Visualizar Revista Electrónica - Escola Secundária de Felgueiras
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A Europa: Ambiente Indústria Agricultura Património Edição Exclusiva 1 Editorial A actual gestão ambiental levanta preocupações não só em Portugal mas também na União Europeia. A exploração excessiva da Natureza (Recursos Naturais) assim como a poluição atmosférica (Alterações Climáticas) são problemas para os quais a União Europeia tem vindo a criar, a desenvolver e a aplicar politicas eficazes, tais como: campanhas de informação e sensibilização junto das populações com vista à redução de gases com efeito de estufa, assim como a implementação de energias renováveis, entre outras. A implementação da política de competitividade empresarial e industrial sustenta-se na valorização do capital humano, com recurso a uma formação adequada que, bem orientada, gerará uma maior produtividade, resultante também de uma forte aposta na inovação, no conhecimento e num novo espírito empresarial europeu. A aposta numa agricultura biológica decorre da necessidade de preservação do meio ambiente, evitando situações de desflorestação e alterações climatéricas que poderão pôr em causa fauna e flora. Preservar os recursos naturais é uma prioridade. Ao falarmos de preservação do património não podemos esquecer também daquele que, naturalmente, fomos edificando ao longo dos séculos, muitas vezes resultante de promessas, políticas ou de um simples acto de fé. Por toda a Europa magníficas construções contamnos histórias dos povos que as edificaram. Também este património suscita preocupações no sentido da sua preservação. Ao caro leitor deixamos desde já um cumprimento e um agradecimento pela amabilidade de sentir-se impelido a folhear as páginas que se seguem, fruto de uma criteriosa pesquisa e selecção de informação a propósito de quatro temas bem actuais: ambiente, indústria, agricultura e património edificado. A todos o nosso obrigado. Agradecemos leitor atento e aos participantes. EFA Básico 2008/2009 2 ao Ambiente O meio ambiente é um conjunto de forças e condições que cercam e influenciam os seres vivos e as coisas em geral. Os constituintes do meio ambiente compreendem factores abióticos, tais como o clima, a iluminação, a pressão, o teor de oxigénio, e bióticos, tais como as condições de alimentação, o modo de vida em sociedade e para o homem, a educação, a companhia, a saúde e outros. Os seres vivos sempre foram influenciados por factores ambientais - chuva, geada, neve, entre outros – e por isso é tão importante preservá-los da melhor forma possível. Como estamos a destruir o ambiente? Nos últimos 50 anos assistimos a um aumento da produção mundial de cereais que conduziu ao aumento das explorações agrícolas, bem como ao incremento da produção industrial que nos "beneficiou" com mais de 500 milhões de automóveis e com comodidades como electrodomésticos, computadores, telemóveis, microondas, entre outros. Entretanto, em paralelo às vantagens daí retiradas, o planeta perdeu 20% de terras férteis, de florestas tropicais e sua biodiversidade. O nível de CO2 aumentou em 13% e 3% da camada de Ozono foi destruída. Foram ainda despejadas toneladas de materiais radioactivos nos solos e na atmosfera. Os desertos tornaram-se mais vastos. Os rios e lagos, simplesmente, desapareceram devido à chuva ácida e aos esgotos domésticos e industriais. Por estas razões, o tão apelidado de “maravilhoso progresso” deveria fazer-nos reflectir sobre as implicações que tal busca implica para o meio-ambiente; destroem-se irremediavelmente os recursos naturais e hipoteca-se o futuro das apelidadas futuras gerações que nos chamarão, com toda a certeza, a prestar contas… Vale sempre a pena lembrarmo-nos do que nos foi ensinado na escola. Temos todos que fazer a nossa parte e não deitar lixo fora da lixeira. Não devemos deitar cigarros para as bermas das estradas a fim de evitar incêndios. Gastar pouca água quando tomar banho, escovar os dentes e a lavar o carro. Sempre que possível andar a pé ou de bicicleta para diminuir a emissão de gás carbónico. Também devemos consciencializar aqueles que estão ao nosso redor, para que todos tomem esse tipo de atitudes. Exigir que as autoridades fiscalizem melhor as indústrias e fábricas também é um direito nosso. Conforme a situação do nosso ambiente piora, esse direito torna-se um dever. Podemos também “obrigar” os nossos governantes a investir na preservação da natureza, como o turismo ecológico. Investindo em turismo ecológico, preservamos a natureza e ainda ganhamos dinheiro! Podemos aproveitar a biodiversidade portuguesa para fazer pesquisas e criar patentes de novos remédios. No entanto, para isso o meio ambiente tem que ser preservado. 3 A União Europeia e o Ambiente As alterações climáticas constituem um dos maiores desafios com que a humanidade terá de se defrontar nos próximos anos. Os aumentos das temperaturas, a fusão dos glaciares, a multiplicação de episódios de seca e de inundações são outros tantos sinais de que o processo está em curso. O risco é enorme para o planeta e para as gerações futuras e obriga-nos a agir com urgência. A União Europeia há vários anos que participa neste combate, a nível interno e na área internacional, tendo feito dele uma das suas prioridades, reflectida na política climática que tem vindo a seguir. Quando é que a UE começou a preocupar-se com a protecção do ambiente? Apesar dos primeiros sinais de problemas ambientais terem surgido no fim dos anos 60 do século XX, o reconhecimento dos problemas ambientais por parte da UE, enquanto questão política a nível europeu chegou relativamente tarde. Os primeiros compromissos de alto nível no domínio ambiental foram adoptados a nível internacional, em 1972, na Cimeira da Terra das Nações Unidas. Quase simultaneamente, tomavam as suas primeiras iniciativas. Com efeito, estas tiveram início em 1972 com o primeiro Programa de Acção em Matéria de Ambiente, que actualmente vai na sua sexta edição que vigora entre 2002-2012. O que fez a UE em relação ao nosso ambiente? Nas últimas três décadas, foram postos em prática mais de 200 pacotes legislativos com vista a melhorar a maneira como lidamos com a protecção da natureza, a qualidade do ar e da água, e a eliminação de resíduos e de outros detritos. Durante os anos 80 do século passado, estes esforços foram alargados de forma a incluir a regulamentação do consumo de recursos naturais. O ano de 1987 é muitas vezes encarado como um ponto de viragem na política ambiental europeia devido à inclusão de um capítulo sobre protecção ambiental no Acto Único Europeu. Em 1993, o Tratado sobre a União Europeia (Tratado de Maastricht) conferiu a estas iniciativas o estatuto de política comum. Por fim, em 16 de Fevereiro de 2005 entrou em vigor o protocolo de Quioto, consiste num tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causas antropogénicas do aquecimento global. A redução dessas emissões deverá acontecer em várias actividades económicas. O que procura a política ambiental europeia? A política ambiental europeia procura enfrentar não apenas os riscos específicos para o ambiente, como também fazer avançar soluções de longo prazo em ligação com a protecção do ambiente natural e com o desenvolvimento económico. Como são perspectivadas estas soluções? Tais soluções são perspectivadas através da noção de "desenvolvimento sustentável", entendido como um desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades. Sabia que: para fabricar 1 tonelada de papel novo é preciso 10 a 20 árvores, 10 000 litros de água e 5 Mw/hora de energia, enquanto para 1 tonelada de papel reciclado apenas é preciso 1,2 toneladas de papel velho, 2000 litros de 4 água e 2,5 Mw/hora de energia? “Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here.” Estratégia europeia relativa às alterações climáticas Uma estratégia de combate às alterações climáticas constitui um desafio a vários níveis: por um lado a necessidade de existir vontade política a nível internacional e, por outro lado, fazer face ao fenómeno das alterações climáticas. Para além disso, tal estratégia requer a alteração dos modos de produção e de utilização dos recursos energéticos bem como a própria adaptação dos países aos efeitos inevitáveis das alterações climáticas. Deste modo, a UE apresenta uma estratégia que incide sobre: Um maior combate às alterações climáticas em todos os países poluidores; Mais investigação e inovação que incluam a aplicação das tecnologias existentes e o desenvolvimento de novas tecnologias para aprofundar o conhecimento sobre a temática e para desenvolver estratégias que visem a atenuação do fenómeno, mediante uma eficaz análise de custos e benefícios; Os esforços de adaptação às alterações climáticas, ao nível preventivo e correctivo; A aplicação das políticas acordadas para o alcance da meta de 8% de redução das emissões de gases responsáveis pelo efeito de estufa em relação ao nível de 1990, prevista no Protocolo de Quioto; Uma maior sensibilização dos cidadãos para a alteração de comportamentos; Uma maior cooperação entre os países, e de modo particular com os países em desenvolvimento, tanto a nível científico como a nível da transferência de tecnologias mais “limpas”. 5 Sabia que… O Protocolo de Quioto O Protocolo de Quioto (2005) foi discutido e negociado em 1997 em Quioto (Japão), tendo entrado em vigor a 16 de Fevereiro de 2005. Para produzir 1 kg de plástico são necessários 2 kg de petróleo? O objectivo é a redução das emissões de gases com efeito de estufa em 5,2 %, relativamente aos níveis de 1990, no período entre 2008 e 2012. Para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008. Este Protocolo constitui um instrumento de luta contra o aquecimento global ao impor metas precisas aos países para a redução de poluentes. O Protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas acções básicas: Por cada tonelada de Reformar os sectores de energia e transportes; Promover o uso de fontes energéticas renováveis; Limitar as emissões de metano na produção de resíduos e dos sistemas energéticos; Proteger florestas e outros sumidouros de carbono. papel reciclada evita-se o abate de 15 a 20 árvores? Protocolo de Quioto O seu sucesso ficou comprometido pois os EUA – o maior poluidor – não ractificou o Protocolo. A poluição atmosférica mata 4 mil portugueses por ano? Legenda: Verde: Países que ratificaram o protocolo. Amarelo: Países que ratificaram, mas ainda não cumpriram o protocolo. Vermelho: Países que não ratificaram o protocolo. Cinzento: Países que não assumiram nenhuma posição no protocolo. 6 1º Programa Europeu para as Alterações Climáticas Em 2000, foi lançado pela Comissão Europeia o Programa Europeu para as Alterações Climáticas (ECCP) com a finalidade de identificar as políticas e medidas mais eficazes para a redução das emissões de gases de efeito de estufa, consoante uma análise de custos e benefícios. O programa serviu de base para as medidas que os Estados-Membros viessem a tomar a nível interno. O 1º ECCP (2000-2004) contempla as emissões de gases de vários domínios, tais como: a gestão da procura energética, a agricultura, os transportes, e está de acordo com o 6º programa de Acção para o Ambiente da União Europeia (20022012), que coloca as alterações climáticas como um assunto prioritário, e também com a estratégia de desenvolvimento Sustentável da UE. O ECCP resulta do contributo de várias entidades da sociedade civil, tais como: peritos nacionais e ONG’s (Organizações Não Governamentais), permitindo consensos alargados e facilitando a implementação das medidas adoptadas. 