Ler edição completa - CAP - Confederação dos Agricultores de
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www.cap.pt Mensal 150 - Julho 2011 O MELHOR DO MUNDO OGM´s na União Europeia É português o melhor moscatel do Mundo, eleito no concurso Muscats du Monde, em Montpellier. É da Casa Agrícola Venâncio Costa Lima este Moscatel de Setúbal – Reserva 2006. Como no “jogo do empurra”, a Comissão Europeia transferiu a decisão para o Parlamento e este passou a responsabilidade decisão para os Estados-membros. Ambiente dá razão à CAP Componente “O” foi cobrada indevidamente Entre aspas “Os líderes não estão a olhar para a situação da política interna, colocaram a UE como uma segunda escolha. Isto é realmente um problema” Romano Prodi Ex-presidente da Comissão Europeia Espanha e França juntas nas negociações da PAC As Cortes Espanholas acordaram com o Parlamento Francês, uma posição comum sobre a reforma da PAC. Em defesa das suas vantagens de grande beneficiária da PAC, a França tem desenvolvido um trabalho de bastidores sobre as negociações para a reforma pós-2013.Depois de ter firmado um acordo com a Alemanha, no início do ano, ao qual Portugal se opôs, surgiu agora a oportunidade de se aproximar de Espanha e de anunciar o conjunto de princípios comuns que definem um acordo franco-espanhol: • reforço da posição do produtor na cadeia alimentar, inteAtravés de ofício emitido pelo gabinete da ex-ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, o Ministério do Ambiente reconhece que as Administrações de Região Hidrográfica (ARH) podem ter cobrado indevidamente a componente “O” aos agricultores que exploram barragens particulares, cujas águas sejam públicas. Os montantes pagos indevidamente devem ser reclamados pelos agricultores junto da ARH respectiva, no sentido de reaverem os valores pagos. Em face das queixas dos seus associados, a CAP apresentou ao Ministério do Ambiente, em Março de 2011, as suas reservas quanto ao pagamento da componente “O” aplicada aos agricultores na TRH de 2010, pedindo a sua revisão. Recorde-se que a base tributável da TRH é calculada através do somatório de 5 componentes: (A+E+I+O+U), sendo a componente “O” relativa à ocupação do domínio público hídrico do Estado. Questionado sobre a cobrança da TRH pela “ocupação de terrenos particulares, ocupados por águas públicas, correspondentes a áreas inundadas pela construção de uma barragem, também privada” o Ministério do Ambiente respondeu: “…Se a quando da construção da barragem não foi declarada a utilidade pública e os terrenos que passam a construir o leito da albufeira não passaram para o domínio público, e continuam privados, então não se encontram sujeitos à aplicação da Componente “O”, o que apenas se aplica a ocupações do domínio público hídrico do Estado. A ANIPLA quis reunir-se com a CAP para analisarem alguns aspectos relacionados com a actual política sobre produtos fitofarmacêuticos. Face ao exposto e, tendo em conta as disposições de Decreto-Lei nº 97/2008, não se encontra fundamento para sujeitar os terrenos particulares à Componente “O”, ainda que os mesmos sejam ocupados por água públicas.” grando alterações na regulação da concorrência e considerando a especificidade do sector agrícola; • defesa da manutenção do orçamento da PAC e oposição à renacionalização e/ou cofinanciamento das ajudas; • defesa de uma evolução progressiva na convergência das ajudas entre EM e de acordo com o contexto económico geral; • apoio à autonomia dos EM para que possam dispor da margem de manobra nacional na alocação das ajudas; • promoção do «princípio da reciprocidade» nas relações da UE com os países terceiros; Como forma de pressão e para que a CAP possa ir acompanhando o processo de reembolso, disponibiliza-se o e-mail [email protected] para onde podem enviar as respectivas notas de liquidação, bem como a cópia do meio de pagamento e o recibo. • defesa de medidas de mercado, financiadas