modelos e experiências de ambientes de aprendizagem virtual
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MODELOS E EXPERIÊNCIAS DE AMBIENTES DE APRENDIZAGEM VIRTUAL AGUIAR, Sabrina Ferreira de Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais GROSSI, Márcia Gorett Ribeiro Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais RESUMO: Frente a tantos problemas enfrentados na educação, é necessária atenção diante das possibilidades que as novas tecnologias trazem, principalmente os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). O objetivo desta pesquisa foi apresentar os atuais modelos e tipos e experiências de ambientes virtuais de aprendizagem. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, sobre a literatura atual da área, utilizados artigos, documentos e periódicos, consultados na Internet, no período de 2º semestre de 2009 e primeiro bimestre de 2010. Foram selecionados 50 artigos e escolhidos 10 para análise, e pode-se verificar os principais tipos de Ava’s. Concluiu-se que esses tipos de Avas´s possuem características muito parecidas como: software livre, geração e gestão de banco de dados, suporte multi-idioma, perfil dos participantes, Chat, fórum, rodam em plataformas similares e possuem interface gráfica simples e padronizada e, que proporcionam facilidade de utilização e aprendizagem, são adequados ao ensinoaprendizagem à distância e servem de apoio ao ensino presencial. PALAVRAS-CHAVE: ambientes virtuais de aprendizagem; tecnologia; educação a distância 1. Introdução Segundo Bastos (1997) a educação no mundo de hoje tende a ser tecnológica, o que, por sua vez, vai exigir o entendimento e interpretação de tecnologias. Com isso é necessária atenção diante às tantas formas e possibilidades que as novas tecnologias oferecem, e frente a tantos 2 problemas enfrentados durante toda a historia da educação o almejado é que consiga trazer as inúmeras possibilidades de inovações tecnológicas para minimizar as dificuldades e diminuir as distâncias para que assim seja possível a integração de tecnologia e educação. Favorecendo a acessibilidade e interatividade com usuários. A própria tendência mercadológica provoca a necessidade de uma investigação sobre o ambiente virtual de aprendizagem, para que assim possa ser oferecida uma possibilidade a mais na área da educação e que obtenha a aceitação dentro das reais necessidades e expectativas dos usuários. Ainda de acordo Bastos (1997), os avanços dos recursos tecnológicos oferecem mais possibilidades para diminuir as barreiras existentes pela distância física entre alunos e professores. Hoje é possível a criação de um ambiente virtual em que alunos e professores sintam-se próximos, contribuindo para o aprendizado colaborativo. Além disso, possibilitam o armazenamento, distribuição e acesso às informações independente do local. Com isso a educação à distância (EAD) está crescendo e tomando espaço, com o propósito de suprir parte das deficiências existentes hoje na educação. Lévy (1996) em seu livro “O que é o virtual?” Nos esclarece que o virtual não se opõe ao real e sim ao atual. Virtual é o que existe em potência e não em ato. Transpondo este conceito para a realidade educacional, Santos e Okada (disponível no site da anped) afirmam que um ambiente virtual é um espaço fecundo de significação onde seres humanos e objetos técnicos interagem potencializando assim, a construção de conhecimentos, logo a aprendizagem. Um AVA se caracteriza pela presença de softwares educacionais via internet, destinados a apoiar as atividades de educação à distância. Estes softwares oferecem um conjunto de tecnologias de informação e comunicação, que permitem desenvolver as atividades no tempo, espaço e ritmo de cada participante. Os principais objetivos, de acordo com informações no site Ava.iei.org.br/inform- objetivos.jsp, são utilizar o ambiente virtual de aprendizagem como apoio para ampliar e enriquecer os espaços de convivência, privilegiando a atividade do sujeito na construção do conhecimento, propiciar um espaço para a realização de experiências educacionais com uma proposta pedagógica inovadora, possibilitar a vivência de uma cultura da aprendizagem que implique rupturas paradigmáticas, oportunizar um espaço de desenvolvimento-pesquisa-açãocapacitação de forma sistemática e sistêmica, possibilitar a interdisciplinaridade num ambiente de cooperação entre