2º Programa Europeu para as Alterações Climáticas A UE acredita que será necessária uma acção global reforçada para combater as alterações climáticas após 2012, quando supostamente forem alcançadas as metas de Quioto, o que implica que se comece rapidamente uma ronda de novas negociações internacionais. Assumindo a clara necessidade da tomada de medidas mais profundas para vencer o combate às alterações climáticas, a comissão lançou, em 2005, o 2º ECCP, um documento em sinergia com a Estratégia de Lisboa, nomeadamente nas áreas de eficiência energética, de energia renovável, de transporte e de captação e retenção do carbono. ALGUMAS MEDIDAS PARA A REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA: Quando comprar lâmpadas novas escolha sempre as de Resultados A UE tem alcançado resultados muito positivos no combate às alterações climáticas. As emissões de gases poluentes têm diminuído graças ao impacto das medidas oriunda do ECCP, bem como às acções nacionais dos Estados-Membros e à reestruturação da indústria europeia, particularmente na Europa Central e do Leste. Dados de 2003 mostram que as emissões de gases poluentes dos Estados-membros (UE-25) apresentavam uma redução de 8%, comparando com os níveis de 1990. As últimas projecções apontam para que no ano 2010, com a implementação de medidas adicionais que estão actualmente a ser pensadas, haja uma redução de 6,8%. classe A, também conhecidas lâmpadas economizadoras, de alta eficiência ou florescentes. Desligue sempre a luz quando sai de uma divisão. No local de trabalho desligue as luzes dos gabinetes/salas de reuniões quando estiverem desocupadas. Empresas portuguesas que detêm o Rótulo Ecológico São já dez as empresas portuguesas certificadas com o Rótulo Ecológico Europeu, símbolo atribuído às marcas que promovem produtos e serviços que contribuem para reduzir os impactos ambientais negativos (por comparação com outros artigos do mesmo grupo). Se gosta de comprar bens e serviços amigos do ambiente, tome nota das empresas nacionais distinguidas: Tintas Robialac, Hempel Portugal, Natura Pura Ibérica, a Refúgio Atlântico, Turiviana, Lasa, F.Lima, Tintas Dyrup, Renova e COELIMA. Tire partido da luz solar durante o dia nas divisões com janelas e evite acender a luz, reduzindo a necessidade de luz artificial. Desligue os aparelhos de ar condicionado quando o ambiente estiver quente/frio ou 7 desocupado. Alterações Climáticas: Uma Prioridade da UE As alterações climáticas são uma realidade. É um dado consensual no mundo científico e as causas destas alterações são as emissões de gases com efeito de estufa resultantes das actividades humanas, entre elas a queima de combustíveis fósseis nas centrais de energia, os transportes rodoviários e aéreos, a deposição em aterros e os processos de produção industrial. Segundo o Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (IPCC), o incremento constante destas emissões será responsável pelo aumento das temperaturas na ordem dos 1,4ºC a 5,8ºC, até 2100, relativamente às temperaturas de 1990. O papel da UE no combate às alterações climáticas A União Europeia assume o combate às alterações climáticas como uma das suas prioridades e tem tido, neste domínio, um papel de vanguarda a nível internacional, participando activamente nas negociações e dando o exemplo mediante eficientes políticas dentro da União. Assim, a União Europeia, sob o ímpeto do controlo dos gases com efeito de estufa, propõe-se adoptar medidas que visem: O consumo mais eficiente de energias menos poluentes; Transportes mais limpos e sustentáveis; A responsabilização das empresas, sem prejudicar a sua competitividade; A criação de um quadro legislativo favorável à investigação e à inovação … em relação à poluição atmosférica? Para além da luta contra os gases com efeito de estufa, responsáveis pelas alterações climáticas, a legislação ambiental tem também o grande objectivo de melhorar a qualidade do ar, cuja poluição é responsável, nomeadamente, por doenças que afectam o Homem e por ameaças ambientais como a acidificação ou a eutrofização. A política europeia neste domínio incide nos diferentes tipos de poluentes e nas fontes de poluentes. Acresce que a Comissão propôs em 2005 uma estratégia temática a fim de, até 2020, reduzir em 40%, em relação aos valores de 2000, o número de mortes relacionadas com a poluição atmosférica. Sabia que para fabricar 1 tonelada de papel novo é preciso 10 a 20 árvores, 10 000 litros de água e 5 Mw/hora de energia, enquanto para 1 tonelada de papel reciclado apenas é preciso 1,2 toneladas de papel velho, 2000 litros de 8 água e 2,5 Mw/hora de energia? “Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here.” … em relação à protecção da natureza e biodiversidade? O aumento da urbanização e das infra-estruturas; A exploração excessiva dos recursos naturais; A poluição de todos os tipos e a introdução de espécies exóticas nos ecossistemas causam danos enormes em termos de biodiversidade. Assim, em todo o continente europeu estão ameaçados: 42% dos mamíferos, 15% das aves e 52% dos peixes de água doce. Verifica-se ainda que cerca de 1000 espécies vegetais estão gravemente ameaçadas ou em vias de desaparecimento. A fim de proteger a biodiversidade e lutar contra a extinção das espécies animais e vegetais, a União Europeia criou nomeadamente uma vasta rede de zonas protegidas. A rede "Natura 2000" faz da protecção da biodiversidade um dos grandes objectivos do seu Sexto Programa de Acção em matéria de Ambiente. … em relação aos produtos químicos? A acção empreendida pela Comunidade Europeia no domínio dos produtos químicos inscreve-se num processo contínuo iniciado há longos anos, datando de 1967 a primeira directiva relativa à classificação, embalagem e rotulagem das substâncias perigosas. A regulamentação REACH (registo, avaliação e autorização de produtos químicos), adoptada no final de 2006, fixa um quadro reforçado que pretende garantir a livre circulação de produtos químicos e a protecção da saúde humana e do ambiente. 9 Sabia que… … em relação à protecção civil? para se decompor na natureza, o vidro leva milhares de anos? Sendo 100% reciclável, o vidro não produz resíduos na hora da reciclagem e economiza 30% de energia eléctrica. O vidro nunca acaba, pode ser reciclado indefinidamente. As sociedades modernas estão cada vez mais expostas a riscos de toda a espécie, tanto naturais como tecnológicos, que têm importantes implicações ambientais. A fim de contribuir para a redução desses riscos e de preparar a gestão das situações de urgência que daí decorrem, a União Europeia criou um mecanismo de cooperação para as intervenções de emergência e dotou-se de programa para o financiamento de acções em prol da protecção civil. Medidas e instrumentos para a redução das emissões por cada tonelada de vidro reciclado, poupase em média, mais de uma tonelada de recursos (603 Kg de areia, 196 Kg de carbonato de sódio, 196 Kg de calcário e 68 Kg de feldspato)? Além disso, por cada tonelada de vidro novo produzido, são gerados 12,6 Kg de poluição atmosférica, pelo que, o vidro reciclado reduz em 15 a 20% essa poluição. As medidas da UE sobre a redução das emissões de gases com efeito de estufa visam particularmente os sectores da energia e dos transportes. Relativamente ao primeiro, o acervo comunitário debruça-se sobre a eficiência energética e o desenvolvimento de energias renováveis. energática Em relação aos transportes, que actualmente representam mais de 20% das emissões de gases com efeito de estufa, a União visa a redução das emissões poluentes dos veículos e do consumo dos automóveis particulares e da promoção de veículos “ecológicos”. Foram criados dois instrumentos específicos com vista à redução das emissões de gases com efeito de estufa: O mecanismo de vigilância das emissões, segundo o qual os Estados-Membros fazem uma comunicação anual da sua situação e das medidas previstas em matéria de gases poluentes; O regime de comércio de licenças de emissões de gases com efeito de estufa, que fixa cotas nacionais e cria um mercado de direitos de emissão. Fiat lança carro Eléctrico Neste âmbito a marca italiana Fiat criou um inédito 500 eléctrico cumprindo assim a sua entrada na gama de veículos ecológicos. Este veículo eléctrico denominado de e500 não emite qualquer grama de emissões poluentes. 10 Danos recorrentes das alterações climáticas As alterações climáticas têm várias consequências, entre outras: O acelerado degelo e o consequente aumento do nível do mar que levará a inundações das áreas costeiras; A redução dos recursos de água potável devido à salinização das áreas costeiras; Os danos para a saúde (propagação mais fácil de doenças tropicais derivado ao aumento do calor e da humidade e ameaça à produção de alimentos em certas partes do globo); A alteração dos ecossistemas (dificuldade de adaptação de certas espécies de plantas e animais); Vários prejuízos para as economias baseadas na agricultura ou no turismo; O aumento dos riscos de incêndio e de condições climáticas extremas (Invernos muito rigorosos, com mais tempestades e inundações, nos países do Norte, e períodos de seca com incêndios florestais nos países do Sul); O aumento dos custos em matéria de seguros, entre outros. 11 EM 2009 SEJA O Caso de Portugal AMBIENTALMENTE MAIS RESPONSÁVEL… E Portugal tem vindo a cumprir o protocolo de Quioto? Não! Portugal vai ter de pagar entre 1,5 a 2 mil milhões de euros por não conseguir cumprir o Protocolo de Quioto. O montante deverá ser usado na compra de quotas a países que conseguiram reduzir as suas emissões poluentes, já que Portugal não vai conseguir cumprir a Directiva Europeia que estabelece que cada país não deve ultrapassar em mais de 2% as emissões de gases entre 2008 e 2012. A referência é o ano de 1990. A Quercus diz que em Portugal a situação se deve à incapacidade para alterar a economia, que deveria ser menos dependente dos combustíveis fósseis. A Situação Portuguesa No âmbito da Presidência Portuguesa do Concelho da UE, no segundo semestre de 2007, o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional definiu as alterações climáticas como uma das prioridades para a sua actuação. “Tu não tens de prever o futuro, mas sim de o permitir”. Antoine de Saint-Exupéry Reduza o consumo, comprando preferencialmente os produtos necessários e que sejam amigos do ambiente. Adquira electrodomésticos de classe A ou A+ e lâmpadas economizadoras de classe A. Evite consumos desnecessários Assim, Portugal propôs-se dar seguimento à visão integrada das questões climática e energética, resultante do Concelho da Primavera, realizado durante a Presidência Alemã, no primeiro semestre de 2007, que definiu como metas essenciais a redução de emissões de gases com efeito de estufa e a segurança energética. Neste contexto, Portugal dispôs-se a dar início à sua actividade em áreas como as energias renováveis e os bio-combustíveis, entre outras. de A primeira central mareomotriz autóctones na sua casa/jardim. água, reutilizando-a nas tarefas domésticas. Proteja a floresta e tenha plantas Denuncie às autoridades situações de atentado ou perigo ambiental (Linha SOS Ambiente e Ordenamento do Território-808 200 520). Portugal parece empenhado no que diz respeito a energias alternativas. No início do ano de 2005, Portugal instalou o primeiro Pelamis e estima-se que até ao final do ano de 2006 tenha já instalados três Pelamis - o Pelamis é um sistema que consiste na conversão da energia das ondas, sendo uma das mais avançadas tecnologias de aproveitamento desta energia. Tendo uma capacidade de gerar 2,25 MW de electricidade para a rede, o que corresponde a gastos de 1500 habitações em Portugal, o que equivale a emitir menos de 6 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO2). Curiosamente, a tecnologia das ondas não é das mais referidas quando se fala em energias renováveis, mas Portugal é um dos países do mundo com maior potencial para o aproveitamento deste recurso. 