LER - NitCult

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LER - NitCult
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Sebastião A.B. de Carvalho
Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia
N.S. Medianeira – Nova Friburgo, RJ – São Paulo SP. Membro da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Membro do Cenáculo
Fluminense de História e Letras (CFHL) – Niterói, RJ. Diretor dos
jornais on line Cantagallo Novo e Jornal Cultural de Nova Friburgo.
Fundador do Sagrado Círculo de Thelema (SCT) e da Sociedade
Budista-Hinduísta Renovadora (SOBUHIR)
METASOCIOLOGIA ESOTÉRICA
Introduzindo uma nova Ciência, para o estudo efetivo dos
fenômenos paranormais, inseridos na sociedade atual.
Obra dedicada aos que sinceramente consideram as crenças e
religiões como parte essencial da vida humana, do homem que busca
sua integração com o cosmos, livre de preconceitos e tabus
obscurantes, acreditando, sempre, na capacidade de superação do
indivíduo, que trilha o Caminho da Transcendência.
Metasociologia Esotérica de Sebastião A.B. de Carvalho é licenciado sob uma Licença Creative
Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponíveis em www.nitcult.com.br.
Primeira Edição: 2011
NOVA FRIBURGO - RJ
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1. Prefácio
Celso da Costa Frauches*
Sebastião A. B. de Carvalho é um carioca de Ipanema com alma de cantagalense,
gentílico de quem nasce em Cantagalo, um município do interior fluminense. É um ser
político, com o jornalismo nas veias, herdado do pai, Antonio Carvalho. Metasociologia
Esotérica – Introduzindo uma nova ciência é um livro instigante, resultado de mais uma de
suas meticulosas pesquisas, agora na área dos fenômenos extrafísicos ou paranormais. Não
terá sido uma tarefa fácil, mas fascinante para bandeirantes como Sebastião.
Sebastião de Carvalho, sociólogo, pretende com este livro divulgar a Metasociologia
Esotérica, desbravando novos caminhos na área das ciências sociais. A sua pesquisa parte
da análise da Sociologia e de seus ícones, como Augusto Comte, Karl Marx, Émile
Durkheim, Gabriel Tarde e Max Weber. Ingressa, ainda, no mundo dos sociológos que
introduziram uma Metasociologia, investigando o sobrenatural, como Paul Hanly Furfey e
Luigi Sturzo, e de iniciados, como Aleister Crowley, Allan Kardec e René Guénon.
Segundo Furfey, a Metasociologia deve:
... produzir critérios para distinguir conhecimento científico
de conhecimento não-científico na área onde a sociologia opera:
são critérios de qualidade científica.
... produzir critérios para distinguir o que é relevante para
a sociologia, daquilo que não o é, definindo assim o campo da
ciência; são critérios de relevância.
... fornecer regras de procedimentos práticos para aplicar
em pesquisas sociológicas práticas.
Sebastião de Carvalho analisa, ainda, a obra de Thomas Morus, que idealiza uma
sociedade imaginária, ideal, em busca da sociologia perfeita; Rabelais, criador da Abadia
de Thelema, um espaço para pessoas especiais, que vivem em total liberdade, sob o lema
Faze o que tu queres; Raymond Bernard e sua A Terra Oca, na qual conjectura a existência
de várias passagens ligando o mundo da superfície ao subterrâneo.
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O Autor passa, também, por misteriosas expedições exploradoras, como as do
Almirante Byrd, que “gostaria de ver aquela terra além do Pólo (Norte)”, que seria o
“Centro do Grande Desconhecido”; e do Coronel Fawcett, tido como o maior explorador de
terras do século 20, tendo efetuado suas expedições, entre 1906 e 1925, às selvas bolivianas
e brasileiras, desaparecendo na selva do Roncador, no Brasil.
A partir da análise dessas personalidades e suas obras e de suas próprias pesquisas e
estudos, Sebastião de Carvalho cria a Metasociologia Esotérica para “superar as
dificuldades da Sociologia frente aos fenômenos extrafísicos”, uma ciência distinta da
Sociologia. Um termo criado para “designar uma nova ciência social ou metasocial”.
Segundo o Autor,
... a Metasociologia Esotérica tem por objeto algo que está
além da Sociologia, além do plano físico e psíquico, as sutis
manifestações conhecidas dos que lidam com o sobrenatural
utilizando-se dos procedimentos adequados, e não de grosseiros
mecanismos aprovados e impostos pela ciência materialista.
..........................................................................
... Um novo instrumental, uma nova teoria e uma nova
metodologia, que se adequem à natureza do que pretendemos
conhecer em profundidade.
A Metasociologia Esotérica sustenta fatos como os catalogados por Allan Kardec e
presente nas filosofias e crenças orientais, como a vida em diversas dimensões, invisíveis
aos nossos olhos puramente materiais, a reencarnação e outros fenômenos ditos
paranormais. Assim, Sebastião chega à definição da Metasociologia Esotérica como:
... a ciência social e esotérica que tem por objetivo o estudo
e análise de fatos que estão além da realidade física e psíquica,
utilizando-se de metodologia própria, baseada em princípios da
filosofia hermética, e em procedimentos esotéricos e psicológicos
tais como clarividência, clariaudiência, psicografia, visualizações,
imaginação e intuição.
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A metodologia a ser usada tem por base uma obra secular de um dos mestres do
Antigo Egito, Hermes Trimegisto, o Caibalion, onde estão explícitos os Sete Princípios
Herméticos ou as Leis da Vida, e instrumentos taxados de paranormais, descritos na
definição da Metasociologia Esotérica.
Sebastião de Carvalho inicia, com a publicação deste Metasociologia Esotérica –
Introduzindo uma nova ciência, uma instigante e longa jornada, tendo pela frente
obstáculos, nem sempre puramente físicos. Não será, como ele mesmo afirma na
Introdução, tarefa fácil. Mas, para o Autor, poucas foram as tarefas fáceis ao longo de sua
atual existência. Não conheceu caminhos largos, fartos, mas estreitos e, às vezes, quase
intransponíveis. Contudo ele superou a todos e está onde deveria estar – à frente da criação,
desenvolvimento e divulgação de uma nova ciência social, a Metasociologia Esotérica.
Vamos, agora, conhecê-la, em detalhes. À leitura, análise e reflexão de mais uma obra de
Sebastião de Carvalho.
*Celso da Costa Frauches é administrador e especialista em legislação, gestão
e avaliação da educação superior. Atuou, por 16 anos, como executivo da
Associação Fluminense de Educação (AFE), mantenedora da Universidade
Grande Rio (Unigranrio). Participou da criação de diversas universidades,
centros universitários e faculdades. Tem vários livros publicados na área da
educação superior, além de um de cunho espiritualista – O Mundo Espiritual,
Kardec e Chico Xavier. Publicou dezenas de artigos, com ênfase na análise
crítica da legislação e normas e avaliação da educação superior.
Atualmente, exerce as funções de consultor educacional da Associação
Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) em Brasília.
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1.1. Introdução
Há questões que desafiam a inteligência, chegando até a serem
consideradas tabus, devido à dificuldade de colocá-las nos parâmetros
geralmente aceitos pela sociedade.
Apesar dos progressos já realizados na busca de instrumental apropriado
ao estudo de fenômenos situados em planos além da realidade material e
psíquica, vivemos ainda presos à preponderância do “método científico”
tradicional, que simplesmente ignora tudo que exista além de seu limitado
alcance!
Essa postura dos nossos cientistas e estudiosos de um modo geral,
empobrece o acervo cultural da sociedade, e nos deixa órfãos diante de uma
infinidade de ocorrências que encerram realidades preciosas para o
enriquecimento da raça humana.
Religiões e filosofias buscam entender, explicar e comunicar verdades
que nos são caras, sendo essenciais para que possamos compreender o mundo
e a nós próprios. Usam métodos diversos, com a religião apelando para o
testemunho, a intuição e a fé, e a filosofia para a razão e a meditação – mas
ambas se ressentem de um instrumental teórico e prático mais eficaz, que se
imponha às mentes racionais e inquiridoras dos amantes da ciência.
Criar esse instrumental não é tarefa fácil. Assim como os pioneiros das
ciências sociais tiveram que despender ingentes esforços para criar, defender,
desenvolver e estabelecer em definitivo, a Sociologia, também estamos
dispostos a fazê-lo com a nossa METASOCIOLOGIA ESOTÉRICA, que
expomos neste livro, e oferecemos a todos que se dedicam ao estudo e à
pesquisa dos fenômenos extrafísicos ou paranormais.
Sabemos que este é apenas o primeiro passo no sentido de uma meta
ambiciosa, que muito terá ainda que ser despendido em termos de esforço
intelectual e psíquico, mas temos certeza de que, após algum tempo, maior ou
menor, de acordo com circunstâncias imprevisíveis, chegaremos a um bom
termo, imprimindo nos anais da ciência a marca indelével de uma contribuição
trabalhosa e inspirada, que resultará em grande benefício para os estudiosos da
ciência sagrada, e, em decorrência, para o povo em geral.
Acolheremos, com alegria, as opiniões sinceras dos leitores, que possam
ajudar na melhoria do nosso trabalho.
e-mail para: [email protected]
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2.Sociologia e sociólogos
2.1. Alguns sociólogos que estabeleceram as bases
científicas da Sociologia.
2.1.1. Augusto Comte
(Coletamos dados do Wikipedia)
Interessado em ciências naturais, e nas questões históricas e sociais, cedo, aos
desesseis anos de idade (1814) ingressou Augusto Comte na Escola
Politécnica de Paris. Serviu como secretário ao conde Henri de Saint Simon,
expoente do socialismo utópico. Começou a travar contato com idéias
dominantes na época, como a relatividade de tudo e os famosos três estados da
evolução humana: teológico, metafísico e positivo.
Começou a escrever o seu Curso de filosofia positiva
(1826) depois intitulado Sistema de filosofia positiva,
no qual trabalhou durante doze anos.
No Sistema de política positiva, (1851-1854) expôs
algumas das principais consequências de sua concepção
de mundo não-teológica e não-metafisica, propondo
uma interpretação totalmente humana da sociedade.
Chegou a sugerir soluções para os problemas sociais e
apresentou aspectos de sua Religião da Humanidade.
Em sua não-concluída obra Síntese Subjetiva, abordou questões de lógica,
indústria, pedagogia e psicologia.
A filosofia positiva de Comte nega que a explicação dos fenômenos naturais,
assim como sociais, provenha de um só princípio. A visão positiva dos fatos
abandona a consideração das causas dos fenômenos (Deus ou natureza) e
pesquisa suas leis, vistas como relações abstratas e constantes entre
fenômenos observáveis.
Adotando os critérios histórico e sistemático, outras ciências abstratas antes da
Sociologia, segundo Comte, atingiram a positividade: a Matemática, a
Astronomia, a Física, a Química e a Biologia. Assim como nessas ciências, em
sua nova ciência inicialmente chamada de física social e posteriormente
Sociologia, Comte usaria a observação, a experimentação, a comparação e a
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classificação como métodos para a compreensão da realidade social. Comte
afirmou que os fenômenos sociais podem e devem ser percebidos como os
outros fenômenos da natureza, ou seja, como obedecendo a leis gerais;
entretanto, sempre insistiu que isso não equivale a reduzir os fenômenos
sociais a outros fenômenos naturais. Assinalou que a fundação da Sociologia
implica que os fenômenos sociais são um tipo específico de realidade teórica e
que devem ser explicados em termos sociais.
O espírito positivo, segundo Comte, tem a ciência como investigação do real.
No social e no político, o espírito positivo passaria o poder espiritual para o
controle dos "filósofos positivos", cujo poder é, nos termos comtianos,
exclusivamente baseado nas opiniões e no aconselhamento.
Comte defende o chamado método positivo, que se caracteriza pela
observação, conjugada com a imaginação. Ambas fazem parte da
compreensão da realidade e são igualmente importantes. Mas ressalta que a
subjetividade deve sempre ser confrontada com a realidade objetiva. Assinala
ainda que cada tipo de fenômeno tem suas particularidades, de modo que o
método específico de observação para cada fenômeno é diferenciado.
A “Lei dos Três Estados", tendo como precursores os pensadores Turgot e
Condorcet, é a base fundamental da obra comtiana, que percebeu que a
evolução da humanidade passa por três estados teóricos diferentes: o estado
'teológico' ou 'fictício', o estado 'metafísico' ou 'abstrato' e o estado 'científico'
ou 'positivo'.
A fase teológica tem várias subfases: o fetichismo, o poloteísmo, o
monoteísmo. Os fatos observados são explicados pelo sobrenatural, por
entidades cuja vontade arbitrária comanda a realidade.
No estado metafísico, passa-se a pesquisar diretamente a realidade, mas
ainda há a presença do sobrenatural, de modo que a metafísica é uma
transição entre a teologia e a positividade.
O estado positivo, que foi preparado pelos antecedentes, os fatos são
explicados segundo leis gerais abstratas, de ordem inteiramente
positiva, em que se deixa de lado o absoluto (que é inacessível) e buscase o relativo.
Cada um desses estágios representa fases necessárias da evolução humana.
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2.1.2. Karl Marx
(Coletamos dados do Wikipedia)
Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março
de 1883). Intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista
moderna. Contribuiu para várias ciências, como economista, filósofo,
historiador, teórico de ciência política e comunicador. O pensamento de Marx
influencia várias áreas do conhecimento humano. Foi considerado um dos
maiores filósofos de todos os tempos.
Numa família judaica de sete filhos, residente em Tréveris, na época do Reino
da Prússia. De mãe judia holandesa, seu pai, advogado e conselheiro de
Justiça, converteu-se ao cristianismo luterano para se
livrar das restrições impostas aos judeus no serviço
público. Marx teve irmãos e irmãs.
Marx iniciou seus estudos no Liceu da cidade em
1830, ano em que eclodiram revoluções em diversos
países europeus. Frequentou a Universidade de Bonn
para estudar Direito, transferindo-se no ano seguinte
para a Universidade de Berlim, onde conheceu o
filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel,
cuja obra exerceu grande influência sobre ele.
Tendo ingressado no Clube dos Doutores, onde
pontilhava Bruno Bauer, perdeu interesse pelo Direito, vltando-se para a
Filosofia. Chegou a participar do movimento dos Jovens Hegelianos. Em
1841, formou-se doutor em Filosofia, defendendo tese sobre as "Diferenças
da filosofia da natureza em Demócrito e Epicuro.
Influências de Hegel e de Feuerbach.
Os dois principais aspectos do sistema de Hegel que influenciaram Marx
foram sua filosofia da história e sua concepção dialética. Partindo da ideia de
que o mundo está em constante vir-a-ser, de que tudo está em constante
movimento, Hegel vê a sociedade através da história, da sucessão de
acontecimentos. É o Espírito do Mundo (Superalma ou Consciência
Absoluta), que representa a consciência humana geral, comum a todos
indivíduos e manifesta na ideia de Deus.
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As formas concretas de organização social surgem de impulsos da consciência
humana na buscada de liberdade, na solução do conflito permanente entre
liberdade e coerção. Assim, os homens concebem uma sociedade organizada
de modo harmonioso, livre e feliz, sob o império da espiritualidade e da paz.
Contactando Feuerbach, Marx continuou vendo a história enquanto progressão
dialética, o mundo vivendo o choque permanente entre os opostos, mas
eliminou o Espírito do Mundo enquanto sujeito ou essência, porque passou a
compreender que a origem da realidade social não reside nas ideias, na
consciência que os homens têm dela, mas sim na ação concreta, material, dos
homens, melhor dizendo, no trabalho humano.
Marx inverte a dialética hegeliana, colocando a materialidade, e não as ideias,
na gênese do movimento histórico. Cria, assim, a dialética materialista
também conhecido como materialismo dialético.
Influência do socialismo utópico francês e dos economistas ingleses
Designava-se como Socialismo Utópico um conjunto de doutrinas que tinham
em comum duas características básicas: entendiam que a base determinante do
comportamento humano residia na esfera moral e ideológica e que o
desenvolvimento das civilizações ocidentais estava para viver uma nova era de
harmonia social. Marx acusou os socialistas utópicos de excessivo
romantismo, e de falta de dedicação ao estudo rigoroso da conjuntura social.
Eles diziam como deveria ser a sociedade harmônica ideal, mas nada
indicavam sobre como seria possível alcançá-la plenamente. Porém Marx
aproveitou ideias de alguns dos socialistas utópicos, como a noção de que o
aumento da capacidade de produção decorrente da revolução industrial
permite condições materiais mais confortáveis à vida humana.
Influência da economia política clássica britânica
Nas obras de Adam Smith e David Ricardo, economistas clássicos britânicos,
Marx encontrou conceitos que reviu e aproveitou, tais como os de valor,
divisao social do trabalho, acumulação primitiva e mais-valia. Essa influência
foi de tal grau que alguns estudiosos veem poucas diferenças cruciais entre o
pensamento econômico de uns e outro, enquanto marxistas colocam limites
nesta apreciação.
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Revolução
Marx não definiu a revolução, mas apontou suas causas, ou sejam, as
condições iníquas do trabalho às quais são submetidos os operários. Estudou
as revoluções francesa, inglesa e norte-americana, e fez um prognóstico sobre
a sociedade capitalista, que deveria se implodir, devido às contradições
internas do sistema. Na obra Contribuição para a Crítica da Economia
Política, diz ele: Numa certa etapa do seu desenvolvimento, as forças
produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de
produção existentes ou, o que é apenas uma expressão jurídica delas, com as
relações de propriedade no seio das quais se tinham até aí movido. De formas
de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações transformam-se em
grilhões das mesmas. Ocorre então uma época de revolução social.
