o aperfeiçoamento da estrutura da instituição do iptu/itr no
Transcrição
o aperfeiçoamento da estrutura da instituição do iptu/itr no
O APERFEIÇOAMENTO DA ESTRUTURA DA INSTITUIÇÃO DO IPTU/ITR NO BRASIL: EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Claudia M. De Cesare O APERFEIÇOAMENTO DA ESTRUTURA DA INSTITUIÇÃO DO IPTU/ITR NO BRASIL: EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2. ANÁLISES EMPÍRICAS PROGRAMA 3. RAZÕES PARA PREOCUPAÇÃO 4. APRENDIZAGEM & REFLEXÕES f(experiências internacionais) 5. APERFEIÇOAMENTO DA ESTRUTURA 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA impostos recorrentes - de caráter regular - cujo fato impostos = gerador é a propriedade/ou posse e/ou titularidade do s/imóveis domínio útil de bens imóveis. Irlanda Dinamarca Canadá Irlanda do Norte Suécia GB EUA França Jamaica Mexico Venezuela Panamá Honduras Colombia Equador Perú Paraguay Brasil República ChecaJapón España Portugal Hong Kong Israel Filipinas Malásia Nigeria Singapura África dol Sur Australia Argentina Uruguai Chile .... 150 países com importância variada (IAAO 2000) Nova Zelândia NOMENCLATURA-ALC Mexico Ecuador Impuesto predial Perú Honduras Bolivia Impuesto sobre bienes Impuesto a la propiedad de inmuebles bienes inmuebles Ecuador Impuesto predial urbano Costa Rica Impuesto sobre bienes inmuebles Brasil ‘Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana’ Colombia Impuesto predial unificado Guatemala Impuesto único sobre inmuebles Venezuela Chile Impuesto territorial Impuesto sobre inmuebles urbanos Argentina Paraguay Impuesto inmobiliario Uruguay Impuesto a la contribución inmobiliaria “Son todos panchos!” (Carlos S. Morales) IMPORTÂNCIA COMO FONTE DE INGRESSOS: AMÉRICA LATINA E CARIBE 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0.35% 0,40 0,30 0,20 0,10 Dominican Republic Fonte: Banco de dados do Lincoln Institute of Land Policy Ecuador Peru Guatemala Mexico Costa Rica Paraguay Nicaragua Honduras Argentina Panama Brazil Bolivia Colombia Uruguay f(PIB) % Chile - CARACTERÍSTICAS e EFEITOS “INTERESSANTES” progressividade impactos regulatórios (uso da terra) “consciência” fiscal (imposto cidadão) transparência do governo (visibilidade) preço de acesso à terra recuperação de mais valias urbanas autonomia local (símbolo) Governo Municipal NÍVEL MUNICIPAL considerando variações resultantes da população, a distribuição do imposto sobre a propriedade imobiliária é relativamente uniforme no país via de regra, NÃO há disputas intermunicipais sobre a base a tributar => receita é fácil de alocar “circulo virtuoso” : Não reduz sua base fiscal $$ em serviços públicos urbanos -> valor dos imóveis baixa sensibilidade a flutuações econômicas alta previsibilidade e estabilidade em termos de receita assumindo administração efetiva, é um imposto capaz de financiar custos locais relevantes Fonte: Bird 2001; Slack 2009; Ter Minassian 2012; Lichfield and Connellan 1997. 2. ANÁLISES EMPÍRICAS ARRECADAÇÃO PER CAPITA f(fatores) De Cesare, Dantas, Ribeiro e Portugal (2012) Sepulveda e Martinez Vasquez (2011) Smolka e De Cesare (2010) Carvalho Jr. (2006) i. adm. tributaria efetiva intervalos curtos (avaliações) cadastro informatizado / recadastramentos recentes mapas digitais ii. informalidade formas de lidar iii. renda familiar, IDH, população, etc... iv. nível de urbanização, regulamentação urbana v. acesso a outras fontes de ingressos vi. transferências intergovernamentais per capita NÍVEL DE PRECISÃO DAS AVALIAÇÕES EUA f(fatores) i. maior quantidade de residências novas ii. zonas degradadas, imóveis antigos iii. intensidade de uso do imposto (alíquotas efetivas + altas) iv. existência de sistema estruturado de isenções/concessões v. uso de normas técnicas vi. ciclos curtos entre avaliações genéricas vii. supervisão externa (Estado) s/qualidade dos trabalho viii. análise estatística periódica (ratio studies) Almy (1977) James (1978) Bowman and Butcher (1986) Bowman and Mikesell (1978) Chichine and Huyeres (1988) Gloudemans (1994) 3. RAZÕES PARA PREOCUPAÇÃO Carga Tributária i. reduzida importância como fonte de receita 2010 Carga tributária: 33.56% PIB IPTU + ITR : 0.43% PIB IPTU + ITR:1.29% da carga tributária IPTU: 26% dos tributos locais Outras medidas IPTU + ITR IMPOSTO = f (PIB) ii. variabilidade no desempenho entre os municípios BRASIL 2010 Per Cápita Média - Nacional R$ 81/ano Média -Municípios R$ 23/ano COV - Municípios 245% 50% dos municípios arrecadam até R$ 7.12 per capita anual!!!! 100 90 80 70 1 mun – 6.1% população: 25% 12 mun– 18% população: 50% Percentagem Acumulada 60 50 40 30 20 10 - 1 2 3 4 Número de Municípios 5 6 7 8 9 10 11 12 100 1000 5140 SEGMENTAÇÃO POR CLASSES DE POPULAÇÃO E REGIÃO População (habitantes) Menos de 5,000 Região Coeficiente de Variação (%) Média Número de Casos Brasil 1,183 Centro-Oeste 10,000 20,000 1,202 1,272 50,000 988 100,000 304 500,000 Mais de 500,000 223 Brasil 40 5,212 134 110 97 68 18 10 5 442 80 80 90 90 27 16 3 386 Nordeste 196 348 522 405 106 42 11 1,630 Sul 415 281 226 138 57 41 3 1,161 Sudeste 358 383 337 287 96 114 18 1,593 Norte Brasil 12.29 13.69 17.55 28.58 44.92 79.28 114.54 22.54 Centro-Oeste 10.37 12.89 14.08 24.94 42.03 48.98 133.34 17.61 Norte 2.44 2.39 2.62 4.04 6.95 14.39 24.90 3.32 Nordeste 1.31 1.73 1.99 3.62 17.09 55.78 3.83 Sul 18.02 24.77 44.86 61.70 53.73 82.25 179.87 39.38 Sudeste 14.57 19.01 28.33 56.45 93.00 112.89 149.28 34.51 6.81 Brasil 229.49 216.34 352.09 219.24 151.84 119.50 75.22 245.19 Centro-Oeste 209.19 138.49 91.59 56.57 58.71 56.87 51.26 139.10 Norte 152.37 133.49 150.40 160.94 130.47 90.55 44.15 331.16 Nordeste 202.96 552.33 293.32 357.09 148.05 123.24 51.14 167.32 93.33 151.13 204.60 136.22 45.85 97.87 7.81 200.84 306.18 188.00 308.68 153.31 106.56 96.37 65.73 172.48 Sul Sudeste * média aritmética Diferenças entre município, regiões, grupos com semelhante potencial econômico=> Extraordinária iii. evolução: Não há tendência de crescimento em f (PIB) 40 IPTU e ITR Carga Tributária 35 IPTU e ITR em f unção do PIB (%) Receita IPTU e ITR em f(PIB) 0.50 30 0.40 25 0.30 20 15 0.20 10 0.10 5 0.00 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Carga Tributária em Função do PIB (%) 0.60 iv. debilidades administrativas Grau de cobertura Nível da arrecadação > 80 %: 13% municípios, IBGE (2001) “1/3 das famílias pagam IPTU”, IPEA (2011) Oficina de avaliação de imóveis p/fins tributários Nível da avaliação/variabilidade iniquidade NA médio: 20-40% vs. 50-70% “boom” 2 anos ausência de banco de dados todos os tipo de imóveis ausência de controle s/resultados metodologia “simplista” ciclos avaliatórios longos questões estruturadoras ABRASF LRF: PLP 108/2011 Influência política na avaliação de imóveis para fins tributários (Súmula 160/1996) Margem de melhoria => AMPLA PROJEÇÃO IPTU Cluster Analysis, 5 classes – K-means. Real 2010 IPTU Classes-PIB Média-baixa Média-baixa Baixa Média Baixa Baixa Baixa Média-baixa Média Média Média-alta Média Média-baixa Média-baixa Alta Média-alta Alta Baixa Média-alta Média Alto Classes- Renda Média Média-baixa Média-baixa Média Baixa Média-alta Média Média-alta Alta Média-alta Média-alta Média-baixa Baixa Alta Média-alta Média Média Alta Alta Baixa Alto Municípios TOTAL 308 114 347 74 102 