ESCOLA ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO – ENSINO FUNDAMENTAL
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ESCOLA ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO – ENSINO FUNDAMENTAL
COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – PPP ARARUNA – PARANÁ DEZEMBRO-2010 ÍNDICE 1. Apresentação ........................................................................................ 2. Introdução.............................................................................................. 3-Identificação da escola …....................................................................... 3. Princípios norteadores da educação...................................................... 4. Princípios filosóficos do trabalho escolar............................................... 6. Histórico do Estabelecimento................................................................. 7. Organização do trabalho escolar........................................................... 8. Formação dos Profissionais da Educação............................................. 9. Caracterização da População.............................................................. 9.1 Caracterização do curso da EJA......................................................... 9.2 Alunos do Ensino Regular...................................................................... 9.3 Alunos da Educação de Jovens e Adultos............................................. 9.4 Pais............................................................................................ 9.5 Professores...................................................................................... 9.6 Funcionários .................................................................................... 9.7 Equipe Pedagógica ......................................................................... 9.8 Diretores........................................................................................... 10. Objetivo Geral...................................................................................... 11. Objetivos Específicos........................................................................... 12. Análise da Conjuntura Brasileira.......................................................... 13. Conjuntura Paranaense....................................................................... 14. Conjuntura Municipal........................................................................... 15. A Escola hoje....................................................................................... 16. Contradições e conflitos presentes na prática docente....................... 17. Concepções ideológicas...................................................................... 17.1 Homem ............................................................................................. 17.2 Sociedade.......................................................................................... 17.3 Escola................................................................................................ 17.4 Conhecimento................................................................................... 17.5 Educação........................................................................................... 17.6 Ensino-Aprendizagem ...................................................................... 17.7 Avaliação .......................................................................................... 17.7.1 Concepção de Avaliação na EJA...................................................... 17.7.2 Procedimentos e critérios para atribuição de notas na EJA.............. 17.7.3 Proposta de Recuperação de estudos............................................... 17.7.4 Recuperação de Estudos da EJA......................................................... 17.7.5 Aproveitamento de estudos da EJA...................................................... 17.7.6 Classificação e Reclassificação da EJA............................................... 17.7.7 Conselho escolar da EJA..................................................................... 17.7.8 Regime de Progressão parcial............................................................. 17.8 Critérios de organização interna............................................................. 17.9 Princípios de gestão democrática........................................................... 17.10 Acesso, permanência e sucesso da escola …..................................... 17.11 Formação continuada............................................................................ 17.12 Qualidade do ensino-aprendizagem..................................................... Pág. 4 05 6 7 12 15 19 22 24 24 25 26 26 27 28 28 29 30 30 32 33 33 34 35 36 36 37 37 38 39 39 40 42 43 45 45 46 46 46 47 47 47 48 48 48 17.13 Concepções das Diretrizes Curriculares............................................. 52 17.14 Trabalho coletivo- Gestão participativa e Estratégica......................... 53 18 Plano de Ação da Escola.................................................................... 54 18.1 Gestão Democrática.......................................................................... 54 18.2 Gestão Pedagógica........................................................................... 55 18.2.1 Gestão de resultados...................................................................... 56 18.3 Gestão de Pessoas – Formação continuada..................................... 57 18.4 Qualificação dos espaços e equipamentos........................................ 58 19. Recursos didáticos e tecnológicos.......................................................... 58 20-Critérios para elaboração do Calendário Escolar, Horários letivos e não 60 letivos.................................................................................................. 21-Organização da Hora/Atividade........................................................... 61 22-Critérios para organização de turmas e distribuição por 60 professor.................................................................................................... 23-Plano de Ação Pedagógica.................................................................. 61 23.1Ação Pedagógica construída no coletivo e para 61 todos........................................................................................................... 23.2- Eixos Norteadores.......................................................................... 63 23.3- Objetivos.......................................................................................... 64 23.4Reuniões Pedagógicas...................................................................... 65 23.5Conselho de Classe........................................................................... 65 23.6Acompanhamento do trabalho pedagógico....................................... 66 23.7Reuniões e atendimento às famílias.................................................. 67 23.8Atendimento aos alunos..................................................................... 69 24- Agenda 21 na escola................................................................................ 71 24.1- Inclusão Social para uma sociedade solidária........................................ 71 24.2 Tecnologias ..................................................................................... 71 24.3- Programa Nacional de Educação Fical-PNEF........................................ 72 24.4- Cultura Afro-Brasileira, Africana e Índigena........................................... 73 25 Inclusão............................................................................................... 73 25.1 Estágio não obrigatório de alunos que cursam o Ensino Médio............ 74 26 Avaliação e acompanhamento do PPP............................................... 75 26.1 Periodicidade.................................................................................... 76 26.2 Instâncias envolvidas....................................................................... 76 Referências Bibliográficas...................................................................... 78 Anexos........................................................................................................ 79 Apresentação da Proposta Curricular........................................................ 80 Matriz Curricular......................................................................................... 83 Proposta Curricular de Arte..................................................................... 86 Proposta Curricular de Ciências................................................................ 126 Proposta Curricular de Educação Física................................................... 163 Proposta Curricular de Ensino Religioso................................................... 172 Proposta Curricular de Geografia.............................................................. 180 Proposta Curricular de História.................................................................. 198 Proposta Curricular de Língua Portuguesa................................................ 208 Proposta Curricular de Matemática............................................................ 256 Proposta Curricular de Língua Estrangeira Moderna – Inglês.................. 282 1. APRESENTAÇÃO O Colégio Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental e Médio apresenta a nova reestruturação do Projeto Político Pedagógico realizando uma nova análise da estrutura e de sua eficiência, visando responder às novas demandas da sociedade; expressando os movimentos da prática pedagógica, de forma dinâmica e não fragmentada, propondo reflexões e discussões críticas sobre os problemas da sociedade e da educação para encontrar as possibilidades de intervenção na realidade. Esta reestruturação foi norteadas através de discussões coletivas e com a participação da comunidade escolar: Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, Alunos e Pais ou Responsáveis. O colégio tem como filosofia a Pedagogia Histórico-Crítica a qual define uma concepção de homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, cidadania, ciência, trabalho, tecnologia, currículo, ensino, aprendizagem e avaliação articulada à dimensão político-pedagógica na busca de uma educação e sociedade democráticas, bem como apresenta as decisões para o redimensionamento geral desta escola. A partir dessa análise geral no coletivo, a comunidade escolar pressupõe a superação das dificuldades de relações de trabalho, o redimensionamento da teoria e da prática escolar, a fim de melhor compreender as contradições, limites e possibilidades que as constituem. Desta forma, pretendemos empreender ações, ampliar os espaços de participação colegiada na definição de uma educação de qualidade e da gestão democrática e inclusiva deste colégio. 2- INTRODUÇÃO “A escola é um espaço de ensino, aprendizagem e vivência de valores. Nela, os indivíduos se socializam, brincam e experimentam a convivência com a diversidade humana”. Indicadores da Qualidade na Educação, MEC. É nesta convivência, no ambiente educativo, que se pode estabelecer situações que propiciem a busca para uma sociedade mais justa, onde os educandos ainda não estão envolvidos pela imposição maior do capitalismo e podem romper com os mecanismos de extrema dominação e exploração que impedem os indivíduos de exercerem sua verdadeira cidadania. A Proposta Pedagógica, à qual este Projeto se destina, procurará, sobretudo, a busca de práticas que garantam a socialização do conhecimento relacionada ao compromisso comunitário de cooperação e co-responsabilidade. Propõe-se uma concepção de razão que não se queira nada que não seja admissível e aceitável por todos, que se queira somente aquilo que não gere contradições e violências, que respeite sempre o interesse coletivo. Buscando dessa forma uma participação mais efetiva, calcada no conhecimento, julgamento e tomada de decisão consciente. “Somos livres com os outros, não, apesar dos outros”. (Rios, l982, p. 77) 3- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO O Colégio Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental e Médio, localiza-se na Rua Rio Grande do Sul, nº185- CEP 87260-000, com código do estabelecimento de ensino:00012, telefone/ fax (44) 3562-1680, situa-se no Município de Araruna com código:0170, como dependência administrativa da rede estadual de ensino; pertencente ao Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, com código:05, tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná , com o seu Ato de autorização da escola/colégio Resolução nº 4263/77 D.O.E. De 09/12/1977, Ato de reconhecimento da escola/colégio Resolução nº 5354/84 D.O.E., de 25/07/198 Ato da renovação do reconhecimento da escola/colégio Resolução nº 2727/02 D.O.E. 6290 de 09/08/2002, Ato Administrativo da aprovação do Regimento Escolar: nº 104/2000 de 12/06/2000 Resolução nº1523/10- que adequa a nomeclatura do Estabelecimento de Ensino que em decorrência do artigo 1º, passa a denominar-se Colégio Estadual 29 de Novembro- Ensino Fundamental de Médio, com distância entre o Colégio e o NRE DE 20 km. E-mail:[email protected] 4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO Para garantir uma educação com qualidade e construir uma escola para todos sob respaldo na legislação brasileira a Constituição Federal nos diz que “A educação é direito de todos e dever do Estado e da família e será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação profissional” (Art. 205). Na construção para a formação de um cidadão capaz de pensar, de decidir seus próprios caminhos, de ter autonomia, espírito crítico, que seja civicamente responsável e que possa intervir na vida comunitária nosso Projeto Político Pedagógico está pautado nos princípios norteadores da Constituição Federal e da Lei de diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96 que diz: “I- Igualdade de condições para acesso e permanência na escola” (LDB). Não basta dar vagas a todos, faz-se necessário assegurar ao aluno a sua permanência em todos os anos do Ensino Fundamental e Médio. Para tanto, a família deve ser consciente de seu papel e ser co-responsável com a escola no cumprimento deste princípio. A prática pedagógica da escola tem que considerar alternativas e estratégias para remover barreiras para que a aprendizagem e a participação sejam asseguradas a todos, inclusive, aos alunos portadores de necessidades especiais; inclusão educacional responsável. II- “Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber”. Em uma escola a liberdade não pode ser cerceada a título algum. O princípio básico da democracia é a liberdade de expressão e a pluralidade de idéias e formas diferentes de participar e aprender. Este Estabelecimento prima por uma educação que incentive a pesquisa, a experimentação, a construção coletiva, a vivência de novas abordagens e práticas pedagógicas, desenvolvendo valores sociais e éticos, combatendo a discriminação e a exclusão. Princípios que respeitem a diversidade de ânimos, culturas, sentimentos, classes, onde o aluno possa sair da disciplina e contextualizar seu aprendizado, percebendo assim, ligação com a vida. Parafraseando Edgar Morim: “É difícil romper uma linha de raciocínio cultivada por várias gerações”, mas acreditamos que é perfeitamente possível. III – Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas: Ninguém é dono da verdade, ela deve ser livremente buscada e pesquisada pelo confronto de diferentes ideias, concepções, sistemas e doutrinas. O unilateralismo excludente deve ser rejeitado, pois este serve apenas ao totalitarismo e conduz a escravidão humana. Nossos alunos são oriundos de famílias de classes sociais diversificadas tantos em seus costumes, valores, saberes e classe social, suas trajetórias, experiências, conquistas e perdas expressam diferentes concepções de mundo, vividas nos grupos em que pertencem, por isso há necessidade de desenvolver projetos visando maior interação intercultural envolvendo comunidade escolar e comunidade familiar. Para que a diversidade seja parte do cotidiano da escola, são desenvolvidos projetos e trabalhos que respeitem e abordem todo tipo de cultura, crenças, etnias, diferenças sociais, etc., resgatando e construindo valores, para uma convivência feliz com a pluralidade do mundo, no qual também auxilia nesse processo. IV – Respeito à liberdade e apreço à tolerância: O mundo é plural. O fazer pedagógico deve ser aberto, dialógico, reflexivo, crítico e indagador respeitando as diferentes opiniões. Neste sentido a educação deve ser dialógica, para que os alunos busquem uma construção coletiva do conhecimento e que possam resolver seus conflitos através do diálogo, compreendendo que suas atitudes são importantes nesta caminhada e que estas envolvem a cognição. Para tanto, a escola deve incentivar a participação, o respeito mútuo, a solidariedade, o livre exercício do pensar e a liberdade responsável, pautados na justiça e na ética. V – Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino: Isso é princípio da democracia e essencial para que a universalização da educação seja facilitada. VI – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais: O compromisso da escola pública é promover a socialização e a democratização do saber para todos e universalizar o ensino no sentido de incluir todos que não tem acesso ao conhecimento, para que esses objetivos sejam alcançados ela precisa ser gratuita e de qualidade. Portanto, a esse sujeito que tem uma rica experiência e possui diferentes saberes deve ser permitido construir uma identidade positiva e de conhecimento, para que exerça em seu meio o seu direito à diferença, à singularidade, à transparência, à solidariedade e à participação. VII – Valorização do profissional da educação escolar: O Mestre e Doutor em Educação, português, Antonio Novoa, coloca em seus livros o desafio maior dos educadores da atualidade – manter-se atualizado sobre as novas metodologias para desenvolver práticas pedagógicas eficientes. “O aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente”, diz Novoa. Para tanto o Estado precisa investir e valorizar o educador. Essa valorização e essa formação tem como base a realidade, desta escola, onde se desenvolve o trabalho de fato. Cada um de seus profissionais constrói o conhecimento à medida que trabalha e, por isso, qualquer plano de estudo deve ser feito no interior da escola, onde se desenvolve a prática. VIII – Gestão democrática do ensino público: Na busca de contribuir para uma transformação na realidade social, econômica e política do país, a escola deve levar as reflexões e as discussões para serem analisadas por todos os sujeitos que compõem a comunidade escolar. Todos precisam e tem o direito de participar do processo educativo: professores, funcionários, pais, alunos e outros. A gestão democrática se faz quando os componentes da comunidade escolar opinam, colaboram, avaliam, aplaudem ou criticam, para que seja construída uma visão global da realidade e dos compromissos coletivos assumidos. Baseando-se neste diagnóstico a escola tem muito mais chance de acertar em seus processos de intervenção pedagógica. IX – Garantia do padrão de qualidade: Qual o padrão de qualidade aceitável na educação? Segundo o colombiano Bernardo Toro “a escola tem a obrigação de formar jovens, adulto e idosos, capazes de criar, em cooperação com os demais, uma ordem social na qual todos possam viver com dignidade”. É certo que, quando o jovem for adulto, seu campo de atuação será o mundo. Nesta relação com o outro e com a sociedade plural, deverá colaborar para construir uma sociedade mais justa, solidária e de conhecimento. Para a questão das competências mínimas para a participação produtiva e para a inserção social do ser humano neste mundo globalizado, Bernardo Toro, colabora com algumas habilidades que devem servir de parâmetros para o trabalho pedagógico nas escolas. Tais como: domínio da leitura e da escrita, capacidade de fazer cálculos, resolver problemas, analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações, compreender e atuar em seu entorno social, receber criticamente os meios de comunicação, capacidade de acessar e usar melhor a informação acumulada, planejar, trabalhar e decidir em grupo. Acredita-se que se todos os sujeitos do processo educativo se responsabilizam por uma prática pedagógica dialógica, todos têm muito a ensinar e aprender. Neste processo é essencial a valorização do conhecimento e das experiências, extracurriculares do educando, formulando propostas de planos de ensino, atividades significativas dinâmicas e novas formas de organização do trabalho pedagógico. X – Valorização da experiência extracurricular: As desigualdades sociais e as diferenças culturais têm sido consideradas grandes obstáculos à democratização da educação, segundo alguns teóricos e professores. Mas em suas relações sociais, eles experimentam e vivenciam muitas coisas que contribuem para a construção de sua identidade. Todos são possuidores de muitos saberes diferentes, que se a escola souber socializá-los e incorporá-los em seu fazer pedagógico, enriquece e deixa mais significativa a educação progressista defendida por educadores e comunidade. Para tanto, é primordial a escola assumir sua função principal: a competência de ensinar/aprender e educar para a cidadania. Por isso, todo trabalho pedagógico deve ser coletivo e de reflexão contínua. XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais: Ao desenvolver a autonomia e a cidadania participativas em seus educandos, as práticas pedagógicas da escola devem contribuir para que o conhecimento teórico seja aliado a práticas reais. Partindo de problemas reais de sua comunidade, os projetos escolares podem contribuir para instigar nos sujeitos aprendizes, habilidades intelectuais para tomada de atitudes de cooperação, co- responsabilidade, iniciativa e organização. São nessas intervenções na realidade social onde estão inseridos os educandos que podem provocar mudanças e transformações no meio e em si mesmos. Neste sentido a escola precisa continuar construindo um conhecimento interdisciplinar e globalizado que trabalhe o específico, mas que avance para uma compreensão real das relações sociais, possibilitando assim, contribuir para a amenização das injustiças sociais de uma sociedade que é competitiva, seletiva e excludente. As metodologias e abordagens devem facilitar e permitir esses desejos e aspirações. Entre eles: oficinas pedagógicas, trabalhos em grupos, pesquisas de campo, pesquisas na biblioteca, debates e análise críticos, estudos de texto, projetos de leitura, demonstrações em laboratórios, oficinas escolares, entrevistas, observação de práticas sociais, visitas, palestras, projetos extracurriculares, etc. Assim, a escola possibilita ao aluno compreensão, interpretação e análise, interação crítica e produtiva do sujeito no mundo em que vive e participa ativamente. 5. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR A Escola é o espaço da socialização do conhecimento. Sua clientela é a que caracteriza toda a organização do trabalho Escolar. Esta Escola busca diminuir as desigualdades sociais por meio, principalmente, da informação, pois só teremos indivíduos críticos, capazes de fazerem escolhas mais acertadas se obtiverem conhecimento. Para haver transformação é necessário um conhecimento, uma análise, uma busca por aprimoramento em prol de uma coletividade. Não se consegue formar sujeitos com direitos iguais, se a atitude de seus educadores for discriminatória, se continuarem rejeitando a ideia de trabalhar com alunos problemas, se não conseguirem sentir afeto pelos pobres, pelos homossexuais, pelos negros, etc. Esse é o desafio de quem trabalha em Escola Pública. A Escola tem o desafio de ajudar a formar indivíduos, de promover a Educação, e esta, compreende não só o trato da informação, mas também da construção de valores, opiniões, participação, socialização, respeito e atitude. Este Estabelecimento de Ensino deve se posicionar “em prol de sua clientela”, fornecendo meios para a conquista da cidadania, como indivíduos de auto-estima, conscientes de sua condição como agentes que terão que escalar montanhas, as quais terão caminhos difíceis que exigirão muita garra, preparo e sabedoria. Deverá, ainda, promover a participação democrática da Comunidade Escolar, com formação de Conselhos, APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários), Grêmios Escolares, Reuniões, Assembleias, etc. A Escola deve valorizar toda a diversidade cultural, se valendo da riqueza de conhecimentos e do respeito à liberdade de credo, valores, opções sexuais, provocar reflexões e ações que intercedam no equilíbrio ambiental, conscientizando sobre os cuidados e as consequências do homem com o meio ambiente, procurando desenvolver atitudes que reflitam a conscientização desejada. O Colégio Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental e Médio tem o compromisso de promover uma Educação Consciente, voltada para a emancipação humana, mas realizada dentro das condições ofertadas pela Entidade Mantenedora, que tem grande responsabilidade sobre a viabilização da Proposta do Projeto Político Pedagógico da Escola. 6. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO Em 07 de março de 1958 foi criada, pelo Decreto nº 15.216, a Escola Normal Regional, pelo Exmo. Sr. Secretário da Educação e Cultura, Sr. Vidal Vaghoni e Exma. Sra. Chefe do Ensino Normal, Professora Diva Vidal. No dia 11 de março de 1958 foi instalado solenemente com o nome de Escola Regional de Araruna, pelo professor Juvaldir de Oliveira Guimarães, Assistente de Ensino Normal da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Paraná, estando presente o Exmo. Sr. Deputado Felipe Bitencourt e grande número de pessoas, tendo como primeira diretora a Professora Eunice de Miranda Wolff. A denominação “29 de Novembro” é designativo da data magna do Município, pois consta que Araruna era conhecida antigamente pelo nome de Caminho de Peabiru, e formou-se em pleno território comunal de Peabiru, de onde foi desmembrado mais tarde, para se transformar em Município autônomo. Araruna foi elevada a Distrito e sua sede à categoria de Vila em 1952, como unidade administrativa de Peabiru. Em 1954, pela Lei 253 de 26 de Novembro passou a categoria de Município, sendo instalado em 29 de Novembro de 1955. Em 1957, pelo Decreto nº 4 263, de 06 de Dezembro de 1957, foi autorizado a funcionar nos termos da legislação vigente, o Complexo Escolar Castro Alves – Ensino de 1º Grau, passando o então Ginásio Estadual “29 de Novembro”, a denominar-se Escola Estadual 29 de Novembro – Ensino de 1º Grau. Em 1961 ou 1962, passou a denominar-se Escola Normal de Grau Ginasial “29 de Novembro”, mudanças essas feitas, em todas as Escolas Normais Regionais do Estado. Em 1967, de acordo com as Leis de Educação, passou a ser Ginásio Estadual “29 de Novembro”, dando direito às prerrogativas concedidas pelo sistema Estadual de Ensino. Em 1968 a Escola funcionava em prédio de madeira à Rua Rui Barbosa, 466 em dois turnos, diurno e noturno, com 12 (doze) turmas e um total de 324 alunos matriculados. Possuía 04 salas de aula, gabinete de professores, uma cantina e biblioteca. Duas salas de aula funcionavam no Grupo Escolar “Princesa Isabel”, devido à falta de salas no prédio da Escola. Até 1968 havia formado seis turmas de professores Regentes de Ensino. O corpo docente era composto por dezoito professores. Durante o período de 1958 a 2005, a Escola Estadual 29 de Novembro teve 14 gestores: Gestão 1958 a 1959 1960 a 1966 1967 a 1968 1969 a 1971 1972 a 1975 1976 a 1978 1979 a 1980 1981 a 1987 1988 a 1991 1992 a 1993 1994 a 1995 1996 a 1997 1998 a 2001 2001 a 2002 Diretores (as) EUNICE DE MIRANDA WOLFF IDA GAGLIARDI PELÁ EUNICE DE MIRANDA WOLFF ENRIQUETA MARTINELI PESCADOR CAMILA STADNISKI DIRCEU ROMUALDO ONÍLIO PADOVANI MARIA HANEL BARETTA CÍCERO FERNANDES EDNAR MELO CAVALCANTE MARIA GORETTI BARBOSA LAUDENIR MARIA GOBI MOLINA ROSINEIDE DE JESUS CAETANO MARIA CÂNDIDA SOARES KLEIN 2002 2003ou 2005 2006 a 2008 2009 a 2011 CELSO TOMÉ DA SILVA ROSINEIDE DE JESUS CAETANO CLEMAIR BARETTA BIASOTTO JOED APARECIDO RYAL Em junho de 1976 foi inaugurado o novo prédio do Ginásio Estadual 29 de Novembro com recursos da FUNDEPAR em convênio com a Prefeitura Municipal de Araruna, no Governo do Paraná de Jaime Canet Junior e a Administração do Prefeito Municipal Luiz Zavatin. Em setembro de 1996 foi inaugurada a ampliação de 232 m 2 com recursos da FUNDEPAR em convênio com a Prefeitura Municipal de Araruna, no Governo do Paraná de Roberto Requião e Administração do Prefeito Municipal Hermes Campos Teixeira. Em dezembro de 1999 foi alterada a fachada da Escola, com ampliação da sala de recepção em 23,80 m2 de edificação educacional em alvenaria, com recursos da APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) em 84% e parceria com a Prefeitura Municipal de Araruna em 16%. Em setembro de 2005 foi concluída a construção e pintura de 02 salas de aula, anexas a um dos pavilhões das salas de aula, com paredes em alvenaria e madeira, com recursos da APMF. Em Agosto de 2006 foi concluída e inaugurada, com a presença de autoridades locais, e do Secretário da Casa Civil e do Governo do Estado Do Paraná no Governo Roberto Requião: Rafael Latauro, a quadra coberta da escola. Em 2010 foi realizada uma ampla reforma nos banheiros, masculino e feminino, cozinha, salas de aula, no pavilhão administrativo, na casa do zelador, reforma completa na parte hidráulica e elétrica e ainda construção de duas salas e paisagismo no pátio, com recursos da SEED. 7. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR Modalidade de Ensino: Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) Número de turmas: 31 Número de alunos: 886 Número de Professores: 54 Número de Pedagogos: 4 Número de Funcionários: - Administrativo: 7 - Agente de apoio: 8 Número de Diretor Auxiliar: 01 Número de Salas de Aula: 14 Modalidade de Ensino: Educação de Jovens e Adultos (EJA) Equipe Pedagógica: 1 Fundamental Fase II Números de aluno: 60. Número de Turmas: Ensino Médio: Números de alunos:64. Turno de Funcionamento: Matutino Vespertino Noturno Espaço Físico: Ambientes Pedagógicos: - Sala de recursos adaptada - Laboratório de Ciências - Biblioteca adaptada - Laboratório de Informática - Quadra de Esportes Aberta - Quadra de Esportes Coberta - Pátio Coberto - Pátio Arborizado - Sala de Apoio Pedagógico Outros: - Sala Direção - Almoxarifado adaptado - Cozinha adaptada - Sala de Secretaria - Sala de Recepção - Sala dos Profissionais da Educação (Professores e Funcionários) adaptada. - Sala de Arquivos - Cantina - Depósito de Merenda adaptado - Sala de materiais pedagógicos de Educação Física - Banheiros – masculino e feminino dos Profissionais da Educação - Banheiros – masculino e feminino para alunos - Banheiros- adaptado para alunos com necessidades especiais - Casa para Zelador Escolar - Sala de Supervisão/ Orientação 8. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Corpo Docente: Curso Superior ( X ) Pós – Graduação ( X ) Mestrado ( X ) Doutorado ( ) Funcionário Administrativo: Curso Superior ( X ) Ensino Médio ( X ) Magistério ( X ) Profissionalizante ( X ) Pós-Graduação ( X ) Funcionário Aux. Serviços Gerais: Curso Superior ( X ) Ensino Médio ( X ) Magistério ( Profissionalizante ( X ) Pós-Graduação ( 1º grau (Ens.Fund) ( X ) ) ) 9. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A comunidade escolar do Colégio Estadual 29 de Novembro- Ensino Fundamental e Médio é caracterizado pela sua diversidade cultural e heterogênea, com níveis sócio-econômico variados, nos quais os pais e responsáveis são em sua maioria, assalariados, trabalhadores rurais e diaristas, algumas dessas famílias são assistidas pelas instituições assistenciais, tais como: Bolsa Escola, Bolsa Auxilio Alimentação, entre outros planos assistencialistas dos Governos Estadual e Federal. Podemos perceber que ainda existem muitos analfabetos e analfabetos funcionais, que por falta de oportunidade, ou porque tiveram que se inserir na vida do trabalho de forma precoce, deixaram os estudos em segundo plano, ou por outras circunstâncias. Nesse contexto muitos pais não conseguem subsidiar seus filhos no processo de ensino-aprendizagem. 9.1- Caracterização do curso da EJA O colégio tem como uma das finalidades a oferta de escolarização de Jovens, Adultos e Idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino Fundamental e Médio, assegurando-lhe oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e individuais. O curso é caracterizado por estudo presencial desenvolvido de modo a viabilizar processos pedagógicos tais como: 1- Pesquisa e problematização na produção do conhecimento; 2- Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar; 3- Registros utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias, ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos conhecimentos.; 4- vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural. A escola deve prestar total informação quanto a organização das modalidades que podem ser: organização coletiva, e organização individual. 9.2 Alunos da Ensino Regular Os educandos do Colégio Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental e Médio formam uma clientela diversificada, com sua maioria residente na zona urbana; porém nos períodos vespertinos e noturno temos alunos oriundos da zona rural, alunos estes que apesar das suas dificuldades, sejam elas de ordem socieconômica, intelectual, afetiva ou até mesmo no que refere às condições de acesso à escola, alimentação e moradia, esforçam-se para conseguir sanar as suas dificuldades diversas e se dedicam no processo de ensino-aprendizagem dentro dos seus limites e anseios. Portanto a miscigenação de culturas diversificadas requer muito incentivo, motivação e compreensão por parte de todos os sujeitos da educação. O colégio possui alunos com necessidades especiais e em quase todas as turmas, nota-se a presença de alunos com defasagem de conteúdos, egressos de salas multisseriadas de escolas do campo, com condições socioculturais e econômicas diversas, alunos egressos de classes especiais e aqueles que por diversas razões psicológicas e outras, não conseguem acompanhar o processo de ensinoaprendizagem na escola. 9.3- Alunos da Educação de Jovens e Adultos O Educando da EJA (Educação de Jovens e Adulto) é um sujeito sócio-históricocultural com diferentes experiências de vida, que se afastou da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e ou culturais, muitas vezes com ingresso prematuro no mundo do trabalho, evasão ou repetência escolar. Os jovens e adultos que procuraram a EJA precisam da escolarização formal tanto por questões pessoais quanto pelas exigências do mundo do trabalho. Objetivando mais positivos, os horários de atendimento devem ser dinâmicos para que os educandos trabalhadores possam concluir seus estudos. Muitos buscam a escola para desenvolver ou ampliar seus conhecimentos, bem como têm interesse em outras oportunidades de convivência sócia e realização pessoal. A EJA também contempla o atendimento a educandos com necessidades educacionais especiais; considerando sua singular, dá-se prioridade a metodologias educacionais específicas que possibilitem o acesso, a permanência e o seu êxito no espaço escolar. 9.4 Pais: Os pais da comunidade do Colégio Estadual 29 de Novembro, são pais em sua maioria participativos, interessados no processo de ensino-aprendizagem do educando, com ações de co-resposabilidade que assegurem a formação educativa. Os pais são oriundos da zona urbana e da zona rural, muitos desses são assalariados ou trabalhadores rurais, que sempre que possível participam da vida escolar do filho. Um parte dos pais e responsáveis não possuem muito estudo porém tentam ao máximo que os filhos estudem para terem uma condição de vida melhor, incentivando a frequência e a participação do aluno de forma regular no processo de ensino. 9.5 Professores: A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados, com todos os professores com formação acadêmica, muitos com cursos de especialização na área que atuam, alguns com mestrados, além de estar sempre em cursos de formação continuada, através do PDE. Pela natureza do trabalho docente concentrar-se em ensinar como contribuição ao processo de humanização dos alunos historicamente situados, torna-se necessário desenvolver nos alunos conhecimentos e habilidades que possibilitem construir seus saberes-fazeres docentes a partir dos desafios que o ensino como prática social lhe exige, o que lhe possibilita criar sua própria identidade. O conhecimento não deve ser entendido simplesmente como informação, mas sim, como o trabalho das informações através de sua classificação, análise e contextualização. Portanto, a finalidade da educação escolar é possibilitar o trabalho dos alunos quanto aos conhecimentos científicos e tecnológicos, a fim de desenvolver habilidades para operá-los, revê-los e reconstruí-los com sabedoria. Os professores participam na elaboração do projeto politico pedagógico, das propostas pedagógicas curricular, da escolha dos livros didáticos, elaboram o seu plano de trabalho docente, além de desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo aluno, Participando do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais. 9.6 Funcionários: Atualmente o quadro de funcionários de nossa escola conta com profissionais interessados em aperfeiçoar cada vez mais seus conhecimentos, alguns com formação Superior e Pós-graduação consciente de seu papel no contexto educacional, não só como um agente funcional, mas ativamente educador. Grande parte dos funcionários Agentes Educacionais I e Agentes Educacionais II estão sempre dispostos a colaborar para o bom funcionamento da escola em todos os seus segmentos. Atende as necessidades da escola dos alunos e da comunidade escolar, na área de sua competência. O agente educacional I tem em seu encargo o serviços de conservação, preservação, segurança e da alimentação escolar detre outras atividades correlata as sua função participando das diversas atividades escolares. O agente educacional II presta informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do estabelecimento de ensino. Promove relacionamento cooperativo de trabalho com seu colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar. 9.7 Equipe Pedagógica: O papel do Professor Pedagogo foi fortemente valorizado, após sua conquista no refere-se ao âmbito político e pedagógico que transcenderam as funções burocratizantes, disciplinadores e fragmentadoras do processo. Para tal, exige a reflexão e tomada de consciência de seu legítimo papel por parte de toda a escola. O pedagogo é um profissional que pensa o papel da escola historicamente e que media as relações pedagógicas, entre professores, alunos, currículo, metodologia, processo de avaliação, processo de ensino aprendizagem e organização curricular. A função do pedagogo, portanto, se delineia na ação intencional que media e orienta a prática docente à luz de uma concepção de educação progressista. Concepção está voltada para a emancipação das classes populares, comprometida com a formação cultural, com a difusão do conhecimento vivo e com um projeto de sociedade de fato democrático. Portanto o Professor Pedagogo é o mediador na interação com professores e alunos que deve observar e “captar” os problemas e dificuldades para que, no coletivo, possam ser pensadas as ações que conduzam aos caminhos para equacionar os problemas entorno da escola. 9.8 Diretores: A direção é composta pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar, escolhidos democraticamente entre os componentes da comunidade escolar. Sendo os mesmo responsáveis pela efetivação da gestão democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos. O Diretor é cidadão, educador e político. Ele é responsável por todas as atividades na escola e por tudo que ocorre ao seu redor e que afeta diretamente o trabalho escolar. É sua liderança que dá o tom das atividades escolares que cria um clima para aprendizagem, o nível de profissionalismo e a atitude dos professores e dos alunos. O diretor é o principal elo entre a escola e a comunidade. O papel do gestor escolar a partir das novas concepções, reafirmadas pelas políticas públicas, sobre a gestão democrática da educação, procuram promover uma certa flexibilização e descentralização no âmbito escolar, ou seja, busca incentivar maior participação do coletivo. Planejando as ações comprometidas com democratização da Gestão da Escola, e amplamente, com o processo de democratização da sociedade brasileira. Diante disso pressupõem a participação e o envolvimento de todos os sujeitos que se encontram envolvidos com o processo educativo. 10. OBJETIVO GERAL Buscar a organização do trabalho pedagógico na escola com adoção de práticas coletivas e de gestão democrática investindo na cultura do sucesso escolar e no desenvolvimento do compromisso coletivo para a participação e mudanças na realidade social. 11. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Promover a reflexão sobre a conjuntura da realidade nacional, estadual, municipal e escolar; • Estabelecer o verdadeiro papel da Escola e qual é a sua função social; • Entender a sociedade que vivemos para que nela possamos interferir no sentido de busca de aprimoramentos; • Promover a participação coletiva no trabalho educativo (alunos, professores, pais, mães, funcionários, comunidade em geral); • Entender a Escola como território de luta, quer seja para uma educação de qualidade, quer seja pela melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores em Educação; • Desenvolver projetos integrados a todas as disciplinas para a promoção da inclusão, valorização da cultura do campo, valorização da contribuição Afro e outras em nossa cultura e participação na Agenda 21; • Refletir sobre o processo ensino-aprendizagem, entendendo as fases do desenvolvimento humano e os processos diferenciados de como o aluno aprende; • Buscar na Avaliação uma forma de aprimoramento pessoal e coletivo; • Entender a avaliação como um processo, levando em conta não só os resultados das tarefas realizadas, mas também o que ocorreu no caminho; • Fortalecer a atuação dos Conselhos Escolares, APMF e órgãos colegiados da comunidade escolar; • Instigar a curiosidade e a participação em eventos diversos relacionados a ampliação das experiências (Debates, Seminários, Fóruns, Congressos, Conferências, etc.); • Deixar transparente a lisura da aplicação dos recursos públicos e a melhor utilização de equipamentos, espaços e serviços; • Desenvolver laços de afeto pelo ambiente escolar, no sentido de ajudar a preservá-lo e buscar formas harmoniosas de convivência. 12. ANÁLISE DA CONJUNTURA BRASILEIRA A mudança tão necessária na mentalidade do povo e na política do nosso Brasil tem que acontecer urgente. Mas o nosso povo não está mais tão ingênuo! Pelo menos em passos lentos já se percebe alguma mudança. O cenário de corrupção em nosso país ainda é muito grande. O Brasil, no entanto em muitos relatórios internacionais é tido como um país que tem um grande potencial econômico, mas falta mão de obra qualificada para dar garantia aos produtos que saem daqui. Além do atraso na educação, fator de subdesenvolvimento, precisamos diminuir a burocracia, outro grande fator de atraso em nosso país, e também aumentar a qualidade na educação e diminuir o excesso de burocracia que condicionam o nosso país a uma grande desvantagem em relações a muitos países.I Esse contexto atual se dá pela própria história que em sua essência sofreu um atraso terrível a começar pela forma em que fomos colonizados: escravidão dos negros, índios, mulheres, etc. Foi negligenciada por muito tempo a nossa educação e nossa história foi e continua muitas vezes sendo contada sobre a perspectiva européia alienante.I Sobre a conjuntura política as últimas décadas , podemos dizer que foi uma grande conquista democrática a de um operário chegar a presidência da Republica – Luiz Inácio Lula da Silva, gestões 2001-2004 e 2005-2010, e elegendo com o seu apoio a primeira mulher como presidenta da Republica. Ele é um homem do diálogo e manteve uma boa relação exterior. Imagine um operário, metalúrgico chegar a essa função tão importante para um país? Antes éramos acostumados com os burgueses elitizados de alto escalão como presidente da república brasileira e chegar um operário metalúrgico na presidência! É uma conquista histórica para os proletariados! As pesquisas e a nossa experiência prática mostram que melhorou a qualidade de vida dos brasileiros. Fica a esperança de que a atual presidenta possa dar continuidade aos avanços e levar adiante a nossa história e superar defasagens que ainda existem em nosso país. as 13. CONJUNTURA PARANAENSE O Estado do Paraná, localizado na região Sul do Brasil, assim como os demais estados dessa região possuem um desenvolvimento econômico, cultura, privilegiado. A realidade paranaense não difere muito da nação no que tange às questões políticas e econômicas. Somos um estado produtivo na agricultura, na indústria. Temos também várias Instituições de Ensino Públicas e Privadas, mas ainda não temos a aplicação de recursos financeiros suficientes para a Educação, o que tem gerado um ensino que não contempla de forma significativas todas as exigências necessárias para o atendimento de toda a clientela, principalmente àqueles que exigem tratamento específico. Cada governante, verdadeiramente comprometido com o bem da Nação sabe que deve investir na Educação de seu povo, só assim poderemos resolver problemas conscientemente, principalmente os problemas sociais. 14. CONJUNTURA MUNICIPAL Cidade do interior, Araruna possui a característica acolhedora e caseira. Com uma população de 13.367 habitantes. A economia é estruturada pela agricultura, por indústrias alimentícias e moveleiras. Também o comércio pequeno, mas que emprega e sobrevive das necessidades de subsistência de sua população rural e urbana, bem como de alguns fregueses de cidades vizinhas no setor alimentício. A educação oferta ensino Fundamental e Médio a nível Estadual, e Fundamental – Educação Básica e Fundamental de 1ª a 4ª série a nível Municipal. Embora seja um município pequeno, convive com situações de desvalorização de mão-de-obra, com baixos salários, marginalidade (em pequena escala) drogas, e todos os problemas de centros maiores, apenas proporcional ao seu porte. 15. A ESCOLA HOJE O colégio Estadual 29 de Novembro- Ensino Fundamental e Médio, juntamente com a comunidade escolar, tem o compromisso de acompanhar o rendimento e o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem do educando. Dessa forma, a escola é um espaço democrático dentro da sociedade contemporânea, servindo para discutir questões sociais, possibilitar o desenvolvimento do pensamento crítico, trazer as informações, contextualizá-las e dar caminhos para que o aluno busque mais conhecimentos. Além disso, é o lugar de sociabilidade de jovens, adolescentes e também de difusão sócio-cultural. Mas é preciso considerar alguns aspectos no que se refere a sua função social e a realidade vivida pelos educandos. Assim, a educação não é alienante, por ter como finalidade a formação do homem para que este possa realizar as transformações sociais necessárias à sua humanização, buscando romper com os sistemas que impedem seu livre desenvolvimento. O essencial do trabalho educativo é garantir e possibilitar ao homem tornar-se livre, consciente, responsável a fim de concretizar sua humanização. E para isso tanto a escola como as demais esferas sociais devem proporcionar a procura, a investigação, a reflexão, buscando razões para a explicação da realidade, uma vez que é através da reflexão e do diálogo que surgem respostas aos problemas. A educação, vista de um outro paradigma, enquanto mecanismo de socialização e de inserção social e de desenvolvimento da criticidade para um trabalho não alienado, indica um caminho para construção da ética, da cidadania, a consciência política e a capacidade de reflexão. 16.CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE O professor tem claro que tipo de sujeito ele quer formar, sabe que deve ser inovador, que deve proporcionar aprendizagem. O ato de formas diferenciadas de situações de ensinar se faz através de uma sequencia de ações, compromissos e acordos, tácitos ou explícitos, existentes entre alunos e professores que determinam a gestão da classe. Cada aluno é um ser individual que tem diferentes níveis de compreensão. O professor sabe da importância da interação do grupo no processo de conhecimento, mas ainda nem sempre sabe o quê fazer com situações de indisciplina, ou com resultados não satisfatórios de aprendizagens, não sabe como agir quando as tarefas não são realizadas pelos alunos e ainda, quando não se pode contar com a família no processo de construção da aprendizagem e formação da personalidade dos alunos. Essas e outras situações contribuem para as contradições e conflitos instaurados num processo que seria mais satisfatório, caso não houvesse tais dificuldades. E, sanar tais dificuldades, faz com que demoremos mais a chegar ao objetivo principal do ensino, que é o processo de apropriação de conhecimento pelo aluno. 17. CONCEPÇÕES IDEOLÓGICAS 17.1 Homem: Nossa presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto , mas sujeito também da história. Paulo Freire. Precisamos formar homens e mulheres de sensibilidade, respeito, segurança, honestidade, equilíbrio, iniciativa, pesquisadores, criativos, questionadores, humildes e dotados de espírito de indignação com as injustiças sociais, capazes de buscar as transformações necessárias para um mundo melhor. Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.... Eduardo Galeano Estimular o desenvolvimento do ser humano Educar é conscientizar os seres humanos sobre a necessidade de aprender e que esse aprender pode se tornar uma atividade prazerosa. Portanto, deve-se buscar desenvolver nos educandos: O conhecimento: Só o conhecimento nos leva a sabedoria. Se informar é primordial. O intelecto: Desenvolver o pensamento para uma compreensão do todo. Extrapolar o que está no papel ou na visão. Discernir o que vê, lê e ouve. Capacidade para deduzir, criar, concentrar-se e levar à lógica. A técnica: Manter a memória ativa para aprender outras coisas. Quando você menos imagina vai precisar consertar algo, arrumar outras, etc. O físico: Se movimentar é preciso. A energia que produzimos pode desenvolver-se em mais energia para nossas habilidades. Um corpo que se movimenta pode externar uma atitude de bom humor para o ser. Estimular o espírito de competitividade. Preparar para a vida: É necessário estimular no ser humano o aprender a conviver, assim como, num espírito de cidadania, o ser conquista o seu espaço em solidariedade e cooperação. Entender que a felicidade não se compra. Integrar – criar – se responsabilizar – são habilidades de valor. Crescimento social: Trabalhar a conscientização social de que o conhecimento é construído socialmente e que as relações de poder estão interligadas permeando todas as atividades humanas. 17.2 Sociedade: Queremos uma sociedade que não seja hipócrita, que lembre-se de todos os valores humanos na busca de sua sobrevivência, que consiga um equilíbrio entre o desenvolvimento e com aqueles que promovem esse crescimento. Queremos uma sociedade que seja a mesma nas Igrejas e templos, como nas relações de trabalho, de diversão, de busca de direitos, de cumprimento de deveres, uma sociedade que respeite as pessoas e seja justa com os que têm menos. É utópico pensar que teremos uma sociedade voltada para questões humanas, mas não podemos deixar de sonhar. É o sonho que obriga o homem a pensar. Milton Santos A Sociedade é feita de atitudes de homens e mulheres em suas relações com as pessoas e com as questões voltadas à manutenção da mesma. Precisamos de uma sociedade que busque o desenvolvimento de seu povo, que valorize a educação, o aperfeiçoamento intelectual e a sabedoria da convivência. Uma sociedade que se arme de atitude, e não de violência, que busque exigir para si os direitos garantidos pela Constituição e aqueles que ainda não foram discutidos e assegurados pela lei. 17.3 Escola: A Escola Pública deve ser o meio democrático de socialização do conhecimento. Para tanto educadores devem acompanhar as inovações da contemporaneidade, fazendo uma leitura crítica dessas inovações e discutindo-as com seus alunos. Deve ser democrática, proporcionando a participação da Comunidade Escolar para uma gestão transparente e para que haja comprometimento de todos, deve ser criativa, criando oportunidades de aprendizagem, interação e vivência de valores. Também deve refletir as condições de trabalho dos seus trabalhadores em educação e da própria gestão para que ela seja de boa qualidade. Com certeza a escola deve desempenhar o seu papel social, mas não somente esse, não se deve deturpar a natureza da Escola confundindo seu papel. Não deve ser local e ponto de assistencialismo, para isso existe as instituições especializadas, que deverão se incumbir disto. Portanto, deve ser voltada para questões de ensino-aprendizagem. Não discriminadora não excludente. Deve ter ambiente adequado, com salas de aula com número de alunos que possam ser humanamente atendidos pelo professor. É dever do Estado fornecer infra-estrutura física, humana e material adequada para o “excelente” desenvolvimento trabalho educacional (Ex: Psicólogo, técnico em informática, técnico pedagógico em informática, etc...) que sejam fixos no estabelecimento. 17.4 Conhecimento: O tipo de conhecimento adquirido deve ser, o de quem consegue entender o desenvolvimento histórico ocorrido ao longo dos tempos para analisar como a sociedade funciona e por que estamos vivendo o contexto atual, bem como ter clareza do papel que cada um desempenha nessa sociedade para que se possa redirecionar essa sociedade na busca da igualdade de oportunidades. 