Fascismo e Nazismo
Transcrição
Fascismo e Nazismo
Fascismo e Nazismo “A cruz swastica é o símbolo das quatro forças sagradas que sob inumeráveis nomes e aspectos diferentes representaram um papel importante na concepção humana do Criador e da Criação, desde o alvorecer dos tempos, até hoje em dia (Fogo, Água, Ar e Terra). Com essa consequência, eles governam os movimentos de todos os corpos no Universo. Isso demonstra que todos os corpos giram de oeste para leste e que todos os circuitos formados pelos corpos em movimento vão do ocidente para oriente, girando em torno de um centro. O símbolo demonstra que este centro é a força primária, isto é, o Grande Infinito, o Todo-Poderoso. Assim, a cruz swastica não é somente considerada como um emblema do fogo, um sinal solar, mas como centro ou eixo do mundo[...]” Fonte: http://www.revistauniversomaconico.com.br/. Acesso em 11/09/13. A águia foi outro símbolo do fascismo representado especialmente com asas estendidas. Também este símbolo que levou clara para a civilização romana, era uma manifestação da grandeza e da memória das vitórias da Roma antiga. Muitas vezes aconteceu que a águia leva o feixe em suas garras, como você pode ver nessa altura, a bandeira da República social de Salò. Nazismo mesmo como aconteceu muitas vezes levou este e muitos outros símbolos para se comunicar a União do povo italiano com o alemão, que no entanto não aconteceu já mesmo no princípio. Fonte: http://www.ilduce.net/speciale17.htm. Acesso 11/09/13. Um outro símbolo, talvez o mais representativo hoje, é a cruz celta, que não tem nada a ver com Roma antiga, foi usado em tempos antigos por aqueles que os romanos considerados bárbaros e rogues. Consiste de uma cruz rodeada por um círculo. Populações germânicas simbolizava o sol e então era sagradas. Os celtas está continuamente presente na tradição européia: dos Pirineus franceses 10000 anos antes de Cristo, a Ponte Mílvia como um bom presságio para a batalha do Imperador Constantine, cerimónia do dincoronazione de Carlos Magno, irlandeses ao cristianismo. Do paganismo ao cristianismo, a cruz celta retrata os quatro elementos (Cruz: água, ar, terra, fogo, círculo: o espírito, o quinto elemento), ponto de dincontro entre o mundo terrestre (eixo horizontal da Cruz) e divino (eixo vertical) nellinfinità do universo (o círculo). Movimentos neofascistas decidiram continuar usando este símbolo adicionando, embora, como no caso do movimento sociale fiamma tricolore italiano colorido chama que queima no fundo da cruz celta. Fonte: http://www.ilduce.net/speciale17.htm. Acesso 11/09/13. Origem do “Fascismo” Deste termo “fascista”, em italiano, fascio (fascio littorio - ), desenvolveu-se a expressão fascismo, que passou a ser usada de forma mais geral para caracterizar partidos e regimes políticos com semelhanças a este partido italiano, o PNF. Partido Nacional Fascista - PNF Na Europa foram vários os movimentos da extrema direita a surgir e a ganhar adeptos, após a 1.ª Guerra Mundial, entre os quais se destacou o Partido Nacional Fascista na Itália, desenvolvido por Benito Mussolini, il Duce. O Crescimento do PNF Depois da 1.ª Guerra Mundial, Itália sofreu várias consequências o que originou greves e pequenas revoluções. Assustados com esta situação os proprietários (pequena e média burguesia) passaram a apoiar o Partido Nacional Fascista de Benito Mussolini. Principais Características Do Fascismo • O combate ao socialismo e ao comunismo; • A rejeição do parlamentarismo, acusado de gerar divisões e de enfraquecer a unidade nacional; • O desprezo pela liberdade individual, uma vez que consideravam que os direitos dos indivíduos tinham de estar submetidos aos interesses da nação e do Estado; • A existência de um partido único. Principais Características Do Fascismo • O Corporativismo; • O enaltecimento da autoridade do Chefe. O Estado devia ser forte e comandado por um Chefe (Duce), considerado o guia e o salvador da Nação e a quem se devia obediência cega; • O ultranacionalismo, que defendia a Nação como o valor mais importante; • O militarismo. Mussolini, il “Duce” Nascido numa família modesta (1883-1945), começou na ala esquerda do partido socialista “Avanti”. Participou na 1.