sujeitos de diferentes áreas de conhecimento, oportunizar um espaço de 3 interação entre os sujeitos através de diferentes objetos de conhecimento possibilitados pelo ambiente, favorecer o acesso às tecnologias educacionais, aos variados agentes sociais, na perspectiva da construção do conhecimento e de competências sociais. Sua importância está no fato de contribuir com a base para a educação a distância, pois a EaD ganhou a possibilidade de organizar de maneira mais controlada cursos, mescla de aulas presenciais e a distância, possibilidade de aulas apenas virtuais, integração com novas possibilidades de interação pela Internet, além da aproximação entre professores e alunos dentro do processo educativo. Em muitas instituições de ensino existe o interesse na utilização dos AVA’s, mas de acordo com Almendra (2008) algumas das desvantagens é que o processo de implantação é demorado e complexo. No mercado existem várias abordagens que podem contribuir com as instituições de ensino. Neste sentido este trabalho optou-se por explorar ferramentas de acesso livre. Essas ferramentas foram escolhidas, partindo de leituras e observações realizadas durante o estudo por ser as mais conhecidas e citadas durante o tempo da pesquisa. 2. Objetivo O objetivo deste artigo foi mostrar através de pesquisa realizada, os atuais modelos e tipos e experiências de ambientes virtuais de aprendizagem. 3. Referencial Teórico Neste item são apresentados os principais conceitos tratados neste artigo: 3.1 Moodle O Moodle, toda as informações abaixo de acordo com seu site oficial: www.moodle.org.br, é um software para gestão da aprendizagem e de trabalho colaborativo, permitindo a criação de cursos on-line, páginas de disciplinas, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem. Está em 4 desenvolvimento constante, tendo como filosofia uma abordagem social construtivista da educação. Possui diversos nomes tais como Course Management System (CMS) e ainda Learning Management System (LMS) ou Virtual Learning Environment (VLE). Os utilizadores finais só precisam de um navegador de Internet. O conceito foi criado em 2001 pelo educador e cientista computacional Martin Dougiamas. Voltado para programadores e acadêmicos da educação, constitui-se em um sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades on-line, em ambientes virtuais voltados para a aprendizagem colaborativa. Permite, de maneira simplificada, a um estudante ou a um professor integrar-se, estudando ou lecionando, num curso on-line à sua escolha. De acordo com Dougiamas (2001), baseando-se na pedagogia sócio-construtivista, o foco está na atenção a aprendizagem que acontece em interação com o que as pessoas veem e utiliza, artefatos construídos (como textos, por exemplo) e não só em tratar a aprendizagem como atividade social. O programa é gratuito e pode ser instalado em diversos ambientes (Unix, Linux, Windows, Mac OS) desde que os mesmos consigam executar a linguagem Hypertext Prepocessor (PHP). Como base de dados podem ser utilizados MySQL, PostgreSQL, Oracle, Access, Interbase ou qualquer outra acessível via Open Database Connectivity (ODBC) que é um método de acesso que permite aplicações desenvolvidas em diversas linguagens e permite o acesso a diferentes fontes de dados, incluindo o sistema gerenciador de Banco de dados relacional Structured Query Language (SQL). É desenvolvido colaborativamente por uma comunidade virtual, que reúne programadores e desenvolvedores de software livre, administradores de sistemas, professores, designers e usuários de todo o mundo. Encontra-se disponível em diversos idiomas, inclusive em português. Muitas instituições de ensino (básico e superior) e centros de formação estão adaptando a plataforma aos próprios conteúdos, com sucesso, não apenas para cursos totalmente virtuais, mas também como apoio aos cursos presenciais. A plataforma também vem sendo utilizada para outros tipos de atividades que envolvem formação de grupos de estudo, treinamento de professores e até desenvolvimento de projetos. Outros setores, não ligados à educação, também utilizam o Moodle, como por exemplo, empresas privadas, Organizações não-governamentais (ONGs) e grupos independentes que necessitam interagir colaborativamente na Internet. Para Ribeiro e Mendonça (2007): 5 “O AVA Modular Object Oriented Distance Learning (Moodle) é uma plataforma, Open Source, ou