A práxis
As relações entre a realidade e as ideias se fundem na práxis, e a práxis é o
grande fundamento do pensamento de Marx. Fazer história racionalmente é a
grande meta. E o próprio fazer da história que criará suas condições objetivas
e subjetivas adjacentes, já que a objetividade histórica é produto da
humanidade, dos homens associados, da luta política.
A mais-valia
O conceito de Mais-valia foi empregado por Karl Marx para explicar a
obtenção dos lucros no sistema capitalista. O trabalho gera a riqueza. E maisvalia seria o valor extra da mercadoria, a diferença entre o que o empregado
produz e o que ele recebe. Os operários em determinada produção produzem
bens, cujos valores, divididos pelo valor do trabalho realizado, dá o valor do
trabalho de cada operário. Mas os bens produzidos são vendidos por mais, e a
diferença fica com os proprietários, os capitalistas.
O Capital
O Capital (1867) é a obra principal de Karl Marx. Nela há uma extensa e
profunda análise da sociedade capitalista. Trata não somente de economia
política, mas também de sociedade, cultura, política, filosofia, sociologia. É
uma obra analítica, sintética, crítica, descritiva, científica Um verdadeiro
monumento. Influenciou e influencia um imenso número de pessoas, e esteve
na raiz da Revolução Russa e de outros movimentos comunistas em várias
partes do mundo.
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2.1.3. Émile Durkheim
(Coletamos dados do Wikipedia)
Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de
1917) foi o fundador da escola francesa de sociologia, sendo considerado um
dos pais desta ciência. Partindo da afirmação de que
"os fatos sociais devem ser tratados como coisas",
Durkheim mostrou a preponderância da sociedade
sobre o indivíduo. Afirmou que normal é o que é ao
mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a
ele. Mas a preponderância da sociedade sobre o
indivíduo não deve impossibilitar sua realização
pessoal, o que deve ocorrer desde que ele se integre à
mesma. Durkheim dà ênfase à necessidade de consenso
e solidariedade entre os membros da sociedade. Esta solidariedade depende do
grau de modernidade. A norma moral tende a tornar-se norma jurídica, sendo
preciso definir numa sociedade moderna, certas regras de cooperação e troca
de serviços entre os que participam do trabalho coletivo.
A contribuição de Durkheim para o pogresso da sociologia está em suas obras
e na publicação da revista L'Année Sociologique. Obras: Da divisão do
trabalho social (1893); Regras do método sociológico (1895); O suicídio
(1897); As formas elementares de vida religiosa (1912); Educação e
sociologia, Sociologia e filosofia.
Biografia
Descendente de uma família judia, Durkheim começou a estudar filosofia na
Escola Normal Superior de Paris, indo depois para a Alemanha. Desde cedo,
explicava os fenômenos religiosos a partir de fatores sociais e não divinos.
Um seu sobrinho e colaboradores formaram um grupo que ficou conhecido
como escola sociológica francesa. Na Escola Normal Superior realizou
estudos com Jean Jaurés e Henri Bergson. Foi quando tomou conhecimento
das obras de Auguste Comte e Herbert Spencer, que e o influenciaram na
tentativa de buscar a cientificidade no estudo das humanidades.
Pensamento
Durkheim era um filósofo formado, mas dedicou-se inteiramente à sociologia.
Seu conceito de socialização, processo através do qual o homem,
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naturalmente selvagem, torna-se um cidadão consciente de seus direitos e
deveres, mostra que o indivíduo é capaz de aprender hábitos e costumes
característicos de seu grupo social para poder conviver no meio deste. A
consciência coletiva seria então formada durante a nossa socialização e
composta por tudo aquilo que reside em nossas mentes e serve para nos
orientar como devemos ser, sentir e comportar. Esses são os "Fatos Sociais",
verdadeiro objeto de estudo da Sociologia. Mas o que fazemos só pode ser
considerado um fato social se atender a três características: generalidade,
exterioridade e coercitividade. Isto significa que as pessoas se comportam de
acordo com o estabelecido pela sociedade. E tal condição é algo preestabelecido. Não é imposto especificamente a alguém, e continua existindo
sempre, sem dar margem a escolhas.
No seu "As regras do método sociológico", Durkheim define uma metodologia
que, embora calcada ou inspirada nas ciências naturais, confere seriedade à
nova ciência, ao estabelecer as leis que regem o comportamento social.
Durante toda sua vida, Durkheim debateu questões de método com Gabriel
Tarde. Este não concordava com a posição de Durkheim, que considerava o
fato social como uma coisa totalmente objetiva, ignorando seu conteúdo
psiquico. Durkheim concluiu também que a sociedade é um todo integrado e
assim, o que acontece numa parte, afeta o todo. Baseado nessas concepções,
desenvolveu os conceitos de Instituição social e Anomia. Durkheim
considerava a Instituição como um mecanismo de proteção da sociedade que
funciona através de um conjunto de regras e procedimentos padronizados
socialmente, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade. Tudo
visando manter a organização do grupo e satisfazer às necessidades dos
indivíduos que dele participam. São, portanto, conservadoras por essência,
quer seja família, escola, governo, polícia ou qualquer outra, agindo sempre
contra as mudanças, pugnando pela manutenção da ordem.
Embora tenha sido considerado excessivamente conservador, Durkheim não
era bem isso, ou somente isso. Ele se preocupava com a segurança do
indivíduo e dos grupos, da sociedade, enfim. E colaborou com seus estudos
para minimizar negatividades como anomia e suicídio. Contribuiu pata o
estudo da religião e, no campo da psicologia também deixou contribuições,
que, segundo alguns estudiosos, ajudaram no desenvolvimento da obra do
grande psicólogo Sigmund Freud.
Principais obras: Regras do Método sociológico, 1895; O suicídio, 1897; As
formas elementares de vida religiosa, 1912.
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2.1.4. Gabriel Tarde
(Coletamos dados do Wikipedia)
Considerado excessivamente conservador, Durkheim na verdade se
preocupava com os problemas sociais e suas soluções. Trabalhou para
minimizar as sequelas da sociedade e promover a harmonia nos grupos
sociais. Já o Sociólogo e criminologista francês, Jean-Gabriel de Tarde
(1843-1904) é lembrado sobretudo pela polêmica que o opôs a Émile
Durkheim. Ao contrário deste, Tarde enfatiza, na ação social, os indivíduos e
não o poder de coerção exterior que se lhes impõe. Insere, assim, um cunho
psicologista que nega a autenticidade do social, razão pela qual é visto, não
como um sociólogo, mas como um precursor da psicologia social.
No campo da filosofia social, Tarde desenvolveu uma teoria segundo a qual o
processo da história social corresponde a um ciclo infinito onde a inovação se
faz com base na imitação. Para este autor, os hábitos existem porque as
invenções se sucedem e repetem por imitação. Tudo
o que é criado é na verdade produto da imitação e é
conforme à capacidade de aceitação da sociedade
que envolve o criador. Tarde admitia que pudessem
resultar conflitos deste processo de inovação pela
imitação. No âmbito da criminologia, Tarde atacou
as teorias de César Lombroso e da sua escola por
associarem aspetos biológicos ao crime. Em La
Criminalité Comparée (1886), Tarde coloca-se numa
perspectiva inovadora, avessa ao biologismo, que
acentua a importância do meio nos comportamentos identificados como
crime.
As suas obras principais são: Monadologia e sociologia, Criminalidade
comparada, As leis da imitação, A Oposição universal.
O Doutor Eduardo Viana Vargas, professor de Antropologia da UFMG, editor
da revista Teoria e Sociedade, em estudo que fez sobre a obra de Gabriel
Tarde, coloca observações valiosas, que, data vênia, reproduzimos em partes,
por considerar de utilidade para este nosso trabalho.
Diz o professor:
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Sobre Sociologia e Filosofia
Desde o início de Monadologia e sociologia, a surpresa é inevitável: em
vez de fazer a sociologia surgir de uma ruptura radical com a filosofia,
Tarde busca na filosofia os princípios ontológicos de um "ponto de vista
sociológico universal" (p. 58). O que Tarde propõe, no entanto, é uma
"monadologia renovada" Nem absolutamente espirituais, nem
integralmente materiais, em Tarde as mônadas não são, como em Leibniz,
as substâncias simples que entram nos compostos (p.46), vale dizer, uma
teoria social que retenha, de Leibniz, o princípio da continuidade (que
fundamenta o cálculo infinitesimal) e o dos indiscerníveis (ou da diferença
imanente), e que abra mão dos princípios da clausura e da razão suficiente
(em suma, da hipótese de Deus) em que Leibniz havia encerrado as
mônadas.
Sobre a Essência das Mônadas
As mônadas abertas por Tarde não são elementos substanciais
extrínsecos uns aos outros, mas esferas de ação que se interpenetram; não
são microcosmos, mas meios universais: a atividade é a essência da
mônada, e cada mônada é integralmente lá onde ela age (p.47). Para Tarde,
as mônadas só não são integralmente materiais porque as crenças e os
desejos lhes são imanentes, e o que nos impede de levar a sério a hipótese
das mônadas é o preconceito antropocêntrico "que sempre nos faz crer
[sermos] superiores a tudo" (p.41), ou que nos faz julgar "os seres tanto
menos inteligentes quanto menos os conhecemos" (p. 43). Por isso mesmo
esse preconceito é inseparável da "tendência inexplicável a imaginar
homogêneo tudo aquilo que ignoramos" (p.69) ou do preconceito que
consiste em "crer que o desconhecido é indistinto, indiferenciado,
homogêneo" (p.43), "que o resultado é sempre mais complexo do que suas
condições, a ação mais diferenciada do que os agentes", enfim, tal como na
fórmula popularizada após Spencer, que "a evolução universal é
necessariamente uma marcha que vai do homogêneo ao heterogêneo, uma
diferenciação progressiva e constante" (p 66).
Sobre tudo partir do Infinitesimal – e existir ser diferir
Tarde se recusa a tomar como dado aquilo que é preciso explicar, a
saber, a semelhança ou a identidade. Para ele, "partir da identidade
primordial significa supor como origem uma singularidade prodigiosamente
improvável, [...] o inexplicável mistério de um único ser simples,
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posteriormente dividido não se sabe porque" (p.70). Se for assim, indaga
Tarde, como é possível explicar a inovação? A produção do novo deixa de
ser misteriosa, no entanto, se "tudo parte do infinitesimal e a ele tudo
retorna" (p.26), se "a diferença vai diferindo" (p.66) e se "existir é diferir".
De fato, o efetivo desafio levantado pela hipótese das mônadas é que ela
"coloca, ou parece colocar, tanto ou mais complicação na base dos
fenômenos do que em seu cume" (p.65), já que, afirma Tarde, "no fundo de
cada coisa, há toda coisa real ou possível" (p.48). Isso quer dizer que nem a
sociedade constitui uma ordem mais alta e complexa que a dos indivíduos,
nem os indivíduos são o fundamento das sociedades: indivíduos e
sociedades, como células e átomos, são todos compostos e, como tais,
imediatamente relacionais. Mas isso supõe "que toda coisa seja uma
sociedade" (p.49) [no original: "que toute chose est une société, que tout
phénomène est un fait social" – a última frase foi omitida na tradução], ou
que social seja um termo aplicável a qualquer modalidade de associação
(Latour, 2001).
Sobre nem matéria nem espírito...
Quão longe estamos de Durkheim, que preconizava constituir a
sociologia como ciência autônoma tratando os fatos sociais como coisas!
Para Tarde e o "ponto de vista sociológico universal", os abismos entre
natureza e sociedade e entre os seres vivos e os seres inorgânicos não são
instransponíveis (p.51), pois as "aptidões características são, ao mesmo
tempo, o primeiro termo da série social e o último termo da série vital" . A
renúncia à metafísica do Ser – ou à ontologia – em favor de uma metafísica
do Ter exige, portanto, uma mudança radical: em vez de buscar a essência
identitária dos entes, cabe defini-los por suas propriedades diferenciais e por
suas zonas de potência, pois, se "toda possibilidade tende a se realizar, [se]
toda realidade tende a se universalizar", é porque toda mônada é ávida, todo
infinitesimal ambiciona o infinito (pp.97ss).
E-mail: [email protected]
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2.1.5. Max Weber
(Coletamos dados do Wikipedia)
Pode-se traçar a origem dos positivistas, que eram teóricos da identidade
fundamental, ao empirismo inglês, com Francis Bacon (1561-1626) e David
Hume (1711-1776), assim como aos utilitaristas do século XIX.
Foi justamente nessa linha metodológica que se colocaram Augusto Comte e .
Émile Durkheim, considerados os pais da sociologia.
Contrários à identidade metodológica entre as ciências exatas e as ciências
humanas, foram sobretudo os alemães, vinculados ao idealismo dos filósofos
da época do Romantismo, principalmente Hegel
(1770-1831) e Schleiermacher (1768-1834). Vemos
exemplos marcantes nos neokantianos Wilhelm
Dilthey (1833-1911), Wilhelm Windelband (18481915) e Heinrich Rickert (1863-1936). Dilthey
estabeleceu uma importante distinção entre
explicação e compreensão O modo explicativo seria
característico das ciências naturais, que procuram o
relacionamento causal entre os fenômenos. A
compreensão seria o modo típico de proceder das
ciências humanas, que não estudam fatos que possam
ser explicados propriamente, mas visam aos processos permanentemente vivos
da experiência humana e procuram extrair deles seu sentido ou significados.
Mas esses estudiosos foram sobretudo filósofos e historiadores, não cientistas
sociais. Quem, na verdade, colocou o método da compreensão no estudo de
fatos humanos particulares, como sociólogo, foi Max Weber.
Uma educação humanista apurada
A formação intelectual de Weber foi primorosa, mercê dos recursos
financeiros de que dispunha sua família. Recebeu excelente educação
secundária em línguas, história e literatura clássica.
Em 1882, começou os estudos superiores em Heidelberg; continuando-os em
Göttingen e Berlim, em cujas universidades dedicou-se simultaneamente à
economia, à história, à filosofia e ao direito.
18
Trabalhou como livre-docente na Universidade de Berlim, e como assessor do
governo. Em 1893, casou-se e, no ano seguinte, tornou-se professor de
economia na Universidade de Freiburg, da qual se transferiu para a de
Heidelberg. Após vencer dificuldades na saúde, trabalhou, em 1903, no
Arquivo de Ciências Sociais, que editava importante publicação voltada ao
desenvolvimento dos estudos sociológicas na Alemanha.
Lecionou
particularmente e proferiu conferências nas universidades de Viena e
Munique., vindo a falecer em 1920.
Compreensão e explicação
Captar e compreender o sentido da ação humana foi como Weber considerou o
objeto da sociologia, diametralmente oposto ao das ciências naturais. Isto
implica em procurar extrair o conteúdo simbólico da ação ou ações que o
configuram. Conclui, portanto, que abordar o fato significa que não é possível
propriamente explicá-lo como resultado de um relacionamento de causas e
efeitos, mas compreendê-lo como fato carregado de sentido, isto é, como algo
que aponta para outros fatos e somente em função dos quais poderia ser
conhecido em toda a sua amplitude.
Embora a rigorosa observação dos fatos seja essencial para o cientista
social, como na metodologia das ciências naturais, a captação dos sentidos
contidos nas ações humanas não poderia ser realizada por meio dessa
metodologia. Sem pretender cavar um abismo entre os dois grupos de
ciências, Weber acentua o caráter significante do fenômeno social, totalmente
diverso daquele captado pela biologia.
O legal e o típico
Em oposição à conceituação generalizadora, que retira do fenômeno concreto
aquilo que ele tem de geral, isto é, as uniformidades e regularidades
observadas em diferentes fenômenos constitutivos de uma mesma classe. Já O
conceito de tipo ideal corresponde, no pensamento weberiano, a um processo
de conceituação que abstrai de fenômenos concretos o que existe de particular,
constituindo assim um conceito individualizante ou, nas palavras do próprio
Weber, um “conceito histórico concreto”. A ênfase na caracterização
sistemática dos padrões individuais concretos (característica das ciências
humanas) opõe a conceituação típico-ideal à conceituação generalizadora, tal
como esta é conhecida nas ciências naturais.
19
No exame das ações, Weber aponta a dicotomia entre o racional e o
irracional, ambos conceitos fundamentais de sua metodologia. Para ele, uma
ação é racional quando cumpre duas condições. Em primeiro lugar, é racional
na medida em que é orientada para um objetivo claramente formulado, ou para
um conjunto de valores, também claramente formulados e logicamente
consistentes. Em segundo lugar, uma ação é racional quando os meios
escolhidos para se atingir o objetivo são os mais adequados.
Com base nesses instrumentos analíticos, formulados para a explicação
da realidade social concreta ou, mais exatamente, de uma porção dessa
realidade, Weber elabora um sistema compreensivo de conceitos,
estabelecendo uma terminologia precisa como tarefa preliminar para a análise
das inter-relações entre os fenômenos sociais. São quatro os tipos de ação que
cumpre distinguir claramente: 1) ação racional em relação a fins; 2) ação
racional em relação a valores; 3) ação afetiva; 4) ação tradicional. Esta última,
baseada no hábito, está na fronteira do que pode ser considerado como ação e
faz Weber chamar a atenção para o problema de fluidez dos limites, isto é,
para a virtual impossibilidade de se encontrarem “ações puras”.
