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Proposta de Arte................ ........................... .....................................................................03 2 Proposta de Ciências................ ..........................................................................................03 3 Proposta de Educação Física........... ........................... ......................................................25 4 Proposta de Ensino Religioso........... .......................... .......................................................36 5 Proposta de Geografia............... .........................................................................................42 6 Proposta de História.................... ........................... ............................................................52 7 Proposta de LEM – Inglês........... ........................... ............................................................60 8 Proposta de Língua Portuguesa … ........................... .........................................................67 9 Proposta de Matemática............... .......................... ...........................................................78 2 PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE 1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA É impossível desvincular de nossas vidas o ser, o fazer artístico, pois a história da humanidade se fez basicamente através dos vários meios pelos quais o homem se expressou e deixou seus primeiros registros nas cavernas. E importante considerar a arte como fruto da percepção, da necessidade de expressão e da manifestação da capacidade criadora humana, ela converte-se numa síntese superior do trabalho dos sujeitos, na medida em que ela é um dos meios pelo qual o homem supera no seu fazer, os limites da utilidade material imediata, que ultrapassa os condicionamentos da sobrevivência física e torna-se parte fundamental do processo de humanização, isto é, de como os seres humanos se constroem continuamente. A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é transformar e nesse processo o sujeito também se recria. Portanto, Arte como linguagem na construção do conhecimento passa a ser compreendida como eixo de ligação entre o conteúdo sujeito e a cultura em suas produções e manifestações artísticas. Ao se apropriar dos elementos formais das mesmas, o sujeito torna-se capaz de refletir, de interpretar e de posicionar diante do objetivo de estudo. Assim a disciplina de arte para os alunos do Ensino Fundamental deverá estabelecer as formas de relação da arte com a sociedade numa dimensão ampliada, enfatizando a associação desta com a cultura e a linguagem. Desse modo, a Cultura funcionará como uma lente através da qual o aluno se vê, se compreende se inclui, se localiza, se insere na diversidade, bem como se relaciona, participa re- significa, enfim percebe o mundo, provocando-se para a inauguração de novos códigos e signos, e não somente para a reprodução de padrões estabelecidos. Não se pode exigir que todos os alunos ajam uniformemente e respondam da maneira que desejamos, assim é importante obter sempre varias maneiras de expressão artística, dando a todos a oportunidade de se descobrir, se encantar e valorizar sua autoestima, “pois cada qual tem o seu talento”. 3 Todo conhecimento a ser ampliado, adquirido e assimilado necessita de direcionamentos preestabelecidos para que se atinjam os objetivos propostos. Assim dentro de Arte, considera-se que o aluno da educação básica deve ter acesso ao conhecimento presente nas diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a proximidade das mesmas com o seu universo com maior ou menor ênfase, considerando a importância da arte no momento histórico vivido. As expressões artísticas tanto desenho, quanto música e teatro, não apresentam, nada extraordinário, são contextos que de maneira simples tornam mais natural à aprendizagem da disciplina. Assim, deve-se ampliar o repertório cultural do aluno a partir de conhecimentos estéticos, artísticos contextualizados, aproximando-o do universo cultural da humanidade, buscando contribuir com o fortalecimento de experiências sensíveis e criativas para as identidades artísticas, possibilitando aos educandos o acesso às obras artísticas, música, dança, teatro e artes visuais para que os mesmos possam familiarizar -se com as diversas formas de produção de arte. 3. CONTEÚDOS As quatro linguagens artísticas têm um desenvolvimento histórico diferenciado e ingressam na escola em momentos diferentes, no entanto, possuem a mesma importância como instrumentos educativos, quando e pretende ampliar as possibilidades da apropriação dos conteúdos em Arte durante o processo de escolarização sempre levando em consideração a diversidade existente em sala de aula. Nesse contexto o ensino de Arte estará também considerando a inserção dos desafios educacionais contemporâneos como forma de educar para a cidadania. Portanto, todos os conteúdos estruturantes estão presentes nas linguagens artísticas, desdobrando-se em conteúdos específicos em cada uma delas e serão desenvolvidas gradativamente durante o curso. CONTEÚDOS ELEMENTOS ESTRUTURANTES FORMAIS Altura COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS E Ritmo Arte Arte Melodia Oriental, Arte Africana, Greco-Romana, 4 Arte Duração Timbre MÚSICAS Intensidade Densidade Harmonia Medieval, Renascimento, Rap, Tonal Tecno, Classicismo, Modal Romantismo, Vanguardas Contemporânea Artísticas, Engajada, Escalas Música Serial, Música Eletrônica, Sonoplastia Música Minimalista, Arte Popular, Estrutura Arte Indígena, Brasileira, Gêneros: folclórica Ponto Linha Superfície Textura ARTES VISUAIS Volume erudita, Arte Indústria Barroco, Arte Arte Paranaense, Técnicas: instrumental, vocal Cultura, Arte Word Music, mista,improvisação Latino-Americana Figurativa Arte Pré-histórica, Arte no Antigo Abstrata Egito, Arte Romana, Figura-Fundo Arte Pré-Colombiana, Arte Oriental, Africana, Arte Bidimensional Arte Medieval, Bizantina, Arte Tridimensional Arte Romântica, Gótica, Arte Semelhanças Contrastes Renascimento, Barroco, Ritmo Visual Neoclassicismo, Romantismo, Gêneros: Realismo, Greco- 5 Luz Cor Paisagem, retrato, Impressionismo, natureza-morta... Expressionismo, Fausismo, Técnicas: gravura, Cubismo Pintura, escultura, arquitetura, Abstracionismo, Dadaísmo, fotografia, vídeo Construtivismo, Surrealismo, Op-Art, ArteNaif, Pop-art, Vanguardas Arte Popular artísticas, Arte Indígena, Arte Brasileira, Paranaense, Arte Indústria Cultural, Arte Latino-Americana, Muralismo... Personagem (Expressões Representação Arte Arte Greco-Romana, corporais, vocais,gestuais Texto Dramático Oriental, Arte Africana, Arte e faciais) Dramaturgia Medieval, Renascimento, Roteiro Barroco, Neoclassicismo, Espaço Cênico, Romantismo, Realismo, Sonoplastia, Iluminação, Expressionismo, Vanguardas Cenografia, Artísticas,Teatro Figurino, Adereços, Dialético, Ação máscara, caracterização Teatro do Oprimido, Teatro Pobre 6 TEATRO Teatro Essencial, Teatro do Absurdo, maquiagem Espaço Gêneros: Tragédia, Comédia Arte Engajada, Drama, Épico, rua, Arte Popular, Etc Indígena, Arte Técnicas: Teatrais, Arte Jogos Arte Brasileira, Paranaense, Enredo, Teatro Indústria Cultural, Arte Direto, Teatro Latino-Americana... indireto (manipulação, bonecos, sombras...), improvisação, monólogo, dramáticos, jogos direção, produção... Movimento Eixo Arte Pré-Histórica, Arte Greco-Romana, Corporal Dinâmica Arte Oriental, Africana, Aceleração Arte Medieval, Ponto de Apoio Renascimento, Barroco, Salto e queda Neoclassicismo, Romantismo, Rotação Expressionismo, Vanguardas Formação Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Deslocamento Arte Brasileira, Paranaense, Sonoplastia Dança Circular, Coreografia Indústria Cultural, Dança Tempo Espaço ARTE Arte Arte 7 Clássica, Gêneros:folclóricas, Dança Moderna, Dança de salão, Contemporânea, Hip Hop, Arte LatinoAmericana... étnica... Técnicas: improvisação, Coreografia... A partir da lei 10.639/03, referente à História da Cultura Afro-Brasileira e Africana. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Artes ELEMENTOS FORMAIS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Artistas Plásticos Influência da arte africana nas obras de Visuais artistas contemporâneos. Máscara, Esculturas (Argila, Madeira, Músicas Textura, Superfície e Metal), Ornamentos, Tecelagem, Volume. Pintura Corporal e Estamparia. Cantores Compositores Negros e Contribuições Africana Artísticas na formação Brasileira:- da Tapeçaria, da Cultura Música Popular a origem do batuque, do lundu e do samba, entre outros. Dança Rituais das Culturas de Danças de Natureza Matriz Africana Religiosa: Candomblé Lúdica: Brincadeira de Roda Funerária: Axexê Guerreira: Congada 8 Dramática: Maracatu Profana: jongo Obs. A abordagem dos conteúdos estruturantes, pelo conhecimento pelas práticas e a fruição artística estarão presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries, considerando o grau crescente de dificuldade. 4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS As aulas de ensino de Arte propiciarão atividades aos estudantes para o aprender a fazer e analisar produções artísticas e estéticas. Isso de tal maneira que apresentem progresso em seu saber artístico e estético nas dimensões técnicas, inventiva, representacional e expressiva do mundo, afim de que os alunos exercitarem aplicações práticas - teóricas sobre os conteúdos estéticos e artísticos. Ao serem propostas as atividades práticas e teóricas serão observados uma constante sintonia com o desenvolvimento das capacidades e habilidades artísticas e estéticas que estão sendo trabalhadas. Portanto, serão organizadas atividades que levarão a uma busca de soluções para problemas pensados a partir da realidade dos alunos, possibilitando estabelecer uma unidade, integrando-se em um trabalho mais efetivo de formação e desenvolvimento do aluno, pois a arte e suas múltiplas linguagens representam um contraponto com a grande quantidade de racionalismo existente no currículo escolar. Sem o estudo e a prática dessa disciplina, os alunos tendem a ter uma visão restrita de si mesmo e da própria cultura. O ensino de arte visa torna -los mais sensíveis e mais críticos e respeitando às diferenças, sendo tolerantes e flexíveis, adaptando -se ao fato de que pessoas, culturas, são diferentes umas das outras, e que é possível aprender com esse universo. O conteúdo trabalhado busca o desenvolvimento do gosto artístico entre os alunos. As aulas serão desenvolvidas considerando o: Teorizar: que fundamenta e possibilita ao aluno perceber e apropriar da obra artística, bem como, desenvolver um trabalho artístico para formar conceitos artísticos. 9 Sentir e Perceber: que são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte. Trabalho Artístico: que é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte. O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera -se que o aluno tenha vivenciado cada um deles. 5. AVALIAÇÃO Ao se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir -se ao conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em suas experiências práticas quanto conceituais (teóricos), pois avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno posicionar -se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo da aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções. A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, serão utilizados instrumentos de verificação tais como: Trabalhos artísticos individuais e em grupo; Pesquisas bibliográficas e de campo; Debates em forma de seminários e simpósios; Provas teóricas e práticas; Registros em forma de relatórios, gráficos, audiovisual e outros. Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando ás seguintes expectativas de aprendizagem: A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito escolar em sua realidade singular e social; A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias. 10 Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, para isto se estabelecem os critérios, para, em seguida escolherem -se os procedimentos, inclusive aqueles referenciais a seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e aprendizagem. Serão considerados como critérios: participação, pontualidade na entrega das atividades, assiduidade, organização, criatividade etc. Será, portanto avaliado o processo de construção do cidadão para convivência social humana. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTELLO, Augusta Maria. Palavra em Ação: Minimanual de Pesquisa Arte. Editora: IBEP s/d. CANTELE, Bruna Renata; LEORDINA, Ângela Cantele. Arte e Linguagem Visual – 5º à 8º. Educação Artística IBEP. COTRIN, Gilberto. Educação Artística: 1º Grau Expressão Corporal – Musical – Plástica. FLEITAS, Juliana; FLEITAS, Orlando. Arte e Comunicação. Volume B. Editora: F.T.D GABRYELLE, Thayanne. A Conquista da Arte – 5º a 8º. Educação Artística S/A. ISAÍAS, Marchesi Jr., Atividades de Educação Artística. Volume 02. PARANÁ, Secretária de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte: Ensino Fundamental. Curitiba, 2008. _______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR, 2008. _______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005. REBERVEL, Olga. Um Caminho do teatro na Escola: Série – Pensamento e ação no magistério. Editora: Scipione. VALADARES, Solange; DINIZ, Célia. Arte no Cotidiano Escolar. Volume 01 à 04. Editora: FAPI. VASCONCELOS, Thelma; NOGUEIRA, Leonardo. Reviver Nossa Arte. Editora: Scipione. XAVIER, Natália; AGNER, Alberto. Viver com Arte. Volume 01 à 04 11 PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Ciência é uma atividade humana complexa, histórica e de construção coletiva. Assim faz-se necessário ensinar Ciências porque durante todo o desenvolvimento da humanidade, as pessoas sempre buscaram explicar os fenômenos que observam tentando encontrar as melhores soluções para seus problemas. Nessa busca, a Ciência tornou-se uma das formas pelas quais as pessoas formulam explicações, portanto é fruto do conhecimento e da criatividade humana e está em constante aperfeiçoamento e reformulação. O conhecimento científico é fundamental para o exercício pleno da cidadania no mundo atual, permitindo que as ações de preservação ambiental sejam mais eficientes e comprometidas com o futuro das espécies do planeta e com a melhoria da qualidade de vida da população. A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico, que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constituem o Universo em toda sua complexidade, devendo os educadores direcionar a aprendizagem no sentido de interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida. De acordo com a DCEs, a disciplina de Ciências, tem em seus conteúdos estruturantes, os campos de estudo que as identificam como conhecimento histórico. Dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos básicos a serem trabalhados por série, compostos tanto pelos assuntos mais estáveis e permanentes da disciplina quanto pelos que se apresentam em função do movimento histórico e das atuais relações sociais. Esses conteúdos são articulados entre si e fundamentados nas respectivas orientações teórico-metodológica curricular das escolas. No ensino de Ciências, espera-se que os alunos, como membros de uma sociedade democrática, estejam informados para de forma esclarecida enfrentar os inúmeros problemas que afetam nossa vida, como: a poluição, a destruição dos ecossistemas, perda e alteração na biodiversidade, os danos causados pelas 12 drogas, e pela alimentação desequilibrada, etc. Para que essas questões sejam compreendidas adequadamente, é necessário ter conhecimento básico de Ciências, que permita não só a compreensão e o acompanhamento das rápidas transformações tecnológicas utilizadas, mas que desenvolva no aluno o espírito investigativo e crítico estimulando-o a questionar e combater preconceitos, além de considerar a diversidade um meio para mudanças na forma de agir. Assim, compreendendo que a Ciência não é um conjunto de conhecimentos estabelecidos, mas que se modifica ao longo do tempo, buscando sempre corrigí-los e aprimorálos. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS E ESPECÍFICOS 5ª série – Ensino Fundamental Conteúdos Estruturantes Astronomia Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Universo Galáxias, Movimento do Universo Sistema Solar Os Planetas do Sistema geocentrismo, heliocentrismo Movimentos terrestres rotação, translação, estações do ano solar, Matéria Constituição da matéria Conceito, atmosfera terrestre primitiva, camadas atmosféricas, solos, rochas, minerais, água. Sistemas Biológicos Níveis de organização Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular, pluricelular, procarionte, eucarionte, autótrofo,heterótrofo. Energia Formas de Energia Energia elétrica, energia eólica. Conversão de energia Fontes de energia renováveis e não renováveis. 