479,9 kB - Ensino de Ciências
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Governo do Estado do Amazonas Omar Abdel Aziz | Governador José Melo de Oliveira | Vice-Governador Odenildo Teixeira Sena | Secretário de C,T&I Maria Olívia de Albuquerque Ribeiro Simão | Diretora-Presidenta FAPEAM Universidade do Estado do Amazonas José Aldemir de Oliveira | Reitor Marly Guimarães Fernandes Costa | Vice-Reitora Editora Universitária Otávio Rios Portela | Diretor Juliana Sá | Editora Assistente Lorena Nobre | Chefe do Núcleo de Revisão Elice Marques, Gilson Allefy e Leandro Babilônia| Revisores Emerson Carlos Pereira da Silva | Capa e Design Editorial Fotos da capa: Augusto Fachín Terán Conselho Editorial Ademir Castro e Silva |Cristiane da Silveira Maria da Graças Vale Barbosa | Otávio Rios Portela (Presidente) Patrícia Melchionna Albuquerque | Sergio Duvoisin Junior Silvana Andrade Martins|Simone Cardoso Soares | Valmir César Pozzetti Esta obra foi editada conforme o acordo ortográfico de 2009. Todos os Direitos Reservados © Universidade do Estado do Amazonas. Permitida a reprodução parcial desde que citada a fonte. Catalogação Universidade do Estado do Amazonas N936 Novas perspectivas de ensino de ciências em espaços não formais amazônicos / organizadores Augusto Fachín Terán, Saulo Cézar Seiffert Santos.-- 1. ed.-- Manaus, AM : UEA Edições, 2013. 272 p.; 16 cm ISBN: 978-85-7883-236-0 Inclui bibliografia 1. Ciência - Pesquisa educacional. 2. Ciência - Ensino. 3. Amazônia - Pesquisa educacional. I.Terán, Augusto Fachín. II.Santos, Saulo Cézar Seiffert. III. Título. CDU 1997 -- 372.85 UEA Edições Av. Djalma Batista, 3578 - Flores | Manaus - AM - Brasil Cep 69050-010 | (92) 3878.4463 Augusto Fachín Terán Saulo Cézar Seiffert Santos (organizadores) NOVAS PERSPECTIVAS DE ENSINO DE CIÊNCIAS EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS AMAZÔNICOS Esta obra foi financiada pelo Governo do Estado do Amazonas com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). Agradecimentos À Universidade do Estado do Amazonas pelo apoio e oportunidade para a publicação deste livro. Aos estudantes e professores do Curso de Mestrado Profissional e Acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia. Aos colaboradores e sujeitos das pesquisas realizadas por sua disponibilidade em todas as fases das investigações. Aos membros do Grupo de Estudo e Pesquisa Educação em Ciências em Espaços Não Formais (GEPECENF). À Doutora Ierecê dos Santos Barbosa que se dispôs a fazer a apresentação. À FAPEAM pelo apoio para a concretização da versão deste livro. À equipe da Editora Universitária da UEA. Às secretárias do Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia, Karen Menezes Suano e Danny Neissel Lima Gutarra, por sua colaboração com todos os membros do grupo de pesquisa. Sumário PARTE I APRESENTAÇÃO 11 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS 13 Augusto Fachín Terán 1. O SIGNIFICADO DA QUESTÃO DO CONHECIMENTO PARA A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA 30 Maria das Graças Alves Cascais / Evandro Ghedin / Augusto Fachín Terán 2. ESPAÇOS NÃO FORMAIS: CONTRIBUIÇÕES PARA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA EM EDUCAÇÃO INFANTIL 41 Leila Teixeira Gonzaga / Augusto Fachín Terán 3. A UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS NÃO FORMAIS COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA: UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA (QUE SE FAZ) NECESSÁRIA Cirlande Cabral da Silva / Augusto Fachín Terán 53 4. O PROJETO MANEJO DE QUELÔNIOS AMAZÔNICOS “PÉ-DE-PINCHA” E SUA CONTRIBUIÇÃO NA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA EM DUAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO ASSENTAMENTO AGRÍCOLA “VILA AMAZÔNIA”, PARINTINS-AM64 João Marinho da Rocha / Augusto Fachín Terán 5. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E SEU USO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS 79 Danielle Portela de Almeida / Augusto Fachín Terán 6. ESPAÇOS NÃO FORMAIS CONTRIBUIÇÕES PARA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: UMA ARTICULAÇÃO NECESSÁRIA AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 85 Eunice Carvalho Gomes / Leila Teixeira Gonzaga Ellís Regina Vasconcelos de Sousa / Augusto Fachín Terán 7. A CONSTRUÇÃO DO PERFIL PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO PARA ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA NO ENSINO DE CIÊNCIAS 92 Saulo Cézar Seiffert Santos / Augusto Fachín Terán PARTE II UMA PROPOSTA DE COMPREENSÃO E METODOLOGIA PARA O USO DOS ESPAÇOS NÃO FORMAIS NO ENSINO DE BIOLOGIA 108 Saulo Cézar Seiffert Santos / Augusto Fachín Terán 8. EDUCAÇÃO FORMAL, INFORMAL E NÃO FORMAL EM CIÊNCIAS: CONTRIBUIÇÕES DOS DIVERSOS ESPAÇOS EDUCATIVOS 130 Maria das Graças Alves Cascais / Augusto Fachín Terán 9. CARÁTER EDUCATIVO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS 139 Silvia Lima dos Santos / Augusto Fachín Terán 10. A CARACTERIZAÇÃO DOS ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO CIENTÍFICA PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS 145 Ricardo Moreira de Queiroz / Hebert Balieiro Teixeira / Ataiany dos Santos Veloso / Augusto Fachín Terán Andrea Garcia de Queiroz 11. CONTRIBUIÇÕES DOS ESPAÇOS NÃO FORMAIS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS 156 Sônia Cláudia Barroso da Rocha / Augusto Fachín Terán 12. A FLORESTA AMAZÔNICA: UM ESPAÇO NÃO FORMAL EM POTENCIAL PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS 169 Joeliza Nunes Araújo / Cirlande Cabral da Silva / Augusto Fachín Terán 13. KIT MERGULHE MAIS FUNDO: UMA METODOLOGIA PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS 180 Augusto Fachín Terán / Adriana Araújo Pompeu Piza 14. JARDIM BOTÂNICO ADOLPHO DUCKE: UMA POSSIBILIDADE PARA A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA NA AMAZÔNIA187 Joeliza Nunes Araújo / Cirlande Cabral da Silva / Odilene Rocha Dias Augusto Fachín Terán / Antonio Xavier Gil 15. ZOOLÓGICO DO CIGS: UM ESPAÇO NÃO FORMAL PARA A PROMOÇÃO DO ENSINO DE ZOOLOGIA NO CONTEXTO DA AMAZÔNIA 198 Joeliza Nunes Araújo / Cirlande Cabral da Silva / Odilene Rocha Dias Augusto Fachín Terán / Antonio Xavier Gil 16. PARQUE MUNICIPAL DO MINDU: ESPAÇO DE LAZER, CULTURA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 211 Maria das Graças Alves Cascais / Augusto Fachín Terán 17. O BOSQUE DA CIÊNCIA MEDIANDO O DIÁLOGO NA PRÁTICA EDUCATIVA AMBIENTAL 220 Lúcia Helena Soares de Oliveira / Ronaldo Elias Sena de Oliveira Augusto Fachín Terán 18. O HOMEM AMAZÔNICO E SUA PERCEPÇÃO SOBRE A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS 225 Adriana Araujo Pompeu Piza / Augusto Fachín Terán 19. ALFABETIZAÇÃO ECOLÓGICA: O TEMA DESTRUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO LIVRO DIDÁTICO DE 6.º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 239 Silvia Lima dos Santos / Augusto Fachín Terán 20. POSSIBILIDADES DE ALFABETIZAÇÃO ECOLÓGICA USANDO O TEMA CADEIA ALIMENTAR NO 6° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 246 Hiléia Monteiro Maciel / Augusto Fachín Terán 21. ECOLOGIA E VIDA SUSTENTÁVEL NA CONCEPÇÃO DE MEMBROS DO GRENV/PIN – AM E CRISE DE PERCEPÇÃO EM CAPRA: CAMINHOS PARA A ALFABETIZAÇÃO ECOLÓGICA 251 Luis Alberto Mendes de Carvalho / Mary Tânia dos Santos Carvalho Augusto Fachín Terán LISTA DE ESPAÇOS NÃO FORMAIS DA CIDADE DE MANAUS-AM 263 SOBRE OS AUTORES 266 Apresentação Ao longo da minha trajetória como professora, tive o prazer de prefaciar várias obras e isso me tem sido gratificante por vários motivos: o primeiro deles é constatar que nossa geração está produzindo e isso é simplesmente maravilhoso, pois não passamos por esta vida apenas por passar, estamos deixando nossas contribuições para as futuras gerações. O segundo é perceber que o livro impresso resiste, persiste e impõe sua presença junto aos audiobooks, aos e-books e outros ícones contemporâneos que disputam o espaço editorial. O terceiro, e já me referindo a esta obra especificamente, é comprovar que o Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia (UEA) tem em seu quadro docentes e discentes