Síndrome de Klinefelter
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Síndrome de Klinefelter
R4 Larissa Pakuszevski Savi Dra. Adriane Maria Rodrigues Introdução Histórico Apresentação Clínica ◦ Clínica Clássica ◦ Fisiopatologia ◦ Avaliação Inicial Consequências do Hipogonadismo Possibilidades Terapêuticas Identificação: DEF, 23anos, masculino QP: Encaminhado do HPP para seguimento de Hipogonadismo Hipergonadotrófico HMA: Aos 14 anos procurou HPP por Ginecomastia, nesta avaliação tinha testículos de aproximadamente 6 ml. Nesse período feito diagnóstico de Síndrome Klinefelter com cariótipo 47, XXY e já iniciou reposição hormonal com Testosterona Inicio do acompanhamento no Ambulatório de Gônadas aos 20 anos, usando apenas Deposteron 200mg a cada 30 dias. Exame Físico: E: 1,78m; IMC: 27kg/cm2; CA: 102cm; PA: 120/80mmHg Testículos de aproximadamente 6 ml cada Conduta: Laboratoriais, DMO e USG abdominal A Síndrome de Klinefelter é a alteração cromossômica mais comum em homens Envolve várias especialidades para o tratamento seja otimizado E o conhecimento sobre a Síndrome vem aumentando nos últimos anos Groth,KA; JCEM, 2013 ;1986 Harry Fitch Klinefelter 20/03/1912 – 20/02/1990 Endocrinologista e Reumatologista Johns Hopkins University School of Medicine e Universidade da Virginia 150/100.000 nascidos meninos ( 1/660) Estudo populacional Groth,KA; JCEM, 2013 ◦ apenas 25% dos casos foram diagnosticados ◦ 10% destes diagnósticos foram durante a puberdade Bojesen,A; JCEM, 2003 Causa mais frequente de infertilidade genética ◦ Ocorre em 11% dos pacientes com azoospermia ◦ Diagnosticado em 3% dos casos de infertilidade Foresta,C; JCEM 1999 47, XXY ( é a forma clássica, > 70%) 46,XY/47,XXY ( mosaico) 48, XXXY, 48, XXYY 49, XXXXY Síndrome do Homem XX ( variante da SKF) Estatura Elevada Ausência de calvície frontal Ombros estreitos Ginecomastia Quadril largo Membros longos Barba rala Ausência de pelos Pelos pubianos femininos Testículos pequenos Achados Clássicos* GnRH LH e FSH Testosterona Exame Fisíco: ◦ PA, Altura, Peso, CA, Tamanho Testicular, Ginecomastia, Varizes Cariótipo Hormônios Sexuais ◦ Testosterona, Estradiol, SHBG, FSH e LH Avaliação Metabólica ◦ Glicemia, Hemoglobina Glicada, Lipidograma ◦ Vitamina D, Cálcio ◦ DMO Hemograma, Transaminases Groth,KA; JCEM, 2013 A testosterona tem efeito sobre a sensibilidade insulínica Os pacientes apresentam: ◦ ◦ ◦ ◦ Aumento da massa gorda Aumento circunferência abdominal Resistência Insulínica Elevação do LDL Diabetes Care, 2006 O Hipogonadismo ◦ Baixa massa óssea Em 25 a 48% dos casos Osteoporose em 6 a 15% dos casos ◦ A deficiência de androgênios durante a puberdade é o principal Fator de Risco para osteoporose ◦ A relação gordura/músculo aumentada Molecular Human Reproduction, 2010 Estudo transversal SKF x Saudáveis ◦ ◦ ◦ ◦ Menor Densidade Mineral Óssea Osteoporose é incomum Diminuição da Força Muscular e Habilidade Física O tratamento com Testosterona e o diagnóstico precoce da SKF tem benefício na saúde óssea ◦ Os níveis de testosterona não é marcador de alterações ósseas entre SKF em tratamento e Não tratamento 48, XXXY ◦ GJA ◦ Esteatose Hepática ◦ Baixa Massa Óssea A área mais prejudicada é a verbal ◦ Atraso na fala ◦ Dificuldade em ler e escrever ◦ Formação de frases Essas dificuldades podem explicar o nível escolar mais baixo desses pacientes Outras alterações: ◦ Memória verbal e não-verbal ◦ Execução de funções Controversias se a reposição androgênica Groth,KA; JCEM, 2013 melhora essas alterações Na SKF há um aumento da prevalência de desordens psiquiátricas: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Sintomas de esquizofrenia Traços esquizóides Desordens psicóticas Depressão Ansiedade Autismo Déficit de atenção e hiperatividade Bruining et al; Pediatrics,2009 SKF tem menor massa cinzenta em áreas consideradas de afetividade - hipocampo - insula - corpo estriado O tratamento com testosterona não demostrou maior quantidade de massa cinzenta. Até recentemente os pacientes eram considerados inférteis Os Mosaicos são menos acometidos que os Não-Mosaicos O volume testícular é menor já nos prépuberes No adulto o volume testicular: 3ml x 22ml L Aksglaede; European Journal of Endocrinology, 2013 As alterações se iniciam ainda intraútero Progride pouco durante infância Acelera