13 Transmissão de energia Mudanças de estado físico Biodiversidade Organização dos seres Diversidade das espécies, extinção de vivos espécies, comunidade, população. Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações; Sistemática Ecossistemas Evolução Vivos dos Conceito de ecossistemas características); biodiversidade, (dinâmica e Seres Teorias evolutivas 6ª série – Ensino Fundamental Conteúdos Conteúdos Básicos Conteúdos específicos Estruturantes Astronomia Movimentos Terrestres celestes. Astros Constituição físico-química dos astros. Constituição da matéria Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, manto terrestre, núcleo terrestre, estrutura química da célula. Célula Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares estrutura celular, fotossíntese, reserva energética. Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos. Características gerais dos seres vivos, órgãos e sistemas animais e vegetais. Matéria Sistemas Biológicos Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua, e constelações, dias e noites. 14 Formas de energia Energia luminosa, energia térmica. Conversão de Energia. A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas ectotérmicos, sistemas endotérmicos, eletromagnetismo, conversão de energia potencial em cinética. Transmissão de Energia Irradiação, sistemas de transmissão de energia. Organização dos Seres Vivos. Deriva continental, diversidade das espécies, extinção de espécies. Sistemática. Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações. Ecossistemas. Eras geológicas Energia Biodiversidade 7ª série – Ensino Fundamental Conteúdos Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Movimentos Terrestres e Celestes. A esfera terrestre e seu sistema de coordenadas, a esfera celeste e suas coordenadas. Origem e evolução do Universo. Teorias sobre a origem do Universo (Teorias Cosmogônicas), modelos de Universo finito, modelos de Universo inflacionário, modelos de universo em expansão, a teoria da relatividade e a cosmologia moderna. Estruturantes Astronomia Matéria Constituição da matéria. Conceito de matéria , átomos, modelos atômicos, elementos químicos, íons ligações químicas, substâncias, reações químicas, funções químicas inorgânicas ácidos, bases,sais, óxidos, lei da conservação da massa, compostos orgânicos. 15 Sistemas Biológicos Célula. Histórico celular, mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese, reserva energética. Energia Formas de energia. Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa, energia nuclear, energia elétrica, energia química, energia eólica. Biodiversidade Evolução dos seres Teorias evolutivas. vivos. 8ª série – Ensino Fundamental Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Astronomia Astros. Estrelas planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis meteoros, meteoritos, cometas. Gravitação universal. Matéria Propriedades da matéria. Leis de Kepler, leis de Newton. Massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrubilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, elasticidade, permeabilidade, condutibilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor. Morfologia e Sistema sensorial, sistema endócrino, fisiologia dos seres sistema nervoso. vivos. Sistemas Biológicos Mecanismos de herança genética. Noções de hereditariedade, mutação genética. Conversão de Sistemas semi-conservativos, ciclos de matéria, electromagnetismo, movimentos, 16 energia. velocidade, aceleração, colisões, trabalho, potência. Energia Transmissão de energia. Biodiversidade Interações ecológicas. Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão de energia, leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de forças. Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações intraespecíficas. Os conteúdos relacionados com à Lei Nº 10.639/03 que se refere a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a Lei Nº 11.645/08 referentes à História e Cultura Afro Brasileira e Indígena serão trabalhados de forma a considerar a construção histórico- científica desses povos e sua influência em nossa vida, bem como os conteúdos dispostos pela Lei Ambiental Nº9795/99 referente a preservação do meio ambiente. 3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Na metodologia, os professores se embasam na teoria da aprendizagem de Ausubel que propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz. A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio. Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo. Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho 17 pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os avanços da produção científica. Na organização do Plano de Trabalho Docente faremos reflexões a respeito das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final. Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais tanto para a nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos, assim três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental. Entretanto consideraremos outras variáveis que interferem no processo ensinoaprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de ciência do professor e a qualidade de sua prática de ensino. Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de forma bem articulada os seguintes itens: · recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros; · de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros; · de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates. As aulas expositivas quando enriquecidas com as estratégias de ensino e os recursos pedagógicos -tecnológicos e instrucionais são fundamentais na prática docente. E, estes recursos contribuem de forma significativa para melhorar as condições de aprendizagem aos estudantes. 18 Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos metodológicos que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos e o lúdico. 4. AVALIAÇÂO A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula. Assim serão utilizados os seguintes instrumentos: Instrumentos A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de avaliação contínua e formativa. Assim serão utilizados os seguintes instrumentos: Atividade de leitura compreensiva de textos; Pesquisa bibliográfica; Produção de textos; Palestra e ou apresentação oral; Atividades experimentais; relatórios; Seminários e debates; Atividades com textos literários; Atividades a partir de recursos áudio -visuais; Trabalhos em grupo; Questões discursivas e objetivas. 19 Critérios de Avaliação Neste contexto utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada instrumento. Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar: houve compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias; o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma adequada; foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. Para avaliarmos a pesquisa bibliográfica analisaremos os passos da consulta bibliográfica se estão atendendo as orientações. Na produção de textos considerar-se-á se o aluno produziu textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.), expressar as ideias com clareza (coerência e coesão), adequou a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura, elaborar argumentos consistentes, produziu textos respeitando o tema, estabeleceu relações entre as partes do texto. Na apresentação oral serão utilizados critérios como: conhecimento do conteúdo, argumentos selecionados, adequação da linguagem, sêquencia lógica e clareza na apresentação, criatividade no uso de recursos; sempre considerando as dificuldades especiais apresentadas pela inclusão. Com as atividades experimentais levaremos em consideração: a compreensão do fenômeno experimentado, o conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. 20 O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas e a qual os resultados obtidos considerando os elementos do relatório. No seminário os critérios de avaliação são: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas, a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados), a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa, os relatos trazidos para enriquecer a apresentação e a adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. O debate nos possibilita: o uso adequado da língua portuguesa em situações formais, o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate e a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. A atividade com o texto literário possibilita: a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto, a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido e o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário. As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilitam avaliar, entre outros critérios: a compreensão e interpretação da linguagem utilizada, a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual e o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso; Nos trabalhos em grupo será considerado se cada aluno: demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados e compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. Nas questões discursivas e objetivas alguns critérios devem ser considerados: 1. compreensão do enunciado da questão; verificar se o aluno planejou a solução, e se 21 2. essa tentativa foi adequada. A questão objetiva possibilita a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro, Avaliação – um processo Intencional e Planejado. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – 2008. _______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR,2008. _______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de PósGraduação em Ensino de Ciências; Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios, Wildson Luiz Pereira dos Santos. REV. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl, Márcia Pirih Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski. 22 PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A História da educação Física relaciona-se com todas as ciências que estudam o passado e o presente das atividades humanas e a sua evolução. O homem, condicionado a situações de ser pensante, desempenhou, em todas as etapas da vida, um papel importante na história da educação física, a qual se propõe a investigar a origem e o desenvolvimento progressivo de suas atividades físicas, através do tempo: sua importância, as causas de seu apogeu e da sua decadência. A educação física evolui à medida que se processa a evolução cultural dos povos. Assim a sua orientação no tempo e no espaço está em sintonia com os sistemas políticos, sociais, econômicos e científicos vigentes nas sociedades humanas. Na pré-história havia a preocupação do desenvolvimento da força bruta, sob o ponto de vista utilitário-guerreiro, sem ideia definida do ponto de vista moral. Já na Antiguidade, os gregos, entretanto, mais evoluídos, visavam o desenvolvimento físico e moral do homem. Nesse período, a educação física visava o aspecto somático, harmonia de formas, musculatura saliente, sem exagero; de onde surgiram os atletas de porte esbelto. É a fase anatômica da educação física. Entre os romanos, que herdaram com a conquista da Grécia, as atividades físicas dos gregos, em plena decadência, orientavam a educação física, objetivando o desenvolvimento das massas musculares. Pouco se dedicavam à cultura intelectual e muito menos a da moral. As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob o amparo dos conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada ginástica surgiu, a partir da preocupação com o desenvolvimento da saúde e formação moral dos cidadãos brasileiros. Nesse contexto a educação física ganha espaço na escola, uma vez que o físico disciplinado era exigência da nova ordem em formação. No início do século XX, a partir de 1929, a disciplina de Educação Física tornase obrigatória nas instituições de ensino, por um anteprojeto publicado pelo então 23 Ministro da Guerra. Esse período foi marcado pela intensificação do forte componente militar nos métodos de ensino da Educação Física nas escolas brasileiras. No final da década de 1930, o esporte se popularizou e, passou a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de educação física. Já no início da década de 1940 ocorreu a “desmilitarização” da educação física brasileira que foi sobreposta por outras formas de conhecimento sobre o corpo. Nesse período houve difusão do esporte na sociedade e as aulas de Educação Física assumiram códigos esportivos do rendimento, competição, comparação de recordes, regulamentação rígida e a racionalização dos meios e das técnicas. Com as reformas educacionais desta década a Educação Física tornou-se uma prática obrigatória, desta vez com carga horária estipulada. Com o golpe militar de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase nas escolas especialmente nas aulas de Educação Física. Outras reformas educacionais nesse período consolidaram o esporte e sua hegemonia como objeto principal nas aulas de educação física. E, nos currículos o enfoque pedagógico estava centrado na competição e na performance dos alunos, os esportes olímpicos foram priorizados para formar atletas para representar o país. Na década de 70, a Lei n.5692/71, manteve o caráter obrigatório da disciplina de Educação Física nas escolas, com legislação específica, sendo integrada como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do sistema de ensino, porém ficou em alguns casos subordinada a outras disciplinas escolares, tornando-se um elemento colaborador para o aprendizado de conteúdos diversos àqueles próprios da disciplina. A partir dos anos 80, houve um movimento de renovação do pensamento pedagógico da Educação Física como consequência da abertura de cursos na área de humanas, principalmente em educação, com novas tendências ou correntes de ensino da Educação Física, cujos debates e críticas buscavam bases para uma formação integral, portanto que valorizasse a atividade física não só como coadjuvante, mas como elemento necessário para que essa formação se estabelecesse. 24 No Paraná, nos anos 90 surgiu o Currículo Básico para a escola pública e neste a Educação Física, fundamentava-se na pedagogia histórico-crítica, numa perspectiva progressista e crítica. O reflexo desse contexto para a educação física configurou-se em levar os educandos à tomada de consciência sobre seus corpos, não no sentido biológico, mas especialmente em relação ao meio social em que vivem, embora houvesse rigidez na escolha dos conteúdos. Nessa mesma década os avanços teóricos da disciplina sofreram retrocesso, após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), pois a introdução dos temas transversais acarretou um esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina em detrimento do conhecimento e reflexão sobre as práticas corporais, historicamente produzidas pela humanidade, conteúdos de Educação Física. No Paraná, dentro do projeto amplo de educação que considera a escola como espaço que deve garantir ao aluno acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade a Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao Projeto Político Pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando o exposto, defende-se que as aulas de Educação Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala. A Educação Física tem como objeto de ensino /estudo, a Cultura Corporal, deve ainda, ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, haverá enriquecimento dos conteúdos com experiências corporais de diferentes culturas, priorizando as particularidades de cada comunidade. Considerando que a Cultura Corporal é a concepção defendida na atualidade pelas diretrizes, e que, representa as formas culturais do movimentar -se humano historicamente produzidas pela humanidade, busca -se, possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social, isto, para ir além da ideia de que o movimento é predominantemente um comportamento motor, mas também histórico e social. Nesse sentido a Educação Física se insere neste projeto com a função social de contribuir para que o aluno se torne sujeito capaz de reconhecer o próprio corpo, 25 adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais, tornando-se um ser humano crítico e reflexivo, sujeito e agente histórico, político, social e cultural. 