Tipos de Vulcões

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Tipos de Vulcões
Tipos de Vulc�s
Escrito por Gerson Caravaca
Sáb, 12 de Setembro de 2009 17:56 - Última atualização Ter, 15 de Setembro de 2009 02:31
<p style="text-align: justify"><br /> A forma de um vulc� �determinada pela composi�o do
magma e o tipo de produtos erupcionados atrav� do conduto vulc�ico. A forma do edif�io
vulc�ico tamb� �fortemente influenciada pelo grau de explosividade da erup�o, pela
abund�cia componentes vol�eis (os gases) e o seu grau de intera�o com o magma. Desse
modo, os vulc�s s� classificados em cinco tipos distintos: os Vulc�s Escudo, Vulc�s
Monogen�icos (Cones de Esc�ias e Cones Hidrocl�ticos), Vulc�s Compostos, Vulc�s
Combinados e Caldeiras.</p> <h3><span style="color: #ffcc00"><strong>Vulc�s
Escudo</strong></span></h3> <p style="text-align: justify"><strong>Vulc�s Escudo</strong>
s� grandes estruturas vulc�icas com amplas �eas de cume e flancos com pequena inclina�o,
que apresentam um perfil muito parecido com &quot;escudos de guerreiros&quot;. Esses
vulc�s s� constru�os lentamente pela extrus� de milhares de fluxos de lava, altamente
fluidas, que espalham-se sobre grandes dist�cias. Os di�etros basais desses vulc�s variam
desde poucos quil�etros at�mais de 100 km, ao passo que suas alturas s� tipicamente em
torno de 1/20 do seu di�etro basal. Os taludes inferiores desses vulc�s s� muitas vezes
suaves (2-3 graus de inclina�o), nas suas por�es intermedi�ias tornam-se mais �gremes (em
torno de 10 graus de inclina�o) e finalmente aplainam-se na regi� do cume.</p> <p
style="text-align: justify">Perfis transversais do cone revelam numerosas unidades de fluxo de
lava, normalmente com composi�es bas�ticas, do tipo pahoehoe e/ou `a `a, com espessuras
tipicamente menores que 1 metro. Dep�itos pirocl�ticos s� muito secund�ios (<1%) e de
limitada dispers�, geralmente originados em erup�es sobre os flancos associados com Cones
de Esc�ia, ou com mais raras, erup�es hidrovulc�icas localizadas.</p> <p style="text-align:
justify">Vulc�s Escudo s� gerados por erup�es do tipo Havaianas. Entretanto, alguma
variabilidade no estilo eruptivo produz diferentes tamanhos e morfologias. Os Vulc�s Escudo
da Isl�dia, por exemplo, possuem uma quase perfeita simetria e pequeno volume (~15 km3)
enquanto que os Vulc�s Escudo do Arquip�ago do Havai mostram, em contraste, um grande
volume (milhares de km3) e forma alongada. Estas varia�es s� atribu�as, no caso dos
Vulc�s Escudo Islandeses, a erup�es de cume, monogen�icas e de pequeno volume,
enquanto que nos Vulc�s Escudo Havaianos, as erup�es s� normalmente fissurais,
poligen�icas e de grande volume. <br /> <br /> <br /> Ainda mais diferentes s� os Vulc�s
Escudo do Arquip�ago de Gal�agos, que possuem por�es intermedi�ias �gremes (em torno
ou maiores que 10 graus de inclina�o) e topos planos ocupados por grandes e profundas
caldeiras, estruturas tamb� encontradas no cume dos Vulc�s Escudo Havaianos. As caldeiras
s� formadas pela extrus� de grandes volumes de magma, que produzem instabilidade e
colapso da estrutura.</p> <p style="text-align: justify">O Arquip�ago do Havai �formado por