O sistema de tipos ideais
Importante contribuição de Weber para a ciência social, foi o estabelecimento
de tipos ideais, o que ele faz em sua Economia e Sociedade. Esses tipos são:
lei, democracia, capitalismo, feudalismo, sociedade, burocracia, patrimonialismo, sultanismo.
O importante dessa tipologia está no meticuloso cuidado com que Weber
articula suas definições e na maneira sistemática com que esses conceitos são
relacionados uns aos outros. A partir dos conceitos mais gerais do
comportamento social e das relações sociais, Weber formula novos conceitos
mais específicos, pormenorizando cada vez mais as características concretas.
Sua abordagem em termos de tipos ideais coloca-se em oposição, por
um lado, à explicação estrutural dos fenômenos, e, por outro, à perspectiva
que vê os fenômenos como entidades qualitativamente diferentes. Para Weber,
as singularidades históricas resultam de combinações específicas de fatores
gerais que, se isolados, são quantificáveis, de tal modo que os mesmos
elementos podem ser vistos numa série de outras combinações singulares.
Tudo aquilo que se afirma de uma ação concreta, seus graus de adequação de
sentido, sua explicação compreensiva e causal, seriam hipóteses suscetíveis de
verificação.
20
O capitalismo é protestante?
Weber estudou exaustivamente a origem do capitalismo. Esses estudos
a Sociologia da Religião. Na linha mestra dessa obra temos lo exame dos
aspectos mais importantes da ordem social e econômica do mundo ocidental,
nas várias etapas de seu desenvolvimento histórico.
Antes, a questão já havia sido colocada por outros pensadores como
Karl Marx (1818-1883), cuja obra, além de seu caráter teórico, constituía
elemento fundamental para a lufa econômica e política dos partidos operários.
Os sociólogos alemães queriam saber se o materialismo histórico
formulado por Marx era ou não o verdadeiro, ao transformar o fator
econômico no elemento determinante de todas as estruturas sociais e culturais,
inclusive a religião.
Com muitos trabalhos tentaram resolver a questão, mas apenas
concluíram ter sido fundamental uma mudança espiritual básica, como aquela
que ocorreu nos fins da Idade Média. Todavia, somente com os trabalhos de
Weber foi possível elaborar uma verdadeira teoria geral capaz de confrontarse com a de Marx.
Ocorreu a Weber que, para conhecer corretamente a causa ou causas do
surgimento do capitalismo, era necessário fazer um estudo comparativo entre
as várias sociedades do mundo ocidental (único lugar em que o capitalismo,
como um tipo ideal, tinha surgido) e as outras civilizações, principalmente as
do Oriente, onde nada de semelhante ao capitalismo ocidental tinha aparecido.
Foi assim que chegou à conclusão de que a explicação para o fato
deveria ser encontrada na íntima vinculação do capitalismo com o
protestantismo: “Qualquer observação da estatística ocupacional de um país
de composição religiosa mista traz à luz, com notável freqüência, um
fenômeno que já tem provocado repetidas discussões na imprensa e literatura
católicas e em congressos católicos na Alemanha: o fato de os líderes do
mundo dos negócios e proprietários do capital, assim como os níveis mais
altos de mão-de-obra qualificada, principalmente o pessoal técnica e
comercialmente
especializado
das
modernas
empresas,
serem
preponderantemente protestantes”.
Após exaustivas pesquisas históricas, Weber conclui que os
protestantes, tanto como classe dirigente, quanto como classe dirigida, seja
21
como maioria, seja como minoria, sempre teriam demonstrado tendência
específica para o racionalismo econômico. A razão desse fato deveria,
portanto, ser buscada no caráter intrínseco e permanente de suas crenças
religiosas e não apenas em suas temporárias situações externas na história e na
política.
O próximo passo foi estabelecer o papel que as crenças religiosas teriam
exercido na gênese do espírito capitalista, e busca definir o que entende por
"espírito do capitalismo". Este é, então, entendido como constituído
fundamentalmente por uma ética peculiar, que pode ser exemplificada muito
nitidamente por trechos de discursos de Benjamin Franklin (1706 - 1790), um
dos líderes da independência dos Estados Unidos. Benjamin Franklin,
representante típico da mentalidade dos colonos americanos e do espírito
pequeno-burguês, afirma em seus discursos que “ganhar dinheiro dentro da
ordem econômica moderna é, enquanto isso for feito legalmente, o resultado e
a expressão da virtude e da eficiência de uma vocação”. Segundo a
interpretação dada por Weber a esse texto, Benjamin Franklin expressa um
utilitarismo, mas um utilitarismo com forte conteúdo ético, na medida em que
o aumento de capital é considerado um fim em si mesmo e, sobretudo, um
dever do indivíduo.
A questão seguinte colocada por Weber diz respeito aos fatores que
teriam levado a transformar-se em vocação uma atividade que, anteriormente
ao advento do capitalismo, era, na melhor das hipóteses, apenas tolerada.
Não achando resposta satisfatória no luteranismo, Weber volta-se para o
calvinismo e nele descobre a crença de que somente uma vida guiada pela
reflexão contínua poderia obter vitória sobre o estado natural, e foi essa
racionalização que deu à fé reformada uma tendência ascética.
Autoridade e legitimidade
Weber distingue no conceito de política duas acepções, uma geral e
outra restrita. No sentido mais amplo, política é entendida por ele como
“qualquer tipo dê liderança independente em ação”. No sentido restrito,
política seria liderança de um tipo de associação específica; em outras
palavras, tratar-se-ia da liderança do Estado. Este, por sua vez, é defendido por
Weber como “uma comunidade humana que pretende o monopólio do uso
legítimo da força física dentro de determinado território". Definidos esses
conceitos básicos, Weber é conduzido a desdobrar a natureza dos elementos
essenciais que constituem o Estado e assim chega ao conceito de autoridade e
22
de legitimidade. Para que um Estado exista, diz Weber, é necessário que um
conjunto de pessoas (toda a sua população) obedeça à autoridade alegada
pelos detentores do poder no referido Estado. Por outro lado, para que os
dominados obedeçam é necessário que os detentores do poder possuam uma
autoridade reconhecida como legítima.
A autoridade pode ser distinguida segundo três tipos básicos: 1) racional-legal;
2) tradicional; 3) carismática.
Esses três tipos de autoridade correspondem a três tipos dê legitimidade: 1)
racional; 2) puramente afetiva; 3) utilitarista. O tipo racional-legal tem como
fundamento a dominação em virtude da crença na validade do estatuto legal e
da competência funcional, baseada, por sua vez, em regras racionalmente
criadas. A autoridade desse tipo mantém-se, assim, segundo uma ordem
impessoal e universalista, e os limites de seus poderes são determinados pelas
esferas de competência, defendidas pela própria ordem. Quando a autoridade
racional-legal envolve um corpo administrativo organizado, toma a forma dê
estrutura burocrática, amplamente analisada por Weber.
A autoridade tradicional é imposta por procedimentos considerados
legítimos porquê sempre teria existido, e é aceita em nome de uma tradição
reconhecida como válida. O exercício da autoridade nos Estados desse tipo é
definido por um sistema de status, cujos poderes são determinados, em
primeiro lugar, por prescrições concretas da ordem tradicional ê, em segundo
lugar, pela autoridade dê outras pessoas que estão acima dê um status
particular no sistema hierárquico estabelecido. Os poderes são também
determinados pela existência dê uma esfera arbitrária de graça, aberta a
critérios variados, como os de razão de Estado, justiça substantiva,
considerações dê utilidade e outros. Ponto importante é a inexistência de
separação nítida entre a esfera da autoridade e a competência privada do
indivíduo, fora de sua autoridade. Seu status é total, na medida em que seus
vários papéis estão muito mais integrados do que no caso de um ofício no
Estado racional-legal.
Em relação ao tipo de autoridade tradicional, Weber apresenta uma
subclassificação em termos do desenvolvimento e do papel do corpo
administrativo: gerontocracia e patriarcalismo. Ambos são tipos em que nem
um indivíduo, nem um grupo, segundo o caso, ocupam posição de autoridade
independentemente do controle de um corpo administrativo, cujo status e
cujas funções são tradicionalmente fixados. No tipo patrimonialista de
23
autoridade, as prerrogativas pessoais do "chefe" são muito mais extensas e
parte considerável da estrutura da autoridade tende a se emancipar do controle
da tradição.
A dominação carismática é um tipo de apelo que se opõe às bases de
legitimidade da ordem estabelecida e institucionalizada. O líder carismático,
em certo sentido, é sempre revolucionário, na medida em que se coloca em
oposição consciente a algum aspecto estabelecido da sociedade em que atua.
Para que se estabeleça uma autoridade desse tipo, é necessário que o apelo do
líder seja considerado como legítimo por seus seguidores, os quais
estabelecem com ele uma lealdade de tipo pessoal. Fenômeno excepcional, a
dominação carismática não pode estabilizar-se sem sofrer profundas mudanças
estruturais, tornando-se, de acordo com os padrões de sucessão que adotar e
com a evolução do corpo administrativo, ou racional-legal ou tradicional, em
algumas de suas configurações básicas.
24
2.2. Sociólogos que introduziram uma Metasociologia,
ou investigaram o sobrenatural
Nesta seção apresentamos estudiosos que avançaram nas pesquisas
do extrafísico, tentando remover as dificuldades conceituais e
metodológicas.
2.2.1. Paul Hanly Furfey
Análise de Francesco Villa, 2003
Este ano, de fato, estamos a exatamente cinqüenta anos da publicação do livro
de Furfey, e não haveria melhor oportunidade para se fazer uma viagem pela
história, das relações entre Sociologia e Metasociologia no último meio
século.
O termo metasociologia foi usado pela primeira vez por Paul Furfey em seu
Tratado Metasociológico de 1953, no Escopo e Método de Sociologia, com
sua segunda edição doze anos mais tarde. De acordo com Furfey:
Uma ciência especial é chamada para fornecer e aplicar princípios para a
construção e crítica de uma sociologia válida. Esta ciência será chamada
Metasociologia; define-se como uma ciência auxiliar cuja função é
determinar para a sociologia, critérios de qualidade científica e critérios
de relevância junto com sua aplicação prática. Em outras palavras, é a
metasociologia que fornece os pressupostos metodológicos necessários
para levar a cabo pesquisa sociológica, construindo sistemas sociológicos e
criticando tais pesquisas e sistemas, após serem completados. (Furfey
1965: 8)
Ainda, de acordo com Furfey, as tarefas da Metasociologia são três:
Deve produzir critérios para distinguir conhecimento científico de
conhecimento não-científico na área onde a sociologia opera; são
critérios de qualidade científica.
Deve produzir critérios para distinguir o que é relevante para a
sociologia, daquilo que não o é, definindo assim o campo da
ciência; são critérios de relevância.
25
Deve fornecer regras de procedimentos práticos para aplicar em
pesquisas sociológicas práticas.
Que fique bem claro que Metasociologia é uma ciência distinta
da Sociologia. Duas ciências são distintas se seus objetivos são
diferentes. Mas Metasociologia e Sociologia tem matérias
diferentes. Assim, são ciências distintas. O objetivo da Sociologia
é algo que existe no mundo real dos homens, e eventos, enquanto
que o objetivo da Metasociologia é a própria Sociologia.
Portanto, a proposição "Propaganda é um meio de controle
social", é uma proposição sobre a vida grupal humana e pertence
à Sociologia, enquanto a proposição "Sociologia é uma ciência,"
é uma proposição é uma proposição sobre a vida humana, e
pertence à Metasociologia (Furfey 1965:9) Metasociologia neste
sentido, no estudo de Furfey é talhada para se referir à lógica em
geral, e à lógica da ciência, assim como à axiologia, em termos
das avaliações de juízo de valor implícitas no conhecimento
sociológico e em seus postulados. Podemos então concluir que
Furfey distingue Metasociologia, significando uma ciência
auxiliar de caráter lógico e axiológico, da sociologia: isso quer
dizer que enquanto a Sociologia investiga a sociedade,
Metasociologia investiga a própria Sociologia, ou seja, seus
critérios lógicos – em relação com a lógica geral e a lógica da
ciência – assim como juízos de valor em relação com a axiologia.
26
2.2.2. Luigi Sturzo
SOCIOLOGIA DO SOBRENATURAL
Parte extraída da obra de Francesco Villa
Sturzo em seu livro A Vida Real: Sociologia do Sobrenatural, publicado
primeiramente na Inglaterra, em 1943, cita o trabalho de Furfey sobre Três
Teorias da Sociedade, publicado em New York em 1937.
Como Furfey, Sturzo também juntou os esforços da sociologia para alcançar
além de seus confinamentos naturalistas e positivistas, em vista de
desenvolver uma teoria sociológica pertinente com a dimensão social e
histórica da realidade sobrenatural.
Deixando para os biógrafos dessas duas grandes personalidades, e para
pesquisadores de Sociologia do sobrenatural a tarefa de posteriores
investigações sobre os contatos entre eles, quero aqui focalizar as distinções
de Furfey entre Sociologia e Metasociologia, contidas no livro Vida
Verdadeira: Sociologia do Sobrenatural - 1943
Uma sociologia do sobrenatural e uma Sociologia da religião são
evidentemente duas coisas diferentes, mas é apropriado considerar esses dois
estudos conjuntamente, pois eles são não apenas antitéticos, mas também
complementares. Eles diferem em ponto de vista, em objeto de atenção e em
método, mas tem um interesse comum na exploração de inter-relações de dois
processos sociais; de um lado, o homem está em comunidade com deuses, o
sobrenatural, o “sagrado”; de outro lado, ele está em sociedade com outros
homens.
A tese de Sturzo é que “um sociólogo que aceita a existência de Deus,
escreve diferentemente de um que não seja ateísta.”
Uma Sociologia do sobrenatural é uma compreensão da sociedade humana
que não a abstrai de sua relação com Deus. O estudante crente da sociedade
humana sabe que aquilo que ele vê é somente parte do mundo real e uma parte
não inteligível. Sturzo objeta contra a Sociologia fenomenológica porque ela
permanece no plano natural. Ela não leva em conta que pessoas coexistem
com cada qual e com Deus, e que a iniciativa divina é uma força social.
Sociedade nunca é um mero fato natural para ser interpretado sem referência à
liberdade humana e à personalidade; é sempre também um fato moral e como
tal deve tender igualmente em relação ao sobrenatural e ao sub-natural; deve
27
ser uma comunidade de homens que sejam leais igualmente a Deus ou a
ídolos.
Seguindo este tema, Sturzo escreveu um livro sábio e comovente. Sua
primeira parte, “Sociedade em Deus,” apresenta uma visão da relação da
comunidade do homem com Deus para a comunidade do homem com os
homens. A segunda parte, “Da Terra para o Céu,” desenvolve interpretações
cristãs da história humana. Nela, Sturzo, um cientista político de não pequena
estatura, escreve como um observador. O mundo no qual este exílio do lar
vive, não é um universo menor; visto de seu Patmos é um universo de incrível
grandeza e imensa possibilidade, o mundo de uma contínua criação, no qual “a
vida e a Vontade continuam a ser semeadores de todo o Cosmos,” um mundo
de uma grande redenção, onde os presentes céu e terra dão lugar a um novo
céu e uma nova terra e todas as coisas se renovam.
Em particular, Sturzo enfatizou a importância de ver a presença da
graça na história. Ele escreveu: “Verdadeira sociologia é a ciência da
sociedade em sua existência concreta e seu desenvolvimento histórico.
Se o sobrenatural é um fato histórico e social, deve cair no campo da
investigação sociológica. Quando estudamos a vida humana, temos que
olhar para ambos, seu caráter e sua qualidade pessoal. Do puramente
natural ponto de vista, a vida pessoal é uma síntese das mais baixas
faculdades em relação às mais altas. "Há, contudo, uma outra vida, que
chamamos de sobrenatural, a qual é grafted na vida natural e tem seu
próprio caráter, desenvolvimento e finalidade."
28
2.3. Iniciados que usaram procedimentos esotéricos para
acessar realidades extrafísicas.
Aqui, mostramos que alguns iniciados avançaram nas pesquisas,
contribuindo ara o avanço da ciência, livre das limitações materiais.
2.3.1. Aleister Crowley
Dados coletados de Wikipédia, a enciclopédia livre.
Aleister Crowley, nascido Edward Alexander Crowley (12 de outubro de
1875 – 1 de dezembro de 1947), foi um membro da Ordem Hermética da
Aurora Dourada e influente ocultista britânico responsável pela fundação da
doutrina Thelema. Ele é o fundador da A.´.A.´. e eventualmente um líder da
Ordo Templi Orientis (O.T.O.). Ele é conhecido hoje em dia por seus escritos
sobre magia, especialmente o Livro da Lei, o texto sagrado
e central de Thelema, apesar de ter escrito sobre outros
assuntos esotéricos como magia cerimonial e cabala. Em
2002, uma enquete da BBC descrevia Crowley como sendo
o septuagésimo terceiro maior britânico de todos os tempo,
por influenciar e ser referenciado por numerosos escritores,
músicos e cineastas. Em 1895 ele começou um curso de três
anos no Trinity College, onde entrou para estudar Filosofia,
mas com permissão de seu tutor pessoal, ele trocou o curso para Literatura
inglesa, que até então não era parte do currículo oferecido.. Foi aqui que ele
criou uma visão mais severa sobre o Cristianismo.
