POAT CIRCA PO - Quadro Comunitário de Apoio III
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POAT CIRCA PO - Quadro Comunitário de Apoio III
Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 1. CONDICIONANTES DO SECTOR Face a condicionantes que se prendem à progressiva transformação das relações económicas a nível global, às grandes linhas que se perspectivam em relação à Política Comum de Transportes da UE e ao novo modelo de crescimento português que se pretende viabilizar e desenvolvido no Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (PNDES), o sector dos transportes apresenta em Portugal fragilidades que importa combater e potencialidades que é urgente saber como e com que meios aproveitar. O PNDES apresenta uma análise suficientemente desenvolvida sobre as transformações globais do sistema económico mundial, pelo que se dispensa aqui a retoma do tema. No entanto, e em relação especificamente ao mundo dos transportes, importa registar tendências de reconfiguração dos mercados e do funcionamento dos operadores. Assim: 1. Assiste-se a uma rápida transformação das técnicas de organização e gestão dos sistemas de transporte, onde o custo, o tempo, a fiabilidade, a segurança e a eficácia dos sistemas tende a determinar as condições de competitividade dos mercados; 2. Mais do que operadores modais, surgiram os grandes operadores de transporte, por vezes resultantes de fusões, que asseguram uma ligação de uma origem a um destino final utilizando combinações modais optimizadas – multimodalidade; 3. O aumento do volume e dos percursos médios da deslocação de mercadorias é uma consequência da globalização e repartição espacial dos processos produtivos; por outro lado, o mesmo fenómeno da globalização, associado à livre circulação de pessoas, serviços e capitais, têm vindo a determinar o aumento das deslocações de longa distância. Este facto, associado ao aumento do valor (custo de oportunidade) do tempo, trazem uma competitividade acrescida ao modo aéreo, que se traduz por taxas de crescimento superiores às dos restantes modos de transporte. 4. O congestionamento do espaço aéreo levou a reconsiderar o papel do modo ferroviário de alta velocidade, especialmente vocacionado para a deslocação de pessoas em distâncias até 600 ou 700 km. 5. O crescimento explosivo da taxa de motorização, com as suas consequências negativas em termos energéticos e ambientais, na sinistralidade e na qualidade de vida urbana (congestionamento) têm levado à assumpção de medidas restritivas à circulação Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 1 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes automóvel, em especial nos países corredor de passagem dos grandes tráfegos europeus, e a políticas de promoção de transporte colectivo, nomeadamente dos modos de grande capacidade, como é o caso dos metros ligeiros nos centros urbanos. 6. Novas tecnologias associadas à utilização dos meios e à gestão dos sistemas de transporte estão em franco desenvolvimento; Em relação ao quadro em mutação da Política Comum de Transportes importa fazer uma descrição da actual situação e traçar um quadro tendencial. Três linhas de força principais são presentemente detectáveis: § Valorização dos sistemas integrados, das complementaridades e da multimodalidade, ultrapassando a perspectiva “modal” que esteve na base dos QCA 1 e 2, como forma de aumentar a eficácia dos sistemas de transportes. Enquanto que antes se procurou a harmonização das condições de concorrência dentro de cada modo entre os Estados membros, hoje procura-se harmonizar as condições de concorrência entre modos, promovendo os conceitos de interoperabilidade e de interconexão das operações. § Introdução da preocupação ambiental nos sistemas de transportes, consagrada no Tratado de Maastricht e reforçada no Tratado de Amsterdão. Esta linha de força deverá traduzir-se pela progressiva internalização dos custos ambientais nos preços dos transportes, com inevitável perda de competitividade do modo rodoviário a favor dos modos mais eficientes do ponto de vista ambiental – marítimo, fluvial e ferroviário. § Clarificação das relações Estado/empresas, harmonizando os processos de contratualização do Serviço Público. Ainda como tendências constatáveis, nomeadamente através de dossiers agendados para discussão, pode-se afirmar que: § A “inovação” tenderá a ser incrementada, seja a nível de cada modo, seja na sua articulação; § A utilização de novas tecnologias tenderá a ser apoiada financeiramente pela UE. Finalmente, o crescente papel do Parlamento Europeu ao nível da tomada de decisão que, no sector dos transportes significará a adopção da generalidade dos actos comunitários por co-decisão do Conselho e do Parlamento Europeu, bem como o alargamento das competências dos órgãos comunitários nas relações com países terceiros, são factos novos que, no sector, poderão vir a ter importantes efeitos. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 2 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Em relação ao novo modelo de crescimento, importa referir que ele, a nível do sector, apresenta três eixos principais: § Reforço da ligação Portugal – Espanha/Resto da Europa, para o que o desenvolvimento pleno dos corredores multimodais consagrados em Dezembro de 1996 no Conselho Europeu de Dublin representarão um contributo fundamental; § Integração do espaço português com progressivo desencravamento do interior, objectivo que tenderá a ser viabilizado através da conclusão do Plano Rodoviário Nacional, pelo programa de desenvolvimento do transporte ferroviário, pela implementação das orientações consagradas no Livro Branco do sector marítimo portuário e, fundamentalmente, pelo necessário fomento da complementaridade e inter operacionalidade destes modos – corredores Norte/Sul e eixos transversais; § Valorização do território como nova centralidade num quadro de relacionamento da UE com o mundo, o que passa pela criação de grandes plataformas logísticas de articulação entre os modos de transporte e entre estes e as restantes actividades económicas. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 3 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 2. PRINCÍPIOS DE POLÍTICA Concepção do território A concepção da política de transportes parte de uma visão da organização do território que assenta nos seguintes elementos: § As áreas de Lisboa e Porto são os principais pólos de geração / atracção de tráfego de passageiros e de carga. Aí se situam os principais centros de consumo e de produção industrial e de serviços. Nestas áreas se deverão localizar rótulas de articulação de serviços de transporte de âmbito nacional e internacional, que assegurem a concentração / irradiação de passageiros e de mercadorias. Em relação a estas, a localização, nessas rótulas, de actividades logísticas, criará factores de atracção criadores de emprego e de valor e que potenciam a própria actividade transportadora. § Estas áreas metropolitanas deverão estar ligadas à Espanha e à Europa através de corredores multi-modais integrados na rede RTE-T. § Os centros urbanos de média dimensão deverão ter ligações multi-modais aos grandes eixos estruturantes do espaço nacional, de forma a diminuir a sua “interioridade”. § Uma aposta será feita no Porto de Sines como porto de transbordo (transhipment) de mercadorias de longo curso, devendo Sines ficar ligado por corredores multi-modais a Lisboa, a Espanha e ao resto da Europa. § O Novo Aeroporto visa eliminar um ponto de estrangulamento do sistema aeroportuário nacional, criando simultaneamente condições para a fixação de actividades logísticas que potenciarão a actividade transportadora. Estado e mercado É adquirido que, também no sector dos transportes e suas infra-estruturas, é a iniciativa privada que tem, de um modo geral, maior capacidade disponível para actuar de forma eficiente, eficaz e efectiva, pelo que está empenhado no progressivo envolvimento dos agentes privados na construção de infra-estruturas e na operação de transporte em condições em que a regulação pelo mercado deverá ser complementada pela acção de entidades reguladoras independentes. Em relação à construção, o Governo privilegiará, sempre que adequado, a celebração de contratos do tipo COT (Custear, Operar e Transferir). Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 4 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Foi nesse sentido que, em 15 de Junho de 1994 foi aprovado o Decreto-Lei nº 168/94 que aprova as bases da concessão da concepção, do projecto, da construção do financiamento, da exploração e da manutenção da nova travessia sobre o rio Tejo em Lisboa, bem como da exploração e da manutenção da actual travessia e atribui ao consórcio LUSOPONTE a respectiva concessão. Por outro lado, o Decreto-Lei nº 267/97, de 2 de Outubro, aprovou o regime da realização de concursos com vista à concessão de lanços de auto-estrada e conjuntos viários associados, lançando as bases para a adjudicação de um conjunto de auto-estradas fundamentais para promover a coesão económica e social do país e a sua ligação à Europa, com pagamento virtual de portagens situadas em regiões de tráfegos não elevados. Mais recentemente, o Decreto-Lei nº 384-A/99, de 24 de Setembro, aprovou as bases da concessão, da exploração em regime de serviço público de um terminal específico para a movimentação de contentores no porto de Sines, implicando a construção das infraestruturas portuárias, terrestres e instalação. Em relação à operação de transportes é, antes do mais, necessária a existência de um quadro legal claro que estabeleça as regras de acesso à actividade, de qualificação profissional e de acesso e organização dos mercados. Naquelas actividades onde exista monopólio (natural ou legal) ou onde se revele a necessidade de regulação por via da existência de obrigações de serviço público, a concorrência no mercado poderá ser substituída pela concorrência pelo mercado através de concursos públicos, e o contrato de concessão de serviço público será a forma mais adequada para assegurar o relacionamento do Estado com os operadores. Finalmente, considera o Governo que compete preferencialmente ao Estado o fornecimento de inputs imateriais, como sejam, e para além dos já referidos (enquadramento legal) a promoção da I&D no sector, da inovação, a celebração de acordos internacionais, fiscalidade, formação profissional e a constituição de bases de conhecimento acessíveis a todos os agentes. Multimodalidade A actividade de transporte, encarada como o relacionamento da actividade humana com o espaço, caracteriza-se pela deslocação de uma pessoa ou de um bem de uma origem a um destino final. Esta realidade de sempre tende hoje a ser compreendida, pelo lado da oferta, como uma oportunidade para a organização de serviços que encaram a viagem total como Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 5 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes uma combinação óptima de modos de transporte em termos de preço, fiabilidade, segurança e tempo, em resposta a uma procura que vai sendo progressivamente mais exigente. Estes serviços, no entanto, só serão possíveis se, dentro de cada modo, se verificarem condições de interconectividade e, entre os modos, de multimodalidade. Interconectividade significa a existência de soluções de continuidade nos transbordos dentro do mesmo modo, ou seja, compatibilidade tecnológica e interfaces onde o transbordo ocorra em condições de segurança, comodidade (para os passageiros) e rapidez. Multimodalidade implica a existência de cadeias de transporte e de plataformas de articulação entre os diferentes modos implicados. Para o sistema funcionar é, pois, necessário que as infra-estruturas adequadas sejam construídas e que incentivos e sinais claros sejam dados ao mercado no sentido certo. Ainda a nível do quadro legal, considera-se que a complementaridade rodo - ferroviária não surge como uma organização espontânea do mercado, pelo que terá de ser promovida, nomeadamente através de regulamentação adequada. Construção / requalificação/reforço da segurança O país está ainda carente, em quantidade e em qualidade, em infra-estruturas de transportes. Os investimentos a fazer, no entanto, não poderão fazer esquecer a necessidade de evitar a degradação do parque de infra-estruturas existente. A degradação daquilo que se constrói não só agrava as condições de segurança do tráfego como constitui um desperdício de recursos que se evita com sistemas simples mas eficientes de manutenção corrente e periódica. Se nos casos em que a construção é assegurada no quadro de contratos do tipo COT (Custear, Operar, Transferir) a manutenção das infraestruturas é uma responsabilidade da empresa concessionária que facilmente pode ser fiscalizada pelo concedente, no caso de infra-estruturas exploradas por entes públicos existe a tendência, que importa inverter, para subalternizar a manutenção. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 6 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 3. OBJECTIVOS DA POLÍTICA DE TRANSPORTES O sistema de transportes deverá dar, a longo prazo, resposta ao seguinte objectivo: OFERECER AOS CIDADÃOS E ÀS EMPRESAS DE TODO O PAÍS UM SISTEMA DE TRANSPORTES SEGURO E SUSTENTÁVEL DO PONTO DE VISTA ECONÓMICO E FINANCEIRO , AMBIENTAL E SOCIAL O enunciado deste objectivo estratégico coloca a questão da sustentabilidade dos transportes, a qual deverá ser enunciada a três níveis: A sustentabilidade económica e financeira, requer que os recursos sejam utilizados de forma economicamente eficiente e que os activos sejam devidamente mantidos. A sustentabilidade ambiental refere-se à necessidade de limitar as externalidades negativas associadas à actividade transportadora e criar sistemas que façam incorporar nos custos do transporte a valorização, em termos monetários, dessas mesmas externalidades. A sustentabilidade social refere-se à necessidade de mitigar os efeitos sociais negativos resultantes da reestruturação do sector dos transportes, onde o aumento da produtividade levará sempre à identificação de situações de redundância e a tensões no mercado de trabalho, e ainda à atenção que é suposto existir permanentemente em relação à situação das camadas menos favorecidas, as quais nem sempre saem a ganhar, a curto prazo, com a revolução a que se está a assistir no sector. O Objectivo refere ainda a questão fundamental da segurança, problema maior dos nossos dias já que a sinistralidade rodoviária, atinge valores muito elevados e, nos restantes modos, um decréscimo da atenção que a questão da segurança exige traduzir-se-á por resultados muito negativos. O enunciado do objectivo aponta ainda os transportes como um meio e não um fim em si ao colocar o sistema de transportes ao serviço dos cidadãos e das empresas, isto é, compete ao sistema de transportes contribuir para o aumento da produtividade e competitividade das empresas e, por outro lado, satisfazer necessidades das populações e da coesão social do país. Para o período 2000 – 2006, face às condicionantes identificadas e às estratégias globais, o PNDES identifica quatro grandes desafios que se colocam ao sector dos transportes: Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 7 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes § Integração internacional do País, em particular no espaço europeu e ibérico e integração da economia nos processos de globalização; § Reforço do sistema urbano nacional e da sua capacidade atractiva e competitiva; § Reforço da coesão e solidariedade internas; § Aposta prioritária na logística Estes desafios permitem definir os quatro objectivos da política de transportes para o período 2000 – 2006: OBJECTIVOS PARA 2000 – 2006 Objectivo 1 Criar condições, a nível do sistema de transportes e respectivas infra-estruturas, para o aumento da produtividade e da competitividade das empresas portuguesas e para a sua maior integração no mercado global, privilegiando uma abordagem integrada da mobilidade respeitadora do ambiente e do ordenamento do território. Objectivo 2 Criar condições para o desenvolvimento em Portugal de uma plataforma de serviços que vocacione o país para o papel de rótula de articulação dos transportes de longo curso entre a Europa, a América, a África e o extremo oriente. Objectivo 3 Contribuir para a melhoria da qualidade de vida nas zonas urbanas. Objectivo 4 Melhorar as acessibilidades que se traduzam num reforço da coesão e solidariedade internas. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 8 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes A formulação do Objectivo 1 coloca em destaque o papel dos transportes como condição necessária para o crescimento económico, viabilizando o aumento da produtividade e competitividade das empresas. O objectivo estabelece ainda a perspectiva de multimodalidade (“abordagem integrada da mobilidade”), condição fundamental para a racionalização do sistema de transportes. Foca a minimização das externalidades ambientais, a qual decorrerá nomeadamente da promoção de opções modais adequadas e propõe o desenvolvimento do sistema de transportes de forma concertada com o ordenamento do território. O Objectivo 2 estabelece o direccionamento no sentido da especialização como “hub” nos tráfegos de passageiros e de mercadorias entre a Europa e o resto do mundo, para o que contribuirá fortemente o desenvolvimento de plataformas de actividades logísticas adequadas. O Objectivo 3 refere-se ao combate à tendência para a degradação da qualidade de vida nos centros urbanos, em especial nas áreas metropolitanas, que está muito relacionada com o aumento dos tempos de percurso nas deslocações de, para e dentro das cidades. O Objectivo 4 coloca a questão da mobilidade/acessibilidades das “zonas interiores” (as zonas afastadas dos grandes eixos de transporte) realçando a sua importância para o desenvolvimento social, coesão nacional e solidariedade. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 9 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 4. ESTRATÉGIA SECTORIAL Durante o período 2000-2006, irá ser prosseguido o esforço de investimento em infraestruturas, de forma a dotar o país de um sistema de transportes que lhe permita vencer a situação periférica a integrá-lo, de facto, no espaço europeu de que é membro de pleno direito desde 1 de Janeiro de 1986. 4.1 - Assim, no que respeita à infra-estrutura rodoviária, continuará a ser implementado o Plano Rodoviário Nacional (PRN 2000) sendo prioritária a intervenção nos corredores multimodais que integram o Projecto Prioritário Portugal – Espanha/Resto da Europa (PP nº 8), nos corredores rodoviários que integram as Redes Transeuropeias de Transportes (Desenho 1), bem como aos projectos que facilitem o acesso à RTE-T e permitem a articulação global da rede. Estima-se, assim, que até ao final de 2006 sejam concluídos os troços em falta nos seguintes Itinerários Principais, que integram a RTE-T: IP1 – Valença-Castro Marim: 120 Km IP2 – Portelo-Faro: 374 Km IP3 – Vila Verde de Raia-Figueira da Foz: 161 Km IP4 – Porto-Quintanilha: 194 Km IP5 – Aveiro-Vilar Formoso: 180 Km IP6 – Peniche-Castelo Branco: 122 Km IP8 – Sines-Vila Verde de Ficalho: 115 Km IP9 – Viana do Castelo-Vila Real: 97 Km Está prevista ainda no âmbito da RTE-T a construção de 80 km de estrada no IC5. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 10 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Desenho 1 – Corredores Estruturantes do Território Nacional Vigo La Corunha Pontevedra S. Compostela Orense LaCorunha Valen a Vila Verde de Raia IP1 Viana do Castelo Chaves IP3 Linha do Minho Braga Hendaye Madrid Bragan a Quintanilha IC25 IP4 IP4 IP2 Vila Real Porto IP3 Aveiro Vilar Formoso IP5 Linha da Beira Alta Figueira da Foz Guarda Salamanca Vallhadolid Madrid Hendaye Port-Bou EuropaCentral e doNorte Linha da Beira Baixa Coimbra IP2 IP1 Castelo Branco Linha do Norte IP6 C ceres Madrid Port-Bou Marv o Ramal de C ceres IP2 Linha do Norte Caia IP7 Elvas Lisboa Badajoz C ceres Sevilha Algeciras M laga Madrid IP7 vora Linha do Alentejo Set bal IP1 IP2 LEGENDA IP8 Sines IP8 Linha do Sul Beja Vila Verde Ficalho Sevilha Algeciras M laga Corredores Multimodais (PP N 8) Novo Corredor Multimodal Corredores Rodovi rios IP1 Vila Real de St Ant nio Tunes Huelva C diz Sevilha Algeciras M laga Faro Rede Rodovi ria Rede Ferrovi ria Alta Velocidade (estudo) Porto principal Aeroporto Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 11 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes A insuficiência do apoio comunitário para atingir estes objectivos levou o Estado português a desenvolver um ambicioso programa de Partenariado Público Privado baseado na concessão de auto-estradas com regime de portagem tradicional ou na concessão de um regime de portagem virtual, sem custos para o utilizador (SCUT), aplicável sobretudo em corredores com tráfegos médios diários mais reduzidos (Desenho 2). A identificação dos troços concluídos e dos troços em falta nos Itinerários Principais e Complementares consta do mapa anexo (Desenho 3). 