esta é uma forma de financiamento cuja prática pretendemos cultivar com ênfase renovado. Isso se processa da seguinte forma: o Goetheanum recebe a doação com a condição de que a quantia doada possa ser resgatada. Desta forma, o doador tem a segurança de que, caso encontre-se em dificuldade, poderá receber a doação de volta. Com a morte, a doação passa a ser definitiva. Contribuições dos membros As contribuições dos membros nos trazem certa preocupação. Parece-nos que a forma como são encaminhadas as contribuições que vão direto para o Goetheanum ou dos grupos e sociedades territoriais não correspondem totalmente ao es- 12 | Relatório anual 2011/2012 ó Sociedade Antroposófica pírito da adesão de um membro. Salta aos olhos que a forma de encarar esse tema varia muito de um país para outro. Antes de tudo, o membro ingressa na Sociedade Antroposófica Geral. Adicionalmente ele pode ingressar em um grupo, em uma sociedade territorial ou em um ramo. Em muitos lugares não existe a devida consciência desse fato. Notamos que a contribuição desses membros à Sociedade Antroposófica Geral, isto é, ao Goetheanum, não é encarada como uma prioridade, mas como contribuição secundária. Com isso, a contribuição média anual por membro é de 85 francos suíços, apesar de oficialmente haver um acordo de que a contribuição seria de 125 francos suíços. Felizmente isso não acontece em países como a Suíça e a Alemanha. Juntamente com os membros, gostaríamos de encontrar um caminho que permita o despertar da consciência para este tipo de engajamento na Sociedade Antroposófica Geral. Somente em conjunto podemos dar conta das tarefas na Sociedade Antroposófica e na Escola Superior. Observações: 1. Vide relatório financeiro 2.Desse valor, cerca de 41.000 francos suíços de rendimento provenientes da venda de ações e cerca de 80.000 de receita advinda de juros relativos ao direito de construção e ajuste de contas de aluguel de um imóvel herdado. 3. Desse valor, 53 mil francos suíços de juros de empréstimo e juro bancário a descoberto. 4. Vide observação 4 relativa ao balanço. O valor constante no item despesa é suficiente para a manutenção das moradias, no entanto não houve dedução desta quantia no momento. 5. Com esta quantia, o Goetheanum ajuda antigos colaboradores que prestaram serviços em tempos passados e ainda não possuem uma aposentadoria suficiente para seu sustento. O montante é menor a cada ano, uma vez que são feitas provisões suficientes para a aposentadoria durante o período ativo de trabalho para colaboradores que ingressaram mais tarde. 6. Dentre as despesas excepcionais encontramse especialmente ajustes de balanço no valor de 1 milhão e 120 mil francos suíços, citadas no relatório financeiro: no total, 320 mil francos suíços de correção de empréstimo Hestia, 667 mil de redução do valor do balanço da Weleda AG em forma de ações e títulos de participação de valor nominal, 100 mil francos suíços de dedução da participação da Vital Speisehaus AG, assim como algumas pequenas correções. 7. Nos saques de fundos e provisões, trata-se de doações de anos anteriores, utilizadas agora; nos depósitos estão incluídas doações com destinação prévia e receitas provenientes do ano de 2011, que só serão utilizadas nos próximos anos. Da mesma forma, aqui se incluem os 2 milhões e 530 mil francos suíços Sociedade Antroposófica Geral Resultado positivo da contabilidade de 2011 2010 2 011 !"