ESCOLA ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO – ENSINO FUNDAMENTAL

Transcrição

ESCOLA ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO – ENSINO FUNDAMENTAL
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – PPP
ARARUNA – PARANÁ
DEZEMBRO-2010
ÍNDICE
1. Apresentação ........................................................................................
2. Introdução..............................................................................................
3-Identificação da escola ….......................................................................
3. Princípios norteadores da educação......................................................
4. Princípios filosóficos do trabalho escolar...............................................
6. Histórico do Estabelecimento.................................................................
7. Organização do trabalho escolar...........................................................
8. Formação dos Profissionais da Educação.............................................
9. Caracterização da População..............................................................
9.1 Caracterização do curso da EJA.........................................................
9.2 Alunos do Ensino Regular......................................................................
9.3 Alunos da Educação de Jovens e Adultos.............................................
9.4 Pais............................................................................................
9.5 Professores......................................................................................
9.6 Funcionários ....................................................................................
9.7 Equipe Pedagógica .........................................................................
9.8 Diretores...........................................................................................
10. Objetivo Geral......................................................................................
11. Objetivos Específicos...........................................................................
12. Análise da Conjuntura Brasileira..........................................................
13. Conjuntura Paranaense.......................................................................
14. Conjuntura Municipal...........................................................................
15. A Escola hoje.......................................................................................
16. Contradições e conflitos presentes na prática docente.......................
17. Concepções ideológicas......................................................................
17.1 Homem .............................................................................................
17.2 Sociedade..........................................................................................
17.3 Escola................................................................................................
17.4 Conhecimento...................................................................................
17.5 Educação...........................................................................................
17.6 Ensino-Aprendizagem ......................................................................
17.7 Avaliação ..........................................................................................
17.7.1 Concepção de Avaliação na EJA......................................................
17.7.2 Procedimentos e critérios para atribuição de notas na EJA..............
17.7.3 Proposta de Recuperação de estudos...............................................
17.7.4 Recuperação de Estudos da EJA.........................................................
17.7.5 Aproveitamento de estudos da EJA......................................................
17.7.6 Classificação e Reclassificação da EJA...............................................
17.7.7 Conselho escolar da EJA.....................................................................
17.7.8 Regime de Progressão parcial.............................................................
17.8 Critérios de organização interna.............................................................
17.9 Princípios de gestão democrática...........................................................
17.10 Acesso, permanência e sucesso da escola ….....................................
17.11 Formação continuada............................................................................
17.12 Qualidade do ensino-aprendizagem.....................................................
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17.13 Concepções das Diretrizes Curriculares.............................................
52
17.14 Trabalho coletivo- Gestão participativa e Estratégica.........................
53
18 Plano de Ação da Escola....................................................................
54
18.1 Gestão Democrática..........................................................................
54
18.2 Gestão Pedagógica...........................................................................
55
18.2.1 Gestão de resultados......................................................................
56
18.3 Gestão de Pessoas – Formação continuada.....................................
57
18.4 Qualificação dos espaços e equipamentos........................................
58
19. Recursos didáticos e tecnológicos..........................................................
58
20-Critérios para elaboração do Calendário Escolar, Horários letivos e não 60
letivos..................................................................................................
21-Organização da Hora/Atividade...........................................................
61
22-Critérios para organização de turmas e distribuição por 60
professor....................................................................................................
23-Plano de Ação Pedagógica..................................................................
61
23.1Ação
Pedagógica
construída
no
coletivo
e
para 61
todos...........................................................................................................
23.2- Eixos Norteadores..........................................................................
63
23.3- Objetivos..........................................................................................
64
23.4Reuniões Pedagógicas......................................................................
65
23.5Conselho de Classe...........................................................................
65
23.6Acompanhamento do trabalho pedagógico.......................................
66
23.7Reuniões e atendimento às famílias..................................................
67
23.8Atendimento aos alunos.....................................................................
69
24- Agenda 21 na escola................................................................................
71
24.1- Inclusão Social para uma sociedade solidária........................................
71
24.2 Tecnologias .....................................................................................
71
24.3- Programa Nacional de Educação Fical-PNEF........................................
72
24.4- Cultura Afro-Brasileira, Africana e Índigena...........................................
73
25 Inclusão...............................................................................................
73
25.1 Estágio não obrigatório de alunos que cursam o Ensino Médio............
74
26 Avaliação e acompanhamento do PPP...............................................
75
26.1 Periodicidade....................................................................................
76
26.2 Instâncias envolvidas.......................................................................
76
Referências Bibliográficas......................................................................
78
Anexos........................................................................................................
79
Apresentação da Proposta Curricular........................................................
80
Matriz Curricular.........................................................................................
83
Proposta Curricular de Arte.....................................................................
86
Proposta Curricular de Ciências................................................................
126
Proposta Curricular de Educação Física...................................................
163
Proposta Curricular de Ensino Religioso...................................................
172
Proposta Curricular de Geografia..............................................................
180
Proposta Curricular de História..................................................................
198
Proposta Curricular de Língua Portuguesa................................................
208
Proposta Curricular de Matemática............................................................
256
Proposta Curricular de Língua Estrangeira Moderna – Inglês..................
282
1. APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental e Médio apresenta a
nova reestruturação do Projeto Político Pedagógico realizando uma nova análise da
estrutura e de sua eficiência, visando responder às novas demandas da sociedade;
expressando os movimentos da prática pedagógica, de forma dinâmica e não
fragmentada, propondo reflexões e discussões críticas sobre os problemas da
sociedade e da educação para encontrar as possibilidades de intervenção na
realidade. Esta reestruturação foi norteadas através de discussões coletivas e com
a participação da comunidade escolar: Direção, Equipe Pedagógica, Professores,
Funcionários, Alunos e Pais ou Responsáveis.
O colégio tem como filosofia a Pedagogia Histórico-Crítica a qual define uma
concepção de homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, cidadania,
ciência, trabalho, tecnologia, currículo, ensino, aprendizagem e avaliação articulada
à dimensão político-pedagógica na busca de uma educação e sociedade
democráticas, bem como apresenta as decisões para o redimensionamento geral
desta escola. A partir dessa análise geral no coletivo, a comunidade escolar
pressupõe
a
superação
das
dificuldades
de
relações
de
trabalho,
o
redimensionamento da teoria e da prática escolar, a fim de melhor compreender as
contradições, limites e possibilidades que as constituem. Desta forma, pretendemos
empreender ações, ampliar os espaços de participação colegiada na definição de
uma educação de qualidade e da gestão democrática e inclusiva deste colégio.
2- INTRODUÇÃO
“A escola é um espaço de ensino, aprendizagem e
vivência de valores. Nela, os indivíduos se socializam,
brincam e experimentam a convivência com a
diversidade humana”.
Indicadores da Qualidade na Educação, MEC.
É nesta convivência, no ambiente educativo, que se pode estabelecer situações que
propiciem a busca para uma sociedade mais justa, onde os educandos ainda não
estão envolvidos pela imposição maior do capitalismo e podem romper com os
mecanismos de extrema dominação e exploração que impedem os indivíduos de
exercerem sua verdadeira cidadania.
A Proposta Pedagógica, à qual este Projeto se destina, procurará, sobretudo, a
busca de práticas que garantam a socialização do conhecimento relacionada ao
compromisso comunitário de cooperação e co-responsabilidade. Propõe-se uma
concepção de razão que não se queira nada que não seja admissível e aceitável por
todos, que se queira somente aquilo que não gere contradições e violências, que
respeite sempre o interesse coletivo. Buscando dessa forma uma participação mais
efetiva, calcada no conhecimento, julgamento e tomada de decisão consciente.
“Somos livres com os outros, não, apesar dos outros”. (Rios, l982, p. 77)
3- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
O Colégio Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental e Médio, localiza-se na
Rua Rio Grande do Sul, nº185- CEP 87260-000, com código do estabelecimento de
ensino:00012, telefone/ fax (44) 3562-1680, situa-se no Município de Araruna com
código:0170, como dependência administrativa da rede estadual de ensino;
pertencente ao Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, com código:05,
tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná , com o seu Ato
de autorização da escola/colégio Resolução nº 4263/77 D.O.E. De 09/12/1977, Ato
de reconhecimento da escola/colégio Resolução nº 5354/84 D.O.E., de 25/07/198
Ato da renovação do reconhecimento da escola/colégio Resolução nº 2727/02
D.O.E. 6290 de 09/08/2002, Ato Administrativo da aprovação do Regimento Escolar:
nº 104/2000 de 12/06/2000 Resolução nº1523/10- que adequa a nomeclatura do
Estabelecimento de Ensino que em decorrência do artigo 1º, passa a denominar-se
Colégio Estadual 29 de Novembro- Ensino Fundamental de Médio, com distância
entre o Colégio e o NRE DE 20 km. E-mail:[email protected]
4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
Para garantir uma educação com qualidade e construir uma escola para todos sob
respaldo na legislação brasileira a Constituição Federal nos diz que “A educação é
direito de todos e dever do Estado e da família e será promovida e incentivada com
a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação profissional” (Art. 205).
Na construção para a formação de um cidadão capaz de pensar, de decidir seus
próprios caminhos, de ter autonomia, espírito crítico, que seja civicamente
responsável e que possa intervir na vida comunitária nosso Projeto Político
Pedagógico está pautado nos princípios norteadores da Constituição Federal e da
Lei de diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96 que diz:
“I- Igualdade de condições para acesso e permanência na escola” (LDB).
Não basta dar vagas a todos, faz-se necessário
assegurar ao aluno a sua
permanência em todos os anos do Ensino Fundamental e Médio. Para tanto, a
família deve ser consciente de seu papel e ser co-responsável com a escola no
cumprimento deste princípio.
A prática pedagógica da escola tem que considerar alternativas e estratégias para
remover barreiras para que a aprendizagem e a participação sejam asseguradas a
todos, inclusive, aos alunos portadores de necessidades especiais; inclusão
educacional responsável.
II- “Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber”.
Em uma escola a liberdade não pode ser cerceada a título algum. O princípio básico
da democracia é a liberdade de expressão e a pluralidade de idéias e formas
diferentes de participar e aprender. Este Estabelecimento prima por uma educação
que incentive a pesquisa, a experimentação, a construção coletiva, a vivência de
novas abordagens e práticas pedagógicas, desenvolvendo valores sociais e éticos,
combatendo a discriminação e a exclusão. Princípios que respeitem a diversidade
de ânimos, culturas, sentimentos, classes, onde o aluno possa sair da disciplina e
contextualizar
seu
aprendizado,
percebendo
assim,
ligação
com
a
vida.
Parafraseando Edgar Morim: “É difícil romper uma linha de raciocínio cultivada por
várias gerações”, mas acreditamos que é perfeitamente possível.
III – Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas:
Ninguém é dono da verdade, ela deve ser livremente buscada e pesquisada pelo
confronto de diferentes ideias, concepções, sistemas e doutrinas. O unilateralismo
excludente deve ser rejeitado, pois este serve apenas ao totalitarismo e conduz a
escravidão humana.
Nossos alunos são oriundos de famílias de classes sociais diversificadas tantos em
seus costumes, valores, saberes e classe social, suas trajetórias, experiências,
conquistas e perdas expressam diferentes concepções de mundo, vividas nos
grupos em que pertencem, por isso há necessidade de desenvolver projetos visando
maior interação intercultural envolvendo comunidade escolar e comunidade familiar.
Para que a diversidade seja parte do cotidiano da escola, são desenvolvidos
projetos e trabalhos que respeitem e abordem todo tipo de cultura, crenças, etnias,
diferenças sociais, etc., resgatando e construindo valores, para uma convivência
feliz com a pluralidade do mundo, no qual também auxilia nesse processo.
IV – Respeito à liberdade e apreço à tolerância:
O mundo é plural. O fazer pedagógico deve ser aberto, dialógico, reflexivo, crítico e
indagador respeitando as diferentes opiniões. Neste sentido a educação deve ser
dialógica, para que os alunos busquem uma construção coletiva do conhecimento e
que possam resolver seus conflitos através do diálogo, compreendendo que suas
atitudes são importantes nesta caminhada e que estas envolvem a cognição. Para
tanto, a escola deve incentivar a participação, o respeito mútuo, a solidariedade, o
livre exercício do pensar e a liberdade responsável, pautados na justiça e na ética.
V – Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino:
Isso é princípio da democracia e essencial para que a universalização da educação
seja facilitada.
VI – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais:
O compromisso da escola pública é promover a socialização e a democratização do
saber para todos e universalizar o ensino no sentido de incluir todos que não tem
acesso ao conhecimento, para que esses objetivos sejam alcançados ela precisa ser
gratuita e de qualidade.
Portanto, a esse sujeito que tem uma rica experiência e possui diferentes saberes
deve ser permitido construir uma identidade positiva e de conhecimento, para que
exerça em seu meio o seu direito à diferença, à singularidade, à transparência, à
solidariedade e à participação.
VII – Valorização do profissional da educação escolar:
O Mestre e Doutor em Educação, português, Antonio Novoa, coloca em seus livros o
desafio maior dos educadores da atualidade – manter-se atualizado sobre as novas
metodologias para desenvolver práticas pedagógicas eficientes. “O aprender
contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente,
e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente”, diz Novoa. Para
tanto o Estado precisa investir e valorizar o educador.
Essa valorização e essa formação tem como base a realidade, desta escola, onde
se desenvolve o trabalho de fato. Cada um de seus profissionais constrói o
conhecimento à medida que trabalha e, por isso, qualquer plano de estudo deve ser
feito no interior da escola, onde se desenvolve a prática.
VIII – Gestão democrática do ensino público:
Na busca de contribuir para uma transformação na realidade social, econômica e
política do país, a escola deve levar as reflexões e as discussões para serem
analisadas por todos os sujeitos que compõem a comunidade escolar. Todos
precisam e tem o direito de participar do processo educativo: professores,
funcionários, pais, alunos e outros.
A gestão democrática se faz quando os componentes da comunidade escolar
opinam, colaboram, avaliam, aplaudem ou criticam, para que seja construída uma
visão global da realidade e dos compromissos coletivos assumidos. Baseando-se
neste diagnóstico a escola tem muito mais chance de acertar em seus processos de
intervenção pedagógica.
IX – Garantia do padrão de qualidade:
Qual o padrão de qualidade aceitável na educação? Segundo o colombiano
Bernardo Toro “a escola tem a obrigação de formar jovens, adulto e idosos, capazes
de criar, em cooperação com os demais, uma ordem social na qual todos possam
viver com dignidade”. É certo que, quando o jovem for adulto, seu campo de atuação
será o mundo. Nesta relação com o outro e com a sociedade plural, deverá
colaborar para construir uma sociedade mais justa, solidária e de conhecimento.
Para a questão das competências mínimas para a participação produtiva e para a
inserção social do ser humano neste mundo globalizado, Bernardo Toro, colabora
com algumas habilidades que devem servir de parâmetros para o trabalho
pedagógico nas escolas. Tais como: domínio da leitura e da escrita, capacidade de
fazer cálculos, resolver problemas, analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e
situações, compreender e atuar em seu entorno social, receber criticamente os
meios de comunicação, capacidade
de acessar e usar melhor a informação
acumulada, planejar, trabalhar e decidir em grupo.
Acredita-se que se todos os sujeitos do processo educativo se responsabilizam por
uma prática pedagógica dialógica, todos têm muito a ensinar e aprender. Neste
processo é essencial a valorização do conhecimento e das experiências,
extracurriculares do educando, formulando propostas de planos de ensino,
atividades significativas dinâmicas e novas formas de organização do trabalho
pedagógico.
X – Valorização da experiência extracurricular:
As desigualdades sociais e as diferenças culturais têm sido consideradas grandes
obstáculos à democratização da educação, segundo alguns teóricos e professores.
Mas em suas relações sociais, eles experimentam e vivenciam muitas coisas que
contribuem para a construção de sua identidade. Todos são possuidores de muitos
saberes diferentes, que se a escola souber socializá-los e incorporá-los em seu
fazer pedagógico, enriquece e deixa mais significativa a educação progressista
defendida por educadores e comunidade. Para tanto, é primordial a escola assumir
sua função principal: a competência de ensinar/aprender e educar para a cidadania.
Por isso, todo trabalho pedagógico deve ser coletivo e de reflexão contínua.
XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais:
Ao desenvolver a autonomia e a cidadania participativas em seus educandos, as
práticas pedagógicas da escola devem contribuir para que o conhecimento teórico
seja aliado a práticas reais. Partindo de problemas reais de sua comunidade, os
projetos escolares podem contribuir para instigar nos sujeitos aprendizes,
habilidades
intelectuais
para
tomada
de
atitudes
de
cooperação,
co-
responsabilidade, iniciativa e organização. São nessas intervenções na realidade
social onde estão inseridos os educandos que podem provocar mudanças e
transformações no meio e em si mesmos.
Neste
sentido
a
escola
precisa
continuar
construindo
um
conhecimento
interdisciplinar e globalizado que trabalhe o específico, mas que avance para uma
compreensão real das relações sociais, possibilitando assim, contribuir para a
amenização das injustiças sociais de uma sociedade que é competitiva, seletiva e
excludente.
As metodologias e abordagens devem facilitar e permitir esses desejos e
aspirações. Entre eles: oficinas pedagógicas, trabalhos em grupos, pesquisas de
campo, pesquisas na biblioteca, debates e análise críticos, estudos de texto,
projetos de leitura, demonstrações em laboratórios, oficinas escolares, entrevistas,
observação de práticas sociais, visitas, palestras, projetos extracurriculares, etc.
Assim, a escola possibilita ao aluno compreensão, interpretação e análise, interação
crítica e produtiva do sujeito no mundo em que vive e participa ativamente.
5. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
A Escola é o espaço da socialização do conhecimento. Sua clientela é a que
caracteriza toda a organização do trabalho Escolar. Esta Escola busca diminuir as
desigualdades sociais por meio, principalmente, da informação, pois só teremos
indivíduos críticos, capazes de fazerem escolhas mais acertadas se obtiverem
conhecimento. Para haver transformação é necessário um conhecimento, uma
análise, uma busca por aprimoramento em prol de uma coletividade.
Não se consegue formar sujeitos com direitos iguais, se a atitude de seus
educadores for discriminatória, se continuarem rejeitando a ideia de trabalhar com
alunos problemas, se não conseguirem sentir afeto pelos pobres, pelos
homossexuais, pelos negros, etc. Esse é o desafio de quem trabalha em Escola
Pública. A Escola tem o desafio de ajudar a formar indivíduos, de promover a
Educação, e esta, compreende não só o trato da informação, mas também da
construção de valores, opiniões, participação, socialização, respeito e atitude.
Este Estabelecimento de Ensino deve se posicionar “em prol de sua clientela”,
fornecendo meios para a conquista da cidadania, como indivíduos de auto-estima,
conscientes de sua condição como agentes que terão que escalar montanhas, as
quais terão caminhos difíceis que exigirão muita garra, preparo e sabedoria. Deverá,
ainda, promover a participação democrática da Comunidade Escolar, com formação
de Conselhos, APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários), Grêmios
Escolares, Reuniões, Assembleias, etc.
A Escola deve valorizar toda a diversidade cultural, se valendo da riqueza de
conhecimentos e do respeito à liberdade de credo, valores, opções sexuais,
provocar reflexões e ações que intercedam no equilíbrio ambiental, conscientizando
sobre os cuidados e as consequências do homem com o meio ambiente, procurando
desenvolver atitudes que reflitam a conscientização desejada.
O Colégio Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental e Médio tem o
compromisso de promover uma Educação Consciente, voltada para a emancipação
humana, mas realizada dentro das condições ofertadas pela Entidade Mantenedora,
que tem grande responsabilidade sobre a viabilização da Proposta do Projeto
Político Pedagógico da Escola.
6. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
Em 07 de março de 1958 foi criada, pelo Decreto nº 15.216, a Escola Normal
Regional, pelo Exmo. Sr. Secretário da Educação e Cultura, Sr. Vidal Vaghoni e
Exma. Sra. Chefe do Ensino Normal, Professora Diva Vidal.
No dia 11 de março de 1958 foi instalado solenemente com o nome de Escola
Regional de Araruna, pelo professor Juvaldir de Oliveira Guimarães, Assistente de
Ensino Normal da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Paraná, estando
presente o Exmo. Sr. Deputado Felipe Bitencourt e grande número de pessoas,
tendo como primeira diretora a Professora Eunice de Miranda Wolff.
A denominação “29 de Novembro” é designativo da data magna do Município, pois
consta que Araruna era conhecida antigamente pelo nome de Caminho de Peabiru,
e formou-se em pleno território comunal de Peabiru, de onde foi desmembrado mais
tarde, para se transformar em Município autônomo.
Araruna foi elevada a Distrito e sua sede à categoria de Vila em 1952, como unidade
administrativa de Peabiru. Em 1954, pela Lei 253 de 26 de Novembro passou a
categoria de Município, sendo instalado em 29 de Novembro de 1955.
Em 1957, pelo Decreto nº 4 263, de 06 de Dezembro de 1957, foi autorizado a
funcionar nos termos da legislação vigente, o Complexo Escolar Castro Alves –
Ensino de 1º Grau, passando o então Ginásio Estadual “29 de Novembro”, a
denominar-se Escola Estadual 29 de Novembro – Ensino de 1º Grau.
Em 1961 ou 1962, passou a denominar-se Escola Normal de Grau Ginasial “29 de
Novembro”, mudanças essas feitas, em todas as Escolas Normais Regionais do
Estado.
Em 1967, de acordo com as Leis de Educação, passou a ser Ginásio Estadual “29
de Novembro”, dando direito às prerrogativas concedidas pelo sistema Estadual de
Ensino.
Em 1968 a Escola funcionava em prédio de madeira à Rua Rui Barbosa, 466 em
dois turnos, diurno e noturno, com 12 (doze) turmas e um total de 324 alunos
matriculados. Possuía 04 salas de aula, gabinete de professores, uma cantina e
biblioteca. Duas salas de aula funcionavam no Grupo Escolar “Princesa Isabel”,
devido à falta de salas no prédio da Escola. Até 1968 havia formado seis turmas de
professores Regentes de Ensino. O corpo docente era composto por dezoito
professores.
Durante o período de 1958 a 2005, a Escola Estadual 29 de Novembro teve 14
gestores:
Gestão
1958 a 1959
1960 a 1966
1967 a 1968
1969 a 1971
1972 a 1975
1976 a 1978
1979 a 1980
1981 a 1987
1988 a 1991
1992 a 1993
1994 a 1995
1996 a 1997
1998 a 2001
2001 a 2002
Diretores (as)
EUNICE DE MIRANDA WOLFF
IDA GAGLIARDI PELÁ
EUNICE DE MIRANDA WOLFF
ENRIQUETA MARTINELI PESCADOR
CAMILA STADNISKI
DIRCEU ROMUALDO
ONÍLIO PADOVANI
MARIA HANEL BARETTA
CÍCERO FERNANDES
EDNAR MELO CAVALCANTE
MARIA GORETTI BARBOSA
LAUDENIR MARIA GOBI MOLINA
ROSINEIDE DE JESUS CAETANO
MARIA CÂNDIDA SOARES KLEIN
2002
2003ou 2005
2006 a 2008
2009 a 2011
CELSO TOMÉ DA SILVA
ROSINEIDE DE JESUS CAETANO
CLEMAIR BARETTA BIASOTTO
JOED APARECIDO RYAL
Em junho de 1976 foi inaugurado o novo prédio do Ginásio Estadual 29 de
Novembro com recursos da FUNDEPAR em convênio com a Prefeitura Municipal de
Araruna, no Governo do Paraná de Jaime Canet Junior e a Administração do
Prefeito Municipal Luiz Zavatin.
Em setembro de 1996 foi inaugurada a ampliação de 232 m 2 com recursos da
FUNDEPAR em convênio com a Prefeitura Municipal de Araruna, no Governo do
Paraná de Roberto Requião e Administração do Prefeito Municipal Hermes Campos
Teixeira.
Em dezembro de 1999 foi alterada a fachada da Escola, com ampliação da sala de
recepção em 23,80 m2 de edificação educacional em alvenaria, com recursos da
APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) em 84% e parceria com a
Prefeitura Municipal de Araruna em 16%.
Em setembro de 2005 foi concluída a construção e pintura de 02 salas de aula,
anexas a um dos pavilhões das salas de aula, com paredes em alvenaria e madeira,
com recursos da APMF.
Em Agosto de 2006 foi concluída e inaugurada, com a presença de autoridades
locais, e do Secretário da Casa Civil e do Governo do Estado Do Paraná no Governo
Roberto Requião: Rafael Latauro, a quadra coberta da escola.
Em 2010 foi realizada uma ampla reforma nos banheiros, masculino e feminino,
cozinha, salas de aula, no pavilhão administrativo, na casa do zelador, reforma
completa na parte hidráulica e elétrica e ainda construção de duas salas e
paisagismo no pátio, com recursos da SEED.
7. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR
Modalidade de Ensino: Ensino Fundamental (5ª a 8ª série)
Número de turmas: 31
Número de alunos: 886
Número de Professores: 54
Número de Pedagogos: 4
Número de Funcionários: - Administrativo: 7
- Agente de apoio: 8
Número de Diretor Auxiliar: 01
Número de Salas de Aula: 14
Modalidade de Ensino: Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Equipe Pedagógica: 1
Fundamental Fase II
Números de aluno: 60.
Número de Turmas:
Ensino Médio:
Números de alunos:64.
Turno de Funcionamento:
Matutino
Vespertino
Noturno
Espaço Físico:
Ambientes Pedagógicos:
- Sala de recursos adaptada
- Laboratório de Ciências
- Biblioteca adaptada
- Laboratório de Informática
- Quadra de Esportes Aberta
- Quadra de Esportes Coberta
- Pátio Coberto
- Pátio Arborizado
- Sala de Apoio Pedagógico
Outros:
- Sala Direção
- Almoxarifado adaptado
- Cozinha adaptada
- Sala de Secretaria
- Sala de Recepção
- Sala dos Profissionais da Educação (Professores e Funcionários) adaptada.
- Sala de Arquivos
- Cantina
- Depósito de Merenda adaptado
- Sala de materiais pedagógicos de Educação Física
- Banheiros – masculino e feminino dos Profissionais da Educação
- Banheiros – masculino e feminino para alunos
- Banheiros- adaptado para alunos com necessidades especiais
- Casa para Zelador Escolar
- Sala de Supervisão/ Orientação
8. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Corpo Docente:
Curso Superior
( X )
Pós – Graduação
( X )
Mestrado
( X )
Doutorado
(
)
Funcionário Administrativo:
Curso Superior
( X )
Ensino Médio
( X )
Magistério
( X )
Profissionalizante ( X )
Pós-Graduação
( X )
Funcionário Aux. Serviços Gerais:
Curso Superior
( X )
Ensino Médio
( X )
Magistério
(
Profissionalizante
( X )
Pós-Graduação
(
1º grau (Ens.Fund)
( X )
)
)
9. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
A comunidade escolar do Colégio Estadual 29 de Novembro- Ensino Fundamental e
Médio é caracterizado pela sua diversidade cultural e heterogênea, com níveis
sócio-econômico variados, nos quais os pais e responsáveis são em sua maioria,
assalariados, trabalhadores rurais e diaristas, algumas dessas famílias são
assistidas pelas instituições assistenciais, tais como: Bolsa Escola, Bolsa Auxilio
Alimentação, entre outros planos assistencialistas dos Governos Estadual e Federal.
Podemos perceber que ainda existem muitos analfabetos e analfabetos funcionais,
que por falta de oportunidade, ou porque tiveram que se inserir na vida do trabalho
de forma precoce, deixaram os estudos em segundo plano, ou por outras
circunstâncias.
Nesse contexto muitos pais não conseguem subsidiar seus filhos no processo de
ensino-aprendizagem.
9.1- Caracterização do curso da EJA
O colégio tem como uma das finalidades a oferta de escolarização de Jovens,
Adultos e Idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino
Fundamental e Médio, assegurando-lhe oportunidades apropriadas, consideradas
suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações
didático-pedagógicas coletivas e individuais.
O curso é caracterizado por estudo presencial desenvolvido de modo a viabilizar
processos pedagógicos tais como:
1- Pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
2- Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
3- Registros utilizando recursos variados
(esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos.;
4- vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem
como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
A escola deve prestar total informação quanto a organização das modalidades que
podem ser: organização coletiva, e organização individual.
9.2 Alunos da Ensino Regular
Os educandos do Colégio Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental e Médio
formam uma clientela diversificada, com sua maioria residente na zona urbana;
porém nos períodos vespertinos e noturno temos alunos oriundos da zona rural,
alunos estes que apesar das suas dificuldades, sejam elas de ordem socieconômica,
intelectual, afetiva ou até mesmo no que refere às condições de acesso à escola,
alimentação e moradia, esforçam-se para conseguir sanar as suas dificuldades
diversas e se dedicam no processo de ensino-aprendizagem dentro dos seus limites
e anseios.
Portanto a miscigenação de culturas diversificadas requer muito incentivo, motivação
e compreensão por parte de todos os sujeitos da educação.
O colégio possui alunos com necessidades especiais e em quase todas as turmas,
nota-se a presença de alunos com defasagem de conteúdos, egressos de salas
multisseriadas de escolas do campo, com condições socioculturais e econômicas
diversas, alunos egressos de classes especiais e aqueles que por diversas razões
psicológicas e outras, não conseguem acompanhar o processo de ensinoaprendizagem na escola.
9.3- Alunos da Educação de Jovens e Adultos
O Educando da EJA (Educação de Jovens e Adulto) é um sujeito sócio-históricocultural com diferentes experiências de vida, que se afastou da escola devido a
fatores sociais, econômicos, políticos e ou culturais, muitas vezes com ingresso
prematuro no mundo do trabalho, evasão ou repetência escolar.
Os jovens e adultos que procuraram a EJA precisam da escolarização formal tanto
por questões pessoais quanto pelas exigências do mundo do trabalho. Objetivando
mais positivos, os horários de atendimento devem ser dinâmicos para que os
educandos trabalhadores possam concluir seus estudos. Muitos buscam a escola
para desenvolver ou ampliar seus conhecimentos, bem como têm interesse em
outras oportunidades de convivência sócia e realização pessoal.
A EJA também contempla o atendimento a educandos com necessidades
educacionais especiais; considerando sua singular, dá-se prioridade a metodologias
educacionais específicas que possibilitem o acesso, a permanência e o seu êxito no
espaço escolar.
9.4 Pais:
Os pais da comunidade do Colégio Estadual 29 de Novembro, são pais em sua
maioria participativos, interessados no processo de ensino-aprendizagem do
educando, com ações de co-resposabilidade que assegurem a formação educativa.
Os pais são oriundos da zona urbana e da zona rural, muitos desses são
assalariados ou trabalhadores rurais, que sempre que possível participam da vida
escolar do filho. Um parte dos pais e responsáveis não possuem muito estudo
porém tentam ao máximo que os filhos estudem para terem uma condição de vida
melhor, incentivando a frequência e a participação do aluno de forma regular no
processo de ensino.
9.5 Professores:
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados,
com
todos os professores com formação acadêmica, muitos com cursos de
especialização na área que atuam, alguns com mestrados, além de estar sempre em
cursos de formação continuada, através do PDE.
Pela natureza do trabalho docente concentrar-se em ensinar como contribuição ao
processo de humanização dos alunos historicamente situados, torna-se necessário
desenvolver nos alunos conhecimentos e habilidades que possibilitem construir seus
saberes-fazeres docentes a partir dos desafios que o ensino como prática social lhe
exige, o que lhe possibilita criar sua própria identidade.
O conhecimento não deve ser entendido simplesmente como informação, mas sim,
como o trabalho das informações através de
sua classificação, análise e
contextualização. Portanto, a finalidade da educação escolar é possibilitar o trabalho
dos alunos quanto aos conhecimentos científicos e tecnológicos, a fim de
desenvolver habilidades para operá-los, revê-los e reconstruí-los com sabedoria.
Os professores participam na elaboração do projeto politico pedagógico, das
propostas pedagógicas curricular, da escolha dos livros didáticos, elaboram o seu
plano de trabalho docente, além de desenvolver as atividades de sala de aula, tendo
em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo aluno, Participando do processo
de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com dificuldades
acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo,
com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais.
9.6 Funcionários:
Atualmente o quadro de funcionários de nossa escola conta com profissionais
interessados em aperfeiçoar cada vez mais seus conhecimentos, alguns com
formação Superior e Pós-graduação consciente de seu papel no contexto
educacional, não só como um agente funcional, mas ativamente educador. Grande
parte dos funcionários Agentes Educacionais I e Agentes Educacionais II estão
sempre dispostos a colaborar para o bom funcionamento da escola em todos os
seus segmentos.
Atende as necessidades da escola dos alunos e da comunidade escolar, na área de
sua competência. O agente educacional I tem em seu encargo o serviços de
conservação, preservação, segurança e da alimentação escolar detre outras
atividades correlata as sua função participando das diversas atividades escolares. O
agente educacional II presta informações e orientações sobre a legislação vigente e
a organização e funcionamento do estabelecimento de ensino. Promove
relacionamento cooperativo de trabalho com seu colegas, com alunos, com pais e
com os demais segmentos da comunidade escolar.
9.7 Equipe Pedagógica:
O papel do Professor Pedagogo foi fortemente valorizado, após sua conquista no
refere-se ao âmbito político e pedagógico que transcenderam as funções
burocratizantes, disciplinadores e fragmentadoras do processo. Para tal, exige a
reflexão e tomada de consciência de seu legítimo papel por parte de toda a escola.
O pedagogo é um profissional que pensa o papel da escola historicamente e que
media as relações pedagógicas, entre professores, alunos, currículo, metodologia,
processo de avaliação, processo de ensino aprendizagem e organização curricular.
A função do pedagogo, portanto, se delineia na ação intencional que media e orienta
a prática docente à luz de uma concepção de educação progressista. Concepção
está voltada para a emancipação das classes populares, comprometida com a
formação cultural, com a difusão do conhecimento vivo e com um projeto de
sociedade de fato democrático.
Portanto o Professor Pedagogo é o mediador na interação com professores e alunos
que deve observar e “captar” os problemas e dificuldades para que, no coletivo,
possam ser pensadas as ações que conduzam aos caminhos para equacionar os
problemas entorno da escola.
9.8 Diretores:
A direção é composta pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar, escolhidos democraticamente entre os componentes da comunidade escolar. Sendo os mesmo
responsáveis pela efetivação da gestão democrática, é a de assegurar o alcance
dos objetivos educacionais definidos.
O Diretor é cidadão, educador e político. Ele é responsável por todas as atividades
na escola e por tudo que ocorre ao seu redor e que afeta diretamente o trabalho
escolar. É sua liderança que dá o tom das atividades escolares que cria um clima
para aprendizagem, o nível de profissionalismo e a atitude dos professores e dos
alunos. O diretor é o principal elo entre a escola e a comunidade.
O papel do gestor escolar a partir das novas concepções, reafirmadas pelas políticas
públicas, sobre a gestão democrática da educação, procuram promover uma certa
flexibilização e descentralização no âmbito escolar, ou seja, busca incentivar maior
participação do coletivo. Planejando as ações comprometidas com democratização
da Gestão da Escola, e amplamente, com o processo de democratização da
sociedade brasileira. Diante disso pressupõem
a participação e o envolvimento de
todos os sujeitos que se encontram envolvidos com o processo educativo.
10. OBJETIVO GERAL
Buscar a organização do trabalho pedagógico na escola com adoção de práticas
coletivas e de gestão democrática investindo na cultura do sucesso escolar e no
desenvolvimento do compromisso coletivo para a participação e mudanças na
realidade social.
11. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•
Promover a reflexão sobre a conjuntura da realidade nacional, estadual,
municipal e escolar;
•
Estabelecer o verdadeiro papel da Escola e qual é a sua função social;
•
Entender a sociedade que vivemos para que nela possamos interferir no
sentido de busca de aprimoramentos;
•
Promover
a
participação
coletiva
no
trabalho
educativo
(alunos,
professores, pais, mães, funcionários, comunidade em geral);
•
Entender a Escola como território de luta, quer seja para uma educação
de qualidade, quer seja pela melhoria das condições de trabalho dos
trabalhadores em Educação;
•
Desenvolver projetos integrados a todas as disciplinas para a promoção
da inclusão, valorização da cultura do campo, valorização da contribuição
Afro e outras em nossa cultura e participação na Agenda 21;
•
Refletir sobre o processo ensino-aprendizagem, entendendo as fases do
desenvolvimento humano e os processos diferenciados de como o aluno
aprende;
•
Buscar na Avaliação uma forma de aprimoramento pessoal e coletivo;
•
Entender a avaliação como um processo, levando em conta não só os
resultados das tarefas realizadas, mas também o que ocorreu no caminho;
•
Fortalecer a atuação dos Conselhos Escolares, APMF e órgãos
colegiados da comunidade escolar;
•
Instigar a curiosidade e a participação em eventos diversos relacionados a
ampliação das experiências (Debates, Seminários, Fóruns, Congressos,
Conferências, etc.);
•
Deixar transparente a lisura da aplicação dos recursos públicos e a melhor
utilização de equipamentos, espaços e serviços;
•
Desenvolver laços de afeto pelo ambiente escolar, no sentido de ajudar a
preservá-lo e buscar formas harmoniosas de convivência.
12. ANÁLISE DA CONJUNTURA BRASILEIRA
A mudança tão necessária na mentalidade do povo e na política do nosso Brasil tem
que acontecer urgente. Mas o nosso povo não está mais tão ingênuo! Pelo menos
em passos lentos já se percebe alguma mudança. O cenário de corrupção em nosso
país ainda é muito grande. O Brasil, no entanto em muitos relatórios internacionais é
tido como um país que tem um grande potencial econômico, mas falta mão de obra
qualificada para dar garantia aos produtos que saem daqui. Além do atraso na
educação, fator de subdesenvolvimento, precisamos diminuir a burocracia, outro
grande fator de atraso em nosso país, e também aumentar a qualidade na educação
e diminuir o excesso de burocracia que condicionam o nosso país a uma grande
desvantagem em relações a muitos países.I
Esse contexto atual se dá pela própria história que em sua essência sofreu um
atraso terrível a começar pela forma em que fomos colonizados: escravidão dos
negros, índios, mulheres, etc. Foi negligenciada por muito tempo a nossa educação
e nossa história foi e continua muitas vezes sendo contada sobre a perspectiva
européia alienante.I
Sobre a conjuntura política as últimas décadas , podemos dizer que foi uma grande
conquista democrática a de um operário chegar a presidência da Republica – Luiz
Inácio Lula da Silva, gestões 2001-2004 e 2005-2010, e elegendo com o seu apoio a
primeira mulher como presidenta da Republica. Ele é um homem do diálogo e
manteve uma boa relação exterior. Imagine um operário, metalúrgico chegar a essa
função tão importante para um país? Antes éramos acostumados com os burgueses
elitizados de alto escalão como presidente da república brasileira e chegar um
operário metalúrgico na presidência! É uma conquista histórica para os
proletariados! As pesquisas e a nossa experiência prática mostram que melhorou a
qualidade de vida dos brasileiros. Fica a esperança de que a atual presidenta possa
dar continuidade aos avanços e levar adiante a nossa história e superar
defasagens que ainda existem em nosso país.
as
13. CONJUNTURA PARANAENSE
O Estado do Paraná, localizado na região Sul do Brasil, assim como os demais
estados
dessa
região
possuem
um
desenvolvimento
econômico,
cultura,
privilegiado. A realidade paranaense não difere muito da nação no que tange às
questões políticas e econômicas.
Somos um estado produtivo na agricultura, na indústria. Temos também várias
Instituições de Ensino Públicas e Privadas, mas ainda não temos a aplicação de
recursos financeiros suficientes para a Educação, o que tem gerado um ensino que
não contempla de forma significativas
todas as exigências necessárias para o
atendimento de toda a clientela, principalmente àqueles que exigem tratamento
específico.
Cada governante, verdadeiramente comprometido com o bem da Nação sabe que
deve investir na Educação de seu povo, só assim poderemos resolver problemas
conscientemente, principalmente os problemas sociais.
14. CONJUNTURA MUNICIPAL
Cidade do interior, Araruna possui a característica acolhedora e caseira. Com uma
população de 13.367 habitantes. A economia é estruturada pela agricultura, por
indústrias alimentícias e moveleiras. Também o comércio pequeno, mas que
emprega e sobrevive das necessidades de subsistência de sua população rural e
urbana, bem como de alguns fregueses de cidades vizinhas no setor alimentício.
A educação oferta ensino Fundamental e Médio a nível Estadual, e Fundamental –
Educação Básica e Fundamental de 1ª a 4ª série a nível Municipal. Embora seja um
município pequeno, convive com situações de desvalorização de mão-de-obra, com
baixos salários, marginalidade (em pequena escala) drogas, e todos os problemas
de centros maiores, apenas proporcional ao seu porte.
15. A ESCOLA HOJE
O colégio Estadual 29 de Novembro- Ensino Fundamental e Médio, juntamente com
a comunidade escolar, tem o compromisso de acompanhar o rendimento e o
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem do educando.
Dessa forma, a escola é um espaço democrático dentro da sociedade
contemporânea,
servindo
para
discutir
questões
sociais,
possibilitar
o
desenvolvimento do pensamento crítico, trazer as informações, contextualizá-las e
dar caminhos para que o aluno busque mais conhecimentos. Além disso, é o lugar
de sociabilidade de jovens, adolescentes e também de difusão sócio-cultural. Mas é
preciso considerar alguns aspectos no que se refere a sua função social e a
realidade vivida pelos educandos.
Assim, a educação não é alienante, por ter como finalidade a formação do homem
para que este possa realizar as transformações sociais necessárias à sua
humanização, buscando romper com os sistemas que impedem seu livre
desenvolvimento.
O essencial do trabalho educativo é garantir e possibilitar ao homem tornar-se livre,
consciente, responsável a fim de concretizar sua humanização. E para isso tanto a
escola como as demais esferas sociais devem proporcionar a procura, a
investigação, a reflexão, buscando razões para a explicação da realidade, uma vez
que é através da reflexão e do diálogo que surgem respostas aos problemas.
A educação, vista de um outro paradigma, enquanto mecanismo de socialização e
de inserção social e de desenvolvimento da criticidade para um trabalho não
alienado, indica um caminho para construção da ética, da cidadania, a consciência
política e a capacidade de reflexão.
16.CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE
O professor tem claro que tipo de sujeito ele quer formar, sabe que deve ser
inovador,
que
deve
proporcionar
aprendizagem. O ato de
formas
diferenciadas
de
situações
de
ensinar se faz através de uma sequencia de ações,
compromissos e acordos, tácitos ou explícitos, existentes entre alunos e professores
que determinam a gestão da classe. Cada aluno é um ser individual que tem
diferentes níveis de compreensão. O professor sabe da importância da interação do
grupo no processo de conhecimento, mas ainda nem sempre sabe o quê fazer com
situações de indisciplina, ou com resultados não satisfatórios de aprendizagens, não
sabe como agir quando as tarefas não são realizadas pelos alunos e ainda, quando
não se pode contar com a família no processo de construção da aprendizagem e
formação da personalidade dos alunos. Essas e outras situações contribuem para as
contradições e conflitos instaurados num processo que seria mais satisfatório, caso
não houvesse tais dificuldades. E, sanar tais dificuldades, faz com que demoremos
mais a chegar ao objetivo principal do ensino, que é o processo de apropriação de
conhecimento pelo aluno.
17. CONCEPÇÕES IDEOLÓGICAS
17.1 Homem:
Nossa presença no mundo não é a de quem a ele se
adapta, mas de quem nele se insere. É a posição de
quem luta para não ser apenas objeto , mas sujeito
também da história.
Paulo Freire.
Precisamos formar homens e mulheres de sensibilidade, respeito, segurança,
honestidade, equilíbrio, iniciativa, pesquisadores, criativos, questionadores, humildes
e dotados de espírito de indignação com as injustiças sociais, capazes de buscar as
transformações necessárias para um mundo melhor.
Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o
que fazemos para mudar o que somos....
Eduardo Galeano
Estimular o desenvolvimento do ser humano
Educar é conscientizar os seres humanos sobre a necessidade de aprender e que
esse aprender pode se tornar uma atividade prazerosa. Portanto, deve-se buscar
desenvolver nos educandos:
O conhecimento: Só o conhecimento nos leva a sabedoria. Se informar é
primordial.
O intelecto: Desenvolver o pensamento para uma compreensão do todo. Extrapolar
o que está no papel ou na visão. Discernir o que vê, lê e ouve. Capacidade para
deduzir, criar, concentrar-se e levar à lógica.
A técnica: Manter a memória ativa para aprender outras coisas. Quando você
menos imagina vai precisar consertar algo, arrumar outras, etc.
O físico: Se movimentar é preciso. A energia que produzimos pode desenvolver-se
em mais energia para nossas habilidades. Um corpo que se movimenta pode
externar uma atitude de bom humor para o ser. Estimular o espírito de
competitividade.
Preparar para a vida: É necessário estimular no ser humano o aprender a conviver,
assim como, num espírito de cidadania, o ser conquista o seu espaço em
solidariedade e cooperação. Entender que a felicidade não se compra. Integrar –
criar – se responsabilizar – são habilidades de valor.
Crescimento social: Trabalhar a conscientização social de que o conhecimento é
construído socialmente e que as relações de poder estão interligadas permeando
todas as atividades humanas.
17.2 Sociedade:
Queremos uma sociedade que não seja hipócrita, que
lembre-se de todos os
valores humanos na busca de sua sobrevivência, que consiga um equilíbrio entre o
desenvolvimento e com aqueles que promovem esse crescimento. Queremos uma
sociedade que seja a mesma nas Igrejas e templos, como nas relações de trabalho,
de diversão, de busca de direitos, de cumprimento de deveres, uma sociedade que
respeite as pessoas e seja justa com os que têm menos.
É utópico pensar que teremos uma sociedade voltada para
questões humanas, mas não podemos deixar de sonhar. É o
sonho que obriga o homem a pensar.
Milton Santos
A Sociedade é feita de atitudes de homens e mulheres em suas relações com as
pessoas e com as questões voltadas à manutenção da mesma. Precisamos de uma
sociedade que busque o desenvolvimento de seu povo, que valorize a educação, o
aperfeiçoamento intelectual e a sabedoria da convivência. Uma sociedade que se
arme de atitude, e não de violência, que busque exigir para si os direitos garantidos
pela Constituição e aqueles que ainda não foram discutidos e assegurados pela lei.
17.3 Escola:
A Escola Pública deve ser o meio democrático de socialização do conhecimento.
Para tanto educadores devem acompanhar as inovações da contemporaneidade,
fazendo uma leitura crítica dessas inovações e discutindo-as com seus alunos. Deve
ser democrática, proporcionando a participação da Comunidade Escolar para uma
gestão transparente e para que haja comprometimento de todos, deve ser criativa,
criando oportunidades de aprendizagem, interação e vivência de valores. Também
deve refletir as condições de trabalho dos seus trabalhadores em educação e da
própria gestão para que ela seja de boa qualidade.
Com certeza a escola deve desempenhar o seu papel social, mas não somente
esse, não se deve deturpar a natureza da Escola confundindo seu papel. Não deve
ser local e ponto de assistencialismo, para isso existe as instituições especializadas,
que deverão se incumbir disto.
Portanto,
deve
ser voltada
para
questões
de
ensino-aprendizagem. Não
discriminadora não excludente. Deve ter ambiente adequado, com salas de aula
com número de alunos que possam ser humanamente atendidos pelo professor.
É dever do Estado fornecer infra-estrutura física, humana e material adequada para
o “excelente” desenvolvimento trabalho educacional (Ex: Psicólogo, técnico em
informática, técnico pedagógico em informática, etc...) que sejam fixos no
estabelecimento.
17.4 Conhecimento:
O tipo de conhecimento adquirido deve ser, o de quem consegue entender o
desenvolvimento histórico ocorrido ao longo dos tempos para analisar como a
sociedade funciona e por que estamos vivendo o contexto atual, bem como ter
clareza do papel que cada um desempenha nessa sociedade para que se possa
redirecionar essa sociedade na busca da igualdade de oportunidades.
17.5 Educação:
Se procurarmos a definição no Dicionário da Língua Portuguesa sobre Educação,
encontramos: Instrução; civilização; formação das faculdades intelectuais; polidez,
cortesia. Entende-se então que a educação deve produzir informação e esta deverá
provocar uma reação na qual o indivíduo se utilizará dos instrumentos construídos
para aperfeiçoar as suas relações sociais, bem como intervir nos mecanismos que
organizam essa sociedade.
Deve-se valorizar as diversidades culturais, entendendo que o desenvolvimento está
associado à contribuição de todas as culturas e que o mundo melhor que
procuramos deve-se principalmente ao respeito a cada forma de manifestação sadia
dessa cultura.
Deve ser desocultadora de verdades. Nem sempre o que se apresenta revela a sua
verdadeira natureza, induzindo a conceitos errôneos e mascarados, neste contexto,
a tarefa dos educadores é promover uma educação que consiga desvelar as
diversas intenções implícitas.
17.6 Ensino-aprendizagem:
Na interação que o aluno estabelece com o professor, com os outros alunos e com o
conhecimento, é que ele vai compondo e ampliando seu repertório de significados.