4.2 - Dotar o País de uma infra-estrutura ferroviária capaz de assegurar uma rede de serviços apta a responder às necessidades de mercado e à qualidade de vida das populações são os objectivos centrais do processo em curso para a reestruturação do caminho-de-ferro em Portugal. Numa estratégia de investimento onde se privilegiam as necessidades do mercado e dos cidadãos, surgem 4 áreas de actividade, onde se reconhecem as vantagens do transporte ferroviário face a outros modos na prossecução dos objectivos acima enunciados. § Transporte de mercadorias § Transporte de passageiros a média e longa distância § Transporte em áreas suburbanas § Transportes regionais/locais Em relação ao primeiro mercado (transporte de mercadorias), a estratégia de investimento consubstancia-se na criação da componente nacional da TERFN - TransEuropean Rail Freight Network. Essa proposta, já apresentada aos serviços da Comissão, irá ser objecto de análise detalhada com as autoridades espanholas, no âmbito da Comissão Mista LusoEspanhola, saída da última Cimeira Ibérica. Concretamente, a componente nacional da TERFN é constituída por: § Ligação a Norte através da linha do Minho (Valença) § Ligação a Leste pela linha da Beira Alta (Vilar Formoso) § Ligação a Sul através de Évora - Elvas – Badajoz A primeira ligação está a ser objecto de estudos muito detalhados efectuados conjuntamente com as autoridades galegas e visa uma grande melhoria da qualidade e da capacidade da actual linha do Minho. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 12 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Desenho 2 – Rede de Auto-Estradas Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 13 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Desenho 3 – Intervenções no sector rodoviário 2000/2006 Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 14 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Desenho 4 – Intervenções no sector ferroviário 2000/2006 Vigo La Corunha Pontevedra S. Compostela Valen a Viana do Castelo Orense La Corunha Vila Verde de Raia IP1 Chaves IP3 Braga Linha do Minho IC25 IP4 Guimar es IP4 C te Porto IP2 Vila Real Marco Gaia Hendaye Madrid Quintanilha Linha do Douro IP3 Ovar Aveiro Salamanca Vallhadolid Vilar Madrid Formoso Hendaye Port-Bou Europa Central e do Norte Guarda IP5 Quintans Linha da Beira Alta Pampilhosa Figueira da Foz Alfarelos Covilh Coimbra IP2 IP1 Linha da Beira Baixa Castelo Branco Albergaria Linha do Norte IP6 Marv o C ceres Madrid Port-Bou Mouriscas Entroncamento Ramal de C ceres Vale de Santar m Setil IP2 Alhandra IP7 Vendas Novas Lisboa IP7 Coina vora Pinheiro Casa Branca Set bal Linha do Alentejo IP1 Gr ndola IP2 LEGENDA IP8 Sines Elvas Caia Badajoz C ceres Sevilha Algeciras M laga Madrid Ermidas Linha do Sul IP8 Beja Vila Verde Ficalho Sevilha Algeciras M laga Funcheira IP1 Vila Real de St Ant nio Tunes Faro Huelva C diz Sevilha Algeciras M laga Rede Rodovi ria Rede Ferrovi ria Canal para a Alta Velocidade Tro o a intervencionar com (previs o de apoios comunit rios) Outros tro os a intervencionar (Intervenc es efectuadas QCA II) Porto principal Porto Plataforma multimodal Metropolitano (prev. apoio comunit rios) Aeroporto a intervencionar (previs o de apoios comunit rios) Novo Aeroporto (previs o de apoios comunit rios) Aeroporto a intervencionar (previs o de apoios RTE-T) Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 15 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes É uma ligação que também melhorará a competitividade ferroviária no tráfego de passageiros e reforçará, as trocas económicas entre o Norte do País (a zona mais exportadora do território nacional) e a zona galega entre Vigo e Corunha que regista crescimentos económicos apreciáveis, ao mesmo tempo que acentua interdependências com a região do Grande Porto. A ligação por Leste (Vilar Formoso) está concluída, aguardando-se que a Espanha eleve a qualidade da sua infra-estrutura correspondente para os níveis da componente nacional. Este assunto foi também objecto de discussão e aprovação na última Cimeira Ibérica. Esta linha é hoje a principal via de ligação com a Espanha (e Europa) quer em passageiros quer em mercadorias. A Sul pretende-se construir um troço novo entre Évora - Elvas - Badajoz, de modo a permitir à região de Lisboa e ao grande porto de Sines um canal de escoamento de mercadorias para a Espanha, com uma qualidade que hoje não se verifica, sendo (hoje) uma ligação quase desactivada. A importância deste novo traçado acentua-se até pelas expectativas de crescimento do tráfego de e a partir do Porto de Sines. As intervenções previstas nos principais corredores ferroviários até 2006 envolvem as seguintes linhas: - Ligação ao Algarve: 30 km de via nova e 65 km de renovação de via e variantes; - Linha do Norte: 70 km de renovação de via e variantes; - Linha da Beira Baixa: 95 km de renovação de via e variantes; - Linha “Évora – Caia”: 40 km de via nova. A modernização dos principais corredores permitirá ganhos significativos de acessibilidade traduzidos no seguinte quadro de tempos de percurso nas ligações ferroviárias: Origem/Destino Situação Partida 2006 Lisboa – Porto 210 min. 150 min. Porto - Braga 60 min. 35 min. Lisboa – Faro 250 min. 180 min. Lisboa – Covilhã 270 min. 210 min. Lisboa – Vilar Formoso 310 min. 260 min. Porto – Vilar Formoso 230 min. 200 min. Sines - Elvas 600 min. 300 min. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 16 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes A estratégia na área do transporte de passageiros a média e longa distância é também a de criar uma infra-estrutura capaz de oferecer serviços concorrenciais com outros modos a média e longa distância. A peça essencial dessa estratégia é a integração de Portugal na rede europeia de alta velocidade. Decorrem actualmente estudos que serão presididos pela Comissão Mista LusoEspanhola sobre a viabilidade técnico-económica das ligações (em triângulo) Lisboa - Porto - Madrid. Pretende-se, estrategicamente, criar um corredor ferroviário altamente competitivo no transporte de passageiros no chamado Eixo Atlântico (Setúbal - Lisboa - Porto - Vigo Corunha) onde reside cerca de 30% da população ibérica. A linha do Norte continuará a ser objecto de importantes investimentos tendo em conta que é a principal ligação nacional entre as 2 maiores áreas urbanas nacionais e, no futuro, com a concretização da ligação em Alta Velocidade, funcionará essencialmente para as ligações inter-regionais e como factor de densificação e de alimentação daquela linha. Os objectivos definidos para a Modernização da Linha do Norte, foram desde o início considerados atingíveis pela acção conjugada da aquisição de material circulante específico – comboios de basculação activa – com a intervenção na infra-estrutura, incluindo a quadruplicação da via em zonas de serviço suburbano. Tendo-se revelado indispensáveis intervenções mais profundas ao nível do tratamento da plataforma de via em algumas zonas da linha, que não estavam inicialmente previstas, foram reequacionados os objectivos iniciais do projecto, particularmente no que respeita ao tempo de percurso na ligação Lisboa – Porto que passou para 2 h. e 30 m. (Lisboa/Santa Apolónia – Porto/Campanhã). As autoridades portuguesas consideram que: i) Todos os outros objectivos da Modernização da Linha do Norte se mantêm com um grau de fiabilidade acrescido, nomeadamente: - Melhoria da oferta de transporte com aumento de qualidade conforto. - Aumento da velocidade máxima para 220 km/h. - Aumento da capacidade de transporte. - Aumento da segurança da circulação. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 17 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes ii) A sobreposição do ciclo de investimento da modernização da Linha do Norte por atraso desta, com o previsto para a construção da nova infra-estrutura de alta velocidade considerada estratégica, levou à decisão de: - Reequacionar o programa de Modernização da Linha do Norte em algumas das suas etapas de execução, mantendo os seus objectivos fundamentais. - Iniciar o estudo da possibilidade da adopção da alta velocidade em Portugal, tendo em conta a conquista de novos mercados para o caminho-de-ferro. iii) O projecto de Modernização da Linha do Norte insere-se no âmbito da rede Ferroviária Convencional (bitola larga na Península Ibérica: 1 668 mm) justificando-se em função do tráfego de passageiros e mercadorias existente. A rede de alta velocidade não constitui assim solução alternativa, mas sim solução complementar àquela, já prevista na Decisão nº 1692/96/CE do Parlamento Europeu e do Conselho sobre as orientações comunitárias para o desenvolvimento da Rede Transeuropeia de Transportes. A Linha do Norte tem actualmente um número elevado de circulações diárias de longo curso, regionais, suburbanas e de mercadorias. A retirada de alguns comboios mais rápidos, em nada altera a necessidade de se manterem as exigências de desempenho adequado desta linha. Uma maior disponibilidade de capacidade de oferta, permitirá responder em melhores condições às novas exigências que se colocam na definição de canais para as TERFN (Rede Transeuropeia de Transporte Ferroviário de Mercadorias). No que respeita aos transportes urbanos estão em curso importantes investimentos nas duas grandes áreas urbanas nacionais. Em termos de estratégia pretende-se: - Em Lisboa • Aumentar a área de captação de passageiros pelo prolongamento do eixo ferroviário N-S à região da Península de Setúbal. • Densificar a malha ferroviária da margem esquerda do Rio Tejo, pela construção do denominado Metro Sul do Tejo. • Aumentar a capacidade e a qualidade da infra-estrutura nas linhas já em funcionamento e que registam um nível de actividade muito elevado como são o caso das linhas de Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 18 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Sintra, Cascais e Azambuja. Este objectivo será satisfeito pelo aumento dos percursos electrificados e pela melhoria dos sistemas de segurança e controlo. • Densificar a rede, que se traduz no aumento das áreas de influência do Metropolitano de Lisboa, através da construção de novas linhas. - No Porto • Construir uma infra-estrutura ferroviária capaz de oferecer um verdadeiro serviço de transporte suburbano de passageiros. Nesta região verifica-se haver um claro desajustamento entre a procura (real e potencial) e a oferta de serviços, dada a desadequação da infra-estrutura. O objectivo concretiza-se pela construção de novos traçados, electrificação de percursos e introdução de novos sistemas de gestão de qualidade e de segurança. Em termos geográficos pretende-se criar uma rede de serviços que envolve centros urbanos como Braga e Guimarães (a Norte), Ermesinde/Marco de Canavezes (a Leste) e já na área atravessada pela linha do Norte até Aveiro (a Sul). Por outro lado está em curso a construção do Metropolitano do Porto. Pela sua própria natureza uma estratégia de transportes locais é mais difícil de definir centralmente e é fruto de acordos e vontades de autoridades locais e regionais. De realçar, contudo, os estudos em curso sobre a criação de uma rede ligeira (metropolitano) na região de Coimbra. 4.3 - Durante os últimos anos foi feito um esforço de diagnóstico e de definição de uma nova política marítima e portuária (Política Marítimo-Portuária rumo ao século XXI), a qual reconhece o papel estratégico do transporte marítimo e dos portos portugueses na melhoria da competitividade e da internacionalização da nossa economia, bem como na prossecução de um desenvolvimento sustentável a longo prazo. Pretende-se, desta forma, valorizar a localização do território nacional e transformar a desvantagem que é a sua localização periférica em relação ao centro da Europa numa vantagem comparativa que resulta da sua localização atlântica, acompanhando a aposta comunitária em soluções multimodais tendo os portos como elo de ligação essencial e o transporte marítimo como alternativa aos constrangimentos registados no transporte terrestre (congestionamento, poluição ambiental e sonora, sinistralidade). O papel desempenhado pelos portos nos arquipélagos da Madeira e dos Açores assume uma importância essencial como meio praticamente exclusivo para o transporte de mercadorias e o desenvolvimento da economia dessas regiões. O investimento portuário Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 19 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes assume nesses casos um papel relevante não só no que respeita às acessibilidades marítimas, mas também ao ordenamento e expansão da sua capacidade de acolhimento. A análise custo/benefício tem uma forte componente social, na medida em que estamos em presença de elos de ligação indispensáveis para garantir a integridade do território nacional. No território continental, o porto de Sines desempenha um papel essencial e reúne condições para protagonizar o papel estratégico dos portos no processo de internacionalização da economia portuguesa. Tendo-se desenvolvido como grande porto vocacionado para produtos energéticos, o porto de Sines deverá reforçar as sua funções neste domínio no sentido da movimentação de carvão, com funções de baldeação, do reforço da movimentação de petróleo e seus derivados e, ainda, da intervenção nos abastecimentos de gás natural, desempenhando um importante papel na diversificação dos abastecimentos do país nesta importante fonte de energia. Ao mesmo tempo, a localização privilegiada do porto de Sines na Fachada Atlântica, a ausência de obstáculos permanentes ou temporários e a profundidade das suas águas poderá transformá-lo num importante porto de “transhipment” e conduzir ao desenvolvimento de uma zona de Actividades Logísticas, com serviços de consolidação e desconsolidação, armazenagem, recolha e serviços de apoio à indústria e de valor acrescentado. O porto de Setúbal deverá reforçar a sua posição como polo de movimentação de carga geral e de cargas Ro-Ro, aproveitando as vantagens da sua localização numa zona fortemente industrializada e com um forte polo de desenvolvimento da industria automóvel. Na sequência do desenvolvimento do transporte marítimo e do papel que crescentemente desempenha o tráfego de contentores, é previsível registar um acréscimo significativo deste tipo de tráfego, sobretudo dedicado ao transporte marítimo de curta distância e em complementaridade com o porto de Lisboa. A médio prazo, o porto de Setúbal deverá contribuir de forma decisiva para aliviar o congestionamento do porto de Lisboa. O porto de Lisboa continuará a ser um porto vocacionado para o movimento de contentores, satisfazendo o hinterland produtivo e consumidor da importante região em que se insere, evitando desta forma um agravamento no congestionamento das vias de transporte terrestre e contribuir para o seu desenvolvimento com menores custos ambientais. Ao mesmo tempo, o porto deverá reforçar a sua quota de mercado de granéis alimentares e alimentos frescos, servindo o país e algumas regiões do hinterland espanhol. A atracção da cidade de Lisboa como polo europeu de animação e turismo permitirá reforçar o seu papel no que respeita ao movimento de cruzeiros e ao turismo náutico. No porto de Lisboa deverá ser assegurada a compatibilização das actividades portuárias com um desenvolvimento urbano equilibrado e harmonioso. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 20 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes O porto de Leixões deverá reforçar o seu papel no âmbito da carga contentorizada, sobretudo nos serviços de curta distância, acentuando as funções de distribuição de granéis alimentares e na recepção e movimentação de derivados do petróleo e produtos petroquímicos refinados. Para a concretização destes objectivos são essenciais os trabalhos de ordenamento do porto, actualmente em curso, bem como a melhoria das acessibilidades e das interfaces rodo-ferroviárias que lhe permitirão funcionar em articulação com a rede nacional. O porto de Aveiro, actuando no sentido de desenvolver relações de complementaridade com o porto de Leixões, afirmar-se-á como um dos principais portos nacionais na movimentação de carga geral fraccionada, devendo os investimentos a realizar concentrar-se na área das infra-estruturas portuárias e na melhoria das acessibilidades ferroviárias. O sector marítimo e portuário constitui, sem dúvida, a componente do sector dos transportes mais exposta às perspectivas do mercado, ocupando o investimento privado um papel determinante no conjunto das intenções de investimento. Tendo sido feito um esforço proeminente pelas autoridades nacionais, pelos operadores portuários e por outras entidades com interesses no sector, a exemplo do que acontece com todos os países da União Europeia, no sentido de atrair a iniciativa e o financiamento privado para o sector no período 2000-2006, existem expectativas fundadas quanto ao sucesso dessas iniciativas. É, no entanto, prematuro avançar com estimativas da dimensão desse investimento. O investimento público, proveniente do Orçamento de Estado, das subvenções comunitárias ou do auto-financiamento das empresas públicas ou de capitais públicos, concentrar-se-á nos seguintes vectores, essenciais para garantir uma igualdade de condições entre os portos portugueses e os outros portos da Europa, por forma a devolver ao transporte marítimo a dimensão que lhe cabe numa repartição modal equilibrada: • Melhorar as acessibilidades rodo-ferro-marítimas dos principais portos, eliminando pontos de estrangulamento existentes e assegurando a sua integração como pontos de conexão nas redes multimodais do sistema de transportes; • Completar os programas de modernização e reordenamento dos Portos de Lisboa, Setúbal, Leixões e Aveiro; • Apoiar, nomeadamente, o reforço das funções na área energética do Porto de Sines; • Assegurar o investimento necessário ao progresso dos sistemas e tecnologias da informação. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 21 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes As subvenções comunitárias a conceder terão em conta a capacidade geradora de receitas dos projectos a fim de maximizar o efeito de alavanca daquele financiamento. De sublinhar ainda que a linha estratégica de desenvolvimento do sector marítimo e portuário terá presente a necessidade de incentivar e reforçar o envolvimento da iniciativa privado no sector, de que constituem exemplo os investimentos destinados a apoiar a transformação do Porto de Sines num polo de transhipment, bem como a adopção de um conjunto de medidas legislativas, regulamentares e administrativas, em boa parte introduzidas num passado recente e, das quais, se destacam: • A implementação de um Plano Nacional de Concessões; • A reforma do regime jurídico do trabalho portuário, adaptando-o ao regime geral do contrato individual de trabalho; • A reforma do regime jurídico da operação portuária, o aperfeiçoamento do regime tarifário e a simplificação dos procedimentos e formalidades nos portos. A actividade portuária será sempre associada a um desenvolvimento urbano equilibrado e harmonioso. 