pelo menos cinco Vulc�s Escudo, entre os quais se destacam o Mauna Loa e o Kilauea. O
vulc� Mauna Loa possui um volume estimado de 40.000 km3, sendo mais alto que qualquer
outra montanha da Terra, com aproximadamente 9.090 metros desde o fundo mar at�o seu
pico mais elevado. Nos Estados Unidos, principalmente nos Estados da Calif�nia e Oregon,
ocorrem muitos Escudos-Vulc�s com di�etros entre 4 e 6 km de di�etro e 1.500-2.500 metros
de altura, destacando-se os Montes Washington, Belknap, Newberry e Medicine Lake. O vulc�
Pico na Ilha de A�res e o vulc� Fogo na Ilha de Cabo Verde tamb� s� exemplos desse tipo
de edif�io vulc�ico.</p> <h3><span style="color: #ffcc00"><strong>Vulc�s
Monogen�icos</strong></span></h3> <p style="text-align: justify"><strong>Vulc�s
monogen�icos</strong> (tamb� chamados de cones monogen�icos) s� constru�os por
somente uma erup�o ou uma fase eruptiva, que pode persistir por dias, meses ou at�alguns
anos, mas �essencialmente uma erup�o que envolve apenas um tipo de magma. Quando
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pequenas erup�es de magmas com composi�es bas�ticas ou intermedi�ias ocorrem em
campos vulc�icos, o tipo de edif�io vulc�ico formado depender�em parte do car�er
pr�eruptivo da �ea no qual a erup�o se produz, isto � a variedade das formas dos cones
vulc�icos �controlada pela presen� ou n� de �ua, na superf�ie ou subterr�ea, durante a
erup�o. <br /> <br /> <br /> Erup�es em �eas que n� possuem �ua superficial ou
subterr�ea, como tipicamente encontradas em regi�s montanhosas, produzem vulc�s do tipo
Cones de Esc�ias. Por outro lado, a ascens� de magmas em terrenos que contenham �ua
superficial ou subterr�ea, como ocorre em plan�ies, produz erup�es hidrovulc�icas
respons�eis pela forma�o de vulc�s do tipo Cones Hidrocl�ticos, que podem ser subdivididos
em tr� diferentes tipos: Tuff Cones, Tuff Rings e Maars.</p> <h4><span style="color:
#ffff99"><strong>Cones de Esc�ias</strong></span></h4> <p style="text-align:
justify"><strong>Cones de Esc�ias</strong>, tamb� conhecidos como Cinder Cones ou
Cones de Tefras, s� os tipos mais simples e mais comuns de vulc�s. Esses vulc�s s�
relativamente pequenos, com alturas geralmente menores que 300 metros de altura, que
formam-se pela erup�o do tipo Havaiana ou Estromboliana de magmas de baixa viscosidade,
com composi�es bas�ticas ou intermedi�ias. Esses cones podem ocorrer isolados ou em
grupos sobre campos de lava (alguns desses campos possuem centenas de centros eruptivos),
ou como cones &quot;paras�icos&quot; gerados em erup�es de flanco sobre Vulc�s Escudo
ou Compostos. O cone normalmente �sim�rico, possui forma oval ou circular, flancos
�gremes, com pendentes acima de 35 graus, e ampla cratera de cume normalmente com
forma de tigela. Cones de Esc�ias com formas alongadas s� constru�os por erup�es
fissurais.</p> <p style="text-align: justify">Erup�es do tipo Havaiana ou Estromboliana s�
formadas devido �expans� e explos�, pr�imo �superf�ie, de bolhas gasosas dentro de
magmas fluidos e de baixa viscosidade. As erup�es do tipo Havaiana produzem tipicamente
colunas eruptivas, as fontes de lava, com geralmente dezenas a algumas centenas de metros
