reunião Expocomfort
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1 PRIMEIRA PARTE 2 1. A situação económica de Portugal olhando para 2012 Para Portugal, para a sua economia, 2011 foi o ano em que a comunidade de países na qual está integrado lhe apresentou “a factura” dos erros de governação (e não só) acumulados ao longo de muitos anos. Se no meio dos destinatários destes modestos relatórios que produzimos anualmente houvesse – mas não deve haver – um ou outro leitor que tivesse dado atenção aos avisos que, ano após ano, deixávamos bem claros, extraía a conclusão que fomos “profetas de desgraças”. O ponto que – na aludida modéstia do nosso “observatório” – constituiu sempre o “leit-motiv” das perorações, foi o sistemático adiamento das reformas estruturais, reformas estas que, sendo cartaz de todos os governos, de todos os programas eleitorais, ficaram sistematicamente “na gaveta”. E sem distinções de cores partidárias, achamos que esta responsabilidade possa ser imputável a todos os governos que se sucederam nos últimos vinte anos. Em primeiro lugar, aos dos anos noventa, que actuaram dentro de um contexto excepcionalmente favorável, no qual a uma conjuntura económica mundial em nítida expansão se juntou o proveito dos fundos comunitários, que chegaram a representar, num ano ou noutro, 3 pontos ou mais do PIB. Não menos responsáveis foram – a nosso ver – os governos da primeira década deste século, por quanto o facto de todos os indicadores económicos terem começado a divergir dos parâmetros europeus devia ter avivado a urgência de encetar as apregoadas reformas (justiça, saúde e segurança social, fisco, ensino, administração publica, só para citar os mais relevantes). Outro dos maiores problemas sistematicamente apontado era – e continua a ser – o da produtividade, atendendo às suas implicações. Uma produtividade que não consegue descolar de uma média que representa pouco mais que 2/3 daquela europeia (oscila entre 72 e 75%) tem obviamente repercussões de várias ordens: no custo do trabalho, na competitividade (onerada também pela elevada carga fiscal), nas exportações. E com um PIB per-capita (expresso em paridade de poder de compra) que equivale a 80% da média europeia (só Eslováquia e Estónia ficam atrás), mesmo assim o país, os consumidores, continuaram a gastar, comprando bens de consumo distintivos das sociedades opulentas, e sobretudo continuaram a endividar-se. Endividaram-se os privados, endividou-se o estado, cada vez mais, cada vez mais afoitamente, a ponto que a amarga conclusão a que, a meio do ano findo, se chegou (uma espécie de rendição), pode ser vista como um evento consequente e inelutável de um estilo de vida inteiramente desenquadrado da realidade. A este respeito, um olhar pela configuração do mercado automóvel permite averiguar o desvario a que chegara uma sociedade de consumidores em total 3 descontrolo. De facto, através de uma estatística comunitária (referida aos últimos 5 anos) viemos a saber que a venda de carros classificados como “upper medium” e “executive” teve, em Portugal, uma incidência sobre o total, alinhada ou pouco inferior à média da UE/15 (13-14% no segmento médioalto, face aos 14-15% da Europa e 9-10% na classe “top”, quando a da UE se colocava nos 10-11%). Ter ficado aos níveis da média europeia em consumos de luxo já dispensa comentários; mas não se pode encobrir um detalhe não propriamente de somenos: estas médias de Portugal deixam atrás (as vezes muito atrás) países como a França e a Itália, para não falar de outros, como Dinamarca, Holanda, Irlanda, Espanha! Sendo estes, em nosso entender, as conclusões a retirar de tudo o que, nestes anos todos, se fez (ou se deixou de fazer), resta dizer que o actual governo está, com louvável e corajoso empenho, a procurar pôr em prática as amargas, difíceis medidas que o país se vê obrigado a tomar. E não é consolatório concluir que nada e ninguém está na condição de poder prever se este esforço irá resultar, dependente – como ele está – de uma série de condicionamentos e de imprevistos internos e externos. Olhando agora para os principais indicadores macro-económicos, é preciso realçar que as aludidas medidas governamentais exigidas pela apelidada “troika” (BCE, FMI e Comissão Europeia) como contrapartida ao plano de resgate da dívida, permitiram entrever alguns resultados no sentido de inverter a tendência negativa da primeira parte do ano: e se o PIB diminuiu (1,6%, como era de prever) o défice orçamental sobre o produto reduziu significativamente, passando de -7,8% de 2010 para 5 e qualquer coisa por cento, aventados pelas mais recentes projecções de fecho do ano (-5,9% ?). Os outros dados apresentaram resultados negativos, (nem era de esperar outra coisa), com a única excepção das exportações, que averbaram uma performance de outros tempos, ou até inédita (mas sobre o comércio externo falaremos mais adiante em termos alargados). A procura interna baixou 5,2% em relação ao ano anterior, os consumos (públicos e privados) sofreram uma contracção de 3,2% os primeiros e 3,6% os segundos e os investimentos acusaram uma queda de 11,2% (trata-se sempre de dados provisórios, sujeitos a pequenos ajustes). A inflação subiu 3,6% e o desemprego sofreu um acentuado agravamento em relação ao ano anterior (12,9% contra 10,9 de 2010). O mesmo se deve dizer no que respeita à dívida pública, que passou de 82% do PIB em 2010 para 107,2% (este salto define – melhor que qualquer outro dado – o grau de deterioração a que chegara a economia do país). Debruçar-nos agora a comentar mais em profundidade estes resultados, ou a compará-los com as médias europeias, parece-nos uma dissertação algo académica, uma vez que foi por causa de uma situação económica que estes dados estatísticos comprovam de forma eloquente, que Portugal se viu confrontado com a necessidade de dever acometer nas mãos das entidades comunitárias, a possível saída deste estado de incumprimento (tal como nada adiantaria lembrar que as razões que tornavam inelutável este pedido de ajuda eram de toda evidência muito antes da altura em que foi invocado). 4 2. A balança comercial e as trocas com Itália O comércio externo português, em 2011, conseguiu inverter a tendência que o caracterizara ao longo de décadas, seja nas entradas como nas saídas: de facto, enquanto as primeiras ficaram quase ao mesmo nível do ano anterior (averbando um modesto +2,7 % - dados até Novembro), as exportações cresceram a um ritmo que permitiu ultrapassar o incremento de 2010, que já por si representara uma “performance” invulgar (+16,1% face ao +15,7% do ano anterior). Estes dados encontram, no entanto, uma explicação que nos parece linear, por se enquadrar dentro do andamento que conotou a área geoeconómica na qual o país está incluído. Por outras palavras, o sustentado crescimento das exportações resultou do afincado e bem sucedido esforço no sentido de orientar a produção cada vez mais para o estrangeiro, ao passo que a estagnação das importações foi o reflexo da redução de actividade económica em geral, com maior acentuação no que diz respeito aos consumos. E em virtude destes resultados também a taxa de cobertura (das importações por meio das exportações) averbou um resultado de todo desusado, ao ultrapassar a fasquia de 70% (73,3% em face de 64,8% de 2010). Sendo estas as notas positivas, num ano cheio de dificuldades que não pouparam também os outros países da união europeia, seria parcial e incompleto sonegar as consequências que, mesmo num exercício positivo, acarreta o acentuado, crónico desequilíbrio das trocas, em desfavor das saídas; e apesar do montante do défice ter ficado muito abaixo de 2010 (-4 mil milhões de euros) não é menos verdade que este défice (14,2 mil milhões de euros) continua a ser um pesado fardo que cai em cima das enfraquecidas contas públicas portuguesas. E as perspectivas para 2012, como reflexo de uma situação consensualmente ainda em sofrimento, não se apresentam difíceis de antever, pelo menos no que diz respeito às importações. Com o auspício que a crise não faça “estragos maiores”, seria fruto de um optimismo sem fundamento prever uma reanimação da procura interna e dos consumos, e por conseguinte um aumento das importações. Portanto, ao prognosticar uma estagnação, ou até uma ulterior redução destas, resta saber se, e em que