Revista Fecomércio - Novembro
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Revista Fecomércio - Novembro
Diversificar e descentralizar O DF precisa planejar o seu desenvolvimento e levar consigo toda a sua área de influência. No segundo encontro do Brasília 2015, foi levantada a necessidade de se investir no setor de serviços tecnologicamente mais avançados Entrevista // Pág. 8 ilmar galvão revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 FCO // Pág. 24 teto para o comércio é modificado 1 BRB Progiro 13º Para quem paga salários, todo ano tem 13 meses. No BRB, você parcela o 13º salário dos seus funcionários em até 10 vezes e não entra no aperto. Com juros competitivos e pagamento da 1ª parcela só em 2013, você mantém o seu fluxo de caixa mais organizado. Procure uma agência do BRB e aproveite. 2 WWW.BRB.COM.BR revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Sujeito à análise de crédito. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 3 sumário Luana Lleras Energia elétrica Luiz Amorim paga caro pelo serviço, mas não confia na qualidade 16 Luana Lleras Caso de sucesso Durley da Silva já morou nas ruas e hoje é dono do próprio negócio 20 JADF Já na escola JADF estimula a prática do empreendedorismo em jovens do ensino médio e fundamental 46 Joel Rodrigues Época de compras Preparativos para o Natal. Expectativa é de crescimento de 4,5% nas vendas 54 Joel Rodrigues Brasília 2015 Com o segundo encontro do ciclo de debates, a Fecomércio dá continuidade à discussão sobre as possibilidades econômicas e estruturais da capital da República 30 seções 8ENTREVISTA 12EMPRESÁRIO DO MÊS 19ECONOMIA 20 CASO DE SUCESSO 22GASTRONOMIX 27SEGREDOS DO MARKETING DIGITAL 34ESTILO CERTO 36 DIREITO NO TRABALHO 38GENTE 40SINDICATOS 44VITRINE 50 PESQUISA CONJUNTURAL 58 PESQUISA RELÂMPAGO Mon mon Endereço SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília – 70306-911 (61) 3038.7500 – www.fecomerciodf.com.br – twitter.com/fecomerciodf Presidente Adelmir Araújo Santana Diretoria Miguel Setembrino Emery de Carvalho • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Clayton Faria Machado • Francisco Maia Farias • Antônio Tadeu Peron • Edy Elly Bender Kohnert Seidler • Fábio de Carvalho • Francisco das Chagas Almeida • José Aparecido da Costa Freire • José Carlos Ulhoa Fonseca • José Geraldo Dias Pimentel • Oscar Perné do Carmo • Cecin Sarkis Simão • Hamilton César Junqueira Guimarães • Miguel Soares Neto • Paolo Orlando Piacesi • Roger Benac • Joaquim Pereira dos Santos • Diocesmar Felipe de Farias • Glauco Oliveira Santana • Suely Santos Nakao Diretores Suplentes Aldo Ramalho Picanço • Alexandre Machado Costa • Álvaro Jose da Silveira • Ana Alice de Souza • Antonio Delgado Torres • Bartolomeu Gonçalves Martins • Carlos Hiran Bentes David • Clarice Valente Aragão • Edson de Castro • Elaine Furtado • Francisco Joaquim Loyola • Francisco Valdenir Machado Elias • Jó Rufino Alves • João Ricardo de Faria • José Fagundes Maia • Luiz Alberto Cruz de Moraes • Milton Carlos da Silva • Osório Adriano Neto • Paulo Targino Alves Filho • Sandoval Antonio de Miranda Conselho Fiscal Arnaldo Sóter Braga Cardoso • Arnaldo Rocha Mudim Junior • Raul Carlos da Cunha Neto • Maria Auxiliadora Montandon de Macedo • Henrique Pizzolante Cartaxo Conselho Consultivo Mitri Moufarrege • Antônio José Matias de Sousa • Laudenor de Souza Limeira • Luiz Carlos Garcia • José Djalma Silva Bandeira • Orlando Antônio Vicente Taurisano • Rogério Tokarski cartas Contribua com sugestões, críticas e comentários sobre os assuntos que são abordados na publicação. Envie sua mensagem para Assessoria de Comunicação da Fecomércio-DF – SCS Quadra 6, Ed. Jessé Freire – 5º andar – Brasília – 70306-908 ou para o e-mail [email protected]. (61) 3038.7527 //Conteúdo A Revista Fecomércio sempre nos deixa antenados a respeito de novas mídias, das novas leis e nos informa sobre as tendências e o mercado de trabalho. Parabéns! Ricardo Botelho Diretor Regional do SESC José Roberto Sfair Macedo Músico Diretor Regional do Senac Luiz Otávio da Justa Neves SUPERINTENDENTE DA FECOMércio João Feijão DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos Sindicatos filiados Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sinccab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) Sindicatos associados Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) Coordenador de Comunicação do Sistema Fecomércio-DF Diego Recena Revista Fecomércio Coordenação Editorial - Editora Meiaum Editora-chefe - Anna Halley Editora-executiva - Paula Oliveira Editor Fecomércio - Diego Recena Editora Senac - Ana Paula Gontijo Editor Sesc - Marcus César Alencar Editora de fotografia - Luana Lleras Repórteres - Ana Carolina Freitas, Andrea Ventura, Camila Vidal, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Haland Guilarde, Luciana Corrêa, Mariana Fernandes, Noelle Oliveira e Sílvia Melo Projeto gráfico e diagramação - Gustavo Pinto Capa - Gustavo Pinto Revisora - Bianca Stucky Impressão - Editora Gráfica Ipiranga Tiragem - 60 mil exemplares Contato comercial - Joaquim Barroncas (61) 3328.8046 – [email protected] 6 //Errata Na edição 176 da Revista Fecomércio, de outubro, foi publicado erroneamente na matéria À procura de talentos locais, pág. 47, que o Prêmio Sesc de Música Tom Jobim seria local. Na verdade, a premiação é nacional. editorial Independência financeira, já! S ob o ponto de vista econômico, Brasília está tão perto do céu como do inferno. A capital do País tem a renda per capita mais alta de todas as unidades da Federação, tem estabilidade econômica e, por estar no centro do Brasil, tem conexões físicas facilitadas com todo o território nacional. Ao mesmo tempo, é a dona do maior índice de desigualdade social, tem grande taxa de desemprego, participação quase insignificante da indústria e da agricultura no cálculo do PIB local e alta dependência de recursos públicos (tanto da atividade econômica que proporciona quanto do salário dos servidores). O bônus é a alta renda da população. O ônus é a demanda elevada por serviços públicos. Parece contraditório, mas por ter contraste econômico grande entre a população do Plano Piloto, das outras regiões administrativas que compõem o DF e dos mais de 20 municípios de Minas Gerais e de Goiás que formam a área de influência da capital, o DF recebe, naturalmente, a população de fora à procura de atendimento em saúde, em educação e, claro, de emprego. Precisamos ser mais independentes dos recursos públicos. A revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 luta é pelo aumento da arrecadação fiscal própria por meio do estímulo à atividade privada. Isso se refletirá na oferta de emprego e de renda. Ao mesmo tempo, é necessária uma política de descentralização desse poder econômico para que o desenvolvimento se espalhe para as regiões próximas e dependentes de Brasília. A solução está no campo das ideias há anos. A discussão sobre o tema não é novidade, mas é preciso que sociedade, empresários e governos se sentem, planejem e executem ações para que o desenvolvimento do interior do País se concretize para todos. E não só para uma minoria. O fato de a área metropolitana de Brasília (que ainda não existe legalmente) envolver municípios de outras unidades da Federação torna a gestão mais complexa do que em outras regiões. Os governos locais precisam estar em sintonia para promover ações conjuntas que visem ao desenvolvimento. Esperamos entender o contexto local por meio das discussões promovidas no ciclo de debates Brasília 2015. Vamos estudar a fundo os nossos problemas, ouvir os empresários e especialistas para, assim, propor soluções viáveis para o nosso desenvolvimento. Paulo Negreiros Adelmir Santana Presidente do Sistema Fecomércio-DF • Federação • Instituto Fecomércio • Sesc • Senac 7 //entrevista Alternativa ao Judiciário //Por Noelle Oliveira Desde março, a Corte de Justiça Arbitral de Brasília promove a resolução em até seis meses de conflitos contratuais que passariam anos nos tribunais. A utilização da prática é comum em países desenvolvidos. Por aqui, a credibilidade da corte é corroborada sob a presidência do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Ilmar Nascimento Galvão. O jurista baiano, conhecido pela defesa da arbitragem, foi decisivo para garantir a Lei 9.307, de 1996, que rege o assunto no Brasil. “O árbitro é juiz de fato e de direito e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou homologação pelo Poder Judiciário”, reitera Galvão. É uma justiça privada, rápida e oficial. 8 revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Fotos: Luana Lleras Ilmar Nascimento Galvão Ministro aposentado do STF revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 9 Como o senhor avalia o papel da justiça arbitral no Brasil? Trata-se de uma opção cada vez mais necessária, na medida em que o Poder Judiciário brasileiro não comporta mais a quantidade de processos apresentados. O País se desenvolveu muito, cresceu, e o Judiciário tem as mesmas dimensões de 1990. Trabalha-se com essa estrutura há mais de 20 anos, não houve um passo para desenvolvê-la. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), quando instalado, tinha 33 ministros e julgou, no primeiro ano, cerca de 7 mil recursos. Eu fui membro do tribunal nessa época. Hoje, a mesma quantidade é chamada a julgar quase 500 mil processos por ano, o que mostra a impossibilidade de as coisas continuarem como estão. Para tentar resolver o problema da sobrecarga, vão surgindo métodos a fim de agilizar os julgamentos, mas muitos deles resultam em detrimento do ideal de justiça. Não adianta ficar fazendo críticas, mas o certo é que os tribunais não podem, pelos dados objetivos, corresponder ao que se espera. É um problema de todos os tribunais superiores? Sim. No STF, por exemplo, é a mesma coisa. O STJ foi criado para resolver o problema do STF. O Supremo passou a competência de resolver as questões da lei federal para o STJ e ficou com o encargo principal de uniformizar a interpretação da Constituição. Mas o País se desenvolveu, há conscientização bem maior do povo em relação aos seus direitos. Depois da Constituição de 1988 houve um acréscimo imenso de pleitos perante o Poder Judiciário, de modo que ele está quase inviabilizado. Muitas soluções vêm sendo aplicadas para ver se esse problema é diminuído. É o 10 Aqueles que realmente precisam recorrer ao Poder Judiciário vão sofrer com uma espera, uma angústia de anos a fio. Há mandados de segurança no STF esperando decisão há dez anos caso da súmula vinculante no STF e dos julgamentos repetitivos no STJ – em que uma decisão pode servir para resolver aquele problema pelo País inteiro. Todos os tribunais são obrigados a cumprir essas decisões. Apesar de estarem produzindo efeito, essas medidas não constituem solução para o principal problema do Poder Judiciário: a morosidade. Quem pode buscar a justiça arbitral? Quem precisa de uma solução, tanto pessoas físicas como jurídicas, e não pode esperar dez ou 15 anos para isso. Aqueles que realmente precisam recorrer ao Poder Judiciário vão sofrer com uma espera, uma angústia por anos a fio. Há mandados de segurança no STF esperando decisão há dez anos. Eu saí do STF já tem esse tempo, e agora é que um ou outro processo em que fui relator está sendo julgado. Outro dia, o STF julgou um caso de 50 anos. Existe outro, relativo a uma desapropria- ção do Galeão [aeroporto], no Rio de Janeiro, que foi Getúlio Vargas que decretou em 1937. Grande parte da população brasileira não tinha nascido ainda, eu estava com 4 anos de idade, e nada foi decidido. Essa situação vai afastando as pessoas do Judiciário. Como funciona a lei de arbitragem brasileira? O julgamento arbitral sempre existiu no Brasil. Mas, pelo fato de o Poder Judiciário vir atendendo normalmente às demandas da população, não era requisitado. Ninguém procurava. Existia, ainda, outro inconveniente. É que uma decisão da corte arbitral podia ser impugnada por recurso perante os tribunais. Então, a corte arbitral decidia e a parte que perdia recorria ao tribunal e acabava caindo no mesmo pleito. Até que, em 1996, a legislação reformou as cortes arbitrais no Brasil. Entre outras coisas, foram extintos os recursos. Ninguém é obrigado a recorrer às cortes arbitrais, a não ser que em contrato firmado entre as partes se estabeleça que quaisquer dúvidas serão solucionadas por uma corte desse tipo. Fora isso, as cortes atuam quando as partes resolvem submeter um problema, em torno de contrato ou fato, à corte. A decisão é soberana? É. Só a execução que é feita pelo Poder Judiciário. A corte arbitral não pode fazer apreensão de bens, isso cabe ao Judiciário. Mas tudo o que ela decide está decidido e se acabou, sem recursos. A menos que, posteriormente, haja nulidade. Hoje, a alternativa é muito adotada pelas grandes empresas internacionais. Existe uma corte arbitral em Paris, na França, que resolve os problemas das grandes empresas do mundo inteiro. Isso acontece justamente revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 porque os maiores contratos são os que mais exigem presteza no julgamento da decisão. Pela lei, a corte arbitral é obrigada a resolver a questão em no máximo seis meses. Foi isso que levou o legislador a tornar as cortes soberanas. Hoje são muitas. Em Brasília, existem pelo menos cinco. O público principal são grandes empresas, com grandes causas. Discute-se no Congresso Nacional a revisão da lei. Há muitos pontos a ser atualizados ou modificados? Não vejo como alterar a lei. Para autorizar execução por parte das cortes, por exemplo, acho inviável. Não é um órgão público que tenha poder para fazer restrições aos direitos das pessoas. Da mesma forma, as cortes não têm competência para julgar questões criminais, já que estas restringem a liberdade. Esse poder não pode ser dado a ninguém, a não ser a quem tenha autoridade investida pelo próprio Estado. As atuações das cortes na Justiça Eleitoral também estão afastadas. A atuação restringe-se mais ao campo do Direito Civil. Hoje, até mesmo na Justiça Trabalhista pode ser usada a corte arbitral. Basta que, entre patrão e empregado, fique resolvido que qualquer dúvida contratual será sanada por uma corte. Nos EUA, o Estado se submete muitas vezes à justiça arbitral, faz acordos dessa natureza. No Brasil, não me consta, ainda, que o Estado tenha feito algo do tipo. Só se a lei for mudar para isso. Está aí um ponto que pode ser alterado: permitir que União, estados e municípios se submetam – querendo – à corte arbitral. Hoje, a lei não fala nada. Os profissionais do ramo de direito se opõem às cortes arbitrais? Não tem por que um advogado se opor. Ele pode atuar também na corte. Pode levar o caso dele até ela. Pode advogar. Não sinto resistência por parte da categoria. Em um julgamento desses, de grande valor, mesmo na corte, é necessário que haja um advogado para cada parte. Muitos advogados reclamam, sim, de não poderem recorrer das sentenças. Isso irrita quem perde. Já para quem ganha é uma maravilha. A justiça arbitral já cumpre a finalidade para a qual foi criada? Acho que ainda não. Em São Paulo, são 42 mil processos por ano em câmeras arbitrais. Lá é o centro econômico do Brasil. A Corte Arbitral de Brasília foi criada há dois anos. Implementada há seis meses, julgou algumas dezenas de processos. Decisões do dia a dia, como uma ação de despejo, seriam muito mais rápidas na justiça arbitral. Mas ainda não há essa cultura. Porém, acredito que vá evoluir. É preciso publicidade. Além disso, se o Poder Judiciário não puder resolver o problema de sobrecarga, a consciência do povo vai aos poucos se inclinando para essa alternativa. A Justiça é muito cara para o Estado. É caríssimo montar a estrutura de um tribunal com 20 membros, 800 funcionários, imóveis e sede. Não é brincadeira. Além disso, se eu quiser ir ao Poder Judiciário eu vou ao local. Agora, se eu for a uma corte arbitral, posso ir até o Japão. Não há competência territorial. As empresas nacionais desconhecem isso. E as estrangeiras, infelizmente, ainda não acreditam na justiça arbitral do