O aluno não é, pois, simples receptor de estímulos e informações: tem um papel
ativo
ao
selecionar,
assimilar,
processar,
construindo ele próprio seu conhecimento.
interpretar,
conferir
significados,
Essa noção de construção de conhecimentos, portanto, de aprendizagem nos
remete a imaginar que as situações de ensino deverão proporcionar meios de
desafiá-los, ajudá-los com pistas que os motive a buscar as soluções ou conhecer
mais sobre o assunto. Deve partir do nível de desenvolvimento efetivo do aluno; de
situações do foco de interesse dos mesmos.
17.7 AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem servindo
como um instrumento diagnóstico, oferecendo elementos para uma revisão de
postura de todos os componentes envolvidos no processo ( aluno, professor,
metodologia e instrumentos de avaliação).
A função da avaliação segundo Perrenoud, 1999, é antes de tudo, ajudar o aluno a
aprender e ao professor ensinar.
É considerando esta perspectiva que se dará os critérios de avaliação. Ela terá
como finalidade conhecer melhor o aluno em seus vários aspectos, permitindo a
constatação do que está ou não sendo aprendido, a adequação do processo ensino
bem como uma visão global do processo ensino-aprendizagem. Conforme as ações
que desempenham a avaliação apresenta-se em três modalidades: diagnostica,
formativa-dialógica e somativa:
a) Diagnóstica: tem por fim determinar a presença ou a ausência de
conhecimentos e habilidades, buscando detectar pré-requisitos para
novas experiências de aprendizagem.
b) Formativa-dialógica: é realizada com propósito de informar o
professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem, sendo essas
informações utilizadas para melhorar o desempenho do aluno e sua
formação.
c) Somativa: sua função é classificar os alunos no final da unidade,
semestre
ou
ano
letivo,
segundo
níveis
de
aproveitamento
apresentado.
Segundo a Resolução Nº 3794/04 a nota 6,0 (seis virgula zero) como média de
aprovação para os alunos da Rede Pública Estadual Básica, a partir do ano letivo de
2005.
Em nossa escola a nota é bimestral e esta é obtida através de 2 (duas) ou mais
avaliações formais, além da recuperação paralela ou seja, recuperação de estudo
atingindo até 70% da média e 30% correspondente a atividades diversas, salvo nas
disciplinas: Arte, Educação Física, Ensino Religioso, Língua Estrangeira Moderna –
Inglês, ou situações específicas como (projetos, dificuldades da turma analisadas
em Conselho, e outras que ocorram durante o período letivo, bem como avaliações
diferenciadas para alunos inclusos).
Bem planejadas e utilizadas as três funções da avaliação podem estar presentes na
prática pedagógica, direcionando o planejamento e a ação educacional. Todavia,
ressalta-se a importância e a necessidade de priorizar as duas primeiras, que
servem de parâmetro para o aperfeiçoamento do trabalho do professor e para uma
melhor participação dos alunos no processo de ensino e aprendizagem. Quanto à
terceira, há que se cuidar para que ela não seja utilizada para discriminar, rotular ou
excluir aqueles que, apesar de não obterem sucesso imediato poderão superar as
suas dificuldades ao longo do processo, desde que a ação pedagógica privilegie o
aprender e não o punir.
É imprescindível que a avaliação configure-se como um processo amplo que precisa
acontecer continuamente, por meio de um conjunto previamente planejado de ações
organizadas, (desenvolvendo idéias e experiências que possibilitem a participação
de todos os envolvidos ensino-aprendizagem ) que objetivam obter informações, o
que o aluno aprendeu, como ele aprendeu e em que condições, com que vistas
(dentro de suas limitações) sobretudo, ao ajuste e à orientação da intervenção
pedagógica (primando por uma educação ética-solidária-inclusiva) afim de que tanto
o ensino quanto a aprendizagem primem pela qualidade.
Embora estejamos presos ainda, a um sistema quantitativo de avaliação,
acreditamos que deveria haver durante o processo avaliativo uma flexibilidade
quanto aos resultados quantitativos apresentados pelo aluno.
17.7.1 Concepção de Avaliação na EJA
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção
pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e
interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados
atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos
expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão
dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida
como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude
crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
•
investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
•
contínua: permite a observação permanente do processo ensinoaprendizagem
e
possibilita
ao
educador
repensar
sua
prática
pedagógica;
•
sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;
•
abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempoescola do educando;
•
permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos
pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho
pedagógico da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo
da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular,
com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao
longo do processo ensino-aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como
ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,
necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o
seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante
o atual processo de escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como:
provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas,
participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares
propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos
e avaliar os conteúdos desenvolvidos.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo
educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e
necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.
17.7.2 Procedimentos e Critérios para atribuição de notas na EJA
•
as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
•
para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais
escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante
o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se
submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento
Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no
decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota
para fins de promoção e certificação.
•
a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,
sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez
vírgula zero); para fins de promoção ou certificação, a nota mínima
exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a
Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e
cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na
organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;
•
o educando deverá atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada
registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de
estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao
processo de apropriação dos conhecimentos;
•
para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina,
a média final corresponderá à média aritmética das avaliações
processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis
vírgula zero);
•
os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados
em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a
regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;
•
o educando portador de necessidades educativas especiais, será
avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
17.7.3 Proposta de recuperação de estudos
Para o aluno de baixo rendimento escolar será proporcionado Recuperação de
Estudos, de forma paralela, ao longo da série ou período letivo.
A recuperação paralela visa reforçar a construção do conhecimento que ficou falha,
podendo acontecer através de atividades extra-classe ou mesmo na retomada de
conteúdos.
Entendendo que será oportunizado ao aluno uma revisão de conteúdos essenciais,
também deverá ser oportunizado a ele a alteração do resultado da avaliação, desde
que haja recuperado de fato. Caso não haja progresso em sua recuperação de
estudos, prevalecerá o resultado atingido anteriormente.
17.7.4Recuperação de Estudos da EJA
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao
processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos
básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de
apropriação dos mesmos.
A
recuperação
será
também
individualizada,
organizada
com
atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos
de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
17.7.5 Aproveitamento de Estudos na EJA
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado
pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de
cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e
prosseguimento de estudos.
17.7.6 Classificação e Reclassificação da EJA
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o
previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
17.7.7 Conselho Escolar da EJA
O Conselho Escolar é concebido como um instrumento de gestão colegiada e de
participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola
pública, constituindo-se como órgão
máximo de direção do Establecimento de
Ensino.
É composto por representantes da comunidade escolar, compreendida como
conjunto dos profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidademente
matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos e
representantes dos movimentos sociais organizados presentes na comunidae,
comprometidos com a educação.
17.7.8 Regime de Progressão Parcial
Nosso estabelecimento de ensino ofertava no ano de 2007, o regime de progressão
parcial conforme o estabelecido na LDB Nº 9394/96 e na Deliberação Nº 009/01CEE.
Entendendo que os alunos que vêm cursando o regime de progressão parcial não
têm apresentado maturidade para cursarem paralelamente a série atual, nossa
escola optou por não ofertar o regime de progressão parcial e foi alterado no
Regimento Escolar em 2007, uma vez que os Regimentos passaram por
reformulações.
A partir de 2008, foi alterado o Regimento Escolar, onde consta a modificação que o
estabelecimento não atenderá mais o regime de progressão parcial.
17.8 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA
A Escola deve promover critérios coletivos de Organização para que possa ser
assumida por todos. Portanto, é importante que se estabeleça momentos para
discussões dos aspectos relevantes de sua organização, criando assim a estrutura
ideal para seu funcionamento.
17.9 Princípios de gestão democrática:
Compartilhar decisões e informações devem ser as principais características da
gestão democrática. Envolver pais, alunos, professores, funcionários e outras
pessoas da comunidade na administração escolar é uma das formas de realizar uma
gestão transparente e democraticamente correta.
A atuação do Conselho Escolar e APMF devem ser incentivadas, bem como a
realização de reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentação dos alunos
são momentos importantes para haver uma aproximação da comunidade à Escola,
no intuito de integrá-la e familiarizá-la. Assim, poderá dar a sua contribuição,
valorizando e participando no que é produzido no interior das escolas.
17.10 Acesso, permanência e sucesso na Escola
Fazer com que os alunos tenham acesso à escola e nela permaneçam até
concluírem os níveis de ensino em idade adequada é uma tarefa que nem sempre
depende exclusivamente da Escola, pois a superação dos problemas sociais de
nosso país não é tarefa de uma única instituição e bem sabemos que muitos de
nossos adolescentes, jovens e adultos se evadem por motivos principalmente
financeiros e de valores culturais.
Portanto, mesmo tendo consciência de que a Escola não pode fazer tudo sozinha,
ela deverá fazer tudo o que pode para resgatar seus alunos e proporcionar-lhes
dentro dos seus limites a criatividade, um ambiente agradável, que lhes dê motivos
para no mínimo ter vontade de estar na escola, mesmo que isso ainda não signifique
de início, vontade de estudar. Uma vez gostando de estar na Escola, ficará mais
acessível buscar meios para que estes possam ter algum progresso e sucesso na
aprendizagem.
17.11 Formação continuada:
O aperfeiçoamento profissional deve ser um anseio dos trabalhadores em educação,
pois sabemos que o sucesso no processo educativo depende de atitudes corretas,
respeitosas e eficientes no cotidiano da escola e das políticas publicas.
O professor tem direito à formação contínua, devendo mesmo receber incentivos de
promoções funcionais, dispensas para freqüência de X horas anuais, com as
devidas ajudas de custo.
17.12 Qualidade do Ensino-Aprendizagem:
Para haver qualidade no Ensino-Aprendizagem é necessário que a Escola se
comprometa não só com os conceitos das disciplinas específicas no Currículo. Mas
tenha compromisso com uma aprendizagem de conhecimentos relevantes para a
sua vida, conhecimentos esses que estejam comprometidos com assuntos
importantes da contemporaneidade e que ainda não são amplamente discutidos e
valorizados no interior das Escolas. Destacamos então:
a) Educação Inclusiva: Deve-se preparar nossos educandos para a aceitação de
alunos “diferentes”, ou seja, com necessidades educacionais especiais, bem como
também, todos os que de alguma forma sofrem a ação de preconceitos,
discriminações e estereótipos.
Os princípios filosóficos norteadores do Projeto Político Pedagógico de nossa escola
tem como objetivo uma educação emancipatória, pluricultural e desprovida de
preconceitos. Para tanto, a Entidade Mantenedora deverá viabilizar serviços de
apoio especializados como Sala de Recursos, Professor de Apoio Permanente,
Profissional Intérprete e Recursos Materiais adequados para que se tenha condições
de acolher sem discriminação os alunos com necessidades educacionais especiais
que compreendem aqueles com:
•
Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento, desde que alfabetizados, dificultem o acompanhamento
das atividades curriculares, não vinculadas a uma causa orgânica
específica ou relacionada a distúrbios, limitações ou deficiências;
•
Dificuldades de comunicação ou sinalização, demandando a utilização de
outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis;
•
Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
•
Superdotação/ altas habilidades.
•
Adequação do espaço físico.
b) Educação do Campo: Compreender a importância da produção do campo para a
sobrevivência do ser humano e a valorização dos saberes do mesmo, entendendo
que muitos dos nossos alunos são filhos de agricultores que vivem na cidade, mas
se mantém do campo ou que pertencem e vivem no campo, e nos turnos vespertino
e noturno recebemos alunos oriundos da zona rural, residentes e trabalhadores do
campo. Por isso é preciso contextualizar os conteúdos ao que estão aprendendo e
estimular a criação de novos saberes que interferirão para o processo de
aperfeiçoamento e desenvolvimento dos meios de utilização dos recursos do campo.
O campo hoje, não significa somente ambiente de produção agrícola, mas também
espaço privilegiado de lazer, entretenimento e opção de vida; local rico do
ecossistema se for preservado e explorado de maneira racional.
Cada disciplina deverá contextualizar as atividades e conteúdos, de maneira que o
aluno do campo possa estar trabalhando com dados pertinentes à sua realidade,
assim quando o professor de matemática for trabalhar problemas envolvendo o uso
de equações com incógnitas, o enunciado pode ser elaborado e adequado a
situações vivenciadas pelos agricultores ou por uma situação que possa ser
abordada e sugerida no campo. Assim, contextualizando a maioria dos conteúdos, e
depois
trazendo
para
situações
global,
o
educando
poderá
ter
melhor
aproveitamento dos conteúdos aprendidos.
c) Qualidade de Vida – Agenda 21 Escolar: O compromisso com a qualidade de vida
é uma preocupação mundial e a utilização dos recursos naturais pelas pessoas para
a manutenção e sobrevivência deve acontecer de forma consciente e responsável.
O Projeto da Agenda 21, que estabelece acordos, regulamentos, Leis e
compromissos assumidos para essa utilização responsável, busca essa Qualidade
de Vida. A exemplo da Plataforma das ações prioritárias da Agenda 21 Nacional e
Brasileira, se faz necessário que cada parcela da Comunidade assuma esse
compromisso.
Portanto, nossa Escola deve contemplar todas as questões que influenciam essa
tomada de consciência através das diversas disciplinas do currículo, com enfoque
específico ao tema “Inclusão social para uma sociedade solidária”, onde o objetivo
principal é a promoção da saúde e a prevenção de doenças, democratizando o SUS.
Acreditamos que cada disciplina poderá contemplar esse assunto a fim de subsidiar
o educando e seus familiares.
d) Cultura Afro-Brasileira e Africana: A escola deve promover a compreensão do
conceito de raça, que é tão pejorativa e estereotipada em nossa sociedade. Para
isso deverá promover estudos e valorização das culturas, principalmente a cultura
Afro-Brasileira e Africana, cumprindo a Lei 10.639/2003 e o estabelecido na
Constituição Federal nos seus Art. 5º I, Art. 210, Art. 206, § 1º do Art. 242, Art. 215 e
Art. 216, bem como nos Art. 26, 26ª e 79B na Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, que asseguram o direito à igualdade de condições de vida e de
cidadania, assim como garantem igual direito às histórias e culturas que compõem a
nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a
todos brasileiros.
e) Tecnologias: A escola enfrenta todos os dias um grande desafio, “manter os
alunos na escola, apesar de todas as atrações que existe fora da mesma”, para se
ter êxito neste processo é necessário que os profissionais da educação,
principalmente os professores, se munem das ferramentas tecnológicas diversas, as
quais serão facilitadoras e motivadoras da aprendizagem.
f) Educação Fiscal: (PNEF) Através do Programa Nacional de Educação Fiscal,
nossa escola já vem desenvolvendo um trabalho, nas disciplinas, de conscientização
dos direitos e deveres de cada um, visando um cidadão crítico, participativo,
cumpridor de seus deveres, visando assim uma sociedade mais justa e igualitária.
g) Saúde Preventiva:
O objetivo da educação preventiva é Incentivar a promoção da saúde, através de
realização de ações e atividades relacionadas com a prevenção de doenças
incluidos no currículo de forma multidisciplinar; Oportunizar e incentivar situações de
auto-ajuda; estabelecer um programa de atuação em conjunto com os demais
profissionais envolvidos nos projetos propostos contemplando prevenção dos
seguintes temas: Acidentes Domestico, uso de Álcool, Drogas e Tabagismo,
Gravidez na Adolescência, Alimentação Saudável, Hipertensão, Obesidade, Autoestima, Combate a Dengue, Saúde Bucal, Qualidade de Vida, dentre outros.
17.13 CONCEPÇÕES DAS DIRETRIZES CURRICULARES
Reduzir as desigualdades sociais, articular propostas educacionais com o
desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade, defender uma
escola pública gratuita de qualidade articulada com todos os níveis e modalidades
de ensino, conceber um professor epistêmico, competente, compromissado, ético,
politizado, capaz de agir criticamente em seu cotidiano, devidamente orientado para
o trabalho de sua disciplina bem como com o conjunto delas requer romper com a
arcaica dicotomia entre fazer e pensar: nesta concepção, as Diretrizes Curriculares
devem se dar, a partir de uma produção social, por pessoas que vivenciam
determinados contextos históricos e sociais e a partir daí consigam intervir no que
está posto.
Essa intervenção deve ser coletiva, num fazer e pensar devidamente articulado onde
o conhecimento possibilite crescimentos individuais e também coletivos, resultantes
da troca e da reflexão sobre as experiências e conhecimentos acumulados por todos
e por cada um. Conhecimento esse que sirva como instrumento de superação de
desigualdades possibilitando uma sociedade cada vez mais justa.
17.14 TRABALHO COLETIVO - GESTÃO PARTICIPATIVA E ESTRATÉGICA
Evidentemente que a gestão democrática é conseguida com a participação de todos
os envolvidos e interessados no Processo Ensino/Aprendizagem, mas ela só será
possível se o gestor for uma pessoa dinâmica, consciente, aberta e principalmente
eleita pela comunidade Escolar. Portanto, será importante acontecer eleições diretas
para diretores de Escola, onde a comunidade é que avalia a condução dos trabalhos
coletivos coordenada pelo gestor.
Do ponto de vista pedagógico, a escola deve estar comprometida com os interesses
e anseios das camadas populares, na intenção de proporcionar a essas camadas as
condições intelectuais para a busca dos espaços na sociedade e da garantia dos
Direitos Humanos que normalmente são lesados, se não houver a condição de luta e
consciência.
A prática transformadora no interior da escola deve aceitar o desafio da revisão
permanente das práticas no cotidiano da escola, de reflexão sobre elas e do
compromisso com a democracia em sentido amplo.
“A superação da cultura de gestão autoritária só vai acontecer com o debate e a
construção coletiva. Com a participação de toda a comunidade escolar via conselhos
de escola, conselhos de classe, grêmios estudantis, reunião de pais e mães e
reuniões pedagógicas que aprofundem a construção acerca da escola que
queremos e de como construí-la. Refletindo e buscando as soluções em conjunto,
com consensos possíveis e trabalhando com os dissensos como algo saudável na
formação de sujeitos democráticos”. (A ESCOLA COMO TERRITÓRIO DE LUTA,
Caderno de debates – VI Conf. Est. de Ed. da APP-Sindicato, pág. 39).
18. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
18.1 Gestão Democrática:
•
Realizar Planejamento e avaliação das ações no início de cada ano, bem
como, sempre que se fizer necessário com a participação de órgãos
colegiados,
professores,
funcionários,
pais
e
alunos,
sobre
os
acontecimentos na escola;
•
Boletim informativo aos pais;
•
Edital de Avisos e Painel Informativo;
•
Reuniões mensais e sempre que se fizer necessário com Conselhos
Escolares e APMF;
•
Prestação de Contas Financeiras a Comunidade Escolar;
•
Reunião de Pais para discutir e conhecer as normas da Escola;
•
Utilização do espaço escolar por outras entidades da Comunidade;
•
Avaliação e acompanhamento do PPP pelos pais e representantes da
Comunidade;
•
Realização de atividades de Confraternização entre alunos através de
Festas Juninas, Festa dos Estudantes e outras oportunizando a
participação de todos;
•
Formatura EJA;
•
Encaminhamento de alunos a serviços de saúde, Conselho Tutelar e
outros serviços públicos quando necessários;
•
Parceria no desenvolvimento de atividades com os demais serviços
públicos (Prefeitura, fundações, Campanhas do Sistema de Saúde,
Emater, IAP, etc).
•
Parceria com outras instituições para a realização de aperfeiçoamento
profissional, bem como para oportunizar diferentes aprendizagens para os
alunos;
•
Tratamento a conflitos que ocorrem no dia-a-dia da escola, procurando
mediar as situações para que todos, professores, alunos, pais e demais
envolvidos possam aprender com a situação gerada;
•
Verificação
com
professores,
funcionários
e
representantes
das
instituições colegiadas sobre as prioridades a serem atendidas no repasse
de verbas, como o PDDE e outras;
•
Incentivo à participação de professores, funcionários, alunos e pais em
Programas das diversas esferas do governo que visam incentivar a
qualidade da escola;
•
Incentivo à utilização dos recursos disponíveis na Escola (livros, televisão,
vídeos, fitas de vídeo, computadores, Internet) a alunos, professores, pais,
etc.
18.2 Gestão Pedagógica
•
Projeto Político Pedagógico como documento a ser conhecido por toda a
Comunidade Escolar;
•
Planejamento anual por disciplina, contemplando as disciplinas afins que
deverão ser trabalhadas na abordagem dos conteúdos;
•
Professores avaliarem os conteúdos abordados no ano anterior para dar
seqüência ao Planejamento;
•
Elaborar pesquisa sobre opiniões e sugestões dos alunos para o professor
planejar suas aulas;
•
Acompanhamento do Planejamento dos Professores pela Direção e
Equipe Pedagógica;
•
Promoção de visitas para que os alunos possam vivenciar e aprendam
sobre equipamentos públicos da região (postos de saúde, hospitais,
parques, praças, museus, bibliotecas públicas, centros culturais, asilos,
Conselho Tutelar, Fóruns, etc.);
•
Utilização de diferentes recursos Pedagógicos;
•
Incentivar formas variadas dos alunos mostrar suas aprendizagens e seus
trabalhos (oralmente, por escrito, utilizando teatro, pintura, brincadeiras,
etc);
•
Incentivo a realização de feiras ou exposições das criações dos alunos;
•
Incentivo
e
orientação
para
trabalhos
em
grupos,
pesquisas
e
experimentos;
•
Apoio individualizado a alunos com alguma deficiência ou necessidades
educacionais especiais;
•
Cuidado para que todo aluno receba a mesma atenção em sala de aula,
evitando situações de discriminação e preconceitos.
•
Elaboração da agenda escolar com datas importantes para a escola.
18.2.1 Gestão de Resultados
•
Valorização e reconhecimento do trabalho e esforço dos trabalhadores em
Educação;
•
Avaliação dos Profissionais da Educação, alunos e pais para diagnosticar
e melhorar a atuação de todos no processo ensino-aprendizagem.
•
Realização de pesquisas de satisfação dos alunos e dos pais, com relação
ao ensino por ela promovido.
•
Acompanhar a freqüência dos alunos, procurando as causas de possíveis
faltas;
•
Estabelecer uma maneira de atender e recuperar os alunos evadidos;
•
Acompanhamento de salas de recursos e de apoio para alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais;
•
Viabilização de condições para adequar alunos que estão em situação
avançada de aprendizagem bem como àqueles que estão com distorção
idade-série;
•
Realização de Pesquisa de satisfação dos professores em relação ao
apoio pedagógico e Direção da Escola no processo ensino-aprendizagem.
18.3 Gestão de Pessoas (Formação Continuada):
•
Incentivo a formação dos Profissionais da Educação através de grupos de
Estudos, capacitações, participação em Seminários, eventos promovidos
pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação, etc.
•
Permuta
de
parte
das
Horas-Atividades
para
a
realização
de
aperfeiçoamento profissional no caso de professores e cronograma de
Horário-Especial para funcionários;
•
Distribuição dos profissionais da Escola de maneira racional para o
atendimento das necessidades educacionais;
•
Organização de horário especial quando os professores são solicitados
para cursos ou outras atividades e situações que lhes são garantidas pela
Legislação;
•
Acompanhamento, orientação e reflexão sobre as responsabilidades
quanto à pontualidade, assiduidade e da organização e capricho, quanto
aos documentos pertinentes à sua função (professores, funcionários,
alunos, etc);
•
Realização de momentos de descontração para promover a integração
entre os professores, funcionários, pais e alunos;
•
Nos Eventos realizados dentro e fora da Escola, convidar e envolver todos
os trabalhadores em Educação, Colegiados e pais dos alunos;
•
Disponibilizar profissional para atendimento dos professores no laboratório
de informática;
•
Atividades recreativas de entrosamento entre alunos, professores e
funcionários.
18.4 Qualificação dos Espaços e dos Equipamentos
•
Disponibilização de documentação dos alunos devidamente organizada e
atualizada;
•
Manutenção dos Equipamentos existentes e instalações em benefício do
projeto pedagógico da escola;
•
Manutenção do Patrimônio Escolar;
•
Busca de parcerias na comunidade para suprir as limitações físicas –
instalações e equipamentos – atendendo o PPP;
•
Campanhas de conservação das carteiras;
•
Realização de Projetos de Jardinagem e cuidados com o pátio Escolar;
•
Aquisição de materiais para uso do professor, como quadro, jogos, mapas,
etc;
•
Manutenção e aquisição de equipamentos didáticos, videocassete,
aparelhos de som, fitas de vídeos, DVDs, computadores, etc;
•
Viabilizar projetos para a criação de salas-ambiente;
•
Acompanhamento do Programa da Merenda Escolar;
•
Readequação de espaços físicos para atendimento pedagógico (salas de
apoio, recursos e instalações de equipamentos de informática);
19. RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS
Entende-se por recursos didáticos, todo o material utilizado para enriquecer e
facilitar a compreensão do ensino. Então podemos nos valer de equipamentos,
revistas, jornais, vídeos, livros, quadros negros, etc.
•
Livros didáticos das disciplinas de português, matemática, história, geografia
e ciências;
•
Quadros-negros em todas as salas de aula;
•
Quadro branco para escrita com pincel (caneta);
•
retro-projetores de transparências;
•
televisores;
•
vídeos;
•
DVDs;
•
Mesa de som com, caixa de som;
•
micro-sistem;
•
laboratório de informática ,Paraná Digital;
•
computador na sala dos profissionais da educação;
•
computadores na biblioteca;
•
sala de laboratório de ciências, adaptado para sala de aula;
•
Biblioteca, adaptada em uma sala de aula;
•
Materiais de matemática (régua grande de madeira, compasso grande de
madeira, blocos lógicos, ábacos de pino, esquadro e transferidor de madeira
grandes);
•
microscópios binocolor;
•
Cartazes sobre anatomia, botânica, química e física;
•
globos terrestres;
•
Geoatlas;
•
CD rooms GLOBO;
•
Diversos jogos pedagógicos: banco imobiliário, resta um, dominós, xadrez
etc.
Mapas geográficos: Paraná Político Rodoviário, Paraná Rodoviário Turístico,
Brasil Físico,
Brasil Climas,
Brasil Físico Político,
Brasil Político,
Brasil
Rodoviário, Brasil Econômico, Brasil Vegetação, Brasil Regiões, América do
Sul – Físico, América do Sul – Político, Continente Americano – Físico, Europa
Político, Ásia Político, 2 Mundi Políticos.
As Escolas Estaduais do Paraná recebem transferência de repasse de recursos
financeiros do orçamento do Estado, chamado de Fundo Rotativo, instrumento
criado, para viabilizar, com maior agilidade a manutenção e outras despesas
relacionadas com a atividade educacional.
O Fundo Rotativo, normalmente é enviado mensalmente, num total de 10 parcelas
ou mais, o que garante o suprimento de algumas necessidades básicas para
manutenção da estrutura física e o mínimo do pedagógico. Esse recurso é
gerenciado pelo diretor da Escola e acompanhado pela APMF e Conselho Escolar.
Além do Fundo Rotativo a Escola tem recebido, uma vez por ano, normalmente em
setembro ou outubro o PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola. O PDDE é um
programa federal implantado desde 1995 pelo MEC e executado pelo FNDE. A
Escola recebe esse recurso, creditado em conta específica na Unidade Executora
APMF, visando contribuir com a melhoria de sua infra-estrutura física e pedagógica
– melhoria da qualidade do ensino fundamental. O valor a ser creditado em contacorrente, normalmente é decorrente do número de alunos matriculados no ano
anterior e registrados pelo censo.
20. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS
LETIVOS E NÃO LETIVOS
O Calendário Escolar é elaborado pela Escola seguindo a Legislação vigente para
esse fim, respeitando sempre o cumprimento das 800 horas anuais e 200 dias
letivos, sendo flexível na questão de feriados e recessos locais, bem como de dias
para Planejamento, reuniões pedagógicas e Conselhos de Classe. Portanto cada
Escola, cidade ou região, pode ter dias letivos diferenciados desde que se cumpra o
mínimo necessário estabelecido na Legislação.
Em relação à organização de horários letivos, o Colégio 29 prioriza o atendimento
satisfatório do aluno, com cargas horárias coerentes para cada disciplina, no intuito
de manter o equilíbrio para o ensino das diretrizes. Quanto às atividades extraclasse, devem sempre estar sob a orientação do professor e acordada com a
Direção, equipe pedagógica e os pais dos alunos.
21. ORGANIZAÇÃO DA HORA / ATIVIDADE
As horas/atividades de cada professor são organizadas para que coincidam com as
demais horas atividades dos professores da mesma disciplina, e quando possível
por área para possibilitar a interação dos profissionais de maneira multidisciplinar e
mesmo a troca de experiência entre o corpo docente de uma mesma disciplina. Ela
se constitui em um direito e um benefício ao professor, ao qual tem um momento
para preparar as suas atividades pedagógicas.
22. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR
PROFESSOR
As turmas deverão ser organizadas sem levar em consideração preconceitos em
relação à classe social, cor, raça ou desempenho educacional. Não deverão existir
seleções elitizadas, evidenciando diferenças. O que deve haver sim é um cuidado
para não repetir situações que foram desagradáveis em anos anteriores, portanto,
vale ressaltar que, separar alunos que antes juntos provocavam tumultos,
prejudicando o rendimento da sala e de si mesmos, não caracteriza atitudes
discriminatórias, mas sim critérios que ajudarão a criar ambientes melhores para a
aprendizagem.
Deverá haver um estudo das turmas formadas e um consenso do perfil do professor
para aquela turma, sempre respeitando o direito de cada professor em relação à sua
ordem de classificação na distribuição de aulas.
23-PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICA
231 A Ação Pedagógica construída no coletivo e para todos
“As pessoas precisam acreditar que podem mudar a
realidade. Se deixarem de ter fé nisso, não restará nada além
da alienação” [Bono Vox – U2].
O nosso caminho por uma educação de qualidade, para a cidadania, para a
liberdade, para a autonomia do ser, para o conhecimento significativo e que instigue
o pensar, passa pelo trabalho em grupo, pelo estímulo a curiosidade e a leitura, pelo
respeito às diferenças e singularidade dos alunos, pelo direito e oportunidade da
palavra, pelas parcerias, pelo compromisso e seriedade do fazer pedagógico. Então,
podemos construir em sala uma consciência de valores e conceitos de justiça e paz,
elaborados no coletivo e por todos.
Queremos uma escola sem discriminação, pública de fato (que saiba acolher e seja
um espaço de lutas e crescimento humano), que assuma suas responsabilidades e
sua função social real e que seja de todos e para todos, principalmente para os
menos favorecidos.
Nossa pratica educativa precisa levar em consideração o
conhecimento e a cultura dos nossos aprendizes e seus múltiplos aspectos:
conceitos, linguagem, ideologia, costumes, tradições, valores, crenças, tipos de
organização familiar, econômica, social, etc.
O conteúdo deve ser significativo, fazendo o aluno progredir em direção a novas
“zonas de desenvolvimento proximal”, propiciando que o mesmo organize esquemas
de conhecimento e estruturas de informações e dados, que posteriormente, será
utilizável por ele, quando necessário. O aluno deve ser ensinado de tal forma, que
no futuro possa aplicar esse conhecimento em prol de si e de uma sociedade mais
solidária.
A nossa ação pedagógica não pode mais ser repetitiva, memorística e mecânica.
Deve potencializar linhas naturais do desenvolvimento cognitivo e afetivo do sujeito,
enriquecendo o que ele já sabe com novos conhecimentos e permitir que ele possa
ir alcançando níveis superiores de conhecimento.
Portanto, a equipe pedagógica irá subsidiar as ações dos professores sugerindo e
pesquisando alternativas para o desenvolvimento dos conteúdos e das práticas de
socialização com o intuito de criar ambientes propícios para uma aprendizagem
significativa e prazerosa.
23.2Eixos Norteadores
“Que homem é um homem, se não tenta melhorar o mundo?”.
[Ridley Scott - Cruzada]
 Qualidade do ensino oferecido, garantindo a aprendizagem dos alunos.
 Os princípios do conhecimento, da cidadania e da cultura, na busca de
uma excelência na formação do sujeito.
 A permanência e a promoção de todos os alunos deve ser uma meta
coletiva da escola.
 O sucesso do ensino depende da sintonia e da parceria entre a escola
e a família dos educandos.
 O aluno é o foco de todas as nossas ações e vamos considerá-lo
enquanto sujeito do seu próprio desenvolvimento.
 A promoção de atitudes e valores necessários à cidadania e à vida
comunitária faz parte do currículo escolar.
 Construir uma escola criativa e alegre onde haja integração,
solidariedade e compromisso de todos.
23.3Objetivos:
“Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz
somente até onde os outros foram.” [Alexandre
Grahan Bell].
-
Desenvolver coletivamente, uma ação pedagógica para mobilização
dos profissionais da escola na busca da qualidade de ensino;
-
Oportunizar aos professores: interação analise e conhecimento do
Projeto Político Pedagógico da Escola e acompanhar o trabalho,
garantindo que este seja executado e avaliado de acordo com critérios,
princípios e filosofia explicitado no mesmo.
-
Promover a articulação entre os vários segmentos da Comunidade
Escolar.
-
Refletir sobre a importância do desenvolvimento pessoal profissional
do professor, para construção da competência pedagógica e humana.
-
Garantir a eficiência e a qualidade do funcionamento da escola, para
manter a harmonia, a disciplina e o respeito mútuo.
-
Buscar junto aos professores construir uma avaliação alinhada com a
aprendizagem verdadeiramente contínua, diagnóstica e sistemática.
-
Tornar a escola mais dinâmica, mais atrativa, mais democrática, aberta
a diversidade, mais coerente e com mais compromisso profissional.
64
23.4Reuniões Pedagógicas
AÇÃO
RESPONSÁVEL
PRAZO
LOCAL
JUSTIFICATIVA
PROCEDIMENTO
Equipe Pedagógica
Todo
bimestre
Na
escola
Discutir as práticas
educativas na escola
em consonância com
os
novos
paradigmas.
- Permitir rodas participativas e de discussões sobre
abordagens e metodologias.
- Estudar textos que leve a reflexão sobre as práticas
educativas.
- Trabalhar oficinas que exemplifique o fazer pedagógico mais
significativo.
Permitir a
interação e a
troca de
experiências
entre os
professores
Direção, Equipe
pedagógica e
professores
O ano
todo
Na
escola
Através da interação
e
socialização
podemos aprender e
ensinar.
- Promover encontros com dinâmicas e questões que colaborem
para a troca de idéias.
- Organizar encontros nas horas/atividades para reflexões e
sugestões de práticas pedagógicas.
- Sugerir encontros, passeios, jantares, para confraternização e
recreação.
Trabalhar a
valorização do
professor.
Direção e Equipe
pedagógica
O ano
todo
Na
escola
Os
professores
precisam
de
valorização, pois têm
um trabalho muito
importante
na
sociedade.
- Oferecer formação continuada com profissionais afins para
trabalhar a inteligência interpessoal e intrapessoal.
- Realizar oficinas e dinâmicas que valorize o profissional.
- Compartilhar os anseios, as angústias e as necessidades dos
professores e funcionários.
Discutir e
interpretar
novos
paradigmas,
novos
conhecimentos
e saberes para
melhorar a
ação educativa.
Equipe pedagógica
Bimestral
Na
escola
A globalização do
conhecimento e a
popularização
das
tecnologias obrigam
a escola se atualizar
e rever seus projetos
e metodologias.
- Interpretar, compreender e discutir os novos paradigmas
educacionais.
-Oportunizar estudos das teorias educacionais no decorrer da
história.
Instigar a
reflexão sobre
as praticas
pedagógicas.
65
23.5 Conselho de Classe
AÇÃO
RESPONSAVE
L
PRAZO LOCAL
JUSTIFICATIVA
PROCEDIMENTO
Melhorar a
aprendizage
m e buscar
a promoção
dos alunos.
Professores, Equipe
Pedagógica
e
Direção.
O
ano
todo
Na
escola
Analisar aprendizagem real
dos alunos em relação aos
conhecimentos científicos.
- Permitir discussões e questionamentos sobre as reais
causas das dificuldades dos alunos na escola.
- Levar sugestões de metodologias e abordagens que
contemplem as diversidades encontradas em sala.
Reflexãoação para
reduzir
a
evasão
escolar
e
hipóteses
para
intervenção
Equipe Pedagógica,
Direção
e
professores.
Todo
mês
Na
escola
Para garantir uma educação
para todos temos que fazer
com que o aluno permaneça
na escola durante todo o
ensino fundamental. Esse, é o
grande desafio da nossa
escola
e
de
toda
a
comunidade escolar.
- Propor o trabalho de aproximação afetiva com o aluno.
- Organizar a sala e as aulas de forma que contemple a
participação de todos os alunos.
- Organizar gincanas esportivas e pedagógicas.
- Oportunizar espaços para apresentações artísticas e
mostra de talentos.
- Orientar para que os professores desenvolvam aulas mais
atrativas e criativas.
Discutir
e
rever
as
metodologia
s
e
abordagens
das aulas e
suas
eficácias.
Equipe Pedagógica
e Professores.
Bimestral
Na
escola
Os alunos estão dispersos e
não conseguem aprender os
conteúdos satisfatoriamente.
A aprendizagem deve ser
pensada em seu contexto.
- Questionar as metodologias e abordagens usadas em
aulas e possíveis mudanças.
- Sensibilizar através de dinâmicas e exemplos sobre a
importância das mudanças na evolução do conhecimento.
Elaborar
projetos de
recuperação
de estudos
Equipe Pedagógica
e Professores.
O
ano
todo
Na
escola
Nas
salas
os
alunos
apresentam
necessidades
específicas
de
acompanhamento. Devemos
intervir com ações que
colaborem na recuperação
dos
conteúdos
em
defasagem.
- Investigar e observar em sala e pesquisar junto aos
professores as reais dificuldades dos alunos e quais
conteúdos que estão em defasagem.
- Formular e definir metas e abordagens de ações
interventivas.
- Elaborar atividades conjuta por disciplina.
66
23.6Acompanhamento do trabalho pedagógico e atendimento aos professores:
AÇÃO
RESPONSÁVEL
PRAZO
LOCAL
JUSTIFICATIVA
PROCEDIMENTO
O ensino ainda é muito
fragmentado
e
compartimentado. Com
parcerias, trabalho em
equipe e colaborativos
podemos amenizar esta
situação.
Para garantir que os
objetivos
das
ações
sejam
alcançados
coletivamente
- Propor estratégias que possam contemplar várias
disciplinas.
- Propiciar cursos que abordem a interdisciplinaridade.
Incentivar
a
interdisciplinaridade
.
Equipe Pedagógica
O ano
todo
Na
escola
Acompanhar,
colaborar e orientar
as
ações
desenvolvidas
na
escola.
Equipe Pedagógica
Bimestral
Na
escola
Buscar a parcerias
dos
professores
para desenvolver o
gosto e o prazer
pela leitura.
Equipe Pedagógica,
Bibliotecária e
professores.
O ano
todo
Na
escola
Um aluno que lê tem
maior
facilidade
de
compreensão,
melhora
seu raciocínio lógico e se
desenvolve melhor em
todas as disciplinas.
Tornar
a
hora/atividade
produtiva
e
de
formação docente
Equipe Pedagógica
Bimestral
Na
escola
Nem
sempre
as
horas/atividades
são
produtivas
e
de
formação. É necessário a
organização do tempo
que os professores têm
de
permanência
na
escola
- Interar-se dos conteúdos as ações a serem
desenvolvidos pelos alunos nas séries.
- Verificar se os conteúdos e as abordagens estão em
consonância com o PPP,PPC, PTD.
- Ouvir os professores para suprir suas necessidades
para a execução do seu fazer pedagógico.
- Incentivar os professores e bibliotecários, o
desenvolvimento de pesquisas.
- Elaborar ações de incentivo à leitura e colocar em
prática em parceria com os funcionários da escola.
- Sistematizar e organizar as horas/atividades dos
professores.
67
23.7 Reuniões e atendimentos ás famílias
AÇÃO
RESPONSAVEL
PRAZO
Tornar
as
reuniões
significativas
e objetivas
Incentivar a
participação
contínua das
famílias na
escola
Direção e Equipe
Pedagógica
O
ano
todo
Na
escola
Professores,
Direção e Equipe
Pedagógica.
O
ano
todo
Na
escola
Garantir um
atendimento
com
qualidade
aos pais.
Instigar nas
famílias
o
resgate de
valores
humanos
essenciais
para
uma
convivência
harmônica e
saudável.
Elaborar,
sugerir
e
valorizar o
trabalho
pedagógico.
Direção e Equipe
Pedagógica
e
professores.
O
ano
todo
Na
escola
Comunidade
Escolar,
profissionais
palestrantes
convidados.
O
ano
todo
Informar
Professores
os
Equipe
Pedagógica,
professores
Direção.
LOCAL
JUSTIFICATIVA
PROCEDIMENTO
As
famílias
querem
sugestões, informações e
orientações para ajudarem
seus filhos.
A
família
precisa
responsabilizar-se pela sua
função educativa, visto que
o
sucesso
da
aprendizagem
depende
desta parceria.
Pais
bem
orientados
colaboram e participam
ativamente do processo
educativo.
- Reuniões para compreensão do processo de ensinoaprendizagem.
-Sugerir ações que visem colaborar com os pais na
aprendizagem dos filhos.
-Conscientizar os pais e responsáveis sobre a importância e
papel da família na viada escolar do educando.
Na
escola
O incentivo para o resgate
e a criação de valores é
fundamental
para
mudanças de atitudes e
posturas.
- Discutir nas reuniões limites e responsabilidades.
-Promover a interação entre a escola e a sociedade.
O
ano
todo
Na
escola
- Reunir professores para sugerir ações pedagógicas planejadas
e coletivas.
- Buscar parcerias com as famílias para realizar ações
significativas e que seja do interesse da sociedade.
-valorizar as ações pedagógicas desenvolvidas pela escola.
No
Na
O trabalho Pedagógico
inclui
a
interdisciplinaridade,
promove a interação e
parceria
entre
os
professores, pais e alunos
e torna os conteúdos mais
significativos.
Os pais precisam estar
e
e
e
- Atender os pais com cordialidade, ouvindo-os e orientando-os.
- Informar os pais sobre o funcionamento da escola, o regimento
68
pais sobre
os
conteúdos
das
disciplinas,
abordagens
e os critérios
de
avaliação.
Equipe
Pedagógica
primeiro
bimestre.
escola
cientes sobre o Processo
de
aprendizagem
para
poderem incentivar e ajudar
os filhos.
escolar e o PPP.
- Orientá-los e sugerir maneiras de ajudar os filhos nas tarefas
escolares.
- Apresentar às famílias os critérios de avaliação da escola,
abordagens pedagógicas, etc.
69
23.8 Atendimentos aos alunos
AÇÃO
PRAZO
LOCAL
JUSTIFICATIVA
PROCEDIMENTO
No primeiro
mês
de
aula.
Na escola.
- Fazer uma avaliação diagnóstica em
todas as disciplinas no início do ano
letivo, em especial com as quintas
séries.
Comunidade Escolar.
O ano todo.
Na escola.
Desenvolver a autoestima
dos
educandos.
Direção,
equipe
pedagógica, professores
e funcionários.
O ano todo.
Na escola.
Os
professores
precisam
conhecer os alunos e o quê
possuem de conhecimento,
para que o trabalho contínuo
inclua todos.
Muitos
alunos
estão
desinteressados, dispersos e
desmotivados. Vêm à escola
por obrigação ou exigência dos
pais. Alguns até abandonam a
mesma.
Há alunos que são passivos,
desanimados, sem projetos de
vida e com baixa auto-estima,
dificultando a interação e a
aprendizagem dos mesmos.
Construir na escola
um
espaço
de
aprendizagem
significativa,
tornando a escola
atrativa
para
o
aluno.
Direção,
Equipe
Pedagógica, Professores
e funcionários.
O ano todo.
Na escola.
A escola deve ser um espaço
alegre e gostoso onde o aluno
possa
satisfazer
suas
curiosidades
sobre
o
conhecimento. Assim nosso
aluno terá prazer em vir à
escola
e
participar
das
atividades educativas.
Orientar os alunos e
atender
suas
Equipe Pedagógica.
O ano todo.
Na escola.
Nossos alunos precisam de
orientação, serem ouvidos.
Avaliação
Diagnóstica
Aprendizagem.
Despertar
interesse
alunos.
RESPONSÁVEL
de
o
dos
Professores
pedagógica.
e
equipe
- Propor aos professores novas
abordagens e metodologias.
- Orientar os alunos e verificar seus
interesses, aspirações e curiosidades na
aprendizagem.
- Incentivar nas salas de aulas o
trabalho com músicas, de poemas,
práticas esportivas, trabalhos em
grupos, danças, etc.
- Pedir aos professores que em suas
aulas ouçam mais os alunos e que façaos exporem suas idéias.
- Realizar em parceria com os
professores gincanas e atividades extraclasses.
- Receber os alunos, solucionar suas
dúvidas, conflitos e ouvir sugestões para
o nosso trabalho.
- Conversar com os alunos no início do
ano sobre a importância e a
responsabilidade pela assiduidade, o
bom relacionamento com os professores
e colegas.
- Proporcionar aos alunos trabalhos
extra-classes (aulas passeios, etc.) e
momentos de recreação para maior
entrosamento.
- Ajudar os alunos a resolver seus
conflitos e suas dificuldades de
70
necessidades
pedagógicas.
Eles têm muito a dizer, a
ensinar e aprender . Assim
podem
colaborar
para
melhorarmos
o
trabalho
pedagógico.
socialização.
- Orientá-los e ajudá-los a superar todas
as formas de discriminação e exclusão.
- incentivá-los quanto ao valor do estudo
e da importância do mesmo no
cotidiano.
71
24-Agenda 21 na Escola
Algumas Ações deverão nortear o trabalho em todas as disciplinas, cada qual
enfocando as peculiaridades que são pertinentes ao conteúdo de sua área.
24.1 Inclusão Social para uma Sociedade Solidária
Não basta saber sobre as doenças, é preciso buscar condições de sobrevivência
digna.
É preciso conhecer sobre os serviços disponíveis de atendimento à
população; é preciso conhecer os direitos assegurados pela Constituição e pelas leis
vigentes, é preciso entender sobre a função de cada especialista. É preciso
conhecer sobre alternativas mais saudáveis de sobrevivência, enfim, este projeto
deverá fornecer uma consciência global, envolvendo aspectos sociais, políticos,
econômicos, éticos, históricos, culturais, científicos e tecnológicos, cada qual
trabalhado dentro da disciplina mais coerente para a abordagem, nada impedindo
que um professor, por exemplo, de ciências, possa abordar sobre os aspectos
econômicos desta inclusão social.
Paralelo a isso, a escola, na busca de uma inclusão social, pretende desenvolver o
Projeto Despertar que visa trabalhar em contra-turno alguns temas: xadrez,
informática, dança, teatro, música, horta, jardim, esporte e outros, no entanto, para
que esse projeto seja colocado em prática precisamos de profissionais que aceitem
fazer este trabalho voluntário como “amigo da escola” . Este projeto tem o objetivo
de preencher o tempo ocioso do aluno bem como ajudá-lo a melhorar suas aptidões
escolares e relacionamento social. Outro Projeto é o Domingo Surpresa realizado
bimestralmente com o objetivo de ofertar atividades culturais e esportivas aos
nossos adolescentes, pois em nosso município, poucas opções de lazer são
ofertadas.
24.2– Tecnologias
O uso de tecnologias vem evoluindo e crescendo nos últimos anos, podendo apoiar
o ensino e aprendizagem ao mesmo tempo, contribuindo com uma educação mais
dinâmica e inovadora.
72
Para isso, é necessário que o educador conheça de fato as novas formas de
aprender e ensinar que os recursos tecnológicos nos proporcionam; sendo
necessário que passe por uma capacitação pedagógica adequada para o uso destas
tecnologias, pois estas já estão presentes no ambiente escolar, mas nem sempre
são utilizadas de forma adequada, pois, não nos referimos só a computadores, mas
a DVDs, Internet, vídeo, som, revistas, etc., recursos que os profissionais podem e
devem utilizar, mas não esquecendo que os mesmos é que são as maiores
ferramentas tecnológicas. O que não se pode perder neste cenário, são os objetivos;
o que alcançar como alcançar e quais as mudanças será necessário no ambiente
para atingir os mesmos.
Há uma preocupação por parte da nossa escola em desenvolver uma prática
pedagógica voltada para a integração das mídias, através do trabalho por projetos.
Um deles é o projeto Despertar que visa, além de integrar o aluno ao mundo
tecnológico, capacitar os educadores para que estes possam também desenvolver
suas aulas utilizando computadores e Internet. Esse projeto será viável a partir da
instalação dos novos equipamentos e Internet.
24.3 Programa Nacional de Educação Fiscal - PNEF
Desenvolver o pleno exercício da cidadania é uma proposta da Educação Fiscal.
Para o exercício pleno da cidadania se faz necessário que os indivíduos sejam
conhecedores dos seus direitos, tenham atitudes políticas e aprendam a agir como
fiscalizadores, mas também, cumpridores de seus deveres, uma vez que é a partir
daí que se torna possível uma sociedade mais justa. Esta prática já é parte
integrante das atividades cotidianas do conjunto de professores, bem como dos
demais profissionais da educação.
Integrada às atividades desenvolvidas em sala de aula e à Educação Fiscal, temos o
Projeto Lixo no Lixo, conscientização feita na educação ambiental por toda
comunidade escolar, onde se ressalta a importância da reciclagem e da coleta
seletiva realizada pelo município, sendo que além da contribuição com o meio
ambiente, este se reverte em benefícios aos cidadãos ararunenses.