medida, será possível conseguir um aumento das exportações. Trata-se, a nosso ver, de uma tarefa nada fácil, tendo em conta a peculiaridade da balança comercial portuguesa, orientada preponderantemente – como é notório – para dentro do espaço comunitário (estas trocas representam aproximadamente 75% do total nas saídas e pouco menos nas entradas). E se, em princípio, seria desejável uma atenuação desse desequilíbrio, ainda mais o é numa conjuntura em que este espaço, quase 5 doméstico, apresenta aqui e ali problemas semelhantes aos que tem de enfrentar Portugal. Vender fora de Europa, sobretudo nas regiões do globo menos atingidas por esta crise, requer provavelmente uma atitude diferente, uma aproximação mais estruturada e um empenho mais duradouro, mas é nessa direcção que devem ser encaminhadas as energias exportadoras (e de resto, é nesse sentido que as entidades públicas de apoio e de orientação estão a envidar esforços e fornecer suportes). E com uma advertência: a competitividade dos produtos joga-se também no terreno da tecnologia e da inovação, e Portugal deve aumentar a percentagem de produtos que incorporam novas tecnologias mais do que – de algum tempo para cá – está a fazer. Ao introduzir agora uma sintética referência aos dados estatísticos do ano (distribuição territorial e tipologia dos produtos) é de realçar, sob o primeiro aspecto, que Espanha confirma-se, com cada vez maior preponderância, como o principal parceiro: o país vizinho compra uma fatia equivalente a uma quarta parte do que Portugal coloca no estrangeiro e vendelhe quase um terço do que vem de fora (estas percentagens, limitadamente ao comércio intra-UE, sobem até 34% no caso das exportações portuguesas e 43% nas importações). Posições estáveis nos lugares seguintes: Alemanha, França e Angola nas saídas, ao passo que nas entradas Itália mantém estável o quarto lugar. E com alusão ao que dissemos a respeito da excessiva predominância do comércio intra-UE, a situação torna-se ainda mais sensível (e vulnerável) ao ter em conta que a proporção preenchida pelos três primeiros parceiros representa mais de 50% de todo o comércio externo português, em ambas as direcções (a nível comunitário essas percentagens sobem para perto de 70% deste subtotal). E antes de acabar com a panorâmica geográfica, não se pode omitir uma referência às desequilibradas relações comerciais luso-brasileiras, cuja explicação nos escapa: as mercadorias exportadas para a ex-colónia (542 milhões de euros) representam apenas 40% das que entram (1.345 milhões de euros). No que respeita a tipologia de produtos, não houve alterações de vulto a um quadro desde há muito consolidado: nas exportações veículos automóveis e outro material de transporte, juntamente com equipamentos, máquinas e suas partes preenchem quase metade do total e cresceram mais que a média geral, ao passo que nas importações as variações merecedoras de realce se verificaram, em diminuição, nos veículos (-8% frente a 2010) e, em aumento, nos combustíveis e lubrificantes (+23,6%). Sempre deficitária a balança agroalimentar, com exportações pouco acima de metade (54,4 %) do que se importa. Por fim, uma referência específica às relações comerciais entre Portugal e Itália que, mantendo-se estáveis e consolidadas, não sugerem todavia comentários de especial realce. Olhando em detalhe os dados, verifica-se que neste caso o andamento das trocas não respeitou a tendência geral, isto é, as 6 exportações para Itália aumentaram mas ficando abaixo da média geral (+11,7%, quase 5 pontos a menos do incremento global), enquanto as mercadorias procedentes de Itália até diminuíram, contrariando a tendência global (-4,1% em face do referido +2,7% geral). A conjugação destes resultados fez com que a taxa de cobertura tivesse conseguido uma ligeira melhoria, mantendo-se todavia ainda muito desequilibrada, com pendor favorável a Itália (em percentagem a taxa subiu de 43% de 2010 para 50,5%, isto é, o valor das exportações compensa apenas a metade do que se importa). Em números, estes valores somaram, em saída, 1.426 milhões de euros, com uma incidência sobre o total igual a 3,6% (a mesma percentagem de 2010), ao passo que o montante em entrada foi de 2.849 milhões de euros e se traduziu numa quota de mercado de 5,3% (com uma redução, em comparação com o exercício anterior, de 0,3% pontos percentuais). Sendo este intercâmbio, na óptica de Itália, bastante satisfatório, é-o menos, evidentemente, na de Portugal; só que a alteração desta tendência exigiria imprimir às exportações dirigidas para Itália um impulso, uma dinâmica mais agressiva e descomplexada (este termo é uma transparente alusão a uma nossa opinião, várias vezes referida e difusamente comentada em anteriores relatórios e que achamos agora preferível omitir). Mas é notório que, neste momento, o mercado italiano não se encontra na lista dos países seleccionados (com inevitável parcimónia) como prioritários, alvo de uma conjugação de esforços por parte das estruturas públicas e privadas “export oriented”. E para concluir, uma citação pormenorizada que diga respeito à tipologia de produtos não representa uma omissão involuntária, mas obedece apenas à oportunidade de não bisar dados e informações que não diferem em nada daqueles dos anos mais recentes. 7 SEGUNDA PARTE 8 1. A Balança comercial portuguesa Período: Janeiro/Dezembro 2011 (dados provisórios). Valores: 106 €uro, CIF para as importações e FOB para as exportações. Fonte: I.N.E. – Instituto Nacional de Estatística – Portugal. TOTAL PAÍS Total Importações C.I.F. 2010 Janeiro-Dezembro 57.053 2011 Janeiro-Dezembro 57.616 Diferença % 1,0 Exportações F.O.B. 36.762 42.367 15,2 Saldo Taxa de cobertura (%) -20.291 64,4 -15.249 73,5 24,85 A balança intracomunitária Importações C.I.F. Total dos quais de: Espanha Alemanha França Itália Holanda Reino Unido Bélgica Suécia Irlanda Polónia Rep. Checa Dinamarca Áustria Hungria Finlândia Grécia Roménia Eslováquia Bulgária Luxemburgo Lituânia Eslovênia Malta Estónia Chipre Letónia 2010 Jan-Dez % 43.205 100,00 17.809 7.913 4.138 3.245 2.932 2.153 1.626 589 548 353 356 315 292 267 159 108 121 108 26 50 27 35 23 9 1 3 41,22 18,06 9,58 7,51 6,79 4,98 3,76 1,36 1,27 0,82 0,82 0,73 0,68 0,62 0,37 0,25 0,28 0,25 0,06 0,12 0,06 0,08 0,05 0,02 0,002 0,007 2011 Jan-Dez % 42.039 100,00 18.209 7.123 3.960 3.082 2.756 1.922 1.512 603 603 388 347 301 286 228 134 124 118 114 79 60 56 38 19 10 4 3 43,31 16,94 9,42 7,33 6,56 4,57 3,60 1,43 1,43 0,92 0,83 0,72 0,68 0,54 0,32 0,29 0,28 0,27 0,19 0,14 0,13 0,09 0,05 0,02 0,01 0,007 Diferença % -2,70 2,25 -9,98 -4,30 -5,02 -6,00 -10,73 -7,01 2,38 10,03 9,92 -2,53 -4,44 -2,05 -14,61 -15,72 14,81 -2,48 5,56 203,8 20,00 107,41 8,57 -17,39 11,11 300,00 0,0 9 Exportações F.O.B. Total dos quais para: Espanha Alemanha França Reino Unido Holanda Itália Bélgica Suécia Polónia Rep. Checa Dinamarca Finlândia Roménia Áustria Grécia Irlanda Hungria Eslováquia Luxemburgo Bulgária Chipre Eslovénia Malta Lituânia Estónia Letónia 2010 Jan-Dez % 27.573 100,00 9.761 4.785 4.338 2.014 1.404 1.394 1.056 374 317 243 259 241 198 206 108 106 106 74 53 63 48 22 17 20 15 9 35,40 17,35 15,73 7,30 5,09 5,06 3,83 1,36 1,15 0,88 0,94 0,87 0,72 0,75 0,39 0,38 0,38 0,27 0,19 0,23 0,17 0,08 0,06 0,07 0,05 0,03 2011 Jan-Dez % 31.379 100,00 10.492 5.757 5.092 2.151 1.664 1.547 1.334 434 404 278 264 245 234 230 132 124 121 84 58 54 35 25 24 22 14 11 33,44 18,35 16,23 6,85 5,30 4,93 4,25 1,38 1,28 0,89 0,84 0,78 0,75 0,73 0,42 0,40 0,39 0,27 0,18 0,17 0,11 0,08 0,08 0,07 0,04 0,03 Diferença % 13,8 7,49 20,31 17,38 6,80 18,52 10,98 26,33 16,04 27,44 14,40 1,93 1,66 18,18 11,65 22,22 16,98 14,15 13,51 9,43 -14,29 -27,08 13,63 41,18 10,00 -6,67 22,22 A balança com os países extra-comunitários Importações C.I.F. Total dos quais de: Nigéria China Brasil Angola Estados Unidos Arábia Saudita Cazaquistão Algéria Rússia Índia Noruega Suíça Japão Azerbaijão Coreia (os primeiros 15 em milhões de Euro) 2010 2011 Jan-Dez % Jan-Dez % 13.849 100,00 15.577 100,00 1.377 1.576 1.046 563 843 527 640 269 413 411 529 370 362 251 247 9,9 11,4 7,6 4,1 6,1 3,8 4,6 1,9 3,0 3,0 3,8 2,7 2,6 1,8 1,8 1.528 1.499 1.459 1.177 1.098 914 853 776 562 467 416 365 340 290 278 9,8 9,6 9,4 7,6 7,1 5,9 5,5 5,0 3,6 3,0 2,7 2,3 2,2 1,9 1,8 Diferença % 12,5 10,97 -4,89 39,48 100,91 30,25 73,43 