282 558 491 936 567 195 15 12 169 42 19 7 34 951 4 270 5,497 R$ 10,447,026 1,492,930 3,385,555 1,524,824 557,445 15,049,022 11,876,197 64,580,471 2,281,037,497 84,137,682 31,259,917 236,829 40,902 98,013,905 10,984,042 716,048 173,929 18,167,977 4,459,426,860 40,686 9,133,778,094 16,226,927,837 a. R$ 16.2 para R$ 43.6 BI b. Aumento de 168% = R$ 27.3 BI c. 0.43% do PIB => 1.2% De Cesare, Dantas, Ribeiro e Portugal (2012) Potencial 2010 IPTU Potencial/Real R$ 131,457,804 12.58 16,613,082 11.13 27,482,218 8.12 11,751,803 7.71 3,862,367 6.93 92,957,068 6.18 70,364,692 5.92 358,321,175 5.55 12,591,985,719 5.52 424,836,086 5.05 154,669,106 4.95 1,079,352 4.56 182,002 4.45 401,150,461 4.09 43,140,955 3.93 2,734,840 3.82 585,122 3.36 58,893,035 3.24 14,254,694,614 3.20 117,536 2.89 14,903,729,079 1.63 43,550,608,117 2.68 Var. % 1,158.33 1,012.78 711.75 670.70 592.87 517.70 492.49 454.84 452.03 404.93 394.78 355.75 344.97 309.28 292.76 281.94 236.41 224.16 219.65 188.88 63.17 168.38 4. APRENDIZAGEM & REFLEXÕES Caso 1: universalidade extremamente baja pobre desempenho limitado a tributar o patrimônio de pessoas físicas 1% s/excedente 0,14 5000 Property Tax as a % of GDP (bars) 0,12 0,1 4000 0,08 3000 0,06 2000 0,04 1000 0,02 0 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Per Capita GDP (line) limitado a incidir s/a 7000 formulado0,18para tributar exclusivamente propriedade IVSS/IPI6.5 EMmilhões) TÉRMINOS DE isenções! PIB imóveis de0,16 alto valor ((RD$ há 6000 Panamá América (2007) - Jornal Local - “se requiere de una norma legal más sencilla, que establezca de manera clara todos los elementos de la estructura del tributo (hecho generador, base imponible, sujeto pasivo y otros) y principalmente la eliminación de la excesiva cantidad de exenciones, que lo único que hacen es erosionar la base imponible y afectar la equidad que debería tener el impuesto, ya que se exoneraron las construcciones y mejoras sin considerar el valor de las mismas”. (...) “Es lógico que se exoneren inmuebles de poco valor para beneficiar a los propietarios u ocupantes que tienen bajos recursos, pero no se justifica exonerar inmuebles o construcciones de elevada valuación”. Caso 2: politica tributária f(regra) vs. exceções artifícios “escándalo de la viuda” Tratar de forma inteligente as pressões políticas Deferrals: Most often used for senior citizens or low income taxpayers, and often recaptured on sale of property Fonte: Carlos Morales Circuit breakers => baixa renda State payments => made to municipalities to offset cap on taxes for low income or elderly taxpayers SIM => aumentos! Foto: M. Smolka Caso 3: pode ser um imposto apoiado pela comunidade pagamentos podem ser inclusive “voluntários” - Campanha 110% de IPU (Bogotá, Colômbia) 2001: 10% a mais por 63,500 contribuintes Pinilla and Florián (2011) Criatividade de lidar com obstáculos politicos Comprometimento + Confiança no governo Iniciativa => Abriu caminho p/reforma Prefeito: Antanas Mockus Caso 4: responde a esforços administrativos 0,90 Chile 0,80 0,70 Argentina Brazil 0,60 Reforma Fiscal Ley N° 20.033/06 Chile 0,50 Colombia Costa Rica 0,40 f(PIB) % Ecuador 0,30 Guatemala Peru 0,20 Dominican Republic 0,10 2000 2001 2002 reavaliação dos imóveis Sistemas simplificado de contestação 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 exclusão da influência política s/trabalhos Sistemas de transição -> Nacional: 10% -> Individual: 10 sem. continuidade dos trabalhos Baldios: Anualmente Outros < 5anos 77% 31% 1995 1997 => Organismo público descentralizado, c/ personalidade jurídica e autonomia administrativa, econômica, orçamentária