relatório viagem ao canadá - Instituto Federal: Roraima
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relatório viagem ao canadá - Instituto Federal: Roraima
GABINETE DA REITORIA VISITA TÉCNICA AO CANADÁ RELATÓRIO DA VISITA TÉCNICA AO CANADÁ REALIZADA PELO PROF. EDVALDO PEREIRA DA SILVA, REITOR DO IFRR, NO PERÍODO DE 05 A 12 DE JUNHO DE 2010, COMO MEMBRO INTEGRANTE DA DELEGAÇÃO BRASILEIRA COMPOSTA POR REITORES DOS INSTITUTOS FEDERAIS Boa Vista, Agosto de 2010 2 I – INTRODUÇÃO No período de 05 a 12 do mês de junho de 2010, a convite da Association of Canadian Community College – ACCC, entidade que representa os Colleges Canadenses, instituições de educação profissional que naquele país funcionam de forma semelhante a dos Institutos Federais no Brasil, esteve no Canadá uma delegação composta por 20 Reitores dos Institutos Federais do Brasil. A viagem, organizada pelo Conselho de Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica – CONIF e com investimento custeado pelas respectivas instituições, tinha como objetivo oportunizar aos reitores dos IFs a participação na Conferência Anual da ACCC, realizada na cidade de Niágara Falls, e a realização de visitas técnicas aos Colleges . Por indicação da ACCC, foram visitados os seguintes Colleges: a) Niágara College, localizado na cidade de Niágara Falls; b) George Brown College, em Toronto, e c) Centennial College, também localizado na cidade de Toronto. Além disso, era objetivo estabelecer um canal de comunicação direto com os Colleges interessados em constituir parcerias com os Institutos brasileiros para fins prioritários de intercâmbio de estudantes e professores. Nesse sentido, este relatório tem por finalidade fazer o registro escrito e fotográfico da viagem realizada pelo Reitor do Instituto Federal de Roraima - IFRR ao Canadá, como membro integrante da delegação brasileira. II – Desenvolvimento 2.1 A viagem Os integrantes da delegação brasileira encontraram-se no aeroporto de São Paulo no dia 04 de junho e saíram do Brasil, às 22h30min, com destino ao Canadá, chegando ao Aeroporto de Toronto, às 07h30min da manhã do dia 05 de junho, onde foram recepcionados e acompanhados durante toda a excursão por dois funcionários da ACCC, o senhor Mehdi Abdelwahab e a senhora Lina Maria Amaya. Delegação de Reitores dos IFs no Aeroporto de Guarulhos-SP, Brasil, antes do embarque para o Canadá. Chegada da Delegação Brasileira ao Aeroporto de Toronto-Ca. Na primeira etapa da viagem o destino era a cidade de Niágara Falls e o deslocamento deu-se em um ônibus contratado pela ACCC. O lado cômico foi que, apesar de a delegação estar em um país de primeiro mundo, após os primeiros quarenta minutos de viagem, o ônibus simplesmente quebrou. E 3 uma viagem em que o percurso é feito em, aproximadamente, duas horas, levou mais de quatro, porque houve a espera do ônibus socorro conseguido pelos acompanhantes por meio de contato com o escritório da ACCC. Reitores dos IFs reunidos à espera de ônibus socorro (da esquerda para a direita Reitores do IFCE, IFBAIANO, IF SUL RIO GRANDENSE, IFGIOANO, IFRR) Em função disso, a delegação brasileira chegou somente na tarde de domingo, dia 05 de junho, à cidade de Niágara, sendo conduzida de forma imediata ao hotel Sheraton, onde seria realizada a conferência anual da ACCC, e que está localizado às margens do rio Niágara, em frente às cataratas. Naquele mesmo dia, ao final da tarde, a ACCC procedeu à abertura oficial do evento e, após, realizou um cocktail de boas vindas aos participantes, no salão de festas do hotel. Hotel Sheraton – Local da Conferência anual da ACCC. 2.2 A Conferência Anual da Association of Canadian Community College 4 A conferência da ACCC ocorreu no período de 06 a 08 de junho, com eventos ao longo de todo o dia, obedecendo a uma intensa programação. Os diversos momentos de participação dos Reitores dos IFs foram registrados no acervo fotográfico exibido abaixo. Delegação de Reitores dos IFs no hall de entrada do evento. Apresentação Cultural na abertura da Conferência da ACCC - cerimônia indígena com instrumentos, vestimentas e canções típicas. Participação da delegação de Reitores dos IFs na conferência da ACCC ( da esquerda para a direita: Reitor do IFAM, IFPI, IFCE, IFSC, IF SUL RIO GRANDENSE, IFRR,IFGOIANO). De acordo com o programa estabelecido, na terça feira foi organizado um almoço de trabalho, ocasião em que a delegação brasileira foi dividida em equipes e cada uma participou de atividades juntamente com representantes de Colleges. Nessa atividade, os representantes apresentavam suas instituições e socializavam