33,28 188,48 36,08 13,63 -21,36 -1,35 -6,08 15,53 12,55 10 A balança com os países extra-comunitários Exportações F.O.B. Total dos quais para: Angola Estados Unidos Brasil México China Marrocos Suíça Argélia Turquia Cabo Verde Gibraltar Moçambique Canadá Japão Venezuela 2. (os primeiros 15 em milhões de Euro) 2010 2011 Jan-Dez % Jan-Dez % 9.189 100.00 10.988 100.00 1.914 1.326 440 405 235 302 333 214 267 263 206 151 178 127 160 20,8 14,4 4,8 4,4 2,6 3,3 3,6 2,3 2,9 2,9 2,2 1,6 1,9 1,4 1,7 2.336 1.502 585 462 394 387 372 358 306 255 247 217 205 191 152 Diferença % 19,60 21,3 13,7 5,3 4,2 3,6 3,5 3,4 3,3 2,8 2,3 2,3 2,0 1,9 1,7 1,4 22,05 13,27 32,95 14,07 67,66 28,15 11,71 67,29 14,60 -3,04 19,90 43,71 15,17 50,39 -5,00 Intercâmbio comercial Portugal – Itália Período: Janeiro/Dezembro 2011 (dados provisórios). Valores: €uro Fonte: I.N.E. – Instituto Nacional de Estatística – Portugal. Principais produtos italianos importados por Portugal Cap. 84 87 85 72 39 41 30 61 73 62 90 Descrição Reactores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes. Veículos automóveis, tractores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios. Máquinas, aparelhos e material eléctrico e suas partes; aparelhos para a gravação do som ou para a reprodução de imagens e do som em televisão, incluíndo as suas partes e acessórios. Ferro fundido, ferro e aço. Plásticos e sua obras. Peles (excepto as peles com pelos) e couros. Produtos farmacêuticos. Vestuário e seus acessórios, de malha. Manufactos de ferro fundido, ferro e aço. Vestuário e acessórios excepto de malha. Instrumentos de óptica, para fotografia e para cinematografia, de medida, de controlo ou de precisão; instrumentos e Valores 467.691.842 275.391.827 180.018.449 170.493.033 155.280.807 134.839.274 124.842.122 107.506.483 104.796.276 80.649.846 11 94 48 29 64 51 74 83 76 32 52 55 54 19 93 42 18 40 71 38 34 33 60 21 27 09 22 02 70 59 56 aparelhos médico-cirúrgicos; partes e acessórios destes instrumentos. Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões, almofadas e similares; aparelhos para iluminação não especificados nem incluídos noutros capítulos; anúncios, cartazes ou tabuletas e placas indicadoras, anúncios luminosos, e objectos similares; construções pré-fabricadas. Papel e cartão; manufactos de pasta de celulose, de papel ou de cartão. Produtos químicos orgânicos. Calçado, polainas e artefactos semelhantes; suas partes. Lã, pelos finos ou grosseiros; fios e tecidos de crina. Cobre e suas obras. Obras diversas de metais comuns. Alumínio e suas obras. Extractos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados; pigmentos e outras matérias colorantes; tintas e vernizes; mastiques; tintas de escrever. Algodão. Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas. Filamentos sintéticos ou artificiais. Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou de leite; produtos de pastelaria. Armas, munições, suas partes e acessórios. Artefactos de couro ou de pele; artigos de correeiro ou de seleiro; artigos de viagens, malas, bolsas e artefactos semelhantes; obras de tripas. Cacau e suas preparações. Borracha e sua obras. Pérolas naturais ou cultivadas; pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes, metais preciosos, metais folheados ou laminados por metais preciosos suas obras; bijutaria; moedas. Produtos diversos da indústria química. Sabões, agentes orgânicos para superfícies, preparações para lavagens, preparados lubrificantes, ceras artificiais, ceras preparadas, produtos de manutenção e limpeza, velas e artigos semelhantes, massas ou pastas para modelar, “ceras” e composições para dentistas à base de gesso. Óleos essenciais e de resina; produtos de perfumeria e toilette; produtos cosméticos. Tecidos de malha. Preparações alimentícias diversas.. Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; lubrificantes minerais. Café, chá, mate e outras especiarias. Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres. Carnes e miudezas comestíveis. Vidro e seus manufactos. Tecidos impregnados, espalmados, recobertos ou estratificados; artigos de matérias têxteis para uso técnico. Pastas (ouates), feltros e falsos tecidos; fios especiais; cordéis, cordas e cabos; artigos de cordoaria. 75.086.384 74.060.730 69.754.261 66.359.545 64.761.547 51.500.749 39.543.728 39.009.518 38.548.716 38.194.187 36.944.573 36.927.211 35.665.844 35.055.826 29.966.012 28.534.209 28.248.122 28.192.872 27.168.941 27.042.821 24.832.041 23.151.478 20.621.149 18.963.816 18.721.591 17.934.717 17.367.561 15.375.176 15.042.531 14.409.651 12.894.325 12 53 82 50 89 68 95 96 03 45 08 28 69 44 58 23 49 63 04 79 20 06 35 16 65 43 10 25 88 37 15 12 24 91 57 86 Outras fibras naturais; fios de papel e tecidos de fios de papel Ferramentas, artefactos de cutelaria e talheres e suas partes de metais comuns. Seda. Embarcações e estruturas flutuantes. Obras em pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias semelhantes. Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou desporto; suas partes e acessórios. Obras diversas. Peixes e crustáceos; moluscos e outros invertebrados aquáticos Cortiça e artefactos de cortiça. Fruta; cascas de citrinos ou de melões. Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de elementos radioactivos, de metais das terras raras ou de isótopos. Produtos cerâmicos. Madeira, carvão de madeira e obras em madeira. Tecidos especiais. Resíduos das indústrias alimentares; alimentos preparados para animais. Livros, jornais, produtos das indústrias gráficas, textos manuscritos ou dactilografados, planos e plantas. Outros artefactos têxteis confeccionados; sortidos; artefactos de matérias têxteis, calçado, chapéus e artefactos para uso semelhantes, usados; trapos. Leite e lacticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal não especificados nem incluídos noutros capítulos. Zinco e sua obras Preparações de produtos hortícolas ou de legumes, de fruta ou de outras partes de plantas. Plantas vivas e produtos de floricultura. Matérias albuminóides; produtos à base de âmidos ou de féculas modificados; colas; enzimas. Preparações de carnes, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos. Chapéus e artefactos semelhantes; sua partes. Peles com pelo e suas partes; peles com pelos artificiais. Cereais. Sal; enxofre; gesso; cal; cimento. Aeronaves e outros aparelhos aéreos ou espaciais e sua partes. Produtos para fotografia ou para cinematografia. Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas, ceras de origem animal ou vegetal. Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palha e forragem. Tabaco e seus sucedâneos manufacturados. Artigos de relojaria. Tapetes e outros revestimentos para pavimentos de matérias têxteis. Veículos e material para vias férreas ou semelhantes e suas 11.662.038 11.161.923 11.108.339 10.699.231 9.687.061 9.364.583 9.359.670 9.075.720 8.616.123 8.427.861 8.048.524 7.994.058 7.489.754 7.408.554 6.311.449 5.483.155 5.152.300 5.102.797 4.489.763 4.348.716 4.207.564 4.046.169 3.906.195 3.079.339 3.056.258 2.510.770 2.369.902 2.311.079 2.117.486 2.093.243 1.915.311 1.864.754 1.692.882 1.640.876 13 17 31 75 07 67 92 05 11 66 13 81 26 47 97 36 partes; aparelhos mecânicos (incluíndo os electromecânicos) de sinalização para vias de comunicação. Açucar e produtos à base de açucar. Adubos. Níquel e sua obras. Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos comestíveis. Penas e penugens preparadas e suas obras; flores artificiais; obras de cabelos. Instrumentos musicais; partes e acessórios. Outros produtos de origem animal, não especificados nem incluídos noutros capítulos. Produtos da indústria de moagem; malte; amidos e féculas; inulina; gluten de trigo. Guarda-chuvas, sombrinhas, guarda-sóis, bengalas, bengalasassentos, chicotes e suas partes. Gomas, resinas e outros sucos e extractos vegetais. Outros metais comuns e suas obras. Minerais, escórias e cinzas. Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão para reciclar (desperdícios e aparas). Objectos de arte, para colecção ou de antiquidade. Pólvora e explosivos; artigos pirotécnicos; fósforos; substâncias inflamáveis. 