e financeira Nivel de eficiência na arrecadação modernização + ↑condições de trabalho + ↑ transparência Lima, Peru formação/capacitação permanente cartão de debito, crédito, etc -> internet lojas descentralizadas política de rotatividade ALO sat, e-mail, internet plano de carreira equipe de cobrança avaliações periódicas/satisfação 12h/dia serviços Níveis de avaliação podem ser próximos a 100%, com alto grau de uniformidade das avaliações (British Colombia, Hong Kong, EUA) i. legislação -> Valor de mercado -> Equidade iv. controle de qualidade ii. avaliações/catastro -> livre de influencias politicas, v. sistema de contestações iii. segmentação “institucional” entre política fiscal e administração tributaria -> ‘Assessment Authorities’ -> ‘Taxation Authorities’ Bogotá, Colômbia: autoavalúo, observatório de valores, limites minimos e máximos para alíquotas ... Córdoba, Argentina: avaliações + SIG Caso 5: pode ser um sistema simplificado e gerar receita elevada Bandas de valor # rapidez no processo de avaliação e redução das contestações Caso 6: amplamente reconhecida a importância de manter o contribuinte informado UK resumo da avaliação (6m antes de entrar em efeito), amostra de “comparáveis” criação do ‘National Valuation Forun’ – 40 organizações (encontros regulares) uso intensificado de helpdesks consultas no website website testado por contribuintes e ajustado intenso uso de mídia (periódicos, TV e rádio ...) folder + guia => informação & aplicação de recursos Caso 7: “enlace” do cadastro nacional e do registro imobiliário IGCN => El Salvador JI + DGMC => Rep. Dominicana Colômbia => conectado! Caso 8: necessidade de se preocupar com economias de escala ↑ r (negativo): tamanho versus custo dos trabalhos (cadastro + avaliações) 2007 International Property Tax Assessment Jurisdiction Benchmarking: Custo p/parcela reduz dramaticamente mais de 50% qndo > 750 mil inscrições Agências nacionais ou regionais - ex: Valuation Office Agency (VOC), Inglaterra; Municipal Property Assessment Agency (MPAC), Canadá; Suma, Espanha; Quotable Value Limited (QV), Nova Zelândia Caso 9: adequar projeto a realidade local => custos “sustentáveis” dos projetos de modernização … Mexico Canadá 5. APERFEIÇOAMENTO DA ESTRUTURA iii. Integração entre bases de dados (cruzamentos MASSIVOS) i. Cadastro imobiliário (informalidade) BAIXO CUSTO + INDUZIR CONDUTAS MDS - Modelo Digital de Superfície ver Receita Federal SERASA DETRAN CAF -Óbitos SERASA CAIXA, etc DMAE, SMURB, ITBI ... iv. Apoio aos municípios menores Agência/programa nacional Projetos s/“Carta de Habitação”, PAC Consórcios intermunicipais Alíquotas reduzidas, lotes formais v. Avaliação de imóveis: trabalho técnico “Trabalhos individuais: “limpeza” conceitos, prazos, metodologia, qualidade ii. Integração compulsória entre Município Cartório de Registro de Imóveis Consensuar // capacitar Lei Nacional Declaração de Operações Imobiliárias Municipais (DOIM), POA Norma técnica nacional (ABNT) Regulamentação nacional (mínimo) Diretrizes Nacionais p/CTM vi. Sistema Nacional de Controle de resultados Preocupação com controle dos resultados e viabilizar o monitoramento de ações Indicador Parametros INDICADORES GLOBAIS INDICADORES INTERMEDIÁRIOS Estudios f(receita municipal) f(receita própria) per capita Renúncia de receita por isenções Grau de cobertura do cadastro Nivel e uniformidade das avaliações Nível de eficiência na arrecadação Nível de satisfação Nivel de objeções
Documentos relacionados
Discussão e análise de temas críticos
riqueza e renda, desenvolvimento social, uso e ocupação da terra. De Cesare, 2002.
Leia mais