12 “Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here.” “Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here.” A Alemanha: um exemplo a seguir A Alemanha é internacionalmente reconhecida como um aluno exemplar em matéria de fomento de energias renováveis. Não é por acaso que, há mais de vinte anos, este foi o primeiro país onde representantes de um partido ecológico foram eleitos para o Parlamento Nacional quando a ideia de um grupo político seriamente preocupado com a defesa do ambiente fazia sorrir meia Europa. No que toca as renováveis, o vento assume lugar de destaque: a Alemanha produz um terço da energia eólica do mundo. O país é igualmente o segundo maior produtor de energia solar, a seguir do Japão. Porém, levantam-se críticas sérias à política de fomento do Estado para energias renováveis, seja eólica, solar, geotérmica ou de bio-massas. Segundo os analistas, as indústrias à partida dependentes de subsídios, não podem sobreviver. O Ministério do Ambiente, sob a tutela do Verde, Jürgen Trittin, reage apontando os 120.000 novos postos de trabalho criados nos últimos anos neste sector, e promete mais 400.000 até 2020. A indústria de energias alternativas factura, anualmente, dez mil milhões de euros, valor que deverá quadruplicar dentro de 15 anos. O Governo pretende que as regeneráveis representem 20% do total do consumo nacional de energia até 2020 realçando ainda a importância crescente da exportação das novas tecnologias deste ramo. Subsídios do governo da Alemanha em 2006 para fontes 'renováveis' (Fonte: Der Spiegel) 13 Hidrogénio – Vector Energético do Futuro? “The quick Sabia que…brown fox jumps over the lazy dog. The quick brown fox jumps over the lazy Cada português gasta dog. The quick em média cercabrown de 150 fox jumps overpor the dia? lazy litros de água dog.” O Hidrogénio é hoje utilizado fundamentalmente nas indústrias petroquímica, electrónica, alimentar e metalúrgica. No entanto, com o fim dos combustíveis fósseis à vista, o aumento populacional e crescimento económico mundial, é cada vez maior o interesse na sua utilização como vector energético, num cenário de energia limpa e sustentável. Neste contexto, o Hidrogénio será relevante em todos os sectores energéticos, desde a indústria, aos transportes os end-uses portáteis ou o sector dos edifícios. As vantagens e desvantagens do hidrogénio relativamente aos combustíveis fósseis, a sua viabilidade como vector energético dominante no futuro, o state of the art nacional e internacional das tecnologias associadas ao hidrogénio e à sua implementação, dependem de uma escala temporal de implementação de uma economia do hidrogénio que está dependente de estratégias políticas já delineadas por governos ou agências internacionais. “The quick Uma lata de brown alumínio fox jumps overnathe natureza deixada lazy dog. The pode levar quickcerca brownde fox jumps over 100 anosthe lazya dog. The quick brown desaparecer? fox jumps over the lazy dog.” O frigorífico é o electrodoméstico que “The quick brown fox consome mais jumps over the lazy electricidade nas dog. The quick brown nossas casas, fox jumps over the lazy representando 22% do dog. The quick brown consume energético fox jumps over the lazy total? dog.” Carro movido a hidrogénio Era do Hidrogénio (H2)A – o caso da Honda A procura de energias alternativas tem sido um dos maiores desafios da indústria automóvel. Desde sempre, o esforço da Honda nesta área tem sido uma prioridade estratégica; Honda EV (eléctrico), Honda Insight (hibrído), Honda Dream (solar), Honda Civic GX (gás natural) além dos motores a gasolina de baixas emissões, como por exemplo o Accord ULEV – Ultra Low Emissions Vehicle. O presidente da Honda, Hiroyuki Yoshino, declarou que "Em 1972, a Honda foi o primeiro fabricante de automóveis a passar a inspecção da EPA que regula as normas das emissões nos E.U.A. estabelecidas na Lei de Muskie (a mais exigente do mundo naquela altura), o que abriu as portas a uma nova era de emissões reduzidas. Agora, com a aprovação do nosso veículo a célula de combustível, abrimos mais uma porta rumo à era do hidrogénio." Devido ao estado das infra-estruturas de fornecimento de hidrogénio, as regiões de comercialização deste novo modelo seriam inicialmente limitadas à área metropolitana de Tóquio, no Japão, e ao Estado da Califórnia, nos E.U.A. Pretende-se que os veículos estejam à disposição dos clientes em forma de leasing, com taxas e condições a determinar. 14 Barak Obama Reverte Decisões de Bush na Área Ambiental Fonte: http://readwritenow.files.wordpress.com O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Barak Obama, vai implementar uma reforma ambiental dirigida às energias renováveis e às alterações climáticas. Obama adopta uma linha radical para tentar reverter as políticas climáticas abraçadas pelo ex-presidente Bush. Obama, logo após a vitória, deu sinais de manter fidelidade ao compromisso de levar os EUA a chegar a um acordo mundial para limitar as emissões de gases com efeito de estufa, uma vez que a primeira fase do Protocolo de Quioto termina no final de 2012. As medidas de Obama passam por elevados padrões de eficiência energética concedendo mesmo aos Estados Americanos a autoridade para limitar as emissões de gases com efeito de estufa, como na indústria automóvel. O presidente irá conceder à Agência de Protecção Ambiental (EPA) poder para impor os limites necessários, dando seguimento a um projecto que havia sido negado na presidência de Bush. Outra medida será acelerar a construção de veículos mais ecológicos, obrigando os fabricantes a produzir automóveis que poluam menos o ambiente, como havia prometido o novo presidente na campanha eleitoral, uma iniciativa em linha com a política actual da Casa Branca, que dá prioridade ao emprego, à independência energética e ao combate às alterações climáticas. Fonte oficial da Casa Branca adiantou também que Barak Obama vai instruir o Departamento de Transportes para avançar com a definição das normas de eficiência energética de transportes marítimos para 2011. O presidente do Concelho da Defesa dos Recursos Naturais, Frances Beinecke, considera que «estas acções são uma demonstração clara de que o presidente Obama reconhece a urgência de avançar a América para as energias renováveis e combater a crise climática, em 2009». Fonte: CONFAGRI 15 $ 000,000 Portugal é dos Melhores em Certificação $ 000,000 $ 000,000 2003 2004 2005 Type Caption Here 2003 2004 16 $ 000,000 Martin Elsberger explicou que «o consumo médio de energia nos edifícios a nível europeu é de 40 por cento do total de energia consumida e sabemos que poderemos poupar entre 12 a 13 por cento desse total», concluindo «o facto de estarem à frente na certificação energética dos edifícios poderá significar que a maior parte do objectivo português pode ser atingida nesse sector». $ 000,000 O representante defendeu que «em primeiro lugar» é preciso «estimular a indústria de construção de novos edifícios, mas também o mercado de renovação dos edifício», cuja certificação em Portugal «permitirá atingir o objectivo fixado pelo Governo de reduzir o consumo de energia em 15% até 2015», considerando ser «um objectivo exigente mas alcançável quando se reage desde o início e de forma adequada num dos sectores que mais consome - o dos edifícios». $ 000,000 O responsável sublinhou a importância da certificação energética dos edifícios como instrumento fundamental da política europeia de combate às alterações climáticas através do aumento da eficiência energética, mas destacou também a importância dos mesmos para impulsionar a indústria da construção numa altura de crise económica global. 2005 Type Caption Here A qualidade dos certificados de performance energética e o nível de exigência nos requisitos para os especialistas de certificação, para além da formação específica que recebem, foram alguns dos pontos destacados pelo responsável europeu. Martin Elsberger recomendou que Portugal «continue a trabalhar da forma que está a trabalhar» neste processo, salientando que deve manter «este esquema porque alguns Estados-membros escolheram uma forma menos eficaz e talvez de menor controlo dos mecanismos de certificação, o que irá, quase de certeza, ter efeitos negativos para esses países», disse. $ 000,000 «O que vimos em Portugal é que as autoridades encontraram uma solução para implementar a Directiva de forma eficiente e pragmática», afirmou à Lusa, acrescentando que do que viu até «Portugal escolheu uma forma bastante eficaz de implementar a Directiva, com uma boa focagem nos pontos cruciais deste ponto da legislação». $ 000,000 Portugal faz parte do «Top 5», junto com a Dinamarca, Holanda, Alemanha e Irlanda, dos países com os melhores processos de certificação energética a nível europeu, afirmou o Elsbergerl, que se reuniu em Lisboa com a ADENE - Agência para a Energia, para discutir o processo de implementação do Sistema de Certificação Energética em Portugal. $ 000,000 Portugal é um dos cinco países da União Europeia com o melhor processo de certificação energética dos edifícios, afirmou Martin Elsberger - em 30/01/09 à Lusa - responsável na Comissão Europeia pelos trabalhos de implementação da Directiva a nível europeu. 2003 2004 2005 Sabia que é preciso cortar uma árvore de 15 a 20 anos de idade para produzir apenas 700 sacos de papel? “Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type O euro: a moeda comum de mais de 320 milhões de pessoas. Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here. Type Quote Here.” Zona Euro A Zona Euro refere-se a uma união monetária dentro da União Europeia, na qual alguns Estados-Membros adoptaram oficialmente o euro como moeda comum. A área monetária é constituída por 16 membros dentro da União Europeia e mais 9 for a dela. 1 2 A entidade máxima que regula toda a política monetária, como as taxas de juro ou a euribor , é o Banco Central Euro- peu, sediado em Frankfurt, na Alemanha. A Zona Euro é a segunda maior economia do mundo, segundo a CIA3. O e ur o ( € ) é a m o e d a of ic ia l d e 16 d o s 2 7 p a í s es d a U n iã o E ur o p e ia . F o i int r od u z id a e m 19 9 9 p ar a t r an s ac ç õ e s f in a nc e ir a s e e m 2 0 0 2 , q ua n d o a s mo e da s e a s n o t as e nt r a r a m c ir c u la çã o, p a r a t o d o o t ip o d e pa g a me n t o s. O Reino Unido (Libra Estrelinha) e a Suíça (Franco Suíço) são dois dos países da União Europeia que não aderiram ao euro. Para converter de euros para outra moeda multiplica-se pela taxa de conversão. Ex: Conversão de 25 euros em Libras Esterlinas: 1€ = 0,92650 Libras Esterlinas 25x0,92650 = 23,1625 Para converter de uma qualquer moeda para euros divide-se pela taxa de conversão. Ex. Conversão de 300 Francos Suíços para euros: 1€ = 1,5327 Francos Suíços 300:1,5327 = 195,7330202 =195,73€ Taxas de Conversão em vigor em Março/2009 Ende. Electr. para fazer a conversão: http://www.xe.com/ucc/po/ 1 T ax a de jur o é o c h a ma do c us to d o di n h ei ro , o qu e é co br a do par a e mpr es ta- lo , b as ic a m en t e. 2 A Eur i b or é a tax a d e j ur o i nt erb a nc ári a ap li c a d a a os de p ós i tos e m e ur os . Nes se se nti d o , d es i gn a a tax a à q u a l o s b a nc o s comerciais emprestam dinheiro entre si. 3 Ce ntra l I nte lli g en ce Ag e n c y ( CI A) , e m p ortu gu ê s Ag e nc ia Ce n tr a l d e In te li g ê nc ia ( s e rv iç o d e in form a çõ e s) do s Es ta d os Uni d os da América. 17 A Realidade da Economia Mundial “The quick brown fox A economia da Europa é das maiores do mundo e muitos dos seus Estados jumps over the lazy pertencem ao primeiro mundo. dog. The quick brown A Alemanha é economicamente das nações mais poderosas da Europa, seguida por jumps França,over Reino fox theUnido, lazy Itália e Espanha, ainda que o país mais rico, em renda per capita, seja a República da Irlanda. dog. The quick brown Existe uma grande disparidade na riqueza económica dos diferentes países fox jumps Assim, over the lazy nas cinco principais economias o PIB supera os 20 mil europeus. enquanto euros dog.”por pessoa, na Moldávia mal ultrapassa os dois mil. A nova realidade da economia mundial, que se consolidou na última década, está marcada principalmente pelo vertiginoso crescimento da China e a materialização da unidade económica de boa parte de Europa. “The quick brown fox A Economia Europeia jumps over the lazy A indústria transformadora ocupa um lugar particularmente importante na União dog. The quick brown Europeia (UE). Emprega mais de 34 milhões de pessoas e representa cerca de um jumps quinto over da produção fox the lazye três quartos das exportações europeias. Apresenta-se essencialmente sob a forma de pequenas e médias empresas (PME) que dog. The quick brown representam 99% das empresas e 58% do emprego na indústria transformadora. Indissociável da indústria dos serviços, essa indústria participa activamente no fox jumps over the lazy europeu e na criação de emprego. Para ela são crescimento económico canalizadas mais de 80% das despesas de investigação e desenvolvimento do dog.” sector privado, tornando-a assim um elemento-chave da nova economia do conhecimento. As Principais Indústrias da Europa “The quick brown fox A indústria automóvel tem na Europa a sua maior produção. jumps over the lazy A aviação é também uma das fortes indústrias da Europa… dog. The quick brown Também os metais são maioritariamente produzidos em países europeus tais fox jumps over the entre lazy outros. como o ferro, o aço dog. The quick brown A Europa é também uma grande produtora de produtos agrícolas, tais como, batatas, legumes e cereais. fox jumps over the lazy A indústria têxtil é de baixa produção na Europa, pois a sua maior produção é feita dog.” no sudeste asiático, mais concretamente na China, Índia e Bangladesh, onde a mão-de-obra é extremamente barata e as empresas que aí se instalem recebem benefícios fiscais. 