Brasil. Se eu for a uma corte arbitral, posso ir até o Japão. Não há competência territorial. As empresas nacionais desconhecem isso revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 11 //empresário do mês Mania de crescimento //Por Haland Guilarde Ele sabe vender, mas acredita que, para ter sucesso nos negócios, o empreendedor também deve ser bom comprador H á quase cinco anos, o mineiro de Belo Horizonte Edson de Castro inaugurou a Mania de Kilo, loja especializada em roupas para crianças e adolescentes até 16 anos. Ex-sócio e idealizador da rede Lojão do Bebê, o empresário avalia que esse é, atualmente, um dos melhores ramos para investimento no comércio. “Criança precisa de muita roupa por causa do crescimento rápido, por isso não tem como dar errado”, afirma Castro. Só no Distrito Federal, a marca tem 39 permissionários. São 149 lojas espalhadas por diversas unidades da Federação, como Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Maranhão. Com produtos populares de 350 marcas de grande potencial no mercado, tornou-se uma importante Joel Rodrigues No peso Edson de Castro apostou no público infantil e hoje tem 149 lojas pelo País 12 revendedora multimarcas. Castro é fornecedor de outros comerciantes e feirantes, além dos mais de 2 mil sacoleiros que atuam no DF. “Somos um outlet de roupas infantis, por isso os preços acessíveis. Trabalhamos com saldos de mercadorias, pontas de estoque, além das trocas de coleções nas indústrias”, explica o empresário. Edson enfatiza que seus clientes são fiéis por vários motivos, o principal deles é não ter de viajar para adquirir produtos de boa qualidade e com preço acessível. O empresário alerta para a necessidade de o comprador ter que estar regularizado para fazer compras na loja dele. “É importante salientar que existem várias formas de se tornar um empreendedor formalizado sem grandes dificuldades, e para começar um negócio, temos diversos planos de empréstimo bancário, além do apoio do Sebrae.” //O zelo com os clientes Desde 2008, a Mania de Kilo conquistou grande quantidade de parcerias. Uma dessas foi feita com a empresária do ramo Bernardeth Martins. Ela explica que a empresa atacadista é sua única fornecedora e hoje tem um laço de amizade com Castro. “Comecei em 2008 junto com ele e, desde 2011, estou com a segunda loja”, conta. “Trabalhar com ele é muito bom, é um empresário que faz questão de atender seus clientes pessoalmente e mostrar a qualidade e preços dos produtos.” Viviane Oliveira Rabelo, que também mantem parceria com a marca de Castro, reafirma a vantagem de manter contato comercial com Castro. “A ideia dele tem grande aceitação do público, comecei em 2009, tenho duas lojas e a tendência é só ampliar”, garante a empresária. Para Castro, o segredo de fazer a loja vender é saber comprar. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 13 aniversário Fotos: Joel Rodrigues Muita história para contar //Por Daniel Alcântara Os 42 anos da Federação do Comércio e a atuação do presidente Adelmir Santana foram celebrados em sessão na Câmara Legislativa E m quatro décadas de trabalho, a Fecomércio-DF batalhou pelo aperfeiçoamento do Código de Defesa do Consumidor, pela redução da carga tributária e pela desburocratização do Brasil. Por meio do Sesc, do Senac e do Instituto Fecomércio, todos administrados pela Federação, são oferecidos ao público serviços em saúde, educação profissional, cultura, esporte e lazer. Além disso, são oferecidas assessoria e consultoria especializadas para o empresário. Esses são apenas alguns exemplos. Por essa história de luta e suor, empreendedorismo e inovação, em 31 de outubro, a Câmara Legislativa realizou sessão solene para 14 comemorar a data de fundação da entidade. A iniciativa foi da deputada distrital Eliana Pedrosa (PSD), ex-diretora da entidade. O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, agradeceu a iniciativa e lembrou a importância do fundador da instituição, o poeta e jornalista Newton Rossi, que presidiu a entidade por 24 anos, de 1970 a 1994. O empresário, liderando um grupo de pioneiros, fundou, em 4 de outubro de 1970, a Fecomércio-DF. “Homens sonhadores que acreditavam na força da união”, exaltou o presidente, durante a cerimônia comemorativa. A Fecomércio representa todas as categorias econômicas dos setores de comércio de bens e de revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 serviços e turismo. São 24 sindicatos filiados e dois associados, o que engloba 95 mil empresas cadastradas. A homenagem na Câmara Legislativa foi justificada pela participação da instituição na criação e na implementação de todos os órgãos ligados aos interesses do empresariado, como o Conselho de Desenvolvimento Econômico, a Secretaria de Trabalho e a Junta Comercial. Sem se esquecer do interesse dos pequenos e microempresários da cidade. “Toda instituição, para ser grande, tem que ter um grande líder. A Fecomércio, sob a gestão de Adelmir Santana, cresceu em serviços e em número de sindicatos, deixando um grande legado para Brasília”, reconheceu Eliana Pedrosa. O deputado distrital Washington Mesquita (PSD) também aproveitou a solenidade para parabenizar o trabalho de Adelmir Santana no comando da Fecomércio. “Ele sempre estimulou a criatividade de nossos empreendedores. Quando o comércio cresce, a cidade cresce”, disse. No início, a Fecomércio representava apenas cinco sindicatos patronais, entre lojistas, vendedores de produtos farmacêuticos, revendedores de automóveis, varejistas de carnes e corretores de imóveis. Brasília era uma cidade em construção, mas já tinha a vocação para os setores de comércio e de serviços, além de contar com forte presença da administração pública. A Fecomércio não se limita a representar as categorias econômicas, ela tem algumas vertentes importantes, fruto de pensamento de outros empresários. Braços que são formados pelo Sesc, pelo Senac, além do lado executivo, constituído pelo Instituto Fecomércio. “O Senac, por exemplo, está presente no DF com aproximadamente 1.050 servidores, com a meta de formar mais revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 de 20 mil alunos apenas em 2012”, disse Adelmir Santana, que também destacou a importância do Sesc na vida cultural dos brasilienses. “O Sesc mantém unidades em quase todas as regiões administrativas, levando cultura e ensino para os quatro cantos de Brasília.” Em seu discurso, Adelmir Santana também falou da importância do trabalho do Instituto Fecomércio com os estagiários, que entram no mercado de trabalho por intermédio dos programas da instituição. “Nós somos a base da integração entre o jovem e a empresa”, ressaltou. São mais de 1,4 mil estagiários atuando graças à interface que o IF faz com as empresas. Para finalizar a homenagem aos 42 anos da instituição, Eliane Pedrosa reiterou a força e a tradição da Fecomérico à frente dos grandes temas ligados ao empreendedorismo e comércio de todo o Distrito Federal. Estiveram presentes na solenidade os representantes da Federação das Indústrias do Distrito Federal, da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Distrito Federal, da Associação Comercial do DF, do Conselho de Contabilidade e o ex-governador do DF e ex-assessor da Fecomércio-DF José Ornellas. Também participaram os deputados distritais Agaciel Maia (PTC), Benedito Domingos (PP) e Wasny de Roure (PT). //Newton Rossi, o idealizador O mineiro Newton Egydio Rossi foi o primeiro presidente da Fecomércio-DF. Formou-se em jornalismo em Belo Horizonte (MG), trabalhou em jornais, revistas e emissoras de rádio como locutor e redator. O também empresário exerceu variados cargos, tanto na área pública quanto na área privada. Faleceu em 26 de agosto de 2007, em Brasília. //Sessão solene Parlamentares e empresários prestigiaram o evento A homenagem à Fecomércio-DF ocorreu em 31 de outubro Deputado Washington Mesquita (PSD) Deputada Eliana Pedrosa (PSD) 15 infraestrutura Fotos: Luana Lleras “Todo aumento, infelizmente, tem que ser passado ao consumidor” Luiz Amorim T-Bone Sem luz, sem lucro //Por Camila Vidal Falhas no fornecimento de energia e reajustes de tarifas impedem formação de estoque, ações promocionais e trazem riscos para os equipamentos A promessa de redução dos custos com energia elétrica para o próximo ano, anunciada pela presidente Dilma Rousseff e oficializada por meio de medida provisória, trouxe expectativa de custos mais baixos também para o comércio de bens e de serviços. O 16 abatimento para o setor deve ser de 19,4% a partir de fevereiro. Na espera de contas mais baratas, empresários que dependem mais diretamente do insumo lidam com instabilidade no fornecimento e sentem no bolso a ampliação da tarifa no Distrito Federal, de 0,74%, autorizado pela revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e em vigor desde agosto. O aumento sentido pelo comércio e pela indústria advém de revisão tarifária, realizada a cada cinco anos. A Companhia Energética de Brasília (CEB), concessionária responsável pelo abastecimento em todo o DF, também é autorizada a reajustar anualmente a tarifa de energia, com a contrapartida de alcançar, e manter, a qualidade no fornecimento. Na avaliação do superintendente para Assuntos Regulatórios da CEB, Reinaldo de Lima Rosa, o principal desafio é manter e melhorar a eficiência na distribuição. Nos últimos quatro anos, o consumo de energia cresceu em média 6,3% ao ano. “Se a taxa de crescimento for mantida, em 12 anos teremos que estar preparados para suprir o dobro do atendimento feito hoje”, avalia. “Os comerciantes sentem mais o reajuste por consumirem mais e, com mais consumo, o nível de tensão de energia é consequentemente maior do que em áreas residenciais”, explica Rosa. Ao gastar mais com tarifas obrigatórias, o empresário repassa, naturalmente, os gastos para o consumidor e, assim, tentar garantir capital de giro. Situação que, na opinião do economista Felipe Ohana, acaba propiciando um cenário de inflação. “O quanto pode inflacionar depende do grau de concorrência existente no setor”, explica. “Com um mercado apertado, a margem de juros dos empresários reduz muito a produtividade, além de diminuir o lucro”, completa. Aumentar o preço para manter a produtividade tem sido a saída encontrada pelo dono do açougue T-Bone, Luiz Amorim. O poder de armazenamento de carnes e de derivados vendidos, estimados em 1 tonelada mensal, também foi reduzido para tentar diminuir a conta de luz. “Todo aumento, infelizmente, tem que ser passado ao consumidor. Além disso, preciso comprar menos mercadoria para ter menos produtos revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 para refrigerar e, assim, diminuir o consumo”, pondera Amorim. Mas isso o impede de ter produto em grande quantidade para fazer promoções e baratear os preços. Mensalmente, o comerciante paga mais de R$ 800 para manter ligadas as máquinas. //Maquinário A mesma medida quase foi tomada pelo empresário Murilo Silva, proprietário da sorveteria Palato, com dois pontos na Asa Norte e 25 anos de funcionamento. Nos últimos dois anos, ele viu a conta de luz praticamente dobrar de valor. Segundo Silva, de 2011 para cá, em uma das filiais da marca, na 309 Norte, a conta passou de R$ 450 para mais de R$ 700 mensais. A solução encontrada para não alterar o preço do sorvete foi a compra de maquinários mais econômicos e modernos. “No começo, tive economia de cerca de 50%, mas depois, com o reajuste, a diferença foi reduzida a quase a zero”, afirma. Além dos 12 freezers em atividade 24 horas por dia, o consumo de energia é turbinado pelo uso constante de ventiladores, para manter a climatização das lojas e de máquinas pasteurizadoras, indispensáveis na produção do sorvete. “São equipamentos impossíveis de ser desligados, então o jeito é manter o uso e driblar os gastos para não aumentar o valor do produto e afastar a clientela”, considera o dono da Palato. A instabilidade no fornecimento é outro percalço apontado por comerciantes. A falta de energia impede, ou reduz drasticamente, o trabalho de açougues, salões de beleza, lan houses, lavanderias, gráficas e sorveterias. Em muitos casos, a saída para evitar o prejuízo e a perda de produtos perecíveis é o investimento em geradores, caros e com capacidade limitada de fornecimento. “Até agora, não tive prejuízo com as quedas de energia por causa da eficiência dos freezers, mas já tive até que deslocar dezenas de potes de sorvetes para a minha casa para não ver tudo se estragar”, diz Murilo Silva. O prejuízo tem sido ainda maior para Roberto Coutinho Amaral Júnior, dono da Pix Comunicação Visual, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). A empresa funciona 24 horas por dia e gasta cerca de R$ 4 mil de energia. Um fim de semana sem luz pode representar prejuízo de até R$ 40 mil para a empresa, considerada de pequeno porte. Isso sem levar em conta o número de trabalhos que deixa de fazer e o potencial de clientes que fica reduzido com as máquinas paradas. “Em uma gráfica de médio e grande porte, a perda pode ser de até R$ 200 mil em um único //Economia anunciada Medida provisória assinada em setembro pela presidente Dilma Rousseff estabelece a possibilidade de renovação de concessões no setor de energia e reduz 11 encargos que incidem sobre a conta de luz. A intenção é baratear o custo da energia elétrica no País. Para o setor de comércio de bens e de serviços, a expectativa é de redução de 19,4% e, para a indústria, de até 28%. O estudo técnico será feito pela Aneel e deve ser anunciado, segundo adiantado por André Pepitone, em fevereiro de 2013. Na avaliação do diretor, o prognóstico é muito favorável para o pequeno e o médio empresário. “A medida garante abatimentos reais nas tarifas, com o fim da amortização e a renovação de concessões, que darão possibilidade de fomento no comércio do DF, especialmente ao pequeno empreendedor, que verá o caixa da empresa ser menos onerado com taxas obrigatórias”, avalia Pepitone. 