17.5 Educação: Se procurarmos a definição no Dicionário da Língua Portuguesa sobre Educação, encontramos: Instrução; civilização; formação das faculdades intelectuais; polidez, cortesia. Entende-se então que a educação deve produzir informação e esta deverá provocar uma reação na qual o indivíduo se utilizará dos instrumentos construídos para aperfeiçoar as suas relações sociais, bem como intervir nos mecanismos que organizam essa sociedade. Deve-se valorizar as diversidades culturais, entendendo que o desenvolvimento está associado à contribuição de todas as culturas e que o mundo melhor que procuramos deve-se principalmente ao respeito a cada forma de manifestação sadia dessa cultura. Deve ser desocultadora de verdades. Nem sempre o que se apresenta revela a sua verdadeira natureza, induzindo a conceitos errôneos e mascarados, neste contexto, a tarefa dos educadores é promover uma educação que consiga desvelar as diversas intenções implícitas. 17.6 Ensino-aprendizagem: Na interação que o aluno estabelece com o professor, com os outros alunos e com o conhecimento, é que ele vai compondo e ampliando seu repertório de significados. O aluno não é, pois, simples receptor de estímulos e informações: tem um papel ativo ao selecionar, assimilar, processar, construindo ele próprio seu conhecimento. interpretar, conferir significados, Essa noção de construção de conhecimentos, portanto, de aprendizagem nos remete a imaginar que as situações de ensino deverão proporcionar meios de desafiá-los, ajudá-los com pistas que os motive a buscar as soluções ou conhecer mais sobre o assunto. Deve partir do nível de desenvolvimento efetivo do aluno; de situações do foco de interesse dos mesmos. 17.7 AVALIAÇÃO A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem servindo como um instrumento diagnóstico, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes envolvidos no processo ( aluno, professor, metodologia e instrumentos de avaliação). A função da avaliação segundo Perrenoud, 1999, é antes de tudo, ajudar o aluno a aprender e ao professor ensinar. É considerando esta perspectiva que se dará os critérios de avaliação. Ela terá como finalidade conhecer melhor o aluno em seus vários aspectos, permitindo a constatação do que está ou não sendo aprendido, a adequação do processo ensino bem como uma visão global do processo ensino-aprendizagem. Conforme as ações que desempenham a avaliação apresenta-se em três modalidades: diagnostica, formativa-dialógica e somativa: a) Diagnóstica: tem por fim determinar a presença ou a ausência de conhecimentos e habilidades, buscando detectar pré-requisitos para novas experiências de aprendizagem. b) Formativa-dialógica: é realizada com propósito de informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem, sendo essas informações utilizadas para melhorar o desempenho do aluno e sua formação. c) Somativa: sua função é classificar os alunos no final da unidade, semestre ou ano letivo, segundo níveis de aproveitamento apresentado. Segundo a Resolução Nº 3794/04 a nota 6,0 (seis virgula zero) como média de aprovação para os alunos da Rede Pública Estadual Básica, a partir do ano letivo de 2005. Em nossa escola a nota é bimestral e esta é obtida através de 2 (duas) ou mais avaliações formais, além da recuperação paralela ou seja, recuperação de estudo atingindo até 70% da média e 30% correspondente a atividades diversas, salvo nas disciplinas: Arte, Educação Física, Ensino Religioso, Língua Estrangeira Moderna – Inglês, ou situações específicas como (projetos, dificuldades da turma analisadas em Conselho, e outras que ocorram durante o período letivo, bem como avaliações diferenciadas para alunos inclusos). Bem planejadas e utilizadas as três funções da avaliação podem estar presentes na prática pedagógica, direcionando o planejamento e a ação educacional. Todavia, ressalta-se a importância e a necessidade de priorizar as duas primeiras, que servem de parâmetro para o aperfeiçoamento do trabalho do professor e para uma melhor participação dos alunos no processo de ensino e aprendizagem. Quanto à terceira, há que se cuidar para que ela não seja utilizada para discriminar, rotular ou excluir aqueles que, apesar de não obterem sucesso imediato poderão superar as suas dificuldades ao longo do processo, desde que a ação pedagógica privilegie o aprender e não o punir. É imprescindível que a avaliação configure-se como um processo amplo que precisa acontecer continuamente, por meio de um conjunto previamente planejado de ações organizadas, (desenvolvendo idéias e experiências que possibilitem a participação de todos os envolvidos ensino-aprendizagem ) que objetivam obter informações, o que o aluno aprendeu, como ele aprendeu e em que condições, com que vistas (dentro de suas limitações) sobretudo, ao ajuste e à orientação da intervenção pedagógica (primando por uma educação ética-solidária-inclusiva) afim de que tanto o ensino quanto a aprendizagem primem pela qualidade. Embora estejamos presos ainda, a um sistema quantitativo de avaliação, acreditamos que deveria haver durante o processo avaliativo uma flexibilidade quanto aos resultados quantitativos apresentados pelo aluno. 17.7.1 Concepção de Avaliação na EJA A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta. A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios: • investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos; • contínua: permite a observação permanente do processo ensinoaprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica; • sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo; • abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempoescola do educando; • permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola. Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem. Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização. A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos. É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica. 17.7.2 Procedimentos e Critérios para atribuição de notas na EJA • as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa; • para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota para fins de promoção e certificação. • a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero); para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual; • o educando deverá atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos; • para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero); • os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando; • o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver. 17.7.3 Proposta de recuperação de estudos Para o aluno de baixo rendimento escolar será proporcionado Recuperação de Estudos, de forma paralela, ao longo da série ou período letivo. A recuperação paralela visa reforçar a construção do conhecimento que ficou falha, podendo acontecer através de atividades extra-classe ou mesmo na retomada de conteúdos. Entendendo que será oportunizado ao aluno uma revisão de conteúdos essenciais, também deverá ser oportunizado a ele a alteração do resultado da avaliação, desde que haja recuperado de fato. Caso não haja progresso em sua recuperação de estudos, prevalecerá o resultado atingido anteriormente. 17.7.4Recuperação de Estudos da EJA A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. A recuperação será também individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar. 17.7.5 Aproveitamento de Estudos na EJA O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e prosseguimento de estudos. 17.7.6 Classificação e Reclassificação da EJA Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar. 17.7.7 Conselho Escolar da EJA O Conselho Escolar é concebido como um instrumento de gestão colegiada e de participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Establecimento de Ensino. É composto por representantes da comunidade escolar, compreendida como conjunto dos profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidademente matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos e representantes dos movimentos sociais organizados presentes na comunidae, comprometidos com a educação. 17.7.8 Regime de Progressão Parcial Nosso estabelecimento de ensino ofertava no ano de 2007, o regime de progressão parcial conforme o estabelecido na LDB Nº 9394/96 e na Deliberação Nº 009/01CEE. Entendendo que os alunos que vêm cursando o regime de progressão parcial não têm apresentado maturidade para cursarem paralelamente a série atual, nossa escola optou por não ofertar o regime de progressão parcial e foi alterado no Regimento Escolar em 2007, uma vez que os Regimentos passaram por reformulações. A partir de 2008, foi alterado o Regimento Escolar, onde consta a modificação que o estabelecimento não atenderá mais o regime de progressão parcial. 17.8 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA A Escola deve promover critérios coletivos de Organização para que possa ser assumida por todos. Portanto, é importante que se estabeleça momentos para discussões dos aspectos relevantes de sua organização, criando assim a estrutura ideal para seu funcionamento. 17.9 Princípios de gestão democrática: Compartilhar decisões e informações devem ser as principais características da gestão democrática. Envolver pais, alunos, professores, funcionários e outras pessoas da comunidade na administração escolar é uma das formas de realizar uma gestão transparente e democraticamente correta. A atuação do Conselho Escolar e APMF devem ser incentivadas, bem como a realização de reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentação dos alunos são momentos importantes para haver uma aproximação da comunidade à Escola, no intuito de integrá-la e familiarizá-la. Assim, poderá dar a sua contribuição, valorizando e participando no que é produzido no interior das escolas. 17.10 Acesso, permanência e sucesso na Escola Fazer com que os alunos tenham acesso à escola e nela permaneçam até concluírem os níveis de ensino em idade adequada é uma tarefa que nem sempre depende exclusivamente da Escola, pois a superação dos problemas sociais de nosso país não é tarefa de uma única instituição e bem sabemos que muitos de nossos adolescentes, jovens e adultos se evadem por motivos principalmente financeiros e de valores culturais. Portanto, mesmo tendo consciência de que a Escola não pode fazer tudo sozinha, ela deverá fazer tudo o que pode para resgatar seus alunos e proporcionar-lhes dentro dos seus limites a criatividade, um ambiente agradável, que lhes dê motivos para no mínimo ter vontade de estar na escola, mesmo que isso ainda não signifique de início, vontade de estudar. Uma vez gostando de estar na Escola, ficará mais acessível buscar meios para que estes possam ter algum progresso e sucesso na aprendizagem. 17.11 Formação continuada: O aperfeiçoamento profissional deve ser um anseio dos trabalhadores em educação, pois sabemos que o sucesso no processo educativo depende de atitudes corretas, respeitosas e eficientes no cotidiano da escola e das políticas publicas. O professor tem direito à formação contínua, devendo mesmo receber incentivos de promoções funcionais, dispensas para freqüência de X horas anuais, com as devidas ajudas de custo. 17.12 Qualidade do Ensino-Aprendizagem: Para haver qualidade no Ensino-Aprendizagem é necessário que a Escola se comprometa não só com os conceitos das disciplinas específicas no Currículo. Mas tenha compromisso com uma aprendizagem de conhecimentos relevantes para a sua vida, conhecimentos esses que estejam comprometidos com assuntos importantes da contemporaneidade e que ainda não são amplamente discutidos e valorizados no interior das Escolas. Destacamos então: a) Educação Inclusiva: Deve-se preparar nossos educandos para a aceitação de alunos “diferentes”, ou seja, com necessidades educacionais especiais, bem como também, todos os que de alguma forma sofrem a ação de preconceitos, discriminações e estereótipos. Os princípios filosóficos norteadores do Projeto Político Pedagógico de nossa escola tem como objetivo uma educação emancipatória, pluricultural e desprovida de preconceitos. Para tanto, a Entidade Mantenedora deverá viabilizar serviços de apoio especializados como Sala de Recursos, Professor de Apoio Permanente, Profissional Intérprete e Recursos Materiais adequados para que se tenha condições de acolher sem discriminação os alunos com necessidades educacionais especiais que compreendem aqueles com: • Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento, desde que alfabetizados, dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionada a distúrbios, limitações ou deficiências; • Dificuldades de comunicação ou sinalização, demandando a utilização de outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis; • Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; • Superdotação/ altas habilidades. • Adequação do espaço físico. b) Educação do Campo: Compreender a importância da produção do campo para a sobrevivência do ser humano e a valorização dos saberes do mesmo, entendendo que muitos dos nossos alunos são filhos de agricultores que vivem na cidade, mas se mantém do campo ou que pertencem e vivem no campo, e nos turnos vespertino e noturno recebemos alunos oriundos da zona rural, residentes e trabalhadores do campo. Por isso é preciso contextualizar os conteúdos ao que estão aprendendo e estimular a criação de novos saberes que interferirão para o processo de aperfeiçoamento e desenvolvimento dos meios de utilização dos recursos do campo. O campo hoje, não significa somente ambiente de produção agrícola, mas também espaço privilegiado de lazer, entretenimento e opção de vida; local rico do ecossistema se for preservado e explorado de maneira racional. Cada disciplina deverá contextualizar as atividades e conteúdos, de maneira que o aluno do campo possa estar trabalhando com dados pertinentes à sua realidade, assim quando o professor de matemática for trabalhar problemas envolvendo o uso de equações com incógnitas, o enunciado pode ser elaborado e adequado a situações vivenciadas pelos agricultores ou por uma situação que possa ser abordada e sugerida no campo. Assim, contextualizando a maioria dos conteúdos, e depois trazendo para situações global, o educando poderá ter melhor aproveitamento dos conteúdos aprendidos. c) Qualidade de Vida – Agenda 21 Escolar: O compromisso com a qualidade de vida é uma preocupação mundial e a utilização dos recursos naturais pelas pessoas para a manutenção e sobrevivência deve acontecer de forma consciente e responsável. O Projeto da Agenda 21, que estabelece acordos, regulamentos, Leis e compromissos assumidos para essa utilização responsável, busca essa Qualidade de Vida. A exemplo da Plataforma das ações prioritárias da Agenda 21 Nacional e Brasileira, se faz necessário que cada parcela da Comunidade assuma esse compromisso. Portanto, nossa Escola deve contemplar todas as questões que influenciam essa tomada de consciência através das diversas disciplinas do currículo, com enfoque específico ao tema “Inclusão social para uma sociedade solidária”, onde o objetivo principal é a promoção da saúde e a prevenção de doenças, democratizando o SUS. Acreditamos que cada disciplina poderá contemplar esse assunto a fim de subsidiar o educando e seus familiares. d) Cultura Afro-Brasileira e Africana: A escola deve promover a compreensão do conceito de raça, que é tão pejorativa e estereotipada em nossa sociedade. Para isso deverá promover estudos e valorização das culturas, principalmente a cultura Afro-Brasileira e Africana, cumprindo a Lei 10.639/2003 e o estabelecido na Constituição Federal nos seus Art. 5º I, Art. 210, Art. 206, § 1º do Art. 242, Art. 215 e Art. 216, bem como nos Art. 26, 26ª e 79B na Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que asseguram o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garantem igual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos brasileiros. e) Tecnologias: A escola enfrenta todos os dias um grande desafio, “manter os alunos na escola, apesar de todas as atrações que existe fora da mesma”, para se ter êxito neste processo é necessário que os profissionais da educação, principalmente os professores, se munem das ferramentas tecnológicas diversas, as quais serão facilitadoras e motivadoras da aprendizagem. f) Educação Fiscal: (PNEF) Através do Programa Nacional de Educação Fiscal, nossa escola já vem desenvolvendo um trabalho, nas disciplinas, de conscientização dos direitos e deveres de cada um, visando um cidadão crítico, participativo, cumpridor de seus deveres, visando assim uma sociedade mais justa e igualitária. g) Saúde Preventiva: O objetivo da educação preventiva é Incentivar a promoção da saúde, através de realização de ações e atividades relacionadas com a prevenção de doenças incluidos no currículo de forma multidisciplinar; Oportunizar e incentivar situações de auto-ajuda; estabelecer um programa de atuação em conjunto com os demais profissionais envolvidos nos projetos propostos contemplando prevenção dos seguintes temas: Acidentes Domestico, uso de Álcool, Drogas e Tabagismo, Gravidez na Adolescência, Alimentação Saudável, Hipertensão, Obesidade, Autoestima, Combate a Dengue, Saúde Bucal, Qualidade de Vida, dentre outros. 17.13 CONCEPÇÕES DAS DIRETRIZES CURRICULARES Reduzir as desigualdades sociais, articular propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade, defender uma escola pública gratuita de qualidade articulada com todos os níveis e modalidades de ensino, conceber um professor epistêmico, competente, compromissado, ético, politizado, capaz de agir criticamente em seu cotidiano, devidamente orientado para o trabalho de sua disciplina bem como com o conjunto delas requer romper com a arcaica dicotomia entre fazer e pensar: nesta concepção, as Diretrizes Curriculares devem se dar, a partir de uma produção social, por pessoas que vivenciam determinados contextos históricos e sociais e a partir daí consigam intervir no que está posto. Essa intervenção deve ser coletiva, num fazer e pensar devidamente articulado onde o conhecimento possibilite crescimentos individuais e também coletivos, resultantes da troca e da reflexão sobre as experiências e conhecimentos acumulados por todos e por cada um. Conhecimento esse que sirva como instrumento de superação de desigualdades possibilitando uma sociedade cada vez mais justa. 17.14 TRABALHO COLETIVO - GESTÃO PARTICIPATIVA E ESTRATÉGICA Evidentemente que a gestão democrática é conseguida com a participação de todos os envolvidos e interessados no Processo Ensino/Aprendizagem, mas ela só será possível se o gestor for uma pessoa dinâmica, consciente, aberta e principalmente eleita pela comunidade Escolar. Portanto, será importante acontecer eleições diretas para diretores de Escola, onde a comunidade é que avalia a condução dos trabalhos coletivos coordenada pelo gestor. Do ponto de vista pedagógico, a escola deve estar comprometida com os interesses e anseios das camadas populares, na intenção de proporcionar a essas camadas as condições intelectuais para a busca dos espaços na sociedade e da garantia dos Direitos Humanos que normalmente são lesados, se não houver a condição de luta e consciência. A prática transformadora no interior da escola deve aceitar o desafio da revisão permanente das práticas no cotidiano da escola, de reflexão sobre elas e do compromisso com a democracia em sentido amplo. “A superação da cultura de gestão autoritária só vai acontecer com o debate e a construção coletiva. Com a participação de toda a comunidade escolar via conselhos de escola, conselhos de classe, grêmios estudantis, reunião de pais e mães e reuniões pedagógicas que aprofundem a construção acerca da escola que queremos e de como construí-la. Refletindo e buscando as soluções em conjunto, com consensos possíveis e trabalhando com os dissensos como algo saudável na formação de sujeitos democráticos”. (A ESCOLA COMO TERRITÓRIO DE LUTA, Caderno de debates – VI Conf. Est. de Ed. da APP-Sindicato, pág. 39). 18. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA 18.1 Gestão Democrática: • Realizar Planejamento e avaliação das ações no início de cada ano, bem como, sempre que se fizer necessário com a participação de órgãos colegiados, professores, funcionários, pais e alunos, sobre os acontecimentos na escola; • Boletim informativo aos pais; • Edital de Avisos e Painel Informativo; • Reuniões mensais e sempre que se fizer necessário com Conselhos Escolares e APMF; • Prestação de Contas Financeiras a Comunidade Escolar; • Reunião de Pais para discutir e conhecer as normas da Escola; • Utilização do espaço escolar por outras entidades da Comunidade; • Avaliação e acompanhamento do PPP pelos pais e representantes da Comunidade; • Realização de atividades de Confraternização entre alunos através de Festas Juninas, Festa dos Estudantes e outras oportunizando a participação de todos; • Formatura EJA; • Encaminhamento de alunos a serviços de saúde, Conselho Tutelar e outros serviços públicos quando necessários; • Parceria no desenvolvimento de atividades com os demais serviços públicos (Prefeitura, fundações, Campanhas do Sistema de Saúde, Emater, IAP, etc). • Parceria com outras instituições para a realização de aperfeiçoamento profissional, bem como para oportunizar diferentes aprendizagens para os alunos; • Tratamento a conflitos que ocorrem no dia-a-dia da escola, procurando mediar as situações para que todos, professores, alunos, pais e demais envolvidos possam aprender com a situação gerada; • Verificação com professores, funcionários e representantes das instituições colegiadas sobre as prioridades a serem atendidas no repasse de verbas, como o PDDE e outras; • Incentivo à participação de professores, funcionários, alunos e pais em Programas das diversas esferas do governo que visam incentivar a qualidade da escola; • Incentivo à utilização dos recursos disponíveis na Escola (livros, televisão, vídeos, fitas de vídeo, computadores, Internet) a alunos, professores, pais, etc. 18.2 Gestão Pedagógica • Projeto Político Pedagógico como documento a ser conhecido por toda a Comunidade Escolar; • Planejamento anual por disciplina, contemplando as disciplinas afins que deverão ser trabalhadas na abordagem dos conteúdos; • Professores avaliarem os conteúdos abordados no ano anterior para dar seqüência ao Planejamento; • Elaborar pesquisa sobre opiniões e sugestões dos alunos para o professor planejar suas aulas; • Acompanhamento do Planejamento dos Professores pela Direção e Equipe Pedagógica; • Promoção de visitas para que os alunos possam vivenciar e aprendam sobre equipamentos públicos da região (postos de saúde, hospitais, parques, praças, museus, bibliotecas públicas, centros culturais, asilos, Conselho Tutelar, Fóruns, etc.); • Utilização de diferentes recursos Pedagógicos; • Incentivar formas variadas dos alunos mostrar suas aprendizagens e seus trabalhos (oralmente, por escrito, utilizando teatro, pintura, brincadeiras, etc); • Incentivo a realização de feiras ou exposições das criações dos alunos; • Incentivo e orientação para trabalhos em grupos, pesquisas e experimentos; • Apoio individualizado a alunos com alguma deficiência ou necessidades educacionais especiais; • Cuidado para que todo aluno receba a mesma atenção em sala de aula, evitando situações de discriminação e preconceitos. • Elaboração da agenda escolar com datas importantes para a escola. 18.2.1 Gestão de Resultados • Valorização e reconhecimento do trabalho e esforço dos trabalhadores em Educação; • Avaliação dos Profissionais da Educação, alunos e pais para diagnosticar e melhorar a atuação de todos no processo ensino-aprendizagem. • Realização de pesquisas de satisfação dos alunos e dos pais, com relação ao ensino por ela promovido. • Acompanhar a freqüência dos alunos, procurando as causas de possíveis faltas; • Estabelecer uma maneira de atender e recuperar os alunos evadidos; • Acompanhamento de salas de recursos e de apoio para alunos que apresentam necessidades educacionais especiais; • Viabilização de condições para adequar alunos que estão em situação avançada de aprendizagem bem como àqueles que estão com distorção idade-série; • Realização de Pesquisa de satisfação dos professores em relação ao apoio pedagógico e Direção da Escola no processo ensino-aprendizagem. 18.3 Gestão de Pessoas (Formação Continuada): • Incentivo a formação dos Profissionais da Educação através de grupos de Estudos, capacitações, participação em Seminários, eventos promovidos pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação, etc. • Permuta de parte das Horas-Atividades para a realização de aperfeiçoamento profissional no caso de professores e cronograma de Horário-Especial para funcionários; • Distribuição dos profissionais da Escola de maneira racional para o atendimento das necessidades educacionais; • Organização de horário especial quando os professores são solicitados para cursos ou outras atividades e situações que lhes são garantidas pela Legislação; • Acompanhamento, orientação e reflexão sobre as responsabilidades quanto à pontualidade, assiduidade e da organização e capricho, quanto aos documentos pertinentes à sua função (professores, funcionários, alunos, etc); • Realização de momentos de descontração para promover a integração entre os professores, funcionários, pais e alunos; • Nos Eventos realizados dentro e fora da Escola, convidar e envolver todos os trabalhadores em Educação, Colegiados e pais dos alunos; • Disponibilizar profissional para atendimento dos professores no laboratório de informática; • Atividades recreativas de entrosamento entre alunos, professores e funcionários. 18.4 Qualificação dos Espaços e dos Equipamentos • Disponibilização de documentação dos alunos devidamente organizada e atualizada; • Manutenção dos Equipamentos existentes e instalações em benefício do projeto pedagógico da escola; • Manutenção do Patrimônio Escolar; • Busca de parcerias na comunidade para suprir as limitações físicas – instalações e equipamentos – atendendo o PPP; • Campanhas de conservação das carteiras; • Realização de Projetos de Jardinagem e cuidados com o pátio Escolar; • Aquisição de materiais para uso do professor, como quadro, jogos, mapas, etc; • Manutenção e aquisição de equipamentos didáticos, videocassete, aparelhos de som, fitas de vídeos, DVDs, computadores, etc; • Viabilizar projetos para a criação de salas-ambiente; • Acompanhamento do Programa da Merenda Escolar; • Readequação de espaços físicos para atendimento pedagógico (salas de apoio, recursos e instalações de equipamentos de informática); 19. RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS Entende-se por recursos didáticos, todo o material utilizado para enriquecer e facilitar a compreensão do ensino. Então podemos nos valer de equipamentos, revistas, jornais, vídeos, livros, quadros negros, etc. • Livros didáticos das disciplinas de português, matemática, história, geografia e ciências; • Quadros-negros em todas as salas de aula; • Quadro branco para escrita com pincel (caneta); • retro-projetores de transparências; • televisores; • vídeos; • DVDs; • Mesa de som com, caixa de som; • micro-sistem; • laboratório de informática ,Paraná Digital; • computador na sala dos profissionais da educação; • computadores na biblioteca; • sala de laboratório de ciências, adaptado para sala de aula; • Biblioteca, adaptada em uma sala de aula; • Materiais de matemática (régua grande de madeira, compasso grande de madeira, blocos lógicos, ábacos de pino, esquadro e transferidor de madeira grandes); • microscópios binocolor; • Cartazes sobre anatomia, botânica, química e física; • globos terrestres; • Geoatlas; • CD rooms GLOBO; • Diversos jogos pedagógicos: banco imobiliário, resta um, dominós, xadrez etc. Mapas geográficos: Paraná Político Rodoviário, Paraná Rodoviário Turístico, Brasil Físico, Brasil Climas, Brasil Físico Político, Brasil Político, Brasil Rodoviário, Brasil Econômico, Brasil Vegetação, Brasil Regiões, América do Sul – Físico, América do Sul – Político, Continente Americano – Físico, Europa Político, Ásia Político, 2 Mundi Políticos. As Escolas Estaduais do Paraná recebem transferência de repasse de recursos financeiros do orçamento do Estado, chamado de Fundo Rotativo, instrumento criado, para viabilizar, com maior agilidade a manutenção e outras despesas relacionadas com a atividade educacional. O Fundo Rotativo, normalmente é enviado mensalmente, num total de 10 parcelas ou mais, o que garante o suprimento de algumas necessidades básicas para manutenção da estrutura física e o mínimo do pedagógico. Esse recurso é gerenciado pelo diretor da Escola e acompanhado pela APMF e Conselho Escolar. Além do Fundo Rotativo a Escola tem recebido, uma vez por ano, normalmente em setembro ou outubro o PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola. O PDDE é um programa federal implantado desde 1995 pelo MEC e executado pelo FNDE. A Escola recebe esse recurso, creditado em conta específica na Unidade Executora APMF, visando contribuir com a melhoria de sua infra-estrutura física e pedagógica – melhoria da qualidade do ensino fundamental. O valor a ser creditado em contacorrente, normalmente é decorrente do número de alunos matriculados no ano anterior e registrados pelo censo. 20. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS O Calendário Escolar é elaborado pela Escola seguindo a Legislação vigente para esse fim, respeitando sempre o cumprimento das 800 horas anuais e 200 dias letivos, sendo flexível na questão de feriados e recessos locais, bem como de dias para Planejamento, reuniões pedagógicas e Conselhos de Classe. Portanto cada Escola, cidade ou região, pode ter dias letivos diferenciados desde que se cumpra o mínimo necessário estabelecido na Legislação. Em relação à organização de horários letivos, o Colégio 29 prioriza o atendimento satisfatório do aluno, com cargas horárias coerentes para cada disciplina, no intuito de manter o equilíbrio para o ensino das diretrizes. Quanto às atividades extraclasse, devem sempre estar sob a orientação do professor e acordada com a Direção, equipe pedagógica e os pais dos alunos. 21. ORGANIZAÇÃO DA HORA / ATIVIDADE As horas/atividades de cada professor são organizadas para que coincidam com as demais horas atividades dos professores da mesma disciplina, e quando possível por área para possibilitar a interação dos profissionais de maneira multidisciplinar e mesmo a troca de experiência entre o corpo docente de uma mesma disciplina. Ela se constitui em um direito e um benefício ao professor, ao qual tem um momento para preparar as suas atividades pedagógicas. 22. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR As turmas deverão ser organizadas sem levar em consideração preconceitos em relação à classe social, cor, raça ou desempenho educacional. Não deverão existir seleções elitizadas, evidenciando diferenças. O que deve haver sim é um cuidado para não repetir situações que foram desagradáveis em anos anteriores, portanto, vale ressaltar que, separar alunos que antes juntos provocavam tumultos, prejudicando o rendimento da sala e de si mesmos, não caracteriza atitudes discriminatórias, mas sim critérios que ajudarão a criar ambientes melhores para a aprendizagem. Deverá haver um estudo das turmas formadas e um consenso do perfil do professor para aquela turma, sempre respeitando o direito de cada professor em relação à sua ordem de classificação na distribuição de aulas. 23-PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICA 231 A Ação Pedagógica construída no coletivo e para todos “As pessoas precisam acreditar que podem mudar a realidade. Se deixarem de ter fé nisso, não restará nada além da alienação” [Bono Vox – U2]. O nosso caminho por uma educação de qualidade, para a cidadania, para a liberdade, para a autonomia do ser, para o conhecimento significativo e que instigue o pensar, passa pelo trabalho em grupo, pelo estímulo a curiosidade e a leitura, pelo respeito às diferenças e singularidade dos alunos, pelo direito e oportunidade da palavra, pelas parcerias, pelo compromisso e seriedade do fazer pedagógico. Então, podemos construir em sala uma consciência de valores e conceitos de justiça e paz, elaborados no coletivo e por todos. Queremos uma escola sem discriminação, pública de fato (que saiba acolher e seja um espaço de lutas e crescimento humano), que assuma suas responsabilidades e sua função social real e que seja de todos e para todos, principalmente para os menos favorecidos. Nossa pratica educativa precisa levar em consideração o conhecimento e a cultura dos nossos aprendizes e seus múltiplos aspectos: conceitos, linguagem, ideologia, costumes, tradições, valores, crenças, tipos de organização familiar, econômica, social, etc. O conteúdo deve ser significativo, fazendo o aluno progredir em direção a novas “zonas de desenvolvimento proximal”, propiciando que o mesmo organize esquemas de conhecimento e estruturas de informações e dados, que posteriormente, será utilizável por ele, quando necessário. O aluno deve ser ensinado de tal forma, que no futuro possa aplicar esse conhecimento em prol de si e de uma sociedade mais solidária. A nossa ação pedagógica não pode mais ser repetitiva, memorística e mecânica. Deve potencializar linhas naturais do desenvolvimento cognitivo e afetivo do sujeito, enriquecendo o que ele já sabe com novos conhecimentos e permitir que ele possa ir alcançando níveis superiores de conhecimento. Portanto, a equipe pedagógica irá subsidiar as ações dos professores sugerindo e pesquisando alternativas para o desenvolvimento dos conteúdos e das práticas de socialização com o intuito de criar ambientes propícios para uma aprendizagem significativa e prazerosa. 23.2Eixos Norteadores “Que homem é um homem, se não tenta melhorar o mundo?”. [Ridley Scott - Cruzada] Qualidade do ensino oferecido, garantindo a aprendizagem dos alunos. Os princípios do conhecimento, da cidadania e da cultura, na busca de uma excelência na formação do sujeito. A permanência e a promoção de todos os alunos deve ser uma meta coletiva da escola. O sucesso do ensino depende da sintonia e da parceria entre a escola e a família dos educandos. O aluno é o foco de todas as nossas ações e vamos considerá-lo enquanto sujeito do seu próprio desenvolvimento. A promoção de atitudes e valores necessários à cidadania e à vida comunitária faz parte do currículo escolar. Construir uma escola criativa e alegre onde haja integração, solidariedade e compromisso de todos. 23.3Objetivos: “Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros foram.” [Alexandre Grahan Bell]. - Desenvolver coletivamente, uma ação pedagógica para mobilização dos profissionais da escola na busca da qualidade de ensino; - Oportunizar aos professores: interação analise e conhecimento do Projeto Político Pedagógico da Escola e acompanhar o trabalho, garantindo que este seja executado e avaliado de acordo com critérios, princípios e filosofia explicitado no mesmo. - Promover a articulação entre os vários segmentos da Comunidade Escolar. - Refletir sobre a importância do desenvolvimento pessoal profissional do professor, para construção da competência pedagógica e humana. - Garantir a eficiência e a qualidade do funcionamento da escola, para manter a harmonia, a disciplina e o respeito mútuo. - Buscar junto aos professores construir uma avaliação alinhada com a aprendizagem verdadeiramente contínua, diagnóstica e sistemática. - Tornar a escola mais dinâmica, mais atrativa, mais democrática, aberta a diversidade, mais coerente e com mais compromisso profissional. 64 23.4Reuniões Pedagógicas AÇÃO RESPONSÁVEL PRAZO LOCAL JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTO Equipe Pedagógica Todo bimestre Na escola Discutir as práticas educativas na escola em consonância com os novos paradigmas. - Permitir rodas participativas e de discussões sobre abordagens e metodologias. - Estudar textos que leve a reflexão sobre as práticas educativas. - Trabalhar oficinas que exemplifique o fazer pedagógico mais significativo. Permitir a interação e a troca de experiências entre os professores Direção, Equipe pedagógica e professores O ano todo Na escola Através da interação e socialização podemos aprender e ensinar. - Promover encontros com dinâmicas e questões que colaborem para a troca de idéias. - Organizar encontros nas horas/atividades para reflexões e sugestões de práticas pedagógicas. - Sugerir encontros, passeios, jantares, para confraternização e recreação. Trabalhar a valorização do professor. Direção e Equipe pedagógica O ano todo Na escola Os professores precisam de valorização, pois têm um trabalho muito importante na sociedade. - Oferecer formação continuada com profissionais afins para trabalhar a inteligência interpessoal e intrapessoal. - Realizar oficinas e dinâmicas que valorize o profissional. - Compartilhar os anseios, as angústias e as necessidades dos professores e funcionários. Discutir e interpretar novos paradigmas, novos conhecimentos e saberes para melhorar a ação educativa. Equipe pedagógica Bimestral Na escola A globalização do conhecimento e a popularização das tecnologias obrigam a escola se atualizar e rever seus projetos e metodologias. - Interpretar, compreender e discutir os novos paradigmas educacionais. -Oportunizar estudos das teorias educacionais no decorrer da história. Instigar a reflexão sobre as praticas pedagógicas. 65 23.5 Conselho de Classe AÇÃO RESPONSAVE L PRAZO LOCAL JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTO Melhorar a aprendizage m e buscar a promoção dos alunos. Professores, Equipe Pedagógica e Direção. O ano todo Na escola Analisar aprendizagem real dos alunos em relação aos conhecimentos científicos. - Permitir discussões e questionamentos sobre as reais causas das dificuldades dos alunos na escola. - Levar sugestões de metodologias e abordagens que contemplem as diversidades encontradas em sala. Reflexãoação para reduzir a evasão escolar e hipóteses para intervenção Equipe Pedagógica, Direção e professores. Todo mês Na escola Para garantir uma educação para todos temos que fazer com que o aluno permaneça na escola durante todo o ensino fundamental. Esse, é o grande desafio da nossa escola e de toda a comunidade escolar. - Propor o trabalho de aproximação afetiva com o aluno. - Organizar a sala e as aulas de forma que contemple a participação de todos os alunos. - Organizar gincanas esportivas e pedagógicas. - Oportunizar espaços para apresentações artísticas e mostra de talentos. - Orientar para que os professores desenvolvam aulas mais atrativas e criativas. Discutir e rever as metodologia s e abordagens das aulas e suas eficácias. Equipe Pedagógica e Professores. Bimestral Na escola Os alunos estão dispersos e não conseguem aprender os conteúdos satisfatoriamente. A aprendizagem deve ser pensada em seu contexto. - Questionar as metodologias e abordagens usadas em aulas e possíveis mudanças. - Sensibilizar através de dinâmicas e exemplos sobre a importância das mudanças na evolução do conhecimento. Elaborar projetos de recuperação de estudos Equipe Pedagógica e Professores. O ano todo Na escola Nas salas os alunos apresentam necessidades específicas de acompanhamento. Devemos intervir com ações que colaborem na recuperação dos conteúdos em defasagem. - Investigar e observar em sala e pesquisar junto aos professores as reais dificuldades dos alunos e quais conteúdos que estão em defasagem. - Formular e definir metas e abordagens de ações interventivas. - Elaborar atividades conjuta por disciplina. 66 23.6Acompanhamento do trabalho pedagógico e atendimento aos professores: AÇÃO RESPONSÁVEL PRAZO LOCAL JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTO O ensino ainda é muito fragmentado e compartimentado. Com parcerias, trabalho em equipe e colaborativos podemos amenizar esta situação. Para garantir que os objetivos das ações sejam alcançados coletivamente - Propor estratégias que possam contemplar várias disciplinas. - Propiciar cursos que abordem a interdisciplinaridade. Incentivar a interdisciplinaridade . Equipe Pedagógica O ano todo Na escola Acompanhar, colaborar e orientar as ações desenvolvidas na escola. Equipe Pedagógica Bimestral Na escola Buscar a parcerias dos professores para desenvolver o gosto e o prazer pela leitura. Equipe Pedagógica, Bibliotecária e professores. O ano todo Na escola Um aluno que lê tem maior facilidade de compreensão, melhora seu raciocínio lógico e se desenvolve melhor em todas as disciplinas. Tornar a hora/atividade produtiva e de formação docente Equipe Pedagógica Bimestral Na escola Nem sempre as horas/atividades são produtivas e de formação. É necessário a organização do tempo que os professores têm de permanência na escola - Interar-se dos conteúdos as ações a serem desenvolvidos pelos alunos nas séries. - Verificar se os conteúdos e as abordagens estão em consonância com o PPP,PPC, PTD. - Ouvir os professores para suprir suas necessidades para a execução do seu fazer pedagógico. - Incentivar os professores e bibliotecários, o desenvolvimento de pesquisas. - Elaborar ações de incentivo à leitura e colocar em prática em parceria com os funcionários da escola. - Sistematizar e organizar as horas/atividades dos professores. 67 23.7 Reuniões e atendimentos ás famílias AÇÃO RESPONSAVEL PRAZO Tornar as reuniões significativas e objetivas Incentivar a participação contínua das famílias na escola Direção e Equipe Pedagógica O ano todo Na escola Professores, Direção e Equipe Pedagógica. O ano todo Na escola Garantir um atendimento com qualidade aos pais. Instigar nas famílias o resgate de valores humanos essenciais para uma convivência harmônica e saudável. Elaborar, sugerir e valorizar o trabalho pedagógico. Direção e Equipe Pedagógica e professores. O ano todo Na escola Comunidade Escolar, profissionais palestrantes convidados. O ano todo Informar Professores os Equipe Pedagógica, professores Direção. LOCAL JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTO As famílias querem sugestões, informações e orientações para ajudarem seus filhos. A família precisa responsabilizar-se pela sua função educativa, visto que o sucesso da aprendizagem depende desta parceria. Pais bem orientados colaboram e participam ativamente do processo educativo. - Reuniões para compreensão do processo de ensinoaprendizagem. -Sugerir ações que visem colaborar com os pais na aprendizagem dos filhos. -Conscientizar os pais e responsáveis sobre a importância e papel da família na viada escolar do educando. Na escola O incentivo para o resgate e a criação de valores é fundamental para mudanças de atitudes e posturas. - Discutir nas reuniões limites e responsabilidades. -Promover a interação entre a escola e a sociedade. O ano todo Na escola - Reunir professores para sugerir ações pedagógicas planejadas e coletivas. - Buscar parcerias com as famílias para realizar ações significativas e que seja do interesse da sociedade. -valorizar as ações pedagógicas desenvolvidas pela escola. No Na O trabalho Pedagógico inclui a interdisciplinaridade, promove a interação e parceria entre os professores, pais e alunos e torna os conteúdos mais significativos. Os pais precisam estar e e e - Atender os pais com cordialidade, ouvindo-os e orientando-os. - Informar os pais sobre o funcionamento da escola, o regimento 68 pais sobre os conteúdos das disciplinas, abordagens e os critérios de avaliação. Equipe Pedagógica primeiro bimestre. escola cientes sobre o Processo de aprendizagem para poderem incentivar e ajudar os filhos. escolar e o PPP. - Orientá-los e sugerir maneiras de ajudar os filhos nas tarefas escolares. - Apresentar às famílias os critérios de avaliação da escola, abordagens pedagógicas, etc. 69 23.8 Atendimentos aos alunos AÇÃO PRAZO LOCAL JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTO No primeiro mês de aula. Na escola. - Fazer uma avaliação diagnóstica em todas as disciplinas no início do ano letivo, em especial com as quintas séries. Comunidade Escolar. O ano todo. Na escola. Desenvolver a autoestima dos educandos. Direção, equipe pedagógica, professores e funcionários. O ano todo. Na escola. Os professores precisam conhecer os alunos e o quê possuem de conhecimento, para que o trabalho contínuo inclua todos. Muitos alunos estão desinteressados, dispersos e desmotivados. Vêm à escola por obrigação ou exigência dos pais. Alguns até abandonam a mesma. Há alunos que são passivos, desanimados, sem projetos de vida e com baixa auto-estima, dificultando a interação e a aprendizagem dos mesmos. Construir na escola um espaço de aprendizagem significativa, tornando a escola atrativa para o aluno. Direção, Equipe Pedagógica, Professores e funcionários. O ano todo. Na escola. A escola deve ser um espaço alegre e gostoso onde o aluno possa satisfazer suas curiosidades sobre o conhecimento. Assim nosso aluno terá prazer em vir à escola e participar das atividades educativas. Orientar os alunos e atender suas Equipe Pedagógica. O ano todo. Na escola. Nossos alunos precisam de orientação, serem ouvidos. Avaliação Diagnóstica Aprendizagem. Despertar interesse alunos. RESPONSÁVEL de o dos Professores pedagógica. e equipe - Propor aos professores novas abordagens e metodologias. - Orientar os alunos e verificar seus interesses, aspirações e curiosidades na aprendizagem. - Incentivar nas salas de aulas o trabalho com músicas, de poemas, práticas esportivas, trabalhos em grupos, danças, etc. - Pedir aos professores que em suas aulas ouçam mais os alunos e que façaos exporem suas idéias. - Realizar em parceria com os professores gincanas e atividades extraclasses. - Receber os alunos, solucionar suas dúvidas, conflitos e ouvir sugestões para o nosso trabalho. - Conversar com os alunos no início do ano sobre a importância e a responsabilidade pela assiduidade, o bom relacionamento com os professores e colegas. - Proporcionar aos alunos trabalhos extra-classes (aulas passeios, etc.) e momentos de recreação para maior entrosamento. - Ajudar os alunos a resolver seus conflitos e suas dificuldades de 70 necessidades pedagógicas. Eles têm muito a dizer, a ensinar e aprender . Assim podem colaborar para melhorarmos o trabalho pedagógico. socialização. - Orientá-los e ajudá-los a superar todas as formas de discriminação e exclusão. - incentivá-los quanto ao valor do estudo e da importância do mesmo no cotidiano. 71 24-Agenda 21 na Escola Algumas Ações deverão nortear o trabalho em todas as disciplinas, cada qual enfocando as peculiaridades que são pertinentes ao conteúdo de sua área. 24.1 Inclusão Social para uma Sociedade Solidária Não basta saber sobre as doenças, é preciso buscar condições de sobrevivência digna. É preciso conhecer sobre os serviços disponíveis de atendimento à população; é preciso conhecer os direitos assegurados pela Constituição e pelas leis vigentes, é preciso entender sobre a função de cada especialista. É preciso conhecer sobre alternativas mais saudáveis de sobrevivência, enfim, este projeto deverá fornecer uma consciência global, envolvendo aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos, históricos, culturais, científicos e tecnológicos, cada qual trabalhado dentro da disciplina mais coerente para a abordagem, nada impedindo que um professor, por exemplo, de ciências, possa abordar sobre os aspectos econômicos desta inclusão social. Paralelo a isso, a escola, na busca de uma inclusão social, pretende desenvolver o Projeto Despertar que visa trabalhar em contra-turno alguns temas: xadrez, informática, dança, teatro, música, horta, jardim, esporte e outros, no entanto, para que esse projeto seja colocado em prática precisamos de profissionais que aceitem fazer este trabalho voluntário como “amigo da escola” . Este projeto tem o objetivo de preencher o tempo ocioso do aluno bem como ajudá-lo a melhorar suas aptidões escolares e relacionamento social. Outro Projeto é o Domingo Surpresa realizado bimestralmente com o objetivo de ofertar atividades culturais e esportivas aos nossos adolescentes, pois em nosso município, poucas opções de lazer são ofertadas. 24.2– Tecnologias O uso de tecnologias vem evoluindo e crescendo nos últimos anos, podendo apoiar o ensino e aprendizagem ao mesmo tempo, contribuindo com uma educação mais dinâmica e inovadora. 72 Para isso, é necessário que o educador conheça de fato as novas formas de aprender e ensinar que os recursos tecnológicos nos proporcionam; sendo necessário que passe por uma capacitação pedagógica adequada para o uso destas tecnologias, pois estas já estão presentes no ambiente escolar, mas nem sempre são utilizadas de forma adequada, pois, não nos referimos só a computadores, mas a DVDs, Internet, vídeo, som, revistas, etc., recursos que os profissionais podem e devem utilizar, mas não esquecendo que os mesmos é que são as maiores ferramentas tecnológicas. O que não se pode perder neste cenário, são os objetivos; o que alcançar como alcançar e quais as mudanças será necessário no ambiente para atingir os mesmos. Há uma preocupação por parte da nossa escola em desenvolver uma prática pedagógica voltada para a integração das mídias, através do trabalho por projetos. Um deles é o projeto Despertar que visa, além de integrar o aluno ao mundo tecnológico, capacitar os educadores para que estes possam também desenvolver suas aulas utilizando computadores e Internet. Esse projeto será viável a partir da instalação dos novos equipamentos e Internet. 24.3 Programa Nacional de Educação Fiscal - PNEF Desenvolver o pleno exercício da cidadania é uma proposta da Educação Fiscal. Para o exercício pleno da cidadania se faz necessário que os indivíduos sejam conhecedores dos seus direitos, tenham atitudes políticas e aprendam a agir como fiscalizadores, mas também, cumpridores de seus deveres, uma vez que é a partir daí que se torna possível uma sociedade mais justa. Esta prática já é parte integrante das atividades cotidianas do conjunto de professores, bem como dos demais profissionais da educação. Integrada às atividades desenvolvidas em sala de aula e à Educação Fiscal, temos o Projeto Lixo no Lixo, conscientização feita na educação ambiental por toda comunidade escolar, onde se ressalta a importância da reciclagem e da coleta seletiva realizada pelo município, sendo que além da contribuição com o meio ambiente, este se reverte em benefícios aos cidadãos ararunenses. 73 24.4Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena Atendendo a Deliberação nº. 04/06 do CEE e a Lei nº10.639/03 e nº11.645/08 que trata da obrigatoriedade da Educação das Relações Étnicas Raciais e para o ensino de história e cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, a organização curricular contemplará no decorrer do ano letivo, a Educação das Relações Étnico-Raciais e o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, numa abordagem que permita proporcionar aos alunos uma educação para uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica, pois “Novos estudos demonstram que não existem raças, na espécie humana” (Super-Interessante/Abril 2003). A Cultura Brasileira é resultado da influência de diversas nações, mas é evidente que a Cultura Africana é a que tem mais se evidenciado, portanto, deve-se promover o estudo desta influência na música, na dança, na arte, nos costumes e em todos os setores. Cada professor deve abordar o aspecto de influência no contexto de sua disciplina, permitindo o resgate da identidade do individuo dessa cultura. 25- INCLUSÃO Incluir sempre, excluir nunca. Não deverá ocorrer exclusão no sentido de privar o educando ao seu direito como cidadão em freqüentar as aulas na Escola e de participar das atividades desenvolvidas por ela, exceto se essa atividade trouxer-lhe constrangimento devido limitações físicas ou outras. Sempre levando em consideração o cumprimento dos deveres e o respeito aos direitos do outro. O aluno com necessidades educacionais especiais deverá ser ouvido no sentido de observar quais são seus anseios para melhor integrá-lo. Para que isso ocorra deve haver atendimento especializado pela equipe pedagógica, professores, funcionários, direção, Núcleo Regional de Educação e suporte da Secretaria de Estado da Educação. A Escola deve fazer levantamento das necessidades educacionais especiais de seus alunos no início de cada ano letivo e providenciar as adequações necessárias em relação ao espaço físico e atendimento pedagógico, solicitando junto à entidade 74 mantenedora os recursos necessários à sua execução. Também deve preparar e capacitar os profissionais da educação para o acompanhamento destes alunos, assim a inclusão de um, não deverá se dar à custa do prejuízo dos demais. 25.1 Estágio não Obrigatório de Alunos que Cursam o Ensino Médio É uma atividade de proporção educativa incorporada ao processo ensino aprendizagem, baseada na teoria e prática do sujeito que se encontra na própria realidade da articulação de seus resultados com os conhecimentos universais sistematizados. Desta forma, o trabalho como princípio educativo oferece ao estagiário subsídios a partir das diferentes disciplinas para analisar as relações e contradições sociais, fornecendo instrumento conceituais do mundo de trabalho. O estagiário terá oportunidade de tornar-se ser ativo capaz de pensar, criticar e apreender, o conhecimento e experiências como algo que passa pela sua própria estrutura de formação intelectual, social e humana. Portanto, o estágio é uma via que norteia os conhecimentos escolares e a dimensão mercadológica para o sujeito atuar no mercado de trabalho com autonomia consciente. O estágio como atividade desenvolvida por estudantes, será mediada pelo professor pedagogo, direção e professor da respectiva disciplina. As ações do colégio para com o estagiário: - Conhecer a natureza do estágio e contribuições do aluno estagiário para com a escola e o compromisso firmado pelas instituições; - Obter informações pelo aluno estagiário sobre as ações e objetivos do estágio do qual ele está inserido; - Informações aos professores das respectivas disciplina ou turma pelo pedagogo; - O pedagogo deverá orientar os professores e estagiários as prioridades do cumprimento da Lei 11788/2008 – ressalvando o papel do estagio a partir das relações de trabalho; - As ações desenvolvidas pelos estagiários devem ser observadas pelo professor pedagogo, como também fornecer informações do desempenho do aluno estagiário às instituições envolvidas; 75 − Regimentar que a partir do acordo Direção, pedagogos e instituições, o aluno que se enquadra em projetos de cursos, terá oportunidade de realizar seus estágios no Colégio conforme carga horária solicitada, de acordo com as possibilidades do mesmo. 