73
24.4Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena
Atendendo a Deliberação nº. 04/06 do CEE e a Lei nº10.639/03 e nº11.645/08 que
trata da obrigatoriedade da Educação das Relações Étnicas Raciais e para o ensino
de história e cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, a organização curricular
contemplará no decorrer do ano letivo, a Educação das Relações Étnico-Raciais e o
ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, numa abordagem que permita
proporcionar aos alunos uma educação para uma sociedade democrática,
multicultural e pluriétnica, pois “Novos estudos demonstram que não existem raças,
na espécie humana” (Super-Interessante/Abril 2003).
A Cultura Brasileira é resultado da influência de diversas nações, mas é evidente
que a Cultura Africana é a que tem mais se evidenciado, portanto, deve-se promover
o estudo desta influência na música, na dança, na arte, nos costumes e em todos os
setores. Cada professor deve abordar o aspecto de influência no contexto de sua
disciplina, permitindo o resgate da identidade do individuo dessa cultura.
25- INCLUSÃO
Incluir sempre, excluir nunca. Não deverá ocorrer exclusão no sentido de privar o
educando ao seu direito como cidadão em freqüentar as aulas na Escola e de
participar das atividades desenvolvidas por ela, exceto se essa atividade trouxer-lhe
constrangimento devido limitações físicas ou outras. Sempre levando em
consideração o cumprimento dos deveres e o respeito aos direitos do outro.
O aluno com necessidades educacionais especiais deverá ser ouvido no sentido de
observar quais são seus anseios para melhor integrá-lo. Para que isso ocorra deve
haver atendimento especializado pela equipe pedagógica, professores, funcionários,
direção, Núcleo Regional de Educação e suporte da Secretaria de Estado da
Educação.
A Escola deve fazer levantamento das necessidades educacionais especiais de
seus alunos no início de cada ano letivo e providenciar as adequações necessárias
em relação ao espaço físico e atendimento pedagógico, solicitando junto à entidade
74
mantenedora os recursos necessários à sua execução. Também deve preparar e
capacitar os profissionais da educação para o acompanhamento destes alunos,
assim a inclusão de um, não deverá se dar à custa do prejuízo dos demais.
25.1 Estágio não Obrigatório de Alunos que Cursam o Ensino Médio
É uma atividade de proporção educativa incorporada ao processo ensino aprendizagem, baseada na teoria e prática do sujeito que se encontra na própria
realidade da articulação de seus resultados com os conhecimentos universais
sistematizados. Desta forma, o trabalho como princípio educativo oferece ao
estagiário subsídios a partir das diferentes disciplinas para analisar as relações e
contradições sociais, fornecendo instrumento conceituais do mundo de trabalho.
O estagiário terá oportunidade de tornar-se ser ativo capaz de pensar, criticar e
apreender, o conhecimento e experiências como algo que passa pela sua própria
estrutura de formação intelectual, social e humana. Portanto, o estágio é uma via
que norteia os conhecimentos escolares e a dimensão mercadológica para o sujeito
atuar no mercado de trabalho com autonomia consciente.
O estágio como atividade desenvolvida por estudantes, será mediada pelo professor
pedagogo, direção e professor da respectiva disciplina. As ações do colégio para
com o estagiário:
- Conhecer a natureza do estágio e contribuições do aluno estagiário para com a
escola e o compromisso firmado pelas instituições;
- Obter informações pelo aluno estagiário sobre as ações e objetivos do estágio do
qual ele está inserido;
- Informações aos professores das respectivas disciplina ou turma pelo pedagogo;
- O pedagogo deverá orientar os professores e estagiários as prioridades do
cumprimento da Lei 11788/2008 – ressalvando o papel do estagio a partir das
relações de trabalho;
- As ações desenvolvidas pelos estagiários devem ser observadas pelo professor
pedagogo, como também fornecer informações do desempenho do aluno estagiário
às instituições envolvidas;
75
− Regimentar que a partir do acordo Direção, pedagogos e instituições, o aluno
que se enquadra em projetos de cursos, terá oportunidade de realizar seus
estágios no Colégio conforme carga horária solicitada, de acordo com as
possibilidades do mesmo.
26 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PPP
Para permanecer vivo, educando a paixão,
Desejos de vida e de morte é preciso educar o medo.
E a coragem.
Medo e coragem em ousar.
Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.
Medo e coragem em romper com o velho.
Medo e coragem em construir o novo.
Madalena Freire
O trabalho coletivo deve ser avaliado em relação aos objetivos propostos pelo PPP,
para que todos percebam quanto estão próximos ou distantes de tais objetivos. Ao
76
mesmo tempo, a avaliação do próprio processo de trabalho em grupo dá a medida
do crescimento de cada um e do grupo como um todo.
•
Através da reflexão em conjunto para obter um retrato da situação;
•
Pesquisa de satisfação sobre a escola, alunos, professores, funcionários,
equipe pedagógica, direção e pais de alunos realizados através de
questionários.
•
Reunião com pais para acompanhamento e sugestões na execução do PPP;
•
Disponibilizar Urna de sugestões e Urna de críticas para que alunos, pais,
professores e funcionários possam depositar o seu parecer sobre os
trabalhos coletivos na escola.
26.1- Periodicidade
•
Sempre no início de cada ano para conhecer as Propostas do PPP e
possíveis adequações para a realidade atual;
•
No final de cada semestre;
•
Sempre que se fizer necessário, ou seja, quando surgir uma nova situação da
qual exija uma readequação dos procedimentos.
26.2-Instâncias Envolvidas
•
Todos os Trabalhadores em Educação da Escola;
•
Trabalhadores em Educação do NRE e SEED;
•
Alunos;
•
Pais ou responsáveis pelos alunos;
•
Comunidade em geral no município;
•
Outros setores organizados da sociedade.
Pode-se perguntar, por exemplo:
1. Nossos objetivos estão claramente definidos?
2. Conhecemos os passos para alcançá-los?
77
3. Estamos caminhando na direção deles?
4. Diagnosticamos causas para os problemas e propomos alternativas?
5. No grupo, todos os integrantes têm tido oportunidade de expressar suas idéias
e opiniões?
6. Estão sendo possível conciliar divergências? Como?
7. Os participantes estão assumindo as decisões coletivas.
Todos juntos somos fortes
Somos flecha, somos arco.
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer...
Chico Buarque, Enriquez e Bardotti
78
Referências Bibliograficas
CADERNO DE DEBATES. “A escola como território de luta” – IV Conferência
Estadual de Educação da APP-Sindicato.
CADERNO DE ORIENTAÇÕES GERAIS E SUBSÍDIOS – CURSO DE Diretrizes
Pedagógicas e Administrativas para a Educação Básica - SEED, SUED, DEM,
DEP, DEJA, DEE, DEF e CADEP.
COLEÇÃO “RAÍZES E ASAS” – CENPEC- (Centro de Pesquisas para Educação e
Cultura).
CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ, 3ª
Edição, Curitiba, 1997.
INDICADORES DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO – Ação Educativa – Unicef,
PNUD, INEP-MEC (Coordenadores). São Paulo: Ação educativa, 2004.
MANUAL DE INSTRUÇÕES DO FUNDO ROTATIVO.
MANUAL DE INSTRUÇÕES DO PDDE.
MANUAL DO PRÊMIO NACIONAL DE REFERÊNCIA EM GESTÃO ESCOLAR.
PARECER Nº 003/2004 – CNE/CP.
REVISTA “Super-Interessante” , Abril 2003.
SAIR DO PAPEL – Cidadania em construção – Raio-Recurso Audiovisual
Interativo, (produção) UNICEF, Vila Velha, ES.
79
Anexos
80
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ARARUNA – PARANÁ
APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS
PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO
FUNDAMENTAL
“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os
que vivem em torno da escola e dentro da escola, no sentido
de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola
na mão,também. Tudo o que a gente puder fazer nesse
sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso
que se põe diante de nós que é assumir esse país
democraticamente.”
Paulo Freire
O Colégio Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental e médio vem
construindo a Proposta Pedfagógica Curricular por disciplina de maneira
democrática, porém seguindo uma linha norteadora que vem sendo trabalhada em
cursos de capacitação oferecidos pela SEED, nos quais cada profissional teve a
oportunidade de refletir e adquirir novas concepções pedagógicas, bem como, sobre
sua atuação como docentes ampliando seus conhecimentos nos estudos e
discussões realizadas, contribuindo, desta forma, para uma nova prática de ação
pedagógica.
Dentro da escola, e mais precisamente em sala de aula, encontramos uma
diversidade imensa de sujeitos, os quais, por serem tão diferentes, evidentemente
exigem dos educadores práticas pedagógicas, que necessitam ser diferenciadas
para que alcancem os objetivos propostos, levando em conta que a escola é direito
81
de TODOS. Quanto maior for a diversidade entre os educandos atendidos, maiores
as possibilidades de identificação de escola pública.
Assim, precisamos estar atentos para que a instituição educacional seja um lugar
onde todos, indistintamente, possam se apropriar do saber, e ainda mais, que a
todos seja oportunizado o acesso ao conhecimento e a cultura, além da formação da
cidadania consciente, independentemente da classe social, cor, sexo, idade e outros
“modelos” que sejam diferentes daquele considerado como hegemônico.
Visando formar homens que conquistem seu espaço, valorizando a convivência, de
modo que, com equilíbrio, busquem o conhecimento e a sabedoria; para que
também, a sociedade seja um reflexo destes, que compartilhe da formação e
transformação da humanidade.
Neste enfoque, também se faz necessário priorizar o combate a violência,
desenvolvendo projetos voltados à emancipação do educando, o espírito de
solidariedade, o respeito às diferenças e o fortalecimento das relações interpessoais,
contando para tanto com os profissionais da educação desta Escola, os quais já vêm
desenvolvendo este trabalho e já apresentam excelentes resultados .
Para que se cumpra as metas de uma educação de qualidade, voltada para
diversidade de maneira a incluir todos os educandos, respeitando a igualdade de
direitos e oportunidades, opta-se
por uma proposta histórico-social
em
que o
educando, de posse de seus conhecimentos anteriores, e com dados novos, obtidos
através da interação com o professor, com os colegas, com o seu contexto-histórico,
físico e social, e da intervenção desses, vai construindo e reconstruindo o seu
conhecimento.
Desta maneira, pretende-se proporcionar uma aprendizagem que estimule o
desenvolvimento intelectual do educando, facilitando-lhe o acesso a novas
aprendizagens, pois, além do conhecimento em si, ele aprende estratégias de
pensamento para ter acesso ao conhecimento cientifico, para compreensão de
situações novas, para soluções de problemas com os quais se depara no dia-a-dia.
82
Assim, a partir do pressuposto que orientem a ação da autonomia, da cidadania, da
participação, da democratização do poder, da liberdade, da solidariedade, da
felicidade, da sustentabilidade, da identidade cultural para a formação do sujeito
sócio-crítico, político, capaz de intervir na realidade, promovendo uma sociedade
mais justa e fraterna.
Serão enfatizados alguns temas fundamentais como:
•
A necessidade da preservação e melhoria do meio ambiente;
•
A qualidade de vida (vida saudável)
•
O desenvolvimento afetivo, melhorando assim as relações interpessoais;
•
Formação de pessoas autônomas e críticas capazes de respeitar a opinião
dos demais e ao mesmo tempo defender os seus direitos.
•
A paz e igualdade de direitos e oportunidades.
Neste contexto a gestão escolar em conjunto com toda comunidade escolar exerce
função primordial para nortear todas as atividades psico-pedagógiacas e
administrativas.
A aprendizagem torna-se a meta principal nesse caminhar, cujo objetivo é formar
esse “novo homem”. Garantir a aprendizagem é dar oportunidades, é criar
possibilidades, é construir caminhos para todos.
83
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 05 – CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 0170 –
ARARUNA
ESTABELECIMENTO: 00012 – VINTE E NOVE DE NOVEMBRO, C. E – E
FUND/MED
ENT MANTENEDORA:
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS.FUND.5/8 SER
TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2004 – SIMULTANEA
MODULO: 40 SEMANAS
B
ÁREAS DE CONHECIMENTO / SÉRIE
A ARTE
S CIÊNCIAS
E EDUCAÇÃO FISICA
N ENSINO RELIGIOSO
A GEOGRAFIA
C HISTÓRIA
I LINGUA PORTUGUESA
O MATEMÁTICA
N
A
L
C
O
M
U
M
5ª 6ª 7ª
2
3
3
1
4
3
4
4
2
4
3
1
3
3
4
4
8ª
2
4
3
2
4
3
3
3
4
4
3
3
4
4
23 23 23 23
SUB-TOTAL
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLES
2
2
2
2
2
2
2
2
P
D
SUBTOTAL
TOTAL GERAL
25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96
DATA DE EMISSÃO: 16 DE OUTUBRO DE 2006.
________________________
ASSINATURA DO CHEFE DO NRE
84
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 05 – CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 0170 –
ARARUNA
ESTABELECIMENTO: 00012 – VINTE E NOVE DE NOVEMBRO, C E – E
FUND/MED
ENT MANTENEDORA:
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS.FUND.5/8 SER
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2004 – SIMULTANEA
TURNO: TARDE
MODULO: 40 SEMANAS
B
ÁREAS DE CONHECIMENTO / SÉRIE
A ARTES
S CIÊNCIAS
E EDUCAÇÃO FISICA
N ENSINO RELIGIOSO
A GEOGRAFIA
C HISTÓRIA
I LINGUA PORTUGUESA
O MATEMÁTICA
N
A
L
C
O
SUB-TOTAL
M
U
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLES
M
SUB-TOTAL
TOTAL GERAL
5ª 6ª 7ª
2
3
3
1
4
2
4
4
2
3
3
1
3
3
4
4
8ª
2
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3
2
4
3
3
3
4
4
3
3
4
4
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2
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2
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NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96
DATA DE EMISSÃO: 16 DE OUTUBRO DE 2006.
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ASSINATURA DO CHEFE DO NRE
85
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 05 – CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 0170 –
ARARUNA
ESTABELECIMENTO: 00012 – VINTE E NOVE DE NOVEMBRO, E E – E
FUND/MED
ENT MANTENEDORA:
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS.FUND.5/8 SER
TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2004 – SIMULTANEA
MODULO: 40 SEMANAS
B
ÁREAS DE CONHECIMENTO / SÉRIE
A ARTES
S CIÊNCIAS
E EDUCAÇÃO FISICA
N ENSINO RELIGIOSO*
A GEOGRAFIA
C HISTÓRIA
I LINGUA PORTUGUESA
O MATEMÁTICA
N
A
L
C
O
SUB-TOTAL
M
U
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
M
SUB-TOTAL
TOTAL GERAL
5ª 6ª 7ª
2
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4
2
4
4
2
3
3
1
3
3
4
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8ª
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4
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22 22 23 23
2
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NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96
DATA DE EMISSÃO: 16 DE OUTUBRO DE 2006.
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ASSINATURA DO CHEFE DO NRE
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ARTE
ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino sistematizado de artes passa necessariamente por uma reflexão sobre a
dimensão histórica de seu ensino.
Durante o período colonial, incluindo onde hoje é o Estado do Paraná ocorreu, nas
vilas e reduções jesuíticas, a primeira forma registrada de arte na educação. O
governo do Marquês de Pombal expulsa os Jesuítas do território do Brasil Colônia e
estabelece uma reforma na educação colonial, conhecida como Reforma Pombalina,
que, fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra, dava ênfase ao
ensino das ciências naturais e dos estudos literários.
Apesar da formalização dessa Reforma, na prática não se registrou efetivas
mudanças. Constituídos no inicio do século XIX, incluíram em seus currículos,
diferentemente dos demais, estudos do desenho associado à matemática e da
harmonia na música, características da arte na sociedade burguesa européia no
século XVIII e fundamentadas nos princípios do iluminismo.
Nesses estabelecimentos públicos houve um processo de dicotomização do ensino
de Artes: o de Belas Artes e música para a formação estética e o de artes manuais.
Benjamin Constant, responsável pelo texto da reforma, direcionava o ensino
novamente para a valorização da ciência e da geometria, propagando o ideário
positivista no Brasil.
Em alguns momentos de nossa história essa concepção de ensino esteve presente,
como no período do Governo de Getúlio Vargas (1930 a 1945) com a generalização
do ensino profissionalizante nas escolas públicas; na ditadura militar Oficializada em
08/08/1917 através do decreto 548 (Diário OficiaI IPR). Em contra posição a todas
as formas anteriores de ensino que impunham modelos que não correspondiam à
cultura dos alunos, como a arte medieval e renascentista dos Jesuítas sobre a arte
indígena ou da cultura neoclássica da Missão Francesa sobre uma arte colonial e
Barroca com características brasileiras, procurou-se a valorização da cultura
nacional, expressa na educação pela escola nova que postulava métodos de ensino
em que a liberdade de expressão do aluno era priorizada. Considerava também, que
a partir do processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e renascentista
européia e a arte africana (cada uma com suas especificidades) constituíram-se na
matriz da cultura popular brasileira.
Essa valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola Nova,
fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e
sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando romper com a
transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional.
O ensino do Canto orfeônico foi a referência para a criação de inúmeros
conservatórios de música como o Conservatório Estadual de Canto orfeônico,
fundado em 1956, que se transformou em 1967 na Faculdade de Educação Musical
do Paraná (FEMP), e em 1991 na Faculdade de Artes do Paraná (FAP) , formando
até hoje, professores em música, artes visuais, artes cênicas e dança.
Esses processos acentuam-se a partir do final do século XIX com o movimento
imigratório. Destacamos entre esses artistas/professores, Emma e Ricardo Koch,
Mariano de Lima, Bento Mossurunga, Alfredo Andersen e Guido Viaro, considerados
como precursores do ensino da arte no Paraná e desenvolveram, a partir de
influências de correntes pedagógicas e através da prática, suas próprias
metodologias.
O artista Guido Viaro funda em 1937, a Escolinha de Arte do Ginásio Belmiro César,
apreciava as idéias de teóricos como Herbert Read, e Lowenfeld, que acreditavam
no desenvolvimento do potencial criador e na humanização pela arte. Guido Viaro
teve como parceira na educação pela arte, a educadora Eny Caldeira, que no curso
com Maria Montessori foi sensibilizada pelas questões relacionadas à arte, no ensino de Arte.
Emma contribuiu significativamente para o ensino de Arte ao participar da criação do
Departamento de Educação Artística da Secretaria de Educação e Cultura do
Estado do Paraná, propondo a instituição de clubes infantis de cultura e a
assistência técnica às escolas primárias. Participou também da concepção da
Escola de Arte na educação básica do Paraná em 1957, no Colégio Estadual do
Paraná (CEP), com o ensino de Artes Plásticas, Teatro e Música, que já era
ministrada como Canto orfeônico pelo Maestro Bento Mossurunga, desde 1947.
Com o passar do tempo essas atividades foram incorporadas às classes integrais e
implantadas no calendário escolar do CEP, onde permanecem até os dias atuais.
Nesse contexto, em 1971 foi promulgada a Lei federal n. 5692/71, que no seu artigo
7°, determina a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino
Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino Médio.
De um processo iniciado em 1988 na prefeitura de Curitiba, é elaborado em 1990, o
Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná no ensino de 1º e 2º graus. Nesse
currículo, o ensino de Arte retoma o seu caráter artístico e estético visando a
formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo
trabalho artístico.
No final dos anos 80 e na década de 90, professores de Arte das escolas de
educação básica, das universidades e profissionais da área que atuavam em
museus, organizaram-se em seminários, simpósios nacionais e internacionais,
constituindo a FAEB - Federação de Arte Educadores do Brasil; a ABEM Associação Brasileira de Educação Musical e outras Associações regionais. Além de
propor novas formas de ensino de Arte nas escolas, principalmente públicas, estes
profissionais mobilizaram-se pela manutenção da obrigatoriedade do ensino de Arte
no texto da LDB, promulgada em 1996.
A nova LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de
Educação Básica. Uma característica marcante e explícita tanto das DCNs quanto
dos PCNs do Ensino Médio, é a utilização do conceito de estética, tendo como
princípios norteadores os pilares: "A Estética da Sensibilidade", a "política da
Igualdade" e "A Ética da Identidade”, implícita também na organização dos
documentos do Ensino Fundamental. Durante o período de 2003 a 2006 são
realizadas diversas ações por parte do Governo do Estado do Paraná que valorizam
o ensino de Arte, dentre as quais, destacam-se o estabelecimento de uma carga
horária mínima de duas aulas semanais de Educação artística durante todas as
séries do Ensino Fundamental.
Em 2005 a SEED lançou o I Caderno Temático de História e Cultura afro-brasileira e
africana, distribuído para todas as escolas da rede pública estadual promovendo
uma ampla reflexão a respeito do papel da Disciplina de Arte em relação à
implementação da Lei Federal 10.639/03. Essa lei torna obrigatório no âmbito das
escolas brasileiras, oficiais ou privadas, nos níveis de ensino fundamental e médio, o
estudo da "história e cultura afro-brasileira e africana".
O ensino de Artes deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa
também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade
construída historicamente e em constante transformação.
Assim sendo, as diferentes formas de pensar o ensino de Arte são consequência do
momento histórico no qual se desenvolveram, com suas relações sócio-culturais,
econômicas e políticas. Da mesma forma o conceito de arte implícito ao ensino é
também
influenciado
por
essas
relações,
sendo
fundamental
que
seja
problematizado para a organização de uma proposta de diretrizes curriculares.
Nessa introdução dos fundamentos teórico-metodológicos serão abordadas as
formas de como a arte é compreendida no cotidiano dos estabelecimentos de ensino
e como as pessoas se defrontam com o problema de conceituar a arte. Os conceitos
que serão tratados neste documento, relacionam-se com os estudos dos
conhecimentos da arte e da estética, ou seja, será buscada na filosofia a
compreensão dos assuntos do cotidiano.
As concepções presentes no senso comum, identificam-se no campo de estudos da
estética no mundo ocidental, com as teorias essencialistas de arte: a mímesis e a
representação; a arte como expressão e o formalismo.
A teoria da mímesis, desenvolvida na Grécia Antiga, tem por definição que a arte é
imitação. Essa teoria parte das ideias do filósofo grego Platão, nascido em Atenas
(427 a 347 a.C.). Platão afirmava que o mundo das ideias era o único mundo
verdadeiro, o mundo sensível só existia enquanto participava do mundo das ideias,
do qual era apenas sombra ou cópia.
Para o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), nessa concepção cooperam a
experiência do sensível e a abstração do entendimento. Aristóteles considera a arte
como imitação direta da própria ideia, do inteligível imanente no sensível, imitação
da forma imanente na matéria. Na arte, esse inteligível é concretizado na obra,
elaborada pelo artista.
Na concepção de Aristóteles, a representação é uma outra forma da mímesis, é a
apresentação intencional de um objeto de natureza sensorial elou intelectual,
resultando numa apreensão da forma mediante a fixação de modelos.
Na arte essas concepções vem desde a Antiguidade Clássica, passando pelo
Renascimento, vindo até o século XIX, no início da segunda fase da revolução
industrial. São a mímesis e a representação, as mais antigas teorias da arte e foram
aceitas pelos próprios artistas, por muito tempo, como inquestionáveis, nas quais o
valor da arte está nas suas referências, na mensagem nela contida.
Ainda hoje, a teoria da representação é referência no cotidiano das escolas e implica
no senso de repetição da forma a partir de um modelo pré-estabelecido, aceito como
referência formativa no ensino da Arte. Essa idéia da arte como representação,
muito presente na escola, enfatiza o fazer técnico e científico de conteúdos
reprodutivistas, com uso de modelos e cópias do natural.
Na escola, esses conceitos e processos acabam por atribuir à Arte, funções
meramente reprodutivistas, seguindo formas padronizadas e mantendo o aluno no
aperfeiçoamento da técnica, porém, limitando sua identidade criadora.
Contrapondo-se a um modelo de arte, fundamentada na representação fiel ou
idealizada da natureza, a arte sob a perspectiva da teoria expressionista, iniciose
com filósofos e artistas românticos do final do século XVIII. Essa concepção
defendia que a arte deveria libertar-se das limitações das teorias anteriores
(mímesis e representação), ao mesmo tempo que deslocava para o artista, ou
criador, a chave da compreensão da arte. No ideal romântico da arte, prevalece o
subjetivismo e a liberdade de temas e composições inspirados em sentimentos e
estados da alma. A concepção expressionista em sua base, evidenciou as
contradições da sociedade, a partir das impressões pessoais dos artistas desse
tempo histórico. Essa concepção, dividiu-se em dois momentos distintos: A arte
como expressão e a arte como forma significante ou formalismo.
No movimento formalista, valoriza-se a forma significante, ou seja, a forma é
reconhecida e é apreciada pela própria forma. Essas ideias de arte como expressão
e formalismo, também encontram-se presentes na educação, a partir das tendências
da escola nova e da escola tecnicista. Na ação pedagógica da escola nova, que vê a
arte como expressão, o aluno é o centro do processo educacional e o
encaminhamento metodológico prioriza o espontaneísmo e o fazer. O principal
objetivo é o de assegurar o desenvolvimento da imaginação e autonomia do mesmo.
A partir da ação pedagógica da escola tecnicista, que também está presente na
prática escolar atual, evidencia-se uma super-valorização da técnica e do
mecanicismo no fazer do aluno. Essa tendência traz elementos da arte como forma
significante ou formalismo.
Essas teorias da arte como mímesis, representação, expressão e formalismo,
apesar de tratarem de questões que são próprias da arte, são limitadas por
enfocarem e condicionarem a compreensão da mesma em apenas uma dimensão.
Na educação, o ensino de Artes amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações.
A partir das concepções da arte e de seu ensino já abordadas, estas diretrizes
consideram alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito
do objeto de estudo desta disciplina:
O CONHECIMENTO ESTÉTICO
Está relacionado à apreensão do objeto artístico em seus aspectos sensíveis e
cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-se numa
organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a forma de
representações artísticas como, por exemplo: palavras na poesia; sons melódicos na
música; expressões corporais na dança ou no teatro; cores, linhas e formas nas
artes visuais.
O CONHECIMENTO ARTÍSTICO
Está relacionado com o fazer e com o processo criativo. Considera desde o
imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico até o contato com o
público. Durante esse processo, as formas resultantes das sinteses emocionais e
cognitivas expressam saberes específicos a partir da experienciação com materiais,
com técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da
Dança, da Música e do Teatro.
O CONHECIMENTO CONTEXTUALIZADO
Envolve o contexto histórico (político, econômico e sócio-cultural) dos objetos
artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos,
possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto.
A construção do conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se
concretiza na experienciação estética por meio da percepção, da análise, da
criação/produção e da contextualização histórica.
O ensino de Arte em sua prática pedagógica contemplará as Artes Visuais, a Dança,
a Música e o Teatro. A arte é criação e manifestação do poder criador do homem.
A arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência do real. No ensino de
Arte, contrapondo-se a essa alienação capitalista, há possibilidades de resgatar o
processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância de criar.
A arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a
cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais (bens físicos) e
imateriais (práticas culturais coletivas).
A linguagem, na construção do conhecimento em arte, passa a ser compreendida
como o elo de ligação entre o conteúdo do sujeito e a cultura em suas diversas
produções e manifestações artísticas.
Inclusão é não só reconhecer o diferente mas, aceitá-lo como parte integrante e
fundamental para o desenvolvimento humano. Em artes as diferenças é que nos
possibilitam encontrar outros universos, outras concepções de mundo e de vida. As
riquezas das diferentes culturas é que compõem o mosaico maravilhoso do saber
universal, bem como as dificuldades, quer sejam elas físicas ou mentais do
indivíduo, possibilitam educar o nosso olhar e nosso sentir diferenciado enquanto ser
capaz de superação e de colocação para outrem de formas novas e inéditas do
poder da comunicação.
Portanto, o ensino de arte deve contemplar atividades que visem atingir a educação
inclusiva, visando alcançar a educação plena. A valorização cultura do homem do
campo vem de encontro à forma de ver e aceitar o cotidiano da vida no campo.
O fazer artístico deve
visar a formação
do individuo
capaz de incluir na sua
produção artística a sua preocupação com a qualidade de vida, o meio ambiente
(agenda 21),a saúde e o equilíbrio emocional, social e pessoal do meio em que
vive.
Os conteúdos em artes devem ser trabalhados com vistas também com valorização
da cultura Afro-brasileira, visando conhecer sua influência na formação étnico, social
e cultural de nosso povo.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Nesta fase (5ª a 8ª) o ensino de Artes toma a dimensão de se aprofundar um pouco
mais na exploração das linguagens artísticas da dança, música teatro e artes
visuais. A cada estudo trabalhado não deixar de observar que, ele pode e deve ser
explorado de forma universal, ou seja, para que um evento, objeto ou ação
aconteça, ela automaticamente interage com diversas outras áreas do conhecimento
humano, bem como, ela é fruto do modo de ser e produzir o social que nos cerca.
Para cada tema trabalhado, há que se lembrar também a concepção do processo de
construção do conteúdo em si ao longo da história, não se deixando de focar o
social vivido numa determinada época e que o resultado se tornou hoje o foco de
nossos estudos e pesquisas. O ensino de arte objetiva favorecer a apropriação do
conhecimento estético pelos alunos a partir dos quais, tenham a autonomia para
ampliá-los.
Com ênfase no ensino de arte como forma de conhecimento pela produção cultural
e como forma de linguagem, podemos desenvolvê-la na escola de diversas formas:
Sistematizada: Através da vivência da arte, experiências dos conteúdos sem perder
de vista que os conteúdos devem ser também historicizado, ou seja, conhecer a
origem, o que acontece hoje e como podemos pensar o futuro.
Contexto: Os conteúdos devem ser contextualizados no tempo e no espaço.
Ligação: Focados no desenvolvimento do ensino de artes como forma de
interlocução e inter-relação, ou seja, o indivíduo, o outro e o mundo na busca
incessante de uma identidade pessoal e coletiva;
Não perder de vista que o ensino de arte deve buscar a apreensão dos modos de
pertencer, estar com, de questionar, dialogar, representar e transformar a realidade.
Os conteúdos estruturantes selecionados por essa disciplina vêm constituir a base
para a prática pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes
compreendem todos os aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de
organização dos conteúdos específicos. De cada um dos conteúdos estruturantes
pode-se destacar os seguintes aspectos a serem observados nas artes visuais, na
dança, na música e no teatro.
ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS
Esse conteúdo estruturante estará presente em todas as linguagens artísticas,
desdobrando-se em conteúdos específicos em cada uma delas.
O conhecimento dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo professor
como conteúdos de Arte, permitirá ao aluno a leitura e a interpretação das
produções/manifestações, a elaboração de trabalhos artísticos e o estabelecimento
de relações entre esses conhecimentos e o seu dia-a-dia.
ARTES VISUAIS
Reconhecer, diferenciar e saber utilizar com propriedade diversas técnicas de arte,
com procedimentos de pesquisa, experimentação e comunicação própria;
Identificar a diversidade e inter-relações de elementos da linguagem visual que se
encontram em múltiplas realidades (roupas, cenários, meios de comunicação,
vitrines, cenários, movimentos corporais), perceber e analisá-los criticamente.
Compreender, analisar e observar as relações entre as artes visuais com outras
modalidades artísticas, bem como outras áreas do conhecimento humano.
DANÇA E MÚSICA
Aperfeiçoar a capacidade de discriminação verbal, visual e sinestésica e de preparo
corporal adequado em relação às danças criadas, interpretadas e assistidas.
TEATRO
Compreender o teatro em suas dimensões artística, estética, histórica, social e
antropológica e identificação e aprofundamento dos elementos essenciais para a
construção
de
uma
cena
teatral:
atuantes/papéis,
atores/personagens,
roteiro/enredo, cenário/locação.
PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS
Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas as linguagens
artísticas, configurando-se na organização e articulação dos elementos básicos dos
mesmos na forma de composição, improvisação ou interpretação, 0u seja, nas
produções/manifestações percebidas pelos sentidos humanos.
Nas produções/manifestações artísticas é que os elementos específicos de cada
linguagem assumem significado de acordo com a intenção do(s) artista/autor(es) ou
da interpretação do(s) espectador/fruidor(es).
ARTES VISUAIS
Expressar, representar idéias, emoções, sensações por meio da articulação de
poéticas pessoais, desenvolvendo trabalhos grupais e individuais;
Construir, expressar e comunicar-se em artes plásticas e visuais articulando a
percepção, a imaginação, a memória, a sensibilidade e a reflexão, observando o
próprio percurso de criação e suas conexões com os outros.
Interagir com variedade de materiais naturais e fabricados, multimeios (computador,
vídeo, fotografia), percebendo, analisando e produzindo trabalhos de arte;
DANÇA E MÚSICA
Saber expressar com desenvoltura, clareza e critério suas idéias e juízos de valor a
respeito das danças que cria e assiste.
Desenvolver a percepção auditiva e a memória musical, criando, interpretando e
apreciando música em um ou mais sistemas musicais, como: modal, tonal, e outros.
TEATRO
Improvisar com os elementos da linguagem teatral e estabelecer relação de respeito,
compromisso e reciprocidade com o próprio trabalho e com o trabalho dos colegas
na atividade teatral na escola.
Experimentação, pesquisa e criação de meios de divulgação do espetáculo teatral
como: cartazes, faixas e outros.
ELEMENTOS CONTEXTUALlZADORES
Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos. Abrangem a
contextualização histórica (social, política, econômica e cultural), autores/artistas, os
gêneros, os estilos, as técnicas, as várias correntes artísticas e as relações
identitárias (local/regional/global) tanto do autor, como do aluno com a obra. Esse
processo de desconstrução desenvolve um senso crítico que permite ao aluno
leituras mais amplas a respeito do objeto de estudo e da realidade. Estará
permeando a prática pedagógica do professor em todas as linguagens artísticas, ao
mesmo tempo em que constrói uma possível relação entre elas e permite uma
melhor apreensão dos conteúdos em Arte através da Contextualização Histórica;
Autores
e
artistas;
Gêneros;
Estilos;
Técnicas;
Relações
identitárias
locais/regionais/globais.
ARTES VISUAIS
Desenvolver uma relação de autoconfiança da própria produção com a de outros,
valorizando e respeitando a diversidade estética, artística e de gênero.
Conhecer e situar profissões e profissionais de artes visuais, observando o momento
presente, relacionando-o com o passado, e pensar no cenário social do futuro.
MÚSICA E DANÇA
Construir uma relação de cooperação, respeito, diálogo e valorização das diversas
escolhas e possibilidades de interpretação e criação em dança que ocorrem em sala
de aula e na sociedade.
Situar e compreender as relações entre corpo,dança e sociedade, principalmente no
que diz respeito ao diálogo entre a tradição e a sociedade contemporânea.
Interpretar e apreciar músicas do próprio meio sociocultural e nacionais e
internacionais, que fazem parte do conhecimento construído pela humanidade no
decorrer de sua história.
TEATRO
Conhecer os diferentes momentos da história do teatro, a tradição dos estilos e a
presença dessa tradição no teatro contemporâneo e a prática do teatro como tarefa
coletiva de desenvolvimento da solidariedade social.
5ª Série - ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...
Gêneros: cenas da mitologia
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré-Histórica
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição
e movimentos e períodos das artes visuais
-Teoria das Artes Visuais
-Produção de trabalhos de artes visuais
-Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua
relação com o movimento artístico no qual se originaram.
-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
Obs: Inserir no trato dos elementos Básicos das Linguagens Artísticas, das
produções/manifestações
artísticas
e
dentro
do
contexto
dos
elementos
contextualizadores, conteúdos que contemplem a inclusão, educação no campo,
agenda 21 e cultura Afro-brasileira.
5ª Série - MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica, pentatônica, cromática...
Improvisação
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Africana
Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música
Audição de diferentes ritmos e escalas musicais
Teoria da música
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Produção e execução de instrumentos rítmicos.
-Prática coral e cânone Rítmico e melódico.
-Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação
com o movimento artístico no qual se originaram.
-Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e
harmônicos.
5ª Série - TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico,
Adereços
Técnicas: jogos, teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,
máscara...
Gênero: Tragédia, Comédia, Circo...
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua
articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se
originaram.
Teorias do teatro.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Produção de trabalhos com teatro.
-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
-Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação
com os
-movimentos artísticos nos quais se originaram.
5ª Série - DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
da dança
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos articulares
Fluxo (livre, interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e indireto)
Dimensões (pequeno e grande)
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos
de composição e movimentos e períodos da dança.
-Teorias da dança.
-Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
-Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação
com o movimento artístico no qual se originaram.
-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
6ª Série - ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: Pintura, escultura, Modelagem, gravura...
Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte indígena
Arte Popular
Brasileira e
Paranaense
Renascimento
Barroco
Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes
povos.
Teoria das Artes Visuais.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura
popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
-Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas
contemporâneas.
-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
6ª Série - TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação
Leitura dramática
Cenografia
Técnicas: jogos teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas...
Gêneros: Rua, Arena, Caracterização
Comédia dell' arte
Teatro Popular Brasileiro e Paranaense
Teatro Africano
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.
-Teorias do teatro.
-Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
-Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas
origens e práticas Contemporâneas.
-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais
presentes no cotidiano.
6ª Série - MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico,indígena, popular e étnico
Técnicas: vocal, instrumental, mista
Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.
-Teorias da música.
-Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de
sons da paisagem sonora.
-Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas
contemporâneas.
-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
6ª Série - DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve, pesado)
Fluxo (livre, interrompido e conduzido)
Lento, rápido e moderado
Níveis (alto, médio e baixo)
Formação e Direção
Gênero: Folclórica, popular, étnica.
Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana e Indígena.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é
elaborada e executada.
-Teorias da dança.
-Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
-Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas
-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
7ª Série - ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual, mista...
Indústria Cultural
Arte no Séc. XX
Arte Contemporânea
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.
-Teoria das artes visuais e mídias.
-Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
-Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua função
social e ideológica de veiculação e consumo.
-Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes
visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
7ª Série - TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
Ação
Espaço
Representação no Cinema e Mídias
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo .
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.
-Teorias da representação no teatro e mídias.
-Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
-Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias,
sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
-Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da
representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
7ª Série - MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a
fusão de ambos.
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno ...
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema,
Vídeo, TV e Computador);
-Teorias sobre música e indústria cultural.
-Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
-Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função
social e ideológica de veiculação e consumo.
-Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas
mídias relacionadas à produção, divulgação e consumo.
7ª Série - DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e desaceleração
Direções (frente,lado, atrás, direita e esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.
-Teorias da dança de palco e em diferentes mídias.
-Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
-Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias,
sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
-Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança
nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
8ª Série - ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafitte, performance...
Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte
Latino-americana
Hip Hop
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.
Teorias das Artes Visuais.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de
transformação social.
-Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação
social.
-Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e
social.
8ª Série - TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguardas
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Teorias do teatro.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como
fator de transformação social.
-Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator
de transformação social.
8ª Série - MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal, instrumental, mista...
Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música Engajada
Música Popular Brasileira
Música contemporânea
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Percepção dos modos de fazer música e sua função social.
Teorias da Música.
-Produção de trabalhos com os modos de organização e Composição musical, com
enfoque na Música Engajada.
-Compreensão da música como fator de transformação social.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
8ª Série - DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e
longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance, moderna.
Vanguardas
Dança Moderna
Dança Contemporânea
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
-Percepção dos modos de fazer dança e sua função social.
-Teorias da dança.
-Produção de trabalhos com os modos de organização e Composição da dança
como fator de transformação social.
-Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
-Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O enfoque cultural baliza as discussões em Arte, pois é na associação entre a Arte e
a Cultura que podem se dar as reflexões sobre a diversidade cultural e as
produções/manifestações culturais que dela decorrem. A cultura será abordada
como resultante do trabalho que abrange as práticas sociais historicamente
constituídas pelos sujeitos.
O ensino de arte será abordado tendo como principio a compreensão da arte como
linguagem, no sentido mais amplo do termo, como sendo o estudo da geração, da
organização e da interpretação de signos verbais e não-verbais. Busca-se para
tanto, a apropriação da concepção de linguagem de Bakhtin que afirma que a
mesma é condição fundante no processo de conhecimento do mundo e, ainda, que
a constituição dos sujeitos se dá nas interações sociais, nas quais, sujeito e
linguagem constituem-se mutuamente.
Os signos possuem um caráter sócio-ideológico e encontram-se em constante
mudança,
operando
nas
transformações
da
sociedade
e
das
ideologias
(BAKHTIN,2002). Cada signo não é apenas um reflexo, uma sombra da realidade,
mas também um fragmento material dessa realidade, portanto é um fenômeno do
mundo exterior.
Assim, a materialização dos signos se realizará por meio de múltiplas linguagens
(verbais ou não-verbais), gerando múltiplos efeitos de sentidos e ampliando as
possibilidades de leitura de mundo dos sujeitos envolvidos nessa dinâmica.
Nessa perspectiva, quando a arte abre-se ao vigor da linguagem 'como fonte de
potencialização de signos, considera a construção das subjetividades do. sujeito
enquanto autor/fruidor, pois quando se associa o ensino de arte à linguagem é
possível perceber e interpretar os valores estéticos das sociedades, representados
nos bens culturais materiais e imateriais. A partir do seu processo de significação e
de sua condição polissêmica essa disciplina se desenvolve possibilitando a
aproximação do aluno com o universo artístico.
As associações da arte com a cultura e com a linguagem no Ensino Fundamental se
justificam na medida em que se considera que nesse nível de ensino se darão os
primeiros contatos formais dos sujeitos com a arte. Dessa forma, a apropriação dos
conhecimentos específicos da disciplina se dará, a princípio, a partir da sua
realidade cultural, na interação do aluno com as produções/manifestações artísticas
abordadas pelo professor, ele irá ampliar sua visão de mundo e compreender as
construções simbólicas de outros sujeitos, pertences às mais diversas realidades
culturais.
O tratamento dos conteúdos deverá considerar:
•
As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região, as
várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística como
produção cultural;
•
As peculiaridades culturais de cada aluno/escola como ponto de partida para
a ampliação dos saberes em arte;
•
As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos
processos de criação e execução nas linguagens artísticas;
•
A experimentação como meio fundamental para a ressignificação desse
Componente Curricular, levando em conta que essa prática favorece o
desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos;
O encaminhamento metodológico deste documento de Proposta curricular orienta o
tratamento a ser dado a cada uma das linguagens artísticas, constituindose no
referencial para o planejamento dos conteúdos, a ser construído pelo professor.
Contemplará as manifestações e produções artísticas através de elementos básicos,
contidos em cada linguagem artística, priorizando e valorizando o conhecimento nas
aulas de Arte.
Nas Artes Visuais o professor explorará as visualidades em formato bidimensional,
tridimensional e virtual, podendo trabalhar as características específicas contidas na
estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no
espaço.
Em Dança, o principal elemento básico a ser estudado é o movimento. A partir do
seu desenvolvimento no tempo, espaço o professor poderá explorar as
possibilidades de improvisação e composição com os alunos. As aulas de Dança
poderão também abordar questões acerca das relações entre o movimento e os
conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem esteticamente a
realidade vivida.
Na Linguagem Musical, a simples percepção e memorização dos sons presentes no
cotidiano não se caracteriza como conhecimento musical. Há que se priorizar no
tratamento escolar dessa linguagem, a escuta consciente dos sons percebidos, bem
como a identificação das suas propriedades, variações e as maneiras intencionais
de como esses sons são distribuídos numa estrutura musical. Essa escuta atenta,
propiciará o reconhecimento da organização desses elementos nos repertórios
pessoais e culturais propostos durante as aulas.
O desenvolvimento da linguagem do teatro na escola também estará se ocupando
de tratar da montagem do espetáculo, a reflexão sobre cada um dos seus elementos
formadores pelo conjunto de signos presentes nessa linguagem, como construídos
de forma a proporcionar ao aluno em seu processo de aprendizagem, o
conhecimento por meio do ato de dramatizar. Desse modo, propõe-se ao professor a
reflexão, revisão e reavaliação do processo de ensino e de aprendizagem para que,
além da produção pictórica de conhecimento.
A escola como espaço de formalização de saberes, possibilitará o acesso e o estudo
das informações visuais, a fim de proporcionar ao aluno o conhecimento, aliado à
integração e à criticidade.
A riqueza de elementos dessa diversidade presente na cultura brasileira (e regional),
é importante referencial para que o aluno possa dialogar com o conhecimento
estético visual e para que, através da percepção desses elementos, se reconheça
nesse panorama cultural.
A releitura de obras de arte, vai além da sua simples reprodução ou ainda do
"arremedo" de seu processo, caracterizado por sutis modificações ou pelo acréscimo
de cores e formas, sem que se tenha estabelecido contextualização e reflexões
significativas.
Com isso, o espaço de discussão pela linguagem das artes visuais passa a ter um
papel decisivo no processo de intelectualização da percepção visual dos alunos para
a desconstrução/ampliação do olhar.
A máscara no teatro, o registro gráfico da música ou o figurino e maquiagem da
dança, que ocorrerão a partir dos conteúdos estruturantes da Disciplina.
O
professor estará com isso, propiciando a experiência estética pela combinação dos
sentidos.
Para o ensino da dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamento das
aulas, a inter-relação dos elementos próprios da linguagem da dança com os
elementos culturais que a compõem.
O objeto central da linguagem da dança é o movimento. O estudo do "corpo que
dança e do corpo na dança" e a prática das possibilidades do movimento são
objetos e, fontes de conhecimento sistematizado e transformador (MARQUES,
2005).
A investigação do "contexto" no qual a manifestação da dança foi e é produzida,
compreende aspectos, muitas vezes, não aparentes, tais como: sociais, culturais e
históricos, ou seja, o "meio" de criação destes repertórios. Esses contextos revelarão
elementos que permitirão a compreensão dessas manifestações e aproximarão os
contextos estudados das realidades dos alunos.
Perceber a dança como forma de expressão e entendimento das realidades
próximas e distantes e da maneira como as pessoas percebem seus corpos em
movimento nas diversas culturas é fundamental para se alcançar os objetivos do
ensino dessa linguagem na escola.
A dança na escola será desenvolvida abordando as relações dos elementos básicos
dessa linguagem com os saberes referentes a ela e presentes na cultura.
O som é a matéria-prima da música. Porém a simples percepção e memorização
dos sons que nos rodeiam não se caracteriza como conhecimento musical. Dessa
forma, afirma-se que o ensino da música na escola visa a proporcionar ao aluno "...0
desenvolvimento de suas sensibilidades estética e artística, o desenvolvimento da
imaginação e do potencial criativo, um sentido histórico da nossa herança cultural,
meios de transcender o universo musical de seu meio social e cultural, o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor, o desenvolvimento da comunicação
não-verbal" (HENTSCHKE,1994, p.28-35).
É importante entender que a canção é uma forma musical híbrida que se utiliza da
palavra cantada, ou seja, uma forma que agrega texto e música e que está presente
no repertório musical. A percepção musical requer um trabalho constante do
professor para o desenvolvimento da atenção e da memória do aluno. A organização
dos sons no espaço e no tempo é inerente à estruturação musical.
O ensino de arte está associado à experiência de elaboração e manipulação dos
elementos a ela pertinentes. Em música, a produção de sons é inerente ao fazer
musical. A música como linguagem implica repensar a realidade por meio das
relações sonoras que foram estabelecidas e sistematizadas pelo homem.
A dramatização é inerente ao homem, e as encenações estão presentes desde os
primórdios da humanidade, nos ritos como expressão de diferentes culturas, nos
gêneros (da tragédia, da comédia e do drama), nas correntes estéticas teatrais, nos
festejos populares, nos rituais do nosso cotidiano, na fantasia e nas brincadeiras
infantis, sendo as mesmas manifestações que pertencem ao universo do
conhecimento simbólico do ser humano.
Na escola, as propostas do enredo e das ações das personagens podem ser
enfatizadas pela utilização de espaços alternativos para a cena, ou seja, o professor
precisa pensar em outros espaços da escola, além do anfiteatro e do salão nobre,
como espaço para desenvolver a aprendizagem em teatro. Ao serem 'vivenciadas na
escola, as teorias cumprem, ao mesmo tempo, o objetivo de educar pelo teatro e
para o teatro, no tocante à formação de platéia.
É na linguagem teatral e em seus gêneros, propostos como jogo do riso, do
sofrimento e do conflito que se vêem refletidas as maneiras de sentir o mundo
através de um ser criado (a personagem num mundo- cena).
AVALIAÇÃO
O objetivo da Arte no Ensino Fundamental é propiciar ao aluno o acesso aos
conhecimentos presentes nos bens culturais. Numa avaliação significativa, é preciso
também que o professor tenha conhecimento da linguagem artística em questão.
A avaliação em Arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de medição
da
apreensão
de
conteúdos,
busca
propiciar
aprendizagens
socialmente
significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros
comparativos entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada
um a partir da sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento
do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos
para a leitura da realidade.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos
percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os
avanços e dificuldades percebidas em suas criações e/ou produções.
As propostas podem ser socializadas em sala, possibilitando oportunidades para o
aluno apresentar. refletir e discutir a sua produção e a dos colegas. sem perder de
vista a dimensão sensível contida no processo de aprendizagem dos conteúdos das
linguagens artísticas.
No processo avaliativo o professor precisa considerar o processo pessoal de
desenvolvimento de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na
escola. Em artes visuais vale como processo avaliativo a observação do aluno nos
seguintes aspectos:
•
Consegue estabelecer relações com o trabalho de arte produzido por si, por
seu grupo e por outros sem discriminação estética, artística, ética e de
gênero;
•
Identifica os elementos da linguagem visual e suas relações em trabalhos
artístico e na natureza.
