informativo - SINFAC-SP
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ANO III • Nº 9 • JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO 2011 informativo SINFAC-SP Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring do Estado de São Paulo Sede própria a caminho Página 6 No ano em que completa seu 20º aniversário, o SINFAC-SP inicia as comemorações deste importante momento anunciando a aquisição de sede própria, que deverá ser inaugurada nos próximos meses. Localizadas no histórico Edifício Grande São Paulo (Rua Líbero Badaró, 425, 18º andar, conjunto 183), estrategicamente situado na área central da Capital paulista, as novas instalações do Sindicato ficarão a poucos minutos das estações São Bento e Anhangabaú do Metrô confira a programação de cursos e eventos do sindicato para este ano Página 8 Operacional: Visitar, uma arte a ser cultivada Página 7 Editorial diretoria Ameaças e oportunidades Hamilton de Brito Junior 1º Vice-Presidente Marcus Jair Garutti 2º Vice-Presidente O Fernando A. Regadas Junior Brasil e, de uma forma especial, para o Diretor Social e de Eventos nosso setor. Jose Carlos Francisco ajuste fiscal defendido por boa parte dos empresários ouvida numa das principais matérias desta edição pode ser positivo para o Isso se deve ao fato de movimentos assim serem acompanhados por um controle maior do crédito por parte das instituições financeiras, o que pode diminuir sensivelmente o volume de recursos disponíveis em todo o mercado, comparativamente a 2010. Caso tal tendência se confirme, poderemos ter pela frente novas oportunidades para o fomento mercantil, apesar do acirramento da concorrência que este mesmo cenário deve promover, por exemplo, com os Fundos de Investimento de Direitos Creditórios (FIDC). 2 Luiz carlos Casante Presidente Haja o que houver, no entanto, o caminho que temos a seguir é Diretor Tesoureiro Luiz Fernando Lycarião Dias da Trindade Diretor Secretário Fernando Galucci Diretor de Relações com o Mercado Conselho fiscal Maria Isabel Salviati Camargo Everaldo Moreira Robison Balhestero Diretoria suplente Robinson Carneiro Cerqueira Leite Doriana Pieri Bento Marcos Libanore Caldeira Daniel Chammah CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Demétrius Alberto Dualibi Maria da Conceição Francischinelli continuar investindo em ferramentas tecnológicas e atendimento diferenciado, o que inclui o saudável hábito de visitar o mercado, outro tema tratado neste número. E por falar em estar preparado, o SINFAC-SP começou o ano formalizando parceria na área da formação continuada da Federação Nacional dos Bancos (FEBRABAN), cujo primeiro curso foi realizado em fevereiro último, abordando a sempre delicada questão da análise de crédito das pequenas e médias empresas. Dentro da mesma filosofia de oferecer à nossa base associativa cada vez mais instrumentos para a tomada de decisões estratégicas na condução de seus negócios, começamos também neste ano uma série de cafés da manhã com os nossos empresários, atividade que vai percorrer o Estado para promover a troca informal de ideias que muitas vezes o corre-corre diário torna impossível fazer. Por fim, nos próximos meses teremos o prazer de recebê-lo em nossa sede própria, um sonho acalentado há duas décadas, e que certamente também representará um marco histórico para o nosso Sindicato. Como se vê, por mais que 2011 nos reserve desafios, as oportunidades pela frente são tão ou mais expressivas, e usufruir delas vai Sinfac-SP Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring do Estado de São Paulo Rua Mario Amaral, 172 - Conj. 132 04002-020 - São Paulo, SP Tels: (11) 3889-2208 / 3889-2209 www.sinfac-sp.com.br • [email protected] expediente Cristina Engels Rodrigues Gerente Administrativo Financeiro PRODUÇÃO EDITORIAL Reperkut Comunicação S/S (11) 4063-7928 [email protected] • www.reperkut.com.br Jornalista Responsável: Wagner Fonseca (Mtb 15.155) Redatores: Fábio Guedes e Luciano Guimarães Atendimento: Carla de Oliveira EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Acará Gráficos & Editores (11) 3803-8612 [email protected] • www.acara.com.br depender de atitude, determinação e capacidade de atuar em con- IMPRESSÃO: LIP Gráficas junto no âmbito da entidade na qual somamos não apenas forças, Tiragem: 2.500 exemplares mas principalmente informações e objetivos comuns. Luiz Carlos Casante, Presidente do SINFAC-SP Errata: O apelido de Carlos Benedito dos Santos Pereira, gerente-geral da Pleno Fomento Mercantil, de Campinas, é