seja, pode ser instalado, utilizado, modificado e mesmo distribuído. Seu desenvolvimento objetiva o gerenciamento de aprendizado e de trabalho colaborativo em ambiente virtual, permitindo a criação e administração de cursos online, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem” ( Ribeiro e Mendonça, 2007, p.7 e 8). Os cursos Moodle podem ser configurados em três formatos, de acordo com a atividade a ser desenvolvida: • Formato Social – em que o tema é articulado em torno de um fórum publicado na página principal; • Formato Semanal - no qual o curso é organizado em semanas, com datas de início e fim; • Formato em Tópicos - onde cada assunto a ser discutido representa um tópico, sem limite de tempo pré-definido. Os recursos disponíveis para o desenvolvimento das atividades são: Materiais; Avaliação do Curso; Chat; Diálogo; Diário; Fórum; Glossário; Lição; Pesquisa de Opinião; Questionário; Tarefa e Trabalho com Revisão. As principais Características do software moodle: Fóruns; Gestão de conteúdos (Recursos); Questionários e pesquisas com diversos formatos; Blogs; Geração e gestão de Base de Dados; Sondagens; Chat; Glossários; Suporte multi-idioma (mais de sessenta idiomas são suportados pelo interface atual). E as plataformas similares são: Amadeus lms; Ambiente Virtual SOLAR; Angel; AulaNet (PUC/RJ); AVA (UNITINS); AVA-UNISINOS; DE2 - Ecossistema Digital para Educação[1]; Desire2Learn; DeskEaD; Dokeos; Edumate; Eureka (PUCPR); Lerni (Faros-DF); LON-CAPA; Nova Plataforma CECIERJ; Sakai Project; TelEduc; WebCT. 6 3.2 Solar Com a confluência da Educação à Distância e da World Wide Web (Web) , ou simplesmente Web , foram criados os Ambientes Virtuais de Aprendizagem, na segunda metade da década de noventa, que possibilitam a publicação e interação em cursos a distância baseados na Web. Estes ambientes podem ser divididos quanto ao modelo de participação, quanto à maneira como a ferramenta foi criada e quanto à natureza do processamento dessas aplicações. O Instituto UFC Virtual, da Universidade Federal do Ceará desenvolveu um ambiente virtual de aprendizagem, chamado SOLAR, informações no site http://200.129.43.131/solar/, baseado no modelo de três camadas. Quanto à participação, o ambiente é orientado ao professor e ao aluno. Por fim, quanto ao processamento da aplicação, trata-se de um sistema distribuído, podendo ter seus componentes de Software e Base de Dados em diferentes computadores. Do ponto de vista pedagógico, o sistema foi desenvolvido potencializando o aprendizado a partir da relação com a própria interface gráfica do ambiente, sendo desenvolvido para que o usuário tenha rapidez no acesso às páginas e ao conteúdo, fácil navegabilidade e compatibilidade com navegadores populares. As principais características do software SOLAR, ainda de acordo com o site http://200.129.43.131/solar/, são: • Desenvolvido em Active Server Pages (ASP), utilizando componentes Distributed Component Object Model (DCOM), linguagem de programação Visual Basic e Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Microsoft SQL para ambientes Windows ; • Plataforma baseada na WWW, necessitando de um Navegador (browser) compatível com o Ms-Internet Explorer 5.5 ou Firefox 1.2; • Interface gráfica simples, padronizada, porém, não pode ser personalizada automaticamente na versão (1.0); • Baseada em abordagem educacional construtivista , com auxílio a estruturação de conteúdo; • Projeto de pesquisa universitária, coordenado pelo Prof. Dr. Mauro Cavalcante Pequeno, tendo como equipe inicial: Prof. Msc. Henrique Pequeno, Patrícia de Sousa Paula, Prof. 7 Msc. Wellington W. F. Sarmento, Prof. Msc. Robson Loureiro e Profa. Msc. Cátia Oliveira. • Agrega um grande número de ferramentas e recursos flexíveis e configuráveis. Algumas funcionalidades básicas do software Solar: Agenda; Perfil dos participantes; Batepapo (chat); Webfórum; Correio eletrônico; Material de apoio; Portfólio de participantes; Estatísticas de acesso; Funções administrativas e de configuração. E as Plataformas similares são: Ensinar; Blackboard; Moodle; WebCT; Desire2Learn; DeskEaD; Dokeos; Edumate; Sakai Project; Angel; LON-CAPA; e Teleduc. 