produtivos, indivíduos capazes de mergulhar em seus objetos de investigação, e de lá extraírem algo novo e transformá-lo em conhecimento. O quarto, por fim, é confirmar que a parceria entre orientador e orientando, quando saudável, pode trazer excelentes resultados. No caso em tela, Augusto Fachín Terán e Saulo Cézar Seiffert Santos firmam parceria objetivando organizar os trabalhos escritos e isso não é tarefa fácil, pois se faz necessário estabelecer um fio condutor que garanta unidade na diversidade. Eis que a obra surge, não por um passe de mágica, mas pela labuta, perseverança e comprometimento de pessoas que são empenhadas em difundir a Educação em Ciências e socializar o saber. É, caro leitor, você tem em mãos um livro intitulado Novas perspectivas de ensino de ciências em espaços não formais amazônicos. Trata-se de uma obra coletiva, assinada por pessoas que elegeram a pesquisa como meta prioritária em seu projeto de vida. Portanto, cabe um olhar sobre os autores, descritos nos itens paratextuais desta obra. O resultado? É visível. Salta aos olhos. São vinte e três capítulos de múltiplas temáticas, oriundos de pesquisas, de dissertações do programa supramencionado e de trabalhos acadêmicos realizados nas disciplinas “Conservação de recursos naturais amazônicos” e “Educação em ciências em espaços não formais”, orientados por Augusto Terán. Através desta obra, observa-se claramente que os organizadores preservam a produção acadêmica dos membros do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação em Ciências em Espaços não Formais, dos seminários, simpósios e anais sobre Ensino de Ciências de nosso programa de pós-graduação, de pesquisa em espaços não formais, apresentando novos caminhos para a pesquisa, pautados na educação científica, aprendizagem significativa, os espaços não formais e o ensino de ciências, análise dos espaços não formais de Manaus e alfabetização ecológica, dando um passo importante no fortalecimento da linha de pesquisa “Educação em ciências em espaços não formais”. É gratificante perceber que os organizadores reuniram rico material sobre educação em ciências na região amazônica e o colocam à disposição dos estudantes e professores da rede pública, no intuito de incentivar a comunidade acadêmica a continuar explorando alternativas de ensinar e aprender ciências em espaços não formais, estimulando o seu interesse e motivando-o na busca da formação e construção da cidadania nas Ciências. 11 É, caro leitor, eu estou finalizando a minha parte e agora você precisa continuar com a sua. Sim, você já interagiu com o meu discurso, já sabe o que eu penso da obra e que recomendo a leitura. É fundamental, agora, interagir com outros profissionais da área, lendo o que eles escreveram, percebendo como eles concebem o mundo das Ciências, que propostas têm para a região em que vivemos – considerada o maior laboratório vivo do mundo –, com eles concordando ou deles discordando. Se o mundo da leitura é fascinante, o das ciências é extraordinário e mesclá-los com o mundo que criamos através das nossas conexões cognitivas é algo ímpar, simplesmente fantástico, só possível pela nossa condição evolutiva. Permita-se descobrir onde estamos no ensino de ciências e para onde devemos ir. Almeje ser cientificamente culto, isso implica, no discurso de Cachapuz (2004), atitudes, valores e novas competências, principalmente no que se refere a uma postura aberta à mudança, que inclui ética e responsabilidade, estando informado sobre determinadas situações e acontecimentos, que nortearão as tomadas de decisões sócio-científicas que tenham implicações pessoais ou sociais. Percebeu, leitor, que eu interagi com Cachapuz e o trouxe para dar suporte ao meu discurso? Seria isso possível sem eu ter familiaridade com suas ideias? No mundo da leitura, as fronteiras são impostas apenas pelas nossas limitações. Superá-las é dever de casa de cada um. Boa Leitura! Ierecê dos Santos Barbosa Doutora em Educação e Professora do Programa de Pós-graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia (UEA)