de altura, enquanto que as erup�es do tipo Estromboliana s� caracterizadas por explos�s de
curta dura�o. Quando o conduto vulc�ico arremessa lava rica em gases violentamente no ar,
essa decomp�-se em fragmentos pirocl�ticos de diversos tamanhos (normalmente l�ilis e
bombas) que precipitam-se e acumulam-se em torno do conduto eruptivo formando o edif�io
vulc�ico. Esses fragmentos pirocl�ticos s� denominados coletivamente de tefra e cont�
abundantes bolhas de gases (as ves�ulas), respons�eis pela apar�cia escori�ea do cone. No
est�io final de constru�o desse tipo de cone, se a press� dos gases magm�icos diminuir,
fluxos de lava podem extrudir pela base do edif�io vulc�ico.</p> <h4><span style="color:
#ffff99"><strong>Cones Hidrocl�ticos</strong></span></h4> <p style="text-align:
justify">Esses cones s� secund�ios em abund�cia quando comparados aos Cones de
Esc�ias, e formam-se a partir de erup�es freatomagm�icas devido �mistura de magmas com
�ua subterr�ea ou superficial. As intera�es magma-�ua ocorrem superficialmente (p�tanos,
rios, lagos), abaixo de geleiras, ou quando fluxos de lava ou pirocl�ticos entram no mar. Os
dep�itos s� compostos de piroclastos juvenis (magm�icos), clastos acess�ios de rochas
vulc�icas associados � erup�es iniciais, e clastos acidentais, derivados das rochas do
embasamento do cone vulc�ico. Caracter�ticas estruturais e morfol�icas distintas s�
respons�eis pela subdivis� desses cones em: Tuff Cones, Tuff Rings e Maars.</p>
<h4><span style="color: #ffff99"><strong>Tuff Cones</strong></span></h4> <p
style="text-align: justify">Esses edif�ios vulc�icos s� identificados por amplas crateras
localizadas geralmente acima do n�el da superf�ie do terreno, alturas variando entre 50 e 300
metros e flancos externos com inclina�es maiores que 25 graus. Os dep�itos s� compostos
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principalmente de clastos magm�icos e quantidades subordinadas de clastos acidentais.
Muitos Tuff Cones compreendem as por�es emergentes de vulc�s localizados em ambientes
subaquosos, tanto marinhos como lacustres, como por exemplo, o Vulc� Surtsey na Isl�dia.
Outros exemplos mundiais de Tuff Cones s� Menan (Estados Unidos) e Diamond Head
(Havai).</p> <h4><span style="color: #ffff99"><strong>Tuff Rings</strong></span></h4> <p
style="text-align: justify">Cones hidrocl�ticos desse tipo s� caracterizados por pequena altura
(comumente menores que 50 metros de altura), amplas e rasas crateras que posicionam-se no
n�el da superf�ie do terreno ou acima dele, e flancos com taludes com menos de 25 graus de
inclina�o. Esses cones s� constitu�os por uma mistura de clastos juvenis e acidentais.
Exemplos mundiais de Tuff Rings s� Fort Rock (Estados Unidos) e Harrat Kaybar (Ar�ia
Saudita).</p> <h4><span style="color: #ffff99"><strong>Maars</strong></span></h4> <p
style="text-align: justify">Esses cones s� identificados por baixa eleva�o (geralmente menores
que 50 metros de altura), amplas e profundas crateras com formas de tigelas localizadas
abaixo do n�el da superf�ie do terreno, e flancos com menos de 25 graus de inclina�o.