3.3 TelEduc O TelEduc é um ambiente para a criação, todas as informações abaixo de acordo com seu site (http://www.teleduc.org.br), participação e administração de cursos na Web. Ele foi concebido tendo como alvo o processo de formação de professores para informática educativa, baseado na metodologia de formação contextualizada desenvolvida por pesquisadores do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Unicamp. O TelEduc foi desenvolvido de forma participativa, ou seja, todas as suas ferramentas foram idealizadas, projetadas e depuradas segundo necessidades relatadas por seus usuários. Com isso, ele apresenta características que o diferenciam dos demais ambientes para educação a distância disponíveis no mercado, como a facilidade de uso por pessoas não especialistas em computação, a flexibilidade quanto a como usá-lo, e um conjunto enxuto de funcionalidades. Este ambiente foi concebido tendo como elemento central a ferramenta que disponibiliza Atividades. Isso possibilita a ação onde o aprendizado de conceitos em qualquer domínio do conhecimento é feito a partir da resolução de problemas, com o subsídio de diferentes materiais didáticos como textos, software, referências na Internet, dentre outros, que podem ser colocadas para o aluno usando ferramentas como: Material de Apoio, Leituras, Perguntas Freqüentes, etc. é um software livre; podendo ser redistribuido e/ou modificado sob os termos da General Public License (GNU). 8 A intensa comunicação entre os participantes do curso e ampla visibilidade dos trabalhos desenvolvidos também são pontos importantes, por isso foi desenvolvido um amplo conjunto de ferramentas de comunicação como o Correio Eletrônico, Grupos de Discussão, Mural, Portfólio, Diário de Bordo, Bate-Papo etc., além de ferramentas de consulta às informações geradas em um curso como a ferramenta Intermap, que é uma ferramenta para Visualização da Interação em Ambientes de Educação a Distância na Web e está , disponível em http://docsagencia.cnptia.embrapa.br/informatica/InterMap.pdf, dentre outros. De acordo com Ribeiro e Mendonça (2007): É uma plataforma Open Source, um ambiente de suporte EAD. O seu desenvolvimento é realizado de acordo com as necessidades, tanto tecnológico como metodológicas, por desenvolvedores do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) (Ribeiro e Mendonça, 2007, p. 6). As principais características do software Teleduc, ainda de acordo com o site http://www.teleduc.org.br, são: • Desenvolvido em PHP, Java e mySQL para ambientes UNIX e LINUX, • Licença de software livre na modalidade GNU, com código aberto, • Plataforma baseada na WWW, necessitando apenas de um browser, • Interface gráfica simples, padronizada, não pode ser personalizada, • Baseada em abordagem educacional construtivista e de aprendizagem colaborativa, • Projeto de pesquisa universitária, coordenado pela Profa.Dra. Heloisa Vieira da Rocha, • Agrega um grande número de ferramentas e recursos flexíveis que podem ser ligados ou desligados para cada curso. Algumas funcionalidades básicas do software Teleduc: Dinâmica do curso; Agenda; Perfil dos participantes; Mural de avisos; Batepapo (chat); Webfórum; Correio eletrônico;Material de apoio; Leituras; Gestão de grupos; Diário de bordo; Parada obrigatória; Portfólio de participantes e grupos; Aviso automático por email de mudanças no site; Estatísticas de acesso e Funções 9 administrativas e de configuração. E as Plataformas similares são: Ensinar; Blackboard; DE2 School - Ecossistema Digital para Educação [1]; Moodle; WebCT; Desire2Learn; DeskEaD; Dokeos; Edumate; Sakai Project; Angel; LON-CAPA e SOLAR. 3.4 Amadeus Lms O Projeto Amadeus, todas as informações abaixo de acordo com site da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Agente Micromundo e Análise do Desenvolvimento no Uso de Instrumentos –, criado no Centro de Informática (CIn) da UFPE, coordenado pelo Grupo de Pesquisa Ciências Cognitivas e Tecnologia Educacional (CCTE), consiste em um sistema de gestão de aprendizagem de segunda geração, baseado no conceito de blended learning. Esse conceito torna mais simples a oferta de cursos no Brasil através da mistura de soluções tecnológicas e de métodos variados de aprendizagem. O software é distribuído sob licença livre e pública. O Amadeus foi construído ao longo de cinco anos de pesquisa na área de aprendizagem a distância. Além das funções básicas que permitem ao professor disseminar seu conteúdo e ao aluno construir esse conhecimento, ele ainda oferece instrumentos para facilitar suas práticas, tornando mais efetivo esse processo, estimulando a interação e o aprendizado pela ação e reflexão. A plataforma permite a atuação por meio de serviços como a internet, celular, jogos multiusuários e já está integrada ao sistema brasileiro de TV Digital. 