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Sociedade Brasileira de Química (SBQ) Efeito do pH sobre a determinação da concentração crítica micelar da Yucca shidigera por espectroscopia no UV-Vis 1 * 1 1 Regina D. E. Carvalho (PG) ,Flávia Gonçalves Pacheco (PG), Jefferson Patrício Nascimento (PG), 1 1 Max Passos Ferreira (PG), Clascídia Aparecida Furtado (PQ). [email protected] 1 Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear – CDTN/CNEN Palavras Chave: Saponinas, CMC, Yucca. Introdução A Yucca schidigera é uma planta nativa do deserto pertencente à família Agavaceae. O seu pó e extrato são aplicados em diversas áreas, tais como: aditivo em ração animal, agente espumante e emulsionante em bebidas e cosméticos; agentes de solubilização para vitaminas e minerais; em aditivos alimentares e como ingredientes chave em tecnologias para a diminuição do nível de colesterol nos alimentos (gorduras, manteiga, leite) [1]. Tal planta contém saponinas que são glicosídeos amplamente distribuídos no reino vegetal, sendo consideradas surfactantes naturais por possuírem uma estrutura anfifílica [1]. A exploração de suas propriedades surfactantes é recente e parâmetros importantes no entendimento dessas propriedades ainda precisam ser conhecidos. As saponinas formam micelas acima de uma concentração critica, quando em solução aquosa. Os parâmetros de formação micelar, concentração micelar critica (CMC) e número de agregação, estão ligados à capacidade do surfactante em extrair um soluto de uma solução e são fortemente influenciados pelas condições de fase aquosa, tais como: temperatura, concentração de sal e pH [2]. Neste trabalho, foi avaliado o efeito do pH na determinação da CMC da Yucca schidigera pelo método de espectrometria de absorção no UV-Vis. Resultados e Discussão Para a determinação da CMC da Yucca foi preparada uma solução estoque (SEy) 0,1% em volume em dioxano, em diferentes pH (4, 7 e 10). Diluições com concentrações acima e abaixo da CMC da Yucca (0,01% p/v, determinada por medidas de tensão superficial) [3] foram preparadas a partir da SEy. A determinação da CMC por espectroscopia de absorção no UV–Vis baseia-se na mudança das medidas de absorbância nos comprimentos de onda = 250 e =312, quando o surfactante é adicionado a uma solução de benzoilacetona (BZA) [4]. Em água, a BZA existe nas duas formas: ceto e enol. Porém, quando um surfactante com concentração acima da CMC é adicionado à solução de BZA, a porcentagem do tautômero enol sobe abruptamente. Observa–se na Fig.1 que os valores de absorbância nos níveis de concentração acima e abaixo da CMC, são aproximadamente constantes para amostras com pH 4 e pH 7 na faixa de concentração considerada. Em pH 10, acima da 36a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química CMC, a banda de absorção centrada em = 312 nm (devido à forma enólica) aumentou e, em paralelo, a banda de absorção centrada em= 250 nm (devido à forma ceto) diminuiu. O ponto onde as retas se cruzam (0,095% p/v) é similar ao valor de CMC encontrado na literatura. Figura 1. Valores da absorbância do BZA em função da concentração de Yucca (% p/v) em A) pH 4, B) pH 7 e C) pH 10. Conclusões O equilíbrio ceto-enol da BZA em dioxano em pH 4 e 7 não foi alterado com a presença da Yucca em concentrações até 0,02%p/v, não permitindo a determinação da sua CMC nesses valores de pH. Agradecimentos INCT de Nanomateriais de Carbono, Nacional de Grafite Ltda., CNPq, FAPEMIG e CNEN. ____________________ 1 Güçlü-ustündağ, O e Mazza, G. Crit. Rev. Food. Sci. 2007, 47, 3, 231– 258. 3 Golemanov, K.; Tcholakova, S., Denkov, N., Pelan, E., Stoyanov , D.S. Langmuir. 2012, 28, 12071−1208. 3 Mitra , S.; Dungan, R. S. J. Agr. Food. Chem. 1997, 45, 1587-1595. 4 Domínguez, A. et al. J. Chem. Educ. 1997,74,10.
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