Portanto, os Maars s� fei�es topogr�icas negativas. Os dep�itos s� identificados pela
abund�cia de componentes das rochas encaixantes. Exemplos mundiais de Maars s� Ukinrek
(Alaska), Cerro Colorado (M�ico), Hole-in-the-Ground (Estados Unidos) e Viti Crater
(Isl�dia).</p> <h3><span style="color: #ffcc00"><strong>Vulc�s
Compostos</strong></span></h3> <p style="text-align: justify"><strong>Vulc�s
Compostos</strong>, s� algumas das maiores, mais famosas e bonitas montanhas na Terra,
incluindo entre elas, o Monte Fuji no Jap�, o Monte Cotopaxi no Equador, o Vulc� Mayon nas
Filipinas e o Monte Rainier nos E.U.A. Por outro lado, esses edif�ios vulc�icos s� os mais
mort�eros do nosso planeta, envolvendo a perda da vida de aproximadamente 264.000
pessoas desde o ano de 1.500 DC.</p> <p style="text-align: justify">O termo <strong>Vulc�
em Estratos</strong>, isto � cones formados pela intercala�o de fluxos de lava e material
pirocl�tico, foi bastante utilizado para denominar esse tipo de edif�io vulc�ico, mas
atualmente, aconselha-se o abandono do termo, porque ele n� abrange vulc�s que possuem
uma hist�ia de crescimento mais complexa do que a simples intercala�o de derrames de
lavas e tefras. Assim, nos dias de hoje, utiliza-se o termo <u><strong>Vulc�
Composto</strong></u> para retratar essas magn�icas montanhas vulc�icas.</p> <p
style="text-align: justify">Vulc�s Compostos s� grandes edif�ios vulc�icos com longa
atividade, forma geral c�ica, normalmente com uma pequena cratera no cume e flancos
�gremes, constru�os pela intercala�o de fluxos de lava e produtos pirocl�ticos, emitidos por
um ou mais condutos, e que podem ser pontuados ao longo do tempo por epis�ios de
colapsos parciais do cone, reconstru�o e mudan�s da loca�o dos condutos.</p> <p
style="text-align: justify">Vulc�s Compostos s� encontrados em todas as regi�s de
vulcanismo, mas �em zonas de converg�cia de placas, onde uma placa tect�ica subduz
(mergulha) em dire�o ao manto terrestre por baixo de uma outra placa tect�ica, que esses
edif�ios vulc�icos s� mais abundantes. A express� magm�ica de um ambiente de margem
de placas convergentes �geralmente uma s�ie de Vulc�s Compostos, sub-regularmente
espa�dos, formando um arco vulc�ico subparalelo a fossa tect�ica.</p> <p style="text-align:
justify">A hist�ia eruptiva da maior parte dos Vulc�s Compostos �delineada por erup�es do
tipo Estromboliana, Vulcaniana e Pliniana. Vulc�s desse tipo s� tipicamente poligen�icos, isto
� foram constru�os por v�ios epis�ios eruptivos, separados por relativamente longos
per�dos de inatividade, e muitas vezes envolvendo diferentes tipos de magmas. O espectro
composicional pode variar em um �nico vulc� desde basaltos at�riolitos, entretanto, a
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composi�o m�ia dos magmas �andes�ica. Os vulc�s oce�icos desse tipo tendem a ser
mais m�icos do que os seus equivalentes continentais. Os Vulc�s Compostos s�
caracterizados pela maior diversidade de produtos vulc�icos, vulcanocl�ticos e vulcanog�icos
do que em qualquer outro tipo de edif�io vulc�ico. Os dep�itos mostram uma mistura de
fluxos de lavas, fluxos pirocl�ticos, surges, tefra de queda, lahares e avalanche de
detritos.</p> <h3><span style="color: #ffcc00"><strong>Vulc�s
Combinados</strong></span></h3> <p style="text-align: justify"><strong>Vulc�s
combinados</strong> s� uma variante dos Vulc�s Compostos, no qual ocorreu uma migra�o
do conduto em uma �ea restrita, resultando na combina�o de m�ltiplos cones (ou condutos)
proximamente espa�dos. Vulc�s Combinados envolvem tamb� edif�ios vulc�icos compostos
que possuem, na sua cratera ou sobre seus flancos, um domo vulc�ico associado. Exemplos
s� os vulc�s Monte Pelee (Fig. 11), Soufriere Hills (Fig. 12), Merapi (Fig. 13) e Unzen (Fig.