1.606.313 1.313.706 1.309.389 1.155.537 1.039.128 893.772 780.605 655.692 609.263 369.143 220.930 175.975 161.381 112.079 111.805 68.857 Principais produtos portugueses exportados para Itália Cap. 87 85 48 84 61 71 45 39 24 55 64 08 03 47 40 Descrizione Veículos automóveis, tractores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios. Máquinas, aparelhos e materiais eléctricos e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução do som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em TV e as suas partes e acessórios. Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão. Reactores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes. Vestuário e seus acessórios, de malha. Pérolas naturais ou cultivadas; pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes, metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos, e suas obras; bijutaria; moedas. Cortiça e artefactos de cortiça. Plásticos e artefactos de plástico. Tabaco. Fibras artificiais ou sintéticas descontínuas. Calçado, polainas e artefactos semelhantes, e suas partes. Fruta; cascas de citrinos e de melões. Peixes e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas de celulose; papel ou cartão para reciclagem. Borracha e suas obras. Valore 154.209.351 146.758.040 120.117.299 103.302.251 101.365.290 85.188.427 76.472.281 68.232.581 55.053.838 53.176.835 49.496.095 34.956.747 34.844.228 29.934.643 29.526.871 14 38 62 63 52 69 44 94 16 73 70 30 90 25 04 74 72 29 21 60 15 32 22 68 06 89 43 56 19 41 05 51 82 54 Produtos diversos da indústria química. Vestuário e acessórios excepto os de malha. Outros artefactos têxteis confeccionados; sortidos; artefactos de matérias têxteis; calçado, chapéus e artefactos de uso semelhante, usados; trapos. Algodão. Produtos cerâmicos. Madeira, carvão de vegetal e obras em madeira. Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões, almofadas e similares; aparelhos de iluminação não especificados nem compreendidos noutros capítulos; anúncios, cartazes ou tabuletas e placas indicadoras, luminosas e artigos semelhantes; construções pré-fabricadas. Preparações de carnes, peixes ou crustáceos, de moluscos e de outros invertebradps aquáticos. Artefactos de ferro fundido, ferro e aço. Vidro e obras em vidro. Produtos farmacêuticos. Instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia ou cinematografia, medida, controlo ou de precisão; instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos; suas partes e acessórios. Sal; enxofre; gesso; cal; cimento. Leite e lacticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal, não especificados nem compreendidos noutros capítulos. Cobre e suas obras. Ferro fundido, ferro e aço. Produtos químicos orgânicos. Preparações alimentícias diversas. Tecidos de malha. Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal. Extractos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados; pigmentos e outras matérias corantes; tintas e vernizes; mástiques; tintas de escrever. Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres. Obras em pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de outros materiais semelhantes. Plantas vivas e produtos de floricultura. Embarcações e estruturas flutuantes. Peles de abafo e suas obras; peles de pelos artificiais. Ouates, feltros e tecidos não tecidos; fios especiais; cordeis, cordas e cabos; artefactos de cordoaria. Preparações à base de cereais, farinhas, âmidos, féculas ou de leite; produtos de pastelaria. Peles (diversas daquelas para peles de abafo) e couro. Outros produtos de origem animal, não especificados nem incluídos noutros capítulos Lã, pelos finos ou grosseiros; fios e tecidos de crina Utensílios, artefactos de cutelaria e talheres e suas partes, em metais comuns. Fios artificiais ou sintéticos. 28.095.563 26.844.071 20.978.146 20.374.494 19.748.767 17.929.929 17.880.085 17.467.104 16.612.438 13.753.033 11.459.132 10.679.788 10.405.593 9.876.257 8.767.417 7.376.131 7.218.334 7.057.593 6.997.065 6.969.245 6.922.713 6.681.121 6.532.771 6.509.673 6.194.512 6.069.268 5.622.884 5.225.573 4.782.018 4.549.654 4.214.694 4.132.916 3.754.083 15 96 58 17 33 57 76 07 12 83 35 20 23 31 65 34 80 59 42 89 95 02 91 27 18 49 53 10 26 14 67 36 Obras diversas. Tecidos especiais; tecidos tufados; rendas; tapeçarias; passamanarias; bordados. Açucar e produtos à base de açucar. Óleos essenciais e de resina; produtos de perfumaria e toilette; preparados cosméticos. Tapetes e outros revestimentos de pavimento, de matérias têxteis. Alumínio e artefactos de alumínio. Produtos horticolas ou legumes, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis. Sementes e frutos oleaginosos; trigo, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palha e forragem. Obras diversas em metais comuns. Substâncias albuminóides; produtos à base de âmidos ou di féculas modificados; colas; enzimas. Preparações de produtos horticolas ou de legumes, de fruta ou de outras partes de plantas. Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares; alimentos preparados para animais. Adubos. Chapéus e artefactos de uso semelhante e suas partes. Sabões, agentes orgânicos de superfície, preparações para lavagem, reparações lubrificantes, ceras artificiais, ceras preparadas, produtos de conservação e limpeza, velas e artigos semelhantes, massas ou pastas para modelar, "ceras" para dentistas e composições para dentistas à base de gesso. Estanho e suas obras. Tecidos impregnados, espalmados, revestidos, ou estratificados; artigos de matérias têxteis para uso técnico. Artefactos de couro ou de pele; objectos de correeiro ou de seleiro; artigos de viagem, malas, bolsas e artigos semelhantes; obras de tripa. Embarcações e estruturas flutuantes. Brinquedos, jogos, objectos para divertimento ou desporto; suas partes e acessórios. Carnes e miudezas comestíveis. Artigos de relojaria. Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias bituminosas; ceras minerais. Cacau e suas preparações. Produtos da editoria, tipográficos ou das outras indústrias gráficas; têxtos manuscriptos ou dactilografados e mapas. Outras fibras têxteis vegetais; fios de papel e tecidos de fios de papel. Cereais. Minerais, escórias e cinzas. Matérias para entrancar e outros produtos de origem vegetal, não especificados nem incluídos noutros capítulos. Plumas e plumagens preparadas e objectos de plumas ou de plumagem; flores artificiais; obras em cabelos. Pólvora e explosivos; artigos pirotécnicos; fosforos; ligas piroforicas; subsâncias inflamáveis. 3.394.029 3.229.324 3.092.727 2.576.932 2.425.865 2.134.237 2.095.215 2.004.983 1.895.163 1.731.464 1.527.937 1.447.770 1.275.759 1.123.573 1.094.965 923.399 882.326 839.586 790.076 711.655 707.113 691.513 400.127 364.053 352.221 348.383 328.268 296.862 195.429 177.564 174.274 16 01 92 66 28 09 13 Animais vivos. Instrumentos musicais; sua partes e acessórios. Guardachuvas (de ou de sol), guarda-sois, bengalas, bengalasassentos, chicotes e suas partes. Produtos químicos inorgánicos; composições inorgánicas ou orgánicas de metais preciosos, de elementos radioactivos, de metais das terras raras ou dei isotopos. Cafè, chã, mate e especiarias. Borrachas, resinas e outros sumos e extractos vegetais. 143.247 123.756 107.969 86.039 58.865 41.712 17 TERCEIRA PARTE 18 Actividade da Câmara Comentário ao balanço do exercício de 2011 O balanço do exercício de 2011 encerrou com um saldo activo de Euros 590,07, que consideramos bastante positivo, tendo em conta a ulterior diminuição do co-financiamento ministerial, que passou de Euros 45.108,24, concedido em 2010, para Euros 35.759,78, com uma diminuição de mais de 20%, e ao menor montante das quotas associativas: Euros 53.975,00 contra Euros 58.525,85, cobrados no ano anterior. O equilíbrio das contas foi conseguido – no capítulo das receitas – em virtude do financiamento que a UNIONCAMERE nos atribuiu para o projecto “Os Restaurantes Italianos no Mundo”, do extraordinário aumento da receita obtida pelos serviços prestados no sector das feiras (de € 4.039,23 em 2010 para € 27.076,46 em 2011, com um aumento de quase 700%) e pelo maior volume da Formação Profissional, que registou um aumento de mais de 35% (€ 308.215,63 contra € 221.269,09). Estas receitas compensaram o menor montante dos cursos de língua italiana devido à diminuição das inscrições por causa da crise que o país atravessa, e ao fecho do escritório do ICE em Lisboa, que contribuía ao pagamento do aluguer dos locais situados no sexto andar. No capítulo das despesas, registamos uma diminuição dos