Tickyn e não Tiquinho, conforme publicado em nossa última edição. entrevista Um novo olhar sobre o fomento D oze anos atrás, quando o factoring começava a se desenvolver de fato no País, Robinson Leite criava a Athena Banco. Egresso do setor imobiliário, ele já conhecia muito bem a importância do aspecto financeiro para tornar os negócios viáveis. Mas foi participando efetivamente do dia a dia em sua nova faceta empresarial que esse advogado, hoje também diretor do SINFACSP, percebeu a importância de as empresas do setor ampliarem o seu foco de atuação, passando a agir como aliadas do cliente em todos os momentos, ao invés de entrar em cena apenas para apagar incêndios. Com a mesma visão vanguardista do início, ele já vislumbra uma nova era chegando e antecipa ao Informativo do SINFAC-SP quais devem ser os próximos movimentos do mercado de crédito como um todo, bem como o papel que se pode esperar, diante desse cenário, da entidade que representa o fomento mercantil no maior Estado brasileiro. Informativo do SINFAC-SP: Afinal, como foi a sua entrada no fomento mercantil? Robinson: Em 1996, eu e meu sócio, Sérgio Sannicola, um experiente profissional do mercado financeiro, resolvemos realizar pesquisas em torno da ideia de fundar uma factoring, o que ocorreria três anos depois. Robinson Leite: papel do setor está mudando Mesmo eu tendo me formado em direito, trabalhar vários anos na construtora do meu pai foi uma experiência interessante, que acabaria me proporcionando uma certa familiaridade com o mercado financeiro e facilitando bastante o início daquele novo momento em minha carreira. Informativo do SINFAC-SP: De lá para cá, que mudanças principais você tem notado na forma de atuar do próprio fomento mercantil? Robinson: As empresas do setor atuavam de forma menos profissional em comparação aos dias de hoje. Podemos dizer que a nossa empresa acabaria sendo uma das pioneiras nesses novos tempos, que hoje marcam o perfil predominante da área. Informativo do SINFAC-SP: E qual seria, propriamente, esse novo perfil? Robinson: Basicamente, ele é marcado pela necessidade de entender o problema do cliente para poder, efetivamente, fazer negócios com ele. Se você está na padaria vendendo pão, passará a vida fazendo isso, caso não entenda as reais necessidades de sua clientela e amplie os seus próprios horizontes. No caso de uma factoring, não vale mais a pena só descontar títulos, por exemplo. Primeiro, porque o risco aumenta demais num raio de ação tão restrito. Se- gundo, porque muitas vezes o cliente acaba não tendo uma longevidade de operações, o que torna recomendável participar de uma forma mais ampla de seu cotidiano, conhecendo suas deficiências e qualidades. Informativo do SINFAC-SP: No seu modo de ver, essa filosofia tem prevalecido no fomento mercantil? Robinson: Pode-se dizer que seja uma tendência, embora ainda haja quem veja no desconto de títulos uma forma de manter o cliente cativo, algo que talvez não ocorresse diante de sua possível independência do capital de terceiros. Mas esse é um mercado dinâmico e as empresas do nosso segmento tendem a implantar novos negócios e diversificar seus produtos para permanecer competitivas. Informativo do SINFAC-SP: Pela sua experiência de 25 anos na área, quais mudanças considera mais significativas no mercado financeiro como um todo? Robinson: Os FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) apresentam algumas vantagens e, por isso, estão competindo e ganhando a corrida com os bancos menores, enquanto as grandes instituições tendem a capitanear o mercado macro. Já às médias restará escolher um desses dois segmentos, devendo as factorings, por sua vez, se destacarem cada vez mais pelo aspecto prestação de serviços em sua forma de operar. Informativo do SINFAC-SP: Qual deve ser o papel do SINFAC-SP diante de transformações como essas? Robinson: O Sindicato está promovendo, desde a gestão passada, uma sensível modificação no entendimento geral do que o fomento mercantil de fato representa para a atividade econômica em nosso país. Vejo uma nítida preocupação em mostrar não só aos associados da entidade, mas a todos os segmentos econômicos, o que o factoring realmente representa. Volto a dizer: hoje somos muito mais do que empresas especializadas em descontar títulos, uma percepção que, felizmente, a cada dia fica mais difundida em todos os mercados, inclusive o nosso. 