18 As nações europeias segundo a sua renda per capita em 2008. A Indústria Europeia nos Últimos Anos Em relação às décadas anteriores, os anos 90 foram marcados por uma baixa do crescimento da produtividade na indústria transformadora da UE, em comparação com os Estados Unidos. Pelo contrário, a tendência verificada nestes últimos anos nas indústrias com elevada intensidade de capital (fibras têxteis, pasta de papel e papel, fibras sintéticas, ferro e aço, metais não ferrosos, etc.) tem sido positiva assim como nas indústrias com elevada base tecnológica (indústria farmacêutica, produtos químicos, máquinas de escritório e computadores, equipamentos electrónicos, televisores e emissores de rádio, equipamento médico, etc.). Em contrapartida, comparando os valores da UE com os dos Estados Unidos, constata-se que as indústrias de tecnologia representam 35% do valor acrescentado da indústria transformadora nesse país, em comparação com 24% na UE. Estes dados são sintomáticos da posição relativamente débil das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em relação às outras indústrias na UE. 19 Capital Humano Uma força de trabalho bem formada desempenha um papel fundamental no crescimento da economia e da produtividade. A sua qualidade é baseada na educação, na formação e na aprendizagem ao longo da vida. Nestes últimos anos constataram-se, todavia, os escassos conhecimentos da população trabalhadora em matéria de TIC, o que certamente impediu a rápida divulgação destas tecnologias nos EstadosMembros.Simultaneamente, a procura de competências tradicionais diminuiu nos últimos anos. Cada vez há mais postos de trabalho que requerem um capital humano moderno e de elevada qualidade, o que se explica pela modificação do conteúdo dos próprios postos de trabalho. Mas o aumento da procura de trabalho mais qualificado é mais rápido do que a melhoria do nível de estudos das pessoas que acedem ao mercado de trabalho. Deste modo, uma política coerente, que englobe a melhoria da educação, da ciência, da formação, da mobilidade etc., será crucial para garantir uma resposta duradoura à crescente procura de competências. Será a Indústria da UE Competitiva? A competitividade da indústria transformadora é uma pedra angular da estratégia de desenvolvimento sustentável da UE. A sustentabilidade possui três pilares - económico, social e ambiental. Os progressos necessários à prossecução do objectivo da competitividade implicam que a União avance de uma forma equilibrada, tendo em atenção cada um dos pilares. Negligenciar um dos pilares implicaria, seguramente, falhar o objectivo geral. Assim, a competitividade é um ingrediente necessário para o êxito da estratégia de sustentabilidade. Três factores fundamentais da competitividade industrial merecem uma atenção particular: conhecimento, inovação e espírito empresarial. 20 Sumário As alterações na localização da indústria deram origem as novas regiões industriais. Existem na Europa Grandes regiões industriais. A indústria europeia é muito diversificada. Os produtos europeus são conhecidos no mundo inteiro. 21 O que terá de ser feito? A Europa terá de ocupar uma posição dianteira, no que diz respeito ao conhecimento. A necessidade de mais e melhores iniciativas nos domínios do ensino, da formação profissional e da investigação a fim de colocar esse conhecimento ao dispor da indústria, foi repetidamente assinalada. As novas tecnologias, incluindo as TIC, a biotecnologia e a nano tecnologia devem ser desenvolvidas, bem como as competências e o saber fazer necessários à sua utilização. O estado actual da competitividade industrial O crescimento da produtividade europeia regista actualmente um abrandamento que se traduz numa perda de competitividade e constitui um sério motivo de preocupação, dados os riscos que comporta para o desempenho industrial europeu e para a capacidade da indústria europeia de lidar com o ajustamento estrutural. Para conseguir competir num mercado mundial cada vez mais aberto à concorrência, a União Europeia deve obrigatoriamente tornar-se mais eficaz. Deve, sobretudo, incentivar os investimentos em investigação, inovação, TIC, reorganização do trabalho e educação elementos fundamentais para o processo de transição. e Sumário Orçamento da UE desde os seus inícios Um orçamento para realizar objectivos políticos O orçamento da UE é muito mal compreendido. É simultaneamente grande em termos absolutos (mais de 100 000 milhões de euros por ano) e pequeno em percentagem das despesas públicas totais da UE (menos de 2½%). Tem sido fonte de crises políticas periódicas e, no entanto, constituiu igualmente um vector de estabilidade para o desenvolvimento da UE, moldado por quadros financeiros sucessivos desde os anos 80. Durante este período, o orçamento aumentou em termos reais, mas o seu volume em relação ao RNB diminuiu, apesar do alargamento da União e de esta ter assumido novas responsabilidades políticas. 22 A Revolução Industrial começou no século XVIII no Reino Unido. As primeiras Indústrias a desenvolver-se foram a têxtil e a siderúrgica. As indústrias localizavam-se próximo das minas de carvão e do minério de ferro, surgindo as primeiras regiões industriais As actuais regiões industriais As actuais regiões industriais europeias são o resultado de um longo processo que se iniciou no século XVIII e foi sofrendo grandes evoluções até à actualidade. O esgotamento de muitas minas de carvão e a sua substituição pelas novas energias (electricidade, petróleo e gás natural), a que se associou o grande desenvolvimento dos transportes, conduziram à decadência de algumas das primeiras regiões industriais e ao aparecimento de novas regiões. Existem actualmente na Europa importantes áreas urbano-industriais, integrando alguns países europeus o grupo dos países mais industrializados do mundo - G8: Alemanha, Itália, França, Reino Unido e Rússia . 23 Europa Ocidental Na Europa Ocidental, destacam-se as seguintes áreas urbano-industriais: uma vasta área conhecida como o «triângulo europeu», que compreende a Alemanha, a Holanda, a Bélgica, o Luxemburgo, o Norte e Nordeste de França e o Reino Unido. Nesta importante área industrial, encontra-se uma grande diversidade de indústrias, mas merecem realce as indústrias siderúrgicas, químicas, de material eléctrico e electrónico, automóvel, têxteis, material de informática e de telecomunicações, aparelhos de óptica e precisão; O Norte de Itália, com dois importantes pólos industriais: Milão e Turim. Aqui, encontramos, igualmente, uma grande diversidade de indústrias, com destaque para a indústria automóvel (Fiat e Alfa Romeu), para os têxteis e indústrias químicas. Europa do Leste Na Europa do Leste, existem igualmente importantes áreas urbano-industriais, destacando-se pela sua importância: Na Ucrânia, as regiões industriais de Odessa e Donetsk. Aqui, predominam as indústrias siderúrgicas, metalomecânicas (maquinaria agrícola, construção naval) e petroquímicas; Na Rússia, as regiões industriais de Moscovo, de Volgogrado e de São Petersburgo. Na região de Moscovo, destacam-se as indústrias químicas, alimentares, têxteis e automóveis, enquanto na região de Volgrado se destacam as indústrias siderúrgicas, as mecânicas, as petroquímicas e a construção naval. Em São Petersburgo, dominam a indústria siderúrgica, a construção naval, a têxtil e as alimentares; Na Polónia, as regiões industriais de Varsóvia e de Cracóvia. Nestas duas importantes regiões industriais, destacam-se a indústria siderúrgica, mecânica e têxtil. 24 A Indústria em Portugal Ao contrário do que acabaste de verificar para a maioria dos países europeus, em Portugal o desenvolvimento industrial foi bastante tardio. De facto, o nosso pais registava no inicio da década de 50 um fraco desenvolvimento industrial, ocupando o sector secundário apenas 22% da população activa. O desenvolvimento industrial processou-se apenas a partir da década 50.Surge,então,a siderurgia nacional e desenvolvem-se as indústrias químicas e metalúrgicas. Mas a industria portuguesa e essencialmente constituída por industrias de bens de consumo de pequena e media dimensão. Entre as principais produções industriais portuguesas destacam-se as alimentares e bebidas. Os têxteis, o vestuário, o calçado e o mobiliário. Em Portugal Continental, encontram-se as duas maiores regiões industriais: Lisboa e Porto. Estas duas regiões reúnem um conjunto de factores atractivos à localização da indústria: boa rede de transportes, mercado, acesso às matériasprimas e mão-de-obra abundante e diversificada. Na cintura industrial, de Lisboa, predominam as indústrias de bens de equipamento, como a siderúrgica (Seixal), a reparação naval (Setúbal), a química (Barreiro), a de pasta de papel (Setúbal), as cimenteiras (Alhandra e Setúbal) e as indústrias de bens de consumo, como a automóvel (Setúbal), a farmacêutica (Lisboa) e as alimentares (Montijo). Na cintura industrial do Porto predominam as indústrias de bens de consumo, como os têxteis, vestuário e calçado (Braga, Guimarães, Valongo), mobiliário (Paços de Ferreira e Paredes), alimentares e bebidas. As restantes regiões apresentam situações bem diferentes, verificando-se um fraco desenvolvimento industrial no interior e nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Nas regiões Centro, observa-se uma forte concentração de indústrias nos distritos de Aveiro (mobiliário, pasta de papel, automóvel) e Leiria (vidro e plásticos). A indústria localiza-se ao longo do litoral português, uma faixa que se estende de Setúbal a Braga. Este facto tem consequências muito graves s para o nosso país. Na década de 50 e 60, ocorreram importantes migrações internas, tendo-se registado, desde então, a contínua perda de população do interior e o aumento populacional do litoral. 25 Na última década, o nível de vida dos cidadãos europeus tem melhorado de forma significativa. Expressos em PPC, a fim de permitir comparações internacionais, os níveis de vida da UE situam-se entre os mais elevados do mundo. O nível de vida na UE é variável. O PIB por habitante (em PPC) regista o valor mais elevado no Luxemburgo e o mais baixo na Bulgária. A UE envida todos os esforços para reduzir as disparidades entre os seus membros ricos e pobres, reforçar a sua economia, torná-la mais competitiva e criar mais postos de trabalho para que possamos desfrutar todos de uma melhor qualidade de vida. Actualmente, o crescimento do PIB é mais rápido nos países mais pobres que aderiram à UE desde 2004 que Estados-Membros. 26 nos outros A agricultura na União Europeia Qual é a importância das zonas rurais na União Europeia? As zonas rurais (terras agrícolas e florestas) representam mais de 90% do território da União Europeia e acolhem mais de 60% da sua população (agricultores e outras pessoas que vivem nestas zonas). Quais os tipos de exploração existentes na União Europeia? A geografia e o clima da União Europeia permitem produzir uma larga variedade de produtos agrícolas em sistemas de exploração agrícola muito diversos. Os agricultores europeus cultivam um grande leque de produtos, sendo os mais importantes os cereais (trigo, cevada, aveia, centeio e milho), os oleaginosos (girassol, colza e soja), a batata, a beterraba sacarina, o azeite e um grande número de diferentes frutos e legumes. Além disso, os agricultores criam gado bovino, ovino, caprino e porcino e aves de capoeira. Espalhadas pelas zonas rurais da Europa encontram-se explorações agrícolas de dimensões variáveis, tanto intensivas como extensivas e com modos de produção convencional e biológica. Embora seja líder na exportação de produtos de qualidade e mundialmente reconhecidos, a Europa também é grande importadora de muitos tipos de produtos. A Agricultura biológica / o que é? A Agricultura Biológica é um sistema de produção holístico, que promove e melhora a saúde do ecossistema agrícola, ao fomentar a biodiversidade, os ciclos biológicos e a actividade biológica do solo. Privilegia o uso de boas práticas de gestão da exploração agrícola, em lugar do recurso a factores de produção externos, tendo em conta que os sistemas de produção devem ser adaptados às condições regionais, isto é, conseguido, sempre que possível, através do uso de métodos culturais, biológicos e mecânicos em detrimento da utilização de materiais sintéticos. Razões para consumir produtos de Agricultura Biológica Cultivados em solos equilibrados por fertilizantes naturais, os alimentos biológicos são capazes não só de melhor qualidade quanto ao teor em vitaminas, minerais, hidratos de carbono e proteínas, como também de saciar graças ao equilíbrio dos seus constituintes. Biodiversidade A diminuição da diversidade biológica é um dos principais problemas ambientais dos dias de hoje. A Agricultura Biológica perpetua a diversidade. 