a 100% pela UE, que sejam verdadeiras redes de segurança para estabilizar os mercados; • orientação dos fundos de desenvolvimento rural para melhorar a competitividade das explorações agrícolas. SUMÁRIO •RPU e o Tribunal de Contas Europeu •Brasil aumenta apoio a agricultores •Normas de Produção Integrada Entre outros pontos, foram debatidas as questões relacionadas com a transposição da Directiva 2009/128/CE relativa ao uso sustentável de pesticidas, nomeadamente no que se refere aos programas a serem apresentados por Portugal às instancias comunitárias até ao final de 2012 e à colocação de fitofármacos no mercado, com especial des- taque para a morosidade nas apreciações das homologações de novos produtos. (Continua na pág.3) enquanto lá fora... www.cap.pt Mensal 150 - Julho 2011 Tribunal de Contas Europeu faz recomendações ao RPU O Tribunal de Contas Europeu tornou público um relatório onde avalia a aplicação do Regime de Pagamento Único (RPU) em Portugal. O documento sugere as seguintes recomendações: - Que se altere a actual legislação de forma a garantir que a ajuda do RPU se destina aos agricultores no activo, nomeadamente excluindo beneficiários que não exercem qualquer actividade agrícola ou exercem apenas uma actividade agrícola insignificante; - Que se altere o cálculo da ajuda do RPU para melhor reflectir o custo das externalidades ambientais ou outras; - Que se definam mais claramente as terras e as actividades agrícolas elegíveis, com o objectivo de excluir do benefício da ajuda do RPU parcelas não agrícolas e actividades que não contribuem para aumentar a produtividade agrícola (artigo 39.º do Tratado) nem para manter activamente o valor ambiental das terras; - Que se exija nas normas de BCAA (Boas Condições Agrícolas e Ambientais) que os agricultores exerçam actividades concretas e regulares para receberem o montante integral da ajuda. As reduções dos pagamentos pelo incumprimento das obrigações em matéria de condicionalidade deverão ser mais dissuasoras; - Que se procure obter uma distribuição mais equilibrada da ajuda entre os agricultores através de uma maior modulação dos pagamentos, estabelecendo limites para os pagamentos mais elevados, ou tendo em consideração as circunstâncias específicas das explorações agrícolas; - Que se baseie o cálculo dos direitos nas condições actuais de produção nas várias regiões. Presidência polaca espera propostas para PAC 2014 Com a crise económica a dominar e a condicionar as políticas, a prioridade do semestre polaco irá para o crescimento económico, incluindo a continuação das negociações do qua- dro financeiro plurianual, que a Hungria não conseguiu concluir. No que respeita à Agricultura, a Polónia espera conseguir um acordo sobre o sistema de ajudas directas baseado em critérios objectivos, e não históricos, e o reforço do 2º Pilar, uma vez que se aguarda para a presidência polaca, a apresentação das propostas legislativas da Comissão Europeia para a PAC pós-2013. Consumo Brasil O Parlamento Europeu aprovou um regulamento que define novas regras na rotulagem dos alimentos na UE. O Plano Agrícola brasileiro para 2011-2012 vai disponibilizar mais dinheiro e mais incentivos à actividade agropecuária. Pela primeira vez, a Polónia assume a presidência do Conselho da UE, iniciando com a Dinamarca e o Chipre, um trio para os próximos 18 meses. Rótulos com mais informação O objectivo é actualizar as regras em vigor, aumentando a informação disponibilizada aos consumidores e, em simultâneo, fundir num só diploma as directivas sobre rotulagem em geral e rotulagem nutricional. Isto significa que o valor energético, a quantidade de lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açúcares, proteínas e sal passam a ser obrigatórios nas embalagens dos alimentos. As novas obrigações incluem a informação nutricional expressa por 100g ou 100 ml, a informação sobre a presença de substâncias alergéneas nos