calibração de sensor aerodinâmico (pipa) com anemometro tipo
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calibração de sensor aerodinâmico (pipa) com anemometro tipo
Revista Brasileira de Meteorologia, v.16, n.2,223-228,2001 CALIBRAÇÃODE SENSOR AERODINÂMICO(PIPA) COM ANEMOMETRO TIPO AEROVANE HILDO R. QUINSAN JR., LUIZ AUGUSTO T. MACHADO, GILBERTO FISCH E RICP Centro Técnico Aeroespacial (CTA/IAE-ACA) Praça Marechal Eduardo Gomes n050, São José dos Campos, CEP: 12228-904 [email protected] LIIG W I I I U . 11115 IIIGLIIUU 1 5 USGU U I ~a kite, where the tension at the tetherline and the elevation and azimuth angles are used to compute the wind vector. A comparison is made with an independent data set collected in a mast, showing the A I U W L U ~ IIIGLIIUU L 1 5 ~ L U ~ U ~I UGI U L U I I L I I I U U U ~I I I G ~ ~ U I G I I I G I IUI L tre ;ua ; e/ 1d0 )as 5O #do Ira ide :ga velocidade do vento sob os quais os segundos podem operar. Uma solução alternativa é o emprego de pipas. Uma revisão histórica da utilização de pipas para amostra a atmosfera é dada por Balsley et al. (1998), abordando suas vantagens e limitações. A principal vantagem da pipa é o seu custo muito baixo e a sua simplicidade. Enquanto o balão cativo necessita de gás e deve ser reabastecido periodicamente, em função dos vazamentos ou no início das missões, a pipa pode ser usada .. ,. , * - . diretamente e é descartável. Uma outra razao importante para o emprego de pipas é que elas podem operar com ventos mais fortes, ou seja, com velocidade maior que o - 7 d l;-:ta ,.+-A+:,-* AO I I I I I I L ~ ~ I U L I ~UG U n,.a,.n,-z~ A", nlXOn u p ~ ~ a y au u v a huaivca ,.,,t:.,~~ C ' A ~ L U L ~ V U ~ .OCÈ;UILUU McCowan et al. (1996), uma pipa de 4,O m de largura ~ ~ de perda da pipa, tanto os dados como os equipame,ritos são preservados. Para qualquer condição de venito, é possível usar pipas relativamente pequenas, deixand[o-se o equipamento transdutor no solo, enquanto apenas a pipa permanece no nível de medida. Devido à característica de possuir somente elementos necessários a sua sustentação, a pipa responde rapidamente às varia ções do vento, podendo, dentro de certos limites, indicar o I~ í v e l da turbulência do vento no nível de medida. O objc:tivo , . , desta nota técnica é o d e apresentar urri metodo alternativo de baixo custo (pipa) para a real ização de medidas de vento contínuas no tempo em substituição ~k n A . . a l~ ne -ht:Ano --- h n l z n , - q t : T r n C)U torres aYUF;la3 u U L I u a a p u l U 1 l l uaIau b a L l v u anemométricas. *A* Calibração de sensor aerodinâmico (pipa) com anemômetro tipo aeronave no cabo é proporcional à velocidade horizontal do vento se A Figura 1 --- r - --a rnmnnnente - ---r -------- vertical. -- desnre~armns --mostra o sistema em operação ao la do de uma torre anemométrica. 2 - SENSOR DE VENTO AERODINÂMICO A 2.1 - Senso]r de Vento (PIPA) A pip< a é propriamente o sensor de vento, sensor ,. X o ; ~ nA a toncõn rnnri8n;rc~rinhre n este cujo prillblplu hvaalbu Lbllauu (fio) cabo qu a que o cabc do vento, dc sentido, se p pipa. A inclin sob a ação d deve ser est tensões no f do vento e r,, , , , ,v-iluuu vento sobre o tipo da pir intercompar; n~inin L l,,l,,,,,u ,, b r, IIIbbuIIIbU a V V I b A -A v v v V IILiilrv ) qual é fixada , formada por C.lAu bllI VbILlbal 39 cm de lado, de PVC cujo tubo é o eixo )otenciômetro tal (linear). O lululllbllLVù.A saída do ângulo de L direção da rigura I: vista aa operaçao no Lentro ae Lançamento ae Aicantara (LLH), onae poae ser ooservaao o lransauror ae Vento para Pipa (TVP) e a torre anemométrica. Ao lado, esquema de medida da altitude da pipa, onde se observa a curvatura (catenária) do fio. ende a auuiiLa u a a a viva. b ~ x u i i i u ua ulicbau ua iiiilld a que está conectado. Porém, em função da curva que esta apresenta devido ao peso da própria li nha (curva , ' . \ mais . a curvawra ueviua a carga do vento catenaria) distribuída ao longo dessa linha, esta b m.a de elevação direciona-se para um ponto abaixo da pipa. Esta ..,. . . ciirerença de altura e tanto menor quanto menor for a são que a pipa exerce some ela. L I onae passa o rilamento ao qual e ngaaa a iinna aa pipa). Este braço movimenta um eixo horizontal que aciona o potenciômetro de elevação, cujo valor é de 33KQ. A saída deste potenciômetro corresponde à elevação da linha com relação à horizontal, cujo seno deste valor é multiplicado pelo comprimento da linha e permite obter a > , u -L 3 - . . 