27 Sabor Nos solos regenerados e fertilizados organicamente, as plantas crescem saudáveis e desenvolvem, da melhor forma, o seu verdadeiro aroma, as suas autênticas cor e sabor, os quais permitem redescobrir o verdadeiro gosto dos alimentos originalmente não processados. Harmonia A Agricultura Biológica respeita o equilíbrio da Natureza e contribui para um ecossistema saudável. O equilíbrio entre a agricultura e a floresta, as rotações das culturas, etc, permitem a preservação de um espaço rural capaz de satisfazer as gerações vindouras. Garantias de Saúde Numerosos pesticidas proibidos são utilizados, em determinados países, devido à sua toxicidade, por vezes, vendidos ilegalmente e obtidos por contrabando. Os estudos toxicológicos reconhecem as relações existentes entre os pesticidas e certas patologias, como o cancro, as alergias e a asma. Prevenir a erosão do solo. Os agricultores biológicos respeitam o valor do solo ao monitorizarem atentamente o que nele aplicam, o que dele retiram e de que forma as suas actividades afectam a sua fertilidade e composição. Evitam, deste modo, a erosão do solo. Apoiar os pequenos agricultores. As ajudas aos agricultores em modo biológico só foram introduzidas em 1994, no âmbito das medidas Agro-Ambientais, ao abrigo do Regulamento CE 2078/92. Actualmente, os incentivos máximos são de 600 Euros por hectare para hortícolas e de 625 Euros/hectare para frutas frescas. Repare-se que os incentivos para a produção intensiva de milho ou de girassol podem ultrapassar os 500€/hectare. É difícil com esta política de incentivos convencer um agricultor a mudar de milho intensivo para hortícolas. 28 Agricultura Biológica Um cidadão da União Europeia ou que viveu na UE durante os últimos anos, concerteza que já esteve em contacto com algum aspecto da agricultura biológica e da sua cadeia de distribuição. A agricultura da UE é muito desenvolvida A Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia tem desenvolvido muitos esforços para que os agricultores optem, cada vez mais, pela Agricultura Biológica. A Política Agrícola Comum tende cada vez mais a ter preocupações tanto a nível da agricultura, como a nível do ambiente. O sector da agricultura biológica teve o seu maior desenvolvimento entre 1993 e 1998, com uma taxa anual de cerca de 25%. No ano de 2000, a Agricultura Biológica ocupava, na União Europeia, um total de 3% da superfície agrícola útil. A Áustria, a Finlândia e a Dinamarca são os países da Europa com maior número de agricultores dedicados à Agricultura Biológica, de acordo com os dados do Plano Nacional para Desenvolvimento da Agricultura Biológica (2004-2007) do Ministério da Agricultura. Aumentar a quota dos produtos da agricultura biológica, no mercado dos produtos alimentares, e reduzir os custos e os preços finais dos produtos da agricultura biológica, melhorando assim as condições de acesso dos consumidores a este tipo de produtos são algumas das metas estabelecidas pela tutela no âmbito do referido Plano. A Certificado da Agricultura Biológica A regulamentação da União Europeia assegura a autenticidade dos produtos da agricultura biológica independentemente do seu local de produção e garante a exactidão da sua rotulagem. Só os produtos da agricultura biológica podem ostentar a classificação «biológico», o que dá garantias aos consumidores quanto à qualidade e fiabilidade dos produtos que compram. O logótipo biológico da União Europeia pode ser utilizado pelos agricultores e produtores de alimentos biológicos no quadro de um processo de certificação voluntário. Em Dezembro de 2005, a Comissão para a Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia tem desenvolvido muitos esforços para que os agricultores optem, cada vez mais, pela Agricultura Biológica. A Política Agrícola Comum tende cada vez mais a ter preocupações tanto a nível da agricultura, como a nível do ambiente. 29 O Desenvolvimento da Agricultura Biológica na UE A Agricultura Biológica tem crescido exponencialmente ao longo dos últimos anos, sendo praticada em mais de 120 países. A área cultivada mundialmente em Agricultura Biológica é de cerca de 31 milhões de hectares. Acrescem 62 milhões de hectares de recolha de plantas silvestres, que são certificadas em Agricultura Biológica. O mercado de agricultura biológica encontra-se em franco crescimento, tendo sido estimado, em 2006, em 30,9 mil milhões de euros. A agricultura biológica em Portugal Em Portugal, a Agricultura Biológica tem tido um crescimento significativo. A região do Alentejo é a que regista um maior número de explorações agrícolas de produtos biológicos. A cultura da oliveira e as pastagens são as práticas com maior representação a nível da produção biológica. Desde 1996 o número de operadores certificados em agricultura biológica tem registado uma evolução positiva situando-se em cerca de 1600 em 2005. Refira-se ainda que Portugal ocupa a sétima posição entre os dez países com um maior aumento de área dedicada à agricultura biológica, segundo estatísticas de 2006 e 2007 de duas instituições, o Research Institute of Organic Agriculture e a Foundation Ecology & Agriculture, registando um aumento de mais de 50 000 hectares nesses períodos. Os lugares cimeiros são ocupados pelos EUA (superam os 400 000 hectares), a Argentina (com mais 300.000 hectares) e a Itália (supera os 100.000 hectares). Portugal encontra-se ainda na sexta posição entre os países com maior percentagem de terreno agrícola dedicado à agricultura biológica com uma percentagem de cerca de 7%. Destacam-se entre os lugares cimeiros o Liechtenstein (cerca de 27%), a Áustria (aproximadamente 14%) e a Suíça (com um valor de cerca de 11% do terreno agrícola dedicado à agricultura biológica). 30 Os produtos biológicos também apresentam algumas desvantagens sendo mais caros e as pessoas em Portugal tem baixo poder de compra; existem poucos locais de venda e é difícil também encontrar um restaurante só com estes produtos. Em Portugal começam a existir cada vez mais produtos biológicos à venda e apesar de serem um pouco mais caros são uma opção que devemos fazer quer em termos de saúde, quer em termos ambientais. Responsabilidades da Agricultura Biológica A Agricultura Biológica une os agricultores e os consumidores na responsabilidade de: • Produzir alimentos e fibras de forma ambiental, social e economicamente sã e sustentável; • Preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais; • Permitir aos agricultores uma melhor valorização das suas produções e uma dignificação da sua profissão, bem como a possibilidade de permanecerem nas suas comunidades; • Garantir ao consumidor o direito à escolha, na medida em que os produtos de Agricultura Biológica não são irradiados nem geneticamente modificados (OGM), nem contêm resíduos resultantes da aplicação de pesticidas. • Garantir ao consumidor, no caso dos produtos animais, que estes são produzidos respeitando princípios éticos, necessidades e comportamento natural da espécie, em regime extensivo ou semi-intensivo; são alimentados de acordo com a sua fisiologia, com produtos sãos, de preferência provenientes da própria exploração e produzidos em Agricultura Biológica (logo, os riscos de transmissão de doenças veiculadas pelos alimentos, como a BSE, são minimizados) e não recebem tratamentos de rotina com antibióticos (minimizam os problemas de resistência). Muito se ouve falar hoje em dia de alimentos biológicos. Efectivamente, hoje é necessário reforçar esta 31 ideia mas, antigamente, só estes existiam. Os animais de criação só podem receber dois tratamentos com medicamentos veterinários convencionais por ano. Quando os utilizar, o criador deve respeitar um prazo mais longo antes de abater o animal (o dobro do prazo normal). Princípios da agricultura biológica A Agricultura Biológica é um sistema de produção que promove e melhora a saúde do ecossistema agrícola, ao fomentar a biodiversidade, os ciclos biológicos e a actividade biológica do solo. Privilegia o uso de boas práticas de gestão da exploração agrícola, em lugar do recurso a factores de produção externos, tendo em conta que os sistemas de produção devem ser adaptados às condições regionais. A Agricultura Biológica, também é conhecida como “agricultura orgânica” (Brasil e países de língua inglesa), “agricultura ecológica” (Espanha, Dinamarca) ou “agricultura natural” (Japão). Baseia-se no funcionamento do ecossistema agrário e recorre a práticas – como rotações culturais, adubos verdes, consociações, luta biológica contra pragas e doenças - que fomentam o seu equilíbrio e biodiversidade; Baseia-se na interacção dinâmica entre o solo, as plantas, os animais e os humanos, considerados como uma cadeia indissociável, em que cada elo afecta os restantes Visa: • Manter e melhorar a fertilidade do solo a longo prazo, preservando os recursos naturais solo, água e ar e minimizar todas as formas de poluição que possam resultar de práticas agrícolas; • Reciclar restos de origem vegetal ou animal de forma a devolver nutrientes à terra, minimizando deste modo o uso de recursos não-renováveis; • Depender de recursos renováveis em sistemas agrícolas organizados a nível local. Assim, exclui a quase totalidade dos produtos químicos de síntese como adubos, pesticidas, reguladores de crescimento e aditivos alimentares para animais. 32 10 Motivos para consumir produtos biológicos: 1) Descobrir sabores naturais. Os produtos biológicos têm um óptimo sabor e fazem bem à saúde. 2) Melhor o valor nutritivo dos alimentos. Cultivados em solos equilibrados por fertilizantes naturais, os alimentos biológicos são capazes de melhor qualidade quanto ao teor em vitaminas, minerais, hidratos de carbono e proteínas, são capazes de saciar graças ao equilíbrio dos seus constituintes. 3) Prevenir a erosão do solo. Os agricultores biológicos respeitam o valor do solo ao monitorizarem atentamente o que nele aplicam, o que dele retiram e de que forma as suas actividades afectam a sua fertilidade e composição. Evitam, deste modo, a erosão do solos produtos 4) Proteger a qualidade da água. Os agricultores biológicos consideram a água não apenas como mais um elemento do ciclo agrícola, mas como um recurso vital que nutre a vida na terra e que deve ser protegido e melhorado, através duma gestão cuidadosa. Ou seja, os agricultores biológicos geralmente não desperdiçam água, porque sabem o quanto é vital que ela seja bem utilizada para um crescimento bem sucedido das plantas e do 5) Rejeitar alimentos com pesticidas. O nosso ambiente proporciona aos sistemas agrícolas todos os recursos de que necessitam para a produção de alimentos saborosos e de alta qualidade para consumo humano. E os agricultores biológicos retribuem o favor ao manterem, e sempre que possível enriquecerem, os níveis naturais e a qualidade destes recursos. 6) Melhorar a saúde da população. O uso de produtos biológicos melhora em muito a nossa qualidade de vida. 33 7) Apoiar os pequenos agricultores. As ajudas aos agricultores em modo biológico só foram introduzidas em 1994, Sendo os agricultores biológicos defensores das praticas agrícolas estes terão que se sentir apoiados afim de poderem produzir alimentos com qualidade e a preços acessíveis, tendo como lema a protecção ambiental. 8) Promover a biodiversidade. Quando o termo biodiversidade é usado na agricultura biológica, não significa simplesmente mais plantas e animais, mas também que mais plantas e animais nativos de uma determinada área crescem de uma forma natural. A preservação de espécies animais e vegetais em risco de extinção recebe uma ênfase particular. 9) Preservar espécies animais. A manutenção de animais saudáveis e felizes é um dos princípios chave da agricultura biológica. Isto é conseguido através da gestão cuidadosa das necessidades específicas das diferentes espécies. Alguns estudos demonstraram que a agricultura biológica produz menos emissões de carbono e pode por isso ter um papel na minimização das alterações climáticas. Deste modo, a agricultura biológica é uma agricultura sustentável, uma vez que protege o ambiente tendo em vista gerações futuras. 