o respectivo material de marketing. Em nosso grupo, estavam presentes representantes do Centennial College, instituição que possui larga experiência na área da saúde, os quais demonstraram bastante interesse em constituir parceria para troca de experiências na área. Mesmo tendo dificuldades com a língua inglesa, foi possível estabelecer um elo de comunicação e entendimento. Aliás, um dos aspectos que prejudicou em alguns momentos a participação da maioria dos membros da delegação brasileira, durante a realização da conferência, foi a falta de domínio da 5 língua inglesa, constituindo uma fragilidade e impondo limitações `a interação com os demais participantes, uma vez que a organização do evento disponibilizou equipamento de tradução simultânea, mas somente para a língua francesa. Na quarta feira pela manhã houve a solenidade de encerramento da conferência e no turno da tarde iniciaram-se as visitas técnicas. 2.3 – A Cidade de Niágara Falls A primeira impressão foi a de que a cidade parecia um grande parque de diversões, uma vez que toda a parte central da cidade apresentava-se não só decorada, mas também com um vastíssimo e variado repertório de opções de lazer. Depois, descobriu-se que era o período das férias escolares e, por ser um final de semana, não foi difícil entender a verdadeira invasão de jovens que alegremente circulavam pela cidade. Detalhes da aprazível... ... cidade de Niágara Falls. Centro Comercial da cidade de Niagara Falls. Mas o momento mágico da cidade ficou por conta do espetáculo proporcionado pelas cataratas do Niágara, conforme acervo fotográfico disposto abaixo 6 Cataratas capturadas do mirante do restaurante do hotel e do parador turístico. Peculiaridade na imagem: A cascata `a direita fica no lado canadense do rio Niágara. Peculiaridade na imagem: a catarata `a esquerda está além da fronteira do Canadá com os Estados Unidos e fica em território americano Ponte que liga o Canadá aos Estados Unidos. 2.4 Atividades do CONIF No final da tarde de terça feira, o CONIF realizou uma reunião (vide acervo fotográfico abaixo) com a finalidade de discutir as diretrizes para as negociações com a ACCC, visando a definição de pontos a serem acordados para o estabelecimento de parcerias. Durante a reunião foram levantados vários pontos, principalmente levando-se em consideração que os membros da ACCC já haviam sinalizado que viriam ao Brasil, em outubro, com a finalidade de oficializar a assinatura do Convênio de Cooperação Técnica entre o CONIF e aquela Associação. Diante disso, foi deliberada a constituição de uma comissão composta pela presidente do CONIF e por um representante de cada região do país. Essa comissão ficou assim constituída: Reitora Consuelo (IFSC), presidente do CONIF e representante da região sul; Diretora Geral do Colégio Pedro II, Vera, representante da região sudeste; reitor Paulo (IFGO), representante da região Centro Oeste; reitor Cláudio (IFCE), representante da região nordeste e reitor Raimundo Jimenez (IFRO), representante da região norte. A essa comissão foi atribuída a responsabilidade de reunir-se com a diretoria da ACCC para discutir os termos do acordo de parceria entre as instituições. Essa reunião aconteceu na noite de quarta feira, em Toronto. Ainda por deliberação do CONIF, na reunião, ficou acordado que o encontro em outubro com a comitiva canadense será na cidade do Rio de Janeiro e as instituições brasileiras anfitriãs serão o Colégio Pedro II e o IFRJ, apoiados pelo CEFET-RJ. 7 CONIF em reunião para discutir diretrizes de negociações ... ... e definir pontos de acordo no estabelecimento de parcerias com a ACCC. 2.5 Visitas Técnicas 2.5.1 Visita ao Niágara College 2.5.1.1 Visita ao campus agrícola e à “casa do vinho” Ainda como parte da programação oficial da Conferência da ACCC foi realizada na tarde de terça feira uma visita ao Campus Agrícola do Niágara College. Um fato curioso e que chamou a atenção e’ que esse Campus além de receber os participantes da Conferência, contava um grande número de turistas. De acordo com informações obtidas, por iniciativa do College existe uma programação de visitas agendadas, semelhante às que as adegas promovem, abertas à comunidade e nessas ocasiões o campus comercializa sua produção de vinho, flores e plantas ornamentais. Naquele local, os visitantes foram recebidos no Centro de Visitação e Educação do Vinho e tiveram a oportunidade de conhecer parte do cultivo da uva, degustar o vinho produzido pelo College e visitar os ambientes de cultivo de flores e plantas ornamentais. Conforme acervo fotográfico abaixo. Esses ambientes, além