esofagostomia em tamanduá bandeira (mymercophaga
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esofagostomia em tamanduá bandeira (mymercophaga
ESOFAGOSTOMIA EM TAMANDUÁ BANDEIRA (MYMERCOPHAGA TRYDACTYLA) COM LESÃO EM LÍNGUA 1 1 1 2 Ligia Rigoleto Oliva , Stéphanie Moira Rodrigues e Silva , Diogo Pascoal Rossetti , Camila Luba , 3 4 Carlos Roberto Teixeira & Sheila Canevese Rahal 1 Médicos veterinários Residentes do Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Selvagens (CEMPAS) – UNESP, campus de Botucatu 2 Mestranda do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária 3 Professor Assistente Doutor do Departamento de Cirurgia e anestesiologia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, campus de Botucatu 4 Professora Titular do Departamento de Cirurgia e anestesiologia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, campus de Botucatu e-mail: [email protected] O tamanduá bandeira (Mymercophaga trydactyla) possui a língua alongada, cavidade oral tubular, saliva pegajosa como adaptações devido à sua alimentação ser composta de formigas e cupins. Um indivíduo macho, adulto, encontrado às margens de uma rodovia foi encaminhando ao CEMPAS, UNESP, campus Botucatu. Ao exame clínico foi constatado trauma craniano e o radiográfico e tomográfico não apontou comprometimento ósseo. Ao terceiro dia após instituição de tratamento para trauma encefálico, apresentou melhora clínica, contudo apresentou sialorréia de coloração amarronzada e odor fétido. Cinco cm da ponta da língua apresentava flacidez e coloração pálida, sendo indicada a amputação deste segmento e realização de esofagostomia para alimentação enteral. Após anestesia foi realizada tricotomia e antissepsia da região cervico-torácica ventral. Um cm abaixo da glote, foi realizada uma incisão de seis cm de comprimento. Evidenciando as glândulas salivares que foram divulsionadas com cautela até a exposição da traqueia e do esôfago. Foi introduzida uma sonda gástrica para potros número 16 pela cavidade oral facilitando a visualização do esôfago e inserção de suturas de ancoragem. Realizada uma incisão de 0,4 mm no esôfago, foi inserida uma sonda gástrica número 16. Realizadas suturas “cushing” para subcutâneo e pontos simples separados na pele. Foi utilizada sutura tipo bailarina para a fixação da sonda. A incisão foi protegida com gaze e colete de atadura. A sonda foi fixada no dorso do animal, que foi mantido com “botas” para imobilização das unhas. Assim o animal foi manejado durante toda a sua recuperação. Animais de vida livre que chegam ao cativeiro necessitando de cuidados veterinários, dificilmente alimentam-se sozinhos e por isso sonda esofágica torna-se um procedimento indicado para esses animais que necessitarão de internamento viabilizando a administração de um substituto alimentar durante o período de recuperação.
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