10) Melhorar a educação ambiental A Agricultura Biológica é uma grande escola prática de Educação Ambiental. Ela apresenta um modelo de desenvolvimento sustentável no meio rural, deveras promissor para todos os jovens a quem, um dia, caberão as tomadas de decisão da sociedade. 34 Pensar no ambiente… A agricultura biológica não liberta pesticidas sintéticos para o ambiente, que podem contribuir para a destruição da vida selvagem. Maior feira do país dedicada à Alimentação, Agricultura Biológica e Ambiente Promover os produtos biológicos e divulgar os seus benefícios, incrementando o encontro de agentes do sector, o debate e a troca de experiências, são os objectivos da Terra Sã. É o maior evento nacional consagrado à Agricultura Biológica, Alimentação e Ambiente, que este ano, pela primeira vez, tem lugar na Doca de Alcântara, em Lisboa Reunir os agentes do sector em torno de uma iniciativa que vem sendo dinamizada pela Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (AGROBIO), há quase duas décadas, com o intuito de “promover e dinamizar a saúde dos ecossistemas agrícola e urbano”, é seguramente um dos objectivos da AGROBIO. Outro dos objectivos continua a ser a aposta do certame numa oferta variada e rica. A Terra Sã continua assim a apostar na divulgação dos atributos distintivos da qualidade dos produtos biológicos e pretende centrar a mensagem na Alimentação Biológica. A par de oferecer ao público visitante Provas de Degustação variada de produtos biológicos, entre Vinhos, Sumos, Azeite, Doces e Frutas, conta ainda com a Apresentação de uma nova linha de Espumantes - os Espumantes Biológicos, e a Apresentação de uma nova e variada gama de Carne Biológica. Acolhendo, pela primeira vez em Lisboa, a participação de três Restaurantes com diversos Menus Ecológicos, a Terra Sã Lisboa 2005 abraça, uma vez mais, o desafio da qualidade e diversidade gastronómica, com base também em outros produtos biológicos, entre hortaliças, fruta, carnes, queijos, enchidos, pão, azeite, ovos, vinhos, compota, leite e ervas aromáticas. Espera-se servir cerca de 3000 refeições, com preços a partir de 4 Euros por refeição. Ao longo de uma área de cerca de 3000 m2, estiveram representados produtores, agricultores, transformadores, distribuidores, empresas de factores de produção, organismos de certificação e entidades ligadas à preservação do ambiente. A par destes expositores, associam-se ainda outras propostas: higiene, cosmética, vestuário biológico, brinquedos, produtos para o lar e artesanato ecológico, entre outros. 35 Entrevista a Maria Encarnação, produtora em modo biológico Existem cada vez mais pessoas que se preocupam com a qualidade dos alimentos que consomem e com as consequências que a produção desses alimentos acarreta para o ambiente. Maria da Encarnação pertence a este grupo de pessoas. Por esse motivo, adquiriu a Quinta dos Medronheiros, em Aiana de Cima, onde se dedica à agricultura biológica. Na sua quinta, reina o silêncio e a tranquilidade. É como um voltar às origens dos aromas e paladares. Há quanto tempo se dedica à produção em modo biológico? “Há uns 16 anos talvez. A Agrobio foi a primeira a dar-nos a certificação, há cerca de 16 anos. Mas já fazíamos produção em modo biológico há mais dois ou três.” Como surgiu a ideia de iniciar este tipo de produção? Quando temos um problema de saúde, por exemplo, começamos a ler determinadas coisas, sobre certos tipos de dietas mais saudáveis. “O facto de os nossos pais terem sido agricultores foi muito importante porque, há muitos anos, a agricultura que se fazia era assim. Não se utilizavam produtos químicos, só o estrume dos animais e as folhas secas. Antigamente apanhavam-se as folhas que as azinheiras e as alfarrobeiras deixavam cair e amontoavam-se num determinado sítio juntamente com o estrume dos animais, formando assim o composto. E isso não é poluente, não polui a atmosfera, nem a terra, nem as árvores.” Têm muitos clientes e encomendas? Sim, temos muitas encomendas mas a maior parte provém de pessoas de fora. Temos clientes de Corroios, Algés, Parede, Lisboa, Almada, mas daqui temos pouca gente. As pessoas vêm aqui buscar directamente os nossos produtos ou ao espaço que tenho no Mercado Municipal de Sesimbra. Para se praticar este tipo de agricultura é necessário uma certificação própria. Foi fácil obter essa certificação? Nem por isso, sobretudo porque na altura em que começámos nem sequer existiam certificadoras. Só existem há cerca de 10 anos, quando o Estado português reconheceu este tipo de agricultura. (…) Cheguei inclusivamente a ir a França visitar umas explorações e aí conheci alguns dos pioneiros nesta área, que eram holandeses, alemães, franceses e belgas. Qual a maior dificuldade com que se deparam? O nosso maior problema é o escoamento. Eu não consigo competir com os produtores da agricultura dita convencional. É impossível. Para conseguirmos chegar às grandes superfícies tínhamos de ir até à Lourinhã ou a Alverca levar os produtos. Gastaríamos muito mais tempo e gasolina e, se o fizéssemos, os produtos seriam obviamente vendidos mais caros. Por isso, eu prefiro vendê-los aqui ou no mercado. Quem gosta compra, quem não gosta não compra. Temos até pessoas que estão cá de férias e vêm até aqui buscar as suas coisas. Sem utilizarem produtos químicos, as frutas não se estragam mais? Não estão mais sujeitas a pragas? 36 Sem produtos químicos a fruta leva o tempo normal a desenvolver-se. Aqui seguimos as leis da Natureza. No outro tipo de agricultura, conseguem fazer com que a fruta amadureça mais rápido e que tenha um outro aspecto, que eu não consigo obter. A esse nível nunca poderemos combater. A grande diferença é que a nossa fruta, apesar de não ter a mesma beleza, tem um cheiro e um sabor mais intensos. A grande questão é que a nossa qualidade é muito superior, a quantidade é que não. EUROPA: PATRIMÓNIO EDIFICADO A ALEMANHA é um país localizado na Europa central e membro fundador da União Europeia. O país é limitado a norte pelo Mar do Norte, pela Dinamarca e pelo Mar Báltico, a leste pela Polónia e pela República Checa, a sul pela Áustria e pela Suíça e a oeste pela França, Luxemburgo, Bélgica e os Países Baixos. A região conhecida como Germânia foi historicamente habitada por vários povos germânicos. Desde o século X os territórios alemães formaram a parte central do Sacro Império Romano que durou até 1806. A definição de Estado-nação para a Alemanha é recente. O país foi unificado pela primeira vez durante a Guerra Franco-Prussiana em 1871. Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em dois estados: RFA e RDA que se unificaram em 1990. Em termos de património histórico a Alemanha é riquíssima, existindo monumentos do estilo barroco, gótico, entre outros. Porta de Brandemburgo Em 1640 a cidade de Berlim desenvolveu-se enormemente, tanto em extensão como em número de habitantes, atingindo, no final do século XVII, cerca de 20 000 habitantes. Na segunda metade desse século, Berlim foi fortificada, abrindo-se um canal ligando os rios Spree e Oder, hoje uma das mais importantes artérias da cidade, em cujo extremo poente se situa o mais conhecido monumento de Berlim: a Porta de Brandemburgo. 37 Unidade monetária Castelo de Neuschweinstein €uro O Schloss Neuschwanstein é um palácio alemão construído na segunda metade do século XIX, perto das cidades de Hohenschwangau e Füssen, no sudoeste da Baviera. Foi construído por Luís II da Baviera no século XIX, inspirado na obra de seu amigo e protegido, o grande compositor Richard Wagner. A arquitectura do castelo possui um estilo fantástico, o qual serviu de inspiração ao "castelo da Cinderela", símbolo dos estúdios Disney. Apesar de não ser permitido fotografar o seu interior, é um dos edifícios mais fotografados da Alemanha e um dos mais populares destinos turísticos europeus, além de também ser considerado o "cartão postal" daquele país. O nome Neuschwanstein significa "novo cisne de pedra", uma referência ao "cavaleiro do Cisne", Lohengrin, da ópera com o mesmo nome. População Alemã Catedral de Colónia A Catedral de Colónia, localizada na cidade alemã de Colónia, é uma igreja de estilo gótico, o marco principal da cidade e seu símbolo não oficial. A construção da igreja gótica começou no século XIII (1248) e levou, com as interrupções, mais de 600 anos para ser completada. As duas torres possuem 157 metros de altura, com a catedral possuindo de comprimento 144 metros e de largura 86 metros. Quando foi concluída, em 1880, era o prédio mais alto do mundo. A catedral é dedicada a São Pedro e a Maria. Segundo a tradição, no interior da catedral está guardado o relicário de ouro com os restos mortais dos Três Reis Magos: Baltazar, Melchior e Gaspar. 38 Economia A economia alemã é diversificada. Na área agrícola produz batata, beterraba, cevada e trigo. Na pecuária, bovinos, suínos, ovinos e aves. Já na indústria, é uma das principais no mundo no ramo automobilístico e equipamentos de transporte. Siegessäule Siegessäule O Siegessäule, ou Obelisco da Vitória ou Coluna da Vitória, fica em Berlim e foi concluído em 1873 para comemorar as vitórias militares da Prússia sobre a Áustria, Dinamarca e França entre 1864 e 1871. O Obelisco foi originalmente erigido no Reichstag, tendo sido transportado para o seu local actual, na Strasse 17 Juni, perto do Grosser Tiergaren, um grande parque público, em 1937. O Siegessäule tem 66,89 metros, e no seu topo fica uma estátua de bronze de 5 metros de Vitória, deusa da vitória militar. Uma escadaria de 285 degraus leva ao topo da coluna, onde há uma plataforma de observação a 45 metros acima do nível térreo. Castelo Burg Hohenzollern O Burg Hohenzollern (Castelo Hohenzollern) é um palácio fortificado da Alemanha situado a cerca de 50 km de Estugarda, entre as cidades de Hechingen e Bisingen, no coração da cordilheira do Jura. O castelo fica localizado no Volksmund (Monte do Povo), nome vernáculo para o Zollerberg um cume proeminente e isolado do Monte Hohenzollern, a uma altitude de 855 metros, sobre Hechingen, no Jura. Em 1454 foi iniciado, então, um novo edifício, mais forte e belo que o anterior, o qual ficaria concluído em 1461. 39 Würzburger Residenz A Würzburger Residenz (Residência de Würzburg) é um palácio localizado em Würzburg, uma cidade situada na região administrativa da Baixa Francónia, estado da Baviera. Foi mandada construir pelo príncipe-bispo de Würzburg, Johann Philipp Franz von Schönborn, e pelo seu irmão Friedrich Carl von Schönborn, entre 1720 e 1744. A Würzburger Residenz foi desenhada por vários dos principais arquitectos do barroco. Lucas von Hildebrandt e Maximilian von Welsch, representantes de proa do barroco da Áustria/Sul da Alemanha, estiveram envolvidos na sua construção, assim como Robert de Cotte e Germain Boffrand, proeminentes arquitectos do estilo francês. Balthasar Neumann, arquitecto da corte do bispo de Würzburg, foi o principal arquitecto da residência. 40 O pintor veneziano Giovanni Battista Tiepolo, assistido pelo seu filho, Giovanni Domenico Tiepolo, pintou os frescos do edifício. Entre as características mais espectaculares do interior encontram-se a grande escadaria, a capela e o grande salão. O palácio foi apelidado por Napoleão Bonaparte como "mais simpática Residência de prelados da Europa". A Residência foi severamente danificada durante a Segunda Guerra Mundial, tendo as obras de restauro progredido a partir de 1945. Schloss Hohenschwangau Vista geral do Schloss Hohenschwangau. Hino Nacional Alemão O Schloss Hohenschwangau (literalmente: Castelo do Grande Condado do Cisne) foi a residência de infância do Rei Luís II da Baviera, tendo sido construído pelo seu pai, o Rei Maximiliano II da Baviera. Fica localizado na aldeia alemã de Schwangau, próximo da cidade de Füssen, parte do distrito de Ostallgäu, no sudoeste da Baviera, muito próximo da fronteira com a Áustria. Mais de 300.000 turistas de todo o mundo visitam o palácio em cada ano. O edifício está aberto durante todo o ano (excepto no Natal). Pode ser visitado entre as 9 e as 18 horas de Abril a Setembro e das 10 às 16 de Outubro a Março. As visitas guiadas estão disponíveis em alemão, inglês, francês, italiano, espanhol, russo, checo, esloveno e japonês. As visitas livres não são permitidas. 