26 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PPP Para permanecer vivo, educando a paixão, Desejos de vida e de morte é preciso educar o medo. E a coragem. Medo e coragem em ousar. Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente. Medo e coragem em romper com o velho. Medo e coragem em construir o novo. Madalena Freire O trabalho coletivo deve ser avaliado em relação aos objetivos propostos pelo PPP, para que todos percebam quanto estão próximos ou distantes de tais objetivos. Ao 76 mesmo tempo, a avaliação do próprio processo de trabalho em grupo dá a medida do crescimento de cada um e do grupo como um todo. • Através da reflexão em conjunto para obter um retrato da situação; • Pesquisa de satisfação sobre a escola, alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica, direção e pais de alunos realizados através de questionários. • Reunião com pais para acompanhamento e sugestões na execução do PPP; • Disponibilizar Urna de sugestões e Urna de críticas para que alunos, pais, professores e funcionários possam depositar o seu parecer sobre os trabalhos coletivos na escola. 26.1- Periodicidade • Sempre no início de cada ano para conhecer as Propostas do PPP e possíveis adequações para a realidade atual; • No final de cada semestre; • Sempre que se fizer necessário, ou seja, quando surgir uma nova situação da qual exija uma readequação dos procedimentos. 26.2-Instâncias Envolvidas • Todos os Trabalhadores em Educação da Escola; • Trabalhadores em Educação do NRE e SEED; • Alunos; • Pais ou responsáveis pelos alunos; • Comunidade em geral no município; • Outros setores organizados da sociedade. Pode-se perguntar, por exemplo: 1. Nossos objetivos estão claramente definidos? 2. Conhecemos os passos para alcançá-los? 77 3. Estamos caminhando na direção deles? 4. Diagnosticamos causas para os problemas e propomos alternativas? 5. No grupo, todos os integrantes têm tido oportunidade de expressar suas idéias e opiniões? 6. Estão sendo possível conciliar divergências? Como? 7. Os participantes estão assumindo as decisões coletivas. Todos juntos somos fortes Somos flecha, somos arco. Todos nós no mesmo barco Não há nada pra temer... Chico Buarque, Enriquez e Bardotti 78 Referências Bibliograficas CADERNO DE DEBATES. “A escola como território de luta” – IV Conferência Estadual de Educação da APP-Sindicato. CADERNO DE ORIENTAÇÕES GERAIS E SUBSÍDIOS – CURSO DE Diretrizes Pedagógicas e Administrativas para a Educação Básica - SEED, SUED, DEM, DEP, DEJA, DEE, DEF e CADEP. COLEÇÃO “RAÍZES E ASAS” – CENPEC- (Centro de Pesquisas para Educação e Cultura). CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ, 3ª Edição, Curitiba, 1997. INDICADORES DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO – Ação Educativa – Unicef, PNUD, INEP-MEC (Coordenadores). São Paulo: Ação educativa, 2004. MANUAL DE INSTRUÇÕES DO FUNDO ROTATIVO. MANUAL DE INSTRUÇÕES DO PDDE. MANUAL DO PRÊMIO NACIONAL DE REFERÊNCIA EM GESTÃO ESCOLAR. PARECER Nº 003/2004 – CNE/CP. REVISTA “Super-Interessante” , Abril 2003. SAIR DO PAPEL – Cidadania em construção – Raio-Recurso Audiovisual Interativo, (produção) UNICEF, Vila Velha, ES. 79 Anexos 80 COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ARARUNA – PARANÁ APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL “Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão,também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é assumir esse país democraticamente.” Paulo Freire O Colégio Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental e médio vem construindo a Proposta Pedfagógica Curricular por disciplina de maneira democrática, porém seguindo uma linha norteadora que vem sendo trabalhada em cursos de capacitação oferecidos pela SEED, nos quais cada profissional teve a oportunidade de refletir e adquirir novas concepções pedagógicas, bem como, sobre sua atuação como docentes ampliando seus conhecimentos nos estudos e discussões realizadas, contribuindo, desta forma, para uma nova prática de ação pedagógica. Dentro da escola, e mais precisamente em sala de aula, encontramos uma diversidade imensa de sujeitos, os quais, por serem tão diferentes, evidentemente exigem dos educadores práticas pedagógicas, que necessitam ser diferenciadas para que alcancem os objetivos propostos, levando em conta que a escola é direito 81 de TODOS. Quanto maior for a diversidade entre os educandos atendidos, maiores as possibilidades de identificação de escola pública. Assim, precisamos estar atentos para que a instituição educacional seja um lugar onde todos, indistintamente, possam se apropriar do saber, e ainda mais, que a todos seja oportunizado o acesso ao conhecimento e a cultura, além da formação da cidadania consciente, independentemente da classe social, cor, sexo, idade e outros “modelos” que sejam diferentes daquele considerado como hegemônico. Visando formar homens que conquistem seu espaço, valorizando a convivência, de modo que, com equilíbrio, busquem o conhecimento e a sabedoria; para que também, a sociedade seja um reflexo destes, que compartilhe da formação e transformação da humanidade. Neste enfoque, também se faz necessário priorizar o combate a violência, desenvolvendo projetos voltados à emancipação do educando, o espírito de solidariedade, o respeito às diferenças e o fortalecimento das relações interpessoais, contando para tanto com os profissionais da educação desta Escola, os quais já vêm desenvolvendo este trabalho e já apresentam excelentes resultados . Para que se cumpra as metas de uma educação de qualidade, voltada para diversidade de maneira a incluir todos os educandos, respeitando a igualdade de direitos e oportunidades, opta-se por uma proposta histórico-social em que o educando, de posse de seus conhecimentos anteriores, e com dados novos, obtidos através da interação com o professor, com os colegas, com o seu contexto-histórico, físico e social, e da intervenção desses, vai construindo e reconstruindo o seu conhecimento. Desta maneira, pretende-se proporcionar uma aprendizagem que estimule o desenvolvimento intelectual do educando, facilitando-lhe o acesso a novas aprendizagens, pois, além do conhecimento em si, ele aprende estratégias de pensamento para ter acesso ao conhecimento cientifico, para compreensão de situações novas, para soluções de problemas com os quais se depara no dia-a-dia. 82 Assim, a partir do pressuposto que orientem a ação da autonomia, da cidadania, da participação, da democratização do poder, da liberdade, da solidariedade, da felicidade, da sustentabilidade, da identidade cultural para a formação do sujeito sócio-crítico, político, capaz de intervir na realidade, promovendo uma sociedade mais justa e fraterna. Serão enfatizados alguns temas fundamentais como: • A necessidade da preservação e melhoria do meio ambiente; • A qualidade de vida (vida saudável) • O desenvolvimento afetivo, melhorando assim as relações interpessoais; • Formação de pessoas autônomas e críticas capazes de respeitar a opinião dos demais e ao mesmo tempo defender os seus direitos. • A paz e igualdade de direitos e oportunidades. Neste contexto a gestão escolar em conjunto com toda comunidade escolar exerce função primordial para nortear todas as atividades psico-pedagógiacas e administrativas. A aprendizagem torna-se a meta principal nesse caminhar, cujo objetivo é formar esse “novo homem”. Garantir a aprendizagem é dar oportunidades, é criar possibilidades, é construir caminhos para todos. 83 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0170 – ARARUNA ESTABELECIMENTO: 00012 – VINTE E NOVE DE NOVEMBRO, C. E – E FUND/MED ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 – ENS.FUND.5/8 SER TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2004 – SIMULTANEA MODULO: 40 SEMANAS B ÁREAS DE CONHECIMENTO / SÉRIE A ARTE S CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO FISICA N ENSINO RELIGIOSO A GEOGRAFIA C HISTÓRIA I LINGUA PORTUGUESA O MATEMÁTICA N A L C O M U M 5ª 6ª 7ª 2 3 3 1 4 3 4 4 2 4 3 1 3 3 4 4 8ª 2 4 3 2 4 3 3 3 4 4 3 3 4 4 23 23 23 23 SUB-TOTAL LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLES 2 2 2 2 2 2 2 2 P D SUBTOTAL TOTAL GERAL 25 25 25 25 NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96 DATA DE EMISSÃO: 16 DE OUTUBRO DE 2006. ________________________ ASSINATURA DO CHEFE DO NRE 84 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0170 – ARARUNA ESTABELECIMENTO: 00012 – VINTE E NOVE DE NOVEMBRO, C E – E FUND/MED ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 – ENS.FUND.5/8 SER ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2004 – SIMULTANEA TURNO: TARDE MODULO: 40 SEMANAS B ÁREAS DE CONHECIMENTO / SÉRIE A ARTES S CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO FISICA N ENSINO RELIGIOSO A GEOGRAFIA C HISTÓRIA I LINGUA PORTUGUESA O MATEMÁTICA N A L C O SUB-TOTAL M U LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLES M SUB-TOTAL TOTAL GERAL 5ª 6ª 7ª 2 3 3 1 4 2 4 4 2 3 3 1 3 3 4 4 8ª 2 4 3 2 4 3 3 3 4 4 3 3 4 4 22 22 23 23 2 2 2 2 2 2 2 2 24 24 25 25 NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96 DATA DE EMISSÃO: 16 DE OUTUBRO DE 2006. ________________________ ASSINATURA DO CHEFE DO NRE 85 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0170 – ARARUNA ESTABELECIMENTO: 00012 – VINTE E NOVE DE NOVEMBRO, E E – E FUND/MED ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 – ENS.FUND.5/8 SER TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2004 – SIMULTANEA MODULO: 40 SEMANAS B ÁREAS DE CONHECIMENTO / SÉRIE A ARTES S CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO FISICA N ENSINO RELIGIOSO* A GEOGRAFIA C HISTÓRIA I LINGUA PORTUGUESA O MATEMÁTICA N A L C O SUB-TOTAL M U LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS M SUB-TOTAL TOTAL GERAL 5ª 6ª 7ª 2 3 3 1 4 2 4 4 2 3 3 1 3 3 4 4 8ª 2 4 3 2 4 3 3 3 4 4 3 3 4 4 22 22 23 23 2 2 2 2 2 2 2 2 24 24 25 25 NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96 DATA DE EMISSÃO: 16 DE OUTUBRO DE 2006. ________________________ ASSINATURA DO CHEFE DO NRE COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ARTE ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O ensino sistematizado de artes passa necessariamente por uma reflexão sobre a dimensão histórica de seu ensino. Durante o período colonial, incluindo onde hoje é o Estado do Paraná ocorreu, nas vilas e reduções jesuíticas, a primeira forma registrada de arte na educação. O governo do Marquês de Pombal expulsa os Jesuítas do território do Brasil Colônia e estabelece uma reforma na educação colonial, conhecida como Reforma Pombalina, que, fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra, dava ênfase ao ensino das ciências naturais e dos estudos literários. Apesar da formalização dessa Reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças. Constituídos no inicio do século XIX, incluíram em seus currículos, diferentemente dos demais, estudos do desenho associado à matemática e da harmonia na música, características da arte na sociedade burguesa européia no século XVIII e fundamentadas nos princípios do iluminismo. Nesses estabelecimentos públicos houve um processo de dicotomização do ensino de Artes: o de Belas Artes e música para a formação estética e o de artes manuais. Benjamin Constant, responsável pelo texto da reforma, direcionava o ensino novamente para a valorização da ciência e da geometria, propagando o ideário positivista no Brasil. Em alguns momentos de nossa história essa concepção de ensino esteve presente, como no período do Governo de Getúlio Vargas (1930 a 1945) com a generalização do ensino profissionalizante nas escolas públicas; na ditadura militar Oficializada em 08/08/1917 através do decreto 548 (Diário OficiaI IPR). Em contra posição a todas as formas anteriores de ensino que impunham modelos que não correspondiam à cultura dos alunos, como a arte medieval e renascentista dos Jesuítas sobre a arte indígena ou da cultura neoclássica da Missão Francesa sobre uma arte colonial e Barroca com características brasileiras, procurou-se a valorização da cultura nacional, expressa na educação pela escola nova que postulava métodos de ensino em que a liberdade de expressão do aluno era priorizada. Considerava também, que a partir do processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana (cada uma com suas especificidades) constituíram-se na matriz da cultura popular brasileira. Essa valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando romper com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional. O ensino do Canto orfeônico foi a referência para a criação de inúmeros conservatórios de música como o Conservatório Estadual de Canto orfeônico, fundado em 1956, que se transformou em 1967 na Faculdade de Educação Musical do Paraná (FEMP), e em 1991 na Faculdade de Artes do Paraná (FAP) , formando até hoje, professores em música, artes visuais, artes cênicas e dança. Esses processos acentuam-se a partir do final do século XIX com o movimento imigratório. Destacamos entre esses artistas/professores, Emma e Ricardo Koch, Mariano de Lima, Bento Mossurunga, Alfredo Andersen e Guido Viaro, considerados como precursores do ensino da arte no Paraná e desenvolveram, a partir de influências de correntes pedagógicas e através da prática, suas próprias metodologias. O artista Guido Viaro funda em 1937, a Escolinha de Arte do Ginásio Belmiro César, apreciava as idéias de teóricos como Herbert Read, e Lowenfeld, que acreditavam no desenvolvimento do potencial criador e na humanização pela arte. Guido Viaro teve como parceira na educação pela arte, a educadora Eny Caldeira, que no curso com Maria Montessori foi sensibilizada pelas questões relacionadas à arte, no ensino de Arte. Emma contribuiu significativamente para o ensino de Arte ao participar da criação do Departamento de Educação Artística da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Paraná, propondo a instituição de clubes infantis de cultura e a assistência técnica às escolas primárias. Participou também da concepção da Escola de Arte na educação básica do Paraná em 1957, no Colégio Estadual do Paraná (CEP), com o ensino de Artes Plásticas, Teatro e Música, que já era ministrada como Canto orfeônico pelo Maestro Bento Mossurunga, desde 1947. Com o passar do tempo essas atividades foram incorporadas às classes integrais e implantadas no calendário escolar do CEP, onde permanecem até os dias atuais. Nesse contexto, em 1971 foi promulgada a Lei federal n. 5692/71, que no seu artigo 7°, determina a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino Médio. De um processo iniciado em 1988 na prefeitura de Curitiba, é elaborado em 1990, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná no ensino de 1º e 2º graus. Nesse currículo, o ensino de Arte retoma o seu caráter artístico e estético visando a formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico. No final dos anos 80 e na década de 90, professores de Arte das escolas de educação básica, das universidades e profissionais da área que atuavam em museus, organizaram-se em seminários, simpósios nacionais e internacionais, constituindo a FAEB - Federação de Arte Educadores do Brasil; a ABEM Associação Brasileira de Educação Musical e outras Associações regionais. Além de propor novas formas de ensino de Arte nas escolas, principalmente públicas, estes profissionais mobilizaram-se pela manutenção da obrigatoriedade do ensino de Arte no texto da LDB, promulgada em 1996. A nova LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de Educação Básica. Uma característica marcante e explícita tanto das DCNs quanto dos PCNs do Ensino Médio, é a utilização do conceito de estética, tendo como princípios norteadores os pilares: "A Estética da Sensibilidade", a "política da Igualdade" e "A Ética da Identidade”, implícita também na organização dos documentos do Ensino Fundamental. Durante o período de 2003 a 2006 são realizadas diversas ações por parte do Governo do Estado do Paraná que valorizam o ensino de Arte, dentre as quais, destacam-se o estabelecimento de uma carga horária mínima de duas aulas semanais de Educação artística durante todas as séries do Ensino Fundamental. Em 2005 a SEED lançou o I Caderno Temático de História e Cultura afro-brasileira e africana, distribuído para todas as escolas da rede pública estadual promovendo uma ampla reflexão a respeito do papel da Disciplina de Arte em relação à implementação da Lei Federal 10.639/03. Essa lei torna obrigatório no âmbito das escolas brasileiras, oficiais ou privadas, nos níveis de ensino fundamental e médio, o estudo da "história e cultura afro-brasileira e africana". O ensino de Artes deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação. Assim sendo, as diferentes formas de pensar o ensino de Arte são consequência do momento histórico no qual se desenvolveram, com suas relações sócio-culturais, econômicas e políticas. Da mesma forma o conceito de arte implícito ao ensino é também influenciado por essas relações, sendo fundamental que seja problematizado para a organização de uma proposta de diretrizes curriculares. Nessa introdução dos fundamentos teórico-metodológicos serão abordadas as formas de como a arte é compreendida no cotidiano dos estabelecimentos de ensino e como as pessoas se defrontam com o problema de conceituar a arte. Os conceitos que serão tratados neste documento, relacionam-se com os estudos dos conhecimentos da arte e da estética, ou seja, será buscada na filosofia a compreensão dos assuntos do cotidiano. As concepções presentes no senso comum, identificam-se no campo de estudos da estética no mundo ocidental, com as teorias essencialistas de arte: a mímesis e a representação; a arte como expressão e o formalismo. A teoria da mímesis, desenvolvida na Grécia Antiga, tem por definição que a arte é imitação. Essa teoria parte das ideias do filósofo grego Platão, nascido em Atenas (427 a 347 a.C.). Platão afirmava que o mundo das ideias era o único mundo verdadeiro, o mundo sensível só existia enquanto participava do mundo das ideias, do qual era apenas sombra ou cópia. Para o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), nessa concepção cooperam a experiência do sensível e a abstração do entendimento. Aristóteles considera a arte como imitação direta da própria ideia, do inteligível imanente no sensível, imitação da forma imanente na matéria. Na arte, esse inteligível é concretizado na obra, elaborada pelo artista. Na concepção de Aristóteles, a representação é uma outra forma da mímesis, é a apresentação intencional de um objeto de natureza sensorial elou intelectual, resultando numa apreensão da forma mediante a fixação de modelos. Na arte essas concepções vem desde a Antiguidade Clássica, passando pelo Renascimento, vindo até o século XIX, no início da segunda fase da revolução industrial. São a mímesis e a representação, as mais antigas teorias da arte e foram aceitas pelos próprios artistas, por muito tempo, como inquestionáveis, nas quais o valor da arte está nas suas referências, na mensagem nela contida. Ainda hoje, a teoria da representação é referência no cotidiano das escolas e implica no senso de repetição da forma a partir de um modelo pré-estabelecido, aceito como referência formativa no ensino da Arte. Essa idéia da arte como representação, muito presente na escola, enfatiza o fazer técnico e científico de conteúdos reprodutivistas, com uso de modelos e cópias do natural. Na escola, esses conceitos e processos acabam por atribuir à Arte, funções meramente reprodutivistas, seguindo formas padronizadas e mantendo o aluno no aperfeiçoamento da técnica, porém, limitando sua identidade criadora. Contrapondo-se a um modelo de arte, fundamentada na representação fiel ou idealizada da natureza, a arte sob a perspectiva da teoria expressionista, iniciose com filósofos e artistas românticos do final do século XVIII. Essa concepção defendia que a arte deveria libertar-se das limitações das teorias anteriores (mímesis e representação), ao mesmo tempo que deslocava para o artista, ou criador, a chave da compreensão da arte. No ideal romântico da arte, prevalece o subjetivismo e a liberdade de temas e composições inspirados em sentimentos e estados da alma. A concepção expressionista em sua base, evidenciou as contradições da sociedade, a partir das impressões pessoais dos artistas desse tempo histórico. Essa concepção, dividiu-se em dois momentos distintos: A arte como expressão e a arte como forma significante ou formalismo. No movimento formalista, valoriza-se a forma significante, ou seja, a forma é reconhecida e é apreciada pela própria forma. Essas ideias de arte como expressão e formalismo, também encontram-se presentes na educação, a partir das tendências da escola nova e da escola tecnicista. Na ação pedagógica da escola nova, que vê a arte como expressão, o aluno é o centro do processo educacional e o encaminhamento metodológico prioriza o espontaneísmo e o fazer. O principal objetivo é o de assegurar o desenvolvimento da imaginação e autonomia do mesmo. A partir da ação pedagógica da escola tecnicista, que também está presente na prática escolar atual, evidencia-se uma super-valorização da técnica e do mecanicismo no fazer do aluno. Essa tendência traz elementos da arte como forma significante ou formalismo. Essas teorias da arte como mímesis, representação, expressão e formalismo, apesar de tratarem de questões que são próprias da arte, são limitadas por enfocarem e condicionarem a compreensão da mesma em apenas uma dimensão. Na educação, o ensino de Artes amplia o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações. A partir das concepções da arte e de seu ensino já abordadas, estas diretrizes consideram alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta disciplina: O CONHECIMENTO ESTÉTICO Está relacionado à apreensão do objeto artístico em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-se numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas como, por exemplo: palavras na poesia; sons melódicos na música; expressões corporais na dança ou no teatro; cores, linhas e formas nas artes visuais. O CONHECIMENTO ARTÍSTICO Está relacionado com o fazer e com o processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico até o contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sinteses emocionais e cognitivas expressam saberes específicos a partir da experienciação com materiais, com técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro. O CONHECIMENTO CONTEXTUALIZADO Envolve o contexto histórico (político, econômico e sócio-cultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto. A construção do conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação/produção e da contextualização histórica. O ensino de Arte em sua prática pedagógica contemplará as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro. A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. A arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência do real. No ensino de Arte, contrapondo-se a essa alienação capitalista, há possibilidades de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância de criar. A arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais (bens físicos) e imateriais (práticas culturais coletivas). A linguagem, na construção do conhecimento em arte, passa a ser compreendida como o elo de ligação entre o conteúdo do sujeito e a cultura em suas diversas produções e manifestações artísticas. Inclusão é não só reconhecer o diferente mas, aceitá-lo como parte integrante e fundamental para o desenvolvimento humano. Em artes as diferenças é que nos possibilitam encontrar outros universos, outras concepções de mundo e de vida. As riquezas das diferentes culturas é que compõem o mosaico maravilhoso do saber universal, bem como as dificuldades, quer sejam elas físicas ou mentais do indivíduo, possibilitam educar o nosso olhar e nosso sentir diferenciado enquanto ser capaz de superação e de colocação para outrem de formas novas e inéditas do poder da comunicação. Portanto, o ensino de arte deve contemplar atividades que visem atingir a educação inclusiva, visando alcançar a educação plena. A valorização cultura do homem do campo vem de encontro à forma de ver e aceitar o cotidiano da vida no campo. O fazer artístico deve visar a formação do individuo capaz de incluir na sua produção artística a sua preocupação com a qualidade de vida, o meio ambiente (agenda 21),a saúde e o equilíbrio emocional, social e pessoal do meio em que vive. Os conteúdos em artes devem ser trabalhados com vistas também com valorização da cultura Afro-brasileira, visando conhecer sua influência na formação étnico, social e cultural de nosso povo. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA Nesta fase (5ª a 8ª) o ensino de Artes toma a dimensão de se aprofundar um pouco mais na exploração das linguagens artísticas da dança, música teatro e artes visuais. A cada estudo trabalhado não deixar de observar que, ele pode e deve ser explorado de forma universal, ou seja, para que um evento, objeto ou ação aconteça, ela automaticamente interage com diversas outras áreas do conhecimento humano, bem como, ela é fruto do modo de ser e produzir o social que nos cerca. Para cada tema trabalhado, há que se lembrar também a concepção do processo de construção do conteúdo em si ao longo da história, não se deixando de focar o social vivido numa determinada época e que o resultado se tornou hoje o foco de nossos estudos e pesquisas. O ensino de arte objetiva favorecer a apropriação do conhecimento estético pelos alunos a partir dos quais, tenham a autonomia para ampliá-los. Com ênfase no ensino de arte como forma de conhecimento pela produção cultural e como forma de linguagem, podemos desenvolvê-la na escola de diversas formas: Sistematizada: Através da vivência da arte, experiências dos conteúdos sem perder de vista que os conteúdos devem ser também historicizado, ou seja, conhecer a origem, o que acontece hoje e como podemos pensar o futuro. Contexto: Os conteúdos devem ser contextualizados no tempo e no espaço. Ligação: Focados no desenvolvimento do ensino de artes como forma de interlocução e inter-relação, ou seja, o indivíduo, o outro e o mundo na busca incessante de uma identidade pessoal e coletiva; Não perder de vista que o ensino de arte deve buscar a apreensão dos modos de pertencer, estar com, de questionar, dialogar, representar e transformar a realidade. Os conteúdos estruturantes selecionados por essa disciplina vêm constituir a base para a prática pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes compreendem todos os aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de organização dos conteúdos específicos. De cada um dos conteúdos estruturantes pode-se destacar os seguintes aspectos a serem observados nas artes visuais, na dança, na música e no teatro. ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS Esse conteúdo estruturante estará presente em todas as linguagens artísticas, desdobrando-se em conteúdos específicos em cada uma delas. O conhecimento dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo professor como conteúdos de Arte, permitirá ao aluno a leitura e a interpretação das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e o seu dia-a-dia. ARTES VISUAIS Reconhecer, diferenciar e saber utilizar com propriedade diversas técnicas de arte, com procedimentos de pesquisa, experimentação e comunicação própria; Identificar a diversidade e inter-relações de elementos da linguagem visual que se encontram em múltiplas realidades (roupas, cenários, meios de comunicação, vitrines, cenários, movimentos corporais), perceber e analisá-los criticamente. Compreender, analisar e observar as relações entre as artes visuais com outras modalidades artísticas, bem como outras áreas do conhecimento humano. DANÇA E MÚSICA Aperfeiçoar a capacidade de discriminação verbal, visual e sinestésica e de preparo corporal adequado em relação às danças criadas, interpretadas e assistidas. TEATRO Compreender o teatro em suas dimensões artística, estética, histórica, social e antropológica e identificação e aprofundamento dos elementos essenciais para a construção de uma cena teatral: atuantes/papéis, atores/personagens, roteiro/enredo, cenário/locação. PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas as linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação dos elementos básicos dos mesmos na forma de composição, improvisação ou interpretação, 0u seja, nas produções/manifestações percebidas pelos sentidos humanos. Nas produções/manifestações artísticas é que os elementos específicos de cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do(s) artista/autor(es) ou da interpretação do(s) espectador/fruidor(es). ARTES VISUAIS Expressar, representar idéias, emoções, sensações por meio da articulação de poéticas pessoais, desenvolvendo trabalhos grupais e individuais; Construir, expressar e comunicar-se em artes plásticas e visuais articulando a percepção, a imaginação, a memória, a sensibilidade e a reflexão, observando o próprio percurso de criação e suas conexões com os outros. Interagir com variedade de materiais naturais e fabricados, multimeios (computador, vídeo, fotografia), percebendo, analisando e produzindo trabalhos de arte; DANÇA E MÚSICA Saber expressar com desenvoltura, clareza e critério suas idéias e juízos de valor a respeito das danças que cria e assiste. Desenvolver a percepção auditiva e a memória musical, criando, interpretando e apreciando música em um ou mais sistemas musicais, como: modal, tonal, e outros. TEATRO Improvisar com os elementos da linguagem teatral e estabelecer relação de respeito, compromisso e reciprocidade com o próprio trabalho e com o trabalho dos colegas na atividade teatral na escola. Experimentação, pesquisa e criação de meios de divulgação do espetáculo teatral como: cartazes, faixas e outros. ELEMENTOS CONTEXTUALlZADORES Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos. Abrangem a contextualização histórica (social, política, econômica e cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias correntes artísticas e as relações identitárias (local/regional/global) tanto do autor, como do aluno com a obra. Esse processo de desconstrução desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras mais amplas a respeito do objeto de estudo e da realidade. Estará permeando a prática pedagógica do professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que constrói uma possível relação entre elas e permite uma melhor apreensão dos conteúdos em Arte através da Contextualização Histórica; Autores e artistas; Gêneros; Estilos; Técnicas; Relações identitárias locais/regionais/globais. ARTES VISUAIS Desenvolver uma relação de autoconfiança da própria produção com a de outros, valorizando e respeitando a diversidade estética, artística e de gênero. Conhecer e situar profissões e profissionais de artes visuais, observando o momento presente, relacionando-o com o passado, e pensar no cenário social do futuro. MÚSICA E DANÇA Construir uma relação de cooperação, respeito, diálogo e valorização das diversas escolhas e possibilidades de interpretação e criação em dança que ocorrem em sala de aula e na sociedade. Situar e compreender as relações entre corpo,dança e sociedade, principalmente no que diz respeito ao diálogo entre a tradição e a sociedade contemporânea. Interpretar e apreciar músicas do próprio meio sociocultural e nacionais e internacionais, que fazem parte do conhecimento construído pela humanidade no decorrer de sua história. TEATRO Conhecer os diferentes momentos da história do teatro, a tradição dos estilos e a presença dessa tradição no teatro contemporâneo e a prática do teatro como tarefa coletiva de desenvolvimento da solidariedade social. 5ª Série - ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais -Teoria das Artes Visuais -Produção de trabalhos de artes visuais -Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. -Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual. Obs: Inserir no trato dos elementos Básicos das Linguagens Artísticas, das produções/manifestações artísticas e dentro do contexto dos elementos contextualizadores, conteúdos que contemplem a inclusão, educação no campo, agenda 21 e cultura Afro-brasileira. 5ª Série - MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica, cromática... Improvisação Greco-Romana Oriental Ocidental Africana Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música Audição de diferentes ritmos e escalas musicais Teoria da música ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Produção e execução de instrumentos rítmicos. -Prática coral e cânone Rítmico e melódico. -Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. -Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos. 5ª Série - TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Enredo, roteiro. Espaço Cênico, Adereços Técnicas: jogos, teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia, Circo... Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram. Teorias do teatro. ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Produção de trabalhos com teatro. -Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais. -Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os -movimentos artísticos nos quais se originaram. 5ª Série - DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço da dança Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre, interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. -Teorias da dança. -Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição. -Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. -Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança. 6ª Série - ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, Modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta... Arte indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teoria das Artes Visuais. ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno. -Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas. -Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual. 6ª Série - TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Representação Leitura dramática Cenografia Técnicas: jogos teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua, Arena, Caracterização Comédia dell' arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis. -Teorias do teatro. -Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto. -Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas Contemporâneas. -Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais presentes no cotidiano. 6ª Série - MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico,indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental, mista Improvisação Música popular e étnica (ocidental e oriental) ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. -Teorias da música. -Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora. -Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas. -Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical. 6ª Série - DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve, pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Níveis (alto, médio e baixo) Formação e Direção Gênero: Folclórica, popular, étnica. Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana e Indígena. ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. -Teorias da dança. -Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição. -Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas -Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança. 7ª Série - ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual, mista... Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias. -Teoria das artes visuais e mídias. -Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. -Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. -Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. 7ª Série - TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação Espaço Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica... Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo . ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias. -Teorias da representação no teatro e mídias. -Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. -Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. -Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. 7ª Série - MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno ... ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema, Vídeo, TV e Computador); -Teorias sobre música e indústria cultural. -Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. -Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. -Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias relacionadas à produção, divulgação e consumo. 7ª Série - DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente,lado, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias. -Teorias da dança de palco e em diferentes mídias. -Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. -Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. -Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. 8ª Série - ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano... Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-americana Hip Hop Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social. Teorias das Artes Visuais. ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social. -Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. -Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. 8ª Série - TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação Espaço Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social. -Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. 8ª Série - MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental, mista... Gêneros: popular, folclórico, étnico. Música Engajada Música Popular Brasileira Música contemporânea ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Percepção dos modos de fazer música e sua função social. Teorias da Música. -Produção de trabalhos com os modos de organização e Composição musical, com enfoque na Música Engajada. -Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. 8ª Série - DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance, moderna. Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea ABORDAGEM PEDAGÓGICA -Percepção dos modos de fazer dança e sua função social. -Teorias da dança. -Produção de trabalhos com os modos de organização e Composição da dança como fator de transformação social. -Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. -Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. METODOLOGIA DA DISCIPLINA O enfoque cultural baliza as discussões em Arte, pois é na associação entre a Arte e a Cultura que podem se dar as reflexões sobre a diversidade cultural e as produções/manifestações culturais que dela decorrem. A cultura será abordada como resultante do trabalho que abrange as práticas sociais historicamente constituídas pelos sujeitos. O ensino de arte será abordado tendo como principio a compreensão da arte como linguagem, no sentido mais amplo do termo, como sendo o estudo da geração, da organização e da interpretação de signos verbais e não-verbais. Busca-se para tanto, a apropriação da concepção de linguagem de Bakhtin que afirma que a mesma é condição fundante no processo de conhecimento do mundo e, ainda, que a constituição dos sujeitos se dá nas interações sociais, nas quais, sujeito e linguagem constituem-se mutuamente. Os signos possuem um caráter sócio-ideológico e encontram-se em constante mudança, operando nas transformações da sociedade e das ideologias (BAKHTIN,2002). Cada signo não é apenas um reflexo, uma sombra da realidade, mas também um fragmento material dessa realidade, portanto é um fenômeno do mundo exterior. Assim, a materialização dos signos se realizará por meio de múltiplas linguagens (verbais ou não-verbais), gerando múltiplos efeitos de sentidos e ampliando as possibilidades de leitura de mundo dos sujeitos envolvidos nessa dinâmica. Nessa perspectiva, quando a arte abre-se ao vigor da linguagem 'como fonte de potencialização de signos, considera a construção das subjetividades do. sujeito enquanto autor/fruidor, pois quando se associa o ensino de arte à linguagem é possível perceber e interpretar os valores estéticos das sociedades, representados nos bens culturais materiais e imateriais. A partir do seu processo de significação e de sua condição polissêmica essa disciplina se desenvolve possibilitando a aproximação do aluno com o universo artístico. As associações da arte com a cultura e com a linguagem no Ensino Fundamental se justificam na medida em que se considera que nesse nível de ensino se darão os primeiros contatos formais dos sujeitos com a arte. Dessa forma, a apropriação dos conhecimentos específicos da disciplina se dará, a princípio, a partir da sua realidade cultural, na interação do aluno com as produções/manifestações artísticas abordadas pelo professor, ele irá ampliar sua visão de mundo e compreender as construções simbólicas de outros sujeitos, pertences às mais diversas realidades culturais. O tratamento dos conteúdos deverá considerar: • As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região, as várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística como produção cultural; • As peculiaridades culturais de cada aluno/escola como ponto de partida para a ampliação dos saberes em arte; • As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos processos de criação e execução nas linguagens artísticas; • A experimentação como meio fundamental para a ressignificação desse Componente Curricular, levando em conta que essa prática favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos; O encaminhamento metodológico deste documento de Proposta curricular orienta o tratamento a ser dado a cada uma das linguagens artísticas, constituindose no referencial para o planejamento dos conteúdos, a ser construído pelo professor. Contemplará as manifestações e produções artísticas através de elementos básicos, contidos em cada linguagem artística, priorizando e valorizando o conhecimento nas aulas de Arte. Nas Artes Visuais o professor explorará as visualidades em formato bidimensional, tridimensional e virtual, podendo trabalhar as características específicas contidas na estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no espaço. Em Dança, o principal elemento básico a ser estudado é o movimento. A partir do seu desenvolvimento no tempo, espaço o professor poderá explorar as possibilidades de improvisação e composição com os alunos. As aulas de Dança poderão também abordar questões acerca das relações entre o movimento e os conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem esteticamente a realidade vivida. Na Linguagem Musical, a simples percepção e memorização dos sons presentes no cotidiano não se caracteriza como conhecimento musical. Há que se priorizar no tratamento escolar dessa linguagem, a escuta consciente dos sons percebidos, bem como a identificação das suas propriedades, variações e as maneiras intencionais de como esses sons são distribuídos numa estrutura musical. Essa escuta atenta, propiciará o reconhecimento da organização desses elementos nos repertórios pessoais e culturais propostos durante as aulas. O desenvolvimento da linguagem do teatro na escola também estará se ocupando de tratar da montagem do espetáculo, a reflexão sobre cada um dos seus elementos formadores pelo conjunto de signos presentes nessa linguagem, como construídos de forma a proporcionar ao aluno em seu processo de aprendizagem, o conhecimento por meio do ato de dramatizar. Desse modo, propõe-se ao professor a reflexão, revisão e reavaliação do processo de ensino e de aprendizagem para que, além da produção pictórica de conhecimento. A escola como espaço de formalização de saberes, possibilitará o acesso e o estudo das informações visuais, a fim de proporcionar ao aluno o conhecimento, aliado à integração e à criticidade. A riqueza de elementos dessa diversidade presente na cultura brasileira (e regional), é importante referencial para que o aluno possa dialogar com o conhecimento estético visual e para que, através da percepção desses elementos, se reconheça nesse panorama cultural. A releitura de obras de arte, vai além da sua simples reprodução ou ainda do "arremedo" de seu processo, caracterizado por sutis modificações ou pelo acréscimo de cores e formas, sem que se tenha estabelecido contextualização e reflexões significativas. Com isso, o espaço de discussão pela linguagem das artes visuais passa a ter um papel decisivo no processo de intelectualização da percepção visual dos alunos para a desconstrução/ampliação do olhar. A máscara no teatro, o registro gráfico da música ou o figurino e maquiagem da dança, que ocorrerão a partir dos conteúdos estruturantes da Disciplina. O professor estará com isso, propiciando a experiência estética pela combinação dos sentidos. Para o ensino da dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamento das aulas, a inter-relação dos elementos próprios da linguagem da dança com os elementos culturais que a compõem. O objeto central da linguagem da dança é o movimento. O estudo do "corpo que dança e do corpo na dança" e a prática das possibilidades do movimento são objetos e, fontes de conhecimento sistematizado e transformador (MARQUES, 2005). A investigação do "contexto" no qual a manifestação da dança foi e é produzida, compreende aspectos, muitas vezes, não aparentes, tais como: sociais, culturais e históricos, ou seja, o "meio" de criação destes repertórios. Esses contextos revelarão elementos que permitirão a compreensão dessas manifestações e aproximarão os contextos estudados das realidades dos alunos. Perceber a dança como forma de expressão e entendimento das realidades próximas e distantes e da maneira como as pessoas percebem seus corpos em movimento nas diversas culturas é fundamental para se alcançar os objetivos do ensino dessa linguagem na escola. A dança na escola será desenvolvida abordando as relações dos elementos básicos dessa linguagem com os saberes referentes a ela e presentes na cultura. O som é a matéria-prima da música. Porém a simples percepção e memorização dos sons que nos rodeiam não se caracteriza como conhecimento musical. Dessa forma, afirma-se que o ensino da música na escola visa a proporcionar ao aluno "...0 desenvolvimento de suas sensibilidades estética e artística, o desenvolvimento da imaginação e do potencial criativo, um sentido histórico da nossa herança cultural, meios de transcender o universo musical de seu meio social e cultural, o desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor, o desenvolvimento da comunicação não-verbal" (HENTSCHKE,1994, p.28-35). É importante entender que a canção é uma forma musical híbrida que se utiliza da palavra cantada, ou seja, uma forma que agrega texto e música e que está presente no repertório musical. A percepção musical requer um trabalho constante do professor para o desenvolvimento da atenção e da memória do aluno. A organização dos sons no espaço e no tempo é inerente à estruturação musical. O ensino de arte está associado à experiência de elaboração e manipulação dos elementos a ela pertinentes. Em música, a produção de sons é inerente ao fazer musical. A música como linguagem implica repensar a realidade por meio das relações sonoras que foram estabelecidas e sistematizadas pelo homem. A dramatização é inerente ao homem, e as encenações estão presentes desde os primórdios da humanidade, nos ritos como expressão de diferentes culturas, nos gêneros (da tragédia, da comédia e do drama), nas correntes estéticas teatrais, nos festejos populares, nos rituais do nosso cotidiano, na fantasia e nas brincadeiras infantis, sendo as mesmas manifestações que pertencem ao universo do conhecimento simbólico do ser humano. Na escola, as propostas do enredo e das ações das personagens podem ser enfatizadas pela utilização de espaços alternativos para a cena, ou seja, o professor precisa pensar em outros espaços da escola, além do anfiteatro e do salão nobre, como espaço para desenvolver a aprendizagem em teatro. Ao serem 'vivenciadas na escola, as teorias cumprem, ao mesmo tempo, o objetivo de educar pelo teatro e para o teatro, no tocante à formação de platéia. É na linguagem teatral e em seus gêneros, propostos como jogo do riso, do sofrimento e do conflito que se vêem refletidas as maneiras de sentir o mundo através de um ser criado (a personagem num mundo- cena). AVALIAÇÃO O objetivo da Arte no Ensino Fundamental é propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes nos bens culturais. Numa avaliação significativa, é preciso também que o professor tenha conhecimento da linguagem artística em questão. A avaliação em Arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade. A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações e/ou produções. As propostas podem ser socializadas em sala, possibilitando oportunidades para o aluno apresentar. refletir e discutir a sua produção e a dos colegas. sem perder de vista a dimensão sensível contida no processo de aprendizagem dos conteúdos das linguagens artísticas. No processo avaliativo o professor precisa considerar o processo pessoal de desenvolvimento de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola. Em artes visuais vale como processo avaliativo a observação do aluno nos seguintes aspectos: • Consegue estabelecer relações com o trabalho de arte produzido por si, por seu grupo e por outros sem discriminação estética, artística, ética e de gênero; • Identifica os elementos da linguagem visual e suas relações em trabalhos artístico e na natureza. Em música e dança usamos os seguintes critérios: 1. Sabe mover-se com consciência, desenvoltura, qualidade e clareza dentro de suas possibilidades de movimento e das escolhas que faz; 2. Toma decisões próprias na organização dos processos criativos individuais e de grupo em relação a movimentos, música, cenário e espaço cêncio. 3. Conhece as principais correntes históricas da dança e as manifestações típicas de sua comunidade, Estado e País; 4. Cria e interpreta com autonomia, utilizando diferentes meios sonoros para representar suas idéias. 5. Utiliza corretamente os elementos básicos da linguagem musical; Em teatro: 1. Sabe improvisar e atuar nas situações de jogos, explorando as capacidades de seu corpo e de sua voz; 2. Está capacitado para dramatizar e encenar cenas, reconhecendo e organizando recursos para a sua estruturação. 3. Emite opiniões sobre as atividades teatrais do grupo, com clareza e com critério, sem discriminação estética, artística, étnica ou de gênero. 