Em música e dança usamos os seguintes critérios:
1. Sabe mover-se com consciência, desenvoltura, qualidade e clareza dentro de
suas possibilidades de movimento e das escolhas que faz;
2. Toma decisões próprias na organização dos processos criativos individuais e
de grupo em relação a movimentos, música, cenário e espaço cêncio.
3. Conhece as principais correntes históricas da dança e as manifestações
típicas de sua comunidade, Estado e País;
4. Cria e interpreta com autonomia, utilizando diferentes meios sonoros para
representar suas idéias.
5. Utiliza corretamente os elementos básicos da linguagem musical;
Em teatro:
1. Sabe improvisar e atuar nas situações de jogos, explorando as
capacidades de seu corpo e de sua voz;
2. Está capacitado para dramatizar e encenar cenas, reconhecendo e
organizando recursos para a sua estruturação.
3. Emite opiniões sobre as atividades teatrais do grupo, com clareza e com
critério, sem discriminação estética, artística, étnica ou de gênero.
4. Se identifica momentos importantes da história do teatro.
A Avaliação é feita no acompanhamento contínuo do aluno pelo seu professor
procurando desenvolver no educando uma forma pessoal de se expressar
artisticamente, bem como do mesmo conhecer diversas formas de expressão,
desenvolvendo-se intelectual, social e profissionalmente.
Será feita também através da realização de exposições e apresentação de grupo
durante o decorrer do ano, pelos seus trabalhos e participação em sala de aula,
sendo valorizados todos os trabalhos que ele efetivamente realizar fora e dentro da
sala de aula.
A avaliação tem o objetivo de formar no aluno o seu senso artístico próprio,
oportunizando a ele ser um agente transformador de senso artístico próprio,
oportunizando a ele ser um agente transformador de seu mundo. Ao professor, o
processo avaliativo é, sem dúvida nenhuma, a oportunidade que o mesmo possui
para não só observar o outro mas, observar a si mesmo em sua prática de ensino,
eis que aí se apresenta excelente oportunidade para a reflexão de sua prática
pedagógica.
REFERÊNCIAS
CANTELE, Bruna Renata, LEONARDI, Angela Cantele. Arte, Linguagem Visual,
Ens. Fundamental de 5ª a 8ª séries. Vols. 1 e 2. Ed. IBEP - SP –
2001.
JUNIOR, Isaías Marchesi. Atividades de Educação Artística. Vols. 1,2,3 e 4. Ed.
Ática. SP – 1992.
SEED-PR, Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Diretrizes Curriculares
de Artes/Arte - Curitiba – 2009
VASCONCELLOS, Thelma, NOGUEIRA, Leonardo. Educação Artística - Reviver
Nossa Arte - Vols. 1,2,3 e 4. Ed. Scipione. SP – 1993.
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CIÊNCIAS
ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
“Para o espírito científico, todo o conhecimento é resposta a uma pergunta.
Se não há pergunta, não pode haver conhecimento científico.
Nada é evidente. Nada é gratuito.
Tudo é construído”.
Gaston Bachelard
A história da ciência se constrói com a evolução do pensamento do ser humano, que
passou a questionar e se interessar pelos fenômenos à sua volta. Toda a evolução
do pensamento humano esteve naturalmente atrelada às adaptações realizadas por
ele no sentido de sua sobrevivência, portanto, intencional aos seus propósitos.
Compreender os mecanismos que levaram o homem a descobrir a ciência e a fazer
ciência, contribuirá para o ensinar e aprender ciências, norteando ainda mais a
continuidade do progresso da ciência de forma consciente.
Alguns processos importantes da história marcaram acentuadamente o pensamento
da humanidade e, em consequência disso, a ciência. Portanto é interessante
visualizar a influência que o ensino dessa disciplina sofreu ao longo da história
marcada por interesses políticos e econômicos que nortearam as pesquisas
científicas e consequentemente os currículos das escolas e universidades.
É evidente que o espírito científico da humanidade guiou grande parte da evolução
da ciência, pois graças a contribuição de filósofos da ciência como: Cláudio
Ptolomeu, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Isaac Newton e tantos outros,
pudemos nos questionar e compreender melhor os fenômenos e acontecimentos à
nossa volta. Tivemos avanços significativos ao diferenciar o que é senso comum, e o
que pode ser considerado ciência, embora exista muito a desvendar nas relações
que estabelecemos entre mito e verdade.
Outro fator a ser considerado no ensino de ciências é a concepção que cada
professor e cada aluno tem em relação à ciência. Diante da história da ciência e das
contradições apresentadas em sua evolução, fica evidente o caráter falível e o
ceticismo de sua aceitação como verdade absoluta.
A trajetória do Currículo de ciências sofre, portanto, como já dissemos, influência de
correntes filosóficas ou de interesses políticos e econômicos no decorrer dos
tempos. Destacam-se o “ensino das verdades clássicas (década de 20); a
experiência pela experiência (década de 50); a solução de problemas pelo método
científico (década de 60); as unidades de trabalho com base na tecnologia
educacional (anos 70)”. (DOMINGUES et al. 2000, p. 194).
Timidamente e não em todas as séries o ensino de ciências foi introduzido no Brasil
pela Reforma Frâncico Campos, através do Decreto 19.890/31 e na década de 50 o
ensino de ciências cresceu em todos os níveis movidos pelo reconhecimento de que
a tecnologia e a ciência eram essenciais para o desenvolvimento econômico, cultural
e social. Daí em diante, toda e qualquer reforma na educação e principalmente no
ensino de ciências sofreram as influências dos interesses em atender as
necessidades do mercado interno e (veladamente) do mercando externo, assim
como do desenvolvimento econômico do País.
Quando revemos os fatos históricos de nosso País e os fatos internacionais que
emergiram em cada época e causaram e causam impacto no Brasil, como por
exemplo, a globalização das economias a partir dos interesses hegemônicos das
potências capitalistas pode compreender melhor o porquê os currículos de ciências
sofreram diferentes abordagens, ora privilegiando uma coisa, ora privilegiando outra.
O “Currículo Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná” implantado no
início dos anos 90, no ensino de ciências, propôs a integração dos conteúdos a
partir de três eixos norteadores: Noções de Astronomia, Transformação e Interação
da Matéria e Energia e, Saúde: Melhoria e Qualidade de Vida. Mesmo com o avanço
pedagógico em articular os conteúdos em eixos norteadores e apresentá-los em
todas as séries do ensino fundamental, a proposta ficou limitada, pois não
apareceram de forma clara, as discussões sobre o meio ambiente.
Com a nova LDB nº. 9394/96 que estabeleceu as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, o ensino de ciências volta a sofrer modificações com a instituição dos
Parâmetros Curriculares Nacionais e os Temas Transversais, no qual se dá uma
ênfase aos temas transversais (saúde, sexualidade, meio ambiente, etc.) e pouca
importância aos conteúdos sistematizados. A idéia era manter um eixo nacional
comum e que as diferenças regionais fossem contempladas numa adequação de
propostas educacionais locais. No entanto, verificou-se uma mudança de paradigma
da educação, na qual a escola perdeu o caráter de espaço social e transformador e
passou a ser entendida como empresa dentro do modelo neoliberal de educação.
(OLIVEIRA, 2004).
A forma instrumental com que a tecnologia foi tratada nos PCNs – Ciências Naturais
deixou de analisar seus aspectos sociais, políticos e econômicos. A questão
ambiental
foi
tratada
numa
concepção
cientificista,
desconsiderando
seus
fundamentos sociais, econômicos, políticos e ideológicos, bem como houve o
esvaziamento da concepção de ciências com a história e suas relações com a
sociedade. (AMARAL, 2000).
Com a implantação das Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino
Fundamental, alicerçada no processo de reformulação da política educacional do
Estado do Paraná, o ensino de ciências tem o desafio de oportunizar a todos os
alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos, uma leitura crítica dos fatos e
fenômenos relacionados à vida, a diversidade cultural, social e da produção
científica. Como disciplina integrante do quadro curricular, pode e deve cooperar na
transformação da sociedade ao tratar seus conhecimentos específicos. Isso significa
que o estudo dos conteúdos programáticos e o modo mais eficaz de apresentá-los
aos alunos não podem ser dissociados, seja das características sócio-culturais e dos
processos psicológicos dos alunos, seja do contexto histórico-social em que se
efetivará a proposta.
O ensino de ciências ao possibilitar a tomada de consciência para a cidadania
contribui para a integridade pessoal e da autoestima, da postura de respeito ao
próprio corpo e, aos dos outros.
É necessário instrumentalizar o aluno, para que, possa como cidadão, tomar
decisões sobre o uso de tecnologias, incentivando-o a uma postura questionadora
face às mesmas. Para isso, o aluno deve dispor de informações e orientações para
analisar essas inovações sobre um ponto de vista sócio ambiental e ético.
Com as Diretrizes, o ensino de ciências preza o saber sistematizado e elaborado,
cujo objetivo é a transformação da sociedade e não uma abordagem de conteúdos
desvinculados de questionamentos sociais, econômicos, políticos e éticos.
Desenvolver uma aprendizagem significativa é o desafio de todo educador, entre
erros e acertos formamos hipóteses e testamos nossos conhecimentos, falhamos,
repensamos e acima de tudo renovamos nossas concepções, chave mestra para
uma educação que vive em constante evolução.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Realizando uma investigação do ensino de Ciências hoje, notamos a tendência a
uma Ciência significativa e não apenas memorística, sendo de nossa opinião que
este é um fator fundamental para uma aprendizagem efetiva.
Quando o conteúdo escolar a ser aprendido não consegue ligar-se a algo já
conhecido, ocorre o que Pelizarri et al. (2002) chama de aprendizagem mecânica, ou
seja, quando as novas informações são aprendidas sem interagir com conceitos
relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, a pessoa decora fórmulas, leis,
mas as esquece após a avaliação.
Para tanto pretendemos como visto na DCEs de Ciencias (2008), desenvolver uma
“aprendizagem significativa tendo o entendimento de que o estudante aprende
conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados.”
Delval (2002), afirma que uma das principais tarefas da escola é ensinar a criança a
pensar racionalmente. Fazendo considerações a cerca de ações e consequências
destas, sendo o pensamento cientifico uma forma de analisar os problemas,
refletindo com rigor os problemas físicos ou históricos, capaz de refletir sobre o
universo físico e social, pondo em dúvida suas explicações ao longo dos anos. Para
este o método cientifico deve ser simplesmente posto em prática, tendo a
formulação de hipóteses, comprovação destas e escolhas entre as explicações
alternativas, devendo este ser feito e não ensinado.
Desenvolver uma aprendizagem significativa hoje é o desafio de todo educador bem
como o nosso, entre erros e acertos formamos hipóteses e testamos nossos
conhecimentos, falhamos, concertamos e acima de tudo renovamos nossas
concepções, chave mestra para uma educação que vive em constante evolução.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos básicos selecionados da disciplina de ciências foram enquadrados em
cinco (05) conteúdos estruturantes que são:
•
Astronomia
•
Matéria
•
Sistemas Biológicos
•
Energia
•
Biodiversidade
Estes conteúdos em comum acordo com as DCEs de Ciências estão atrelados a
uma concepção política de educação, sendo que devem ser trabalhados os cinco
conteúdos
estruturantes
em
todas
as
séries,
observando-se
o
nível
de
desenvolvimento adequado do estudante para cada conteúdo específico trabalhado.
OBJETIVOS GERAIS
A escola deve oportunizar a todos os alunos, por meio dos conteúdos, noções e
conceitos, uma leitura crítica de fatos e fenômenos relacionados à vida, às
diversidades culturais, social, ética e à produção científica, facilitando a
compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no meio (local,
regional, global) para se situarem nesta sociedade complexa, entenderem o que
acontece ao seu redor e assumirem uma postura, com o intuito de intervir no seu
contexto social.
Neste sentido, deve-se fazer uma análise realista do significado e utilidade da
ciência e tecnologia e das suas relações com a sociedade, percebendo que não há
verdades absolutas e inquestionáveis e que a produção científica é coletiva e não
privilégio de poucos, desenvolver uma consciência preservacionista, que considere a
complexibilidade das relações entre os seres vivos e seu ecossistema,
compreendendo perfeitamente os processos de transformações ocorridas ao longo
da história natural.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Que o educando tenha condições de:
•
Compreender a origem e evolução do Universo (Astronomia);
•
Compreender a constituição dos corpos (Matéria;)
•
Compreender a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas
Biológicos);
•
Compreender a conservação e transformação de energia (Energia);
•
Compreender o conceito de biodiversidade (Biodiversidade).
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências
que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante,
de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a
articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da
disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações,
envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de
conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações
conceituais, interdisciplinares e contextuais.
Outro fator relevante na elaboração dos conteúdos da proposta curricular é a
autonomia do professor no tocante ao seu desenvolvimento pedagógico, sendo que
ninguém é igual a ninguém, cada turma e professor tem sua particularidade, focos
de interesse e/ou necessidades, tendo esta preleção de conteúdos como base
norteadora de um trabalho, não uma regra final.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE CIÊNCIAS
5ª série – Ensino Fundamental
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos,
Energia, Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Universo – Galáxias, Movimentos do Universo.
Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo.
Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva,
camadas atmosféricas, solos, rochas, minerais, água.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Níveis de Organização – Organismo, células, unicelular, pluricelular, procarionte,
eucarionte, autótrofo, heterótrofo.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica.
Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.
Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Diversidade das espécies, extinção de espécies,
comunidade, população.
Sistemática –
Classificação
dos
seres
vivos,
categorias
taxonômicas,
filogenia, populações.
Ecossistemas
–
Conceito
de
biodiversidade,
ecossistemas
(dinâmica
e
características)
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas
6ª série – Ensino Fundamental
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos,
Energia, Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – Os movimentos no comportamento da fauna
e flora.
Astros – Constituição físico-química dos astros. Sol, calor, luz e energia química.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do
surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto
terrestre,núcleo terrestre, estrutura química da célula.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular,
fotossíntese, reserva energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos,
órgãos e sistemas animais e vegetais.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica.
Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos,
sistemas ectotérmicos, sistemas endotérmicos, eletromagnetismo, conversão de
energia potencial em cinética.
Transmissão de Energia – Irradiação, sistemas de transmissão de energia.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, diversidade
das espécies,
extinção de espécies.
Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia,
populações.
Ecossistemas – Eras geológicas.
Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia
alimentar, seres autótrofos e heterótrofos.
Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o
surgimento da vida, geração espontânea.
7ª série – Ensino Fundamental
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos,
Energia, Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – A esfera terrestre e seu sistema de
coordenadas, a esfera celeste e suas coordenadas.
Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do universo.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria – O átomo é trabalhado em toda formação dos elementos
alimentares e reações químicas do organismo humano.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese,
reserva energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e vegetais,
estrutura e funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos biológicos de
diferentes seres vivos, sistemas comparados (aspectos evolutivos), sistemas
exclusivos de algumas espécies, diversidade de estruturas e sistemas de acordo
com os diferentes grupos de seres vivos e suas particularidades, como por exemplo,
sistema digestório, sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário,
sistema sensorial , sistema reprodutor , sistema endócrino, sistema nervoso.
Mecanismos de Herança Genética – Noções de hereditariedade, cromossomos,
gene, DNA, RNA, mitose, meiose.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - As energias: mecânica, térmica, luminosa, nuclear, elétrica
e química, serão trabalhadas como parte integrante do funcionamento do organismo
humano ou utilizado por ele. Por exemplo: energia química dos alimentos, os
produtos radioativos no desenvolvimento cânceres, a ação mecânica dos músculos
e etc.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas
8ª série – Ensino Fundamental
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos,
Energia, Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros,
meteoritos, cometas.
Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Propriedades da matéria –
compressibilidade
impenetrabilidade ,
,
Massa ,
elasticidade ,
volume ,
divisibilidade ,
densidade ,
indestrutibilidade ,
maleabilidade , ductibilidade, flexibilidade, elasticidade,
permeabilidade, condutibilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.
Constituição da matéria - Conceito de matéria, átomos, modelos atômicos,
elementos químicos, íons, ligações químicas substâncias, reações químicas,
funções químicas inorgânicas ácidos, sais, bases, óxidos,lei da conservação da
massa,compostos orgânicos.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
– Relação de toda fisiologia humana,
com os processos físicos e químicos da matéria. por exemplo: trabalho, força e
gravidade com músculos e osso ou ciclo da matéria com sistema respiratório e
circulatório.
Mecanismos de Herança Genética – Constituição do cromossomo, gene, DNA,
RNA com sua relevância na hereditariedade, mitose, meiose.
•
Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia -
Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa,
energia nuclear, energia elétrica, energia química, energia eólica.
Conversão de Energia - Sistemas semi-conservativos, ciclos de matéria,
eletromagnetismo, movimentos, velocidade, aceleração, colisões, trabalho, potência.
Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de
transmissão de energia, leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos,
equilíbrio de forças.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações
intraespecíficas.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências
que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante,
de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a
articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da
disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações,
envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de
conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações
conceituais, interdisciplinares e contextuais.
METODOLOGIA
Os conteúdos de Ciências deverão ser apresentados de forma a priorizar a lógica da
criança, ou seja, de forma integrada para a compreensão de mundo e não dividido
em várias ciências, fragmentando o conteúdo. Temas como Programa de Saúde,
Educação Ambiental, História e Cultura Afro Brasileira (Lei nº 10.639) e Indígena,
Sexualidade, Drogas, aspectos químicos, físicos e biológicos devem ser tratados ao
longo do desenvolvimento dos conteúdos de Ciências, sendo discutidos como
resultados das condições sociais, políticas, culturais e históricas.
A metodologia escolhida para o ensino de ciências deverá considerar as dificuldades
que podem estar na natureza do próprio conhecimento, na estrutura mental da
criança e nos condicionantes sociais que envolvem essas crianças.
Portanto, ao ensinar qualquer conteúdo, o professor deverá analisar a Historicidade
para a compreensão da evolução do conhecimento científico nos diferentes tempos
da história da humanidade, com o objetivo de estabelecer relações entre as
exigências que culminaram na produção dos conhecimentos científicos. Deverá
estabelecer a Inter-relação não só entre os conteúdos, mas também entre as
diversas áreas do conhecimento, proporcionando um ambiente favorável a uma
abordagem mais ampla com vistas a totalidade. Poderá desvelar a Intencionalidade
existente na conjuntura em que um fenômeno se insere, ou seja, questionar o que
há por detrás de um fenômeno e as verdadeiras intenções do avanço científico e
tecnológico. Deverá considerar a Aplicabilidade, considerando a relevância de um
conteúdo, a fim de que o mesmo possa ser aplicável às necessidades e interesses
dos alunos, não ficando, os alunos, vulneráveis ao poder da mídia e da política, para
compreender a relação ciência, tecnologia e sociedade. Também reconhecer a
provisoriedade do conhecimento científico, para que os alunos compreendam as
contradições dos pesquisadores e a aplicabilidade das teorias científicas.
No ensino de Ciências, o aluno deve encontrar espaço para incorporar tanto os
conhecimentos
disponíveis
quanto
os
mecanismos
de
produção
desses
conhecimentos. Para isso, é necessária, a vivência da metodologia da investigação
que implica a capacidade de problematizar a realidade, formular hipóteses sobre os
problemas, planejar e executar investigações (experimentos ou não), analisar dados,
estabelecer críticas e conclusões.
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o
professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo
disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político
Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está
inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações
atualizadas sobre os avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de Ciências
reflita a respeito das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos
recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser
utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final.
No ensino de Ciências, alguns aspectos são considerados essenciais tanto para a
formação do professor quanto para a atividade pedagógica. Abordam-se, assim três
aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a
atividade experimental. O professor de Ciências, no momento da seleção dos
conteúdos, das estratégias e dos recursos instrucionais, dentre outros critérios,
precisa levar em consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
Entretanto, outras variáveis interferem no processo ensino-aprendizagem de
conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das concepções alternativas, as
apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de ciência do professor e a
qualidade de sua prática de ensino.
O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado com o uso de:
•
Recursos pedagógico-tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais
como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,
música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo,
modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre
outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor,
entre outros;
•
Recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
•
Alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus,
laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.
As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais são
fundamentais para a prática docente do professor de Ciências. Além disso,
contribuem de forma significativa para melhorar as condições de aprendizagem aos
estudantes.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos
metodológicos a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a
problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura
científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos
instrucionais e o lúdico.
Problematização - A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para
se iniciar um novo conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o
conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se
pretende ensinar. A problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada,
evidenciando-se duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o
conhecimento
de
situações
significativas
apresentadas
pelos
estudantes,
problematizando-as; na segunda, o professor realiza a problematização de forma
que o estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para
resolver os problemas apresentados.
Contextualização - Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento
científico com o contexto histórico e geográfico do estudante, com outros momentos
históricos, com os interesses políticos e econômicos que levaram à sua produção
para
que
o
conhecimento
disciplinar
seja
potencialmente
significativo.
A
contextualização pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de
modo mais concreto e próximo à realidade do aluno para uma posterior abordagem
abstrata e específica. A contextualização pode, também, ser o ponto de chegada
caso o professor opte por iniciar a sua prática com conteúdos mais abstratos e
reflexivos.
Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares
das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta
aproximação, no âmbito pedagógico, se estabelece por meio de metodologias que
fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para
a abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do
conhecimento.
Interdisciplinaridade
-
A
abordagem
interdisciplinar
como
pressuposto
metodológico considera que muitos conteúdos, ainda que específicos, se articulam
permanentemente com outros conteúdos e isso torna necessária uma aproximação
entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas escolares. As relações
interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma
dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em
Ciências, as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca,
nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento
do objeto de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da
Natureza.
Pesquisa - A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do
conhecimento. Essa estratégia inicia-se na procura de material de pesquisa, passa
pela interpretação desse material e chega à construção das atividades. A pesquisa
pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos
pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do
próprio aluno, pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar ideias e
explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que
domina. Na apresentação oral o estudante deve superar a simples leitura e
repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisado e
explicitando a sua interpretação.
Leitura científica - A leitura científica como estratégia de ensino, permite
aproximação entre os estudantes e o professor, pois propicia o trabalho
interdisciplinar e proporciona um maior aprofundamento de conceitos. Cabe ao
professor analisar o material a ser trabalhado, levando-se em conta o grau de
dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada.
Dentre os diversos materiais de divulgação que podem ser utilizados como recursos
pedagógicos, sugerem-se:
1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br
2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional –
Disponível em www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia).
3. Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da Editora
Duetto – Disponível em www.sciam.com.br
4.
Portal
dia-a-dia
educação
-
Projeto
Folhas
–
Disponível
em
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
5. Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação –
Disponível em www.mec.gov.br
Atividade em grupo - No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de
trocar experiências, apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar
ideias, desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite
aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a contribuir para a
construção significativa de conhecimento pelo estudante.
Observação - A estratégia da observação estimula, no aluno, a capacidade de
observar fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre
eles. Por outro lado, permite que o professor perceba as dificuldades individuais de
interpretar tais fenômenos devido à falta de atenção e à lacunas teórico-conceituais.
Esta estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da
disciplina, pois o estudante pode desenvolver observações e superar a simples
constatação de resultados, passando para construção de hipóteses que a própria
observação possibilita.
Atividade Experimental -
A inserção de atividades experimentais na prática
docente apresenta-se como uma importante estratégia de ensino e aprendizagem,
quando mediada pelo professor de forma a desenvolver o interesse nos estudantes
e criar situações de investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não
têm como único espaço possível o laboratório escolar, visto que podem ser
realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais
alternativos aos convencionais. Entretanto, é importante que essas práticas
proporcionem discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos
trabalhados em sala. Não devem, portanto, ser apenas momento de comprovação
de leis e teorias, ou meras ilustrações das aulas teóricas.
Recursos
instrucionais
-
Os
recursos
instrucionais
(mapas
conceituais,
organogramas, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos,
entre outros) podem e devem ser usados na análise do conteúdo científico escolar,
no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem. Esses
recursos são instrumentos potencialmente significativos em sala de aula porque se
fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor em seu
trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos
extraídos
da
observação,
da
experimentação,
da
contextualização,
da
interdisciplinaridade, entre outros. Assim, ampliam a possibilidade do estudante criar
sentido para o que está aprendendo e tornam a aprendizagem significativa, seja no
momento da aula, seja no momento da avaliação.
Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a
serem utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter
estruturas diversas, pois ultrapassam a idéia de serem apenas sínteses conceituais.
Lúdico - O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo
utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade
e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas
habitualmente pelo professor, entre outros. O lúdico permite uma maior interação
entre os assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta interação, maior será o
nível de percepções e reestruturações cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico
deve ser considerado nas estratégias de ensino independentemente da série e da
faixa etária do estudante, porém, adequando-se a elas quanto ao encaminhamento,
à linguagem e aos recursos utilizados como apoio.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram
dos conteúdos específicos tratados nesse processo. É necessário que o processo
avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos
pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos
possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto
entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações
estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e
de aprendizagem e, no seu cotidiano.
Neste sentido, é imprescindível a coerência, entre, o planejamento das ações
pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo,
a fim de que os critérios de avaliação estabelecidos estejam diretamente ligados ao
propósito principal do processo de ensino e de aprendizagem, a aquisição dos
conteúdos específicos e a ampliação de seu referencial de análise crítica da
realidade, por meio da abordagem articulada.
Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que propõe, é preciso que
conte com os meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados. A coerência
entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos, é fundamental
para propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos.
Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os
avanços na aprendizagem, a medida em que interpretam, produzem, discutem,
relacionam,
refletem,
analisam,
justificam,
se
posicionam
e
argumentam,
defendendo o próprio ponto de vista.
A avaliação, se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem; não
estando centralizada em uma única atividade ou método avaliativo. Necessitando
considerar os alunos como sujeitos históricos do seu processo de ensino e de
aprendizagem. Com isso, o professor pode interpretar e analisar as informações
obtidas na avaliação, considerando as concepções de ciência, tecnologia,
sociedade, educação, aluno, processo de ensino e de aprendizagem, escola e do
currículo de Ciências.
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser
contínua, cumulativa, diagnóstica e formativa em relação ao desempenho do
estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Instrumentos
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à
concepção de avaliação contínua e formativa. Se a avaliação contínua e formativa
visa a aprendizagem, a formação do aluno então visando essa continuidade precisa
se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que
acontecem na sala de aula.
Os
instrumentos
avaliativos
devem
seguir
estratégias que:
Ofereçam desafios, situações problema a serem resolvidas;
Sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e aprendizagem;
•
Possibilitem a identificação de conhecimentos do aluno e as estratégias por
ele empregadas;
•
Possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento;
•
Permitam que o aluno aprenda com o erro;
•
Exponham, com clareza, o que se pretende;
•
Revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar.
Atividade de leitura compreensiva de textos
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o professor
verifique a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o
conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, o
professor deve considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha
do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual
apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à
faixa etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder
o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a
ampliação dos horizontes de conhecimento.
Critérios de Avaliação
Neste contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos
dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina.
Ao avaliar a leitura dos alunos o professor deve considerar se:
•
Houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo
com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
•
O aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e
sistematizou o conhecimento de forma adequada;
•
Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala
de aula.
PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se
numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato
com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse
contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir
esse conhecimento e, para isso, não é suficiente que se dê para ele o título da
pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica demanda do professor o papel de orientador.
Isso requer que o professor conheça o acervo da Biblioteca Escolar, tanto os livros
quanto periódicos ou outros materiais, para poder fazer indicações de leituras para
os alunos. Além da Biblioteca Escolar, o professor pode e deve indicar artigos ou
textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que o aluno
tenha subsídios de qualidade
para fundamentar a produção de seu texto. A
solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se
propõe ao aluno.
Passos para uma consulta bibliográfica:
1.Contextualização -
Significa abordar o tema de forma a identificar a situação,
o contexto (espaço / temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma
introdução ao tema.
2. Problema - Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema,
apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de
solução para o problema.
3. Justificativa - Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em
que alunos e professores encontram-se inseridos.
4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica - É o texto escrito pelo aluno, a
partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos textos lidos,
através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.
Critérios de avaliação:
Para avaliar será analisado os passos da consulta bibliográfica se estão atendendo
as orientações.
PRODUÇÃO DE TEXTO
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e
interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a
linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas
de linguagem que se concretizam nas atividades humanas. O texto de Física, de
História, de Matemática, ou de quaisquer das disciplinas são construídos, assim, na
esfera de um agir/interagir humano e, por isso mesmo, coletivo, social. Além disso,
qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre
inserido num contexto dialógico.
É preciso considerar, então, as circunstâncias de produção dos textos que são
solicitados ao aluno para que ele possa assumir-se como locutor e, desta forma,
conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer,
interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade,
se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função
social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003,
pp.62-63). Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que
podem e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática de escrita
numa abrangência maior de esferas de atividade.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
6. Planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;
7. Escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
8. Revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade
definida.
Critérios de avaliação:
•
Produzir
textos
atendendo
às
circunstâncias
de
produção
(gênero,
interlocutor, finalidade, etc.);
•
Expressar as idéias com clareza (coerência e coesão);
•
Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe
diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades
da disciplina em termos de léxico, de estrutura;
•
Elaborar argumentos consistentes;
•
Produzir textos respeitando o tema;
•
Estabelecer relações entre as partes do texto;
•
Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentála.
PALESTRA/APRESENTAÇÃO ORAL
A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do aluno
a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e
exposição das idéias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi
escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões
como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação Básica que
pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de um
conteúdo).
Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são:
•
Conhecimento do conteúdo;
•
Argumentos selecionados;
•
Adequação da linguagem;
•
Sequencia lógica e clareza na apresentação;
•
Produção e uso de recursos.
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São
práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está
ocorrendo. As atividades experimentais levam em consideração as dúvidas, o erro,
o acaso, a intuição. Não se deve, portanto, antecipar para o aluno os resultados ou
os próprios caminhos da observação, uma vez que, na construção do conhecimento,
o processo que ocorre é tão importante quanto o produto.
É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele
conhecimento com o qual os alunos estão envolvidos, entendendo que esta
significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente,
muito mais do que com a sofisticação dos equipamentos.
A atividade experimental possibilita que se avalie o estudante quanto à sua
compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construída, a
qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras
possibilidades. Ressalte-se que o uso adequado e conveniente dos materiais, só
poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas.
Não se vai conseguir uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se
estas atividades forem apenas eventuais.
A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para que
o aluno compreenda o que vai fazer que recursos vão utilizar. O registro das
hipóteses e dos passos seguidos no procedimento é importante para que professor
e aluno avaliem a atividade.
Critérios de avaliação:
•
Quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado,
•
Do conceito a ser construído ou já construído,
•
A qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras
possibilidades.
PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO
O trabalho de campo é um método capaz de auxiliar o professor na busca de novas
alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a
construção de conhecimentos e para a formação dos alunos como agentes sociais.
Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca de
informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência
educacional insubstituível.
Encaminhamento de uma pesquisa de campo:
•
Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante
como o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante
investigar os interesses dos alunos e suas expectativas;
•
Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;
•
Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias,
questionamentos ou problematização;
•
Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;
•
Definir o material necessário para a pesquisa de campo;
•
Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que
levar;
•
Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material
coletado, concluindo assim o trabalho prático.
O projeto de pesquisa de campo possibilita que o professor avalie o desempenho
dos alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus
procedimentos em relação ao tema da pesquisa e aos dados que se quer coletar.
A conclusão do projeto poderá ocorrer na forma de relatórios, elaboração de croquis,
produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos
terão avaliada sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua
capacidade de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.
Critérios de avaliação:
- Avaliar analisando o encaminhamento de uma pesquisa de campo.
RELATÓRIO
O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Na
Educação Básica, os relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área
específica da comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois
possibilita ao estudante a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu
conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório,
atividade experimental, entre outras.
O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou
desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados
podem-se extrair deles.
O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos
desenvolvidos, que análises foram feitas e qual resultado se chegou.
São elementos do relatório:
1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao
relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância
do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu
o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não pode
omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do
que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.
3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos
resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações
interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode
utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos
resultados. São importantes, na análise, que se estabeleçam as relações entre a
atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões
teóricas que deram origem à atividade em questão.
4. Considerações Finais: Neste item do relatório será possível observar se a
atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui,
o aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com
os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar
ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a
aprendizagem alcançada.
Critérios de avaliação:
- Avaliar analisando os elementos do relatório.
SEMINÁRIO
O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa, a
leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, onde
cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos
apresentados.
A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações
feitas em aula cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em contato direto
com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa.
O estudante precisa saber como foi esta avaliação, para que veja onde falhou e
possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os
estudantes na ocasião em que o seminário for proposto.
Critérios de avaliação:
21 A consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;
22 A compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos
utilizados);
23 A adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa;
24 Os relatos trazidos para enriquecer a apresentação;
25 A adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que
assiste a apresentação.
DEBATE
É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos tornarmos
capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir
a participação de todos. Na tentativa de assegurar à ética e a qualidade do debate,
os participantes devem atender as seguintes normas, que se constituem em
possíveis critérios de avaliação:
1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos
divergentes;
2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;
4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação
de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação
possível entre as posições dos participantes;
6. Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate.
Além disso, o debate possibilita que o professor avalie:
1. - o uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
2. - o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
3. - a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o
conteúdo da disciplina.
ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS
Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem, o professor poderá, entre
várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo
discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como
metáfora do que está sendo exposto.
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua
efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de
questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.
Na escolha do texto, o professor deve atentar para adequação do mesmo, tanto no
que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a
linguagem utilizada.
Na elaboração da atividade, o professor deverá considerar a especificidade de sua
disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou
expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras,
etc.
A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie:
•
A compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;
•
A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto
literário lido.
•
O reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.
ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem
enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas.
O trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a pesquisa do professor
sobre o recurso a ser levado para os alunos.
Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo
abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem
específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A
didatização do conteúdo cabe ao professor.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais possibilitam que o professor
avalie, entre outros critérios:
•
a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
•
a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual;
•
o reconhecimento dos recursos expressivos específicos.
TRABALHO EM GRUPO
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na
tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de
aprendizagem.
A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas
envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de
atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um
aluno o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa
para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, as ações do professor são as
de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da
necessidade, redireciona as atividades.
Quando se considera que os estudantes se aproximam do objeto de estudo de
formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresentase como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho
coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos não colocam
para o professor, são socializadas no grupo.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas,
escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e
outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno:
•
Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula,
na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
•
Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua
relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
QUESTÕES DISCURSIVAS
Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar
a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma
questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e
reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos
conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor
identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a
importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características
decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado pela
questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não
garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser considerados:
•
Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve
esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do
aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e objetividade.
•
Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa
tentativa foi adequada.
•
Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da
norma padrão da língua portuguesa.
•
Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um enunciado de forma
clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o
grau de dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes
que constituem o processo de avaliação.
QUESTÕES OBJETIVAS
Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da avaliação, nunca
deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal
objetivo é a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão
do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve
desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada
questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado; a
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar
de conhecimentos adquiridos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, I. A. A Educação Ambiental e o Currículo Escolar.
CUNHA, A. M. O.; CICILLINI, G. A. Considerações sobre o ensino de ciências
para a Escola Fundamental. In:.
DELVAL, J. Crescer e Pensar: A construção do Conhecimento na Escola. Ed.
ARTMED. Porto Alegre- RS. 2002.
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º
Encontro, Avaliação – um processo Intencional e Planejado. 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para o Ensino
Fundamental do Estado do Paraná – Ciências. Curitiba
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para o Ensino
Fundamental do Estado do Paraná – Ciências. Curitiba,
PELIZZARI, A. et al. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. .
Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002.
KOCHE, J.C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e
iniciação à pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
MELO, Maria do Rosário de. Ensino de Ciências: uma participação ativa e
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SÁ, J.G. de. Renovar prática no ciclo pela via das ciências da natureza. Porto –
Portugal: Porto Editora, 1994.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da
Educação - Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental 2008
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da
Educação - Diretrizes Curriculares de Educação do Campo – 2008
SEED, Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental do Estado do Paraná
– Ciências – 2005.
SEED, Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – Versão
Preliminar – julho – 2006.
RIOS, M. A.T. Manual pedagógico In:
BERTOLDI, O. G. & VASCONCELLOS, J. R.
Ciência & Sociedade aventura do corpo, aventura da vida, aventura da
tecnologia. São Paulo: Scipione, 2000.
VEIGA, I. P. A; CARDOSO, M. H. F. (Orgs.) Escola Fundamental Currículo e
Ensino . 2 . ed. Campinas, SP: Papirus, 1995.
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No final do século XIX, com a proclamação da república, houve mudanças nas
instituições escolares e nas políticas educacionais praticadas pelo antigo regime,
neste período a influência da ginástica se firmou com grande importância para a
formação do cidadão, depositado nela a responsabilidade de promover através dos
exercícios físicos a saúde, o pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana.
Constituindo a Educação Física os currículos escolares no início foram fortemente
influenciados pela instituição militar e pela medicina, para estabelecer sua prática
pedagógica com objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde
por meio dos exercícios físicos com modelos de saúde e os sistemas de ginásticas
oriundas da Europa.
A partir da constituição de 1937 é que a Educação Física se consolidou no contexto
escolar, sendo utilizada com o objetivo de doutrinação, dominação e contenção de
ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem,
surgindo nesta época os princípios higienistas.
Neste período, o esporte passou a se popularizar influenciando a Educação Física
Escolar, havendo um incentivo às práticas desportivas com o intuito de promover
políticas nacionalistas, na década seguinte foi estabelecido a obrigatoriedade da
Educação Física até os 21 anos de idade, objetivando formar mão de obra
fisicamente condicionada e capacitada para o mercado de trabalho.
Com o início do regime militar na década de 60 o esporte passou a ser tratado com
mais ênfase, o método tecnicista centrado na competição e no desempenho e o
conteúdo ligado à aptidão física, considerada importante para o desenvolvimento da
capacidade produtiva da classe trabalhadora e ao desporto.
Somente em meados dos anos 80 apareceram através das comunidades científicas
as primeiras delimitações de tendências ou correntes denominadas de “Tendências
Progressistas” com diversas abordagens criticando os paradigmas da aptidão física
e a esportivização como: desenvolvimentista, construtivista, critico supera dora e
critico emancipatória.
Atualmente a educação física como campo de conhecimento tem seus fundamentos
apoiados não apenas nas concepções de corpo e movimento delineando desta
forma seu campo de investigação a cultura corporal, que envolve as relações corposociedade.
Reconhecendo as dimensões psicológicas, afetivas e cognitivas como fundamentais
para a formação do sujeito enquanto ser humano inserido, ativamente, em um
determinado contexto sociocultural. A Educação física deve oportunizar vivências
práticas levando em consideração a realidade social e pessoal de cada aluno para
contribuir com as experiências corporais destes e conscientizar os mesmos sobre a
importância de descobrir e entender as diversas formas de movimentos e
manifestações culturais em vários períodos diferentes.
Utilizando como estratégia no processo pedagógico essas diversas práticas
corporais como o jogo, a ginástica, o esporte, a dança, as brincadeiras e as lutas,
dentre outros, enquanto elementos estimuladores da ludicidade e da capacidade
criativa, buscando desenvolver autonomia e capacidade crítico-reflexivo na formação
do sujeito para que haja uma interação entre professor e aluno, tornando as aulas
um meio de aprendizagem para o aluno e professor.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
5ª série
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
• Atletismo
Esporte
• Handebol
• Xadrez
• Brincadeiras de rua/Populares
Jogos e brincadeiras
• Brinquedos
• Brincadeiras de roda
• Jogos de tabuleiro
• Danças folclóricas
Dança
Atividades de expressão corporal
• Cantigas de roda
• Ginástica artística
Ginástica
• Atividades circenses
•Ginástica natural
Lutas
• Judo
• Capoeira
6ª série
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
• Atletismo
Esporte
• Futsal
• Xadrez
• Tênis de mesa
• Brincadeiras de rua
Jogos e brincadeiras
• Jogos de raquete e peteca
• Jogos cooperativos
• Jogos de tabuleiro
• Danças folclóricas
Dança
• Dança criativa
• Ginástica artística
Ginástica
• Atividades circenses
• Ginástica natural
• Ginástica rítmica
• Judo
Lutas
• Capoeira
7ª série
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
• Basquetebol
Esporte
• Futsal
• Xadrez
•Tênis de mesa
• Jogos cooperativos
Jogos e brincadeiras
• Jogos intelectivos
• Jogos de raquete e peteca
• Jogos de tabuleiro
• Danças folclóricas
• Dança de rua
Dança
• Dança de salão
• Ginástica artística
• Atividades circenses
Ginástica
•Ginástica rítmica
• Ginástica geral
• Judo
Lutas
• Capoeira
8ª série
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
• Voleibol
Esporte
•Futsal
• Xadrez
•Tênis de mesa
• Jogos cooperativos
Jogos e brincadeiras
• Jogos competitivos
• Jogos de tabuleiro
Dança
• Danças folclóricas
• Dança de salão
• Ginástica artística
Ginástica
•Ginástica rítmica
• Ginástica de academia
Lutas
• Judo
• Capoeira
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Educação Física deve oportunizar vivências em suas atividades corporais, tanto
no “fazer” corporal, quanto no refletir o significado desse “fazer”, em busca de
atender as necessidades sociais do aluno, repeitando sua realidade social e cultural,
buscando oportunizar através dessas atividades corporais a formação de seus
próprios pensamentos e opiniões, contribuindo desta forma para o desenvolvimento
de um indivíduo crítico e autônomo.
Para que possa ocorrer o desenvolvimento do aluno, o professor deve diversificar as
estratégias buscando a interação na relação entre professor/aluno, e proporcionar
novas ações de descobertas, utilizando uso do saber sistematizado, mas, sempre
oportunizando aos alunos sua contribuição pessoal, ou seja, seu estilo próprio, seus
conhecimentos prévios, suas opiniões, etc; para que então forme seus próprios
conceitos a respeito dos assuntos tratados na disciplina.
Cabe ressaltar que os conteúdos devem ser organizados e sistematizados, porem,
deve ser moldado e adaptados de acordo com a situação real da turma e período.
Quanto aos alunos oriundos de regiões diferentes a nossa e os com necessidades
especiais em se tratando da Educação Física Escolar, a inclusão destes no grupo
onde foram inseridos deverá ser de forma a não entrar em conflito com sua cultura
escolar já adquirida, e, sim, utilizar essa diversidade para engrandecer o grupo além
do aluno em questão, isto também vale para os alunos fisicamente ou
intelectualmente especiais proporcionando assim ao professor e aos alunos novos
horizontes.
AVALIAÇÃO
A avaliação acontecerá como parte integrante do processo ensino-aprendizagem da
disciplina servindo como um instrumento diagnóstico, oferecendo elementos para
uma revisão e mudança de postura de todos os envolvidos no processo
(professor/aluno) e será ofertada de forma continua no decorrer do processo de
ensino-aprendizagem, inclusive com recuperação de estudos, tendo como finalidade
conhecer melhor o aluno, determinar a presença ou ausência de conhecimentos e
habilidades, informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem.
5ª série
• Participação das atividades práticas e teóricas em quadra e em sala;
• Avaliação diagnostica;
• Realização de trabalhos de pesquisas individuais;
• Apresentação de seminários;
• Avaliações objetivas.
6ª série
• Participação das atividades práticas e teóricas em quadra e em sala;
• Avaliação diagnostica;
• Realização de trabalhos de pesquisas individuais;
• Apresentação de seminários;
• Avaliações objetivas.
7ª série
• Participação das atividades práticas e teóricas em quadra e em sala;
• Avaliação diagnostica;
• Realização de trabalhos de pesquisas individuais ou em grupos;
• Apresentação de seminários;
• Organização de debates;
• Avaliação objetiva.
• Avaliação dissertativa.
8ª série
• Participação das atividades práticas e teóricas em quadra e em sala;
• Avaliação diagnostica;
• Realização de trabalhos de pesquisas individuais ou em grupos;
• Apresentação de seminários;
• Organização de debates;
• Avaliação objetiva;
• Avaliação dissertativa.
Tais atividades serão trabalhadas durante todo o ano, conforme surgirem
oportunidades e momentos propícios, portanto estão sujeitas as adaptações.
Critérios de avaliação
A observação acontecerá com todos os alunos e será contínua, formativa e
diagnóstica, considerando alguns indicativos:
•
Diferenças e possibilidades individuais;
•
Segurança, organização e respeito às regras;
•
Postura receptiva frente a diferentes manifestações culturais, sociais, como
fonte de aprendizagem;
•
Prática de hábitos saudáveis no desenvolvimento das atividades propostas;
•
Realização de trabalhos sobre conteúdos propostos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT, Valter Educação física: Conhecimento e Especificidade. Belo Horizonte,
Ed. dos Autores 1997.
CURRICULO, Básico para a Escola Publica do estado do Paraná – Curitiba
1990.
CURRICULARES, Diretrizes – Ensino Fundamental, Educação Física – Governo
do estado do Paraná – 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da
Educação -
Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino
Fundamental - 2008
LISTELLO, Augusto.
Educação pelas Atividades Físicas Esportivas e de
Lazer. Editora da Universidade de São Paulo, 1986.
LÓGICA, Apostila – Ensino Fundamental – Educação Física, Apostila Lógica –
2003.
IX-ENAREL – A diversidade da cultura no lazer. Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte, 1997.
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO RELIGIOSO
ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde os primórdios da humanidade, a pessoa humana defronta-se com situações
da realidade vivida que lhes são verdadeiros desafios, situações limite: a morte, a
doença, o heroísmo, o amor, o nascimento grandes opções (casamento, separação,
profissão, etc.). Diante destas situações existem muitos questionamentos do seu eu
dentro dessa realidade. O mito surge para explicar e expressar uma realidade
impossível de se explicitar por categorias racionais.
Os símbolos sagrados dispensam explicações, falam por si só, remetem ao ser
humano além dos limites do tempo (histórico religioso) e do espaço. O ser humano
se concentra num meio onde a linguagem do imaginário é mítica, simbólica, de fé, e
pode se expressar por uma abertura pessoal ao transcendente, a qual chamamos de
religiosidade.
Muitas vezes o ser humano não está engajado numa religião (comunidade de fé),
mas ninguém consegue apagar dele, nem ele próprio, a chama da busca da
transcendência.
O fenômeno religioso como reconhecimento humano é tarefa muito recente. Na
Idade Média não havia razões para estudos sobre o objeto religioso, uma vez que
revelação e religião eram concebidas com um único fenômeno. A Igreja Medieval
muitas vezes se utilizava do termo religião para significar o ato de fé. Com a busca
da autonomia da razão (Iluminismo e positivismo), e a separação entre fé e ciência,
as instituições religiosas (igrejas) e o fenômeno religioso impuseram à investigação
humana como objetos de conhecimento. Em razão disso, os primeiros estudiosos do
fenômeno religioso e das instituições religiosas tem suas origens no Iluminismo e no
Positivismo. Prova disso são as obras de Witbler, Durkheim, Feuerbach, Conte e de
outros investigadores.
Surge assim o fenômeno religioso como objeto de estudo
e ciência em todo mundo, e implantada no ambiente escolar.
No Brasil, o Ensino da Religião era tradicionalmente pautado na Igreja Católica
Apostólica Romana até 1824, após a proclamação da República, passou a ser laico
público, gratuito e obrigatório, rejeitando portanto a hegemonia católica sobre o
monopólio do ensino.
O Ensino Religioso perde sua função catequética, passa por várias transformações,
perde o caráter obrigatório, torna-se facultativo, ministrado por professores leigos,
sem licenciatura, chegou a ser instinto da grade curricular, representando o
esvaziamento do papel do Estado com relação ao Ensino Religioso.
Somente no final de 2005, a SEED, movida por questionamentos oriundos de
inúmeras discussões realizadas entre SEED – NRES – Escolas, Professores, faz
valer a aprovação da deliberação no. 01/06, que vai instituir novas normas para o
Ensino Religioso.
Os avanços delineados a partir desta deliberação são notáveis, como repensar do
objeto da área, o compromisso de formação do docente, a consideração da
diversidade religiosa, necessidade do diálogo, estudo na escola sobre as diferentes
leituras do sagrado na sociedade.
Não se pode negar a trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, esta disciplina
requer uma nova forma de ser vista. A sociedade Civil, hoje reconhece como direito
os pressupostos desse conhecimento no espaço escolar, bem como a valorização
da diversidade em todas as suas formas, pois a sociedade brasileira é composta por
grupos muitos diferentes.
Para Costella, o Ensino Religioso “não pode prescindir da sua vocação de realidade
institucional aberta ao universo da cultura, ao integrar acontecimento de pensamento
e da ação do homem, a experiência religiosa faz parte desse acontecimento, como
os fatos e sinais que a expressam. O fato religioso, como todos os fatos humanos,
pertencem ao universo da cultura e portanto, tem uma relevância cultural, tem uma
relevância em sede cognitiva” (2004 p. 104).
OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO RELIGIOSO
O Ensino Religioso, valorizando o pluralismo e a diversidade cultural presente na
sociedade brasileira, facilita a compreensão das formas que exprimem o
Transcendente
na
superação
da
finitude
humana
e
que
determinam,
subjacentemente, o processo histórico da humanidade, valorizando o pluralismo e a
diversidade cultural presente na sociedade brasileira, facilitando a compreensão, de
forma inclusiva, superando as diferenças, construindo e analisando o processo
histórico da humanidade.