ª Guerra Mundial, e no regresso, retomou a direção do seu antigo jornal, onde passou a exigir um governo com ideais mais próximos da extrema direita. A Vida de Mussolini • Mussolini fundou grupos armados contra sindicatos (embrião do corporativismo) e partidos de esquerda. Esses grupos deram origem em 1921 ao Partido Nacional Fascista - PNF, através do qual Mussolini chegou ao poder. • A partir desta altura Benito Mussolini passou a ser chamado de “Duce”, que em italiano significa “o chefe”. • Acabou por ser executado em Abril de 1945. Os camisas-negras Organização paramilitar italiana que tinha por objetivo eliminar todas as forças e tendências políticas contrárias aos seus ideais. Foram financiados por industriais italianos, eliminando de seu discurso qualquer referência às lutas trabalhistas. Os camisas-negras A Tomada do Poder de Mussolini Em 1922, o rei de Itália, Vítor Emanuel III, pressionado pelas manifestações de força do Partido Nacional Fascista PNF, entre as quais destacou-se a “Marcha que Mussolini governo. sobre Roma”, encarregou de formar A Tomada do Poder de Mussolini • Em 1924, realizaram-se eleições e 65% dos deputados eleitos eram fascistas. • É importante lembrar que Benito Mussolini, subiu ao poder, legalmente nestas eleições já referidas, apesar dos fascistas e os seus aliados conseguirem três quartos dos lugares do Parlamento com fraudes perseguições aos opositores e torturas. • Mussolini pôde, assim, tornar-se o senhor absoluto de Itália, consolidando em 1926 a proposta fascista, com o aceite de Vítor Emanuel III. • Conselho Fascista subjuga a Câmara dos Deputados e o Senado italianos. O Poder Fascista • O Estado fascista deixou de permitir qualquer forma de oposição. Todos os partidos à exceção do PNF (Partido Nacional Fascista), foram proibidos e dissolvidos (clandestinidade). • Uma poderosa polícia política vigiava os cidadãos e encarregava-se da repressão. Os jornais, a rádio e o cinema passaram a ser sujeitos a censura. As greves não eram autorizadas, e os sindicatos livres foram proibidos e substituídos pelas corporações. • Política de fortalecimento da indústria nacional, mas com repressão às reivindicações operárias. O Poder Fascista • Além de tudo isto, também criaram a formação da juventude, que eram organizações fascistas infantis, onde eram doutrinados no sentido da disciplina, da obediência e da veneração pelo Chefe; • Aliado à Igreja Católica, o Estado Fascista propunha o aumento da população; • Os fascistas tinham uma política externa de carácter imperialista e expansionista. Em 1936, os exércitos de Mussolini, travaram uma guerra e conquistaram a Etiópia (Abissínia). 1. Movimento Nazi protestante - Deutschen Christen; 2. Hitler saúda padre e o pastor luterano Ludwig Müller; 3. Em pacto com a Igreja, Mussolini criou o Estado do Vaticano e tornou o catolicismo religião de Estado; 4. Hoje não levantam mais os bracinhos ... • Apoio da Igreja Católica ao nazifascismo; • Pacto entre o Fascismo e a Igreja, que Mussolini assinou o famoso Tratado de Latrão, em 1929, criando o Estado do Vaticano e tornando o catolicismo religião de Estado. • Em retribuição, as associações católicas, com raras exceções, passaram a integrar as organizações fascistas e, em 1932, o papa outorgou ao Duce a Ordem da Espora de Ouro, a mais alta distinção concedida pelo Estado do Vaticano. Obra Nacional Balilla A Obra Nacional, órgão do Partido Nacional Fascista, arregimentava as crianças e adolescentes dos dois sexos a partir dos 4 anos de idade. Os rapazes Balilla vestiam farda de camisa negra e calção verde e, desde muito cedo, recebiam doutrinação política e formação paramilitar. As meninas Balilla, denominadas Piccole italiane (Pequenas Italianas), vestiam camisa branca e saia negra. O lenço azul era comum. • Imagens: http://malomil.blogspot.com.br/2013/05/as -criancas-na-propaganda-fascista.html. Acesso em 11/09/13. A Alemanha Nazista Após a derrota na 1ª GM, a Alemanha conviveu com uma instabilidade política • Tendências do Socialismo • Oscilação entre participar da luta armada ou lançar candidatos ao parlamento e presidência. • Social-democratas e democratas; • Programa liberal com garantia do estado de Direito; • Eleições livres; Sindicalismo na Alemanha • Ausência de leis contra a organização de sociedades políticas; • Permissão de manifestações públicas; • Liberdade de atuação dos sindicatos, com propostas de união social; • Dirigentes operários de acordo com as condições impostas pelos patrões, tornando a relação capital-trabalho bastante pacata; • Sindicatos distantes de quaisquer propostas revolucionárias. A República de Weimar • Dois dias antes da assinatura do armistício que pôs fim aos conflitos armados da 1ª GM, a Alemanha deixa de ser um império e a República foi proclamada pelos socialdemocratas; • Assembleia Constituinte – 1919, na cidade de Weimar; longe das convulsões sociais de Berlim, causadas pelas crises de abastecimento do pós-guerra; • Linha política: conter os movimentos sociais e investir na indústria, com liberdades políticas e direitos trabalhistas assegurados; • Entre 1919 e 1923 o governo social-democrata fracassa: • • • • Não atinge a pacificação social; A economia permanece arrasada/inflação; Perdas territoriais pelo Tratado de Versalhes; Críticas da esquerda e da direita. • Levante da Liga Espartaquista/Rosa Luxemburgo: conselhos operários separados do