ingredientes, a referência do país de origem em mais alimentos do que aqueles onde actualmente vigora. Os produtos artesanais e a imitação de produtos alimentares vão merecer especial atenção. Também o anunciado fim das quotas leiteiras em 2015 e o futuro do mercado do leite e produtos lácteos será um tema decisivo nesta presidência. G20 discute preços mundiais aumenta apoios à agricultura Anunciado pela própria presidente Dilma Rousseff, o Plano dispõe de um orçamento de 107,2 mil milhões de reais, ou seja, 47 milhões de euros. “Temos que assegurar ao sector agrícola um financiamento adequado. Oitenta por cento dos 107 mil milhões têm juros a 6,75%, o que significa juros próximos de zero, compatíveis com os do mercado internacional”, sublinhou Dilma. Política de qualidade, sanidade vegetal e identificação electrónica de bovinos serão outros temas sobre a mesa da Polónia. Saiba mais em www.pl2011.eu O Brasil recusa qualquer tipo de controlo no preço mundial dos alimentos e considera que a única forma de estabilizar o mercado é através do aumento da produção agrícola, posição de que o Brasil beneficia. “É isso que é a produtividade: a nossa capacidade de duplicar, triplicar a nossa produção e, ainda assim, continuar a sobrar terras” declarou. É conhecida a oposição do Brasil aos apoios da União Europeia à agricultura, chegando mesmo a responsabilizar os subsídios comunitários pelo actual estado de instabilidade. O grupo das vinte economias do Mundo está preocupado com o aumento crescente do preço dos alimentos. Segundo a OCDE e a FAO, num relatório recentemente apresentado, os preços dos cereais e da carne podem continuar a aumentar para valores entre 20 e 30%, nos próximos dez anos. Uma proposta com três linhas de acção foi apresentada para combater esta volatilidade: primeiro, mais transparência no mercado, com informação precisa sobre produção e armazenagem; segundo, criação de reservas de segurança; e terceira, a regulação do mercado de futuros para evitar especulação financeira. www.cap.pt Mensal 150 - Julho 2011 FITOFÁRMACOS CAP e ANIPLA defendem mais rápida homologação de produtos fitofarmacêuticos A Associação Nacional da Industria para a Protecção das Plantas (ANIPLA) reuniu-se com a CAP, tendo em vista analisar alguns aspectos relacionados com a actual política sobre produtos fitofarmacêuticos. Na agenda da ANIPLA encontravam-se, entre outros pontos, questões relacionadas com a transposição da Directiva 2009/128/CE, relativa ao uso sustentável de pesticidas, e à colocação de fitofármacos no mercado. É um facto que a retirada de inúmeras substâncias activas do mercado complicou a situação sanitária de muitas culturas e que o tempo para homologação de produtos fitofarmacêuticos em Portugal, segundo a ANIPLA, tem vindo a aumentar. Esta situação, embora não seja exclusiva de Portugal, coloca a produção nacional numa situação de desvantagem face aos parceiros comerciais do Sul da UE, com especial destaque para a França, onde os processos de homologação são mais céleres. Embora ciente deste problema que urge resolver, a CAP lembra que neste momento existem ferramentas que interessa operacionalizar, como seja o “reconhecimento mútuo” dentro das zonas edafo-climáticas, conforme estabelecido no Regulamento (CE) nº 1107/2009. Este consagra o princípio do reconhecimento mútuo de autorizações na UE. Ou seja, na prática existe um prazo de 120 dias para autorizar a utilização de um produto fitofarmacêutico, cuja homologação tenha sido efectuada noutro Estado-membro pertencente a uma mesma zona edafo-climática. De acordo com este diploma, Portugal está integrado na zona Sul, juntamente com a Bulgária, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre e Malta. Com efeito e embora a última palavra em termos de autorização pertença ao Estado-membro em causa, dado que o reconhecimento mútuo não é automático (como a CAP e muitas organizações de agricultores