encargos respeitantes ao pessoal (€ 185.882,51 contra € 210.796,33) consequente à eliminação, no âmbito da legislação portuguesa em vigor, do fundo de liquidação do pessoal, e a um menor montante das despesas gerais na ordem de quase 20%, em virtude da redução das despesas telefónicas, conseguida mediante a estipulação de contratos mais favoráveis e à denúncia do contrato de aluguer do 6º andar da sede de Lisboa. No âmbito da situação patrimonial, assinalamos a cessão de créditos litigiosos, efectuada sem qualquer perda de valor, bem como a liquidação do fundo para a liquidação do pessoal, que permitiram reduzir o passivo acumulado de € 300.229,12 para € 116,216,16. Informamos também que no intuito de se reduzir progressivamente o débito bancário, a Direcção da Câmara elaborou um plano que deverá levar à sua total extinção no prazo de 6 anos. Movimento associativo Em 2011, sempre por causa da crise, registámos mais uma diminuição do número dos sócios em regra com o pagamento das quotas, que passou de 298 em 2010 para 280 em 2011. Por outro lado, a situação económica do país não permite prever – pelo menos nos próximos 2/3 anos – uma recuperação significativa do número de sócios. Assistência às empresas Este capítulo é dedicado à generalidade dos serviços de assistência e consultoria que a Câmara põe ao dispor das empresas, quer italianas, quer 19 portuguesas, sócias e não sócias, para promover, manter e incrementar relações de negócios e de investimentos em ambos os países, bem como para intermediar eventuais litígios. Sendo a Câmara certificada com o ISO 9001:2008, todos os serviços oferecidos às empresas são estruturados de acordo com os procedimentos indicados no Manual da Qualidade. Os serviços são geridos por quatro funcionários responsáveis: três junto da sede em Lisboa e um junto da Delegação no Porto, com o suporte, em conformidade às exigências de trabalho, do restante pessoal da Câmara. Ao Secretário Geral compete a coordenação e a supervisão da generalidade dos serviços, assumindo directamente a consultadoria jurídica e fiscal. Em 2011, assistimos cerca de 300 operadores italianos e 180 portugueses, conforme resulta da correspondência trocada, em 90% através de e-mails. Os serviços são classificados em duas categorias: Assistência e consultadoria de base à PME, que inclui: Identificação de possíveis partners: apesar das facilidades de acesso às informações fruíveis através da consulta dos vários sitos presentes no mundo INTERNET, continuam a chegar à Câmara pedidos de indicação de produtores, importadores, exportadores e distribuidores de ambos os países: 112 pedidos no total. Cumprindo os procedimentos previstos no já referido Manual da Qualidade, cada pedido foi previamente analisado para se identificar com a maior precisão os objectivos do interessado. As selecções dos nominativos fornecidos foram efectuadas mediante o recurso às fontes mais qualificadas e fiáveis no âmbito dos sectores merceológicos envolvidos, utilizando data base quer internos quer externos. Os indicadores médios de medição da costumer satisfaction situaram-se entre o 4 e o 5 (bom, óptimo). Informações de natureza fiscal, legal/contratual e administrativa: em 2011 respondemos a 31 pedidos de informações comerciais, das quais 27 vindos de Itália e respeitantes a empresas portuguesas e 4 de Portugal, respeitantes a empresas italianas. As informações fornecidas incluem as certidões extraídas dos registos das empresas mantidos junto das Câmara de Comércio, Indústria, Artesanato e Agricultura em Itália, conseguidas via INFOCAMERE em tempo real, e as certidões equivalentes obtidas junto das Conservatórias do Registo Comercial existentes em Portugal, bem como os balanços e contas e a indicação de eventuais processos judiciais referentes às empresas em causa. Traduções, interpretação e outros serviços de secretaria: os pedidos de traduções a pagamento de italiano para português e de português para italiano, registaram uma diminuição, conforme é possível verificar pelas respectivas receitas: € 9.262,63 contra € 14.381,43 em 2010. Tal deve-se à existência no mercado de tradutores não qualificados que, praticando custos mínimos, constituem uma concorrência desleal que tira partido da crise. Relativamente aos outros serviços, não se verificaram diferenças que mereçam destaque em relação ao ano anterior. Aluguer de espaços: o montante inscrito no balanço corresponde à contribuição do escritório do ICE em Lisboa, para a cedência de 3 salas junto da nossa sede, além de uma domiciliação adquirida no decorrer do ano. O fecho do escritório do ICE, que se verificou no terceiro trimestre do ano, 20 provocou, naturalmente, uma diminuição da referida receita que nos levou a denunciar o contrato de aluguer dos locais situados no sexto andar da nossa sede, com efeitos a partir do mês de Outubro de 2011. Assistência e consultadoria avançada às PME: Recuperação de créditos: os serviços prestados pela Câmara neste sector consistem nas intervenções para recuperação de créditos por parte de empresas dos dois países. No âmbito dos créditos em contencioso, recebemos 8 pedidos de intervenção, dos quais um ainda em fase de tentativa de composição amigável e 5 concluídos positivamente; relativamente às restantes, considerando o êxito negativo dos nossos contactos, foram indicados os nominativos de escritórios de advogados de confiança, quer na Itália quer em Portugal. No âmbito das recuperações do IVA, este serviço cessou de existir a partir de 1 de Janeiro de 2010, data a partir da qual as empresas europeias devem dirigir-se às suas próprias autoridades fiscais para obter o reembolso do IVA pago no estrangeiro; o montante em balanço referese à conclusão de um processo iniciado no fim do ano de 2009. Consultadorias jurídica e fiscal: em 2011 tratámos de 60 pedidos vindo da Itália de informações para iniciar actividades comerciais, industriais e de restauração em Portugal e dois pedidos portugueses para a abertura de uma representação estável na Itália. GLOBUS: em 2011 recebemos mais de 1300 e-mail, também por causa do encerramento do escritório do ICE. Relativamente à maior percentagem dos pedidos, de natureza mais simples (endereços de empresas, instituições, telefones, sitos web, nominativos de representantes de marcas, etc.) foi possível responder em termos de replay do sender: os outros foram satisfeitos no âmbito dos serviço acima descritos. EX-TENDER: no mês de Maio de 2008, na sequência de um pedido chegado à Embaixada da Itália por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi implementado um serviço de indicação diária dos concursos públicos que se realizam em Portugal, inserindo os relativos anúncios no Banco Dados EXTENDER. Este serviço é efectuado pelos Serviços Comerciais da Embaixada da Itália, pelo escritório do ICE em Madrid e pela nossa Câmara de Comércio em regime de alternância semanal. No ano de 2011 da nossa parte foram publicados 58 anúncios de concursos e empreitadas. Publicações da Câmera e web-site Em 2011 editámos as seguintes publicações: “A Câmara ... informa”: trata-se de uma news letter em língua portuguesa com frequência trimestral. Os conteúdos variam desde comentários sobre a conjuntura à análise de acontecimentos com reflexos importantes na economia quer dos dois países quer a nível mundial, desde as estatísticas do comércio externo da Itália e de Portugal àquelas respeitante às trocas bilaterais, assinalando também as iniciativas dignas de relevo respeitantes a empresas quer italianas quer portuguesas, além da divulgação da actividade 21 da Câmara e das iniciativas a realizar. As últimas páginas são dedicadas à transcrição das Oportunidades de Negócios com validade prolongada no tempo. A news letter tem uma tiragem de 600 exemplares dos quais 400 destinados aos sócios e suas representações e 200 às principais associações empresariais , a entidades públicas e privadas e à imprensa especializada. No intuito de se limitarem as despesas de impressão e distribuição, foi decidido que a partir de 2012 a news letter tornar-se-á electrónica e será distribuída via e-mail, imprimindo-se só algumas cópias colocadas ao dispor do público e dos poucos sócios que ainda não dispõem de ligação de correio electrónico. “Opportunità d’Affari “ e “Oportunidades de Negócios”: consistem em duas circulares bimestrais, a