3 conjuntura Um banho de realidade A recente mudança de comando no País trouxe à tona a necessidade de encarar de forma decidida certas questões econômicas que aparentavam estar mais bem controladas A AGB Photo/Photos to Go 4 pós oito anos de governo Lula, os últimos deles marcados por um nítido clima de euforia, em função dos indicadores positivos acumulados, chegou finalmente a hora de colocar os pés no chão e assumir nova postura diante de certos aspectos até aqui relegados a um segundo plano. Excesso nos gastos públicos, supervalorização do real, juros ainda muito elevados e, mais recentemente, o discreto e nem por isso menos preocupante recrudescimento da inflação, têm lugar de destaque nessa lista. Em linhas gerais, essa é a análise do diretor executivo da Fecomercio, Antonio Carlos Borges, para quem nada disso impede que se considere o atual momento excepcionalmente favorável para o início de reformas cruciais e há muito aguardadas. “Todo o início de governo é um momento de trégua, propício por natureza para que se tenha a coragem de fazer o que precisa ser feito. Como a presidente tem o apoio praticamente de todo o Congresso, pode muito bem aproveitar para realizar agora as reformas do setor público e a fiscal, começando desde já a trabalhar os mecanismos de simplificação tributária. É um cenário perfeitamente possível de se construir”, enfatiza. Com todos esses gargalos a serem superados, o economista define 2011 como um ano de “retomada da realidade”, cujos efeitos devem começar a ser notados no segundo semestre. Para ele, o desempenho do governo Lula na economia foi atípico e o sucesso de Dilma Rousseff dependerá da contundência das suas ações visando afrontar interesses de governos estaduais e municipais, ao propor o decidido enxugamento de despesas. “Aconteceu um fato histórico fantástico, pois eu não me lembro de um governo que tenha tido a sorte de passar oito anos sem crise”, destaca Borges. “Mas, em suma, o estado brasileiro não cabe dentro da economia”. Por isso, o diretor da Fecomercio não se ilude com o excesso de otimismo de quem vê o Brasil entrando no tão falado círculo virtuoso. Ele justifica o seu ponto de vista citando o exemplo da Espanha e outros países europeus, que antes da crise eram tidos como exemplos de austeridade econômica, mas que hoje enfrentam sérios problemas de origem estrutural. Uma de suas grandes preocupações nesse sentido é constatar que o País dificilmente realizará neste ano as mudanças necessárias na política de juros. “A Selic deve crescer ao longo desse ano cerca de dois pontos e meio, nos levando a juros básicos de 13,5% no final de 2011”, prevê. Outro ponto de atenção, na opinião de Antonio Carlos Borges, está no câmbio, devendo o dólar, que continua patinando perante o real, terminar o ano em pelo menos R$ 1,85. Quanto ao crescimento do PIB, ele considera plausível algo em torno de 3%, ou seja, dois pontos percentuais abaixo das previsões iniciais do governo. Mesmo assim, o dirigente da Fecomecio não menospreza o enorme potencial do País, ponto no qual se apega para confiar em melhorias estruturais a caminho. Muito ainda precisa ser feito, porém, quanto à diminuição da burocracia necessária para a abertura e manutenção de empresas em território brasileiro, sem falar nas dificuldades com relação à entrada de investimento de fora. “Hoje, o que atrai o investidor estrangeiro é a estabilidade política e, sem dúvida, isso nós temos. Mas o País teria de atrair também por outros motivos. Para abrir uma conjuntura empresa, quanto tempo se leva? E para fechar? O Brasil está colocado como um dos piores neste quesito. Então, esse é o lado arcaico da economia que também precisa mudar”, exemplifica. O papel do fomento Em que pese haver tantos aspectos a melhorar, o setor de crédito foge à regra e tem condições de aproveitar a demanda crescente, assumindo um papel importante para a economia nacional. Neste cenário, o fomento mercantil vem ganhando cada vez mais força e reconhecimento das empresas que precisam de capital para honrar suas dívidas ou ampliar instalações. “Estes setores financeiros, digamos assim, de capitais, vieram ao longo do tempo tangenciando problemas e se organizaram de tal maneira que hoje são altamente responsáveis pelo desempenho favorável da economia brasileira”, reconhece Borges. O presidente do SINFAC-PE, Alcidésio Maciel, está entre os empresários do factoring que se consideram otimistas com relação a 2011, mesmo reconhecendo que haverá um desempenho mais modesto em relação ao do ano passado. A diminuição geral da liquidez, no seu entender, poderá gerar bons negócios para as empresas