•
Contribuir para a formação da cidadania e convívio social baseado na relação
entre Professor e aluno na alteridade e respeito às diferenças.
•
Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o
fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas recebidas no contesto
do educando.
•
Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manifestação das
diferentes culturas e manifestações socioculturais.
•
Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença: etnias, posição social,
deficiências ou com dificuldades de assimilação, valorizando a liberdade do
ser humano.
•
Construir por meio da reflexão, informação e vivência de valores éticos, o
diálogo inter-religioso e consequentemente, a superação de preconceitos,
tendo uma visão abrangente do sagrado.
•
Conhecer os diferentes grupos religiosos, presentes na realidade próxima,
construindo o seu referencial de entendimento das diferenças e de respeito ao
outro.
•
Proporcionar a aprendizagem ao educando o conhecimento da formação da
idéia do sagrado na evolução da estruturação religiosa, percebendo-a como
idéia referente para a vida.
•
Facilitar ao educando o conhecimento da evolução da estrutura religiosa no
decorrer dos tempos. Assim como das ideologias religiosas que perpassam as
redações dos textos sagrados e dos textos orais e aquilo que determina
verdade sobre o sagrado para o grupo.
CONTEÚDOS
5ª Série
Conteúdos Estruturantes: paisagem religiosa – símbolo – texto sagrado
I - Respeito à Diversidade Religiosa
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa:
-Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira; -Respeito à
liberdade religiosa;
-Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão;
-Direito a liberdade de reunião e associações pacíficas;
-Direito Humanos e sua vinculação com o sagrado.
II - Lugares Sagrados
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de
referência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado
nestes locais:
-Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
-Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.
III – Textos Orais e Escritos – Sagrados
-Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes
culturas religiosas.
-Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.).
IV - Organizações Religiosas
As
organizações
religiosas
compõem
os
sistemas
religiosos
organizados
institucionalmente. Serão tratados como conteúdos, destacando-se suas principais
características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos
que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado:
-Fundadores e/ ou Lideres Religiosos.
-Estruturas Hierárquicas.
-Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais Ecumênicas: Budismo
(Sidarta Gautama),Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allam Kardec), Taoísmo
(Lao Tsé), etc.
6ª Série
Conteúdos Estruturantes: paisagem religiosa – símbolo – texto sagrado
I – Universo Simbólico Religioso
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores, textos.
- nos ritos
- no mito
- no cotidiano.
Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, etc.
II – Ritos
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um
conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior e imitação, serve à memória e à preservação da identidade
de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter à possibilidades futuras a partir de transformações presentes.
- Ritos de passagem
- Mortuários
- Propiciatórios
- Outros
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingang – ritual fúnebre), Via sacra,
Festejo indígena de colheita, etc.
III – Festas Religiosas
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
- Peregrinação, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (islâmica), (indígena), Festa
de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.
IV – Vida e Morte
As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
- O sentido da vida nas tradições/Além Morte – manifestações religiosas
- Ancestralidade – vida dos antepassados
- Reencarnação – espíritos dos antepassados se tornam presentes
− Ressurreição – ação de voltar à – Outras interpretações Vida.
−
METODOLOGIA DO ENSINO RELIGIOSO
A Metodologia da disciplina do Ensino Religioso não se reduz a determinar formas,
métodos, conteúdos ou materiais a serem utilizados em sala de aula, mas
pressupõe um constante repensar de ações que subsidiarão este trabalho. Esta
metodologia deve ser dinâmica, permitindo a interação e o diálogo entre professor e
aluno, tendo uma postura reflexiva perante a vida e o fenômeno religioso.
O Ensino Religioso representa o espaço onde o cognitivo, o trabalho e a
preocupação
com
a
coerência
entre
os
pressupostos
pedagógicos
e
o
desenvolvimento integral da pessoa, tem na prática um compromisso com a
transformação social, ajudando a pessoa a humanizar-se consigo mesma, com os
outros, com o mundo e com o sagrado. Por isso a opção pelo método reflexivo o
qual explica a realidade, permitindo analisá-la segundo certos parâmetros e
possibilitar a vivência da afetividade e humanização.
Quanto a forma de apresentação dos conteúdos, explicita a intenção de partir de
abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas
ou pouco conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos que
tratam de manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo
cultural da comunidade.
Assim, o Ensino Religioso não tem o compromisso de legitimar uma manifestação
do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é um espaço de
doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, campanhas e celebrações.
Esta também é uma forma de respeitar o direito a liberdade de consciência e à
opção
religiosa
(introspecção,
do
educando,
pessimismo,
tratando
falta de
possíveis
diferenças
psicológicas
sociabilidade) proporcionando caminhos
para que os mesmos se integrem ao pleno espaço social exercendo sua Cidadania.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação é necessária em todos os empreendimentos humanos, passando por
todas as dimensões: sociais, políticas, econômicas, religiosas, ideológicas etc.
Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de Ensino Religioso faz-se
necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, a avaliação
poderá ser contínua, dinâmica e diagnóstica, mas de forma diferenciada de outras
disciplinas, já que a mesma é de ordem facultativa e apresenta como diferenças em
seu referencial “inexistência” de notas ou conceitos.
Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que
auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriou ou tem se apropriado
dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso.
Significa dizer o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida
os conteúdos passam a ser referências para a compreensão das manifestações do
sagrado pelos alunos. Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes
trabalhado pode ser observado pelo professor em diferentes situações de ensinoaprendizagem.
O professor deverá avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma
relação respeitosa para com o colega de classe que além de ter opção religiosas
diferentes da sua; poderá apresentar também características físicas e psicológicas
peculiares, detalhando a questão que
cada grupo, cada individuo, emprega conceitos adequados, para referir-se às
diferentes manifestações do sagrado. Destacando sempre os valores humanos e
sócio-políticos de cada indivíduo.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso
para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2009.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Étnico-Raciais e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Brasília, 2005.
BRASIL. Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso. Ensino Religioso
Capacitação para Novo Milênio.
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOS. Diversidade e Direitos
Humanos – Nov/2004 Texto: José Rezende Jr. Coordenação: Fernando de La
Rocguel Couto e Daniel – Seidel Consultores: Antonio Olimpio de Sant`Ana , Carlos
Alberto Silva, Carlos Moura e César Bastos. Colaboração: Célia Gonçalves Souza,
Eli Anildo Nascimento, Cezar Fernandes e Roberto Costa Araújo.
ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. Ensino Religioso na
Diversidade Cultural Religiosa do Brasil.
ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. - Ensino Religioso e
Disciplina Integrante da Formação Básica do Cidadão.
ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. Ensino Religioso e o
Conhecimento Religioso.
ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do.O Fenômeno Religioso nas
Tradições Religiosas de Matriz Oriental.
ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. O Fenômeno Religioso nas
Tradições Religiosas de Matriz Ocidental.
ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. Ensino Religioso e o
Fenômeno Religioso Tradições Religiosas de Matriz Indígena.
ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. O Fenômeno Religioso nas
Tradições Religiosas de Matriz Africana.
GANDHI, Mahatma. Tudo o que vive é meu próximo. SP - 2007
ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. Ensino Religioso
Sugestões Pedagógicas (Assintec)
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
GEOGRAFIA
ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Durante séculos o ser humano teve uma visão limitada do que existia, e de maneira
progressiva seu horizonte foi se ampliando até chegar a um conhecimento de si
mesmo e do mundo que o rodeia não imaginado até nossos dias. Globalização,
redes, nova ordem mundial, multipolaridade, acirrada competição econômica e
tecnológica, revolução tecnocientífica (microeletrônica, transmissão de informações,
automatização e robotização dos processos produtivos), são temáticas presentes na
mídia e no dia a dia das populações.
São inegáveis os impactos e as mudanças econômico-sociais dessa terceira
revolução industrial na força de trabalho e consequentemente na escola e no ensino
de Geografia. A Geografia Tradicional da década de 30, assim como as demais
Ciências Humanas, era sustentada metodologicamente pelo Positivismo e tendia-se
ao estudo regional, procurando explicações objetivas e quantitativas da realidade.
A análise geográfica do espaço deveria ser “asséptica” e não politizada. As relações
do homem com a natureza eram estudadas de forma objetiva, desprezando-se as
relações sociais, abstraindo assim do homem o seu caráter social; eliminava-se
qualquer forma de compreensão que comprometesse a análise “neutra” da
paisagem estudada. O aluno podia descrever, relacionar fatos naturais, fazer
analogias, elaborar sínteses ou generalizações, mas objetivamente.
No pós-guerra o mundo tornou-se mais complexo. O capitalismo tornou-se
monopolista, a urbanização intensificou-se, começando a surgir as megalópoles, o
espaço agrário subordinou-se à industrialização, as realidades locais passam a se
articular a uma rede de escala mundial. A Geografia Tradicional, neutra, com seus
métodos e teorias descritivos, não era mais suficiente para explicar a complexidade
do espaço. Para entender como os espaços se organizavam era necessário recorrer
a análises ideológicas, políticas, econômicas e sociais. A Geografia foi procurar
esses instrumentos nas teorias marxistas. Surge então, a partir da década de 60, se
contrapondo à Geografia Tradicional, a Geografia Crítica.
O estudo do espaço, dentro dessa perspectiva, procura a explicação nas relações
entre sociedade, o trabalho e a natureza na produção e apropriação dos lugares e
territórios.
Assim, a Geografia ganhou conteúdos políticos que passaram a ser significativos na
formação do cidadão. É por meio de tais conteúdos que se chega a compreender as
desigualdades na distribuição da renda e da riqueza que se manifestam no espaço
pelas contradições entre o espaço produzido pelo trabalhador e aquele de que ele
se apropria, tanto no campo quanto na cidade.
No sistema educacional brasileiro, o controle e regulamentação estatal, deslocado
dos anseios e interesses da população, se fizeram sentir de forma muito drástica,
principalmente nas décadas de 60 e 70, com o golpe militar de 64.
Nesse período, com o referencial tecnicista da educação, surge a Nova Geografia,
sustentada pela ideologia do desenvolvimento tecnocrático, acentuadamente
controladora, que considerava que a Geografia, além de nada acrescentar à política
vigente, poderia concorrer apenas para a formação de espíritos críticos e
contestadores, o que seria extremamente negativo e prejudicial aos planos políticos
que procuravam a construção de uma sociedade obediente e massificadora.
Uma análise da educação brasileira, com reflexos no ensino de Geografia, nos
permite afirmar que a política educacional tem se caracterizado por uma sucessão
de ações que na sua maioria tem visado à consolidação da ideologia dominante, do
“status quo”, excluindo do universo do conhecimento e, portanto, da cidadania digna,
a maioria da população.
No final do século XX, a história do pensamento geográfico esteve marcada por um
intenso debate entre o positivismo clássico, o empirismo lógico, o historicismo, a
dialética e a fenomenologia. A influência marxista deixou marcas profundas neste
debate.
Nas últimas décadas a educação brasileira, assim como o ensino de
Geografia, pautado nos PCNs, tem sido orientada por diretrizes neoliberais, que
agravam cada vez mais a crise que atinge em especial, a camada da população
mais desfavorecida e promovem um distanciamento do Estado, enxugamento dos
serviços públicos essenciais e propicia à população maior envolvimento com os
mecanismos deliberados da exclusão social.
Os PCNs, ao se configurar como uma proposta organizada de forma conservadora,
tanto em relação ao seu conteúdo, dissociada das reivindicações e das vivências
daqueles que estão mais próximos da escola real, não significaram uma verdadeira
mudança de qualidade; mas provavelmente a continuidade da política educacional
historicamente dominante em nosso país.
Redimensionar o ensino de Geografia com vistas à formação do aluno-cidadão exige
de docentes e pesquisadores um repensar constante e permanente de suas práticas
e de suas concepções. A Geografia, transformada numa disciplina viva, plena de
desafios para educadores e educandos, passa a se constituir numa área vital de
conhecimento e de formação do cidadão político, objetivo maior da educação
escolar. Ela deve propiciar a observação, percepção, análise e compreensão do
espaço geográfico enquanto espaço da ação humana em interação com a natureza,
portanto, espaço social, histórico, em permanente movimento, e transformação, com
inúmeras contradições, resultado das múltiplas determinações da ação humana.
Ao tomar a dialética como método, é necessário partir de uma concepção de
Geografia como ciência humana, e do espaço geográfico como espaço social,
resultado da progressiva humanização da natureza, uma Geografia que se faz
presente dentro de uma dinâmica social pensando e repensando o espaço, as
transformações que nele ocorre, preocupando-se em direcionar seu pensamento
para
o
ser
humano
e
seus
relacionamentos,
seja
homem/natureza,
homem/sociedade.
Assim, ainda ao ensino da Geografia cabe o comprometimento com a
contextualização e interdisciplinaridade, com a visão de que uma área de
conhecimento deve ser compreendida como uma “totalidade orgânica”, síntese de
diversas determinações, com aspectos de generalidade, mas também de
particularidade. Considerar o que há de específico em cada campo do saber não
implica o isolamento dos saberes. As áreas podem expressar uma interessante
unidade composta por uma diversidade que se articula e que se comunica entre si.
Dessa forma, a contextualização de conhecimentos não pode ser um simples
estabelecimento de relações entre conteúdos, requer um compromisso com a
realidade social dos educandos, um combate efetivo contra qualquer forma de
exclusão; onde ao contrário; um tudo fazer para inclusão daqueles que enfrentam
preconceitos com relação a gênero, raça, opção sexual e religiosa, condição social,
necessidades especiais etc.
O ensino de Geografia requer um comprometimento com a realidade social dos
educandos, portanto, um processo de investigação coletiva, um interrogar
permanente sobre a cotidianidade contraditória, muitas vezes perversa frente ao
papel que deve cumprir a escola.
Deste modo a profundidade de tais mudanças seria capaz de caracterizar a
transição entre dois mundos, um que está deixando de existir e o outro em processo
de construção, onde é relevante o papel da tecnologia cujas repercussões
transformam o relacionamento entre pessoas e sua forma de compreender e
interagir com o mundo.
A escola deve assumir o seu papel fundamental, subsidiando professor e alunos
com informações e relacionamentos que possam contribuir para uma visão de
mundo mais ampla e mais profunda.
SÉRIE: 5ª
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
-Dimensão econômica do espaço
-Formação e transformação das paisagens
geográfico
naturais e culturais.
-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
-Dimensão política do espaço
-A formação, localização, exploração e
geográfico
utilização dos recursos naturais.
-A
distribuição
espacial
das
atividades
produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
-Dimensão cultural e demográfica
-As relações entre campo e a cidade na
do espaço geográfico
sociedade capitalista.
-A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
-Dimensão socioambiental do
-A
mobilidade
populacional
espaço geográfico
manifestações socioespaciais da
e
as
diversidade cultural.
-As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
SÉRIE: 6ª
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
-Dimensão econômica do espaço
-A formação, mobilidade das fronteiras e a
geográfico
reconfiguração do território brasileiro.
-A dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção.
-Dimensão política do espaço
-As diversas regionalizações do espaço
geográfico
brasileiro.
-As
manifestações
diversidade cultural.
socioespaciais
da
-A transformação demográfica, a distribuição
-Dimensão cultural e demográfica
espacial e os indicadores estatísticos da
do espaço geográfico
população.
-Movimentos migratórios e suas motivações.
-O espaço rural e a modernização da
agricultura.
-A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica
dos
espaços
urbanos
espacial
das
e
a
urbanização.
-Dimensão socioambiental do
-A
distribuição
atividades
espaço geográfico
produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
-A
circulação
de
mão-de-obra,
das
mercadorias e das informações.
SÉRIE: 7ª
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
-Dimensão econômica do espaço
-As diversas regionalizações do espaço
geográfico
geográfico.
-A nova
ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
-A formação, mobilidade das fronteiras e a
-Dimensão política do espaço
reconfiguração dos territórios do continente
geográfico
americano.
-O
comércio
em
suas
implicações
socioespaciais.
-A circulação da mão de obra, do capital,
-Dimensão cultural e demográfica
das mercadorias e das informações.
do espaço geográfico
-A
distribuição
espacial
das
atividades
produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
-As relações entre o campo e a cidade na
-Dimensão socioambiental do
sociedade capitalista.
espaço geográfico
-O espaço rural e a modernização da
agricultura.
-A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
-Os
movimentos
migratórios
e
suas
motivações.
-As
manifestações
socioespaciais
da
diversidade cultural.
-Formação,
localização,
exploração
e
utilização dos recursos naturais.
SÉRIE: 8ª
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
-Dimensão econômica do espaço
-As diversas regionalizações do espaço
geográfico
geográfico.
-A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
-A revolução técnico-científico-informacional
-Dimensão política do espaço
e os novos arranjos no espaço da produção.
geográfico
-O comércio mundial e as implicações
socioespaciais.
-A formação, mobilidade das fronteiras
e a reconfiguração dos territórios.
-Dimensão cultural e demográfica -A
do espaço geográfico
transformação
distribuição
espacial
demográfica,
e
os
a
indicadores
estatísticos da população.
-As
manifestações
socioespaciais
da
diversidade cultural.
-Dimensão socioambiental do
-Os movimentos migratórios mundiais e
espaço geográfico
suas motivações.
-A distribuição das atividades produtivas, a
transformação
da
paisagem
e
a
(re)organização
do
espaço
geográfico
mundial.
-A dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção.
-O espaço em rede: produção, transporte e
comunicação
na
atual
configuração
territorial.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia de ensino deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos
fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e
transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos devem ser
trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e
distante dos alunos, em coerência com os fundamentos propostos nas DCEs.
O ensino de Geografia, no processo de apropriação e construção dos conceitos
fundamentais do conhecimento geográfico, deve considerar o conhecimento
espacial prévio dos alunos, para que eles consigam relacioná-lo ao conhecimento
científico e superar o senso comum.
Para mobilizar o aluno para o conhecimento, ao invés de simplesmente apresentar o
conteúdo que será trabalhado, o professor deve criar uma problematização inicial,
fazendo com que o conteúdo se torne significativo para ele.
O conteúdo, além de ser relacionado à realidade vivenciada pelo aluno, deverá ser
contextualizado historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas,
culturais, em manifestações concretas, nas diversas escalas geográficas. Sempre
que possível, o professor deverá estabelecer relações interdisciplinares dos
conteúdos geográficos em estudo, sem perder a especificidade da Geografia.
O processo de aprendizagem deve se dar de forma dialogada, propiciando o
questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos
e a aprendizagem crítica se efetivem de fato, de modo a contribuir para a formação
de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica.
O ensino da Cultura e história afro-brasileira e indígena não se dará de forma
isolada, mas sim, permeará os conteúdos de maneira a fornecer subsídios os quais
poderão contribuir para a formação de atitudes, posturas e valores que possibilitem
cidadãos orgulhosos de sua etnia racial, de forma a interagirem na construção de
uma nação mais humana em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos
e sua identidade valorizada.
O ensino de Geografia do Paraná, será enfatizado em seus aspectos naturais,
históricos, econômicos, políticos e culturais, não de forma isolada, mas também
permeando os demais conteúdos ministrados, possibilitando ao aluno melhor
compreensão do espaço geográfico paranaense.
Ainda, diante destas perspectivas de valorização do diferente, a educação do campo
deverá considerar uma nova realidade, marcada cada vez mais pela pluriatividade e
pela diversidade de opções de vida, de produção, de consumo, de diversão e de
cultura, não desconsiderando a memória e as tradições que devem ser valorizadas.
Serão
utilizados
como
recursos
didáticos
e
tecnológicos
para
o
bom
desenvolvimento das aulas de Geografia: TV Multimídia, vídeos, livros didáticos,
mapas, revistas, jornais, internet, cartazes, quebra-cabeça, atlas, rádio, CDs, letras
de música, livros literários, fotos, slides e charges.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação na disciplina de Geografia, assim como nas demais, deve ser formativa,
entendida como parte do processo pedagógico e ter como fim acompanhar a
aprendizagem dos alunos e nortear o trabalho do professor. A avaliação em
Geografia deve se constituir bem mais do que uma nota ou conceito.
Nessa perspectiva as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem
possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente
aos diferentes contextos sociais. Deve também, considerar, na mudança de
pensamento e atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do
processo de ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o
questionamento e a participação dos alunos. Ao destacar tais elementos como
parâmetros de qualidade de ensino e da aprendizagem, rompe-se a concepção
pedagógica da escola tradicional que destacava tão somente a memorização, a
obediência e a passividade (HOFFMANN, 1995).
Dessa forma, o resultado que se espera conseguir por meio do processo de
avaliação em Geografia, é a formação de um aluno crítico que além de ser capaz de
avaliar a realidade socioespacial em que vive, e nela atuar, seja capaz de aceitar,
rejeitar ou mesmo transformar essa realidade. Para isso, é necessário que o
professor seja capaz de observar se os alunos conseguiram formar os conceitos
geográficos básicos (Lugar, Região, Território, Sociedade, Natureza e Paisagem), se
assimilaram as relações espaçotemporais e Sociedade <=> Natureza para
compreender o espaço nas diversas escalas geográficas, se houve o entendimento
das relações socioespaciais necessários para a compreensão e intervenção na
realidade bem como se compreenderam a importância da atitude política de cada
indivíduo ante as contradições postas no espaço geográfico.
Assim entendida, se faz necessário que o professor tenha registrado, de maneira
organizada e precisa, todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem,
bem como as dificuldades e os avanços obtidos pelos alunos, de modo que esses
registros tanto explicitem o caráter processual e continuado da avaliação quanto
atenda às exigências burocráticas do sistema de notas. Para tanto, as técnicas e
instrumentos de avaliação serão diversificados como:
1. Leitura - a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão
dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha
criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir
a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.
Critérios: permite analisar se o aluno compreende as ideias presentes no texto e
interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias e discordâncias;
se ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematiza o
conhecimento de forma adequada e ainda, se estabelece relações entre o texto e o
conteúdo abordado em sala de aula.
2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica – a solicitação de uma pesquisa exige
enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.
Critérios: permite analisar o aluno quanto:
-a contextualização, se identifica a situação e o contexto com clareza;
-ao problema, se apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado delimitando o
foco da pesquisa na busca de solução;
-a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
-a escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases,
referenciando-os adequadamente.
3. Produção de Texto -
a atividade de produção escrita deve considerar a
característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo.
Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos
diferentes gêneros textuais.
Critérios: permite analisar se o aluno:
-produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,
finalidade, etc.);
-adéqua a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes
graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em
termos de léxico, de estrutura;
-expressa as ideias com clareza (coerência e coesão);
-elabora argumentos consistentes e estabelece relações entre as partes do texto;
-estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
4. Palestra/Apresentação Oral – a atividade de palestra/apresentação oral
possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado,
bem como argumentar, organizar e expor suas ideias.
Critérios: permite analisar se o aluno:
-demonstra conhecimento do conteúdo e apresenta argumentos selecionados;
-demonstra sequencia lógica e clareza na apresentação;
-faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e
propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando
em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa.
Nesta atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da
interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
Critérios: permite analisar se o aluno ao realizar seu experimento:
-registra as hipóteses e os passos seguidos;
-demonstra compreender o fenômeno experimentado;
-sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais;
-consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários.
6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio
que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse
sentido, colabora para construção de conhecimentos e formação dos alunos como
agentes sociais.
Critérios: permite analisar se o aluno ao proceder sua pesquisa de campo:
-registra as informações, no local de pesquisa;
-organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;
-apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua
capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;
-atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de
croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros).
7. Relatório – é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida,
auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão
sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve
apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como
esses dados foram analisados, bem como quais resultados pode-se extrair deles.
Critérios: permite analisar se o aluno:
-descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida,
possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão
que permita que se aprimore a atividade;
-faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados
obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram
origem à atividade em questão.
8. Seminário – oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se
de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo
fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato
direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.
Critérios: permite analisar se o aluno:
-demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas
réplicas;
-apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos
utilizados);
-faz adequação da linguagem;
-demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa;
-traz relatos para enriquecer a apresentação;
-faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo
que assiste a apresentação.
9. Debate – possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo
que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso
garantir a participação de todos.
Critérios: permite analisar se o aluno:
-aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos
divergentes;
-ultrapassa os limites das suas posições pessoais;
-explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;
-faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
-busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares,
uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos
participantes;
-registra, por escrito, as ideias surgidas no debate;
-demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
-apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o
conteúdo da disciplina.
10. Atividades com textos literários – possibilita discussões acerca do conteúdo
que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por
três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da
atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios
de avaliação.
Critérios: permite analisar se o aluno
-compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto;
-faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário
lido;
-reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
11. Atividades a partir de recursos Audiovisuais – o trabalho com filmes,
documentários, música, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido,
é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado,
vem apresentando em linguagem específica e com intencionalidade diferente
daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
Critérios: permite analisar se o aluno:
-compreende e interpreta a linguagem utilizada;
-articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado
pelo audiovisual;
-reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
12. Trabalho em Grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa
de
proporcionar,
aos
alunos,
experiências
que
facilitem
o
processo
de
aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a
compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de
diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de
maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos,
filosóficos e científicos.
Critérios: permite analisar se o aluno:
-interage com o grupo e compartilha o conhecimento;
-demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na
produção coletiva de trabalhos;
-compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua
relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
13. Questões Discursivas – essas questões possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão
discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão
realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.
Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique
com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância
pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Critérios: permite analisar se o aluno
-compreende o enunciado da questão e planeja a solução, de forma adequada;
-comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua
portuguesa.
-sistematiza o conhecimento de forma adequada.
14. Questões Objetivas – Este tipo de questão tem como principal objetivo a
fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo
e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno
a compreensão do que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um
bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
Critérios: permite analisar se o aluno:
-realiza leitura compreensiva do enunciado;
-demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
-utiliza de conhecimentos adquiridos.
REFERÊNCIAS
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Curricular.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2005.
CAPELO, Maria Regina C. Diversidade Cultural e Desigualdades Sociais:
Primeiras Aproximações. UNOESTE.
CAVALCANTI, L. de S. Geografia, Escola e Construção de Conhecimentos.
Campinas, SP: Papirus, 1998.
DELORS, Jacques. Educação: Um Tesouro a Descobrir. Brasília: MEC/UNESCO,
1998.
FIGHPRA, D.T. As mudanças de nosso tempo e o ensino de Geografia, Ed. da
UFSC – 2002 (Diretrizes Curriculares – Geografia Pagina 9) – Ensino Fundamental –
2005.
GIBRAN, Raimunda Abou. A Geografia no Ensino Fundamental – Trajetória
Histórica e Proposições Pedagógicas. UNOESTE, 2002.
HAYDT, Regina Cazaus. Avaliação do Processo Ensino-aprendizagem. 6ª ed.
São Paulo: Ática, 2002.
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Educação da AEC. Brasília, Vl.94, jan/mar/1995, p.67-86.
MOURA, Leonardo de Menezes e SILVA, Péricles Gomes da. O Ensino da
Geografia. CEB. Queimados, RJ.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Geografia e Ensino: Os Parâmetros
Curriculares Nacionais em Discussão. São Paulo: Contexto, p.43 – 67, 1999.
OLIVEIRA, M.S.N. A educação que acredito. UFRO: Campus Guajará-Mirim, RO.
2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Geografia. Curitiba, 2008.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib. Geografia, representações sociais e escola
pública. FAC Educação Universidade de São Paulo.
Projeto Arariba – Geografia. Ed.Moderna. 1ª ed. São Paulo, 2006.
VESENTINI, José William. O Ensino da Geografia no século XXI. Editora Ática,
1995.
ZACHARIAS, Vera Lucia C. F. Avaliação formativa.
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
HISTÓRIA
ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de história deve levar os alunos a perceberem que as interpretações
historiográficas são sempre realizadas a posteriori, que dependem, sempre, dos
valores de cada época, das preocupações, dos problemas, das condições materiais,
dos embates políticos, da valorização cultural, das representações construídas sobre
as formas de viver e das maneiras de pensar.
É fundamental que os alunos não se sintam apenas leitores afastados de fatos
pretensamente mortos, ocorridos no passado, sem qualquer importância no
presente. É preciso demonstrar que ao revisitar o passado, ao se informar sobre ele,
os alunos transitam pelas temporalidades da História e participem da elaboração de
novas interpretações, transformados conhecimentos até então inquestionáveis,
comparando elementos aparentemente apartados, buscando compreender a História
dos homens, tanto em seus momentos de rupturas, de mudanças e em suas
permanências e continuidades.
O aluno deverá perceber os diversos movimentos da História e da vida de maneira
menos preconceituosa e discriminatória, para a convivência e leitura da diversidade
e não da singularidade, buscando reconhecer no outro as diferenças que constituem
a complexidade da História – culturais, sociais, religiosas, ideológicas – o próprio
mundo e a própria realidade de estar no mundo. O aluno, ainda que de maneira
inicial, deverá perceber que esta é uma postura que urge na vida moderna e, por
isso, marca o pensamento historiográfico. Tudo isso torna possível valorizar a
diversidade cultural no entorno do aluno, muitas vezes não percebida.
CONTEÚDOS
ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE - Os diferentes sujeitos suas culturas e suas
histórias.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Relações de trabalho
- Relações de poder
CONTEÚDOS BÁSICOS
- A experiência humana no tempo.
- Os sujeitos e suas relações com outro no
tempo.
- Relações culturais
- Culturas locais e cultura comum.
ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE - Constituição Histórica do Mundo Rural e
Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Relações de trabalho
- Relações de poder
CONTEÚDOS BÁSICOS
-As relações de propriedade.
-A constituição histórica do mundo do campo
e do mundo da cidade.
- Relações culturais
-As relações entre o campo e cidade.
-Conflitos e resistência e produção cultural
campo/ cidade.
ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE - O Mundo do Trabalho e os Movimentos de
Resistência.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Relações de trabalho
- Relações de poder
- Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
- História das relações da humanidade com
o trabalho.
- O trabalho e a vida em sociedade.
-
O
trabalho
e
as
contradições
da
modernidade.
- Os trabalhadores e as conquistas de
direito.
ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE - Relações de Dominação e Resistência: a
Formação do Estado e das Instituições Sociais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Relações de trabalho
- Relações de poder
- Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
- A constituição das
instituições
sociais.
- A formação do estado.
- Sujeitos, guerras e revoluções .
METODOLOGIA
As aulas de história devem oportunizar ao educando o conhecimento das ações e
relações humanas no tempo e no espaço levando em consideração a sua realidade
social e cultural, ajudando-os a construir sua aprendizagem e suas próprias opiniões
e pensamentos.
Nas aulas, o educador não será quem transmite o conhecimento, mas aquele que
constrói conhecimentos juntamente com o educando, aproveitando todas as
informações trazidas pelos educandos que foram resgatadas pelos seus
antepassados.
Considerando a concepção técnica da disciplina, os conceitos básicos e os
conteúdos estruturantes é preciso ensinar história a partir da perspectiva histórica.
Os conteúdos específicos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica de
maneira que teoria e prática estejam interligadas.
Na 5ª série, deverá permitir que o aluno perceba a história como ciência que
estuda as ações humanas no tempo. Localizando acontecimentos no tempo,
dominando unidades de medida de tempo e desenvolvendo noções de
simultaneidade, posterioridade e anterioridade.
Na 6ª série, compreender as diferenças entre duas abordagens historiográficas
sobre as relações entre senhores e escravos. O aluno deverá assimilar o conceito
de sociedade estamental e diferenciar as três ordens que compunham a sociedade
feudal. Desenvolver uma atitude de respeito diante das diferenças e repudiar
qualquer forma de intolerância e discriminação.
Na 7ª série, identificar os principais momentos da história inglesa da Era Moderna.
Perceber as diferenças e semelhanças entre o Nordeste açucareiro dos séculos
XVII e XVII e a sociedade mineira do século XVIII. Identificar os elementos
essenciais introduzidos pela Revolução Industrial.
Na 8ª série, reconhecer as características imperialistas, o crescimento das cidades
e a formação de um mercado e a cultura de massas, posicionar-se contra guerras
e a favor de resoluções pacíficas e negociadas dos conflitos, no sentido de
promover uma cultura de paz.
Em todas as séries serão desenvolvidas atividades com o intuito de estimular a
iniciativa e a participação dos educandos, trabalhando o diferente, como a cultura
afro-brasileira e indígena conforme o que nos orienta a lei número 11645, e a
História do Paraná, oferecendo a possibilidade do aprendizado.
Os conteúdos específicos serão abordados nos três conteúdos estruturantes, nas
categorias de análise da história quatri-partide. Outro fator a se considerar e
enfatizar são as perguntas por que? como? Quando? e O que? Ao propor questões
como orientar o pensamento histórico, as relações de trabalho e relações de poder,
relações de trabalho e relações culturais. Diante disto é fundamental ir além destas
questões.
Será estimulada a participação do aluno em uma definição de cidadania, uma
discussão de temas ligados a preservação ambiental, a conservação do patrimônio
cultural, tradições étnicas, a necessidade de uma coexistência mais tolerante e
respeitosa entre diferentes e diferenças.
Caberá ainda ao professor:
•
Perceber as características interdisciplinares da disciplina;
•
Historicizar e contextualizar os conteúdos;
•
Desenvolver atitudes de busca, de pesquisa, de transformação, construção,
investigação e descoberta;
•
Resgatar o sentido humano;
•
Estimular a iniciativa, a criatividade, a cooperação e a co-responsabilidade.
A educação das Relações Étnicos-Raciais e História da Cultura Afro- brasileira e
Africana contemplará a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de
atitudes, postura e valores que eduquem o cidadão quanto ao seu pertencimento
étnico-racial, possibilitando maior interação e negociação de objetivos comuns que
garantam a todos ter igualdade respeitando seus direitos, valorizando sua
identidade e a efetiva participação da consolidação da democracia.
Na 5º série, esse tema será tratado com mais ênfase no conteúdo: O Egito e o Rio
Nilo. Será trabalhado de forma que o preconceito seja eliminado com em relação a
essa cultura.
Na 6º série, o tema será tratado no conteúdo África dos Grandes Reinos. Levando o
aluno a refletir e valorizar as várias culturas e a enxergar as diferenças, como as
características da nossa humanidade é elemento importante da vida democrática.
Na 7º série o tema será tratado com análise de imagens. O mito “Chica da Silva”, a
“facilidade” que tinham as escravas em conseguir a alforria.
Na 8º série o tema será tratado com mais ênfase no conteúdo: A República chega
ao Brasil, onde serão estudadas as leis possíveis para o processo de abolição. A
abolição teria sido assim uma iniciativa dos brancos para antecipar um
acontecimento que os escravos estavam perto de conquistar.
Na perspectiva de valorização e respeito aos diferentes, a educação do campo
estará inserida no decorrer da disciplina de História nos anos finais do Ensino
Fundamental, considerando uma nova realidade, marcada, cada vez mais, pela
pluriatividade e pela diversidade de opções de vida, de produção, de consumo,
diversão, cultura, não desconsiderando a memória e os costumes e tradições, que
devem ser valorizadas.
Recursos Didáticos
•
Livro didático; Mapas históricos; Filmes; Textos de apoio; Jornais, revistas e
fotografias; Visitas a trilhas ecológicas; Recursos tecnológicos; Visitas a sítios
na Rede Mundial de computadores dentre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o
conjunto das ações pedagógicas e não como elemento externo a esse processo.
A avaliação terá como finalidade conhecer melhor o aluno em seus vários aspectos,
para constatar o que está sendo apreendido, a adequação do processo ensino, para
se ter uma visão do processo ensino-aprendizagem.
Deverá ser contínua e integrada, devendo ser realizada sempre que possível em
situações normais. Será praticada enquanto processo que caracteriza o cotidiano do
aluno, nos seus acertos e erros denominados desconstrutivos, pois serão datas
alternativas para o aluno refazer o que apreendeu, deverá ser diagnóstica para
conhecer qual é a situação de partida dos alunos, ou seja, a gama de
conhecimentos prévios da turma.
Serão considerados como principais critérios de avaliação:
•
A
formação de conceitos históricos básicos
como o desenvolvimento da
consciência histórica;
•
Se os conteúdos e conceitos básicos de história estão sendo apropriados
pelos alunos;
•
O conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes
dimensões e contextos históricos propostos para o nível de ensino;
•
Os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes
contextos históricos;
•
Compreendem a história como prática social, da qual participam como sujeitos
históricos do seu tempo;
•
Analisam as diferentes conjunturas históricas a partir das dimensões
econômico-social, política e cultural;
•
Compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base em um
método, da problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o
pesquisador produz a narrativa histórica;
•
Explícita o respeito a diversidade étnico-racial, religiosa,social e econômica, a
partir dos conhecimentos históricos que os constituíram;
•
Compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar
ou complementar a produção historiográfica já existente.
Ao considerar os conteúdos de história efetivamente tratados em aula essências
para o desenvolvimento da consciência histórica, é necessário ter clareza que
avaliar é sempre um ato de valor. Diante disto, professor e alunos precisam entender
que os pressupostos da avaliação, tem como finalidade, objetivos, critérios e
instrumentos, e podem permitir rever o que precisa ser melhorado ou o que já foi
apreendido.
Para tanto, os critérios de avaliação serão diversificados:
- leitura e interpretação de texto - este instrumento avaliativo, oral
ou escrito, pode ser praticado em todas as séries, pois possibilita a superação do
senso comum, maior domínio dos conhecimentos e dos conteúdos trabalhados.
- produção de textos - a elaboração de textos pode ser trabalhada em todas as
séries aumentado
sua evolução cognitiva, sendo possível detectar o grau
assimilação considerado, coesão, coerência e abrangência do texto elaborado.
de
- leitura e interpretação de fotos - imagens, gráficos, tabelas,mapas charges e
história em quadrinhos, a avaliação utilizando recursos visuais aplicados em todas
as séries, propicia aprendizagem e maior raciocínio lógico.
- relatório de aulas de campos, vídeos etc - por meio desta avaliação espera-se
que o aluno relate o conteúdo assimilado e através dele o professor consiga
perceber e sanar as dificuldades apresentadas.
- apresentação de seminário - permite o desenvolvimento da oralidade,
argumentação; criticidade dos alunos.
- elaboração de murais - é um recurso visual lúdico e atrativo por meio do qual o
aluno pode expressar sua criatividade.
- desenhos - possibilita ao aluno demonstrar as experiências vividas dentro de um
tema trabalhado.
- pesquisa bibliográfica - acredita-se que o aluno será capaz de, por meio de
várias referências bibliográficas, confrontar diversas opiniões, podendo construir
seu posicionamento sobre o tema pesquisado.
- Elaboração e apresentação de temas em mídia e recursos tecnológicos permite a utilização da internet, permitindo a inclusão digital, o qual muitos não tem
acesso fora da escola.
- Seleção de fotos, recortes, elaboração e exposição de cartazes - permite ao
aluno experienciar de forma lúdica e diversificada o conteúdo.
- Questões abertas de múltipla escolha -
essas atividades, por serem
diferenciadas, permitem ao aluno várias oportunidades para a demonstração de
aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Educação Infantil e Fundamental – 2005 v.5 hist. Brasília MEC/SEIF 2004.
GADOTTI, Moacir. Diversidade Cultural e Educação para todos. Rio de Janeiro
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PARANÁ, SEED - Diretrizes Curriculares de História para ensino Fundamental –
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Projeto Araríba. História obra coletiva – Apolinário Melani Editora Moderna. 1º Ed;
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SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. Editora nova Geração,2007.
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010
LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL
A língua portuguesa formou-se como língua específica na Europa pela diferenciação
que o latim sofreu na Península Ibérica durante o processo de contatos entre povos
e línguas que se deram a partir da chegada dos romanos no século II a.C., por
ocasião da Segunda Guerra Púnica, no ano de 218 a.C. Na Península Ibérica o latim
entrou em contato com línguas já ali existentes. Depois houve o contato do latim já
transformado com as línguas germânicas, no período de presença desses povos na
península (de 409 a 711 d.C.).
Com a invasão muçulmana (árabes e berberes), esse latim modificado e já em
processo de divisão entra em contato com o árabe. Na primeira fase do processo de
reconquista da Península Ibérica pelos cristãos, que tinham resistido no norte, os
romances (latim modificado por anos de contato com outros povos e línguas)
tomaram uma feição específica no oeste da península, formando o galego-português
e em seguida o português. Formou-se paralelamente o Condado e, a partir dele, um
novo país, Portugal. Toma-se como data de independência do condado do reino de
Castela e Leão, a batalha de São Mamede em 1128.
Essa nova língua, depois de um longo período de mudanças correspondente a todo
final da chamada Idade Média, é transportada para o Brasil, assim como para outros
continentes, no momento das grandes navegações do final do século XV e do século
XVI.
Português: língua oficial e nacional do Brasil
Com o início efetivo da colonização portuguesa em 1532, a língua portuguesa
começa a ser transportada para o Brasil. Aqui ela entra em relação, num novo
espaço-tempo, com povos que falavam outras línguas, as línguas indígenas, e
acaba por tornar-se, nessa nova geografia, a língua oficial e nacional do Brasil.
Podemos estabelecer para esta história quatro períodos distintos, se considerarmos
como elemento definidor o modo de relação da língua portuguesa com as demais
línguas praticadas no Brasil deste 1532.
O primeiro momento começa com o início da colonização e vai até a saída dos
holandeses do Brasil, em 1654. Nesse período o português convive, no território que
é hoje o Brasil, com as línguas indígenas, com as línguas gerais e com o holandês,
esta última a língua de um país europeu e também colonizador. As línguas gerais
eram línguas tupi, faladas pela maioria da população. Eram as línguas do contato
entre índios de diferentes tribos, entre índios e portugueses e seus descendentes,
assim como entre portugueses e seus descendentes. A língua geral era assim uma
língua franca. O português como língua oficial do Estado português, era a língua
empregada em documentos oficiais e praticada por aqueles que estavam ligados à
administração da colônia.
O segundo período começa com a saída dos holandeses do Brasil e vai até a
chegada da família real portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808. A saída dos
holandeses muda o quadro de relações entre línguas no Brasil na medida em que o
português não tem mais a concorrência de uma outra língua de Estado (o holandês).
A relação passa a ser, fundamentalmente, entre o português, as línguas indígenas,
especialmente as línguas gerais e as línguas africanas dos escravos. Esse período
caracteriza-se por ser aquele em que Portugal, dando andamento mais específico ao
processo de colonização, toma também medidas diretas e indiretas que levam ao
declínio das línguas gerais.
A população do Brasil, que era predominantemente de índios, passa a receber um
número crescente de portugueses assim como de negros que vinham para o Brasil
como escravos. Para ter uma ideia, no século XVI foram trazidos para o Brasil 100
mil negros. Este número salta para 600 mil no século XVII e 1,3 milhão no século
XVIII. O espaço de línguas do Brasil passa a incluir também a relação das línguas
africanas dos escravos e o português. Com o maior número de portugueses cresce
também o número de falantes específicos do português. E isto tem uma outra
característica: os portugueses que vêm para o Brasil não vêm da mesma região de
Portugal. Desse modo, passam a conviver no Brasil, num mesmo espaço de tempo,
divisões do português que, em Portugal, conviviam como dialetos de regiões
diferentes.
Nesse período, ainda, há dois fatos de extrema importância. O primeiro deles é a
ação direta do império português que age para impedir o uso da língua geral nas
escolas. Esta ação é uma atitude direta de política de línguas de Portugal para
tornar o português a língua mais falada do Brasil. Uma dessas ações mais
conhecidas é o estabelecimento do Diretório dos Índios (1757), por iniciativa do
Marquês de Pombal, ministro de Dom José I, que proibia o uso da língua geral na
colônia. Assim, os índios não poderiam mais usar nenhuma outra língua que não a
portuguesa. Essa ação, junto com o aumento da população portuguesa no Brasil,
terá um efeito específico que ajuda a levar ao declínio definitivo da língua geral no
país. O português que já era a língua oficial do Estado passa a ser a língua mais
falada no Brasil.
O terceiro momento do português no Brasil começa com a vinda da família real em
1808, como consequência da guerra com a França e termina com a independência.
Poderíamos utilizar, como data final desse período, 1826, pois é nesse ano que se
formula a questão da língua nacional do Brasil no parlamento brasileiro.
A vinda da família real terá dois efeitos importantes. O primeiro deles é um aumento,
em curto espaço de tempo, da população portuguesa no Brasil. Chegaram ao Rio de
Janeiro para as relações sociais em território brasileiro, e isto inclui também a
questão da língua. Logo de início, Dom João VI criou a imprensa no Brasil e fundou
a Biblioteca Nacional, mudando o quadro da vida cultural brasileira e dando à língua
portuguesa aqui, um instrumento direto de circulação, a imprensa. Esses fatos
produzem um certo efeito de unidade do português para o Brasil, enquanto língua do
rei e da corte.
O quarto período começa em 1826. Nesse ano o deputado José Clemente propôs
que os diplomas dos médicos no Brasil fossem redigidos em “linguagem brasileira”.
Em 1827 houve um grande número de discussões sobre o fato de que os
professores deveriam ensinar a ler e a escrever utilizando a gramática da língua
nacional. Ou seja, a questão da língua portuguesa no Brasil, que já era língua oficial
do Estado, se põe agora como uma forma de transformá-la de língua do colonizador
em língua da nação brasileira. Temos aí constituída a sobreposição da língua oficial
e da língua nacional.
Essas questões tomam espaços importantes tanto na literatura quanto na
constituição de um conhecimento brasileiro sobre o português no Brasil. É dessa
época a literatura de José de Alencar que tem debates importantes com escritores
portugueses que não aceitavam o modo como ele escrevia. É também dessa época
o processo pelo qual os brasileiros tiveram legitimadas suas gramáticas para o
ensino de português e seus dicionários. Dessa maneira cria-se historicamente no
Brasil o sentido de apropriação do português enquanto uma língua que tem as
marcas de sua relação com as condições brasileiras. Pela história de suas relações
com outro espaço de línguas, o português, ao funcionar em novas condições e nelas
se relacionar com línguas indígenas, língua geral, línguas africanas, se modificou de
modo específico e os gramáticos e lexicógrafos brasileiros do final do século XIX,
junto com nossos escritores, trabalham o “sentimento” do português como língua
nacional do Brasil.
Esse quarto período, no qual o português já se definira como língua oficial e nacional
do Brasil, trará uma outra novidade, o início das relações entre o português e as
línguas de imigrantes. Começa em 1818/1820 o processo de imigração para o
Brasil, com a vinda de alemães para Ilhéus (1818) e Nova Friburgo (1820). Esse
processo de imigração terá um momento muito particular, chegando ao Rio de
Janeiro em torno de 15 mil portugueses. O segundo é a transformação do Rio de
Janeiro em capital do Império que traz novos aspectos na passagem do século XIX
para o XX (1880-1930). A partir desse momento entraram no Brasil, por exemplo,
falantes de alemão, italiano, japonês, coreano, holandês, inglês. Deste modo o
espaço de enunciação do Brasil parra a ter, em torno da língua oficial e nacional,
duas relações significativamente distintas: de um lado as línguas indígenas (e num
certo sentido, as línguas africanas dos descendentes de escravos) e de outro as
línguas de imigração.
Essa diferença não é só empírica do tipo: as línguas já existiam com seus falantes
no Brasil quando os portugueses aqui chegaram e as línguas de imigração vieram
depois. A diferença está na relação. As línguas indígenas e africanas entram na
relação como línguas de povos considerados primitivos a serem civilizados (no caso,
os indígenas) e escravizados (no caso, os negros). Não há falantes para tais
línguas.
No caso da imigração, as línguas e seus falantes veem para o Brasil por ação
governamental que buscava cooperação para o desenvolvimento do país. E as
línguas dos imigrantes eram os idiomas oficiais de seus países de origem. Os
idiomas dos imigrantes eram língua de povos considerados civilizados, ao passo que
os idiomas indígenas e africanos não.
Enquanto idioma oficial e língua nacional do Brasil, a língua portuguesa é usada em
todo o território nacional e é usada nos atos oficiais, legais e convive no território
brasileiro com uma gama de outros idiomas dos imigrantes, ao lado da língua
indígena é considerada a língua materna
de todos os brasileiros, embora um
número expressivo de brasileiros tenham como língua materna, outras línguas, a
dos imigrantes ou indígenas.
Características do português do Brasil
A vinda da língua portuguesa para o Brasil não se deu, como vimos, em um só
momento. Ela se deu durante todo o período de colonização entrando em relação
constante com outras línguas. Por outro lado, o povoamento do Brasil se fez com a
vinda de portugueses de todas as regiões de Portugal. Desse modo, sua vinda para
o Brasil traz para esse novo espaço, as diversas variedades do português de
Portugal. Estas variedades se instalarão em lugares diferentes do Brasil, mas, em
muitos casos, elas convivem num mesmo espaço, como no Rio de Janeiro, por
exemplo.
O português do Brasil vai, com o tempo, apresentar um conjunto de características
não encontráveis, em geral, no português de Portugal, da mesma maneira que o
português, em diversas outras regiões do mundo, terá características também
específicas, em virtude das condições novas em que a língua passou a funcionar.
Há que se considerar que, se levamos em conta a língua escrita, vamos encontrar
uma maior proximidade entre o português do Brasil, assim como o de outras regiões
do mundo, com o português de Portugal, já que a língua escrita está mais sujeita à
normatização da língua efetivada através das gramáticas normativas, dicionários e
outros instrumentos reguladores da língua. Na língua oral, o processo de
incorporação de características específicas se faz de modo mais rápido.