#$%$&!'()$*+&!+,!-*(./$&!&012$&3 RECEITA Contribuições dos membros Contribuições de instituições, sem destinação específica Doações espontâneas Doações com destinação específica Contribuições e Doações Eventos, Estudos e Aperfeiçoamento Publicações, Semanário Serviços Receita financeira Receita própria 45& 4'100'069 1 4'217'483 1'949'868 1'432'348 2'672'178 10'154'463 1 2'759'957 1'835'912 2'355'072 11'168'423 2'423'729 1'189'114 995'886 227'858 4'836'587 RECEITA TOTAL 2 3'329'642 1'353'086 1'062'611 600'280 6'345'618 14'991'050 17'514'042 Despesas com Eventos e Estudos Despesas com serviços Manutenção Prédio, Terreno, Mobiliário Despesas financeiras -2'090'286 -2'426'323 -1'046'047 -80'601 -2'766'552 -3'112'459 -1'322'240 -530'270 TOTAL DE DESPESAS -5'643'257 DESPESAS Resultado Bruto Salário dos colaboradores inclusive benefícios Resultado esperado 3 -7'731'520 9'347'793 9'782'522 -10'540'100 -12'800'673 -1'192'307 -3'018'151 1'317'547 -719'000 1'289'040 -592'494 Moradias dos colaboradores Receita Despesa Resultado Gastos com antigos colaboradores 598'548 4 696'547 -309'600 5 -328'016 Ocorrências excepcionais e não usuais para o período Receita Despesa Resultado 106'724 -1'243'262 -1'136'537 35'412 -315'865 6 -280'453 Fundos e provisões Saques Depósitos Resultado 141'514 -2'958'053 -2'816'539 2'254'694 -153'872 7 2'100'822 Legados Doação voluntária Legados sem destinação prévia 4'922'398 92'000 643'443 - Resultado 5'014'398 Resultado excepcional 1'350'270 2'832'343 -1'192'307 1'350'270 -3'018'151 2'832'343 157'963 -185'808 Resultado esperado Resultado excepcional Resultado que, provindos dos legados deste ano, devem-se aos fundos e provisões mencionados: 63 mil francos suíços para Estudos e Aperfeiçoamento, 20 mil francos para apresentações de euritmia, 150 mil para participações na Vital Speisehaus AG, 100 mil francos para os trabalhos de preparação de uma nova encenação do Fausto, 100 mil francos para o fundo da obra artística e escrita de Rudolf Stei- 8 643'443 ner, 95 mil francos para a reforma da casa de um dos colaboradores, assim como 2 milhões de francos para trabalhos de reforma do Goetheanum. 8. Os legados vieram dos seguintes países: Suíça, Alemanha, Holanda, Grã-Bretanha, USA, Canadá, Austrália, em forma de dinheiro, ouro, joias, imóveis e a venda de um violino Guarneri. Relatório anual 2011/2012 | 13 ó Sociedade Antroposófica A preocupação em torno das contribuições dos membros levou-nos também a rever as contribuições das instituições. Após 100 anos de existência da Antroposofia, em que muitas pessoas se ocupam a partir da Antroposofia, surgiram muitas instituições antroposóficas. Entre outras instituições, a firma Weleda contribui com uma parcela significativa. A pergunta é se outras instituições antroposóficas podem e querem fazer tal contribuição. O Goetheanum como unidade diferenciada É importante para mim que o Goetheanum seja encarado como sede da Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito e da Sociedade Antroposófica. Tudo aquilo que acontece no Gotheanum deve ser visto à luz da Escola Superior e da Sociedade. O palco não deve ser visto como teatro, mas sim como local onde vive o impulso artístico antroposófico. Também o