de fomento mercantil. E, no caso específico de Pernambuco, acredita que a consolidação dos investimentos públicos e privados iniciada nos últimos anos fará daquele Estado um dos menos afetados por eventuais gargalos econômicos. “O maior desafio do País será continuar crescendo a despeito de medidas governamentais para conter o risco inflacionário. A redução do consumo e a diminuição de investimentos públicos visando o equilíbrio das contas certamente terão consequências para a atividade econômica”, avalia. Igualmente confiante, o presidente do SINFAC-RS, Olmar Pletsch, projeta uma procura maior neste ano pelas operações de factoring. Segundo ele, isso deve principalmente ao fato de o governo federal, por meio do Banco Central, ter sinalizado o aumento da taxa de juros e uma certa limitação no crédito bancário, a partir da ampliação da incidência do depósito compulsório para operações com prazos mais longos. “É claro, a atenção na concessão destes recursos também deverá ser redobrada, pois com as restrições no crédito já sinalizadas pelo governo existe sempre a possibilidade de aumento na inadimplência”, pondera o empresário. Outro que vislumbra um cenário positivo é o presidente do SINDISFAC-MG, Jeferson Terra Passos. Ele ressalva, porém, estar preocupado com a desindustrialização provocada pela desvalorização do dólar e a consequente perda de competitividade para os produtos chineses. Demonstra-se da mesma forma apreensivo com a recusa de algumas empresas, notadamente as de grande porte, em negociar com o fomento mercantil. “Se, por um lado, o nosso mercado tem acompanhado o crescimento do País, por outro se prejudica com as restrições feitas às empresas no pagamento às factorings. Este é o nosso grande problema. Mas, de uma forma geral, o mercado está positivo”, relata Terra Passos, ressaltando ainda que um dos grandes desafios das empresas da área é reduzir o custo tributário. Já o presidente do SINFAC-RJ, Ricardo Leal Wakim, aponta para a necessidade de diminuição do déficit fiscal do País e defende uma atenção especial das factorings em relação aos efeitos que a alta dos juros pode trazer, embora acredite que a continuidade do crescimento econômico traga um saudável dinamismo para todos os setores. “Atualmente as empresas de factoring já se preocupam em ter bons controles de acompanhamento da liquidez e da rentabilidade das operações. O que se deve buscar sempre é acompanhar de perto a carteira de recebíveis, e reagir de pronto aos sinais de anormalidade que apareçam”, ensina. Borges, da Fecomercio: momento propício para se iniciarem as reformas Pletsch, do SINFAC-RS: juros altos e crédito restrito nos ajudam 5 serviço Construindo o futuro C om 160 metros quadrados de área, a futura nova sede do Sindicato está passando por uma reforma completa – inclusive de layout – para oferecer todo conforto e comodidade não só aos colaboradores internos, mas também aos empresários do factoring que a frequentarem. “Para uma entidade de classe com a história e a importância da nossa, ter uma sede própria demonstra seriedade e preocupação com a construção de um legado para os seus associados, afirma o presidente da entidade. “Assim, poderá trabalhar ainda mais pelo fortalecimento e desenvolvimento do fomento mercantil em nosso Estado e no Brasil”, acrescenta Luiz Carlos Casante. Patrimônio histórico Um dos marcos do Centro Velho da Capital, o Edifício Grande São Paulo foi construído em 1972, tem 37 andares e 129 metros de altura, figurando na lista dos 50 maiores prédios do Brasil. Ao todo, são cerca de 7 mil metros quadrados de área construída. Tombado em 1982 pelo patrimônio histórico, a construção ficou ainda mais famosa em 2010, apesar de usar o nome “Titã”, quando foi cenário da novela das 7, Tempos Modernos (2010), da Rede Globo de Televisão. 6 conexão SESCON-SP celebra 62 anos de fundação U ma das entidades parceiras do SINFAC-SP - cujos laços de amizade se estreitam a cada dia – comemorou, em 28 de janeiro, 62 anos de atividades, conquista alcançada no dia 12 do mesmo mês. Durante a comemoração, realizada no Clube Monte Líbano, em São Paulo, o Sindicato foi representado pelo presidente Luiz Casante e Chapina: segmentos parceiros em confraternização Carlos Casante e membros de sua diretoria, que se confraternizaram com empreendedores contábeis e de assessoramento, políticos, lideranças setoriais e personalidades como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Em seu pronunciamento, o presidente do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar, destacou