Crowley estudou e praticou yoga, e sob a orientação de seu guru, chegou ao
elevado grau de Paramahansa; na Índia, estudou várias práticas, e na
Inglaterra, chegou aos mais altos gaus da Iniciação Esotérica da Golden Down
e da O.T.O. Escreveu vários livros, desde poesia a esoterismo avançado.
Canalizou vários rituais e práticas ditados por entidades e deuses de várias
procedências.
Em 1903, ainda um membro da Golden Down, casou-se com Rose Edith
Kelly, que era irmã de um amigo, o pintor Geraldo Kelly, em um casamento
de conveniência. Entretanto, um pouco depois do casamento, Crowley se
apaixonou de verdade por ela e começou a namorá-la.
29
O ano de 1904 foi capital para Crowley, o mistério que iria persegui-lo por
toda a vida estava por se revelar, como dádiva e maldição. Ele já era um
Magista competente, iniciado na Aurora Dourada, uma das mais importantes
Ordens mágicas de todos os tempos.
Nesta época, Crowley estava viajando o mundo. Em março e abril ele estava
no Cairo, Egito, em companhia de sua esposa, Rose Kelly. O casal se
entregava às alegrias da viagem de núpcias, mas nem por isso Crowley
deixava de ser um Mago. Ele faz uma invocação de elementais do ar para sua
jovem esposa, e qual não foi a sua surpresa, ao invés dos silfos a mulher
começa a balbuciar: Hórus falava através dela.
O deus prescreve então uma série de detalhes para um ritual de invocação. O
resultado deste Ritual ocorre nos dias 8, 9 e 10 de abril, nos quais Crowley
recebe o Livro da Lei, um poderoso Grimório de instruções mágicas, a Lei da
era de Aquário. Crowley se choca com o conteúdo do Livro, mas a força das
revelações lá contidas, influenciando eventos históricos de magnitude
gigantesca (Primeira e Segunda guerras mundiais, por exemplo), deixou fora
de dúvida a veracidade, beleza e poder do Livro da Lei.
O Livro da Lei foi ditado por uma entidade de nome Aiwaz (que mais tarde
Crowley associou a seu Eu superior). Nele, a Lei da nova era é sintetizada na
frase Faze o que tu queres há de ser o todo da Lei, e tem como contraponto e
complemento Amor é a lei, amor sob Vontade.
Esse livro vem sendo usado e invocado por várias organizações iniciáticas,
que seguem a Lei de Thelema, lei da Vontade Superior e da Liberdade
responsável.
30
2.3.2. Allan Kardec
Coletamos dados de Wikipédia, a enciclopédia livre.
Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de
março de 1869) foi educador, escritor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de
Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do espiritismo (neologismo
por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita.
O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo Prof.
Rivail a fim de diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos
pedagógicos anteriores. Segundo algumas fontes, o pseudônimo foi escolhido
pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os druidas,, na
Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".
No 4º Congresso Mundial em Paris (2004), o médium brasileiro Divaldo
Pereira Franco psicografou uma mensagem atribuída ao espírito de León
Denis, declarando que Allan Kardec fora a reencarnação de Jan Hus, um
reformador religioso do século XV. Esta informação foi dada em diversas
fontes diferentes, o que está de acordo com o Controle Universal do Ensino
dos Espíritos, que Kardec definiu da seguinte forma: "uma só garantia séria
existe para o ensino dos Espíritos - a concordância que haja entre as
revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de
grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em
vários lugares."
Como pedagogo, o jovem Rivail dedicou-se à luta para uma
maior democratização do ensino público. Entre 1835 e
1840, manteve em sua residência, à rua de Sèvres, cursos
gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada,
Astronomia e outros. Nesse período, preocupado com a didáica, criou um
engenhoso método de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História de
França, visando facilitar ao estudante memorizar as datas dos acontecimentos
de maior expressão e as descobertas de cada reinado do país.
As materias que lecionou como pedagogo são: Química, Matemática,
Astronomia, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês.
Das mesas girantes à Codificação - Conforme o seu próprio depoimento,
publicado em Obras Póstumas, foi em 1854 que o Prof. Rivail ouviu falar pela
primeira vez do fenômeno das “mesas girantes”, bastante difundido à época,
31
através do seu amigo Fortier, um magnetizador longa data. Sem dar muita
atenção ao relato naquele momento, atribuindo-o somente ao chamado
magnetismo animal de que era estudioso, só em maio de 1855 sua curiosidade
se voltou efetivamente para as mesas, quando começou a frequentar reuniões
em que tais fenômenos se produziam. Durante este período, também tomou
conhecimento do fenômeno da escrita mediúnica - ou psicografia, e assim
passou a se comunicar com os espíritos. Um desses espíritos, conhecido como
um "espírito familiar", passa a orientar os seus trabalhos. Mais tarde, este
espírito iria lhe informar que já o conhecia no tempo das Gálias, com o nome
de Allan Kardec. Assim, Rivail passa a adotar este pseudônimo, sob o qual
publicou as obras que sintetizam as leis da Doutrina Espírita.
Convencendo-se de que o movimento e as respostas complexas das mesas
deviam-se à intervenção de espíritos, Kardec dedicou-se à estruturação de uma
proposta de compreensão da realidade baseada na necessidade de integração
entre os conhecimentos científico, filosófico e moral, com o objetivo de lançar
sobre o real um olhar que não negligenciasse nem o imperativo da
investigação empírica na construção do conhecimento, nem a dimensão
espiritual e interior do Homem.
Tendo iniciado a publicação das obras da Codificação em 18 de abril de 1857,
quando veio à luz O Livro dos Espíritos, considerado como o marco de
fundação do Espiritismo, após o lançamento da Revista Espírita (1 de janeiro
de 1858), fundou, nesse mesmo ano, a primeira sociedade espírita
regularmente constituída, com o nome de Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas. Faleceu em Paris, a 31 a 31 de março de 1869, aos 64 anos de idade,
em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra
sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em
que se preparava para uma mudança de local de trabalho.
32
2.3.3. René Guénon
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
René Guénon - Jean Marie Joseph Guénon (Blois, 15 de novembro de
1886— Cairo, 7 de janeiro de 1951), também conhecido por Shaykh `Abd alWahid Yahya[, foi um filósofo, metafísico e crítico social francês.
Foi o pioneiro e o principal porta-voz, juntamente com Frithjof Schuon, da
Escola Perenialista, baseada na Filosofia Perene. Autor universalista, esposava
a tese da "unidade transcendente das religiões”, ou seja, que as diversas
tradições religiosas mundiais têm um fundamento metafísico e espiritual
convergente. A partir de 1930, viveu no Cairo, onde praticou o Islã como sua
religião pessoal; ao mesmo tempo, continuou expondo a doutrina da
universalidade da verdade, como se pode verificar nos livros "Símbolos da
Ciência Sagrada" e "O Reino da Quantidade e os Sinais dos tempos". O termo
filosofia perene geralmente é usado como sinônimo de Sanatana Dharma
(sânscrito para "Verdade perene ou eterna"). Leibniz o utilizou para designar a
filosofia comum e eterna que é subjacente a todas as grandes religiões
mundiais, em particular suas místicas ou esoterismos.
“René Guénon foi um dos raros escritores de nosso tempo cuja obra é
realmente importante... Ele sustenta a primazia da pura metafísica sobre todas
as outras formas de conhecimento.... Os escritos de Guénon enfatizam o
declínio intelectual do Ocidente desde a Renascença e expõem as superstições
da ciência e do 'progresso'. A maior parte de suas teses
mostra maior concordância com a autêntica doutrina
tomista do que muitas opiniões de cristãos pouco
instruídos.” (The Weekly Review, Londres, 1942). O
metafísico anglo-indiano Ananda Coomaraswami assim
se referiu a Guénon: "Não existe nenhum autor na
Europa contemporânea mais importante do que René
Guénon, cuja tarefa tem sido expor a tradição
metafísica universal que sempre foi o fundamento essencial de todas as
culturas anteriores, e que representa a base indispensável para qualquer
civilização digna desse nome." (Citado em Roger Lipsey: "Coomaraswamy,
His Life and Work". Princeton University Press, 1977, p.170)
A vasta e influente obra de René Guénon foi classificada em três categorias
principais.
33
1. A primeira é a da exposição da metafísica tradicional, como veiculada em
Shânkara (filósofo hindu do século IX DC), Platão ou Plotino.
2. A segunda é a da crítica da mentalidade materialista, evolucionista e
relativista da modernidade.
3. A terceira categoria é a da explicação do simbolismo tradicional, seja o
cristão, o islâmico, o Hindu, o taoista ou o universal.
34
3- Construindo Utopias
FONTE: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O ideal de um mundo perfeito empolgou vários estudiosos, que nos
legaram alguns trabalhos admiráveis. Saber até que ponto essas
construções tem apoio na Realidade é tarefa que se impõe, e pode
agora ser determinado, com base na nova ciência da
METASOCIOLOGIA ESOTÉRICA.
Em Busca da Sociedade Perfeita
3.1. Thomas Morus
Thomas Morus, forma alatinada
por que é literariamente conhecido
Thomas Moore, Grande Chanceler da
Inglaterra, nasceu em Londres em 1478
e foi aí decapitado em 1535. Filho de
um dos juízes do banco dos reis, foi aos
quinze anos colocado como pagem do
Cardeal
Morton,
Arcebispo
de
Cantuária. Em 1497 foi terminar seus
estudos em Oxford, onde conheceu o
sábio Erasmo. Estudou Legislação e
preparou-se para exercer a advocacia.
No reinado de Henrique VII, foi
referendário e membro do Conselho
Privado (1514). Chegou a ser nomeado
Grande Chanceler (1529).
Capa de UTOPIA
Insatisfeito com o fato de Henrique VIII ter-se colocado contra o
catolicismo, Morus pediu demissão do cargo (1532), descontentando o Rei.
Já no ano seguinte, ofendeu Ana Bolena, recusando-se a assistir à sua
coroação e a prestar-lhe fidelidade. Foi, por isso, condenado à prisão
perpétua e ao confisco de todos os seus bens. Mas sua desgraça não parou
35
por aí! Não tardou a ser condenado à morte por crime de alta traição, e
decapitado, em Londres. (1535).
A “Utopia” é considerada a primeira crítica fundamentada do regime
burguês, com uma análise profunda das particularidades inerentes ao
decadente feudalismo. Tratando das mais controversas questões da época,
Morus escreve de modo satírico, mas sensível, e com uma força que comove.
Logo no início do livro, encontra-se um retrato sem retoques das
injustiças perpetradas contra o povo inglês, pela sociedade feudal, sob o
reinado de Henrique VII.
Nobreza e clero eram donos da maior parte do solo e dos bens
públicos, dos quais o povo não se beneficiava. Explorados e humilhados, os
trabalhadores viviam infelizes. Uma grande vassalagem servia aos senhores,
que viviam no luxo e praticavam vários crimes, que ficavam impunes.
Depois da crítica, severa e geral, Thomas Morus edifica uma sociedade
imaginária, ideal, sem propriedade privada, com absoluta comunidade de
bens e do solo, sem antagonismos entre a cidade e o campo, sem trabalho
assalariado, sem gastos supérfluos e luxos excessivos, com o Estado
administrando a produção.
UTOPIA é uma obra de ficção, mas constitui um projeto ideal de
organização social que busca a felicidade geral, procurando eliminar todo
tipo de exploração do homem pelo homem, apostando na vontade de
realização do bem comum.
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3.2. Rabelais
François Rabelais, escritor francês (1493-9/4/1553). escreveu a
epopéia heróico-cômica de Gargantua e Pantagruel. Nasceu em La Devinière
e recebeu formação clássica. Pertenceu a duas ordens católicas: a Ordem
Menor dos Franciscanos, e a dos Beneditinos (1525). Estudou dialetos,
lendas e costumes, viajando pelo interior da França. Abandonou o hábito
religioso em 1530. Estudou medicina em Montpellier, exercendo-a em Lyon e
Turim.
Sua obra, editada em 1532, provoca escândalo entre os intelectuais e
teólogos. Os personagens, Pantagruel e seu pai, Gargantua, são gigantes de
apetite imenso. Ao descrever como vivem esses personagens, Rabelais é
considerado obsceno e grotesco. Mas na verdade ele estava criticando a
sociedade hipócrita em que vivia! Rabelais criou a Abadia de Thelema, um
espaço ideal, ao qual só tem acesso pessoas especiais, que vivem em total
liberdade, sob o lema Faze o que tu queres. Devem ser “pessoas simpáticas,
belas, educadas, livres de preconceitos e fanatismos, que se dedicam à
poesia, à literatura, à filosofia, às artes, cultivando o bem viver”. Ele critica a
igreja e o puritanismo, lutando por uma ampla reforma nas leis e nos
costumes.
Várias organizações iniciáticas trabalharam inspiradas na obra de
Rabelais, pugnando por uma sociedade mais livre e justa, o que continua a
ser o principal objetivo de pessoas que se preocupam com o destino da
humanidade.
37
3.3. Raymond Bernard – A Terra Oca
Em 1964, Raymond Bernard publicou seu livro sobre um assunto, que
foi pesquisado também pelos professores Souza e Huguenin, da Sociedade
Brasileira de Eubiose: A Terra Oca – A Maior Descoberta Geográfica na
história Feita pelo Almirante Richard E. Byrd na Terra Misteriosa Além dos
Pólos – A Verdadeira Origem dos Discos Voadores.
Souza e Bernard uniram Agharta à ideia da Terra Oca, especulação
científica do século XVII que já se tornara tema de várias obras de fantasia e
ficção científica (inclusive Viagem ao Centro da Terra, de Jules Verne, e
Pellucidar, de Edgar Rice Burroughs). Identificada a civilização do interior da
Terra como Agartha, deram-lhe Shamballah como capital, conciliando em um
só os dois mitos rivais, que Pauwels e Bergier, mais tarde, transformariam em
duas civilizações mortalmente inimigas. Agharta seria a lendária terra dos
Hiperbóreos, terra feliz e aprazível localizada além do círculo ártico e a
Ultima Thule dos geógrafos antigos. Entre a superfície e Agharta, haveria
ainda imensas cavernas habitadas por "raças semiavançadas".
Conjectura-se a existência de várias passagens ligando o mundo da
superfície ao subterrâneo por meio de cavernas. Uma delas ligaria
diretamente Lhasa, no Tibete, a Shamballah, a capital de Agharta. Outras
passagens estariam no monte Epomeo, Itália (ilha de Ísquia, perto de
Nápoles); na Grande Pirâmide de Gizé, nas "Minas do Rei Salomão"; na
caverna Mammoth, do Kentucky; e também no Brasil, perto de Manaus, em
Mato Grosso (Serra do Roncador) e próximo das Cataratas do Iguaçu.
Siegmeister-Bernard morreu de pneumonia em 1965, quando procurava por
estas últimas em Santa Catarina, confiando nas indicações do livro de
Huguenin, que dava grande importância a uma suposta lenda indígena local
que descrevia uma terra subterrânea habitada por um povo frutívoro e livre
de doenças.
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4. A Expedições exploradoras
4.1. Almirante Byrd
"Gostaria de ver aquela terra além do Pólo (Norte). Aquela área além
do Pólo é o Centro do Grande Desconhecido!"
"Aquele Continente Encantado nos Céus, Terra de Eterno Mistério!" ContraAlmirante Richard E. Byrd
As duas declarações acima, feitas pelo maior explorador dos tempos
modernos, Contra-Almirante Richard E. Byrd, da Marinha dos Estados Unidos,
não pode ser compreendida ou fazer qualquer sentido de acordo com as
velhas teorias geográficas, de que a Terra é uma esfera sólida, com um
centro ígneo, e na qual ambos os Pólos, Norte e Sul, são pontos fixos. Se tal
fosse verdade, e se o Almirante Byrd voou por 2.730 e 3.690 quilômetros,
respectivamente, através dos Pólos Norte e Sul, para as terras geladas e
cercadas de neve do outro lado, cuja geografia é razoavelmente bem
conhecida, seria incompreensível que ele fizesse tal declaração referindo-se a
este território no outro lado dos Pólos, como "o grande desconhecido".
Igualmente, não teria ele razão para usar a expressão "Terra de Eterno
Mistério". Byrd não era um poeta, e o que descreveu foi o que observou do
seu avião. Durante o seu vôo ártico, de 2.730 quilômetros, além do Pólo
Norte, ele informou pelo rádio que viu embaixo não gelo e neve, mas áreas
de terra, constituídas de montanhas, florestas, vegetação, lagos e rios e, na
vegetação rasteira, um estranho animal, parecido com o mamute encontrado
congelado no gelo do Ártico. Evidentemente, tinha entrado numa região mais
quente do que os territórios cercados de gelo que se estendem do Polo até a
Sibéria. Se Byrd tivesse esta região em mente não teria razão de chamá-la o
"Grande Desconhecido", uma vez que poderia alcançá-la voando através do
Polo, para o outro lado da região ártica.
