O Projeto INTERPHONE
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O Projeto INTERPHONE
O Projeto INTERPHONE O grupo de estudos INTERPHONE publicou os resultados da análise combinada para glioma e meningioma - os tipos mais comuns de tumor cerebral -, no International Journal of Epidemiology. Com essa publicação, uma série de especialistas em saúde e autoridades governamentais divulgaram declarações sobre os resultados da pesquisa e o que eles significam para a saúde humana. Os Resultados do INTERPHONE "Em geral, nenhum aumento no risco de gliomas ou meningiomas foi observado com o uso de telefones móveis. Houve sugestões sobre um aumento do risco de glioma nos níveis mais altos de exposição, mas a existência de vieses e erros impede uma interpretação causal. Os possíveis efeitos de longo prazo do uso intenso de telefones móveis necessitam de mais investigações", concluíram os autores do estudo INTERPHONE. Em um press release anunciando o estudo, o Dr. Christopher Wild, Diretor da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC), afirmou: “Um aumento no risco de câncer cerebral não está estabelecido, com base nos dados do estudo Interphone. Entretanto, observações no nível mais alto do tempo acumulado das chamadas e as constantes mudanças dos padrões de uso de telefones móveis, desde o período estudado pelo Interphone, particularmente em jovens, significam ter mérito uma investigação mais aprofundada do uso de telefones celulares e o risco de câncer cerebral.” Declarações de autoridades da área de saúde e outros especialistas independentes Organização Mundial da Saúde (maio de 2010) Fact Sheet 193 – Campos eletromagnéticos e a saúde pública: telefones móveis "Um grande número de estudos foi realizado nas duas últimas décadas, para avaliar se os telefones móveis representam um risco potencial à saúde. Até o momento, não foi estabelecido nenhum efeito adverso à saúde devido ao uso de telefones móveis." “Um estudo retrospectivo de caso-controlado realizado com adultos, o INTERPHONE, coordenado pela Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC), foi desenvolvido para determinar se existe relação entre o uso de telefones móveis e cânceres de pescoço e cabeça, em adultos. A análise internacional conjunta de dados reunidos de 13 países participantes não encontrou aumento nos risco de glioma ou meningioma, relacionado ao uso de telefones móveis por mais de 10 anos. Existem algumas indicações de um aumento no risco de glioma para aqueles 10% que relataram o maior nível de horas acumuladas de uso de telefones móveis, embora não houvesse nenhuma tendência consistente de aumento no risco com maior tempo de uso. Os pesquisadores concluíram que vieses e erros limitam a importância dessas conclusões e impossibilitam uma interpretação causal.” Comissão Internacional de Proteção contra Radiações Não-Ionizantes (ICNIRP) (18 de maio de 2010) Nota do ICNIRP sobre a publicação do estudo INTERPHONE “O ICNIRP publicou recentemente uma revisão das evidências científicas sobre os efeitos da exposição à radiofrequência emitida por telefones móveis. Descobrimos que a evidência existente não comprova um aumento no risco de tumores cerebrais em usuários de telefones móveis, dentro do tempo de uso investigado. A subsequente publicação do estudo Interphone acrescentou muito para o volume de dados disponíveis. O ICNIRP acredita na revisão preliminar dos resultados e que os mesmos não alteram as conclusões gerais. O ICNIRP considera, portanto, que os resultados do estudo Interphone não dão nenhuma razão para qualquer mudança nas diretrizes atuais.” Food and Drug Administration (FDA) dos EUA (maio de 2010) Não há evidência que relacione o uso de telefones móveis ao risco de tumores cerebrais “Embora a pesquisa esteja em curso, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA diz que a evidência científica disponível - incluindo as descobertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgadas no dia 17 de maio de 2010 - não demonstra qualquer risco à saúde devido à energia de radiofrequência (RF), uma forma de radiação eletromagnética que é emitida por telefones móveis." Autoridade Finlandesa de Segurança contra Radiação (STUK) (18 de maio de 2010) Resultados do amplo estudo internacional sobre telefones móveis foram publicados (em Finlandês) “Os resultados sugerem que o uso normal de telefones móveis não parece aumentar o risco de tumores cerebrais. Da mesma forma, o uso desses aparelhos por