CONCEPÇÃO
DA
DISCIPLINA,
PRESSUPOSTOS
TEÓRICOS
E
CONSIDERAÇÕES SOBRE LINGUAGEM
A proposta pedagógica tem como base a concepção sócio-interacionista de
linguagem. Em outras palavras, mais do que uma representação do pensamento ou
um instrumento de comunicação, entendemos linguagem como o produto da
interação do sujeito com o mundo e com os outros.
Nesse sentido, linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado é a
linguagem que possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se
criticamente perante os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas
dos homens que geram a linguagem, suas renovações e alterações. É no espaço
social que a linguagem garante sua própria existência e significação.
Dentro dessa mesma perspectiva, concebemos língua como um sistema de signos
histórico-social que permite ao homem a (re)construção da realidade. Assim,
apropriar-se de uma língua significa também apreender seus significados culturais.
É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da
cultura, como valores, normas e atitudes. Pelo contrário, a língua é um todo coerente
e o sujeito, imerso nela desde seu nascimento, aprende a captar sutis diferenças no
tom de voz, na atitude corporal, nos gestos e em outros elementos não-verbais. Por
isso, apesar da predominância do trabalho linguístico, sustentamos a importância de
valorizar estereótipos e diferentes visões de mundo.
As Diretrizes Curriculares para Ensino da Língua Portuguesa – Ensino Fundamental
tem por finalidade:
•
Formar cidadãos cônscios de seus direitos e deveres, aptos a exercer sua
cidadania como agente transformador de seu meio, utilizando as variantes
linguísticas, apropriando-se dos conhecimentos sistematizados transmitidos por esta
instituição de ensino, bem como por todos os meios de comunicação ao seu alcance
e também, desenvolver o gosto pela leitura, escrita, produção textual, bem como a
comunicação verbal com os demais interlocutores, formar leitores e intérpretes
críticos e produtores de diferentes textos e registros linguísticos apresentando aos
educandos todos os gêneros textuais, despertando o prazer pelo conhecimento
literário, proporcionando momento de prazerosa leitura em sala de aula, individual e
em grupos. E ainda desenvolver a aptidão investigativa e compreender os fatos da
língua em benefício da aprendizagem e socialização do saber, adquirindo
conhecimentos teóricos dos diversos níveis de comunicação.
•
Conscientizar educadores e educandos quanto à Educação Inclusiva,
abrangendo os portadores de deficiências, assim como todo tipo de discriminação e
ainda, valorizar e incluir nos diversos campos de trabalho, a Educação para o
campo, também desenvolver senso crítico e participativo quanto à qualidade de vida
e responsabilidade quanto a Agenda 21, propiciando maior envolvimento,
valorização e conhecimento entre alunos da zona urbana e rural; propiciar reflexões,
leituras, estudos, pesquisas, projeções e análise de filmes, envolvendo a cultura
afro-brasileira, africana e indígena; proporcionar a implementação de novos
tecnologias nas diversas atividades pedagógicas.
E é tarefa do educador, aprofundar compromissos, assumindo os princípios éticos
da solidariedade, liberdade, participação, autonomia, igualdade e justiça social.
Na presente proposta, adotar-se-ão os princípios da aprendizagem, das abordagens
sócio-interacionistas de linguagem e perspectiva do letramento, embasadas na
teoria dos gêneros textuais de Bakhtin.
Nessa abordagem, considera-se que “(...) nosso próprio pensamento... Nasce e
forma-se em interação e em luta com o pensamento alheio, o que não pode deixar
de refletir nas formas de expressão verbal do nosso pensamento”. (Bakhtin, 2000; p.
317). A plurivalência é, assim constitutiva da linguagem, pois os sentidos não estão
presos a uma visão ideológica determinada. Os textos tem uma diversidade de
ideologias que refletem os papéis sociais assumidos pelos interlocutores. O papel do
outro é essencial para a reconstrução do sentido do discurso. Compreende-se que,
a língua não pode ser concebida como um simples código, porque além de
comunicar, ela é usada para persuadir, interagir, explorar, emocionar... A interação
social é então, a fonte da ação pela linguagem. Assim, percebe-se que há
necessidade de um ensino de língua que envolva os alunos em situações concretas
de produção de significados, tanto na leitura ou produção de textos.
Para construção desse processo pedagógico baseado nesse tipo de papel escolar,
precisa-se lançar mão do conceito de gênero textual e organizar o ensino
considerando essas condições concretas de produção do discurso fora e dentro da
escola, segundo afirma Bakhtin (2000, p. 279): “cada esfera de utilização da língua
elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados”. O conceito de gênero
textual fica, portanto muito ligado a uma dimensão histórica da produção da cultura.
É por tal razão que Marcuschi (2002; p.22-23) conceitua gênero textual como “uma
noção propositadamente vaga para referir os textos materializados que encontramos
em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas
definidas
por
conteúdos,
propriedades
funcionais,
estilo
e
composição
característica”. E a esse respeito, Bronckart (1999) atento para o fato de que na
escala sócio-histórica, os textos são produtos da atividade de linguagem em
funcionamento permanente nas formações sociais; em função dos objetivos,
interesses e questões específicas, essas formações elaboram diferentes espécies
de textos, que apresentam características relativamente estáveis (justificando-se que
sejam chamadas de gêneros de textos) e que ficam disponíveis no intertexto como
modelos indexados, para os contemporâneos e para as gerações posteriores (p.137138).
Para Marcuschi (2002, p. 30), os gêneros textuais podem ser conceituados como
“artefatos culturais construídos historicamente pelo ser humano”.
E, por essa razão percebe-se que é necessário organizar a proposta pedagógica
para os educandos conduzindo-os à apropriação de alguns gêneros textuais
(crônica, poema, conto, notícia, artigo de opinião, carta, bilhete, relato pessoal,
receita culinária, textos didáticos...) favorecendo a leitura e produção de textos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES POR SÉRIE
Com base nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, no Quadro de
Conteúdos da SEED e no Projeto Político Pedagógico da escola, a disciplina tem
como conteúdo estruturante o Discurso como Prática Social.
5ª SÉRIE - CONTEÚDOS BÁSICOS
*Gêneros discursivos I
•
Narrativa intimista
•
Carta pessoal
•
Bilhete
*Gêneros discursivos II
•
Poemas ( Olimpíadas de língua Portuguesa)
•
Acróstico
*Gêneros discursivos III
9.
Conto de mistérios
10.
Narrativa de enigma
*Gêneros discursivos IV
*Narrativa da Aventura V
•
Contos de fadas
•
Fábulas
•
H.Q.
•
lendas
26
Regras de jogo (jogos silábicos)
27
Receitas
ORALIDADE
4.
Tema do texto
5.
Finalidade
6.
Argumentatividade
7.
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
8.
Adequação do discurso ao gênero
9.
Turnos de fala
10.
Variações linguísticas
11.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos
LEITURA
•
Tema do texto
•
Interlocutor
•
Finalidade
•
Aceitabilidade do texto
•
Informatividade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Léxico
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
•
Tema do texto
•
Interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Informatividade
•
Argumentatividade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Divisão do texto em parágrafos
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
•
Processo de formação de palavras
•
Acentuação gráfica
•
Ortografia
•
Concordância verbal / nominal
6ª SÉRIE - CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Narrativa de ficção
•
Crônica de ficção
•
Diálogo
II
Narrativa mitológica
•
Exposição oral
•
Histórias em quadrinhos
•
Lendas
III
•
Relato de experiência
•
Álbum de família
•
Diária
•
Entrevista (oral / escrita)
•
Declaração de direitos (estatutos – leis)
•
Exposição oral
IV
•
convite
•
Filme
•
Bilhete
•
Notícia
•
Torpedos
•
e-mail
•
Música
•
anagrama
•
Depoimentos
•
Exposição oral
V
•
Conto
•
Propaganda
•
Carta ao leitor
•
Exposição oral
VI
•
Reportagens
•
Exposição oral
•
Memórias
•
Pesquisa
VII
•
Carta
•
Cartazes
ORALIDADE
1.
Tema do texto
2.
Finalidade
3.
Argumentatividade
4.
Papel do locutor e interlocutor
5.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
6.
Adequação do discurso ao gênero
7.
Turnos de fala
8.
Variações linguísticas
9.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos
ESCRITA
•
Tema do texto
•
Interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Informatividade
•
Argumentatividade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Divisão do texto em parágrafos
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem
•
Processo de formação de palavras
•
Acentuação gráfica
•
Ortografia
•
Concordância verbal / nominal
LEITURA
•
Tema do texto
•
Interlocutor
•
Finalidade
•
Aceitabilidade do texto
•
Informatividade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Léxico
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
7ª SÉRIE - CONTEÚDOS BÁSICOS
IeV
5.
Exposição oral
6.
Biografia
7.
Resumo
8.
Pesquisa
9.
Relato pessoal
II
Memórias literárias ( Olimpíadas de língua Portuguesa)
•
Crônica
•
Crônica jornalística
•
Narrativa de humor
•
Mesa redonda
•
Júri simulado
•
Discurso de defesa e acusação
III
•
Entrevista
•
Exposição oral
•
Pesquisa
•
Telejornal
•
Reportagem oral e escrita
•
Resumo
IV e VII
•
Entrevista
•
Artigos de opinião
•
Debate
•
Dissertação escolar
•
Charge
V
•
Romance
•
Exposição oral
•
Carta
•
Bilhete
ORALIDADE

Tema do texto

Finalidade

Argumentatividade

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações linguísticas

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos
ESCRITA
•
Tema do texto
•
Interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Informatividade
•
Argumentatividade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Divisão do texto em parágrafos
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem
•
Processo de formação de palavras
•
Acentuação gráfica
•
Ortografia
•
Concordância verbal / nominal
LEITURA
•
Tema do texto
•
Interlocutor
•
Finalidade
•
Aceitabilidade do texto
•
Informatividade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Léxico
8ª SÉRIE - CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Relato de cunho memorialístico
•
Debate
•
Exposição oral
•
Narrativa fantástica
II
•
Crônicas
•
Conto
•
Exposição oral
•
Depoimentos
•
Júri simulado
•
Entrevista oral e escrita
•
Música e Filme
III – VI – VII
•
Reportagem
•
Matéria jornalística
•
Exposição oral
•
Depoimento
•
Mesa-redonda
•
Resenha
IV
•
Ensaio
•
Pesquisa
•
Biografias
•
Declaração de direitos
•
Filmes
•
Resenha crítica
V
•
Romance
•
Seminário
•
Exposição oral
•
Histórias de humor
ORALIDADE
•
Tema do texto
•
Finalidade
•
Argumentatividade
•
Papel do locutor e interlocutor
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
•
Adequação do discurso ao gênero
•
Turnos de fala
•
Variações linguísticas
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos
ESCRITA
•
Tema do texto
•
Interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Informatividade
•
Argumentatividade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Divisão do texto em parágrafos
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
•
Processo de formação de palavras
•
Acentuação gráfica
•
Ortografia
•
Concordância verbal / nominal
LEITURA
•
Tema do texto
•
Interlocutor
•
Finalidade
•
Aceitabilidade do texto
•
Informatividade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Léxico
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
1.
Os conteúdos básicos e específicos poderão ser adaptados/adequados
dependendo do nível dos alunos.
Obs. Os gêneros discursivos elencados em cada série, serão trabalhados conforme
as necessidades de cada série e ou turmas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Todo o processo ensino-aprendizagem será fundamentado no sócio-interacionismo,
portanto tem-se como princípio a língua como interação e o homem como um ser
político, social e historicamente construído, baseando-se em Bakhtin (1999).
Dessa maneira, nas aulas, o professor não é o produtor de conhecimentos, mas sim
aquele que constrói conhecimento com o aluno, tem em vista o conhecimento prévio
de todos os envolvidos.
Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores de
Língua Portuguesa e Literatura tem a tarefa de aprimorar as possibilidades do
domínio discursivo na oralidade, na leitura e na escrita, para que compreendam e
interfiram nas relações de poder, em relação ao pensamento e às práticas de
linguagem imprescindíveis ao convívio social.
A
análise
do
discurso
que
se
veicula
através
dos
diferentes
gêneros
textuais/discursivos será enfatizada nas práticas linguísticas, visto que as pessoas
se transformam e são transformadas através da língua, pois, é pela língua que se dá
a interação entre os sujeitos. Nas aulas serão utilizados textos visando sempre o
desenvolvimento da consciência linguística no trabalho com a estrutura fonética,
sintática e morfológica, que deverão estar baseados no PPP da escola, além das
Diretrizes Curriculares. O uso da língua portuguesa será enfatizada ao máximo
possível para que o educando possa desenvolver a fluência, a compreensão oral, a
escrita e a leitura gradualmente. Trabalhos diversos, tanto individuais quanto em
duplas, grupos, serão proporcionados tanto em sala de aula quanto nos trabalhos de
pesquisas.
As discussões se basearão em reflexões discursivas e ideológicas de origem textual,
não representando, no entanto, que a prática de leitura seja privilegiada em
detrimento das outras, buscando sempre a inclusão, a integração e a igualdade
humana, considerando a língua como um meio proprietário da inserção social do
sujeito.
O texto como unidade básica de ensino de Língua Portuguesa é também a nossa
proposta pedagógica. Consideramos texto toda situação na qual um sujeito exerce
uma ação interpretativa sobre um objeto, envolvendo necessariamente quem o
produz. Sendo assim, o interlocutor, está presente não só quando produz sentidos
para a leitura, mas também no momento da produção, pois a consciência do outro é
condição indispensável para que se produza e interprete um texto.
Trabalhar a Língua Materna com os estudantes significa estabelecer parcerias em
sala de aula, dar-lhe voz, escutar o que têm a dizer, em experiências de uso
concreto da língua. Não é a simples ocupação da sala de aula que a torna espaço
privilegiado de interação e aprendizagem.
Os recursos didáticos a serem utilizados além do livro são: reportagens, telenovelas,
notícias, instruções, cartas, anúncios publicitários, poemas, exposições orais,
entrevistas, roteiros, relatórios, capas e contracapas de revistas, livros, CDs, filmes,
fotos, quadros, jornais, classificados, pensamentos, data show, charges, histórias
em quadrinhos, gibis, cartazes, avisos, bilhetes, computadores, exposições orais etc.
Através de filmes, textos, documentários, músicas etc. Serão trabalhados os
conteúdos de acordo com o que
for oportunizado pelo texto que contempla a
história e cultura afro- brasileira e indígena dada a importância que essa temática
traz para a construção de um Estado Democrático de Direito, com o que dispõe a
Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu ensino,
segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação Estadual
04/2006 .
AVALIAÇÃO
Avaliar é recolher informações que devem servir de parâmetros básicos: apresentar
aos alunos seus avanços, progressos, dificuldades e possibilidades no processo
ensino-aprendizagem e fornecer subsídios que proporcionem ao professor, analisar
sua prática em sala de aula. Dessa forma, o professor, além de observar em que
medida e com que diversidade os objetivos foram alcançados, pode planejar e
decidir se é preciso intervir ou modificar as atividades que são propostas, não
esquecendo de contemplar os alunos que apresentam todo e qualquer tipo de
necessidades.
A avaliação, entendida como constitutiva da prática educativa, não pode estar
ancorada em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do
rendimento dos alunos. Pode e deve ser contínua, diagnóstica aprendizagem;
diagnóstica porque tem como finalidade, detectar dificuldades que possam gerar
ajustes ou mudanças da prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas
aos alunos, mas ao ensino que se oferece. A avaliação faz o professor procurar
caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas. Serão
avaliados os seguintes critérios:
Oralidade: será avaliada de acordo com o discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Verificar-se-á a participação do aluno nos diálogos,
relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da
sua fala, o seu desembaraço, a argumentação na defesa de seu ponto de vista. O
aluno também deve avaliar os textos orais com os quais convive como: noticiários,
discursos, programas televisivos, também de suas falas.
Leitura: na leitura deve-se considerar as estratégias usadas, a compreensão do
texto lido, o sentido construído, sua reflexão e resposta ao texto, também não se
pode esquecer as diferentes leituras de mundo e o conhecimento que o aluno já
possui. Pode-se propor questões abertas, discussões, debates e atividades que
possibilitem avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Escrita: na produção de textos, os critérios e parâmetros de avaliação devem ser
claros para o professor e bem definidos para o aluno, que precisa estar em
contextos reais de interação de comunicabilidade.
É no texto – fala/escrita que a língua se manifesta em todos os seus elementos
discursivos, textuais, gramaticais, ortográficos e aspectos linguísticos usados na
produção de textos pelos alunos que vão proporcionar uma avaliação reflexiva e
contextualizada e no uso da língua em diferentes momentos de forma gradativa, faz
com que os alunos alcancem a proficiência na leitura e escrita dentro da norma
padrão.
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS E CRITÉRIOS
Atividade de leitura compreensiva de textos - A avaliação da leitura de textos
possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula
e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise
e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, a ampliação
dos horizontes de conhecimento.
O aluno:
1.
Compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto
por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
2.
Ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e
sistematiza o conhecimento de forma adequada;
3.
Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em
sala de aula.
Projeto de pesquisa bibliográfica - A solicitação de uma pesquisa exige enunciado
claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno.
O aluno quanto:
•
A contextualização identifica a situação, o contexto com clareza;
•
Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema
levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o
problema.
•
A justificativa aponta argumentos sobre a importância da
pesquisa.
O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos através de citações ou paráfrases,
referenciando-os adequadamente.
Produção de texto - As atividades de produção escrita devem considerar a
característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo.
Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos
diferentes gêneros textuais.
Ao aluno:
•
Produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero,
interlocutor, finalidade etc.);
•
Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção,
dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo
especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;
•
Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);
•
Elaborar argumentos consistentes;
•
Estabelecer relações entre as partes do texto;
•
Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados
para sustentá-la.
Palestra – apresentação oral - A apresentação oral é uma atividade que possibilita
avaliar a compreensão do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da
argumentação; a organização e exposição das ideias.
O aluno:
•
Demonstra conhecimento do conteúdo;
•
Apresenta argumentos selecionados;
•
Demonstra sequência lógica e clareza na apresentação
Atividades experimentais - Estas atividades requerem clareza no enunciado e
propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando
em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa.
Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da
interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
O aluno, ao realizar seu experimento:
– Registra as hipóteses e os passos seguidos;
– Demonstra compreender o fenômeno experimentado;
– Sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais;
– Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos
necessários.
Projeto de pesquisa de campo - Essa atividade exige um planejamento prévio que
demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse
sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como
agentes sociais.
O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:
•
Registra as informações no local de pesquisa;
•
Organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;
•
Apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento
construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de
síntese;
•
Atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto
(relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação
escrita, entre outros).
Relatório - O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade
desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando
ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento.
No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou
desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados
podem-se extrair deles.
São elementos do relatório:
1.
Introdução: informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem
ao relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a
relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.
2.
Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente
se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta,
não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a
respeito do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore
a atividade.
3.
Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos
resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações
interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode
utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos
resultados. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a
atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões
teóricas que deram origem à atividade em questão.
4.
Considerações finais: neste item do relatório será possível observar se a
atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui,
o aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com
os objetivos da atividade realizada.
O aluno:
•
Faz a introdução com informações que esclareçam a origem de
seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a
relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos;
•
Descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou a
atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está
falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade;
•
Faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos
e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as
discussões teóricas que deram origem à atividade em questão.
Seminário - Oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de texto. Trata-se de
uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo
fundamentado, os argumentos apresentados, colocar o estudante em contato direto
com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa.
O aluno:
•
Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação
quanto nas réplicas;
•
Apresenta
compreensão
do
conteúdo
abordado
(leitura
compreensiva dos textos utilizados);
•
Faz adequação da linguagem;
•
Demonstra pertinência quanto às fontes de pesquisa;
•
Traz relatos para enriquecer a apresentação;
•
Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos
integrantes do grupo que assiste a apresentação.
Debate - Possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo
que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra é preciso garantir
a participação de todos.
O aluno:
•
Aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os
pensamentos divergentes;
•
Ultrapassa os limites das suas posições pessoais;
•
Explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam
a sua posição;
•
Admiti o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
•
Busca, na medida do possível, por meio do debate, da
persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade,
ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;
•
Registra, por escrito, as ideias surgidas no debate;
•
Faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
•
Demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina
envolvido no debate;
•
Apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e
sua relação com o conteúdo da disciplina.
Atividades com textos literários - Possibilita discussões acerca do conteúdo que
está sendo discutido no contexto de outra linguagem.
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua
efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de
questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.
O aluno:
•
Compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto;
•
Faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas
com o texto literário lido;
•
Reconhece os recursos expressivos específicos do texto
literário, compreendendo os níveis de leitura: leitura de linhas, inferências e
práticas sociais.
Atividades a partir de recursos audiovisuais - O trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido,
é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado,
vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela
que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
O aluno:
•
Compreende e interpreta a linguagem utilizada;
•
Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o
conteúdo apresentado pelo audiovisual;
•
recurso.
Reconhece
os
recursos
expressivos
específicos
daquele
Trabalho em grupo - Desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de
proporcionar aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem.
Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu
conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes
atividades, sejam elas escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes,
painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e
científicos.
O aluno:
•
Interage com o grupo;
•
Compartilha o conhecimento;
•
Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados
em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em
espaços diferenciados;
•
Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos
trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão
discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão
realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.
Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique
com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância
pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
O aluno:
•
Compreende o enunciado da questão. Se não houve esta
compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno
ou se o próprio enunciado carece de clareza e objetividade;
•
Planeja a solução e se essa tentativa foi adequada;
•
Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma
padrão da língua portuguesa;
•
Sistematiza o conhecimento de forma adequada.
Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo, a fixação do
conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e
esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno,
a compreensão do que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão, o professor não deve desconsiderar um
bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
5ª série: CONTEÚDO TRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS
ABORDAGEM TEÓRICO
BÁSICOS
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS
LEITURA
LEITURA
DISCURSIVOS
É importante que o
Espera-se que o aluno:
Para o trabalho da
professor propicie práticas
• Identifique o tema;
práticas de leitura,
de leitura de textos de
• Realize leitura
escrita, oralidade e
diferentes gêneros;
compreensiva do texto;
análise linguística serão
considere os
• Localize informações
adotados como
conhecimentos prévios dos explícitas no texto;
conteúdos básicos os
alunos e formule
• Posicione-se
gêneros discursivos
questionamentos que
argumentativamente;
conforme suas esferas
possibilitem interferências
• Amplie seu horizonte de
sociais de circulação.
sobre o texto;
expectativas;
Caberá ao professor
• Encaminhe discussões
• Amplie seu léxico;
fazer a seleção de
sobre: tema, intenções,
• Identifique a ideia
gêneros nas diferentes
intertextualidade;
principal do texto;
esferas, de acordo com
•Contextualize a produção;
Espera-se que o aluno:
o Projeto Político
suporte/ fonte,
• Expresse as ideias com
Pedagógico, com a
interlocutores, finalidade,
clareza;
Proposta Pedagógica
época;
• Elabore/ reelabore textos
Curricular, com o Plano
•Utilize textos verbais
de acordo com o
Trabalho Docente, ou
diversos que dialoguem
encaminhamento do
seja, em conformidade
com não-verbais, gráficos,
professor, atendendo:
com as características
fotos, imagens mapas e
− às situações de produção
da escola e com nível de outros;
propostas (gênero,
complexidade adequado • Relacione o tema com o
interlocutor,
a cada uma das séries . contexto atual;
finalidade...); − à
* Vide relação dos
• Oportunize a socialização continuidade temática;
gêneros ao final deste
das ideias dos alunos sobre • Diferencie o contexto de
documento.
o texto.
uso da linguagem formal e
LEITURA
ESCRITA
informal;
• Tema do texto
É importante que o
• Use recursos textuais
•Interlocutor
professor:
como coesão e coerência,
• Finalidade
• Planeje a produção textual informatividade, etc;
• Argumento do texto
a partir: da delimitação do
• Utilize adequadamente
ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE
CONTÉUDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas
ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA
LEITURA
AVALIAÇÃO
Espera-se que o
aluno:
de leitura, escrita, oralidade e É importante que o professor; • Realize leitura
• Propicie prática de leitura
análise linguística serão
compreensiva do
adotados como conteúdos
de textos de diferentes
texto;
básicos os gêneros
gêneros, ampliando também
• Localize as
discursivos
o léxico;
informaçãoes
conforme suas esferas
• Considere os
explícitas e implícitas
sociais de circulação. Caberá conhecimentos prévios dos
no texto;
ao professor fazer a seleção
alunos;
• Posicione-se
de gêneros, nas diferentes
• Formule questionamentos
argumentativamente;
esferas, de acordo com o
que possibilitem
• Amplie seu horizonte
Projeto Político Pedagógico,
interferências sobre o texto;
de expectativas;
com a Proposta Pedagógica
• Encaminhe as discussões
• Amplie seu léxico
Curricular, com o Plano
sobre: temas e intenções;
• Perceba o ambiente
Trabalho Docente, ou seja,
• Contextualize a produção:
em conformidade com as
características da escola e
no qual circula o
suporte/ fonte, interlocutores, gênero;
finalidade, época;
• Identifique a ideia
com o nível de complexidade • Utilize textos verbais
principal do texto;
adequado a cada uma das
diversos que dialoguem com
séries.
* Vide relação dos gêneros
os não-verbais, como gráfico, do autor;
fotos, imagens, mapas, e
• Identifique o tema;
ao final deste documento.
outros;• Relacione o tema
LEITURA
•Tema do texto;
com o contexto atual, com as das palavras e/ ou
diferentes possibilidades de expressões a partir do
• Interlocutor;
sentindo (ambiguidade) e
contexto.
• Finalidade do texto;
com outros textos;•
ESCRITA
• Argumentos do texto;
Oportunize a socialização
Espera-se que o
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
das ideias dos alunos sobre o aluno:
texto.ESCRITAÉ importante • Expresse suas
• Informações explícitas e
que o professor:• Planeje a
ideias com clareza;
implícitas;
produção textual a
• Elabore textos
• Analise as intenções
• Deduza os sentidos
ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE
CONTÉUDO ESTRUTURANTE DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
ABORDAGEM TEÓRICOCONTEÚDOS BÁSICOS
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS
LEITURA
LEITURA
DISCURSIVOS
É importante que o professor:
Espera-se que o aluno:
• Para o trabalho das
• Propicie práticas de leitura de
• Realize a leitura
práticas de leitura,
textos de diferentes gêneros;
compreensiva do texto;
escrita, oralidade, e
Considere os conhecimentos
• Localize de
análise linguística serão prévios dos alunos;
adotados como
• Formule questionamentos que
informações explícitas e
conteúdos básicos os
possibilitem interferências sobre
Posicione-se
gêneros discursivos
o texto;
argumentativamente;
conforme suas esferas
• Encaminhe as discussões e
• Amplie seu horizonte
sociais de circulação
reflexões sobre: tema, finalidade, de expectativas;
• Caberá ao professor
intenções, intertextualidade,
• Amplie seu léxico;
fazer a seleção de
aceitabilidade, informatividade,
• Perceba o ambiente
implícitas no texto;
gêneros, nas diferentes situacionalidade;
esferas, de acordo com • Contextualize a produção:
no qual circula o
Projeto Político
suporte/ fonte, interlocutores,
• Identifique a ideia
Pedagógico com a
finalidade, época;
principal do texto;
Proposta Pedagógica
• Utilize textos verbais diversos
• Analise as intenções
gênero;
Curricular, com p Plano que a dialoguem com não
de Trabalho Docente,
verbais, como gráficos, fotos,
do autor;
ou seja, em
imagens, mapas e outros;
• Reconheça palavras
conformidade com as
• Relacione o tema com o
e/ou expressões que
características da
contexto atual,
denotem ironia e humor
escola e com nível de
• Oportunize a socialização das
no texto;
Identifique o tema ;
complexidade adequado ideias dos alunos sobre o texto;
a cada uma das séries. Instigue a identificação e
• Compreenda as
* Vide relação dos
reflexão dos sentidos de
do uso de palavras e/ou
gêneros ao final deste
palavras e/ou expressões
expressões no sentido
documento
figuradas, bem como de
conotativo e denotativo;
LEITURA
expressões que denotam ironia e Identifique e reflita
• Conteúdo temático
humor;
sobre as vozes sociais
• Interlocutor
• Promova a percepção de
presente no texto;
diferenças decorridas
• Intencionalidade do
recursos utilizados para
• Conheça e utilize os
texto;
determinar causa e
recursos para
• Argumentos do texto;
consequência entre as partes e
determinar causa e
• Contexto de produção; elementos do texto.
consequência entre as
• Intertextualidade;
partes e elemento do
ESCRITA
•Vozes sociais presente • É importante que o professor:
texto;
no texto;
Planeje a produção textual a
ESCRITA
• Elementos
partir: da delimitação do tema,
Espera se que o aluno;
composicionais do
do interlocutor, do gênero, da
Expresse suas ideias
gênero;
finalidade;
com clareza;
• Relação de causa e
• Estimule a ampliação de
Elabore textos
consequência entre as
leituras sobre o tema e os
atendendo:
partes dos elementos
gêneros propostos;
- às situações de
do texto;
• Acompanhe a produção do
produção propostas
• Marcas linguísticas:
texto;
(gênero,
coesão coerência
• Análise se a produção textual
interlocutor,finalidade...)
função das classes
está coerente e coesa, se há
;
gramaticais no texto,
continuidade temática, se atende - à continuidade
pontuação, recursos
à finalidade, se a linguagem está temática;
gráficos ( como aspas,
adequada ao contexto;
Diferencie o contexto de
travessão, negrito );
ABORDAGEM TEÓRICO
uso da linguagem
• Semântica;
METODOLÓGICA
formal e informal;
• Operadores
• Estimule o uso de figuras de
Utilize recursos textuais
argumentativos:
linguagem do texto;
como coesão e
ambiguidade;
sentido figurado;
Incentive a utilização de recursos coerência,
de causa e consequência entre informatividade, etc.;
expressões que
as partes e elementos dos
• Utilize adequadamente
denotam ironia e humor textos.
recursos linguísticos
• Proporcione o entendimento do como pontuação, uso e
no texto;
papel sintático e estilístico dos
Escrita
função do artigo,
• Conteúdo temático;
pronomes na organização,
pronome, substantivo,
• Interlocutor;
retomadas e sequenciação do
adjetivo, advérbio, etc;
• Intencionalidade do
texto;
• Empregue palavras
texto;
• Encaminhe a reescrita textual;
e/ou
• Informatividade;
revisão dos argumentos ideias,
expressões no sentido
• Contexto de produção; dos elementos que compõem o
conotativo;
• Intertextualidade;
gênero ( por exemplo: se for uma • Entenda o papel
CONTEÚDOS
notícia, observar se o fato
sintático e estilístico
BÁSICOS
relatado é relevante, se
dos pronomes
Vozes sociais presente
apresenta dados coerentes se a
AVALIAÇÃO
no texto;
linguagem é própria do suporte
na organização,
• Elementos
(ex jornal) se traz vozes de
retomadas e
composicionais do
autoridade, etc.)
sequenciação do texto;
gênero;
• Conduza, na reescrita, a uma
• Perceba a pertinência
• Relação de causa e
reflexão dos elementos
e use os elementos
consequência entre as
discursivos, textuais estruturais e discursivos, textuais,
partes e elemento do
normativos.
estruturais e
texto;
ORALIDADE
normativos, bem como
• Marcas linguísticas:
É importante que o professor:
os recursos de causa e
coesão coerência,
• Organize apresentações de
consequência entre as
função das classes
textos produzidos pelos alunos
partes e elemento do
gramaticais no texto,
levando em consideração a:
texto;
pontuação, recursos
aceitabilidade, informatividade,
ORALIDADE
gráficos como aspas,
situacionalidade, e finalidade do
Espera-se que o aluno:
travessão, negrito;
texto;
• Utilize o discurso de
• Concordância verbal e • Proponha reflexões sobre os
acordo com a situação
nominal
argumentos utilizados nas
de produção (formal/
• Papel sintático e
exposições orais dos alunos, e
informal);
estilístico dos pronomes sobre a utilização dos recursos
• Apresente ideias com
na organização
de causa e consequência entre
clareza;
retomadas e
as partes e elementos do texto;
• Obtenha fluência na
sequenciação no texto;
• Oriente sobre o contexto social exposição oral, em
• Semântica;
de uso do gênero oral
adequação ao gênero
• Operadores
selecionado.
proposto;
argumentativos
• Prepare apresentações que
ambiguidade
significado das palavras explorem as marcas linguísticas
• Compreenda os
argumentos no discurso
sentido figurado
típicas da oralidade em seu uso
do outro;
expressões que
formal e informal;
• Exponha
denotam ironia de e
• Estimule contação de histórias
objetivamente seus
humor no texto.
de diferentes gêneros,
argumentos;
ORALIDADE
utilizando-se dos recursos
• Organize a sequência
• Conteúdo temático;
extralinguísticos, como
da fala;
• Finalidade;
entonação, expressões faciais,
• Respeite os turnos de
• Argumentos;
corporal e gestual, pausas e
fala;
• Papel do locutor e
outros;
• Analise os argumentos
interlocutor
• Propicie análise e comparação
dos colegas em suas
• Elementos
dos recursos veiculados em
apresentações e/ou nos
extralinguísticos
diferentes fontes como jornais,
gêneros orais
entonação, expressões
emissoras de TV, emissoras de
trabalhados;
faciais, corporal, e
rádio, etc., a fim de perceber a
• Participe ativamente
gestual, pausas...
ABORDAGEM TEÓRICO-
de diálogos,
• Adequação do
METODOLÓGICA
relatos, discussões,
discurso ao gênero;
ideologia dos discursos dessas
etc.;
• Turnos de fala;
esferas;
•Utilize
• Variações linguísticas
• Selecione discursos de outros
conscientemente
(lexicais, semânticas,
para análise dos recursos da
expressões faciais
prosódicas, entre
oralidade, como cenas de
corporais e
outras);
desenhos, programas infanto-
gestuais, pausas e
• Marcas linguísticas:
juvenis, entrevistas, reportagem, entonação nas
coesão coerência,
entre outros.
exposições orais, entre
gírias, repetição
outros elementos
• Elementos
extralinguísticos.
semânticos;
• Analise recursos da
Adequação da fala ao
oralidade em cenas de
contexto (uso de
desenhos, programas
conectivos, gírias,
infanto-juvenis,
repetições, etc);
entrevistas, reportagem,
• Diferenças e
entre outros.
semelhanças entre o
discurso oral e o escrito
ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
AVALIAÇÃO
BÁSICOS
METODOLÓGICA
Leitura
Gêneros Discursivos
Leitura
Espera-se que o aluno:
• Para o trabalho das
É importante que o professor:
• Realize leitura
práticas de leitura,
• Propicies práticas de leitura de compreensiva do texto e
escrita, oralidade, e
textos de diferentes gêneros;
das partículas conectivas;
análise linguística serão • Considere os conhecimentos
• Localize informações
adotados como
prévios dos alunos;
explícitas e implícitas no
conteúdos básicos os
• Formule questionamentos que texto;
gêneros discursivos
possibilitem interferências sobre • Posicione-se
conforme suas esferas
o texto;
argumentativamente;
sociais de circulação.
• Encaminhe discussões e
•Amplie seu horizonte de
Caberá ao professor
reflexões sobre: tema,
expectativas;
fazer a seleção de
finalidade, intenções,
• Amplie seu léxico;
gêneros, nas diferentes
intertextualidade, aceitabilidade, • Perceba o ambiente no
esferas, de acordo com
informatividade,
o Projeto Político
situacionalidade, temporalidade, • Identifique a ideia
Pedagógico, com a
vozes sociais e ideologia;
principal do texto;
Proposta Pedagógica
• Proporcione análise para
Analise as intenções do
Curricular, com o Plano
estabelecer a referência textual; autor;
Trabalho Docente, ou
contextualize a produção;
• Identifique o tema;
seja, em conformidade
• Suporte/ fonte, interlocutores,
• Deduza os sentidos de
com as características
finalidade e época.
palavras e/ou expressões
da escola e com o nível
• Utilize textos verbais diversos
a partir do contexto;
de complexidade
que dialoguem com não-
• Compreenda as
adequado a cada uma
verbais, como gráficos, fotos,
diferenças decorridas do
das séries.
imagens mapas e outros;
uso de palavras e/ou
* Vide relação dos
• Relacione o tema com o
expressões no sentido
gêneros ao final deste
contexto atual;
conotativo e denotativo;
documento
• Oportunize a socialização das • Conheça e utilize os
LEITURA
ideias dos alunos sobre o texto; recursos para determinar
• Conteúdo temático;
Instigue o entendimento/
qual circula o gênero;
causa e consequência
• Interlocutor;
reflexão das palavras em
entre as partes e
• Intencionalidade do
sentido figurado;
elementos do texto;
texto;
• Estimule que suscitem nos
• Reconheça palavras
• Argumento do texto;
reconhecimentos do estilo, que
e/ou expressões que
• Contexto de produção; é próprio de cada gênero;
estabelecem a
• Intertextualidade;
Incentive a percepção dos
progressão referencial;
• Discurso ideológico
recursos utilizados para
• Reconheça o estilo,
presente no texto;
ABORDAGEM TÉCNICO-
próprio de diferentes
• Vozes sociais
METODOLÓGICA
gêneros.
presentes no texto;
determinar causa e
ESCRITA
• Elementos
consequência entre as partes e Espera-se que o aluno:
composicionais do
elementos do texto;
• Expresse ideias com
gênero;
• Conduza leituras para a
clareza;
• Relação de causa e
compreensão das partículas
• Elabore textos
consequência entre as
conectivas.
atendendo:
partes e elemento do
ESCRITA
AVALIAÇÃO
texto;
• É importante que o professor:
- às situações de
CONTEÚDOS
Planeje a produção textual a
produção
BÁSICOS
partir da delimitação tema, do
propostas (gênero,
• Partículas conectivas
interlocutor, finalidade,
interlocutor,
do texto;
intenções, intertextualidade,
finalidade...);
• Progressão referencial aceitabilidade, informatividade,
- à continuidade temática;
no texto;
situacionalidade, temporalidade, • Diferencie o contexto de
• Marcas linguísticas:
e ideologia;
uso da
coesão coerência,
• Proporcione o uso adequado
linguagem formal e
função das classes
de palavras e expressões para
informal;
gramaticais no texto,
estabelecer a referência textual; • Use recursos textuais
pontuação, recursos,
• Estimule a ampliação de
como coesão e coerência,
gráficos como aspas,
leituras sobre o tema e o
informatividade,
travessão, negrito;
gênero proposto.
intertextualidade,
• Semântica;
• Acompanhe a produção de
etc;
• Operadores
texto;
• Utilize adequadamente
argumentativos;
• Análise se a produção textual
recursos
polissemia
esta coerente e coesa, se há
linguísticos como
expressões que
continuidade, temática, se
pontuação, uso
defendem ironia e
atende, à finalidade, se a
e função do artigo,
humor no texto;
linguagem esta adequada ao
pronome,
ESCRITA
contexto;
substantivo, adjetivo,
Conteúdo temático;
• Estimule o uso das palavras
advérbio,
• Interlocutor;
e/ou expressões no sentido
verbo, preposição,
• Intencionalidade do
conotativo e denotativo, bem
conjunção, etc.;
texto;
como de expressões que
• Empregue palavras e/ou
• Informatividade;
denotam ironia, humor e
expressões no sentido
• Contexto de produção; figuras de linguagem no texto;
conotativo;
Intertextualidade;
Incentive a utilização de
• Perceba a pertinência e
• Vozes sociais
recursos de causa e
use os elementos
presentes no texto;
consequência entre as partes e discursivos, textuais,
Elementos
elementos do texto,
estruturais e normativos,
composicionais do
• Conduza a utilização
bem
gênero;
adequada das partículas
como os recursos de
• Relação de causa e
conectivas;
causa e
consequência entre as
• Encaminhe a reescrita textual; consequência entre as
partes e elemento do
revisão dos argumentos/das
partes e
texto;
ideias, dos elementos que
elementos do texto;
• Partículas conectivas
compõem o gênero ( por
• Reconheça palavras
do texto;
exemplo, se for uma crônica,
e/ou
• Progressão referencial verificar se a temática, está
expressões que
do texto;
relacionada ao cotidiano, se há
estabelecem a
• Marcas linguísticas:
relações estabelecidas entre os progressão referencial.
coesão, coerência,
personagens, o local, o tempo
ORALIDADE
função das classes
em que a história acontece,
Espera-se que o aluno:
gramaticais no texto,
etc.);
• Utilize o discurso de
pontuação, recursos
• Conduza na reescrita, a uma
acordo com
gráficos como aspas,
reflexão dos elementos
a situação de produção
travessão, negrito etc.
discursivos, textuais, estruturais (formal/
• Sintaxe de regência;
e normativos;
informal);
• Processo de formação ORALIDADE
• Apresente ideias com
de palavras;
É importante que o professor:
clareza;
• Vícios de linguagem
ABORDAGEM TÉCNICO-
• Obtenha fluência na
• Semântica;
METODOLÓGICA
exposição oral, em
•Operadores
• Organize apresentações de
adequação ao gênero
argumentativos;
textos produzidos pelos alunos
proposto;
- modalizadores;
levando em consideração a
• Compreenda
- polissemia;
aceitabilidade, informatividade,
argumentos no
ORALIDADE
situacionalidade, finalidade do
discurso do outro;
• Conteúdo temático;
texto;
• Exponha objetivamente
• Finalidade;
• Oriente sobre o contexto
argumentos;
• Argumentos;
social de uso do gênero oral
• Organize a sequência
• Papel do locutor e
selecionado;
da fala;
interlocutor;
• Prepare apresentações que
• Respeite os turnos de
• Elementos
explorem as marcas linguísticas fala;
extralinguísticos:
típicas da oralidade em seu uso •Analise os argumentos
entonação, expressões
formal e informal;
faciais, corporal, e
• Estimule contação de histórias colegas em
gestual, pausas...;
de diferentes gêneros,
suas apresentações e/ou
• Adequação do
utilizando –se dos recursos
nos
discurso ao gênero;
extralinguísticos
gêneros orais
• Turnos de fala;
como entonação, expressões
trabalhados;
• Variações linguísticas
faciais, corporal e gestual,
•Participe ativamente de
(lexicais, semânticas,
pausa e outros;
diálogos, relatos,
apresentados pelos
prosódicas entre outras); • Selecione discursos de outros discussões, etc.;
• Marcas linguísticas:
para análise dos recursos da
• Utilize conscientemente
coesão,
oralidade, como cenas de
expressões faciais
CONTEÚDOS
desenhos, programas infanto-
corporais e
BÁSICOS
juvenis, entrevistas, reportagem gestuais, pausas e
coerência, gírias,
entre outros.
entonação nas
repetição, conectivos;
exposições orais, entre
• Semântica;
outros
• Adequação da fala ao
elementos
contexto (uso de
extralinguísticos;
conectivos, gírias,
• Analise recursos da
repetições, etc.);
oralidade
• Diferenças e
em cenas de desenhos,
semelhanças entre o
programas infanto-
discurso oral e o escrito.
juvenis, entrevistas,
reportagem entre outros.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. 3. ed. In Estética da criação verbal.
São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BRONCKART, J. P. Atividades de linguagem, textos e discursos por um
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FELTRIM, Antonio Efra. Inclusão social na escola: quando a pedagogia se
encontra com a diferença. São Paulo: Paulinas, 2004.
FREITAS, Luiz Carlos. A dialética da inclusão e da exclusão: porque as
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2003.
GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de português. O texto na
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MACHADO, I. Gêneros discursivos. In BRAIT, Beth (org). BAKHTIN: conceitos –
chave. São Paulo: Contexto, 2005.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização.
6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
__________ Gêneros textuais: definição e funcionalidade. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2002. Oralidade e ensino, uma questão pouco falada. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e cultura
Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2005.
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
MATEMÁTICA
ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As primeiras manifestações matemáticas surgiram da necessidade do homem
primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. De fato, ao longo do processo de
desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi sendo desenvolvido a partir das
necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens, gradativamente,
elaborassem códigos de representações, sejam de quantidades ou dos objetos por
eles manipulados, como nos dias atuais com uso de calculadora e computadores.
Sendo que a humanidade, em seu processo de transformação, foi produzindo os
conceitos, lei e aplicações matemáticas que compõem a matemática como ciência
universal, um bem cultural da humanidade. Sendo organizada por meio de signos, a
matemática torna-se uma linguagem e instrumento importante para resolução e
compreensão dos problemas e necessidades sociais dentro de cada contexto. Esses
conhecimentos são considerados como instrumentos de compreensão e intervenção
para a transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na
economia, nas relações sociais e culturais.
Neste enfoque é necessário compreender a Matemática desde suas origens até sua
constituição como campo científico e como disciplina do currículo escolar brasileiro.
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que
vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da
Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do
que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros
registros da humanidade a respeito de idéias que se originaram das configurações
físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para
Ribnikov [1987], esse período demarcou o nascimento da Matemática.
Contudo, como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente mais tarde,
em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios
lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as
primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na
formação das pessoas.
Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para eles,
instigaria o pensamento do homem.
A Matemática se inseriu no contexto
educacional grego no século VII a.C., pelo raciocínio abstrato, em busca de
respostas para questões relacionadas, por exemplo, à origem do mundo. Pelo
estudo da Matemática e a necessária abstração, tentava-se justificar a existência de
uma ordem universal e imutável, tanto na natureza como na sociedade. As primeiras
propostas de ensino baseadas em práticas pedagógicas ocorreram no século V a.C.
com os sofistas, considerados profissionais do ensino.
A obra do grego Euclides apresenta a base do conhecimento matemático por meio
dos axiomas e postulado, contempla a geometria plana, teoria das proporções
aplicadas às grandezas em geral, geometria de figuras semelhantes, a teoria dos
números incomensuráveis e esteriometria – que estuda as relações métricas da
pirâmide, do prisma, do cone e do cilindro, polígonos regulares, especialmente do
triângulo e do pentágono.
Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com o
surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino. Embora a ênfase
fosse dada ao estudo do latim, surgiram às primeiras idéias que privilegiavam o
aspecto empírico da Matemática.
Nas discussões filosóficas das universidades medievais entre os séculos X e XV, os
estudos de Matemática mantiveram-se atrelados às constatações empíricas. O
século XVI demarcou um novo período de sistematização deste conhecimento,
denominado de matemáticas de grandezas variáveis.
As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande
progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso
produtivo de máquinas e equipamentos, tais como: armas de fogo, imprensa,
moinhos de vento, relógios e embarcações. O ensino da Matemática objetivava
preparar os jovens ao exercício de atividades ligadas ao comércio, arquitetura,
música, geografia, astronomia, artes da navegação, da medicina e da guerra.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com
uma educação de caráter clássico-humanista. O século XVIII foi marcado pelas
Revoluções Francesa e Industrial e pelo início da intervenção estatal na educação.
Com a emergente economia e política capitalista, a pesquisa Matemática voltou-se,
definitivamente, para as necessidades do processo da industrialização.
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática,
desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar
engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de
estradas, construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens
para a prática da guerra.
O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov [1987]
como o período das matemáticas contemporâneas. O autor assinala que as relações
que expressam formas e quantidades aumentaram consideravelmente. Essas
mudanças ocorreram nos fundamentos da Matemática, ou seja, no sistema de
teorias e problemas históricos, lógicos e filosóficos. Nesse período, houve uma
reconsideração
crítica
do
sistema
de
axiomas,
dos
métodos
lógicos
e
demonstrações matemáticas e, também, a sistematização e hierarquização das
diversas geometrias, entre elas as geometrias não-euclidianas.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido
em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que
contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu
ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e
econômicas dos últimos séculos.
Matemáticos, antes pesquisadores, tornaram-se também professores e passaram a
se preocupar mais diretamente com as questões de ensino. Para sua prática
docente, alguns professores começaram a buscar fundamentação não somente nas
teorias matemáticas, mas em estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos.
As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam discussões do
movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma concepção
empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do
estudante em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de problemas, jogos e
experimentos.
A proposta básica do escolanovismo era o desenvolvimento da criatividade e das
potencialidades e interesses individuais. O estudante era considerado o centro do
processo e o professor, o orientador da aprendizagem.
Outras
tendências,
concomitantemente
a
empírico-ativista
(escolanovista),
influenciaram o ensino da Matemática em nosso país. Muitas fundamentam o ensino
até hoje, dentre as quais se destacam as tendências: formalista clássica, formalista
moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica (FIORENTINI,
1995).
Até o final da década de 1950, a tendência que prevaleceu no Brasil foi a formalista
clássica. Essa tendência baseava-se no “modelo euclidiano e na concepção
platônica de Matemática”, a qual se caracterizava pela sistematização lógica e pela
visão estática, a-histórica e dogmática do conhecimento matemático. A principal
finalidade do conhecimento matemático era o desenvolvimento do pensamento
lógico-dedutivo.
Após a década de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que valorizava
a lógica estrutural das idéias matemáticas, com a reformulação do currículo escolar,
por meio do Movimento da Matemática Moderna. Com esta tendência, tinha-se uma
abordagem “internalista” da disciplina. O ensino era centrado no professor, que
demonstrava os conteúdos em sala de aula.
Com o Movimento da Matemática Moderna, acreditava-se que o rigor e a precisão
da linguagem matemática facilitariam os seus ensino. O Movimento da Matemática
Moderna também motivou o início de estudos e debates sobre a renovação
pedagógica por meio de uma discussão aberta e organizada por alguns grupos de
estudos.