A única maneira pela qual podemos compreender as enigmáticas
declarações de Byrd é descartando a concepção tradicional da formação da
Terra e considerando uma outra, inteiramente nova, de acordo com a qual as
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suas extremidades ártica e antártica não são convexas e sim côncavas, e que
Byrd penetrou nas concavidades polares quando foi além dos Polos. Em
outras palavras, ele não viajou através dos Polos, para o outro lado, e sim
entrou nas concavidades polares ou depressões, que, se abrem para o
interior oco da Terra, onde há plantas, animais e vida humana, desfrutando
de um clima tropical. Este é o "Grande Desconhecido" ao qual Byrd se referia
quando fez sua declaração — e não a área circundada de gelo e neve, no
outro lado do Polo Norte, estendendo-se até às extremidades superiores da
Sibéria.
Esta nova teoria geográfica torna as declarações enigmáticas e
estranhas de Byrd, compreensíveis, e mostra que o grande explorador não
era um sonhador, como pode parecer aos que se prendem às velhas teorias
geográficas. Byrd tinha entrado num território completamente novo, que era
"desconhecido" porque não constava de qualquer mapa, porque todos os
mapas são feitos na crença de que a Terra é esférica e sólida. Uma vez que
aproximadamente todas as terras desta esfera sólida foram exploradas e
registradas pelos exploradores polares, não poderia haver lugar em tais
mapas para o território que o Almirante Byrd descobriu, e que chamou de o
"Grande Desconhecido" — desconhecido por não constar de qualquer mapa.
Era uma área de terras tão grande quanto a América do Norte!
Este mistério somente pode ser solucionado se aceitarmos a
concepção básica da formação da terra aqui apresentada e apoiada pelas
observações de exploradores árticos. De acordo com esta nova concepção
revolucionária, a Terra não é uma esfera sólida, mas é oca, com aberturas
nos Polos, e o Almirante Byrd penetrou por estas aberturas, por uma
distância de cerca de 6.420 quilômetros, durante suas expedições de 1947 e
1956, ao Ártico e à Antártica. O "Grande Desconhecido", ao qual Byrd se
referiu, era esta área de terra sem gelo, dentro das concavidades polares,
abrindo-se para o interior oco da Terra.
Em janeiro de 1956, o Almirante Byrd dirigiu outra expedição à
Antártica e lá penetrou por 3.690 quilômetros, além do Polo Sul. A
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comunicação pelo rádio, desta vez (13 de janeiro de 1956), disse: "Em 13 de
janeiro, membros da expedição dos Estados Unidos penetraram por uma
extensão de terra de 3.690 quilômetros, além do Pólo. O vôo foi feito pelo
Contra-Almirante George Dufek, da Unidade Aérea da Marinha dos Estados
Unidos."
A palavra "além" é muito significativa e será desorientadora para
aqueles que acreditam na velha concepção de uma Terra sólida. Significaria a
região do outro lado do continente Antártico e o oceano além, e não podia
ser "um vasto território novo" (não existente em qualquer mapa), e nem
poderia a sua expedição, que achou este território, ser "a mais importante
expedição na história do mundo". A geografia da Antártica é razoavelmente
bem conhecida e o Almirante Byrd não teria adicionado qualquer coisa
significante ao nosso conhecimento do continente Antártico. Se este fosse o
caso, então por que teria ele feito tal declaração, aparentemente arrebatada
e sem base — especialmente considerando o seu alto conceito, como ContraAlmirante da Marinha dos EUA e sua reputação como grande explorador?
Este enigma fica solucionado quando compreendemos a nova teoria
geográfica de uma Terra Oca, que é a única maneira pela qual podemos
achar sentido nas declarações do Almirante Byrd e não considerá-lo um
visionário, que viu miragens nas regiões polares, ou pelo menos imaginou
que as viu. Depois de regressar de sua expedição antártica, em 13 de março
de 1956, Byrd comentou: "A atual expedição descobriu uma vasta Terra
nova." A palavra "Terra" é muito significante. Não podia ter se referido a
qualquer parte do continente Antártico, pois ele não consiste de terra, sendo
todo de gelo, e além disso, sua geografia é razoavelmente bem conhecida e
Byrd não fez qualquer contribuição de valor para a geografia da Antártica,
como outros exploradores o fizeram, deixando os seus nomes como
lembranças na geografia desta área. Se Byrd tivesse descoberto uma vasta
área nova na Antártica, ele a reivindicaria para os Estados Unidos e ela seria
chamada pelo seu nome, do mesmo modo que no caso do seu voo de 2.730
quilômetros além do Pólo Norte ter sido feito sobre a superfície da Terra,
entre o Polo e a Sibéria.
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Entretanto, não achamos tais conquistas a crédito do grande
explorador, nem deixou ele o seu nome na geografia do Ártico e da Antártica,
no modo pelo qual aquela declaração, acerca da descoberta de uma vasta
terra nova justificaria.
Se a sua expedição antártica tivesse descoberto uma nova e imensa região de
gelo no continente gelado da Antártica, não seria apropriado o uso da
palavra "terra", que significa uma região sem gelo, semelhante àquelas sobre
as quais Byrd voou por 2.730 quilômetros, além do Pólo Norte, que tenha
vegetação verde, florestas e vida animal. Nós devemos, entretanto, concluir
que essa expedição de 1956 por 2.300 milhas além Pólo Sul foi sobre
território também sem gelo, não registrado em qualquer mapa, e não sobre
qualquer parte do continente Antártico.
No ano seguinte, em 1957, antes da sua morte, Byrd chamou esta terra além
do Pólo Sul (não gelo, do outro lado do Pólo Sul) "aquele continente
encantado no céu, Terra de mistério eterno". Não poderia ter usado esta
afirmação se se referisse à parte do continente gelado da Antártica, que fica
do outro lado do Polo Sul. As palavras "mistério eterno", obviamente, se
referiam a alguma outra coisa.
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4.2. Coronel Fawcett
Muitos estudiosos reconhecem o Coronel Fawcett como o maior explorador
de terras do século XX.
Ele nasceu na Inglaterra em 1867, passando a fazer parte do Exército com
a idade de 19 anos. Foi mandado para a Ilha do Ceilão, que na época
pertencia ao Império Britânico. No norte da África, trabalhou para o serviço
secreto imperial.
Estudando textos antigos, apaixonou-se pela ideia da existência de uma
grande civilização antediluviana. Mas onde encontrar pistas confiáveis para
sua localização? Depois de muito procurar, acabou que o destino o levou à
América do Sul.
Em 1906 Percy Fawcett participou de uma expedição na zona fronteira
entre Bolívia e Brasil, para cartografar a área, sob os auspícios da
Sociedade Geográfica da Inglaterra. Foi nessa ocasião que veio a conhecer
o Documento 512, da Biblioteca Nacional do Rio
de Janeiro, que remonta a 1753, e descreve a
viagem do aventureiro Francisco Raposo o qual,
no século XVIII, adentrou a selva do Brasil
Central. Conta o documento que Francisco
Raposo e seus companheiro após vencerem
grandes dificuldades geográficas, encontraram
restos de uma cidade em ruínas. Maravilhados,
entraram numa grande cidade de pedra, com
muros colossais. No coração da enigmática cidade
havia uma praça em cujo centro se destacava um
monolito negro muito alto, ao final do qual estava
uma estátua de um homem que indicava o norte.
A totalidade do documento 512 foi publicada pela Revista do Instituto
Histórico e Geográfico do Brasil em 1839.
Fawcett ficou fascinado pela história e começou a pensar em explorar a
área percorrida por Raposo há 163 anos atrás.
Outro dos indícios que guiaram Fawcett para o centro do Brasil foi uma
estatueta de basalto negro que representava um sacerdote mostrando uma
espécie de tábua com signos em baixo relevo, talvez silábicos.
A estatueta, que o escritor Rider Haggard (autor de As minas do Rei
Salomão), presenteou a Fawcett, era proveniente do Brasil, e não do velho
mundo. Há 22 signos na tábua.
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De 1906 a 1925, Fawcett efetuou seis expedições às selvas bolivianas e
brasileiras.
Durante estas emocionantes expedições, Fawcett teve contato com
numerosas tribos de nativos, e convenceu-se de que a cidade perdida (que
ele chamou de Z, talvez para abreviar), tinha que se encontrar na Serra do
Roncador, uma imensa zona montanhosa e florestal, quase totalmente
inexplorada, que se extende por aproximadamente 300 km de norte a sul
entre os rios Xingú e Araguaia (afluente do Tocantins). O nome Roncador
deriva dos estranhos zumbidos que produz o vento nas rochas da região,
sibilando entre elas.
Tendo adentrado numa expedição, com seu filho Jack (nascido em 1903) e
seu amigo Raleigh Rimmel, a selva do Roncador, em busca da cidade
perdida mencionada por Barbosa no documento 512, Fawcett desapareceu
sem deixar rastro. Várias expedições foram organizadas para tentar
encontrá-lo, mas tudo em vão.
O último rastro deixado por ele foi uma mensagem telegráfica enviada em
29 de maio de 1925 a sua mulher, na Inglaterra, avisando-lhe de sua
partida.
FONTE - YURI LEVERATTO Copyright 2009 Este artigo pode ser reproduzido, indicando-se o nome do autor e a
fonte. http://www.yurileveratto.com/
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5. Em Direção a uma Metasociologia Esotérica
Para superar as dificuldades da Sociologia, frente aos fenômenos
extrafísicos, criamos a METASOCIOLOGIA ESOTÉRICA, que
apresentamos aos pesquisadores do sobrenatural.
4.1. Sociologia
Os esforços empreendidos pelos pioneiros da ciência sociológica,
buscando firmá-la no concerto das demais, desenvolveram-se para o
estabelecimento de bases ontológicas e metodológicas próprias.
Em sua filosofia positiva, Comte nega que a explicação dos fenômenos
naturais, assim como sociais, provenha de um só princípio. A visão positiva
dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos (Deus ou
natureza) e pesquisa suas leis, vistas como relações abstratas e constantes
entre fenômenos observáveis.
Comte usaria a observação, a experimentação, a comparação e a
classificação como métodos para a compreensão da realidade social.
Afirmou que os fenômenos sociais podem e devem ser percebidos como
os outros fenômenos da natureza, ou seja, como obedecendo a leis gerais;
entretanto, sempre insistiu que isso não equivale a reduzir os fenômenos
sociais a outros fenômenos naturais. Assinalou que a fundação da Sociologia
implica que os fenômenos sociais são um tipo específico de realidade teórica e
que devem ser explicados em termos sociais.
Já Karl Marx, um vigoroso pensador que com sua teoria revolucionou o
mundo, adotou uma ideia controvertida: Embora baseado na filosofia de
Hegels, continuou vendo a história enquanto progressão dialética, o mundo
vivendo o choque permanente entre os opostos, mas eliminou o Espírito do
Mundo, formulado por aquele famoso filósofo, passando a defender que a
origem da realidade social não reside nas ideias, na consciência que os
homens têm dela, mas sim na ação concreta, material, dos homens, melhor
dizendo, no trabalho humano. Marx inverte a dialética hegeliana, colocando a
materialidade, e não as ideias, na gênese do movimento histórico. Cria, assim,
a dialética materialista também conhecida como materialismo dialético.
Durkheim, partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser
tratados como coisas", mostrou a preponderância da sociedade sobre o
indivíduo. Afirmou que normal é aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório
para o indivíduo e superior a ele. Mas a preponderância da sociedade sobre o
indivíduo não deve impossibilitar sua realização pessoal, o que pode ocorrer
desde que ele se integre à mesma.
No seu As Regras do Método Sociológico, Durkheim define uma
metodologia que, embora calcada ou inspirada nas ciências naturais, confere
45
seriedade à nova ciência, ao estabelecer as leis que regem o comportamento
social. Durante toda sua vida, Durkheim debateu questões de método com
Gabriel Tarde. Este não concordava com a posição de Durkheim, que
considerava o fato social como uma coisa totalmente objetiva, ignorando seu
conteúdo psíquico. Durkheim concluiu também que a sociedade é um todo
integrado e assim, o que acontece numa parte, afeta o todo.
Ao estudarmos Tarde, quão longe estamos de Durkheim, que
preconizava constituir a sociologia como ciência autônoma tratando os fatos
sociais como coisas! Para Tarde, os abismos entre natureza e sociedade e entre
os seres vivos e os seres inorgânicos não são instransponíveis, pois as
"aptidões características são, ao mesmo tempo, o primeiro termo da série
social e o último termo da série vital" . A renúncia à metafísica do Ser – ou à
ontologia – em favor de uma metafísica do Ter, exige, portanto, uma mudança
radical: em vez de buscar a essência identitária dos entes, cabe defini-los por
suas propriedades diferenciais e por suas zonas de potência, pois, se "toda
possibilidade tende a se realizar, se toda realidade tende a se universalizar", é
porque toda mônada é ávida, todo infinitesimal ambiciona o infinito.
Enfim, Tarde propõe que levemos a sério a noção de infinitesimal e o
que ela implica: considerar a diferença como relação (e vice-versa) e não
como termo (ou unidade discreta), como dinamismo de uma potência e não
como atributo de uma essência. Trata-se de cultivar a possibilidade de uma
teoria social que ponha em suspensão (e suspeição) a antinomia entre o
contínuo uniforme e o descontínuo pontual ou, mais precisamente, que pense
as entidades finitas como casos particulares de processos infinitos, as
situações estáticas como bloqueios de movimento, os estados permanentes
como agenciamentos transitórios de processos em devir, e não o contrário.
Captar e compreender o sentido da ação humana foi como Weber
considerou o objeto da sociologia, diametralmente oposto ao das ciências
naturais. Isto implica em procurar extrair o conteúdo simbólico da ação ou
ações que o configuram. Conclui, portanto, que abordar o fato significa que
não é possível propriamente explicá-lo como resultado de um relacionamento
de causas e efeitos, mas compreendê-lo como fato carregado de sentido, isto é,
como algo que aponta para outros fatos e somente em função dos quais
poderia ser conhecido em toda a sua amplitude.
46
4.2. Metasociologia
O termo metasociologia foi usado pela primeira vez por Paul Furfey em
seu Tratado Metasociológico de 1953. Diz ele: Uma ciência especial é
chamada para fornecer e aplicar princípios para a construção e crítica de uma
sociologia válida. Esta ciência será chamada Metasociologia; define-se como
uma ciência auxiliar cuja função é determinar para a sociologia, critérios de
qualidade científica e critérios de relevância junto com sua aplicação prática.
Em outras palavras, é a metasociologia que fornece os pressupostos
metodológicos necessários para levar a cabo pesquisa sociológica, construindo
sistemas sociológicos e criticando tais pesquisas e sistemas, após serem
completados.
Furfey aponta as tarefas (objetivos) da Metasociologia: 1) Produzir
critérios para distinguir conhecimento científico de conhecimento não
científico na área onde a sociologia opera; são critérios de qualidade científica.
2) Definir critérios para distinguir o que é relevante para a sociologia, daquilo
que não o é, definindo assim o campo da ciência; são critérios de relevância.
3) Fornecer regras de procedimentos adequados para aplicar em pesquisas
sociológicas práticas.
Metasociologia é, portanto, uma ciência distinta da Sociologia. O
objetivo da Sociologia é algo que existe no mundo real dos homens, e eventos,
enquanto que o objetivo da Metasociologia é a própria Sociologia. Portanto, a
proposição "Propaganda é um meio de controle social", é uma proposição
sobre a vida grupal humana e pertence à Sociologia, enquanto a proposição
"Sociologia é uma ciência," é uma proposição sobre a vida humana, e pertence
à Metasociologia.
Metasociologia, no estudo de Furfey é talhada para se referir à lógica
em geral, e à lógica da ciência, assim como à axiologia, em termos das
avaliações de juízo de valor implícitas no conhecimento sociológico e em seus
postulados.
47
4.3. Metasociologia Esotérica
Metasociologia Esotérica é o termo que criamos para designar uma
nova ciência social ou metasocial.
Adicionamos o termo esoterica, para diferenciá-la da Metasociologia
criada por Furfey, a qual difere frontalmente desta que estamos
desenvolvendo. Os estudiosos que trabalham com a Metasociologia,
empenham-se em estabelecer padrões lógicos, morais e científicos para a
ciência sociológica, trabalhando com lógica e axiologia. Contribuem para o
aperfeiçoamento de sua metodologia, porém nada acrescentam de substancial
ao acervo da ciência, no que se refere ao que ela investiga, analisa e divulga.
Mas nossa Metasociologia Esotérica tem por objeto algo que está além da
Sociologia, além do plano físico e psíquico, as sutis manifestações conhecidas
dos que lidam com o sobrenatural utilizando-se dos procedimentos adequados,
e não de grosseiros mecanismos aprovados e impostos pela ciência
materialista.
Caminhamos pela trilha aberta por pensadores como Vilfredo Pareto
(1848–1923), que considerava o homem “não como um ser racional, mas um
ser que raciocina tão somente. Frequentemente este homem tenta atribuir
justificativas pretensamente lógicas para suas ações ilógicas, deixando-se
levar pelos sentimentos” e, dizemos nós, pela intuição...