propuseram PRODUÇÃO INTEGRADA em pomóideas e prunóideas A 5ª reunião do Conselho Nacional de Protecção da Produção Vegetal, aprovou por unanimidade as Normas Técnicas de Produção Integrada relativas a pomóideas e prunóideas. Os normativos agora aprovados são o corolário de mais de um ano de trabalho, envolvendo as Organizações de Agricultores, o Estado e a Indústria. Embora com algumas reservas, no que se refere a alguns aspectos incluídos no capítulo “Fertilização”, a CAP decidiu aprovar os documentos agora postos à sua consideração, uma vez que esta versão contempla grande parte das exigências apresentadas pela Confederação em Abril de 2010. Importa salientar a qualidade do trabalho e o empenho dos técnicos das Organizações deste sector que, sem dúvida, permitiram e foram decisivos neste primeiro passo, fundamental para se iniciar um novo ciclo na elaboração das Normas de Produção Integrada. TRABALHO AGRÍCOLA Contratos colectivos publicados Na sequência da reunião anual do Conselho das Associações Patronais do Sector Agrícola (CAPSA), para definição de uma posição conjunta quanto a aumento de salários e alterações às convenções colectivas de trabalho, a CAP assinou Contratos Colectivos de Trabalho com os dois sindicatos do sector: SETAA e FESAHT. O conteúdo destes Contratos Colectivos serve de referência padrão para aumentos salariais e contratuais no sector agrícola, salvo nos casos em que existam outros contratos colectivos sectoriais ou regionais. O Contrato Colectivo entre a CAP e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas encontra-se publicado no Boletim de Trabalho e Emprego (BTE), nº23, de 22 de Junho. Por sua vez, o Contrato Colectivo entre a CAP e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal pode ser consultado no BTE nº29, de 29 de Junho. Os textos podem ser consultados em: http://bte.gep.mtss.gov.pt/ aquando da discussão deste diploma), um facto é que as condições edafo-climáticas no interior destas grandes zonas são muito idênticas. Assim e dado que face à actual conjuntura dificilmente haverá reforço dos recursos disponíveis, a CAP defende que se deve operacionalizar rapidamente e de forma expedita os processos de reconhecimento mútuo dentro de uma mesma zona, potenciando os recursos já existentes e direccionando-os para questões prioritárias, para além é claro de, em simultâneo, se ter de ultrapassar rapidamente a situação que se vive ao nível das novas homologações. Lei orgânica do Governo define competências do MAMAOT A estrutura reduzida adoptada pelo XIX Governo Constitucional, com onze ministros e 35 secretários de Estado, pretende ser “a expressão, e o exemplo, da necessidade de se encontrarem modelos de organização ao nível do Estado mais reduzidos e com menores custos, promovendo simultaneamente uma maior eficiência operacional e uma acrescida eficácia governativa”. A composição do Governo, a organização e funcionamento do Conselho de Ministros e a definição de competências dos membros do Governo constam do Decreto-Lei nº 86A/2011 do Governo, publicado no Diário da República, 1ª série, nº 132, de 12 de Julho. No que respeita ao Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), a ministra Assunção Cristas tem à sua responsabilidade uma extensa tarefa, para o desempenho da qual conta com quatro secretários de Estado; dois dedicados às matérias agrícolas, um ao ambiente e outro ao mar. De acordo com a lei orgânica, a ministra tem por missão “a definição, coordenação e execução de políticas agríco- las, agro-alimentar, silvícola, de desenvolvimento rural, de exploração e potencial dos recursos do mar, de ambiente e de ordenamento de território, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável e de coesão social e territorial, bem como assegurar o planeamento e a coordenação da aplicação de fundos nacionais e comunitários a favor da agricultura, das florestas, do desenvolvimento rural, da política do mar, do