3.4.1 Principais Características Do Amadeus Lms Os recursos disponíveis para o desenvolvimento das atividades de acordo com o site: http://amadeus.cin.ufpe.br/index.html/, são: Materiais (distribuição e entrega); Avaliação do Curso; Variadas formas de avaliação da aprendizagem; Chat; Fórum; Pesquisa de Opinião; Questionário; Tarefa e Trabalho com Revisão; Gestão de conteúdos (Recursos); Questionários e pesquisas com diversos formatos; Geração e gestão de questões em Base de Dados; Sondagens; Glossários e Suporte multi-idioma 10 3.4. 2 Criação De Novos Mecanismos De Interação E Colaboração • Estilos simples de interação web com a interface do ambiente virtual de ensino: Uso de novos elementos construtivos da interface (Ajax, folksonomia) facilitam navegação e percepção de objetos e mensagens. • Visualização da atividade de grupo na interface LMS, percepção social: Ações passadas e demandas presentes são representadas na interface com modo a facilitar a percepção da atividade de formação no qual os usuários engajam-se. • Manipulação direta em componentes de aprendizagem síncronos: Permitir que interfaces síncronas de manipulação direta sobre representações (micromundos) sejam usadas como materiais e as atividades realizadas nas mesmas sejam percebidas no LMS. • Controle e discussão da exibição de vídeos a distância: Permitir que grupos de usuários assistam e controle vídeos de forma síncrona, criando um conceito intermediário entre webcasting e vídeo sob demanda, inserindo aspectos de colaboração síncrona nessa mídia. • Manipulação e colaboração no contexto de jogos multiusuários: Permitir que componentes de aprendizagem criados com multimídia rica (flash, por exemplo), jogos em particular, sejam utilizados como material e as atividades de grupo sejam percebidas no LMS. • Visualização de mensagens, atividades e materiais interface móvel (m-learning): Viabilizar o recebimento de mensagens e a visão do conteúdo de fóruns e demais atividades por meio de celulares com o objetivo de criar novos mecanismos de engajamento e prover ferramentas para uma melhor gestão de turmas. O ambiente permite a realização de diversos procedimentos de avaliação, orientados por uma perceptiva construtivista. Os procedimentos de avaliação levam em consideração pontos de vista dos participantes, de seus pares e de seus instrutores, num processo de integração de informações sobre os progressos individuais de coletivos. Os processos de avaliação são diagnósticos realizados continuamente e voltados à promoção da aprendizagem individual e do grupo. Além dessas características, os ambientes de suporte a atividade docente é projetado para facilitar as tarefas de criação de materiais para os cursos, planejamento, acompanhamento e avaliação. Todos esses fatores do presente groupware são integrados dentro de uma proposta 11 pedagógica construtivista única e claramente comunicável aos participantes. As ferramentas disponíveis são todas desenhadas para corresponder às expectativas dos usuários, tornando o uso simplificado e transparente. Todas as interfaces são criadas em processos de design centrado na atividade dos usuários, visando atender suas reais necessidades de uso. 3.4.3. Principais Diferenciais • O uso de código aberto, que, além de reduzir drásticamente os custos de aquisição e implantação, também contribui, a médio e longo prazos, para a constante atualização da ferramenta, assim como para a sua fácil personalização e a incorporação contínua de novos recursos; • O uso de uma ampla gama de mídias, que inclui desde os tradicionais chats até conferência em vídeo; • Um projeto de interface usuário-máquina simplificado e intuitivo, que ainda faz uso de tecnologias mais recentes, como por exemplo Java e Ajax; • A disponibilização de formas de interação alternativas, como por exemplo através de jogos (por meio de um servidor específico para essa finalidade), do uso de telefones celulares ou ainda de experimentos de laboratório que podem ser realizados e analisados de forma remota. 