O caráter mecanicista e pragmático do ensino da Matemática foi marcante no
decorrer da década de 1970. O método de aprendizagem enfatizado era a
memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de
manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas.
Já a tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e 1970, e
se estabeleceu como meio favorável para discutir o ensino da Matemática na
década de 1980. Nesta tendência, o conhecimento matemático resultava de ações
interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas.
A Matemática era vista como uma construção formada por estruturas e relações
abstratas entre formas e grandezas. O construtivismo, então, dava mais ênfase ao
processo e menos ao produto do conhecimento. A interação entre os estudantes e o
professor era valorizada e o espaço de produção individual se traduzia como um
momento de interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente.
A tendência pedagógica socioetnocultural surgiu a partir da discussão sobre a
ineficiência do Movimento Modernista. Aspectos socioculturais da Educação
Matemática foram valorizados e suas bases teórica e prática estavam na
Etnomatemática. Sob essa perspectiva, a matemática deixou de ser vista como um
conjunto de conhecimentos universais e teoricamente bem definidos e passou a ser
considerada como um saber dinâmico, prático e relativo. A relação professorestudante, nesta concepção, era a dialógica, isto é, privilegiava a troca de
conhecimentos entre ambos e atendia sempre à iniciativa dos estudantes e
problemas significativos no seu contexto cultural.
A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e, através de sua
metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do
conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na
“dependência absolutas da educação em face das condições sociais vigentes”
(SAVIANI, 1997, p. 76). Na matemática, essa tendência é vista como um saber vivo,
dinâmico, construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas
em um determinado período histórico.
Prioriza-se na aprendizagem da Matemática a criação de estratégias que
possibilitem ao aluno atribuir sentido e construir significado às idéias matemáticas de
modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.
Desse modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como
calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de
exercícios.
No final da década de 1980, o Estado do Paraná produziu coletivamente um
documento de referência curricular para sua rede pública de Ensino Fundamental
denominado Currículo Básico. O texto de Matemática teve uma forte influência da
pedagogia histórico-crítica em sua fundamentação teórica.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394, aprovada em 20 de
dezembro de 1996, procura adequar o ensino brasileiro às transformações do
mundo do trabalho, fruto da globalização econômica e apresenta novas
interpretações para o ensino da Matemática. A partir de sua vigência, definiram-se
aspectos curriculares tanto na oferta de disciplinas compondo a parte diversificada
quanto no elenco de conteúdos das disciplinas da Base Nacional Comum (Art. 26,
Lei nº 9394/96), devido à autonomia dada às instituições para a elaboração do seu
projeto pedagógico. No Paraná, nesse período, foram criadas várias disciplinas que
abordavam os campos do conhecimento da Matemática, tais como: Geometria,
Desenho Geométrico e Álgebra, mas que fragmentavam o conhecimento da
Matemática e enfraqueciam-na como disciplina.
A partir de 1998, o Ministério da Educação distribuiu os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), que para o Ensino Fundamental apresentavam conteúdos da
Matemática. Nos PCNEM de Matemática, o processo de ensino enfatizou o uso
dessa disciplina para resolver problemas locais e estimulou a abordagem dos temas
matemáticos.
Em 2006, após longo trabalho de discussões curriculares entre o Departamento de
Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação e professores da Educação
Básica, foi implantados as Diretrizes Curriculares da Educação com um texto que
resgata, para o processo de ensino e aprendizagem, a importância do conteúdo
matemático e da disciplina de Matemática. Nesta destaca-se o imprescindível que o
estudante se aproprie do conhecimento de forma que “compreenda os conceitos e
princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas,
reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança”
(LORENZATO e VILA, 1993, p. 41). Para tanto, o trabalho docente necessita
emergir da disciplina Matemática e ser organizado em torno do conteúdo
matemático e, por conseguinte, se faz necessário uma fundamentação teórica e
metodológica.
Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes
análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias.
Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas
teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade da seguinte maneira:
- Objetivando desenvolver um pensamento reflexivo que lhe permita a elaboração de
conjecturas, a descoberta de soluções e a capacidade de concluir, construindo uma
imagem da Matemática como algo agradável, útil e prazeroso. Organizando o
raciocínio
matemático
associado
a
questões
práticas,
contextualizadas
e
contemporâneas, buscando uma visão global da utilização da matemática; vinculada
a outras áreas do conhecimento para a compreensão de fatos e fenômenos
históricos, científicos, sociais, políticos, econômicos, éticos, religiosos e as diferentes
culturas.
- Adquirindo conhecimentos básicos a fim de possibilitar a integração do indivíduo
na sociedade em que vive, tornando-os homens e mulheres de sensibilidade,
respeito, segurança, honestidade, equilíbrio, iniciativa, pesquisadores, criativos,
questionadores, humildes e dotados de espírito de indignação com as injustiças
sociais, capazes de buscar as transformações necessárias para um mundo melhor.
- Associando a matemática às diversas formas tecnológicas, buscando o
desenvolvimento das atividades educativas individuais ou coletivas proporcionando
um aprendizado voltado para a integração professor/tecnologia/aluno.
- Transformando a matemática em um instrumento de comunicação e expressão
complementar à língua, por meio da pesquisa e produção escrita em linguagem
matemática, capacitando o aluno a analisar e interpretar às informações de que
dispõe para intervir no mundo à sua volta.
- Mostrando a matemática como um conhecimento historicamente produzido e,
portanto, em constante evolução, porque construído pelas diversas culturas
humanas para superar as dificuldades que encontraram ao longo de sua história.
-
Construindo meios a fim de possibilitar a integração de todos os alunos,
promovendo a inclusão, respeitando as diferenças e assim associar a Matemática
proporcionando a construção de seu aprendizado.
CONTEÚDOS MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Números e Álgebra
CONTEÚDOS BÁSICOS
Sistema de Numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e Divisores;
Potenciação e Radiciação;
Números Fracionários;
Números Decimais.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
Na 5ª série do ensino fundamental é importante
que e o aluno:
•
Conheça os métodos primitivos de contagem e as situações que motivam a
sua criação e evolução;
•
Conheça os diferentes sistemas de numeração;
•
Reconheça e explore os números naturais nos diferentes contextos;
•
Realize as operações fundamentais com os números naturais;
•
Identifique o conceito de múltiplos e divisores de um número natural e sua
importância na matemática e em problemas do cotidiano;
•
Reconheça e escrever a sequencia de múltiplos e divisores de um número
natural;
•
Reconheça as potências como multiplicação do mesmo fator e a radiciação
como sua operação inversa;
•
Relacione as potências e as raízes quadradas como padrões numéricos e
geométricos Reconheça e interpretar números fracionários em diferentes
contextos, aplicando os conhecimentos sobre frações para representar e
resolver situações-problema;
•
Estabeleça relação de igualdade e transformação entre fração e número
decimal;
•
Reconheça a forma decimal dos números racionais em diferentes contextos,
aplicando-as na representação e na resolução de situações-problema.
•
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Grandezas e Medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Medidas de comprimento;
•
Medidas de massa;
•
Medidas de área;
•
Medidas de volume;
•
Medidas de tempo;
•
Medidas de ângulos;
•
Sistema monetário
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
•
Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;
•
Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
•
Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
•
Calcule o perímetro, usando unidades de medida padronizadas;
•
Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;
•
Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus
múltiplos e submúltiplos;
•
Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos, obtusos);
•
Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas
mundiais.
•
Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície
padronizada.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – Geometrias
CONTEÚDOS BÁSICOS
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
•
Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;
•
Conceitue e classifique polígonos;
•
Identifique corpos redondos;
•
Identificar e relacionar os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área
e perímetro de diferentes figuras planas;
•
Diferencie cálculo e circunferência, identificando seus elementos;
•
Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Dados, tabelas e gráficos;
•
Porcentagem
•
Dados, tabelas e gráficos
•
Porcentagem
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
•
Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,
sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se
apresentam;
•
Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os
números na forma decimal e fracionária.
6ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Números e Álgebra
CONTEÚDOS BÁSICOS
Números Inteiros;
Números racionais;
Equação e Inequação do 1º grau;
Razão e proporção;
Regra de três simples;
Regra de três composta.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
-Reconheça os conjuntos numéricos, suas operações e registros;
-Utilize equações para representar, resolver e analisar problemas;
-Compreenda e utilize desigualdade para representar e analisar situações reais;
-Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem
determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;
-Identifique
grandezas
que
variem
de
forma
diretamente
proporcional
e
inversamente proporcional.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Grandezas e Medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ângulos
Classifique ângulos e faça uso do transferidor para medi-los.
Geometrias
Geometria plana
Geometria espacial
Geometria não-euclidianas
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
Calcule área de figuras planas por meio de fórmulas;
Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira,
vizinhança e curvas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
Pesquisa estatística;
Média aritmética;
Moda e mediana;
Juros simples.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
-Construa procedimentos para coletar, organizar, representar e interpretar dados,
compreendendo os gráficos como forma eficiente de comunicação e análise de
informações;
-Calcule a média aritmética, moda e mediana de dados estatísticos;
-Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Números e Álgebra
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Números Irracionais;
•
Sistemas de Equações do 1º grau;
•
Potências e Radiciação;
•
Monômios e Polinômios;
•
Produtos Notáveis;
•
Frações Algébricas.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
-Identifique os elementos dos conjuntos dos números naturais, inteiros, racionais e
irracionais;
-Represente e resolva uma situação-problema, utilizando um sistema de equações
do 1º grau;
-Reconheça e registre números na notação científica;
-Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional
especial;
-Reconheça a notação de potência e suas propriedades, como um registro prático e
facilitador de cálculos;
-Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;
-Identifique produtos notáveis como produtos especiais e utilize-os como facilitador
de cálculos numéricos e algébricos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Grandezas e Medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS
10. Medida de comprimento;
11. Medida de área.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
•
Calcule o comprimento da circunferência;
•
Compreenda e utilize corretamente as unidades de medida de comprimento e
área;
•
Calcule o comprimento
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Geometrias
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Geometria plana;
•
Geometria espacial;
•
Geometria analítica;
•
geometria não-euclidianas
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
•
Reconheça ângulos correspondentes determinados por duas retas paralelas e
uma transversal;
•
Identifique triângulos semelhantes e calcule a soma das medidas dos ângulos
internos de um polígono regular;
•
Realize cálculo de superfície e volume de poliedros por meio de fórmulas;
•
Identifique e represente pontos no plano cartesiano, localizando a posição de um
objeto no plano, conhecidas suas distancias a dois eixos dados;
•
Trace e reconheça retas paralelas num plano e desenvolva a noção de
paralelismo;
•
Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Gráfico e Informação;
•
População e amostra.
•
Gráfico e Informação;
•
População e amostra.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
-Interprete e represente dados em diferentes gráficos;
-Identifique população e amostra;
-Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Números e Álgebra
10. Números Reais;
11. Propriedades dos radicais;
12. Equação do 2º grau;
13. Teorema de Pitágoras;
14. Equações Irracionais;
15. Equações Biquadradas
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
•
Calcule potências com expoentes inteiros e fracionários;
•
Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as
propriedades para a sua simplificação;
•
Reconheça uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta;
•
Resolva equações do 2º grau, utilizando vários processos;
•
Utilize o Teorema de Pitágoras na resolução de situações problemas;
•
Identifique e resolva equações Irracionais;
•
Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Grandezas e Medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
•
Trigonometria no Triângulo Retângulo;
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
•
Compreenda a partir da semelhança de triângulos as
relações entre as
medidas dos catetos, hipotenusa, altura relativa a hipotenusa e projeções dos
catetos;
•
Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo
retângulo.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Funções
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
•
Noção intuitiva de Função afim;
Noção intuitiva de Função quadrática.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
-Compreender o que é função, identificando suas variáveis e sua lei de formação;
-Reconheça uma função afim e sua representação gráfica;
-Reconheça uma função quadrática e sua representação gráfica e associe a
concavidade da parábola em relação ao sinal da função.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Geometrias
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Geometria espacial;
•
Geometria plana;
•
Geometria analítica;
geometria não-euclidianas
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
•
Verifique polígonos congruentes, identificando lado e ângulos correspondentes;
•
Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver
situações-problema;
•
Aplique o Teorema de Tales a partir da semelhança de triângulos e aplicá-lo
para resolver problemas;
•
Realize cálculo da superfície e volume de poliedros;
•
Analise e discuta fractais por meio dos Flocos de Neve.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
•
Noção de Análise Combinatória;
•
Noções de Probabilidade;
•
Estatística;
Juros Compostos.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
•
Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que
envolva contagens, aplicando o princípio multiplicativo;
•
•
Descreva o espaço amostral a um experimento aleatório;
•
Analise dados Estatísticos;
Resolva situações-problema que envolva cálculos de juros compostos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos serão abordados por meio de uma linguagem simples. O estímulo à
comunicação
matemática compõe certamente um dos aspectos do diálogo
professor-aluno que propomos, esse estímulo caracteriza-se como uma estratégia
específica para o ensino e a aprendizagem, bem como a abordagem histórica se
constitui um fator de humanização no ensino da matemática sendo ela um fator de
motivação e contribui para melhoria da qualidade das aulas, uma vez que a História
pode esclarecer sobre as origens e aplicações da Matemática e revelar o
conhecimento como processo evolutivo.
O apontamento da resolução de problemas como ponto de partida da atividade
matemática traz implícita a convicção de que o conhecimento matemático ganha
significado quando os alunos têm situações desafiadoras para resolver e trabalhar
para desenvolver estratégias de resolução.
O estabelecimento de conexões entre os próprios temas de conteúdo matemático
também contribui significativamente para o aprendizado, favorecendo uma visão
mais abrangente e flexível dos conceitos. Por exemplo, há diversos casos em que a
álgebra pode complementar o entendimento de uma ideia geométrica e vice-versa.
Os jogos também serão trabalhados, pois constituem uma forma interessante de
propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e
favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de
soluções. Os jogos contribuem para um trabalho de formação de atitudes, enfrentar
desafios, lançar a busca de soluções, desenvolvimento da crítica, da intuição, da
criação de estratégias e da possibilidade de alterá-las quando o resultado não é
satisfatório para a aprendizagem da matemática.
Os recursos tecnológicos sejam eles a TV, as calculadoras, os aplicativos da internet
entre outros devem favorecer as produções matemáticas num contexto que envolva
professor e aluno, inserindo formas diferenciadas de ensinar e aprender. As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações em
Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatizam um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação. De
posse dos recursos tecnológicos, os estudantes argumentam e conjecturam sobre
as atividades com as quais se envolvem na experimentação (BORBA & PENTEADO, 2001). A Internet é um recurso que favorece a formação de comunidades vir-
tuais que, relacionadas entre si, promovem trocas e ganhos de aprendizagem (TAJRA, 2002).
Daí a necessidade de ênfase às matemáticas produzidas pelas diferentes culturas,
valorizando o ambiente do educando e suas manifestações culturais, respeitando as
necessidades especiais à limitação de cada educando, levando em consideração
que não existe um único saber, mas vários saberes distintos e resgatando a história
dos estudantes através do reconhecimento e respeito as suas raízes culturais. Neste
enfoque dar-se-a uma atenção especial ao trabalhar a Lei 11.645/08 que prioriza a
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
Enfocando nos
conteúdos programáticos a inclusão de diversos aspectos da
história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir
desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos,
a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena
brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as
suas contribuições nas áreas: social, econômica e política, pertinentes à história do
Brasil.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos:
• resolução de problemas;
• modelagem matemática;
• mídias tecnológicas;
• etnomatemática;
• história da Matemática;
• investigações matemáticas.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos
metodológicos a serem valorizados no ensino de Matemática, tais como: a
problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a atividade em grupo e
o lúdico.
Problematização
A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo
conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos
estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. A
problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada, evidenciando-se
duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o conhecimento de
situações significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na
segunda, o professor realiza a problematização de forma que o estudante sinta a
necessidade do conhecimento científico escolar para resolver os problemas
apresentados.
Contextualização
Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o contexto
histórico e geográfico do estudante, com outros momentos históricos, com os
interesses políticos e econômicos que levaram a sua produção para que o
conhecimento disciplinar seja potencialmente significativo. A contextualização pode
ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de modo mais concreto e
próximo à realidade do aluno para uma posterior abordagem abstrata e específica. A
contextualização pode, também, ser o ponto de chegada caso o professor opte por
iniciar a sua prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos.
Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares
das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta
aproximação, no âmbito pedagógico, se estabelece por meio de metodologias que
fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para
a abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do
conhecimento.
Interdisciplinaridade
A abordagem interdisciplinar como pressuposto metodológico considera que muitos
conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros
conteúdos e isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os
tratados por diferentes disciplinas escolares. As relações interdisciplinares se
estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são
incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra.
Atividade em grupo
No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar experiências,
apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar idéias, desenvolver
espírito de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo
de
Matemática dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção
significativa de conhecimento pelo estudante.
Lúdico
O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se
de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o
interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas
habitualmente pelo professor, entre outros. O lúdico permite uma maior interação
entre os assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta interação, maior será o
nível de percepções e reestruturações cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico
deve ser considerado nas estratégias de ensino independentemente da série e da
faixa etária do estudante, porém, adequando-se a elas quanto ao encaminhamento,
à linguagem e aos recursos utilizados como apoio.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino/aprendizagem servindo
como instrumento diagnóstico, oferecendo elementos para uma revisão de postura
de todos os componentes envolvidos no processo (aluno, professor, metodologia e
instrumentos de avaliação).
Atribui-se a avaliação a função de fornecer aos alunos informações sobre o
desenvolvimento das capacidades e competências que são exigidas socialmente,
bem como auxiliar os professores a identificar quais objetivos foram atingidos, com
vista a reconhecer a capacidade matemática dos alunos, para que possam inserir-se
no mercado de trabalho e participar da vida sócio-cultural.
Cabe a avaliação fornecer aos professores as informações sobre como está
ocorrendo
a
aprendizagem
os
conhecimentos
adquiridos,
os
raciocínios
desenvolvidos, as crenças, hábitos e valores incorporados, o domínio de certas
estratégias, para que possa propor revisões e re-elaborações de conceitos e
procedimentos ainda parcialmente consolidados.
Assim, é fundamental que a elaboração de instrumentos de avaliação definidos pelo
professor, levem em consideração a ampla variedade de linguagens usadas –
numérica, algébrica, gráfica, em desenhos, língua materna, entre outros.
Neste contexto, faz-se necessário desenvolver ideias e experiências que
possibilitem a participação de todos os envolvidos no processo, considerando o
desempenho de cada um, dentro de suas limitações. Compreender e praticar o
processo de inclusão do educando na sociedade, trabalhando as diferenças de
gênero,
raça,
faixa
etária,
cultura,
religião,
condição
sócio-econômica
e
necessidades educativas especiais, bem como proporcionar a recuperação de
estudos aos educandos que não se apropriaram dos mesmos.
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser
contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos:
1. Atividade de Leitura Compreensiva de Textos;
2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica;
3. Atividades Experimentais;
4. Projeto de Pesquisa de Campo;
5. Relatório;
6. Debate;
7. Atividades a partir de recursos Audiovisuais;
8. Trabalho em Grupo;
9. Questões Discursivas;
10. Questões Objetivas.
Neste contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos
dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina.
Ao avaliar a leitura dos alunos, o professor deve considerar se:
-Houve compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo com o
texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
-O aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e sistematizou o
conhecimento de forma adequada;
-Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
-Para avaliar será analisado o passo da consulta bibliográfica se estão atendendo as
orientações.
-Quanto a sua compreensão do fenômeno experimentado,
-Do conceito a ser construído ou já construído,
-A qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras
possibilidades.
-Avaliar analisando o encaminhamento de uma pesquisa de campo.
-Avaliar analisando os elementos do relatório.
-Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos
divergentes;
-Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
-Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;
-Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
-Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação
de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação
possível entre as posições dos participantes;
-Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate. Uma questão objetiva deve
apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando uns vocabulários
conceituais adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um
bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. A questão objetiva
possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado; a apropriação de
alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar conhecimentos.
REFERÊNCIAS
ANDRINI, Alvaro, Vasconcelos, Maria José: ”Praticando matemática”: São Paulo:
editora do Brasil, 2004.
BONGIOVANNI - Vissoto, Laureano “Matemática e vida”, Ed.Ática, 2002.
BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil.
Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n.4, p. 1-37. 1995.
GIOVANNI, José Ruy – Parente, Educando: Aprendendo a Matemática Novo - 7ª
Série , 1ª Edição , editora FTD, São Paulo , 2002.
LORENZATO. S.; VILA, M. C. Século XXI: qual matemática é recomendável? Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, p. 41-49. 1993.
PARANÁ. SEED. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação
Básica. Diretrizes curriculares da Educação Fundamental da Educação Básica
do Paraná – Matemática. Curitiba, 2008.
Projeto Político Pedagógico - Escola Estadual 29 de Novembro- Araruna – Pr.2010.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997.
TAJRA, SANMYA FEITOSA. Comunidades virtuais: um fenômeno na sociedade
do conhecimento. São Paulo: Érica, 2002.
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
L.E.M - LÍNGUA INGLESA
ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino-aprendizagem de língua inglesa tem merecido lugar de destaque na
sociedade e as áreas de aquisição de línguas estrangeiras se tornaram
abrangentes. Ultimamente, as perspectivas de ensino-aprendizagem de uma língua
estrangeira, especialmente no caso da língua inglesa, não foca somente crianças
alfabetizadas, mas também, crianças que ainda não frequentam o banco escolar,
haja vista o grande número de escolas que fazem um trabalho voltado para o ensino
de língua inglesa para os pequeninos. Neste sentido, o ensino-aprendizagem da
língua inglesa na escola pública, se torna essencial desde as séries inicias do
Ensino Fundamental até o Ensino Médio.
Chomsky (1965) afirma que as crianças têm uma predisposição inata para aprender
línguas, o chamado Dispositivo de Aquisição de Línguas (Language Aquisition
Device/ LAD). Esse dispositivo contém universais que são encontradas em todas as
línguas conhecidas (ordem das palavras em uma sentença, relações gramaticais
básicas como as existentes entre sujeito e objeto). O aluno adquire, a partir desse
dispositivo, facilmente o domínio de uma língua estrangeira fazendo relações e
utilizando estratégias de aprendizagem, entre o que já conhece e o novo em outro
contexto linguístico.
Na adolescência o ensino-aprendizagem de língua estrangeira, às vezes tem a ver
com os fatores sociais, econômicos e afetivos. Isso significa que, os adolescentes
usam o saber adquirido por meio da nova língua para expressarem sentimentos de
amizade e afetividade entre eles, demonstrarem que estão envolvidos com algo
novo e isso, algumas vezes lhes dá lugar de destaque na escola. Segundo Guiora
( Apud Basso, 2008) os adolescentes parecem usar estratégias cognitivas-sociais
significativas com mais eficiência do que as crianças e os adultos. Eles são capazes
de sustentar uma conversa usando estratégias sociais, são capazes de negociar
tópicos e de negociar significados. No entanto, no contexto brasileiro, devido ao fato
de muitas vezes, nem aluno e nem professor terem o domínio total da LE, toda a
riqueza desse momento único na vida, passa sem ser aproveitado.
Sendo assim, o ensino de língua inglesa na escola, assim como outras línguas
ofertadas, é de muita importância e, neste contexto, professores da rede pública, se
dedicam cada vez mais para que a aquisição da LE chegue aos alunos, em uma
atmosfera em que seja possível relacionar o contexto histórico-social em que vivem,
com a linguagem que estão aprendendo.
Nesse ambiente, a aprendizagem da LE pode ser considerada eficaz no processo de
escolarização, segundo a visão sócio-interacionista, em que a aquisição de uma
língua estrangeira pode se desenvolver em diferentes contextos sociais, a partir da
interação, verbal ou não, dos sujeitos envolvidos, pois, os conceitos cotidianos se
formam no processo de aprendizagem, em colaboração com os pares no momento
de comunicação.
Observando a grande necessidade de compreensão das línguas estrangeiras
modernas, no momento social atual, concluímos que, o ensino-aprendizagem de
LEM na escola é de suma importância para o desenvolvimento das crianças e dos
adolescentes inseridas no ensino público e que a aquisição da LE favorece
conhecimento específico que lhes ajudarão no mundo do trabalho e na vida, por
meio dos conteúdos apreendidos na escola.
Ao contextualizar o ensino da Língua Inglesa, se pretende problematizar as
questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os
aspectos que o tem marcado, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e
educacionais, deste modo, os objetivos fundamentais da Língua Inglesa devem
enfatizar a construção de sentidos, a inclusão social, a consciência do papel das
línguas na sociedade e da diversidade cultural. O aluno deverá perceber a língua
como algo que constrói e é construída por uma determinada comunidade, constando
que a língua e cultura são indissociáveis.
Possibilitar aos alunos a utilização da Língua Estrangeira em situações de
comunicação sendo estas verbais ou não verbais e inseri-los na sociedade
ativamente, não limitando-os as suas comunidades locais, mas capacitando-os para
uma interação com outras comunidades.
Além disso, objetiva-se proporcionar ao aluno momentos que ele possa ver o mundo
com leituras diferentes daquelas que já estão estigmatizadas dentro do padrão
social atual, ou seja, deve-se ter um novo olhar para a questão da nova ordem
global, fazendo com que, através disso, a disciplina contribua para a formação da
cidadania e o aluno afirme a sua identidade cultural e enriqueça-a
a partir do
contato com os outros.
A Construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência da
Educação da Secretaria de Estado da Educação, assim como os estudos e as
discussões realizados nas semanas pedagógicas apontaram os referenciais teóricos
e metodológicos para construção desta Proposta Pedagógica Curricular.
Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva chegou ao
Paraná em 1990 com a publicação do Currículo Básico que trazia uma concepção
de língua entendida como prática social e historicamente construída. No entanto,
este documento direcionava o trabalho com língua estrangeira para a prática de
leitura, limitando assim as possibilidades de interação do aluno com a língua. A
SEED estabeleceu parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico e
adquiriu livros de fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de
Ensino Médio (EM) de toda a rede estadual e elaborou o livro didático do EM.
O conjunto de ações desenvolvido pela SEED, a partir de 2004, teve como foco
principal promover a construção de novas Diretrizes Curriculares que favorecessem
a formação continuada de professores na perspectiva de efetivarem-se como
sujeitos epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais
apropriadas para o processo de ensino aprendizagem.
Como resultado dessas ações e visando a superação do contexto anterior, a SEED
fez opção pelo currículo disciplinar, que toma o conteúdo como via de acesso ao
conhecimento, considerando as dimensões científicas, filosófica e artística dos
mesmos, visto que a opção pelos conteúdos curriculares, em sua totalidade:
[...] significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e
determinações, como um todo estruturado, marcado pela
disciplinaridade didática. Tratar os conteúdos em sua dimensão
práxica é compreender que a atividade educativa é uma ação
verdadeiramente humana e que requer consciência de uma
finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos,
impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico destes.
(PARANÁ, SEED, SUED, 2008, p.9).
Evidenciou-se igualmente, uma organização do processo de aprendizagem que
possibilitaria a flexibilização/adaptação de conteúdos, metodologias e avaliações de
modo a contemplar a participação e aprendizagem de todos os alunos, considerando
seus conhecimentos prévios, suas necessidades linguísticas diferenciadas e o
contexto social, vislumbrando a construção de uma sociedade justa, fraterna e
igualitária.
Nesse contexto, o ensino de língua estrangeira configura-se como um espaço para
que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural,
oportunizando-lhe engajar-se discursivamente e compreender que a língua e a
cultura são práticas sociais historicamente construídas e, portanto, passíveis de
transformação. A língua é realizada num contexto concreto e preciso, levando o
aluno à prática significativa com acesso a gêneros textuais orais, escritos e
imagéticos. O aluno passa a sentir-se inserido em determinada realidade, sendo
capaz de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e
desenvolvendo seu espírito crítico com relação ao outro e a si mesmo.
O objetivo da inclusão da Língua Inglesa no currículo do Colégio Estadual “29 de
Novembro”, parte da afirmação de que os estudantes tem o direito de acessar outras
possibilidades culturais, ampliando e alargando sua visão de mundo, em um
processo de afirmação de sua própria identidade e de possibilidades de
aprendizagem. Para isso tem na língua materna a mais importante referência como
ser coletivo.
O aprendizado de uma língua estrangeira não pode ser identificado apenas com a
submissão econômica. Ao apropriar-se de outra língua, o ser particular apropria-se
da herança cultural de toda a sociedade. Sendo assim, os professores precisam
buscar alternativas que coloquem o ensino-aprendizagem da Língua Inglesa, seus
métodos e suas metodologias nas relações entre as línguas e a formação de identidades no mundo globalizado, como preconizam as DCE:
“ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de
atribuir sentido, formar subjetividades, permitir que se
reconheça no uso da língua os diferentes propósitos
comunicativos independentemente do grau de proficiência
atingido [...] analisar as questões sociais-político-econômicas
da nova ordem mundial, suas implicações e desenvolver uma
consciência crítica a respeito do papel das línguas na
sociedade” (PARANÁ, 2008, p.55).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Com base nas Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira e no Projeto Político
Pedagógico, a disciplina tem como conteúdo estruturante o discurso como prática
social.
O discurso deve ser veiculado por textos, entendendo-os como a materialidade
linguística e semiótica das práticas sociais, (Magalhães, 2006) e como membro de
um gênero (Fairclough, 1999).
Assim, todos os textos devem estar dentro de um determinado gênero textual
(Bakhtin, 1992), seja ele primário ou secundário que sofre transformações ao longo
da história.
Na análise do discurso veiculado por diferentes textos, o professor deve estar atento
ao inter-discurso, que inclui as condições de produção do texto (o momento, lugar e
o contexto histórico e ideológico em que ele se insere), além de considerar o intradiscurso focando elementos linguístico-discursivos do próprio texto.
CONTEÚDOS BÁSICOS
O texto deve ser trabalhado levando-se em conta “o que está sendo comunicado”,
este enfoque pode ser dado através de atividades orais e escritas. Num segundo
momento, o enfoque passa a ser “como está sendo comunicado”, onde o aluno deve
aprender a gramática da língua de uma forma contextualizada. A escrita, leitura e
oralidade são práticas discursivas que devem ser trabalhadas através de gêneros
textuais diversos.
5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS TEXTUAIS
• Marcas do Gênero
LEITURA
• Tema do texto;
- Conteúdo Temático
•
Interlocutor;
- Estilo
•
Finalidade;
- Elementos Composicionais
•
Aceitabilidade do texto;
•
•
Informatividade;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Léxico;
•
Repetição proposital de palavras;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
Esfera social de circulação:
- Cotidiana
- Literária/ Artística
- Científica
- Escolar
- Imprensa
função das classes gramaticais no texto,
- Publicitária
pontuação,
- Política
gráficos
(como
aspas, travessão, negrito), figuras de
- Jurídica
- Produção e Consumo
recursos
linguagem.
ESCRITA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
recursos
gráficos
(como
aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
11. Ortografia;
12. Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos
extralinguísticos:
entonação,
pausas, gestos...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas
linguísticas:
coesão,
coerência,
gírias, repetição, recursos semânticos.
6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS TEXTUAIS
• Marcas do Gênero
LEITURA
• Tema do texto;
- Conteúdo Temático
•
Interlocutor;
- Estilo
•
Finalidade do texto;
- Elementos Composicionais
•
Informatividade;
•
•
Situacionalidade;
•
Informações explícitas;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Repetição proposital de palavras;
•
Léxico;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
Esfera social de circulação:
- Cotidiana
- Literária/ Artística
- Científica
- Escolar
- Imprensa
- Publicitária
- Política
função das classes gramaticais no texto,
- Jurídica
pontuação,
- Produção e Consumo
recursos
gráficos
(como
aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
recursos
gráficos
(como
aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
13. Ortografia;
14. Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos
extralinguísticos:
entonação,
pausas, gestos, etc;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas
linguísticas:
coesão,
gírias, repetição, semântica.
coerência,
7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS TEXTUAIS
• Marcas do Gênero
LEITURA
• Conteúdo temático;
- Conteúdo Temático
•
Interlocutor;
- Estilo
•
Finalidade do texto;
- Elementos Composicionais
•
Aceitabilidade do texto;
•
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
Esfera social de circulação:
- Cotidiana
- Literária/ Artística
- Científica
- Escolar
- Imprensa
- Publicitária
função das classes gramaticais no texto,
- Política
pontuação,
- Jurídica
recursos
gráficos
como:
(aspas, travessão, negrito), figuras de
- Produção e Consumo
linguagem.
•
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
-sentido
conotativo
e
denotativo
das
palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no
texto.
- léxico.
ESCRITA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
recursos
gráficos
(como
aspas, travessão, negrito);
•
Concordância verbal e nominal;
15. Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no
texto.
ORALIDADE
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos
extralinguísticos:
entonação,
expressões
faciais,
e
corporal
gestual,
pausas...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas
linguísticas:
coesão,
coerência,
gírias, repetição;
•
Elementos semânticos;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de
conectivos, gírias, repetições, etc);
8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS TEXTUAIS
• Marcas do Gênero
LEITURA
• Tema do texto
- Conteúdo Temático
•
Interlocutor
- Estilo
•
Finalidade do texto
- Elementos Composicionais
•
Aceitabilidade do texto
•
•
Informatividade
•
Situacionalidade
•
Intertextualidade
•
Temporalidade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Emprego
Esfera social de circulação:
- Cotidiana
- Literária/ Artística
- Científica
- Escolar
- Imprensa
- Publicitária
- Política
sentido
conotativo
e
denotativo no texto;
- Jurídica
- Produção e Consumo
do
•
Palavras e/ou expressões que denotam
ironia e humor no texto;
•
Polissemia
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
recursos
gráficos
(como:
aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
•
Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto
•
Interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Aceitabilidade do texto
•
Informatividade
•
Situacionalidade
•
Intertextualidade
•
Temporalidade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Emprego
do
sentido
conotativo
e
denotativo no texto;
•
Relação de causa e consequência entre
as partes e elementos do texto;
•
Palavras e/ou expressões que denotam
ironia e humor no texto;
•
Polissemia
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
recursos
gráficos
(como
aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem
16. Processo de formação de palavras
17. Ortografia
18. Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
•
Conteúdo temático
•
Finalidade
•
Aceitabilidade do texto
•
Informatividade
•
Papel do locutor e interlocutor
•
Elementos
extralinguísticos:
expressões faciais, corporal
entonação,
e
pausas...
•
Adequação do discurso ao gênero
•
Turnos de fala
•
Variações linguísticas
•
Marcas linguísticas
gestual,
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para a realização do trabalho norteado pelo discurso e em atendimento ao que propõem as DCE (2008, p.63) ao apontar que o trabalho com a Língua Estrangeira em
sala parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais que
meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados,far-se-á um estudo que considere a funcionalidade da língua alvo,
propiciando que o educando vivencie situações concretas de uso dessa língua.
Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam diferentes gêneros discursivos
que permeiam as práticas sociais; a função social de cada texto, o conteúdo temático, o estilo, os elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos
da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de todo ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o suporte), perpassando pelas questões linguísticas, sócio-pragmáticas (análise da língua em seu contexto de uso, considerando os aspectos sociais), culturais e discursivas.
Na realização das atividades de leitura com o texto haverá exploração do conhecimento prévio do aluno referente ao tema que será abordado por meio de exposição
de ideias e questionamentos feitos pelo professor; pré- leitura e, em seguida, uma
leitura mais aprofundada com o objetivo de extrair informações mais específicas e
assim proporcionar uma maior compreensão dos mesmos; pós-leitura através de debates, projetos, filmes, etc., e tarefas realizadas em duplas ou grupos para favorecer
a interação social na construção do conhecimento através da língua.
No tocante a oralidade os estudantes terão acesso a textos orais, pertencentes aos
diferentes discursos, os quais possibilitarão que se familiarizem com sons específicos da língua que está aprendendo. Serão incentivados a expressarem suas ideias
na língua alvo, respeitando seu nível linguístico.
Com relação à escrita serão propostas atividades sócio-interativas, significativas,
com delimitação do gênero, da finalidade, da temática, do objetivo da produção, do
suporte, da esfera social de circulação e do locutor e do interlocutor, para que o alu no perceba o uso real da língua.
Possíveis atividades a serem realizadas com vistas ao desenvolvimento das práticas
discursivas de leitura, oralidade e escrita:
* Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e interpretação;
* Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de antecipação, de verificação;
* Atividades de leitura compartilhadas e individuais;
* Atividades de observação da gestão monológica do texto: locutor e leitor ausentes
nos textos produzidos pelos alunos;
* Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos;
* Atividades que propiciem o estudo do tipo discursivo predominante (da ordem do
expor ou do narrar) e das sequências narrativas, argumentativa, injuntiva, descritiva,
dialogal;
* Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por coesão nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais, lexicais e sintáticas;
* Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação;
* Atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas.
A presente proposta também contempla a inclusão da temática “História e Cultura
Afro-brasileira e Indígena” nos conteúdos a serem trabalhados, de acordo com o que
for oportunizado pelo texto, dada a importância que essa temática traz para a construção de um Estado Democrático de Direito, de acordo com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu ensino, segundo
as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação Estadual 04/06.
Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da prática da
leitura, da oralidade, da escrita serão: livros e revistas, fitas de vídeo, DVDs, CDs,
TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e
atividades diversas.
cópias de
AVALIAÇÃO
No que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e quais as condições. Nesse sentido as avaliações ocorrerão nas modalidades:
•
formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de
diferentes instrumentos avaliativos;
•
contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do
período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do
desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
•
diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se
a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações tomase decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho;
•
formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo
para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar
sobre as ações e não o resultado;
•
somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos
no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível
de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao
aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.
Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo, seja ele verbal ou
não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação
formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos
cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e
funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso
para que o estudante possa se apropriar do conhecimento.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o que
se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja,
parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de
aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.
Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger:
28
a aprendizagem escrita (produção de texto de gêneros variados, respostas
discursivas, relatórios)
29
a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate)
30
a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos,
questões discursivas e questões objetivas)
31
atividades extra classe serão solicitadas como complementação dos
estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.
Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em cada
instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento e também as orientações da LDB, conforme segue:
12. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
13. Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis
vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004.
Quando não houver entendimento do conteúdo por parte de algum aluno, se fará a
recuperação de estudos que se dará concomitante a explicação e a recuperação de
nota será feita mediante avaliação formal quando o aluno não alcançar a média.
INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS AVALIATIVOS
Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no texto;
interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias;
fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de
forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado.
Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: apresenta em seu texto os seguintes passos: 1.
Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões levantadas sobre o
tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa 4. Consulta
bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de
paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5. Referência – cita as fontes
pesquisadas.
Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como:
planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta
apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da
intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o
texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades,
etc.); expressa as ideias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às
exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou
informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos
consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e
estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos
selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e clareza na
exposição oral e se usa os recursos adequadamente.
Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno atende aos seguintes tópicos:
1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade)
que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta
atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos
construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente
se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição
sucinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor
compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma
reflexão que permita o aprimoramento da atividade.
3. Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham
acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a
atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem
à atividade em questão.
4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item
importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho
(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo
abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de pesquisa
com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e
relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste à apresentação.
Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a
ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os
conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes
contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em
situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina
envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e sua
relação com o conteúdo da disciplina.
Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no
texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido;
reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem
utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos
daquele recurso.
Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados em
sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços
diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos
trabalhados e sua contemporaneidade.
Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica
por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa,
sistematiza o conhecimento de forma adequada.
Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os
conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente e
concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. (Volochinov). “Os gêneros do discurso”. in: Estética da criação
verbal. São Paulo: Martins Fontes, p.279-326, 2000.
CHOMSKY, N. Aspectos da teoria da sintaxe. Coimbra: Armênio Amado Editor,
1965.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro
de 2003. Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008 .
Língua estrangeira nas diferentes idades: reflexões para professores e
formadores. São Carlos, SP: Claraluz. . 255p.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. SP: Cortez, 1995.
OLIVEIRA E PAIVA, Vera Lúcia Menezes de (org.). Ensino de Língua Inglesa –
reflexões e experiências . Campinas: Pontes Editores, 2005.
PARANÁ. Colégio Estadual “29 de Novembro”. Projeto Político Pedagógico.
Língua Estrangeira Moderna. Araruna, 2007.
PARANÁ. Colégio Estadual “29 de Novembro”. Regimento Escolar. Araruna, 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Diretrizes curriculares de
Língua Estrangeira Moderna para a educação básica. Curitiba: SEED, 2008.
ROCHA, Cláudia H. e Edcleia A. BASSO (orgs.). 2007. Ensinar e aprender
SEED, Grupo de Estudo de 2008.
ANEXOS DA
EJA
PROPOSTA PEDAGÓGICO-CURRICULAR DA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
1 - OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Proporcionar o pleno desenvolvimento do educando, sua formação humana, seu
acesso a cultura geral que lhe permita aprimorar sua consciência crítica, adotar
posturas éticas e compromisso político em prol de sua autonomia intelectual bem
como permitir a construção e a apropriação de conhecimento para o mundo do
trabalho e desenvolver o exercício da cidadania, o respeito às diferenças, a
diversidade étnico-cultural e a preservação do meio ambiente.
1.1 PERFIL DO EDUCANDO
A educação de Jovens e Adultos, conforme o explicitado nas Diretrizes Curriculares
da EJA do Paraná, possui um perfil diferenciado, uma vez que, se destina ao
atendimento de educandos inseridos no mercado de trabalho, os quais, necessitam
continuar os estudos para manutenção do emprego.
Esses educandos se constituem sujeitos com diferentes experiências de vida, que
num dado momento por motivos sociais, econômicos e culturais tiveram que se
afastar da vida escolar. Entre esses, encontram-se pessoas idosas que almejam
ampliar o conhecimento, mulheres que no passado foram tolhidas no seu direito a
educação, bem como alunos provenientes do trabalho rural e os portadores de
necessidades educacionais especiais.
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus
estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades
apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –
Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação
vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a
viabilizar processos pedagógicos, tais como:
•
pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
•
desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
•
registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos;
•
vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,
bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de
estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar a Guia de
Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações
sobre a organização da modalidade.
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início
e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do
currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos
conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os
saberes adquiridos na história de vida de cada educando.
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade
de frequentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma préestabelecido.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm
possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de
horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante
classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou
desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma
organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e
oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e
horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições
de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
1.3 NÍVEL DE ENSINO
1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo
de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e
ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
1.3.2 Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os
princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de
1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos
e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.
1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades
educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização
coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e
o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se
encontram individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles
que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a
legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos
educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
•
deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
•
condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
•
superdotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as
estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a
aprendizagem e participação de todos os alunos.1
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque
do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem
características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também,
de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito
a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação
escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o
direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual
de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados
para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
1
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17.
1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas,
efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com
perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens,
adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde
que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma
Secretaria em instrução própria.
1.6 FREQUÊNCIA
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem
por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo
que a frequência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por
cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.
1.7
EXAMES SUPLETIVOS
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto
na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado
da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de Educação e
Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.
1.8
CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é concebido como um instrumento de gestão colegiada e de
participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola
pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de
Ensino.
É composto por representantes da comunidade escolar, compreendida como
conjunto dos profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidamente
matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos e
representantes dos movimentos sociais organizados presentes na comunidade,
comprometidos com a educação.
1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e
Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado
da Educação do Paraná, como material de apoio. Além desse material, os docentes,
na sua prática pedagógica, deverão utilizar outros recursos didáticos.
1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR
A biblioteca se constitui no cérebro da escola. Lugar de produzir conhecimento,
reflexão e discussão. Representa algo extremamente importante no contexto
escolar, uma vez que, por meio dos recursos que ela oferece, o professor pode
diversificar suas aulas e proporcionar aos educandos experiências significativas,
como a importância da leitura e da pesquisa científica, possibilitando assim a
superação do senso comum e ampliação do conhecimento científico.
Como dinamizadora de toda ação educativa, a biblioteca escolar, se constitui em
importante elo de conexão com o plano pedagógico. Além de contribuir com o
alargamento da cultura do aluno, possibilita o rompimento com a estrutura
reprodutora subsidiando-o para um atuar mais consciente e efetivo.
1.11 LABORATÓRIO
Segundo o entendimento do Conselho Estadual de Educação expresso no Parecer
nº 095/99... “indubitavelmente, um conceito novo para o espaço denominado
laboratório acompanha uma educação científica nova, espaço que passará a incluir
também o pátio da escola, à beira do mar, o bosque ou a praça pública...”
Como a ciência e a tecnologia tem se constituído elementos essenciais para a
transformação e o desenvolvimento da sociedade atual, isso tem exigido um volume
de informação maior do que em qualquer época do passado. Isso quer seja para o
acesso ao mundo do trabalho ou para o exercício consciente da cidadania ou para
as atividades cotidianas. O laboratório na prática pedagógica da educação de
Jovens e Adultos tem por finalidade romper com o caráter meramente informativo do
ensino das ciências.
As atividades nele realizadas são planejadas e implementadas pelo professor, no
encaminhamento metodológico de temas estudados, que além de propiciar a
participação ativa dos educandos ainda permite melhor compreensão de conceitos
ou fenômenos, potencializando a aprendizagem das atividades experienciadas. Quer
seja as do mundo vivencial dos alunos, os objetivos e/ou fenômenos com que lidam.
Assim, a apropriação significativa do conhecimento científico como um todo
dinâmico, como elementos em permanente interação do corpo humano e sua
integridade, da saúde como dimensão pessoal e social do desenvolvimento
tecnológico e das transformações ambientais causadas pelo ser humano, são os
resultados desejados em todas as área de conhecimento do ensino fundamental e
médio.
RECURSOS TECNOLÓGICOS
Os recursos tecnológicos tem evoluído numa velocidade nunca antes vista. Isso
requer do cidadão um conhecimento e na medida do possível, um domínio das
tecnologias existentes, que se dará por meio da prática, haja visto que vivemos em
tempos de competições cada vez mais acirradas.
O uso da informática pode garantir a possibilidade de se construir estratégias e
conhecimentos necessários para a compreensão e inserção no mundo atual com
novas formas de expressão e comunicação, resultando na ampliação da qualidade
do processo ensino-aprendizagem.
Para tanto, o aluno precisa ser estimulado e ter oportunidade de tomar
conhecimento daquilo que existe de mais avançado, para que possa utilizar não só
em sua vida escolar, mas, sobretudo em sua vida cotidiana.
O uso da tecnologia possibilita ensinar e aprender de diferentes formas, tornando as
aulas ricas em investigação e trocas de experiências. A sala de informática é o lugar
onde os alunos podem lidar com as informações e tecnologias cada dia mais
avançadas, podendo aplicá-las quando necessário.
Assim, por se tratar de um estabelecimento de ensino que trabalha com jovens e
adultos, é importante planejar e desenvolver ações que permitam a inserção do
educando no mundo da tecnologia e da informação.
2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto
como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito
do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser
diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios
que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que
tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como
direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004).
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que
atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso
com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os
educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com
comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da
autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual
os
educandos-trabalhadores
possam:
aprender
permanentemente,
refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e
da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com
agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos2.
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensinoaprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com
a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e
valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo
cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito
mútuo, solidariedade e justiça;
c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos
e
idosos – cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura,
conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais
próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso
ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função
antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e
que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens
produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as
reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes
tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os
saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho,
face à diversidade de suas características.
2 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta
para os que vivem
do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e
Adultos no Estado do Paraná:
•
A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os
educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades
e condições de reinserção nos processos educativos formais;
•
O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no
processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à
escola cabe superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado
mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa com
o conhecimento;
•
Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar
articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica,
vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias,
dentre outros;
•
A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por
meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre
o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes
conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade
social;
•
O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia
tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o
hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de
organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes,
estão articulados à realidade na qual o educando se encontra,
viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir
da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento
de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às
finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
•
Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em
seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais,
com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de
formação e aprendizagem;
•
Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
•
O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a
objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as
diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de
utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
•
Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência,
nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício
da cidadania e do trabalho;
•
Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,
críticos e democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não referese exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade
com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por
populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas
especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-curricular que
considere o tempo/espaço e a cultura desses grupos.
3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS
Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do Ensino
Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não
tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.
4 - MATRIZ CURRICULAR
4.1 Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Escola Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Araruna
NRE: Campo Mourão
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2009
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINAS
Total de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA
ARTES
LEM - INGLÊS
EDUCAÇÃO FÍSICA
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS NATURAIS
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
ENSINO RELIGIOSO*
226
54
160
54
226
160
160
160
10
272
64
192
64
272
192
192
192
12
Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
4.2 Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual 29 de Novembro - EFM
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: .Araruna
NRE: Campo Mourão
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS
DISCIPLINAS
Total de Horas
Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA E
174
208
LITERATURA
LEM – INGLÊS
106
128
ARTE
54
64
FILOSOFIA
54
64
SOCIOLOGIA
54
64
EDUCAÇÃO FÍSICA
54
64
MATEMÁTICA
174
208
QUÍMICA
106
128
FÍSICA
106
128
BIOLOGIA
106
128
HISTÓRIA
106
128
GEOGRAFIA
106
128
LÍNGUA ESPANHOLA *
106
128
TOTAL
1200/1306
1440/1568
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
5 - CONCEPÇÃO,CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS.