4. Se identifica momentos importantes da história do teatro. A Avaliação é feita no acompanhamento contínuo do aluno pelo seu professor procurando desenvolver no educando uma forma pessoal de se expressar artisticamente, bem como do mesmo conhecer diversas formas de expressão, desenvolvendo-se intelectual, social e profissionalmente. Será feita também através da realização de exposições e apresentação de grupo durante o decorrer do ano, pelos seus trabalhos e participação em sala de aula, sendo valorizados todos os trabalhos que ele efetivamente realizar fora e dentro da sala de aula. A avaliação tem o objetivo de formar no aluno o seu senso artístico próprio, oportunizando a ele ser um agente transformador de senso artístico próprio, oportunizando a ele ser um agente transformador de seu mundo. Ao professor, o processo avaliativo é, sem dúvida nenhuma, a oportunidade que o mesmo possui para não só observar o outro mas, observar a si mesmo em sua prática de ensino, eis que aí se apresenta excelente oportunidade para a reflexão de sua prática pedagógica. REFERÊNCIAS CANTELE, Bruna Renata, LEONARDI, Angela Cantele. Arte, Linguagem Visual, Ens. Fundamental de 5ª a 8ª séries. Vols. 1 e 2. Ed. IBEP - SP – 2001. JUNIOR, Isaías Marchesi. Atividades de Educação Artística. Vols. 1,2,3 e 4. Ed. Ática. SP – 1992. SEED-PR, Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Diretrizes Curriculares de Artes/Arte - Curitiba – 2009 VASCONCELLOS, Thelma, NOGUEIRA, Leonardo. Educação Artística - Reviver Nossa Arte - Vols. 1,2,3 e 4. Ed. Scipione. SP – 1993. COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA “Para o espírito científico, todo o conhecimento é resposta a uma pergunta. Se não há pergunta, não pode haver conhecimento científico. Nada é evidente. Nada é gratuito. Tudo é construído”. Gaston Bachelard A história da ciência se constrói com a evolução do pensamento do ser humano, que passou a questionar e se interessar pelos fenômenos à sua volta. Toda a evolução do pensamento humano esteve naturalmente atrelada às adaptações realizadas por ele no sentido de sua sobrevivência, portanto, intencional aos seus propósitos. Compreender os mecanismos que levaram o homem a descobrir a ciência e a fazer ciência, contribuirá para o ensinar e aprender ciências, norteando ainda mais a continuidade do progresso da ciência de forma consciente. Alguns processos importantes da história marcaram acentuadamente o pensamento da humanidade e, em consequência disso, a ciência. Portanto é interessante visualizar a influência que o ensino dessa disciplina sofreu ao longo da história marcada por interesses políticos e econômicos que nortearam as pesquisas científicas e consequentemente os currículos das escolas e universidades. É evidente que o espírito científico da humanidade guiou grande parte da evolução da ciência, pois graças a contribuição de filósofos da ciência como: Cláudio Ptolomeu, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Isaac Newton e tantos outros, pudemos nos questionar e compreender melhor os fenômenos e acontecimentos à nossa volta. Tivemos avanços significativos ao diferenciar o que é senso comum, e o que pode ser considerado ciência, embora exista muito a desvendar nas relações que estabelecemos entre mito e verdade. Outro fator a ser considerado no ensino de ciências é a concepção que cada professor e cada aluno tem em relação à ciência. Diante da história da ciência e das contradições apresentadas em sua evolução, fica evidente o caráter falível e o ceticismo de sua aceitação como verdade absoluta. A trajetória do Currículo de ciências sofre, portanto, como já dissemos, influência de correntes filosóficas ou de interesses políticos e econômicos no decorrer dos tempos. Destacam-se o “ensino das verdades clássicas (década de 20); a experiência pela experiência (década de 50); a solução de problemas pelo método científico (década de 60); as unidades de trabalho com base na tecnologia educacional (anos 70)”. (DOMINGUES et al. 2000, p. 194). Timidamente e não em todas as séries o ensino de ciências foi introduzido no Brasil pela Reforma Frâncico Campos, através do Decreto 19.890/31 e na década de 50 o ensino de ciências cresceu em todos os níveis movidos pelo reconhecimento de que a tecnologia e a ciência eram essenciais para o desenvolvimento econômico, cultural e social. Daí em diante, toda e qualquer reforma na educação e principalmente no ensino de ciências sofreram as influências dos interesses em atender as necessidades do mercado interno e (veladamente) do mercando externo, assim como do desenvolvimento econômico do País. Quando revemos os fatos históricos de nosso País e os fatos internacionais que emergiram em cada época e causaram e causam impacto no Brasil, como por exemplo, a globalização das economias a partir dos interesses hegemônicos das potências capitalistas pode compreender melhor o porquê os currículos de ciências sofreram diferentes abordagens, ora privilegiando uma coisa, ora privilegiando outra. O “Currículo Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná” implantado no início dos anos 90, no ensino de ciências, propôs a integração dos conteúdos a partir de três eixos norteadores: Noções de Astronomia, Transformação e Interação da Matéria e Energia e, Saúde: Melhoria e Qualidade de Vida. Mesmo com o avanço pedagógico em articular os conteúdos em eixos norteadores e apresentá-los em todas as séries do ensino fundamental, a proposta ficou limitada, pois não apareceram de forma clara, as discussões sobre o meio ambiente. Com a nova LDB nº. 9394/96 que estabeleceu as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o ensino de ciências volta a sofrer modificações com a instituição dos Parâmetros Curriculares Nacionais e os Temas Transversais, no qual se dá uma ênfase aos temas transversais (saúde, sexualidade, meio ambiente, etc.) e pouca importância aos conteúdos sistematizados. A idéia era manter um eixo nacional comum e que as diferenças regionais fossem contempladas numa adequação de propostas educacionais locais. No entanto, verificou-se uma mudança de paradigma da educação, na qual a escola perdeu o caráter de espaço social e transformador e passou a ser entendida como empresa dentro do modelo neoliberal de educação. (OLIVEIRA, 2004). A forma instrumental com que a tecnologia foi tratada nos PCNs – Ciências Naturais deixou de analisar seus aspectos sociais, políticos e econômicos. A questão ambiental foi tratada numa concepção cientificista, desconsiderando seus fundamentos sociais, econômicos, políticos e ideológicos, bem como houve o esvaziamento da concepção de ciências com a história e suas relações com a sociedade. (AMARAL, 2000). Com a implantação das Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental, alicerçada no processo de reformulação da política educacional do Estado do Paraná, o ensino de ciências tem o desafio de oportunizar a todos os alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos, uma leitura crítica dos fatos e fenômenos relacionados à vida, a diversidade cultural, social e da produção científica. Como disciplina integrante do quadro curricular, pode e deve cooperar na transformação da sociedade ao tratar seus conhecimentos específicos. Isso significa que o estudo dos conteúdos programáticos e o modo mais eficaz de apresentá-los aos alunos não podem ser dissociados, seja das características sócio-culturais e dos processos psicológicos dos alunos, seja do contexto histórico-social em que se efetivará a proposta. O ensino de ciências ao possibilitar a tomada de consciência para a cidadania contribui para a integridade pessoal e da autoestima, da postura de respeito ao próprio corpo e, aos dos outros. É necessário instrumentalizar o aluno, para que, possa como cidadão, tomar decisões sobre o uso de tecnologias, incentivando-o a uma postura questionadora face às mesmas. Para isso, o aluno deve dispor de informações e orientações para analisar essas inovações sobre um ponto de vista sócio ambiental e ético. Com as Diretrizes, o ensino de ciências preza o saber sistematizado e elaborado, cujo objetivo é a transformação da sociedade e não uma abordagem de conteúdos desvinculados de questionamentos sociais, econômicos, políticos e éticos. Desenvolver uma aprendizagem significativa é o desafio de todo educador, entre erros e acertos formamos hipóteses e testamos nossos conhecimentos, falhamos, repensamos e acima de tudo renovamos nossas concepções, chave mestra para uma educação que vive em constante evolução. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Realizando uma investigação do ensino de Ciências hoje, notamos a tendência a uma Ciência significativa e não apenas memorística, sendo de nossa opinião que este é um fator fundamental para uma aprendizagem efetiva. Quando o conteúdo escolar a ser aprendido não consegue ligar-se a algo já conhecido, ocorre o que Pelizarri et al. (2002) chama de aprendizagem mecânica, ou seja, quando as novas informações são aprendidas sem interagir com conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, a pessoa decora fórmulas, leis, mas as esquece após a avaliação. Para tanto pretendemos como visto na DCEs de Ciencias (2008), desenvolver uma “aprendizagem significativa tendo o entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados.” Delval (2002), afirma que uma das principais tarefas da escola é ensinar a criança a pensar racionalmente. Fazendo considerações a cerca de ações e consequências destas, sendo o pensamento cientifico uma forma de analisar os problemas, refletindo com rigor os problemas físicos ou históricos, capaz de refletir sobre o universo físico e social, pondo em dúvida suas explicações ao longo dos anos. Para este o método cientifico deve ser simplesmente posto em prática, tendo a formulação de hipóteses, comprovação destas e escolhas entre as explicações alternativas, devendo este ser feito e não ensinado. Desenvolver uma aprendizagem significativa hoje é o desafio de todo educador bem como o nosso, entre erros e acertos formamos hipóteses e testamos nossos conhecimentos, falhamos, concertamos e acima de tudo renovamos nossas concepções, chave mestra para uma educação que vive em constante evolução. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA Os conteúdos básicos selecionados da disciplina de ciências foram enquadrados em cinco (05) conteúdos estruturantes que são: • Astronomia • Matéria • Sistemas Biológicos • Energia • Biodiversidade Estes conteúdos em comum acordo com as DCEs de Ciências estão atrelados a uma concepção política de educação, sendo que devem ser trabalhados os cinco conteúdos estruturantes em todas as séries, observando-se o nível de desenvolvimento adequado do estudante para cada conteúdo específico trabalhado. OBJETIVOS GERAIS A escola deve oportunizar a todos os alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos, uma leitura crítica de fatos e fenômenos relacionados à vida, às diversidades culturais, social, ética e à produção científica, facilitando a compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no meio (local, regional, global) para se situarem nesta sociedade complexa, entenderem o que acontece ao seu redor e assumirem uma postura, com o intuito de intervir no seu contexto social. Neste sentido, deve-se fazer uma análise realista do significado e utilidade da ciência e tecnologia e das suas relações com a sociedade, percebendo que não há verdades absolutas e inquestionáveis e que a produção científica é coletiva e não privilégio de poucos, desenvolver uma consciência preservacionista, que considere a complexibilidade das relações entre os seres vivos e seu ecossistema, compreendendo perfeitamente os processos de transformações ocorridas ao longo da história natural. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Que o educando tenha condições de: • Compreender a origem e evolução do Universo (Astronomia); • Compreender a constituição dos corpos (Matéria;) • Compreender a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas Biológicos); • Compreender a conservação e transformação de energia (Energia); • Compreender o conceito de biodiversidade (Biodiversidade). Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais. Outro fator relevante na elaboração dos conteúdos da proposta curricular é a autonomia do professor no tocante ao seu desenvolvimento pedagógico, sendo que ninguém é igual a ninguém, cada turma e professor tem sua particularidade, focos de interesse e/ou necessidades, tendo esta preleção de conteúdos como base norteadora de um trabalho, não uma regra final. CONTEÚDOS BÁSICOS DE CIÊNCIAS 5ª série – Ensino Fundamental CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia, Biodiversidade. 1. Conteúdos Básicos de Astronomia Universo – Galáxias, Movimentos do Universo. Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo. Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano. 2. Conteúdos Básicos de Matéria Constituição da matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva, camadas atmosféricas, solos, rochas, minerais, água. 3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos Níveis de Organização – Organismo, células, unicelular, pluricelular, procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo. 4. Conteúdos Básicos de Energia Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica. Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis. Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico. 5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade Organização dos Seres Vivos – Diversidade das espécies, extinção de espécies, comunidade, população. Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações. Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e características) Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas 6ª série – Ensino Fundamental CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia, Biodiversidade. 1. Conteúdos Básicos de Astronomia Movimentos Terrestres e Celestes – Os movimentos no comportamento da fauna e flora. Astros – Constituição físico-química dos astros. Sol, calor, luz e energia química. 2. Conteúdos Básicos de Matéria Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto terrestre,núcleo terrestre, estrutura química da célula. 3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos Célula - Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular, fotossíntese, reserva energética. Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos, órgãos e sistemas animais e vegetais. 4. Conteúdos Básicos de Energia Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica. Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas ectotérmicos, sistemas endotérmicos, eletromagnetismo, conversão de energia potencial em cinética. Transmissão de Energia – Irradiação, sistemas de transmissão de energia. 5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, diversidade das espécies, extinção de espécies. Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações. Ecossistemas – Eras geológicas. Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres autótrofos e heterótrofos. Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o surgimento da vida, geração espontânea. 7ª série – Ensino Fundamental CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia, Biodiversidade. 1. Conteúdos Básicos de Astronomia Movimentos Terrestres e Celestes – A esfera terrestre e seu sistema de coordenadas, a esfera celeste e suas coordenadas. Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do universo. 2. Conteúdos Básicos de Matéria Constituição da matéria – O átomo é trabalhado em toda formação dos elementos alimentares e reações químicas do organismo humano. 3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese, reserva energética. Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e vegetais, estrutura e funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos biológicos de diferentes seres vivos, sistemas comparados (aspectos evolutivos), sistemas exclusivos de algumas espécies, diversidade de estruturas e sistemas de acordo com os diferentes grupos de seres vivos e suas particularidades, como por exemplo, sistema digestório, sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário, sistema sensorial , sistema reprodutor , sistema endócrino, sistema nervoso. Mecanismos de Herança Genética – Noções de hereditariedade, cromossomos, gene, DNA, RNA, mitose, meiose. 4. Conteúdos Básicos de Energia Formas de Energia - As energias: mecânica, térmica, luminosa, nuclear, elétrica e química, serão trabalhadas como parte integrante do funcionamento do organismo humano ou utilizado por ele. Por exemplo: energia química dos alimentos, os produtos radioativos no desenvolvimento cânceres, a ação mecânica dos músculos e etc. 5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas 8ª série – Ensino Fundamental CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia, Biodiversidade. 1. Conteúdos Básicos de Astronomia Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros, meteoritos, cometas. Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton. 2. Conteúdos Básicos de Matéria Propriedades da matéria – compressibilidade impenetrabilidade , , Massa , elasticidade , volume , divisibilidade , densidade , indestrutibilidade , maleabilidade , ductibilidade, flexibilidade, elasticidade, permeabilidade, condutibilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor. Constituição da matéria - Conceito de matéria, átomos, modelos atômicos, elementos químicos, íons, ligações químicas substâncias, reações químicas, funções químicas inorgânicas ácidos, sais, bases, óxidos,lei da conservação da massa,compostos orgânicos. 3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Relação de toda fisiologia humana, com os processos físicos e químicos da matéria. por exemplo: trabalho, força e gravidade com músculos e osso ou ciclo da matéria com sistema respiratório e circulatório. Mecanismos de Herança Genética – Constituição do cromossomo, gene, DNA, RNA com sua relevância na hereditariedade, mitose, meiose. • Conteúdos Básicos de Energia Formas de Energia - Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa, energia nuclear, energia elétrica, energia química, energia eólica. Conversão de Energia - Sistemas semi-conservativos, ciclos de matéria, eletromagnetismo, movimentos, velocidade, aceleração, colisões, trabalho, potência. Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão de energia, leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de forças. 5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações intraespecíficas. Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais. METODOLOGIA Os conteúdos de Ciências deverão ser apresentados de forma a priorizar a lógica da criança, ou seja, de forma integrada para a compreensão de mundo e não dividido em várias ciências, fragmentando o conteúdo. Temas como Programa de Saúde, Educação Ambiental, História e Cultura Afro Brasileira (Lei nº 10.639) e Indígena, Sexualidade, Drogas, aspectos químicos, físicos e biológicos devem ser tratados ao longo do desenvolvimento dos conteúdos de Ciências, sendo discutidos como resultados das condições sociais, políticas, culturais e históricas. A metodologia escolhida para o ensino de ciências deverá considerar as dificuldades que podem estar na natureza do próprio conhecimento, na estrutura mental da criança e nos condicionantes sociais que envolvem essas crianças. Portanto, ao ensinar qualquer conteúdo, o professor deverá analisar a Historicidade para a compreensão da evolução do conhecimento científico nos diferentes tempos da história da humanidade, com o objetivo de estabelecer relações entre as exigências que culminaram na produção dos conhecimentos científicos. Deverá estabelecer a Inter-relação não só entre os conteúdos, mas também entre as diversas áreas do conhecimento, proporcionando um ambiente favorável a uma abordagem mais ampla com vistas a totalidade. Poderá desvelar a Intencionalidade existente na conjuntura em que um fenômeno se insere, ou seja, questionar o que há por detrás de um fenômeno e as verdadeiras intenções do avanço científico e tecnológico. Deverá considerar a Aplicabilidade, considerando a relevância de um conteúdo, a fim de que o mesmo possa ser aplicável às necessidades e interesses dos alunos, não ficando, os alunos, vulneráveis ao poder da mídia e da política, para compreender a relação ciência, tecnologia e sociedade. Também reconhecer a provisoriedade do conhecimento científico, para que os alunos compreendam as contradições dos pesquisadores e a aplicabilidade das teorias científicas. No ensino de Ciências, o aluno deve encontrar espaço para incorporar tanto os conhecimentos disponíveis quanto os mecanismos de produção desses conhecimentos. Para isso, é necessária, a vivência da metodologia da investigação que implica a capacidade de problematizar a realidade, formular hipóteses sobre os problemas, planejar e executar investigações (experimentos ou não), analisar dados, estabelecer críticas e conclusões. Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os avanços da produção científica. Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de Ciências reflita a respeito das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final. No ensino de Ciências, alguns aspectos são considerados essenciais tanto para a formação do professor quanto para a atividade pedagógica. Abordam-se, assim três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental. O professor de Ciências, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e dos recursos instrucionais, dentre outros critérios, precisa levar em consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes. Entretanto, outras variáveis interferem no processo ensino-aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de ciência do professor e a qualidade de sua prática de ensino. O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado com o uso de: • Recursos pedagógico-tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros; • Recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros; • Alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates. As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais são fundamentais para a prática docente do professor de Ciências. Além disso, contribuem de forma significativa para melhorar as condições de aprendizagem aos estudantes. Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos metodológicos a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico. Problematização - A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. A problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada, evidenciando-se duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o conhecimento de situações significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, o professor realiza a problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para resolver os problemas apresentados. Contextualização - Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o contexto histórico e geográfico do estudante, com outros momentos históricos, com os interesses políticos e econômicos que levaram à sua produção para que o conhecimento disciplinar seja potencialmente significativo. A contextualização pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de modo mais concreto e próximo à realidade do aluno para uma posterior abordagem abstrata e específica. A contextualização pode, também, ser o ponto de chegada caso o professor opte por iniciar a sua prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos. Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no âmbito pedagógico, se estabelece por meio de metodologias que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para a abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento. Interdisciplinaridade - A abordagem interdisciplinar como pressuposto metodológico considera que muitos conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteúdos e isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas escolares. As relações interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca, nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da Natureza. Pesquisa - A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento. Essa estratégia inicia-se na procura de material de pesquisa, passa pela interpretação desse material e chega à construção das atividades. A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do próprio aluno, pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar ideias e explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral o estudante deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação. Leitura científica - A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre os estudantes e o professor, pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um maior aprofundamento de conceitos. Cabe ao professor analisar o material a ser trabalhado, levando-se em conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada. Dentre os diversos materiais de divulgação que podem ser utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se: 1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br 2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional – Disponível em www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia). 3. Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da Editora Duetto – Disponível em www.sciam.com.br 4. Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas – Disponível em www.diaadiaeducacao.pr.gov.br 5. Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação – Disponível em www.mec.gov.br Atividade em grupo - No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar experiências, apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias, desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento pelo estudante. Observação - A estratégia da observação estimula, no aluno, a capacidade de observar fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles. Por outro lado, permite que o professor perceba as dificuldades individuais de interpretar tais fenômenos devido à falta de atenção e à lacunas teórico-conceituais. Esta estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina, pois o estudante pode desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados, passando para construção de hipóteses que a própria observação possibilita. Atividade Experimental - A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como uma importante estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais. Entretanto, é importante que essas práticas proporcionem discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala. Não devem, portanto, ser apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou meras ilustrações das aulas teóricas. Recursos instrucionais - Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem. Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos em sala de aula porque se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor em seu trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos extraídos da observação, da experimentação, da contextualização, da interdisciplinaridade, entre outros. Assim, ampliam a possibilidade do estudante criar sentido para o que está aprendendo e tornam a aprendizagem significativa, seja no momento da aula, seja no momento da avaliação. Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a serem utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter estruturas diversas, pois ultrapassam a idéia de serem apenas sínteses conceituais. Lúdico - O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre outros. O lúdico permite uma maior interação entre os assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta interação, maior será o nível de percepções e reestruturações cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico deve ser considerado nas estratégias de ensino independentemente da série e da faixa etária do estudante, porém, adequando-se a elas quanto ao encaminhamento, à linguagem e aos recursos utilizados como apoio. AVALIAÇÃO A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos, contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados nesse processo. É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e de aprendizagem e, no seu cotidiano. Neste sentido, é imprescindível a coerência, entre, o planejamento das ações pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo, a fim de que os critérios de avaliação estabelecidos estejam diretamente ligados ao propósito principal do processo de ensino e de aprendizagem, a aquisição dos conteúdos específicos e a ampliação de seu referencial de análise crítica da realidade, por meio da abordagem articulada. Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que propõe, é preciso que conte com os meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados. A coerência entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos, é fundamental para propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos. Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem, a medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista. A avaliação, se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem; não estando centralizada em uma única atividade ou método avaliativo. Necessitando considerar os alunos como sujeitos históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem. Com isso, o professor pode interpretar e analisar as informações obtidas na avaliação, considerando as concepções de ciência, tecnologia, sociedade, educação, aluno, processo de ensino e de aprendizagem, escola e do currículo de Ciências. A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser contínua, cumulativa, diagnóstica e formativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Instrumentos A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de avaliação contínua e formativa. Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno então visando essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula. Os instrumentos avaliativos devem seguir estratégias que: Ofereçam desafios, situações problema a serem resolvidas; Sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e aprendizagem; • Possibilitem a identificação de conhecimentos do aluno e as estratégias por ele empregadas; • Possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento; • Permitam que o aluno aprenda com o erro; • Exponham, com clareza, o que se pretende; • Revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar. Atividade de leitura compreensiva de textos A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o professor verifique a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, o professor deve considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação. Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento. Critérios de Avaliação Neste contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina. Ao avaliar a leitura dos alunos o professor deve considerar se: • Houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias; • O aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma adequada; • Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente que se dê para ele o título da pesquisa. O projeto de pesquisa bibliográfica demanda do professor o papel de orientador. Isso requer que o professor conheça o acervo da Biblioteca Escolar, tanto os livros quanto periódicos ou outros materiais, para poder fazer indicações de leituras para os alunos. Além da Biblioteca Escolar, o professor pode e deve indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que o aluno tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto. A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno. Passos para uma consulta bibliográfica: 1.Contextualização - Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço / temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema. 2. Problema - Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema. 3. Justificativa - Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e professores encontram-se inseridos. 4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica - É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. Critérios de avaliação: Para avaliar será analisado os passos da consulta bibliográfica se estão atendendo as orientações. PRODUÇÃO DE TEXTO As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas. O texto de Física, de História, de Matemática, ou de quaisquer das disciplinas são construídos, assim, na esfera de um agir/interagir humano e, por isso mesmo, coletivo, social. Além disso, qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico. É preciso considerar, então, as circunstâncias de produção dos textos que são solicitados ao aluno para que ele possa assumir-se como locutor e, desta forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer. As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003, pp.62-63). Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática de escrita numa abrangência maior de esferas de atividade. Na prática da escrita, há três etapas articuladas: 6. Planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção; 7. Escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada; 8. Revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida. Critérios de avaliação: • Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.); • Expressar as idéias com clareza (coerência e coesão); • Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; • Elaborar argumentos consistentes; • Produzir textos respeitando o tema; • Estabelecer relações entre as partes do texto; • Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentála. PALESTRA/APRESENTAÇÃO ORAL A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição das idéias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação Básica que pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de um conteúdo). Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são: • Conhecimento do conteúdo; • Argumentos selecionados; • Adequação da linguagem; • Sequencia lógica e clareza na apresentação; • Produção e uso de recursos. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo. As atividades experimentais levam em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição. Não se deve, portanto, antecipar para o aluno os resultados ou os próprios caminhos da observação, uma vez que, na construção do conhecimento, o processo que ocorre é tão importante quanto o produto. É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele conhecimento com o qual os alunos estão envolvidos, entendendo que esta significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente, muito mais do que com a sofisticação dos equipamentos. A atividade experimental possibilita que se avalie o estudante quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construída, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Ressalte-se que o uso adequado e conveniente dos materiais, só poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas. Não se vai conseguir uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas atividades forem apenas eventuais. A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para que o aluno compreenda o que vai fazer que recursos vão utilizar. O registro das hipóteses e dos passos seguidos no procedimento é importante para que professor e aluno avaliem a atividade. Critérios de avaliação: • Quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado, • Do conceito a ser construído ou já construído, • A qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO O trabalho de campo é um método capaz de auxiliar o professor na busca de novas alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a construção de conhecimentos e para a formação dos alunos como agentes sociais. Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência educacional insubstituível. Encaminhamento de uma pesquisa de campo: • Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante como o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante investigar os interesses dos alunos e suas expectativas; • Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente; • Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias, questionamentos ou problematização; • Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local; • Definir o material necessário para a pesquisa de campo; • Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar; • Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado, concluindo assim o trabalho prático. O projeto de pesquisa de campo possibilita que o professor avalie o desempenho dos alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao tema da pesquisa e aos dados que se quer coletar. A conclusão do projeto poderá ocorrer na forma de relatórios, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos terão avaliada sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese. Critérios de avaliação: - Avaliar analisando o encaminhamento de uma pesquisa de campo. RELATÓRIO O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Na Educação Básica, os relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao estudante a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras. O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles. O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas e qual resultado se chegou. São elementos do relatório: 1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos. 2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade. 3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos resultados. São importantes, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão. 4. Considerações Finais: Neste item do relatório será possível observar se a atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada. Critérios de avaliação: - Avaliar analisando os elementos do relatório. SEMINÁRIO O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, onde cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados. A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações feitas em aula cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa. O estudante precisa saber como foi esta avaliação, para que veja onde falhou e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os estudantes na ocasião em que o seminário for proposto. Critérios de avaliação: 21 A consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; 22 A compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); 23 A adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; 24 Os relatos trazidos para enriquecer a apresentação; 25 A adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. DEBATE É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar à ética e a qualidade do debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que se constituem em possíveis critérios de avaliação: 1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos divergentes; 2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; 3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; 4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; 5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; 6. Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate. Além disso, o debate possibilita que o professor avalie: 1. - o uso adequado da língua portuguesa em situações formais; 2. - o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; 3. - a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem, o professor poderá, entre várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como metáfora do que está sendo exposto. O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação. Na escolha do texto, o professor deve atentar para adequação do mesmo, tanto no que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a linguagem utilizada. Na elaboração da atividade, o professor deverá considerar a especificidade de sua disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc. A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie: • A compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto; • A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido. • O reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário. ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a pesquisa do professor sobre o recurso a ser levado para os alunos. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais possibilitam que o professor avalie, entre outros critérios: • a compreensão e interpretação da linguagem utilizada; • a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; • o reconhecimento dos recursos expressivos específicos. TRABALHO EM GRUPO O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, as ações do professor são as de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as atividades. Quando se considera que os estudantes se aproximam do objeto de estudo de formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresentase como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos não colocam para o professor, são socializadas no grupo. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno: • Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; • Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. QUESTÕES DISCURSIVAS Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser considerados: • Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e objetividade. • Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi adequada. • Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa. • Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada. Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um enunciado de forma clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação. QUESTÕES OBJETIVAS Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da avaliação, nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal objetivo é a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado; a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, I. A. A Educação Ambiental e o Currículo Escolar. CUNHA, A. M. O.; CICILLINI, G. A. Considerações sobre o ensino de ciências para a Escola Fundamental. In:. DELVAL, J. Crescer e Pensar: A construção do Conhecimento na Escola. Ed. ARTMED. Porto Alegre- RS. 2002. DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro, Avaliação – um processo Intencional e Planejado. 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental do Estado do Paraná – Ciências. Curitiba PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental do Estado do Paraná – Ciências. Curitiba, PELIZZARI, A. et al. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. . Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002. KOCHE, J.C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. MELO, Maria do Rosário de. Ensino de Ciências: uma participação ativa e cotidiana, 2000, http:/www.rosamelo.hpg.com.br. SÁ, J.G. de. Renovar prática no ciclo pela via das ciências da natureza. Porto – Portugal: Porto Editora, 1994. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação - Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental 2008 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação - Diretrizes Curriculares de Educação do Campo – 2008 SEED, Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental do Estado do Paraná – Ciências – 2005. SEED, Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar – julho – 2006. RIOS, M. A.T. Manual pedagógico In: BERTOLDI, O. G. & VASCONCELLOS, J. R. Ciência & Sociedade aventura do corpo, aventura da vida, aventura da tecnologia. São Paulo: Scipione, 2000. VEIGA, I. P. A; CARDOSO, M. H. F. (Orgs.) Escola Fundamental Currículo e Ensino . 2 . ed. Campinas, SP: Papirus, 1995. COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA No final do século XIX, com a proclamação da república, houve mudanças nas instituições escolares e nas políticas educacionais praticadas pelo antigo regime, neste período a influência da ginástica se firmou com grande importância para a formação do cidadão, depositado nela a responsabilidade de promover através dos exercícios físicos a saúde, o pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana. Constituindo a Educação Física os currículos escolares no início foram fortemente influenciados pela instituição militar e pela medicina, para estabelecer sua prática pedagógica com objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos com modelos de saúde e os sistemas de ginásticas oriundas da Europa. A partir da constituição de 1937 é que a Educação Física se consolidou no contexto escolar, sendo utilizada com o objetivo de doutrinação, dominação e contenção de ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem, surgindo nesta época os princípios higienistas. Neste período, o esporte passou a se popularizar influenciando a Educação Física Escolar, havendo um incentivo às práticas desportivas com o intuito de promover políticas nacionalistas, na década seguinte foi estabelecido a obrigatoriedade da Educação Física até os 21 anos de idade, objetivando formar mão de obra fisicamente condicionada e capacitada para o mercado de trabalho. Com o início do regime militar na década de 60 o esporte passou a ser tratado com mais ênfase, o método tecnicista centrado na competição e no desempenho e o conteúdo ligado à aptidão física, considerada importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe trabalhadora e ao desporto. Somente em meados dos anos 80 apareceram através das comunidades científicas as primeiras delimitações de tendências ou correntes denominadas de “Tendências Progressistas” com diversas abordagens criticando os paradigmas da aptidão física e a esportivização como: desenvolvimentista, construtivista, critico supera dora e critico emancipatória. Atualmente a educação física como campo de conhecimento tem seus fundamentos apoiados não apenas nas concepções de corpo e movimento delineando desta forma seu campo de investigação a cultura corporal, que envolve as relações corposociedade. Reconhecendo as dimensões psicológicas, afetivas e cognitivas como fundamentais para a formação do sujeito enquanto ser humano inserido, ativamente, em um determinado contexto sociocultural. A Educação física deve oportunizar vivências práticas levando em consideração a realidade social e pessoal de cada aluno para contribuir com as experiências corporais destes e conscientizar os mesmos sobre a importância de descobrir e entender as diversas formas de movimentos e manifestações culturais em vários períodos diferentes. Utilizando como estratégia no processo pedagógico essas diversas práticas corporais como o jogo, a ginástica, o esporte, a dança, as brincadeiras e as lutas, dentre outros, enquanto elementos estimuladores da ludicidade e da capacidade criativa, buscando desenvolver autonomia e capacidade crítico-reflexivo na formação do sujeito para que haja uma interação entre professor e aluno, tornando as aulas um meio de aprendizagem para o aluno e professor. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA 5ª série Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos • Atletismo Esporte • Handebol • Xadrez • Brincadeiras de rua/Populares Jogos e brincadeiras • Brinquedos • Brincadeiras de roda • Jogos de tabuleiro • Danças folclóricas Dança Atividades de expressão corporal • Cantigas de roda • Ginástica artística Ginástica • Atividades circenses •Ginástica natural Lutas • Judo • Capoeira 6ª série Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos • Atletismo Esporte • Futsal • Xadrez • Tênis de mesa • Brincadeiras de rua Jogos e brincadeiras • Jogos de raquete e peteca • Jogos cooperativos • Jogos de tabuleiro • Danças folclóricas Dança • Dança criativa • Ginástica artística Ginástica • Atividades circenses • Ginástica natural • Ginástica rítmica • Judo Lutas • Capoeira 7ª série Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos • Basquetebol Esporte • Futsal • Xadrez •Tênis de mesa • Jogos cooperativos Jogos e brincadeiras • Jogos intelectivos • Jogos de raquete e peteca • Jogos de tabuleiro • Danças folclóricas • Dança de rua Dança • Dança de salão • Ginástica artística • Atividades circenses Ginástica •Ginástica rítmica • Ginástica geral • Judo Lutas • Capoeira 8ª série Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos • Voleibol Esporte •Futsal • Xadrez •Tênis de mesa • Jogos cooperativos Jogos e brincadeiras • Jogos competitivos • Jogos de tabuleiro Dança • Danças folclóricas • Dança de salão • Ginástica artística Ginástica •Ginástica rítmica • Ginástica de academia Lutas • Judo • Capoeira METODOLOGIA DA DISCIPLINA A Educação Física deve oportunizar vivências em suas atividades corporais, tanto no “fazer” corporal, quanto no refletir o significado desse “fazer”, em busca de atender as necessidades sociais do aluno, repeitando sua realidade social e cultural, buscando oportunizar através dessas atividades corporais a formação de seus próprios pensamentos e opiniões, contribuindo desta forma para o desenvolvimento de um indivíduo crítico e autônomo. Para que possa ocorrer o desenvolvimento do aluno, o professor deve diversificar as estratégias buscando a interação na relação entre professor/aluno, e proporcionar novas ações de descobertas, utilizando uso do saber sistematizado, mas, sempre oportunizando aos alunos sua contribuição pessoal, ou seja, seu estilo próprio, seus conhecimentos prévios, suas opiniões, etc; para que então forme seus próprios conceitos a respeito dos assuntos tratados na disciplina. Cabe ressaltar que os conteúdos devem ser organizados e sistematizados, porem, deve ser moldado e adaptados de acordo com a situação real da turma e período. Quanto aos alunos oriundos de regiões diferentes a nossa e os com necessidades especiais em se tratando da Educação Física Escolar, a inclusão destes no grupo onde foram inseridos deverá ser de forma a não entrar em conflito com sua cultura escolar já adquirida, e, sim, utilizar essa diversidade para engrandecer o grupo além do aluno em questão, isto também vale para os alunos fisicamente ou intelectualmente especiais proporcionando assim ao professor e aos alunos novos horizontes. AVALIAÇÃO A avaliação acontecerá como parte integrante do processo ensino-aprendizagem da disciplina servindo como um instrumento diagnóstico, oferecendo elementos para uma revisão e mudança de postura de todos os envolvidos no processo (professor/aluno) e será ofertada de forma continua no decorrer do processo de ensino-aprendizagem, inclusive com recuperação de estudos, tendo como finalidade conhecer melhor o aluno, determinar a presença ou ausência de conhecimentos e habilidades, informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem. 5ª série • Participação das atividades práticas e teóricas em quadra e em sala; • Avaliação diagnostica; • Realização de trabalhos de pesquisas individuais; • Apresentação de seminários; • Avaliações objetivas. 6ª série • Participação das atividades práticas e teóricas em quadra e em sala; • Avaliação diagnostica; • Realização de trabalhos de pesquisas individuais; • Apresentação de seminários; • Avaliações objetivas. 7ª série • Participação das atividades práticas e teóricas em quadra e em sala; • Avaliação diagnostica; • Realização de trabalhos de pesquisas individuais ou em grupos; • Apresentação de seminários; • Organização de debates; • Avaliação objetiva. • Avaliação dissertativa. 8ª série • Participação das atividades práticas e teóricas em quadra e em sala; • Avaliação diagnostica; • Realização de trabalhos de pesquisas individuais ou em grupos; • Apresentação de seminários; • Organização de debates; • Avaliação objetiva; • Avaliação dissertativa. Tais atividades serão trabalhadas durante todo o ano, conforme surgirem oportunidades e momentos propícios, portanto estão sujeitas as adaptações. Critérios de avaliação A observação acontecerá com todos os alunos e será contínua, formativa e diagnóstica, considerando alguns indicativos: • Diferenças e possibilidades individuais; • Segurança, organização e respeito às regras; • Postura receptiva frente a diferentes manifestações culturais, sociais, como fonte de aprendizagem; • Prática de hábitos saudáveis no desenvolvimento das atividades propostas; • Realização de trabalhos sobre conteúdos propostos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRACHT, Valter Educação física: Conhecimento e Especificidade. Belo Horizonte, Ed. dos Autores 1997. CURRICULO, Básico para a Escola Publica do estado do Paraná – Curitiba 1990. CURRICULARES, Diretrizes – Ensino Fundamental, Educação Física – Governo do estado do Paraná – 2004. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação - Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental - 2008 LISTELLO, Augusto. Educação pelas Atividades Físicas Esportivas e de Lazer. Editora da Universidade de São Paulo, 1986. LÓGICA, Apostila – Ensino Fundamental – Educação Física, Apostila Lógica – 2003. IX-ENAREL – A diversidade da cultura no lazer. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1997. COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Desde os primórdios da humanidade, a pessoa humana defronta-se com situações da realidade vivida que lhes são verdadeiros desafios, situações limite: a morte, a doença, o heroísmo, o amor, o nascimento grandes opções (casamento, separação, profissão, etc.). Diante destas situações existem muitos questionamentos do seu eu dentro dessa realidade. O mito surge para explicar e expressar uma realidade impossível de se explicitar por categorias racionais. Os símbolos sagrados dispensam explicações, falam por si só, remetem ao ser humano além dos limites do tempo (histórico religioso) e do espaço. O ser humano se concentra num meio onde a linguagem do imaginário é mítica, simbólica, de fé, e pode se expressar por uma abertura pessoal ao transcendente, a qual chamamos de religiosidade. Muitas vezes o ser humano não está engajado numa religião (comunidade de fé), mas ninguém consegue apagar dele, nem ele próprio, a chama da busca da transcendência. O fenômeno religioso como reconhecimento humano é tarefa muito recente. Na Idade Média não havia razões para estudos sobre o objeto religioso, uma vez que revelação e religião eram concebidas com um único fenômeno. A Igreja Medieval muitas vezes se utilizava do termo religião para significar o ato de fé. Com a busca da autonomia da razão (Iluminismo e positivismo), e a separação entre fé e ciência, as instituições religiosas (igrejas) e o fenômeno religioso impuseram à investigação humana como objetos de conhecimento. Em razão disso, os primeiros estudiosos do fenômeno religioso e das instituições religiosas tem suas origens no Iluminismo e no Positivismo. Prova disso são as obras de Witbler, Durkheim, Feuerbach, Conte e de outros investigadores. Surge assim o fenômeno religioso como objeto de estudo e ciência em todo mundo, e implantada no ambiente escolar. No Brasil, o Ensino da Religião era tradicionalmente pautado na Igreja Católica Apostólica Romana até 1824, após a proclamação da República, passou a ser laico público, gratuito e obrigatório, rejeitando portanto a hegemonia católica sobre o monopólio do ensino. O Ensino Religioso perde sua função catequética, passa por várias transformações, perde o caráter obrigatório, torna-se facultativo, ministrado por professores leigos, sem licenciatura, chegou a ser instinto da grade curricular, representando o esvaziamento do papel do Estado com relação ao Ensino Religioso. Somente no final de 2005, a SEED, movida por questionamentos oriundos de inúmeras discussões realizadas entre SEED – NRES – Escolas, Professores, faz valer a aprovação da deliberação no. 01/06, que vai instituir novas normas para o Ensino Religioso. Os avanços delineados a partir desta deliberação são notáveis, como repensar do objeto da área, o compromisso de formação do docente, a consideração da diversidade religiosa, necessidade do diálogo, estudo na escola sobre as diferentes leituras do sagrado na sociedade. Não se pode negar a trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, esta disciplina requer uma nova forma de ser vista. A sociedade Civil, hoje reconhece como direito os pressupostos desse conhecimento no espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em todas as suas formas, pois a sociedade brasileira é composta por grupos muitos diferentes. Para Costella, o Ensino Religioso “não pode prescindir da sua vocação de realidade institucional aberta ao universo da cultura, ao integrar acontecimento de pensamento e da ação do homem, a experiência religiosa faz parte desse acontecimento, como os fatos e sinais que a expressam. O fato religioso, como todos os fatos humanos, pertencem ao universo da cultura e portanto, tem uma relevância cultural, tem uma relevância em sede cognitiva” (2004 p. 104). OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO RELIGIOSO O Ensino Religioso, valorizando o pluralismo e a diversidade cultural presente na sociedade brasileira, facilita a compreensão das formas que exprimem o Transcendente na superação da finitude humana e que determinam, subjacentemente, o processo histórico da humanidade, valorizando o pluralismo e a diversidade cultural presente na sociedade brasileira, facilitando a compreensão, de forma inclusiva, superando as diferenças, construindo e analisando o processo histórico da humanidade. • Contribuir para a formação da cidadania e convívio social baseado na relação entre Professor e aluno na alteridade e respeito às diferenças. • Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas recebidas no contesto do educando. • Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manifestação das diferentes culturas e manifestações socioculturais. • Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença: etnias, posição social, deficiências ou com dificuldades de assimilação, valorizando a liberdade do ser humano. • Construir por meio da reflexão, informação e vivência de valores éticos, o diálogo inter-religioso e consequentemente, a superação de preconceitos, tendo uma visão abrangente do sagrado. • Conhecer os diferentes grupos religiosos, presentes na realidade próxima, construindo o seu referencial de entendimento das diferenças e de respeito ao outro. • Proporcionar a aprendizagem ao educando o conhecimento da formação da idéia do sagrado na evolução da estruturação religiosa, percebendo-a como idéia referente para a vida. • Facilitar ao educando o conhecimento da evolução da estrutura religiosa no decorrer dos tempos. Assim como das ideologias religiosas que perpassam as redações dos textos sagrados e dos textos orais e aquilo que determina verdade sobre o sagrado para o grupo. CONTEÚDOS 5ª Série Conteúdos Estruturantes: paisagem religiosa – símbolo – texto sagrado I - Respeito à Diversidade Religiosa Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa: -Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira; -Respeito à liberdade religiosa; -Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão; -Direito a liberdade de reunião e associações pacíficas; -Direito Humanos e sua vinculação com o sagrado. II - Lugares Sagrados Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de referência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais: -Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc. -Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc. III – Textos Orais e Escritos – Sagrados -Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas. -Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.). IV - Organizações Religiosas As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratados como conteúdos, destacando-se suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado: -Fundadores e/ ou Lideres Religiosos. -Estruturas Hierárquicas. -Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais Ecumênicas: Budismo (Sidarta Gautama),Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allam Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), etc. 6ª Série Conteúdos Estruturantes: paisagem religiosa – símbolo – texto sagrado I – Universo Simbólico Religioso Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores, textos. - nos ritos - no mito - no cotidiano. Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, etc. II – Ritos São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior e imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter à possibilidades futuras a partir de transformações presentes. - Ritos de passagem - Mortuários - Propiciatórios - Outros Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingang – ritual fúnebre), Via sacra, Festejo indígena de colheita, etc. III – Festas Religiosas São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. - Peregrinação, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas. Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (islâmica), (indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc. IV – Vida e Morte As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado. - O sentido da vida nas tradições/Além Morte – manifestações religiosas - Ancestralidade – vida dos antepassados - Reencarnação – espíritos dos antepassados se tornam presentes − Ressurreição – ação de voltar à – Outras interpretações Vida. − METODOLOGIA DO ENSINO RELIGIOSO A Metodologia da disciplina do Ensino Religioso não se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem utilizados em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar de ações que subsidiarão este trabalho. Esta metodologia deve ser dinâmica, permitindo a interação e o diálogo entre professor e aluno, tendo uma postura reflexiva perante a vida e o fenômeno religioso. O Ensino Religioso representa o espaço onde o cognitivo, o trabalho e a preocupação com a coerência entre os pressupostos pedagógicos e o desenvolvimento integral da pessoa, tem na prática um compromisso com a transformação social, ajudando a pessoa a humanizar-se consigo mesma, com os outros, com o mundo e com o sagrado. Por isso a opção pelo método reflexivo o qual explica a realidade, permitindo analisá-la segundo certos parâmetros e possibilitar a vivência da afetividade e humanização. Quanto a forma de apresentação dos conteúdos, explicita a intenção de partir de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade. Assim, o Ensino Religioso não tem o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, campanhas e celebrações. Esta também é uma forma de respeitar o direito a liberdade de consciência e à opção religiosa (introspecção, do educando, pessimismo, tratando falta de possíveis diferenças psicológicas sociabilidade) proporcionando caminhos para que os mesmos se integrem ao pleno espaço social exercendo sua Cidadania. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA A avaliação é necessária em todos os empreendimentos humanos, passando por todas as dimensões: sociais, políticas, econômicas, religiosas, ideológicas etc. Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de Ensino Religioso faz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, a avaliação poderá ser contínua, dinâmica e diagnóstica, mas de forma diferenciada de outras disciplinas, já que a mesma é de ordem facultativa e apresenta como diferenças em seu referencial “inexistência” de notas ou conceitos. Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriou ou tem se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referências para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos. Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado pelo professor em diferentes situações de ensinoaprendizagem. O professor deverá avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa para com o colega de classe que além de ter opção religiosas diferentes da sua; poderá apresentar também características físicas e psicológicas peculiares, detalhando a questão que cada grupo, cada individuo, emprega conceitos adequados, para referir-se às diferentes manifestações do sagrado. Destacando sempre os valores humanos e sócio-políticos de cada indivíduo. REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2009. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2005. BRASIL. Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso. Ensino Religioso Capacitação para Novo Milênio. SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOS. Diversidade e Direitos Humanos – Nov/2004 Texto: José Rezende Jr. Coordenação: Fernando de La Rocguel Couto e Daniel – Seidel Consultores: Antonio Olimpio de Sant`Ana , Carlos Alberto Silva, Carlos Moura e César Bastos. Colaboração: Célia Gonçalves Souza, Eli Anildo Nascimento, Cezar Fernandes e Roberto Costa Araújo. ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. Ensino Religioso na Diversidade Cultural Religiosa do Brasil. ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. - Ensino Religioso e Disciplina Integrante da Formação Básica do Cidadão. ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. Ensino Religioso e o Conhecimento Religioso. ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do.O Fenômeno Religioso nas Tradições Religiosas de Matriz Oriental. ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. O Fenômeno Religioso nas Tradições Religiosas de Matriz Ocidental. ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. Ensino Religioso e o Fenômeno Religioso Tradições Religiosas de Matriz Indígena. ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. O Fenômeno Religioso nas Tradições Religiosas de Matriz Africana. GANDHI, Mahatma. Tudo o que vive é meu próximo. SP - 2007 ENSINO RELIGIOSO, Fórum Nacional Permanente do. Ensino Religioso Sugestões Pedagógicas (Assintec) COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Durante séculos o ser humano teve uma visão limitada do que existia, e de maneira progressiva seu horizonte foi se ampliando até chegar a um conhecimento de si mesmo e do mundo que o rodeia não imaginado até nossos dias. Globalização, redes, nova ordem mundial, multipolaridade, acirrada competição econômica e tecnológica, revolução tecnocientífica (microeletrônica, transmissão de informações, automatização e robotização dos processos produtivos), são temáticas presentes na mídia e no dia a dia das populações. São inegáveis os impactos e as mudanças econômico-sociais dessa terceira revolução industrial na força de trabalho e consequentemente na escola e no ensino de Geografia. A Geografia Tradicional da década de 30, assim como as demais Ciências Humanas, era sustentada metodologicamente pelo Positivismo e tendia-se ao estudo regional, procurando explicações objetivas e quantitativas da realidade. A análise geográfica do espaço deveria ser “asséptica” e não politizada. As relações do homem com a natureza eram estudadas de forma objetiva, desprezando-se as relações sociais, abstraindo assim do homem o seu caráter social; eliminava-se qualquer forma de compreensão que comprometesse a análise “neutra” da paisagem estudada. O aluno podia descrever, relacionar fatos naturais, fazer analogias, elaborar sínteses ou generalizações, mas objetivamente. No pós-guerra o mundo tornou-se mais complexo. O capitalismo tornou-se monopolista, a urbanização intensificou-se, começando a surgir as megalópoles, o espaço agrário subordinou-se à industrialização, as realidades locais passam a se articular a uma rede de escala mundial. A Geografia Tradicional, neutra, com seus métodos e teorias descritivos, não era mais suficiente para explicar a complexidade do espaço. Para entender como os espaços se organizavam era necessário recorrer a análises ideológicas, políticas, econômicas e sociais. A Geografia foi procurar esses instrumentos nas teorias marxistas. Surge então, a partir da década de 60, se contrapondo à Geografia Tradicional, a Geografia Crítica. O estudo do espaço, dentro dessa perspectiva, procura a explicação nas relações entre sociedade, o trabalho e a natureza na produção e apropriação dos lugares e territórios. Assim, a Geografia ganhou conteúdos políticos que passaram a ser significativos na formação do cidadão. É por meio de tais conteúdos que se chega a compreender as desigualdades na distribuição da renda e da riqueza que se manifestam no espaço pelas contradições entre o espaço produzido pelo trabalhador e aquele de que ele se apropria, tanto no campo quanto na cidade. No sistema educacional brasileiro, o controle e regulamentação estatal, deslocado dos anseios e interesses da população, se fizeram sentir de forma muito drástica, principalmente nas décadas de 60 e 70, com o golpe militar de 64. Nesse período, com o referencial tecnicista da educação, surge a Nova Geografia, sustentada pela ideologia do desenvolvimento tecnocrático, acentuadamente controladora, que considerava que a Geografia, além de nada acrescentar à política vigente, poderia concorrer apenas para a formação de espíritos críticos e contestadores, o que seria extremamente negativo e prejudicial aos planos políticos que procuravam a construção de uma sociedade obediente e massificadora. Uma análise da educação brasileira, com reflexos no ensino de Geografia, nos permite afirmar que a política educacional tem se caracterizado por uma sucessão de ações que na sua maioria tem visado à consolidação da ideologia dominante, do “status quo”, excluindo do universo do conhecimento e, portanto, da cidadania digna, a maioria da população. No final do século XX, a história do pensamento geográfico esteve marcada por um intenso debate entre o positivismo clássico, o empirismo lógico, o historicismo, a dialética e a fenomenologia. A influência marxista deixou marcas profundas neste debate. Nas últimas décadas a educação brasileira, assim como o ensino de Geografia, pautado nos PCNs, tem sido orientada por diretrizes neoliberais, que agravam cada vez mais a crise que atinge em especial, a camada da população mais desfavorecida e promovem um distanciamento do Estado, enxugamento dos serviços públicos essenciais e propicia à população maior envolvimento com os mecanismos deliberados da exclusão social. Os PCNs, ao se configurar como uma proposta organizada de forma conservadora, tanto em relação ao seu conteúdo, dissociada das reivindicações e das vivências daqueles que estão mais próximos da escola real, não significaram uma verdadeira mudança de qualidade; mas provavelmente a continuidade da política educacional historicamente dominante em nosso país. Redimensionar o ensino de Geografia com vistas à formação do aluno-cidadão exige de docentes e pesquisadores um repensar constante e permanente de suas práticas e de suas concepções. A Geografia, transformada numa disciplina viva, plena de desafios para educadores e educandos, passa a se constituir numa área vital de conhecimento e de formação do cidadão político, objetivo maior da educação escolar. Ela deve propiciar a observação, percepção, análise e compreensão do espaço geográfico enquanto espaço da ação humana em interação com a natureza, portanto, espaço social, histórico, em permanente movimento, e transformação, com inúmeras contradições, resultado das múltiplas determinações da ação humana. Ao tomar a dialética como método, é necessário partir de uma concepção de Geografia como ciência humana, e do espaço geográfico como espaço social, resultado da progressiva humanização da natureza, uma Geografia que se faz presente dentro de uma dinâmica social pensando e repensando o espaço, as transformações que nele ocorre, preocupando-se em direcionar seu pensamento para o ser humano e seus relacionamentos, seja homem/natureza, homem/sociedade. Assim, ainda ao ensino da Geografia cabe o comprometimento com a contextualização e interdisciplinaridade, com a visão de que uma área de conhecimento deve ser compreendida como uma “totalidade orgânica”, síntese de diversas determinações, com aspectos de generalidade, mas também de particularidade. Considerar o que há de específico em cada campo do saber não implica o isolamento dos saberes. As áreas podem expressar uma interessante unidade composta por uma diversidade que se articula e que se comunica entre si. Dessa forma, a contextualização de conhecimentos não pode ser um simples estabelecimento de relações entre conteúdos, requer um compromisso com a realidade social dos educandos, um combate efetivo contra qualquer forma de exclusão; onde ao contrário; um tudo fazer para inclusão daqueles que enfrentam preconceitos com relação a gênero, raça, opção sexual e religiosa, condição social, necessidades especiais etc. O ensino de Geografia requer um comprometimento com a realidade social dos educandos, portanto, um processo de investigação coletiva, um interrogar permanente sobre a cotidianidade contraditória, muitas vezes perversa frente ao papel que deve cumprir a escola. Deste modo a profundidade de tais mudanças seria capaz de caracterizar a transição entre dois mundos, um que está deixando de existir e o outro em processo de construção, onde é relevante o papel da tecnologia cujas repercussões transformam o relacionamento entre pessoas e sua forma de compreender e interagir com o mundo. A escola deve assumir o seu papel fundamental, subsidiando professor e alunos com informações e relacionamentos que possam contribuir para uma visão de mundo mais ampla e mais profunda. SÉRIE: 5ª CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS -Dimensão econômica do espaço -Formação e transformação das paisagens geográfico naturais e culturais. -Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. -Dimensão política do espaço -A formação, localização, exploração e geográfico utilização dos recursos naturais. -A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. -Dimensão cultural e demográfica -As relações entre campo e a cidade na do espaço geográfico sociedade capitalista. -A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. -Dimensão socioambiental do -A mobilidade populacional espaço geográfico manifestações socioespaciais da e as diversidade cultural. -As diversas regionalizações do espaço geográfico. SÉRIE: 6ª CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS -Dimensão econômica do espaço -A formação, mobilidade das fronteiras e a geográfico reconfiguração do território brasileiro. -A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. -Dimensão política do espaço -As diversas regionalizações do espaço geográfico brasileiro. -As manifestações diversidade cultural. socioespaciais da -A transformação demográfica, a distribuição -Dimensão cultural e demográfica espacial e os indicadores estatísticos da do espaço geográfico população. -Movimentos migratórios e suas motivações. -O espaço rural e a modernização da agricultura. -A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos espacial das e a urbanização. -Dimensão socioambiental do -A distribuição atividades espaço geográfico produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. -A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. SÉRIE: 7ª CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS -Dimensão econômica do espaço -As diversas regionalizações do espaço geográfico geográfico. -A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. -A formação, mobilidade das fronteiras e a -Dimensão política do espaço reconfiguração dos territórios do continente geográfico americano. -O comércio em suas implicações socioespaciais. -A circulação da mão de obra, do capital, -Dimensão cultural e demográfica das mercadorias e das informações. do espaço geográfico -A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. -As relações entre o campo e a cidade na -Dimensão socioambiental do sociedade capitalista. espaço geográfico -O espaço rural e a modernização da agricultura. -A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. -Os movimentos migratórios e suas motivações. -As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. -Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. SÉRIE: 8ª CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS -Dimensão econômica do espaço -As diversas regionalizações do espaço geográfico geográfico. -A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. -A revolução técnico-científico-informacional -Dimensão política do espaço e os novos arranjos no espaço da produção. geográfico -O comércio mundial e as implicações socioespaciais. -A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. -Dimensão cultural e demográfica -A do espaço geográfico transformação distribuição espacial demográfica, e os a indicadores estatísticos da população. -As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. -Dimensão socioambiental do -Os movimentos migratórios mundiais e espaço geográfico suas motivações. -A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico mundial. -A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. -O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. METODOLOGIA DA DISCIPLINA A metodologia de ensino deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos propostos nas DCEs. O ensino de Geografia, no processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento geográfico, deve considerar o conhecimento espacial prévio dos alunos, para que eles consigam relacioná-lo ao conhecimento científico e superar o senso comum. Para mobilizar o aluno para o conhecimento, ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado, o professor deve criar uma problematização inicial, fazendo com que o conteúdo se torne significativo para ele. O conteúdo, além de ser relacionado à realidade vivenciada pelo aluno, deverá ser contextualizado historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações concretas, nas diversas escalas geográficas. Sempre que possível, o professor deverá estabelecer relações interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, sem perder a especificidade da Geografia. O processo de aprendizagem deve se dar de forma dialogada, propiciando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica se efetivem de fato, de modo a contribuir para a formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica. O ensino da Cultura e história afro-brasileira e indígena não se dará de forma isolada, mas sim, permeará os conteúdos de maneira a fornecer subsídios os quais poderão contribuir para a formação de atitudes, posturas e valores que possibilitem cidadãos orgulhosos de sua etnia racial, de forma a interagirem na construção de uma nação mais humana em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada. O ensino de Geografia do Paraná, será enfatizado em seus aspectos naturais, históricos, econômicos, políticos e culturais, não de forma isolada, mas também permeando os demais conteúdos ministrados, possibilitando ao aluno melhor compreensão do espaço geográfico paranaense. Ainda, diante destas perspectivas de valorização do diferente, a educação do campo deverá considerar uma nova realidade, marcada cada vez mais pela pluriatividade e pela diversidade de opções de vida, de produção, de consumo, de diversão e de cultura, não desconsiderando a memória e as tradições que devem ser valorizadas. Serão utilizados como recursos didáticos e tecnológicos para o bom desenvolvimento das aulas de Geografia: TV Multimídia, vídeos, livros didáticos, mapas, revistas, jornais, internet, cartazes, quebra-cabeça, atlas, rádio, CDs, letras de música, livros literários, fotos, slides e charges. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA A avaliação na disciplina de Geografia, assim como nas demais, deve ser formativa, entendida como parte do processo pedagógico e ter como fim acompanhar a aprendizagem dos alunos e nortear o trabalho do professor. A avaliação em Geografia deve se constituir bem mais do que uma nota ou conceito. Nessa perspectiva as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais. Deve também, considerar, na mudança de pensamento e atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a participação dos alunos. Ao destacar tais elementos como parâmetros de qualidade de ensino e da aprendizagem, rompe-se a concepção pedagógica da escola tradicional que destacava tão somente a memorização, a obediência e a passividade (HOFFMANN, 1995). Dessa forma, o resultado que se espera conseguir por meio do processo de avaliação em Geografia, é a formação de um aluno crítico que além de ser capaz de avaliar a realidade socioespacial em que vive, e nela atuar, seja capaz de aceitar, rejeitar ou mesmo transformar essa realidade. Para isso, é necessário que o professor seja capaz de observar se os alunos conseguiram formar os conceitos geográficos básicos (Lugar, Região, Território, Sociedade, Natureza e Paisagem), se assimilaram as relações espaçotemporais e Sociedade <=> Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas, se houve o entendimento das relações socioespaciais necessários para a compreensão e intervenção na realidade bem como se compreenderam a importância da atitude política de cada indivíduo ante as contradições postas no espaço geográfico. Assim entendida, se faz necessário que o professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços obtidos pelos alunos, de modo que esses registros tanto explicitem o caráter processual e continuado da avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do sistema de notas. Para tanto, as técnicas e instrumentos de avaliação serão diversificados como: 1. Leitura - a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Critérios: permite analisar se o aluno compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias e discordâncias; se ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada e ainda, se estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. 2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica – a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende. Critérios: permite analisar o aluno quanto: -a contextualização, se identifica a situação e o contexto com clareza; -ao problema, se apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; -a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; -a escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. 3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. Critérios: permite analisar se o aluno: -produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.); -adéqua a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; -expressa as ideias com clareza (coerência e coesão); -elabora argumentos consistentes e estabelece relações entre as partes do texto; -estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. 4. Palestra/Apresentação Oral – a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas ideias. Critérios: permite analisar se o aluno: -demonstra conhecimento do conteúdo e apresenta argumentos selecionados; -demonstra sequencia lógica e clareza na apresentação; -faz uso de recursos para ajudar na sua produção. 5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. Nesta atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Critérios: permite analisar se o aluno ao realizar seu experimento: -registra as hipóteses e os passos seguidos; -demonstra compreender o fenômeno experimentado; -sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais; -consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários. 6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. Critérios: permite analisar se o aluno ao proceder sua pesquisa de campo: -registra as informações, no local de pesquisa; -organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; -apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese; -atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros). 7. Relatório – é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados pode-se extrair deles. Critérios: permite analisar se o aluno: -descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade; -faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão. 8. Seminário – oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Critérios: permite analisar se o aluno: -demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; -apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); -faz adequação da linguagem; -demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; -traz relatos para enriquecer a apresentação; -faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. 9. Debate – possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Critérios: permite analisar se o aluno: -aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos divergentes; -ultrapassa os limites das suas posições pessoais; -explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; -faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; -busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; -registra, por escrito, as ideias surgidas no debate; -demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; -apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. 10. Atividades com textos literários – possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação. Critérios: permite analisar se o aluno -compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; -faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; -reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário. 11. Atividades a partir de recursos Audiovisuais – o trabalho com filmes, documentários, música, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentando em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. Critérios: permite analisar se o aluno: -compreende e interpreta a linguagem utilizada; -articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; -reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. 12. Trabalho em Grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Critérios: permite analisar se o aluno: -interage com o grupo e compartilha o conhecimento; -demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; -compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. 13. Questões Discursivas – essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Critérios: permite analisar se o aluno -compreende o enunciado da questão e planeja a solução, de forma adequada; -comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa. -sistematiza o conhecimento de forma adequada. 14. Questões Objetivas – Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. Critérios: permite analisar se o aluno: -realiza leitura compreensiva do enunciado; -demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; -utiliza de conhecimentos adquiridos. REFERÊNCIAS ANDRADE, Rosamaria Calaes de. Interdisciplinaridade – Um Novo Paradigma Curricular. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2005. CAPELO, Maria Regina C. Diversidade Cultural e Desigualdades Sociais: Primeiras Aproximações. UNOESTE. CAVALCANTI, L. de S. Geografia, Escola e Construção de Conhecimentos. Campinas, SP: Papirus, 1998. DELORS, Jacques. Educação: Um Tesouro a Descobrir. Brasília: MEC/UNESCO, 1998. FIGHPRA, D.T. As mudanças de nosso tempo e o ensino de Geografia, Ed. da UFSC – 2002 (Diretrizes Curriculares – Geografia Pagina 9) – Ensino Fundamental – 2005. GIBRAN, Raimunda Abou. A Geografia no Ensino Fundamental – Trajetória Histórica e Proposições Pedagógicas. UNOESTE, 2002. HAYDT, Regina Cazaus. Avaliação do Processo Ensino-aprendizagem. 6ª ed. São Paulo: Ática, 2002. LIMA, L.C. Controle de qualidade e avaliação pedagógica. In: Revista de Educação da AEC. Brasília, Vl.94, jan/mar/1995, p.67-86. MOURA, Leonardo de Menezes e SILVA, Péricles Gomes da. O Ensino da Geografia. CEB. Queimados, RJ. OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Geografia e Ensino: Os Parâmetros Curriculares Nacionais em Discussão. São Paulo: Contexto, p.43 – 67, 1999. OLIVEIRA, M.S.N. A educação que acredito. UFRO: Campus Guajará-Mirim, RO. 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008. PONTUSCHKA, Nídia Nacib. Geografia, representações sociais e escola pública. FAC Educação Universidade de São Paulo. Projeto Arariba – Geografia. Ed.Moderna. 1ª ed. São Paulo, 2006. VESENTINI, José William. O Ensino da Geografia no século XXI. Editora Ática, 1995. ZACHARIAS, Vera Lucia C. F. Avaliação formativa. COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR HISTÓRIA ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O ensino de história deve levar os alunos a perceberem que as interpretações historiográficas são sempre realizadas a posteriori, que dependem, sempre, dos valores de cada época, das preocupações, dos problemas, das condições materiais, dos embates políticos, da valorização cultural, das representações construídas sobre as formas de viver e das maneiras de pensar. É fundamental que os alunos não se sintam apenas leitores afastados de fatos pretensamente mortos, ocorridos no passado, sem qualquer importância no presente. É preciso demonstrar que ao revisitar o passado, ao se informar sobre ele, os alunos transitam pelas temporalidades da História e participem da elaboração de novas interpretações, transformados conhecimentos até então inquestionáveis, comparando elementos aparentemente apartados, buscando compreender a História dos homens, tanto em seus momentos de rupturas, de mudanças e em suas permanências e continuidades. O aluno deverá perceber os diversos movimentos da História e da vida de maneira menos preconceituosa e discriminatória, para a convivência e leitura da diversidade e não da singularidade, buscando reconhecer no outro as diferenças que constituem a complexidade da História – culturais, sociais, religiosas, ideológicas – o próprio mundo e a própria realidade de estar no mundo. O aluno, ainda que de maneira inicial, deverá perceber que esta é uma postura que urge na vida moderna e, por isso, marca o pensamento historiográfico. Tudo isso torna possível valorizar a diversidade cultural no entorno do aluno, muitas vezes não percebida. CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE - Os diferentes sujeitos suas culturas e suas histórias. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Relações de trabalho - Relações de poder CONTEÚDOS BÁSICOS - A experiência humana no tempo. - Os sujeitos e suas relações com outro no tempo. - Relações culturais - Culturas locais e cultura comum. ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE - Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Relações de trabalho - Relações de poder CONTEÚDOS BÁSICOS -As relações de propriedade. -A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. - Relações culturais -As relações entre o campo e cidade. -Conflitos e resistência e produção cultural campo/ cidade. ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE - O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Relações de trabalho - Relações de poder - Relações culturais CONTEÚDOS BÁSICOS - História das relações da humanidade com o trabalho. - O trabalho e a vida em sociedade. - O trabalho e as contradições da modernidade. - Os trabalhadores e as conquistas de direito. ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE - Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Instituições Sociais CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Relações de trabalho - Relações de poder - Relações culturais CONTEÚDOS BÁSICOS - A constituição das instituições sociais. - A formação do estado. - Sujeitos, guerras e revoluções . METODOLOGIA As aulas de história devem oportunizar ao educando o conhecimento das ações e relações humanas no tempo e no espaço levando em consideração a sua realidade social e cultural, ajudando-os a construir sua aprendizagem e suas próprias opiniões e pensamentos. Nas aulas, o educador não será quem transmite o conhecimento, mas aquele que constrói conhecimentos juntamente com o educando, aproveitando todas as informações trazidas pelos educandos que foram resgatadas pelos seus antepassados. Considerando a concepção técnica da disciplina, os conceitos básicos e os conteúdos estruturantes é preciso ensinar história a partir da perspectiva histórica. Os conteúdos específicos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica de maneira que teoria e prática estejam interligadas. Na 5ª série, deverá permitir que o aluno perceba a história como ciência que estuda as ações humanas no tempo. Localizando acontecimentos no tempo, dominando unidades de medida de tempo e desenvolvendo noções de simultaneidade, posterioridade e anterioridade. Na 6ª série, compreender as diferenças entre duas abordagens historiográficas sobre as relações entre senhores e escravos. O aluno deverá assimilar o conceito de sociedade estamental e diferenciar as três ordens que compunham a sociedade feudal. Desenvolver uma atitude de respeito diante das diferenças e repudiar qualquer forma de intolerância e discriminação. Na 7ª série, identificar os principais momentos da história inglesa da Era Moderna. Perceber as diferenças e semelhanças entre o Nordeste açucareiro dos séculos XVII e XVII e a sociedade mineira do século XVIII. Identificar os elementos essenciais introduzidos pela Revolução Industrial. Na 8ª série, reconhecer as características imperialistas, o crescimento das cidades e a formação de um mercado e a cultura de massas, posicionar-se contra guerras e a favor de resoluções pacíficas e negociadas dos conflitos, no sentido de promover uma cultura de paz. Em todas as séries serão desenvolvidas atividades com o intuito de estimular a iniciativa e a participação dos educandos, trabalhando o diferente, como a cultura afro-brasileira e indígena conforme o que nos orienta a lei número 11645, e a História do Paraná, oferecendo a possibilidade do aprendizado. Os conteúdos específicos serão abordados nos três conteúdos estruturantes, nas categorias de análise da história quatri-partide. Outro fator a se considerar e enfatizar são as perguntas por que? como? Quando? e O que? Ao propor questões como orientar o pensamento histórico, as relações de trabalho e relações de poder, relações de trabalho e relações culturais. Diante disto é fundamental ir além destas questões. Será estimulada a participação do aluno em uma definição de cidadania, uma discussão de temas ligados a preservação ambiental, a conservação do patrimônio cultural, tradições étnicas, a necessidade de uma coexistência mais tolerante e respeitosa entre diferentes e diferenças. Caberá ainda ao professor: • Perceber as características interdisciplinares da disciplina; • Historicizar e contextualizar os conteúdos; • Desenvolver atitudes de busca, de pesquisa, de transformação, construção, investigação e descoberta; • Resgatar o sentido humano; • Estimular a iniciativa, a criatividade, a cooperação e a co-responsabilidade. A educação das Relações Étnicos-Raciais e História da Cultura Afro- brasileira e Africana contemplará a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, postura e valores que eduquem o cidadão quanto ao seu pertencimento étnico-racial, possibilitando maior interação e negociação de objetivos comuns que garantam a todos ter igualdade respeitando seus direitos, valorizando sua identidade e a efetiva participação da consolidação da democracia. Na 5º série, esse tema será tratado com mais ênfase no conteúdo: O Egito e o Rio Nilo. Será trabalhado de forma que o preconceito seja eliminado com em relação a essa cultura. Na 6º série, o tema será tratado no conteúdo África dos Grandes Reinos. Levando o aluno a refletir e valorizar as várias culturas e a enxergar as diferenças, como as características da nossa humanidade é elemento importante da vida democrática. Na 7º série o tema será tratado com análise de imagens. O mito “Chica da Silva”, a “facilidade” que tinham as escravas em conseguir a alforria. Na 8º série o tema será tratado com mais ênfase no conteúdo: A República chega ao Brasil, onde serão estudadas as leis possíveis para o processo de abolição. A abolição teria sido assim uma iniciativa dos brancos para antecipar um acontecimento que os escravos estavam perto de conquistar. Na perspectiva de valorização e respeito aos diferentes, a educação do campo estará inserida no decorrer da disciplina de História nos anos finais do Ensino Fundamental, considerando uma nova realidade, marcada, cada vez mais, pela pluriatividade e pela diversidade de opções de vida, de produção, de consumo, diversão, cultura, não desconsiderando a memória e os costumes e tradições, que devem ser valorizadas. Recursos Didáticos • Livro didático; Mapas históricos; Filmes; Textos de apoio; Jornais, revistas e fotografias; Visitas a trilhas ecológicas; Recursos tecnológicos; Visitas a sítios na Rede Mundial de computadores dentre outros. AVALIAÇÃO A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas e não como elemento externo a esse processo. A avaliação terá como finalidade conhecer melhor o aluno em seus vários aspectos, para constatar o que está sendo apreendido, a adequação do processo ensino, para se ter uma visão do processo ensino-aprendizagem. Deverá ser contínua e integrada, devendo ser realizada sempre que possível em situações normais. Será praticada enquanto processo que caracteriza o cotidiano do aluno, nos seus acertos e erros denominados desconstrutivos, pois serão datas alternativas para o aluno refazer o que apreendeu, deverá ser diagnóstica para conhecer qual é a situação de partida dos alunos, ou seja, a gama de conhecimentos prévios da turma. Serão considerados como principais critérios de avaliação: • A formação de conceitos históricos básicos como o desenvolvimento da consciência histórica; • Se os conteúdos e conceitos básicos de história estão sendo apropriados pelos alunos; • O conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes dimensões e contextos históricos propostos para o nível de ensino; • Os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes contextos históricos; • Compreendem a história como prática social, da qual participam como sujeitos históricos do seu tempo; • Analisam as diferentes conjunturas históricas a partir das dimensões econômico-social, política e cultural; • Compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base em um método, da problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador produz a narrativa histórica; • Explícita o respeito a diversidade étnico-racial, religiosa,social e econômica, a partir dos conhecimentos históricos que os constituíram; • Compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já existente. Ao considerar os conteúdos de história efetivamente tratados em aula essências para o desenvolvimento da consciência histórica, é necessário ter clareza que avaliar é sempre um ato de valor. Diante disto, professor e alunos precisam entender que os pressupostos da avaliação, tem como finalidade, objetivos, critérios e instrumentos, e podem permitir rever o que precisa ser melhorado ou o que já foi apreendido. Para tanto, os critérios de avaliação serão diversificados: - leitura e interpretação de texto - este instrumento avaliativo, oral ou escrito, pode ser praticado em todas as séries, pois possibilita a superação do senso comum, maior domínio dos conhecimentos e dos conteúdos trabalhados. - produção de textos - a elaboração de textos pode ser trabalhada em todas as séries aumentado sua evolução cognitiva, sendo possível detectar o grau assimilação considerado, coesão, coerência e abrangência do texto elaborado. de - leitura e interpretação de fotos - imagens, gráficos, tabelas,mapas charges e história em quadrinhos, a avaliação utilizando recursos visuais aplicados em todas as séries, propicia aprendizagem e maior raciocínio lógico. - relatório de aulas de campos, vídeos etc - por meio desta avaliação espera-se que o aluno relate o conteúdo assimilado e através dele o professor consiga perceber e sanar as dificuldades apresentadas. - apresentação de seminário - permite o desenvolvimento da oralidade, argumentação; criticidade dos alunos. - elaboração de murais - é um recurso visual lúdico e atrativo por meio do qual o aluno pode expressar sua criatividade. - desenhos - possibilita ao aluno demonstrar as experiências vividas dentro de um tema trabalhado. - pesquisa bibliográfica - acredita-se que o aluno será capaz de, por meio de várias referências bibliográficas, confrontar diversas opiniões, podendo construir seu posicionamento sobre o tema pesquisado. - Elaboração e apresentação de temas em mídia e recursos tecnológicos permite a utilização da internet, permitindo a inclusão digital, o qual muitos não tem acesso fora da escola. - Seleção de fotos, recortes, elaboração e exposição de cartazes - permite ao aluno experienciar de forma lúdica e diversificada o conteúdo. - Questões abertas de múltipla escolha - essas atividades, por serem diferenciadas, permitem ao aluno várias oportunidades para a demonstração de aprendizagem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COLEÇÃO, Cadernos do ensino Fundamental – História. Brasil Secretaria de Educação Infantil e Fundamental – 2005 v.5 hist. Brasília MEC/SEIF 2004. GADOTTI, Moacir. Diversidade Cultural e Educação para todos. Rio de Janeiro Graal, 1992, p. 90. LÊ GOLF, Jaques. As mentalidades, uma história ambígua, 2005. PARANÁ, SEED - Diretrizes Curriculares de História para ensino Fundamental – 2008. Portal – http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br Projeto Araríba. História obra coletiva – Apolinário Melani Editora Moderna. 1º Ed; São Paulo: Moderna 2006. SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. Editora nova Geração,2007. COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010 LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL A língua portuguesa formou-se como língua específica na Europa pela diferenciação que o latim sofreu na Península Ibérica durante o processo de contatos entre povos e línguas que se deram a partir da chegada dos romanos no século II a.C., por ocasião da Segunda Guerra Púnica, no ano de 218 a.C. Na Península Ibérica o latim entrou em contato com línguas já ali existentes. Depois houve o contato do latim já transformado com as línguas germânicas, no período de presença desses povos na península (de 409 a 711 d.C.). Com a invasão muçulmana (árabes e berberes), esse latim modificado e já em processo de divisão entra em contato com o árabe. Na primeira fase do processo de reconquista da Península Ibérica pelos cristãos, que tinham resistido no norte, os romances (latim modificado por anos de contato com outros povos e línguas) tomaram uma feição específica no oeste da península, formando o galego-português e em seguida o português. Formou-se paralelamente o Condado e, a partir dele, um novo país, Portugal. Toma-se como data de independência do condado do reino de Castela e Leão, a batalha de São Mamede em 1128. Essa nova língua, depois de um longo período de mudanças correspondente a todo final da chamada Idade Média, é transportada para o Brasil, assim como para outros continentes, no momento das grandes navegações do final do século XV e do século XVI. Português: língua oficial e nacional do Brasil Com o início efetivo da colonização portuguesa em 1532, a língua portuguesa começa a ser transportada para o Brasil. Aqui ela entra em relação, num novo espaço-tempo, com povos que falavam outras línguas, as línguas indígenas, e acaba por tornar-se, nessa nova geografia, a língua oficial e nacional do Brasil. Podemos estabelecer para esta história quatro períodos distintos, se considerarmos como elemento definidor o modo de relação da língua portuguesa com as demais línguas praticadas no Brasil deste 1532. O primeiro momento começa com o início da colonização e vai até a saída dos holandeses do Brasil, em 1654. Nesse período o português convive, no território que é hoje o Brasil, com as línguas indígenas, com as línguas gerais e com o holandês, esta última a língua de um país europeu e também colonizador. As línguas gerais eram línguas tupi, faladas pela maioria da população. Eram as línguas do contato entre índios de diferentes tribos, entre índios e portugueses e seus descendentes, assim como entre portugueses e seus descendentes. A língua geral era assim uma língua franca. O português como língua oficial do Estado português, era a língua empregada em documentos oficiais e praticada por aqueles que estavam ligados à administração da colônia. O segundo período começa com a saída dos holandeses do Brasil e vai até a chegada da família real portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808. A saída dos holandeses muda o quadro de relações entre línguas no Brasil na medida em que o português não tem mais a concorrência de uma outra língua de Estado (o holandês). A relação passa a ser, fundamentalmente, entre o português, as línguas indígenas, especialmente as línguas gerais e as línguas africanas dos escravos. Esse período caracteriza-se por ser aquele em que Portugal, dando andamento mais específico ao processo de colonização, toma também medidas diretas e indiretas que levam ao declínio das línguas gerais. A população do Brasil, que era predominantemente de índios, passa a receber um número crescente de portugueses assim como de negros que vinham para o Brasil como escravos. Para ter uma ideia, no século XVI foram trazidos para o Brasil 100 mil negros. Este número salta para 600 mil no século XVII e 1,3 milhão no século XVIII. O espaço de línguas do Brasil passa a incluir também a relação das línguas africanas dos escravos e o português. Com o maior número de portugueses cresce também o número de falantes específicos do português. E isto tem uma outra característica: os portugueses que vêm para o Brasil não vêm da mesma região de Portugal. Desse modo, passam a conviver no Brasil, num mesmo espaço de tempo, divisões do português que, em Portugal, conviviam como dialetos de regiões diferentes. Nesse período, ainda, há dois fatos de extrema importância. O primeiro deles é a ação direta do império português que age para impedir o uso da língua geral nas escolas. Esta ação é uma atitude direta de política de línguas de Portugal para tornar o português a língua mais falada do Brasil. Uma dessas ações mais conhecidas é o estabelecimento do Diretório dos Índios (1757), por iniciativa do Marquês de Pombal, ministro de Dom José I, que proibia o uso da língua geral na colônia. Assim, os índios não poderiam mais usar nenhuma outra língua que não a portuguesa. Essa ação, junto com o aumento da população portuguesa no Brasil, terá um efeito específico que ajuda a levar ao declínio definitivo da língua geral no país. O português que já era a língua oficial do Estado passa a ser a língua mais falada no Brasil. O terceiro momento do português no Brasil começa com a vinda da família real em 1808, como consequência da guerra com a França e termina com a independência. Poderíamos utilizar, como data final desse período, 1826, pois é nesse ano que se formula a questão da língua nacional do Brasil no parlamento brasileiro. A vinda da família real terá dois efeitos importantes. O primeiro deles é um aumento, em curto espaço de tempo, da população portuguesa no Brasil. Chegaram ao Rio de Janeiro para as relações sociais em território brasileiro, e isto inclui também a questão da língua. Logo de início, Dom João VI criou a imprensa no Brasil e fundou a Biblioteca Nacional, mudando o quadro da vida cultural brasileira e dando à língua portuguesa aqui, um instrumento direto de circulação, a imprensa. Esses fatos produzem um certo efeito de unidade do português para o Brasil, enquanto língua do rei e da corte. O quarto período começa em 1826. Nesse ano o deputado José Clemente propôs que os diplomas dos médicos no Brasil fossem redigidos em “linguagem brasileira”. Em 1827 houve um grande número de discussões sobre o fato de que os professores deveriam ensinar a ler e a escrever utilizando a gramática da língua nacional. Ou seja, a questão da língua portuguesa no Brasil, que já era língua oficial do Estado, se põe agora como uma forma de transformá-la de língua do colonizador em língua da nação brasileira. Temos aí constituída a sobreposição da língua oficial e da língua nacional. Essas questões tomam espaços importantes tanto na literatura quanto na constituição de um conhecimento brasileiro sobre o português no Brasil. É dessa época a literatura de José de Alencar que tem debates importantes com escritores portugueses que não aceitavam o modo como ele escrevia. É também dessa época o processo pelo qual os brasileiros tiveram legitimadas suas gramáticas para o ensino de português e seus dicionários. Dessa maneira cria-se historicamente no Brasil o sentido de apropriação do português enquanto uma língua que tem as marcas de sua relação com as condições brasileiras. Pela história de suas relações com outro espaço de línguas, o português, ao funcionar em novas condições e nelas se relacionar com línguas indígenas, língua geral, línguas africanas, se modificou de modo específico e os gramáticos e lexicógrafos brasileiros do final do século XIX, junto com nossos escritores, trabalham o “sentimento” do português como língua nacional do Brasil. Esse quarto período, no qual o português já se definira como língua oficial e nacional do Brasil, trará uma outra novidade, o início das relações entre o português e as línguas de imigrantes. Começa em 1818/1820 o processo de imigração para o Brasil, com a vinda de alemães para Ilhéus (1818) e Nova Friburgo (1820). Esse processo de imigração terá um momento muito particular, chegando ao Rio de Janeiro em torno de 15 mil portugueses. O segundo é a transformação do Rio de Janeiro em capital do Império que traz novos aspectos na passagem do século XIX para o XX (1880-1930). A partir desse momento entraram no Brasil, por exemplo, falantes de alemão, italiano, japonês, coreano, holandês, inglês. Deste modo o espaço de enunciação do Brasil parra a ter, em torno da língua oficial e nacional, duas relações significativamente distintas: de um lado as línguas indígenas (e num certo sentido, as línguas africanas dos descendentes de escravos) e de outro as línguas de imigração. Essa diferença não é só empírica do tipo: as línguas já existiam com seus falantes no Brasil quando os portugueses aqui chegaram e as línguas de imigração vieram depois. A diferença está na relação. As línguas indígenas e africanas entram na relação como línguas de povos considerados primitivos a serem civilizados (no caso, os indígenas) e escravizados (no caso, os negros). Não há falantes para tais línguas. No caso da imigração, as línguas e seus falantes veem para o Brasil por ação governamental que buscava cooperação para o desenvolvimento do país. E as línguas dos imigrantes eram os idiomas oficiais de seus países de origem. Os idiomas dos imigrantes eram língua de povos considerados civilizados, ao passo que os idiomas indígenas e africanos não. Enquanto idioma oficial e língua nacional do Brasil, a língua portuguesa é usada em todo o território nacional e é usada nos atos oficiais, legais e convive no território brasileiro com uma gama de outros idiomas dos imigrantes, ao lado da língua indígena é considerada a língua materna de todos os brasileiros, embora um número expressivo de brasileiros tenham como língua materna, outras línguas, a dos imigrantes ou indígenas. Características do português do Brasil A vinda da língua portuguesa para o Brasil não se deu, como vimos, em um só momento. Ela se deu durante todo o período de colonização entrando em relação constante com outras línguas. Por outro lado, o povoamento do Brasil se fez com a vinda de portugueses de todas as regiões de Portugal. Desse modo, sua vinda para o Brasil traz para esse novo espaço, as diversas variedades do português de Portugal. Estas variedades se instalarão em lugares diferentes do Brasil, mas, em muitos casos, elas convivem num mesmo espaço, como no Rio de Janeiro, por exemplo. O português do Brasil vai, com o tempo, apresentar um conjunto de características não encontráveis, em geral, no português de Portugal, da mesma maneira que o português, em diversas outras regiões do mundo, terá características também específicas, em virtude das condições novas em que a língua passou a funcionar. Há que se considerar que, se levamos em conta a língua escrita, vamos encontrar uma maior proximidade entre o português do Brasil, assim como o de outras regiões do mundo, com o português de Portugal, já que a língua escrita está mais sujeita à normatização da língua efetivada através das gramáticas normativas, dicionários e outros instrumentos reguladores da língua. Na língua oral, o processo de incorporação de características específicas se faz de modo mais rápido. CONCEPÇÃO DA DISCIPLINA, PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E CONSIDERAÇÕES SOBRE LINGUAGEM A proposta pedagógica tem como base a concepção sócio-interacionista de linguagem. Em outras palavras, mais do que uma representação do pensamento ou um instrumento de comunicação, entendemos linguagem como o produto da interação do sujeito com o mundo e com os outros. Nesse sentido, linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado é a linguagem que possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se criticamente perante os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que geram a linguagem, suas renovações e alterações. É no espaço social que a linguagem garante sua própria existência e significação. Dentro dessa mesma perspectiva, concebemos língua como um sistema de signos histórico-social que permite ao homem a (re)construção da realidade. Assim, apropriar-se de uma língua significa também apreender seus significados culturais. É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da cultura, como valores, normas e atitudes. Pelo contrário, a língua é um todo coerente e o sujeito, imerso nela desde seu nascimento, aprende a captar sutis diferenças no tom de voz, na atitude corporal, nos gestos e em outros elementos não-verbais. Por isso, apesar da predominância do trabalho linguístico, sustentamos a importância de valorizar estereótipos e diferentes visões de mundo. As Diretrizes Curriculares para Ensino da Língua Portuguesa – Ensino Fundamental tem por finalidade: • Formar cidadãos cônscios de seus direitos e deveres, aptos a exercer sua cidadania como agente transformador de seu meio, utilizando as variantes linguísticas, apropriando-se dos conhecimentos sistematizados transmitidos por esta instituição de ensino, bem como por todos os meios de comunicação ao seu alcance e também, desenvolver o gosto pela leitura, escrita, produção textual, bem como a comunicação verbal com os demais interlocutores, formar leitores e intérpretes críticos e produtores de diferentes textos e registros linguísticos apresentando aos educandos todos os gêneros textuais, despertando o prazer pelo conhecimento literário, proporcionando momento de prazerosa leitura em sala de aula, individual e em grupos. E ainda desenvolver a aptidão investigativa e compreender os fatos da língua em benefício da aprendizagem e socialização do saber, adquirindo conhecimentos teóricos dos diversos níveis de comunicação. • Conscientizar educadores e educandos quanto à Educação Inclusiva, abrangendo os portadores de deficiências, assim como todo tipo de discriminação e ainda, valorizar e incluir nos diversos campos de trabalho, a Educação para o campo, também desenvolver senso crítico e participativo quanto à qualidade de vida e responsabilidade quanto a Agenda 21, propiciando maior envolvimento, valorização e conhecimento entre alunos da zona urbana e rural; propiciar reflexões, leituras, estudos, pesquisas, projeções e análise de filmes, envolvendo a cultura afro-brasileira, africana e indígena; proporcionar a implementação de novos tecnologias nas diversas atividades pedagógicas. E é tarefa do educador, aprofundar compromissos, assumindo os princípios éticos da solidariedade, liberdade, participação, autonomia, igualdade e justiça social. Na presente proposta, adotar-se-ão os princípios da aprendizagem, das abordagens sócio-interacionistas de linguagem e perspectiva do letramento, embasadas na teoria dos gêneros textuais de Bakhtin. Nessa abordagem, considera-se que “(...) nosso próprio pensamento... Nasce e forma-se em interação e em luta com o pensamento alheio, o que não pode deixar de refletir nas formas de expressão verbal do nosso pensamento”. (Bakhtin, 2000; p. 317). A plurivalência é, assim constitutiva da linguagem, pois os sentidos não estão presos a uma visão ideológica determinada. Os textos tem uma diversidade de ideologias que refletem os papéis sociais assumidos pelos interlocutores. O papel do outro é essencial para a reconstrução do sentido do discurso. Compreende-se que, a língua não pode ser concebida como um simples código, porque além de comunicar, ela é usada para persuadir, interagir, explorar, emocionar... A interação social é então, a fonte da ação pela linguagem. Assim, percebe-se que há necessidade de um ensino de língua que envolva os alunos em situações concretas de produção de significados, tanto na leitura ou produção de textos. Para construção desse processo pedagógico baseado nesse tipo de papel escolar, precisa-se lançar mão do conceito de gênero textual e organizar o ensino considerando essas condições concretas de produção do discurso fora e dentro da escola, segundo afirma Bakhtin (2000, p. 279): “cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados”. O conceito de gênero textual fica, portanto muito ligado a uma dimensão histórica da produção da cultura. É por tal razão que Marcuschi (2002; p.22-23) conceitua gênero textual como “uma noção propositadamente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica”. E a esse respeito, Bronckart (1999) atento para o fato de que na escala sócio-histórica, os textos são produtos da atividade de linguagem em funcionamento permanente nas formações sociais; em função dos objetivos, interesses e questões específicas, essas formações elaboram diferentes espécies de textos, que apresentam características relativamente estáveis (justificando-se que sejam chamadas de gêneros de textos) e que ficam disponíveis no intertexto como modelos indexados, para os contemporâneos e para as gerações posteriores (p.137138). Para Marcuschi (2002, p. 30), os gêneros textuais podem ser conceituados como “artefatos culturais construídos historicamente pelo ser humano”. E, por essa razão percebe-se que é necessário organizar a proposta pedagógica para os educandos conduzindo-os à apropriação de alguns gêneros textuais (crônica, poema, conto, notícia, artigo de opinião, carta, bilhete, relato pessoal, receita culinária, textos didáticos...) favorecendo a leitura e produção de textos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES POR SÉRIE Com base nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, no Quadro de Conteúdos da SEED e no Projeto Político Pedagógico da escola, a disciplina tem como conteúdo estruturante o Discurso como Prática Social. 