mais de uma década não foi associado a um aumento no risco.” Agência Australiana de Proteção à Radiação e de Segurança Nuclear (ARPANSA) (17 de maio de 2010) Declaração da Agência Australiana de Proteção à Radiação e de Segurança Nuclear (ARPANSA) em relação ao release da Organização Mundial da Saúde, sobre o estudo INTERPHONE "A ARPANSA observa que os resultados do estudo INTERPHONE não estabelecem um aumento no risco de câncer cerebral relacionado ao uso de telefones móveis". Release dos autores do Interphone baseados no Reino Unido - Universidade de Leeds (17 de maio de 2010) Maior estudo publica pesquisa sobre tumores cerebrais e telefones móveis "Um estudo internacional, conduzido no Reino Unido por pesquisadores da Universidade de Leeds e o Instituto de Pesquisas Sobre o Câncer (ICR), não demonstrou relação entre o uso de telefones celulares e tumores cerebrais." "Em geral, esta pesquisa não demonstrou evidências de aumento no risco de desenvolvimento de tumores cerebrais, como glioma e meningioma, como resultado do uso de telefones móveis. Isso é consistente com estudos biológicos publicados, que não estabeleceram nenhum efeito a partir da exposição à radiação emitida por telefones móveis ao nível das células, e nem encontraram mecanismos pelos quais o câncer pudesse ser causado", afirma a professora Patrícia McKinney, epidemiologista da Universidade de Leeds e líder da equipe norte-britânica de investigações do estudo Interphone. Karolinska Institute – Release dos autores suecos e nórdicos do estudo INTERPHONE (17 de maio de 2010) (no idioma sueco) Não houve aumento do risco de tumores cerebrais após 10 anos de uso de telefones móveis "Em geral, os resultados não demonstraram um aumento do risco de tumores cerebrais em pessoas que utilizaram telefones móveis regularmente, durante pelo menos dez anos". “Se houvesse um maior risco relacionado a mais de 10 anos de uso de telefones móveis, nós o teríamos identificado no estudo Interphone. Os resultados são consistentes com pesquisas experimentais disponíveis, que não conseguiram demonstrar quaisquer efeitos cancerígenos provenientes do tipo de radiação emitida por telefones móveis. Os resultados também estão de acordo com pesquisas epidemiológicas anteriores", afirma Marta Feychting, professora de epidemiologia do Instituto Karolinska, e chefe da equipe sueca de investigações do Interphone. The US National Cancer Institute (17 de maio de 2010) Estudo internacional demonstra que não há aumento no risco de tumores cerebrais devido ao uso de telefones móveis "O estudo Interphone, uma colaboração internacional, e o maior estudo do tipo já realizado, relatou que, em geral, os usuários de telefones móveis não têm um aumento de risco no desenvolvimento dos dois dos tipos mais comuns de câncer cerebral - glioma e meningioma. Além disso, não houve evidência de riscos com o aumento progressivo do número de chamadas, chamadas mais longas ou do tempo de uso, desde quando os telefones móveis começaram a ser utilizados." "Enquanto é claro que as pesquisas nessa área vão continuar, esse estudo em larga escala e longo prazo contribui grandemente para o corpo de evidências científicas sobre telefones móveis e câncer cerebral. O Interphone também ilustra o quanto é difícil identificar e corroborar, ou definitivamente descartar, quaisquer possíveis associações entre os dois", afirma o Diretor do National Cancer Institute (NCI), John E. Niederhuber, M.D. Australian Cancer Council (17 de maio de 2010) Telefones móveis e o risco de câncer – estudo Interphone “O maior estudo já realizado mundialmente, até a presente data, sobre o uso de telefones móveis e riscos de câncer, o Interphone, foi anunciado e a mídia vem tentando, com alguma dificuldade, interpretar o significado das descobertas. Os resultados gerais do estudo, conduzido por mais de 12 anos em 13 países, não demonstram relação entre o uso de telefones móveis e câncer cerebral (durante o período de 12 anos).” "Porém, já houve sugestões de que campos eletromagnéticos associados com telefones móveis pudessem ter um papel na aceleração do desenvolvimento de um câncer existente. O estudo Interphone não encontrou evidências que suportassem essa teoria", afirmou o CEO do Australian Cancer Council, Professor Ian Olver. Maio de 2010
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níveis improváveis de uso, como por exemplo, 12 ou mais horas todos os
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