Também com Pareto, pensamos que a relação entre ciência e ação se dá
diretamente com as ações lógicas, uma vez que estas, ao se definirem pela
coincidência entre a relação objetiva e subjetiva entre meios e fins (relação
verdadeira tanto objetiva, constatada pelos fatos, quanto subjetivamente,
presente na consciência humana, que conhece os fatos). Caracterizam-se por
apresentarem regularidades entre uma causa X e um efeito Y. Mas a ciência é
limitada, desconhecendo parte dos fatos e está em constante desenvolvimento,
mudança. Por essa razão, as ações baseadas no conhecimento científico são
raras, sendo mais frequentes as ações não-lógicas, que não conhecem a
verdade dos fatos, mas que se baseiam nas intuições e emoções dos indivíduos
e grupos.
A nossa Metasociologia Esotérica investiga fatos que estão fora do
âmbito da sociologia, pois não podem ser abordados adequadamente com o
uso do método cientifico comum. Precisamos de um novo instrumental, uma
nova teoria e uma nova metodologia, que se adequem à natureza do que
pretendemos conhecer em profundidade.
Fatos como Comunicação com planos mais sutis de existência, também
designado como sobrenatural, visão de seres e coisas que não existem no
mundo material, estudo de organizações que diferem do que conhecemos na
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Terra, extrapolando nossos conceitos geográficos e históricos – tudo isso pode
e deve ser estudado e não excluído da ciência.
Esses fatos metasociais diferem, realmente, do comum e do corriqueiro,
do que os cientistas elegeram para preencherem o seu vazio, mas existem,
estando inclusive registrados nos incontáveis registros da história da vida em
nosso planeta!
Por que, então, ignorá-los?
Há estudiosos que, presos ao método científico e ao materialismo
histórico, sentem-se incomodados pela insistência com que uma realidade
desconhecida lhes bate à porta... Vislumbram, em raros momentos de lucidez,
que existe uma enormidade de fatos que se lhes escapam, quando tentam
conceber e compreender uma realidade mais abrangente!... Esforçam-se para
se libertarem dos grilhões do preconceito e da ignorância, mas não o
conseguem! E não conseguem porque estão acorrentados aos preceitos da
metodologia e aos preconceitos da chamada inteligentzia, e dos apreciadores
que conquistaram, o que lhes confere prestígio e poder...
A esses prisioneiros da lógica e também e especialmente aos que não se
conformam com a maneira como são tratados os fatos metasociais,
oferecemos esta nova ciência, com sua teoria e sua metodologia aplicadas ao
estudo de uma surpreendente realidade: o Mundo Subterrâneo de Agartha e
Shambala.
Teoria
Os fatos metasociais inserem-se na teoria explicitada por Gabriel Tarde,
quando interpretou e adaptou o conceito de Mônada, do filósofo Leibnitz. As
mônadas abertas por Tarde não são elementos substanciais extrínsecos uns aos
outros, mas esferas de ação que se interpenetram; não são microcosmos, mas
meios universais: a atividade é a essência da mônada, e cada mônada é
integralmente lá onde ela age. Para Tarde, as mônadas só não são
integralmente materiais porque as crenças e os desejos lhes são imanentes.
Com este conceito, anula-se o fosso que se achava existente entre material e
espiritual. Considera-se que matéria e espírito são polos de uma única
Realidade, diferenciando-se apenas em grau de densidade...
Diferentemente de considerar o fato social como coisa, de tratá-lo como
se faz nas ciências naturais, ou mesmo de levar em conta apenas fatores
psíquico ou processos imitativos, a Metasociologia Esotérica sustenta que os
fatos metasociais, como os que ocorrem na esfera esotérica, de que são
exemplos a comunicação entre seres encarnados e desencarnados, a utilização
de dons tais como clarividência, clariaudiência, psicografia e assemelhados,
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devem ser tratados e analisados à luz de uma nova metodologia, adequada à
sua natureza...
Metodologia
A metodologia da nova ciência tem por base um livro antigo e
inspirado, o Caibalion, atribuído a um Mestre do Antigo Egito, Hermes
Trismegisto. E alguns experimentos que no correr dos anos vimos realizando,
na prática de ensinamentos obtidos em Ordens Iniciáticas. No Caibalion estão
explícitos os Sete Princípios Herméticos, ou Leis da Vida. Podemos usá-los
em conexão com alguns poderes inerentes à Iniciação esotérica, tais como:
clarividência, clariaudiência e psicografia, instrumentos hábeis para o trabalho
de observação e análise dos fatos metasociais, o que não pode ser feito com o
método científico oficialmente aceito e consagrado.
Definição
METASOCIOLOGIA ESOTÉRICA é a ciência social e esotérica que tem
por objetivo o estudo e análise de fatos que estão além da realidade física
e psíquica, utilizando-se de metodologia própria, baseada em princípios
da filosofia hermética, e em procedimentos esotéricos e psicológicos tais
como clarividência, clariaudiência, psicografia, visualização, imaginação e
intuição.
50
4.4. Utilizando as Leis da Vida
Fomos buscar na literatura esotérica tradicional, o material que
acreditamos seja adequado ao uso no estudo que nos propomos realizar,
criando assim uma nova ciência.
Eis os sete princípios herméticos, explicitados, tendo em vista sua
aplicação na Metasociologia Esotérica.
Os Sete Princípios Herméticos – Como estão no Caibalion, e segundo
a Metasociologia Esotérica
“Os Princípios da Verdade são Sete; aquele que os conhece perfeitamente,
possui a Chave Mágica com a qual todas as Portas do Templo podem ser
abertas completamente." - Os Sete Princípios em que se baseia toda a
Filosofia hermética são os seguintes:
I. O Princípio de Mentalismo.
II. O Princípio de Correspondência.
III. O Princípio de Vibração.
IV. O Princípio de Polaridade.
V. O Princípio de Ritmo.
VI. O Princípio de Causa e Eleito.
VII. O Princípio de Gênero.
I.O Principio de Mentalismo
"O TODO é MENTE; o Universo é Mental." - O CAIBALION
Este princípio contém a verdade que Tudo é Mente. Explica que O
TODO (que, é a Realidade substancial que se oculta em todas as
manifestações e aparências que conhecemos sob o nome de Universo
Material, fenômenos da Vida, Matéria, Energia, numa palavra, sob tudo o
que tem aparência aos nossos sentidos materiais) é ESPÍRITO, é
INCOGNOSCÍVEL e INDEFINIVEL em si mesmo, mas pode ser
considerado como uma MENTE VIVENTE INFINITA e UNIVERSAL.
Ensina também que todo o mundo fenomenal ou universo é
simplesmente uma Criação Mental do TODO, sujeita às Leis das Coisas
criadas, e que o universo, como um todo, em suas partes ou unidades, tem
sua existência na mente do TODO, em cuja Mente vivemos, movemos e
temos a nossa existência. Este Princípio, estabelecendo a Natureza Mental
do Universo, explica todos os fenômenos mentais e psíquicos que ocupam
grande parte da atenção pública, e que, sem tal explicação, seriam
ininteligíveis e desafiariam o exame científico.
A compreensão deste Princípio hermético do Mentalismo habilita o
indivíduo a abarcar prontamente as leis do Universo Mental e a aplicar o
mesmo Princípio para a sua felicidade e adiantamento. O estudante ainda
51
não sabe aplicar inteligentemente a grande Lei Mental, apesar de empregála de maneira casual.
Com a Chave-Mestra em seu poder, o estudante poderá abrir as
diversas portas do templo psíquico e mental do conhecimento e entrar por
elas livre e inteligentemente. Este Princípio explica a verdadeira natureza da
Força, da Energia e da Matéria, como e por que todas elas são
subordinadas ao Domínio da Mente. Um velho Mestre hermético escreveu,
há muito tempo: "Aquele que compreende a verdade da Natureza Mental do
Universo está bem avançado no Caminho do Domínio." E estas palavras
são tão verdadeiras hoje, como no tempo em que foram escritas. Sem esta
Chave-Mestra, o Domínio é impossível, e o estudante baterá em vão nas
diversas portas do Templo.
Na Metasociologia Esotérica – Tudo que existe na matéria foi engendrado
no plano mental. Exemplo: uma casa, idealizada pelo engenheiro ou
arquiteto, e concretizada pelo construtor e auxiliares.
Assim, existem nos planos sutis muitas construções forjadas por
mentes criativas... Quando o hinduísmo afirma que este mundo fenomenal é
maya = Ilusão, criado por nossa mente, mas que existe quando o
consideramos como manifestação da Divindade, do Ser, de onde tudo
provém, deixa-nos pensar que outras realidades, outros planos, outros
mundos são, também realidades, enquanto criação divina por nosso
intermédio... A mente é por excelência, criativa, não havendo limite quando
funcionam a intuição e a imaginação. Utilizando procedimentos esotéricos
como visualização e energização, podem-se criar novas realidades nos
planos sutis...
II. O Principio de Correspondência
"O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo
é como o que está em cima." - O CAIBALION
Este Princípio contém a verdade que existe uma correspondência
entre as leis e os fenômenos dos diversos planos da Existência e da Vida. O
velho axioma hermético diz estas palavras: "O que está em cima é como o
que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.”
A compreensão deste Princípio dá ao homem os meios de explicar
muitos paradoxos obscuros e segredos da Natureza. Existem planos fora
dos nossos conhecimentos, mas quando lhes aplicamos o Princípio de
Correspondência chegamos a compreender muita coisa que de outro modo
nos seria impossível compreender. Este Princípio é de aplicação e
manifestação universal nos diversos planos do universo material, mental e
espiritual: é uma Lei Universal.
Os antigos Hermetistas consideravam este Princípio como um dos
mais importantes instrumentos mentais, por meio dos quais o homem pode
52
ver além dos obstáculos que encobrem à vista o Desconhecido. O seu uso
constante rasgava aos poucos o véu de Isis e um vislumbre da face da
deusa podia ser percebido. Justamente do mesmo modo que o
conhecimento dos Princípios da Geometria habilita o homem, enquanto
estiver no seu observatório, a medir sóis longínquos, assim também o
conhecimento do Princípio de Correspondência habilita o Homem a
raciocinar inteligentemente,do Conhecido ao Desconhecido. Estudando a
mônada, ele chega a compreender o arcanjo.
Na Metasociologia Esotérica – Explica e justifica a existência de
organizações sociais semelhantes em diferentes planos.... A combinação
deste princípio com o anterior, Princípio de Mentalismo, abre vastas
perspectivas de criação e transformação. Se o que está em cima é igual ao
que está embaixo, e se a mente é capaz de criar novas realidades, não há
limites para tanto. E o modo de fazer é concentrar-se em algo desejável,
colocar nessa idéia toda a energia que puder qualificar, e juntar tudo, de
acordo com o modelo escolhido, que é visualizado, projetado e inserido no
plano.
III. O Princípio de Vibração
"Nada está parado; tudo se move; tudo vibra." - O CAIBALION.
Este Princípio encerra a verdade que tudo está em movimento: tudo
vibra; nada está parado; fato que a Ciência moderna observa, e que cada
nova descoberta científica tende a confirmar. E contudo este Princípio
hermético foi enunciado há milhares de anos pelos Mestres do antigo Egito.
Este Princípio explica que as diferenças entre as diversas
manifestações de Matéria, Energia, Mente e Espírito, resultam das ordens
variáveis de Vibração. Desde O TODO, que é Puro Espírito, até à forma
mais grosseira da Matéria, tudo está em vibração; quanto mais elevada for a
vibração, tanto mais elevada será a posição na escala. A vibração do
Espírito é de uma intensidade e rapidez tão infinitas que praticamente ele
está parado, como uma roda que se move muito rapidamente parece estar
parada.
Na extremidade inferior da escala estão as grosseiras formas da
matéria, cujas vibrações são tão vagarosas que parecem estar paradas.
Entre estes polos existem milhões e milhões de graus diferentes de
vibração. Desde o corpúsculo e o elétron, desde o átomo e a molécula, até
os mundos e universos, tudo está em movimento vibratório. Isto é verdade
nos planos da energia e da força (que também variam em graus de
vibração); nos planos mentais (cujos estados dependem das vibrações), e
também nos planos espirituais.
O conhecimento deste Princípio,' com as fórmulas apropriadas,
permite ao estudante conhecer as suas vibrações mentais, assim como
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também a dos outros. Só os Mestres podem aplicar este Princípio para a
conquista dos Fenômenos Naturais, por diversos meios. "Aquele que
compreende o Princípio de vibração alcançou o cetro do poder", diz um
escritor antigo.
Na Metasociologia Esotérica – Vibrações do mesmo teor vibratório
atraem-se.. Nada está parado, tudo se move. Assim, “as diversas
manifestações de matéria, energia, mente e espírito resultam das ordens
variáveis de vibrações”. O Iniciado sabe como elevar seu teor vibratório,
podendo, consequentemente, visitar planos mais elevados e conversar com
os Mestres. Trabalhando sobre si próprio, passando por sérias iniciações, o
indivíduo pode chegar ao nível de manipular as vibrações, as suas, as de
outros indivíduos, de animais, de vegetais e até de minerais... Este é
também o princípio que permite a leitura de pensamentos. Dependendo de
qual dos seus chakras é vibrado, ao contato com vibrações de outrem, você
pode saber qual o teor dos pensamentos deles...
IV. O Principio de Polaridade
"Tudo é Duplo; tudo tem polos; tudo tem o seu oposto; o igual e o
desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza,
mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são
meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados." – O
CAIBALION.
Este Princípio encerra a verdade: tudo é Duplo; tudo tem dois polos;
tudo tem o seu oposto, que formava um velho axioma hermético. Ele explica
os velhos paradoxos, que deixaram muitos homens perplexos, e que foram
estabelecidos assim: A Tese e a Antítese são idênticas em natureza, mas
diferentes em grau; os opostos são a mesma coisa, diferindo somente em
grau; os pares de opostos podem ser reconciliados; os extremos se tocam;
tudo existe e não existe ao mesmo tempo; todas as verdades são meiasverdades; toda verdade é meio falsa; há dois lados em tudo, etc., etc. Ele
explica que em tudo há dois polos ou aspectos opostos, e que os opostos
são simplesmente os dois extremos da mesma coisa, consistindo a
diferença em variação de graus. Por exemplo: o Calor e o Frio, ainda que
sejam; opostos, são a mesma coisa, e a diferença que há entre eles
consiste simplesmente na variação de graus dessa mesma coisa.
Olhai para o vosso termômetro e vede se podereis descobrir onde termina o
calor e começa o frio! Não há coisa de calor absoluto ou de frio absoluto; os
dois termos calor e frio indicam somente a variação de grau da mesma
coisa, e que essa mesma coisa que se manifesta como calor e frio nada
mais é que uma forma, variedade e ordem de Vibração.
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Assim o quente e o frio são unicamente os dois polos daquilo que
chamamos Calor; e os fenômenos que daí decorrem são manifestações do
Princípio de Polaridade. O mesmo Princípio se manifesta no caso da Luz e
da Obscuridade, que são a mesma coisa, consistindo a diferença
simplesmente nas variações de graus entre os dois polos do fenômeno.
Onde cessa a obscuridade e começa a luz? Qual é a diferença entre
o grande e o pequeno? Entre o forte e o fraco? Entre o branco e o preto?
Entre o perspicaz e o néscio? Entre o alto e o baixo? Entre o positivo e o
Negativo?
O Princípio de Polaridade explica estes paradoxos e nenhum outro
Princípio pode excedê-lo. O mesmo Princípio opera no Plano mental.
Permita-nos tomar um exemplo extremo: o do Amor e o ódio, dois
estados mentais em aparência totalmente diferentes. E, apesar disso,
existem graus de ódio e graus de Amor, e um ponto médio em que usamos
dos termos Igual ou Desigual, que se encobrem mutuamente de nos é igual,
desigual ou nem um nem outro. E todos são simplesmente graus da mesma
coisa, como compreendereis se meditardes um momento. E mais do que
isto (coisa que os Hermetistas consideram de máxima importância), é
possível mudar as vibrações de ódio em vibrações de Amor, na própria
mente de cada um de nós e nas mentes dos outros.
Muitos tiveram experiências pessoais da transformação do Amor em
ódio ou do inverso, quer isso se desse com eles mesmos, quer com outros.
Pode-se pois tornar possível a sua realização, exercitando o uso da
Vontade por meio das fórmulas herméticas.
Na Metasociologia Esotérica – Nosso mundo e outros mundos são polos
de uma única realidade. A grande diferença é apenas de grau vibratório, e
não geográfica, sendo o nosso mundo mais ou menos denso que qualquer
outro a ele comparado. No que se refere a discos voadores, que
procederiam de mundos mais adiantados, há que considerar o seguinte: os
discos movimentam-se com muito maior velocidade porque vem de lugares
onde as vibrações são muito mais rápidas. Quando os discos voam aqui,
podem continuar velozes devido a possuírem um campo gravitacional
próprio, que anula a nossa lei da gravidade! (Nota: aplicar o Princípio de
Polaridade, combinado com o de Vibração...)
V. O Principio de Ritmo
"Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce;
tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do
movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a
compensação." - O CAIBALION.
Este Princípio contém a verdade que em tudo se manifesta um
movimento para diante e para trás, um fluxo e refluxo, um movimento de
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atração e repulsão, um movimento semelhante ao do pêndulo, uma maré
enchente e uma maré vazante, uma maré alta e uma maré baixa, entre os
dois polos, que existem, conforme o Princípio de Polaridade de que
tratamos há pouco. Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e
uma retirada, uma subida e uma descida. Isto acontece nas coisas do
Universo, nos sóis, nos mundos, nos homens, nos animais, na mente, na
energia e na matéria.