da função de laboratórios de aprendizagem para os alunos, servem também como espaço para o cultivo visando a produção para comercialização. Assim, o aluno aprende e vivencia todas as fases do processo, desde o preparo do solo, até a comercialização do produto. Centro de Visitação e Educação do Vinho do Niágara College Canadá. E’ necessário registrar que os Colleges canadenses, embora sejam públicos, a oferta de seus cursos e serviços não é gratuita e as instituições não são também inteiramente financiadas com recursos públicos. Segundo informações, em média, entre 40% a 60% do orçamento dos Colleges é constituído de 8 receita própria, fruto de arrecadações realizadas através da comercialização de seus produtos, da prestação de serviços, doações e também do pagamento das mensalidades de seus alunos, já que os cursos que ofertam não são gratuitos. Estufa de flores e plantas ornamentais do Niágara College. Produção de flores e jardinagem no Campus Agrícola do Niágara College. Estufa de flores e plantas ornamentais do Niágara College. Plantação de videiras no Campus Agrícola do Niágara College. Plantação de videiras no Campus Agrícola do Niágara College. Reitor do IFRR na estufa de flores e plantas ornamentais no Campus Agrícola. 9 Recepção aos participantes da Conferência da ACCC e aos visitantes no Niágara College. Espaço de degustação e comercialização do vinho produzido no Niágara College. Reitor do IFRR em frente ao portal de acesso ao Campus Agrícola do Niágara College. 2.5.1.2 Visita ao campus industrial do Niágara College Após o encerramento da conferência da ACCC, na manhã de quarta feira, a delegação brasileira procedeu ao check out do hotel e, na parte da tarde com as bagagens no ônibus, fez uma visita ao campus industrial do Niágara College, como último compromisso institucional naquela cidade. Ao término, a delegação seguiu para Toronto, hospedando-se no hotel Shelsea, localizado no centro da cidade. O campus industrial funciona com uma grande variedade de cursos e atividades, inclusive com ações focadas exclusivamente para as necessidades do imigrante, a exemplo da oferta do curso de inglês como segunda língua. Uma realidade que chamou a atenção foi a grande quantidade de alunos estrangeiros das mais variadas partes do mundo: Ásia, África, Índia, Espanha, França, sul americanos, inclusive brasileiros (paulistas, cariocas e paraenses). Naquela unidade, a delegação brasileira teve a oportunidade de conhecer os ambientes de aprendizagem do curso de mecânica automotiva, o centro de robótica, o centro de comunicação (rádio e TV), o centro de atendimento a alunos estrangeiros e vários outros ambientes. As imagens fotográficas dispostas abaixo registraram alguns momentos dessa visita. 10 Maquete do Campus Industrial do Niágara College. Mensagem de boas-vindas do departamento de assuntos internacionais `as delegações participantes da conferência. Ambiente de convivência do Niágara College. Conjunto de armários, próximo ao saguão de entrada, para uso de estudantes do Niágara College. Área de circulação (hall de entrada) do Centro Industrial do Niágara College e da delegação brasileira. Espaço de convivência (hall de entrada) do Centro Industrial do Niágara College e da delegação brasileira. 11 Reitor do IFRR em frente `a Logomarca do Niágara College. Banner de boas-vindas no setor de recepção dos alunos do Niágara College. 2.5.1.3 Visita aos laboratórios de mecânica automotiva O Niágara College possui uma grande ambientação para o desenvolvimento de cursos na área da mecânica automotiva. No local da visitação, percebeu-se grande número de carros novos disponíveis para os ensaios na oficina (vide acervo fotográfico); conforme informações obtidas, a maioria provem de doações das montadoras, numa espécie de concorrência entre as marcas de veículos, suprindo a necessidade do College. Isso é válido também para a linha de lubrificantes e acessórios, bem como para os fabricantes de ferramentas e equipamentos para oficinas mecânicas, motivada pela busca do mercado. É importante registrar que os Colleges de uma maneira geral, dão uma grande ênfase na oferta de cursos de qualificação. Como o sistema de educação profissional canadense tem o currículo organizado por competência, o foco da ação pedagógica está claramente definido em função da demanda do mercado. Assim, o aluno ao chegar ao College passa por um processo de avaliação (uma espécie de diagnóstico) que tem por finalidade identificar o estágio de formação e o domínio das competências apresentadas por ele, além de traçar o seu perfil por meio do qual recebe orientações sobre o planejamento do seu processo de formação profissional. Além disso, o profissional qualificado por essas instituições de ensino profissional, certamente, têm inserção no mercado de trabalho com mais facilidade. Veículo doado por montadoras para ensaios no Laboratório de mecânica automotiva. Placa de identificação dos Laboratórios de mecânica automotiva. 