5ª SÉRIE - CONTEÚDOS BÁSICOS *Gêneros discursivos I • Narrativa intimista • Carta pessoal • Bilhete *Gêneros discursivos II • Poemas ( Olimpíadas de língua Portuguesa) • Acróstico *Gêneros discursivos III 9. Conto de mistérios 10. Narrativa de enigma *Gêneros discursivos IV *Narrativa da Aventura V • Contos de fadas • Fábulas • H.Q. • lendas 26 Regras de jogo (jogos silábicos) 27 Receitas ORALIDADE 4. Tema do texto 5. Finalidade 6. Argumentatividade 7. Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... 8. Adequação do discurso ao gênero 9. Turnos de fala 10. Variações linguísticas 11. Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos LEITURA • Tema do texto • Interlocutor • Finalidade • Aceitabilidade do texto • Informatividade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Léxico • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Tema do texto • Interlocutor • Finalidade do texto • Informatividade • Argumentatividade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Divisão do texto em parágrafos • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem • Processo de formação de palavras • Acentuação gráfica • Ortografia • Concordância verbal / nominal 6ª SÉRIE - CONTEÚDOS BÁSICOS • Narrativa de ficção • Crônica de ficção • Diálogo II Narrativa mitológica • Exposição oral • Histórias em quadrinhos • Lendas III • Relato de experiência • Álbum de família • Diária • Entrevista (oral / escrita) • Declaração de direitos (estatutos – leis) • Exposição oral IV • convite • Filme • Bilhete • Notícia • Torpedos • e-mail • Música • anagrama • Depoimentos • Exposição oral V • Conto • Propaganda • Carta ao leitor • Exposição oral VI • Reportagens • Exposição oral • Memórias • Pesquisa VII • Carta • Cartazes ORALIDADE 1. Tema do texto 2. Finalidade 3. Argumentatividade 4. Papel do locutor e interlocutor 5. Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... 6. Adequação do discurso ao gênero 7. Turnos de fala 8. Variações linguísticas 9. Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos ESCRITA • Tema do texto • Interlocutor • Finalidade do texto • Informatividade • Argumentatividade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Divisão do texto em parágrafos • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem • Processo de formação de palavras • Acentuação gráfica • Ortografia • Concordância verbal / nominal LEITURA • Tema do texto • Interlocutor • Finalidade • Aceitabilidade do texto • Informatividade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Léxico • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. 7ª SÉRIE - CONTEÚDOS BÁSICOS IeV 5. Exposição oral 6. Biografia 7. Resumo 8. Pesquisa 9. Relato pessoal II Memórias literárias ( Olimpíadas de língua Portuguesa) • Crônica • Crônica jornalística • Narrativa de humor • Mesa redonda • Júri simulado • Discurso de defesa e acusação III • Entrevista • Exposição oral • Pesquisa • Telejornal • Reportagem oral e escrita • Resumo IV e VII • Entrevista • Artigos de opinião • Debate • Dissertação escolar • Charge V • Romance • Exposição oral • Carta • Bilhete ORALIDADE Tema do texto Finalidade Argumentatividade Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos ESCRITA • Tema do texto • Interlocutor • Finalidade do texto • Informatividade • Argumentatividade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Divisão do texto em parágrafos • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem • Processo de formação de palavras • Acentuação gráfica • Ortografia • Concordância verbal / nominal LEITURA • Tema do texto • Interlocutor • Finalidade • Aceitabilidade do texto • Informatividade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Léxico 8ª SÉRIE - CONTEÚDOS BÁSICOS • Relato de cunho memorialístico • Debate • Exposição oral • Narrativa fantástica II • Crônicas • Conto • Exposição oral • Depoimentos • Júri simulado • Entrevista oral e escrita • Música e Filme III – VI – VII • Reportagem • Matéria jornalística • Exposição oral • Depoimento • Mesa-redonda • Resenha IV • Ensaio • Pesquisa • Biografias • Declaração de direitos • Filmes • Resenha crítica V • Romance • Seminário • Exposição oral • Histórias de humor ORALIDADE • Tema do texto • Finalidade • Argumentatividade • Papel do locutor e interlocutor • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... • Adequação do discurso ao gênero • Turnos de fala • Variações linguísticas • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos ESCRITA • Tema do texto • Interlocutor • Finalidade do texto • Informatividade • Argumentatividade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Divisão do texto em parágrafos • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem • Processo de formação de palavras • Acentuação gráfica • Ortografia • Concordância verbal / nominal LEITURA • Tema do texto • Interlocutor • Finalidade • Aceitabilidade do texto • Informatividade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Léxico • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. 1. Os conteúdos básicos e específicos poderão ser adaptados/adequados dependendo do nível dos alunos. Obs. Os gêneros discursivos elencados em cada série, serão trabalhados conforme as necessidades de cada série e ou turmas. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Todo o processo ensino-aprendizagem será fundamentado no sócio-interacionismo, portanto tem-se como princípio a língua como interação e o homem como um ser político, social e historicamente construído, baseando-se em Bakhtin (1999). Dessa maneira, nas aulas, o professor não é o produtor de conhecimentos, mas sim aquele que constrói conhecimento com o aluno, tem em vista o conhecimento prévio de todos os envolvidos. Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua Portuguesa e Literatura tem a tarefa de aprimorar as possibilidades do domínio discursivo na oralidade, na leitura e na escrita, para que compreendam e interfiram nas relações de poder, em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social. A análise do discurso que se veicula através dos diferentes gêneros textuais/discursivos será enfatizada nas práticas linguísticas, visto que as pessoas se transformam e são transformadas através da língua, pois, é pela língua que se dá a interação entre os sujeitos. Nas aulas serão utilizados textos visando sempre o desenvolvimento da consciência linguística no trabalho com a estrutura fonética, sintática e morfológica, que deverão estar baseados no PPP da escola, além das Diretrizes Curriculares. O uso da língua portuguesa será enfatizada ao máximo possível para que o educando possa desenvolver a fluência, a compreensão oral, a escrita e a leitura gradualmente. Trabalhos diversos, tanto individuais quanto em duplas, grupos, serão proporcionados tanto em sala de aula quanto nos trabalhos de pesquisas. As discussões se basearão em reflexões discursivas e ideológicas de origem textual, não representando, no entanto, que a prática de leitura seja privilegiada em detrimento das outras, buscando sempre a inclusão, a integração e a igualdade humana, considerando a língua como um meio proprietário da inserção social do sujeito. O texto como unidade básica de ensino de Língua Portuguesa é também a nossa proposta pedagógica. Consideramos texto toda situação na qual um sujeito exerce uma ação interpretativa sobre um objeto, envolvendo necessariamente quem o produz. Sendo assim, o interlocutor, está presente não só quando produz sentidos para a leitura, mas também no momento da produção, pois a consciência do outro é condição indispensável para que se produza e interprete um texto. Trabalhar a Língua Materna com os estudantes significa estabelecer parcerias em sala de aula, dar-lhe voz, escutar o que têm a dizer, em experiências de uso concreto da língua. Não é a simples ocupação da sala de aula que a torna espaço privilegiado de interação e aprendizagem. Os recursos didáticos a serem utilizados além do livro são: reportagens, telenovelas, notícias, instruções, cartas, anúncios publicitários, poemas, exposições orais, entrevistas, roteiros, relatórios, capas e contracapas de revistas, livros, CDs, filmes, fotos, quadros, jornais, classificados, pensamentos, data show, charges, histórias em quadrinhos, gibis, cartazes, avisos, bilhetes, computadores, exposições orais etc. Através de filmes, textos, documentários, músicas etc. Serão trabalhados os conteúdos de acordo com o que for oportunizado pelo texto que contempla a história e cultura afro- brasileira e indígena dada a importância que essa temática traz para a construção de um Estado Democrático de Direito, com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação Estadual 04/2006 . AVALIAÇÃO Avaliar é recolher informações que devem servir de parâmetros básicos: apresentar aos alunos seus avanços, progressos, dificuldades e possibilidades no processo ensino-aprendizagem e fornecer subsídios que proporcionem ao professor, analisar sua prática em sala de aula. Dessa forma, o professor, além de observar em que medida e com que diversidade os objetivos foram alcançados, pode planejar e decidir se é preciso intervir ou modificar as atividades que são propostas, não esquecendo de contemplar os alunos que apresentam todo e qualquer tipo de necessidades. A avaliação, entendida como constitutiva da prática educativa, não pode estar ancorada em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do rendimento dos alunos. Pode e deve ser contínua, diagnóstica aprendizagem; diagnóstica porque tem como finalidade, detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudanças da prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas ao ensino que se oferece. A avaliação faz o professor procurar caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas. Serão avaliados os seguintes critérios: Oralidade: será avaliada de acordo com o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Verificar-se-á a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação na defesa de seu ponto de vista. O aluno também deve avaliar os textos orais com os quais convive como: noticiários, discursos, programas televisivos, também de suas falas. Leitura: na leitura deve-se considerar as estratégias usadas, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e resposta ao texto, também não se pode esquecer as diferentes leituras de mundo e o conhecimento que o aluno já possui. Pode-se propor questões abertas, discussões, debates e atividades que possibilitem avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto. Escrita: na produção de textos, os critérios e parâmetros de avaliação devem ser claros para o professor e bem definidos para o aluno, que precisa estar em contextos reais de interação de comunicabilidade. É no texto – fala/escrita que a língua se manifesta em todos os seus elementos discursivos, textuais, gramaticais, ortográficos e aspectos linguísticos usados na produção de textos pelos alunos que vão proporcionar uma avaliação reflexiva e contextualizada e no uso da língua em diferentes momentos de forma gradativa, faz com que os alunos alcancem a proficiência na leitura e escrita dentro da norma padrão. INSTRUMENTOS AVALIATIVOS E CRITÉRIOS Atividade de leitura compreensiva de textos - A avaliação da leitura de textos possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento. O aluno: 1. Compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias; 2. Ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada; 3. Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. Projeto de pesquisa bibliográfica - A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno. O aluno quanto: • A contextualização identifica a situação, o contexto com clareza; • Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema. • A justificativa aponta argumentos sobre a importância da pesquisa. O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. Produção de texto - As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. Ao aluno: • Produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade etc.); • Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; • Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão); • Elaborar argumentos consistentes; • Estabelecer relações entre as partes do texto; • Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. Palestra – apresentação oral - A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição das ideias. O aluno: • Demonstra conhecimento do conteúdo; • Apresenta argumentos selecionados; • Demonstra sequência lógica e clareza na apresentação Atividades experimentais - Estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. O aluno, ao realizar seu experimento: – Registra as hipóteses e os passos seguidos; – Demonstra compreender o fenômeno experimentado; – Sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais; – Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários. Projeto de pesquisa de campo - Essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. O aluno ao proceder sua pesquisa de campo: • Registra as informações no local de pesquisa; • Organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; • Apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese; • Atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros). Relatório - O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles. São elementos do relatório: 1. Introdução: informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos. 2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade. 3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos resultados. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão. 4. Considerações finais: neste item do relatório será possível observar se a atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. O aluno: • Faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos; • Descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou a atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade; • Faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão. Seminário - Oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de texto. Trata-se de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocar o estudante em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa. O aluno: • Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; • Apresenta compreensão do conteúdo abordado (leitura compreensiva dos textos utilizados); • Faz adequação da linguagem; • Demonstra pertinência quanto às fontes de pesquisa; • Traz relatos para enriquecer a apresentação; • Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. Debate - Possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra é preciso garantir a participação de todos. O aluno: • Aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos divergentes; • Ultrapassa os limites das suas posições pessoais; • Explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; • Admiti o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; • Busca, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; • Registra, por escrito, as ideias surgidas no debate; • Faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; • Demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; • Apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. Atividades com textos literários - Possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido no contexto de outra linguagem. O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação. O aluno: • Compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; • Faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; • Reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário, compreendendo os níveis de leitura: leitura de linhas, inferências e práticas sociais. Atividades a partir de recursos audiovisuais - O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. O aluno: • Compreende e interpreta a linguagem utilizada; • Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; • recurso. Reconhece os recursos expressivos específicos daquele Trabalho em grupo - Desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. O aluno: • Interage com o grupo; • Compartilha o conhecimento; • Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; • Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. O aluno: • Compreende o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e objetividade; • Planeja a solução e se essa tentativa foi adequada; • Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa; • Sistematiza o conhecimento de forma adequada. Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo, a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno, a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão, o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. 5ª série: CONTEÚDO TRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS ABORDAGEM TEÓRICO BÁSICOS METODOLÓGICA AVALIAÇÃO GÊNEROS LEITURA LEITURA DISCURSIVOS É importante que o Espera-se que o aluno: Para o trabalho da professor propicie práticas • Identifique o tema; práticas de leitura, de leitura de textos de • Realize leitura escrita, oralidade e diferentes gêneros; compreensiva do texto; análise linguística serão considere os • Localize informações adotados como conhecimentos prévios dos explícitas no texto; conteúdos básicos os alunos e formule • Posicione-se gêneros discursivos questionamentos que argumentativamente; conforme suas esferas possibilitem interferências • Amplie seu horizonte de sociais de circulação. sobre o texto; expectativas; Caberá ao professor • Encaminhe discussões • Amplie seu léxico; fazer a seleção de sobre: tema, intenções, • Identifique a ideia gêneros nas diferentes intertextualidade; principal do texto; esferas, de acordo com •Contextualize a produção; Espera-se que o aluno: o Projeto Político suporte/ fonte, • Expresse as ideias com Pedagógico, com a interlocutores, finalidade, clareza; Proposta Pedagógica época; • Elabore/ reelabore textos Curricular, com o Plano •Utilize textos verbais de acordo com o Trabalho Docente, ou diversos que dialoguem encaminhamento do seja, em conformidade com não-verbais, gráficos, professor, atendendo: com as características fotos, imagens mapas e − às situações de produção da escola e com nível de outros; propostas (gênero, complexidade adequado • Relacione o tema com o interlocutor, a cada uma das séries . contexto atual; finalidade...); − à * Vide relação dos • Oportunize a socialização continuidade temática; gêneros ao final deste das ideias dos alunos sobre • Diferencie o contexto de documento. o texto. uso da linguagem formal e LEITURA ESCRITA informal; • Tema do texto É importante que o • Use recursos textuais •Interlocutor professor: como coesão e coerência, • Finalidade • Planeje a produção textual informatividade, etc; • Argumento do texto a partir: da delimitação do • Utilize adequadamente ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE CONTÉUDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA LEITURA AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: de leitura, escrita, oralidade e É importante que o professor; • Realize leitura • Propicie prática de leitura análise linguística serão compreensiva do adotados como conteúdos de textos de diferentes texto; básicos os gêneros gêneros, ampliando também • Localize as discursivos o léxico; informaçãoes conforme suas esferas • Considere os explícitas e implícitas sociais de circulação. Caberá conhecimentos prévios dos no texto; ao professor fazer a seleção alunos; • Posicione-se de gêneros, nas diferentes • Formule questionamentos argumentativamente; esferas, de acordo com o que possibilitem • Amplie seu horizonte Projeto Político Pedagógico, interferências sobre o texto; de expectativas; com a Proposta Pedagógica • Encaminhe as discussões • Amplie seu léxico Curricular, com o Plano sobre: temas e intenções; • Perceba o ambiente Trabalho Docente, ou seja, • Contextualize a produção: em conformidade com as características da escola e no qual circula o suporte/ fonte, interlocutores, gênero; finalidade, época; • Identifique a ideia com o nível de complexidade • Utilize textos verbais principal do texto; adequado a cada uma das diversos que dialoguem com séries. * Vide relação dos gêneros os não-verbais, como gráfico, do autor; fotos, imagens, mapas, e • Identifique o tema; ao final deste documento. outros;• Relacione o tema LEITURA •Tema do texto; com o contexto atual, com as das palavras e/ ou diferentes possibilidades de expressões a partir do • Interlocutor; sentindo (ambiguidade) e contexto. • Finalidade do texto; com outros textos;• ESCRITA • Argumentos do texto; Oportunize a socialização Espera-se que o • Contexto de produção; • Intertextualidade; das ideias dos alunos sobre o aluno: texto.ESCRITAÉ importante • Expresse suas • Informações explícitas e que o professor:• Planeje a ideias com clareza; implícitas; produção textual a • Elabore textos • Analise as intenções • Deduza os sentidos ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE CONTÉUDO ESTRUTURANTE DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL ABORDAGEM TEÓRICOCONTEÚDOS BÁSICOS METODOLÓGICA AVALIAÇÃO GÊNEROS LEITURA LEITURA DISCURSIVOS É importante que o professor: Espera-se que o aluno: • Para o trabalho das • Propicie práticas de leitura de • Realize a leitura práticas de leitura, textos de diferentes gêneros; compreensiva do texto; escrita, oralidade, e Considere os conhecimentos • Localize de análise linguística serão prévios dos alunos; adotados como • Formule questionamentos que informações explícitas e conteúdos básicos os possibilitem interferências sobre Posicione-se gêneros discursivos o texto; argumentativamente; conforme suas esferas • Encaminhe as discussões e • Amplie seu horizonte sociais de circulação reflexões sobre: tema, finalidade, de expectativas; • Caberá ao professor intenções, intertextualidade, • Amplie seu léxico; fazer a seleção de aceitabilidade, informatividade, • Perceba o ambiente implícitas no texto; gêneros, nas diferentes situacionalidade; esferas, de acordo com • Contextualize a produção: no qual circula o Projeto Político suporte/ fonte, interlocutores, • Identifique a ideia Pedagógico com a finalidade, época; principal do texto; Proposta Pedagógica • Utilize textos verbais diversos • Analise as intenções gênero; Curricular, com p Plano que a dialoguem com não de Trabalho Docente, verbais, como gráficos, fotos, do autor; ou seja, em imagens, mapas e outros; • Reconheça palavras conformidade com as • Relacione o tema com o e/ou expressões que características da contexto atual, denotem ironia e humor escola e com nível de • Oportunize a socialização das no texto; Identifique o tema ; complexidade adequado ideias dos alunos sobre o texto; a cada uma das séries. Instigue a identificação e • Compreenda as * Vide relação dos reflexão dos sentidos de do uso de palavras e/ou gêneros ao final deste palavras e/ou expressões expressões no sentido documento figuradas, bem como de conotativo e denotativo; LEITURA expressões que denotam ironia e Identifique e reflita • Conteúdo temático humor; sobre as vozes sociais • Interlocutor • Promova a percepção de presente no texto; diferenças decorridas • Intencionalidade do recursos utilizados para • Conheça e utilize os texto; determinar causa e recursos para • Argumentos do texto; consequência entre as partes e determinar causa e • Contexto de produção; elementos do texto. consequência entre as • Intertextualidade; partes e elemento do ESCRITA •Vozes sociais presente • É importante que o professor: texto; no texto; Planeje a produção textual a ESCRITA • Elementos partir: da delimitação do tema, Espera se que o aluno; composicionais do do interlocutor, do gênero, da Expresse suas ideias gênero; finalidade; com clareza; • Relação de causa e • Estimule a ampliação de Elabore textos consequência entre as leituras sobre o tema e os atendendo: partes dos elementos gêneros propostos; - às situações de do texto; • Acompanhe a produção do produção propostas • Marcas linguísticas: texto; (gênero, coesão coerência • Análise se a produção textual interlocutor,finalidade...) função das classes está coerente e coesa, se há ; gramaticais no texto, continuidade temática, se atende - à continuidade pontuação, recursos à finalidade, se a linguagem está temática; gráficos ( como aspas, adequada ao contexto; Diferencie o contexto de travessão, negrito ); ABORDAGEM TEÓRICO uso da linguagem • Semântica; METODOLÓGICA formal e informal; • Operadores • Estimule o uso de figuras de Utilize recursos textuais argumentativos: linguagem do texto; como coesão e ambiguidade; sentido figurado; Incentive a utilização de recursos coerência, de causa e consequência entre informatividade, etc.; expressões que as partes e elementos dos • Utilize adequadamente denotam ironia e humor textos. recursos linguísticos • Proporcione o entendimento do como pontuação, uso e no texto; papel sintático e estilístico dos Escrita função do artigo, • Conteúdo temático; pronomes na organização, pronome, substantivo, • Interlocutor; retomadas e sequenciação do adjetivo, advérbio, etc; • Intencionalidade do texto; • Empregue palavras texto; • Encaminhe a reescrita textual; e/ou • Informatividade; revisão dos argumentos ideias, expressões no sentido • Contexto de produção; dos elementos que compõem o conotativo; • Intertextualidade; gênero ( por exemplo: se for uma • Entenda o papel CONTEÚDOS notícia, observar se o fato sintático e estilístico BÁSICOS relatado é relevante, se dos pronomes Vozes sociais presente apresenta dados coerentes se a AVALIAÇÃO no texto; linguagem é própria do suporte na organização, • Elementos (ex jornal) se traz vozes de retomadas e composicionais do autoridade, etc.) sequenciação do texto; gênero; • Conduza, na reescrita, a uma • Perceba a pertinência • Relação de causa e reflexão dos elementos e use os elementos consequência entre as discursivos, textuais estruturais e discursivos, textuais, partes e elemento do normativos. estruturais e texto; ORALIDADE normativos, bem como • Marcas linguísticas: É importante que o professor: os recursos de causa e coesão coerência, • Organize apresentações de consequência entre as função das classes textos produzidos pelos alunos partes e elemento do gramaticais no texto, levando em consideração a: texto; pontuação, recursos aceitabilidade, informatividade, ORALIDADE gráficos como aspas, situacionalidade, e finalidade do Espera-se que o aluno: travessão, negrito; texto; • Utilize o discurso de • Concordância verbal e • Proponha reflexões sobre os acordo com a situação nominal argumentos utilizados nas de produção (formal/ • Papel sintático e exposições orais dos alunos, e informal); estilístico dos pronomes sobre a utilização dos recursos • Apresente ideias com na organização de causa e consequência entre clareza; retomadas e as partes e elementos do texto; • Obtenha fluência na sequenciação no texto; • Oriente sobre o contexto social exposição oral, em • Semântica; de uso do gênero oral adequação ao gênero • Operadores selecionado. proposto; argumentativos • Prepare apresentações que ambiguidade significado das palavras explorem as marcas linguísticas • Compreenda os argumentos no discurso sentido figurado típicas da oralidade em seu uso do outro; expressões que formal e informal; • Exponha denotam ironia de e • Estimule contação de histórias objetivamente seus humor no texto. de diferentes gêneros, argumentos; ORALIDADE utilizando-se dos recursos • Organize a sequência • Conteúdo temático; extralinguísticos, como da fala; • Finalidade; entonação, expressões faciais, • Respeite os turnos de • Argumentos; corporal e gestual, pausas e fala; • Papel do locutor e outros; • Analise os argumentos interlocutor • Propicie análise e comparação dos colegas em suas • Elementos dos recursos veiculados em apresentações e/ou nos extralinguísticos diferentes fontes como jornais, gêneros orais entonação, expressões emissoras de TV, emissoras de trabalhados; faciais, corporal, e rádio, etc., a fim de perceber a • Participe ativamente gestual, pausas... ABORDAGEM TEÓRICO- de diálogos, • Adequação do METODOLÓGICA relatos, discussões, discurso ao gênero; ideologia dos discursos dessas etc.; • Turnos de fala; esferas; •Utilize • Variações linguísticas • Selecione discursos de outros conscientemente (lexicais, semânticas, para análise dos recursos da expressões faciais prosódicas, entre oralidade, como cenas de corporais e outras); desenhos, programas infanto- gestuais, pausas e • Marcas linguísticas: juvenis, entrevistas, reportagem, entonação nas coesão coerência, entre outros. exposições orais, entre gírias, repetição outros elementos • Elementos extralinguísticos. semânticos; • Analise recursos da Adequação da fala ao oralidade em cenas de contexto (uso de desenhos, programas conectivos, gírias, infanto-juvenis, repetições, etc); entrevistas, reportagem, • Diferenças e entre outros. semelhanças entre o discurso oral e o escrito ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS ABORDAGEM TEÓRICO- AVALIAÇÃO BÁSICOS METODOLÓGICA Leitura Gêneros Discursivos Leitura Espera-se que o aluno: • Para o trabalho das É importante que o professor: • Realize leitura práticas de leitura, • Propicies práticas de leitura de compreensiva do texto e escrita, oralidade, e textos de diferentes gêneros; das partículas conectivas; análise linguística serão • Considere os conhecimentos • Localize informações adotados como prévios dos alunos; explícitas e implícitas no conteúdos básicos os • Formule questionamentos que texto; gêneros discursivos possibilitem interferências sobre • Posicione-se conforme suas esferas o texto; argumentativamente; sociais de circulação. • Encaminhe discussões e •Amplie seu horizonte de Caberá ao professor reflexões sobre: tema, expectativas; fazer a seleção de finalidade, intenções, • Amplie seu léxico; gêneros, nas diferentes intertextualidade, aceitabilidade, • Perceba o ambiente no esferas, de acordo com informatividade, o Projeto Político situacionalidade, temporalidade, • Identifique a ideia Pedagógico, com a vozes sociais e ideologia; principal do texto; Proposta Pedagógica • Proporcione análise para Analise as intenções do Curricular, com o Plano estabelecer a referência textual; autor; Trabalho Docente, ou contextualize a produção; • Identifique o tema; seja, em conformidade • Suporte/ fonte, interlocutores, • Deduza os sentidos de com as características finalidade e época. palavras e/ou expressões da escola e com o nível • Utilize textos verbais diversos a partir do contexto; de complexidade que dialoguem com não- • Compreenda as adequado a cada uma verbais, como gráficos, fotos, diferenças decorridas do das séries. imagens mapas e outros; uso de palavras e/ou * Vide relação dos • Relacione o tema com o expressões no sentido gêneros ao final deste contexto atual; conotativo e denotativo; documento • Oportunize a socialização das • Conheça e utilize os LEITURA ideias dos alunos sobre o texto; recursos para determinar • Conteúdo temático; Instigue o entendimento/ qual circula o gênero; causa e consequência • Interlocutor; reflexão das palavras em entre as partes e • Intencionalidade do sentido figurado; elementos do texto; texto; • Estimule que suscitem nos • Reconheça palavras • Argumento do texto; reconhecimentos do estilo, que e/ou expressões que • Contexto de produção; é próprio de cada gênero; estabelecem a • Intertextualidade; Incentive a percepção dos progressão referencial; • Discurso ideológico recursos utilizados para • Reconheça o estilo, presente no texto; ABORDAGEM TÉCNICO- próprio de diferentes • Vozes sociais METODOLÓGICA gêneros. presentes no texto; determinar causa e ESCRITA • Elementos consequência entre as partes e Espera-se que o aluno: composicionais do elementos do texto; • Expresse ideias com gênero; • Conduza leituras para a clareza; • Relação de causa e compreensão das partículas • Elabore textos consequência entre as conectivas. atendendo: partes e elemento do ESCRITA AVALIAÇÃO texto; • É importante que o professor: - às situações de CONTEÚDOS Planeje a produção textual a produção BÁSICOS partir da delimitação tema, do propostas (gênero, • Partículas conectivas interlocutor, finalidade, interlocutor, do texto; intenções, intertextualidade, finalidade...); • Progressão referencial aceitabilidade, informatividade, - à continuidade temática; no texto; situacionalidade, temporalidade, • Diferencie o contexto de • Marcas linguísticas: e ideologia; uso da coesão coerência, • Proporcione o uso adequado linguagem formal e função das classes de palavras e expressões para informal; gramaticais no texto, estabelecer a referência textual; • Use recursos textuais pontuação, recursos, • Estimule a ampliação de como coesão e coerência, gráficos como aspas, leituras sobre o tema e o informatividade, travessão, negrito; gênero proposto. intertextualidade, • Semântica; • Acompanhe a produção de etc; • Operadores texto; • Utilize adequadamente argumentativos; • Análise se a produção textual recursos polissemia esta coerente e coesa, se há linguísticos como expressões que continuidade, temática, se pontuação, uso defendem ironia e atende, à finalidade, se a e função do artigo, humor no texto; linguagem esta adequada ao pronome, ESCRITA contexto; substantivo, adjetivo, Conteúdo temático; • Estimule o uso das palavras advérbio, • Interlocutor; e/ou expressões no sentido verbo, preposição, • Intencionalidade do conotativo e denotativo, bem conjunção, etc.; texto; como de expressões que • Empregue palavras e/ou • Informatividade; denotam ironia, humor e expressões no sentido • Contexto de produção; figuras de linguagem no texto; conotativo; Intertextualidade; Incentive a utilização de • Perceba a pertinência e • Vozes sociais recursos de causa e use os elementos presentes no texto; consequência entre as partes e discursivos, textuais, Elementos elementos do texto, estruturais e normativos, composicionais do • Conduza a utilização bem gênero; adequada das partículas como os recursos de • Relação de causa e conectivas; causa e consequência entre as • Encaminhe a reescrita textual; consequência entre as partes e elemento do revisão dos argumentos/das partes e texto; ideias, dos elementos que elementos do texto; • Partículas conectivas compõem o gênero ( por • Reconheça palavras do texto; exemplo, se for uma crônica, e/ou • Progressão referencial verificar se a temática, está expressões que do texto; relacionada ao cotidiano, se há estabelecem a • Marcas linguísticas: relações estabelecidas entre os progressão referencial. coesão, coerência, personagens, o local, o tempo ORALIDADE função das classes em que a história acontece, Espera-se que o aluno: gramaticais no texto, etc.); • Utilize o discurso de pontuação, recursos • Conduza na reescrita, a uma acordo com gráficos como aspas, reflexão dos elementos a situação de produção travessão, negrito etc. discursivos, textuais, estruturais (formal/ • Sintaxe de regência; e normativos; informal); • Processo de formação ORALIDADE • Apresente ideias com de palavras; É importante que o professor: clareza; • Vícios de linguagem ABORDAGEM TÉCNICO- • Obtenha fluência na • Semântica; METODOLÓGICA exposição oral, em •Operadores • Organize apresentações de adequação ao gênero argumentativos; textos produzidos pelos alunos proposto; - modalizadores; levando em consideração a • Compreenda - polissemia; aceitabilidade, informatividade, argumentos no ORALIDADE situacionalidade, finalidade do discurso do outro; • Conteúdo temático; texto; • Exponha objetivamente • Finalidade; • Oriente sobre o contexto argumentos; • Argumentos; social de uso do gênero oral • Organize a sequência • Papel do locutor e selecionado; da fala; interlocutor; • Prepare apresentações que • Respeite os turnos de • Elementos explorem as marcas linguísticas fala; extralinguísticos: típicas da oralidade em seu uso •Analise os argumentos entonação, expressões formal e informal; faciais, corporal, e • Estimule contação de histórias colegas em gestual, pausas...; de diferentes gêneros, suas apresentações e/ou • Adequação do utilizando –se dos recursos nos discurso ao gênero; extralinguísticos gêneros orais • Turnos de fala; como entonação, expressões trabalhados; • Variações linguísticas faciais, corporal e gestual, •Participe ativamente de (lexicais, semânticas, pausa e outros; diálogos, relatos, apresentados pelos prosódicas entre outras); • Selecione discursos de outros discussões, etc.; • Marcas linguísticas: para análise dos recursos da • Utilize conscientemente coesão, oralidade, como cenas de expressões faciais CONTEÚDOS desenhos, programas infanto- corporais e BÁSICOS juvenis, entrevistas, reportagem gestuais, pausas e coerência, gírias, entre outros. entonação nas repetição, conectivos; exposições orais, entre • Semântica; outros • Adequação da fala ao elementos contexto (uso de extralinguísticos; conectivos, gírias, • Analise recursos da repetições, etc.); oralidade • Diferenças e em cenas de desenhos, semelhanças entre o programas infanto- discurso oral e o escrito. juvenis, entrevistas, reportagem entre outros. REFERÊNCIAS BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. 3. ed. In Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000. BRONCKART, J. P. Atividades de linguagem, textos e discursos por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo: Educ, 1999. FELTRIM, Antonio Efra. Inclusão social na escola: quando a pedagogia se encontra com a diferença. São Paulo: Paulinas, 2004. FREITAS, Luiz Carlos. A dialética da inclusão e da exclusão: porque as mudanças não acontecem. II Seminário Internacional de Educação. Campinas, 2003. GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de português. O texto na sala de aula. 5. ed. Cascavel: Assoeste, 1990. MACHADO, I. Gêneros discursivos. In BRAIT, Beth (org). BAKHTIN: conceitos – chave. São Paulo: Contexto, 2005. MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. __________ Gêneros textuais: definição e funcionalidade. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. Oralidade e ensino, uma questão pouco falada. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Portuguesa. Curitiba, 2008. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2005. COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR MATEMÁTICA ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA As primeiras manifestações matemáticas surgiram da necessidade do homem primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. De fato, ao longo do processo de desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi sendo desenvolvido a partir das necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens, gradativamente, elaborassem códigos de representações, sejam de quantidades ou dos objetos por eles manipulados, como nos dias atuais com uso de calculadora e computadores. Sendo que a humanidade, em seu processo de transformação, foi produzindo os conceitos, lei e aplicações matemáticas que compõem a matemática como ciência universal, um bem cultural da humanidade. Sendo organizada por meio de signos, a matemática torna-se uma linguagem e instrumento importante para resolução e compreensão dos problemas e necessidades sociais dentro de cada contexto. Esses conhecimentos são considerados como instrumentos de compreensão e intervenção para a transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na economia, nas relações sociais e culturais. Neste enfoque é necessário compreender a Matemática desde suas origens até sua constituição como campo científico e como disciplina do currículo escolar brasileiro. Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de idéias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov [1987], esse período demarcou o nascimento da Matemática. Contudo, como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas. Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para eles, instigaria o pensamento do homem. A Matemática se inseriu no contexto educacional grego no século VII a.C., pelo raciocínio abstrato, em busca de respostas para questões relacionadas, por exemplo, à origem do mundo. Pelo estudo da Matemática e a necessária abstração, tentava-se justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza como na sociedade. As primeiras propostas de ensino baseadas em práticas pedagógicas ocorreram no século V a.C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino. A obra do grego Euclides apresenta a base do conhecimento matemático por meio dos axiomas e postulado, contempla a geometria plana, teoria das proporções aplicadas às grandezas em geral, geometria de figuras semelhantes, a teoria dos números incomensuráveis e esteriometria – que estuda as relações métricas da pirâmide, do prisma, do cone e do cilindro, polígonos regulares, especialmente do triângulo e do pentágono. Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com o surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino. Embora a ênfase fosse dada ao estudo do latim, surgiram às primeiras idéias que privilegiavam o aspecto empírico da Matemática. Nas discussões filosóficas das universidades medievais entre os séculos X e XV, os estudos de Matemática mantiveram-se atrelados às constatações empíricas. O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste conhecimento, denominado de matemáticas de grandezas variáveis. As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais como: armas de fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e embarcações. O ensino da Matemática objetivava preparar os jovens ao exercício de atividades ligadas ao comércio, arquitetura, música, geografia, astronomia, artes da navegação, da medicina e da guerra. No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com uma educação de caráter clássico-humanista. O século XVIII foi marcado pelas Revoluções Francesa e Industrial e pelo início da intervenção estatal na educação. Com a emergente economia e política capitalista, a pesquisa Matemática voltou-se, definitivamente, para as necessidades do processo da industrialização. Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra. O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov [1987] como o período das matemáticas contemporâneas. O autor assinala que as relações que expressam formas e quantidades aumentaram consideravelmente. Essas mudanças ocorreram nos fundamentos da Matemática, ou seja, no sistema de teorias e problemas históricos, lógicos e filosóficos. Nesse período, houve uma reconsideração crítica do sistema de axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas e, também, a sistematização e hierarquização das diversas geometrias, entre elas as geometrias não-euclidianas. No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos últimos séculos. Matemáticos, antes pesquisadores, tornaram-se também professores e passaram a se preocupar mais diretamente com as questões de ensino. Para sua prática docente, alguns professores começaram a buscar fundamentação não somente nas teorias matemáticas, mas em estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos. As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam discussões do movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma concepção empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do estudante em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos. A proposta básica do escolanovismo era o desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O estudante era considerado o centro do processo e o professor, o orientador da aprendizagem. Outras tendências, concomitantemente a empírico-ativista (escolanovista), influenciaram o ensino da Matemática em nosso país. Muitas fundamentam o ensino até hoje, dentre as quais se destacam as tendências: formalista clássica, formalista moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica (FIORENTINI, 1995). Até o final da década de 1950, a tendência que prevaleceu no Brasil foi a formalista clássica. Essa tendência baseava-se no “modelo euclidiano e na concepção platônica de Matemática”, a qual se caracterizava pela sistematização lógica e pela visão estática, a-histórica e dogmática do conhecimento matemático. A principal finalidade do conhecimento matemático era o desenvolvimento do pensamento lógico-dedutivo. Após a década de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que valorizava a lógica estrutural das idéias matemáticas, com a reformulação do currículo escolar, por meio do Movimento da Matemática Moderna. Com esta tendência, tinha-se uma abordagem “internalista” da disciplina. O ensino era centrado no professor, que demonstrava os conteúdos em sala de aula. Com o Movimento da Matemática Moderna, acreditava-se que o rigor e a precisão da linguagem matemática facilitariam os seus ensino. O Movimento da Matemática Moderna também motivou o início de estudos e debates sobre a renovação pedagógica por meio de uma discussão aberta e organizada por alguns grupos de estudos. O caráter mecanicista e pragmático do ensino da Matemática foi marcante no decorrer da década de 1970. O método de aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas. Já a tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e 1970, e se estabeleceu como meio favorável para discutir o ensino da Matemática na década de 1980. Nesta tendência, o conhecimento matemático resultava de ações interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas. A Matemática era vista como uma construção formada por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas. O construtivismo, então, dava mais ênfase ao processo e menos ao produto do conhecimento. A interação entre os estudantes e o professor era valorizada e o espaço de produção individual se traduzia como um momento de interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente. A tendência pedagógica socioetnocultural surgiu a partir da discussão sobre a ineficiência do Movimento Modernista. Aspectos socioculturais da Educação Matemática foram valorizados e suas bases teórica e prática estavam na Etnomatemática. Sob essa perspectiva, a matemática deixou de ser vista como um conjunto de conhecimentos universais e teoricamente bem definidos e passou a ser considerada como um saber dinâmico, prático e relativo. A relação professorestudante, nesta concepção, era a dialógica, isto é, privilegiava a troca de conhecimentos entre ambos e atendia sempre à iniciativa dos estudantes e problemas significativos no seu contexto cultural. A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e, através de sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na “dependência absolutas da educação em face das condições sociais vigentes” (SAVIANI, 1997, p. 76). Na matemática, essa tendência é vista como um saber vivo, dinâmico, construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas em um determinado período histórico. Prioriza-se na aprendizagem da Matemática a criação de estratégias que possibilitem ao aluno atribuir sentido e construir significado às idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios. No final da década de 1980, o Estado do Paraná produziu coletivamente um documento de referência curricular para sua rede pública de Ensino Fundamental denominado Currículo Básico. O texto de Matemática teve uma forte influência da pedagogia histórico-crítica em sua fundamentação teórica. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394, aprovada em 20 de dezembro de 1996, procura adequar o ensino brasileiro às transformações do mundo do trabalho, fruto da globalização econômica e apresenta novas interpretações para o ensino da Matemática. A partir de sua vigência, definiram-se aspectos curriculares tanto na oferta de disciplinas compondo a parte diversificada quanto no elenco de conteúdos das disciplinas da Base Nacional Comum (Art. 26, Lei nº 9394/96), devido à autonomia dada às instituições para a elaboração do seu projeto pedagógico. No Paraná, nesse período, foram criadas várias disciplinas que abordavam os campos do conhecimento da Matemática, tais como: Geometria, Desenho Geométrico e Álgebra, mas que fragmentavam o conhecimento da Matemática e enfraqueciam-na como disciplina. A partir de 1998, o Ministério da Educação distribuiu os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que para o Ensino Fundamental apresentavam conteúdos da Matemática. Nos PCNEM de Matemática, o processo de ensino enfatizou o uso dessa disciplina para resolver problemas locais e estimulou a abordagem dos temas matemáticos. Em 2006, após longo trabalho de discussões curriculares entre o Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação e professores da Educação Básica, foi implantados as Diretrizes Curriculares da Educação com um texto que resgata, para o processo de ensino e aprendizagem, a importância do conteúdo matemático e da disciplina de Matemática. Nesta destaca-se o imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma que “compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança” (LORENZATO e VILA, 1993, p. 41). Para tanto, o trabalho docente necessita emergir da disciplina Matemática e ser organizado em torno do conteúdo matemático e, por conseguinte, se faz necessário uma fundamentação teórica e metodológica. Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade da seguinte maneira: - Objetivando desenvolver um pensamento reflexivo que lhe permita a elaboração de conjecturas, a descoberta de soluções e a capacidade de concluir, construindo uma imagem da Matemática como algo agradável, útil e prazeroso. Organizando o raciocínio matemático associado a questões práticas, contextualizadas e contemporâneas, buscando uma visão global da utilização da matemática; vinculada a outras áreas do conhecimento para a compreensão de fatos e fenômenos históricos, científicos, sociais, políticos, econômicos, éticos, religiosos e as diferentes culturas. - Adquirindo conhecimentos básicos a fim de possibilitar a integração do indivíduo na sociedade em que vive, tornando-os homens e mulheres de sensibilidade, respeito, segurança, honestidade, equilíbrio, iniciativa, pesquisadores, criativos, questionadores, humildes e dotados de espírito de indignação com as injustiças sociais, capazes de buscar as transformações necessárias para um mundo melhor. - Associando a matemática às diversas formas tecnológicas, buscando o desenvolvimento das atividades educativas individuais ou coletivas proporcionando um aprendizado voltado para a integração professor/tecnologia/aluno. - Transformando a matemática em um instrumento de comunicação e expressão complementar à língua, por meio da pesquisa e produção escrita em linguagem matemática, capacitando o aluno a analisar e interpretar às informações de que dispõe para intervir no mundo à sua volta. - Mostrando a matemática como um conhecimento historicamente produzido e, portanto, em constante evolução, porque construído pelas diversas culturas humanas para superar as dificuldades que encontraram ao longo de sua história. - Construindo meios a fim de possibilitar a integração de todos os alunos, promovendo a inclusão, respeitando as diferenças e assim associar a Matemática proporcionando a construção de seu aprendizado. CONTEÚDOS MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Números e Álgebra CONTEÚDOS BÁSICOS Sistema de Numeração; Números Naturais; Múltiplos e Divisores; Potenciação e Radiciação; Números Fracionários; Números Decimais. EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM Na 5ª série do ensino fundamental é importante que e o aluno: • Conheça os métodos primitivos de contagem e as situações que motivam a sua criação e evolução; • Conheça os diferentes sistemas de numeração; • Reconheça e explore os números naturais nos diferentes contextos; • Realize as operações fundamentais com os números naturais; • Identifique o conceito de múltiplos e divisores de um número natural e sua importância na matemática e em problemas do cotidiano; • Reconheça e escrever a sequencia de múltiplos e divisores de um número natural; • Reconheça as potências como multiplicação do mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; • Relacione as potências e as raízes quadradas como padrões numéricos e geométricos Reconheça e interpretar números fracionários em diferentes contextos, aplicando os conhecimentos sobre frações para representar e resolver situações-problema; • Estabeleça relação de igualdade e transformação entre fração e número decimal; • Reconheça a forma decimal dos números racionais em diferentes contextos, aplicando-as na representação e na resolução de situações-problema. • CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Grandezas e Medidas CONTEÚDOS BÁSICOS • Medidas de comprimento; • Medidas de massa; • Medidas de área; • Medidas de volume; • Medidas de tempo; • Medidas de ângulos; • Sistema monetário EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM • Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; • Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; • Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; • Calcule o perímetro, usando unidades de medida padronizadas; • Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; • Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos; • Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos, obtusos); • Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais. • Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – Geometrias CONTEÚDOS BÁSICOS - Geometria Plana; - Geometria Espacial. EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM • Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta; • Conceitue e classifique polígonos; • Identifique corpos redondos; • Identificar e relacionar os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas; • Diferencie cálculo e circunferência, identificando seus elementos; • Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Tratamento da Informação CONTEÚDOS BÁSICOS • Dados, tabelas e gráficos; • Porcentagem • Dados, tabelas e gráficos • Porcentagem EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM • Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; • Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária. 6ª SÉRIE CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Números e Álgebra CONTEÚDOS BÁSICOS Números Inteiros; Números racionais; Equação e Inequação do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples; Regra de três composta. EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM -Reconheça os conjuntos numéricos, suas operações e registros; -Utilize equações para representar, resolver e analisar problemas; -Compreenda e utilize desigualdade para representar e analisar situações reais; -Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; -Identifique grandezas que variem de forma diretamente proporcional e inversamente proporcional. CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Grandezas e Medidas CONTEÚDOS BÁSICOS Ângulos Classifique ângulos e faça uso do transferidor para medi-los. Geometrias Geometria plana Geometria espacial Geometria não-euclidianas EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM Calcule área de figuras planas por meio de fórmulas; Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança e curvas. CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Tratamento da Informação CONTEÚDOS BÁSICOS Pesquisa estatística; Média aritmética; Moda e mediana; Juros simples. EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM -Construa procedimentos para coletar, organizar, representar e interpretar dados, compreendendo os gráficos como forma eficiente de comunicação e análise de informações; -Calcule a média aritmética, moda e mediana de dados estatísticos; -Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples. 7ª SÉRIE CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Números e Álgebra CONTEÚDOS BÁSICOS • Números Irracionais; • Sistemas de Equações do 1º grau; • Potências e Radiciação; • Monômios e Polinômios; • Produtos Notáveis; • Frações Algébricas. EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM -Identifique os elementos dos conjuntos dos números naturais, inteiros, racionais e irracionais; -Represente e resolva uma situação-problema, utilizando um sistema de equações do 1º grau; -Reconheça e registre números na notação científica; -Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial; -Reconheça a notação de potência e suas propriedades, como um registro prático e facilitador de cálculos; -Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; -Identifique produtos notáveis como produtos especiais e utilize-os como facilitador de cálculos numéricos e algébricos. CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Grandezas e Medidas CONTEÚDOS BÁSICOS 10. Medida de comprimento; 11. Medida de área. EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM • Calcule o comprimento da circunferência; • Compreenda e utilize corretamente as unidades de medida de comprimento e área; • Calcule o comprimento CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Geometrias CONTEÚDOS BÁSICOS • Geometria plana; • Geometria espacial; • Geometria analítica; • geometria não-euclidianas EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM • Reconheça ângulos correspondentes determinados por duas retas paralelas e uma transversal; • Identifique triângulos semelhantes e calcule a soma das medidas dos ângulos internos de um polígono regular; • Realize cálculo de superfície e volume de poliedros por meio de fórmulas; • Identifique e represente pontos no plano cartesiano, localizando a posição de um objeto no plano, conhecidas suas distancias a dois eixos dados; • Trace e reconheça retas paralelas num plano e desenvolva a noção de paralelismo; • Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Tratamento da Informação CONTEÚDOS BÁSICOS • Gráfico e Informação; • População e amostra. • Gráfico e Informação; • População e amostra. EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM -Interprete e represente dados em diferentes gráficos; -Identifique população e amostra; -Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados. 8ª SÉRIE CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Números e Álgebra 10. Números Reais; 11. Propriedades dos radicais; 12. Equação do 2º grau; 13. Teorema de Pitágoras; 14. Equações Irracionais; 15. Equações Biquadradas EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM • Calcule potências com expoentes inteiros e fracionários; • Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; • Reconheça uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta; • Resolva equações do 2º grau, utilizando vários processos; • Utilize o Teorema de Pitágoras na resolução de situações problemas; • Identifique e resolva equações Irracionais; • Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau. CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Grandezas e Medidas CONTEÚDOS BÁSICOS • Relações Métricas no Triângulo Retângulo; • Trigonometria no Triângulo Retângulo; EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM • Compreenda a partir da semelhança de triângulos as relações entre as medidas dos catetos, hipotenusa, altura relativa a hipotenusa e projeções dos catetos; • Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo. CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Funções CONTEÚDOS BÁSICOS • • Noção intuitiva de Função afim; Noção intuitiva de Função quadrática. EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM -Compreender o que é função, identificando suas variáveis e sua lei de formação; -Reconheça uma função afim e sua representação gráfica; -Reconheça uma função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função. CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Geometrias CONTEÚDOS BÁSICOS • Geometria espacial; • Geometria plana; • Geometria analítica; geometria não-euclidianas EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM • Verifique polígonos congruentes, identificando lado e ângulos correspondentes; • Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problema; • Aplique o Teorema de Tales a partir da semelhança de triângulos e aplicá-lo para resolver problemas; • Realize cálculo da superfície e volume de poliedros; • Analise e discuta fractais por meio dos Flocos de Neve. CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Tratamento da Informação CONTEÚDOS BÁSICOS • • Noção de Análise Combinatória; • Noções de Probabilidade; • Estatística; Juros Compostos. EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM • Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolva contagens, aplicando o princípio multiplicativo; • • Descreva o espaço amostral a um experimento aleatório; • Analise dados Estatísticos; Resolva situações-problema que envolva cálculos de juros compostos. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Os conteúdos serão abordados por meio de uma linguagem simples. O estímulo à comunicação matemática compõe certamente um dos aspectos do diálogo professor-aluno que propomos, esse estímulo caracteriza-se como uma estratégia específica para o ensino e a aprendizagem, bem como a abordagem histórica se constitui um fator de humanização no ensino da matemática sendo ela um fator de motivação e contribui para melhoria da qualidade das aulas, uma vez que a História pode esclarecer sobre as origens e aplicações da Matemática e revelar o conhecimento como processo evolutivo. O apontamento da resolução de problemas como ponto de partida da atividade matemática traz implícita a convicção de que o conhecimento matemático ganha significado quando os alunos têm situações desafiadoras para resolver e trabalhar para desenvolver estratégias de resolução. O estabelecimento de conexões entre os próprios temas de conteúdo matemático também contribui significativamente para o aprendizado, favorecendo uma visão mais abrangente e flexível dos conceitos. Por exemplo, há diversos casos em que a álgebra pode complementar o entendimento de uma ideia geométrica e vice-versa. Os jogos também serão trabalhados, pois constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções. Os jogos contribuem para um trabalho de formação de atitudes, enfrentar desafios, lançar a busca de soluções, desenvolvimento da crítica, da intuição, da criação de estratégias e da possibilidade de alterá-las quando o resultado não é satisfatório para a aprendizagem da matemática. Os recursos tecnológicos sejam eles a TV, as calculadoras, os aplicativos da internet entre outros devem favorecer as produções matemáticas num contexto que envolva professor e aluno, inserindo formas diferenciadas de ensinar e aprender. As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatizam um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes argumentam e conjecturam sobre as atividades com as quais se envolvem na experimentação (BORBA & PENTEADO, 2001). A Internet é um recurso que favorece a formação de comunidades vir- tuais que, relacionadas entre si, promovem trocas e ganhos de aprendizagem (TAJRA, 2002). Daí a necessidade de ênfase às matemáticas produzidas pelas diferentes culturas, valorizando o ambiente do educando e suas manifestações culturais, respeitando as necessidades especiais à limitação de cada educando, levando em consideração que não existe um único saber, mas vários saberes distintos e resgatando a história dos estudantes através do reconhecimento e respeito as suas raízes culturais. Neste enfoque dar-se-a uma atenção especial ao trabalhar a Lei 11.645/08 que prioriza a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Enfocando nos conteúdos programáticos a inclusão de diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas: social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos: • resolução de problemas; • modelagem matemática; • mídias tecnológicas; • etnomatemática; • história da Matemática; • investigações matemáticas. Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos metodológicos a serem valorizados no ensino de Matemática, tais como: a problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a atividade em grupo e o lúdico. Problematização A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. A problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada, evidenciando-se duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o conhecimento de situações significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, o professor realiza a problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para resolver os problemas apresentados. Contextualização Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o contexto histórico e geográfico do estudante, com outros momentos históricos, com os interesses políticos e econômicos que levaram a sua produção para que o conhecimento disciplinar seja potencialmente significativo. A contextualização pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de modo mais concreto e próximo à realidade do aluno para uma posterior abordagem abstrata e específica. A contextualização pode, também, ser o ponto de chegada caso o professor opte por iniciar a sua prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos. Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no âmbito pedagógico, se estabelece por meio de metodologias que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para a abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento. Interdisciplinaridade A abordagem interdisciplinar como pressuposto metodológico considera que muitos conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteúdos e isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas escolares. As relações interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Atividade em grupo No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar experiências, apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar idéias, desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Matemática dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento pelo estudante. Lúdico O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre outros. O lúdico permite uma maior interação entre os assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta interação, maior será o nível de percepções e reestruturações cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico deve ser considerado nas estratégias de ensino independentemente da série e da faixa etária do estudante, porém, adequando-se a elas quanto ao encaminhamento, à linguagem e aos recursos utilizados como apoio. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino/aprendizagem servindo como instrumento diagnóstico, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes envolvidos no processo (aluno, professor, metodologia e instrumentos de avaliação). Atribui-se a avaliação a função de fornecer aos alunos informações sobre o desenvolvimento das capacidades e competências que são exigidas socialmente, bem como auxiliar os professores a identificar quais objetivos foram atingidos, com vista a reconhecer a capacidade matemática dos alunos, para que possam inserir-se no mercado de trabalho e participar da vida sócio-cultural. Cabe a avaliação fornecer aos professores as informações sobre como está ocorrendo a aprendizagem os conhecimentos adquiridos, os raciocínios desenvolvidos, as crenças, hábitos e valores incorporados, o domínio de certas estratégias, para que possa propor revisões e re-elaborações de conceitos e procedimentos ainda parcialmente consolidados. Assim, é fundamental que a elaboração de instrumentos de avaliação definidos pelo professor, levem em consideração a ampla variedade de linguagens usadas – numérica, algébrica, gráfica, em desenhos, língua materna, entre outros. Neste contexto, faz-se necessário desenvolver ideias e experiências que possibilitem a participação de todos os envolvidos no processo, considerando o desempenho de cada um, dentro de suas limitações. Compreender e praticar o processo de inclusão do educando na sociedade, trabalhando as diferenças de gênero, raça, faixa etária, cultura, religião, condição sócio-econômica e necessidades educativas especiais, bem como proporcionar a recuperação de estudos aos educandos que não se apropriaram dos mesmos. A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos: 1. Atividade de Leitura Compreensiva de Textos; 2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica; 3. Atividades Experimentais; 4. Projeto de Pesquisa de Campo; 5. Relatório; 6. Debate; 7. Atividades a partir de recursos Audiovisuais; 8. Trabalho em Grupo; 9. Questões Discursivas; 10. Questões Objetivas. Neste contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina. Ao avaliar a leitura dos alunos, o professor deve considerar se: -Houve compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias; -O aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma adequada; -Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. -Para avaliar será analisado o passo da consulta bibliográfica se estão atendendo as orientações. -Quanto a sua compreensão do fenômeno experimentado, -Do conceito a ser construído ou já construído, -A qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. -Avaliar analisando o encaminhamento de uma pesquisa de campo. -Avaliar analisando os elementos do relatório. -Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos divergentes; -Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; -Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; -Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; -Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; -Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando uns vocabulários conceituais adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado; a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar conhecimentos. REFERÊNCIAS ANDRINI, Alvaro, Vasconcelos, Maria José: ”Praticando matemática”: São Paulo: editora do Brasil, 2004. BONGIOVANNI - Vissoto, Laureano “Matemática e vida”, Ed.Ática, 2002. BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil. Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n.4, p. 1-37. 1995. GIOVANNI, José Ruy – Parente, Educando: Aprendendo a Matemática Novo - 7ª Série , 1ª Edição , editora FTD, São Paulo , 2002. LORENZATO. S.; VILA, M. C. Século XXI: qual matemática é recomendável? Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, p. 41-49. 1993. PARANÁ. SEED. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da Educação Fundamental da Educação Básica do Paraná – Matemática. Curitiba, 2008. Projeto Político Pedagógico - Escola Estadual 29 de Novembro- Araruna – Pr.2010. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997. TAJRA, SANMYA FEITOSA. Comunidades virtuais: um fenômeno na sociedade do conhecimento. São Paulo: Érica, 2002. COLÉGIO ESTADUAL 29 DE NOVEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR L.E.M - LÍNGUA INGLESA ARARUNA - NOVEMBRO DE 2010 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O ensino-aprendizagem de língua inglesa tem merecido lugar de destaque na sociedade e as áreas de aquisição de línguas estrangeiras se tornaram abrangentes. Ultimamente, as perspectivas de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira, especialmente no caso da língua inglesa, não foca somente crianças alfabetizadas, mas também, crianças que ainda não frequentam o banco escolar, haja vista o grande número de escolas que fazem um trabalho voltado para o ensino de língua inglesa para os pequeninos. Neste sentido, o ensino-aprendizagem da língua inglesa na escola pública, se torna essencial desde as séries inicias do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Chomsky (1965) afirma que as crianças têm uma predisposição inata para aprender línguas, o chamado Dispositivo de Aquisição de Línguas (Language Aquisition Device/ LAD). Esse dispositivo contém universais que são encontradas em todas as línguas conhecidas (ordem das palavras em uma sentença, relações gramaticais básicas como as existentes entre sujeito e objeto). O aluno adquire, a partir desse dispositivo, facilmente o domínio de uma língua estrangeira fazendo relações e utilizando estratégias de aprendizagem, entre o que já conhece e o novo em outro contexto linguístico. Na adolescência o ensino-aprendizagem de língua estrangeira, às vezes tem a ver com os fatores sociais, econômicos e afetivos. Isso significa que, os adolescentes usam o saber adquirido por meio da nova língua para expressarem sentimentos de amizade e afetividade entre eles, demonstrarem que estão envolvidos com algo novo e isso, algumas vezes lhes dá lugar de destaque na escola. Segundo Guiora ( Apud Basso, 2008) os adolescentes parecem usar estratégias cognitivas-sociais significativas com mais eficiência do que as crianças e os adultos. Eles são capazes de sustentar uma conversa usando estratégias sociais, são capazes de negociar tópicos e de negociar significados. No entanto, no contexto brasileiro, devido ao fato de muitas vezes, nem aluno e nem professor terem o domínio total da LE, toda a riqueza desse momento único na vida, passa sem ser aproveitado. Sendo assim, o ensino de língua inglesa na escola, assim como outras línguas ofertadas, é de muita importância e, neste contexto, professores da rede pública, se dedicam cada vez mais para que a aquisição da LE chegue aos alunos, em uma atmosfera em que seja possível relacionar o contexto histórico-social em que vivem, com a linguagem que estão aprendendo. Nesse ambiente, a aprendizagem da LE pode ser considerada eficaz no processo de escolarização, segundo a visão sócio-interacionista, em que a aquisição de uma língua estrangeira pode se desenvolver em diferentes contextos sociais, a partir da interação, verbal ou não, dos sujeitos envolvidos, pois, os conceitos cotidianos se formam no processo de aprendizagem, em colaboração com os pares no momento de comunicação. Observando a grande necessidade de compreensão das línguas estrangeiras modernas, no momento social atual, concluímos que, o ensino-aprendizagem de LEM na escola é de suma importância para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes inseridas no ensino público e que a aquisição da LE favorece conhecimento específico que lhes ajudarão no mundo do trabalho e na vida, por meio dos conteúdos apreendidos na escola. Ao contextualizar o ensino da Língua Inglesa, se pretende problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os aspectos que o tem marcado, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais, deste modo, os objetivos fundamentais da Língua Inglesa devem enfatizar a construção de sentidos, a inclusão social, a consciência do papel das línguas na sociedade e da diversidade cultural. O aluno deverá perceber a língua como algo que constrói e é construída por uma determinada comunidade, constando que a língua e cultura são indissociáveis. Possibilitar aos alunos a utilização da Língua Estrangeira em situações de comunicação sendo estas verbais ou não verbais e inseri-los na sociedade ativamente, não limitando-os as suas comunidades locais, mas capacitando-os para uma interação com outras comunidades. Além disso, objetiva-se proporcionar ao aluno momentos que ele possa ver o mundo com leituras diferentes daquelas que já estão estigmatizadas dentro do padrão social atual, ou seja, deve-se ter um novo olhar para a questão da nova ordem global, fazendo com que, através disso, a disciplina contribua para a formação da cidadania e o aluno afirme a sua identidade cultural e enriqueça-a a partir do contato com os outros. A Construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência da Educação da Secretaria de Estado da Educação, assim como os estudos e as discussões realizados nas semanas pedagógicas apontaram os referenciais teóricos e metodológicos para construção desta Proposta Pedagógica Curricular. Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva chegou ao Paraná em 1990 com a publicação do Currículo Básico que trazia uma concepção de língua entendida como prática social e historicamente construída. No entanto, este documento direcionava o trabalho com língua estrangeira para a prática de leitura, limitando assim as possibilidades de interação do aluno com a língua. A SEED estabeleceu parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico e adquiriu livros de fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino Médio (EM) de toda a rede estadual e elaborou o livro didático do EM. O conjunto de ações desenvolvido pela SEED, a partir de 2004, teve como foco principal promover a construção de novas Diretrizes Curriculares que favorecessem a formação continuada de professores na perspectiva de efetivarem-se como sujeitos epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais apropriadas para o processo de ensino aprendizagem. Como resultado dessas ações e visando a superação do contexto anterior, a SEED fez opção pelo currículo disciplinar, que toma o conteúdo como via de acesso ao conhecimento, considerando as dimensões científicas, filosófica e artística dos mesmos, visto que a opção pelos conteúdos curriculares, em sua totalidade: [...] significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e determinações, como um todo estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar os conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa é uma ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico destes. (PARANÁ, SEED, SUED, 2008, p.9). Evidenciou-se igualmente, uma organização do processo de aprendizagem que possibilitaria a flexibilização/adaptação de conteúdos, metodologias e avaliações de modo a contemplar a participação e aprendizagem de todos os alunos, considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades linguísticas diferenciadas e o contexto social, vislumbrando a construção de uma sociedade justa, fraterna e igualitária. Nesse contexto, o ensino de língua estrangeira configura-se como um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, oportunizando-lhe engajar-se discursivamente e compreender que a língua e a cultura são práticas sociais historicamente construídas e, portanto, passíveis de transformação. A língua é realizada num contexto concreto e preciso, levando o aluno à prática significativa com acesso a gêneros textuais orais, escritos e imagéticos. O aluno passa a sentir-se inserido em determinada realidade, sendo capaz de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo seu espírito crítico com relação ao outro e a si mesmo. O objetivo da inclusão da Língua Inglesa no currículo do Colégio Estadual “29 de Novembro”, parte da afirmação de que os estudantes tem o direito de acessar outras possibilidades culturais, ampliando e alargando sua visão de mundo, em um processo de afirmação de sua própria identidade e de possibilidades de aprendizagem. Para isso tem na língua materna a mais importante referência como ser coletivo. O aprendizado de uma língua estrangeira não pode ser identificado apenas com a submissão econômica. Ao apropriar-se de outra língua, o ser particular apropria-se da herança cultural de toda a sociedade. Sendo assim, os professores precisam buscar alternativas que coloquem o ensino-aprendizagem da Língua Inglesa, seus métodos e suas metodologias nas relações entre as línguas e a formação de identidades no mundo globalizado, como preconizam as DCE: “ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido, formar subjetividades, permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos independentemente do grau de proficiência atingido [...] analisar as questões sociais-político-econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade” (PARANÁ, 2008, p.55). CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Com base nas Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira e no Projeto Político Pedagógico, a disciplina tem como conteúdo estruturante o discurso como prática social. O discurso deve ser veiculado por textos, entendendo-os como a materialidade linguística e semiótica das práticas sociais, (Magalhães, 2006) e como membro de um gênero (Fairclough, 1999). Assim, todos os textos devem estar dentro de um determinado gênero textual (Bakhtin, 1992), seja ele primário ou secundário que sofre transformações ao longo da história. Na análise do discurso veiculado por diferentes textos, o professor deve estar atento ao inter-discurso, que inclui as condições de produção do texto (o momento, lugar e o contexto histórico e ideológico em que ele se insere), além de considerar o intradiscurso focando elementos linguístico-discursivos do próprio texto. CONTEÚDOS BÁSICOS O texto deve ser trabalhado levando-se em conta “o que está sendo comunicado”, este enfoque pode ser dado através de atividades orais e escritas. Num segundo momento, o enfoque passa a ser “como está sendo comunicado”, onde o aluno deve aprender a gramática da língua de uma forma contextualizada. A escrita, leitura e oralidade são práticas discursivas que devem ser trabalhadas através de gêneros textuais diversos. 5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS TEXTUAIS • Marcas do Gênero LEITURA • Tema do texto; - Conteúdo Temático • Interlocutor; - Estilo • Finalidade; - Elementos Composicionais • Aceitabilidade do texto; • • Informatividade; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Repetição proposital de palavras; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, Esfera social de circulação: - Cotidiana - Literária/ Artística - Científica - Escolar - Imprensa função das classes gramaticais no texto, - Publicitária pontuação, - Política gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de - Jurídica - Produção e Consumo recursos linguagem. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; 11. Ortografia; 12. Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS TEXTUAIS • Marcas do Gênero LEITURA • Tema do texto; - Conteúdo Temático • Interlocutor; - Estilo • Finalidade do texto; - Elementos Composicionais • Informatividade; • • Situacionalidade; • Informações explícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, Esfera social de circulação: - Cotidiana - Literária/ Artística - Científica - Escolar - Imprensa - Publicitária - Política função das classes gramaticais no texto, - Jurídica pontuação, - Produção e Consumo recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; 13. Ortografia; 14. Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, gírias, repetição, semântica. coerência, 7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS TEXTUAIS • Marcas do Gênero LEITURA • Conteúdo temático; - Conteúdo Temático • Interlocutor; - Estilo • Finalidade do texto; - Elementos Composicionais • Aceitabilidade do texto; • • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, Esfera social de circulação: - Cotidiana - Literária/ Artística - Científica - Escolar - Imprensa - Publicitária função das classes gramaticais no texto, - Política pontuação, - Jurídica recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de - Produção e Consumo linguagem. • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; -sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; - expressões que denotam ironia e humor no texto. - léxico. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Concordância verbal e nominal; 15. Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, e corporal gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); 8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS TEXTUAIS • Marcas do Gênero LEITURA • Tema do texto - Conteúdo Temático • Interlocutor - Estilo • Finalidade do texto - Elementos Composicionais • Aceitabilidade do texto • • Informatividade • Situacionalidade • Intertextualidade • Temporalidade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero; • Emprego Esfera social de circulação: - Cotidiana - Literária/ Artística - Científica - Escolar - Imprensa - Publicitária - Política sentido conotativo e denotativo no texto; - Jurídica - Produção e Consumo do • Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como: aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Léxico. ESCRITA • Tema do texto • Interlocutor • Finalidade do texto • Aceitabilidade do texto • Informatividade • Situacionalidade • Intertextualidade • Temporalidade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem 16. Processo de formação de palavras 17. Ortografia 18. Concordância verbal/nominal ORALIDADE • Conteúdo temático • Finalidade • Aceitabilidade do texto • Informatividade • Papel do locutor e interlocutor • Elementos extralinguísticos: expressões faciais, corporal entonação, e pausas... • Adequação do discurso ao gênero • Turnos de fala • Variações linguísticas • Marcas linguísticas gestual, ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Para a realização do trabalho norteado pelo discurso e em atendimento ao que propõem as DCE (2008, p.63) ao apontar que o trabalho com a Língua Estrangeira em sala parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados,far-se-á um estudo que considere a funcionalidade da língua alvo, propiciando que o educando vivencie situações concretas de uso dessa língua. Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam diferentes gêneros discursivos que permeiam as práticas sociais; a função social de cada texto, o conteúdo temático, o estilo, os elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de todo ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o suporte), perpassando pelas questões linguísticas, sócio-pragmáticas (análise da língua em seu contexto de uso, considerando os aspectos sociais), culturais e discursivas. Na realização das atividades de leitura com o texto haverá exploração do conhecimento prévio do aluno referente ao tema que será abordado por meio de exposição de ideias e questionamentos feitos pelo professor; pré- leitura e, em seguida, uma leitura mais aprofundada com o objetivo de extrair informações mais específicas e assim proporcionar uma maior compreensão dos mesmos; pós-leitura através de debates, projetos, filmes, etc., e tarefas realizadas em duplas ou grupos para favorecer a interação social na construção do conhecimento através da língua. No tocante a oralidade os estudantes terão acesso a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, os quais possibilitarão que se familiarizem com sons específicos da língua que está aprendendo. Serão incentivados a expressarem suas ideias na língua alvo, respeitando seu nível linguístico. Com relação à escrita serão propostas atividades sócio-interativas, significativas, com delimitação do gênero, da finalidade, da temática, do objetivo da produção, do suporte, da esfera social de circulação e do locutor e do interlocutor, para que o alu no perceba o uso real da língua. Possíveis atividades a serem realizadas com vistas ao desenvolvimento das práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita: * Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e interpretação; * Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de antecipação, de verificação; * Atividades de leitura compartilhadas e individuais; * Atividades de observação da gestão monológica do texto: locutor e leitor ausentes nos textos produzidos pelos alunos; * Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos; * Atividades que propiciem o estudo do tipo discursivo predominante (da ordem do expor ou do narrar) e das sequências narrativas, argumentativa, injuntiva, descritiva, dialogal; * Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por coesão nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais, lexicais e sintáticas; * Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação; * Atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas. A presente proposta também contempla a inclusão da temática “História e Cultura Afro-brasileira e Indígena” nos conteúdos a serem trabalhados, de acordo com o que for oportunizado pelo texto, dada a importância que essa temática traz para a construção de um Estado Democrático de Direito, de acordo com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação Estadual 04/06. Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da prática da leitura, da oralidade, da escrita serão: livros e revistas, fitas de vídeo, DVDs, CDs, TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e atividades diversas. cópias de AVALIAÇÃO No que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e quais as condições. Nesse sentido as avaliações ocorrerão nas modalidades: • formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de diferentes instrumentos avaliativos; • contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos; • diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações tomase decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho; • formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar sobre as ações e não o resultado; • somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo, seja ele verbal ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que o estudante possa se apropriar do conhecimento. Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de aprendizagem, até que se chegue à avaliação final. Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger: 28 a aprendizagem escrita (produção de texto de gêneros variados, respostas discursivas, relatórios) 29 a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate) 30 a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos, questões discursivas e questões objetivas) 31 atividades extra classe serão solicitadas como complementação dos estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente. Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento e também as orientações da LDB, conforme segue: 12. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). 13. Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004. Quando não houver entendimento do conteúdo por parte de algum aluno, se fará a recuperação de estudos que se dará concomitante a explicação e a recuperação de nota será feita mediante avaliação formal quando o aluno não alcançar a média. INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS AVALIATIVOS Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no texto; interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado. Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta em seu texto os seguintes passos: 1. Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões levantadas sobre o tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa 4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5. Referência – cita as fontes pesquisadas. Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como: planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades, etc.); expressa as ideias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e clareza na exposição oral e se usa os recursos adequadamente. Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno atende aos seguintes tópicos: 1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade) que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos. 2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que permita o aprimoramento da atividade. 3. Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à atividade em questão. 4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho (atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada. Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste à apresentação. Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário. Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua contemporaneidade. Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada. Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento. REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. (Volochinov). “Os gêneros do discurso”. in: Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, p.279-326, 2000. CHOMSKY, N. Aspectos da teoria da sintaxe. Coimbra: Armênio Amado Editor, 1965. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008 . Língua estrangeira nas diferentes idades: reflexões para professores e formadores. São Carlos, SP: Claraluz. . 255p. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. SP: Cortez, 1995. OLIVEIRA E PAIVA, Vera Lúcia Menezes de (org.). Ensino de Língua Inglesa – reflexões e experiências . Campinas: Pontes Editores, 2005. PARANÁ. Colégio Estadual “29 de Novembro”. Projeto Político Pedagógico. Língua Estrangeira Moderna. Araruna, 2007. PARANÁ. Colégio Estadual “29 de Novembro”. Regimento Escolar. Araruna, 2009. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Diretrizes curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a educação básica. Curitiba: SEED, 2008. ROCHA, Cláudia H. e Edcleia A. BASSO (orgs.). 2007. Ensinar e aprender SEED, Grupo de Estudo de 2008. ANEXOS DA EJA PROPOSTA PEDAGÓGICO-CURRICULAR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 1 - OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Proporcionar o pleno desenvolvimento do educando, sua formação humana, seu acesso a cultura geral que lhe permita aprimorar sua consciência crítica, adotar posturas éticas e compromisso político em prol de sua autonomia intelectual bem como permitir a construção e a apropriação de conhecimento para o mundo do trabalho e desenvolver o exercício da cidadania, o respeito às diferenças, a diversidade étnico-cultural e a preservação do meio ambiente. 1.1 PERFIL DO EDUCANDO A educação de Jovens e Adultos, conforme o explicitado nas Diretrizes Curriculares da EJA do Paraná, possui um perfil diferenciado, uma vez que, se destina ao atendimento de educandos inseridos no mercado de trabalho, os quais, necessitam continuar os estudos para manutenção do emprego. Esses educandos se constituem sujeitos com diferentes experiências de vida, que num dado momento por motivos sociais, econômicos e culturais tiveram que se afastar da vida escolar. Entre esses, encontram-se pessoas idosas que almejam ampliar o conhecimento, mulheres que no passado foram tolhidas no seu direito a educação, bem como alunos provenientes do trabalho rural e os portadores de necessidades educacionais especiais. 1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais. Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos – Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo. Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como: • pesquisa e problematização na produção do conhecimento; • desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar; • registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias, ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos conhecimentos; • vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural. Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar a Guia de Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre a organização da modalidade. Organização Coletiva Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada educando. A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma préestabelecido. Organização Individual A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados. 1.3 NÍVEL DE ENSINO 1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem. 1.3.2 Ensino Médio O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica. 1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos. Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de: • deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva; • condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; • superdotação/altas habilidades. É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos.1 Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar. Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades. 1 CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17. 1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria. 1.6 FREQUÊNCIA A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a frequência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula. 1.7 EXAMES SUPLETIVOS Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos. 1.8 CONSELHO ESCOLAR O Conselho Escolar é concebido como um instrumento de gestão colegiada e de participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino. É composto por representantes da comunidade escolar, compreendida como conjunto dos profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidamente matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos e representantes dos movimentos sociais organizados presentes na comunidade, comprometidos com a educação. 1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como material de apoio. Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar outros recursos didáticos. 1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR A biblioteca se constitui no cérebro da escola. Lugar de produzir conhecimento, reflexão e discussão. Representa algo extremamente importante no contexto escolar, uma vez que, por meio dos recursos que ela oferece, o professor pode diversificar suas aulas e proporcionar aos educandos experiências significativas, como a importância da leitura e da pesquisa científica, possibilitando assim a superação do senso comum e ampliação do conhecimento científico. Como dinamizadora de toda ação educativa, a biblioteca escolar, se constitui em importante elo de conexão com o plano pedagógico. Além de contribuir com o alargamento da cultura do aluno, possibilita o rompimento com a estrutura reprodutora subsidiando-o para um atuar mais consciente e efetivo. 1.11 LABORATÓRIO Segundo o entendimento do Conselho Estadual de Educação expresso no Parecer nº 095/99... “indubitavelmente, um conceito novo para o espaço denominado laboratório acompanha uma educação científica nova, espaço que passará a incluir também o pátio da escola, à beira do mar, o bosque ou a praça pública...” Como a ciência e a tecnologia tem se constituído elementos essenciais para a transformação e o desenvolvimento da sociedade atual, isso tem exigido um volume de informação maior do que em qualquer época do passado. Isso quer seja para o acesso ao mundo do trabalho ou para o exercício consciente da cidadania ou para as atividades cotidianas. O laboratório na prática pedagógica da educação de Jovens e Adultos tem por finalidade romper com o caráter meramente informativo do ensino das ciências. As atividades nele realizadas são planejadas e implementadas pelo professor, no encaminhamento metodológico de temas estudados, que além de propiciar a participação ativa dos educandos ainda permite melhor compreensão de conceitos ou fenômenos, potencializando a aprendizagem das atividades experienciadas. Quer seja as do mundo vivencial dos alunos, os objetivos e/ou fenômenos com que lidam. Assim, a apropriação significativa do conhecimento científico como um todo dinâmico, como elementos em permanente interação do corpo humano e sua integridade, da saúde como dimensão pessoal e social do desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causadas pelo ser humano, são os resultados desejados em todas as área de conhecimento do ensino fundamental e médio. RECURSOS TECNOLÓGICOS Os recursos tecnológicos tem evoluído numa velocidade nunca antes vista. Isso requer do cidadão um conhecimento e na medida do possível, um domínio das tecnologias existentes, que se dará por meio da prática, haja visto que vivemos em tempos de competições cada vez mais acirradas. O uso da informática pode garantir a possibilidade de se construir estratégias e conhecimentos necessários para a compreensão e inserção no mundo atual com novas formas de expressão e comunicação, resultando na ampliação da qualidade do processo ensino-aprendizagem. Para tanto, o aluno precisa ser estimulado e ter oportunidade de tomar conhecimento daquilo que existe de mais avançado, para que possa utilizar não só em sua vida escolar, mas, sobretudo em sua vida cotidiana. O uso da tecnologia possibilita ensinar e aprender de diferentes formas, tornando as aulas ricas em investigação e trocas de experiências. A sala de informática é o lugar onde os alunos podem lidar com as informações e tecnologias cada dia mais avançadas, podendo aplicá-las quando necessário. Assim, por se tratar de um estabelecimento de ensino que trabalha com jovens e adultos, é importante planejar e desenvolver ações que permitam a inserção do educando no mundo da tecnologia e da informação. 2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004). A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos2. Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensinoaprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural; b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça; c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos – cultura, trabalho e tempo; Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história. A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana. É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de suas características. 2 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40. E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná: • A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos formais; • O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa com o conhecimento; • Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros; • A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social; • O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento. Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber: • Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem; • Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos; • O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos; • Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do trabalho; • Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e democráticos; Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não referese exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desses grupos. 