Esta lei é manifesta na criação e destruição dos mundos, na elevação
e na queda das nações, na vida de todas as coisas, e finalmente nos
estados mentais do Homem (e é com estes últimos que reconhecemos a
compreensão do Princípio mais importante). Os Hermetistas
compreenderam este Princípio, reconhecendo a sua aplicação universal, e
descobriram também certos meios de dominar os seus efeitos no próprio
ente com o emprego de fórmulas e métodos apropriados.
Eles aplicam a Lei mental de Neutralização. Eles não podem anular o
Princípio ou impedir as suas operações, mas aprenderam como se escapa
dos seus efeitos na própria pessoa, até um certo grau que depende do
Domínio deste Princípio. Aprenderam como empregá-lo, em vez de serem
empregados por ele.
Neste e noutros métodos consiste a Arte dos Hermetistas. O Mestre s
polariza até o ponto em que desejar, e então neutraliza a Oscilação Rítmica
pendular que tenderia a arrastá-lo ao outro polo. Todos os indivíduos que
atingiram qualquer grau de Domínio próprio executam isto até um certo
grau, mais ou menos inconscientemente, mas o Mestre o faz
conscientemente e com o uso da sua Vontade, atingindo um grau de
Equilíbrio e Firmeza mental quase impossível de ser acreditado pelas
massas populares que vão para diante e para trás como um pêndulo. Este
Princípio e o da Polaridade foram estudados secretamente pelos
Hermetistas, e os métodos de impedi-los, neutralizá-los e empregá-los
formam uma parte importante da Alquimia Mental.
Na Metasociologia Esotérica – Segundo o Princípio de Ritmo, tudo se cria,
se transforma e se destrói. Somente os seres mais elevados sabem como
anular este princípio ou impedir as suas operações. “Esta lei é manifesta na
criação e destruição dos mundos, elevação e queda das nações, nas vidas
de todas as coisas e nos estados mentais dos homens”. Os Iniciados sabem
aplicar a Lei Mental de Neutralização. Não podem impedir sua ação, mas
escapam de seus efeitos... Os sábios de um mundo mais adiantado podem
fazer isto, e o fazem! Quanto ao nosso mundo, poderá ser salvo da
destruição total, com a ajuda desses Sábios...
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VI. O Principio de Causa e Efeito
"Toda a Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa; tudo
acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado
a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém
nada escapa à Lei." - O CAIBALION.
Este princípio contém a verdade que há uma Causa para todo o Efeito
e um Efeito para toda a Causa. Explica que: Tudo acontece de acordo com
a Lei, nada acontece sem razão, não há coisa que seja casual; que, no
entanto, existem vários planos de Causa e Efeito, os planos superiores
dominando os planos inferiores, nada podendo escapar completamente da
Lei.
Os Hermetistas conhecem a arte e os métodos de elevar-se do plano
ordinário de Causa e Efeito, a um certo grau, e por meio da elevação mental
a um plano superior tomam-se Causadores em vez de Efeitos.
As massas do povo são levadas para a frente; os desejos e as
vontades dos outros são mais fortes que as vontades delas; a
hereditariedade, a sugestão e outras causas exteriores movem-nas como se
fossem peões no tabuleiro de xadrez da Vida. Mas os Mestres, elevando-se
ao plano superior, dominam o seu gênio ou caráter, suas qualidades, ou
poderes, tão bem como os que o cercam e tornam-se Motores em vez de
peões. Eles ajudam a jogar a criação, quer física, quer mental ou espiritual,
é possível serem partida da vida, em vez de serem jogados e movidos por
outras vontades e influências. Empregam o Princípio em lugar de serem
seus instrumentos. Os Mestres obedecem à Causalidade do plano superior,
mas ajudam a governar o nosso plano. Neste preceito está condensado um
tesouro do Conhecimento hermético: aprenda-o quem quiser.
Na Metasociologia Esotérica – Os humanos vivem cercados por
circunstâncias das quais não conseguem se livrar. Não conseguem porque
não sabem como fazê-lo. Mas o Iniciado sabe e pode elevar-se do plano
ordinário de causa e efeito para um plano superior, onde são Causadores e
não Efeitos. Justifica-se, assim, que haja um Plano Divino, da Suprema
Hierarquia Espiritual para a vida universal. Os Mestres obedecem a este
Plano Superior, em sua causalidade, mas ajudam-nos a administrarmos o
nosso plano...
VII. O Principio de Gênero
"O Genero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu
princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos." – O
CAIBALION.
Este princípio encerra a verdade que o gênero é manifestado em
tudo; que o princípio masculino e o princípio feminino sempre estão em
ação. Isto é certo não só no Plano físico, mas também nos Planos mental e
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espiritual. No Plano físico este Princípio se manifesta como sexo, nos
planos superiores toma formas superiores, mas é sempre o mesmo
Princípio.
Nenhuma criação, quer física, quer mental ou espiritual, é possível
sem este Princípio, A compreensão das suas leis poderá esclarecer muitos
assuntos que deixaram perplexas as mentes dos homens.
O Princípio de Gênero opera sempre na direção da geração,
regeneração e criação. Todas as coisas e todas as pessoas contêm em si
os dois Elementos deste grande Princípio.
Todas as coisas machos têm também o Elemento feminino; todas as
coisas fêmeas têm o Elemento masculino. Se compreenderdes a filosofia da
Criação, Geração e Regeneração mentais, podereis estudar e compreender
este Princípio hermético. Ele contém a solução de muitos mistérios da Vida.
Na Metasociologia Esotérica – A criação de um mundo inteiramente livre
das mazelas do atual faz-se possível com a aplicação do Princípio de
Gênero, que “opera sempre na direção da geração, regeneração e criação”.
“Nenhuma criação, quer física, quer mental ou espiritual, é possível sem o
atendimento a este princípio”... A imaginação associada à intuição pode
construir uma nova realidade, onde todos sejam felizes, especialmente por
terem conseguido superar suas dificuldades íntimas e assim alcançarem
harmonia e paz!...
Novembro de 2011 - Sebastião Antonio Bastos de Carvalho – Sociólogo
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5. Correspondência entre SOCIOLOGIA e METASOCIOLOGIA
ESOTÉRICA
SOCIOLOGIA
METASOCIOLOGIA ESOTÉRICA
Fato social
I – Princípio do mentalismo
Grupo social
I – Princípio do mentalismo
Interação social
III – Princípio da vibração
Instituição social
II – Princípio de correspondência
Estrutura social
II – Princípio de correspondência
Controle social
IV – Princípio da polaridade
Mobilidade social
V – Princípio de ritmo
Mudança social
V – Princípio de ritmo
Sociedade
VII – Princípio de gênero
Comunidade
VII – Princípio de gênero
1- FATO METASOCIAL - I. O Principio de Mentalismo
"O TODO é MENTE; o Universo é Mental." - O CAIBALION
Este princípio contém a verdade que Tudo é Mente. Explica que O TODO (que, é a Realidade substancial que se oculta em
todas as manifestações e aparências que conhecemos sob o nome de Universo Material, fenômenos da Vida, Matéria,
Energia, numa palavra, sob tudo o que tem aparência aos nossos sentidos materiais) é ESPÍRITO, é INCOGNOSCÍVEL e
INDEFINIVEL em si mesmo, mas pode ser considerado como uma MENTE VIVENTE INFINITA e UNIVERSAL. Ensina
também que todo o mundo fenomenal ou universo é simplesmente uma Criação Mental do TODO,
FATO METASOCIAL = Sendo FATO SOCIAL “toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o
indivíduo uma coerção exterior” e tendo em vista o Princípio de Mentalismo, concluímos que existe, no plano
mental, fenômeno idêntico, que na verdade lhe é pré-existente, e que denominamos de FATO METASOCIAL.
2- GRUPO METASOCIAL - I. O Principio de Mentalismo
"O TODO é MENTE; o Universo é Mental." - O CAIBALION
Este princípio contém a verdade que Tudo é Mente. Explica que O TODO (que, é a Realidade substancial que se oculta em
todas as manifestações e aparências que conhecemos sob o nome de Universo Material, fenômenos da Vida, Matéria,
Energia, numa palavra, sob tudo o que tem aparência aos nossos sentidos materiais) é ESPÍRITO, é INCOGNOSCÍVEL e
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INDEFINIVEL em si mesmo, mas pode ser considerado como uma MENTE VIVENTE INFINITA e UNIVERSAL. Ensina
também que todo o mundo fenomenal ou universo é simplesmente uma Criação Mental do TODO,
GRUPO METASOCIAL = Partindo da noção de GRUPO SOCIAL, que é a reunião de pessoas com interesses
comuns, e levando em conta o Princípio de Mentalismo, estabelecemos que os componentes desse grupo atuam
também no plano mental, vivendo experiências e trocando ideias no GRUPO METASOCIAL.
3- INTERAÇÃO METASOCIAL - III. O Princípio de Vibração
"Nada está parado; tudo se move; tudo vibra." - O CAIBALION.
Este Princípio encerra a verdade que tudo está em movimento: tudo vibra; nada está parado; fato que a Ciência moderna
observa, e que cada nova descoberta científica tende a confirmar. As diferenças entre as diversas manifestações de
Matéria, Energia, Mente e Espírito, resultam das ordens variáveis de Vibração. Desde O TODO, que é Puro Espírito, até à
forma mais grosseira da Matéria,
INTERAÇÃO METASOCIAL = Assim como os indivíduos que formam os grupos, interagem entre si, no plano físico,
o mesmo acontece, incessantemente, nos outros planos, pois as diferentes vibrações atuam na matéria, na mente
e no espírito. Daí o conceito de INTERAÇÃO METASOCIAL.
4- INSTITUIÇÃO METASOCIAL
- II. O Principio de Correspondência
"O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima." - O
CAIBALION
Este Princípio contém a verdade que existe uma correspondência entre as leis e os fenômenos dos diversos planos da
Existência e da Vida. "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.”
A compreensão deste Princípio explica muitos paradoxos obscuros e segredos da Natureza. Existem planos fora dos
nossos conhecimentos, que podemos compreender aplicando este princípio, que é uma Lei Universal.
INSTITUIÇÃO METASOCIAL = Aquilo que o homem cria para atuar no plano físico, visando o atendimento de
necessidades básicas, atua também em outros planos, de diversas maneiras, como INSTITUIÇÃO METASOCIAL.
5- ESTRUTURA METASOCIAL
- II. O Principio de Correspondência
"O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima." - O
CAIBALION
Este Princípio contém a verdade que existe uma correspondência entre as leis e os fenômenos dos diversos planos da
Existência e da Vida. "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.”
A compreensão deste Princípio explica muitos paradoxos obscuros e segredos da Natureza. Existem planos fora dos
nossos conhecimentos, que podemos compreender aplicando este princípio, que é uma Lei Universal.
ESTRUTURA METASOCIAL = O conjunto das Instituições Metasociais integra algo bem mais amplo, que as orienta,
e que denominamos de ESTRUTURA METASOCIAL.
6- CONTROLE METASOCIAL - IV. O Principio de Polaridade
"Tudo é Duplo; tudo tem polos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são
idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades;
todos os paradoxos podem ser reconciliados." – O CAIBALION.
Este Princípio encerra a verdade: tudo é Duplo; tudo tem dois polos; tudo tem o seu oposto. A Tese e a Antítese são
idênticas em natureza, mas diferentes em grau; os opostos são a mesma coisa, diferindo somente em grau; os pares de
opostos podem ser reconciliados; os extremos se tocam; tudo existe e não existe ao mesmo tempo; todas as verdades são
meias-verdades; toda verdade é meio falsa; há dois lados em tudo, etc., etc. Ele explica que em tudo há dois polos ou
aspectos opostos, e que os opostos são simplesmente os dois extremos da mesma coisa.
CONTROLE METASOCIAL = A conciliação entre os pares de opostos é tarefa permanente, exercida em benefício do
TODO, em todos os planos existenciais. Quando o consideramos além do plano físico, denominamo-lo CONTROLE
METASOCIAL
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7- MOBILIDADE METASOCIAL - V. O Principio de Ritmo
"Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações
compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação." O CAIBALION.
Este Princípio contém a verdade que em tudo se manifesta um movimento para diante e para trás, um fluxo e refluxo, um
movimento de atração e repulsão, um movimento semelhante ao do pêndulo, uma maré enchente e uma maré vazante,
uma maré alta e uma maré baixa, entre os dois polos, que existem, conforme o Princípio de Polaridade de que tratamos há
pouco. Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada, uma subida e uma descida. Isto acontece nas
coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos homens, nos animais, na mente, na energia e na matéria.
Esta lei é manifesta na criação e destruição dos mundos, na elevação e na queda das nações, na vida de todas as coisas, e
finalmente nos estados mentais do Homem
MOBILIDADE METASOCIAL = Seja qual for o plano em que ocorre, tudo se manifesta em movimento. Quando tal
acontece no plano extrafísico, dizemos que se trata de MOBILIDADE METASOCIAL.
8- MUDANÇA METASOCIAL - V. O Principio de Ritmo
"Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações
compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação." O CAIBALION.
Este Princípio contém a verdade que em tudo se manifesta um movimento para diante e para trás, um fluxo e refluxo, um
movimento de atração e repulsão, um movimento semelhante ao do pêndulo, uma maré enchente e uma maré vazante,
uma maré alta e uma maré baixa, entre os dois polos, que existem, conforme o Princípio de Polaridade de que tratamos há
pouco. Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada, uma subida e uma descida. Isto acontece nas
coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos homens, nos animais, na mente, na energia e na matéria.
Esta lei é manifesta na criação e destruição dos mundos, na elevação e na queda das nações, na vida de todas as coisas, e
finalmente nos estados mentais do Homem.
MUDANÇA METASOCIAL = Resultado da Mobilidade Social, que acontece frequentemente, temos o fenômeno que
denominamos de MUDANÇA METASOCIAL.
9- META SOCIEDADE - VII. O Principio de Gênero
"O Genero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em
todos os planos." – O CAIBALION.
Este princípio encerra a verdade que o gênero é manifestado em tudo; que o princípio masculino e o princípio
feminino sempre estão em ação. Isto é certo não só no Plano físico, mas também nos Planos mental e espiritual. No Plano
físico este Princípio se manifesta como sexo, nos planos superiores toma formas superiores, mas é sempre o mesmo
Princípio. Nenhuma criação, quer física, quer mental ou espiritual, é possível sem este Princípio. O Princípio de Gênero
opera sempre na direção da geração, regeneração e criação. Todas as coisas e todas as pessoas contêm em si os dois
Elementos deste grande Princípio.
META SOCIEDADE = Masculino e/ou feminino, positivo e/ou negativo, a Lei da geração, regeneração e criação atua
sempre, fazendo com que o homem organize novas formas de vivência e atuação, em todos os planos. Quando
abordada além do plano físico, temos a META SOCIEDADE
10 – META COMUNIDADE = VII. O Principio de Gênero
"O Genero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em
todos os planos." – O CAIBALION.
Este princípio encerra a verdade que o gênero é manifestado em tudo; que o princípio masculino e o princípio
feminino sempre estão em ação. Isto é certo não só no Plano físico, mas também nos Planos mental e espiritual. No Plano
físico este Princípio se manifesta como sexo, nos planos superiores toma formas superiores, mas é sempre o mesmo
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Princípio. Nenhuma criação, quer física, quer mental ou espiritual, é possível sem este Princípio. O Princípio de Gênero
opera sempre na direção da geração, regeneração e criação. Todas as coisas e todas as pessoas contêm em si os dois
Elementos deste grande Princípio.
META COMUNIDADE = Lutando pela sobrevivência, unindo esforços sempre em direção da geração, da
regeneração e da criação, o homem estabelece a Comunidade, que, transcendendo o plano físico, é denominada
META COMUNIDADE.
O Homem
O homem é o princípio e causa de todas as coisas...
Assim, nada existe sem o homem, e o homem não existe sem o Universo, com seus
planos existenciais. Toda causa tem seu efeito, e todo efeito tem causa.
VI. O Principio de Causa e Efeito
"Toda a Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa; tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é
simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à
Lei." - O CAIBALION.
Este princípio contém a verdade que há uma Causa para todo o Efeito e um Efeito para toda a Causa. Explica
que: Tudo acontece de acordo com a Lei, nada acontece sem razão, não há coisa que seja casual; que, no entanto, existem
vários planos de Causa e Efeito, os planos superiores dominando os planos inferiores, nada podendo escapar
completamente da Lei. Os Hermetistas conhecem a arte e os métodos de elevar-se do plano ordinário de Causa e Efeito, a
um certo grau, e por meio da elevação mental a um plano superior tomam-se Causadores em vez de Efeitos.
As massas do povo são levadas para a frente; os desejos e as vontades dos outros são mais fortes que as vontades delas;
a hereditariedade, a sugestão e outras causas exteriores movem-nas como se fossem peões no tabuleiro de xadrez da
Vida. Mas os Mestres, elevando-se ao plano superior, dominam o seu gênio ou caráter, suas qualidades, ou poderes, tão
bem como os que o cercam e tornam-se Motores em vez de peões. Eles ajudam a jogar a criação, quer física, quer mental
ou espiritual, é possível serem partida da vida, em vez de serem jogados e movidos por outras vontades e influências.