41 Tradução para português Unidade e Justiça e Liberdade À Pátria Alemã! Procuremos, irmanados, Alcançá-las com afã! Unidade e Justiça e Liberdade São o penhor da felicidade. Floresce, no esplendor desta felicidade, Floresce, ó Pátria Alemã! O Censo de 2000 concluiu que a Alemanha tem 82,2 milhões de habitantes, sendo que menos de 5% não são alfabetizados. Catedral de Aachen A Catedral de Aachen ou Catedral de Aquisgrão, é uma catedral situada em Aachen. Mandada erigir originalmente por Carlos Magno por volta de 790 (tendo sido aqui sepultado em 814), a catedral é hoje o resultado dos acrescentos e modificações de que foi sendo alvo ao longo dos séculos. É a mais antiga catedral do norte da Europa e além de ter sido, na sua fase inicial, e durante séculos, o edifício mais alto a norte dos Alpes, foi também até ao século XVI local de coroamento dos imperadores do Sacro Império Romano. A capela palatina original (de influência bizantina e germânica), os elementos góticos e barrocos posteriores, incutem no edifício uma particular fusão de contrastes e estilos da arquitectura cristã, transformando--a no símbolo da cidade e oferecendo-lhe também a sua característica silhueta. A catedral incluiu-se nas primeiras doze edificações humanas a receber da UNESCO, em 1978, a classificação de Património da Humanidade que ainda hoje mantém. Infra-Estruturas e Transportes Estação central de Berlim A cidade dispõe de três aeroportos e um sistema de transporte público urbano e suburbano. Os transportes urbanos da cidade são servidos pela BVG (autocarros, eléctricos e metropolitano) e pela S-Bahn-Berlin (comboio suburbano). A exploração da rede de metro é efectuada pelo Metro de Berlim. A principal estação é a Estação Central de Berlim. Em termos de vias terrestres, Berlim e a sua área metropolitana são atravessadas por inúmeras auto-estradas. 42 Com uma cultura fortemente influenciada pela cerveja, o mercado alemão é um pouco resguardado do resto do mercado cervejeiro devido à adesão dos cervejeiros alemães ao Reinheitsgebot (preceito da pureza) datado de 1516, de acordo com o qual os únicos ingredientes permitidos para cervejas são: água, lúpulo e cevadamalte. Por causa desse acordo (que foi lei até 1988), as cervejas germânicas tendem a ser bem conceituadas pela sua qualidade. Enquanto o mercado de cerveja é mais centralizado na Alemanha setentrional (com as maiores marcas: Krombacher, Warsteiner e Bitburger vendendo cada uma em torno de 400 milhões de litros), o sul tem diversas cervejeiras locais, de pequeno porte. No total, existem cerca de 1350 cervejeiras alemãs, produzindo mais de 5000 marcas de cerveja. A Oktoberfest de Munique é bem conhecida pelos milhões de litros que são servidos a cada ano: 6 milhões, em média. O Reno Romântico Mais de 40 castelos e fortalezas, dezenas de igrejas e mosteiros, penhascos selvagens e vinhedos íngremes num espaço de 65 quilómetros do Vale do Reno, entre Bingen, Rüdesheim e Koblenz, compõem o charme de um vale fluvial que, em fins do século XVIII e século XIX, tornou-se o símbolo perfeito do romantismo alemão. Poetas, escritores, pintores, músicos e arquitectos, sucumbiram na época, ao "encanto do Reno", cantado em baladas e poemas sinfónicos, eternizado nas telas de pintores famosos, e que até hoje atrai turistas do mundo inteiro, fascinados, por exemplo, com o mito da Loreley. O Vale do Reno funciona, além disso, há 2000 anos como elo de ligação entre o Mediterrâneo e o Norte da Europa sendo, portanto, um símbolo do intercâmbio entre culturas diversas. 43 Itália A Itália é um país localizado no sul do continente europeu, ocupando quase toda a Península Itálica, mais as ilhas da Sardenha e da Sicília. O país compartilha o seu limite alpino do norte com a França, a Suíça, a Áustria e a Eslovénia. O país também compartilha uma fronteira marítima através do mar Adriático com a Croácia e a Eslovénia e através do Mar Lígure com a França. Os estados independentes de San Marino e a Cidade do Vaticano são enclaves no território italiano. Também pertence ao país a comuna de Campione d'Italia, um enclave no território da Suíça de língua italiana. O país inclui 92% da região física de língua italiana, delimitada convencionalmente pelo divisor de águas alpino. No seu todo, o Mar Mediterrâneo impõe ao território características em termos económicos, sociais e culturais. A Itália foi a terra de convivência de muitas civilizações europeias bem conhecidas e influentes, como os etruscos, os gregos e os romanos. A sua capital Roma tem sido uma cidade historicamente importante, sobretudo como o núcleo da Roma Antiga e da Igreja Católica. A Itália é um país desenvolvido com o décimo PIB mais alto em 2007, membro do G8, da OMC, da OTAN e fundador da União Europeia, tendo assinado o Tratado de Roma em 1957. A Itália é chamada il Belpaese ("belo país", em italiano) pelos seus habitantes, devido à beleza e a variedade das suas paisagens e por ter o maior património artístico do mundo. O país detém do maior número de patrimónios mundiais da UNESCO. A Itália é o local de nascimento de diversos movimentos artísticos e intelectuais que se espalharam pela Europa e pelo mundo, como o Renascimento e o Barroco. A contribuição italiana para a arte e cultura surge das obras de Michelangelo, Leonardo da Vinci, Donatello, Botticelli, Fra Angelico, Tintoretto, Caravaggio, Bernini, Ticiano, Rafael, entre outros. Além da pintura, escultura e arquitectura, as contribuições da Itália para a literatura, ciência e música são indiscutíveis. A base da moderna língua italiana foi estabelecida pelo poeta florentino Dante Alighieri, cuja obra A Divina Comédia é considerada a mais importante do período medieval. Em italiano escreveram Boccaccio, Castiglione e Pirandello, além dos poetas Tasso, Ariosto, Leopardi, e Petrarca, cujo mais famoso estilo é o soneto, uma invenção italiana. Grandes filósofos são Bruno, Ficino, Maquiavel, Vico, Gentile, e Eco. Na actividade científica destacam-se os nomes de Galileu Galillei, Leonardo da Vinci, Fermi, Cassini, Volta, Lagrange, Fibonacci e Marconi. 44 Coliseu de Roma Hino Nacional Italiano Tradução em português O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, deve seu nome à expressão latina Colosseum, devido à estátua colossal de Nero, que ficava perto a edificação. Localizado no centro de Roma, é uma excepção de entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitectónico. Originalmente capaz de albergar perto de 50 000 pessoas, e com 48 metros de altura, era usado para variados espectáculos O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registo efectuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da era medieval, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão. Embora esteja agora em ruínas devido a terramotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitectura. Actualmente, é uma das maiores atracções turísticas em Roma e em 7 de Julho de 2007 foi eleita umas das "Sete Maravilhas do Mundo Moderno". Além disso, o Coliseu ainda tem ligações à igreja, com o Papa a liderar a procissão da Via-sacra até ao Coliseu todas as Sextas-feiras Santas. Irmãos de Itália, A Itália levantou-se. Com o elmo de Cipião Cobriu a cabeça. Onde está a Vitória? Que lhe sustém a cabeleira Porque foi como escrava de Roma Que Deus a criou. Cerremos fileiras. Estejamos prontos para morrer. Estejamos prontos para morrer. A Itália chamou-nos. Cerremos fileiras. Estejamos prontos para morrer. Estejamos prontos para morrer. A Itália chamou-nos. Há séculos que somos Espezinhados, desprezados, Porque não somos um Povo Porque nos dividimos Reunamo-nos sob uma única Bandeira: uma esperança De nos reunirmos. Soou a hora Unimo-nos, amemo-nos, a União, e o amor Revelam aos Povos Os caminhos do Senhor; Juremos tornar livre O solo natal: Unidos por Deus Quem pode nos vencer? Dos Alpes à Sicília Por toda a parte é Legnano, Cada homem de Ferruccio Tem o coração, tem a mão, As crianças da Itália Chamam-se Balilla, O som de cada sino Tocou às Vésperas. São juncos que dobram As espadas vendidas: A Águia da Áustria Já as penas perdeu. O sangue da Itália, O sangue Polones, Bebeu, com o cossaco, Mas o coração as queimou. 45 Fontana di Trevi A Fontana di Trevi é a maior e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália e está localizada na Rione Trevi, em Roma. A fonte situava-se no cruzamento de três estradas marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma. No ano 19 a.C., supostamente ajudados por uma virgem, técnicos romanos localizaram uma fonte de água pura a pouco mais de 22 quilómetros da cidade (cena representada em escultura na própria fonte, actualmente). A água desta fonte foi levada pelo menor aqueduto de Roma, directamente para os banheiros de Marcus Vipsanius Agrippa e serviu a cidade por mais de 400 anos. Palacio Madama e Casaforte degli Acaja Fachada barroca do Palazzo Madama e Casaforte degli Acaja. O Palazzo Madama e Casaforte degli Acaja é um palácio da Itália situado em Turim, na centralíssima Piazza Castello (Praça do Castelo). O palácio é constituido por dois núcelos interligados entre si: o barroco Palazzo Madama e o medieval Casaforte degli Acaja, formando um corolário de dois mil anos de história do Piemonte. Foi proclamado Património da Humanidade pela UNESCO, em 1997, como parte do conjunto Residências da Casa de Sabóia. 46 A indústria automóvel em Itália é um grande empregador do país, empregando quase 250.000 pessoas em 2006. A Itália é o 5 º maior produtor de automóveis da Europa . Hoje, a indústria automóvel italiana é quase totalmente dominada pelo Grupo Fiat, em 2001, mais de 90% dos veículos foram produzidos por este grupo. São especialmente conhecidos, os carros de design citadino de baixa gama, mas também neste país se constroem algumas das mais conceituadas marcas de carros desportivos do mundo. Torre de Pisa A Torre de Pisa, que começou a ser construída em 1174, foi projectada para abrigar o sino da catedral da cidade de Pisa, na Itália. Quando três dos oito andares estavam prontos, notou-se uma ligeira inclinação, em razão de um afundamento do terreno. Tentou-se compensar a falha fazendo os outros andares um pouco maiores do lado mais baixo. Só que a estrutura afundou ainda mais pelo excesso de peso. A torre acabou de ser erguida, inclinada, em 1350, atingindo 56 metros de altura. Hoje sua inclinação chega a cinco graus (ela aumenta uma média de 20 milímetros por ano). Estava fechada ao público desde 7 de Janeiro de 1990. Um trabalho na base conseguiu diminuir a inclinação em 1,3 centímetro. Nesse ritmo será recuperada em 2250. A visitação foi reaberta na data de 15 de Dezembro de 2001. Em determinadas épocas pode-se subir de noite e ter uma bela visão da Praça dos Milagres onde está a torre. Ponte dos Suspiros A Ponte dos suspiros é uma ponte característica de Veneza, situada perto da Piazza San Marco em direção da Riva degli Schiavoni, que liga o Palazzo Ducale às Prigioni Nove, o primeiro edifício no mundo construído para ser uma prisão. Conhecido em todo o mundo, fotografado pelos turistas provenientes de todos os lugares, foi-lhe atribuído esse nome porque a lenda diz que, em tempos remotos, os prisioneiros (atravessando-a) suspiravam na ocasião de ver pela última vez o mundo externo. 47 Economia da Itália Organizações de comércio OMC, União Europeia, OCDE Estatísticas Produto Interno Bruto US$ 1,8 trilião (2007) % de cresc. do PIB 1,9% (2007) PIB per capita US$ 31 000 (2007) Castelo de Santo Ângelo O Castelo de Santo Ângelo também conhecido como Mausoléu de Adriano, localiza-se à margem direita do rio Tibre, diante da ponte Sant'Angelo, a pouca distância do Vaticano, em Roma. A sua primitiva estrutura foi iniciada em 139 pelo imperador Adriano como um mausoléu pessoal e familiar vindo a ser concluído por Antonino Pio em 139. O monumento, em Travertino, era adornado por uma quadriga em bronze, conduzida por Adriano. Entretanto, a sua função foi alterada, sendo utilizado como edifício militar. Nessa qualidade, passou a integrar a Muralha Aureliana em 403. PIB por sector agricultura 1,9%, indústria 28,8%, comércio e serviços 69,3% (2007) Inflação anual 1,7% Força de trabalho 24,86 milhões Força de trabalho por sector agricultura 5%, indústria 32%, comércio e serviços 63% (2001) Desemprego 6,7% (2007) Exportações Principais produtos exportados produtos de engenharia, têxteis e roupas, máquinas industriais, veículos a motor, equipamentos de transporte, produtos químicos, alimentos, bebidas e tabaco, minerais e metais não ferrosos 48 A sua actual designação remonta a 590, durante uma grande epidemia de peste que assolou Roma. Na ocasião, o Papa Gregório I afirmou ter visto o Arcanjo São Miguel sobre o topo do castelo, que embainhava a sua espada, indicando o fim da epidemia. Para celebrar essa aparição, uma estátua de um anjo coroa o edifício: inicialmente um mármore de Raffaello da Montelupo, e desde 1753, um bronze de Pierre van Verschaffelt sobre um esboço Gian Lorenzo Bernini. Durante a época medieval esta foi a mais importante das fortalezas pertencentes aos Papas. Serviu também como prisão para muitos patriotas, na época dos movimentos de unificação da Itália ocorridos no século XIX. De seu terraço superior, tem-se uma magnífica vista do Tibre, dos prédios da cidade e até mesmo do domo superior da Basílica de São Pedro. Castelo Sforzesco Ano de adesão à União Europeia: Membro fundador O Castello Sforzesco é um castelo de Milão construído no século XV por Francesco Sforza, tornado pouco depois Duque de Milão, sobre restos duma fortificação anterior datada do século XIV. Actualmente, acolhe várias colecções dos museus e galerias de arte da cidade. Duomo di Milano O Duomo di Milano é um monumento símbolo do património Lombardo, dedicado à Santa Maria Nascente e situado na praça central da cidade de Milão. É uma das mais célebres e complexas construções em estilo Gótico do mundo. 