12 Detalhes do laboratório de mecânica automotiva. Espaço de ambientação para o desenvolvimento de cursos na área de mecânica automotiva. Espaço de ambientação para o desenvolvimento de cursos na área de mecânica automotiva. Detalhes do laboratório de mecânica automotiva. Detalhes do Laboratório de mecânica automotiva. Espaço de ambientação para o desenvolvimento de cursos na área de mecânica automotiva. Reitor do IFRR visitando o Laboratório de mecânica automotiva do Niágara College. 13 2.5.1.4 Visita ao laboratório de robótica Nesse ambiente a delegação brasileira foi recebida por um professor que, espontaneamente, explanou sobre o funcionamento do laboratório e como os alunos podem realizar suas experiências no desenvolvimento de seus projetos de pesquisa. Como forma de motivar e de despertar a curiosidade científica dos alunos foi construído e existe no laboratório um pequeno robô - protótipo do robô amigo do personagem Sky Walker, do filme Guerra nas Estrelas - que além de se locomover, de uma forma muito simpática pode interagir com os alunos e visitantes. O professor simulou um diálogo (em inglês) entre o robô e uma das integrantes da delegação. Esse laboratório ocupa uma posição estratégica no College, considerando o alto índice de automação em que vive a sociedade moderna. As fotos abaixo registram esse importante espaço de aprendizagem. Detalhes do Laboratório de Robótica. Robô que desperta e estimula a curiosidade científica dos alunos. Professor recepcionando a delegação brasileira em visita ao Laboratório de Robótica. 2.5.1.5 Visita aos laboratórios da área de comunicação Os laboratórios da área de comunicação são ambientes constituídos por estúdios distintos de rádio e televisão nos quais os alunos dos cursos de comunicação, jornalismo e publicidade realizam suas práticas, promovendo, sob a orientação dos professores, todas as fases de criação, gravação e veiculação de programas de rádio jornalismo, televisão, propaganda e marketing. As fotos a seguir, mostram um pouco dessa visita. 2.5.1.6 Visita ao laboratório de saúde bucal 14 As fotos abaixo mostram detalhes do laboratório de saúde bucal, montado com equipamentos e aparelhos doados pelos fabricantes, que é o ambiente de aprendizagem dos profissionais auxiliares dos odontólogos. Nesses laboratórios, são realizados cursos como higiene bucal, preparação de próteses e outros ligados à saúde. 2.5.1.7 Síntese das visitas ao Niágara College A visita ao Niágara College oportunizou: a) a percepção clara de que uma instituição de educação profissional pode funcionar com a proposta para a oferta variada de cursos, desde que, segundo o princípio da verticalização do currículo, todos focados e organizados por áreas profissionais específicas; no caso brasileiro, por eixos tecnológicos. Essa forma de organização permite uma melhor eficiência e otimização, tanto na utilização de espaços e ambientes de aprendizagem, quanto na ocupação da força de trabalho instalada. É dessa forma que aquele College trabalha e que coloca à disposição da comunidade os serviços e cursos que oferece. 15 b) a observação de que o processo de formação profissional e a oferta de cursos ocorrem segundo o diagnóstico de demandas específicas. Aqui, o dilema, mais ideológico do que técnico, atualmente ainda muito forte e presente na discussão sobre os princípios e finalidades da educação profissional no Brasil, há muito já está superado e a orientação para a organização curricular é muito clara no sentido de focar o processo formativo nas necessidades do mercado e no perfil apresentado pelo estudante através de um processo avaliativo, conhecido como “ARAP”, ou “História de vida”, realizado por uma equipe multiprofissional do College. Nessa ótica, dois fatores fundamentais são levados em consideração: a demanda efetiva identificada no mercado de trabalho e o diagnóstico do perfil de formação apresentado pelo estudante. Assim, o curso a ser ofertado tem um desenho curricular formatado segundo essas duas variáveis. Resumindo, a ação formativa do College está centrada em um objetivo e propósito muito claro e firme: formar profissionais preparados para a efetiva inserção e permanência no processo produtivo e no mercado de trabalho. c) como possibilidade de interação futura entre o IFRR e o Niágara College, percebeu-se que eles têm grande interesse em estar recebendo alunos por meio de intercâmbio. A possibilidade é grande principalmente para as áreas de gastronomia, saúde, mecânica automotiva e tecnologia. Acredita-se, portanto, que atividades de cooperação e de formação docente e acadêmica nessas áreas poderão no futuro ser objeto de articulação para a efetivação de intercâmbio. No entanto, como pré-requisito básico é necessário, no mínimo, um domínio básico da língua inglesa para quem desejar participar dessas atividades. 