2 CONTEÚDO ESTRUTURANTE / CONTEÚDOS BÁSICOS / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Os Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes: Esporte; Jogos e Brincadeiras; Ginástica; Lutas e Dança. Estes serão abordados em complexidade crescente rompendo a visão etapista de conhecimento, cuja exposição de conteúdos pauta-se em pré-requisitos, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem. Propõe-se uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da diversidade nas relações sociais. Por isso, as aulas de Educação Física podem revelar-se excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para que o outro seja considerado, serão desenvolvidas atividades com relação à Lei Nº 10.639/03 que refere a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a Lei Nº 11.645/08 referente à História e Cultura Afro -Brasileira e Indígena, a Lei Ambiental Nº9795/99 referente a preservação do meio ambiente e relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos. Assim sendo, os conteúdos básicos e específicos serão desenvolvidos de quinta a oitava séries, respeitando assim, a amplitude, complexidade e aprofundamento de cada série; enriquecendo os conteúdos com experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando os particulares de cada comunidade. CONTEÚDO ESTRUTURANTE ESPORTE CONTEÚDO BÁSICO Coletivos CONTEUDO ESPECÍFICO Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futsal; futvôlei. 26 Individuais Atletismo; natação; tênis de mesa; Radicais Skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf e outros. JOGOS E Jogos e brincadeiras amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no BRINCADEIRAS populares poço; mãe pega; stop; bolinha de gude; bets; peteca; fito; pipa; rela; corrida de sacos; pau de sebo; perna de pau; perna de lata; raminho verde; passa anel; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; polícia e ladrão; bilboquê DANÇA Brincadeiras e cantigas de roda gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira e outros. Jogos de tabuleiro Dama, trilha, resta um, xadrez, kalah, tate-ti. Jogos dramáticos Improvisação; imitação; mímica. Jogos cooperativos futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço e outros. Danças folclóricas fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café;ciranda; carimbó;caninha verde; dança do milho entre outras. Danças de salão valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango. Danças de rua break; funk; house; locking, ; raggae Danças criativas elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento e improvisação; atividades de expressão corporal. 27 GINÁSTICA Danças circulares Contemporâneas; folclóricas; sagradas. Ginástica artística/ olímpica solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas; trave de equilíbrio Ginástica rítmica Corda, arco, bola, maças; fita. Ginástica de Condicionamento Físico alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; jump; pular corda; pilates; hidroginástica e outros. Ginástica Circense malabares;tecido;trapézio;acrobacias; trampolim. Ginástica Geral LUTAS malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim. Lutas de aproximação judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô Lutas que mantêm distância karatê; boxe; muay thai; taekwondo. Lutas com instrumento mediador Esgrima; kendô Capoeira Angola; regional 5ª série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1. Ginástica 1.1 Ginástica Condicionamento físico 1.1.1 Alongamentos, Ginástica, Aeróbica, pular corda. 2. Jogos 2.1 Jogos e Brincadeiras Populares 2.2 Jogos Dramáticos 2.3 Jogos de Tabuleiro 2.1.1 Mãe-pega, stop, peteca, queimada, duromole, e outros; 2.2.1 Imitação e Mímica; 2.3.1 Dama, Trilha. 3. Esporte 3.1 Esportes coletivos 3.1.1 Futsal 3.1.2 Voleibol 3.1.3 Basquetebol 28 3.2 Esportes individuais 3.1.4 Handebol 3.2.1 Atletismo 3.2.2 Tênis de Mesa 4. Lutas 4.1 Capoeira 4.2 Lutas com aproximação 4.1.1 Capoeira Regional 4.2.1 Cabo de Guerra, Judô, Luta olímpica 5. Dança 5.1 Danças criativas 5.1.1 Atividades da expressão Corporal 5.2.1 Quadrilha 5.2 Danças Folclóricas 6ª série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1. Ginástica 1.1 Ginástica Condicionamento físico 1.1.1 Alongamentos,Ginástica, Aeróbica, pular corda. 2. Jogos 2.1 Jogos e Brincadeiras Populares 2.2 Jogos Dramáticos 2.3 Jogos de Tabuleiro 2.1.1 Mãe-pega, stop, peteca, queimada, duromole, e outros; 2.2.1 Imitação e Mímica; 2.3.1 Dama, Trilha. 3. Esporte 3.1 Esportes coletivos 3.1.1 Futsal 3.1.2 Voleibol 3.1.3 Basquetebol 3.1.4 Handebol 3.2.1 Atletismo 3.2.2 Tênis de Mesa 3.2 Esportes individuais 4. Lutas 4.1 Capoeira 4.2 Lutas com aproximação 4.1.1 Capoeira Regional 4.2.1 Cabo de Guerra, Judô, Luta olímpica 5. Dança 5.1 Danças criativas 5.1.1 Atividades da expressão Corporal 5.2.1 Quadrilha 5.2 Danças Folclóricas 29 7ª série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1. Ginástica 1.1 Ginástica Condicionamento físico 1.1.1 Alongamentos,Ginástica, Aeróbica, pular corda. 2. Jogos 2.1 Jogos e Brincadeiras Populares 2.1.1 Mãe-pega, stop, peteca, queimada, duromole, e outros; 2.2 Jogos Dramáticos 2.3 Jogos de Tabuleiro 2.4 Jogos Cooperativos 2.2.1 Imitação e Mímica; 2.3.1 Dama, Trilha. 2.4.1 Futpar, volençol, tato contato, salve-se com um abraço, dança das cadeiras cooperativas, e outros 3. Esporte 4. Lutas 5. Dança 3.1 Esportes coletivos 3.1.1 Futsal 3.1.2 Voleibo 3.1.3 Basquetebol 3.1.4 Handebol 3.2 Esportes individuais 3.2.1 Atletismo 3.2.2 Tênis de Mesa 4.1 Capoeira 4.1.1 Capoeira Regional 4.2 Lutas com aproximação 4.2.1 Cabo de Guerra, Judô, Luta olímpica 5.1 Danças criativas 5.1.1 Atividades da expressão Corporal 5.2 Danças Folclóricas 5.2.1 Quadrilha 30 8ª série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 1. Ginástica 2. Jogos CONTEÚDOS BÁSICOS 1.1. Ginástica de Academia 1.1.1. Os riscos das atividades físicas esporádicas (Primeiros Socorros); 1.2. Ginástica Circense 1.1.2. Ginástica Aeróbica; 1.1.3. Ginástica Localizada 1.1.4. Pilates 1.1.5. Qualidades Físicas de Base; 1.1.6. Diferenças Física e biológicas entre os sexos. 2.1.Jogos Cooperativos 2.1.1. Competir ou cooperar eis a questão. 2.2. Jogos Dramáticos 2.3. Jogos de Raciocínio. 3. Esporte 4. Lutas CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 2.1.2. Futpar, volençol, handboliche, dança das cadeiras cooperativa 2.2.1. Imitação e Improvisação; 2.3.1. Dominó Humano, Testes de Qi, Desafios, Dinâmias. 3.1. Esportes Coletivos 3.1.1. Futsal; 3.1.2. Voleibol; 3.1.3. Basquetebol; 3.1.4. Handebol; 3.2. Esportes Individuais 3.2.1. Atletismo; 3.2.2. Tênis de Mesa; 3.2.3. Xadrez; 3.2.4. Damas. 4.1. Capoeira 4.1.1Capoeira; jogo, luta 31 ou dança? 4.2. Lutas com instrumento 4.2.1. Cabo de guerra, mediador briga de galo 4.3 Lutas que mantém a 4.3.1. Esgrima distância 4.4. Lutas com aproximação 5. Dança 4.4.1. Boxe, Sumô, Karatê, Judô 5.1. Danças Circulares 5.1.1. Contemporâneas e folclóricas; 5.2. Danças de Rua 5.2.1. Hip Hop; 5.3. Danças Folclóricas 5.3.1. Quadrilha, Dança do pau de fitas. 5.4. Danças de Salão 5.4.1. Valsa, Bolero,Tango, Vaneirão Observação: Alguns conteúdos serão trabalhados com adaptações de materiais e apresentações de imagens, devido ao fato da dificuldade de aparelhos oficiais e locais adequados e seguros para sua prática, mas nem por isso os alunos deixarão de ter tal conhecimento, sempre considerando as necessidades apresentadas pela inclusão. 3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O professor de Educação Física tem a responsabilidade de organizar e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo com diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas reflexões. E esse mesmo conhecimento será transmitido e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que estava inserido. 32 Considerando, inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca do assunto proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem do tema, o professor propõe um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de dúvidas sobre os conhecimentos prévios. Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo sistematizado, para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo assim as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática corporal. Finalizando a aula ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos alunos que criem outras formas de atividades, vivenciando -as. Neste momento, é possível também a efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de ensino-aprendizagem, transformando -se intelectual e qualitativamente em relação a prática realizada. Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como oportunidade para re-elaborar ideias e atividades que ampliem a compreensão do aluno sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. O professor poderá de acordo com o tema proposto utilizar de recursos tecnológicos, como a exposição de vídeos na TV Pendrive, oportunizando aos alunos o contato com novas informações. Propõe-se uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da diversidade nas relações sociais. Por isso, as aulas de Educação Física podem revelar-se excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para que o outro seja considerado, serão desenvolvidas atividades referentes a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e à História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, bem como a diversidade de forma geral. Os Desafios Educacionais Contemporâneos (Prevenção ao uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e 33 Enfrentamento à Violência) serão desenvolvidos durante as aulas considerando as oportunidades e necessidades. 4 AVALIAÇÃO Os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico: Comprometimento e Envolvimento: Se os alunos entregam as atividades propostas pelo professor com zelo e prazo determinado; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de forma criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se os alunos se mostram envolvidos nas atividades, seja através de participação nas atividades práticas ou realizando relatórios. Partindo-se destes critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais como o esporte, a dança, as lutas, os jogos e brincadeiras e a ginástica. O professor estará avaliando em todos os momentos da aula e isso pode ser feito de várias formas, como diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os (pré)conceitos sobre determinados assuntos, a escrita, o debate, o desenho e a expressão corporal. Possibilitar aos alunos expressarem- se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o que mais lhe chamou a atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio processo de aprendizagem. Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizarse de outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupos, seminários, debates, júri simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupo e individual, 34 pesquisa de campo, inventário do processo pedagógico, entre outros, em que os alunos possam expressar sua opinião aos demais colegas. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORSARI, José Roberto. Educação Física da Pré- Escola à Universidade: Planejamento, programas e conteúdos. São Paulo: EPU, 1980. BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal do Esporte. São Paulo: Ícone, 2003. ( Coleção educação Física Escolar: no princípio de totalidade e na concepção histórico -crítico -social, v. 3). DARIDO, Suraya Cristina, SOUZA JUNIOR, Osmar Moreira. Para Ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. 3 ed. São Paulo: Papirus, 2009. ESCOLA ESTADUAL AFRÂNIO PEIXOTO. Projeto Político Pedagógico. Abatiá, 2010. FUGIKAWA, Sueli Litz e outros. Educação Física. Curitiba: SEED, 2006. p. 232. (Vários autores). ? PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física - Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008. _______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR, 2008. _______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005. TEIXEIRA, Hudson Ventura. Educação Física e Desportos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 1996. 35 PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O Ensino Religioso nas escolas brasileiras sempre esteve pautado no ensino do catolicismo que expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Com a República, a nova constituição separou o Estado da Igreja, mas as aulas de religião continuaram sendo mantidas nos currículos escolares. A vinculação do currículo de Ensino Religioso ao Cristianismo e as práticas catequéticas não correspondem mais ao sentido dessa disciplina na escola. Os debates a respeito de sua permanência como disciplina escolar têm sido intensos na busca de novos direcionamentos, pois tornou-se necessário um novo enfoque, já que a liberdade religiosa é garantida pela Constituição conforme artigo 5°, Inciso VI. Assim, a maneira de apreender o conhecimento passa por profundas transformações havendo uma reviravolta nas concepções da cultura ocidental. A globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo também nas manifestações religiosas, nas crenças e na própria forma de interpretar o sagrado. Portanto, dentre os grandes desafios para o Ensino Religioso na atualidade, destaca-se a necessária superação das tradicionais aulas religiosas, e a introdução de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos e símbolos sem deixar de lado as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas. A partir disso, o Ensino Religioso tem como objetivo abordar os fenômenos religiosos de forma a contribuir para a formação da cidadania e construção do conhecimento historicamente produzido pela humanidade, promovendo a reflexão e a informação, oportunizando aos alunos a possibilidade de interagir uns com os outros de modo respeitoso no convívio social. 36 A implantação Ensino Religioso segundo a Lei n° 5.492/71, deu-se em 1.972 a partir da criação da ASSINTEC (Associação Interconfessional de Curitiba) – porém somente em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a Deliberação que o instituiu como Disciplina Curricular facultativa. Assim, os conteúdos dessa disciplina deverão ser ministrados de maneira a estimular a compreensão e análise das diferentes manifestações do sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, subsidiando os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado. Faz-se necessário a abordagem da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, levando-se em consideração a obrigatoriedade em cumprimento da Lei 10639/03 nos currículos da Educação Básica, além do Ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil Lei 11645/08 como forma de valorizar devidamente a história cultural e a religiosidade desses povos, buscando reparar danos que se repetem a vários séculos , quanto as suas identidades e seus direitos. E ainda é necessário desenvolver conhecimentos relativos aos desafios educacionais contemporâneos para que o futuro cidadão tenha capacidade de compreender e enfrentar as situações de forma a assumir mudanças de atitudes. 2. OBJETIVOS GERAIS Como todo conhecimento a ser assimilado com vistas a novos comportamentos e produtivas ações humanas e sociais o Ensino Religioso também estabelece objetivos a atingir, tais como: 1. Contribuir para o desenvolvimento do sujeito, tendo em vista a aquisição de conhecimento, habilidades e a formação de atitudes e valores; 2. Abordar os fenômenos religiosos a fim de que contribuam para a formação da cidadania e construção do conhecimento historicamente produzido pela humanidade; 37 3. Promover ao sujeito a oportunidade de se tornar capaz de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, de modo a colaborar com a formação da pessoa; 4. Possibilitar a reflexão sobre religiosidade na diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o sagrado; 5. Explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressa tanto nas religiões mais sedimentadas, quanto em outras manifestações mais recentes; 6. Promover aos educandos, oportunidade de se tornarem capazes de entender os movimentos específicos das diversas culturas, sendo o substantivo religioso um forte elemento de colaborações na constituição do sujeito; 7. Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e expressão; 8. Propiciar a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade; 9. Privilegiar, analisar e compreender o estudo das diferentes manifestações do sagrado, possibilitando a analise do mesmo como cerne da experiência religiosa que se expressa no universo cultural de diferentes grupos sociais; 10. Favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e sociais, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação, reconhecendo a todos, como portadores de singularidades. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 38 O Ensino Religioso é uma disciplina que contribui para o desenvolvimento humano, além de possibilitar o respeito e a compreensão de que a nossa sociedade e formada por diversas manifestações culturais e religiosas. Assim, o conteúdo abordado, foco de estudos do Sagrado, perpassará todo o currículo da disciplina de Ensino Religioso, de modo a permitir uma analise mais complexa de sua presença nas diferentes manifestações religiosas, logo culturais e sociais. Para a disciplina de Ensino Religioso, são três os conteúdos estruturantes: Paisagem Religiosa; Universo Simbólico Religioso e Textos Sagrados. 