49 Sistema político: República Capital: Roma Superfície total: 301 263 km² População: 57,3 milhões de habitantes Moeda: euro Palazzo Carignano O Palazzo Carignano é um edifício histórico, constituído por dois corpos de fabrico diverso, situado no centro de Turim. Juntamente com o Palazzo Reale di Torino e o Palazzo Madama e Casaforte degli Acaja, faz parte doa mais importantes palácios históricos da cidade. Hospeda actualmente o Museu Nacional do Ressurgimento italiano. Nas proximidades encontram-se a Biblioteca Nacional Universitária e o Teatro Carignano. Desde Abril de 2006, o museu está fechado, por um período de cerca de três anos, para uma laboriosa intervenção de restauro e renovação. O Palazzo Carignano faz parte do circuito de residências da Casa de Sabóia no Piemonte, tendo sido proclamado Património da Humanidade pela UNESCO, em 1997. Castelo Odescalchi O Castello Odescalchi localiza-se em Bracciano, a cerca de 43 quilómetros de Roma. Ergue-se em posição dominante no centro histórico da povoação, na margem Sul do lago de Bracciano. Misto de uma arquitectura militar e civil, é considerado um dos mais majestosos da Itália. O castelo foi construído na segunda metade do século XV. Uma das atracções do Castelo é o Museu, criado pelo príncipe D. Lívio IV Odescalchi, aberto ao público em 1956. Tendo abrigado personagens ilustres como o rei Carlos VIII da França, actualmente é utilizado como Centro de Convenções, para jantares de gala e recepções, tendo capacidade para até 1.400 pessoas. 50 PIZZA, a italianinha que conquistou o mundo! Quando caminhamos por ruazinhas charmosas de qualquer cidade italiana é comum de repente ser invadido por um aroma de tomate, mussarela, orégãos e manjericão. É difícil resistir! E quando menos se espera, estamos saboreando um pedaço de pizza dentro de um pequeno estabelecimento. São as famosas “pizzas al taglio”, que são vendidas em pedaços e que representam para os italianos e inúmeros turistas que circulam pela Itália. Encontram-se de vários sabores e aromas, impossível não comer! Veneza Veneza é mundialmente famosa pelos seus canais. A cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de 150 canais numa lagoa rasa. As ilhas em que a cidade é construída são ligadas por cerca de 400 pontes. No velho centro, os canais servem a função de estradas, e de qualquer forma de transporte sobre a água ou a pé. No século XX, um aterro permitiu uma ligação ao continente, a construção da estação ferroviária de Venezia Santa Lucia em Veneza, uma estrada para automóveis e um estacionamento. Para além destas ligações para o continente no extremo norte da cidade, o transporte dentro da cidade continua a ser, como foi em séculos passados, inteiramente na água ou em pé. Veneza é a maior urbe da Europa com áreas livres para carros, única na Europa, permanecendo um considerável funcionamento da cidade no século XXI totalmente sem carros ou camiões. Esta cidade alberga monumentos lindíssimos, além do seu vasto e rico património cultural. Burg Hohenzollern O Burg Ho 51 A GRÉCIA A Grécia é o país mais meridional dos Balcãs e confina a norte com a República da Macedónia, com a Bulgária e com a Albânia; a leste com a Turquia, quer em fronteira terrestre, quer com fronteira marítima no mar Egeu; a sul com o mar Mediterrâneo e a oeste com o mar Jónico, através do qual tem ligação a Itália. Localizada na juntura da Europa, Ásia e África, a Grécia é o berço de nascimento da democracia, da Filosofia ocidental, dos Jogos Olímpicos, da Literatura ocidental e da Historiografia, bem como da Ciência política, dos mais importantes princípios matemáticos e também o berço de nascimento do teatro ocidental, incluindo os géneros do drama, tragédia e o da comédia. Um traço marcante da arquitectura grega é o uso de colunas, estabelecendo "ordens" características: dórica, jónica e coríntia. Ordem dórica Estilo Jónico Ordem coríntia Olímpia Olímpia, cidade da antiga Grécia, é famosa por ter sido o local onde se realizavam os Jogos Olímpicos da Antiguidade até à sua supressão em 394 pelo imperador romano Teodósio I. Olímpia também é conhecida pela gigantesca estátua de Zeus em marfim e ouro, criada pelo escultor Fídias para o templo do deus e que foi uma das sete maravilhas do mundo antigo. Escavações junto ao templo de Zeus, durante os anos 50, revelaram a existência de um estúdio que se supõe ter pertencido a Fídias. Hoje o local preserva um importantíssimo sítio arqueológico tombado pela UNESCO. Património Mundial da UNESCO. 52 Acrópole de Atenas Erecteion Partenon Acrópole A Acrópole de Atenas é a mais conhecida e famosa das acrópoles da Grécia tendo sido construída por volta de 450 a.C. Situa-se numa colina rochosa de topo plano com 150 metros de altura do nível do mar, em Atenas, abriga também algumas das mais famosas edificações do mundo antigo, como o Partenon e o Erecteion. As acrópoles da Antiga Grécia eram, como o próprio nome diz, "cidades altas" construídas no ponto mais elevado das cidades servindo, originalmente, como protecção contra invasores de cidades inimigas e quase sempre eram cercadas por muralhas. Com o tempo, passaram a servir como sedes administrativas civis ou religiosas. Túmulo do Soldado Desconhecido A Túmulo do Soldado Desconhecido é um sepulcro existente em frente à sede do Parlamento grego, em Atenas, onde os “evzones”, soldados da Guarda Presidencial trajados em fardas históricas, fazem a vigília. A sua construção começou em 1929 e foi inaugurado em 25 de Março de 1932. 53 Grécia Ano de adesão à União Europeia: 1981 Sistema político: República Capital: Atenas Superfície total: 131 957 km² População: 11,2 milhões de habitantes Moeda: euro Mosteiros de Metéora Metéora (rochas suspensas ou colunas do céu) é o segundo maior complexo de mosteiros na Grécia. Os mosteiros estão construídos no topo de espectaculares rochedos de arenito que ficam a nordeste da planície da Tessália, perto do rio Peneios e dos montes Pindo, na Grécia central. O acesso aos mosteiros era feito por guindastes e apenas em 1920 foram construídas escadas de acesso. Dos seis mosteiros, cinco são masculinos e um é feminino. Em 1988, este monumento com montes e vales revestidos com florestas que têm a presença de animais selvagens como o lobo e a víbora foi classificado Património Mundial pela UNESCO. Museu Arqueológico Nacional de Atenas O Museu Arqueológico Nacional de Atenas, ligado ao Ministério da Cultura da Grécia, é um dos mais importantes museus do mundo. 54 Hino Nacional Grécia Hino à Liberdade Reconheço-te pelo gume Do teu temível gládio; Reconheço-te por esse rápido olhar Com que fitas o horizonte. Saída das ossadas Sagradas dos Helenos, E pujante da tua antiga bravura, Saúdo-te, saúdo-te, Oh Liberdade. Anfiteatro de Epidauro Epidauro era uma cidade da Grécia antiga, situada na Argólida, às margens do Mar Egeu e célebre pelo santuário de Esculápio, deus da Medicina, que atraía doentes de todo o mundo. Na cidade havia também ginásio, palestra e o teatro. Este foi construído aproveitando a vertente de uma montanha, com um diâmetro de 112 metros e 32 filas de assentos na parte baixa, 20 na parte central e 24 na superior, com capacidade para 12.000 espectadores. O Anfiteatro de Epidauro foi dos maiores do seu tipo e do seu tempo. Possuía uma acústica considerada perfeita para a época, reproduzindo com precisão e, principalmente, de forma audível, mesmo o som de um alfinete lançado ao chão, que podia ser ouvido mesmo nas últimas bancadas. O Teatro de Epidauro ao ar livre está ainda hoje bem conservado Aqueduto de Eupalinos Aqueduto de Eupalinos é um túnel de 1036 metros em Samos, construído no século 6 a.C. para servir como aqueduto. A característica que o torna único é o fato de ter sido aberto por ambos os lados até o meio, uma proeza técnica que mostra o nível do conhecimento na Grécia Antiga fazendo parte do Património Mundial da Grécia 55 Economia Estádio Panathinaiko A economia da Grécia é uma economia capitalista mista com grande participação das empresas governamentais tendo como principal actividade o sector de serviços. A indústria responde por 20% do PIB e a agricultura gera cerca de 4% do mesmo. Somente o setor do turismo gera cerca de 15% das receitas do país. O PIB da Grécia alcançou US$ 324,4 biliões de dólares em 2007 de acordo com o método da Paridade de Poder de Compra, e seu PIB per capita na utilização do mesmo método alcançou US$ 31.382. A Grécia é um dos países que mais se beneficiaram da União Europeia. Obteve um crescimento de 3,3% em sua economia após a união e vem obtendo taxas de crescimento na casa dos 4%, superando em 1% a média da União Europeia. Principais produtos: Agropecuária algodão, azeitona, gado ovino e caprino, fumo, hortaliças, limão, trigo e uva. Mineração - bauxita, linhita e cromita. Indústria - alimentos e bebidas processadas - cigarros, têxteis, vestuário, etc. 56 O Estádio Panathinaiko é um estádio de atletismo situado em Atenas, construído inteiramente em mármore branco do Monte Pentélico. Foi construído em 566 a.C. e reconstruído em 329 a.C.. Em 1870 as suas ruínas foram restauradas. Em 1895 foi reformado para a realização dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna em Atenas 1896. A pista tem forma de U e as arquibancadas tem capacidade para 80.000 espectadores sentados. O estádio está localizado no centro de Atenas, a leste dos Jardins Nacionais e da Mansão Zappeion, a oeste do distrito residencial Pankrati e junto a colina de Ardettos. Situa-se no local exacto onde se encontrava o estádio da Atenas Antiga. O céu quase sempre azul as suas montanhas e o seu clima suave faziam da Grécia um dos mais maravilhosos e melhores países do mundo. Foi naquele pequeno país que a civilização ocidental começou há mais de dois mil e oitocentos anos. Naquele tempo a civilização grega estava dividida em cidades-Estado que dominavam grandes áreas das margens do Mediterrâneo e do mar Negro. Actualmente, a Grécia é um único país de poder reduzido, sendo um dos países menos desenvolvidos da Europa. Atenas é a capital e maior cidade do país, com quatro milhões de habitantes. Em Atenas e em outras partes da Grécia, existem esplêndidas ruínas de monumentos do passado glorioso da antiga civilização. Há milhares de anos, os gregos estabeleceram tradições de justiça e liberdade individual que são as bases da democracia e da economia de mercado. A sua arte, filosofia e ciência tornaram-se fundamentos do pensamento e da cultura ocidentais. Os gregos da Antiguidade chamavam a si próprios de helenos e davam o nome de Hélade a sua terra. Mitologia grega é o estudo dos conjuntos de narrativas relacionadas aos mitos dos gregos antigos, de seus significados e da relação entre eles e os países ou povos consideradas, com o advindo do Cristianismo, como meras ficções alegóricas. Para muitos estudiosos modernos, entender os mitos gregos é o mesmo que lançar luz sobre a compreensão da sociedade grega antiga e seu comportamento, bem como suas práticas ritualistas. O mito grego explica as origens do mundo e os pormenores das vidas e aventuras de uma ampla variedade de deuses, deusas, heróis, heroínas e outras criaturas mitológicas. 57 UEVision Escola Secundária com 3º Ciclo de Felgueiras Avenida D. Manuel de Faria e Sousa 4610-178 FELGUEIRAS 58 Telefone: 255310720 Fax: 255310729 [email protected] http://alunos.esfelgueiras.org/efab0809