3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos. 4 - MATRIZ CURRICULAR 4.1 Ensino Fundamental – Fase II MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II ESTABELECIMENTO: Escola Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: Araruna NRE: Campo Mourão ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2009 FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula LÍNGUA PORTUGUESA ARTES LEM - INGLÊS EDUCAÇÃO FÍSICA MATEMÁTICA CIÊNCIAS NATURAIS HISTÓRIA GEOGRAFIA ENSINO RELIGIOSO* 226 54 160 54 226 160 160 160 10 272 64 192 64 272 192 192 192 12 Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a *DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. 4.2 Ensino Médio MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual 29 de Novembro - EFM ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: .Araruna NRE: Campo Mourão ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula LÍNGUA PORTUGUESA E 174 208 LITERATURA LEM – INGLÊS 106 128 ARTE 54 64 FILOSOFIA 54 64 SOCIOLOGIA 54 64 EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64 MATEMÁTICA 174 208 QUÍMICA 106 128 FÍSICA 106 128 BIOLOGIA 106 128 HISTÓRIA 106 128 GEOGRAFIA 106 128 LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128 TOTAL 1200/1306 1440/1568 * LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. 5 - CONCEPÇÃO,CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS. A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em núcleo estruturador do conteúdo do ensino. Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades. Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes. No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, ideias, princípios, informações etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica. 6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO 6.1 Concepção de Avaliação A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta. A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios: • investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos; • contínua: permite a observação permanente do processo ensinoaprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica; • sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo; • abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempoescola do educando; • permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola. Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem. Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização. A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos. É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica. 6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas • as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa; • para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota para fins de promoção e certificação. • a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero); para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual; • o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos; • para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero); • os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando; • o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver. 6.3 Recuperação de Estudos A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. A recuperação será também individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar. 6.4 Aproveitamento de Estudos O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e prosseguimento de estudos. 6.5 Classificação e Reclassificação Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar. 7 - REGIME ESCOLAR O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno, podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação. As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná. O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz curricular. Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas descentralizadas para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado pelo Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação especial, como por exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional, em comunidades indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de moradores em comunidades de difícil acesso, dentre outros. 7.1 ORGANIZAÇÃO Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas no Ensino Fundamental – Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação. 7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as seguintes ofertas : 32 organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para matrícula na organização coletiva. 7.2.1 Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de 100% da carga horária total estabelecida. 7.3 MATRÍCULA Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos: a)- a idade para ingresso respeitará a legislação vigente; b)- será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora; c)-o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente; d)- poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar; e)-para os educandos que não participaram do processo de escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar; f)- será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial; g)- o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de matrícula inicial na disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematrícula na disciplina, podendo participar do processo de reclassificação. No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração e a carga horária das disciplinas. O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que compõem o Guia de Estudos: • a organização dos cursos; • o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar; • a dinâmica de atendimento ao educando; • a duração e a carga horária das disciplinas; • os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos; • o material de apoio didático; • as sugestões bibliográficas para consulta; • a avaliação; • outras informações necessárias. 7.4 MATERIAL DIDÁTICO O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do Paraná de Educação de Jovens e Adultos. 7.5 AVALIAÇÃO • avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente; • as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa; • para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no regimento escolar; • a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero); • para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual; • o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos; • a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero); • os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando; • o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver. 7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. A recuperação será também individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar. 7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto na legislação vigente. 7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora. 7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED, oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. 8 - RECURSOS HUMANOS 8.1 Atribuições dos Recursos Humanos De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos. 8.1.1 Direção A função de diretor (a), como responsável pela efetivação da gestão democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino. Compete ao Diretor (a): - cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor; - responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse; - coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar; - coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação; - implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; - coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar; - convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; - elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público; - prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e fixando-os em edital público; - coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação; - garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual; - encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar; - deferir os requerimentos de matrícula; - elaborar o calendário escolar, com a equipe pedagógica, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação; - acompanhar, com a equipe pedagógica, o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula, e conteúdos, aos discentes; - assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos; - promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar; - propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos; - participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação; - supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional; - presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; - definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar operacional; - articular processos de integração da escola com a comunidade; - solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED; - organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da carga horária Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano de Curso; da Prática - participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar; - cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica; - disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial; - assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; - zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; - manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; - Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC - FNDE; 12. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. Ao diretor compete também: - Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora. - Compete ao(à) diretor(a) auxiliar assessorar o(a) diretor(a) em todas as suas atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento. 8.1.2 Professor Pedagogo A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação. A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia. Compete à Equipe Pedagógica: - coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino; - orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma perspectiva democrática; - participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar; - coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do estabelecimento educacionais da de ensino, a partir das políticas SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; - orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino; - acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas aula aos discentes; - promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos; - participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar; - organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino; - coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe; - subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas; - organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico; - proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos; - coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar; - participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar; - orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE; - coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; - participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura; - acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e Biologia e de Informática; - propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola; - coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma; - colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED; - coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político- Pedagógico do estabelecimento de ensino; - acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino; - acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada funcionários cursistas da escola e/ou de outras dos unidades escolares; - promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social; - coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino; - acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; - participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos; - orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didáticopedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor; - organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de dias, horas e conteúdos aos discentes; - orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros de Registro de Classe e a Ficha Individual de controle de nota e frequência específica para EJA; - organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno; - organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais do estabelecimento de ensino; - solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais especiais; - coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário; - acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral; - acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário; - acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver necessidade de encaminhamentos; - orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola; - manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular; - orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para cada disciplina, na modalidade EJA; - coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos, na modalidade EJA (quando no estabelecimento de ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida autorização); - assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; - manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar; - zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; - elaborar seu Plano de Ação; - cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no administrativo, tais como: • Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina; • Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s) dessa(s) ação(ões). • Acompanhar o estágio não obrigatório. 8.1.3 Coordenações As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e regulamentadas pela mantenedora. Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas: Coordenador Geral 14. Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas. 15. Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE. 16. Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação. 17. Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do Estabelecimento. 18. Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento. 19. Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema. 20. Organizar a documentação dos educandos para a matrícula. 21. Organizar as listas de frequência e de notas dos educandos. 22. Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas. 23. Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas. 24. Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o atendimento aos educandos de todas as turmas. 25. Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas durante as horas-atividade dos professores. 26. Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem. 27. Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades que necessitam de escolarização. 28. Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes. 29. Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente. 30. Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação; Coordenador Itinerante 19. Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas. 20. Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos. 21. Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas. 22. Observar e registrar a presença dos professores. 23. Atender à comunidade nas solicitações de matrícula. 24. Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico. 25. Solicitar e distribuir as listas de frequência e de nota dos educandos. 26. Encaminhar as notas e frequências dos educandos para digitação. 27. Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral qualquer problema neste procedimento. 28. Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula. 29. Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade. 30. Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os professores; Coordenador de Exames Supletivos • Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos • Tomar conhecimento do edital de exames. • Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital. • Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames possam ser executados. • Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos. • Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da emissão de Relatório de Inscritos. • Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, para execução dos exames. • Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso. • Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais. • Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos Exames. • Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs. • Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta. • Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames. • Divulgar as atas de resultado. • Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line. 8.1.4 Docentes Cabe a equipe docente ter o compromisso e a eficiência para transmitir os conhecimentos das disciplinas afins de maneira clara, agradável e com objetivo definido, de maneira a proporcionar ao educando a apropriação dos conteúdos proporcionando a superação do saber do senso comum. Compete aos docentes: - participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar; - elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político- do Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; - participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; - elaborar seu Plano de Trabalho Docente; - desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo aluno; - proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando prioritariamente o direito do aluno; - proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; - promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo; - participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário; - participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem; - participar de reuniões, sempre que convocado pela direção; - assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre orientação sexual, de outras; - viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem; - participar de reuniões e encontros para planejamento e junto ao professor de Serviços e Apoios acompanhamento, Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa; - estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação artística; - participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata; - propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania; - zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à equipe pedagógica; - cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; - cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme determinações da SEED; - manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino; - participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade; - desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o desenvolvimento do processo educativo; - dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e educativa; - participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; - comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado; - zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; - manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; - participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED; - cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. - utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis, como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso; − atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e individual, como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas pela SEED; 16. Participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela SEED, quando docente da EJA. - Aos docentes cabe também: - Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste Estabelecimento Escolar. • - Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos. -Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento; O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais. 8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme normas da SEED. Parágrafo Único - O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção. Compete ao Secretário Escolar: - conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; - cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino; - distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos administrativos; - receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada; - organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos; - efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência e conclusão de curso; - elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às autoridades competentes; - encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados; - organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares; - responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno, respondendo por qualquer irregularidade; - manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado; - organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento; - atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar; - zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria; - orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos alunos; - cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar; - organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor competente a sua frequência, em formulário próprio; - secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas; - conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos; - comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria da escola; - participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; - auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizado dados no Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos; - fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando solicitado; - participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; - zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; - manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; - participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função. • Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a organização da EJA prevista nesta proposta. 9- PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta “ deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” ( SEED, 2004, p.11) Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de qualidade. Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias. Assim, a avaliação da políticas e das práticas educacionais, enquanto responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a implantação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à população que demanda escolarização. A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular, abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação Jovens e Adultos, ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores, educandos, direção. Equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a equipe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE's. A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias na prática pedagógica. Considerando o que se afirma no Documento da Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.” ( SEED, 2005, p.44 ), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas. Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão produzidos em regime de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos guardam alguma semelhança com a experiência acumulada pela Eja na produção e aplicação do Banco de Itens, porém sem caráter de composição da nota do aluno para fins de conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da proposta pedagógicocurricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED. Como se afirma no Caderno Temático “ Avaliação Institucional”, “ cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria de qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence “. ( SEED, 2005, p. 17 ) Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo, especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos. 10 – BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição. BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo : Cortez, 1997. CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998. CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA). Conselho Estadual de Educação – PR Deliberação 011/99 – CEE. Deliberação 014/99 – CEE.- Deliberação 09/01 –CEE. Deliberação 06/05 – CEE. Indicação 004/96 – CEE. Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios). Conselho Nacional de Educação Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA. Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Resolução 03/98 – CEB Constituição Brasileira – Artigo 205. DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : MEC : UNESCO, 1998. DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997. DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. Mimeog. DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. Mimeog. DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. Mimeog. Decreto 2494/98 da Presidência da República. Decreto 2494/98 da Presidência da República. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. LDBEN nº 9394/96. KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40. OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004. Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos. SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN. SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN. SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição. MATRIZ CURRICULAR 4.1 Ensino Fundamental – Fase II MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II ESTABELECIMENTO: Escola Estadual 29 de Novembro – Ensino Fundamental ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: Araruna NRE: Campo Mourão ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2009 FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula LÍNGUA PORTUGUESA ARTES LEM - INGLÊS EDUCAÇÃO FÍSICA MATEMÁTICA CIÊNCIAS NATURAIS HISTÓRIA GEOGRAFIA ENSINO RELIGIOSO* 226 54 160 54 226 160 160 160 10 272 64 192 64 272 192 192 192 12 Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a *DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL FASE II ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II LÍNGUA PORTUGUESA CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. 5ª SÉRIE LEITURA ESCRITA ORALIDADE Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Tema do texto ; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. Tema do texto; Finalidade; Argumentatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 6ª SÉRIE LEITURA ESCRITA ORALIDADE Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Aceitabilidade; Situacionalidade; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico; Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica. 7ª SÉRIE LEITURA ESCRITA ORALIDADE Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito). Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; -expressões que denotam ironia e humor no texto. Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Concordância verbal e nominal; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto. entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 8ª SÉRIE LEITURA ESCRITA ORALIDADE Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes Conteúdo temático ; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: Discurso ideológico presente no texto;; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto; no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.); Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência; Processo de formação de palavras; Vícios de linguagem; Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; Semântica; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. ARTE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE ÁREA MÚSICA 5ª SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica cromática Improvisação Greco-Romana Oriental Ocidental Africana ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental, mista e Improvisação Música popular e étnica (ocidental e oriental) 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno ... 8ª SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico. Música Engajada Música Popular Brasileira. Música contemporânea ÁREA ARTES VISUAIS 5ª SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica Gêneros: cenas da mitologia ELEMENTOS FORMAIS 6ª SÉRIE COMPOSIÇÃO Ponto Linha Forma Textura Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata MOVIMENTOS PERÍODOS Arte indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Superfície Volume Cor Luz ELEMENTOS FORMAIS Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz ELEMENTOS FORMAIS Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta... 7ª SÉRIE COMPOSIÇÃO Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual, mista... 8ª SÉRIE COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano... ELEMENTOS FORMAIS TEATRO 5ª SÉRIE COMPOSIÇÃO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Enredo, roteiro. espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, Renascimento Barroco MOVIMENTOS PERÍODOS Indústria Cultural Arte no Séc. XXArte Contemporânea MOVIMENTOS PERÍODOS Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-americana Hip Hop MOVIMENTOS PERÍODOS Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento Ação Espaço teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia, Circo. 6ª SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua, arena, Caracterização. MOVIMENTOS PERÍODOS Comédia dell' arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano 7ª SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica... MOVIMENTOS PERÍODOS Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo 8ª SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Personagem: Técnicas: Monólogo, MOVIMENTOS PERÍODOS Teatro Engajado expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas DANÇA ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo Espaço 5ª SÉRIE COMPOSIÇÃO Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre, interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular MOVIMETNOS PERÍODOS Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica 6ª SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Movimento Corporal Tempo Espaço Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve, pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Niveis (alto, médio e MOVIMETNOS PERÍODOS Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular, étnica 7ª SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Movimento Corporal Tempo Espaço Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo MOVIMETNOS PERÍODOS Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna 8ª SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance, moderna MOVIMENTOS PERÍODOS Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. 5ª SÉRIE LEITURA ESCRITA ORALIDADE Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Repetição proposital de palavras; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Tema do texto ; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 6ª SÉRIE LEITURA ESCRITA ORALIDADE Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e Informatividade; Situacionalidade; Informações explícitas Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, Ortografia; Concordância verbal/nominal. interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica. travessão, negrito), figuras de linguagem; Acentuação gráfica; 7ª SÉRIE LEITURA ESCRITA ORALIDADE onteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; -expressões que denotam ironia e humor no texto. Léxico. aspas, travessão, negrito); Concordância verbal e nominal; Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto. coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 8ª SÉRIE LEITURA ESCRITA ORALIDADE Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situacionalidade Intertextualidade Temporalidade Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situacionalidade Intertextualidade Temporalidade Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia Conteúdo temático Finalidade Aceitabilidade do texto Informatividade Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas .. Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. Semântica Adequação da fala ao contexto classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem ) Léxico. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem Processo de formação de palavras Acentuação gráfica Ortografia Concordância verbal/nominal (uso de conectivos, gírias, repetições, etc). Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. EDUCAÇÃO FÍSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ESPORTE JOGOS E BRINCADEIRAS DANÇA GINÁSTICA LUTAS CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE 5ª SÉRIE ESPORTE Coletivos Individuais JOGOS E BRINCADEIRA S Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos DANÇA GINÁSTICA LUTAS Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas Ginástica Lutas de rítmica aproximação Ginásticas Capoeira circenses Ginástica geral 6ª SÉRIE ESPORTE JOGOS E DANÇA BRINCADEIRAS GINÁSTICA Coletivos Individuais Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos Ginástica Lutas de rítmica aproximação Ginásticas Capoeira circenses Ginástica geral Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas Danças circulares LUTAS 7ª SÉRIE ESPORTE Coletivos Radicais JOGOS E BRINCADEIRA S Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos ESPORTE JOGOS E BRINCADEIRAS Coletivos Radicais Jogos de tabuleiro Jogos dramático Jogos cooperativos DANÇA GINÁSTICA LUTAS Danças criativas Danças circulares Ginástica rítmica Ginásticas circenses Ginástica geral Lutas com instrumento mediador Capoeira 8ª SÉRIE DANÇA GINÁSTICA LUTAS Danças criativas Danças circulares Ginástica Lutas com rítmica instrumento Ginástica geral mediador Capoeira MATEMÁTICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS FUNÇÕES GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE 5ª SÉRIE NÚMEROS E ÁLGEBRA Sistemas de Numeração; Números Naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e radiciação; Números Fracionários; Números decimais. GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de tempo; Medidas de ângulos; Sistema Monetário. GEOMETRIAS Geometria Plana; Geometria Espacial. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem. 6ª SÉRIE NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS Números Inteiros; Medidas de Números racionais; temperatura; Equação e Ângulos. Inequação do 1º grau; Razão e proporção; GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias NãoEuclidianas. Pesquisa Estatística; Média Aritmética; Moda e mediana Juros simples. Regra de três simples 7ª SÉRIE GRANDEZAS E MEDIDAS Medida de comprimento; Medida de área; Medida de volume; Medidas de ângulos. GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Geometria Plana Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias nãoEuclidiana. Gráfico e Informação; População e amostra. 8ª SÉRIE NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS FUNÇÕES GEOMETRIAS TRATAMENTO Números Reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; - Equações Biquadradas; - Regra de Três Composta. Relações Métricas no Triângulo Retângulo; rigonometria no Triângulo Retângulo; Noção intuitiva de Função Afim . Noção intuitiva de Função Quadrática. Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometria NãoEuclidiana. DA INFORMAÇÃO Noções de Análise Combinatória; Noções de Probabilidade; Estatística; Juros Composto. CIÊNCIAS NATURAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA MATÉRIA ENERGIA BIODIVERSIDADE SISTEMAS BIOLÓGICOS CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE 5ª SÉRIE ASTRONOMIA MATÉRIA ENERGIA BIODIVERSIDADE Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros Constituição da matéria Sistemas Biológicos Níveis de organização Celular Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia Organização dos seres vivos Ecossistema Evolução dos seres vivos 6ª SÉRIE ASTRONOMIA Astros Movimentos terrestres Movimentos Celestes MATÉRIA SISTEMAS BIOLÓGICOS Constituição da Célula matéria Morfologia e fisiologia dos seres vivos ENERGIA Formas de energia Transmissão de Energia BIODIVERSIDAD E Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática 7ª SÉRIE ASTRONOMIA MATÉRIA SISTEMAS BIOLÓGICOS Constituição da Célula ENERGIA BIODIVERSIDA DE Origem e Formas de Evolução dos evolução do Universo Matéria Morfologia e fisiologia dos seres vivos energia seres vivos ENERGIA BIODIVERSIDAD E 8ª SÉRIE ASTRONOMIA MATÉRIA Astros Gravitação Universal Propriedades da Matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética Formas de energia Conservação de Energia HISTÓRIA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS CONTEÚDOS BÁSICOS 5ª SÉRIE OS DIFRENTES SUJEITOS SUAS CULTURAS SUAS HISTÓRIAS A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo A cultura local e a cultura comum. Interações Ecológicas 6ª SÉRIE A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. A relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade 7ª SÉRIE O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. O trabalhadores e as conquistas de direito. 8ª SÉRIE RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções. GEOGRAFIA 5ª SÉRIE CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES -Dimensão econômica do espaço -Formação e transformação das paisagens geográfico naturais e culturais -A Geografia e a compreensão do mundo -Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e -Dimensão política do espaço produção geográfico -A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais -A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço -Dimensão cultural e demográfica geográfico do espaço geográfico -As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista -A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores -Dimensão socioambiental espaço geográfico do estatísticos -A mobilidade manifestações populacional socioespaciais e as da diversidade cultura 6ª SÉRIE CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES -Dimensão econômica do espaço -A formação, mobilidade das fronteiras e a geográfico reconfiguração do território brasileiro -A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção -Dimensão política do espaço -As diversas regionalizações do espaço geográfico brasileiro -As manifestações socioespaciais da diversidade cultural -A evolução demográfica da população, sua -Dimensão cultural demográfica do e distribuição espacial e indicadores espaço estatísticos geográfico -Movimentos migratórios e suas motivações -O espaço rural e a modernização da agricultura -Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e -Dimensão socioambiental espaço geográfico do a apropriação do espaço -A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização -A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico -A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações 7ª SÉRIE CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES -Dimensão econômica do espaço -As diversas regionalizações do espaço geográfico geográfico -A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado -A formação, mobilidade das fronteiras e a -Dimensão política do espaço reconfiguração dos territórios do continente geográfico americano -A população e a economia da América -A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores -Dimensão cultural e demográfica estatísticos do espaço geográfico -Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais na América -Dimensão socioambiental do espaço geográfico 8ª SÉRIE CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES -Dimensão econômica do espaço -A nova ordem mundial, os territórios geográfico supranacionais e o papel do Estado -A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção -O comércio mundial e as implicações -Dimensão política do espaço socioespaciais geográfico -A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios -A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores -Dimensão cultural e demográfica estatísticos do espaço geográfico -As manifestações socioespaciais da diversidade cultural -Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações -Dimensão socioambiental espaço geográfico do -A distribuição das atividades produtivas, a transformação da (re)organização do paisagem espaço e a geográfico mundial -A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção -O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial ENSINO RELIGIOSO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: PAISAGEM RELIGIOSA UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO TEXTOS SAGRADOS 5ª SÉRIE CONTEÚDOS BÁSICOS Organizações religiosas Lugares Sagrados Textos Sagrados orais ou escritos Símbolos Religiosos 6ª SÉRIE CONTEÚDOS BÁSICOS Temporalidade Sagrada Festas Religiosas Ritos Vida e Morte MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual 29 de Novembro - EFM ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: .Araruna NRE: Campo Mourão ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula LÍNGUA PORTUGUESA E 174 208 LITERATURA LEM – INGLÊS 106 128 ARTE 54 64 FILOSOFIA 54 64 SOCIOLOGIA 54 64 EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64 MATEMÁTICA 174 208 QUÍMICA 106 128 FÍSICA 106 128 BIOLOGIA 106 128 HISTÓRIA 106 128 GEOGRAFIA 106 128 LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128 TOTAL 1200/1306 1440/1568 * LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. LEITURA Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto ; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Progressão referencial; Partículas conectivas do texto; Relação de causa e ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Progressão referencial; Partículas conectivas; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; -sentido conotativo e denotativo; - figuras de linguagem; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. consequência entre partes e elementos do texto; Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; -sentido conotativo e denotativo; gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.); Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. CONTEÚDOS BÁSICOS LEITURA Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situacionalidade Intertextualidade Temporalidade Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto; Polissemia Marcas linguísticas: coesão, ESCRITA Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situacionalidade Intertextualidade Temporalidade Referência textual Partículas conectivas do texto Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões que ORALIDADE Conteúdo temático Finalidade Aceitabilidade do texto Informatividade Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ... Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Léxico. detonam ironia e humor no texto;Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, Referência textual Partículas conectivas do texto Discurso direto e indireto travessão, negrito), figuras de linguagem Acentuação gráfica Ortografia Concordância verbal/nominal semântica Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc). Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. ARTE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERIODOS CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE ÁREA MÚSICA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação MOVIMENTOS PERIODOS Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americano ÁREA ARTES VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação MOVIMENTOS PERÍODOS Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino-Americana Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em Quadrinhos... Gêneros: paisagem,natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia ÁREA TEATRO EMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação, leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação Direção Produção MOVIMENTOS PERÍODOS Teatro Greco-Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro LatinoAmericano Teatro Realista Teatro Simbolista ÁREA DANÇA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, populares, salão Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea FILOSOFIA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: MITO E FILOSOFIA TEORIA DOCONHECIMENTO ÉTICA FILOSOFIA POLÍTICA FILOSOFIA DA CIÊNCIA ESTÉTICA CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE MITO E TEORIA FILOSOFIA DOCONHEC IMENTO Saber Possibilidad mítico; e do Saber conheciment ÉTICA FILOSOFIA FILOSOFIA ESTÉTICA POLÍTICA DA CIÊNCIA Ética e moral; Pluralidade Relações Concepções Natureza da entre de ciência; arte; comunidade A questão Filosofia e filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade do mito; O que é Filosofia? o As formas de conheciment o O problema da verdade; A questão do método; Conhecimen to e lógica ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas; e poder; Liberdade e igualdade política; Política e Ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa; do método científico; Contribuiçõe s e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética; arte; Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc. Estética e sociedade; SOCIOLOGIA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas Processo de Socialização e as Instituições Sociais Cultura e Indústria Cultural Trabalho, Produção e Classes Sociais Poder, Política e Ideologia Direito, Cidadania e Movimentos Sociais CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber. O desenvolvimento da sociologia no Brasil Processo de Socialização e as Instituições Sociais Processo de Socialização; Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas; Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc). Cultura e Indústria Cultural Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; Diversidade cultural; Identidade; Indústria cultural; Meios de comunicação de massa; Sociedade de consumo; Indústria cultural no Brasil; Questões de gênero; Cultura afro-brasileira e africana; Culturas indígenas. Trabalho, Produção e Classes Sociais O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; Globalização e Neoliberalismo; Relações de trabalho; Trabalho no Brasil. Poder, Política e Ideologia Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; Democracia, autoritarismo, totalitarismo Estado no Brasil; Conceitos de Poder; Conceitos de Ideologia; Conceitos de dominação e legitimidade; As expressões da violência nas sociedades contemporâneas. Direito, Cidadania e Movimentos Sociais Direitos: civis, políticos e sociais; Direitos Humanos; Conceito de cidadania; Movimentos Sociais; Movimentos Sociais no Brasil; A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A questão das ONG's. EDUCAÇÃO FÍSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ESPORTE JOGOS E BRINCADEIRAS DANÇA GINÁSTICA LUTAS CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE ESPORTE JOGOS E DANÇA BRINCADEIRAS GINÁSTICA LUTAS Coletivos Individuais Radicais Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos Ginástica artística/olímpic a Ginástica de academia Ginástica geral Lutas com aproximação Lutas que mantêm a distancia Lutas com instrumento mediador Capoeira Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua MATEMÁTICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS FUNÇÕES GEOMETRIA TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS FUNÇÕES GEOMETRIA - Números reais; - Números complexos; - Sistemas lineares; - Matrizes e - Medidas de área; - Medidas de Volume; - Medidas de Grandezas Vetoriais; - Função Afim; - Função Quadrática; - Função Polinomial; - Função Exponencial; - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO - Analise Combinatória; - Binômio de Newton; - Estudo das Probabilidades; - Estatística; Determinantes; - Polinômios. - Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares. - Medidas de Informática; - Medidas de Energia; - Trigonometria. - Função NãoLogarítmica; Euclidianas. - Função Trigonométrica; - Função Modular; - Progressão Aritmética; - Progressão Geométrica. - Matemática Financeira. QUÍMICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: MATÉRIA E SUA NATUREZA BIOGEOQUÍMICA QUÍMICA SINTÉTICA CONTEÚDOS BÁSICOS MATÉRIA SOLUÇÃO Constituição da matéria; Estados de agregação; Natureza elétrica da matéria; Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). Estudo dos metais. Tabela Substância: simples e composta; Misturas; Métodos de separação; Solubilidade; Concentração; Forças intermoleculare s; Temperatura e pressão; Densidade; Dispersão e VELOCIDADE DAS REAÇÕES Reações químicas; Lei das reações químicas; Representação das reações químicas; Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos EQUILÍBRIO QUÍMICO LIGAÇÃO QUÍMICA Reações químicas reversíveis; Concentração; Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); Deslocamento de equilíbrio (príncipio de Le Chatelier): Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações químicas; Interações Periódica. suspensão; Tabela Periódica. reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão) Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores) ; Lei da velocidade das reações químicas; Tabela Periódica. concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores; Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ). Tabela Periódica intermoleculare s e as propriedades das substâncias moleculares; Ligações de Hidrogênio; Ligação metálica (elétrons semilivres) Ligações sigma e pi; Ligações polares e apolares; Alotropia. REAÇÕES QUÍMICAS RADIOATIVID ADE GASES RADIOATIVID ADE GASES Reações de Oxi-redução Reações exotérmicas e endotérmicas; Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; Variação de entalpia; Calorias; Equações termoquímicas; Princípios da termodinâmica; Lei de Hess; Entropia e Modelos Atômicos (Rutherford); Elementos químicos (radioativos); Tabela Periódica; Reações químicas; Velocidades das reações; Emissões radioativas; Leis da radioatividade; Cinética das Estados físicos da matéria; Tabela periódica; Propriedades dos gases (densidade/difu são e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); Modelo de partículas para os materiais Modelos Atômicos (Rutherford); Elementos químicos (radioativos); Tabela Periódica; Reações químicas; Velocidades das reações; Emissões radioativas; Leis da radioatividade; Cinética das Estados físicos da matéria; Tabela periódica; Propriedades dos gases (densidade/difu são e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); Modelo de partículas para os materiais energia livre; Calorimetria; Tabela Periódica. reações químicas; Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear); gasosos; Entropia e energia livre; Calorimetria; Tabela Periódica. reações gasosos; químicas; Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear); FÍSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: MOVIMENTO TERMODINÃMICA ELETROMAGNETISMO CONTEÚDOS BÁSICOS EM CADA ESTRUTURANTE MOVIMENTO TERMODINÂMICA ELETROMAGNETISMO Momentum e inércia Conservação de quantidade de Movimento (momentum) Variação da quantidade de movimento = Impulso 2ª Lei de Newton 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio Energia e o Princípio da Conservação da energia Gravitação Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica 1ª Lei da Termodinâmica 2ª Lei da Termodinâmica Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletrmagnéticas Força eletromagnética Equações de Maxwell: lei de Gauss para eletrostática/lei deCoulomb, lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday) A natureza da luz e suas propriedades BIOLOGIA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS BIODIVERSIDADE MANIPULAÇÃO GENÉTICA CONTEÚDOS BÁSICOS 1-Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. 2-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia. 3- Mecanismos de desenvolvimento embriológico. 4- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. 5-Teorias evolutivas. 6-Transmissão das características hereditárias. 7-Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente. 8-Organismos Geneticamente Modificados. HISTÓRIA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS CONTEÚDOS BÁSICOS Tema 1: Tema 2: Tema 3: Tema 4: Tema 5: Tema 6: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre. Urbanização e Industrializaç ão. O Estado e as relações de Poder. Os sujeitos, as revoltas e as Guerras. Movimentos Cultura e sociais, religiosidade políticos e . culturais e as guerras e revoluções. GEOGRAFIA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO CONTEÚDOS BÁSICOS A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A revolução técnicocientífica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção; O espaço rural e a modernização da agricultura. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. A circulação de mão- de-obra, do capital, das mercadorias e das informações Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações socioespaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico. As implicações socioespaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - LÍNGUA ESPANHOLA CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. CONTEÚDOS BÁSICOS LEITURA ESCRITA ORALIDADE Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situacionalidade Intertextualidade Temporalidade Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto; Polissemia Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Léxico. Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situacionalidade Intertextualidade Temporalidade Referência textual Partículas conectivas do texto Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, Referência textual Conteúdo temático Finalidade Aceitabilidade do texto Informatividade Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ... Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc). Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. Partículas conectivas do texto Discurso direto e indireto travessão, negrito), figuras de linguagem Acentuação gráfica Ortografia Concordância verbal/nominal