prédio do Gotheanum é expressão desse impulso artístico. A Sociedade Antroposófica compõe a mantenedora que sustenta a Escola Superior Livre. Os orçamentos para as seções que lhes apresentamos devem ser encarados como simples orçamentos de valor relativo, uma vez que despesas como, por exemplo, o valor destinado a empréstimo de espaços, a eventos, ao teatro, bem como aos serviços administrativos não são debitados nas despesas das seções. O todo deve ser visto como uma unidade diferenciada. No final de meu relatório gostaria de chamar a atenção para o fato de havermos proposto o nome de Justus Wittich para aprovação na Assembleia Geral como novo membro da Diretoria. Ele ocupará o cargo de tesoureiro responsável pelas finanças. Quando me pediram que assumisse por um tempo as finanças, pedi a Hans Hasler que me desse suporte nessa tarefa. Gostaria, aqui, de expressar minha maior gratidão por seu apoio. Sem ele, não estaríamos agora no ponto onde nos encontramos. Também ele passará sua tarefa a um sucessor. Finalmente gostaria de agradecer-lhes, queridos membros, pelo seu apoio ativo através de suas contribuições, doações e mais que isso, de sua confiança. | Paul Mackay !"#$%&'&%()*+,"-"./0#'(1%,'2 3'2'*4"(&%(56(&%(&%7%89,"(&%(:;66(%8(#"8-','4<"(#"8(:;6; !"#$%$&!'()$*+&!+,!-*(./$&!&012$&3 56=6:=66 )>?@A! 56=6:=6; 45& )BC"(#$,#D2'*+% 6(78(&9!:(./$& !!!!!!!!;<=>?<@A@ 6*+%$*+&!+!D*(.&-+*E./7(& !!!!!!!!;<FFA<CCG ?*C%.B8%*+".(0*'*#%$,". H,I*J&K,$&9!LD0)$&!%+!'()$*+&!+!I(*K/7I(2M+&! !!!!!!!!=<B>A<A@; )BC"(?8"9$2$7'&" N*J%7$!%$!O$+DP+(.0,9!D+**+.$9!,$57)7Q*7$ !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!; R()S$ !!!!!!!!;<F=@<BAB T$*(%7(&!%$&!/$)(5$*(%$*+& !!!!!!!!C<=;C<FB? >A>)E(FA()>?@A (((((6GH:I6HJI6 !!!; !!!!!!!!;<BC=<C?> !!!!!!!!;<C>F<?F? !!!B !!!!!!!!=<?CC<A=? !!!!!!!!!!!!!CA<>G= !!!A !!!!!!!!;<?BA<CA; !!!> !!!!!!!!C<=;;<=BG (((((6GH5KJHILG M)!!?@A M'..$C"(N$,#D2'*+% 6*+%$*+&!+!/$,I*$,7&&$&!%+&&(!.(D0*+U( OP$QRC%2(*"(2"*Q"(-,'7" V$(2M+&!/$,!%7*+7D$!%+!*+'+*&S$ H,I*J&K,$!($!O$+DP+(.0, W+)(DX*7$&!%+!/$.&D*02S$!+!+,I*J&K,$!I(*(!!! $!&()S$ H,I*J&K,$!I(*(!7,X'+7&!%+!/$)(5$*(%$*+& M'+,$8S*$"(ERTD$&" Y0.%$&!+!*+&+*'(& !"#$%&'&()*&+',-."*&(/0/012//3/0/012/2 !"&$;<=)'(12//312/2 !!!!!!!!;<@CB<;AC !!!!!!!!B<C=?<F;; !!!!!!!!><?G><F@A !!!C !!!!!!!!C<FFG<FAF !!!!!!!!;<>>><>>A !!!= !!!!!!!!;<G@G<;GF !!!!!!!!;<F=@<;G> !!!G !!!!!!!!;<?BB<C=G !!!!!!!!A<;;G<@@@ !!!F !!!!!!!!A<;>G<@@@ !!!!!!!!><BFC<>BB !!!? !!!!!!!!;<GCC<;FB (((((((((((((((45262// (((((((((((((((/7>6:54 (((((((((((((((78769/: (((((((((((((3/976929 W+/0*&$&!%7&I$.1'+7&!A;Z;BZB@;;[A;Z;BZB@;@ !!!!!!!!!!!C;G<?G> >A>)E(FA(M)!!?@A (((((6GH:I6HJI6 !!!!!!!!!!!A=@<@;; (((((6GH5KJHILG Observações: 1 O montante de recursos líquidos foi influenciado por uma herança recebida pouco antes do final do ano. 2 Deste montante (em mil francos suíços) 1.000 Aplicação de dinheiro por um ano e meio até o início dos projetos de construção 320 Empréstimo à Hestia Genossenschaft, valor corrigido 10 Obrigações 3.079 Ações da Weleda (5670) e títulos de participação (3444) de valor nominal assim como títulos de participação simbólicos correspondentes a um franco. 3 Desde a época da construção do Salão, 1996-1998, este montante não foi amortizado. No balanço, entre os passivos, encontra-se no item “Relatórios de construção e empréstimo para o salão”. 