4.4 - No contexto da integração de Portugal na Europa e da globalização da economia, o transporte aéreo assume uma importância fundamental no transporte internacional de passageiros, apresentando a nível mundial taxas de crescimento anual de 7,7% enquanto a média do conjunto dos transportes se situou nos 3,1%, tendo como referência os últimos 25 anos. A liberalização do tráfego e a consequente quebra nas tarifas foi o principal factor para este acentuado crescimento. A situação económica favorável, tanto nos Estados Unidos da América como na Europa foi também responsável pelo crescimento da indústria do turismo em Portugal, com reflexos directos no número de companhias que passaram a operar, bem como no incremento das operações não regulares, uma vez que grande parte daqueles que nos visitam utilizam o transporte aéreo como meio de deslocação. Percepcionando-se que esta tendência se manterá nos próximos anos, desenvolveu-se um plano de reordenamento das infra-estruturas aeroportuárias por forma a: • Garantir o acolhimento planeado da procura, isto é, sem degradação da qualidade do serviço e das condições de segurança dos aeroportos; Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 22 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes • Desenvolver os aeroportos nacionais, prevendo a sua afirmação no contexto ibérico. Assim, nos próximos anos, os investimentos em infra-estruturas aeroportuárias e em navegação aérea têm como principais objectivos: • Aumento da capacidade dos aeroportos, de forma a acompanhar a evolução da procura; • A melhoria da qualidade de serviço; • Reforço das condições de segurança. Sobre a caracterização do papel dos aeroportos mais importantes do país, refira-se que os aeroportos de Lisboa e Porto se inserem nas duas grandes áreas metropolitanas com dinâmicas próprias em termos de crescimento populacional e de desenvolvimento sócioeconómico, originando fluxos de tráfego de entrada e de saída com crescimentos assinaláveis provocando sérios problemas de estrangulamento, caso não sejam tomadas em devido tempo as medidas necessárias nem dotar essas infra-estruturas de capacidades adequadas e devidamente dimensionadas para acolher os níveis de procura. Também os aeroportos de Faro e do Funchal apresentam crescimentos de tráfego assinaláveis, nestes casos, devido a movimentações turísticas, para as quais se tornava necessário encontrar respostas adequadas. Assim, na sequência da elaboração dos planos directores referentes a cada um dos aeroportos nacionais, a concretização dos objectivos estratégicos traduz-se no seguinte: • O Aeroporto da Portela (Lisboa) processou 8,7 Mpa em 1999, apresentando como principais constrangimentos os acessos, o curb-side de partidas e o número de posições de aeronaves. Impõe-se a construção de um novo terminal de carga, não só porque o actual está obsoleto como porque se encontra na zona de natural criação de estacionamento. Prevê-se a ampliação do terminal de passageiros e a remodelação/ampliação das áreas de movimento/plataforma, dotando o aeroporto de uma capacidade da ordem dos 14 Mpa, satisfazendo a procura num horizonte de 8/10 anos. Síntese: • Aumento da capacidade de 10 para 14 milhões de passageiros/ano (desde 1993 tem crescido a uma taxa de 9%/ano, em 1998 cresceu 11,2%. Em 1999 foram processados 8,7 Mpa); Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 23 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Prevê-se que a taxa de crescimento médio do tráfego de passageiros no período 2000-2010 seja da ordem dos 4,5% ano. • Aumento do número de movimentos/hora de 30 para 38; • Construção de um novo terminal de carga. Os investimentos justificam-se pela necessidade de acautelar a capacidade do Aeroporto da Portela, de forma a não limitar a procura, uma vez que se prevê que a construção de um novo aeroporto, em sua substituição, não possa estar concluída antes de 2010. • O Aeroporto Sá Carneiro (Porto) irá processar 2,8 Mpa em 1999, apresentando já constrangimentos, nomeadamente a nível do check-in, do processamento de bagagens e das plataformas. O Plano de Desenvolvimento Estratégico prevê duas fases: uma 1ª fase (até 2010) para cerca de 5/6 Mpa e 70.000 ton carga e uma 2ª fase (até 2025) com duplicação de capacidades. O Aeroporto em causa tem potencial de crescimento para além da referida 2ª fase. Síntese: • Aumento da capacidade de 3 para 6 milhões de passageiros/ano, até 2010 e para 12 milhões em 2025 (desde 1993 tem crescido a uma taxa de 9%/ano, em 1998 cresceu 11,2%. Em 1999 foram processados 2,8 Mpa); Prevê-se que a taxa de crescimento médio do tráfego de passageiros no período 2000-2010 seja da ordem dos 6,3% ano. • • Aumento do número de movimentos/hora de 14 para 38. O Aeroporto de Faro prevê processar 4,5 Mpa em 1999, apresentando como principais constrangimentos o check-in, o processamento e recolha de bagagens e o número de posições de estacionamento das aeronaves. Está em curso um incremento de capacidade para 6 Mpa satisfazendo a procura num horizonte de 6/7 anos e a introdução de um sistema de aterragem por instrumentos. Está ainda projectada uma 2ª fase que prevê a implementação de 5 mangas, a relocalização do GOC, um ILS e a ampliação da área de chegadas no terminal de passageiros. Esta 2ª fase visa o aumento de capacidade para 8 Mpa. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 24 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Síntese: • Aumento da capacidade de 4 para 6 milhões de passageiros/ano, até 2006 e para 8 milhões em 2010 (Em 1998 cresceu 7,6%. Em 1999 foram processados 4,5 Mpa); Prevê-se que a taxa de crescimento médio do tráfego de passageiros no período 2000-2010 seja da ordem dos 7% ano. • • Aumento do número de movimentos/hora de 24 para 32. • Melhoria das condições de segurança com a montagem do ILS. O Aeroporto do Funchal prevê processar 1,9 Mpa em 1999, estando em curso a primeira e segunda etapas da ampliação do Aeroporto do Funchal que leva o comprimento da pista dos actuais 1800 para 2336 metros, seguindo-se a ampliação para os 2781 metros. Naturalmente que, incluídos nestas duas etapas do projecto, foram considerados todos os aspectos ligados a novos acessos e estacionamentos, quer aeronaves, quer de viaturas, bem como a reformulação de todos os sistemas e infra-estruturas de apoio. A nova plataforma de estacionamento de aeronaves, está dimensionada para permitir o estacionamento simultâneo de 10 aeronaves, sendo 4 de grande porte (tipo B747 ou similar). Em alternativa, poderão estacionar 12 aeronaves de médio porte (tipo B757 ou A320). Numa terceira etapa será considerada a ampliação da Aerogare e a construção de uma nova Torre de Controlo. Síntese: • Aumento da capacidade de 1,5 para 3,5 milhões de passageiros/ano, até 2002 (Em 1999 foram processados 1,9 Mpa); Prevê-se que a taxa de crescimento médio do tráfego de passageiros no período 2000-2010 seja da ordem dos 5,2% ano. • Aumento do número de movimentos/hora de 24 para 32. • Melhoria das condições de segurança com a montagem do ILS. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 25 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes • Nos Açores, no Aeroporto João Paulo II estão previstos aumentos do nº de balcões e de um tapete de recolha de bagagens para atingir a capacidade prevista para o terminal de passageiros de 1 Mpa. Prevê-se que a taxa de crescimento médio do tráfego de passageiros no período 20002010 seja da ordem dos 4,7% ano. No Aeroporto da Horta será ampliado o terminal de passageiros no próximo ano, por forma a processar 260 passageiros em hora de ponta de partidas e chegadas. Os restantes Aeroportos dos Açores não apresentam constrangimentos de assinalar. Os adequados investimentos em navegação aérea serão realizadas entre 2000 e 2003 e reportam-se ao Controlo Aéreo da Região de Lisboa e ao Controlo Aéreo do Atlântico. 4.5 - O Sistema Logístico Nacional deverá configurar uma rede de plataformas logísticas inseridas em corredores de transporte, fluidos e funcionalmente hierarquizados, que proporcionem uma melhoria global dos serviços de transporte e de movimentação das cargas, com vista à integração de Portugal no espaço ibérico e europeu e, consequentemente, nas relações intercontinentais. Deverá também desempenhar um papel de integração eficaz dos vários modos de transporte, viabilizando a fluidez de uma rede de transportes combinados para a Espanha e Europa com o surgimento de novos operadores nesta área. Pretende-se que fomente uma nova cultura para o transporte e movimentação de mercadorias, favoreça parcerias, introduza novas tecnologias de gestão, aumentando a produtividade e o consequentemente desenvolvimento do sector. As plataformas, local de integração físicas dos vários modos de transportes, irão concentrar investimentos e possibilitar grandes economias de escala. O desenvolvimento do Sistema Logístico Nacional far-se-á através de implementação de uma rede de plataformas hierarquizadas de acordo com a sua dimensão, funcionalidades e modos de transporte. O papel fundamental é o das plataformas de primeira linha nos principais pontos de rotura de carga (portos e aeroportos) que asseguram a integração dos vários modos e transporte. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 26 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes As plataformas das Áreas Metropolitanas de nível nacional e regional estão inseridas nas principais zonas de produção e consumo, devendo, pois, ter funcionalidades diversas, com grande peso do modo de transporte rodoviário associado à função distribuição. As áreas logísticas regionais desempenham um importante papel de articulação com as plataformas das Áreas Metropolitanas e as da rede espanhola, e também com as de nível sub-regional. O Sistema será implementado no período 2000-2006, abrangido pelo III Quadro Comunitário de Apoio, estando assente em três vertentes: § Desenvolvimento de uma Rede Nacional de Plataformas Logísticas, definida com base numa estratégia coerente ao nível nacional e por referência ao conjunto dos modos § Reorganização de micro-logística nas áreas metropolitanas e nas cidades médias § Apoio ao desenvolvimento de estrutura empresarial do sector a) A Rede Nacional de Plataformas Logísticas será implantada em quatro níveis: • A base fundamental do Sistema Logístico Nacional será constituída por cinco plataformas logísticas de execução prioritária: • - Zona de Actividades Logísticas de Sines - Centro de Transporte de Mercadorias da Área Metropolitana de Lisboa - Centro de Transporte de Mercadorias da Área Metropolitana do Porto - Centro de Carga Aérea de Lisboa - Centro de Carga Aérea do Porto Desenvolver acções no sentido de integrar áreas logísticas existentes, reordenando os eixos da Bobadela/Alverca, do Carregado/Azambuja, de Coina/Palmela e a área de Matosinhos. • Promover cinco novas áreas logísticas nas Áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e no porto de Aveiro • Elaboração do Plano da Rede Nacional de Plataformas Logísticas que integrará as plataformas de execução prioritária na rede nacional hierarquizada e fará a sua articulação com a rede ibérica e europeia. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 27 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes b) A reorganização de micro-logística nas áreas metropolitanas e nas cidades médias será apoiada e incentivada através de um programa específico. c) O apoio ao desenvolvimento de estrutura empresarial do sector terá como finalidade acelerar os processos de modernização e especialização das empresas através da articulação de programas no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio. 4.6 - Nos últimos anos procedeu-se a um conjunto de alterações legislativas que vieram reestruturar o sector dos transportes, do qual se destacam: - O Decreto-Lei nº 104/97, de 29 de Abril, que cria a Rede Ferroviária Nacional, E.P. (REFER); - O Decreto-Lei nº 133/98, de 15 de Maio, que extingue a DGAC e cria o Instituto Nacional de Aviacção Civil (INAC); - O Decreto-Lei nº 299-B/98, de 29 de Setembro, que cria o Instituto Nacional de Transporte Ferroviário (INTF); - O Decreto-Lei nº 331/98, de 3 de Novembro, que cria o Instituto Marítimo Portuário (IMP) extingue a DGPTM, o Instituto Nacional de Pilotagem dos Portos e o Instituto de Trabalho Portuário; - O Decreto-Lei nº 335/98, de 3 de Novembro, que transforma a APDL em APDL, S.A. e aprova os respectivos estatutos; - O Decreto-Lei nº 336/98, de 3 de Novembro, que transforma a APL em APL, S.A. e aprova os respectivos estatutos; - O Decreto-Lei nº 337/98, de 3 de Novembro, que transforma a APS em APS, S.A. e aprova os respectivos estatutos; - O Decreto-Lei nº 338/98, de 3 de Novembro, que transforma a APSS em APSS, S.A. e aprova os respectivos estatutos; - O Decreto-Lei nº 339/98, de 3 de Novembro, que transforma a Junta Autónoma do Porto de Aveiro em APA, S.A. e aprova os respectivos estatutos; - O Decreto-Lei nº 404/98, de 18 de Dezembro, que cria e aprova os estatutos da NAV, E.P. e da ANA, S.A.; Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 28 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes - O Decreto-Lei nº 237/99, de 25 de Junho, que cria o Instituto das Estradas de Portugal (IEP), o Instituto para a Construção Rodoviária (ICOR) e o Instituto para a Conservação e Exploração da Rede Rodoviária (ICERR); - O Decreto-Lei nº 242/99, de 28 de Junho, que cria o Instituto Portuário do Norte e extingue a Junta Autónoma dos Portos do Norte; - O Decreto-Lei nº 243/99, de 28 de Junho, que cria o Instituto Portuário do Centro e extingue a Junta Autónoma do Porto da Figueira da Foz e a Junta dos Autónoma dos Portos do Centro; - O Decreto-Lei nº 244/99, de 28 de Junho, que cria o Instituto Portuário do Sul e extingue a Junta Autónoma dos Portos do Sotavento do Algarve e a Junta Autónoma dos Portos do Barlavento do Algarve. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 29 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 5. ÁREAS PRIORITÁRIAS DE INTERVENÇÃO Durante o próximo período de programação o FEDER continuará a apoiar o desenvolvimento das infra-estruturas de transportes nas Regiões Norte, Centro, Alentejo e Algarve e, até 31 de Dezembro de 2005, na Região de Lisboa e Vale do Tejo contribuindo, desta forma, para a redução da disparidade entre os níveis de desenvolvimento das diferentes regiões da União Europeia e para a recuperação do atraso de algumas dessas regiões, incluindo as rurais. O Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes contribuirá de forma decisiva, através dos eixos prioritários que o integram, para o reforço da coesão nacional e da coordenação intermodal e o aumento dos requisitos de qualidade do sistema de transportes de forma a contribuir para uma distribuição modal que favoreça os modos de transportes mais sustentáveis do ponto de vista ambiental. Concomitantemente, contribuirá para o esforço de integração dos corredores estruturantes do território na Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T). A prioridade concedida à concretização da Ligação Multimodal Portugal - Espanha/Resto da Europa (Projecto Prioritário n.º 8) durante este período de intervenção não pode excluir a participação do FEDER, conjugado como outras fontes de financiamento comunitário (Fundo de Coesão e Linha B5-700), financiamento público nacional e uma importante participação de capitais privados, no sentido de viabilizar este projecto prioritário até 2006 (componente nacional). A acção do POAT incidirá, sobretudo, nos eixos transversais, sendo relevantes algumas intervenções na Linha da Beira Baixa, bem como outras, situadas em corredores estruturantes rodoviários, designadamente no IP2 e IP8. Constituem também prioridade de intervenção a melhoria das acessibilidades rodoferroviárias às zonas portuárias dos portos principais, nomeadamente dos portos do Douro e Leixões, de Aveiro e de Lisboa, bem como intervenções no interior das áreas portuárias que visem, designadamente, contribuir para um melhor ordenamento e funcionalidade das mesmas. Pretende-se desta forma contribuir para a valorização do território nacional, potenciando a vocação específica de cada porto e alargando o respectivo “hinterland” por forma a garantir a igualdade de condições de concorrência com outros portos, nomeadamente da Península Ibérica. Uma área de intervenção por excelência do POAT será o apoio ao Sistema Logístico Nacional que deverá configurar uma rede de plataformas logísticas inseridas em corredores Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 30 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes de transporte, fluidos e funcionalmente hierarquizados. A implementação da Rede Nacional de Plataformas Logísticas, integrando o apoio à infra-estruturação das plataformas de primeira linha nos principais pontos de rotura de carga, a integração e o ordenamento das áreas logísticas existentes (reordenamento dos eixos da Bobadela/Alverca, do Carregado/Azambuja, de Coina/Palmela e a área de Matosinhos), a promoção de novas áreas logísticas, essencialmente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, são acções essenciais a levar a cabo com o apoio do FEDER, do Orçamento de Estado e da iniciativa privada. Igualmente assumem a maior importância o conjunto de intervenções previstas na rede complementar rodoviária, claramente espelhadas no Desenho 3 anteriormente apresentado, visando melhorar o funcionamento e níveis de serviço prestados na rede fundamental e complementar (integração modal). O apoio à melhoria das ligações entre centros urbanos quer rodoviários quer ferroviários, inclui um conjunto de projectos de reduzida dimensão financeira mas de um imenso valor acrescentado esperado quanto aos resultados no reforço da coesão nacional. Para além de um importante programa de variantes rodoviárias e de outras intervenções que visam garantir um melhor acesso às principais vias rodoviárias e entre centros urbanos, estão incluídas as ligações ferroviárias do Porto à cidade de Braga e à Trofa na região Norte e a ligação de Lisboa à cidade de Odivelas (Metropolitano de Lisboa) na Região de Lisboa e Vale do Tejo. O aumento de qualidade e da segurança do sistema de transportes está presente na intervenção do FEDER ao sistema de transportes mediante o apoio ao esforço de renovação do material circulante ferroviário bem como a planos de qualidade e programas que visem o acréscimo de segurança e monitorização do sistema de transportes. Constitui projecto emblemático o plano de supressão de passagens de nível. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 31 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 6. EIXOS PRIORITÁRIOS DO PROGRAMA OPERACIONAL DE ACESSIBILIDADES E TRANSPORTES Os quatro grandes desafios identificados pelo PNDES para o sector dos transportes, no período 2000-2006, componente essencial para a concretização da estratégia nacional de integração de Portugal na Europa e no Mundo, permitiram identificar os objectivos gerais sectoriais referidos no ponto anterior e integrados no Plano de Desenvolvimento Regional. O contributo do POAT para atingir estes objectivos desenvolve-se em torno de quatro eixos prioritários: § Integração dos Corredores Estruturantes do Território na Rede Transeuropeia de Transportes § Reforço da Coordenação Intermodal § Reforço da Coesão Nacional § Promoção da Qualidade, Eficiência e Segurança do Sistema de Transportes A estes eixos prioritários deverá, ainda, ser associado o contributo prestado pela componente sectorial desconcentrada regionalmente, especificamente dirigida ao reforço das acessibilidades de transporte a nível regional, bem como a intervenção do Fundo de Coesão no período 2000-2006 dirigido para os projectos estruturantes do sector dos transportes e de todo o processo de desenvolvimento económico e social português. Os eixos prioritários integram as medidas indispensáveis para a sua prossecução. A arquitectura do Programa e a sua organização pelos eixos já identificados foi condicionada por dois imperativos de sinal contrário: por um lado, a necessidade de dispor de um quadro tão estruturado quanto uma boa programação o exija. Por outro lado, os imperativos de flexibilidade de gestão que já levaram à definição de um único Programa Operacional para o sector, apontam para a identificação de um conjunto de eixos que garantam a coerência do programa sem dispersar as medidas a adoptar para atingir plenamente os objectivos previstos. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 32 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes EIXO 1 INTEGRAÇÃO DOS CORREDORES ESTRUTURANTES DO TERRITÓRIO NA REDE TRANSEUROPEIA DE TRANSPORTES OBJECTIVOS GERAIS Este eixo prioritário visa concretizar o objectivo nacional de inserção da economia nacional no contexto mundial, através do aumento da produtividade e da competitividade das empresas portuguesas, ao mesmo tempo que deverá ter em conta as exigências decorrentes da evolução da Política Comum de Transportes e privilegiar uma abordagem respeitadora do ambiente e do ordenamento do território. Neste contexto, torna-se essencial a conclusão dos corredores estruturantes da economia portuguesa, com particular destaque para os que integram o Projecto Prioritário nº 8, aprovado na Cimeira de Dublin. A “Ligação Multimodal Portugal/Espanha-Resto da Europa” (PP Nº 8) é identificada através do Corredor Litoral Norte/Sul que liga a fronteira de Valença à fronteira de Castro Marim e pela Diagonal do Vale do Ave (IC 25) e Diagonal do Tejo (constituída pelo IP 6 e pelo IP 2, entre Gardete e Guarda e pela Linha da Beira Baixa), bem como pela transversal que liga o Litoral Centro a Espanha, através da fronteira de Vilar Formoso. Aos eixos essenciais que constituem o Projecto Prioritário juntam-se outros eixos Diagonais e Transversais Estruturantes, bem como o eixo essencial para a coesão territorial que constitui o IP 2. Para a concretização destes corredores, identificados nos mapas anexos, o Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes actua em estreita articulação com o Fundo de Coesão e desempenha um importante papel de alavancagem da iniciativa privada, através de regimes de concessão tradicionais, associados a concessões de características inovadoras (SCUT), essencialmente associadas a vias rodoviárias com cargas de tráfego insuficientes para incentivar a sua concessão associada ao regime de portagem. Enquadram-se neste eixo os projectos de desenvolvimento dos Aeroportos do Porto e de Faro, a Modernização da Linha da Beira Baixa, bem como os projectos associados à conclusão de importantes eixos rodoviários como o IP 2 e o IP 8. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 33 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes METAS E INDICADORES Resultados e Impactos Em complemento do esforço financeiro nacional, com o apoio do Fundo de Coesão e a parceria com a iniciativa privada, no final do período de intervenção estima-se uma redução significativa dos tempos de percurso às principais fronteiras utilizando o modo rodoviário que poderão ser de 178 para 134 minutos do Porto a Vilar Formoso, ou de 222 a 209 minutos de Lisboa à mesma fronteira. Igualmente, no que respeita ao transporte ferroviário estima-se uma redução do tempo de percurso do Porto a Vilar Formoso de 230 para 200 minutos, do Porto a Valença de 125 para 85 minutos e de Lisboa a Vilar Formoso de 310 para 260 minutos. Ao mesmo tempo prevê-se o aumento do fluxo de tráfego ferroviário de passageiros e de mercadorias, bem como, a redução do “peso” do transporte rodoviário a favor do transporte marítimo nos tráfegos de mercadorias entre Portugal e a Europa e entre Portugal e o resto do Mundo. No que respeita ao tráfego aéreo prevê-se que o movimento de aeronaves nos aeroportos do Porto e Faro passem, durante esse período, de 72.900 para 97.700 e o movimento hora de 32 para 45. Indicadores de Realização § No domínio rodoviário: - Construção de 160 Km de estradas no âmbito da rede fundamental e complementar; § No domínio ferroviário: - Renovação de via em cerca de 75 km dos quais cerca de 10 km de variantes; - Modernização dos sistemas de sinalização/telecomunicações em cerca de 155 km; - Catenária/electrificação de via em cerca de 155 km; - Nº de estações intervencionadas: 8 § No domínio aeroportuário: - Nº de aeroportos melhorados: 2 Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 34 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Critérios de selecção de projectos Os projectos a apoiar neste eixo prioritário deverão respeitar os seguintes princípios gerais e orientadores: § Estar em conformidade com a política definida para o sector; § Contribuir para a obtenção dos objectivos enunciados para o eixo prioritário; § Estar garantida a cobertura orçamental do projecto; § Contribuir para a conclusão de sistemas de transportes funcionais no horizonte 2006; § Respeitar as políticas ambientais, nacionais e comunitárias, e a legislação respectiva, designadamente as directivas 85/337/CEE, 97/11/CE, 79/409/CEE, 92/43/CEE, tendo em conta os princípios e as orientações do desenvolvimento sustentável; § Cumprir as regras de contratação e de mercados públicos designadamente as directivas 93/36/CE, 93/37/CE, 93/38/CE, 92/50/CEE; Medidas Este eixo, associado essencialmente ao objectivo 1 definido no Capítulo 3, enquadra duas medidas para a sua concretização. § M 1.1 – Promover a conclusão do Projecto Prioritário § M 1.2 – Acelerar a construção dos outros Corredores Estruturantes Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 35 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Medida 1.1 PROMOVER A CONCLUSÃO DO PROJECTO PRIORITÁRIO Objectivos Esta medida tem como principal objectivo contribuir para a conclusão dos corredores que integram o Projecto Prioritário nº 8 - Ligação Multimodal Portugal-Espanha/Resto da Europa - e, desta forma, contribuir para a estruturação da rede de transportes e a sua ligação ao exterior. A eliminação de estrangulamentos de capacidade nos corredores que integram o projecto prioritário, bem como a conclusão das ligações em falta, constituem elementos essenciais para vencer a perificidade e contribuir para o desenvolvimento económico e social do país. Descrição A medida consiste essencialmente na realização de obras públicas de construção, modernização e articulação multimodal de infraestruturas, envolvendo os eixos rodoviários e ferroviários de primeira prioridade completando as ligações entre as fronteiras Norte e Sul ao longo de toda a faixa litoral e as ligações entre o litoral nomeadamente os principais núcleos urbanos e a principal fronteira terrestre. A eliminação de estrangulamentos nas infra-estruturas portuárias e aeroportuárias é igualmente objectivo visado por esta medida. Integram-se nesta medida as ligações no âmbito da rede ferroviária principal e da rede fundamental rodoviária estabelecida no PRN 2000 que coincidem com os eixos definidos no projecto Prioritário, Integram, ainda, nesta medida as intervenções nos Aeroportos do Porto e Faro. Nenhuma ajuda de estado, no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordada para esta Medida. Entidade Responsável MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Entidades Beneficiárias • Instituto das Estradas de Portugal (IEP) • Empresas concessionárias de auto-estradas • Rede Ferroviária Nacional (REFER) • Aeroportos de Portugal SA (ANA) • Administrações Portuárias Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 36 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Medida 1.2 ACELERAR A CONSTRUÇÃO DOS EIXOS TRANSVERSAIS E DIAGONAIS ESTRUTURANTES Objectivos Esta medida relativa aos eixos transversais e diagonais no âmbito da Rede Principal Rodoviária, não incluídos no Projecto Prioritário, visa articular esses eixos de importância nacional com a rede daquele projecto, promovendo iguais oportunidades de desenvolvimento das regiões que servem. Ao mesmo tempo, esta medida introduz um importante efeito de alavanca ao investimento privado que irá permitir a conclusão da Rede Fundamental desses eixos essenciais para garantir a integração de Portugal no contexto europeu. Descrição Integram esta medida projectos no âmbito do eixo longitudinal ao longo do interior do território (IP2) e projectos no eixo transversal que atravessa a Região do Alentejo do litoral à fronteira (IP8). Nenhuma ajuda de estado, no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordada para esta Medida. Entidade Responsável: MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Entidades Beneficiárias: • Instituto das Estradas de Portugal (IEP) • Empresas concessionárias de auto-estradas Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 37 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes EIXO 2 REFORÇO DA COORDENAÇÃO INTERMODAL OBJECTIVOS GERAIS O principal objectivo deste eixo será a criação das infra-estruturas indispensáveis à efectiva implementação da intermodalidade, potenciando assim um eficaz sistema de transportes que rentabilize a utilização dos vários modos, permitindo aos intervenientes envolvidos a escolha mais adequada, em cada caso, à deslocação de passageiros e mercadorias, no território nacional e sobretudo nas ligações à Europa e ao resto do mundo. O cumprimento do referido objectivo implicará intervenções no domínio marítimo e portuário, elemento essencial da cadeia de transportes num país com uma extensa faixa marítima, através da melhoria das respectivas acessibilidades terrestres e desenvolvendo infraestruturas portuárias, nomeadamente as de articulação modal. Assim, enquadram-se neste eixo os projectos a desenvolver nos portos nacionais principais integrados na Rede Transeuropeia de Transportes e desempenhando um papel da maior importância no estabelecimento do Sistema Logístico Nacional. Também no domínio rodoviário estão previstas importantes intervenções a nível da rede nacional complementar, essencial para a melhoria das acessibilidades no interior do país em articulação com a rede fundamental, bem como para a plena utilização da rede nacional de logística. No que se refere à logística, o objectivo definido será concretizado através do desenvolvimento do Sistema Logístico Nacional, através das suas três vertentes fundamentais: - Desenvolvimento de uma Rede Nacional de Plataformas Logísticas; - Reorganização da micro-logística nas áreas metropolitanas e nas cidades médias; - Apoio ao desenvolvimento da estrutura empresarial do sector. A Rede Nacional de plataformas logísticas prevê a implementação de uma rede de plataformas hierarquizadas, tendo em conta a sua dimensão, as respectivas funcionalidades e os modos de transporte envolvidos. Assim, as plataformas de primeira linha Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 38 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes desempenham um papel fundamental, situando-se nos principais pontos de ruptura de carga, portos e aeroportos, assegurando a integração dos vários modos de transporte. Também os centros de transporte de mercadorias das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, integrarão a rede fundamental do Sistema Logístico Nacional. De referir ainda, a um outro nível, as áreas logísticas regionais que estabelecerão a articulação entre as plataformas das Áreas Metropolitanas e as áreas logísticas subregionais. METAS E INDICADORES Resultados e impacte A implementação das medidas preconizadas para o eixo 2 terá consequências na eficácia de todos os modos de transporte, conduzindo a transferências entre modos e à redução dos tempos de percurso. No sistema marítimo-portuário é expectável um aumento generalizado da carga transportada, com especial relevo para a carga geral, onde se estima uma variação até 2006 de 5,4 Mt/ano para 7 Mt/ano e para o transporte de contentores em que a variação, no mesmo período, será previsivelmente de 4,7 Mt/ano para 8 Mt/ano. No que respeita ao tráfego de mercadorias entre Portugal e a Europa e o resto do mundo prevê-se uma transferência entre modos com ganhos significativos, sobretudo para o transporte marítimo, em consequência da diminuição da carga transportada por via rodoviária. Também no que respeita aos tempos de percurso quer rodoviários, quer ferroviários, entre os principais portos e as ligações à fronteira com a Espanha e às cidades do interior, se verificarão reduções sensíveis nalguns casos da ordem dos 50%. Indicadores de realização § No domínio rodoviário: - Construção e renovação de cerca de 230 km de estradas no âmbito da rede complementar; § No domínio marítimo-portuário: Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 39 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes - Melhoria das acessibilidades, nomeadamente terrestres, a 5 portos. - Desenvolvimento das infra-estruturas portuárias de articulação modal em 5 portos; § No domínio da Logística: - Nº de áreas logísticas a construir ou melhorar: 8; - Nº de novas plataformas logísticas: 5. Critérios de selecção de projectos Os projectos a apoiar neste eixo prioritário deverão respeitar os seguintes princípios gerais e orientadores: § Estar em conformidade com a política definida para o sector; § Contribuir para a obtenção dos objectivos enunciados para o eixo prioritário; § Adequar os serviços portuários às solicitações da procura; § Necessidade de não alterar as condições de concorrência entre operadores; § Estar garantida a cobertura orçamental do projecto; § Respeitar as políticas ambientais, nacionais e comunitárias, e a legislação respectiva, designadamente as directivas 85/337/CEE, 97/11/CE, 79/409/CEE, 92/43/CEE, tendo em conta os princípios e as orientações do desenvolvimento sustentável; § Cumprir as regras de contratação e de mercados públicos designadamente as directivas 93/36/CE, 93/37/CE, 93/38/CE, 92/50/CEE; Será tida em conta a capacidade dos projectos para gerar receitas, a fim de maximizar o efeito de alavanca, e serão evitadas as situações de distorção das condições de concorrência entre operadores. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 40 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes MEDIDA 2.1 MELHORIA DAS ACESSIBILIDADES E INTERVENÇÕES NOS PORTOS Objectivos Esta medida tem dois objectivos bem definidos cuja realização conjunta é condição essencial para que se atinjam plenamente os resultados pretendidos de melhoria de funcionamento de transporte marítimo, na vertente constituída pela actividade portuária. Assim, procura-se assegurar a existência de boas ligações ferroviárias e rodoviárias aos principais portos nacionais, nomeadamente, Douro e Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines. Simultaneamente pretende-se que os referidos portos sejam dotados de infra-estruturas portuárias que viabilizem da melhor forma as ligações intermodais, bem como as actividades especificamente portuárias. Descrição Esta medida contem as seguintes acções específicas: - Estabelecimento e melhoria das ligações ferroviárias aos principais portos nacionais, nomeadamente, Douro e Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines. - Melhorar e eliminar os estrangulamentos existentes nas ligações rodoviárias entre os portos acima referidos e a rede rodoviária nacional. - Melhorar ou promover a criação de infra-estruturas portuárias. Nenhuma ajuda de estado, no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordada para esta Medida. Entidade responsável MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Entidades Beneficiárias § Administrações Portuárias; § Rede Ferroviária Nacional (REFER) § Instituto das Estradas de Portugal (IEP) Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 41 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Medida 2.2 DESENVOLVIMENTO DA REDE COMPLEMENTAR RODOVIÁRIA Objectivos Esta medida pretende melhorar as acessibilidades no interior do país entre as cidades médias, e entre estas e a rede rodoviária fundamental. O seu objectivo específico é concretizar ligações em falta na rede complementar rodoviária e eliminar pontos de estrangulamento, por forma a reduzir os tempos e os custos médios de percurso, aproximando as populações, desenvolvendo as actividades económicas e potenciando as ocupações de lazer. A rede complementar rodoviária terá igualmente uma importância determinante para o bom funcionamento da rede logística de âmbito sub-regional. Descrição Engloba fundamentalmente as intervenções rodoviárias nos itinerários da rede complementar, ao longo de todo o país, conforme mapa anexo, da Rede Rodoviária Nacional. Nenhuma ajuda de estado, no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordada para esta Medida. Entidade Responsável MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Entidades Beneficiárias § Instituto das Estradas de Portugal (IEP) § Empresas comcessionárias de auto-estradas Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 42 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Medida 2.3 DESENVOLVER UMA REDE NACIONAL DE LOGÍSTICA Objectivos Com esta medida pretende-se especializar Portugal na actividade logística dentro da estratégia global de criar no país uma nova centralidade da Europa em relação ao resto do mundo, através da implementação de uma rede estruturada e coerente de plataformas de actividades logísticas. É também um objectivo específico desta medida garantir que as plataformas desempenhem um papel de integração eficaz dos vários modos de transporte, viabilizando a fluidez de uma rede de transportes combinados para a Espanha e a Europa. Descrição Nesta medida englobam-se todas as acções para o desenvolvimento do Sistema Logístico Nacional, nomeadamente: - A execução prioritária de um conjunto de plataformas logísticas no qual se inclui a ZAL de Sines, os CTM de Lisboa e Porto e os CCA de Lisboa e Porto; - O desenvolvimento de acções no sentido de integrar áreas logísticas existentes; - a promoção de novas áreas logísticas nas Áreas Metropolitanas do Porto e Lisboa e no porto de Aveiro; - A implementação de uma rede de plataformas logísticas regionais; - A reorganização da micro-logística nas áreas metropolitanas e nas cidades médias. - No desenvolvimento de sistemas de gestão centralizada e de integração modal e intermodal, designadamente tarifária (bilhética), no transporte público de passageiros (logística associada ao transporte publico de passageiros). Nenhuma ajuda de estado, no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordada para esta Medida. Entidade Responsável MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Entidades Beneficiárias § Administrações Portuárias § Aeroportos de Portugal SA (ANA) § Câmaras Municipais § Caminhos de Ferro Portugueses, EP (CP) § Direcção-Geral de Transportes Terrestres (DGTT) § Rede Ferroviária Nacional (REFER) § Empresas com capitais públicos que tenham como objecto a instalação de plataformas logísticas ou a requalificação de zonas de actividades logísticas. § Empresas com capitais públicos que tenham como objectam a logística associada ao sistema de transportes públicos de passageiros Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 43 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes EIXO 3 REFORÇO DA COESÃO NACIONAL OBJECTIVOS GERAIS Este eixo dará um contributo essencial para atingir o objectivo do reforço da coesão e da solidariedade interna, nomeadamente através da melhoria das ligações das cidades de média dimensão, entre si e à rede nacional estruturante, bem como dos acessos entre as zonas rurais e as áreas urbanas. Desta forma contribuirá para aproximar as regiões e os cidadãos criando condições para o aumento da mobilidade e do acesso aos serviços hierarquicamente diferenciados localizados no território, garantindo assim maior eficiência na utilização dos recursos disponíveis. Neste contexto, torna-se essencial desenvolver as ligações ferroviárias e rodoviárias entre centros urbanos e garantir a construção de variantes rodoviárias a estes, evitando o tráfego de atravessamento das cidades em nome da melhoria das condições de circulação e da mobilidade. Importa ainda assegurar a construção dos nós de ligação à rede rodoviária nacional visando potenciar a interoperabilidade de toda a rede. Enquadram-se neste eixo as intervenções ferroviárias a nível regional, particularmente nas ligações suburbanas de Lisboa e Porto e as intervenções nas Estradas Nacionais de ligação aos aglomerados urbanos, com particular destaque para a implementação de variantes aos núcleos urbanos e aos nós de ligação à rede estruturante. METAS E INDICADORES Resultados e impacto No final do período de intervenção estima-se uma redução significativa dos tempos de percurso do transporte rodoviário entre cidades médias que deverão passar, nomeadamente, de 118 para 52 minutos no percurso entre Guarda e Castelo Branco, e de 127 para 90 minutos entre Beja e Faro. Ainda no domínio rodoviário, estima-se uma redução dos tempos de percurso entre as cidades médias e as Áreas Metropolitanas, que deverão passar de 244 a 208 da Guarda a Lisboa e de 164 a 124 de Guarda ao Porto. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 44 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Igualmente, no que respeita ao transporte ferroviário estima-se uma redução do tempo de percurso do Porto a Lisboa de 210 para 150 minutos, de Lisboa a Braga de 290 para 190 minutos, de 250 para 180 minutos entre Lisboa e Faro e de 60 para 35 minutos entre Porto e Braga. Indicadores de Realização § No domínio rodoviário: - Construção de cerca de 165 km de variantes urbanas; - Construção e reabilitação de cerca de 220 km no âmbito da rede de estradas nacionais. § No domínio ferroviário: - Renovação de via em cerca de 50 km e construção de 55 km de via nova; - Nova sinalização/telecomunicações em cerca de 290 km; - Electrificação da via/catenária em cerca de 160 km; - Nº de estações intervencionadas: 10 Critérios de selecção de projectos Os projectos a apoiar neste eixo prioritário deverão respeitar os seguintes princípios gerais e orientadores: § Estar em conformidade com a política definida para o sector; § Contribuir para a obtenção dos objectivos enunciados para o eixo prioritário; § Estar garantida a cobertura orçamental do projecto; § Respeitar as políticas ambientais, nacionais e comunitárias, e a legislação respectiva, designadamente as directivas 85/337/CEE, 97/11/CE, 79/409/CEE, 92/43/CEE, tendo em conta os princípios e as orientações do desenvolvimento sustentável; § Cumprir as regras de contratação e de mercados públicos designadamente as directivas 93/36/CE, 93/37/CE, 93/38/CE, 92/50/CEE; Medidas Este eixo associado aos objectivos números 3 e 4 definidos no capítulo 3, enquadra duas medidas para a sua concretização: § M 3.1. Desenvolvimento de ligações ferroviárias entre centros urbanos § M 3.2. Melhoria das Ligações Rodoviárias entre Centros Urbanos e Nós e Variantes. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 45 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Medida 3.1 DESENVOLVIMENTO DE LIGAÇÕES FERROVIÁRIAS ENTRE CENTROS URBANOS Objectivos Esta medida pretende criar condições ao nível das infra-estruturas ferroviárias de âmbito regional que permitam promover o transporte ferroviário como alternativa à crescente utilização do automóvel no acesso aos centros urbanos. Descrição A medida engloba as intervenções ferroviárias de modernização de importância regional, particularmente nas ligações ferroviárias do Porto à cidade de Braga e à Trofa e a ligação de Lisboa à cidade de Odivelas. Inclui ainda o apoio à construção de novas ligações de modos de transporte em sítio próprio, nas áreas suburbanas de Lisboa e Porto, nomeadamente a ligação entre Lisboa e Odivelas. Estas intervenções envolvem fundamentalmente renovação de infra-estruturas de via, electrificação e modernização dos sistemas de sinalização e telecomunicações. Nenhuma ajuda de estado, no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordada para esta Medida. Entidade Responsável MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Entidades Beneficiárias • Rede Ferroviária Nacional (REFER) • Metropolitano de Lisboa, EP • Empresas com capitais públicos que tenham como objecto o transporte público de passageiros em sítio próprio. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 46 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Medida 3.2 MELHORIA DAS LIGAÇÕES RODOVIÁRIAS ENTRE CENTROS URBANOS E NÓS E VARIANTES Objectivos Esta medida pretende melhorar as acessibilidades entre as cidades médias e entre estas e a rede rodoviária nacional, estruturante da economia portuguesa. O seu objectivo específico é melhorar e promover o nível de serviço das estradas de ligação aos centros urbanos de média e pequena dimensão e a eliminação de pontos de estrangulamento de forma a reduzir os tempos e os custos médios de percurso, facilitando o acesso das populações aos serviços básicos e promovendo o desenvolvimento de actividades económicas, particularmente no interior do país. Descrição A medida integra fundamentalmente intervenções em Estradas Nacionais de ligação aos centros urbanos, bem como a construção de variantes e de nós de ligação a esses núcleos urbanos e ainda, projectos incluídos em programas de integração de estradas nas redes municipais. Nenhuma ajuda de estado, no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordada para esta Medida. Entidade Responsável MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Entidade Beneficiária • Instituto das Estradas de Portugal (IEP) • Câmaras Municipais e Grandes Áreas Metropolitanas, Comunidades Urbanas e Comunidades Intermunicipais, em projectos que decorram de protocolos celebrados entre essas entidades e o Instituto das Estradas de Portugal e que visem a integração de estradas nas redes municipais. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 47 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes EIXO 4 PROMOÇÃO DA QUALIDADE, EFICIÊNCIA E SEGURANÇA DO SISTEMA DE TRANSPORTES OBJECTIVOS GERAIS Este eixo pretende garantir que o reforço da mobilidade seja acompanhado da melhoria da qualidade dos serviços prestados, nomeadamente no que respeita aos modos de transporte pesados, bem como promover e reforçar as condições de segurança no sistema de transportes. O conjunto de acções desenvolvidas visam melhorar a comodidade oferecida nos serviços de transporte e ainda melhorar as condições ambientais, minimizando os efeitos da actividade de transportes de modo a proporcionar melhor qualidade vida e garantir o respeito pela segurança dos cidadãos. Neste contexto, torna-se necessário renovar material circulante ferroviário, implementar acções de monitorização do sistema de transportes e salvaguardar as condições mais adequadas de segurança no atravessamento das áreas de circulação dos meios de transporte pesados. METAS E INDICADORES Resultados e Impacto No final do período de programação, estima-se que no domínio ferroviário se verifique um acréscimo da oferta do número de comboios/km em 3% no serviço de passageiros e em 13% no serviço de mercadorias, bem como um acréscimo de 5% do número de circulações/dia útil no suburbano de Lisboa e de 14% no suburbano do Porto. Estima-se ainda o aumento da pontualidade diária, nomeadamente nos serviços suburbanos de Lisboa e do Porto, onde a proporção de viagens com um atraso inferior ou igual a 3 minutos passará de 93% para 96%, e de 59% para 95% respectivamente. No que respeita ao sector rodoviário, estima-se que durante o período de intervenção se verifique uma redução de 1%/ano no número de acidentes com vitimas, de 7,5%/ano no número de feridos graves e de 6.5%/ano no número de mortos. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 48 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Indicadores de Realização § No domínio ferroviário: - Número de composições a adquirir: 45 (25 UME’s e 20 Automotoras Diesel) - Supressão de cerca de 400 passagens de nível; § No domínio marítimo-portuário: - Implementação e monitorização de 5 planos de prevenção e salvaguarda ambiental nos portos nacionais; - Implementação de 5 planos de segurança nos portos nacionais. CRITÉRIOS DE SELECÇÃO DE PROJECTOS Os projectos a apoiar neste eixo prioritário deverão respeitar os seguintes princípios gerais e orientadores: § Estar em conformidade com a política definida para o sector; § Contribuir para a obtenção dos objectivos enunciados para o eixo prioritário; § Estar garantida a cobertura orçamental do projecto; § Respeitar as políticas ambientais, nacionais e comunitárias, e a legislação respectiva, designadamente as directivas 85/337/CEE, 97/11/CE, 79/409/CEE, 92/43/CEE, tendo em conta os princípios e as orientações do desenvolvimento sustentável; § Cumprir as regras de contratação e de mercados públicos designadamente as directivas 93/36/CE, 93/37/CE, 93/38/CE, 92/50/CEE; MEDIDAS Este eixo associa-se quer ao objectivo 3 quer ao objectivo 4 da política de transporte enunciados no capítulo 3 e enquadra duas medidas: § M 4.1. – Melhoria da Qualidade e Eficiência do Sistema de Transportes; § M 4.2. – Reforço das Condições de Segurança de Transportes. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 49 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Medida 4.1 MELHORIA DA QUALIDADE E EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE TRANSPORTES Objectivos Visa introduzir as condições que permitam melhorar o nível de serviço do sistema, nomeadamente em termos de acréscimo de comodidade e fiabilidade e desenvolver acções que permitam conhecer e gerir os tráfegos e monitorizar os efeitos ambientais, particularmente nos modos de transporte mais penalizadores da qualidade ambiental. Descrição A medida integra a aquisição de material circulante ferroviário para os serviços suburbanos e regionais, bem como a implementação de sistemas de informação e comunicações sobre o tráfego portuário e de monitorização da qualidade ambiental relacionada com a actividade marítima e portuária. Nenhuma ajuda de estado, no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordada para esta Medida. Entidade Responsável MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Entidades Beneficiárias • Administrações Portuárias • Caminhos de Ferro Portugueses, EP • Empresas com capitais públicos ou Organismos que promovam a Coordenação do Sistema de Transportes • Instituto das Estradas de Portugal (IEP) • Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos • Instituto Nacional do Transporte Ferroviário • Rede Ferroviária Nacional (REFER) Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 50 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Medida 4.2 REFORÇO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA DO SISTEMA DE TRANSPORTES Objectivos Esta medida visa garantir que o aumento da mobilidade, proporcionada pela melhoria das acessibilidades, seja acompanhado das condições de segurança adequadas tendo em vista a redução da sinistralidade. Descrição A medida integra o desenvolvimento dos sistemas de informação e segurança rodoviária, a supressão de passagens de nível na rede ferroviária e o desenvolvimento de sistemas de prevenção e combate a acidentes, nomeadamente envolvendo matérias perigosas. Nenhuma ajuda de estado, no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordada para esta Medida. Entidade Responsável MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Entidades Beneficiárias • Administrações Portuárias • Câmaras Municipais • Caminhos de Ferro Portugueses, EP (CP) • Direcção-Geral de Transportes Terrestres (DGTT) • Instituto das Estradas de Portugal (IEP) • Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos • Rede Ferroviária Nacional (REFER) Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 51 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes EIXO 5 ASSISTÊNCIA TÉCNICA O eixo de assistência técnica terá como objectivo assegurar a qualidade e coerência do Programa Operacional, garantindo o funcionamento e maximização da eficácia global das acções financiadas por este e assegurar a realização qualidade e coerência das acções horizontais indicadas no capítulo 9 do Programa Operacional. Constituirá um instrumento flexível, ao serviço de todos os parceiros, nas várias fases da execução do programa. Nesse sentido, será produzido um plano de utilização dos recursos de assistência técnica em que se terão em conta diferentes meios, designadamente: - Reforço da programação e preparação das operações; - Concepção e estabelecimento de um adequado sistema de informação; - Acções destinadas a melhorar a coordenação entre os diversos organismos; - Acções de divulgação, sensibilização e de informação; - Cooperação e troca de experiências com outras entidades; - Análise dos efeitos esperados da realização da intervenção; - Procura de novas formas de cooperação entre o sector público e privado; - Contratação de peritos com vista à melhoria dos procedimentos de acompanhamento e controlo; - Acções de avaliação ex-ante, intercalares e ex-post. No Complemento de Programação este eixo será repartido nas despesas previstas, respectivamente, no ponto 2 e no ponto 3 da Regra nº 11 do Regulamento da Comissão relativo às regras de elegibilidade das despesas das operações co-financiadas pelos Fundos Estruturais. Este documento especificará para as acções sujeitas a plafond, os montantes afectos a cada categoria de acções, nomeadamente os custos relativos às acções previstas no ponto 2.2 da mesma regra. Pela importância de que se revestem, será realizado um destaque no relatório de execução anual sobre a implementação das mediadas de Assistência Técnica em capítulo ou em ponto específico. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 52 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Poderão beneficiar desta medida os parceiros envolvidos na coordenação ou execução do programa, visando-se melhorar as capacidades técnicas e administrativas dos mesmos bem como a sua preparação para participação nas diferentes fases da intervenção. Entidade Responsável • MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Entidade Beneficiária • MOPTH – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação • Gabinete de Estudos e Planeamento do MOPTH Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 53 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes INDICADORES DE IMPACTE E RESULTADO Eixo Descrição Indicador Eixo 1 Fluxo de tráfego de passageiros e mercadorias Aumento do fluxo de tráfego (ferrovia) 3 - Passageiros: 10 PKm 3 - Mercadorias: 10 TKm Movimentos de aeronaves Aumento dos movimento de aeronaves - absoluto - por hora Aumento da capacidade de estacionamento de aeronaves Redução dos tempos de percurso às principais fronteiras – rodovia (min) - Guarda-Vilar Formoso - Castelo Branco-Vilar Formoso - Porto-Vilar Formoso - Lisboa-Vilar Formoso Capacidade de estacionamento de aeronaves Tempos de percurso às principais fronteiras Redução dos tempos de percurso às principais fronteiras – ferrovia (min) - Castelo Branco-Vilar Formoso - Porto-Vilar Formoso - Porto-Valença - Lisboa-Vilar Formoso Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Situação de Partida 2003 2006 3 835 000 2 467 072 4 026 000 2 608 048 4 408 000 2 890 000 72 937 32 85 358 32 97 712 45 74 90 121 29 81 178 222 27 79 163 218 22 74 134 209 148 230 125 310 142 220 112 293 130 200 85 260 54 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo Descrição Indicador Eixo 2 Carga movimentada no sistema portuário Variação da carga movimentada - Carga geral (Mt/ano) - Graneis Sólidos (Mt/ano) - Graneis líquidos (Mt/ano) - Contentores (Mt/ano) Variação do tráfego de mercadorias entre Portugal e a Europa (t) - Rodoviário - Marítimo - Aéreo - Outros Variação entre o tráfego de mercadorias entre Portugal e o resto do mundo - Quota de mercado por modos (t) - Rodoviário - Marítimo - Aéreo - Outros Tráfego de mercadorias Tempos de percurso aos principais portos Redução dos tempos de percurso aos principais portos – Rodovia (min) - Guarda-Aveiro - Aveiro-Vilar Formoso - Castelo Branco-Lisboa - Lisboa-Vilar Formoso - Portalegre-Setúbal - Porto (Leixões)-Vilar Formoso Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Situação de Partida 2003 2006 5,4 16,2 28,8 4,7 5,9 17,5 30,2 5,8 7 20 33 8 59,50% 38.6% 0,5% 1,4% [55% , 59%] [38% , 42%] [0% , 1%] [1,4% ; 1,5%] [50% , 55%] [42% , 50%] [0% , 1%] [1,5% ; 2%] 28,50% 69,1% 0,6% 1,7% [26% , 28%] [69% , 72%] [0% , 1%] [1,7% ; 1,8%] [22% , 26%] [72% , 75%] [0% , 1%] [1,8% ; 2%] 126 155 141 222 119 178 114 140 139 218 119 163 89 111 135 209 118 134 55 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo Descrição Eixo 2 Tempos de percurso aos principais Redução dos tempos de percurso aos principais portos portos – Ferrovia (min) - Évora-Setúbal - Beja-Sines - Castelo Branco – Lisboa - Lisboa-Elvas - Porto (Leixões) –Valença - Porto (Leixões) -Vilar Formoso - Lisboa-Vilar Formoso - Sines-Elvas - Portalegre-Setúbal Eixo 3 Indicador Tempos de percurso entre cidades médias e destas às Áreas Metropolitanas Redução dos tempos de percurso – rodovia (min) - Entre as cidades médias Bragança – Guarda Guarda - Castelo Branco Castelo Branco – Évora Évora – Beja Beja – Faro - Das cidades médias às AM Viseu – Lisboa Viseu – Porto Guarda – Lisboa Guarda – Porto Castelo Branco – Lisboa Castelo Branco – Porto Beja – Lisboa Beja – Porto Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Situação de Partida 2003 2006 180 270 360 360 360 420 465 600 720 160 250 340 320 300 390 440 500 600 120 210 300 240 180 330 390 300 360 154 118 169 58 127 147 96 153 56 115 134 52 121 52 90 216 107 244 164 156 195 143 322 213 101 232 151 149 188 130 307 208 90 208 124 135 174 103 276 56 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo Descrição Indicador Eixo 3 Tempos de percurso entre cidades médias e destas às Áreas Metropolitanas Redução dos tempos de percurso – ferrovia (min) Lisboa – Porto Lisboa – Braga Lisboa – Guarda Lisboa – Covilhã Lisboa – Faro Lisboa – Beja Lisboa- Évora Porto – Braga Número de planos de prevenção e salvaguarda ambiental nos portos nacionais a implementar e monitorizar Índice de Pontualidade - suburbanos de Lisboa - suburbano do Porto número de comboios/km - Passageiros - Mercadorias Número de circulações/dia útil - suburbano de Lisboa - suburbano do Porto Sinistralidade – rodovia - Nº de acidentes com vítimas - Nº de feridos graves - Nº de mortos Eixo 4 Implementação e monitorização de planos de prevenção e salvaguarda ambiental nos portos nacionais Pontualidade do transporte público ferroviário Oferta do serviço de transporte público ferroviário Aumento da segurança rodoviária Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Situação de Partida 2003 2006 210 290 270 270 250 155 150 60 190 257 250 250 227 137 127 52 150 190 210 210 180 100 80 35 0 2 5 96% 95% 93% 59% 32 080 8 635 + 1% + 4% +3% + 13% 953 278 + 1% + 4% +5% + 14% 49 319 8 177 1 865 -1%/ano -7,5%/ano -6,5%/ano -1%/ano -7,5%/ano -6,5%/ano 57 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo Descrição Eixo 4 Aumento da actividade sócioeconómica Indicador Investimento comparticipado por modo e por habitante (Euros/hab) - Aéreo - Ferroviário (inclui fluvial) - Rodoviário - Marítimo (inclui logística) Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Situação de Partida 2003 2006 27 193,6 262,5 25,9 55 253 260 47 112 373 285 89,5 58 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 7. COMPONENTE DESCONCENTRADA REGIONALMENTE Introdução O montante global previsto para investimentos no Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes é de 5 695,1 milhões de euros. O Programa prevê a desconcentração da coordenação, gestão e acompanhamento de projectos no valor de cerca de 2 358,98 milhões de euros cuja afectação regional se apresenta no capítulo dedicado a cada região (NUT II). A componente desconcentrada representa assim 41,4% do total do investimento no sector (projectos com apoio comunitário FEDER). Neste documento apresenta-se também uma a descrição sumária de objectivos e tipologia de projectos que se prevê apoiar em cada região. REGIÃO NORTE Objectivos A componente sectorial desconcentrada na região Norte, terá um papel decisivo para atingir os objectivos gerais identificados no Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes. Deverá contribuir para a melhoria da qualidade de vida na região, em especial nas zonas urbanas, e para a viabilização de um maior desenvolvimento económico, tendo em atenção os seguintes objectivos específicos: § Contribuir para o descongestionamento das áreas urbanas; § Desenvolvimento de modos e meios de transporte menos poluentes; § Melhoria das acessibilidades regionais; § Melhoria das acessibilidades aos portos regionais; § Contribuir para uma melhor articulação entre diferentes redes de transportes. Igualmente, deverá contribuir para o grande objectivo nacional de privilegiar uma abordagem integrada da mobilidade, respeitadora do ambiente e do ordenamento do território. Descrição A tipologia das acções a desenvolver para atingir os objectivos específicos identificados para a medida consistem essencialmente: Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 59 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes § Na elaboração de planos de transporte que visem uma maior racionalização do sistema e a minimização dos custos de investimentos; § No desenvolvimento de sistemas ferroviários ligeiros, em especial o sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto (2ª Fase), por recurso à construção de novas linhas ou à requalificação de linhas ferroviárias existentes. § Na melhoria das acessibilidades e intervenções em portos regionais, nomeadamente ao porto de Viana do Castelo; § Na requalificação de estradas nacionais e regionais, visando reforçar a estruturação do sistema urbano principal e contribuir para a organização das respectivas áreas envolventes. Coordenação, gestão e acompanhamento A coordenação, gestão e acompanhamento serão efectuadas de acordo com as regras estabelecidas no Regulamento 1260/99/CE e Decreto-Lei n.º 54-A/2000, designadamente: § Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação - Coordenação global; § Gestor da Intervenção Operacional de Acessibilidades e Transportes - Coordenação inter-regional (harmonização de procedimentos); § Gestor do Programa Operacional da Região Norte - Gestão técnica, administrativa e financeira ; § Coordenador sectorial da Região Norte - Apreciação e acompanhamento dos projectos. Entidades Beneficiárias • Metro do Porto, S.A. • Instituto Portuário e do Transporte Marítimo • Instituto da Navegabilidade do Douro • Instituto das Estradas de Portugal • Operadores de Transporte Público As Câmaras Municipais da região poderão, ainda, ser beneficiárias finais da medida nos projectos que visem a reabilitação de estradas com vista à sua desclassificação. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 60 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Programação financeira Milhares de Euros Origem do financiamento Total Investimento 1 370 915,94 Orçamento de Estado FEDER Outras Fontes 600 526,42 616 912,17 153 477,35 REGIÃO CENTRO Objectivos A componente sectorial desconcentrada de acessibilidades e transportes da região Centro, terá um papel decisivo para atingir os objectivos gerais identificados no Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes. Deverá contribuir para a melhoria da qualidade de vida na região, em especial nas zonas urbanas, e para a viabilização de um maior desenvolvimento económico, tendo em atenção os seguintes objectivos específicos: § Contribuir para o descongestionamento das áreas urbanas; § Desenvolvimento de modos e meios de transporte menos poluentes; § Melhoria das acessibilidades regionais; § Melhoria das acessibilidades aos portos regionais; § Contribuir para uma melhor articulação entre diferentes redes de transportes. Igualmente, deverá contribuir para o grande objectivo nacional de privilegiar uma abordagem integrada da mobilidade, respeitadora do ambiente e do ordenamento do território. Descrição A tipologia das acções a desenvolver para atingir os objectivos específicos identificados para a medida consistem essencialmente: Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 61 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes § Na elaboração de planos de transporte que visem uma maior racionalização do sistema e a minimização dos custos de investimentos; § No desenvolvimento de sistemas ferroviários ligeiros, nomeadamente o sistema de Metro do Mondego, por recurso à construção de novas linhas ou à requalificação de linhas ferroviárias existentes. § Na melhoria das acessibilidades e intervenções em portos regionais, nomeadamente ao porto da Figueira da Foz; § Na requalificação de estradas nacionais e regionais, visando reforçar a estruturação do sistema urbano principal e contribuir para a organização das respectivas áreas envolventes. Coordenação, gestão e acompanhamento A coordenação, gestão e acompanhamento serão efectuadas de acordo com as regras estabelecidas no Regulamento 1260/99/CE e Decreto-Lei n.