3.4.4 Projeto O Projeto Amadeus visa difundir o uso de uma plataforma de ensino que foi criada para facilitar o uso por parte de professores e alunos brasileiros. Ela foi construída ao longo de cinco anos de pesquisa sobre plataformas da mesma categoria e análises de seu uso no contexto de ensino a distância. Além das funções básicas que permitem ao professor disseminar seu conteúdo e ao aluno construir esse conhecimento, a plataforma ainda oferece ferramentas para facilitar suas práticas, tornando mais interessante esse processo, estimulando a interação e o aprendizado pela ação. Este ambiente de ensino está sendo construído para facilitar as práticas de Educação à Distância em nosso país. O Projeto é coordenado por especialistas ligados à grupos de pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco, UFPE. O Amadeus está sendo distribuído com licença aberta, pois foi 12 financiado por várias agências nacionais de fomento, a saber: Ministério da Educação (MEC), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) e UFPE. O Amadeus conta com uma equipe de pessoas integradas ao grupo de pesquisa Ciências Cognitivas e Tecnologia Educacional CCTE -, grupo listado na base Lattes do CNPq. Uma rede de instituições de ensino são parceiras desse Projeto, a saber: Faculdade Osman da Costa Lins (Facol), Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e já colaboram para difusão dessa plataforma e modelagem dos processos de desenvolvimento distribuídos Open Source. Estão também sendo criadas parcerias com empresas colaboradoras para estimular o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de conteúdos compatíveis com a plataforma. Em particular, a empresa Mídias Educativas já desenvolve objetos de aprendizagem Objetos de aprendizagem compatíveis com a plataforma. As primeiras instituições de ensino (básico e superior) e centros de ensino superior estão adaptando a plataforma aos próprios conteúdos, para cursos totalmente virtuais e também como apoio aos cursos presenciais. A plataforma também vem sendo utilizada para outros tipos de atividades que envolvem formação de grupos de estudo, treinamentos e formações em geral. 3.4.5 Características As características abaixo estão descritas no site: http://amadeus.cin.ufpe.br/index.html/: • Interface Web simplificada e intuitiva, tendo sido desenvolvida com tecnologias da Web 2.0 e AJAX; • Simplicidade das tarefas de gestão de conteúdo pelo professor; • Extensões da interface Web fazendo uso de uma ampla gama de recursos midiáticos, desde os tradicionais chats até a discussão síncrona entre vários usuários que estão assistindo a um vídeo ao mesmo tempo, por exemplo; • Formas de interação alternativas, como por exemplo através de atividades lúdicas (jogos, por meio de um servidor específico para essa finalidade), do uso de telefones celulares ou 13 ainda de experimentos de laboratório que podem ser realizados e analisados de forma remota; • Percepção social na interface web e entre os diversos ambientes síncronos; • Estilos de interação por meio de dispositivos móveis como celulares • Desenvolvimento baseado em licenças de código aberto que, além de reduzir drasticamente os custos de aquisição e implantação, também contribui, a médio e longo prazos para o constante aperfeiçoamento da ferramenta, assim como para a sua fácil personalização e a incorporação contínua de novos recursos; • Disponibilidade de materiais e informações para colaboradores, desenvolvedores e usuários da plataforma. 3.4.6 Plataformas Similares As plataformas similares são: Moodle; Ensinar; Blackboard; TelEduc; WebCT; Desire2Learn; DeskEaD; Dokeos; Edumate; Sakai Project ; Angel ; LON-CAPA e a Nova Plataforma CECIERJ. 4. Procedimentos Metodológicos 4.1 Pesquisa Bibliográfica Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, sobre a literatura atual da área, utilizados artigos, documentos e periódicos, consultados na Internet, no período que compreende o 2º semestre de 2009 aos primeiros meses de 2010. 4.2 Coleta de Dados Foram selecionados e lidos 50 artigos, destes foram escolhidos 10 para análise, representados a seguir: • Ambientes virtuais de aprendizagem e suas possibilidades construtivistas; 14 • A importância dos Ambientes Vituais de Apendizagem na busca de novos domínios na EAD; • Moodle na escola Potencialidades e desafios; • Tendências da Educação online no Brasil; • Aspectos Metodológicos da Dinâmica de Interação e Avaliação em Cursos de Graduação Semi-Presenciais da Universidade Aberta do Brasil • Avaliação dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem Moodle, TelEduc e Tidia - Ae: um estudo comparativo • Um modelo de suporte à avaliação formativa no ambiente Teleduc • Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) • Educação a Distancia (EAD) e o Software livre • O processo de implantação de um ambiente de Aprendizagem virtual no ensino superior 4. 