17 dia”, calcula Júnior. O empresário já entrou na Justiça contra a CEB, que, em alguns casos, foi obrigada a pagar o prejuízo com as máquinas queimadas. “Já tive até que deslocar dezenas de potes de sorvetes para a minha casa para não ver tudo se estragar” //Instabilidade De acordo com o Setor de Engenharia da CEB, foram registradas, nos últimos 12 meses, duas horas de interrupção de energia somente no SIG. A região, no entanto, trabalha com o limite regulatório anual de cinco horas de queda de energia. Conforme explicado pelo engenheiro Carlos Eduardo Mota, o desempenho no fornecimento segue dois indicadores: de frequência de interrupções e de duração de interrupção. Em todo o DF, a região mais instável apontada pela companhia é Ceilândia Sul, com mais de 20 horas registradas, ultrapassando o limite de 12 horas de interrupção e de ocorrências, nos meses acumulados. “É uma região com muitas invasões de área pública, em que são feitas gambiarras e ins- talações com baixos padrões técnicos”, argumenta Mota. Os dados não levam em consideração o apagão que deixou cerca de 70% da população do DF sem energia, em outubro. A situação de instabilidade energética do Distrito Federal tem preocupado a equipe de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica. Nos últimos seis anos, a agência aplicou 20 infrações à CEB, que resultaram em multas estimadas em R$ 50 milhões. “As principais falhas constatadas foram a interrupção de energia por causa de falha de manutenção, de equipamentos, de transgressão no nível de tensão acima de 200 volts e da demora no atendimento de demandas dos consumidores”, pontua o diretor da Aneel André Pepitone, responsável pelo estudo que viabilizou a última revisão tarifária adotada pela CEB. “O comércio é diretamente atingido também no atraso de novas ligações de ponto de energia”, salienta Pepitone. Murilo Silva Palato 18 revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 //economia Emprego resiste à crise externa E m 2010, o mundo havia crescido 5,1%, taxa essa que caiu para 3,8% no ano passado. O FMI acaba de projetar que neste ano o mundo crescerá menos do que se imaginava havia alguns meses. Projeta-se agora a taxa de 3,3%, sendo 1,3% nos países ricos e 5,3% nos emergentes. Ou seja, o mundo continua preso no atoleiro, e o crescimento do PIB mundial continua caindo. Para se caracterizar como um ano global de recessão, o PIB do mundo precisaria crescer abaixo de 2%. O medo é que, na sequência, estejamos caminhando para algo perto disso. No Brasil, a economia está apontando para 1,5% em 2012, após ter crescido pouco para os nossos padrões em 2011: 2,7%. Em parte, isso se deve ao fato de a China, que é hoje o principal comprador de nossas exportações, ter tido seu gigantesco crescimento econômico fortemente reduzido, mesmo estando atualmente ao redor de 7,5% a.a. Jogando o foco para os componentes da demanda agregada, o item cuja evolução tem decepcionado nos últimos trimestres é o investimento. Em parte, isso pode se dever a uma nova postura governamental pouco amistosa em relação às condições de investimento em determinados setores. No front macroeconômico de curto prazo, com a inflação sob relativo controle e a economia ainda fria, os juros do BC têm caído seguidamente, mas parecem já ter chegado ao menor nível imaginável, e aí tenderão a ficar até o fim de 2013. Enquanto isso, o modelo de revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 O mundo pode continuar andando de lado, nosso PIB continuar a patinar, mas os indicadores de emprego continuam mostrando inédito nível de utilização de mão de obra expansão do consumo parece ter ganhado nova força, depois da freada em resposta a vários meses de crescimento excessivo do crédito. Para o ano que vem, as apostas se dividem entre o País crescer algo próximo de 4% a.a. e os que imaginam taxas ao redor de 3% a.a., dependendo de os juros terem de voltar a subir em face de pressões inflacionárias inaceitáveis. A diferença entre as duas visões está no grau de pessimismo em relação à evolução da economia mundial. Se o mundo se recuperar bem, é possível que a nossa tenha de pisar no freio. Enquanto isso, o desempenho do emprego leva à interpretação de que o Brasil vive uma situação no mínimo curiosa. O mundo pode continuar andando de lado, nosso PIB continuar a patinar, mas os indicadores de emprego continuam mostrando inédito nível de utilização de mão de obra. Isso sinaliza evolução firme da massa salarial e mais compras. Enquanto essa situação persistir, menos mal, portanto. Joel Rodrigues Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília 19 caso de sucesso Ele conseguiu //Por Sílvia Melo De morador de rua a empresário bem-sucedido: essa foi a trajetória do ex-aluno do Senac-DF que hoje é exemplo de força de vontade F ilho de agricultores do interior de Goiás, Durley Soares da Silva começou a trabalhar aos 7 anos para sustentar a família. Foi vendedor, engraxate, vigia de carros e morou nas ruas do DF por sete meses. Não frequentou escola quando criança. Aprendeu a ler e a escrever sozinho. Hoje, aos 32 anos, é dono da Tapiocaria Raízes do Sertão (309 Norte), empreendimento que virou franquia e que, em breve, abrirá 18 lojas no País. A história de superação desse jovem passou pelo Senac-DF, quando ele decidiu se especializar na função de garçom. A partir daí, vieram mais três cursos que o ajudaram a abrir e a manter seu próprio negócio. A trajetória profissional de Silva começou na cidade em que nasceu, Iaciara, quando, a partir dos 7 anos, começou a carregar nas costas a responsabilidade de sustentar os pais e os 11 irmãos. O pai era lavrador, sofreu um acidente e ficou impossibilitado de trabalhar. “Minha mãe cuidava dele e dos meus irmãos e ainda fazia pães e cocadas para que eu pudesse vender”, conta. Em 1991 a família mudou-se para Brasília em busca de oportunidades. Silva e a família moraram por seis meses em um albergue em Taguatinga e depois foram para o Vale do Amanhecer. Como o pai não dava muita importância para os estudos, ele não frequentou a escola quando criança. Além de continuar a vender nas ruas os produtos que a mãe fazia, passou a trabalhar como engraxate. Com o dinheiro que recebia, conseguiu construir uma casa de quatro quartos em Planaltina, em um terreno que o pai ganhou em um programa para pessoas de baixa renda. “Apesar de todo o esforço em agradar a minha família e dar o melhor para todos, meu pai me maltratava, era violento, não reconhecia isso.” Ele se sentia muito desvalorizado e humilhado. Foi aí que resolveu fugir de casa. Sem ter para onde ir, o jovem, então com 17 anos, passou a morar nas ruas do Plano Piloto. Para se alimentar, lavava e vigiava carros. No período em que permaneceu nas ruas da capital, Silva aproveitou também para ler. Lia tudo o que encontrava: livros, revistas, jornais. “Foi assim que aprendi muitas coisas”, afirma. Por meio de um supletivo, ele completou o ensino fundamental e o médio. 20 //Incentivo Silva conta que sua relação com o Senac-DF se iniciou quando conquistou seu primeiro emprego com carteira assinada, em uma loja em um shopping da cidade. Por meio de contrato temporário, trabalhou durante um mês como office boy. O contato com as lojas despertou ainda mais o interesse pela área do comércio. Em 1999, após sair do emprego, resolveu se especializar na profissão que exercia desde criança e procurou a unidade da 903 Sul. Conseguiu uma bolsa de estudo e fez o curso Técnicas de Vendas. “Na época era uma área em expansão e eu resolvi investir”, lembra. De 1999 a 2008, Silva trabalhou em várias empresas como vendedor e começou a atuar como garçom. Trabalhou nessa área por oito anos até procurar novamente o Senac para se especializar. “Quando recebi da minha esposa a notícia de que seria pai, decidi me profissionalizar para conseguir um bom emprego e dar melhores condições de vida para a minha filha que estava para chegar.” Por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG) recebeu uma bolsa de estudo para o curso Garçom Básico, “Só você tem o poder de realizar seus sonhos. Para isso, é importante que tenha um projeto e estabeleça parâmetros dentro daquilo que se propõe a fazer” Durley Soares da Silva Raízes do Sertão revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Luana Lleras na antiga unidade da 915 Norte, hoje Senac Gastronomia. Foi um dos destaques na turma e conseguiu emprego quando ainda estava na metade do curso. “Recebi o convite da pizzaria em que fazia estágio para ser auxiliar de garçom. Fui contratado e dois dias depois me tornei gerente”, orgulha-se. Com espírito empreendedor, Silva conseguiu melhorar o movimento da casa e ficou por dois anos no cargo de gerente. Saiu para abrir o próprio negócio. O jovem empresário faz questão de ressaltar que parte de seu sucesso profissional se deve ao que aprendeu no Senac-DF. Segundo ele, os instrutores são bem preparados e ensinam muito mais do que ser um bom profissional. “Sabem motivar o aluno para enfrentar o mercado de trabalho”, destaca, lembrando que o instrutor Sidnei Fonseca foi o que mais marcou. “Ele foi um excelente instrutor, me deu muito apoio e me fez recuperar a autoconfiança. Isso foi fundamental para que eu conquistasse aquele emprego na época e me incentivou ter meu próprio negócio”, afirma. Para abrir seu empreendimento, Silva procurou novamente o Senac-DF e fez mais dois cursos em 2010: Cozinheiro e Etiqueta Social. Ele decidiu entrar para o ramo da alimentação porque acredita que nessa área pode ajudar muitas pessoas. Mas, para isso, teve que se profissionalizar. “Se você quer trabalhar com alimentação, tem que saber tudo sobre cozinha”, ensina. Silva diz que na tapiocaria faz um pouco de tudo. “Sou chef de cozinha, gerente, especialista em recursos humanos, garçom, caixa.” Ele também já deu consultoria para pequenas empresas e ministra palestras contando sua trajetória. Das profissões que teve, afirma com orgulho que o qual mais gosta de fazer é ser garçom. “Às vezes me esqueço de que sou empresário. Quando me perguntam qual profissão exerço, digo que sou garçom. Gosto muito de servir as pessoas. Agora não tenho muito tempo, mas sempre que posso faço questão de atender pessoalmente os meus clientes.” O jovem empresário afirma que é a prova de que os sonhos podem se tornar realidade quando você acredita e vai atrás da realização. “Só você tem o poder de realizar seus sonhos. Para isso, é importante que tenha um projeto e estabeleça parâmetros dentro daquilo que se propõe a fazer”, aconselha Silva. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 21 GASTRONOMIX Por Rodrigo Caetano Galeto campeão Estou apaixonado pela Inácia. Fui apresentado por um amigo e não resisti. Declaro meu amor ao restaurante Inácia Poulet Rôti e à cozinha da chef Alexandra Alcoforado. Um achado. Lugar onde se come bem a bons preços. Especializado em aves, o carro-chefe é o galeto com ou sem miúdos, acompanhado por três panelinhas (R$ 39,90). Você escolhe entre purês de batata inglesa, doce ou baroa, farofa de pão com ervas, farofa de Mil Frutas chega a Brasília Eleita 11 vezes como o melhor sorvete da cidade pela Revista Veja Rio, a Mil Frutas desembarca na capital trazendo 70 sabores incríveis na mala. Com 20 anos de mercado, a sorveteria está instalada em um quiosque no ParkShopping. Os sorvetes não levam adição de gordura trans, nem qualquer tipo de corante ou conservante. A marca se destaca pela criação de sabores tradicionais, como goiabada com queijo, e também os sabores sazonais. Neste ano, por exemplo, com a celebração do Rosh Hashaná (ano novo no calendário judaico) em setembro, foi criado o inusitado sorvete de pão de mel. Passe lá. // Mil Frutas Brasília ParkShopping, 1º piso, quiosque 143 22 couscous marroquino, arroz branco ou com castanha e creme de milho. No cardápio, há outras opções como risoto de codorna com aspargos (R$ 36), sanduíches (R$ 14,50), espetinhos (R$ 9,50) e rocambole (R$ 16,90). O Inácia está tão concorrido que, em breve, vai ampliar seu espaço com a loja lateral. // Inácia Poulet Rôti 103 Sul, bloco B, loja 34 (61) 3225.4006 Viagens gastronômicas Berlim é a cidade. Cheia de animação, gente bonita e muitas boas opções para comer. Pan Asia – Perto da famosa galeria Hackesche Höfe, é possível experimentar um pouquinho dos sabores asiáticos a preços interessantes, como o tagliatelli com cubos de atum picante (7,5 euros). Bom para almoçar! //Rosenthaler Strasse, 38 – Mitte www.panasia.de Bocca di Bacco – O local ideal para um jantar a dois. Conhecido por ser um dos restaurantes prediletos de Jodie Foster, George Clooney e Tom Hanks, o Bocca oferece culinária italiana de primeira linha. Impossível não comer o tiramisú da casa (9 euros). // Friedrichstrasse 167-168 – Mitte www.boccadibacco.de revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – www.facebook.com/rodrigo.caetano.1840 Para os fãs de doces Brasília está um doce de cidade. Dois lugares foram inaugurados recentemente e prometem agradar aos “formiguinhas”. Da amizade... oe aC yss Ra A chef pâtissière Alessandra Lazzarini e a chef Larissa Pissara se juntaram numa empreitada para produzir bolos e doces sob encomenda e para pronta entrega. No café-ateliê, 20 mesas são disputadas por quem quer se lambuzar com as delícias que elas preparam, como as minitortas e os bem-casados. O brigadeiro de chocolate belga também faz sucesso (R$ 2,50). O cardápio inclui salgados como quiche Lorraine com saladinha de folhas (R$ 16) ou empadão folhado de camarão (R$ 17), chás, cafés e chocolates quentes. // Lale – 411 Sul, bloco B, loja 16 – (61) 3248.7348 Da vovó... Outro novo local em Brasília é a doceria Abuela Goye, que oferece tortas, chocolates, alfajores, sorvetes, cafés e empanadas com recheios nos sabores carne, frango, bacalhau, queijo, calabresa, berinjela e carne apimentada (R$ 7,50 cada uma). A marca é argentina e chegou ao Brasil há três anos. Destaques para a torta mil-folhas (R$ 13,50) feita com finas camadas de massa folhada, recheadas com o doce de leite da grife, e a de frutas secas ao conhaque, elaborada com massa de biscoito e frutas patagônicas secas (R$ 12). // Abuela Goye – ParkShopping, 2º piso – (61) 3233.4578 Porquinho porreta Ô, Porketa! é uma das novidades de outubro. Apenas um balcão separa a cozinha do público. Não tem garçons. Cada um faz seu pedido. E as opções são sanduíches com tipos diferentes de carne de porco. O pão é caseiro e os sucos feitos da própria fruta. // Ô, Porketa! 201 Sul, bloco A, loja 1 (61) 3323.1547 revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Em pílulas... Tchê, tchê – Quem deseja fazer um programa diferente no feriadão pode participar do roteiro enogastronômico para a Serra Gaúcha. A parte terrestre custa para associados e cônjuges R$ 1.488 por pessoa em apartamento duplo. Outras informações na Associação dos Sommeliers de Brasília: (61) 323.5321 e 3322.7138. 23 financiamento Mais justo para todos //Por Ana Carolina Freitas Teto de 20% do Fundo Constitucional do Centro-Oeste para o comércio não existe mais. Resta agora definir como se dará a distribuição dos recursos entre os setores da economia 24 revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 A pós vitória obtida pelo setor produtivo do Distrito Federal, que se mobilizou contra as antigas regras que regiam o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), e que foram modificadas pela edição da Lei 12.716/2012 , o empenho agora é reivindicar junto ao Conselho Deliberativo do FCO (Condel) para que seja mantida a extinção do teto de 20%, que engessava o desenvolvimento do comércio de bens e de serviços, principalmente no DF. De acordo com a nova norma, cabe aos conselhos de cada fundo versar sobre os limites de repasse. A reunião de regulamentação está prevista para ocorrer em novembro. É unânime entre os representantes do setor e especialistas a posição de que o ideal para o Distrito Federal é o uso livre do Fundo, já que a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF), que engloba Brasília e 22 cidades, tem como vocação comércio, serviços e administração pública, que representa 93 % do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Com o teto, o DF deixava de investir anualmente cerca de R$ 500 milhões em sua economia. Em 2009, dos R$ 585 milhões a que tinha direito, o DF contratou apenas R$ 283 milhões, ou seja, 48,4% do total previsto. Em 2010, dos R$ 930 milhões, executou R$ 370 milhões – o que significa 39,8%. Já em 2011, dos R$ 909 milhões, utilizou somente R$ 407 milhões. Até junho deste ano, foram executados R$ 321 milhões, dos R$ 945 milhões a que o DF tem direito. O Presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, afirma que o êxito na reformulação da legislação é resultado de uma luta que durou anos. Segundo Santana, em Brasília, o teto de 20% era totalmente inviável, levando em conta que era o mesmo percentual aplicado em estados como o Mato Grosso, que tem como ponto forte o setor de agronegócios. “A nossa defesa é para que não haja revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 mais teto estipulado, para que os recursos sejam acessados de forma livre”, diz. “E se houver a real necessidade de haver limites percentuais, que isso seja aplicado apenas nas outras unidades da Federação, com exclusão do DF, pela sua peculiaridade”, completa. Santana acrescenta que os 19% do total dos recursos do Fundo a que o DF tem direito anualmente devem ser utilizados aqui em sua totalidade, o que ainda não aconteceu. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) tomou a frente das negociações em favor da edição da lei depois de receber um grupo de representantes do setor, da Fecomércio–DF e do Sebrae-DF, em 2011, para que a matéria fosse colocada em discussão no Congresso Nacional. Rollemberg preparou, então, um projeto de lei, que após revisão, foi incluído pela presidente Dilma Rousseff no texto da medida provisória. “Agricultura e indústria não têm demanda aqui”, defende. A nova legislação, segundo o senador, representa, na prática, incremento de R$ 500 milhões a mais por ano investidos no Distrito Federal e na Ride-DF, o que amplia as condições de desenvolvimento da região. A ideia agora é pleitear ao Condel a redistribuição dos recursos que não foram utilizados neste ano. “Entreguei uma carta para o ministro Fernando Bezerra reivindicando que as resoluções do colégio reflitam o texto da lei”, afirma. Rollemberg também prevê que dificilmente sobrarão recursos. “Diante da mudança da norma, que se adequou à realidade e aboliu o limite , a tendência é que não haja a ociosidade dos recursos, uma vez que os empresários do setor de comércio de bens e de serviços os demandarão.” //Crédito Na opinião de José Sobrinho Barros, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-DF, o FCO é a melhor carta de crédito disponível R$ 945 milhões do FCO foram destinados ao DF neste ano. Até julho, foi utilizado menos da metade do montante. Sobra para a indústria e falta para o comércio 25 ao setor e a medida do governo é extremamente positiva para o micro e o pequeno empresário, que nunca tiveram tanta oportunidade de crédito. “O FCO é a base de sustentação financeira de grande parte dos pequenos investidores do DF, que não consegue arcar com as altas taxas de juros do mercado e precisa de inovação para manter seus negócios.”, diz Barros. Até para a implementação de softwares simples, como o sistema de emissão de nota fiscal eletrônica, é necessário que haja recursos extras. Para o presidente do Sebrae, o DF registra carência histórica de crédito disponível para os pequenos e microempresários. “O que esperamos com essa medida é que os investimentos sejam alavancados e estimulem o crescimento do setor”, afirma. Newton Ferreira é professor de economia da Universidade de Brasília e compõe o Conselho Federal de Economia. Segundo o especialista, a dificuldade em conseguir recursos do FCO é intensificada pelas restrições ao crédito de bancos privados, que exigem o bom cadastro e garantias que às vezes são inviáveis. “Também ficamos em desvantagem quando o DF pleiteia recursos do BNDES, por concorrer com unidades da Federação maiores.” Ferreira acredita também que é necessário que seja exigida transparência sobre o destido dos recursos do FCO, para que o dinheiro não seja para fins políticos. “Defendo um controle social do Fundo, para que fique mais clara a destinação do que não foi utilizado”, diz. Para ele, as sociedades de classe e a civil devem promover debate com o Congresso Nacional para criar normas de controle e, assim, garantir o acesso democrático ao Fundo. //FDCO A mesma Lei Complementar nº 129/2009, que recriou a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), criou também o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), a exemplo do FDO (Amazônia) e do FDNE (Nordeste). A medida provisória que regulamenta o novo fundo foi enviada em outubro pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional, onde está em fase de tramitação. Segundo Marcelo Dourado, diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste, será mais um fomento ao desenvolvimento da região que complementará a atuação do FCO e que contemplará projetos de desenvolvimento de grande porte, de infraestrutura e de logística. Já está prevista no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2013 (PLOA/2013) a soma de R$ 1,434 bilhão para o novo fundo, dinheiro destinado a financiar projetos de desenvolvimento e a realização de investimentos em infraestrutura, ações e serviços públicos considerados prioritários no Plano Regional de Desenvolvimento do Centro-Oeste. Com o Sabinbiotec, a sua empresa estará preparada para a Copa do Mundo e a Copa das Confederações. Os grandes eventos esportivos se aproximam e a sua empresa precisa estar preparada para recebê-los. No Sabinbiotec analisamos a qualidade de alimentos, da água, do ar e do solo para que as empresas possam oferecer produtos de qualidade comprovada. Se o seu ramo é de alimentos, bebidas, hotelaria, entretenimento, não perca a oportunidade de estar dentro dos padrões internacionais no momento em que o mundo inteiro estará aqui. Central de Atendimento: (061) 3356-0278 www.sabinbiotec.com.br //segredos do marketing digital Lembra-se de nosso artigo do mês passado sobre a tendência móvel, em que falamos da explosão dos acessos à internet por meio do celular e de como chegou a hora de o seu negócio se adaptar? Pois bem, vamos continuar essa conversa, mas, desta vez, abordaremos outro dispositivo... o tablet. Desde 2010, com o lançamento do primeiro iPad, o mundo sofreu uma minirrevolução na forma como as pessoas interagem com a tecnologia e, principalmente, com a internet. O tablet foi um dos fatores que, conforme mencionado no artigo passado, ajudou a derrubar a “barreira invisível” que existia entre as pessoas e o ambiente web. Hoje, dois anos depois do primeiro iPad, os tablets viraram febre mundial. Somente no Brasil, espera-se que 2,6 milhões deles sejam vendidos até o fim de 2012, um aumento de 275% em relação ao ano passado. Alguns dos modelos comercializados por aqui chegam a custar menos de R$ 500, o que os torna atrativos para pessoas de todas as classes sociais. E o que tudo isso tem a ver com os comerciantes do DF? Analisamos dez sites locais e descobrimos alguns pontos interessantes. O primeiro deles é que aproximadamente 10% do tráfego provêm de aparelhos móveis (como os tablets), sendo que, em alguns dos sites, esse número chegou à casa dos 20%. O segundo ponto interessante é que o tráfego móvel para websites cresceu, em média, 344% nos últimos 12 meses. E, por último, um dado curioso: uma das faixas etárias revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 que mais consome esses tablets é a de pessoas com mais de 65 anos! Sabendo de tudo isso, nossa dica do mês é: teste seu site em um tablet e veja como ele se apresenta. Tenha em mente que a forma de navegar está mudando. A maioria dos usuários de tablet acessa a internet na cama, deitado, relaxado. Esse é um momento de tranquilidade, quando a pessoa não quer pensar muito. Busque deixar seu site o mais simples possível, tornando a navegação mais confortável. Reduza formulários de inscrição, caso os tenha. Facilite ao máximo a forma de pagamento, caso você venda artigos on-line. Uma ótima dica é usar ferramentas como o PagSeguro e o PayPal, que evitam que seu visitante tenha que digitar o número de cartão de crédito diretamente no site. Torne a experiência de navegação agradável nesses aparelhos. A interação das pessoas com a internet mudou. Posicione-se logo nessa nova realidade e temos certeza de que seus resultados vão melhorar consideravelmente. Teste seu site em um tablet e veja como ele se apresenta Giovanna Leal Simplifique a navegação Jens Schriver Sócio da ClickLab Maximo Migliari Sócio da ClickLab //Envie perguntas para [email protected] ou @click_lab [email protected] ou facebook.com/agencia.clicklab 94% percentual de usuários de tablets que navegam no quarto Fonte: emarketer.com 11º posição do Brasil no ranking mundial de vendas de tablets em 2012 Fonte: IDC Brasil 27 aconteceu sesc Produção própria e barata gramas ficam por R$ 1,60. Comerciários têm desconto e pagam R$ 1,30. “No primeiro mês de funcionamento, superamos a meta que seria de 80 refeições por dia. Já estamos servindo mais que o dobro disso”, comemora Suyen. O restaurante de Taguatinga Norte oferece o serviço à la carte, em que o cliente opta por um tipo de grelhado e escolhe três guarnições e um molho. O suco é cortesia – um copo de 200 ml. Os preços variam de R$ 6 a R$ 9. A capacidade de produção é de 350 refeições diárias. O restaurante funciona todos os dias, das 11h às 14h. es ar av iT ss Ro Em setembro, o Sesc passou a comandar a produção dos alimentos de seus restaurantes, que antes era terceirizada. “Com isso, a instituição oferecerá cardápio cada vez mais saudável, com alimentos selecionados”, explica a coordenadora de Serviços de Alimentação e Nutrição do Sesc-DF, Suyen Muller. Os restaurantes das unidades de Ceilândia e de Taguatinga Norte foram reinaugurados também em setembro. Os servidores e a clientela do Centro de Atividades Sesc Ceilândia agora têm acesso ao restaurante com capacidade para servir 500 refeições por dia, durante as três horas de funcionamento, das 11h às 14h. A comida é servida a quilo. Cada 100 //Por Mariana Fernandes Taguatinga Norte CNB 12, Área Especial 2/3 (61) 3451.9103 Ceilândia Norte QNN 27, lote B (61) 3379.9500 Sorriso expandido Educar para promover a saúde bucal. Esse é um dos principais objetivos da mostra A Ciência e a Arte do Sorriso, promovida pela Coordenação de Serviços Odontológicos do Sesc-DF. Realizada desde 2009, a exposição ultrapassou os limites geográficos do DF e esteve em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A mostra, que ocorreu de 19 a 21 de setembro, fez parte do 3º Congresso de Odontologia de Mato Grosso do Sul. “Fomos muito bem recebidos. Chamamos a atenção de todo tipo de público, como crianças de tribos indí28 // Por Andrea Ventura genas e idosos de um asilo da cidade”, conta a coordenadora de Serviços de Odontologia do Sesc-DF, Márcia Neves. Cerca de 700 pessoas participaram da mostra, que ocupou 300 metros quadrados e foi dividida em seis núcleos: conhecendo a boca; laboratório de microbiologia da cárie; dentoteca, para brincadeiras com as crianças; feira de alimentos, com a pirâmide alimentar; escovódromo e saúde do idoso. Foi a primeira vez que a exposição saiu da cidade. Sete servidores do Sesc-DF participaram do evento. “É uma mostra multidisciplinar que envolve profissionais das áreas de odontologia, nutrição e Sala de Ciências, biologia, química e física”, ressalta Márcia. Estudantes dos cursos de odontologia das universidades de Mato Grosso do Sul foram treinados pelo Sesc-DF para auxiliar na monitoria da exposição. /sescdistritofederal @sescdf revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 graduação Ainda há tempo //Por Luciana Corrêa Seleções estão agendadas até dezembro. Instituição aderiu ao Fundo de Financiamento Estudantil A Faculdade de Tecnologia Senac-DF abre 480 vagas para o primeiro vestibular de 2013. Serão oito turmas para os cursos tecnológicos nas unidades de Taguatinga (QNG 39) e do Plano Piloto (903 Sul). A instituição oferece quatro opções: Gestão Comercial, Gestão da Tecnologia da Informação, Gestão de Recursos Humanos e Gestão em Marketing. A primeira prova foi no início de novembro, mas os interessados ainda podem concorrer às vagas remanescentes. As inscrições podem ser feitas pelo site (www.sejasuperior.com.br) ou presencialmente, até as 20h um dia antes da avaliação, nas secretarias da faculdade. As novas datas são 24 de novembro e 8 e 15 de dezembro, com fechamento de portões às 9h30, e duração de três horas. A ex-aluna da primeira turma de Gestão de RH Beatriz Vargas Borges, de 31 anos, é um caso de sucesso. Já havia concluído um curso superior de psicologia em outra instituição. Sem vaga no mercado de trabalho, em 2009 começou Gestão de Recursos Humanos na Faculdade Senac e hoje é a responsável pelo RH da Chilli Beans. Para ela, a maior qualidade do curso é a prática. “Mesmo já formada em psicologia, a prática e os projetos interdisciplinares oferecidos na Faculdade Senac fizeram toda a diferença na minha carreira”, elogia. Beatriz pretende fazer uma pós-graduação na instituição. A Faculdade Senac é credenciada revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 no Ministério da Educação. “Oferecemos cursos tecnológicos de nível superior de qualidade, reconhecidos com nota alta na avaliação”, afirma a diretora-geral da Faculdade Senac, Flávia Silveira. A novidade para o próximo ano é que a faculdade aderiu ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O aluno poderá financiar os estudos em até 100%, com juros de 3,4% ao ano. Quem tem renda familiar de até 1,5 salário mínimo não precisará de fiador. Os candidatos devem fazer a inscrição na unidade que pretendem frequentar. A taxa é de R$ 20. A lista de aprovados será publicada no site e nos murais da instituição. Curso //Promoção A Faculdade Senac oferece uma bolsa de estudos de 50% no valor da mensalidade. Para participar do sorteio, o candidato deve acessar a página da instituição no Facebook, se marcar na imagem em destaque e compartilhar com os seus amigos. O sorteio ocorrerá em dezembro. Faculdade Senac-DF (61) 3217.8821 /faculdadesenacdf @facsenacdf Unidade Mensalidade com desconto* Plano Piloto R$ 341,60 (matutino) R$ 375,76 (noturno) Taguatinga R$ 375,76 (noturno) Plano Piloto Taguatinga R$ 388,80 (noturno) Plano Piloto R$ 341,60 (matutino) R$ 388,80 (noturno) Taguatinga R$ 380,16 (noturno) Plano Piloto R$ 341,60 (matutino) R$ 362,95 (noturno) Taguatinga R$ 362,95 (noturno) Gestão Comercial Gestão da TI Gestão de RH Gestão em Marketing *Para pagamento até o dia 10 de cada mês. 29 capa A nova vocação do DF //Por Paula Oliveira No segundo debate do ciclo Brasília 2015 os convidados defenderam a necessidade de a capital da República planejar seu desenvolvimento e da região metropolitana com base em serviços tecnologicamente mais avançados Fotos: Joel Rodrigues José Luiz Pagnussat Roberto Piscitelli N o mapa, o Distrito Federal é uma área isolada e representada por um retângulo bem no meio do País. Na prática, no entanto, exerce influência direta em 22 municípios de Minas Gerais e de Goiás. A dependência vai desde a demanda por serviços públicos, como saúde, educação e segurança, até a criação de empregos. E não adianta lutar contra isso, pois a conurbação é inevitável com o crescimento populacional. O desenvolvimento do DF se reflete em toda a área metropolitana, mas o caminho 30 Adelmir Santana inverso não pode ser desconsiderado. A falta de desenvolvimento nos municípios próximos ao DF também é sentida na capital. Essa foi a base para a segunda etapa do ciclo de debates Brasília 2015, promovido pela FecomércioDF. No encontro, em 30 de outubro, o professor de finanças públicas da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli e o professor da Escola Nacional de Administração Pública José Luiz Pagnussat falaram sobre a necessidade de descentralizar a produção e de diversificar a atividade econômica brasiliense, e os revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 caminhos para isso. “Queremos mostrar as nossas preocupações com o futuro do DF e o modo como enxergamos o planejamento”, disse o presidente da FecomércioDF, Adelmir Santana. Os debates ocorrerão até setembro de 2013 e resultarão em um documento com propostas da Fecomércio-DF para a promoção do desenvolvimento local. Não há uma agenda préestabelecida, cada encontro será pautado pelo anterior. Ficou claro durante a discussão entre os dois estudiosos que o DF precisa enfrentar essa realidade e buscar atividades econômicas alternativas à administração pública para a população carente de ocupação. Segundo Pagnussat, é preciso reconsiderar as vocações locais, visto que os problemas que a capital do País enfrenta hoje são bem diferentes dos que havia há 30 anos. Investir na prestação dos serviços que já são bastante procurados, como saúde e educação, seria um passo importante. “O governo não é o único prestador desse tipo de serviço. O setor privado tem condições de atender a essa demanda e deveria investir nisso”, aconselhou. Mas essa mudança de paradigma deve vir acompanhada de adaptações estruturais no DF. A capacitação dos funcionários é vital para garantir a prestação de serviços. “Nosso sistema educacional está fracassado”, avaliou Piscitelli. Ele concorda que o futuro da economia esteja baseado na prestação de serviços. Mas é preciso que o governo e o empresariado passem a ter postura diferente na preocupação com a qualidade do que revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 é oferecido. O setor terciário do DF produz 93% do das riquezas locais. Desse total, mais da metade é de responsabilidade da máquina pública. Inclusive os empregos estáveis e formais. A cidade foi criada com esse intuito, mas evoluiu. “Precisamos nos adaptar a isso e melhorar o nosso perfil econômico”, disse o professor da UnB. “Tem gente que quer mais indústria, mas o futuro é o setor de serviços”, defendeu Piscitelli. Para ele, essa mudança deve ser tanto dos governos, com estímulos e quebras de obstáculos, quanto do próprio empresariado. “Nos comportamos como meros representantes comerciais e não