5ª série Organizações Religiosas. Lugares Sagrados. Textos Sagrados orais ou escritos. Símbolos Religiosos. 6ª série Temporalidade Sagrada. Festas Religiosas. Ritos. Vida e Morte. 4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS 39 As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da Disciplina de Ensino Religioso devem primar pelo respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos. Portanto, a abordagem dos conteúdos terá como objeto de estudos o sagrado, e esta será a base a partir da qual serão tratados os conteúdos. A apresentação dos conteúdos específicos partirá das manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade. As tradições e manifestações religiosas mais conhecidas serão objeto de estudos ao final de cada tema trabalhado, de modo que os novos conteúdos apreendidos de outras manifestações religiosas sirvam de referências para analisar a aprofundar os conhecimentos já existentes ou praticados pelos alunos ou na comunidade. Os conteúdos das aulas não terão o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é lugar de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações. A linguagem a ser utilizada nas aulas será a pedagógica e não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar e as necessidades especiais que se apresentam, tendo sempre cuidado em evitar o uso de fontes de informações, de pesquisas comprometidas com os interesses de uma ou outra tradição religiosa. As atividades também visam articular o estudo com a vida cotidiana do educando, além de se dirigir aos demais conteúdos da educação, representados nos temas educacionais contemporâneos, sugeridos pelos Programas postos na Política Pública Estadual. As atividades referentes a Cultura Afro brasileira, Africana e Indígena, e aos temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos serão desenvolvidas através de reflexões sobre Vídeos, filmes, textos, teatrinhos, músicas, etc. 5. AVALIAÇÃO 40 Os procedimentos avaliativos a serem adotados na disciplina de Ensino Religioso não têm a mesma orientação que a maioria das disciplinas, no que se refere à atribuição de notas ou conceitos e não se constitui como objeto de reprovação. O Ensino Religioso não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, pois sua matrícula é de caráter facultativo, no entanto, a avaliação é um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina, portanto, cabe ao professor utilizar-se de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno. Os instrumentos avaliativos devem ser elaborados de forma que auxiliem o professor a registrar o quanto os alunos se apropriaram dos conhecimentos tratados, que passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado, pelos alunos. A apropriação dos conteúdos será observado em diferentes situações a medida que o aluno expressa nova relação respeitosa com os colegas de classe e suas diferentes opções religiosas, aceitando as diferenças e reconhecendo que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade de cada grupo social e usa conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado. Os resultados obtidos com essas informações darão elementos para que o professor faça as necessárias intervenções no processo de ensino, retomando aqueles conteúdos que ainda não foram apropriados pelos alunos. E ainda, a partir do processo avaliativo dos alunos, o professor poderá também fazer sua autoavaliação, que servirá de base para a continuidade de seu trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Informativo da assintec – Ensino Religioso. Curitiba 2006. PARANÁ, Secretaria de Estado da educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso. Curitiba: SEED, 2008. _______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR,2008. _______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005. 41 PROPOSTA CURRICULAR – GEOGRAFIA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A discussão a respeito do ensino de Geografia tem início pelas reflexões acerca de seu objeto de estudos. Existem denominações para esse objeto, entendidas hoje como espaço geográfico e sua composição conceitual – lugar, paisagem, território, natureza, sociedade, entre outros. A conceituação da expressão espaço geográfico exige esclarecimentos dependendo das correntes de pensamento a qual está vinculada. Assim, a tentativa de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos básicos e de entender o agir no espaço geográfico fez com que geógrafos de diferentes correntes de pensamento se especializassem em seus estudos, evidenciando muitas vezes a dicotomia entre Geografia Física e Humana. Diante disso, o conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia e o Espaço Geográfico, ficou entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionadas. Assim os objetos geográficos são inseparáveis das ações humanas, mesmo sendo eles objetos naturais. Desta forma, a espacialização dos conteúdos de ensino, bem como a explicação das localizações relacionadas aos eventos, objetos e ações, em estudo, são próprias do olhar geográfico sobre a realidade. Os inúmeros educadores que têm se dedicado a definir o significado da Geografia consideram que o ensino desta disciplina deve subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente, buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo, cabendo a esta à função de prepará-lo para uma leitura crítica da produção social do espaço. 42 A partir disso, cabe à escola, como um dos lugares onde se analisa, produz e sistematizam conhecimentos, subsidiar o aluno no enriquecimento dos saberes, para que seja capaz de interpretar, com olhar crítico, o mundo que o cerca. Para conseguir esses saberes, é necessário que o professor tenha uma postura investigativa e faça uso da pesquisa, tendo em vista sua função enquanto agente transformador do ensino, da escola e da própria sociedade. A relevância do ensino de Geografia está no fato do que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial onde o espaço se materializa através do tempo histórico. Portanto, há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos os conhecimentos específicos da geografia, com o qual ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar de considerar as adversidades das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem. É importante ressaltar que o ensino de Geografia deve privilegiar o reconhecimento da diversidade nas relações sociais, promovendo o convívio entre as diferenças de desenvolvimento de ideais e de valorização humana. Desta forma, as temáticas relacionadas a Geografia do Paraná, à cultura afro-brasileira e indígena (Leis nº. 10.639/03 e nº. 11.645/08) e também a Educação Ambiental (Lei nº. 9795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental) serão abordadas de forma contextualizadas e relacionadas aos conteúdos de ensino da Geografia. Esse contexto exige que o professor empreenda uma educação que contemple a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual, em que a velocidade dos deslocamentos dos indivíduos, instituições, informações e capitais são uma realidade. 2. CONTEÚDOS 5ª SÉRIE /6º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTES DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO CONTEÚDOS BÁSICOS Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS A geografia e a compreensão do mundo; 43 DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Dinâmica da Natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. DIMENSÃO CULTURAL A formação,localização, E DEMOGRÁFICA DO exploração e utilização ESPAÇO dos recursos naturais. GEOGRÁFICO DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO O Planeta Terra; Os continentes, as ilhas e os Oceanos; A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico. O relevo e a hidrografia; clima e vegetação; As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista. O campo e a cidade; A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos. Atividades econômicas: extrativismo e agropecuária; indústria, comércio e prestação de serviços. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico. 6ª SÉRIE/ 7º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS 44 ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS DIMENSÃO ECONÔMICA 1. A formação, mobilidade DO ESPAÇO das fronteiras e a GEOGRÁFICO configuração do território brasileiro. DIMENSÃO SOCIO2. A dinâmica da natureza AMBIENTAL DO e sua alteração pelo ESPAÇO emprego de tecnologias de exploração e produção. DIMENSÃO CULTURAL E 3. As diversas DEMOGRÁFICA DO regionalizações do ESPAÇO espaço brasileiro. DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO 10. O território brasileiro. 11. Brasil: populacional 12. Brasil : campo e cidade 13. Brasil regiões : Norte, Nordeste, Centro – Oeste, Sudeste e Sul 4. As manifestações sócio – espaciais da diversidade cultural. 5. Movimentos migratórios e suas motivações. 6. O espaço rural e a modernização da agricultura. 7. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. 8. A distribuição espacial das atividades produtivas, a ( re) organização do espaço geográfico. 9. A circulação de mão – de – obra, das mercadorias e das informações. 45 7ª SÉRIE/ 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO . As diversas regionalizações do espaço geográfico. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Geografia e regionalização do espaço. A economia global. DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO . A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios dos continente americano. O continente americano. A população e a economia da América. DIMENSÃO CULTURAL E . A nova ordem mundial, os territórios supra – DEMOGRÁFICA DO nacionais e o papel do ESPAÇO Estado. A América do Norte, a América Central, a América Andina, a América Platina, a América do Sul e as Guianas. . O comércio em suas DIMENSÃO POLÍTICA DO implicações sócio – ESPAÇO GEOGRÁFICO espaciais. O Brasil. . A circulação de mão – de – obra, do capital, das mercadorias e das informações. . A distribuição espacial das atividades produtivas , a ( re) organização do espaço geográfico . As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. . O espaço rural e a modernização da agricultura. . A evolução demográfica 46 da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. . Os movimentos migratórios e suas motivações. . As manifestações sócio – espaciais da diversidade cultural. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. 8ª SÉRIE/ 9º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTES DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO CONTEÚDOS BÁSICOS As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. A revolução técnico – científico - informacional e os novos arranjos no espaço da produção. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Países e conflitos mundiais. Globalização e organizações mundiais. Os continentes: Europa, África, Ásia, Oceania e as regiões polares. O comércio mundial e as implicações sócio – espaciais. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos 47 territórios. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. As manifestações sócio – espaciais da diversidade cultural. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias da exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. Os conteúdos referentes a geografia do Paraná estão inclusos nos conteúdos estruturantes, básicos e específicos considerando o espaço geográfico em estudo. 3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia para o ensino da Geografia deve permitir aos alunos a apropriação dos conceitos fundamentais dessa disciplina de modo que estes compreendam como se dá o processo de produção e transformação do espaço 48 geográfico. Sendo assim, os conteúdos específicos serão trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade dos alunos, procurando uma coerência dos fundamentos teóricos propostos nas Diretrizes Curriculares dessa disciplina. Ao abordar os conteúdos será considerado o conhecimento prévio dos alunos de forma que o conhecimento científico supere o senso comum. Os conteúdos serão trabalhados de forma a instigar e provocar, buscando mobilizar o aluno para o conhecimento. Essa problematização será realizada de forma a estimular o raciocínio, a reflexão e a crítica, de maneira que o aluno se torne sujeito do seu processo de aprendizagem. A contextualização dos conteúdos levará em consideração a realidade vivida pelo aluno, buscando situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais e econômicas, culturais, nas diversas escalas geográficas. O professor conduzirá o processo ensino-aprendizagem de forma dialogada procurando, sempre que possível, estabelecer relações interdisciplinares na abordagem do conteúdo em estudo. Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia são fundamentais para a compreensão do espaço geográfico, dos conceitos e das relações socioespaciais, tais como: aulas de campo (considerando a área de estudo - urbana ou rural), recursos áudio visuais, cartografia e a literatura. A linguagem cartográfica será trabalhada ao longo do curso do Ensino Fundamental (séries finais) e utilizada como instrumento de leitura como se fossem textos, passíveis de interpretação, problematização análise crítica, proporcionando a compreensão dos fenômenos e a sua distribuição no espaço geográfico. O trabalho pedagógico da história e da cultura afro-brasileira e indígena será realizado por meio de textos, imagens, mapas, abordando a questão histórica da composição étnica e miscigenação da população brasileira; a questão políticoeconômica da distribuição espacial da população afro-descendente e indígena no Brasil e no mundo; as contribuições das etnias indígenas e africana na construção cultural da nação brasileira; as motivações das migrações dos povos africanos e indígenas no tempo e no espaço; o trabalho e distribuição de renda entre essas 49 populações no Brasil; a configuração socioespacial do continente africano desde o período escravista até os dias atuais. A Educação Ambiental é uma prática educativa integrada e permanente no desenvolvimento dos conteúdos que será abordada de forma contextualizada e a partir das relações que estabelece com as questões políticas e econômicas. Além da Educação Ambiental, outros Desafios Educacionais Contemporâneos como Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência serão desenvolvidos na medida em que forem surgindo e de forma contextualizada. E ainda haverá trabalhos relativos a Diversidade que permeia a vida humana dentro do espaço geográfico. 4. AVALIAÇÃO A avaliação deve acompanhar a aprendizagem dos alunos e direcionar o trabalho do professor. Deve ser, portanto, uma ação contínua e reflexiva sobre o fazer pedagógico, tendo em vista que os alunos possuem diferentes ritmos de aprendizagem o que possibilita ao professor intervir pedagogicamente a todo o tempo. Sendo assim, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais. Ao avaliar deve-se considerar a mudança de pensamento e de atitude do aluno que demonstram êxito do processo de ensino e aprendizagem, como: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a participação dos alunos. O resultado do processo de avaliação do ensino de Geografia deve contribuir para a formação de um aluno crítico, que atua no meio natural e cultural e, portanto, deve ser capaz de aceitar, rejeitar ou até mesmo transformar esse Para isso, os principais critérios de avaliação em Geografia são: a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para compreensão e intervenção da realidade. É necessário observar se os alunos assimilaram as relações Espaço Temporais e Sociedade Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas 50 Todos os momentos do processo ensino-aprendizagem devem ser registrados, tanto os avanços quanto as dificuldades dos alunos. Para isso, o professor deve diversificar os instrumentos de avaliação, ao invés de avaliar apenas através de provas. As técnicas e os instrumentos devem possibilitar as várias formas de expressão do aluno, como: Interpretação e produção de textos de Geografia; Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; Relatórios de aula de campo; Apresentação e discussão de temas em seminários; Realização de pesquisas bibliográficas; Construção, representação e análise do espaço através de cartazes, maquetes, entre outros. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LUCCI, Ellian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro. Geografia – Homem e Espaço. São Paulo: Saraiva, 2007. MOREIRA, Igor; AURICCHIO, Elizabeth. Construindo o Espaço Geográfico. São Paulo: Ática, 2007. OBRA COLETIVA. Projeto Araribá de Geografia. São Paulo: Editora Moderna, 2007 PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o Ensino de Geografia. Curitiba: SEED/PR, 2008. _______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR,2008. _______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005. 51 52 PROPOSTA CURRICULAR – HISTÓRIA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA As Diretrizes Curriculares para o Ensino de História propõe que o trabalho pedagógico desta disciplina deve dialogar com várias vertentes, recusando as verdades prontas e definitivas e as produções historiográficas que afirmam não existir objetividade possível em História. A contribuição mais significativa do ensino de história ao educando é edificação da capacidade de pensar historicamente, não se trata de educar o aluno para adaptar-se aos fenômenos históricos simplesmente, mas para sentir-se como sujeito produtor do conhecimento histórico, como agente transformador do processo histórico. A história tem como objeto de estudos, os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram as mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Essas ações produzem outras relações construindo novas ações no presente e projetos para o futuro. A História tem por finalidade superar os mecanismos da exclusão social e do desrespeito aos direitos humanos. Já a finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento histórico a partir da produção do conhecimento, tendo por base a consciência histórica dos sujeitos. A aprendizagem histórica configura a capacidade dos sujeitos se orientarem na vida e constituírem uma identidade que se dá na relação com vários sujeitos em diversos contextos espaciais e temporais através da narrativa histórica. A disciplina de História no currículo escolar deve oferecer um marco referencial para que o aluno entenda os problemas sociais, perceba a importância dos conhecimentos diários, faça uso crítico da informação para viver com plena consciência cidadã. Esta cidadania será construída no decorrer de sua vivência escolar pois ele traz consigo experiências de vida e saberes que são do senso comum que a escola deve transformar em conhecimento científico. Portanto, o processo de ensino de História deve fazer com que o aluno perceba que a realidade em que vive não está pronta e acabada, mas que é fruto das opções 53 dos homens em sociedade, tanto no passado como no presente, bem como deve levá-lo a ter uma visão crítica da realidade para posicionar-se diante das diversas situações contemporâneas. 2. CONTEÚDOS 5ª Série/6º Ano ESTRUTURANTES Relações de Trabalho Relações de Poder BÁSICOS ESPECÍFICOS A experiência humana no tempo Produção do conhecimento histórico; Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo Articulação da História com outras áreas do conhecimento; Arqueologia no Brasil; As culturas locais e a cultura comum Relações Culturais Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações Povoamento da América; As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia. 6ª Série/7º Ano ESTRUTURANTES Relações de Trabalho BÁSICOS ESPECÍFICOS As relações de propriedade A formação da Europa Feudal; A constituição histórica do mundo campo e do mundo da cidade O mundo árabe; As sociedades tribais da África; China, o império da 54 As relações entre campo e a cidade Relações de Poder Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade Relações Culturais prosperidade; As mudanças na Europa a partir do século XI; A formação das monarquias nacionais; Mudanças na arte e na religião; A chegada dos europeus na América; A formação da sociedade brasileira; 7ª Série/8º Ano ESTRUTURANTES Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais BÁSICOS ESPECÍFICOS História das relações da humanidade com o trabalho. O absolutismo inglês; O trabalho e a vida em sociedade. A Revolução Industrial; O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito. A época do ouro no Brasil; As revoluções na América e na Europa; A Era Napoleônica e independência da América Espanhola; A Emancipação Política da América Portuguesa; Brasil: Primeiro e Segunda Reinado. 55 8ª Série/9º Ano ESTRUTURANTES BÁSICOS A constituição das instituições sociais. ESPECÍFICOS A era do imperialismo; A formação do Estado. A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa Sujeitos, guerras e revoluções. A crise do capitalismo e a Segunda Guerra Mundial; Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais A Guerra Fria; A nova ordem mundial; Os primeiros anos da República no Brasil; A Era Vargas; Democracia e ditadura no Brasil. Os conteúdos referentes a História do Paraná serão trabalhados de acordo com sua inserção no tempo histórico mundial e nacional. Ao desenvolver os conteúdos da história geral, abrir -se o leque para o conhecimento específico da construção histórica do nosso estado, cujos reflexos vivemos, e sobre a história do estado que estamos construindo. Considerando a determinação das Leis Nº 10.639/03 que refere a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a Lei Nº 11.645 / 08 referente à História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, a Lei Ambiental Nº9795/99 referente a Educação Ambiental, os conteúdos e atividades também serão inseridos de acordo com os reflexos da construção histórica no Brasil. A dimensão dos Desafios Educacionais Contemporâneos estarão sendo trabalhados enquanto fatores da história do sujeito que vive e constrói o registro histórico da humanidade. 56 .3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e específicos tem por finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Para que isso aconteça, professor e alunos, em sala de aula e nas pesquisas escolares, devem utilizar os métodos da investigação histórica através das narrativas históricas desses sujeitos. Assim, os alunos poderão perceber que a História é narrada em diferentes fontes. Por isso, o trabalho do professor deve ser fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações de modo que o aluno entenda que não há verdade histórica absoluta, e sim que as verdades são produzidas a partir de evidências que organizam diferentes problematizações, promovendo uma contextualização social, política e cultural em cada momento histórico. Para que o objetivo ligado à aprendizagem histórica seja alcançado, o professor deve explorar várias metodologias e considerar, na abordagem dos conteúdos temáticos: múltiplos recortes temporais; diferentes conceitos de documento; múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade; formas de problematização em relação ao passado; condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar historicamente; superação da ideia de História como verdade absoluta por meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressas em narrativas históricas. Para que o aluno entenda como se dá a construção do conhecimento histórico, o professor deve realizar a organização do seu trabalho pedagógico por meio: do trabalho com vestígios e fontes históricas diversas; da fundamentação na historiografia; 57 da problematização dos conteúdos; essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas pelos sujeitos. O uso de vestígios e fontes históricas em sala de aula pode favorecer o pensamento histórico e auxilia no desenvolvimento da autonomia intelectual do aluno e lhe permite realizar análises críticas das sociedades através da consciência histórica. A proposta metodológica das Diretrizes Curriculares de História estabelecem uma divisão temporal a partir de histórias locais e nacionais. Essa nova perspectiva permite estabelecer relações entre a sociedade brasileira e as demais, como a indígena, a africana e a asiática. Embora a proposta seja partir das Histórias locais e do Brasil para a História Geral, é preciso cuidar para não impor esta relação quando as condições históricas não permitem. O professor deve fazer uso de diferentes imagens, livros, jornais, revistas, histórias em quadrinhos, pinturas, gravuras, museus, filmes, musicas, etc., são documentos que podem ser transformados em materiais didáticos que contribuem para a constituição do conhecimento histórico podendo ser aproveitados de diversas maneiras em aula. 4. AVALIAÇÃO A avaliação no ensino de História tem como objetivo favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida e de práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. Ela deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que passe pelo conjunto as ações pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo. Avaliação e aprendizado devem ser compreendidos como fenômeno compartilhado, contínuo e diversificado, propiciando uma análise crítica das práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos. Assim, é importante retomar a avaliação com os alunos para que estes assumam uma maior responsabilidade pelo seu próprio aprendizado e identifiquem suas dificuldades permitindo ao professor planejar e propor outros encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas. 58 Para substituir as práticas avaliativas baseadas na memorização de conteúdos, o professor poderá propor aos alunos: Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos estudantes em relação ao tema abordado; Atividades que permitem desenvolver a capacidade de síntese e redação de uma narrativa histórica; Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e conceitos históricos; Atividade que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura de documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia, histórias em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento. A avaliação da disciplina de História deve considera três aspectos: A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes; A compreensão das relações da vida humana ( Conteúdos Estruturantes). O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos. Tendo em vista que esses aspectos são complementares e indissociáveis, o professor deve recorrer a diferentes instrumentos e atividades avaliativas como: leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outros. Espera-se que ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria história. 59 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COTRIM, Gilberto. Saber e Fazer História. São Paulo: Saraiva, 2007. PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o Ensino de História. Curitiba: SEED/PR, 2008. _______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR,2008. _______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005. _______, Educando para as relações Étnico-Raciais II. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Cadernos Temáticos dos desafios educacionais contemporâneos. Curitiba: SEED/PR, 2008. PILETTI, Nelson, PILETTI, Claudino. História e Vida – Integrada. São Paulo: Ática, 2008. OBRA COLETIVA. Projeto Araribá de História. São Paulo: Moderna, 2007. SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2006. 60 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O ensino de uma Língua Estrangeira sempre foi ofertado no Brasil desde sua colonização, porém de acordo com a organização social houve muitas mudanças no currículo escolar, isto devido à ascensão ou declínio do prestígio das línguas estrangeiras em determinado momento histórico. O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado a partir de 1809, quando D. João VI criou as cadeiras de Inglês e Francês, cujo objetivo era melhorar a instrução pública e atender às demandas advindas da abertura dos portos ao comércio. Assim, o modelo de ensino de línguas adotado desde a educação jesuítica até princípios do século XX foi a abordagem pedagógica tradicional de raízes europeias. Com o ideal de modernidade e de construção de uma identidade nacional houve a reforma de ensino de 1931, intitulada Francisco Campos, que estabeleceu um diferencial no que diz respeito ao ensino de Língua Estrangeira: o Método Direto. Esse método contemplava o ensino das habilidades orais. A dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos acentuouse durante e após a 2ª Guerra Mundial, intensificando -se a necessidade de aprender inglês e com a Lei das Diretrizes e Bases de Educação (LDB) n. 4.024 houve uma maior valorização da língua devido à expansão das demandas de mercado de trabalho. Por conta do crescente interesse pela aprendizagem de línguas, surgiram então mudanças significativas quanto às abordagens e métodos de ensino. Da década de 50 até o momento atual foram inúmeros os métodos adotados passando pelos Métodos Audiovisual e Áudio-Oral (apoiados no princípio do behaviorismo), a Gramática Gerativa Transformacional (baseada na psicologia cognitiva), a Abordagem Cognitiva e Construtivista (segundo as teorias de Piaget), a Abordagem Comunicativa, além da criação dos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). O ensino de uma Língua Estrangeira se tornou obrigatório, visando promover a expansão social e cultural do cidadão, possibilitando a construção de sua identidade e a compreensão de seu papel no mundo em que vive. Portanto, objetiva-se que os 61 alunos analisem as questões sociais, políticas e econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade. Sabendo-se assim, que a língua é construída histórica e culturalmente e está em constante transformação, tem-se a clareza que é pelo discurso que os educandos percebem as diferentes ideologias e as condições sociais e culturais, possibilitando o desenvolvimento de seu pensamento crítico. Assim, percebemos a importância das aulas de Língua Estrangeira como um espaço de construção de identidades dos alunos como cidadãos, oportunizando o desenvolvimento de sua consciência através de sua interação com os outros indivíduos e com os textos trabalhados, contribuindo para formar alunos críticos e transformadores. E através de discussões realizadas, das práticas de leitura, escrita e oralidade, levar os alunos a compreender o papel exercido por essa língua na comunidade local e planetária, além de incentivá-los à pesquisa e reflexão. Ainda, possibilita a construção de significados que vão além da mera aprendizagem da língua, uma vez que ao aprender outra língua, o aluno adquire as percepções de mundo, pois está inserido num mundo globalizado e encontra-se exposto às diversas manifestações de uma Língua Estrangeira, assim, ao estudar essa Língua espera-se que o aluno a use em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país; além de aprender a atribuir significados e estabelecer entendimentos possíveis, contemplando as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito, desenvolvendo, desta forma, uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade. Dessa maneira, os educandos poderão integrar-se ao mundo em evolução, compreendendo que a construção de sentidos se faz coletivamente e uma vez que os significados são sociais e historicamente construídos são, portanto, passíveis de transformação na prática social. 62 2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE - DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL A Língua Estrangeira propõe ensinar não apenas a língua em si, mas a prática discursiva que a compõe na sociedade, por isso o conteúdo estruturante trabalhado define-se como Discurso como prática social, englobando a oralidade, leitura e escrita, bem como a diversidade de textos, os quais sejam condizentes com a realidade e perfil dos educandos. Assim, os textos serão significativos, permitindo o desenvolvimento crítico e facilitando o trabalho das estruturas linguístico-discursivas de modo contextualizado, usando-se para isto, textos orais, escritos e visuais. No decorrer da prática de leitura, escrita, fala e compreensão auditiva, observar-se-á o princípio da continuidade, mantendo-se assim, uma progressão entre as séries, de modo que o educando se desenvolva gradativamente durante o curso, adquirindo conhecimentos significativos e interagindo discursivamente durante as aulas. Por sua vez, a ênfase no trabalho pedagógico está voltada para a interação dos alunos com o discurso, levando-se em conta a abordagem crítica de leitura, materializada com variados gêneros textuais, os quais abordarão diferentes gêneros discursivos e temáticos, adequados à sua faixa etária, e que se referem ao objeto ou finalidade discursiva, abordando temas polêmicos, culturais, sociais, étnico -raciais, econômicos, esportivos, científicos, etc. incluindo os que se referem à diversidade étnico-racial africana e indígena e sua contribuição histórica e cultural e a educação ambiental, contemplando os interesses dos alunos, porém visando fins educativos. É por meio dos textos que os conteúdos serão trabalhados, apresentando os diferentes graus de complexidade da estrutura linguística presentes em cada texto estudado, bem como observando a sua progressão através das séries. Nesta perspectiva, o estudo de Língua Estrangeira realizar-se-á levando em conta os elementos integradores-conhecimentos discursivos, sócio-pragmáticos, culturais e linguísticos, os quais estarão presentes em toda a situação de interação do aluno com a Língua Estrangeira, através da escrita, leitura e oralidade, realizando a abordagem do discurso em sua totalidade enquanto interagem entre si e constituem uma prática sócio-cultural. 