2.5.2 Visita ao George Brown College O George Brown College está localizado na região central de Toronto e nele há grande variedade de oferta de cursos, em várias áreas profissionais. A delegação brasileira teve oportunidade de visitar os laboratórios de gastronomia – panificação; alimentos e bebidas – serviço de bar; tecnologia da informação e o ambiente de atendimento internacional destinado ao estudante estrangeiro. Fachada da unidade do George Brown College visitada pela delegação brasileira. Fachada da segunda unidade do George Brown College. 16 Delegação brasileira deixando o prédio do George Brown College. Nesse College, a delegação brasileira foi recepcionada com um almoço, preparado e servido pelos alunos do curso de gastronomia, em um ambiente de aprendizagem - restaurante escola, onde os alunos realizam suas práticas no atendimento a uma clientela efetiva. Esse ambiente, além de laboratório de aprendizagem é também um posto de prestação de serviços à comunidade, funcionando regularmente como restaurante aberto ao público. Através do acervo fotográfico e’ possível mensurar um pouco as oportunidades obtidas durante a visita. Momento inicial da visita com as explicações do professor esponsável pelo laboratório de gastronomia. Cartaz de boas-vindas `a delegação brasileira ao College. Cartaz contendo o regulamento da turma, na sala de aula de inglês como segunda língua. No cartaz acima, com o regulamento da sala de inglês está escrito: 1. FALE INGLÊS; 2. SEJA PONTUAL; 3. DESLIGUE OS CELULARES; 4. RESPEITE OS OUTROS; 5. NÃO COMA NA SALA; 6. ESTEJA AQUI PARA APRENDER; 7. ESCUTE; 8. FAÇA PERGUNTAS; 9. FAÇA O DEVER DE CASA; 10. USE O DICIONÁRIO DE INGLÊS; 11. USE SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS e 12. SORRIA. 2.5.2.1 Visita ao laboratório de gastronomia – panificação Os registros abaixo apresentam momentos em que a delegação brasileira faz visita a um dos ambientes de aprendizagem (panificação) do curso de gastronomia. No momento da visita, realizava-se uma aula prática do curso de panificação. 17 Alunos em aula prática no curso de panificação. Delegação brasileira em visita ao laboratório de gastronomia na hora de aula prática. 2.5.2.2 Visita ao Laboratório de tecnologia da informação As fotos abaixo mostram momentos da visita ao laboratório de tecnologia da informação. Nesse laboratório, onde são realizadas atividades dos cursos de programação e criação de software, fomos recebidos por um professor brasileiro (no centro da foto à direita), que já trabalha há alguns anos em Toronto. 2.5.2.3 Visita ao Laboratório de serviço de bar Os alunos dos cursos de serviços de bar e restaurante aprendem a preparar e servir diferentes tipos de bebidas e cocktails no laboratório de serviço de bar, onde existe uma grande variedade de recipientes de bebidas, de todas as marcas. Embora a qualificação dos alunos esteja relacionada ao preparo de bebidas, o professor acompanhante da visita informou que o trabalho junto aos alunos é realizado com a utilização de líquidos corantes os quais simulam as cores das bebidas, ficando-lhes proibido ingerir os aperitivos preparados com bebidas de verdade. 18 Delegação brasileira em visita... .... ao Laboratório de serviço de ... ... bar no George Brown College. Durante a visita, o que impressionou foi o tamanho do laboratório e todo o seu aparato, confirmando o compromisso fundamental do College com a formação profissional, ou seja, a qualificação do estudante para sua efetiva e eficiente inserção no mercado de trabalho. 2.5.2.4 Visita / almoço no restaurante escola A visita ao George Brown College culminou com um almoço, ao qual estavam presentes, além da delegação brasileira, dirigentes do College, professores acompanhantes da visita e do Curso de gastronomia que aproveitaram a ocasião para realizar uma avaliação prática com seus alunos. Reitores Edvaldo (IFRR), João Dias (IFAM) e Jimenez IFRO) acompanhados pelo Diretor de Relações internacionais do College, o Sr. Yannick Cabassu membro da ACCC e um professor do curso de gastronomia. Reitores brasileiros com alunos do curso de gastronomia, responsáveis pelo atendimento à delegação. 