ambiente e da valorização e ordenamento territoriais.” Nalgumas matérias, relativas à “definição de orientações estratégicas e fixação de objectivos” para as comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR), em matéria de desenvolvimento regional, apoio às autarquias locais e suas associações, e correspectivos fundos comunitários, a ministra da Agricultura partilhará competências com o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, e com o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. OGM: Vandalismo sem julgamento Os invasores da Herdade da Lameira, que há quatro anos destruíram a plantação de milho transgénico, no concelho de Silves, foram dispensados de julgamento pelo Tribunal de Portimão. Apesar do processo acusar os arguidos de “participação” na destruição de culturas, a decisão instrutória conhecida no passado dia 25 de Maio, informou que o juiz decidiu “não pronunciar os arguidos pela prática de “quaisquer actos ilícitos”. O caso remonta ao Verão de 2007, quando uma centena de alegados activistas contra os OGM invadiu e destruiu parcialmente uma plantação de milho transgénico, no Algarve. João Botelheiro, advogado do proprietário, já admitiu recorrer da decisão do tribunal, este caso “merece uma tomada de decisão, para que em Portugal não se incentive este tipo de acções”. A destruição do campo de milho transgénico foi condenada por vários organismos nacionais e internacionais, sendo mesmo classificada num relatório da Europol de 2008 como um acto de terrorismo. www.cap.pt Mensal 150 - Julho 2011 Pagamentos IFAP Comissões Parlamentares No dia 1 de Julho, o IFAP efectuou pagamentos relativo a Medidas Agro-Ambientais - Artigo 68º respeitantes a «Espaços Florestais», «Lameiros», «Montado de Azinho» e «Património oleícola». A XII legislatura aprovou doze comissões parlamentares permanentes. A direcção das comissões foi distribuída entre os três maiores partidos políticos, sendo a direcção da Comissão de Agricultura e Mar entregue a Vasco Cunha do PSD, e a Comissão do Ambiente a António Ramos Preto do partido socialista. Comissões dirigidas pelo PSD: Agricultura e Mar -Vasco Cunha Assuntos Constitucionais - Fernando Negrão Defesa Nacional - José Matos Correia Assuntos Europeus - Paulo Mota Pinto Economia e Obras Públicas - Campos Ferreira Segurança Social e Trabalho - José Manuel Canavarro Ética, Cidadania e Comunicação - Mendes Bota Comissões dirigidas pelo PS Ambiente e Poder Local - António Ramos Preto Negócios Estrangeiros - Alberto Martins Orçamento e Finanças - Eduardo Cabrita Saúde - Maria Antónia Almeida Santos Comissão dirigida pelo CDS-PP: Educação - Ribeiro e Castro No que se refere a calendário indicativo para pagamentos futuros, o IFAP adiou a data de pagamento da «Comparticipação Custos de Energia», ou seja a ajuda conhecida por electricidade verde, que deveria ocorrer no mês de Agosto. Em nota de rodapé, o IFAP justifica: “pagamento adiado para data a agendar e condicionado à existência de disponibilidade orçamental”. CULTIVO OGM’s PE empurra decisão para Estados-membros O concurso Internacional de Muscats du Monde, que se realiza em Montpellier e é considerado um dos mais rigorosos, elegeu o Moscatel de Setúbal – Reserva 2006, da Casa Venâncio Costa Lima, como o Melhor Moscatel do Mundo. A Casa Agrícola Venâncio Costa Lima foi fundada em 1914 e está sediada na Quinta do Anjo em Palmela. Desde 2008 que têm concorrido e obtido sempre medalhas de ouro, mas ser o Melhor do Mundo é um acontecimento inédito. Duzentos e dez concorrentes representando 23 países, enfrentaram a avaliação de um júri internacional composto por 55 especialistas de renome. No Top 10 dos Moscatéis ficaram também mais dois moscatéis nacionais: em 6º lugar, outro vinho da casa Venâncio Costa Lima e, em 9º lugar, o Moscatel do Douro 10 anos, da Adega Cooperativa de Favaios. Ao prazer de anunciar este prémio, junto outro, que ouvi há dias nos “Sinais” do