63 2.1 Conteúdos Básicos de Língua Estrangeira Moderna Como o foco está na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o discurso, o que dá ao aluno condições de construir sentidos para os textos. Assim, para o desenvolvimento da leitura trabalhar -se -á com a identificação do tema abordado, a intertextualidade e intencionalidade dos textos, vozes sociais presentes nos textos, o léxico, coesão e coerência, as funções das classes gramaticais nos textos, os elementos semânticos, discurso direto e indireto, emprego de sentido denotativo e conotativo nos textos, recursos estilísticos, marcas e variedades linguísticas, acentuação e ortografia. Por sua vez o trabalho com a escrita estará voltado para o tema do texto, o interlocutor, a finalidade, intencionalidade e intertextualidade do texto, condições de produção, informatividade, vozes sociais presentes nos textos, discurso direto e indireto, emprego de sentido denotativo e conotativo no texto, léxico, coesão e coerência, função das classes gramaticais no texto, elementos semânticos, recursos estilísticos, marcas e variedades linguísticas, ortografia e acentuação. Quanto à oralidade desenvolver -se -á os elementos extralinguísticos como entonação, pausas, gestos, etc. turnos da fala, vozes sociais presentes nos textos, adequação do discurso ao gênero, variações e marcas linguísticas, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito, adequação da fala ao contexto, bem como a pronúncia. Considerando as disposições das Leis Nº 10639/03 e Nº 11645/08, os conteúdos a que estas se referem estão inclusos através de textos, considerando a abordagem crítica prevista para a disciplina. Os temas referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos também serão trabalhados através de textos reflexivos, que dentro da abordagem crítica buscarão gerar mudanças de atitudes que favoreçam a boa convivência. 3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O encaminhamento metodológico a ser usado, no decorrer das atividades, leva em conta o desenvolvimento da criticidade do educando, através do contato com variados gêneros textuais e as problematizações levantadas por meio deles. Uma vez que as aulas de Língua Estrangeira propiciam um espaço para que o aluno construa 64 significados, crie identidades, emita opiniões e entenda o mundo ao qual está inserido, cabe ao professor propor debates e discussões acerca dos temas abordados nos textos e levá-los a interagir com os mesmos através da leitura, analisando a função do gênero estudado, sua composição, distribuição de informações, o grau de informações presentes ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência, observando a linguagem escrita e visual, utilizando materiais diversos como gráficos, fotos, figuras, quadrinhos, etc. E, ainda localizando informações explícitas e implícitas nos textos, ampliando o vocabulário, considerando assim, os usos heterogêneos da língua como prática sócio-cultural, respeitando as diferenças entre culturas, crenças e valores. No trabalho com textos literários deve-se propor atividades que colaborem para que os alunos analisem os textos e os perceba como prática social de uma sociedade num determinado contexto sociocultural, proporcionando ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados relacionando os vários conhecimentos interdisciplinares. Para cada texto escolhido verbal e/ou não-verbal o professor trabalhará e explorará o gênero, aspecto cultural, variedade e análise linguística, propor pesquisas, discussões e produções de texto. Lembrando que os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em diferentes graus de profundidade, levando-se em conta o conhecimento e as dificuldades específicas, para adaptar atividades a fim de que todos trabalhem. Para auxiliar os alunos durante a prática pedagógica é essencial que se disponibilize recursos pedagógicos bem como se utilizem livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVDs, fitas de áudio, CDs, CD-ROM, TV pendrive, TV multimídia, internet, cartazes, figuras, jogos, textos impressos ou fotocopiados, etc., oferecendo aos alunos elementos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais para que melhorem a produção. 4 AVALIAÇÃO A avaliação deve ser contínua, diagnóstica, formativa, reflexiva e somatória oferecendo uma interpretação qualitativa do conhecimento construído. Nesse sentido, constitui-se como um instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se prendendo apenas ao conteúdo desenvolvido, 65 mas às vivências praticadas ao longo do processo, de modo que os objetivos apresentados sejam alcançados. Reconhecendo a avaliação como parte integrante do processo educacional, é fundamental, que o aluno esteja envolvido neste processo, uma vez que é construtor do conhecimento, pois seu envolvimento na construção do significado nas práticas discursivas propiciará a base para o método avaliativo. Instrumentos e Critérios de avaliação Instrumentos: diálogos, discussões e debates; elaboração de pequenos textos; pesquisas; entrevistas; confecção de cartazes e murais; participação em jogos;apresentações, encenações e dramatizações; testes e avaliações escritas. Os alunos serão avaliados através de sua participação em diálogos, discussões e debates acerca dos temas abordados, considerando critérios como engajamento discursivo, apresentação das ideias com clareza e coerência, mesmo na língua materna, leitura compreensiva de variados gêneros textuais, inferindo, servindo-se de conhecimentos prévios, identificando a ideia principal e o tema do texto, percebendo a intencionalidade, localizando informações explícitas e implícitas nos textos, ampliando assim o seu léxico. Serão avaliados também considerando-se a elaboração de pequenos textos atendendo às circunstâncias de produção, expressando suas ideias com clareza e coerência, utilizando adequadamente os recursos textuais e linguísticos. Nas pesquisas, levar-se-á em consideração empenho, compreensão do tema pesquisado, organização e elaboração coerente do texto, nas entrevistas a coerência, a coesão e a clareza de ideias; a confecção de cartazes e murais, deverá expressar clareza e objetividade em relação ao tema proposto, utilizando adequadamente os recursos gráficos, textuais e linguísticos. Na participação em jogos, considerar-se-á a promoção da sociabilização e engajamento do grupo, o respeito às regras, bem como o desenvolvimento 66 habilidades cognitivas. Quando de apresentações, encenações e dramatizações, será considerado a participação ativa, utilização consciente de expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonações entre outros elementos extralinguísticos, respeitando os turnos da fala, assim como valorizando as apresentações dos demais grupos, uso de instrumentos como testes e avaliações escritas, utilizando a língua materna e a Língua Estrangeira estudada a partir de textos, promovendo assim, o desenvolvimento dos pensamentos e ideias. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HEWINGS, A. & MCKINNEY, C. Teaching and Learning English: a course for teachers. Oxford. Open University, 2000. PARANÁ. Educando para as Relações Étnico-Raciais II / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – PR, 2008. ________. Concepção e Organização da Avaliação no Contexto da Concepção de Educação: instrumentos, critérios e relações existentes no processo de ensino e aprendizagem. Equipes Pedagógicas dos NRE/CGE. Curitiba, 2008 ________. Currículo Básico da Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990 ________. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008. ________. Livro Didático Público. Língua Estrangeira Moderna. Espanhol – Inglês. Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006 PRADO, G.V.T. Planejamento Educacional: tirando o projeto pedagógico da gaveta. Campinas: PUCCAMP, 2002. S. de Mattos Brahim, A. 2007 Sep. 28. PEDAGOGIA CRÍTICA, LETRAMENTO CRÍTICO E LEITURA CRÍTICA. Revista X [Online]1:0. Disponível: http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/revistax/article/view/5376, acesso em 27 de set 2007. SILVA, M. R. & COSTA, J. G. Método e Metodologia: Implicações na Prática Docente. Paraná: SEED, 2008. SPRATT, M. English for the teacher: a language development course. Cambridge University Press, 1994. 67 PROPOSTA CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA 1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Conforme explicita as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a educação jesuítica. Segundo Moll (2006), essa educação era instrumento fundamental na formação da elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetiza” e “catequizar” os indígenas. A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de trabalho de que a linguagem reproduzia o modo de pensar. Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e da igreja. As primeiras prática pedagógicas moldava-se ao ensino do latim, garantindo a perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial. Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às escolas de ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. No período colonial, a língua mais utilizada era o tupi. O português era a língua das transações comerciais, dos documentos legais. A interação entre colonizados e colonizadores resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani). Contudo, a partir do século XVIII, a situação de bilinguismo passou a não interessar aos propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a colônia e, para isso, a unificação e padronização lingüística constituíram-se fatores de relevância. Em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças estruturais. Com a expulsão dos jesuítas, foi instituída as aulas régias ministradas por profissionais de várias áreas. Essas aulas atendiam a uma parcela reduzida da elite colonial que se preparava para estudos posteriores na Europa. O ensino público (que atendia a alfabetização e catequese dos índios), anteriormente sob a tutela dos jesuítas, passou a ser financiado pela Metrópole. A 68 intenção era modernizar a educação, tornando o ensino laico e colocando-o a serviço dos interesses da Coroa Portuguesa. Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Seguindo os moldes do ensino de Latim, o ensino de Língua Portuguesa fragmentava-se no ensino da Gramática, Retórica e Poética. Ainda no final do século XIX, e com o advento da República, a preocupação com a nascente industrialização influenciou a estrutura curricular. Houve, então, a necessidade de rever o acesso ao ensino para atender às necessidades da industrialização. Nesse momento em que a escola se abria as camadas cada vez maiores da população, o ensino de português tratava de prover uma determinada classe de uma língua que era considerada a “boa língua” (houve uma tentativa de uma aprendizagem hierarquizada e seletiva). No entanto, a multiplicação das escolas públicas expulsou dos currículos o curso de Retórica. O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no Brasil, o cargo de Professor de Português. Nesse período, o Latim começou a perder prestígio com a valorização da língua nacional. Esse declínio teve início já no contexto do movimento romântico que defendiam uma língua brasileira que garantisse a unidade nacional. Esse movimento lutou contra os moldes tradicionais portugueses e privilegiou o falar brasileiro. O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, quando se iniciou no Brasil, a partir da década 1960, um processo de expansão do ensino primário público. No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em contas as novas necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. Nesse contexto, que foi também de consolidação da ditadura militar, um a concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado em exercícios de 69 memorização. A pedagogia da formação de hábitos, memorização e reforço era adequada ao contexto autoritário, impondo uma formação acrítica e passiva. Através da lei n. 5692/71 ensino deveria voltar-se à qualificação para o trabalho. Decorreu, então, a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário em detrimento do aprimoramento das capacidades linguísticas do falante. Contudo, essa visão de ensino afastava o aluno vindo das classes menos favorecidas, da norma culta da língua portuguesa. Na década de 70, questionou-se a autoridade e a eficácia das aulas de gramática no ensino. A partir desses questionamentos o ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura. Com relação à literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua, com base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Nos anos 80, com o fim do regime militar, foi inserida a pedagogia hitóricocrítica que vê a educação como mediação da prática social. Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia se revelou nos estudos linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise. Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), do final da década de 1990, fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista, levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. Contudo, Brait (2000, p.24) faz apontamentos às indicações dos PCNs quanto ao trabalho com o texto em modelos preestabelecidos. Segundo o autor, o trabalho com 70 modelos pré-estabelecidos enfatiza os aspectos formais do texto, deixando de considerar que todo texto é um elo na cadeia da interação social. Depois de apresentado o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa, tendo em vista as mudanças do ensino da língua materna através dos tempos, nos diversos contextos sociais e políticos, pretende-se, hoje, uma prática pedagógica que dá ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva Visivelmente percebe-se mudanças na forma de educar. O ensino da Língua Portuguesa que até então era baseado, sobretudo no estudo gramatical, exigindose o conhecimento teórico dos conceitos passa por ensinamentos onde requer uma prática reflexiva; a linguagem passa a ser vista como um elemento de comunicação e não de discriminação, não mais valorizada uma única linguagem padrão ou culta como elemento de produção oral e escrita, o universo linguístico do aluno começa a ser respeitado. Nessa perspectiva educacional, o papel primordial do ensino de Língua Portuguesa é formar alunos, que ao final do Ensino Fundamental, sejam competentes leitores e produtores de textos e não meros conhecedores de uma nomenclatura gramatical específica com suas regras e exceções. Hoje, a meta do currículo de Língua Portuguesa na educação básica é desenvolver nos educandos um conhecimento da língua que lhes permita analisar, interpretar e relacionar as informações recebidas, levando-os a opinar sobre fatos e ideias e a assumirem posições críticas. Dentro dessa concepção, o ensino da língua materna é tido como uma prática que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas. Portanto, num projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural, faz- se necessário trabalhar a linguagem em todos os âmbitos, como critério básico para o exercício da cidadania, pois ela como todo sistema é cultura e comunicação, base e direcionamento para as outras áreas do saber. E na construção deste processo, há uma revolução de paradigmas voltados ao atendimento de educandos com necessidades educacionais, uma vez que a inclusão representa, na tessitura que se encontra no cotidiano das relações sociais, 71 possibilidades de superação, revisão na função social da escola, evidenciando a necessidade de aprofundar estudos sob um pluralismo de perspectiva de garantia de direitos, percebendo as possibilidades de superação do aluno e não somente suas limitações. Assim, aprender a língua, não significa apenas aprender as palavras e suas combinações, mas apreender seus significados que são construídos no processo de interação verbal, determinados pelo contexto. É na prática da linguagem, enquanto discurso e produção social é que se dá vida à língua posta a serviço da interação comunicativa. Nesse sentido, entende-se que produzir linguagem significa produzir discursos pluriculturais se valendo da existência do plurilinguismo, ou seja, a experiência linguística do aluno se expande da linguagem usual no seu meio para as diferentes variedades sociais. Dessa forma, mais do que ensinar aos alunos imposições de regras clássicas da gramática normativa, faz-se necessário mostrar os aspectos que precisam ser organizados em função das necessidades apresentadas no momento da produção oral e escrita. Assim, o ensino da Língua Portuguesa tem por finalidade fazer com que o aluno chegue ao domínio aprimorando constantemente a língua falada e escrita em situações de uso, de forma que saiba empregar adequadamente as regras linguísticas e discursivas e não apenas capaz de reconhecê-las. 3 . CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS ESTRUTURANTES Variedades linguísticas Gêneros textuais ou discursivos Elementos gramaticais na construção do texto. ESPECÍFICOS Leitura Oralidade e Escrita 72 Tendo em vista as atuais orientações curriculares, o ensino da Língua Portuguesa deve ser pautado em práticas docentes que permitam que o educando tenha acesso a diferentes fontes e linguagens relativas aos temas/ assuntos e que estes se relacionem com o universo amplo ou particular de diferentes sujeitos sociais situados nos mais variados contextos sociais, espaciais e temporais. Essa condição constitui-se, portanto, em princípio fundamental que pode contribuir decisivamente para que os educandos se percebam como sujeitos sociais e construtores de conhecimentos. Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, percebe-se que o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso, concebido como prática social, desdobrado em três práticas: leitura, escrita e oralidade. A língua é tomada pelo olhar analítico a partir das experiências, ou seja, a seleção dos “conteúdos” se fará a partir da experiência e necessidade demandada pela interação. O ensino da Língua Portuguesa será norteado por conteúdos que estejam voltados para a utilização da linguagem na leitura e na interpretação de textos atendendo a diferentes propósitos comunicativos e expressivos; bem como o reconhecimento dos diversos gêneros textuais, privilegiando-se o uso público de linguagem (notícias, entrevistas, reportagens, editoriais, propagandas, charges, tiras, contos, crônicas, poemas, verbetes etc). Os conteúdos também contemplarão a identificação e realização de escolhas de elementos linguísticos em vários níveis: na fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na morfologia (variações e reduções no sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estrutura das sentenças e concordâncias). A utilização dos paradigmas construídos para resolver problemas relativos à ortografia, à acentuação e à pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos e sentidos, entonação, ritmo, intenção, significado e objetivos do texto. Os conteúdos programáticos devem direcionar-se no sentido da prática da oralidade, da escrita, da leitura e análise linguística, organizando os conteúdos e 73 as variedades linguísticas, os gêneros textuais ou discursivos incluindo os elementos gramaticais na construção do texto elaborando assuntos que englobam a influência da cultura Afro-brasileira e Africana na nossa sociedade, conforme determinação da Lei Complementar nº 10.639/03 e da Lei Nº 11645/08 que discorre sobre a História e Cultura do Povo Indígena, e também temas referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade. Tipos de Textos De acordo com Geraldi, o texto é o ponto de partida e de chegada no ensino da língua. Os textos trabalhados visarão atender aos interesses dos adolescentes, como também à evolução de interesse de cada turma e à faixa etária dos educandos. A proposta objetiva a apresentação variada de textos de diferentes gêneros, retirados dos mais diversos portadores: jornais, internet, revistas, folhetos, cartazes, entre outros que levem os educandos à reflexão e ao debate sobre questões fundamentais de natureza pessoal ou social. O uso de textos variados permite uma compreensão maior sobre o uso e as funções da linguagem. Além disso, permite ao educando conhecer outras maneiras de viver e de conceber o mundo. O trabalho com a diversidade textual possibilita ao indivíduo um posicionamento crítico diante das mais variadas situações. Construção e sistematização da linguagem A linguagem é o meio pelo qual o ser humano consegue expressar-se, defender suas ideias, enfim, interagir com o outro. Assim os conteúdos a serem trabalhados na sistematização e construção da linguagem deverão permear situações em que o educando a utilize significativamente, garantindo-lhe os conhecimentos necessários para que possa participar plenamente da sociedade. É através do uso eficaz da linguagem que o indivíduo exerce sua cidadania. Dessa maneira, salientamos que o principal objetivo do trabalho com os conhecimentos linguísticos é melhorar a capacidade de compreensão e expressão dos alunos, tanto nas situações de comunicação oral quanto nas de comunicação escrita. 74 Os conhecimentos linguísticos devem ser ensinados visando a levar os alunos a entender o funcionamento da língua como um sistema de estruturas, expandindo assim sua possibilidade de uso da linguagem e a capacidade de análise crítica, tendo como ponto de partida seus conhecimentos prévios. 4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O domínio da linguagem é imprescindível para a participação efetiva no meio social em que vivemos; portanto, simplesmente aprender a falar e a escrever não é suficiente para que o indivíduo seja capaz de interferir e atuar na comunidade da qual é integrante. Sabendo ouvir e escolher as palavras certas a serem utilizadas em cada tipo de discurso e argumentar de maneira clara e segura, as pessoas trocam informações, emitem e recebem opiniões, exercendo, assim, a cidadania. Dessa forma, formar alunos com senso crítico aguçado e não meros espectadores do que ocorre à sua volta, requer uma metodologia ativa e diversificada voltada ao trabalho individual, ao trabalho coletivo, com práticas de atividades como leituras, produções, análises e discussões de diversos tipos de textos, buscando então, desenvolver habilidades intelectuais de reflexão, interpretação, análise, onde o educando identifique os princípios de organização na exposição do pensamento. Dessa maneira o encaminhamento da Língua Portuguesa terá como unidade básica de ensino o texto, em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta que o mesmo coloca o aluno sempre frente a tarefas globais e complexas para garantir a apropriação efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos. Pois é na interação com os variados textos e pela frequente atividade de ler e escrever que o aluno se apropriará das especificidades que caracterizam a modalidade escrita de linguagem. Para a prática da produção de texto serão trabalhados diferentes gêneros textuais e tipos de texto de ampla circulação social - anúncios publicitários, textos teatrais, bilhetes, cartas, cartazes, avisos, e-mails, notícias, editoriais, entrevistas, relatórios, artigos, verbetes de enciclopédia, etc. Sabendo que a leitura e a escrita são práticas complementares, fortemente relacionadas, elas irão permitir ao aluno construir seu conhecimento sobre os diferentes gêneros discursivos, sobre os procedimentos mais adequados para leitura e escrita nas mais diferentes circunstâncias de uso da linguagem, bem como ser crítico em relação ao seu próprio 75 texto, observando sua clareza e coerência, que será feito através de tarefas voltadas à revisão e de re-escritura do texto. Para a eficácia de tais atividades, o professor deverá utilizar de métodos em que seu aluno leia, leia, leia; reflita, discuta, formule hipóteses, acumulando assim várias experiências. Podemos então dizer que ler e escrever são duas faces de uma mesma moeda, uma não existe sem a outra. No ensino da Língua Portuguesa não se pode descuidar da oralidade, obviamente, não precisamos ensinar aquelas práticas que aprendemos espontaneamente no nosso cotidiano, como as conversas informais e corriqueiras, mas oferecer aos estudantes a oportunidade de amadurecer o falar com segurança e fluência em situações formais. Para tanto, precisam ser desenvolvidas em sala de aula, atividades que ofereçam o desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, através de depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno; oferecer oportunidades para que se faça uso do discurso oral, onde o aluno possa emitir opiniões, justificar ou defender seu ponto de vista, realizar atividades de entrevistas, apresentarem resumos, dar recados, entre outras atividades de transmissão de informações. Outras atividades para o efetivo trabalho da oralidade podem ser estimuladas através de representações teatrais. As práticas de oralidade são oportunidades ricas para o amadurecimento do convívio democrático, onde em diferentes situações de escuta e de fala, o aluno exercite as regras instituídas para as situações interativas face a face: saber ouvir, respeitar o posicionamento do outro, mostrar polidez, saber analisar e interferir, selecionar informações para registrá-las. Nesse contexto de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa, onde as práticas de leitura, escrita e desempenho da oralidade tornam-se meios de amadurecimento, de formação crítica e consciência social, os temas referentes a cultura afro-brasileira, africana e indígena, bem como os relativos a diversidade e desafios educacionais contemporâneos serão desenvolvidos sob a mesma perspectiva, paralelos ou inclusos em situações decorrentes da vivência dos alunos. 5. AVALIAÇÃO: INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS As atividades avaliativas nunca se esgotam em si mesmas: elas não servem apenas para cumprir calendário e para atribuição de notas, mensuração. Assim 76 como prevê o Projeto Político Pedagógico desta instituição de ensino, elas têm de ser vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o próprio processo de ensino e seus resultados, subsidiando o professor para eventuais ajustes na programação e no (re) encaminhamento pedagógico de conteúdos ou sua própria prática em sala de aula. Também faz parte do processo de avaliação continuada a recuperação paralela, que objetiva a recuperação da aprendizagem, de forma a garantir a superação de dificuldades específicas encontradas pelo aluno durante o seu percurso escolar. Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa é imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, aponta que a avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais, é vista como mais adequada ao cotidiano escolar e como grande avanço em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo ou classificatório. Para tanto a avaliação não pode ser vista como um processo unilateral, mas dialógico, de dinamização da aprendizagem. Não devendo ser entendida como uma forma de julgar o sucesso ou o fracasso do aluno. O grande número de atividades a ser apresentada ao aluno permitirá uma avaliação permanente da aprendizagem, feita a todo o momento, onde o professor pode utilizar a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo (avaliação formativa). Ao estabelecer critérios de avaliação no ensino de Língua Portuguesa precisase ter em mente que tal qual o processo de aprendizagem, dinâmico por natureza, a avaliação também deve ocorrer durante todo esse processo e não da forma como se dá habitualmente, ou seja, após o fechamento de etapas de conteúdos ministrados, fragmentando o processo de domínio das práticas sócio-verbais. (avaliação somativa ou classificatória). 77 Para avaliar é preciso identificar, de fato, as aprendizagens realizadas. Para tanto, é bom não perder de vista que um progresso relacionado a um critério específico pode manifestar-se de diferentes formas, em diferentes alunos. Uma mesma ação para um aluno pode indicar avanço em relação a um critério estabelecido e, para outro, não. Por isso, além de necessitarem de indicadores, os critérios de avaliação devem ser tomados em seu conjunto, considerados de forma contextual e, muito mais que isso, analisados à luz dos objetivos que realmente orientaram o ensino oferecido aos alunos. Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, observando a clareza na exposição das ideias, bem como a fluência na fala, o desembaraço e argumentação, e de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Quanto à leitura, avaliar os processos utilizados pelos alunos para a construção do sentido do texto de forma colaborativa. Esses processos são: produção de inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo, intertextualidade, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação, bem como a compreensão do texto de maneira global e não fragmentada. Em relação à escrita é preciso ver os textos de alunos como uma fase do processo de produção, e não como um produto final. Assim, no ensino/ aprendizagem de diferentes variedades linguísticas, o que se almeja é que o aluno atenda à natureza da informação ou do conteúdo veiculado; faça a coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (pública, privada, corriqueira, solene, etc); tenha clareza na exposição das ideias; saiba fazer uso dos recursos coesivos, pois é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos, discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada, possibilitando aos educandos a compreensão desses elementos no interior do texto. 78 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECHARA, E. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo: Ática, 1991 CUNHA, C. Gramática do Português Contemporâneo. Belo Horizonte: Bernardo Álvares. FÁVERO, Leonor L. KOCH, Ingedore. Linguística Textual. São Paulo: Cortez, 1988. GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática,1997 _________. Portos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1995. PARANÁ, Diretrizes Curriculares – Língua Portuguesa. Curitiba; SEED/ PR, 2008. _______, Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Programas Educacionais. Coordenação de Desafios educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED/PR,2008. _______, Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005. _______, Educando para as relações Étnico-Raciais II. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Cadernos Temáticos dos desafios educacionais contemporâneos. Curitiba: SEED/PR, 2008. MOLL, J. Alfabetização possível: reinventando o ensinar e o aprender. 7 ed. Porto Alegre: mediação, 2006. PERINI, Mário A . Sofrendo a Gramática – Ensaios sobre a linguagem. 3 ed. São Paulo: Ática, 2005 SOUZA, Cássia Leslie Garcia & CAVÉQUIA, P. Márcia. Linguagem: criação e interação – 5ª/8ª séries . São Paulo: Saraiva, 2002. 79 PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Matemática é uma ciência que tem ponto de conexão com todas as áreas do conhecimento humano, sejam elas de natureza física ou social. Os conhecimentos ao longo da história das ciências mostram que a produção teórica tem suas raízes nos problemas que surgem na prática do dia a dia. Portanto, a Matemática produzida por homens e mulheres na busca de soluções para problemas do cotidiano, profissionais ou científicos, deve ser apreciada e reconhecida como parte integrante de nossas raízes culturais. Discussões entre educadores matemáticos do inicio do século XX já apontavam para a necessidade de se compreender como acontecia o ensino da Matemática, de forma que se demarcasse, nos currículos escolares, uma postura que possibilitasse aos estudantes realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Nesse contexto, a Educação Matemática configurou-se como campo de estudos de modo que os professores encontraram fundamentação teórica e metodológica para direcionar sua prática docente. Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda se encontre em processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Sendo assim, se pode afirmar que os objetivos básicos da Educação Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento – natureza científica – e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da Matemática – natureza pragmática. Esta é a Educação Matemática proposta pelas Diretrizes Curriculares de Matemática para a educação básica. O ensino da Matemática, desta forma, tratará a construção do conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias. 80 Optar pelo ensino da Matemática no contexto da Educação Matemática envolve falar na busca de transformações que intencionam minimizar problemas de ordem social, visto que esta educação se dá em uma escola que, por sua vez, está inserida numa sociedade, cujo modelo de organização precisa ser questionado, ou seja, a pensar nos aspectos pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento matemático, mas também nos aspectos sociais envolvidos. Pensar numa prática docente a partir da Educação Matemática, portanto, implica pensar na sociedade em que vivemos, constituindo-se, assim, o ato de ensinar numa ação reflexiva e política. Portanto, é necessário que o processo de ensino aprendizagem em Matemática contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e as outras áreas do conhecimento. E, assim a partir do conhecimento matemático, seja possível formar o estudante que analise questões sociais, políticas, econômicas e históricas, ou seja , a formação de um individuo com autonomia, fruto da sua capacidade de pensar, raciocinar e resolver problemas, de um ser que se apropria desse conhecimento e usa-o para ler o mundo a sua volta e interferir positivamente nesse mundo, produzindo novos conhecimentos. Pela construção histórica do objeto matemático é possível identificar e organizar alguns campos do conhecimento matemático, aqui denominados de conteúdos estruturantes. Para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual os conteúdos estruturantes são: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da Informação. A Educação Matemática proposta nas Diretrizes Curriculares, os objetivos visam desenvolvê-la enquanto campo da investigação e de produção de conhecimento – natureza cientifica – e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem matemática, fazem com que o estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos. Assim o estudante constrói, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem 81 público. Prevendo a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas relações sociais. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Numa prática de ensino no contexto da Educação Matemática é necessário que a Álgebra venha a ser compreendida de forma ampla no sentido de analisar e descrever relações em vários contextos onde se situam as abordagens matemáticas, partindo do pensamento algébrico e dos significados que este produz. O campo matemático mapeado pelo conceito da Álgebra é muito abrangente e permeado pelo uso de convenções algébricas: conceito de variável, conceito de incógnita, conhecimento de produtos notáveis, manipulação de variáveis e operações, cálculo literal e coeficientes numéricos. O conhecimento algébrico não pode ser concebido pelas simples manipulações automáticas desses elementos que a compõem. Juntamente com a Álgebra, formando um único conteúdo estruturante estão os Números. Os Números estão presentes na vida do homem desde tempos “remotos como os do começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997, p.29). A passagem do estágio de coleta para o estágio de produção do alimento, por meio da atividade agrícola, foi uma transformação fundamental e a ação do homem sobre a natureza passou de passiva à ativa, ocorrendo progressos no conhecimento de valores numéricos e das noções de relações espaciais. Deve-se compreender que os números estão inseridos em contextos articulados com os conteúdos específicos da Matemática. A Geometria não deve ser trabalhada rigidamente separada da Aritmética e da Álgebra. Por ser a Geometria rica em elementos que favorecem a percepção espacial e a visualização, ela constitui um conhecimento relevante, inclusive para outras disciplinas do conhecimento. Para Lorenzato (1995,p 7). “a geometria é a mais eficiente conexão didático-pedagógico que a Matemática possui: ela se interliga com a aritmética e com a álgebra porque os objetos e relações dela correspondem aos 82 das outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria, que realiza uma verdadeira tradução para o aprendiz”. O ensino da Geometria deve permitir que o estudante realize leituras que exijam a percepção, e linguagem e raciocínio geométricos, fatores estes que influenciam diretamente na relação que envolve a construção e apropriação de conceitos abstratos e aqueles que se referem ao objeto geométrico em si. O conteúdo estruturante Função é o instrumento que permeia as diversas áreas do conhecimento, modelando matematicamente situações que, a partir de resolução de problemas possam auxiliar as atividades humanas. Enquanto conteúdo da disciplina de Matemática, deve ser visto como uma construção histórica e dinâmica capaz de provocar, por conta da noção de variabilidade e da possibilidade de leituras analíticas do seu objeto de estudo e atuação em outros conteúdos específicos da Matemática uma mobilidade às explorações matemáticas. Assim, a partir das Funções, esta mobilidade alcança patamares ligados a modelos geométricos e algébricos, propiciando a leitura tanto algébrica como geométrica inserindo, assim, a noção analítica de leitura do objeto matemático. O Tratamento da Informação é instituído conteúdo estruturante diante da necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de realizar leituras críticas dos fatos que ocorrem em seu entorno, interpretando informações que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados percentuais, indicadores e conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de eventos. Isso se revela necessário, pois vivemos um momento histórico caracterizado pela facilidade e rapidez no acesso às informações e que exigem o desenvolvimento do espírito crítico, e a capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de diversas situações da vida em sociedade. 83 5º SÉRIE / 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS AVALIAÇÃO BÁSICOS Sistemas de numeração; Números Naturais; Múltiplos e divisores; NÚMEROS E ÁLGEBRA Potenciação e radiciação; Números fracionários; Números decimais. GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de comprimento ; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de tempo; Medidas de ângulos; Sistema monetário. Conheça os diferentes sistemas de numeração; Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; Realize operações com números naturais; Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais; Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto; Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos. Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos; Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); Relacione a evolução do Sistema Monetário 84 Brasileiro com os demais sistemas mundiais; Calcule a área de uma superfície usando unidades de medidas de superfície padronizada. Geometria Plana; GEOMETRIA Geometria Espacial Dados, tabelas e gráficos; TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Porcentagem. Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi reta e segmento de reta; Conceitue e classifique polígonos; Identifique corpos redondos; Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas; Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos. Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos;gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e as relacione com os números na forma decimal e fracionária. 6º SÉRIE/ 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO Números Inteiros; Reconheça números inteiros em diferentes contextos; Números Racionais; Realize operações com números inteiros; NÚMEROS E ÁLGEBRA Equação e Inequação do 1º grau; Reconheça números racionais em diferentes contextos; Realize operações com números racionais; 85 Razão e proporção; Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; Regra de três simples. Compreenda o conceito de incógnita; Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; Resolva situações-problema aplicando regra de três simples. GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de temperatura; Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; Medidas de ângulos. Compreenda o conceito de ângulo; Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los; GEOMETRIA Geometria Plana; Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; Geometria Espacial; Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados. Geometrias nãoeuclidianas. TRATAMENTO DA Pesquisa Estatística; Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; Média 86 INFORMAÇÃO Aritmética; Leia, interprete, construa e analise gráficos; Moda e mediana; Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; Juros simples. Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples. 7º SÉRIE / 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Números Racionais e Irracionais Sistemas de Equações do 1º grau Potências NÚMEROS E ÁLGEBRA Monômios e Polinômios AVALIAÇÃO Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; Reconheça números irracionais em diferentes contextos; Realize operações com números irracionais; Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial; Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; Produtos Notáveis. Opere com sistema de equações do 1º grau; Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas. 87 Medidas de comprimento; GRANDEZAS E Medidas de área; MEDIDAS Medidas de volume; Medidas de ângulos. Geometria Plana; Geometria Espacial; GEOMETRIA Geometria Analítica; Geometrias não euclidianas. Calcule o comprimento da circunferência; Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal. Realize cálculo de área e volume de poliedros. Reconheça triângulos semelhantes; Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Gráfico e Informação; Interprete e represente dados em diferentes gráficos; População e amostra. Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados. 88 8º SÉRIE/ 9º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Números Reais; AVALIAÇÃO Opere com expoentes fracionários; Propriedades dos Identifique a potência de expoente radicais; fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; Equação do 2º grau; Extraia uma raiz usando fatoração; Teorema de Pitágoras; NÚMEROS E ÁLGEBRA Equações Irracionais; Equações Biquadradas Regra de Três Composta. Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica; Identifique e resolva equações irracionais; Resolva equações biquadradas através das equações do 2º grau; Utilize a regra de três composta em situações problemas. GRANDEZAS E MEDIDAS -Relações Métricas no Triângulo Retângulo; - Trigonometria no Triângulo Retângulo. Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo; Realize cálculo da superfície e volume de poliedros. 89 Noção intuitiva de Expresse a dependência de uma variável Função Afim. em relação à outra; Noção intuitiva de Reconheça uma função afim e sua Função representação gráfica, inclusive sua Quadrática. declividade em relação ao sinal da função; Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; FUNÇÕES Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função; Analise graficamente as funções afins; Analise graficamente as funções quadráticas. Geometria Plana; Geometria Espacial; GEOMETRIA Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles; Geometria Analítica; Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas; Geometrias não euclidianas. Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; Aplique o Teorema de Tales em situações problemas; Noções básicas de geometria projetiva. TRATAMENTO DA Noções de Análise Combinatória INFORMAÇÃO Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo; Noções de 90 Probabilidade Estatística Juros Compostos Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento; Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos. Os conteúdos relativos a Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena, conforme as Leis Nº 10639/03 e Nº 11645/08, estão integrados aos demais conteúdos, ou seja, serão trabalhados considerando a história da Matemática e Tratamento da Informação. Assim como os conteúdos referentes aos desafios Educacionais Contemporâneos e Diversidade. 3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Educação não pode ter como objetivo a simples transmissão de informações para o aluno, deve sim, garantir-lhe autonomia de pensamento, capacidade de tomar iniciativa e de desenvolver o pensamento crítico para viver numa sociedade em constante e acelerado processo de crescimento e transformação. É fundamental acreditar que o indivíduo é capaz de construir seu próprio conhecimento, embora necessite, nos primeiros anos de vida, de orientação de professores, de sua família e de organização do processo de aprendizagem. Como ensinar matemática está vinculado às reflexões da prática docente, as tendências metodológicas elencadas e estudadas no campo da Educação Matemática devem ser entendidas como meio que fundamentará metodologias para a prática docente. Resolução de Problemas: Abordar os conteúdos matemáticos a partir da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um problema, o estudante deve ter condições de buscar várias alternativas que almejam a solução. 91 Etno matemática: O papel da etno matemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento matemático. Esta tendência leva em consideração que não existe um único saber, mas vários saberes distintos e nenhum menos importante que o outro. A etno matemática busca uma organização da sociedade que permite o exercício da crítica e a análise da realidade. Modelagem Matemática: Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da Matemática pode ser potencializado quando se problematizam situações do cotidiano. A modelagem matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. A abordagem Matemática, por meio da modelagem matemática, em fenômenos diários, sejam eles, físicos, biológicos e sociais, contribuem para análises críticas e compreensões diversas do mundo. Mídias Tecnológicas: Os ambientes de aprendizagem gerados por aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo de ensino e da aprendizagem. O trabalho com as mídias tecnológicas, insere formas diferenciadas de ensinar e aprender, e valorizar o processo de produção de conhecimentos. História da Matemática: Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situaçõesproblema, na fonte de busca, na compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilitam o levantamento e a discussão das razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios e procedimentos por parte do estudante. O trabalho referente a Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena, conforme as Leis Nº 10639/03 e Nº 11645/08, será desenvolvido em todas as séries; da mesma forma as atividades correspondentes aos Desafios educacionais Contemporâneos e a Diversidade. 92 4. AVALIAÇÃO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação deve ser contínua, diagnóstica, formativa e somativa, para que possa cumprir sua função de auxilio ao processo de ensino aprendizagem. A avaliação que importa é aquela que é feita no processo, quando o professor acompanha a construção do conhecimento pelo estudante, verificando os vários estágios do seu desenvolvimento e não fazendo julgamento apenas num determinado momento. Avaliar o processo e não apenas o produto. Avaliar, segundo a concepção de Educação Matemática, tem um papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem, cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a busca de diversos métodos avaliativos. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professore. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno: Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004) Compreende, por meio da leitura, o problema matemático; Elabora um plano que possibilite a solução do problema; Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; Realiza o retrospecto da solução de um problema. Associa a matemática com outras áreas do conhecimento; Desenvolve a partir de suas experiências um conhecimento organizado que proporcione a construção de seu aprendizado; Percebe o poder da matemática na organização do pensamento envolvendo as possibilidades, identificando estratégias de sínteses, transmissão e interpretação de dados; Compreende a importância do uso da tecnologia como forma de aquisição de conhecimentos matemáticos. 93 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de avaliação contínua, somativa e formativa, portanto serão utilizados os seguintes instrumentos: Atividades de leitura compreensiva de textos; Projeto de pesquisa bibliográfica; Produção de texto; Palestra/Apresentação oral; Atividades experimentais; Projeto de pesquisa de campo; Relatório; Seminário; Atividades com textos literários; Atividades a partir de recursos audiovisuais; Trabalho em grupo; Questões discursivas; Questões objetivas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008. _______, Educando para as Relações Étnico-Raciais II / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – PR, 2008. ANDRINI, Álvaro, VASCONCELLOS, Maria José. Praticando a Matemática - 5ª a 8ª série. São Paulo: Ed. do Brasil, 2006 DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. São Paulo: Ed. Ática, 2007. BORDEAUX, Ana Lúcia. Matemática na Vida e na Escola. São Paulo: Editora do Brasil, 2006. 94