durante puberdade Extensiva fibrose e hialinização dos túbulos seminíferos e hiperplasia do interstício L Aksglaede; European Journal of Endocrinology, 2013 Até 1996 os pacientes eram considerados estéreis Apenas 2 casos de fertilidade espontânea estão descritas na literatura Com TESE-ICSI os pacientes SKF 47,XXY tem oportunidade da paternidade biológica ◦ TESE e microTESE ◦ Plotton et al.; Annales d’Endocrinologie,2014 Artigo de revisão com 12 estudos O sucesso do procedimento foi similar aos casos de azoospermia não obstrutivas com o cariótipo normal O cariótipo das crianças eram normais com exceção de 1 caso ( 1% ) O único fator prognóstico para o sucesso foi a idade do paciente Teorias: ◦ 1) Produção de sptz: A) 23 X B) 23 Y C) 24 XY D) 24 XX ◦ 2) Perda do CR X durante a mitose ou meiose A) 23 X B) 23 Y ◦ 3) Presença de espermatogônias XY isoladas Furletton; Hum.Reprod., 2010 A SKF é caracterizada por um Hipogonadismo Hipergonadotrófico Justificativa para a estatura final maior que a média familiar A hipótese de outros fatores envolvidos foi aventada devido os pacientes: 47, XYY e 47, XXX também serem maiores e não apresentarem hipogonadismo e já apresentarem-se maior desde a infância. Groth,KA; JCEM, 2013 A base para o fenótipo é a presença do CR X supranumerário Aproximadamente 15% dos genes ligados ao CR X inativado escapam a essa inativação E esses genes são considerados os influentes nas alterações genéticas SKF Groth,KA; JCEM, 2013 PAR: Genes SHOX; PCGH11XY e SYBL1 são demostrados em Linfócitos de pacientes SKF Nieschlag E; Annales d’Endocrinologie,2014 Groth,KA; JCEM, 2013 Conclusão: ◦ Aumento da estatura na presença de cromossomos sexuais extranumerários Pai (50%) ◦ Ocorre durante a meiose I Mãe (50%) ◦ Pode ocorrer durante: erros mitóticos meiose I meiose II A presença de cromossomos X idênticos (mãe) ou diferentes (pai) pode influenciar o processo de inativação do CR X SKF com CR X herdado da mãe tem maior frequência de traços esquizóides E o herdado do pai, maior frequência de dificuldade na fala e outros problemas de linguagem Nieschlag E; Annales d’Endocrinologie,2014 O receptor androgênico está localizado no cromossomo X Existe um grande polimorfismo da repetição nucleotideo CAG Pode variar de 9 a 37 vezes e isso se correlaciona com a fisiologia dos efeitos androgênicos Nieschlag E; Annales d’Endocrinologie,2014 Os pacientes com a Impacto Farmacogenético: sequencia menor de -repetição Supressão do LH, aumento CAGn, apresentam do hematócrito, MAIOR atividadeaumento prostático nosqualificação pacientes com androgênica, a sequência longa profissional Aumento da Morbidade e Mortalidade por várias causas ◦ A expectativa de vida é reduzida em 2 anos em relação a população masculina geral Aumento das comorbidades, internações e morte precoce Os principais dados da literatura foram obtidos por estudos epidemiológicos Britânico e Dinamarques Bojesen, Acta Pædiatrica , 2011 Inge Gies, Eupopean Journal of Endocrinology,2014 ,2011 Medicamentos orais, bucal, transdérmicos, implantes e intramusculares Testosterona Via de administração Posologia Testosterona Gel 2% (Axeron®) Transdérmica 30-120mg/dia Undecanoato de Testosterona (Nebido®) Intramuscular 1000mg IM, cada 10-14 semanas Cipionato de Testosterona (Deposteron®) Intramuscular 200mg IM, Cada 2 a 4 semanas Fenilpropionato + Isocapronato + Propionato + Decanoato de Testosterona (Durateston®) Intramuscular 250mg IM, Cada 2 a 4 semanas Deve ser iniciado no período da Peripuberdade ◦ Características Sexuais ◦ Força Muscular ◦ Estrutura Óssea O tratamento com Testosterona transdérmica tem uma resposta satisfatória sem suprimir o eixo gonadotrófico As outras apresentações de Testosterona também podem ser utilizadas Monitorização Groth,KA; JCEM, 2013 Metha A; The Journal Of Urology, 2014 47, XXY ◦ Dx aos 14 anos ◦ Reposição Hormonal HMG P. Glicêmico Lipidograma Metb. Ósseo Outros Hb: 16,4 GJ: 94 CT: 175 Vit D: 17 Testo: 100 VG: 49 Insulina: 20,6 HDL: 30 PTH: 71 TGO: 44 L: 7520 HOMA: 4,77 LDL: 120 Ca: 9,6 TGP: 54 TG: 123 Pi: 3,7 P: 263.000 USG abdome: Esteatose Hepática leve DMO: Hipogonadismo Hipergonadotrófico Resitência Insulínica Hiperparatireoidismo secundário a deficiência de Vitamina D Baixa massa óssea Esteatose Hepática Novidade: Pai de uma Menina!!!??? Roberta 47, XXY Close