primeira em língua italiana e a segunda em língua portuguesa, distribuídas respectivamente em Itália e em Portugal. Estas circulares reportam os pedidos e as ofertas de bens e serviços, de colaboração industrial, de joint ventures, de franchising, venda ou procura de imóveis industriais, e outros, recebidos de empresas dos dois países. As tiragens são de 400 exemplares para a circular destinada à Itália, dos quais 80 para os sócios italianos e suas representações, 140 para as CCIAA e suas Agências Especiais e 180 para os Consórcios Export e principais associações empresariais. A circular destinada a Portugal é difundida via e-mail aos associados e às principais associações empresariais portuguesas (mais de 500 endereços electrónicos) e reproduzida no web site da Câmara. “Relatório anual do Presidente sobre a actividade desenvolvida pela Câmara em 2010”: o Relatório do Presidente sobre a actividade desenvolvida pela Câmara em 2010, redigido quer em língua italiana quer em língua portuguesa, subdivide-se, de forma habitual, em três partes: a primeira é constituída por uma análise da situação económica de Portugal e dos dados macro-económicos disponíveis, seguido por comentários sobre as relações e as trocas com a Itália. A segunda parte concerne os dados sobre a balança comercial portuguesa, com a indicação dos principais produtos do import e do export, bem como as trocas com a Itália. A terceira parte é constituída pelo relatório da actividade que a Câmara desenvolveu durante o ano em causa. As páginas dedicadas à análise da situação económica portuguesa e as relações com a Itália, mereceram sempre a atenção de personalidades do mundo económico, social e político e da imprensa especializada por meio de citações e reproduções de enxertos. A tiragem do Relatório é de 1000 exemplares, dos quais 600 em língua portuguesa (300 para os sócios, 100 para a imprensa diária e revistas especializadas, 100 para personalidades do mundo político e económico e 100 para as associações empresariais) e 400 em língua italiana (80 para as empresas associadas e suas representações, 140 para as CCIAA e suas Agências Especiais, 50 para os Consórcios Export, 75 para as Câmaras de Comércio Italianas no Estrangeiro e os restantes para entidades e instituições italianas). Website www.ccitalia.pt: trata-se do web site da Câmara que exige uma actualização constante, efectuada por pessoal da Câmara, ao passo que o alojamento e o registo do domínio (renovado anualmente) é confiado a uma sociedade independente. No âmbito do projecto “Restaurantes Italianos no Mundo” foi inserida no sito uma nova rubrica destinada a fornecer 22 informações sobre produtos eno-alimentares italianos DOC, dirigida quee ao grande público quer ao sector HORECA (Hoteis, Restaurantes, Cafés). Formação Ensino da língua italiana: os cursos de língua italiana que a Câmara realiza junto da Delegação no Porto, destinam-se a transmitir um bom conhecimento da língua falada e escrita, utilizando metodologias actualizadas e suportes didácticos funcionais. 40% dos inscritos nos cursos é constituído por funcionários de empresas que mantêm relações com a Itália e de agências de viagem, 20% por técnicos e pesquisadores para fins profissionais, 30% por estudantes para a preparação a cursos de estudo a frequentar na Itália – nomeadamente os incluídos nos programas ERASMUS – e o restante para fins fundamentalmente culturais. O programa didáctico prevê nove níveis progressivos, com a duração de três meses cada, que se realizam em três períodos do ano: Janeiro/Março, Abril/Junho e Outubro/Dezembro. O horário é post laboral no intuito de permitir a frequência de estudantes e trabalhadores e subdivide-se em dois turnos o primeiro das 17:30h à 19:00h e o segundo das 19:00h às 20:30h, todos os dias da semana exceptuando a quarta-feira e os festivos. Em 2011 realizámos três cursos intensivos, de um mês cada: 2 no mês de Julho e 1 no mês de Setembro. O ex-leitor de língua e literatura italiana junto da Faculdade de Letras da Universidade Estatal de Porto assegura a orientação didáctica. A todos os inscritos é entregue um certificado de frequência, ao passo que a partir da passagem do terceiro nível é atribuído um Diploma, reconhecido nos ambientes locais como título de qualificação no curriculum dos candidatos a um emprego junto de empresas que mantêm relações com a Itália e como guias turísticos. Em 2011 registámos 204 inscrições, com uma diminuição relativamente ao ano anterior por causa da grave crise que o país atravessa. Certificação ISO 9001:2008: a Câmara possui a Certificação ISO 9001:2008 e em cada ano é sujeita a uma visita inspectiva por parte da entidade certificadora, a SGS – Société Generale de Sourveillance. Em 2011 a visita foi particularmente rigorosa por causa da renovação para o triénio 14 de Abril de 2011/13 de Abril de 2013 e envolveu todo o pessoal da Câmara. O resultado foi amplamente positivo, tendo sido denunciadas somente três “não conformidades” leves que foram ultrapassadas aplicando as correspondentes acções correctivas no espaço de uma semana. Consequentemente, a SGS renovou a nossa certificação para o triénio em causa. Formação do pessoal: durante todo o ano prosseguiu a formação interna que incidiu principalmente no âmbito dos serviços de maior valor acrescentado, quais a assistência para o arranque de empresas e o início de actividades comerciais neste país por parte de operadores italianos. Formação profissional: no âmbito da formação profissional financiada pelo Fundo Social Europeu e pelo Governo português, no ano de 2011 realizámos cursos dedicados ao turismo e à organização de eventos em Lisboa, Porto, Viseu e Montemor-o-Novo. Ao mesmo tempo, prosseguimos junto da Delegação no Porto o curso de Ensino em Alternância iniciado em 2010 (estes cursos 23 correspondem aos 3 últimos anos do liceu e o diploma permite o acesso ao ensino superior). Promoção feiras Nos comentários ao balanço, referimos o extraordinário aumento (cerca de 700%) da nossa actividade no sector das feiras. O sucesso deve-se a três factores: em primeiro lugar, à conclusão do contracto de representação de Fiera Verona para Portugal, com a atribuição de um fee anual fixo, além das comissões para a venda de espaços expositivos e às retribuições para a organização e acompanhamento de grupos de buyers; em segundo lugar è intensificação das relações com Fiera Milano e, finalmente, ao início de uma estreita colaboração com a REED EXHIBITIONS (a maior organização mundial no sector das feiras) que ampliou a nossa acçaõ a feiras que se realizam em países diferentes da Itália, como a China, a Russia, etc. Neste contexto, em 2011 realizamos as seguintes actividades: FIERA MILANO MACEF PRIMAVERA: 27-30 de Janeiro. A Secretaria Operativa da feira encarregou-nos de convidar 14 buyers portugueses (representantes, importadores, distribuidores) que foram assistidos in loco pelo nosso pessoal durante os encontros havidos com as empresas italianas presentes como expositores. Foram realizados cerca de 80 encontros, sem contar com aqueles realizados fora do âmbito da feira, mediante convites ao operadores portugueses em visitar as sede de empresas italianas. TUTTOFOOD: 8-11 de Maio. Organizámos um grupo de 3 importadores/ /distribuidores portugueses do sector agro-alimentar, que realizaram 26 encontros com produtores italianos. HOST 2011: 21-25 de Outubro. Para esta feira – uma das mais importantes que se realizam na Europa para o sector dos equipamentos para a hospitalidade (hotéis, restaurantes, catering, comunidades, refeitórios, pastelarias, cafés, etc.) – organizámos um grupo de 7 buyers que tiveram mais de 30 encontros com empresas italianas. A feira renovou o contrato para a próxima edição, prevendo um maior número de convidados. FIERA DI VERONA VINITALY: 8-12 de Abril. Fomos incumbidos de seleccionar e convidar 4 buyers qualificados como importadores e distribuidores de vinhos italianos, acompanhados e assistidos nos encontros pela nossa responsável da actividade das feiras. Lembramos que, apesar de Portugal ser produtor e exportador de vinhos de qualidade, as importações de vinhos italianos nos últimos anos registaram aumentos sensíveis graças, acima de tudo, às iniciativas de alguns importadores. MARMOMACCHINE: 21 – 24 de Setembro. O nosso compromisso consistia na