1 - 1 - - %- 225 Hildo R. Quinsan Jr., Luiz Augusto T. Machado, Gilberto Fisch e Ricardo C. Leão +-"i---... . ' ---+,-... ,A& t r 6 ; -$ l ,! ! > m cni graus obtida a partir da tensão de saída v,, (inV) d o potenciômetro ligado ao eixo transversal do braqo dc - ! o I ~ x ~ , > o G,I,\ n TVD. ite) da pipa em b l b V ~ t y ~ Ub , l l b U ~ 1 U C l -a >~ 27Ullrill uu p a i L b L l U i l K U U b D L b . Na parte posterior ao eixo horizontal, o braço de elevação ---- - --v - A . -A -A -- A A A - -A- A A --A -- A A A a -- - na mesma unidade, juntamente com o diajuliano e o tempo (hora, minuto e segundos) correspondente. Foram utilizadas as seguintes equações para transformar as medidas de tensão em parâmetros físicos: I V r t:111 ~ t : l d p uau suiu. u al~guiuc t: igual a t:it:vakau etro de azimute. uirci;au uo verl~o(uv) t:~ a ~ c u l a WIIIO u a dv= d - 180'. Como o anemômetro aponta para a direção de onde vem ção para onde vai : vento da pipa, há msdutor, corrigida A Lançamento de por ser área onde ito para apoio às :tes, como pela i sensores da torre :scrição detalhada apresenta as características médias do perfil de vento do CLA. As medidas comparativas foram realizadas no dia 17 de outubro de 1998. A pipa fc,i empinada defronte aos anemômetros da torre, sendo (3 transdutor orientado para o Norte Magnético. ProcuroiI-se manter a pipa abaixo do topo da torre, tendo perma~necidogeralmente entre o 5" nível (43m) e o 4" nível (271nn). O fio entre o transdutor e a pipa apresentou desvio característico em relação à direção do braço móvel ( braço de elevação) do transdutor, devido ao seu pesoI próprio e à distribuição da força do vento sobre seu cornprimento. Naturalmente, este desvio tende a ser menor quanto maior for a tração sobre o fio, bem como quanto menores forem o diâmetro e a massa do mesmo. A e1levação real da pipa foi verificada isoladamente po r meio de 'medição com teodolito, sendo da ordem de 6,7% inferior à calculada ío do braço do transdutor e pa. Este valor serve apenas epende de cada condição ae vento para uma mesma pipa e linha. Uma série maior UViI> UYU Y C U IU V IIL> URIi>LUI.CU, Calibração de sensor aerodinâmico (pipa)com anemômetro tipo aeronave de medidas deverá ser realizada de forma a relacionar a catenária com o perfil vertical do vento e sua influência na determinação da velocidade. 3.2 - Sistema de Comparação A torre anemométrica do CLA possui 6 níveis de anemômetros entre 61n e 70m de altura, tendo sido usadas as infonnações dos anemômetros dos níveis 4 (27m) e 5 (43m) para comparação com os dados da pipa. Os anemômetros utilizados são do tipo aerovane, marca R.M.Young. O sensor tem sensibilidade de direção para velocidades do vento a partir de 1,lm.s-I, quando deslocado 10" da direção do vento. A tensão de saída correspondente a direção é diretamente proporcional ao ângulo de azimute. A medida da velocidade do vento é feita por meio de uma hélice de quatro pás que acionam um volante magnético com seis p6los. Este, por sua vez, induz uma tensão alternada em uma bobina. A freqüência desse sinal é diretamente proporcional a velocidade do vento. Os sinais dos anemômetros são registrados a cada 5 segundos, sendo calculado o valor médio a cada 10 minutos. 3.3 - Calibração O s anemômetros Young são calibrados periodicamente em túnel de vento no CTA e mantêm-se dentro das características originais com erros inferiores a 3' em direção e 0,5m.s-' em velocidade. A calibração do transdutor de vento para a pipa foi realizada por comparação, utilizando-se das indicações de transferidores para o azimutc c elevação e pesos para a indicação de força, com erros angulares inferiores a 5* e erros na medida de força pelo dinamômetro inferiores a 0,05 kgf. 4 - RESULTADOS 4.1 - Relação entre as medidas da torre anemométrica e da pipa A velocidade do vento sobre a pipa provocou uma força aplicada ao dinamômetro do transdutor de vento cuja intensidade foi comparada com a velocidade do vento. A pipa manteve-se a uma altitude média de 3 1,5m no período analisado. A velocidade do vento (m.s-'), obtida pela torre interpolada na altura da pipa, foi relacionada com a força da pipa (kgf x 10.'). A Figura 3a mostra os valores da força medida pelo dinamômetro (F) contra as velocidades obtidas pelos sensores da torre anemométrica. Nesta figura, observamos uma relação