3 Análise Dos Dados Durante a análise dos 10 artigos citados, percebeu-se que no período em que a pesquisa foi realizada que compreendeu o segundo semestre de 2009 até os primeiros meses de 2010, os principais modelos/ tipos de Ava’s são: Moodle; Teleduc; Solar e Amadeus. Todos os modelos citados acima possuem características muito parecidas como: software livre e gratuito, geração e gestão de banco de dados, suporte multi-idioma, perfil dos participantes, Chat, fórum, etc. Rodam em plataformas similares e possuem interface gráfica simples e padronizada. Durante a pesquisa realizada o resultados observados foram que os AVAs analisados proporcionam facilidade de utilização e aprendizagem, são adequados ao ensino-aprendizagem totalmente à distância e servem de apoio ao ensino presencial, tendo como característica várias ferramentas de apoio, destacando-se os AVAs Moodle e TelEduc. 5. Considerações Finais A aplicação das novas tecnologias nos ambientes de ensino-aprendizagem visa estimular e facilitar ao máximo a participação das pessoas na EAD. De acordo com Moran, Tanto na educação a distância acadêmica como na corporativa é importante organizar processos de ensino- 15 aprendizagem adaptados a cada tipo de curso, a cada tipo de aluno. Muitos alunos têm dificuldade de trabalhar sozinhos só com o computador, sem interação. Quanto mais adulto e avançado no nível de aprendizagem, mais o aluno está pronto ou para a aprendizagem individualizada ou para a colaborativa. Tem pessoas que gostam de seguir seu próprio caminho, de sentir-se livres para escolher o que lhes parece melhor. São auto-dirigidos. Com poucas indicações eles avançam. Outros alunos são extremamente dependentes, precisam de monitoramento constante, de sentir um orientador por perto. Outros aprendem melhor juntos, física e virtualmente. A utilização de AVAs, oportuniza a organização de espaços potencializadores do processo de aprendizagem. Contudo, a apropriação desses recursos somente contribuirá com a qualificação do ensino a medida em que haja planejamento adequado e comprometimento mútuo das equipes diretivas e professores, propiciando condições para o desenvolvimento de mudanças nas práticas pedagógicas. O uso de AVA’s é uma tendência a ser expandida, porém existe um caminho longo a ser percorrido, pois o aprimoramento será feito ao longo das necessidades que forem surgindo com o avanço das pesquisas a serem realizadas. 6- Referências BASTOS, João Augusto de Souza Leão de Almeida. Educação e tecnologia. Educação & Tecnologia. Revista Técnico Científica dos Programas de Pós-graduação em Tecnologia dos CEFETs PR/MG/RJ, Curitiba, ano I, n° 1, abr. 1997, pp. 4-29. MORAN, Jose Manuel. Educação Corporativa e Educação a Distância. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 2005. RIBEIRO, Elvia Nunes; MENDONÇA, Gilda Aquino de Araújo e MENDONÇA, Alzino Furtado. (2007). A importância dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem na busca de novos domínios na EAD. Disponível em: < http://www.abed.org.br/congresso2007/tc/4162007104526AM.pdf> 16 Sites Consultados • http://www.olharvirtual.ufrj.br/2006/?id_edicao=196&codigo=1 • http://www.cinted.ufrgs.br/renote/maio2005/artigos/a25_ambientesvirtuais.pdf, acesso em 17/02/2010. • http://www.abed.org.br/congresso2007/apr/TC014.pps , acesso em 10/12/2009. • http://www.sinpro-rs.org.br/textual/out09/Moodle.pdf , acesso em 05/01/2010. • http://www.eca.usp.br/prof/moran/tendencias.htm, acesso em 29/09/2009. • http://br-ie.org/pub/index.php/sbie/article/view/696/682, acesso em 12/02/2010. • http://www.cinted.ufrgs.br/renote/dez2008/artigos/8c_fabio.pdf, acesso em 14/10/2009. • www.sbc.org.br/bibliotecadigital/download.php?paper=617, acesso em 10/11/2009. • http://ava.iei.org.br/inform-metodologia.jsp, acesso em 05/02/2010. • http://www.htmlstaff.org/ver.php?id=784, acesso em 07/01/2010. • http://www.clubedoprofessor.com.br/ead/Implantacao_do_ambiente_ead.pdf, acesso em 10/02/2010. • http://www.anped.org.br/reunioes/26/trabalhos/edmeaoliveiradossantos.pdf. 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