selecção de 2 buyers portugueses interessados em se encontrarem com produtores de máquinas e equipamento para a extração e laboração de 24 mármore e granito, bem como na venda de espaço a expositores portugueses que ultrapassou todas as expectativas, totalizando 851 metros quadrados. REED EXHIBITIONS Moscovo (Rússia) – AQUATHERM: 8-11 de Fevereiro. Fomos incumbidos da venda de espaços expositivos e, apesar dos prazos reduzidos decorrentes da conclusão do contrato, conseguimos individuar um expositor que adquiriu um espaço de 24 metros quadrados. Milão – EXPOCOMFORT: 27-30 de Março. Esta feira, apesar de se realizar nos recintos da Feira de Milão, é organizada pela REED. Registámos um expositor com um stand de 16 metros quadrados. Guangzhou (China) - ASIA GOLF SHOW 2011: 20-22 de Outubro. Também para esta feira conseguimos um expositor português que adquiriu um espaço de 9 metros quadrados. Participação em feiras portuguesas. Lisboa – SEGUREX: 16-19 de Março. Esta feira, que se realiza no recinto da Feira Internacional de Lisboa, tem como tema os equipamentos e os materiais para a segurança, cobrindo todos os sectores conexos, incluindo a protecção civil. A Câmara esteve presente com duas finalidades: uma que é aquela de prestar assistência aos expositores italianos presentes quer directamente quer através de representantes locais, e a outra que consiste em divulgar junto dos expositores portugueses as manifestações análogas que se realizam na Itália. A feira realizou-se com uma participação de expositores levemente inferior à prevista, por causa da crise. De qualquer modo, realizamos 31 contactos com empresas portuguesas interessadas no mercado italiano quer como fornecedores quer como compradores. Lisboa – TEKTONICA: 3-7 de Maio. Esta feira representa o evento mais importante para todos os sectores que envolvem a construção civil e as obras públicas: máquinas, equipamento e materiais. Estivemos presentes com um stand de 9 metros quadrados com as mesmas finalidades referidas a respeito da feira SEGUREX: assistir as empresas italianas presentes e promover junto dos expositores portugueses as manifestação análogas que se realizam na Itália. Assistimos 41 empresas portuguesas fornecendo informações e indicações a respeito de produtos e tecnologias italianas principalmente no âmbito da política ambiental e da poupança de energia em edifícios, desfrutando dos conhecimentos que adquirimos com a actividade desenvolvida nos projectos de rede realizados nos anos anteriores. Projecto “Restaurantes Italianos no Mundo” Desde finais do mês de Março de 2011, altura em que a Câmara entrou como partner no projecto “Restaurantes Italianos no Mundo”, organizado e financiado pela UNIONCAMERE, encontra-se activo o desk informativo dedicado não só à divulgação e ao suporte necessário ao desenvolvimento do projecto, mas também à promoção da cultura gastronómica italiana e dos seus produtos. 25 As primeiras actividades desenvolvidas pelo desk, respeitaram essencialmente à recolha e organização das informações que deveriam ser transmitidas aos destinatários desta iniciativa, os restaurantes italianos em Portugal, interessados a ser reconhecidos como tais pelas instituições italianas promotoras do projecto. Sucessivamente, foi elaborado um data base de restaurantes italianos e com denominação italiana presentes nas zonas Norte (Porto), Centro (Lisboa) e Sul (Faro e Região Algarve). A todos foi enviada uma comunicação via e-mail contendo um questionário, no intuito de se elaborar uma short-list de restaurantes passíveis de ser candidatos. Ao envio do questionário, seguiu-se um recall telefónico. Na área de Lisboa, junto dos restaurantes considerados “chaves”, a entrega dos questionários foi efectuada pessoalmente, com a finalidade de salientar a importância e qualidade do projecto, mas também se poder avaliar preventivamente a qualidade das estruturas. A reacção foi positiva: só na área de Lisboa as fichas recolhidas e consideradas adequadas ao projecto, foram 13; da Região do Algarve chegaram 6 fichas e da cidade do Porto 5. Contemporaneamente, foi elaborado um data base e uma relativa short list de importadores/distribuidores de produtos italianos, que foram sucessivamente contactados no intuito de se verificarem os pontos de força e as criticidades dos produtos alimentares italianos no mercado português. Dos contactos havidos, resultou que os produtos alimentares e o vinho italianos gozam de uma óptima imagem e de uma boa distribuição junto dos restaurantes italianos, embora em medida menor para o que diz respeito aos queijos e ao azeite, devido à forte concorrência dos produtos locais além disso, não são considerados elementos essenciais para os restaurantes italianos. Mailing e difusão de iniciativas no âmbito do projecto: - Abril 2011: publicação no sito da Câmara (www.ccitalia.pt) da notícia respeitante à adesão à iniciativa e criação do desk informativo; - Abril 2011: envio da notícia de adesão ao projecto a operadores do sector, restaurantes, imprensa em geral e especializada em gastronomia, grande distribuição e turismo; - Abril 2011: envio do questionário aos restaurantes italianos; - Junho 2011: difusão do vídeo institucional aos contactos do data base antes referido e publicação no sito da Câmara; - Setembro 2011: difusão junto dos contactos do data base antes referido da realização do evento promocional junto da Embaixada de Itália em Lisboa. Apresentação do projecto junto da Embaixada de Itália em Lisboa No dia 27 de Outubro de 2011, realizou-se, junto da Embaixada de Itália em Lisboa uma apresentação do projecto “Restaurantes Italianos no Mundo”, com a presença de titulares de restaurantes, importadores e distribuidores, imprensa do sector agro-alimentar e geral. A apresentação do projecto foi introduzida pelo novo Embaixador, Dr. Renato Varriale, que se demonstrou, desde o início, muito sensível à iniciativa, e pelo Presidente da nossa Câmara, Dr. Filippo Montera. Os conteúdos da iniciativa foram divulgados mediante a projecção de um power point, seguido pelo spot “Qualidade Italiana - R.I.M.”. O evento concluiu-se com algumas declarações do Embaixador a suporte do projecto, e de um cocktail inspirado na gastronomia italiana. 26 Actividades previstas em 2012 no âmbito do projecto Prevê-se no mês de Janeiro o início da fase de controlo dos requisitos dos restaurantes que compilaram a ficha de adesão. Prevê-se também, para o mês de Abril, a realização de uma cerimónia junto da Embaixada de Itália em Lisboa, no decorrer da qual serão entregues os certificados e as placas aos restaurantes que obtiveram a certificação de qualidade. Na cerimónia participarão, além dos titulares dos restaurantes premiados, opinion leaders, a imprensa generalista, aquela dos sectores agroalimentar e turísticas, além de personalidades portuguesas do mundo da gastronomia. Antes do buffet serão dedicados alguns momentos à imprensa a fim de se garantir uma adequada visibilidade ao projecto e aos restaurantes certificados. Actividade do Observatório para a promoção do turismo com destino a Itália A Itália continua a gozar de uma boa imagem junto da imprensa em geral e aquela do sector turístico, apesar de no decorrer de 2011 tenha sido realizada uma ampla cobertura mediática a respeito do caso “Rubygate”, com a publicação – sobretudo nos meses de Fevereiro a Abril – de numerosos artigos, quer em matéria de política externa quer em matéria de gossip. Regista-se no entanto, por parte da imprensa sectorial, a divulgação pontual de todas as notícias respeitantes à abertura de novas estruturas hoteleiras na Itália (Meliá Genova, Kalidria&Talasso SPA Resort, etc.), as numerosas e recentes aberturas de novas rotas de e para a Itália (Bologna, Torino, Venezia e Roma), a entrada em vigor de taxas turísticas (Florença, Veneza) e outras mais genéricas como a cessão de Alpitur. Foi dada também ampla cobertura ao sector dos cruzeiros, com numerosas referências à Itália e à sua posição de leadership neste campo (1º International Cruise Summit). À semelhença dos anos anteriores, nota-se uma sempre maior presença da Itália em revistas de viagens destinadas ao grande público, com um aumento de interesse para alguns produtos que no mercado português podem ser considerados como de “nicho”, como o produto “neve”, e para as numerosas pequenas cidades de arte, também graças à constante actividade de divulgação deste Observatório e aos suportes redacionais fornecidos. Apesar do crescente interesse para produtos de “nicho” e localidades “menores”, a imprensa em geral continua a associar a Itália ao seu património artístico e às principais cidades de arte. São também pontualmente referidos os resultados de numerosos prémios internacionais do sector, bem como os resultados de importantes estudos e inquéritos, que colcoam Itália em lugar destacado. Entre estes, referimos: Globe Shopper City Index; Great Hotels of the World; Ucityguides; Lonely Planet’s Top 10 City Breacks With Kids. No mês de Julho, a imprensa especializada publicou os resultados de um inquérito de Hotels.com que conclui classificando a Itália como o destino preferido para as férias dos portugueses. Assinala-se também a divulgação, junto da imprensa do sector, dos World Travel Awards que distinguiram a Itália como top em diversas categorias. 