2.5.2.5 Síntese da visita ao George Brown College Assim como a visita ao Niágara College, essa visita ao George Brown College serviu para reforçar a percepção de como uma instituição de Educação Profissional pode funcionar com uma variada oferta de cursos em diferentes áreas, ou eixos tecnológicos. Nesse sentido, mais uma vez pode ser verificado que as atividades e ofertas de cursos e programas de formação estão organizados de 19 forma verticalizada, segundo eixos tecnológicos, permitindo otimização de espaços e/ou ambientes e força de trabalho. Como perspectiva de interação futura entre o IFRR e o George Brown College, aponta-se como grandes possibilidades as áreas de gastronomia, incluindo-se os serviços de bar, restaurante e hotelaria além de ações específicas na área da pesquisa tecnológica. Tal qual em outros Colleges, no George Brown há grandes as possibilidades de efetivação de uma parceria para intercâmbio discente e docente, seja na realização de atividades de cooperação seja na formação docente e acadêmica. 2.5.3 Visita ao Centennial College A vista ao Centennial College, localizado na cidade de Toronto, ocorreu primeiro com uma rápida recepção no prédio da administração central, sendo a delegação brasileira recebida pela direção do College que apresentaram, em uma sala de reuniões, suas atividades, seus projetos, cursos e atividades ao longo da Europa, Índia, indonésia e vários outros países. Na sequência, a delegação foi conduzida ao Centro de Ciência e Tecnologia, especializado em pesquisas e também na oferta de cursos na área da saúde, em especial, os cursos de socorristas, enfermeiros e paramédicos. Nessa mesma unidade também são realizados cursos de estética, massoterapia e imagem pessoal que, segundo o catálogo brasileiro dos cursos técnicos, estão relacionados aos eixos tecnológicos de saúde e imagem pessoal. Fachada do edifício sede do Centennial College. Encontro da delegação brasileira com a equipe diretiva do Centennial College. Espaço de convivência no edifício sede, destinado ao repouso e à recreação dos alunos. Diretora de relações internacionais do College em palestra de apresentação aos Reitores dos Institutos Federais brasileiros. Detalhes da apresentação do College e de seus programas internacionais. 20 Durante a divulgação dos programas do College, foi exibido um diagrama em slide contendo as habilidades / competências necessárias para os futuros profissionais poderem conquistar espaço no mundo do trabalho e lá permanecerem inseridos, que são orientadoras da ação formativa do College. Nele (foto à direita), estão escritos os seguintes dizeres: “ALGUMAS COMPETÊNCIAS GERAIS QUE PRECISAMOS INTERNALIZAR, QUANDO PENSAMOS SOBRE A FORMAÇÃO DO TRABALHADOR PARA O MUNDO GLOBALIZADO: INICIATIVA, CRIATIVIDADE, SENSO DE HUMOR, ENTUSIASMO, MENTE ABERTA, APRENDER NA DIVERSIDADE, LINGUAGEM CORPORAL, CORAGEM E AUTOCONFIANÇA.” Delegação brasileira junto à diretora do College, entregando-lhe souvenires relacionados aos Institutos Federais. Slide com as habilidades e competências necessárias aos futuros profissionais. Ao final desse encontro, houve um momento para a troca de informações e entrega de material de divulgação dos Institutos Federais 2.5.3.1 Visita ao Centro de Ciência e Tecnologia do Centennial College Fachada do Centro de Ciência e Tecnologia do Centennial College. Delegação brasileira no início da visita ao Centro de Ciência e Tecnologia do Centennial College. 21 2.5.3.1.1 Visita aos ambientes destinados aos pesquisadores As fotos abaixo mostram detalhes de um ambiente que se constitui em um amplo espaço, separado por divisórias, formando pequenas salas de meia parede, nas quais os pesquisadores realizam suas atividades, incluindo as orientações e os estudos os quais precisam ser realizados fora dos laboratórios. Detalhes do espaço físico destinado às salas dos professores pesquisadores. Detalhes do espaço físico destinado às salas dos professores pesquisadores, sob outro ângulo. Na imagem abaixo, um ambiente informatizado de uso comum, destinado aos pesquisadores, podendo, assim, ser percebida a existência de uma grande preocupação com a otimização de espaço físico e de equipamentos. Cada sala, embora pequena, comporta mais pesquisadores e o mesmo ambiente é socializado entre eles. Outro aspecto que pode ser observado foi a disposição das salas, permitindo uma ampla interação entre os pesquisadores e transparecendo a cultura de não haver a preocupação com a “delimitação de territórios específicos e exclusivos”. Ambiente informatizado de uso comum, destinado aos pesquisadores. 