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de ensino
da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como
espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a
compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e
aprendizagem.
Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do
conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se
no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser
organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura
curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos
significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em
núcleo estruturador do conteúdo do ensino.
Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e
Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão
dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos
conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a
Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação
Básica, passa a adotar
os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas
diretrizes.
No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas
pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores
propostos nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e
Tempo, os quais devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento
que não deve se restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, ideias,
princípios, informações etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar
intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a
Educação Básica.
6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
6.1 Concepção de Avaliação
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção
pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e
interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados
atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos
expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão
dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida
como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude
crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
•
investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
•
contínua: permite a observação permanente do processo ensinoaprendizagem
e
possibilita
ao
educador
repensar
sua
prática
pedagógica;
•
sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;
•
abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempoescola do educando;
•
permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos
pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho
pedagógico da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo
da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular,
com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao
longo do processo ensino-aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como
ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,
necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o
seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante
o atual processo de escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como:
provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas,
participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares
propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos
e avaliar os conteúdos desenvolvidos.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo
educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e
necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.
6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas
•
as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
•
para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais
escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante
o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se
submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento
Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no
decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota
para fins de promoção e certificação.
•
a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,
sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez
vírgula zero);
para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0
(seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º
3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por
cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização
coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;
•
o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada
registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de
estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao
processo de apropriação dos conhecimentos;
•
para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina,
a média final corresponderá à média aritmética das avaliações
processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis
vírgula zero);
•
os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados
em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a
regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;
•
o educando portador de necessidades educativas especiais, será
avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
6.3 Recuperação de Estudos
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao
processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos
básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de
apropriação dos mesmos.
A
recuperação
será
também
individualizada,
organizada
com
atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos
de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
6.4 Aproveitamento de Estudos
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado
pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de
cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e
prosseguimento de estudos.
6.5 Classificação e Reclassificação
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o
previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
7 - REGIME ESCOLAR
O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno,
podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de
alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do
Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão registradas no
Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz
curricular.
Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas descentralizadas
para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado pelo
Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação – em
locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação
especial, como por exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional,
em comunidades indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de moradores em
comunidades de difícil acesso, dentre outros.
7.1 ORGANIZAÇÃO
Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas no Ensino Fundamental –
Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em concordância
com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº 07/06 e
nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação.
7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO
A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as seguintes
ofertas :
32 organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e
Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para
matrícula na organização coletiva.
7.2.1 Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio
No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de 100%
da carga horária total estabelecida.
7.3 MATRÍCULA
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos:
a)- a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
b)- será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela
mantenedora;
c)-o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio,
poderá matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;
d)- poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com
êxito por meio de cursos organizados por disciplina, por exames
supletivos, série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s)
à conclusão de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de
comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento
Escolar;
e)-para
os
educandos
que
não
participaram
do
processo
de
escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do
processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores,
poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação,
definidos no Regimento Escolar;
f)- será considerado desistente, na disciplina, o educando que se
ausentar por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola,
no seu retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus
estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas
obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos,
a partir da data da matrícula inicial;
g)- o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de
matrícula inicial na disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematrícula na
disciplina, podendo participar do processo de reclassificação.
No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora,
o educando
será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos,
o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a
duração e a carga horária das disciplinas.
O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os
receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações
metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que
compõem o Guia de Estudos:
•
a organização dos cursos;
•
o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento
escolar;
•
a dinâmica de atendimento ao educando;
•
a duração e a carga horária das disciplinas;
•
os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
•
o material de apoio didático;
•
as sugestões bibliográficas para consulta;
•
a avaliação;
•
outras informações necessárias.
7.4 MATERIAL DIDÁTICO
O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos recursos
de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do
Paraná de Educação de Jovens e Adultos.
7.5 AVALIAÇÃO
•
avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente,
permanente;
•
as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre
com finalidade educativa;
•
para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02
(duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às
provas individuais escritas e também a outros instrumentos
avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que,
obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do
professor, conforme descrito no regimento escolar;
•
a
avaliação
será
realizada
no
processo
de
ensino
e
aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de
0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);
•
para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é
6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a
Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75%
(setenta e cinco por cento)do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na
organização individual;
•
o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em
cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à
recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada
como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;
•
a média final, de cada disciplina, corresponderá à média
aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos
atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);
•
os resultados das avaliações
dos
educandos deverão
ser
registrados em documentos próprios, a fim de que sejam
asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do
educando;
•
o educando portador de necessidades educativas especiais, será
avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será
capaz de desenvolver.
7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao
processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos
básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de
apropriação dos mesmos.
A
recuperação
será
também
individualizada,
organizada
com
atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos
de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação
estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto na legislação
vigente.
7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO
As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a
Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do
Núcleo
Regional
de
Educação,
podendo
estabelecer
ações
pedagógicas
descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora.
7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,
oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no
ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de
2008.
8 - RECURSOS HUMANOS
8.1 Atribuições dos Recursos Humanos
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste
Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á
o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função
social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas
regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e
Adultos.
8.1.1 Direção
A função de diretor (a), como responsável pela efetivação da gestão democrática, é
a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino.
Compete ao Diretor (a):
- cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
- responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da
posse;
- coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto
Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo
Conselho Escolar;
- coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
- implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
- coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino
e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
- convocar e
presidir as reuniões do
Conselho
Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
- elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
- prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
- coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância
com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho
Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
- garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste
com
os órgãos da administração estadual;
- encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
- deferir os requerimentos de matrícula;
- elaborar o calendário escolar, com a equipe pedagógica, de acordo com
as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e
encaminhá-lo ao NRE para homologação;
- acompanhar, com a equipe pedagógica, o trabalho docente, referente às
reposições de horas-aula, e conteúdos, aos discentes;
- assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
- promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de
estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza
pedagógico-administrativa no âmbito escolar;
- propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de
Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de
ensino e abertura ou fechamento de cursos;
- participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e
encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
- supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar,
quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente
relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
- presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
- definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e
equipe auxiliar operacional;
- articular processos de integração da escola com a comunidade;
- solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de
funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções
emanadas da SEED;
- organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional
Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização
dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário
de
trabalho,
correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da carga
horária
Profissional Supervisionada, conforme orientação da
SEED, contida no Plano
de Curso;
da
Prática
- participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino, juntamente com a comunidade escolar;
- cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária
e epidemiológica;
- disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e
Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação
Especial;
- assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
- Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC - FNDE;
12. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Ao diretor compete também:
-
Executar
a
Avaliação
Institucional
conforme
orientação
da
mantenedora.
- Compete ao(à) diretor(a) auxiliar assessorar o(a) diretor(a) em todas as
suas atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum
impedimento.
8.1.2 Professor Pedagogo
A
equipe
pedagógica
é
responsável
pela
coordenação,
implantação
e
implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas
no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a
política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia.
Compete à Equipe Pedagógica:
- coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
- orientar a comunidade escolar na construção de um processo
pedagógico, em uma perspectiva democrática;
- participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a
especificidade
da
educação
escolar;
- coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica
curricular
do
estabelecimento
educacionais da
de
ensino,
a
partir
das
políticas
SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais;
- orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto
ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
- acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas aula
aos
discentes;
- promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico
visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de
ensino para todos;
- participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a
realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
- organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo
de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de
ensino;
- coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
- subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores
do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
- organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,
de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
- proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à
comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
- coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade
escolar;
- participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões
acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
- orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e
demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
- coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção
de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de
ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações
e projetos de incentivo à leitura;
- acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,
Física e Biologia e de Informática;
- propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
- coordenar o processo democrático de representação docente de cada
turma;
- colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação
da SEED;
- coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,
a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto
Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às
atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
- acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização
do
curso,
quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada
funcionários cursistas da escola e/ou de outras
dos
unidades escolares;
- promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de
todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
- coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino;
- acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
- participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos;
- orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didáticopedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial,
conforme legislação em vigor;
- organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as
reposições de dias, horas e conteúdos aos discentes;
- orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros de Registro de
Classe e a Ficha Individual de controle de nota e frequência específica
para
EJA;
- organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
- organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
- solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis
necessidades
educacionais especiais;
- coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no
Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de
aprendizagem,
visando
encaminhamento
aos
serviços
e
apoios
especializados da Educação Especial, se necessário;
- acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o
seu desenvolvimento integral;
- acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
- acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que
houver necessidade de encaminhamentos;
- orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e
curriculares e no processo de inclusão na escola;
- manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados
de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de
informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho
pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;
- orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para
cada disciplina, na modalidade EJA;
- coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos,
na modalidade EJA (quando no estabelecimento de ensino não houver
coordenação específica dessa ação, com a devida autorização);
- assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,
alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- elaborar seu Plano de Ação;
- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no
administrativo, tais como:
• Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;
• Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames
supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões)
específica(s) dessa(s) ação(ões).
• Acompanhar o estágio não obrigatório.
8.1.3 Coordenações
As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral e
Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm
como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando
autorizadas e regulamentadas pela mantenedora.
Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:
Coordenador Geral
14. Receber
e
organizar
as
solicitações
de
Ações
Pedagógicas
Descentralizadas.
15. Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.
16. Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.
17. Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção
do Estabelecimento.
18. Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.
19. Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no
Sistema.
20. Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
21. Organizar as listas de frequência e de notas dos educandos.
22. Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
23. Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.
24. Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o
atendimento aos educandos de todas as turmas.
25. Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas
durante as horas-atividade dos professores.
26. Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de
experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.
27. Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em
comunidades que necessitam de escolarização.
28. Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.
29. Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.
30. Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE,
quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da
escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua
coordenação;
Coordenador Itinerante
19. Acompanhar
o
funcionamento
in
loco
das
Ações
Pedagógicas
Descentralizadas.
20. Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.
21. Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.
22. Observar e registrar a presença dos professores.
23. Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.
24. Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.
25. Solicitar e distribuir as listas de frequência e de nota dos educandos.
26. Encaminhar as notas e frequências dos educandos para digitação.
27. Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral
qualquer problema neste procedimento.
28. Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
29. Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as
turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.
30. Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com
os professores;
Coordenador de Exames Supletivos
• Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos
• Tomar conhecimento do edital de exames.
• Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.
• Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames
possam ser executados.
• Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.
• Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da
emissão de Relatório de Inscritos.
• Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário,
para execução dos exames.
• Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em
Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.
• Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o
DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas
especiais.
• Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos
Exames.
• Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.
• Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização
dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em
especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta.
• Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e
tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos
Exames.
• Divulgar as atas de resultado.
• Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.
8.1.4 Docentes
Cabe a equipe docente
ter o compromisso
e a
eficiência para transmitir os
conhecimentos das disciplinas afins de maneira clara, agradável e com objetivo
definido, de maneira a proporcionar ao educando a apropriação dos conteúdos
proporcionando a superação do saber do senso comum.
Compete aos docentes:
- participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e
aprovado pelo Conselho Escolar;
- elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-
do
Pedagógico
e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
- participar do
processo
de
escolha, juntamente
com a
equipe
pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
- desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão
crítica do conhecimento pelo aluno;
- proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos
alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,
resguardando prioritariamente o direito do aluno;
- proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,
utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação,
previstas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os
alunos,
estabelecendo
estratégias
diferenciadas
de
ensino
e
aprendizagem, no decorrer do período letivo;
- participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos
alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação
e acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos
serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
- participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da
escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e
aprendizagem;
- participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
- assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e
credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre
orientação
sexual,
de
outras;
- viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na
escola,
respeitando
a
diversidade,
a
pluralidade
cultural
e
as
peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
- participar de reuniões e encontros para planejamento e
junto ao professor de Serviços e Apoios
acompanhamento,
Especializados, da Sala de Apoio à
Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de realizar ajustes ou
modificações no processo de
intervenção educativa;
- estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e
criação artística;
- participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na
busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do
processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas
e decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;
- propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da
cidadania;
- zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer
irregularidade à equipe pedagógica;
- cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e
horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional;
- cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob
orientação
da
equipe
pedagógica, conforme determinações da SEED;
- manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da
equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no
estabelecimento de ensino;
- participar do planejamento e da realização das atividades de articulação
da escola com as famílias e a comunidade;
- desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
- dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional
em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da
prática profissional e educativa;
- participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos
a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino;
- comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho
ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
- participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;
- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
- utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos
disponíveis, como meios para implementar uma metodologia de ensino
adequada à aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;
− atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e
individual, como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas,
autorizadas pela SEED;
16. Participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela SEED, quando
docente da EJA.
- Aos docentes cabe também:
- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica
deste Estabelecimento Escolar.
• - Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
-Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos
disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino
que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando
jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento;
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas
ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá
atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e
individuais.
8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo
O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é
indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,
conforme normas da SEED.
Parágrafo Único - O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela
direção.
Compete ao Secretário Escolar:
- conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da
SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do
estabelecimento de ensino;
- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais
técnicos administrativos;
- receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
- organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,
instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
- efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à
matrícula,
transferência e conclusão de curso;
- elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem
encaminhados às autoridades competentes;
- encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que
devem ser assinados;
- organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o
inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da
identidade
e da regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade
dos
documentos
escolares;
- responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do
aluno, respondendo por qualquer irregularidade;
- manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema
informatizado;
- organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida
legal
da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
- atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando
informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e
funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do
Regimento Escolar;
- zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da
secretaria;
- orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de
Classe com os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos
alunos;
- cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas
da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
- organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor
competente a sua frequência, em formulário próprio;
- secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
- conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
- comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha
ocorrer na secretaria da escola;
- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional de sua função;
- auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizado dados no
Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;
- fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,
quando solicitado;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
- participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
•
Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,
considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.
9- PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO
A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta “
deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as
fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais
comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e
da educação pública ofertada na Rede Estadual.” ( SEED, 2004, p.11)
Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os
gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a
todos a identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o
acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de qualidade.
Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e
a efetiva implementação das mudanças necessárias.
Assim,
a
avaliação
da
políticas
e
das
práticas
educacionais,
enquanto
responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da
educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a
reelaboração e a implantação de novos rumos que garantam suas finalidades e
impactos positivos à população que demanda escolarização.
A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular, abrange
todas as escolas que ofertam a modalidade Educação Jovens e Adultos, ou seja,
tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele
resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os
sujeitos que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores,
educandos, direção. Equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e
demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a equipe
do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE's.
A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes instrumentos
para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas
relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como
estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as
mudanças necessárias na prática pedagógica.
Considerando o que se afirma no Documento da Diretrizes Curriculares Estaduais
de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve
estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil
e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na
construção da autonomia.” ( SEED, 2005, p.44 ), esta avaliação institucional da
proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para a reflexão
permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas.
Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão produzidos em regime
de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as
diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como
as especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da
modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos guardam alguma
semelhança com a experiência acumulada pela Eja na produção e aplicação do
Banco de Itens, porém sem caráter de composição da nota do aluno para fins de
conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da proposta pedagógicocurricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED.
Como se afirma no Caderno Temático “ Avaliação Institucional”,
“ cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda
que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida
num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria
de qualidade da educação empreendido por cada escola deve
estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao
qual pertence “. ( SEED, 2005, p. 17 )
Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo,
especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da
Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens,
adultos e idosos.
10 – BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para
Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo
: Cortez, 1997.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000,
p.17(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).
Conselho Estadual de Educação – PR
Deliberação 011/99 – CEE.
Deliberação 014/99 – CEE.- Deliberação 09/01 –CEE.
Deliberação 06/05 – CEE.
Indicação 004/96 – CEE.
Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
Conselho Nacional de Educação
Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
Resolução 03/98 – CEB
Constituição Brasileira – Artigo 205.
DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF :
MEC : UNESCO, 1998.
DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.
DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível
de Escolarização da População. Mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. Mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a
Educação de Jovens e Adultos. Mimeog.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LDBEN nº 9394/96.
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que
vivem
do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos).
Curitiba: SEED – PR, 2004.
Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.
Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.
SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova
LDBEN.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e
Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
MATRIZ CURRICULAR
4.1 Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Escola Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Araruna
NRE: Campo Mourão
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2009
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINAS
Total de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA
ARTES
LEM - INGLÊS
EDUCAÇÃO FÍSICA
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS NATURAIS
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
ENSINO RELIGIOSO*
226
54
160
54
226
160
160
160
10
272
64
192
64
272
192
192
192
12
Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL FASE II
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
LÍNGUA PORTUGUESA
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
5ª SÉRIE
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais
do gênero; Léxico;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função
das classes gramaticais no
texto, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem.
Tema do texto ;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais
do gênero;
Divisão do texto em
parágrafos;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função
das classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,travessão, negrito),
figuras de linguagem;
Processo de formação de
palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância
verbal/nominal.
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentatividade;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos...;
Adequação do discurso ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, gírias,
repetição,
recursos semânticos.
6ª SÉRIE
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Aceitabilidade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Informações explícitas e
implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais
do
gênero;
Repetição proposital de
palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
travessão, negrito), figuras
de
linguagem.
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais
do
gênero;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
travessão, negrito), figuras
de
linguagem;
Processo de formação de
palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância
verbal/nominal.
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc;
Adequação do discurso ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, gírias,
repetição,
semântica.
7ª SÉRIE
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralinguísticos:
no texto;
Elementos composicionais
do
gênero;
Relação de causa e
consequência entre as
partes e
elementos do texto;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos como:
(aspas,
travessão, negrito).
Semântica:
- operadores
argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e
denotativo
das palavras no texto;
-expressões que denotam
ironia
e humor no texto.
Elementos composicionais
do
gênero;
Relação de causa e
consequência entre as
partes e
elementos do texto;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
travessão, negrito);
Concordância verbal e
nominal;
Papel sintático e estilístico
dos
pronomes na organização,
retomadas e sequenciação
do texto;
Semântica:
- operadores
argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e
denotativo;
- expressões que denotam
ironia
e humor no texto.
entonação, expressões
facial,
corporal e gestual,
pausas ...;
Adequação do discurso ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas
(lexicais,
semânticas, prosódicas,
entre
outras);
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, gírias,
repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao
contexto
(uso de conectivos, gírias,
repetições, etc);
Diferenças e semelhanças
entre
o discurso oral e o escrito.
8ª SÉRIE
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes
Conteúdo temático ;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralinguísticos:
Discurso ideológico
presente no
texto;;
Vozes sociais presentes
no texto;
Elementos composicionais
do
gênero;
Relação de causa e
consequência entre as
partes e
elementos do texto;
Partículas conectivas do
texto;
Progressão referencial no
texto;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
travessão, negrito);
Semântica:
- operadores
argumentativos;
- polissemia;
- sentido conotativo e
denotativo;
- expressões que denotam
ironia
e humor no texto;
no texto;
Elementos composicionais
do
gênero;
Relação de causa e
consequência entre as
partes e
elementos do texto;
Partículas conectivas do
texto;
Progressão referencial no
texto;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
travessão, negrito, etc.);
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de
palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
- operadores
argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
entonação, expressões
facial,
corporal e gestual,
pausas ...;
Adequação do discurso ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas
(lexicais,
semânticas, prosódicas
entre
outras);
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, gírias,
repetição,
conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao
contexto
(uso de conectivos, gírias,
repetições, etc);
Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o
escrito.
ARTE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE
ÁREA MÚSICA
5ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS PERÍODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica,
pentatônica
cromática
Improvisação
Greco-Romana
Oriental
Ocidental Africana
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS PERÍODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico,
indígena, popular e
étnico
Técnicas: vocal,
instrumental, mista e
Improvisação
Música popular e
étnica (ocidental e
oriental)
6ª SÉRIE
7ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS PERÍODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a
fusão de ambos.
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno ...
8ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS PERÍODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental, mista
Gêneros: popular,
folclórico, étnico.
Música Engajada
Música Popular
Brasileira.
Música contemporânea
ÁREA ARTES VISUAIS
5ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS PERÍODOS
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura,
escultura,
arquitetura...
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré-Histórica
Gêneros: cenas da mitologia
ELEMENTOS FORMAIS
6ª SÉRIE
COMPOSIÇÃO
Ponto
Linha
Forma
Textura
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Arte indígena
Arte Popular
Brasileira e
Paranaense
Superfície
Volume
Cor
Luz
ELEMENTOS FORMAIS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
ELEMENTOS FORMAIS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Perspectiva
Técnicas: Pintura,
escultura, modelagem,
gravura...
Gêneros: Paisagem,
retrato, natureza
morta...
7ª SÉRIE
COMPOSIÇÃO
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia, audiovisual,
mista...
8ª SÉRIE
COMPOSIÇÃO
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura,
grafitte,
performance...
Gêneros: Paisagem
urbana, cenas do
cotidiano...
ELEMENTOS FORMAIS
TEATRO
5ª SÉRIE
COMPOSIÇÃO
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Enredo, roteiro.
espaço Cênico,
adereços
Técnicas: jogos teatrais,
Renascimento
Barroco
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Indústria Cultural
Arte no Séc. XXArte
Contemporânea
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte
Latino-americana
Hip Hop
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
Ação
Espaço
teatro
indireto e direto
improvisação,
manipulação,
máscara...
Gênero: Tragédia,
Comédia, Circo.
6ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação,
Leitura dramática,
Cenografia.
Técnicas: jogos
teatrais, Mímica,
improvisação, formas
animadas...
Gêneros: Rua, arena,
Caracterização.
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Comédia dell' arte
Teatro Popular
Brasileiro e
Paranaense
Teatro Africano
7ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação no
Cinema e Mídias
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos
teatrais, sombra,
adaptação cênica...
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
8ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Personagem:
Técnicas: Monólogo,
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Teatro Engajado
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
jogos teatrais, direção,
ensaio, Teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguardas
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
5ª SÉRIE
COMPOSIÇÃO
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos
articulares
Fluxo (livre,
interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio e
baixo)
Deslocamento (direto
e indireto)
Dimensões (pequeno
e grande)
Técnica:
Improvisação
Gênero: Circular
MOVIMETNOS
PERÍODOS
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
6ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve, pesado)
Fluxo (livre,
interrompido e
conduzido)
Lento, rápido e
moderado
Niveis (alto, médio e
MOVIMETNOS
PERÍODOS
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
baixo)
Formação
Direção
Gênero: Folclórica,
popular, étnica
7ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
Direções (frente,
lado, atrás, direita e
esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria
Cultural e espetáculo
MOVIMETNOS
PERÍODOS
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
8ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e
longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero:
Performance, moderna
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Vanguardas
Dança Moderna
Dança Contemporânea
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
5ª SÉRIE
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Elementos
composicionais do
gênero;
Léxico;
Repetição proposital de
palavras;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos
(como aspas,
travessão, negrito),
figuras de linguagem.
Tema do texto ;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Elementos
composicionais do
gênero;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito), figuras de
linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância
verbal/nominal
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos...;
Adequação do discurso
ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição,
recursos semânticos.
6ª SÉRIE
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e
Informatividade;
Situacionalidade;
Informações explícitas
Discurso direto e
indireto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Repetição proposital
de palavras;
Léxico;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos
(como aspas,
travessão, negrito),
figuras de
linguagem.
Discurso direto e
indireto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
Ortografia;
Concordância
verbal/nominal.
interlocutor;
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc;
Adequação do discurso
ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, gírias,
repetição,
semântica.
travessão, negrito),
figuras de
linguagem;
Acentuação gráfica;
7ª SÉRIE
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
onteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais
presentes no texto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralinguísticos:
entonação, expressões
facial,
corporal e gestual,
pausas ...;
Adequação do discurso
ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas
Marcas linguísticas:
coesão,
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
como: (aspas,
travessão, negrito),
figuras de
linguagem.
Semântica:
- operadores
argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e
denotativo
das palavras no texto;
-expressões que
denotam ironia
e humor no texto.
Léxico.
aspas,
travessão, negrito);
Concordância verbal e
nominal;
Semântica:
- operadores
argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das
palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e
denotativo;
- expressões que
denotam ironia e humor
no texto.
coerência, gírias,
repetição;
Elementos semânticos;
repetições, etc);
Diferenças e
semelhanças entre
o discurso oral e o
escrito.
Adequação da fala ao
contexto
(uso de conectivos,
gírias,,
repetições, etc);
Diferenças e
semelhanças entre
o discurso oral e o
escrito.
8ª SÉRIE
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Situacionalidade
Intertextualidade
Temporalidade
Discurso direto e
indireto
Elementos
composicionais do
gênero;
Emprego do sentido
conotativo e
denotativo no texto;
Palavras e/ou
expressões que
denotam ironia e humor
no texto;
Polissemia
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Situacionalidade
Intertextualidade
Temporalidade
Discurso direto e indireto
Elementos
composicionais do
gênero
Emprego do sentido
conotativo e
denotativo no texto;
Relação de causa e
consequência entre as
partes e
elementos do texto;
Palavras e/ou
expressões que
denotam ironia e humor
no texto;
Polissemia
Conteúdo temático
Finalidade
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Papel do locutor e
interlocutor
Elementos
extralinguísticos:
entonação, expressões
facial,
corporal e gestual,
pausas ..
Adequação do discurso
ao
gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, gírias,
repetição.
Semântica
Adequação da fala ao
contexto
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos
(como aspas,
travessão, negrito),
figuras de
linguagem )
Léxico.
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
travessão, negrito),
figuras de
linguagem
Processo de formação
de
palavras
Acentuação gráfica
Ortografia
Concordância
verbal/nominal
(uso de conectivos,
gírias,
repetições, etc).
Diferenças e
semelhanças entre
o discurso oral e escrito.
EDUCAÇÃO FÍSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ESPORTE
JOGOS E BRINCADEIRAS
DANÇA
GINÁSTICA
LUTAS
CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE
5ª SÉRIE
ESPORTE
Coletivos
Individuais
JOGOS E
BRINCADEIRA
S
Jogos e
brincadeiras
populares
Brincadeiras e
cantigas de
roda
Jogos de
tabuleiro
Jogos
cooperativos
DANÇA
GINÁSTICA
LUTAS
Danças
folclóricas
Danças de rua
Danças
criativas
Ginástica
Lutas de
rítmica
aproximação
Ginásticas
Capoeira
circenses
Ginástica geral
6ª SÉRIE
ESPORTE
JOGOS E
DANÇA
BRINCADEIRAS
GINÁSTICA
Coletivos
Individuais
Jogos e
brincadeiras
populares
Brincadeiras e
cantigas de
roda
Jogos de
tabuleiro
Jogos
cooperativos
Ginástica
Lutas de
rítmica
aproximação
Ginásticas
Capoeira
circenses
Ginástica geral
Danças
folclóricas
Danças de rua
Danças
criativas
Danças
circulares
LUTAS
7ª SÉRIE
ESPORTE
Coletivos
Radicais
JOGOS E
BRINCADEIRA
S
Jogos e
brincadeiras
populares
Jogos de
tabuleiro
Jogos
dramáticos
Jogos
cooperativos
ESPORTE
JOGOS E
BRINCADEIRAS
Coletivos
Radicais
Jogos de
tabuleiro
Jogos
dramático
Jogos
cooperativos
DANÇA
GINÁSTICA
LUTAS
Danças
criativas
Danças
circulares
Ginástica
rítmica
Ginásticas
circenses
Ginástica geral
Lutas com
instrumento
mediador
Capoeira
8ª SÉRIE
DANÇA
GINÁSTICA
LUTAS
Danças
criativas
Danças
circulares
Ginástica
Lutas com
rítmica
instrumento
Ginástica geral mediador
Capoeira
MATEMÁTICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: NÚMEROS E ÁLGEBRA
GRANDEZAS E MEDIDAS
FUNÇÕES
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE
5ª SÉRIE
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
Sistemas de
Numeração;
Números
Naturais;
Múltiplos e
divisores;
Potenciação e
radiciação;
Números
Fracionários;
Números
decimais.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
Medidas de
comprimento;
Medidas de
massa;
Medidas de área;
Medidas de
volume; Medidas
de tempo;
Medidas de
ângulos;
Sistema
Monetário.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria
Espacial.
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
Dados, tabelas e
gráficos;
Porcentagem.
6ª SÉRIE
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
GRANDEZAS E
MEDIDAS
Números Inteiros;
Medidas de
Números racionais; temperatura;
Equação e
Ângulos.
Inequação do 1º
grau;
Razão e proporção;
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
Geometria Plana;
Geometria
Espacial;
Geometrias NãoEuclidianas.
Pesquisa
Estatística;
Média Aritmética;
Moda e mediana
Juros simples.
Regra de três
simples
7ª SÉRIE
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medida de comprimento;
Medida de área;
Medida de volume;
Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
Geometria Plana
Geometria
Espacial;
Geometria
Analítica;
Geometrias nãoEuclidiana.
Gráfico e
Informação;
População e
amostra.
8ª SÉRIE
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
GRANDEZAS
E MEDIDAS
FUNÇÕES
GEOMETRIAS TRATAMENTO
Números
Reais;
Propriedades
dos radicais;
Equação do 2º
grau;
Teorema de
Pitágoras;
Equações
Irracionais;
- Equações
Biquadradas;
- Regra de Três
Composta.
Relações
Métricas no
Triângulo
Retângulo;
rigonometria no
Triângulo
Retângulo;
Noção intuitiva
de
Função Afim .
Noção intuitiva
de
Função
Quadrática.
Geometria
Plana;
Geometria
Espacial;
Geometria
Analítica;
Geometria
NãoEuclidiana.
DA
INFORMAÇÃO
Noções de
Análise
Combinatória;
Noções de
Probabilidade;
Estatística;
Juros
Composto.
CIÊNCIAS NATURAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA
MATÉRIA
ENERGIA
BIODIVERSIDADE
SISTEMAS BIOLÓGICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE
5ª SÉRIE
ASTRONOMIA
MATÉRIA
ENERGIA
BIODIVERSIDADE
Universo
Sistema solar
Movimentos
terrestres
Movimentos
celestes
Astros
Constituição da
matéria
Sistemas
Biológicos
Níveis de
organização
Celular
Formas de energia
Conversão de
energia
Transmissão de
energia
Organização dos
seres vivos
Ecossistema
Evolução dos seres
vivos
6ª SÉRIE
ASTRONOMIA
Astros
Movimentos
terrestres
Movimentos
Celestes
MATÉRIA
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Constituição da Célula
matéria
Morfologia e
fisiologia dos
seres vivos
ENERGIA
Formas de
energia
Transmissão
de
Energia
BIODIVERSIDAD
E
Origem da vida
Organização
dos
seres vivos
Sistemática
7ª SÉRIE
ASTRONOMIA MATÉRIA
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Constituição da Célula
ENERGIA
BIODIVERSIDA
DE
Origem e
Formas de
Evolução dos
evolução do
Universo
Matéria
Morfologia e
fisiologia dos
seres vivos
energia
seres vivos
ENERGIA
BIODIVERSIDAD
E
8ª SÉRIE
ASTRONOMIA MATÉRIA
Astros
Gravitação
Universal
Propriedades
da
Matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Morfologia e
fisiologia dos
seres vivos
Mecanismos de
herança
genética
Formas de
energia
Conservação
de
Energia
HISTÓRIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: RELAÇÕES DE TRABALHO
RELAÇÕES DE PODER
RELAÇÕES CULTURAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
OS DIFRENTES SUJEITOS SUAS CULTURAS SUAS HISTÓRIAS
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo
A cultura local e a cultura comum.
Interações
Ecológicas
6ª SÉRIE
A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A
FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
A relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
7ª SÉRIE
O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
O trabalhadores e as conquistas de direito.
8ª SÉRIE
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E
DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções.
GEOGRAFIA
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESTRUTURANTES
-Dimensão econômica do espaço -Formação e transformação das paisagens
geográfico
naturais e culturais
-A Geografia e a compreensão do mundo
-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
-Dimensão
política
do
espaço produção
geográfico
-A formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais
-A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re)organização do espaço
-Dimensão cultural e demográfica geográfico
do espaço geográfico
-As relações entre campo e a cidade na
sociedade capitalista
-A evolução demográfica, a distribuição
espacial da população e os indicadores
-Dimensão
socioambiental
espaço geográfico
do estatísticos
-A
mobilidade
manifestações
populacional
socioespaciais
e
as
da
diversidade cultura
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESTRUTURANTES
-Dimensão econômica do espaço -A formação, mobilidade das fronteiras e a
geográfico
reconfiguração do território brasileiro
-A dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção
-Dimensão política do espaço -As diversas regionalizações do espaço
geográfico
brasileiro
-As
manifestações
socioespaciais
da
diversidade cultural
-A evolução demográfica da população, sua
-Dimensão
cultural
demográfica
do
e distribuição
espacial
e
indicadores
espaço estatísticos
geográfico
-Movimentos migratórios e suas motivações
-O espaço rural e a modernização da
agricultura
-Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e
-Dimensão
socioambiental
espaço geográfico
do a apropriação do espaço
-A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica
dos
espaços
urbanos
e
a
urbanização
-A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico
-A
circulação
de
mão-de-obra,
das
mercadorias e das informações
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESTRUTURANTES
-Dimensão econômica do espaço -As diversas regionalizações do espaço
geográfico
geográfico
-A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado
-A formação, mobilidade das fronteiras e a
-Dimensão política do espaço reconfiguração dos territórios do continente
geográfico
americano
-A população e a economia da América
-A evolução demográfica da população, sua
distribuição
espacial
e
os
indicadores
-Dimensão cultural e demográfica estatísticos
do espaço geográfico
-Formação,
localização,
exploração
e
utilização dos recursos naturais na América
-Dimensão
socioambiental
do
espaço geográfico
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESTRUTURANTES
-Dimensão econômica do espaço -A nova ordem mundial, os territórios
geográfico
supranacionais e o papel do Estado
-A revolução técnico-científico-informacional
e os novos arranjos no espaço da produção
-O comércio mundial e as implicações
-Dimensão política do espaço socioespaciais
geográfico
-A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios
-A evolução demográfica da população, sua
distribuição
espacial
e
os
indicadores
-Dimensão cultural e demográfica estatísticos
do espaço geográfico
-As
manifestações
socioespaciais
da
diversidade cultural
-Os movimentos migratórios mundiais e
suas motivações
-Dimensão
socioambiental
espaço geográfico
do -A distribuição das atividades produtivas, a
transformação
da
(re)organização
do
paisagem
espaço
e
a
geográfico
mundial
-A dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção
-O espaço em rede: produção, transporte e
comunicação
na
atual
configuração
territorial
ENSINO RELIGIOSO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: PAISAGEM RELIGIOSA
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
TEXTOS SAGRADOS
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Organizações religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual 29 de Novembro - EFM
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: .Araruna
NRE: Campo Mourão
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS
DISCIPLINAS
Total de Horas
Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA E
174
208
LITERATURA
LEM – INGLÊS
106
128
ARTE
54
64
FILOSOFIA
54
64
SOCIOLOGIA
54
64
EDUCAÇÃO FÍSICA
54
64
MATEMÁTICA
174
208
QUÍMICA
106
128
FÍSICA
106
128
BIOLOGIA
106
128
HISTÓRIA
106
128
GEOGRAFIA
106
128
LÍNGUA ESPANHOLA *
106
128
TOTAL
1200/1306
1440/1568
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA
FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto ;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Discurso ideológico
presente no
texto;
Elementos composicionais
do
gênero;
Contexto de produção da
obra
literária;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
travessão, negrito);
Progressão referencial;
Partículas conectivas do
texto;
Relação de causa e
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes
no texto;
Ideologia presente no
texto;
Elementos composicionais
do
gênero;
Progressão referencial;
Partículas conectivas;
Relação de causa e
consequência entre as
partes e
elementos do texto;
Semântica:
- operadores
argumentativos;
- modalizadores;
-sentido conotativo e
denotativo;
- figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralinguísticos:
entonação, expressões
facial,
corporal e gestual,
pausas ...;
Adequação do discurso ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas
(lexicais,
semânticas, prosódicas,
entre
outras);
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, gírias,
repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao
contexto
(uso de conectivos, gírias,
repetições, etc);
Diferenças e semelhanças
entre
o discurso oral e o escrito.
consequência entre partes
e
elementos do texto;
Semântica:
- operadores
argumentativos;
- modalizadores;
- figuras de linguagem;
-sentido conotativo e
denotativo;
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
travessão, negrito, etc.);
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
-
INGLÊS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
GÊNEROS DISCURSIVOS:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Situacionalidade
Intertextualidade
Temporalidade
Elementos composicionais
do gênero;
Emprego do sentido
conotativo e denotativo no
texto;
Palavras e/ou expressões
que
detonam ironia e humor no
texto;
Polissemia
Marcas linguísticas:
coesão,
ESCRITA
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Situacionalidade
Intertextualidade
Temporalidade
Referência textual
Partículas conectivas do
texto
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais
do
gênero
Emprego do sentido
conotativo e
denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões
que
ORALIDADE
Conteúdo temático
Finalidade
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Papel do locutor e
interlocutor
Elementos
extralinguísticos:
entonação, expressões
facial,
corporal e gestual,
pausas ...
Adequação do discurso ao
gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, gírias,
repetição,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
travessão, negrito), figuras
de
linguagem.
Léxico.
detonam ironia e humor no
texto;Polissemia;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
Referência textual
Partículas conectivas do
texto
Discurso direto e indireto
travessão, negrito), figuras
de
linguagem
Acentuação gráfica
Ortografia
Concordância
verbal/nominal
semântica
Adequação da fala ao
contexto
(uso de conectivos, gírias,
repetições, etc).
Diferenças e semelhanças
entre
o discurso oral ou escrito.
ARTE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE
ÁREA MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas
Modal, Tonal e fusão de
ambos.
Gêneros: erudito,
clássico, popular,
étnico, folclórico, Pop ...
Técnicas: vocal,
instrumental, eletrônica,
informática e mista
Improvisação
MOVIMENTOS
PERIODOS
Música Popular
Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-Americano
ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Simetria
Deformação
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte Contemporânea
Arte Latino-Americana
Estilização
Técnica: Pintura,
desenho, modelagem,
instalação
performance,
fotografia, gravura e
esculturas, arquitetura,
história em
Quadrinhos...
Gêneros:
paisagem,natureza-morta,
Cenas
do Cotidiano,
Histórica, Religiosa, da
Mitologia
ÁREA TEATRO
EMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
Personagem:
expressões corporais,
vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos
teatrais, teatro direto e
indireto, mímica,
ensaio, Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação, leitura
dramática
Gêneros: Tragédia,
Comédia, Drama e
Épico
Dramaturgia
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia,
sonoplastia, figurino,
iluminação
Direção
Produção
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Teatro Greco-Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
Teatro LatinoAmericano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
ÁREA DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos articulares
Lento, rápido e
moderado
Aceleração e
desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo,
industrial cultural,
étnica, folclórica,
populares, salão
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria Cultural
Dança Moderna
Vanguardas
Dança
Contemporânea
FILOSOFIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: MITO E FILOSOFIA
TEORIA DOCONHECIMENTO
ÉTICA
FILOSOFIA POLÍTICA
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
ESTÉTICA
CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE
MITO E
TEORIA
FILOSOFIA DOCONHEC
IMENTO
Saber
Possibilidad
mítico;
e do
Saber
conheciment
ÉTICA
FILOSOFIA FILOSOFIA ESTÉTICA
POLÍTICA
DA CIÊNCIA
Ética e
moral;
Pluralidade
Relações
Concepções Natureza da
entre
de ciência;
arte;
comunidade A questão
Filosofia e
filosófico;
Relação Mito
e Filosofia;
Atualidade
do mito;
O que é
Filosofia?
o
As formas
de
conheciment
o
O problema
da verdade;
A questão
do método;
Conhecimen
to e lógica
ética;
Ética e
violência;
Razão,
desejo e
vontade;
Liberdade:
autonomia
do sujeito e
a
necessidade
das normas;
e poder;
Liberdade e
igualdade
política;
Política e
Ideologia;
Esfera
pública e
privada;
Cidadania
formal e/ou
participativa;
do método
científico;
Contribuiçõe
s e limites da
ciência;
Ciência e
ideologia;
Ciência e
ética;
arte;
Categorias
estéticas –
feio, belo,
sublime,
trágico,
cômico,
grotesco,
gosto, etc.
Estética e
sociedade;
SOCIOLOGIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Cultura e Indústria Cultural
Trabalho, Produção e Classes Sociais
Poder, Política e Ideologia
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE
O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
Teorias sociológicas
clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.
O desenvolvimento da sociologia no Brasil
Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Processo de Socialização;
Instituições sociais:
Familiares; Escolares;
Religiosas;
Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).
Cultura e Indústria Cultural
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise
das diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
Cultura afro-brasileira e africana;
Culturas indígenas.
Trabalho, Produção e Classes Sociais
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalismo;
Relações de trabalho;
Trabalho no Brasil.
Poder, Política e Ideologia
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e
legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
Direitos: civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos;
Conceito de cidadania;
Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais no Brasil;
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
A questão das ONG's.
EDUCAÇÃO FÍSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ESPORTE
JOGOS E BRINCADEIRAS
DANÇA
GINÁSTICA
LUTAS
CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE
ESPORTE
JOGOS E
DANÇA
BRINCADEIRAS
GINÁSTICA
LUTAS
Coletivos
Individuais
Radicais
Jogos de
tabuleiro
Jogos
dramáticos
Jogos
cooperativos
Ginástica
artística/olímpic
a
Ginástica de
academia
Ginástica geral
Lutas com
aproximação
Lutas que
mantêm a
distancia
Lutas com
instrumento
mediador
Capoeira
Danças
folclóricas
Danças de
salão
Danças de rua
MATEMÁTICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: NÚMEROS E ÁLGEBRA
GRANDEZAS E MEDIDAS
FUNÇÕES
GEOMETRIA
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
GRANDEZAS
E MEDIDAS
FUNÇÕES
GEOMETRIA
- Números
reais;
- Números
complexos;
- Sistemas
lineares;
- Matrizes e
- Medidas de
área;
- Medidas de
Volume;
- Medidas de
Grandezas
Vetoriais;
- Função Afim;
- Função
Quadrática;
- Função
Polinomial;
- Função
Exponencial;
- Geometria
Plana;
- Geometria
Espacial;
- Geometria
Analítica;
- Geometrias
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
- Analise
Combinatória;
- Binômio de
Newton;
- Estudo das
Probabilidades;
- Estatística;
Determinantes;
- Polinômios.
- Equações e
Inequações
Exponenciais,
Logarítmicas e
Modulares.
- Medidas de
Informática;
- Medidas de
Energia;
- Trigonometria.
- Função
NãoLogarítmica;
Euclidianas.
- Função
Trigonométrica;
- Função
Modular;
- Progressão
Aritmética;
- Progressão
Geométrica.
- Matemática
Financeira.
QUÍMICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA
SOLUÇÃO
Constituição da
matéria;
Estados de
agregação;
Natureza
elétrica da
matéria;
Modelos
atômicos
(Rutherford,
Thomson,
Dalton, Bohr...).
Estudo dos
metais.
Tabela
Substância:
simples e
composta;
Misturas;
Métodos de
separação;
Solubilidade;
Concentração;
Forças
intermoleculare
s;
Temperatura e
pressão;
Densidade;
Dispersão e
VELOCIDADE
DAS
REAÇÕES
Reações
químicas;
Lei das reações
químicas;
Representação
das reações
químicas;
Condições
fundamentais
para
ocorrência das
reações
químicas.
(natureza dos
EQUILÍBRIO
QUÍMICO
LIGAÇÃO
QUÍMICA
Reações
químicas
reversíveis;
Concentração;
Relações
matemáticas e
o
equilíbrio
químico
(constante de
equilíbrio);
Deslocamento
de equilíbrio
(príncipio de Le
Chatelier):
Tabela
periódica;
Propriedade
dos materiais;
Tipos de
ligações
químicas em
relação as
propriedades
dos
materiais;
Solubilidade e
as ligações
químicas;
Interações
Periódica.
suspensão;
Tabela
Periódica.
reagentes,
contato
entre os
reagentes,
teoria de
colisão)
Fatores que
interferem na
velocidade das
reações
(superfície
de contato,
temperatura,
catalisador,
concentração
dos
reagentes,
inibidores) ;
Lei da
velocidade das
reações
químicas;
Tabela
Periódica.
concentração,
pressão,
temperatura e
efeito dos
catalizadores;
Equilíbrio
químico em
meio aquoso
(pH, constante
de ionização,
Ks ).
Tabela
Periódica
intermoleculare
s e as
propriedades
das
substâncias
moleculares;
Ligações de
Hidrogênio;
Ligação
metálica
(elétrons
semilivres)
Ligações sigma
e pi;
Ligações
polares e
apolares;
Alotropia.
REAÇÕES
QUÍMICAS
RADIOATIVID
ADE
GASES
RADIOATIVID
ADE
GASES
Reações de
Oxi-redução
Reações
exotérmicas e
endotérmicas;
Diagramas das
reações
exotérmicas e
endotérmicas;
Variação de
entalpia;
Calorias;
Equações
termoquímicas;
Princípios da
termodinâmica;
Lei de Hess;
Entropia e
Modelos
Atômicos
(Rutherford);
Elementos
químicos
(radioativos);
Tabela
Periódica;
Reações
químicas;
Velocidades
das reações;
Emissões
radioativas;
Leis da
radioatividade;
Cinética das
Estados físicos
da matéria;
Tabela
periódica;
Propriedades
dos gases
(densidade/difu
são e efusão,
pressão x
temperatura,
pressão x
volume e
temperatura x
volume);
Modelo de
partículas para
os
materiais
Modelos
Atômicos
(Rutherford);
Elementos
químicos
(radioativos);
Tabela
Periódica;
Reações
químicas;
Velocidades
das reações;
Emissões
radioativas;
Leis da
radioatividade;
Cinética das
Estados físicos
da matéria;
Tabela
periódica;
Propriedades
dos gases
(densidade/difu
são e efusão,
pressão x
temperatura,
pressão x
volume e
temperatura x
volume);
Modelo de
partículas para
os
materiais
energia livre;
Calorimetria;
Tabela
Periódica.
reações
químicas;
Fenômenos
radiativos
(fusão e
fissão nuclear);
gasosos;
Entropia e
energia livre;
Calorimetria;
Tabela
Periódica.
reações
gasosos;
químicas;
Fenômenos
radiativos
(fusão e
fissão nuclear);
FÍSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: MOVIMENTO
TERMODINÃMICA
ELETROMAGNETISMO
CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE
MOVIMENTO
TERMODINÂMICA
ELETROMAGNETISMO
Momentum e inércia
Conservação de
quantidade de
Movimento (momentum)
Variação da quantidade de
movimento = Impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e
condições de equilíbrio
Energia e o Princípio da
Conservação da energia
Gravitação
Leis da Termodinâmica:
Lei zero da Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Carga, corrente elétrica,
campo e ondas
eletrmagnéticas
Força eletromagnética
Equações de Maxwell: lei
de Gauss para
eletrostática/lei
deCoulomb, lei de Ampère,
Lei de Gauss magnética,
Lei de Faraday)
A natureza da luz e suas
propriedades
BIOLOGIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
MECANISMOS BIOLÓGICOS
BIODIVERSIDADE
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
CONTEÚDOS BÁSICOS
1-Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
2-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
3- Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
4- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
5-Teorias evolutivas.
6-Transmissão das características hereditárias.
7-Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência
com o ambiente.
8-Organismos Geneticamente Modificados.
HISTÓRIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: RELAÇÕES DE TRABALHO
RELAÇÕES DE PODER
RELAÇÕES CULTURAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Tema 1:
Tema 2:
Tema 3:
Tema 4:
Tema 5:
Tema 6:
Trabalho
Escravo,
Servil,
Assalariado
e o Trabalho
Livre.
Urbanização
e
Industrializaç
ão.
O Estado e
as relações
de
Poder.
Os sujeitos,
as revoltas e
as
Guerras.
Movimentos Cultura e
sociais,
religiosidade
políticos e
.
culturais e
as guerras e
revoluções.
GEOGRAFIA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES:
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
CONTEÚDOS BÁSICOS
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnicocientífica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
A circulação de mão- de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
-
LÍNGUA ESPANHOLA
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
GÊNEROS DISCURSIVOS:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Situacionalidade
Intertextualidade
Temporalidade
Elementos composicionais
do gênero;
Emprego do sentido
conotativo e denotativo no
texto;
Palavras e/ou expressões
que
detonam ironia e humor no
texto;
Polissemia
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
travessão, negrito), figuras
de
linguagem.
Léxico.
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Situacionalidade
Intertextualidade
Temporalidade
Referência textual
Partículas conectivas do
texto
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais
do
gênero
Emprego do sentido
conotativo e
denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões
que
detonam ironia e humor no
texto;Polissemia;
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como
aspas,
Referência textual
Conteúdo temático
Finalidade
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Papel do locutor e
interlocutor
Elementos
extralinguísticos:
entonação, expressões
facial,
corporal e gestual,
pausas ...
Adequação do discurso ao
gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, gírias,
repetição,
semântica
Adequação da fala ao
contexto
(uso de conectivos, gírias,
repetições, etc).
Diferenças e semelhanças
entre
o discurso oral ou escrito.
Partículas conectivas do
texto
Discurso direto e indireto
travessão, negrito), figuras
de
linguagem
Acentuação gráfica
Ortografia
Concordância
verbal/nominal