27 Breve descrição das principais actividades Actividades dirigidas ao grande público Contactos com o público (junto do escritório, nas manifestações, através do web e das campanhas publicitárias, através de direct mailing) Material informativo distribuído Posters, foto e audiovisuais distribuídos Montras decoradas Comunicação e P.R. Conferências de imprensa Entrevistas Press release redigidos Newsletter redigidas P.R. (jornalistas, operadores e opinion leader encontrados) Jornalistas estrangeiros assistidos Fam trip realizados Suporte à comercialização Seminários e workshop (na Itália e no estrangeiro) Operadores envolvidos em seminários e workshop Iniciativas ad hoc (apresentações, eventos, soirées, festivais, outras) Operadores envolvidos em acções de co-marketing Educational tour para T.O. e AdV Estudos e pesquisas Análises de mercado Catálogos Itália analisados 23.500 16.110 2.397 18 0 3 6 3 998 102 4 5 5 18 0 1 11 19 As acções desenvolvidas no mercado português para a promoção do destino Itália foram numerosas e em níveis diferentes, partindo da assistência directa nos nossos locais para o grande público, até à quotidiana assistência a tour operators, agentes de viagem e imprensa, bem como a divulgação, através de news letter e comunicados, de tudo o que se considerou relevante para uma eficaz promoção do país. Entre as actividades que tiveram mair relevo, assinalamos a assistência, organizacional e redaccional, prestada nos meses de Julho e Agosto à redação de “UP”, a revista de bordo da Companhia de bandeira TAP – Air Portugal, para a realização de um dossier inteiramente dedicado à Toscana, distribuído gratuitamente a todos os passageiros da TAP no mês de Outubro de 2011. “UP” tem uma tiragem de 60.000 exemplares e é ditada em duas línguas: português e inglês. Os leitores são principalmente portugueses e brasileiros, sendo a TAP a companhia aérea com o maior número de ligações entre a Europa e o Brasil. Salienta-se que quer a revista UP quer a TAP receberam importantes reconhecimentos, como o de “melhor revista in-flight em 2009”, conferido pela UCITYGUIDES e o de “melhor companhia aérea europeia”, conferido pela revista GLOBAL TRAVELER em 2011. 28 Assinala-se também o prosseguimento no mês de Janeiro da campanha promocional realizada junto da mais importante cadeia de cinemas, Zon Lusomundo, que efectuou a projecção em 213 écrans do país do spot “Itália Much More”, da duração de 30 segundos. Salienta-se enfim a participação deste Observatório nas acções de formação realizadas pelo operador Club1840/Abreu para os responsáveis da sua rede de agências de viagem, sublinhando a importância de que se reveste quer o operador quer a sua rede de agências no mercado português. Descrição Actividade/Iniciativa Fam trip para a revista Fugas para a realização de um artigo sobre Grosseto Fam trip para a revista UP para a realização de um dossier sobre a Toscana Fam trip para a revista Fugas para a realização de um artigo sobre Orvieto e Viterbo Fam trip para a revista Visão Vida e Viagens para um artigo sobre Florença Educational tour por ocasião do Workshop BITM Acções de formação para agentes de viagem em colaboração com o T.O. Abreu em Lisboa e Porto Acções de formação para agentes de viagem em colaboração com o T.O. ACP Viagens Assistência a 3 operadores para a participação a "Bit - Buy Italy" e relativo workshop Assistência para a participação do operador Sporski na feira BITM de Trento e relativo workshop Assistência a 2 operadores para a participação à manifestação “Cem Cidades de Arte" e relativo workshop Assistência ao operador GSVT para a participação na feira virtual VTM Assistência ao grupo ES Viagens (operadores "Mundovip", "TopAtlantico, "Net Viagens") para a realização de catálogos Assistência ao operador GSVT para a participação ao evento "Open Opera" em Roma Assistência redaccional a 6 jornalistas para a realização de artigos/dossier e (Roma gastronómica, dossier sobre a Toscana, etc.) Assistência para a realização e divulgação do evento "Magic Italy in Tour" Apresentação sobre a Itália durante acções de formação de Fiat Portugal Participação com desk informativo no jantar de apresentação do operador Lusanova Assistência ao Município de Vila Nova de Famalicão para a semana sobre Itália Participação com desk informativo durante o ciclo de conferências organizadas pelo Consulado Italiano no Porto Assistência ao grupo Auchan para a realização da feira gastronómica italiana junto de 25 pontos de venda 29 Apresentação junto do operador ACP Viagens Assistência à unidade hoteleira Meliá Porto para a realização da semana gastronómica sobre a Italia Assistência para a realização da exposição sobre a Europa junto do Centro Europeo Jean Monnet Assistência para a realização da manifestação promocional realizada junto do Centro Comercial Colombo pela Embaixada de Italia Apresentação junto do operador Club 1840/ Abreu Actividade da rede das Câmaras de Comércio italianas no estrangeiro Referimos agora as actividades organizadas pela nossa associação, a ASSOCAMERESTERO, e que envolvem todas as CCIEE quer globalmente quer pela sua pertença a uma determinada área geográfica. - “Business Atlas”: anualmente a nossa Associação solicita à CCIE a actualização da ficha respeitante ao país de referência para a publicação BUSINESS ATLAS. A actualização é efectuada através a consulta da documentação mais recente sector dos dados macro económicos, dos acontecimentos que têm relevância na estrutura produtiva, comercial e financeira do país, dos dados sobre o custo dos serviços essenciais e do trabalho dependente, daqueles sobre as trocas comerciais e de qualquer outra notícia útil. Também em 2011 efectuámos a actualização e enviámos a ficha país à Assocamerestero respeitando os prazos previstos. - “Reuniões de área”: o Presidente participou à reunião das CCIE da área Europa, realizada em Monza de 7 a 10 de Abril e, conjuntamente com o Secretário Geral, àquela realizada no mês de Outubro por ocasião da Convention mundial. - “Convention anual das CCIE ”: o Presidente e o Secretário Geral participaram na Convention anual das Câmaras de Comércio italianas no estrangeiro, realizada em Nápoles, de 21 a 26 de Outubro de 2011. - “Meeting dos Secretários Gerais”: o Secretário Geral participou a todas as sessões do meeting organizado pela ASSOCAMERESTERO, que teve lugar em Roma, de 3 a 7 de Julho de 2011. ***** Ao terminar este relatório, desejo expressar, em nome pessoal, do Conselho Directivo e de todos os associados, os mais vivos agradecimentos ao Embaixador de Itália, Dr. Luca del Balzo di Presenzano, e ao responsável dos Serviços Comerciais junto da Embaixada da Itália, Dr. Giovanni Brignone, pela colaboração prestada à nossa Câmara até ao fim dos seus mandatos, e ao Embaixador, Dr. Renato Varriale e ao 1º Secretário para os Assuntos 30 Consulares e Comerciais, pela imediata disponibilidade manifestada em colaborar com a nossa Câmara. Agradeço também o Dr. Emilio Sessa pela presença constante às nossas reuniões e a colaboração prestada às nossas iniciativas. Um agradecimento final aos membros do Conselho, ao Secretário Geral e ao pessoal da Câmara pela sua colaboração que tornou possível a realização da nossa actividade. Lisboa, 31 de Dezembro de 2011. O Presidente (Dr. Filippo Montera) 31
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