4 Este item contém 42 prédios, assim como 23 casas próprias, totalizando cerca de 95 contratos de locação para colaboradores e 50 quartos de estudantes. O valor do seguro desses imóveis está bem acima do valor constante no balanço. 5 Em anos anteriores, as doações com direito de reversão contribuíram significativamente para o financiamento de planos de construção e projetos. Dessas doações, no ano de 2011, só foi reivindicada a devolução de 40 mil francos suíços. Neste mesmo tempo 848 6 7 8 9 mil francos suíços tornaram-se doações definitivas em decorrência da morte dos doadores e foram contabilizados como doações ou legados. Neste item trata-se de empréstimos disponibilizados para o Goetheanum, totalmente sem juros ou a juro muito baixo para pagamento a longo prazo. 1 milhão e 650 mil relatórios de construção, 207 mil francos de empréstimos sem juros. No decorrer do ano houve uma redução de 63 mil francos suíços devido à morte do doador ou transformação em doação definitiva. Esse montante foi utilizado na amortização do salão. Vide observação 3. Hipotecas de bancos e fundos de pensão assim como empréstimos de colaboradores para compra de imóvel. Fundos e provisões (em mil francos suíços) 2’564 fundo de reforma do Goetheanum: telhado, concreto, terraço, palco 610 fundos diversos das seções 305 fundos diversos para projetos 100 fundo para os trabalhos de preparação do Fausto 100 fundo Obra de Rudolf Steiner 142 fundo Estudos e Aperfeiçoamento 32 fundo Documentação e Biblioteca 95 provisão para reforma da casa de colaboradores 338 outros fundos 14 | Relatório anual 2011/2012 ó Sociedade Antroposófica Sociedade Antroposófica Geral 011, resultado 2011 e orçamento 2012, classificados por setores Orçamento 2011 Em 1.000 francos suíços Doações Doações e contribuições de Instituições Contribuições de membros Congressos anuais Receita Despesa Resultado 2011 Receita Despesa Orçamento 2012 Receita Despesa 2'050 1'900 4'575 415 -361 1'432 1'950 4'100 181 -220 2'000 2'100 4'300 41 -41 Seção Antroposófica Geral 546 -654 825 -974 584 -582 (incluso Estudos e Aperfeiçoamento) (incluso Impulso cultural) 316 128 -448 -128 348 144 -498 -145 437 128 -437 -128 Seção de Jovens Seção Matemática e Astronomia Seção de Medicina Seção de Ciências Naturais Seção Pedagógica Seção de Belas Artes Seção de Agronomia Seção de Arte da Fala e Música Seção de Belas Artes Seção de Ciências Sociais 95 27 1'265 496 477 322 409 147 - -233 -120 -1'340 -732 -526 -10 -461 -563 -285 -10 60 86 1'394 502 683 7 346 286 125 92 -200 -178 -1'484 -829 -786 -66 -486 -407 -243 -91 89 78 1'464 512 1'136 350 391 29 40 -257 -274 -1'539 -750 -1'207 -75 -490 -543 -74 -67 Diretoria e Secretaria Comunicação e documentação 1'123 -1'280 -1'675 -1'323 -1'788 -124 -322 -1'230 5 990 - -1'252 -1'546 2 11 1'110 47 1'308 - Palco do Goetheanum 540 - para Dramas de Mistérios 530 Administração de obras no Goetheanum Recepção e gerenciamento de eventos Funcionários Finanças Computação Receita não gasta e despesas - para publicações - para documentação - para semanários Moradia de colaboradores Despesas com aposentadoria Legados Ajustes de balanço, resgate de fundos e provisões provenientes de legados. Ao patrimonio 109 1'199 -126 -420 -1'242 -2'630 1'428 -540 811 857 48 73 - -2'965 -869 -331 -340 -304 -43 1'311 - -640 -303 - - -122 -332 -1'092 -3'318 690 -2'472 -930 600 -600 1'088 115 10 12 1 321 -3'186 -1'045 -237 -380 -293 -302 1'035 50 5 -3'121 -916 -268 -375 -313 -51 1'318 4'922 -719 -311 - 1'330 - -730 -275 - 17'217 -17'217 -3'615 - -158 16'676 Essa tabela demonstra aquilo a que nos propusemos para o ano de 2011 (orçamento de 2011), o que resultou disso, ou seja, a prestação de contas de 2011, assim como as metas de trabalho para o ano que se inicia (orçamento de 2012). A diferença entre orçamento e resultado 2011 deve-se, em primeira linha, aos legados. O aumento do orçamento de 2012 em relação ao ano de 2011 tem a ver com o grande congresso que acontecerá na seção pedagógica, o que demandou grandes ajustes. 20 970 -16'676 22'638 Aquilo que foi apresentado como receita/despesa, refere-se, apenas e tão somente, aos recursos destinados diretamente, atrelados à respectiva seção ou área administrativa. O Goetheanum, com todas as seções e áreas administrativas constitui um organismo coeso, no qual cada parte depende de muitas formas do todo. Custos que recaem sobre o palco, sobre a administração do prédio ou em outra parte qualquer, referentes às atividades de outros setores, não são computados e -22'638 nem descontados. Cada doação recebida pelo Goetheanum, sem finalidade imediata, ajuda a pagar o todo. Neste sentido, as tarefas da Sociedade Antroposófica Geral e da Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito encontra-se em íntima relação com suas seções. © 2011 Sociedade Antroposófica Geral, representada por Bodo von Plato. Editores: Wolfgang Held (conteúdo e produção). Tradução: Karin Glass, Sonia Setzer e Maria do Carmo Revisão: Valdemar Setzer. Utilize o seguinte endereço para contactar os editores: Wochenschrift Das Goetheanum, Postfach, CH–4143 Dornach, Switzerland; fax +41 61 706 44 65; [email protected] Relatório anual 2011/2012 | 15 ó Endereços Sociedade Antroposófica Geral Postfach, CH-4143 Dornach 1 www.goetheanum.org Diretoria do Goetheanum Virginia Sease Andrea Jeserich, Tel. +41 61 706 43 12 [email protected] Paul Mackay Monika Clément, Tel. +41 61 706 43 09 [email protected] Bodo von Plato Renate Braun, Tel. +41 61 706 43 07 [email protected] Sergej Prokofieff Ute Fischer, +41 61 706 43 11 [email protected] Seija Zimmermann Tanja Hietsch. Tel.+41 61 706 43 64 [email protected] Secretário geral: Michael Mösch Bulgária Sociedade Antroposófica na Bulgária Tel. +359 2 980 84 86 [email protected] Representante territorial: Traytcho Frangov Canadá Anthroposophical Society in Canada [email protected] Secretário geral: Arie van Ameringen Chile Rama Christophorus [email protected] Rama Santiago [email protected] Rama Sophia Tel. +562 2250056 [email protected] Colômbia Rama Micael Tel. +57 4 266 53 61 [email protected] Secretariado de membros Dirigente: Angelika Pauletto Tel. +41 61 706 42 72 Fax +41 61 706 43 14 [email protected] Rama Santiago Apóstol Tel. +57 2 513 34 22 [email protected] África do Sul Croácia Anthroposophical Society in Southern Africa Tel. +27 21 788 1022 [email protected] Antropozofsko društvo ‘Marija Sofija’, Zagreb Tel. +385 1 468 02 70 [email protected] Alemanha Dinamarca Anthropos. Gesellschaft in Deutschland Tel. +49 711 164 31 21 [email protected] Secretário geral: Hartwig Schiller Antroposofisk Selskab Danmark