as conquistas do sindicato desde a sua fundação, em 1949, até os dias de hoje. “Estamos cumprindo a missão de lutar pelos direitos e valorização de nossas bases”, afirmou. O presidente do SINFAC-SP, Luiz Carlos Casante, frisou que a entidade parceira, com sua rica história de lutas e vitórias, é um modelo de como os representantes de uma atividade podem e devem se unir em torno dos seus interesses e da própria sociedade à qual beneficiam. “Com 20 anos de atividades, o SINFAC-SP pode mirar-se neste exemplo e, quando chegar aos 62, certamente também terá muito que comemorar”, afirmou. Outro ponto alto da festa foi a entregue da Medalha “Presidente Annibal de Freitas”, concedida a quem tenha prestado relevantes serviços ao segmento contábil e à nação. Os laureados desta vez foram Antoninho Marmo Trevisan, diretor-presidente da Trevisan Escola de Negócios e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, e Maria Clara Cavalcante Bugarim, ex-presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) a atual vice-presidente de desenvolvimento profissional e institucional do orgão. operacional Uma arte chamada visitar Empresários e profissionais do setor relatam o que conseguem descobrir indo regularmente à sede de cedentes e sacados N em mesmo o mais sofisticado sistema que se empregue na análise de crédito pode fazer uma empresa de factoring se dar ao luxo de desprezar uma rotina relativamente simples, porém de fundamental importância para o seu sucesso. “A visita nos dá segurança para realizar a operação”, resume o diretor de relações com o mercado do SINFAC-SP, José Carlos Francisco. “Você tem de saber onde a empresa está localizada, se o seu endereço corresponde de fato a uma zona comercial, sentir se os funcionários estão todos ocupados e trabalhando satisfeitos”, exemplifica Mingo, forma como o empresário é mais conhecido no setor. Sempre que possível, ele também recomenda que se verifique o estoque de matéria-prima e, de uma forma geral, se o faturamento declarado condiz com todos os indícios percebidos no local. “Na visita, às vezes você percebe que pode alavancar mais o risco com o cliente, ou então tem surpresas determinantes para a redução do relacionamento com ele, ou até mesmo sua eliminação da carteira”, acrescenta. Por tudo isso, Mingo aconselha os colegas do fomento a não fecharem com algum cedente antes de visitá-lo, tampouco acertar o negócio ainda na empresa, precipitação que pode custar caro. com uma operação tão rotineira que passou a não mais ser visitado. Ao enfrentar sérios problemas financeiros, a empresa acabou fechando, “porém mesmo assim realizando duas operações conosco, obviamente com duplicatas inexistentes”, relata. Da mesma forma que o cedente, a responsável final pelo pagamento de um título deve ser visitada periodicamente pela factoring. Além de trazer à tona informações sobre a evolução do perfil também do sacado ao longo do tempo, esse conduta já demonstrou ser pródiga em gerar novas perspectivas. Que o diga Wagner Castilho, da paulistana Viacred, que após se reunir fortuitamente com uma dessas empresas, acabou engatilhando novas possibilidades de negócios com ela. “Percebemos que ela tinha potencial para aumentar muito seu desempenho e fizemos uma proposta. Por meio dessa parceria, o ajudamos a administrar de uma forma mais técnica, ampliar o seu portfólio e aumentar suas vendas, que simplesmente dobraram”, destaca o diretor comercial. “Hoje, tanto o cedente quanto o sacado são nossos clientes”, conclui Castilho, satisfeito. 7 Mingo, do SINFAC-SP: rara oportunidade para rever a relação Na Valecred, de Tatuí (SP), a política é de que a ida à empresa tomadora de crédito seja tão regular que sequer necessite ser agendada. “Os relatórios de visitas a clientes ativos devem ser enviados pelo gerente comercial à área de crédito a cada quatro meses. Também deve atualizar informações como faturamento e endividamento. Dependendo do risco e do valor da operação, este prazo pode ser alongado ou antecipado”, esclarece o gerente de planejamento comercial da empresa, Spencer Kuhlmann. Pra justificar essa tese, ele relembra o caso de um sacado de risco muito baixo e AGB Photo/Photos to Go Experiências Formação continuada Confira a programação 2011 do SINFAC-SP Muitas novidades nas atividades do Sindicato em sua sede, na Capital, e demais cidades paulistas onde o fomento mercantil marca presença Programação sujeita a alterações 8
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