º 54-A/2000, designadamente: § Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação - Coordenação global; § Gestor da Intervenção Operacional de Acessibilidades e Transportes - Coordenação inter-regional (harmonização de procedimentos); § Gestor do Programa Operacional da Região Centro - Gestão técnica, administrativa e financeira ; § Coordenador sectorial da Região Centro - Apreciação e acompanhamento dos projectos. Entidades Beneficiárias • Instituto Portuário e do Transporte Marítimo • Instituto das Estradas de Portugal • Metro do Mondego, S.A. • Operadores de Transporte Público As Câmaras Municipais da região poderão, ainda, ser beneficiárias finais da medida nos projectos que visem a reabilitação de estradas com vista à sua desclassificação. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 62 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Programação financeira Milhares de Euros Origem do financiamento Total Investimento Orçamento de Estado FEDER Outras Fontes 159 881 216 945 27 338,7 404 164,7 REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO Objectivos A componente sectorial desconcentrada na região de Lisboa e Vale do Tejo, terá um papel decisivo para atingir os objectivos gerais identificados no Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes. Deverá contribuir para a melhoria da qualidade de vida na região, em especial nas zonas urbanas, e para a viabilização de um maior desenvolvimento económico, tendo em atenção os seguintes objectivos específicos: § Contribuir para o descongestionamento das áreas urbanas; § Desenvolvimento de modos e meios de transporte menos poluentes; § Melhoria das acessibilidades regionais; § Contribuir para uma melhor articulação entre diferentes redes de transportes. Igualmente, deverá contribuir para o grande objectivo nacional de privilegiar uma abordagem integrada da mobilidade, respeitadora do ambiente e do ordenamento do território. Descrição A tipologia das acções a desenvolver para atingir os objectivos específicos identificados consistem essencialmente: § Na elaboração de planos de transporte que visem uma maior racionalização do sistema e a minimização dos custos de investimentos; Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 63 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes § Na implementação de sistemas ferroviários ligeiros, nomeadamente o Metro Ligeiro do Sul do Tejo; § Na melhoria das ligações fluviais, nomeadamente as ligações à Margem Sul do Tejo; § Na promoção do transporte público e reforço da articulação intermodal; § Na requalificação de estradas nacionais e regionais, visando reforçar a estruturação do sistema urbano principal e contribuir para a organização das respectivas áreas envolventes. Coordenação, gestão e acompanhamento A coordenação, gestão e acompanhamento serão efectuadas de acordo com as regras estabelecidas no Regulamento 1260/99/CE e Decreto-Lei n.º 54-A/2000, designadamente: § Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação - Coordenação global; § Gestor da Intervenção Operacional de Acessibilidades e Transportes - Coordenação inter-regional (harmonização de procedimentos); § Gestor do Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo - Gestão técnica, administrativa e financeira ; § Coordenador sectorial da Região de Lisboa e Vale do Tejo - Apreciação e acompanhamento dos projectos. Entidades Beneficiárias • Metro do Sul do Tejo • Instituto das Estradas de Portugal • Instituto Portuário e do Transporte Marítimo • SOFLUSA • TRANSTEJO • Operadores de Transporte Público Região de Lisboa e Vale do Tejo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 64 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes As Câmaras Municipais da região poderão, ainda, ser beneficiárias finais da medida nos projectos que visem a reabilitação de estradas com vista à sua desclassificação. Programação financeira Milhares de Euros Origem do financiamento Total Investimento Orçamento de Estado FEDER Outras Fontes 212 681 137 785 32 483 382 949 REGIÃO DO ALENTEJO Objectivos A componente sectorial desconcentrada de acessibilidades e transportes da região do Alentejo, terá um importante papel para atingir os objectivos gerais identificados no Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes. A intervenção nesta região irá contribuir para o objectivo nacional de privilegiar uma abordagem integrada da mobilidade, respeitadora do ambiente e do ordenamento do território. Todavia, dadas a especificidades geográfica e populacional da região, ter-se-á como objectivo especifico: § A melhoria das acessibilidades intra-regionais que se traduzam num reforço de coesão e solidariedade internas. Descrição As tipologias de projectos a apoiar para atingir o objectivo específico identificado serão essencialmente: § A elaboração de planos de transporte que permitam racionalizar o sistema e minimizar o custo dos investimentos; Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 65 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes § Na requalificação das estradas nacionais e regionais, visando garantir a estruturação do sistema urbano principal e contribuir para a organização das respectivas áreas envolventes. Coordenação, gestão e acompanhamento A coordenação, gestão e acompanhamento serão efectuadas de acordo com as regras estabelecidas no Regulamento 1260/99/CE e Decreto-Lei n.º 54-A/2000, designadamente: § Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação – Coordenação global; § Gestor da Intervenção Operacional de Acessibilidades e Transportes - Coordenação inter-regional (harmonização de procedimentos); § Gestor do Programa Operacional da Região do Alentejo - Gestão técnica, administrativa e financeira ; § Coordenador sectorial da Região do Alentejo - Apreciação e acompanhamento dos projectos. Entidades Beneficiárias • Instituto das Estradas de Portugal • Operadores de Transporte Público As Câmaras Municipais da região poderão, ainda, ser beneficiárias finais da medida nos projectos que visem a reabilitação de estradas com vista à sua desclassificação. Programação financeira Milhares de Euros Origem do financiamento Total Investimento 126 874 Orçamento de Estado FEDER 60 321 66 553 Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Outras Fontes 66 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes REGIÃO DO ALGARVE Objectivos A componente sectorial desconcentrada de acessibilidades e transportes da região do Alentejo, terá um importante papel para atingir os objectivos gerais identificados no Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes. A intervenção nesta região irá contribuir para o objectivo nacional de privilegiar uma abordagem integrada da mobilidade, respeitadora do ambiente e do ordenamento do território. Todavia, dadas as especificidades da região, ter-se-á como objectivo específico: § Melhoria das acessibilidades intra-regionais que se traduzam num reforço de coesão e solidariedade internas. Descrição As tipologias de projectos a apoiar para atingir o objectivo específico identificado serão essencialmente: § Na elaboração de planos de transporte que visem racionalizar o sistema e minimizar o custo dos investimentos; § Na melhoria das acessibilidades associadas aos portos regionais, nomeadamente ao Porto de Faro; § Na requalificação das estradas nacionais e regionais, visando garantir a estruturação do sistema urbano principal e contribuir para a organização das respectivas áreas envolventes. Coordenação, gestão e acompanhamento A coordenação, gestão e acompanhamento serão efectuadas de acordo com as regras estabelecidas no Regulamento 1260/99/CE e Decreto-Lei n.º 54-A/2000, designadamente: § Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação - Coordenação global; § Gestor da Intervenção Operacional de Acessibilidades e Transportes - Coordenação inter-regional (harmonização de procedimentos); Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 67 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes § Gestor do Programa Operacional da Região do Algarve - Gestão técnica, administrativa e financeira ; § Coordenador sectorial da Região do Algarve - Apreciação e acompanhamento dos projectos. Entidades Beneficiárias • Instituto Portuário e do Transporte Marítimo • Instituto das Estradas de Portugal • Operadores de Transporte Público As Câmaras Municipais da região poderão, ainda, ser beneficiárias finais da medida nos projectos que visem a reabilitação de estradas com vista à sua desclassificação. Participação financeira Milhares de Euros Total Investimento 74 079 Origem do financiamento Orçamento de Estado FEDER 31 860 42 219 Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação Outras Fontes 68 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 8. PLANO DE FINANCIAMENTO INDICATIVO Para a concretização dos objectivos específicos do Programa Operacional prevê-se um investimento global de 3336,117 milhões de euros distribuídos pelos eixos prioritários sectoriais considerados da seguinte forma: (Milhões de Euros) Designação Montante 1. Integração dos Corredores Estruturantes do Território na RTE-T 596,485 2. Reforço da Coordenação Intermodal 990,905 3. Reforço da Coesão Nacional 1162,937 4. Promoção da Qualidade, Eficiência e Segurança do Sistema de Transportes 5. Assistência Técnica 576,314 9,476 TOTAL 3336,117 Nos quadros das páginas seguintes apresenta-se a distribuição deste investimento por fontes de financiamento (comunitárias e nacionais) e a evolução temporal para os anos considerados (2000-2006). Apresenta-se também a evolução do investimento para a Região de Lisboa e Vale do Tejo visto tratar-se de região com apoio transitório. Pode verificar-se a degressividade do investimento previsto para esta região, dada a tendência claramente decrescente do mesmo. No Eixo de Assistência Técnica o montante máximo das despesas sujeitas a plafond é de 17,786 milhões de Euros. Nos quadros referidos apresenta-se ainda, como informações suplementares, a estimativa do montante de investimento que se prevê poder ser obtido junto do BEI e de outros instrumentos financeiros, bem como o investimento previsto para o Fundo de Coesão em infra-estruturas de transportes. São ainda apresentados, nas folhas seguintes, gráficos com a distribuição do investimento por eixo e por medida. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 69 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes PROGRAMA OPERACIONAL DE ACESSIBILIDADES E TRANSPORTES PLANO DE FINANCIAMENTO INDICATIVO Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 70 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo Prioritário 1 - INTEGRAÇÃO DOS CORREDORES ESTRUTURANTES DO TERRITÓRIO NA REDE TRANSEUROPEIA DE TRANSPORTES PLANO DE FINANCIAMENTO INDICATIVO Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 71 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo Prioritário 2 - REFORÇAR A COORDENAÇÃO INTERMODAL PLANO DE FINANCIAMENTO INDICATIVO Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 72 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo Prioritário 3 - REFORÇO DA COESÃO NACIONAL PLANO DE FINANCIAMENTO INDICATIVO Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 73 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo Prioritário 4 - PROMOÇÃO DA QUALIDADE, EFICIÊNCIA E SEGURANÇA DO SISTEMA DE TRANSPORTES PLANO DE FINANCIAMENTO INDICATIVO Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 74 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo Prioritário 5 – ASSISTÊNCIA TÉCNICA PLANO DE FINANCIAMENTO INDICATIVO Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 75 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes PROGRAMA OPERACIONAL DE ACESSIBILIDADES E TRANSPORTES (2000-2006) PLANO DE FINANCIAMENTO INDICATIVO POR TIPO DE REGIÂO Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 76 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo 1: Integração dos Corredores Estruturantes do Território na RTE-T Distribuição do investimento por medida (%) Eixo 4 18% 1.1 - Promover a conclusão do Projecto Prioritario 13% Eixo 3 35% Eixo 1 18% 1.2 - Acelerar a construção dos Outros Corredores Estruturantes 4% Eixo 2 30% Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 77 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo 2: Reforço da Coordenação Intermodal Distribuição do investimento por medida (%) Eixo 1 18% 2.2 - Desenvolvimento da rede complementar rodoviária 16% Eixo 4 17% Eixo 2 29% 2.3 - Rede Nacional de Logística 4% Eixo 3 35% 2.1 - Acessibilidades e ordenamento dos portos 9% Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 78 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo 3: Integração dos Corredores Estruturantes do Território na RTE-T Distribuição do investimento por medida (%) Eixo 2 30% 3.2 - Melhoria das ligações rodoviarias entre centros urbanos e nós e variantes 17% Eixo 3 35% Eixo 1 18% Eixo 4 17% 3.1 - Desenvolvimento de ligações ferroviárias entre centros urbanos 18% Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 79 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Eixo 4: Promoção da Qualidade, Eficiência e Segurança do Sistema de Transportes Distribuição do investimento por medida (%) Eixo 3 36% 4.2 - Reforço as condições de segurança do sistema de transportes 7% Eixo 4 18% Eixo 2 29% Eixo 1 18% Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 4.1 - Melhoria da qualidade e eficiência do sistema de transportes 10% 80 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes PROGRAMAÇÃO ANUAL DO INVESTIMENTO 700,0 Milhões de Euros 600,0 500,0 400,0 300,0 200,0 100,0 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 TOTAL 606,4 553,3 555,6 473,0 366,9 368,6 412,4 O.Reg. 439,9 386,0 393,1 393,8 298,4 305,0 397,7 LVT 166,5 167,3 162,5 79,2 68,5 63,6 14,6 Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 81 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 9. ACÇÕES HORIZONTAIS 9.1. Grupo de Trabalho Temático dos Transportes Será instituído no âmbito do da Comissão de Acompanhamento do QCA um Grupo Temático no domínio dos Transportes que deverá acompanhar a execução da estratégia definida no QCA, no Quadro de Referencia e no Programa Operacional e acompanhar a coordenação das acções previstas no PO e nos Programas Regionais com os investimentos financiados por outras fontes comunitárias (Fundo de Coesão, BEI, ect.). O Grupo será informado dos resultados pertinentes dos trabalhos do Observatório de Transportes, logo que este entre em funcionamento. 9.2. As políticas ambientais no sector dos transportes Os efeitos ambientais da política de transportes determinaram, desde o início da concepção do programa, uma coordenação estreita com as autoridades ambientais do país e a consulta, durante a sua preparação aos organismos do MOPTH que em permanência acompanham as questões ambientais (DGTT e Auditora Ambiental). Com efeito, o volume de emissões de poluentes resultantes do desenvolvimento da actividade de transportes é consequência da combinação de três variáveis: Emissões = F (mobilidade, tecnologias, repartição modal) Políticas destinadas à redução das emissões deverão, portanto, actuar sobre elas. Mobilidade Depende, nomeadamente, do crescimento da actividade económica, e do ordenamento e uso do espaço. • O crescimento da actividade económica está associado ao aumento das deslocações de pessoas e de mercadoria. Por outro lado, tem-se verificado que a prosperidade económica é directamente acompanhada pelo aumento da taxa de motorização e uso do automóvel e, ainda, pelo aumento dos percursos médios do transporte individual e pela diminuição das respectivas taxas de ocupação. • Melhor ordenamento do espaço nas grandes áreas metropolitanas poderá contribuir para uma diminuição das necessidades de deslocação se o padrão de automóvel dependência, Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 82 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes isto é, a organização do espaço que já é assumida como necessitando da utilização do TI nas deslocações diárias, for alterado. As acções tendentes a limitar o crescimento da mobilidade estão fora da alçada do sector que tutela os transportes. Tecnologias Sob esta designação agrupam-se acções tendentes a melhorar as performances energéticas e ambientais dos meios de transporte, seja através de introdução de inovações a nível dos motores, seja pela melhoria da qualidade ambiental dos combustíveis ou, ainda pelo incentivo à renovação de frotas estimulando, em paralelo, o abate das viaturas substituídas. Trata-se de acções que, tendo reflexos directos nas emissões atribuíveis ao sector, estão fora do âmbito da actividade do Programa Operacional de Transportes. O sector procurará acompanhar o que neste domínio for feito, participando, nomeadamente, em iniciativas que tenham em vista o rejuvenescimento de frotas rodoviárias de mercadorias e de passageiros (transporte colectivo); a aplicação da Directiva Auto- Oil. A introdução progressiva do gás natural como combustível a generalizar, de forma prioritária, em relação aos veículos de carga, de transporte colectivo de passageiros e às frotas urbanas de ligeiros afectas à prestação de serviços em circuitos delimitados. Repartição Modal Durante as últimas décadas assistiu-se, sobretudo nos países desenvolvidos, ao crescimento da utilização do transporte individual, que em geral tem vindo a ganhar, de forma sustentada, quota de mercado ao transporte público colectivo. Este forte crescimento é responsável pelo aumento da sinistralidade, que atinge em Portugal valores elevados em relação à média comunitária. O número excessivo de veículos face à oferta de infra-estruturas leva ao congestionamento urbano e suburbano, responsável pela degradação da qualidade de vida, e por níveis acrescidos de consumos energéticos e de emissões de poluentes. Dado que, para taxas de ocupação elevadas, as emissões específicas (massa de poluentes por passageiro * quilómetro transportado) são muito inferiores nos transportes colectivos, em especial no modo ferroviário (pesado ou ligeiro), é desejável a inversão da tendência de repartição modal. Esta inversão de tendência passará por uma vasta gama de acções. No POAT, englobando as intervenções financiadas pelos Fundos Estruturais e pelas restantes fontes, as principais acções que contribuem para este objectivo situam-se ao nível da oferta de infra-estruturas e ao do funcionamento geral do sistema de transportes. São elas: Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 83 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes • Desenvolvimento do transporte ferroviário (TGV, novos corredores ferroviários, material circulante - acções enquadradas no Eixo 1); • Acessibilidades rodoviárias e ferroviárias das Áreas Metropolitanas e das restantes áreas urbanas, com especial realce para o modo ferroviário ligeiro – acções enquadradas na componente sectorial regionalmente desconcentrada; • Rede Nacional de Logística, que permitirá maior racionalização do transporte de mercadorias com impactes na redução das emissões por tonelada* quilómetro transportada – acção enquadrada no Eixo 2. Acções tendentes a actuar ao nível das motivações Todas as acções que se venham a implementar em relação a cada uma das três variáveis identificadas podem actuar ao nível da oferta (infra-estruturas, material circulante, etc. ) ou ao nível da procura (internalização dos custos externos, etc.). Em relação às opções modais, estas não parecem ser completamente explicáveis por factores racionais (tempo de viagem e custo) entrando na sua génese factores de racionalidade complexa – representação psicológica da posse e uso do automóvel. Por outro lado, talvez devido ao “ruído de fundo” criado pelas representações psíquicas, poucos condutores estão conscientes dos custos sociais (e, portanto, também pessoais) das suas opções modais e das possibilidades de, mesmo sem cortes a nível das opções, minimizar os impactes ambientais das mesmas. O POAT tomará a seu cargo a iniciativa de promover acções ligadas ao aumento do conhecimento sobre o sector, necessárias para o correcto enunciado de acções a empreender, e de sensibilização. Conhecimento do sector Abarca a promoção do desenvolvimento de estudos de mobilidade e ainda a criação de um sistema de informação que permita a criação de um Observatório dos Transportes, contendo, nomeadamente, informação ambiental. Será criada uma bateria de indicadores que permitam não só o acompanhamento da realização de investimentos e a análise dos seus impactes (óptica da eficiência, isto é, minimização da mobilização de recursos para atingir objectivos quantificados) como ainda os indicadores que permitem o conhecimento em tempo real do funcionamento do sector, com as suas ligações à economia, urbanismo, energia e ambiente. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 84 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Acções de sensibilização As acções de sensibilização que o sector se propõe desenvolver, seja por sua iniciativa, seja em articulação com outros sectores de actividade. São classificáveis nos seguintes grupos: • Sistemas de informação em tempo real dirigidos ao condutor, de forma a permitir a escolha de percursos menos congestionados; • Informação ambiental permanente por forma a consciencializar o público sobre o estado da qualidade do ar, designadamente nas áreas urbanas. • Promoção do transporte colectivo que, no decurso do POAT, deverá ver a sua qualidade aumentada, designadamente apoiando a divulgação de soluções de comprovada eficácia a nível europeu. • Acção escolar, informando professores e estudantes quanto às principais questões ambientais associadas ao uso dos transportes. Directiva “Habitats” (92/43/EC, com a reformulação da 97/62/EC) A construção das infra-estruturas contidas no POAT terá sempre em consideração as normas ambientais relativas aos ecossistemas conforme definido nas Directivas referidas e em conformidade com a respectiva transposição para o ordenamento jurídico nacional. Nesse sentido, qualquer projecto de investimento terá, no contexto dos estudos de impacte ambiental exigidos, de verificar a compatibilidade com as normas aplicáveis a esta vertente da protecção ambiental, contemplando as soluções que melhor se adeqúem, em cada caso, à minimização ou eliminação de impactes causados por projectos, designadamente os de interesse público relevante. Protecção do Ambiente e aplicação do princípio do Poluidor-Pagador Será estabelecido um diagnóstico sobre a aplicação do princípio poluidor-pagador no sector dos transportes. Esse diagnóstico deve: - analisar em que medida os sistema tarifário, fiscal e regulamentar português assegura a internalização do custo de poluição no preço de transporte pago pelos diferentes utilizadores; - analisar em que medida aqueles sistemas concorrem para promoção efectiva de uma utilização dos meios de transporte menos poluentes. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 85 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Com base nesse diagnóstico serão estabelecidos objectivos, na medida do possível, que visem uma tomada em consideração acrescida do princípio do poluidor-pagador, nomeadamente apoiando os meios de transporte menos poluentes. Estes objectivos serão verificados em 2003. Compatibilidade com a Política do Ambiente As acções a co-financiar serão coerentes com os princípios e objectivos do desenvolvimento sustentável e da protecção e melhoria do ambiente referidos no tratado e concretizados no programa comunitário de política e acção em matéria de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, referido na resolução do Conselho de 1992. As acções a co-financiar respeitarão igualmente a legislação comunitária em matéria de ambiente. É dada garantia formal que não se deixará deteriorar os sítios a proteger ao título da rede Natura 2000 aquando da realização das intervenções a co-financiadar. Assume-se, igualmente, o compromisso a fornecer à Comissão Europeia no momento da apresentação do Complemento de Programação as informações sobre as medidas tomadas para evitar a deterioração dos Sítios Natura 2000 afectados pela Intervenção. Papel das Autoridades Públicas Ambientais As autoridades ambientais são associadas à execução do Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes, contribuindo nomeadamente: - na definição dos objectivos e metas ambientais e de sustentabilidade para todos os eixos prioritários de desenvolvimento do Programa; - na definição da estratégia, do programa e das medidas específicas no domínio do ambiente; - na definição de indicadores ambientais e de sustentabilidade. As autoridades públicas ambientais participarão ainda na definição das normas e dos procedimentos de execução para os eixos prioritários, incluindo a colaboração com as autoridades responsáveis na determinação dos critérios de elegibilidade e de selecção de projectos. As autoridades públicas ambientais estarão representadas no grupo técnico de avaliação do QCA. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 86 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Durante a execução das acções previstas no programa, estas autoridades serão associadas a dois níveis: 1) Serão responsáveis pela aplicação da política e legislação comunitária e nacional em vigor no domínio do ambiente, sendo igualmente chamadas a emitir o seu parecer sobre os projectos de investimento no âmbito do processo de avaliação de impacte ambiental; 2) Participam nas Unidades de Gestão do Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 87 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 10. MODELO DE GESTÃO, ACOMPANHAMENTO E CONTROLO DO PROGRAMA OPERACIONAL Gestão A gestão técnica, administrativa e financeira do Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes (POAT) é exercida por um Gestor, nomeado pelo Conselho de Ministros sob proposta do Ministro do Equipamento Social, sendo o seu estatuto definido no correspondente acto de nomeação. O gestor do Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes constitui a autoridade de gestão prevista no ponto i) da alínea d) do artigo 18º do Regulamento (CE) n.º 1260/1999 do Conselho, de 21 de Junho, sendo que, nomeadamente, lhe compete: - Adoptar, o Complemento de Programação definido na alínea m) do artigo 9º do Regulamento (CE) nº 1260/99, após o acordo da Comissão de Acompanhamento; - Transmitir à Comissão Europeia, para informação, o Complemento de Programação, no prazo máximo de três meses a contar da Decisão da Comissão que aprova o Programa Operacional; - Adaptar, por sua própria iniciativa ou sob proposta da Comissão de Acompanhamento, o Complemento de Programação, sem alterar o montante da participação dos Fundos Estruturais concedidos ao Eixo Prioritário em causa, nem os objectivos do mesmo; - Informar a Comissão Europeia da adaptação do Complemento de Programação, no prazo de um mês após a aprovação pela Comissão de Acompanhamento; - Garantir a regularidade das operações financiadas pelo Programa Operacional, designadamente pela aplicação de medidas de controlo interno compatíveis com os princípios da boa gestão financeira, bem como pela resposta às observações, pedidos de medidas correctivas e recomendações de adaptação apresentados pela Comissão Europeia nos termos dos nº 2 do artigo 34º e nº 4 do artigo 38º do Regulamento (CE) nº 1260/99 do Conselho de 21 de Junho de 1999; - Propor a regulamentação e assegurar a organização dos processos de candidaturas de projectos ao financiamento pelo POAT; Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 88 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes - Aprovar ou propor a aprovação das candidaturas de projectos ao financiamento pelo POAT, uma vez obtido o parecer da Unidade de Gestão correspondente; - Assegurar o cumprimento por cada projecto ou acção das normas nacionais e comunitárias aplicáveis, nomeadamente a sua compatibilidade com as políticas comunitárias no que se refere ao respeito das regras de concorrência, à adjudicação de contratos públicos, à protecção e melhoria do ambiente e à promoção da igualdade entre homens e mulheres; - Assegurar que são cumpridas as condições necessárias de cobertura orçamental dos projectos; - Apreciar da conformidade dos pedidos de pagamentos que sejam apresentados pelos beneficiários finais e efectuar, ou assegurar que sejam efectuados, os referidos pagamentos; - Elaborar e submeter à Comissão de Acompanhamento os relatórios anuais e final de execução do Programa Operacional; - Assegurar que seja instituído um sistema de controlo interno adequado à verificação dos processos de candidaturas e dos pagamentos conforme aos normativos aplicáveis; - Assegurar a recolha e o tratamento de dados físicos, financeiros e estatísticos fiáveis sobre a execução para a elaboração dos indicadores de acompanhamento e para a avaliação intercalar e ex-post e para as eventuais avaliações temáticas ou transversais; - Utilizar e assegurar a utilização pelos organismos que participam na execução, de um sistema de contabilidade separada ou de uma codificação contabilística adequada para as transacções abrangidas pelo Programa Operacional; - Assegurar o cumprimento das obrigações nacionais e comunitárias em matéria de informação e de publicidade; - Organizar a avaliação intercalar a respectiva actualização, em colaboração com a Comissão e colaborar na avaliação ex-post do POAT; - Apresentar o relatório anual de execução e o relatório final de execução do Programa Operacional à Comissão Europeia, depois de aprovado pela Comissão de Acompanhamento; Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 89 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes - Praticar os demais actos necessários à regular e plena execução do Programa Operacional. Endereço da autoridade de gestão: António Tourais Gestor da Intervenção Operacional de Acessibilidades e Transportes Av. Columbano Bordado Pinheiro, 5 – 3º 1070-060 LISBOA Telefone: 351 21 722 0630; Fax: 351 21 722 0639; e-mail: [email protected] O Gestor do Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes é assistido, no exercício das suas funções, por uma Unidade de Gestão, à qual compete, sem prejuízo dos poderes que lhe sejam conferidos no despacho da sua constituição, o seguinte: - Elaborar e aprovar o respectivo regulamento interno; - Dar parecer sobre as propostas de decisão do gestor relativas a candidaturas de projectos ao financiamento pela intervenção operacional; - Dar parecer sobre os projectos de relatório de execução da intervenção operacional elaborados pelo gestor. A Unidade de Gestão é presidida pelo Gestor do POAT, sendo a sua composição determinada por despacho do Ministro do Equipamento Social. A Unidade de Gestão do POAT integra, obrigatoriamente, um representante do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território. O Gestor e a Unidade de Gestão são assistidos por uma Estrutura de Apoio Técnico. Acompanhamento O acompanhamento do Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes é assegurado por uma Comissão de Acompanhamento, constituída no prazo máximo de três meses após a decisão da Comissão Europeia relativa à aprovação do POAT, presidida pelo Gestor do Programa Operacional e composta por: - Os membros da Unidade de Gestão do Programa Operacional; Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 90 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes - Um representante da Direcção-Geral de Desenvolvimento Regional, enquanto entidade responsável pela gestão nacional do FEDER; - Um representante do Ministro para a Igualdade; - Um representante da Associação Nacional de Municípios Portugueses; - Os coordenadores das componentes sectoriais regionalmente desconcentradas; - Representantes dos ministérios, oriundos das instituições vocacionadas para apoiarem tecnicamente a formulação e o acompanhamento das políticas públicas relevantes, quando a natureza das matérias o justifique; - Representantes dos parceiros económicos e sociais, incluindo organizações representadas no CES, os quais serão nomeados na sequência das orientações definidas por despacho do Ministro do Equipamento Social; - Uma representação da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimentos, nos termos do Regulamento (CE) n.º 1260/1999, de 21 de Junho; - Um representante da Inspecção Geral de Finanças, na qualidade de observador. Compete especialmente à Comissão de Acompanhamento do POAT: - Elaborar e aprovar o regulamento interno; - Confirmar ou adaptar o Complemento de Programação, incluindo os indicadores físicos e financeiros a utilizar no acompanhamento do POAT; - Analisar e aprovar, nos seis meses subsequentes à aprovação do POAT, os critérios de selecção das operações financiadas ao abrigo de cada medida; - Avaliar periodicamente os progressos realizados na prossecução dos objectivos específicos do Programa Operacional; - Analisar os resultados da execução, nomeadamente a realização dos objectivos definidos para as diferentes medidas, bem como a avaliação intercalar prevista no artigo 42º do Regulamento (CE) nº 1260/99, de 21 de Junho de 1999; - Analisar e aprovar o relatório anual de execução e o relatório final de execução antes do seu envio à Comissão Europeia; - Analisar e aprovar todas as propostas de alteração do conteúdo da decisão da Comissão Europeia que aprova o Programa Operacional; - Propor ao Gestor adaptações ou revisões do Programa Operacional que permitam alcançar os objectivos definidos ou aperfeiçoar a gestão, inclusivamente na vertente financeira; - Analisar os critérios de repartição entre projectos nacionais sectoriais e regionais sectoriais. A Comissão de Acompanhamento constituirá Grupos Técnicos de Avaliação, com o objectivo de acompanhar o processo de avaliação. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 91 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Avaliação A avaliação no domínio dos transportes deverá revestir um carácter global abarcando todas as intervenções neste sector com apoio público, independentemente das respectivas fontes de financiamento. O Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes será objecto de uma avaliação intercalar que obedecerá ás seguintes disposições: - a avaliação intercalar analisará, tendo em conta a avaliação ex-ante, os primeiros resultados dos Programas Operacionais, a sua pertinência e a realização dos objectivos, apreciando igualmente a utilização das dotações e o funcionamento da execução e do acompanhamento. Na sequência desta análise, os montantes afectos, nomeadamente às acções imateriais constantes dos Eixos I e II dos PO´s Regionais do Continente, serão objecto de um eventual ajustamento. - a avaliação intercalar de cada Programa Operacional efectua-se sob a responsabilidade da Autoridade de Gestão em colaboração com a Comissão Europeia, devendo a Autoridade de Gestão do QCA assegurar a coordenação do calendário de lançamento das diferentes avaliações; - o Grupo Técnico para a Avaliação terá representantes da Autoridade de Gestão do Programa Operacional, da Comissão Europeia e da Autoridade de Gestão do QCA. O Grupo Técnico de Avaliação deve, nomeadamente, propor a metodologia dos estudos de avaliação e acompanhar o lançamento e a realização dos estudos de avaliação efectuados pelos avaliadores independentes, bem como pronunciar-se sobre os resultados dos referidos estudos. - a avaliação intercalar será realizada por avaliadores independentes, apresentada à Comissão de Acompanhamento do Programa Operacional e, seguidamente, transmitida à Comissão Europeia o mais tardar até 31 de Dezembro de 2003; - no prolongamento da avaliação intercalar, será efectuada até 31 de Dezembro de 2005 uma actualização dessa avaliação para cada Programa Operacional; - as Autoridades de Gestão de cada Programa Operacional procederão, em colaboração com a Comissão Europeia, à selecção dos avaliadores independentes até final de 2002 no que respeita à avaliação intercalar e até final de 2004 no que se refere à sua actualização. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 92 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes O POAT será ainda objecto de uma avaliação ex-post, destinada a dar conta da utilização dos recursos, da eficácia do Programa Operacional e do seu impacte, bem como tirar ensinamentos para a política de coesão económica e social, tendo em conta os resultados da avaliação exante já disponíveis. Esta avaliação incide nos factores de êxito ou de insucesso da execução, bem como nas realizações e nos resultados, incluindo a sua sustentabilidade. A avaliação ex-post é da responsabilidade da Comissão Europeia, em colaboração com o Gestor, sendo realizada por avaliadores independentes. Esta avaliação deverá estar concluída, o mais tardar, três anos após o termo do período de programação. As Autoridades de Gestão facultarão todos os elementos necessários à realização das avaliações intercalar e ex-post, tomando as medidas necessárias para que essa informação seja disponibilizada aos avaliadores independentes, os quais devem respeitar a confidencialidade no tratamento dos dados a que tenham acesso. A avaliação do Programa Operacional será articulada com o Sistema de Informação Global do QCA e com os Sistemas de Informação Específicos do FEDER e terá em conta os dispositivos de avaliação estabelecidos. Por iniciativa do Estado português ou da Comissão Europeia após informação daquele, podem ser lançadas avaliações complementares, eventualmente temáticas, nomeadamente para identificar experiências transferíveis. O Estado português e a Comissão Europeia dotar-se-ão de meios adequados e reunirão todos os dados necessários para que as avaliações sejam efectuadas da forma mais eficaz. A avaliação utilizará neste contexto, os diferentes elementos que o sistema de acompanhamento pode fornecer, completados se necessário, pela recolha de informação destinada a melhorar a sua pertinência. Os resultados de avaliação serão postos à disposição do público, mediante pedido – salvaguardado o necessário acordo prévio da Comissão de Acompanhamento no caso da avaliação intercalar. A avaliação do POAT será realizada com a cooperação da Direcção-Geral do Desenvolvimento Regional enquanto entidade responsável pela gestão do FEDER. É desejável que a avaliação intercalar do Programa Operacional seja apresentada à Comissão de Acompanhamento e transmitida à Comissão Europeia, de forma articulada com a avaliação intercalar do Quadro Comunitário de Apoio. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 93 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Circuitos Financeiros As entidades responsáveis pela realização dos projectos aprovados apresentam ao Gestor do Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes os pedidos de pagamento, juntando para o efeito os documentos justificativos da despesa efectuada e paga. As Estruturas de Apoio Técnico verificarão a elegibilidade das despesas e a sua conformidade com o projecto aprovado. Verificada a conformidade dos pedidos de pagamento, o Gestor do POAT efectuará ou assegurará que sejam efectuados os pagamentos aos beneficiários finais, de acordo com as normas nacionais que vierem a ser definidas para o efeito. O Gestor solicitará às Autoridades de Pagamento nacionais a transferência das contribuições comunitárias para uma conta específica, de acordo com as normas que vierem a ser estabelecidas, de forma a satisfazer os pedidos de pagamento dos beneficiários finais. Compete às Autoridades de Pagamento nacionais, enquanto responsáveis pela gestão financeira dos Fundos Comunitários, desencadear os mecanismos necessários à transferência pela Comissão Europeia das contribuições comunitárias para o Estado português, nos termos dos regulamentos em vigor. Controlo De acordo com o artigo 34° do Regulamento (CE) 1260/1999 do Conselho 21 Junho de 1999, a Autoridade de Gestão é responsável pela regularidade das operações co-financiadas e pela aplicação do sistema de controlo interno compatível com a boa gestão financeira, bem como pela análise e resposta às observações e pedidos de medidas correctivas apresentadas pela Comissão Europeia ao abrigo do n° 4, primeiro parágrafo do artigo 38°, ou às recomendações de adaptação formuladas ao abrigo do n° 2 do artigo 34° do citado Regulamento. O sistema de controlo dos fundos estruturais será organizado em três níveis: a) O controlo de primeiro nível tem a natureza de controlo interno constituindo, portanto, uma competência das autoridades de gestão. Compreende a fiscalização dos projectos nas suas componentes material, financeira e contabilística, quer nos locais de realização do investimento e das acções, quer junto das entidades que detém os originais do processo técnico e documentos comprovativos de despesa. Estas competências deverão ser desempenhadas directamente, podendo ser subcontratadas empresas de auditoria ou outras, com capacidade de realizar as tarefas relativas ao controlo físico, financeiro e Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 94 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes contabilístico dos projectos apoiados. O controlo de primeiro nível será exercido pela Autoridade de Gestão, devendo esta, sempre que as situações se revestirem de maior complexidade, solicitar o apoio do organismo nacional responsável pelo Fundo em causa; A Autoridade de Gestão deve assegurar a separação das funções de gestão da de controlo. b) O segundo nível dirige-se ao controlo externo sobre a gestão. Abrange a análise e avaliação do sistema de controlo de primeiro nível e, sempre que tal se mostre necessário para testar a eficácia deste, o controlo sobre as decisões tomadas pelos órgãos de gestão e o controlo sobre os beneficiários finais, bem como o controlo cruzado junto de outras entidades envolvidas, a fim de ter acesso às informações consideradas necessárias ao esclarecimento dos factos objecto de controlo. O controlo de segundo nível deverá ser exercido directamente pelos respectivos interlocutores nacionais dos Fundos Comunitários ou por organismos de controlo expressamente designados para o efeito, em estreita articulação com os departamentos competentes para o controlo no âmbito dos diversos Ministérios, sempre que respeite a áreas específicas de actuação destes. No âmbito do controlo das acções financiadas pelos Fundos Comunitários, poderá haver recurso a subcontratação de auditorias externas de natureza e com objectivos específicos; c) Controlo de alto nível, correspondente à coordenação global do sistema de controlo, cuja responsabilidade incumbirá à Inspecção Geral de Finanças, será concretizado através da articulação e coordenação das actividades desenvolvidas neste âmbito pelos diversos serviços e organismos que intervêm no sistema de controlo dos fundos estruturais, pela avaliação dos sistemas de gestão e controlo do primeiro e segundo níveis e pela interacção com as instituições comunitárias de controlo, designadamente, a comunicação das irregularidades detectadas pelo sistema de controlo aos serviços competentes da Comissão Europeia, nos termos regulamentares aplicáveis. A Comissão Europeia, na sua qualidade de responsável pela boa execução do orçamento geral das Comunidades Europeias, certificar-se-á da existência e funcionamento fiável dos sistemas de gestão e controlo do Estado-Membro, nos termos do n° 2 do artigo 38° do Regulamento (CE) 1260/1999. Os serviços competentes da Comissão Europeia, em parceria com a Autoridade de Gestão do Quadro Comunitário de Apoio e o organismo responsável pela coordenação global do sistema de controlo financeiro, efectuam um exame anual do funcionamento do sistema de controlo, antes do exame previsto no nº 2 do artigo 34º do citado Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 95 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Regulamento. As observações e eventuais medidas correctoras serão transmitidas à Autoridade de Gestão, de acordo com o disposto nos números 4, 5, e 6 do artigo 38º do mesmo Regulamento. Os serviços competentes da Comissão Europeia podem igualmente solicitar ao EstadoMembro que efectue controlos pontuais para verificar a regularidade de uma ou mais operações; nessas acções de controlo podem participar funcionários ou agentes da Comissão Europeia, nos termos do disposto no nº 2 do artigo 38º do Regulamento (CE) nº 1260/1999. Após verificação cabal, a Comissão Europeia pode decidir suspender a totalidade ou parte de um pagamento intermédio se verificar nas despesas em questão uma irregularidade grave que não tenha sido corrigida e para a qual se justifique uma acção imediata nos termos do disposto no nº 5 do artigo 38º do Regulamento (CE) nº 1260/1999, à qual se poderá seguir o procedimento previsto no artigo 39º do mesmo Regulamento se se verificarem os respectivos pressupostos. A Comissão Europeia informará o Estado-Membro das medidas a tomar e respectiva fundamentação, nos termos regulamentares aplicáveis. Em conformidade com o disposto no n° 3 do artigo 39 do Regulamento (CE) n° 1260/1999, no caso de irregularidades graves, no termo do prazo fixado pela Comissão e na falta de acordo ou de correcções efectuadas pelo Estado-Membro, a Comissão Europeia pode decidir, no prazo de três meses e tendo em conta as eventuais observações do Estado-Membro, proceder às correcções financeiras necessárias suprimindo, parcial ou totalmente, a participação dos fundos estruturais na intervenção em causa. Os juros gerados pelas contas bancárias através das quais são efectuados os pagamentos dos Fundos Estruturais devem ser orçamentados como receitas. A forma de contabilização dos juros deverá permitir um controlo suficiente por parte das autoridades nacionais e das instituições comunitárias. A utilização dos juros deve ser compatível com os objectivos das intervenções estruturais e deve ser submetida aos mecanismos de controlo específicos dos fundos públicos em Portugal. As Autoridades de Gestão devem conservar durante um período de três anos subsequentes ao pagamento pela Comissão Europeia do saldo relativo a cada Programa Operacional, todos os elementos comprovativos relativos às respectivas despesas e controlos, em conformidade com o disposto no n° 6 do artigo 38º do Regulamento (CE) 1260/1999. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 96 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Critérios de selecção Os projectos a apoiar em cada eixo prioritário deverão respeitar os seguintes princípios gerais e orientadores: § Estar em conformidade com a política definida para o sector, no QCA, no Quadro de Referência do Fundo de Coesão e no Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes; § Contribuir para a obtenção dos objectivos enunciados para o eixo prioritário; § Viabilidade económica do projecto (como resulta, nomeadamente, da análise custo/benefício, sempre que exigível nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 26 do Regulamento 1260/99), nos termos da alínea b) do nº 1 do artigo 2 do regulamento 1783/99; § Estar garantida a cobertura orçamental do projecto; § Respeitar as políticas ambientais, nacionais e comunitárias, e a legislação respectiva, designadamente as directivas 85/337/CEE, 97/11/CE, 79/409/CEE, 92/43/CEE, tendo em conta os princípios e as orientações do desenvolvimento sustentável; § Cumprir as regras de contratação e de mercados públicos designadamente as directivas 93/36/CE, 93/37/CE, 93/38/CE, 92/50/CEE; A fim de estabelecer as taxas de apoio dos investimentos em infra-estruturas e equipamentos, serão tidos em conta os seguintes critérios: § A capacidade dos projectos para gerar receita, a fim de maximizar o efeito de alavanca; § A aplicação do principio do poluídor-pagador pela internalização do custo de poluição no preço dos transportes, nos termos definidos pela legislação comunitária em vigor, e a promoção dos meios de transporte menos poluentes; Na selecção dos projectos serão privilegiados aqueles que tenham efeitos esperados positivos quanto à igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. No que refere à elegibilidade de despesas este Programa Operacional prevê que a compra de terrenos possa, em casos devidamente fundamentados, atingir um montante superior a 10% do custo da operação. Nestas situações, a Comissão deverá ser previamente consultada. Os projectos mencionados a título de exemplo no presente Programa são indicados a título de exemplo. O seu financiamento efectivo está condicionado aos resultados da instrução e ao respeito das disposições regulamentares e dos critérios específicos definidos no Complemento de Programação. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 97 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Os critérios de selecção a estabelecer no Complemento de Programação devem ter em conta: i) A necessidade de assegurar a coerência entra as acções referidas no PO e as retornadas nos PO’s regionais; ii) As indicações estabelecidas no Quadro de Referência. Fluxos financeiros As contribuições comunitárias serão creditadas pelos serviços da Comissão Europeia directamente em contas bancárias específicas, criadas pelo Estado-Membro junto da Direcção Geral do Tesouro, e que corresponderão a cada uma das Autoridades de Pagamento de cada um dos Fundos Estruturais; A Autoridade de Pagamento do POAT é a DIRECÇÃO-GERAL DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL – RUA DE S. JULIÃO N.º 63, 1149 – 030 LISBOA, que efectuará transferências directas, em regime de adiantamento ou de reembolso, para o Gestor do Programa. A autoridade de pagamento deve certificar que as declarações de despesas são exactas e assegurar-se de que provêm de sistemas de contabilidade baseados em documentos de prova passíveis de verificação. O Gestor do Programa Operacional autorizará a transferência dos montantes, após a confirmação dos comprovativos de despesa associados a cada pedido de pagamento, para os correspondentes Beneficiários Finais, entendidos na acepção do descrito na alínea l) do Artigo 9 do Regulamento (CE) n° 1260/99 do Conselho, de 21 de Junho. Adjudicação de Contratos Públicos As acções ou projectos a co-financiar pelo FEDER no âmbito deste programa serão executadas no respeito pelas normas comunitárias e nacionais em matéria de adjudicação de contratos públicos. Os avisos a enviar para publicação no jornal oficial das Comunidades Europeias apresentarão as referências dos projectos em relação aos quais tenha sido solicitada ou decidida a concessão de uma contribuição comunitária. Relativamente aos projectos cujo valor global seja superior aos limites fixados nas Directivas “Contratos Públicos” de fornecimentos (77/62/CEE, 88/295/CEE), de obras (71/305/CEE, 89/440/CEE) ou de serviços (92/50/CEE), o relatório da comissão de análise de propostas que Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 98 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes suportam a decisão de adjudicação, será mantido à disposição da Comissão de Acompanhamento. Informação e Publicidade A informação respeitante ao POAT será disponibilizada a todos os potenciais interessados – desde a informação pública até à informação restrita para utilização pelos organismos ou serviços da Administração, pelos parceiros sociais, beneficiários finais e instituições comunitárias, visando: a) Garantir a transparência, informando o público-alvo (parceiros sociais, agentes económicos e potenciais beneficiários finais) sobre o apoio do FEDER às acessibilidades e transportes, bem como as correspondentes modalidades de aplicação; b) Aumentar a visibilidade da acção comunitária, sensibilizando a opinião pública para o papel dos Fundos Estruturais em geral e do FEDER em particular, no apoio ao desenvolvimento regional e coesão económica e social em Portugal. Recorrer-se-á, para atingir esses objectivos, a todos os meios disponíveis - desde a escrita, utilizando a divulgação de "Newsletters", desdobráveis, panfletos, etc., até à electrónica, com a produção de CDs e páginas na Internet, vídeo-filmes, etc., designadamente em articulação com o sistema de informação. A implementação das acções de Informação e Publicidade no âmbito do POAT, obedecerá a um "Plano de Comunicação" definindo objectivos, estratégia, públicos-alvo, dotação orçamental prevista, modelo de execução e critérios de avaliação das acções desenvolvidas. Este plano será transmitido à Comissão Europeia com o complemento de programação. No âmbito da gestão deste Programa Operacional, será designado um responsável em matéria de Informação e Publicidade. Sistema de Informação De acordo com o artigo 34º do Regulamento (CE) n.º 1260/99 do Conselho, de 21 de Junho de 1999, a autoridade de gestão é responsável pela criação e funcionamento de um dispositivo de recolha e tratamento de dados físicos, financeiros e estatísticos fiáveis sobre a execução do POAT visando apoiar a gestão, o acompanhamento e a avaliação. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 99 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes O sistema de informação específico ao Programa, permitirá dar resposta ao mínimo comum definido nas orientações da Comissão (lista indicativa referida no artigo 36º do Regulamento 1260/99) e disponibilizará informação para a avaliação prevista nos artigos 42º e 43. Este sistema de informação será dotado dos recursos humanos necessários à estabilidade e funcionamento do mesmo, sendo aqueles recursos sujeitos a acções de formação inicial e periódicas de actualização de conhecimentos, no sentido de assegurar a eficiência do sistema. O sistema de informação electrónico do POAT integrará o do Quadro Comunitário de Apoio e comportará os dados relativos aos FEDER, tendo em consideração as suas características próprias. A compatibilidade e a transferência de dados serão devidamente asseguradas. O sistema permitirá a troca de dados informatizados com a Comissão Europeia segundo o modelo a adoptar para o QCA e restantes programas operacionais. Este sistema de informação integrará dois níveis de acesso: § Um, que permitirá o acesso à informação para gestão, acompanhamento, avaliação e controlo; § E, outro, de informação para divulgação. O nível que integra e trata a informação necessária ao processo de tomada de decisão, ao acompanhamento, à avaliação e ao controlo, e providencia de forma casuística a informação previamente definida, permitirá nomeadamente: a) Garantir a actualidade e consolidação de toda a informação do POAT e dos Fundos que o co-financiam, bem como a homogeneidade dos instrumentos ao dispor da unidade de gestão; b) Quantificar os indicadores considerados relevantes; c) Criar registos históricos; d) Disponibilizar informação do Programa em formato electrónico a todos os potenciais interessados; e) Adoptar predominantemente a “Internet” como veículo de comunicação; f) Fornecer a informação actualizada de apoio à gestão, ao acompanhamento e à avaliação do Programa; g) Integrar módulos de apoio à decisão. h) A alimentação do sistema será feita ao nível do projecto. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 100 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes i) A informação respeitante ao Programa será acessível a todos os potenciais interessados, com o objectivo de assegurar a maior universalização dos públicos-alvo usando, designadamente, a Internet. j) A informação a disponibilizar será definida e tratada por perfis de utilização de acordo com interesses dos diferentes públicos-alvo, sendo facultada a informação aos interessados sem grandes exigências de requisitos tecnológicos. Previsão dos Pedidos de Pagamento De acordo com o disposto no n.º 7 do art.º 32º do Regulamento n° 1260/99 do Conselho, será assegurada a transmissão atempada às Autoridades de Pagamento das informações necessárias para o estabelecimento e actualização das previsões de pedidos de pagamento a efectuar no ano em curso ou no ano seguinte. Compete à Autoridade de Pagamento assegurar que os beneficiários finais receberão integralmente os montantes da contribuição dos fundos estruturais a que tenham direito. Nenhuma dedução, retenção ou encargo ulterior específico que tenha como efeito reduzir estes montantes pode ser efectuado (artigo 32º, n.º 1, último parágrafo, do Regulamento 1260/99). Indicadores da Reserva de Eficiência Para efeitos da atribuição da Reserva de Eficiência respeitar-se-ão requisitos baseados em critérios de eficácia, em critérios de gestão e em critérios de execução financeira. A especificação dos critérios de eficácia, a selecção dos indicadores de acompanhamento para um conjunto de medidas a determinar e os objectivos de realização em 2003 e 2006, será efectuada nos Complementos de Programação em estreita concertação com a Comissão Europeia – concretizada através de um Grupo de Trabalho conjunto, comum a todos os programas, com as seguintes funções: - Definir uma metodologia para especificar e quantificar os critérios relativos aos indicadores de eficácia e propor indicadores pertinentes; - Assegurar a coerência entre estes critérios nos diferentes programas; - Assegurar a validação final dos resultados da quantificação; - Assegurar-se da inclusão dos indicadores correspondentes a estes critérios nos Relatórios Anuais de Execução e proceder à assim como a análise dos progressos obtidos; - Propor indicadores adicionais de gestão e, de execução financeira. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 101 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes As conclusões do Grupo de Trabalho de conjunto relativos à metodologia de especificação e quantificação dos descritores relativos aos indicadores critérios de eficácia serão disponibilizadas até 15 de Julho 2000. De acordo com o Quadro Comunitário de Apoio os critérios e indicadores de gestão e de execução financeira considerar , são os seguintes: Critérios Indicadores Objectivos Critérios comuns de gestão Qualidade do Sistema de Acompanhamento Qualidade do Sistema de Controlo Qualidade dos Critérios de Selecção Qualidade do Sistema de Avaliação Percentagem em valor das Medidas para as quais se encontram dados completos disponíveis sobre a respectiva execução financeira e física. - Montagem de um sistema de controlo financeiro, de acordo com as modalidades previstas no QCA e no Programa Operacional; - Percentagem das despesas dos Fundos Estruturais cobertas por auditorias financeiras e de gestão relativamente ao total da correspondente intervenção dos Fundos Estruturais. Percentagem dos compromissos respeitantes a projectos seleccionados em função de critérios de selecção objectivos e claramente definidos Relatórios de avaliação intercalar de qualidade adequado. - - - Informação financeira o mais tardar a partir de 3 meses após a aprovação do PO: 100% Informação física a partir de 01.01.2001: 100% até ao final de 2000; - igual ou superior a 5% a partir do final de 2000. (em relação ao custo total dos projectos aprovados no ano) - 100% a partir do ano 2000. De acordo com as normas de qualidade predefinidas no Doc. de Trabalho 4 (Critérios MEANS): 100% Critérios comuns de execução financeira Absorção dos Fundos Estruturais Percentagem das despesas relativas aos Fundos Estruturais apresentadas e declaradas admissíveis anualmente à Comissão relativamente ao Plano Financeiro do Programa Operacional. Atingir a 31.10.2003 um nível de pedidos de pagamentos de montante igual a 100% do montante inscrito no plano financeiro para 2000 e 2001 e 50% (em média) do montante inscrito para 2002 e 2003. Critérios específicos de execução financeira Efeito de alavanca Valor dos investimentos realizados em relação aos recursos públicos mobilizados. A especificar Programas/Medidas Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 102 Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes REGIME DE AJUDAS Respeito pelas regras comunitárias em matéria de concorrência no domínio das ajudas de estado. Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes Referência da Medida (cod. e designação) Título do Regime de ajudas ou da ajuda (1) Número do regime de ajuda (2) Referência da carta de aprovação (2) Duração de Regime (2) 1.1. Promover a conclusão do Nenhuma ajuda de estado, Projecto Prioritário no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordado para esta Medida 1.2. Acelerar a construção Nenhuma ajuda de estado, dos eixos transversais e no sentido do artigo 87.1 do diagonais estruturantes tratado, foi acordado para esta Medida Nenhuma ajuda de estado, 2.1. Melhoria das no sentido do artigo 87.1 do acessibilidades e intervenções nos portos tratado, foi acordado para esta Medida 2.2. Desenvolvimento da rede Nenhuma ajuda de estado, complementar rodoviária no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordado para esta Medida 2.3. Desenvolver uma rede Nenhuma ajuda de estado, nacional de logística no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordado para esta Medida Nenhuma ajuda de estado, 3.1. Desenvolvimento de no sentido do artigo 87.1 do ligações ferroviárias tratado, foi acordado para entre centros urbanos esta Medida Nenhuma ajuda de estado, 3.2. Melhoria das ligações rodoviárias entre centros no sentido do artigo 87.1 do urbanos e nós variantes tratado, foi acordado para esta Medida Nenhuma ajuda de estado, 4.1. Melhoria da qualidade e eficiência do sistema de no sentido do artigo 87.1 do tratado, foi acordado para transportes esta Medida 4.2. Reforço das condições Nenhuma ajuda de estado, de segurança do sistema no sentido do artigo 87.1 do de transportes tratado, foi acordado para esta Medida Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação 103