nos preocupamos com a qualidade do atendimento, da qualificação dos profissionais; ou seja, somos prestadores de serviços, de má qualidade, diga-se de passagem.” Para qualquer ação para abrir o caminho do desenvolvimento em toda área de influência, é essencial o planejamento. Não somente isso, “As iniciativas não podem ficar só no DF, mas também não podem ultrapassar o espaço geoeconômico verdadeiramente necessário” Roberto Piscitelli Debate Os convidados concluíram que é preciso diversificar e expandir o desenvolvimento 31 “Não adianta lutar contra, vamos crescer mesmo sem planejamento” José Luiz Pagnussat 32 mas a fiscalização da execução do que foi idealizado, seja pelos governos, seja pela sociedade civil, seja pela união dos dois. Faltam, segundo Piscitelli, condições físicas e culturais para efetivar a reconfiguração da cidade para que o desenvolvimento chegue a todas as envolvidas. A preocupação deve se dar desde a mobilidade urbana até a flexibilização das jornadas de trabalho. “Será que todo mundo precisa entrar no trabalho às 8 horas e sair às 18 horas? Não se pode definir a jornada de acordo com a real necessidade da função?” Para o professor, é preciso acabar com essa cultura de que somente obras viárias vão resolver os problemas da cidade e começar a se pensar em reorganizar a estrutura econômica local. No diagnóstico dos dois convidados do segundo encontro do Brasília 2015, porém, ainda falta planejamento regional para resolver tantos problemas. “Nada vai acontecer de uma hora para a outra, mas é preciso começar a pensar concretamente”, disse Pagnussat. O DF tem muitas possibilidades, principalmente no turismo, no lazer, segmentos mais promissores economicamente em todo o mundo. O professor da UnB defende a criação de empregos locais, voltados para o consumo interno, e descentralizar os serviços públicos. Para ele, deve haver uma expansão contínua de serviços tecnologicamente mais avançados, especialmente em educação, cultura e lazer, que exigem profissionais bem preparados. Pagnussat concordou: “Precisamos ser um centro fornecedor de serviços que exijam tecnologia”. A força do segmento de prestação de serviços é tendência mundial e setores ligados ao lazer estão em destaque. “Não me conformo com essa dificuldade de atrair turistas para a capital do País, nossos monumentos estão abandonados”, lamentou-se Piscitelli. //Descentralizar A taxa de desemprego no DF é de 12,7%, segundo pesquisa divulgada em agosto pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Ela evoluiu em relação ao mês anterior, porém está estável e acima da média nacional, em torno de 10%. O resultado positivo foi puxado pelo setor de serviços, que teve aumento de 1,9% em um mês. Segundo a mesma pesquisa, apenas duas regiões administrativas empregam a maior parte da sua população: Brasília (93,6%) e SIA (62,4%). Nas demais, o percentual é mais elevado naquelas com estrutura produtiva mais desenvolvida e diversificada: Sobradinho (47,2%), Taguatinga (44,7%) e Gama (43,7%). Os índices mais baixos são vistos nas regiões com alto percentual de servidores públicos e com atividade econômica baixa: Lago Norte (7,4%); Sudoeste/Octogonal (7,7%); Jardim Botânico (10,8%); Park Way (15,2%); Lago Sul (17,5%) e Cruzeiro (18%). Nas regiões de renda mais baixa, o comum é de que os moradores se desloquem até o Plano Piloto para trabalhar. Ou seja, Brasília recebe, além dos próprios habitantes, os residentes das áreas mais nobres e os das áreas mais pobres. É preciso criar condições para que as pessoas morem, trabalhem e consumam em lugares próximos, afirmou Piscitelli. Isso resolveria muitos problemas como insuficiência de transporte público e de estacionamentos. “Os governos tentam, equivocadamente, sanar isso com obras na infraestrutura revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 quando poderiam estimular a atividade nas cidades menos desenvolvidas.” Mas a cultura política de realizar grandes obras impede essa mudança de estratégia, concluiu. A imposição de dificuldades para se abrir empresas e até mesmo de cidades da região metropolitana de negociarem entre si mostra o desestímulo geral. “O governo incentiva as grandes empresas com redução de impostos, mas não presta atenção nos gargalos que os pequenos e médios empreendedores enfrentam”, disse Pagnussat. Estes são comprovadamente os maiores empregadores. Além disso, como bem lembrou Piscitelli, existe a questão da qualidade de vida. Ter de se deslocar para trabalhar significa tempo improdutivo e alto consumo de combustível. “Precisamos de cinturões de tráfego. Isolamos as áreas centrais e proibimos a circulação de automóveis por lá”, idealizou. Isso, segundo o estudioso, aumentaria a necessidade de transporte público de qualidade e a diminuição do uso do automóvel de forma individual. //Diversificar Por ser a capital da República, Brasília recebe reforço federal no orçamento, com os recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal para educação, saúde e segurança. Mas esse fundo pode ser extinto a qualquer momento pelo Congresso. Depender do poder aquisitivo dos servidores públicos também é arriscado. Dessa maneira, o DF fica à mercê dos reajustes salariais do funcionalismo e da situação econômica do País. Ter a própria produção, mesmo que por garantia, é essencial para que haja certo grau de independência financeira. Com o estímulo ao setor revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 produtivo, o governo arrecada mais impostos. O planejamento é importante e deve ser feito em conjunto. E o andamento, fiscalizado. “O Estado é um grande indutor do crescimento econômico com a viabilização de infraestrutura para o desenvolvimento, mas não tem a preocupação de manter o que entrega para a sociedade”, observou o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana. Piscitelli defende que o DF tem espaço para crescer economicamente, mas o que define os investimentos governamentais são os interesses das grandes empresas. A ocupação desordenada do solo reflete isso. “Precisamos de um choque de ordem. Há falta de controle desde construções indevidas a estacionamentos irregulares”, refletiu. O que impera, segundo o palestrante, é a conformação com o que é irregular. “Falta resistir ao fato consumado.” “Não adianta lutar contra, vamos crescer mesmo sem planejamento”, alertou Pagnussat durante o encontro. A ideia do economista é favorecer as cidades médias com uma política de desenvolvimento regional. As vocações de cada região devem ser levadas em consideração, mas outras podem ser criadas. “Coloque uma universidade e transforme a cidade em um grande campus, coloque um hospital de referência e toda a região se desenvolve para atender à demanda que será criada”, exemplificou. área de influência da capital da República se fez presente nas ideias apresentadas pelos dois estudiosos. “As iniciativas não podem ficar só no DF, mas também não podem ultrapassar o espaço geoeconômico verdadeiramente necessário”, alertou Piscitelli. Para ele, os municípios de Minas Gerais próximos do DF, por exemplo, não deveriam ser levados em consideração. “Temos enormes gargalos comuns ao resto do País e devemos nos concentrar no que realmente nos atinge.” Se por um lado o DF não pode nem tem condições de atender às demandas de toda a sua área de influência, por outro é o centro irradiador do desenvolvimento do interior do País. Pelo menos foi esse um dos objetivos ao transferi-lo do Rio de Janeiro para o Centro-Oeste, em 1960. “Brasília não é apenas um quadrilátero e não deve agir isoladamente”, defende Pagnussat. Com o segundo encontro do ciclo de debates Brasília 2015, a Fecomércio-DF já acumula ideias de seis especialistas, cada um em sua área de atuação em Brasília. No primeiro, em setembro, participaram o geógrafo e professor da UnB Aldo Paviani, o arquiteto Carlos Magalhães, o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, e o superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado. //Áreas de influência Foco do primeiro encontro do ciclo de debates Brasília 2015, que ocorreu em setembro, a importância de se traçarem estratégias locais levando em consideração a 33 Estilo Luciana Corrêa Certo Vamos à praia? O fim de ano já está aí com muito sol, calor e, para muita gente, férias! Segundo o Sindicato das Empresas de Turismo do DF, 70% dos brasilienses que viajam dentro do País seguem para o litoral! Daqueles que vão para o exterior, metade escolhe as praias do Caribe. E você, leitor, está preparado para desfilar pelas areias? Escolhi modelos da Mar Rio, que já está com coleções femininas e masculinas prontas para o verão 2013. Para as mulheres, as estampas estão bem coloridas para acompanhar a estação e o biquíni tomara que caia continua em alta. Uma dica é acrescentar detalhes: abuse nos acessórios brilhosos e invista em detalhes metálicos. Tudo para deixar o visual ainda mais bonito e renovado. Para os homens, as sungas estão com estampas com folhas e com desenhos simétricos. Não se esqueça de tratar dos cabelos No verão, nos expomos ao sol, ao vento, à água do mar e da piscina e por isso é importante tratar bem dos fios. O hair stylist Luiz Cintra dá a dica: “Hidrate os cabelos no salão a cada 15 dias e aplique uma máscara capilar em casa pelo menos uma vez por semana.” 34 Estampas coloridas e acessórios para as mulheres E sungas com desenhos simétricos para os homens Para anotar na agenda Novembro 20 a 23 Um dos maiores eventos de pré-lançamento de coleções do mundo da moda, o Minas Trend Preview, ocorrerá de 20 a 23 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG). O encontro está em sua 11ª edição e vai apresentar as tendências para outono/inverno de 2013. O Minas Trend Preview é um importante espaço para o segmento. Na programação, palestras, desfiles e salão de negócios para lojistas de todo o Brasil, além de compradores internacionais. (minastrendpreview.com) revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 [email protected] – www.facebook.com/estilocerto Manual da beleza É preciso pensar em tudo. Não adianta se vestir bem, mas andar por aí com a maquiagem feita de maneira errada. A maquiadora da Lord Perfumaria Edna Silva ensina truques ótimos para quem quer manter a maquiagem perfeita no verão ou em qualquer estação do ano. A modelo é a Larissa Lacerda, da agência Win Models. //Destaques É preciso seguir 4 passos básicos: limpar, tonificar, hidratar e proteger. “Procure uma base com protetor solar, que seja à prova d’água e não oleosa”, ensina a maquiadora Edna. Joel Rodrigues //Cores Joel Rodrigues Joel Rodrigues //Durabilidade As sombras podem ser usadas nos tons salmão, púrpura, lilás e azul turquesa. Mas não exagere! Na boca, cores fortes e fluorescentes. Para quem não gosta, tons de terra. Olhar de “gatinho” está em alta, mas o delineador é um desafio. Aplique de dentro para fora do olho, bem rente aos cílios. Comece fazendo fininho. Para fechar o visual, rímel. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Jo el Ro dr igu es Metais, tecidos, pedras naturais e penas são alguns dos materiais que você pode escolher na hora de comprar seus maxiacessórios para o verão. A dona da loja Nunca Fui Santa (111 Sul), Fernanda Gontijo Cunha, explica que, para combinar com as roupas leves da estação, o visual deve ser complementado com tons vivos e em neon. Os maxicolares são os mais procurados, mas também existem anéis e pulseiras no mesmo estilo. “Gosto dos esmaltados que dão um ar de retrôchique”, diz Fernanda. Jo el Ro dr igu es E os maxiacessórios continuam 35 //direito no trabalho Da fiscalização do FGTS F oi publicada em 24/8/12 a Instrução Normativa (IN) nº 99, de 23/8/12, da Secretaria de Inspeção do Trabalho do MTE que dispõe sobre a fiscalização do FGTS e das contribuições instituídas pela Lei Complementar nº 110/2001. Cabe lembrar que a LC 110/2001 criou a contribuição social de 0,5% ao mês, bem como a contribuição que acresce 10% à multa de 40% sobre todos os depósitos de FGTS quando da rescisão sem justa causa, tendo o STF se manifestado no sentido de serem tais contribuições devidas apenas a partir de janeiro de 2002. O auditor fiscal deverá observar o critério da dupla visita para a lavratura do auto de infração na forma do art. 627 da CLT. Além da fiscalização direta, a IN prevê a indireta também, em que serão notificados os empregadores com indício de débito constatado em consultas aos sistemas informatizados disponíveis à fiscalização do trabalho. O período mínimo a ser fiscalizado deverá ter como início e término, respectivamente, a primeira competência não inspecionada e a penúltima competência exigível definida por ocasião do encerramento da ação fiscal. O auditor fiscal deverá verificar o recolhimento fundiário e de contribuições sociais nos seguintes percentuais: 40% a título de multa sobre FGTS e 10% a título de contribuição social prevista no art. 1º da LC 110/01 em caso de rescisão sem justa causa, rescisão indireta e rescisão antecipada do contrato de trabalho temporário; 8% a título de FGTS; 0,5% a título de contribuição social prevista no art 2º da LC 110/01; 36 20% a título de multa sobre FGTS em caso de rescisão por culpa recíproca. Para o levantamento do débito, o auditor fiscal deverá proceder de forma individualizada para cada empregado, emitindo notificação respectiva para que o empregador recolha a importância devida. Para fins de abatimento do débito, não serão considerados os recolhimentos efetuados sem a devida individualização. No caso de grupo econômico, os depósitos recolhidos eventualmente por empresas do grupo em favor do empregador serão abatidos do débito final. A IN esclarece que a verificação do recolhimento fundiário e de contribuições sociais da LC 110/01 deve ser feita inclusive quando há afastamento do trabalho, mas continue contando tempo de serviço e/ou percebendo remuneração, cabendo citar: serviço militar obrigatório; primeiros quinze dias de afastamento para tratamento de saúde em caso de doença; licença por acidente de trabalho; licença-maternidade e paternidade; e gozo de férias. É importante ressaltar que a existência de confissão de dívida junto à Caixa não exime o auditor fiscal de emitir notificação de débito, ainda que tenha sido corretamente confessado e que haja parcelamento formalizado. Na notificação de débito deverá constar o valor atualizado pela TR até a data de sua emissão. Será lavrado auto de infração quando houver infração às obrigações relativas ao recolhimento do FGTS e das CS. São essas as considerações a respeito da Instrução Normativa 99/2012 do MTE. Joel Rodrigues Raquel Corazza Consultora empresarial da Fecomércio-DF revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 aconteceu senac Ciência, tecnologia e aprendizado O Senac-DF expôs, em outubro, trabalhos feitos por alunos, instrutores e coordenadores das unidades de Ceilândia, Gama, Jessé Freire, Plano Piloto e Taguatinga, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2012 (SNCT), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade (ExpoBrasília). A semana teve como tema a Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza, que está em sintonia com as discussões sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), evento promovido em junho pela Organização das Nações Unidas, no Brasil. Diante do tema, os alunos do Senac apresentaram atividades interativas, como jogos, discussões sobre alimentação saudável, além de oficinas de culinária de sal de ervas para doenças crônicas não transmissíveis, uso de sucatas na educação profissional, exposição de maquetes, oficinas de confecção //Por Luciana Corrêa Joel Rodrigues Mostra Alunos de cinco unidades do Senac-DF expuseram trabalhos durante a SNCT de objetos lúdicos e vídeos. Teve também apresentação de projetos de sustentabilidade, erradicação da pobreza e sistemas de web. O presidente do Sistema Fecomércio, Adelmir Santanta, destaca que, no ponto de vista institucional, é fundamental mostrar para o público os vários campos de atuação do Senac. “Para os alunos, é uma forma de demonstrar, na prática, o que eles fazem em sala de aula e o que vão fazer em suas