Tel. +45 86 27 60 60 [email protected] Secretário geral: Troels Ussing Argentina Egito Sociedad Antroposófica en la Argentina Tel. +54 11 4702 98 72 [email protected] Representante territorial: Rosa Körte Ramo Sekem da Sociedade Antroposófica Tel. +20 2 2656 41 24 [email protected] Ásia Sociedad Antroposófica Rama Micael Tel. +593 2 240 76 21 [email protected] Representação da Sociedade Antroposófica Geral na Ásia Tel. +64 6 855 55 99 [email protected] Australia Anthroposophical Society in Australia Tel. +61 2 9417 6046 [email protected] [email protected] www.anthroposophy.org.au Secretário geral: Peter Glasby, Ian Baker-Finch Áustria Sociedade Antroposófica Geral na Áustria Tel. +43 1 505 34 54 [email protected] Secretário geral: Helmut Goldmann Bélgica Antroposofische Vereniging in België Tel. +32 9 233 54 58 [email protected] Secretário geral: Mario Damen Brasil Sociedade Antroposófica no Brasil Tel. +55 11 568 742 52 [email protected] Equador Eslováquia Slovenská antropozofická spoločnost' Tel. +421 2 4445 36 90 [email protected] Representante territorial: Erich Šašinka Espanha Sociedad Antroposófica en España Tel. +34 91 115 34 78 [email protected] Representante territorial: Leonor Montes Estônia Tel. +33 1 43 26 09 94 www.anthroposophie.fr Secretário Geral: René Becker Georgia Sociedade Antroposófica na Georgia Tel. +995 32 99 95 76 [email protected] Representante territorial: Nodar Belkania Grã-Bretanha Anthroposophical Society in Great Britain Tel. +44 207 723 44 00 [email protected] Secretário geral: Ann Druit, Philip Martyn Michael Branch [email protected] México Rama Juan de la Cruz Tel. +52 5 617 68 54 [email protected] Namíbia Grupo de estudos antr. na Namibia Tel. +264 61 234 702 [email protected] Noruega Antroposofisk Selskap i Norge Tel. +47 22 60 00 67 [email protected] Secretário geral: Frode Barkved Holanda Nova Zelândia Antroposofische Vereniging in Nederland Tel. +31 30 691 82 16 [email protected] Secretário geral: Ron Dunselman Anthroposophical Society in New Zealand Tel. +64 6 877 66 56 [email protected] Secretário geral: Sue Simpson Hungria Magyar Antropozófiai Társaság Tel. +36 1 336 04 26 [email protected] Representante territorial: Zsuzsa Mesterházi Peru Índia Anthroposophical Society in India [email protected] www.anthroposophyindia.org Representante territorial: Aban Bana Towarzystwo Antropozoficzne w Polsce Tel. +48 22 666 88 32 [email protected] Representante territorial: Ewa Wasniewska Irlanda Portugal Anthroposophical Society in Ireland Tel. +353 505 42830 [email protected] Representante territorial: Martin Henry Sociedade Antroposófica em Portugal Tel. +351 967 239 920 [email protected] Representante territorial: Fritz Wessling Islândia República Tcheca Antróposófiska félagiđ á Íslandi Tel. +354 4 86 60 22 [email protected] Representante territorial: Gudfinnur Ellert Jakobsson Anthroposofická společnost v Ceské rebublice Tel. +420 246 030 358 [email protected] www.anthroposof.org Representante territorial: Anezka Janátová Israel Elija Branch [email protected] Sophia Branch [email protected] Hillel-Zweig Tel. +972 4 983 20 67 [email protected] Itália Filipinas Japão Grupo antroposófico no Japão Tel. +81 44 954 2156 [email protected] Suomen Antroposofinen Liitto Tel. +358 9 696 25 20 [email protected] Secretário geral: Leena