Empregam o Princípio em lugar de serem seus instrumentos.
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6. Usando princípios e métodos da Metasociologia
Esotérica para construir uma Utopia.
Usando os novos conceitos
A METASOCIOLOGIA ESOTÉRICA foi criada para resolver a questão entre ciência e
espiritualidade. Com ela, podemos abordar os fenômenos metasociais de modo científico,
sem nos atermos somente aos procedimentos usados para estudo e análise dos fenômenos
físicos e psíquicos, ou simplesmente as práticas espíritas.
O novo instrumental aí está, e incentivamos a todos para que se entreguem ao trabalho com
renovados entusiasmo e energia. Os resultados serão compensadores, estamos certos
disso!
A Metasociologia Esotérica fornece instrumental apropriado para a
criação de novas realidades, de maneira não apenas lógica, mas perfeitamente
verossímel, tanto quanto tudo que conhecemos e aceitamos com base no
método das ciências oficiais. Estamos aplicando a metadologia desta nova
ciência na criação do mundo maravilhoso de Agartha e Shambala.
3.1. O Principio de Mentalismo
I "O TODO é MENTE; o Universo é Mental." - O CAIBALION
Utilizando procedimentos esotéricos como visualização e energização, podem-se criar novas
realidades nos planos sutis...
I "O TODO é MENTE; o Universo é Mental."
A grande questão que o homem enfrenta
e não resolve é o mistério de Deus!
Há, fundamentalmente, três posturas diante da questão: 1- Deus é um
Ser onipotente, onisciente, onipresente, que preside a tudo que acontece no
universo; 2- Deus é a natureza; infinito, sempre existiu e existirá, com suas
leis imutáveis; 3- Deus não existe como entidade separada do homem, mas é o
homem em essência. Na verdade, nem toda postura anula as demais. Mas a
questão é saber se Deus é ou não um Ser à parte do Homem.
Antigas escrituras dão-nos conta de que Deus criou o universo e o
homem. Cada qual a seu jeito, elas fornecem minúcias sobre o processo da
criação e da relação do homem com a divindade. Aceitamos que todas as
escrituras são verdadeiras. Mesmo as concepções forjadas com base nas
antecedentes, e que podem até chegar a conclusões opostas, também estas são
verdadeiras. Isso porque uma vez formulada, uma ideia existe, independente
de qualquer concordância com características ou aparências com outras ideias,
fatos, pessoas ou objetos!... Afirmamos isto em virtude do Primeiro Princípio
da Lei do Mentalismo. Sendo criador, o homem pode tornar realidade seus
mais caros anseios.
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Assim surgiram as utopias, como a idealizada por Thomas More, e
mais, Shangrilah, Asgard, e a Terra Prometida dos Hebreus...
Essas utopias não existem no plano material. São idealizações
alimentadas pelos desejos humanos, e que, por sua vez, alimentam o viver dos
que nelas acreditam ou simplesmente apreciam. Algumas vezes tentaram
concretizar utopias no plano material. Não deu certo! Exemplo moderno foi o
ocorrido com a União Soviética, cuja experiência socialista, com vistas ao
comunismo, acabou na dissolução da ¯união.!...
O fato de não existir no plano material, não significa que a utopia se
resuma numa simples ilusão da mente, sem apoio numa realidade! Ela é bem
real no plano em que foi engendrada!
Com base no acima exposto, criamos ou recriamos o Mundo de
Agartha, com sua capital, Shambala!... Vamos conhecê-lo!...
3.2. Uma sociedade harmoniosa e justa
II. O Principio de Correspondência "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que
está embaixo é como o que está em cima."
Podem-se criar organizações sociais semelhantes em diversos planos, É só concentrar-se em algo
desejável, juntar as energias, qualificar e enviar de acordo com o modelo escolhido, que é
visualizado, projetado e inserido no plano.
II. O Principio de Correspondência - "O que está em cima é como o que está embaixo, e o
que está embaixo é como o que está em cima."
A organização social e política de Agartha é semelhante à existente no
Mundo Externo, consoante o Princípio de Correspondência. Como lá, a base
da sociedade é a família, organizada praticamente nos mesmos termos... A
relação entre os sexos, pautada no respeito e na compreensão, facilita a
expansão dos sentimentos, do amor. O casamento, que é para sempre, somente
acontece após uma longa preparação, amorosa e responsável. É realmente
considerado o ato mais importante da cidadania! As qualidades individuais, a
prática das virtudes, tudo que é benéfico ao grupo familiar e ao progresso
pessoal, é estimulado pelos órgãos e instituições dedicados à vida civil.
Por toda parte há conselhos de cidadãos, que tratam das questões de
interesse público. Seus membros são escolhidos em plebiscitos ou votações
sistemáticas, recaindo sempre nas pessoas de veneráveis cidadãos, tidos como
honestos, sábios e dedicados ao bem público. Recebem boa remuneração, para
dedicação exclusiva, no cumprimento de mandatos por tempo determinado.
Não existem partidos políticos, nem parlamento, nem judiciário, como no
mundo externo. As leis, criadas pelos conselhos e referendadas em plebiscitos,
são respeitadas por todos. As dúvidas, esclarecidas pelos homens sábios,
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reunidos em conselhos. Estes também organizam e supervisionam a
administração pública, exercida por técnicos competentes e honestos.
3.3. Comunicação superior
III. O Princípio de Vibração "Nada está parado; tudo se move; tudo vibra."
Elevar o próprio teor vibratório, podendo visitar planos mais elevados e conversar com os Mestres.
Dependendo de qual dos seus chakras é vibrado, ao contato com vibrações de outrem, você pode
saber qual o teor dos pensamentos deles.
Os
habitantes de Agartha desenvolveram a nível superior a comunicação
interpessoal. Ao invés de se apoiarem exclusivamente em recursos
tecnológicos, dedicaram-se ao trabalho sobre as potencialidades individuais,
aos poderes internos do homem... Elevando sua taxa vibratória, o cidadão
pode comunicar-se com seres que estejam em planos mais elevados, como
Mestres de Sabedoria, desencarnados, ou Divindades que habitam outras
esferas existenciais! Aqui, as comunicações ocorrem de mente para mente, por
telepatia. A linguagem oral também é usada, em condições normais... Poderes
como clarividência, clariaudiência, viagem astral, são coisas corriqueiras!
Conhecem os registros akásicos, que registram no plano astral tudo que
acontece! Esses registros podem ser acessados por qualquer cidadão,
independentemente de aparatos tecnológicos! Um registro completo da
história do mundo está sendo constantemente atualizado...
III. O Princípio de Vibração - "Nada está parado; tudo se move; tudo vibra." –
3.4. Domínio do plano físico e astral
IV. O Principio de Polaridade "Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto; o igual
e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em
grau. "
Transformação de ódio em amor, frio em quente, etc., invertendo as polaridades com a força da
Vontade e o pensamento concentrado. Usar a qualificação de energias, a concentração e a
visualização. Notar que o nosso mundo é mais ou menos denso que qualquer outro a ele
comparado.
IV. O Principio de Polaridade - "Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto; o
igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes
Sabendo que tudo é duplo, o habitante de Agartha trabalha nas
polaridades, modificando à vontade as condições físicas, sejam do tempo
atmosférico, sejam dos objetos que o cercam, e mesmo dos sentimentos,
próprios ou de seus semelhantes!
Assim, se uma tempestade ameaça o povo, podem-se mudar as
condições climáticas, com o uso apropriado da mente. Se o ódio atormenta os
relacionamentos, podemos transmutá-lo em amizade e mesmo amor! De modo
que em nossa sociedade reinam a harmonia, a esperança e a paz!
em grau. " -
65
Aqui, temos efeitos sutis da gravitação universal. Nossos corpos podem
vencer com certa facilidade a atração que puxa para baixo, para o solo, de
modo que nos deslocamos mais rapidamente do que é possível no mundo
convencional. Com o uso de uma tecnologia adequada, nossas naves se
deslocam em velocidade vertiginosa, impulsionadas por foguetes silenciosos.
Podemos fazer isso graças à já mencionada capacidade de anulação da força
de gravidade.
3.5. Vida longa e livre de catástrofes
V. O Principio de Ritmo "Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce;
tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a
medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação."
Tudo se cria, se transforma e se destrói. “Esta lei é manifesta na criação e destruição dos mundos,
elevação e queda das nações, nas vidas de todas as coisas e nos estados mentais dos homens”.
Os Iniciados sabem aplicar a Lei Mental de Neutralização. Não podem impedir sua ação, mas
escapam de seus efeitos...
V. O Principio de Ritmo - "Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e
desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a
medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação."
Graças ao conhecimento da Lei de Neutralização, aqui em Agartha
podemos escapar de efeitos indesejáveis da Lei do Ritmo, do qual é exemplo a
decadência de grupos, nações, sociedades!... Esse saber nos garante uma vida
longa, livre de catástrofes e de um ritmo que consideramos acelerado, de
degeneração física e mental, decorrência do envelhecimento... Saúde física e
mental é uma constante em nosso mundo! Quando necessário, usamos a
fitoterapia, que atua sem o concurso de certas substâncias, nocivas pelos seus
efeitos colaterais.
A média de duração da vida humana é de cerca de 140 anos, podendo
chegar a 180! Na verdade, ninguém quer viver mais do que isso. É melhor
morrer, para viver uma nova encarnação. Isso acontece desta maneira
especialmente porque as pessoas, aqui, tem plena consciência das condições
que terão em sua próxima vida... e podem trabalhar para forjar o seu futuro!...
3.6. Livres, edificamos uma nova civilização
VI. O Principio de Causa e Efeito "Toda Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa;
tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não
reconhecida.”
Os humanos vivem cercados por circunstâncias das quais não conseguem se livrar. Não
conseguem porque não sabem como fazê-lo. Mas o Iniciado sabe e pode elevar-se do plano
ordinário de causa e efeito para um plano superior, onde são Causadores e não Efeitos.
VI. O Principio de Causa e Efeito "Toda Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa;
tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não
Não temos carma adquirido que nos impeça de trabalhar na
edificação de uma nova civilização. Esse trabalho, que já fazemos
reconhecida.”
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internamente, será estendido para além de nossas fronteiras, no momento
adequado! Temos que salvar o planeta! Com nossa tecnologia avançada,
anulamos ou controlamos a força de gravidade, criando campos magnéticos e
gravitacionais próprios, o que permite que nossos discos-voadores se
desloquem em todas as direções, em velocidades estonteantes!... Os materiais
usados na fabricação dos discos são superleves e resistentes, e eles podem
viajar no planeta, e no espaço interplanetário.
3.7. Sexo e Civilização
VII. O Principio de Gênero "O Genero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o
seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos."
A criação de um mundo inteiramente livre faz-se possível com a aplicação do Princípio de Gênero,
que “opera sempre na direção da geração, regeneração e criação”.A imaginação associada à
intuição pode construir uma nova realidade, onde todos sejam felizes, especialmente por terem
conseguido superar suas dificuldades íntimas e assim alcançarem harmonia e paz!...
VII. O Principio de Gênero - "O Gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o
Numa sociedade em
que os valores e princípios mais altos são determinantes da conduta, -- amor,
alegria e sexo harmonizam-se, com responsabilidade e respeito às
individualidades. Não existem, aqui, crime sexual, nem desvios, muito menos
aberrações!
O casamento, base legal da família, assegura direitos aos cônjuges e à prole,
que recebem da comunidade total e plena assistência. As crianças são
recebidas, ao nascerem, com tratamento especial, consideradas elementos
asseguradores da continuidade e do crescimento da sociedade.
O amor é a condição essencial da união conjugal, de modo que, para se
casarem, ambos devem mostrar que realmente se gostam e respeitam, e que
esperam que a união seja para sempre!
seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos."
3.8. Uma Avançada Civilização
Agartha é a denominação dada por estudiosos à vasta região existente
em local ignoto da Terra, que possui montanhas, rios, mares, vegetação,
animais, e uma população de seres semelhantes aos humanos. Shambala é a
capital deste mundo, que tem provocado celeuma, havendo dúvidas quanto à
sua realidade, já que para muitos seria apenas um mito, sem qualquer
comprovação científica.
Embora não haja comprovação científica inquestionável sobre a
existência de Agartha, há que se considerar os relatos e opiniões de alguns
escritores famosos como o francês, Louis Jacolliot, 1873, que a chamou de
Asgartha, o que nos remete a Asgard, morada dos deuses nórdicos. Merece
destaque o cientista, intelectual e aventureiro Ferdynand Ossendowski que em
67
seu livro Bestas, Homens e Deuses, referiu-se a este reino onde, segundo ele,
vivem milhões de seres, sob a liderança do Rei do Mundo, em harmonia e
prosperidade, desenvolvendo alta tecnologia, inclusive a dos discos voadores.
Também Saint-Yves d’Alveydre e René Guénon tratam exaustivamente deste
tema. O Rei do Mundo seria, não apenas nas palavras de Ossendowski, mas
também de outros intelectuais e iniciados, o tão reverenciado Melquisedec,
que encontramos também em relato da bíblia cristã, como sacerdote de uma
Ordem que teve em suas fileiras o próprio Jesus, o Cristo! O Rei do Mundo
habita moradas de cristal, onde se reúne com Mestres de alta envergadura,
decidindo sobre os destinos do planeta. Os poderes destes seres são imensos,
podendo até, se acharem justo e conveniente, destruir a civilização!
Há mitos muito antigos sobre o tema. Exemplo é o mito de Shambala,
dos lamas tibetanos, que circula também na Mongólia, onde se descreve
Agartha e Shambala como refúgio contra perseguições políticas. De qualquer
forma, seja vista como uma região como as outras, porém onde o mal se reduz
a um mínimo ou simplesmente não existe, esse mundo é livre de
negatividades, e muito bem guardado, onde só podem entrar os puros de
coração e de mente.
Impressionante é a história do Coronel inglês Fawcett, que desapareceu
na selva brasileira quando procurava por uma antiga cidade perdida, cujas
ruínas estão relatadas no documento número 512 da Biblioteca Nacional, no
Rio de Janeiro.
Várias tentativas foram empreendidas, em busca do militar, mas em
vão! Todos os membros das expedições desapareceram nas florestas do
interior do Brasil!
68
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Sobre o Autor
Vida Literária e Iniciática de
Sebastião Antonio Bastos de Carvalho
Nascido em Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro, em 13 de janeiro de 1938, sua formação
ocorreu quase toda em Cantagalo/Bom Jardim. Na terra de Euclides da Cunha, fez primeiro e
segundo graus. Filho do jornalista, gráfico e músico Antonio
Ferreira de Carvalho, aos treze anos trabalhava em oficina
gráfica de jornal do interior. Já aos 21 anos era o redatorchefe do jornal O NOVO CANTAGALO.
Graduou-se em
Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora
Medianeira, de Nova Friburgo, que funcionou até 1965, no
Colégio Anchieta, dos Jesuítas, em Nova Friburgo. (hoje, em
São Paulo). Professor do Estado do Rio de Janeiro, cadeiras
de Inglês e Estudos Sociais, atuou em vários colégios em
Niterói, em Minas Gerais e em Cantagalo.
Criou, em 1959, o Centro de Estudos e Pesquisas “Euclides da Cunha”, um pequeno grupo de
jovens interessados em estudar e pesquisar tudo sobre Cantagalo.
Foi iniciado na
Fraternitas Rosicruciana Antiqua – FRA – atuando em Niterói e no Rio de Janeiro. Também
na Maçonaria – Grande Oriente do Brasil e Grande Loja, alcançando os mais altos graus de
ambas as instituições. Criou a Loja Maçônica Benjamim Sodré (ano 2000) em Niterói.
Fundou, em 1982, o Sagrado Círculo de Thelema – SCT, e em 2005, a Sociedade BudistaHinduísta Renovadora – SOBUHIR.
Diplomado no Programa de Mestrado em Sociologia do IUPERJ, no Curso Avançado de
Educação, do IESAE, da FGV, e no Curso de Métodos e Técnicas de Pesquisa em Ciências
Sociais, da FGV, no
Rio de Janeiro, foi aluno de Baeta Neves e Roberto DaMatta
(Antropologia Social).
Diplomado em English as a Second Language - Richland College, Dallas, Tx. – 1987.
Iniciado em Reiki pela mestra Luciana Valentim, na década de 1990.
Em 1996, editou uma nova versão do antigo CANTAGALLO NOVO e fundou o jornal NITERÓI
CULTURAL, mas, após alguns meses, resolveu manter aquele somente “on line”, e passar a
trabalhar com o NITERÓI CULTURAL também apenas na Internet. Em setembro de 2005,
Sebastião Carvalho foi eleito e admitido no CENÁCULO FLUMINENSE DE HISTÓRIA E LETRAS
– CFHL, ocupando a cadeira cujo patrono é VALENTIM MAGALHÃES.
Atualmente, Sebastião Antonio edita os jornais “on line” JORNAL CULTURAL DE NOVA
FRIBURGO, e CANTAGALLO NOVO, e escreve livros, especialmente de cunho histórico, social,
esotérico e filosófico, tendo criado uma nova ciência, METASOCIOLOGIA ESOTÉRICA, em
2011. Reside na cidade de Nova Friburgo.