jornalista Fernando Alves, na manhã da TSF. Sugeria ele que Passos Coelho enviasse uma garrafa ao Sr. Von Rompuy com um cartão dizendo: “ eis um magnífico fruto da resiliência a que o senhor se referiu esta semana, em Lisboa”, e que os ministros Vitor Gaspar e Álvaro Santos Pereira também o usassem para brindar com o Sr. Junker e com o Comissário Rehn. Num tempo em que tanto nos têm maltratado, a sugestão era “a cada interlocutor, um brinde com o melhor Moscatel do Mundo”. Deixando de fora, “é claro, os malandrins das agências de rating. Que bebam zurrapa, que bebam licor de lixo”. Um ano depois da Comissão Europeia ter apresentado a proposta, o Parlamento Europeu aprovou por 548 votos a favor, 84 contra e 31 abstenções, a entrega da decisão sobre o cultivo de variedades OGM aos Estados-membros e respectivas regiões. No entanto, a questão está longe de uma via de entendimento. Ao mesmo tempo que aprovou a proposta da Comissão Haverá ainda duas Comissões Eventuais: uma de Acompanhamento do Programa de Ajuda Externa, dirigida pelo socialista Vieira da Silva, e a segunda de Verificação de Poderes dos Deputados, liderada por José Matos Correia. e passou a responsabilidade para os EM, o Parlamento Europeu acrescentou à proposta inicial, um conjunto de medidas que já relançaram a polémica. Defende o PE, que as medidas destinadas a proibir ou limitar o cultivo de OGM devem também poder basear-se em critérios ambientais e socioeconómicos, ou seja, onde quase tudo pode ser incluído. Esta proposta, que pretende alterar uma Directiva de 2001, será agora negociada com os Todas as acções desencadeadas contra a agência Moody´s, porque «a Europa não é lixo», desde a petição online do jornal “i” (www.ionline.pt) até ao envio de verdadeira lixarada para a morada da dita, que pode ser vista no YouTube. Estados-membros, mas já se adivinham debates difíceis porque na prática, o cultivo de variedades continua bastante interdito. Enquanto a União Europeia apenas autoriza cultivos geneticamente modificados da batata Amflora e do milho MON810 (94.800 hectares em 2009) no resto do mundo, em 2009, foram cultivados 134 milhões de hectares de OGM, em países como os Estados Unidos, Brasil, Argentina, Índia e Canadá. A imprensa anunciou que a Portucel/Soporcel suspendeu um investimento estimado em 2,2 mil milhões de euros no Brasil, por causa das restrições impostas à compra de terras por estrangeiros. programa VINHO COM MODERAÇÃO* Século XIX: a Filoxera Apesar de o século XIX ser considerado a época dourada do vinho para muitas regiões, não o foi sem tragédia. No último quartel do século XIX, surge a praga mais devastadora da viticultura mundial que vai alterar profundamente a distribuição geográfica da produção vinícola e provocar uma crise global na produção e comércio de vinhos. A Filoxera, uma doença causada por um insecto que suga as videiras através das raízes, fez as primeiras aparições no continente europeu em Ficha técnica Notícias CAP nº150 Depósito legal nº 190489/03 Ano VII– Mensal – Julho 2011 Tiragem: 7000 Propriedade, redacção e pub. CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal Rua Mestre Lima de Freitas, nº1 1549-012 Lisboa França, por volta de 1863. Dois anos depois atingiria as vinhas portuguesas do Douro. Quando se descobriu que na América as videiras eram resistentes à Filoxera, decidiu-se plantar videiras americanas nas regiões afectadas. Isto originou uvas híbridas que produziram uma maior variedade de vinhos. www.vinhocommoderacao.pt *Um trabalho do sector europeu do vinho para a promoção do consumo responsável como uma norma social/cultural, tendo em vista a preservação e redução do abuso de álcool e os malefícios associados. Concepção gráfica Marcos Henriques Brand Designer [email protected] Tlm: 966509117 Impressão Shining Minds, Lda R. Mário Castelhano, nº42 Lux ParK– A27 2730-120 Barcarena
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