2.5.3.1.2 Laboratórios de física e química. As fotos abaixo mostram detalhes dos laboratórios de física e química. 22 Detalhes dos ... ... laboratórios de ... ... física e química. 2.5.3.1.3 Laboratórios de biologia 2.5.3.1.4 Laboratórios e ambientes específicos para os Cursos da Área de Saúde. Nesses ambientes são realizadas as aulas práticas referentes aos cursos de enfermagem, paramédicos, urgências médicas, resgate de acidentes de trânsito, unidades de terapia intensiva, unidades de internação hospitalar, atividades didáticas e outras atividades na formação dos profissionais da saúde. A sequência de imagens abaixo mostra vários desses ambientes os quais estão dispostos no Centro de Ciência e Tecnologia por todo um pavimento constituído de várias salas, inclusive simulando uma ala de internação hospitalar. 23 24 2.5.3.1.5 Laboratório de Socorro a Vítimas de Trânsito As imagens abaixo mostram um ambiente específico do laboratório de enfermagem que serve para a preparação dos paramédicos e socorristas de acidentes de trânsito, simulando uma ambulância, com tamanho e equipamentos reais. 2.5.3.1.6 Laboratórios de Massoterapia / Centro de Beleza e Imagem Pessoal Nesses laboratórios são realizadas atividades dos cursos de massoterapia, podologia, maquiagem, tratamento de pele e cuidados faciais. Todos esses cursos visam à preparação de profissionais para o mercado de trabalho através de ações que no Brasil são classificadas como cursos de qualificação profissional e não de formação técnica. 25 2.5.3.2 Síntese da visita ao Centennial College O Centro de Ciência e Tecnologia do Centennial College apresenta uma excelente oportunidade para o intercâmbio nas áreas da pesquisa tecnológica e da saúde, incluindo-se as áreas de física, química e biologia. Como interface com o IFRR é o Centennial College que apresenta grandes possibilidades de interação e de atuação na área da saúde, considerando o potencial do curso de enfermagem e demais ações nessa, tais como curso de paramédicos e socorristas. Os cursos de massoterapia e cuidados de beleza apresentam-se para a maioria das instituições da Rede Federal como uma novidade, mas a sua implantação e’ potencial, de acordo com a realidade local e regional daquelas. A visita ao Centennial College permitiu observar atentamente as ações desenvolvidas e refletir sobre a experiência acumulada do College, como forma de aprender essas vivências, principalmente no que se refere à área da pesquisa tecnológica. A direção desse College ficou muito animada com a perspectiva de parcerias futuras com os Institutos Federais. 3 – Considerações Finais A missão organizada pelo CONIF foi realizada com sucesso e representou de uma maneira geral para a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Brasil uma excelente oportunidade de aproximação e intercâmbio com a rede de instituições canadenses que, pela sua história, experiência e tradição, tem muito a nos oferecer. A presença do Brasil na reunião anual da ACCC não passou despercebida e teve grande impacto e importância no contexto dos Colleges, posto que todos os presentes à conferência demonstraram grande interesse em melhor conhecer as instituições brasileiras e estabelecer acordos de parcerias. Um aspecto importante que não pode passar despercebido é a forma como os Colleges organizam suas propostas curriculares. Diferentemente do Brasil, onde ainda prevalece uma discussão mais ideológica do que técnica sobre os princípios e finalidades dos cursos de formação profissional, no Canadá esse dilema não existe. Lá, o foco das atividades de formação profissional está muito bem definido e tem como objeto central as necessidades do mercado e do processo produtivo. Nessa perspectiva, todos os cursos e atividades formativas desenvolvidas pelos Colleges têm como objetivo final a preparação do profissional para a sua efetiva inserção no mercado de trabalho. Lá não se concebe uma ação formativa sem a vinculação do perfil profissional com o processo produtivo. Para tanto, além de manter atualizada a informação sobre as evoluções do mercado de trabalho e do processo produtivo, 26 os Colleges desenvolvem um interessante programa de acolhimento aos estudantes e triagem de seu perfil formativo, através do qual o College fica conhecendo os estágios de formação do estudante e suas necessidades em função de suas vocações apresentadas e diagnosticadas. Somente a partir dessas informações é que é apresentado ao