14).</p> <h3><span style="color: #ffcc00"><strong>Domos de Lava</strong></span></h3>
<p style="text-align: justify"><strong>Domos de lava</strong> resultam da lenta extrus� de
magmas altamente viscosos e com conte�do pequeno de vol�eis (gases), que devido a sua
condi�o pastosa e relativamente r�ido resfriamento, n� conseguem fluir a uma maior dist�cia.
Por isso, empilham-se sobre e ao redor de um conduto vulc�ico localizado dentro de uma
cratera ou sobre os flancos de Vulc�s Combinados. Em alguns raros casos, os domos de lava
podem erupcionar atrav� de fraturas n� associadas com vulc�s de conduto central.</p> <p
style="text-align: justify">Os di�etros dos domos variam desde alguns metros at�v�ios
quil�etros, sendo que alguns domos podem exceder 25 km c�bicos em volume. Suas alturas
atingem desde alguns poucos metros at�mais de 1 km. Eles podem possuir, como visto em um
corte transversal, flancos �gremes ou tabulares. Os contornos podem ser circulares, el�ticos
ou irregulares. A textura e a cor dos domos de lava podem ser uniformes ou variadas.</p> <p
style="text-align: justify">Alguns domos ocorrem isolados ou formam uma s�ie de domos
alinhados linearmente com mais de 20 km de comprimento. Eles podem ter crescimento
cont�uo ou epis�ico, com tempos de extrus� variando desde algumas horas at�muitas
d�adas. Raz�s de extrus� variam desde menos de 1 m3/s at�mais de 100 m3/s. Alguns dos
maiores domos de lava exibem algum fluxo da lava para longe do principal conduto, e s�
referidos na literatura como Coul�s.</p> <p style="text-align: justify">Domos de lava t�
composi�es que variam desde basaltos at�riolitos, ainda que a maior parte possuem
composi�es dac�icas. Alguns domos de lava erupcionam material vulc�ico do tipo obsidiana
(vidro vulc�ico), que forma-se quando o magma �resfriado t� rapidamente que os minerais
individuais n� t� tempo para cristalizar.</p> <p style="text-align: justify">Domos de lava
maduros (de longa dura�o) possuem um lento crescimento, e geralmente n� possuem
atividade explosiva. Entretanto, domos mais jovens, normalmente formados por lavas que
possuem alguma quantidade de gases na sua composi�o, podem ocasionalmente explodir.
Colapsos gravitacionais ou explos�s peri�icas dessas massas viscosas podem algumas
vezes gerar avalanches perigosas e mort�eras de rochas quentes, cinzas e gases conhecida
como fluxo pirocl�tico. Essas avalanches quentes associadas a domos de lava foram
respons�eis por mais de 100 fatalidades registradas na d�ada de 90, incluindo 44 mortes no
Monte Unzen (Jap�) em 1991, 66 no Monte Merapi (Indon�ia) em 1994, e 19 no vulc�
Soufriere Hills (Ilha de Montserrat) em 1996.</p> <p style="text-align: justify">Criptodomos s�
uma variedade de domos de lava, e diferem destes por que o magma nunca alcan�
�superf�ie. Desse modo, eles s� uma acumula�o de material fundido abaixo da superf�ie,
isto � uma intrus� sub-superficial. Este material tipicamente soergue o terreno acima dele,
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formando uma eleva�o na superf�ie. Criptodomos podem ter implica�es significantes para
estudos de riscos vulc�icos. A deforma�o do flanco norte do vulc� Santa Helena em 1980 foi
gerada pela forma�o de um criptodomo. A intrus� de lava abaixo da superf�ie do vulc�
fraturou e desestabilizou as rochas pr�existentes, o que somado a um forte abalo s�mico,
levou a explos� e avalanche de detritos catacl�mica do criptodomo no dia 18 de maio de
1980.</p> <h3><span style="color: #ffcc00"><strong>Caldeiras</strong></span></h3> <p
style="text-align: justify"><strong>Caldeiras</strong> s� depress�s normalmente circulares
formadas pelo colapso de um edif�io vulc�ico sobre uma c�ara magm�ica superficial ap�
uma erup�o. Essas fei�es vulc�icas possuem tamanhos altamente var�eis, desde 1 at�100
km. As maiores erup�es formadoras de caldeiras possuem um volume estimado de produtos
erupcionados pr�imo de 3.500 km3, e disposi�o dos dep�itos por mais de 25.000 km2.