Westergrén Grupo antroposófico no Japão Tel. +81 3 69 08 82 56 [email protected] França Círculo antroposófico Shikoku [email protected] www.anthro-4.jp Société Anthroposophique en France Lituânia Anthroposophical Society in Hawaii Tel. +1 808 988 45 55 [email protected] Representante territorial: Van James Eesti Antroposoofiline Selts [email protected] Representante territorial: Jaanus Möldre Finlândia Anthroposophischer Zweig in Lettland Tel. +371 2 9 16 50 00 [email protected] Hawai Società Antroposofica in Italia Tel. +39 02 659 55 58 [email protected] Secretário geral: Stefano Gasperi Anthropos. Group in the Philippines [email protected] Letônia Sociedad Antroposófica en el Perú Tel. +51 1 471 12 33 [email protected] Polônia Romênia Societatea Antroposofica din România Tel. +40 21 323 20 57 [email protected] Representante territorial: Gheorghe Paxino Rússia Anthroposophische Gesellschaft in Russland Tel. +7 495 695 09 64 [email protected] Representante territorial: Alexey Zhukov Sérvia Antroposofski Kulturni Centar Beograd Tel. +381 11 15 81 35 [email protected] Suécia Antroposofiska Sällskapet i Sverige Tel. +46 8 55 43 02 20 [email protected] Secretario General: Mats-Ola Ohlsson 16 | Relatório anual 2011/2012 ó Endereços Suíça Anthroposophische Gesellschaft in der Schweiz Tel. +41 61 706 84 40 [email protected] Secretário geral: Marc Desaules Tailândia Estudos e Aperfeiçoamento n0 Goetheanum Secretaria: Ursula Schönholzer Tel. +41 61 706 42 20 [email protected] Seção de Jovens Seção de Belas Ciências Acervo de Arte do Goetheanum Direção: Bodo von Plato Tel. +41 61 706 43 82 [email protected] Tel. +41 61 706 42 85 [email protected] Seção de Ciências Sociais Publicação semanal ‹Das Goetheanum› Direção: Paul Mackay Tel. +41 61 706 43 09 sektion.sozialwissenschaften @goetheanum.ch Tel. +41 61 706 44 64 Fax +41 61 706 44 65 [email protected] www.dasgoetheanum.ch Antrhoposophical Group in Thailand Tel. +66 2 792 0670 [email protected] Representante: Porn Panosot (Seção para a Busca espiritual dos jovens) Direção: Constanza Kaliks Tel. +41 61 706 43 91 [email protected] www.youthsection.org Ucrânia Seção de Matemática e Astronomia Sociedade Antroposófica Ramo Kiew Tel. +380 44 572 89 93 [email protected] Direção: Dr. Oliver Conradt Tel. +41 61 706 42 26 [email protected] www.mas.goetheanum.org Goetheanum Seção de Medicina Virginia Sease, Paul Mackay, Bodo von Plato, Sergej Prokofieff, Seija Zimmermann [email protected] Uruguai Sociedad Antroposófica Rama Novalis Tel. +5982 619 33 70 USA Anthroposophical Society in America Tel. +1 734 662 93 55 [email protected] Secretário geral: Torin Finser Direção: Dr. med. Michaela Glöckler Tel. +41 61 706 42 90 [email protected] www.medsektion-goetheanum.ch Coordenação Internacional de Medicina Antroposófica/IKAM michaela.gloeckler @medsektion-goetheanum.ch Seção de Ciências Naturais Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito Postfach, CH-4143 Dornach 1 Tel. +41 61 706 43 12 Fax +41 61 706 43 14 [email protected] www.goetheanum.org Colegiado da Escola Superior no Goetheanum Oliver Conradt, Jean-Michel Florin, Michaela Glöckler, Ueli Hurter, Johannes Kühl, Thomas Lüthi, Paul Mackay, Florian Osswald, Bodo von Plato, Sergej Prokofieff, Claus-Peter Röh, Martina Maria Sam, Virginia Sease, Margrethe Solstad, Christof