estudante o seu itinerário formativo. Essa forma de organizar o currículo tem a vantagem de favorecer a verticalização da oferta de oportunidades formativas em uma mesma área profissional, ou eixo tecnológico. Também é importante registrar que os Colleges atuam fortemente na verticalização do processo formativo. Não há qualquer restrição com relação à oferta de cursos de formação continuada, de qualificação profissional, de formação técnica, ou superior, desde que seja essa a necessidade apontada pelo mercado e indicado pelo perfil formativo apresentado pelo estudante. Esses dados representam uma importante diferença entre a forma de atuação dos Colleges e a maioria dos Institutos Federais no Brasil, que precisa ser amplamente entendida e assimilada como um diferencial positivo que aquelas instituições apresentam em relação as nossas. No entanto, acreditamos que o conhecimento dessa realidade pode nos ser bastante útil e servir como referência no processo de implementação das reformas curriculares e dos Institutos Federais, ora em curso no Brasil. Nessa missão tivemos oportunidade também de perceber o quanto as instituições canadenses valorizam o intercâmbio com as de outros países. Isso ficou bastante evidente com a constatação do grande número de ações desenvolvidas em parcerias com instituições de várias partes do mundo e também com o grande número de estudantes estrangeiros presentes em todos os Colleges. Um programa que existe em todos os Colleges visitados é a oferta de um curso de inglês como segunda língua para os alunos estrangeiros. Aqui vale lembrar que no Canadá há duas línguas oficiais, o inglês e o Francês; no entanto, a nossa missão foi integralmente cumprida na parte do país em que há o inglês como língua oficial. O Canadá, por si só, já apresenta uma excelente oportunidade de intercâmbio, uma vez que em todas as instituições existem programas específicos de acolhida destinados ao atendimento ao estudante estrangeiro. Em situação local e específica, como indicativo de possibilidades de parcerias e intercâmbio entre o IFRR e os Colleges Canadenses, pelo que tivemos oportunidade de conhecer, temos: a) as áreas da pesquisa tecnológica e da saúde trabalhadas pelo Centennial; b) as áreas de gastronomia e hotelaria trabalhadas pelo George Brown; e c) as áreas de gastronomia, saúde, mecânica automotiva e tecnologia trabalhada pelo Niágara. Além dessas áreas, promover o intercâmbio com os Colleges para realização de um curso de inglês como segunda língua já seria uma grande realização. Assim, acredito que atividades de cooperação e de formação docente e acadêmica junto a esses Colleges, nessas áreas, podem no futuro ser objeto de articulação para a efetivação de intercâmbio discente e docente. Embora os Colleges ofertem o curso de inglês como segunda língua, como pré-requisito prioritário para qualquer atividade de intercâmbio é necessário que o interessado ao se candidatar, já apresente um domínio básico da língua inglesa. Nesse sentido, torna-se imprescindível que o IFRR comece a investir na oferta do curso básico de inglês como atividade de formação complementar de seus alunos e também como atividade de extensão aberta tanto à comunidade externa, quanto aos seus servidores. Em outubro, em uma reunião, que acontecerá no Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, entre o CONIF e a ACCC deverá ser finalizado e assinado o termo amplo de cooperação entre essas instituições, a partir do qual os Institutos Federais poderão individualmente acertar com os Colleges afins acordos de parcerias para o intercâmbio discente e docente. 27 Assim, ao aguardar o encontro de outubro para termos os desdobramentos dessas ações, é importante que o IFRR, ao se interessar em firmar alguma parceria, comece a fazer sua tarefa de casa, tomando as seguintes providências: a) definir as áreas (eixos tecnológicos) de interesse para firmar a parceria; b) organizar um programa de preparação para as atividades de intercâmbio que inclua tanto os estudantes, quanto os servidores. Esse programa deve ter por finalidade uma preparação dos candidatos, nos aspectos cultural, técnico e científico; c) definir o College de interesse e iniciar as negociações, em função das áreas, cursos e atividades pretendidas e d) planejar os detalhes técnicos e financeiros para a viabilização da missão, promovendo articulações com o MEC/SETEC. Até lá, podemos iniciar com a preparação de um bom material de divulgação e marketing de nossa instituição, seus cursos, atividades e potencialidades. Boa Vista, agosto de 2010 EDVALDO PEREIRA DA SILVA Reitor do IFRR