quase linear entre ambas as variáveis. Baseado nesta relação e utilizando-se do método dos mínimos quadrados, ajustou-se uma equação preliminar que transforma a força aplicada ao dinamômetro na velocidade do vento. A equação encontrada é dada por: onde v,= velocidade do vento correspondente à força F no TVP. Esta regressão linear simples, aplicada para 8 1 pares das variáveis da velocidade do anemômetro e da força da pipa, apresentou um coeficiente de correlação de 0,753. Apesar do valor relativamente alto do coeficiente de correlação, este ajuste deve ser considerado preliminar, pois depende de diversos fatores, tais como: tipo da pipa, tirante e a catenária. A Figura 3b apresenta uma comparação entre a velocidade da pipa (vpipB), obtida pela relação acima e vtorre em função do tempo. Observa-se que as velocidades se mantiveram no intervalo entre 4,0m.s-' e 9,O m.s '. A curva de v,,,,,~acompanha a curva de vtorrecom menor intensidade em 53% dos valores. Em 25% dos pontos, houve oposição de sentido com diferenças entre 0,2 msI e I ,4 m.s-' em valor absoluto entre vtorre e vPiW. A Figura 3c apresenta uma comparação entre dPIPIe dto,,, em função do tempo. Observa-se que as direções se mantiveram no intervalo de 23" a 73'. A curva de dpipa acompanha a curva de com menores valores de direção em 68% dos valores. Em 15% dos pontos, houve oposição de sentido com diferenças entre 2* e 16" em valor absoluto entre dt,,,, e dpiP. As diferenças encontradas nas Figuras 3b e 3c podem ser devido a: a) os tempos de resposta diferentes dos dois sensores, devidos a suas inércias, geometria, tipos de conexão e de operação, entre outros fatores; b) as médias de I O min de valores adquiridos a cada 20s, que não permitem verificar a resposta em tempo real, mas servem para indicar que ambos os sistemas permitem o acompanhamento do fenôinenò de maneira a caracterizá-lo para estudos climatológicos. %. T- & Hildo R. Quinsan Jr., Luiz Augusto T. Machado, Gilberto Fisch e Ricardo C. Leão UULLLV.LLv Figura do vei curva I e dires e do l pares veloci~ entre para d grandr para di mante' 091 P para d 1 " SKEWNESS KURTOSIS 4.2 - Correção da altitude real da pipa A altura da pipa medida pelo teodolito (h,,) dada pela seguinte relação: U,Uv vuLxLv AIS Tabela I: Comparação estatística entre as distribuições das séries de valores da velocidade e direção do vento obtida pela torre e pela 1ipa. Valores relativos à velocidade estão em m.s-I e à direção em graus. pzEi- [PIPA - 1 TORRE I PIPA DIRECÃO I TORRE VELOCIDADE I VELOCIDADE I ( DIREÇÃO - UU vertical da pipa, a é o é a altura do teodolito a pipa descreve uma medida pelo teodolito, .nor que a calculada ra um comprimento tenária será devida à que provocará uma ite ao longo deste fio, ida ao seu peso. O u u v L u &e tirante sofre uma simultâneo da tração no do vento sobre a pipa. A ) será minimizada com o s, onde aplicável, ou pelo mo ao limite de resistência :locidade do vento no nível :nto nos níveis inferiores, quer quanto à turbulência é ~aixocusto, onde o preço pipa se situa abaixo de R$ na alternativa conveniente le pode ocorrer perda do ntos fortes, por exemplo) rato para a realização de .sos locais. os obtidos através da pipa, acompannaram as oscilações das médias correspondentes aos anemômetros da torre. Pode-se concluir que o sistema testado tem condições de operar como sensor de vento, devendo ser calibrado por comparação com anemômetros com tempo de resposta adequado ao tipo de medidas desejado: anemômetros convencionais para obtenção de dados para fins climatológicos, ou anemômetros sônicos para medidas de turbulência atmosférica. Obviamente, os limites, quer de alcance e desempenho, quer de durabilidade, imporão modificações no conjunto pipa/transdutor/registrador,não alterando, porém, a concepção básica de seus componentes. Um número maior de experimentos será necessário para estabelecer a influência da catenária nas medidas realizadas. Calibração de sensor aerodinâmico (pipa) com anemômetro tipo aeronave 6 - AGRADECIMEN'TOS atrnosphere. Boundary Layer Meteorol., v. 87, p. 1-25, 1998. Os autores desej;sm agradecer à Fundação de st2dn de ~iiln IFAPFSP) -- S5n --- P . --.- -- --- / > Amparo a Pesquisa do E -.--v através do Auxílio a Pesquisa Individual 96/12 147-9, que \- FISCH, G. Características do perfil vertical do vento no Centro de Lançamento de Foguetes de Alcântara 21, 1999. kite based ary Layer