Wiechert, Elizabeth Wirsching, Seija Zimmermann Seção antroposófica geral Direção: Paul Mackay, Cornelius Pietzner, Bodo v. Plato, Sergej Prokofieff, Virginia Sease, Seija Zimmermann [email protected] Direção: Johannes Kühl Tel. +41 61 706 42 10 [email protected] Seção Pedagógica Livraria do Goetheanum Postfach, CH-4143 Dornach 1 Diretoria do Goetheanum Recepçao e Eventos Direção: Katharina Hofmann Informação Tel. +41 61 706 42 42 Fax +41 61 706 44 46 [email protected] www.goetheanum.org Visitas guiadas Tel. +41 61 706 44 38 [email protected] Direção: Claus-Peter Röh, Florian Osswald Tel. +41 61 706 43 15 [email protected] www.paedagogik-goetheanum.ch Comunicação e contato com o público Seção de Belas Artes Palco do Goetheanum Contatos: Seija Zimmermann, Christof Wiechert Tel. +41 61 706 42 65 [email protected] www.internationalartsection.com Seção de Agronomia Direção: Jean-Michel Florin, Ueli Hurter, Thomas Lüthi Tel. +41 61 706 42 12 [email protected] Wolfgang Held Tel. +41 61 706 42 61 [email protected] Gerente: Nils Frischknecht Tel. +41 61 706 42 50 [email protected] www.goetheanum-buehne.ch Tel. +41 61 706 42 75 Fax +41 61 706 42 76 [email protected] Horário: De segunda a sexta-feira: 9-18h30 Sábado: 9-17h Editora do Goetheanum Direção: Christiane Haid Hügelweg 59, Postfach 131 CH-4143 Dornach 1 Tel. +41 61 706 42 00 [email protected] www.vamg.ch Refeitório Vital Speisehaus AG Cafeteria-Restaurante Loja de produtos naturais Dorneckstrasse 2 CH-4143 Dornach Restaurante Tel. +41 61 706 85 10 Loja de produtos naturais Tel. +41 61 706 85 14 Boutique Persephone: +41 61 706 85 12 Cafeteria do Goetheanum Tel.+41 61 706 42 88 www.speisehaus.ch Pousadas no Goetheanum (Haus Friedwart e Begegnungszentrum) Locação de quartos Gerente: Waltraud Frischknecht Tel. +41 61 706 44 45 [email protected] Documentação Direção: Johannes Nilo Arquivo Tel. +41 61 706 42 63 [email protected] Seção de Arte da Fala e Música Biblioteca Direção: Margrethe Solstad Tel. +41 61 706 43 59 [email protected] Tel. +41 61 706 42 60 Sexta-feira das 11–18h [email protected] Endereços atuais sempre podem ser encontrados em nosso site: www.goetheanum.org/adressen.html Relatório anual Queridos membros, Neste ano, como já aconteceu em 2011, os senhores estão recebendo o relatório anual junto com a publicação Anthroposophie welteit” (Antroposofia no mundo). “Anthroposophie weltweit” tem tiragem de aproximadamente 23.000 exemplares em alemão e inglês (Alemanha: 18.500 exemplares; Inglaterra 4.500). Neste ano, o relatório anual tem também uma versão em Espanhol, Português, Francês e Italiano. Caso os senhores desejarem receber o relatório em outra língua ainda, escrevam-nos um e-mail ou um cartão postal. Opções para membros da SAG: • grátis, anexado à publicação semanal Das Goetheanum (somente em alemão); • grátis, através de sua sociedade territorial (nem todas as sociedades territoriais oferecem tal possibilidade) ou ainda simplesmente como membro; • grátis, em forma de assinatura por e-mail; • por 30 francos suíços / 25 Euros, diretamente da Abo-Service (caso os senhores não tiverem nenhuma outra possibilidade). Contato: Abo-Service, “Das Goetheanum”, Postfach, CH-4143 Dornach, Tel. +41-61-706-4464, Fax +41-61-706-4465, [email protected] Online: www.goetheanum.org/aw.html www.goetheanum.org