Estado. • 1920 – sublevação militar em Berlim, greve geral dos sindicatos e rompimentos dos socialistas com a socialdemocracia; • Vale do Ruhr: conselhos operários tomam o poder; • 1923 – quebra da autoridade estatal/ reação da socialdemocracia alemã e uma cruel desarticulação do movimento operário. Emergência do Nazismo • 1923: um grupo de extrema-direita tenta um golpe de estado na Baviera (Putsh de Munique), inspirado na Marcha sobre Roma; • Liderança do Putsh de Munique: Adolf Hitler e Eric Von Ludendorff do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães – NSDAP ou Nazi; • Plano estratégico: usar a SA (Tropas de Assalto) e a SS (Sessões de Segurança), para tomar o Ministério da Guerra de Munique, capturar armas e convocar soldados; • Objetivo: a grande Revolução Nacional. • Putsh: fracasso, com projeção do Partido Nazista; • Hitler (insurgente) é julgado e preso por alguns meses; • Mein Kampf: fundamentos teóricos do nacionalsocialismo: • • • Oposição veemente ao comunismo; Atuação dos nazistas na propaganda, no exército, sindicatos e Estado; Ataque aos acordos assinados pelos socialdemocratas no Tratado de Versalhes; • Necessidade da Alemanha reaver os territórios perdidos com a 1ª GM; • Expansão territorial e Antissemitismo (culpando os judeus por todas as desgraças ocorridas na Alemanha. • Ideia de raça pura – eugenia; • Anticomunismo e ultranacionalismo; Adolfo Hitler • Após meses de prisão, Hitler iniciou uma reorganização do Partido Nazista, com tropas paramilitares nas ruas e defender as ideias nazistas; • Crise de 29: duro golpe na economia alemã; • Inflação, greves, falências, desemprego. • Incapacidade do governo socialdemocrata • Ameaça comunista Implantação do Nazismo na Alemanha • Após a primeira guerra mundial foi estabelecido na Alemanha o regime democrático, originando uma situação bastante difícil. A situação econômica agravou-se, devido à guerra, e ao pagamento das indenizações exigidas pelo Tratado de Versalhes. A Implantação do Nazismo na Alemanha • A inflação desceu a uma velocidade incontrolável. Quando a situação da economia começava por fim, a melhorar, a grande depressão de 1929, abateu-se violentamente sobre a Alemanha. Bancos foram à falência, empresas tiveram de fechar e a pobreza e a miséria apoderaram-se da população Alemã. • A partir desta altura, a população, começou a responsabilizar os partidos no poder pela situação que se vivia, então, os partidos da oposição (tanto o partido comunista como o de extrema-direita) começaram a ser apoiados. A tomada do poder de Hitler • Foi então que, devido a esta situação, um desses partidos, o partido Nazi cresceu rapidamente, apoiado por grandes industriais e uma grande propaganda de rádio e jornais. • Nas eleições de 1932, o Partido Nazi, foi o mais votado (de 30 para 230 deputados). Com isso o Presidente da República Hindenburg nomeou Rodolfo Hitler, Chanceler, isto é, a chefia do governo alemão. O Estado Hitleriano • O Nazismo, foi um dos maiores exemplos de totalitarismo, tinha o total controlo sobre a sociedade. • A população não tinha o mínimo de liberdade. • O estado era submetido às ordens do “Fuhrer” (guia), Adolf Hitler, que exigia obediência a todos os cidadãos. • Os suspeitos opositores do regime, eram enviados para campos de concentração. O Grande Racismo Nazi • A doutrina Nazi, fundava-se no Racismo. A raça superior a todas as outras, para os Nazis, era a raça Ariana, cujos representantes seriam os Alemães, que deveriam dominar o mundo. Racismo Nazi • A raça inferior, e mais perigosa, era a Judaica. Hitler considerava, como raça perfeita, a população de pele branca e de olhos claros, logo, os Judeus, iam contra esses ideias. Foram perseguidos e enviados para os campos de concentração. •Aqui temos um discurso de Adolfo Hitler dirigido aos jovens alemães. Exemplos a Não Seguir • Todos sabemos os milhares de pessoas que sofreram com estes regimes. Felizmente, já nada tem a dimensão que teve. Por isso, nunca nos cansaremos de lutar por uma sociedade justa, e nunca por uma que o mundo já teve.
Documentos relacionados
Apostila de apoio e exercícios
1922, o Partido organizou a “Marcha sobre Roma”. Nesse movimento, milhares de fascistas foram às ruas manifestar contra a crise do capitalismo e o comunismo. O Rei Vitor Emanuel III acabou, após o ...
Leia maisREGIMES TOTALITÁRIOS – FASCISMO E NAZISMO
submeter-se à autoridade soberana do Estado personificada na figura do Fuhrer (chefe). O espaço vital – o povo alemão tinha o direito de conquistar seu espaço expandindo militarmente seu territór...
Leia maisI GUERRA MUNDIAL (1914
* Instabilidade sociais na Europa, principalmente na Alemanha e Itália;
Leia maisnazifacismo
(BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da política. São Paulo: Paz e Terra, 1999 adaptado).
Leia mais