carreiras profissionais”, incentiva. O Senac no 2º Brinda Brasil O Senac-DF participou do 2º Salão do Espumante de Brasília – Brinda Brasil 2012, em outubro, no Pontão do Lago Sul. O objetivo do encontro foi dar peso acadêmico e comercial à produção brasileira. O salão pretende contribuir também para a formação, a qualificação e a requalificação de estudantes e profissionais de enologia, gastronomia, turismo e hotelaria. O Senac participou do treinamento direcionado à profissionais revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 da área, ocorrido antes do salão. Dirigentes e professores da área de gastronomia da instituição participaram dessa etapa. Segundo a gerente da Divisão Empresa-Escola, Maria do Espírito Santo Batista, o curso foi bastante produtivo e abordou questões específicas dos vinhos e espumantes. “Aprendemos muito sobre as vinícolas, armazenamento e harmonização. Toda a teoria e degustações contribuíram muito para a troca de conhecimento”, completa. Durante a feira de bebidas, a instituição expôs cerca de 260 obras sobre alimentação e bebidas, lançadas pelas editoras Senac de todo o País. Livreiro-chefe do Senac, Antônio Marcos Bernardes explica que as obras selecionadas são de acordo com o tema do evento. @senacdf /senacdistritofederal 37 //gente Adriano Salimon E o troféu foi para... //Por Haland Guilarde Jornalista, cineasta e músico, Mário Salimon ganhou o Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal com o melhor longa-metragem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O prêmio foi conquistado com o documentário Parece que Existo, filme que retrata a arte e a vida do amigo João MacDowell. Nascido em São José do Rio Preto (SP), mudou-se para Brasília em 1984. Sua trajetória profissional começou no jornal Correio Braziliense, em 1990, e passou pelo Conselho Federal de Psicologia, Unicef, Comunidade Solidária e pela em- presa própria Heliocêntrica. Após esse período, Salimon atuou como coordenador de comunicação no escritório brasileiro do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura e como gerente de comunicação da Fundação Avina. Declarado humanista, Salimon se dedica atualmente ao mestrado em administração na Universidade de Brasília, trabalhando como consultor nas áreas de conhecimento em que se desenvolveu. “Sou humanista, ou pelo menos, por tanto querer ser, penso que sou”, afirma. Mário Salimon Cineasta Joel Rodrigues Três décadas de dedicação O amor ao trabalho é o sentimento que faz o porteiro da Procuradoria-Geral do Distrito Federal, Geso José Dias, continuar sua batalha diária há 33 anos na mesma função. O mineiro de Formiga veio para Brasília em junho de 1967, assim que alcançou a maioridade. Trabalhou por alguns meses na Guarda Especial de Brasília, mas em seguida passou no concurso da Secretaria de Saúde, onde atuou em várias funções. Em 2008 aposentou-se. Foi em 1979 que Dias começou a dividir seu tempo na Secretaria de Saúde com o trabalho de porteiro na PGDF. “Não gosto de ficar parado em casa; além disso, tenho um filho de 12 anos que estuda e preciso dar o 38 sustento necessário”, diz. Por isso, decidiu continuar trabalhando na Procuradoria mesmo depois de aposentado. “As pessoas gostam muito de mim aqui e eu me sinto em casa”, orgulha-se. Para ele, o respeito é essencial para permanecer há tanto tempo no mesmo emprego. Independentemente de qual seja a posição das pessoas. Ele conta que nesse tempo já passaram 12 procuradores-gerais na PGDF e todos se tornaram seus amigos. “Quando lidamos com o público, temos que usar a gentileza, as pessoas não têm culpa dos meus problemas. A boa educação cabe em qualquer ambiente”, ensina o porteiro. Geso José Dias Porteiro revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Zelo pela memória Anna Christina Kubitschek Presidente do Memorial JK Nascida em 1° de junho de 1966, Anna Christina Kubitschek Barbará Alves Pereira é a guardiã da memória do avô, Juscelino Kubitschek, o presidente da República que transferiu a capital do Rio de Janeiro para Brasília, em1960. Presidente do Memorial JK, é casada com o empresário Paulo Octávio Alves Pereira e mãe de dois filhos. Anna Christina é a terceira mulher da família Kubistchek a presidir o museu. Antes dela, sua avó, Sarah, fundadora do Memorial, e sua mãe Márcia ocuparam o cargo. Assumiu a presidência em agosto de 2000, após a morte da mãe e comandou o projeto de modernização do espaço. Ela também conseguiu a doação de mais de //Sua excelência, o gerente Há 10 anos na superintendência do Taguatinga Shopping, Eliza Maria Ferreira é bacharel em ciências contábeis com extensão em custos e auditoria. Ela lida com sonhos de consumo e interesses empresariais e precisa equilibrar tudo para garantir o bom funcionamento do shopping. Em Taguatinga é mais fácil conquistar clientes? O cliente se conquista pelo bom atendimento, pela qualidade dos produtos e pela excelência nos serviços, além de valores justos. Os clientes estão muito mais atentos ao mercado de consumo e sabem bem o que querem e onde comprar. Como é trabalhar com um conjunto de lojas de varejo? A vantagem é a possibilidade de atender os consumidores, em um só lugar, em todas as suas necessidades. Mas enfrentamos comportamentos empresariais nem sempre cooperativos. Como se atualiza na sua profissão? Revistas, publicações de matérias específicas e de desempenhos dos setores do varejo, conferências, seminários e cursos de curta duração. Contar com o auxílio de colaboradores capacitados e, com responsabilidade, ousar é o segredo. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 200 objetos, tendo renovado as vitrines de exposição e elaborado novas galerias e painéis, que enriqueceram a visita dos turistas. Aumentou as publicações que reverenciam e memória de JK, com livros para brasileiros de todas as idades. Ampliou, ainda, a visitação de escolas e grupos infantis ao museu. Com ações continuadas na direção da preservação da memória de seu avô, Anna Christina acredita que ainda há muito trabalho a fazer no sentido de eternizar, no coração da capital, a imagem de JK. “Brasília é muito mais do que a cidade que escolhi para viver e criar os filhos”, diz. “É como se fosse uma pessoa da família”, completa. Telmo Ximenes Eliza Maria Ferreira Superintendente do Taguatinga Shopping 39 //sindicatos Fotos: Joel Rodrigues Pequeno, mas forte Presidência Oscar Perné do Carmo está à frente do sindicato desde 1983 //Por Daniel Alcântara Sindiauto-DF perdeu filiados em 2001, mas continua firme na luta pelos interesses dos empresários locais. Em outubro, conseguiu reduzir preços de peças de automóveis 40 O Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto-DF), com o apoio da Fecomércio-DF, conseguiu reverter uma decisão nacional motivada por duas unidades da Federação. Em agosto, os preços das peças de veículos ficaram mais caras por causa da Margem de Valor Agregado (MVA), que subiu de 40% para 59,6%. Com isso, o reflexo nos preços significou aumento de até 4% do custo para o consumidor do DF também. Essa variação surgiu por uma decisão dos estados de São Paulo e de Minas Gerais, que, baseados em pesquisas de mercado local, foram ao Conselho Nacional da Política Fazendária (Confaz) para solicitar a elevação do MVA do setor. O presidente do Sindauto-DF, Oscar Perné do Carmo, explica que cada cidade tem o seu preço e o seu custo de compra das peças, por isso o aumento não deveria ser igual para todos. “Apesar de um período com a alta nos preços, a medida foi analisada pelo governo e o tributo voltou a ser o mesmo de antes no DF”, esclarece o presidente da instituição. O Sindiauto-DF, instalado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), é uma instituição que gerencia o comércio de concessionárias, o setor de vendas atacadista e varejista de peças e de acessórios para automóveis, além da categoria de revendas independentes de automotivos. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Porém, em 2001, perdeu força com a criação de um sindicato específico das concessionárias de carros novos. Passaram a pertencer a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na avaliação do presidente do órgão, Oscar Perné do Carmo, essa não foi uma perda somente quantitativa, mas qualitativa. No entanto, o segmento continua firme nos seus objetivos. “As empresas representadas pelo sindicato são de porte micro e pequeno que não deixam, contudo, de ser um segmento empresarial de grande importância no contexto econômico de Brasília”, ressalta Perné. O sindicato tem em seu cadastro 1.707 estabelecimentos especializados na venda de autopeças e 500 empreendimentos de revenda independente de carros. O segmento emprega cerca de 8 mil pessoas em todo o DF. “Nosso trabalho tem a obrigação de orientar os empresários sobre os aspectos tributários da categoria, além de lutar pela estruturação e pelo crescimento da área, tentando tornar o segmento ainda mais competitivo”, analisa o presidente do sindicato, que está no comando da instituição desde 1983. O Sindiauto-DF tem atuação importante nas correções salariais, em que o sindicato exerce importante função de coordenar os acordos coletivos de trabalho. Segundo dados da Jato Dynamics no Brasil, foram comercializados 405.513 veículos em agosto de 2012. O País teve um crescimento de 31,8%, se tornando o terceiro em venda de carros no mundo, ficando atrás dos EUA e da China. “Estamos produzindo mais veículos aqui, além de sermos abastecidos pelos mercados externo. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 O que ajuda o crescimento da categoria”, explica Perné. //Internet As novas tecnologias chegam quase sempre cercadas de polêmicas. Alguns são a favor das mudanças e outros temem pelo futuro. Com a chegada da internet, em 1969, a comunicação e o comércio de todo o tipo de acessórios se tornou mais simples e prático, transformando o difícil em algo real e muito útil. Hoje, são dezenas de sites espalhados pela web que oferecem venda de carros usados e novos. Segundo Oscar Perné, os sites podem ser um aliado aos empresários. “É uma questão de inteligência: se eu posso ter mais visualizações do meu produto, por que não investir e explorar outra porta em meu empreendimento?” Ele ressalta ainda que essa ferramenta pode ser usada pelo empreendedor como uma vitrine. “Muitas vezes o cliente usa a internet para fazer pesquisas e avaliar os preços, mas, na hora de fechar o negócio, o comprador vai até o local”, diz. É um diferencial para as empresas que visam o lucro a curto, médio e longo prazo. Abrangência São mais de 2 mil empresas filiadas, entre revendedoras de peças e de automóveis 41 SulAmérica: 42 revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Meu plano de saúde não cobre o médico e o hospital que eu prefiro pra me tratar. E agora? Profissional de Comércio ou Serviços: não se preocupe. Com a parceria da Qualicorp com a FECOMÉRCIO-DF, os planos de saúde que oferecem os melhores médicos, hospitais e laboratórios do Brasil já estão ao seu alcance.* Ligue e confira: 0800-777-4004 Ou acesse: www.qualicorp.com.br Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. Condições contratuais disponíveis para análise. Abril/2012. *A comercialização dos planos respeita a área de abrangência da operadora. A cobertura de hospitais e laboratórios, bem como de honorários profissionais, se dá conforme a disponibilidade da rede médica e as condições contratuais de cada categoria de plano. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Qualicorp Adm. de Benefícios: 43 //vitrine Fotos: Joel Rodrigues Seleção preciosa //Por Daniel Alcântara André Vasquez e Marina Cavechia são cervejeiros artesanais e criaram o site de entregas de cervejas importadas Oh my beer em dezembro de 2011. Tudo começou pelo gosto pela bebida e, aos poucos, o costume virou coisa séria. Marina explica que o trabalho demanda dedicação e paixão pela bebida alcoólica mais consumida em todo o mundo.”Nossa ideia é apresentar as cerveja dos quatro cantos do globo para as pessoas”, explica. “Existe um universo de todos os sabores e tipos, nossos compradores ficam espantados com as novidades que o site apresenta”, completa Marina. Todos os meses são selecionados seis rótulos, enviados sempre na última semana do mês para a casa do cliente. Se o comprador já é assinante, o intervalo entre uma entrega e outra é de um mês. Os pacotes de cervejas são acompanhados de um material gráfico cheio de imagens, curiosidades, informações de produção e dicas personalizadas de harmonização. Os pacotes podem custar de R$ 80 a R$ 170 mensais, dependendo da escolha do cliente. Tudo é pensado para tornar a experiência inesquecível. “Dessa maneira, nosso público vai conhecendo as diferenças e descobrindo quais características lhe agradam mais”, ressalta Marina. Ela também destaca que não é necessário pagar qualquer taxa de associação nem se comprometer a comprar por meses seguidos. O pagamento é feito pelo PayPal, por cartão de crédito. Em breve o site vai oferecer o serviço de débito e boleto. Para mais informações entre no portal www.ohmybeer.com.br. Com as próprias mãos O Das Meninas – Ateliê Especial expõe o trabalho artesanal de pulseiras, brincos, colares e roupas realizados por garotas com deficiência mental. A ideia começou em 2004, quando as mães das meninas, que têm carteira de artesãs profissionais, se uniram para que as filhas realizassem o sonho comum a tantas outras pessoas, entrar no mercado de trabalho. A coordenadora da loja, Indira Lucena, explica que antes da abertura do ateliê na CLSW 104, Bloco B, no Sudoeste, elas vendiam bijuterias na Feira da Lua. “No início foi difícil, mas com o passar do tempo as meninas foram aprendendo e ensinando umas às outras. Hoje nós temos nossa loja 44 consolidada e vendemos muito bem”, comemora Indira. Habilidade e criatividade não faltam na confecção das bijuterias. As peças casam-se umas com as outras transformando-se em bijuterias refinadas. “Elas são prestativas e gostam de fazer qualquer coisa. São pacientes e aprendem rápido”, destaca Indira. Todo o dinheiro gasto na loja sai do bolso das mães, que somam quatro sócias e que dividem todo o custo-benefício para o perfeito funcionamento e evolução do negócio. O telefone de lá é o (61) 3032.7383. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 social Leitura no parque //Por Andrea Ventura Projeto experimental do Sesc pretende promover o hábito e facilitar o acesso da comunidade às obras de forma gratuita D espertar a comunidade para os benefícios da leitura: esse é o objetivo do novo projeto do Sesc, o Letras no Parque. Em caráter experimental, consiste em oferecer acervo composto por obras literárias de temas e autores variados, em praças, parques e locais abertos à comunidade. “O Sesc pretende difundir a cultura, a exemplo do que ocorre em outros países, em que livros ficam disponíveis em espaços comunitários”, diz a coordenadora de Cultura do Sesc-DF, Juliana Valadares. A primeira experiência do projeto ocorreu em outubro, próximo à administração do Parque da Cidade. Cerca de 300 livros estiveram disponíveis por três dias. “Ficamos animados com a reação do público”, conta Juliana. A exposição foi temporária e experimental. A instalação definitiva, no entanto, ainda depende da definição do Sesc-DF. O plano é que, até 2013, 20 pontos estejam em funcionamento. Estão sendo estudados locais com movimentação intensa da população, como a Praça do Relógio, em Taguatinga, a Praça do Povo, no Setor Comercial Sul, e a Praça das Fontes, entre o Conjunto Nacional e o Teatro Nacional. A manutenção e a conservação do espaço ficarão a cargo do Sesc. Os leitores poderão ler o livro no próprio local ou pegar emprestado e devolver depois, assim, de forma espontânea. Diferentemente do BiblioSesc, a biblioteca itinerante do Sesc, o Letras no Parque é um projeto fixo. As estantes permanecerão no mesmo lugar definitivamente. O acervo será mantido pelo Sesc, que contará com doações e publicações próprias, como as dos Prêmios de Literatura (Contos, Contos Infantis e Poesias). A estrutura é composta pela estante móvel com portas, mesas e cadeiras. O plano é que todos os dias um funcionário do Sesc destranque pela manhã e tranque à noite as estantes e prenda as mesas e as cadeiras com correntes. A proposta do Letras no Parque é que seja instalado definitivamente nos locais definidos pelo Sesc-DF. Os locais de leitura serão divulgados no www.sescdf.com.br. @sescdf /sescdistritofederal revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 45 educação Desde cedo //Por Ana Carolina Freitas Na prática Estudantes aprendem a planejar, executar e divulgar empresas criadas por eles por meio de programa da ONG Junior Achievement. O brasileiro é um grande empreendedor, mas o País não estimula quem se interessa pela iniciativa privada. Programas de ONGs ajudam a introduzir o tema em algumas escolas particulares de Brasília E m 2011, o Brasil ficou à frente dos outros países do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) e do Bric (formado por Brasil, Rússia, Índia e China) nas atividades empreendedoras, segundo o levantamento do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgado pelo Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae). O índice é o maior em 11 anos. Contudo, no País da iniciativa privada ainda não há grandes investimentos por parte do governo para incentivar o empreendedorismo na educação. A matéria é abordada superficialmente nas escolas e o estudante deixa o ensino médio com quase nenhuma noção do que é necessário para ser bemsucedido no mundo dos negócios. O cenário do Distrito Federal 46 não é diferente do restante do País. Apesar da existência da Lei Distrital 3.600/2005, que regulamenta a inclusão obrigatória de Empreendedorismo Juvenil como tema transversal no currículo nas séries finais do ensino fundamental, na rede pública, não há, de acordo com a Secretaria de Educação do DF, nenhum projeto que execute o que diz a lei. Hoje, os alunos precisam recorrer a outros caminhos para aprender sobre liderança, gestão e administração de negócios. Os matriculados em instituições particulares, no geral, também carecem de iniciativas das escolas que estimulem o empreendedorismo. As atividades que simulam ações empresariais são extracurriculares e raras ao longo do ano letivo. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Olívia Völker Rauter, diretora executiva da Junior Achievement do DF – a mais antiga organização de educação prática em negócios, economia e empreendedorismo do mundo –, avalia de forma positiva o cenário hoje das escolas do DF, com a inserção dos projetos da ONG nas redes pública e particular. A Junior Achievement trabalha em diversas vertentes, com alunos desde o ensino fundamental ao médio. “Somente no Distrito Federal, já atendemos mais de 75 mil alunos desde a nossa chegada, em 1984. Na 5ª série, os alunos já podem ter contato com noções de como empreender”, afirma. O laboratório Sabin é um dos grandes parceiros da Junior Achievement no DF e um dos mantenedores da organização. “A abordagem de empreendedorismo nas escolas é essencial para que os alunos saibam que há outras vias de sucesso que vão além do concurso público”, acredita Fábio Deboni, gerente-executivo da empresa. Atualmente, a Junior Achievement realiza no Centro de Ensino Médio Paulo Freire, na 610 Norte, uma parceria em que está sendo implementado o programa miniempresa, que proporciona a estudantes do 2º ano do ensino médio a experiência prática em economia e negócios, na organização e na operação de uma empresa. Os estudantes aprendem conceitos de livre iniciativa, mercado, comercialização e produção. O programa é acompanhado por quatro profissionais voluntários das áreas de Marketing, Finanças, Recursos Humanos e Produção. Durante o Miniempresa, são explicados os fundamentos da economia de mercado e da atividade empresarial através do método Aprender-Fazendo, onde cada participante se conrevista FECOMÉRCIO | novembro 2012 verte em um miniempresário. Segundo Mauro Lobão, diretor da escola, a iniciativa tem agradado. “É uma atividade extracurricular, mas tem atraído número expressivo de alunos”, diz Lobão. É interessante para o aluno que sai da escola e já parte para o mercado de trabalho, pois o certificado conta pontos para a admissão. Fora o programa miniempresa, a única atividade que se assemelha ao empreendedorismo juvenil no centro de ensino é a Feira de Ciências. O estudante Mauro Ferreira, que cursa o 3º ano na instituição, acredita que a ideia de participar do programa surgiu do sucesso de um dos irmãos no mundo dos negócios. “Sempre quis fazer direito, mas depois vi que levo jeito para ter uma empresa. Esta oportunidade de participar do programa está sendo ótima, pois eu não me lembro de ter aprendido algo sobre empreendedorismo na escola”, afirma. O Colégio Sigma também firma, todos os anos, a parceria com a Junior Achievement. Em junho, 33 alunos do ensino médio concluíram o Miniempresa. “Uma estudante decidiu desenvolver botões de latas de alumínio no projeto. Em um dia, ela conseguiu juntar várias no lixo da escola, mas nos outros dias não havia mais”, conta a orientadora pedagógica do colégio, Klênia Nunes. O fato de ela recolher o lixo estimulou os funcionários, que decidiram vender as latas para a reciclagem. Quem coordena o Miniempresa é Daniel Ribeiro, que está concluindo o curso de administração de empresas na Universidade de Brasília (UnB) e já tem engatilhada uma empresa de tecnologia da informação. “Na minha época de escola, eu não tive a chance de participar de um projeto como este e fez uma falta absurda quando cheguei à faculdade.” Ainda que os alunos não decidam por empreender no futuro, com o curso eles se tornam funcionários melhores, pessoas melhores. “Aqui também desmistificamos a imagem do empresário engravatado. Conosco, eles aprendem que você pode ter um negócio e ser quem você é, sem formalidades”, explica. Marina Figueredo, professora do Departamento de Administração da UnB e coordenadora do eixo de inovação e empreendedorismo da instituição, afirma que sair da escola com o pensamento empreendedor geraria melhora na qualidade dos profissionais do mercado. “Como professora universitária, percebo que ainda há alunos que escolhem a cadeira de administração para concursos públicos, o que reflete a falta da abordagem do tema empreendedorismo nas escolas”, avalia. 75 mil é a quantidade de jovens atendida pela JADF desde que a organização chegou ao DF, em 1984 47 social De: Se sc Para: a comun id ade //Por M ariana Fernan des Brazlândia será a primeira beneficiada no DF por projeto do Departamento Nacional que incentiva esporte e lazer C om perspectiva para fevereiro de 2013, o Sesc-DF entregará para a comunidade de Brazlândia uma quadra poliesportiva como parte do projeto Sesc Comunidade, pela primeira vez em Brasília. O objetivo do projeto, iniciativa do Departamento Nacional do Sesc, é democratizar o acesso ao esporte e ao lazer, promovendo o exercício da cidadania, da solidariedade e da inclusão social. O Sesc Comunidade é realizado a partir da construção de uma quadra poliesportiva coberta, em que são promovidas atividades socioeducativas e culturais para as comunidades vizinhas, em parceria com prefeituras e organizações sociais. No caso do DF, com as administrações regionais. A programação é elaborada a partir de um diagnóstico social, que identifica carências da região e iniciativas locais que necessitem de espaço físico adequado para sua realização. Brazlândia foi escolhida pelo 48 Sesc-DF por ser uma cidade carente e distante. Depois de definido o local, a administração de Brazlândia cedeu o terreno para a construção da quadra, com o projeto arquitetônico do Departamento Nacional do Sesc. A princípio, o projeto Sesc Comunidade alcançaria três regiões administrativas, mas uma das regras necessárias para a construção da quadra poliesportiva é o termo de concessão de uso de área pública por 25 anos. Brazlândia foi a única que apresentou o termo no prazo determinado. A quadra será construída pela empresa ganhadora da licitação, Laje Engenharia Ltda., com custo de 617 mil reais. Será coberta, com 1,2 mil metros quadrados, arquibancadas e dois vestiários, masculino e feminino. “É uma quadra de piso acimentado e cobertura de estrutura metálica, de fácil manutenção”, explica o coordenador de Engenharia e Manutenção Predial do SescDF, Valcir Toledo de Oliveira. Depois de construída, a quadra será gerida pela comunidade. Nos primeiros anos a gestão será compartilhada e somente depois a quadra poliesportiva será de total responsabilidade da cidade acolhedora. “Caberá ao Sesc preparar a comunidade de Brazlândia no procedimento de gestão”, diz o diretor do Sesc-DF, José Roberto Sfair Macedo. Será eleita pelo Sesc-DF uma associação civil consolidada da cidade que tenha interesse por práticas esportivas. “É necessário escolher um grupo que saiba gerir e cuidar da quadra, para isso devese ter no mínimo afinidade com os objetivos principais do projeto Sesc Comunidade”, ressalta o diretor. @sescdf /sescdistritofederal revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Você acredita que um dia pode virar empresário? O Sebrae acredita. Sabe aquele apoio para começar? Aquela consultoria para você inovar e revolucionar? É o nosso negócio há 40 anos. A gente orienta, mostra as tendências e oferece conhecimento sobre o negócio e o mercado. Você vai abrir sua empresa, reinventar o novo e enfrentar altos e baixos. E enquanto você acreditar, o Sebrae vai acreditar junto. no meu sonho, no próprio negócio, que vai dar certo e que vou vencer. Sebrae 40 anoS. o negócio é acreditar. Miguel Rieth, proprietário da Muv Custom Shoes, Brasília/DF. Acesse o QR code e assista ao vídeo. www.df.sebrae.com.br revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 O800 570 0800 | www.df.sebrae.com.br www.onegocioeacreditar.com.br @sebrae facebook.com/sebrae 0800 570 0800 49 //pesquisa conjuntural Conforme o esperado Vendas dos setores de comércio e serviços do DF crescem em setembro Comércio Serviços Desempenho de vendas Setor Segmento Abr12 x Mai12 x Jun12 x Jul12 x Ago12 x Set12 x Mar12 Abr12 Mai12 Jun12 Jul12 Ago12 Autopeças e Acessórios -3,04% 4,24% 2,58% -2,03% 1,85% -2,14% Bares, Restaurantes e Lanchonetes 4,89% -0,38% -1,54% -0,31% 2,25% 2,00% Calçados 4,86% 10,74% -1,24% 0,95% -4,37% 4,32% Farmácia e Perfumaria -3,15% -0,05% 2,03% -2,62% 5,45% 3,27% Floricultura -22,50% 89,12% 1,42% -22,35% -10,80% -2,85% Informática -1,41% 12,67% -9,22% -1,63% -0,16% 1,09% Livraria e Papelaria -2,50% 5,72% -2,00% 4,93% 0,02% -0,95% Lojas de utilidades domésticas -7,35% 8,21% 3,29% -1,82% -0,95% 3,29% Material de construção -7,54% 6,95% 1,28% 5,81% -2,32% -6,72% Mercado e Mercearia -4,53% 0,86% 0,81% 1,75% 1,40% 3,20% Móveis e Decoração 6,10% -3,15% 25,27% -0,21% 2,31% -6,15% Óticas -5,58% 5,34% -2,63% 2,72% -0,26% -3,97% Tecidos -4,90% 26,90% 4,10% -0,57% 2,20% -2,84% Vestuário 7,20% 18,11% 4,60% 0,38% 1,52% 0,07% Total -0,30% 5,07% 1,67% 0,17% 1,39% 0,81% Agências de viagem -4,69% 3,16% 29,23% -4,59% -10,67% 12,22% Autoescola -26,65% 22,25% 20,57% -27,62% -5,59% 4,74% Pet shop -11,33% 13,07% 0,97% -6,02% 5,84% 0,10% Salão de beleza 0,55% -0,48% -1,10% 2,31% 5,13% -6,56% Total -5,27% 3,63% 13,87% -5,44% -3,12% 3,23% -0,71% 4,96% 2,80% -0,41% 0,95% 1,05% Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. 50 revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Região Comércio Serviços Desempenho de vendas Setor Abr12 Mai12 Jun12 Jul12 Ago12 Set12 x x x x x x Mar12 Abr12 Mai12 Jun12 Jul12 Ago12 Plano Piloto 0,26% 6,49% 3,09% -1,98% -1,05% 0,88% Ceilândia/Taguatinga -1,09% 2,95% 0,70% 0,96% -0,15% 0,43% Cruzeiro/Sudoeste/SIA/Candangolândia/Guará I e II/Núcleo Bandeirante -0,31% 5,26% -1,24% -0,75% -0,28% 1,90% Paranoá/Planaltina/São Sebastião/Sobradinho I e II 4,06% 6,40% 1,44% 10,84% 9,43% 1,35% Gama/Recanto das Emas/Samambaia -4,25% 2,91% 2,81% -2,32% 4,86% -0,46% Total -0,30% 5,07% 1,67% 0,17% 1,39% 0,81% Plano Piloto -9,65% 5,80% 24,44% -9,24% -4,70% 6,42% Ceilândia/Taguatinga 1,62% 3,39% 6,11% 4,96% 3,65% -8,66% Cruzeiro/Sudoeste/Sia/Candangolândia/Guará I e II/Núcleo Bandeirante 0,82% 0,93% -4,87% -3,85% -2,74% 1,01% Paranoá/Planaltina/São Sebastião/Sobradinho I e II 6,73% -13,04% 0,33% 17,57% 3,86% 1,89% Gama/Recanto das Emas/Samambaia 0,29% -0,91% -3,28% 11,38% -5,36% 2,85% Total -5,27% 3,63% 13,87% -5,44% -3,12% 3,23% -0,71% 4,96% 2,80% -0,41% 0,95% 1,05% Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. A atividade comercial em Brasília teve desempenho positivo no nono mês do ano. As vendas no comércio registraram leve alta de 0,81% em setembro na comparação com agosto. Já no setor de serviços, as vendas cresceram 3,23% em setembro, também na análise com o mês anterior. É o que mostram os números da Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF, realizada pelo Instituto Fecomércio. Esse resultado, principalmente, das viagens que os brasilienses costumam programar para o fim do ano. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 O segmento de Agência de viagem foi o que mais cresceu nesse mês de setembro. “Isso reflete que a população da capital já está comprando passagens aéreas e pacotes turísticos para passear durante as festas de fim de ano com a família”, aponta o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. Em setembro, as altas nas vendas do comércio, na comparação com agosto, foram observadas nos segmentos de Calçados (4,32%); Lojas de utilidades domésticas (3,29%); Farmácia e Perfumaria (3,27%); Mercado e Mercearia (3,20%); e Bares, Restaurantes e Lanchonetes (10,74%). Apresentaram queda nas vendas os segmentos de Material de construção (-6,72%); Móveis e Decoração (-6,15%); Óticas (-3,97%); e Tecidos (-2,84%). No setor de serviços, os aumentos mais acentuados nas vendas, na análise com agosto, foram registrados nos segmentos de Agência de viagem (12,22%); Autoescola (4,74%) e Pet shop (0,10%). Apresentou queda o segmento de Salão de beleza (-6,56%). É necessário ressaltar, contudo, que o Instituto Fecomércio pesquisa apenas esses quatro segmentos de serviços. 51 Abr12 x Mar12 Mai12 x Abr12 Jun12 x Mai12 Jul12 x Jun12 Ago12 x Jul12 Set12 x Ago12 Autopeças e Acessórios -0,75% -6,02% Jul12 3,08% -0,75% 2,26% Bares, Restaurantes e Lanchonetes 1,78% -1,12% 1,12% -6,33% -2,28% 0,24% Calçados 1,32% -1,18% 4,95% -0,94% -1,96% 9,57% Farmácia e Perfumaria 5,86% -0,45% 4,44% -3,46% -3,14% 5,00% Floricultura 7,14% 20,00% -6,25% 0,00% 0,00% 0,00% Informática 4,76% -1,52% 1,54% -7,58% 6,56% 3,08% Livraria e Papelaria 3,33% 15,63% -6,76% -4,35% -3,03% 4,62% Lojas de utilidades domésticas -5,13% 7,50% -9,30% -4,65% 11,11% 15,00% Material de construção -8,33% 3,70% -4,32% 0,74% -1,48% 0,80% Mercado e Mercearia -1,97% -3,38% -0,62% 5,61% -3,21% 1,79% Móveis e Decoração -5,36% 1,85% 1,82% 5,36% -3,39% 1,79% Óticas 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% -8,33% 9,09% Tecidos 7,89% 17,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Vestuário 6,99% 0,82% 5,13% -3,59% 2,55% -2,10% Total 1,32% 0,04% 1,20% -2,33% -1,49% 1,81% Agências de viagem -1,67% 0,00% 0,00% 8,57% -3,95% 5,56% Autoescola -46,15% 17,86% -5,13% -1,64% -6,67% -10,71% Pet shop 0,00% 0,00% -15,00% 8,33% 5,13% -2,44% Salão de beleza -5,51% -3,94% 0,00% -1,79% 0,93% 2,91% -10,88% 0,00% -3,04% 2,15% -1,41% 0,00% 0,12% 0,04% 0,76% -1,84% -1,48% 1,62% Comércio Serviços Nível de emprego Setor Segmento Total Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. A maior alta por região administrativa foi observada no grupo que engloba Cruzeiro, Sudoeste, SIA, Candangolândia; Guará I e II e Núcleo Bandeirante, em que as vendas do setor de comércio cresceram 1,90%. Já no setor de serviços, a maior alta foi no Plano Piloto (6,42%). A maior redução no comércio foi observada no conjunto de regiões formado por Gama, Recanto das Emas e Samambaia (-0,46%) e, em serviços, foi em 52 Ceilândia e Taguatinga (-8,66%). Quanto à geração de emprego, o comércio apresentou pequeno aumento de 1,81% no número de pessoas empregadas em comparação com agosto. No setor de serviços, não houve variação no contingente de postos de trabalho. Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito se destacou em ambos os setores pelo quinto mês consecutivo. No comércio, a modalidade respondeu por 42,08% das vendas. No setor de serviços, o cartão de crédito financiou 55,81% das transações. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio com o apoio do Sebrae. Foram consultadas 629 empresas, sendo 542 do comércio e 87 de serviços. A coleta de dados foi feita do dia 6 ao dia 10 de outubro. Os indicadores são obtidos pelo Instituto Fecomércio desde 1997. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Comércio Serviços Nível de emprego por região Setor Abr12 Mai12 Jun12 Jul12 Ago12 Set12 x x x x x x Mar12 Abr12 Mai12 Jun12 Jul12 Ago12 Segmento Plano Piloto 4,99% 2,21% 0,78% -7,69% 2,00% -0,22% Ceilândia/Taguatinga -0,64% -2,79% 3,43% 0,00% -3,32% 8,33% Cruzeiro/Sudoeste/SIA/Candangolândia/Guará I e II/Núcleo Bandeirante -1,45% 1,46% -0,27% 3,49% -5,93% -0,82% Paranoá/Planaltina/São Sebastião/Sobradinho I e II -4,82% 0,00% -1,27% 1,34% -1,30% 0,00% Gama/Recanto das Emas/Samambaia 2,25% -4,12% 2,92% 0,35% -3,52% 2,51% Total 1,32% Plano Piloto -17,61% 1,59% -5,80% 6,49% -4,27% -1,28% Ceilândia/Taguatinga -6,45% 6,25% -2,08% 2,22% 0,00% 0,00% Cruzeiro/Sudoeste/SIA/Candangolândia/Guará I e II/Núcleo Bandeirante 4,26% -7,84% 1,92% -5,66% 4,00% 0,00% Paranoá/Planaltina/São Sebastião/Sobradinho I e II 0,00% 0,00% 0,00% -14,29% 8,33% 15,38% Gama/Recanto das Emas/Samambaia -7,69% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% -10,88% 0,00% 0,12% 0,04% Total Total 0,04% 1,20% -2,33% -1,49% 1,81% -3,04% 2,15% -1,41% 0,00% 0,76% -1,84% -1,48% 1,62% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Setor À vista Cheque abr/12 29,87% 3,28% mai/12 28,33% jun/12 29,70% Cartão de Crédito Débito A prazo Boleto 41,81% 18,04% 5,01% 1,98% 3,57% 42,81% 17,83% 5,31% 2,15% 3,06% 42,73% 17,49% 4,51% 2,51% Formas de pagamento Comércio jul/12 29,11% 3,52% 41,65% 18,14% 5,61% 1,96% ago/12 28,82% 3,01% 41,54% 19,20% 5,26% 2,17% set/12 30,02% 3,02% 42,08% 18,71% 4,03% 2,15% Serviços abr/12 26,05% 6,90% 46,77% 12,52% 7,70% 0,06% mai/12 26,59% 7,52% 48,66% 13,41% 3,79% 0,04% jun/12 23,08% 5,95% 51,47% 15,21% 3,99% 0,30% jul/12 23,26% 2,69% 53,37% 13,29% 6,59% 0,80% ago/12 22,84% 3,51% 52,64% 13,56% 6,36% 1,09% set/12 21,90% 3,55% 55,81% 12,65% 5,47% 0,63% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 53 mercado Joel Rodrigues Tempo de lucrar O fim do ano se aproxima e, com ele, a expectativa de alcançar as metas propostas para 2012 //Por Fabíola Souza Fecomércio-DF prevê, para o período, crescimento de 4,5% nas vendas 54 O Natal se aproxima e, com ele, a expectativa de alcançar as metas propostas para 2012 O fim de ano, para muitos, significa o tão desejado repouso depois de um longo período de esforço, mas, para os empresários do comércio, novembro e dezembro são meses de trabalho intenso. No fim de outubro os comerciantes começam a organizar a logística de vendas para a data mais esperada pelo setor, o Natal. É necessário planejamento na hora de calcular o estoque, ter boas ideias para uma decoração atrativa e ainda discernimento na hora de selecionar os currículos para as vagas de emprego temporário. A Fecomércio-DF avalia que os negócios devam crescer em média 4,5% só no Natal. O professor de Administração da Universidade de Brasília (UnB) Jorge Pinho alerta os empresários sobre os cuidados que devem ter na hora da contratação dos funcionários temporários. Segundo ele, muitos comerciantes são displicentes nesse momento. “É preciso analisar a estabilidade da pessoa, para saber se é confiável e se vai cumprir o combinado integralmente, em vez de deixar a função na semana mais movimentada da loja”, afirma. Pinho diz que, quanto maior a escolaridade do candidato, mais ele poderá contribuir com a empresa. O professor lembra também que, na hora de planejar o estoque, o empresário precisa levar em conta as experiências adquiridas nos anos anteriores, como é de costume dos lojistas, mas é essencial verificar o grau de inadimplência e endividamento atual da população, pois esses dados interferem diretamente no consumo das famílias. “Estoque parevista FECOMÉRCIO | novembro 2012 rado significa investimento perdido, por isso, o que sobrar vai para liquidação”, aponta Pinho. A gerente da Track & Field, Larissa Xavier, diz que em outubro o estabelecimento começou a organizar os detalhes para preparar as lojas de artigos esportivos para o movimento do fim de ano. Segundo ela, a decoração costuma ser a mesma, apenas as disposições das araras são modificadas. “Nós já temos os enfeites dos outros anos, que são padrão da loja”, afirma. A loja tem quatro vendedoras fixas e, até a primeira semana de dezembro, esse número vai aumentar para sete. “Assim que as temporárias são contratadas, enfrentam três dias de treinamento para conhecer as peças, o estoque e a forma de atendimento da loja”, descreve Larissa. //Expectativa Neste ano, a expectativa dos empresários com as datas comemorativas e as festas de fim de ano é alta, principalmente pela retração dos negócios ocorrida no primeiro trimestre de 2012. Nos meses de janeiro, fevereiro e março, os setores de comércio e serviços acumularam quedas expressivas nas vendas, conforme mostram as pesquisas conjunturais do Instituto Fecomércio. Mas, em maio, no entanto, teve início um movimento de recuperação, principalmente no comércio de Brasília. Outro fator que contribui para a confiança do empresário é que o Distrito Federal se enquadra numa situação de relativa estabilidade, principalmente no campo do emprego. Entre os setores responsáveis por manter as contratações em alta no mercado brasiliense figuram a administração pública, o comércio, os serviços e alguns setores da indústria. Essa segurança no trabalho e a valorização dos salários têm ajudado muitos brasilienses a ajustarem suas contas. As expectativas com a chegada do 13º salário e a queda nas taxas de juros também animam o consumidor. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Parceria Uma parceria entre o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) e o Senac-DF capacitou candidatos para trabalho temporário de fim de ano em Brasília. Foram oferecidos cursos nas áreas de técnicas de vendas, planejamento e controle de estoque e operador de caixa. As aulas tiveram duração de uma semana e foram ministradas nos três turnos nas unidades do Senac no Setor Comercial Sul, Ceilândia, Gama, Sobradinho e Taguatinga. A parceria teve como objetivo a melhoria no nível de atendimento nas lojas, que foi um dos principais focos abordados nos cursos. “O Natal é a época de maior movimento no comércio e é preciso capacitar os vendedores que atenderão a comunidade nas compras de fim de ano”, explica o presidente do Senac e da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. Ele ressalta que foi uma boa oportunidade para quem procura emprego com carteira assinada. Muitas pessoas são efetivadas nas funções após esse período. A expectativa é de que sejam abertas 6 mil vagas para trabalhadores temporários no comércio do DF. Segundo o presidente do Sindivarejista, Antonio Augusto de Moraes, a grande vantagem é que não se exige experiência anterior dos vendedores que desejam fazer o curso. “Mais de 3,5 mil candidatos já enviaram currículos ao Balcão de Empregos do Sindivarejista para trabalhar nas lojas do Distrito Federal”, afirma Moraes. 55 ciência Propaganda que não se vê //Por Mariana Fernandes O cheiro da loja também pode ajudar a vender os produtos oferecidos aos clientes S abe o irresistível cheirinho de pão saindo do forno? Aquele que faz você salivar e entrar correndo na padaria só pelo aroma que parece perfeito? Daí, quando entra, aproveita e compra o queijo, o presunto, o suco? Ao observar tamanho poder de atração que o olfato tem, muitos comerciantes investem nesse e em outros sentidos para atrair consumidores para dentro de suas lojas e assim fazê-los consumir mais. Não são apenas lojas do ramo alimentício que capturam seus clientes pelo nariz e investem em ações desse tipo. Há muitos anos, quase que de forma acidental, algumas lojas já lançam mão de música de fundo ou de um cheiro agradável para conquistar consumidores. Mas foi somente a partir de 1990 56 revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 que teorias a respeito começaram a surgir e o uso do marketing sensorial – estudo dos cinco sentidos no ambiente do marketing – se tornou mais perceptível. Essa matéria tornou-se uma forte ferramenta, uma aliada na busca pelo aumento de vendas, já que não basta mais somente ter bons produtos na vitrine, às vezes com bons preços evidenciados. Marcas e grifes exploram os sentidos dos consumidores para que criem a ideia de que estão levando para casa o que vivenciaram nas lojas. “Com tantas opções no mercado, percebo que não entramos em uma loja somente pelo produto, mas também pela forma como somos recebidos e tratados ali”, diz a química Marina Veras. O marketing sensorial analisa o comportamento do cliente e suas emoções e cria um vínculo emocional entre o produto, ou o serviço, e o consumidor. Tira proveito das sensações percebidas pelos cinco sentidos do ser humano e as transforma em diferenciais competitivos. “As empresas, ao desenvolverem seus produtos e espaços de comercialização, exploram ao máximo as experiências sensoriais de seus clientes”, explica a professora de marketing e mestre em comunicação Tatyanna Castro. Por exemplo, o uso de som ambiente, do odor característico de uma marca, do leiaute do ponto de venda, da textura dos produtos e, quando possível, de um sabor associado aos demais sentidos, como balinhas ou cafés. Com tudo isso, o cliente fica mais tempo dentro da loja e consome mais, além de ações como essas fortalecerem a identidade da empresa. Ou seja, se o cheiro ou o som marcarem, é muito provável que no futuro, quando vier a pensar em certo produto, ele lembre automaticamente do cheiro e do som da loja. Essa lembrança torna a compra mais emocional. “Certas lojas fazem com que eu me sinta bem à vontade, íntima. O cheiro de uma loja me revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 marcou tanto que sempre que entro faz eu me lembrar de certa época da minha vida”, conta Marina. Tudo isso faz com o que o consumidor compre mais, pois o preço deixa de ser o único fator de decisão. “Os consumidores tendem a sentirse mais à vontade e confortáveis nos espaços que são planejados com base no marketing sensorial, pois são envolvidos pela atmosfera do local”, diz Tatyanna Castro. Lugares escuros, barulhentos e malcheirosos costumam afastar clientes, ao passo que lojas bem decoradas e iluminadas, com som ambiente agradável e aroma relaxante, seguram o consumidor por mais tempo, por prazer. Portanto, propenso a gastar mais. Depois da visão e da audição, o olfato é o terceiro sentido que mais influencia as pessoas na hora de comprar. Um caso de sucesso é o da rede de lingeries Any Any. O cheiro da loja é tão famoso que muitos clientes entram somente para comprar o aroma. “O conceito da marca inspira um universo de conforto, então, toda a loja foi criada a partir disso. O cheiro seria uma ferramenta e, hoje, é um dos nossos maiores sucessos”, conta a coordenadora de marketing da marca, Camila Meurer. O perfume da Any Any foi criado desde o começo da loja, há 18 anos. Além de colônia difusora de aroma, são comercializados sachês, essências, óleos corporais e cremes hidratantes. Todos com o cheirinho da loja: rosas com jasmim. “Quando entro, sinto vontade de comprar mais e mais, pois tenho a impressão de que todos os pijamas são confortáveis, não sei o porquê”, conta a cliente da loja Lucia Fernandes, de 43 anos. 57 pesquisa relâmpago Joel Rodrigues Rebeca Gusmão Dir. de Apoio ao Atleta da Sec. de Esporte do DF Joel Rodrigues Nomes da mascote da Copa do Mundo Organização para (Zuzeco, Amijubi ou enfrentar a maratona Fuleco) de Natal Construção de ciclovias Câmeras de segurança RUIM Acho que poderia ter sido algo mais relacionado ao Brasil, como Gorduchinha. BOM Está tudo bem planejado. Sempre que passa o Dia da Criança já começo a organizar meu fim de ano. BOM Mesmo um pouco tarde, foi uma atitude maravilhosa. Mas acho que deve ser feita campanha de educação. REGULAR As câmeras não evitam os crimes, porém ajudam a identificar os criminosos. Precisamos de mais policiais. BOM Os nomes foram antagonizados pela população. Meu voto em Tatu Bola. BOM Está na hora de pensar em consumo consciente já neste Natal. BOM Pessoas estão criando o hábito de pedalar nas ciclovias. Parabéns, Brasília. BOM Com certeza. É um investimento que muitas das grandes cidades do mundo já estão fazendo. E a população agradece. BOM Vejo que esses nomes estão de acordo com o que pensam os brasileiros. BOM Costumo sempre planejar minha agenda antecipadamente, e com o Natal não é diferente. REGULAR É um grande passo, mas não basta construir ciclovias. Para funcionar, se faz necessária uma campanha educativa. BOM As câmeras podem proporcionar segurança, desde que haja, por perto, pessoas capazes de agir rapidamente. REGULAR O nome deveria ser mais simples, fácil de pronunciar e representassem o País. BOM Estamos nos preparando desde o início do ano para enfrentar uma das principais datas do ano para nós, empresários. REGULAR Com a facilidade de se comprar um carro, dificilmente a bicicleta crescerá como meio de transporte. BOM Brasília não é mais uma cidade calma como antes. Sem dúvida isso reduziria os problemas e proporcionaria maior segurança. RUIM Os nomes são muito estranhos, nenhum tem nada a ver com o Brasil. Poderia ser Zeca, por exemplo. REGULAR Estou bem disposta e com boas expectativas, mas ainda não comecei a me preparar. Deixo mais para cima da hora. RUIM Penso que cada um escolhe como quer se locomover e não vai ser isso que vai mudar o hábito das pessoas. RUIM Não faz diferença. Existem alguns lugares que já têm câmeras nas ruas e os crimes continuam acontecendo. Ronaldo Alves Instituto Pedala Brasília Joel Rodrigues Aderivaldo Cardoso Especialista em segurança pública Carlos Alberto de Amorim Empresário do setor de brinquedos Joel Rodrigues Lucicleide Soares Santos Operadora de caixa //Por Haland Guilarde Untitled-4 1 58 18/11/10 11:29 revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 Uma nova marca. O Sesc de sempre. A marca do Sesc está presente em todo o Brasil. Ela faz parte da vida de milhões de pessoas a quem o Sesc proporciona qualidade de vida e bem-estar. São brasileiros que se transformam e ajudam o Brasil a se transformar. Agora, a marca do Sesc se transforma também. revista FECOMÉRCIO | novembro 2012 59 sescdf.com.br • facebook.com/sescdistritofederal SIA TRECHO 01 Vendas: Incorporação e Construção: 3022-2213 SIAVISIONAIRE.COM.BR 60 sob o R-04 da Matricula 45.667 do 4º Ofício de Registro de Imóveis de Brasília – Distrito Federal. Os móveis, objetos e revestimentos de piso, parede e forro presentes nas ilustrações artísticas das plantas são sugestões decorativas, não fazendo parterevista FECOMÉRCIO | novembro Incorporação imobiliária registrada do contrato. O detalhamento dos serviços, equipamentos e acabamentos que farão2012 parte deste empreendimento constará no Memorial Descritivo, na convenção de condomínio e no compromisso de compra e venda. Medidas livres entre as paredes estão sujeitas a variações em decorrência da execução e dos acabamentos a serem utilizados. Em conformidade com a lei 4.591/64, as fotos, perspectivas e plantas deste material são meramente ilustrativas e podem apresentar variação de tonalidade. As áreas comuns serão entregues decoradas conforme Memorial Descritivo. A vegetação que compõe o paisagismo retratado nas perspectivas é ilustrativa e de porte adulto de referência. Na entrega, a vegetação poderá apresentar diferenças, mas estará de acordo com seu projeto paisagístico. Responsável técnico: Jorge Eduardo Passos de Cerqueira e Silva – CREA 29511-D/BA e Projeto Arquitetônico: Ivan Smarcevscki – CREA 4233-D/BA e Crosara Arquitetura – CREA7950-RF/DF. OAS Imóveis: CJ17820. MGarzon BrasilBrokers – Creci: CJ18087. BeiraMar- Creci: CJ3.218. Faenge Imóveis: CRECI: CJ 16.004.