Entretanto, a freq��cia de grandes erup�es desse tipo s� muito baixas. Erup�es menores
s� mais freq�entes (pr�ima aos 100.000 anos) e possuem volumes de 500 km3.</p> <p
style="text-align: justify">A �ea do colapso da caldeira �proporcional ao volume de material
erupcionado. Profundidades de subsid�cia s� da ordem de 1 a 3 km. Limites estruturais de
caldeiras s� comumente zonas de falhas circulares ao longo das quais o colapso ocorre. Em
caldeiras profundamente erodidas estes limites estrutrais podem ser expressos por diques
circulares colocados ao longo das falhas durante ou ap� o colapso.</p> <p style="text-align:
justify">Atividades termais, tais como fontes termais, geysers e po�s de lama em ebuli�o, s�
fei�es vulc�icas comuns em muitas caldeiras.</p> <p style="text-align: justify">Varia�es na
forma e g�ese fazem com que as caldeiras sejam divididas em tr� tipos principais:</p> <p
style="text-align: justify">- Caldeiras do tipo Krakatoa associadas com colapsos de Vulc�s
Compostos;</p> <p style="text-align: justify">- Caldeiras Bas�tica vinculadas com o colapso
do cume de Vulc�s Escudo; e</p> <p style="text-align: justify">- Caldeira Ressurgente no qual
falta uma associa�o clara com um �nico conduto central.</p> <h4><span style="color:
#ffff99"><u>Caldeiras do tipo Krakatoa</u></span></h4> <p style="text-align: justify">Caldeira
do tipo Krakatoa pode ser gerada ap� uma erup�o do tipo Pliniana esvaziar a c�ara
magm�ica do edif�io vulc�ico. O reservat�io de magma vazio provoca a desestabiliza�o da
montanha, que posteriormente desmorona. O colapso da estrutura pode gerar uma erup�o
adicional de volumosos fluxos pirocl�ticos (compostos por fragmentos vulc�icos do tipo p�mices) ao longo das falhas/fraturas circulares, localizadas em torno da caldeira. Estes fluxos
pirocl�ticos geram espessos dep�itos de p�mices, conhecidos como ignimbritos. O di�etro
de caldeira desse tipo �vari�el, mas normalmente mede alguns quil�etros.</p> <p
style="text-align: justify">Exemplos desse tipo de depress�s s� a Caldeira Crater-Lake nos
E.U.A (gerada em torno de 6,8 milh�s de anos atr�), a Caldeira Santorini na Gr�ia (formada
em 1.650 a.c), a Caldeira Tambora na Indon�ia (gerada em 1815) e a Caldeira Krakatoa
tamb� na Indon�ia (criada em 1883).</p> <h4><span style="color: #ffff99"><u>Caldeiras
Bas�ticas</u></span></h4> <p style="text-align: justify">As regi�s de cume de muitos Vulc�s
Escudo ativos s� caracterizadas por Caldeiras Bas�ticas. Exemplos havaianos incluem a
Caldeira Mokuaweoweo localizada sobre o vulc� Mauna Loa e a Caldeira Kilauea posicionada
sobre o vulc� Kilauea. Outros exemplos incluem a Caldeira Erta Ale na Eti�ia, a Caldeira do
cume do vulc� Piton de la Fournaise sobre a Ilha de Reuni�, e as espetaculares Caldeiras
Bas�ticas sobre os vulc�s do Arquip�ago de Gal�agos. Parte desse tipo de caldeira possui
entre 1 e 5 km de di�etro.</p> <p style="text-align: justify">Enquanto as Caldeiras do tipo
Krakatoa s� associadas �erup�es explosivas de magmas f�sicos, gerando volumosos fluxos
pirocl�ticos, as Caldeiras Bas�ticas n� s� vinculadas com eventos catastr�icos. Em vez
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disso, elas subsidem em incrementos parciais e produzem uma estrutura caracterizada por
crateras e terra�s. Essas caldeiras aumentam gradualmente por colapsos epis�icos, devido
�extra�o do magma das c�aras magm�icas superficiais, localizadas abaixo da �ea do
cume.</p> <p style="text-align: justify">Em muitos casos, a extra�o do magma pode ocorrer
atrav� de fraturas que produzem erup�es ao longo dos flancos dos vulc�s. O colapso local ao
longo dessas fraturas pode gerar um sistema linear de crateras de colapso.</p> <h4><span
style="color: #ffff99"><u>Caldeiras Ressurgentes</u></span></h4> <p style="text-align:
justify">Essas s� as maiores estruturas vulc�icas da Terra, e s� associadas com erup�es
maci�s de volumosos fluxos pirocl�ticos. Caldeiras Ressurgentes possuem di�etros que
variam entre 15 e 100 km, e s� geradas tamb� por colapsos crustais acima de c�aras
magm�icas superficiais, entretanto, s� t� grandes que n� podem ser associadas com Vulc�s
Compostos individuais. �parte de seu grande tamanho, Caldeiras Ressurgentes s� amplas
depress�s topogr�icas com uma massa elevada central resultante de soerguimento
p�-colapso, normalmente de mais de um quil�etro, do piso da caldeira. O fundo da caldeira
�preenchido ent� por lavas riol�icas, fluxos de lavas obsidianas e domos de lava, e os
centros soerguidos muitas vezes cont� riftes alongados paralelamente as suas ombreiras.</p>
<p style="text-align: justify">Exemplos dessas estruturas s� a Caldeira Valles (Estados
Unidos), Caldeira Yellowstone (Estados Unidos) e Caldeira Cerro Galan (Argentina).</p> <h4
style="text-align: justify"><span style="color: #ffff99">Refer�cias Bibliogr�icas:</span></h4>
<p style="text-align: justify">Connor, C.B. & Conway, F.M. 2000. Basaltic Volcanic Fields. In:
Encyclopedia of Volcanoes, Sigurdsson, H. (Ed.), p. 331 - 343.</p> <p style="text-align:
justify">Davidson, J. & De Silva, S. 2000. Composite Volcanoes. In: Encyclopedia of Volcanoes,
Sigurdsson, H. (Ed.), p. 663 - 681.</p> <p style="text-align: justify">Fink, J.H. & Anderson,
S.W. 2000. Lava Domes and Coulees. In: Encyclopedia of Volcanoes, Sigurdsson, H. (Ed.), p.
307 - 319.</p> <p style="text-align: justify">Lipman, P.W. 2000. Calderas. In: Encyclopedia of
Volcanoes, Sigurdsson, H. (Ed.), p. 643 - 662.</p> <p style="text-align: justify">Vespermann,
D. 2000. Scoria Cones and Tuff Rings. In: Encyclopedia of Volcanoes, Sigurdsson, H. (Ed.), p.
683 - 694.</p> <p style="text-align: justify">White, J.D.L. 1991. The depositional record of
small, monogenetic volcanoes within terrestrial basins. In: Sedimentation in Volcanic Settings,
SEPM Special Publications, no 45, p. 155 - 171.</p> <p style="text-align: justify">P�inas da
Web consultadas e informa�es utilizadas na confec�o do texto:</p> <p style="text-align:
justify">Camp, V. - How Volcanoes Work</p> <p style="text-align: justify">Fischer, R. V. - The
Volcano Information Center</p> <p style="text-align: justify">Tilling, R. - Volcanoes<br /> </p>
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